reinaldo mayer o pesquisador interplanetario convergente

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Reinaldo Afonso Mayer Em recente análise introspectiva, descobri que meu estilo é variado, para não dizer bagunçado. Mas achei-o bem convergente com a tecnologia, pois sempre gosto de aprender coisas novas, quando vou ao Shopping Center com a família, logo me desvio para as lojas de eletrônicos e, claro, para as livrarias, buscando novidades. Mesmo assim, não fui o primeiro em casa a dar os primeiros passos para os modernismos que se apresentam, foram os meus filhos, que já trocaram seus celulares por outros mais velozes e cheios de parafernálias diferentes, com Internet e tudo o mais! Sempre admiro e às vezes invejo, mas não reservo preconceitos contra pessoas espontâneas e imprevisíveis, pois sempre considerei que em determinado momento todos precisam ver ou fazer algo diferente, levar um choque repentino, não daqueles que vão leva-lo para o hospital, mas sim alguns que possam estabelecer um caminho diferente na vida pessoal ou profissional. Na última sexta–feira recebi um Tablet de presente e logo fiquei com a pulga-atrás-da-orelha. Inicialmente logo o comparei a um computador nanico, fui revisitando textos sobre “Interatividade Digital” e fiquei animado porque muitos que já usam este aparelhinho logo ficam “dominados” e acham fácil “conversar” com ele !! Uma definição, do tipo didática e pedagógica, ficou então, batendo em minha cabeça: “é um exemplo simples, que nos ajuda a compreender o significado da convergência tecnológica... pois é disto que estamos falando, integração entre os dispositivos digitais, os computadores e a telecomunicação”!! Bem, tudo isto me levou a pressionar o tal botão vermelho, na parte superior direita e... não é que o danado funciona mesmo? Comparativamente, esperei o conhecido “menu” do Windows, mas fui informado pelos amigos que aqui não tem destas coisas, é um sistema chamado “Android 4.0 Ice Cream Sandwich”, logo agora, que estou com esta baita fome de novas informações! Então, no meu arcaico Desktop, entrei furiosamente na Internet, buscando mais informações complementares sobre o tal “Genesis GT-7240 com Tela de 7 polegadas”: Tablet 7" Genesis com design luxuoso slim, sistema Android, cpu de 1.2ghz, 1GB de RAM e 4GB de ROM expansível até 32gb, sua tela de 7" tem Toque Capacitivo, o que significa que o tablet reconhece mais facilmente os toques dados na tela. Tem Wifi, Bluetooth e 3G via Dongle da operadora de sua preferência. Saída de vídeo HDMi Full HD, acelerador 3D Open GL, 2 entradas USB, entrada para Cartão micro SD. Tablet cheio de recursos e uma excelente opção para quem não quer investir em um Ipad e precisa de algo menor mas que atenda suas necessidades para navegação ou entretenimento. Sempre gostei das informações estruturadas, são melhores que as desordenadas, mas confesso que inicialmente não entendi quase nada! Algumas vezes fiz trabalhos ou ações do fim para o começo, invertendo um pouco a ideia geral, seja de um tema ou de uma aula. Uso muitas informações, quando são boas, claro que pude interpretá-las antes, então cheguei logo a uma conclusão: Vou explorar esta “coisa”, para ver o que é possível aproveitar! E, claro, li um pouco sobre a interface neste “espaço sideral”, encontrando no Professor Lemos 1 um interessante incentivo: A evolução da interface gráfica vai então, no sentido de uma utilização ágil, fácil, onde o programa e o usuário jogam, fazendo “como se”. A interatividade digital tem por objetivo aperfeiçoar a forma de diálogo (interação), entre o homem e máquinas digitais, visando principalmente a manipulação direta da informação. A interface gráfica seria então, o meio (“hardware”, “software”, ou os dois) no qual se dá o processo de interatividade. É no “espaço-interface” que se dá a interatividade. Segundo Bairon, a interface teria por vocação “traduzir, articular espaços, colocar em comunicação duas realidades diferentes”. 1 Autor do texto consultado e referenciado ao final desta reflexão!!

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Page 1: Reinaldo mayer o pesquisador interplanetario convergente

Reinaldo Afonso Mayer

Em recente análise introspectiva, descobri que meu estilo é variado, para não dizer

bagunçado. Mas achei-o bem convergente com a tecnologia, pois sempre gosto de aprender

coisas novas, quando vou ao Shopping Center com a família, logo me desvio para as lojas de

eletrônicos e, claro, para as livrarias, buscando novidades. Mesmo assim, não fui o primeiro

em casa a dar os primeiros passos para os modernismos que se apresentam, foram os meus

filhos, que já trocaram seus celulares por outros mais velozes e cheios de parafernálias

diferentes, com Internet e tudo o mais!

