regulamento municipal de resíduos sólidos do concelho de sintra (2012)

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  • 8/21/2019 Regulamento Municipal de Resduos Slidos do Concelho de Sintra (2012)

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    Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho n 59-P/2008 Pgina1

    Regulamento Municipal de ResduosSlidos do Concelho de Sintra

    ( incluindo as primeiras alteraes)

    23 de Fevereiro de 2012

    Deliberao da Cmara Municipal de Sintra de 12 / SET / 2011.

    Aprovado pela Assembleia Municipal de Sintra em 23 / FEV / 2012.

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    Projecto de Alteraes ao

    Regulamento Municipal de Resduos Slidos do Concelho de Sintra

    Prembulo

    O Regulamento de Resduos Slidos Urbanos para o Municpio de Sintra, anterior a 2007, tinha por base

    o regime jurdico aprovado pelo Decreto-Lei n.o 488/85, de 25 de Novembro.

    A Lei n.o 11/87, de 7 de Abril, Lei de Bases do Ambiente, publicada posteriormente, estabelece o princpio

    de que os resduos e efluentes devem ser recolhidos, armazenados, transportados, eliminados ou

    neutralizados de tal forma que no constituam perigo imediato ou potencial para a sade humana nem

    causem prejuzo para o meio ambiente.

    Decorrente da Lei de Bases, o regime jurdico de gesto de resduos slidos sofreu sucessivas alteraes

    legislativas, introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 310/95, de 20 de Novembro, que transps para o nosso

    ordenamento jurdico as Directivas comunitrias n.os 91/156/CEE e 91/689/CEE, ambas do Conselho,

    respectivamente, de 18 de Maro e de 12 de Dezembro, pelo Decreto-Lei n.o 239/97, de 9 de Setembro,

    e, mais recentemente, pelo Decreto-Lei n.o 178/2006, de 5 de Setembro, o qual aprovou o regime geral

    da gesto de resduos, transpondo para a ordem jurdica interna a Directiva n.o 2006/12/CE, do

    Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril, e a Directiva n.o 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de

    Dezembro, bem assim como pela Portaria n.o 209/2004, de 3 de Maro, que aprova a Lista Europeia de

    Resduos.

    Julga-se ainda de referir que a participao do municpio na Associao de Municpios de Cascais, Mafra,

    Oeiras e Sintra para Tratamento de Resduos Slidos (AMTRES), que no se encontrava perceptvel no

    Regulamento Municipal de 1994, e a criao em 2000 pelo municpio de Sintra da empresa municipal

    HPEM, Higiene Pblica, E. M., deviam ter o devido reconhecimento e consagrao normativa.

    Desta forma, o Regulamento estava claramente desactualizado e desajustado da realidade do municpio,

    pelo que se tornara premente a sua actualizao e o suprimento das lacunas e omisses existentes.

    Por outro lado havia ento a considerar que, a par do regime legal e demais consideraes de ordem

    jurdica, no plano objectivo, existiam novos dados a ponderar em resultado do desenvolvimento

    tecnolgico, implementao das vrias actividades econmicas, evoluo de hbitos de vida e aumento

    do consumo, sendo produzidas maiores quantidades e novas variedades de resduos slidos que se no

    forem sujeitos a uma gesto adequada e controlada provocam a degradao do ambiente, da sade e daqualidade de vida.

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    Assim, tendo em vista a defesa do interesse pblico e a preservao dos bens jurdicos atrs referidos,

    tornara-se essencial a implementao por parte do Municpio de uma adequada gesto dos resduos

    produzidos, traduzida na imposio de condicionalismos e restries de rea, na escolha adequada do

    recipiente, seu aspecto, valor existencial, volume, forma e integrao.

    Entendeu-se, por isso, ser importante consagrar alguns princpios como o da recolha selectiva e

    valorizao de resduos, participao da populao em geral, agentes econmicos e promotores

    urbansticos, assim como privilegiar o uso de solues subterrneas em vez do uso de baterias de

    contentores, que, alm da capacidade superior, permitem a recolha selectiva dos resduos, facilitando

    igualmente a fluidez do trfego.

    Sobre o presente projecto de regulamento elaborado em 2007, foram ouvidas as unidades orgnicas da

    Cmara Municipal de Sintra, cujas atribuies se encontravam conexas com a matria em causa, bem

    como as organizaes no governamentais do ambiente do concelho, nos termos do artigo 117.o do

    Cdigo do Procedimento Administrativo, sendo o mesmo concomitantemente submetido, nos termos do

    disposto no artigo 118.o do mesmo diploma, a apreciao pblica pelo prazo de 30 dias.

    Assim, ao abrigo do disposto nos artigos 112.o, n.o 8, e 241.o da Constituio da Repblica Portuguesa,

    nos termos da alnea a) do n.o 6 do artigo 64.o e da alnea a) do n.o 2 do artigo 53.o da Lei n.o 169/99, de

    18 de Setembro, com as alteraes que lhe foram introduzidas pela Lei n.o 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e

    da alnea q) do artigo 19.o da Lei n.o 42/98, de 6 de Agosto, a Cmara Municipal de Sintra props a

    aprovao da Assembleia Municipal de Sintra as normas que integram o Regulamento Municipal de

    Resduos Slidos do Concelho de Sintra, tendo-se tal efectivado atravs de deliberao tomada na sua

    Sesso Ordinria de 26 de Abril de 2007.

    Passados mais de trs anos, com o devir legislativo, designadamente com a publicao do Decreto-Lei n

    46/2008, de 12 de Maro e com as sucessivas alteraes ao Regime Jurdico de Urbanizao e

    Edificao, urgia concretizar alteraes ao Regulamento vigente, com especial incidncia quanto

    Seco IV do Captulo VI, atinente aos resduos de construo e demolio, vulgo entulhos, no Captulo

    VIII, referente fiscalizao e no Captulo IX, quanto s coimas. Eis o intuito do presente documento.

    O presente projecto de alteraes ao Regulamento foi submetido a audincia dos interessados nos

    termos do artigo 117. do Cdigo de Procedimento Administrativo, tendo o mesmo sido, tambm,

    submetido, nos termos do disposto no artigo 118. do mesmo diploma, a apreciao pblica pelo prazo de

    30 (trinta) dias, atravs da publicao do Aviso n 10685/2011, do Municpio de Sintra, em II Srie do

    Dirio da Repblica n 92, de 12 de Maio de 2011.

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    Apresentou contributos no mbito do inqurito pblico o muncipe Antnio Abel Martins.

    Os contributos foram objecto de anlise e ponderao.

    Foi ouvida a Comisso Permanente de Urbanismo e Ambiente da Assembleia Municipal de Sintra.

    Assim, ao abrigo do disposto nos artigos 112. n. 8 e 241. da Constituio da Repblica Portuguesa, nos

    termos da alnea a) do n. 6 do artigo 64. e da alnea a) do n. 2 do artigo 53. da Lei n. 169/99, de 18 de

    Setembro, com as alteraes que lhe foram introduzidas pela Lei n. 5-A/2002, de 11 de Janeiro, na

    sequncia de deliberao da Assembleia Municipal de Sintra na sua 1 Sesso Ordinria de 23 de

    Fevereiro de 2012, foram aprovadas as primeiras alteraes ao Regulamento Municipal de Resduos

    Slidos do Concelho de Sintra.

    Foram objecto de alterao os seguintes preceitos do regulamento:

    - Artigo 1;

    - Artigo 34, n 2

    -

    Artigo 37, n 3- Artigo 45;

    - Artigo 46;

    - Artigo 47;

    - Artigo 48 n1;

    - Artigo 49;

    - Artigo 50;

    - Artigo 51;

    - Artigo 52;

    - Artigo 53;

    - Artigo 54;

    - Artigo 56 n2;

    - Artigo 64;

    - Alneas y), bb) a dd) do n1 e n2 e h) do n 3 do Artigo 69;

    - Artigo 79.