Sempre admiro e às vezes invejo, mas não reservo preconceitos contra pessoas espontâneas e

imprevisíveis, pois sempre considerei que em determinado momento todos precisam ver ou

fazer algo diferente, levar um choque repentino, não daqueles que vão leva-lo para o hospital,

mas sim alguns que possam estabelecer um caminho diferente na vida pessoal ou profissional.

Na última sexta–feira recebi um Tablet de presente e logo fiquei com a pulga-atrás-da-orelha.

Inicialmente logo o comparei a um computador nanico, fui revisitando textos sobre

“Interatividade Digital” e fiquei animado porque muitos que já usam este aparelhinho logo

ficam “dominados” e acham fácil “conversar” com ele !! Uma definição, do tipo didática e

pedagógica, ficou então, batendo em minha cabeça: “é um exemplo simples, que nos ajuda a

compreender o significado da convergência tecnológica... pois é disto que estamos falando,

integração entre os dispositivos digitais, os computadores e a telecomunicação”!! Bem, tudo

isto me levou a pressionar o tal botão vermelho, na parte superior direita e... não é que o

danado funciona mesmo? Comparativamente, esperei o conhecido “menu” do Windows, mas

fui informado pelos amigos que aqui não tem destas coisas, é um sistema chamado “Android

4.0 Ice Cream Sandwich”, logo agora, que estou com esta baita fome de novas informações!

Então, no meu arcaico Desktop, entrei furiosamente na Internet, buscando mais informações

complementares sobre o tal “Genesis GT-7240 com Tela de 7 polegadas”:

Tablet 7" Genesis com design luxuoso slim, sistema Android, cpu de 1.2ghz, 1GB de RAM e 4GB de ROM expansível até 32gb, sua tela de 7" tem Toque Capacitivo, o que significa que o tablet reconhece mais facilmente os toques dados na tela. Tem Wifi, Bluetooth e 3G via Dongle da operadora de sua preferência. Saída de vídeo HDMi Full HD, acelerador 3D Open GL, 2 entradas USB, entrada para Cartão

micro SD. Tablet cheio de recursos e uma excelente opção para quem não quer investir em um Ipad e precisa de algo menor mas que atenda suas necessidades para navegação ou entretenimento.

Sempre gostei das informações estruturadas, são melhores que as desordenadas, mas

confesso que inicialmente não entendi quase nada! Algumas vezes fiz trabalhos ou ações do

fim para o começo, invertendo um pouco a ideia geral, seja de um tema ou de uma aula. Uso

muitas informações, quando são boas, claro que pude interpretá-las antes, então cheguei logo

a uma conclusão: Vou explorar esta “coisa”, para ver o que é possível aproveitar! E, claro, li um

pouco sobre a interface neste “espaço sideral”, encontrando no Professor Lemos1 um

interessante incentivo: A evolução da interface gráfica vai então, no sentido de uma utilização ágil, fácil, onde o programa e o usuário jogam, fazendo “como se”. A interatividade digital tem por objetivo aperfeiçoar a forma de diálogo (interação), entre o homem e máquinas digitais, visando principalmente a manipulação direta da informação. A interface gráfica seria então, o meio (“hardware”, “software”, ou os dois) no qual se dá o processo de interatividade. É no “espaço-interface” que se dá a interatividade. Segundo Bairon, a interface teria por vocação “traduzir,

articular espaços, colocar em comunicação duas realidades diferentes”.

1 Autor do texto consultado e referenciado ao final desta reflexão!!

Page 2: Reinaldo mayer o pesquisador interplanetario convergente

Então, a exemplo de meus filhos, fiquei empurrando a tela com o dedão, clicando aqui e ali,

mas logo vi que a configuração no idioma português seria muito mais receptiva, escolhi a

opção ”Settings” para acertar a configuração, fui capengando em “Languages & Input” e, com

o dedo em “Language” , rolei a tela, até escolher o Português- Brasil”...

Ufa, mas como sair daqui? Na parte de baixo, que chamo – não sei se é isso – de “barra de

tarefas”, aparecem informações gráficas diferentes, vou escolher a seta bem no canto

esquerdo, que significa voltar... puxa, acertei de novo!

Relendo o nosso texto de apoio, gostei dos ”conceitos que convergem para dar forma a outros

conceitos completamente novos” pois acho que, como eu, todos fazem analogia com o

Windows Sete que, juro, domino de forma satisfatória, então prometi a mim mesmo que desta

vez eu vou em frente, vou convergir, ou me irritar...

Então ficamos nós, eu, meu dedo e alguma premissas que usei no Windows: configurar a

Internet, um anti-vírus e alguns programas que, se Deus quiser, devem existir neste

ambiente...voltei em configurações e arrastei a tela Wi-Fi para a direita e ele informa “Lig”,

estabelecendo um “sim ligado” e mostrando as redes disponíveis.

Minha linha “caseira” está disponível e informo a senha, neste teclado que repentinamente

aparece, onde se destacam algumas coisas que gostei. Como o “?123” se eu quiser digitar

números, o tal do “Enter” e o a tecla que mostra o “x” para cancelar” algo. Nunca liguei para

estas coisas no meu celular, mas neste tamanho maior não tenho como recusar, foi

convidativo!