    Foram objecto de aditamento, os seguintes preceitos do regulamento:

    - Artigo 46- A;

    - Artigo 47- A;

    - Artigo 48 , n 2;

    - Alneas z) e aa) do n1 do artigo 69.

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    - Artigo 81, n2.

    Foram objecto de revogao, o:

    - Anexo II ao Regulamento;

    - Anexo III ao Regulamento;

    - Anexo IV ao Regulamento.

    As alteraes, aditamentos e revogaes, encontram-se integradas no Regulamento o qual se republica

    como texto consolidado, a publicitar nos termos do artigo 91 da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, com

    as alteraes que lhe foram introduzidas pela Lei n. 5-A/2002, de 11 de Janeiro e a entrar em vigor no

    prazo de 15 dias aps o que precede.

    Assim:

    CAPTULO I

    Disposies Gerais

    Artigo 1.o

    Norma habilitante

    Este Regulamento tem como legislao habilitante os Decretos-Leis n.os 366-A/97, de 20 de Dezembro,

    178/2006, de 5 de Setembro, 46/2008, de 12 de Maro, e 555/99, de 16 de Dezembro, com as alteraes

    vigentes, as Leis n 2/2007 e n. 53-E/2006 de 15 de Janeiro e 29 de Dezembro, respectivamente, o artigo

    241. da Constituio da Repblica Portuguesa, a alnea c) do n.o 1 do artigo 26. da Lei n. 159/99, de 14

    de Setembro, e a alnea a) do n. 2 do artigo 53.o da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, com as

    alteraes introduzidas pela Lei n. 5-A/2002, de 11 de Janeiro.

    Artigo 2

    Objecto e Princpios

    1. O presente Regulamento define e estabelece as regras e condies relativas ao sistema de gesto

    de resduos slidos produzidos e recolhidos no Municpio de Sintra, nomeadamente quanto sua

    classificao nos termos da legislao em vigor, deposio, recolha, transporte, armazenagem,

    tratamento, valorizao e eliminao.

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    2. O presente Regulamento tem como linhas orientadoras os Princpios gerais da gesto de resduos

    referidos no Captulo II do Decreto-Lei n. 178/2006, de 5 de Setembro.

    Artigo 3

    mbito Material

    O presente Regu lamento ap l ica-se a todos os t ipo de res duos s l idos excepto os

    segu in tes , su je i tos a leg is lao espec ia l :

    a) os resduos radioactivos;

    b) os resduos resultantes da prospeco, extraco, tratamento e armazenagem de recursos minerais,

    bem como da explorao de pedreiras;

    c) os cadveres de animais e os resduos agrcolas que sejam chorume e contedo do aparelho

    digestivo ou outras substncias naturais no perigosas aproveitadas nas exploraes agrcolas;

    d) as guas residuais com excepo dos resduos em estado lquido;

    e) os explosivos abatidos carga ou em fim de vida;

    f) os efluentes gasosos emitidos para a atmosfera.

    Artigo 4

    Competncias

    1- da exclusiva competncia da Cmara Municipal de Sintra, nos termos do Decreto-Lei n. 178/2006

    de 5 de Setembro de 2006 e demais legislao aplicvel, planificar, definir a estratgia, organizar e

    promover as operaes de recolha, transporte, dos resduos slidos urbanos produzidos na rea do

    Municpio de Sintra, bem como organizar e executar a limpeza das vias municipais e de todos os

    outros espaos pblicos, competncias que, de harmonia com a Lei n 58/98, de 1 de Agosto, podem

    ser conferidas Empresa Municipal HPEM, Higiene Pblica E.M., nos termos do n. 2 do artigo 3.

    dos respectivos estatutos;

    2 - Compete AMTRES (Associao de Municpios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para Tratamento

    de Resduos Slidos) a gesto integrada dos resduos slidos urbanos produzidos na rea do

    Municpio de Sintra, nas vertentes de tratamento, deposio final e comercializao dos produtos

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    resultantes daquele tratamento, nos termos dos respectivos estatutos, podendo as tarefas ser

    realizadas directamente pela associao ou por outras entidades pblicas e privadas;

    3 A Cmara Municipal de Sintra pode, sempre que as circunstncias o justifiquem, na sequncia de

    deliberao dos rgos do Municpio, fazer-se substituir, mediante delegao de competncias, pelas

    Freguesias, as quais podem, por deliberao expressa dos seus rgos, aceitar a delegao;

    4 - A Cmara Municipal pode, sempre que justificado, celebrar contratos de concesso de servio pblico

    preferencialmente com empresas com certificao ambiental, segundo o regime, tramitao e forma

    prevista na legislao especfica;

    5 - A AMTRES pode delegar parte ou a totalidade das componentes do sistema de gesto de resduos

    slidos urbanos, dos municpios associados, a outras entidades, mediante contrato de concesso,

    cujo teor deve, todavia, ser sujeito aprovao dos rgos dos Municpios integrantes;

    6 - Os planos municipais de aco previstos no n3 do art16 do Decreto-Lei n. 178/2006 de 5 de

    Setembro de 2006 devem, atentos os nveis e mbitos da respectiva competncia, articular-se comos planos multimunicipais e intermunicipais.

    7 - Na rea do municpio de Sintra proibida qualquer actividade de remoo de resduos slidos urbanos

    por entidades no autorizadas ou licenciadas para tal.

    Art5

    Responsabilidades

    1 Salvo o disposto no n2 do art5 do Decreto-Lei n. 178/2006 de 5 de Setembro de 2006 e em

    legislao especial, para os efeitos do presente Regulamento, a responsabilidade pelo destino dos

    resduos slidos de quem os produz ou detm, sem prejuzo da mesma poder ser imputada, nos

    termos da lei, a cada um dos operadores na medida da sua interveno no circuito de gesto desses

    resduos .

    2 A Cmara Municipal de Sintra, atravs de servios municipais ou da HPEM , s responsvel pelo

    transporte dos resduos slidos urbanos ou equiparveis, monstros e resduos verdes, desde a fase

    de recolha at ao final da fase de transporte para destino final, sem prejuzo do disposto no n. 7 do

    presente artigo ;

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    3 Considera-se responsvel pelo destino final a dar aos resduos slidos produzidos no municpio de

    Sintra, nos termos do nmero um do presente artigo:

    a) A AMTRES, sem prejuzo do disposto no n. 7 do presente artigo;

    b) Os industriais, no caso dos resduos industriais e dos resduos industriais equiparveis a

    resduos slidos urbanos;

    c) Os comerciantes, no caso dos resduos comerciais equiparveis a resduos slidos urbanos;

    d) As unidades de sade humana ou animal, no caso dos resduos hospitalares.

    4 Os custos de gesto dos resduos so suportados pelo respectivo produtor.

    5 Quando o produtor for desconhecido ou indeterminado, a responsabilidade pelo destino final a dar aos

    resduos slidos e pelo custo da sua gesto, do seu detentor.

    6 Quando os resduos, forem provenientes de pases terceiros, a responsabilidade pelo destino final a

    dar aos resduos slidos e pelos custos da respectiva gesto, do responsvel pela sua introduo

    em territrio nacional.

    7 Considera-se destino final para os efeitos do presente artigo, todas as operaes previstas no anexo

    III da Portaria n. 209/2004 de 3 de Maro, efectudas por entidade credenciada que no acarretem

    riscos para a sade ou o ambiente.

    8 A responsabilidade atribuda Cmara Municipal de Sintra, nos termos do n2 ou AMTRES, nos

    termos da alnea a) do n. 3 do presente artigo, no isenta os utentes do pagamento das

    correspondentes taxas ou tarifas, pelo servio prestado, a ttulo de gesto directa ou delegada.