Sendo assim, aleluia, eu estou agora “conectado”, admirado, mais que isto, estou plugado!!

Li um pouco sobre possibilidades de convergência entre as mídias, já consegui planejar uma

das afirmações interessantes, que é o da “dissolução dos limites de tempo e espaço,

permitindo o acesso às informações em qualquer hora e lugar”. Então, na segunda-feira,

estarei na UEPG, em minhas aulas, com este aparelho debaixo do braço e já tenho uma

certeza: estou pronto para “testar” e talvez “comprovar” mais uma verdade midiática: a de

pedir ajuda aos universitários!

De volta ás às “configurações”, fui arrastando o dedo até encontrar “Contas e Sincronização”,

olhando lá, acima, na direita, consegui visualizar a informação “ADICIONAR CONTA”, para

completar com o meu e-mail no Google! E não é que funciona? Em outras pesquisas que fiz,

achei a funcionalidade do atalho Play Store, que me endereça para instalar alguns recursos,

onde se destacam os Apps2. Escolhi os principais gratuitos e de acordo com minhas

convenções, que já não sei se são “ultrapassadas”, consegui instalar o Adobe, o Mobile

Security & Antivirus AVAST e o navegador CHROME da Google...que logo são automaticamente

adicionados à área de trabalho...

Descubro, aos poucos, que estou utilizando a tal “Interatividade”, que se configura como “um

diálogo entre eu e a máquina, através de interfaces gráficas, em tempo real” e então, sou, ao

mesmo tempo, leitor e autor, mas já não sei ao certo se sou eu que manipulo o Tablet ou já

estou sendo manipulado por ele!!

Puxa, achei nos aplicativos o ícone gráfico e exclamei: olha o Facebook aí, gente!

2 App é a abreviatura de application, ou seja aplicação ou programa de computador. Que é instalada num tablet. A

função das apps é facilitar a vida dos utilizadores, proporcionando acesso direto a serviços ou ações práticas.

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Agora, fuçando neste novo patamar, pude partir da interatividade para a interação, ou

comunicação com outros iguais malucos, com a ajuda deste objeto simples e pequeno, agora

bastante convergente... Quase um amigo, ou um concorrente que pode abalar até um

casamento? Fui em frente, na consulta aos e-mails, já posso com o dedão confirmar uma

amizade ou comentar uma fotografia postada por alguém. Vou admitir, muitas coisas estão

mudando, já aposto firme na convergência das mídias, com este aparelhinho infernal!!

Decidi então aproveitar o momento presente, sem pensar demasiadamente no passado ou no

futuro, de forma preocupada ou ainda, me considerando ultrapassado. A partir de agora,

quero analisar com cuidados minhas intuições, mas não posso deixar de refletir e talvez

valorizar e outras ideias originais, com estes novos instrumentos. Mesmo quando não as

percebo práticas, ou não centradas em nossos assuntos, sejam em casa, com meus filhos, ou

no fundo da sala, com meus alunos. Talvez um dia eles possam me levar a fazer algo diferente

e educacional... e compartilhar com todos, confirmando o meu DNA de professor!

Sofri um pouco, mas estou satisfeito com a ideia de aproveitar algumas coisas que aprendi,

neste reconhecimento tático e galático! Talvez possa agora instalar outros conteúdos criativos,

onde proliferem ícones, imagens e sequencias, sejam elas lógicas ou não, pois acredito que são

alternativas didáticas importantes, em lugar daquelas tradicionais que logo vão se tornar

adormecidas ou quase esquecidas. Eles me fazem pensar também nas vantagens de

acompanhar, neste minimundo, noticias de futebol e os jornais televisivos, mesmo fora de

casa.

Mas eu não podia desligar este aparelho sem antes terminar esta produção colaborativa, que

destaca um universo de boas mensagens convergentes, num local extremamente interativo.

Muitas “neuras” minhas foram aos poucos se esclarecendo e espero que eu possa, num curto

espaço de tempo, se não ficar louco ou viciado neste aparelhinho, ficar em pé de igualdade

com meus alunos e meus filhos, que já vivem causando confusões quando rapidamente me

tomam a máquina das mãos.

Enfim, de uma forma inusitada, o Tablet aqui chegou e acho que pode melhorar um pouco o

amanhã deste “pesquisador interplanetário”, mas cadê o seu?

Faça como eu, saia de seu anonimato, entre em algum concurso ou promoção do Shopping,

peça ou compre, esperneie, grite, chore e implore, não importa a sua idade, porque eu

também acho que você merece um Tablet como este. Mas se apresse porque o natal está

chegando!

Referências consultadas:

Definições e características do aparelho divulgadas pelo fabricante na Internet e o texto de

apoio sobre interatividade:

LEMOS, A.LM. Anjos interativos e retribalização do mundo. Sobre interatividade e interafaces digitais. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/interativo.pdf