    CAPTULO II

    Resduos Slidos

    Artigo 6

    Tipos de Resduos Slidos

    Para efeitos do presente Regulamento, nos termos do Decreto-Lei n. 178/2006, de 5 de Setembro,

    entende-se por:

    a) Resduos: quaisquer substncias ou objectos de que o detentor se desfaz ou tem inteno ou

    obrigao de se desfazer, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resduos

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    aprovada pela deciso da Comisso Europeia n 2000/532/CE, da Comisso, de 3 de Maio, com

    as alteraes em vigor e ainda os constantes nas subalneas i) a xvi) da alnea u) do artigo 3. do

    Decreto Lei supra referido.

    b) Resduos perigosos: os resduos que apresentem pelo menos uma caracterstica de

    perigosidade para a sade ou para o ambiente, nomeadamente os identificados como tal na

    Lista Europeia de Resduos;

    c) Resduos industriais: os resduos gerados em processos produtivos industriais, bem como os

    que resultem das actividades de produo e distribuio de electricidade, gs e gua;

    d) Resduos urbanos: os resduos domsticos ou outros resduos semelhantes, em razo da sua

    natureza ou composio, nomeadamente os provenientes do sector de servios ou de

    estabelecimentos comerciais ou industriais e de unidades prestadoras de cuidados de sade,

    desde que, em qualquer dos casos, a produo diria no exceda 1100 l por produtor;

    e) Resduos hospitalares: os resduos produzidos em unidades de prestao de cuidados de sade,incluindo as actividades mdicas de diagnstico, preveno e tratamento da doena, em seres

    humanos ou em animais, e ainda as actividades de reabilitao e investigao relacionadas,

    bem como as desenvolvidas em farmcias, actividades mdico-legais, de ensino e em quaisquer

    outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura, piercings e tatuagens;

    f) Outros tipos de resduos: os resduos no considerados como industriais, urbanos ou

    hospitalares.

    Artigo 7.

    Resduos Urbanos

    1. Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por Resduos Slidos Urbanos, identificados pela

    sigla RSU, os seguintes resduos:

    a) Resduos slidos domsticos - os resduos normalmente produzidos nas habitaes,

    nomeadamente, os provenientes das actividades de preparao de alimentos e da limpeza

    normal desses locais;

    b) Resduos slidos comerciais equiparados a resduos slidos Urbanos os resduos produzidos

    por um ou vrios estabelecimentos comerciais ou de servios, com uma administrao comum

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    relativa a cada local de produo de resduos que, pela sua natureza ou composio, sejam

    semelhantes aos resduos slidos domsticos e cuja produo diria no exceda os 1100 litros e

    que no sejam considerados perigosos na Lista Europeia de Resduos;

    c) Resduos slidos industriais equiparados a resduos slidos Urbanos os resduos produzidos

    por uma nica entidade em resultado de actividades industriais ou actividades acessrias com

    elas relacionadas que, pela sua natureza ou composio, sejam semelhantes a resduos slidos

    domsticos, nomeadamente os provenientes de refeitrios e escritrios e cuja produo diria

    no exceda os 1100 litros e que no sejam considerados perigosos na Lista Europeia de

    Resduos;

    d) Resduos slidos hospitalares no perigosos equiparados a resduos slidos urbanos - os

    resduos produzidos em unidades de prestao de cuidados de sade, incluindo as actividades

    mdicas de diagnstico, tratamento e preveno de doena em seres humanos ou animais e

    ainda as actividades de reabilitao, investigao relacionadas, bem como as desenvolvidas em

    farmcias, actividades mdico-legais, de ensino e em quaisquer outras que envolvam

    procedimentos invasivos, tais como acupunctura, piercings e tatuagens; que pela sua naturezaou composio, sejam semelhantes aos resduos slidos domsticos e cuja produo diria no

    exceda os 1100 litros, que no sejam considerados perigosos na Lista Europeia de Resduos e

    que nos termos da legislao em vigor no sejam considerados contaminados;

    e) Resduos verdes urbanos os resduos provenientes da limpeza e manuteno dos jardins ou

    hortas das habitaes ou outros espaos de uso privado, nomeadamente aparas, troncos,

    ramos, relva e ervas, cuja produo semanal no exceda os 1100 litros;

    f) Resduos de limpeza pblica - os resduos provenientes da limpeza pblica, entendendo-se esta

    como o conjunto de actividades de recolha de resduos slidos existentes nas vias e outros

    espaos pblicos ou de promoo da sua salubridade, atravs de varredura, lavagem e eventual

    desinfeco, dos arruamentos, passeios e outros espaos pblicos, despejo, lavagem,

    desinfeco e manuteno de papeleiras, corte de mato e de ervas e monda qumica, limpeza de

    sarjetas e sumidouros e remoo de cartazes ou outra publicidade indevidamente colocada e

    "graffiti".

    g) Dejectos de animais - excrementos, provenientes da defecao de animais na via pblica.

    2 Consideram-se resduos urbanos de natureza no slida os diversos tipos de leos alimentares

    usados que resultam da utilizao de leos na alimentao humana.

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    Artigo 8.

    Resduos Slidos Especiais

    Entende-se por Resduos Slidos Especiais e, portanto, excludos dos resduos slidos urbanos, os

    seguintes resduos:

    1 - Resduos slidos especiais equiparveis a resduos slidos urbanos:

    a) resduos slidos comerciais equiparveis a resduos slidos urbanos resduos slidos

    produzidos em estabelecimentos comerciais, escritrios ou outros locais similares que, embora

    apresentem caractersticas semelhantes aos resduos indicados na alnea b) do artigo 7,

    atingem uma produo diria superior a 1100 litros;

    b) resduos slidos industriais equiparveis a resduos slidos urbanos resduos slidos

    industriais que, embora apresentem caractersticas semelhantes aos resduos indicados na

    alnea c) do artigo 7, atingem uma produo diria superior a 1100 litros;

    c) resduos slidos hospitalares no contaminados, equiparveis a resduos slidos urbanos

    resduos hospitalares no contaminados que, embora apresentem caractersticas semelhantes

    aos resduos indicados na alnea d) do artigo 7, atingem uma produo diria superior a 1100

    litros;

    d) Objectos volumosos fora de uso os objectos provenientes de locais quer sejam ou no

    habitaes e que, pelo seu volume, forma ou dimenses, no possam ser recolhidos pelos meios

    normais de remoo;

    e) Resduos verdes resduos que, embora apresentem caractersticas semelhantes aos resduos

    indicados na alnea e) do artigo anterior, provindos ou no de habitaes e cuja produo

    semanal correspondente a um produtor seja superior a 1100 litros;

    f) resduos de construo e demolio resduos de construo e/ou demolio, vulgo entulhos,

    proveniente de obras de construo, reconstruo, ampliao, alterao, conservao e

    demolio e da derrocada de edificaes, constitudos por calias, pedras, escombros, terras e

    similares, resultantes de obras pblicas ou privadas at 1 m3 de volume por semana.

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    2 Para alm dos resduos referidos no art 3 do presente regulamento e que se encontram excludos do

    respectivo mbito material, consideram-se resduos slidos especiais no equiparveis a resduos

    slidos urbanos:

    a) Resduos slidos txicos ou perigosos todos os resduos que, nos termos do Decreto Lei n.

    178/2006, de 5 de Setembro, e demais legislao aplicvel, apresentem caractersticas de

    perigosidade para a sade e para o ambiente.

    b) Resduos industriais - os resduos gerados em actividades industriais, bem como os que

    resultem das actividades de produo e distribuio de electricidade, gs e gua, que pela sua

    natureza no sejam equiparveis a resduos slidos urbanos, independentemente do volume

    produzido;

    c) Resduos slidos hospitalares perigosos - os resduos produzidos em unidades de prestao de

    cuidados de sade, incluindo as actividades mdicas de diagnstico, tratamento e preveno de

    doena em seres humanos ou animais e ainda as actividades de reabilitao, investigao

    relacionadas, bem como as desenvolvidas em farmcias, actividades mdico-legais, deensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura,

    piercings e tatuagens e que sejam considerados perigosos na Lista Europeia de Resduos ou

    que nos termos da legislao em vigor apresentem ou sejam susceptveis de apresentar alguma

    perigosidade de contaminao, constituindo risco para a sade pblica ou para o ambiente,

    nomeadamente os dos grupos I e II;

    d) Resduos slidos agrcolas- os resduos provenientes de exploraes agrcolas e ou pecuria ou

    similares, incluindo despojos de cadveres de animais;

    e) Resduos slidos de centros de reproduo e abate de animais - os resduos slidos

    provenientes de estabelecimentos com caractersticas industriais onde se processe a criao

    intensiva de animais ou o seu abate e/ou transformao;

    f) Resduos de construo e demolio resduos de construo e/ou demolio, vulgo entulhos,

    proveniente de obras de construo, reconstruo, ampliao, alterao, conservao e

    demolio e da derrocada de edificaes, constitudos por calias, pedras, escombros, terras e

    similares, resultantes de obras pblicas ou privadas cuja produo seja superior a 1 m3 por

    semana;

    g) Resduos de extraco de inertes os resduos que resultem da prospeco, extraco,

    tratamento fsico, armazenagem de recursos minerais, bem como da explorao de pedreiras,

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    nomeadamente os previstos na alnea bb) do artigo 3. do Decreto-Lei n. 178/2006, de 5 de

    Setembro;

    h) Lamas e partculas os resduos que integram efluentes lquidos, lamas ou emisses para a

    atmosfera (partculas) que se encontram sujeitos legislao prpria dos sectores de luta contra

    a poluio da gua e do ar, respectivamente;

    i) Veculos em fim de vida e Sucata os considerados como tal de acordo com as definies

    constantes do Decreto-Lei n 196/2003 de 23 de Agosto e restante legislao em vigor ;

    j) Outros resduos slidos especiais Resduos para os quais exista legislao especial que os

    exclua expressamente da categoria de resduos slidos urbanos.

    Artigo 9.

    Resduos valorizveis

    1 - So considerados resduos valorizveis, portanto, passveis de remoo selectiva de acordo com aspolticas municipais vigentes, a tecnologia existente no mercado e a garantia do seu escoamento, os

    seguintes materiais ou fileiras de materiais:

    a) Vidro - Todo o tipo de embalagens de vidro, ou seja, garrafas, frascos, garrafes, boies

    nomeadamente de:

    i. gua;

    ii. vinho;

    iii. cerveja;

    iv. sumos, nctares e refrigerantes;

    v. azeite e vinagre;

    vi. produtos de conserva;

    vii. molhos;

    viii. mel e compotas;

    ix. leite e iogurtes.

    b) Excluem-se da categoria referida na alnea anterior :

    i. loias e cermicas: pratos, copos, chvenas, jarras ;

    ii. vidro farmacutico, proveniente de hospitais e laboratrios de anlises clnicas;

    iii. vidros planos: janelas, vidraas, pra-brisas ;

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    iv. vidros especiais: armados, ecrs de televiso, lmpadas, espelhos, pirex, cristais, vidros

    corados, vidros cermicos, vidro opala, vidros no transparentes, embalagens de cosmtica

    e perfumes ;

    v. tampas e rolhas.

    c) Papel e carto Consideram-se os seguintes:

    i. carto liso, compacto e canelado, por exemplo: caixas de cereais e invlucros de carto;

    ii. papel de embalagem, por exemplo: sacos de papel e papel de embrulho.

    iii. Jornais,

    iv. Revistas

    v. Papel de escrita.

    d) Excluem-se da categoria referida na alnea c) :

    i. embalagens que tenham contido resduos orgnicos ou gorduras: pacotes de batatas fritas e

    aperitivos, pacotes de manteiga e margarina e caixas de pizza;

    ii. embalagens que tenham contido resduos txicos e perigosos: sacos de cimento e

    embalagens de produtos qumicos;iii. papis metalizados e plastificados ou sujeitos a tratamentos especiais, por exemplo: papel

    de lustro, celofane, papel vegetal, papel qumico, rolos de papel de fax, papel de alumnio e

    papel autocolante;

    iv. outros objectos: papel de cozinha, guardanapos e lenos de papel, loia de papel, toalhetes

    e fraldas.

    e) Plstico, metal e embalagens para lquidos alimentares Todo o tipo de embalagens de plstico, ou

    seja, garrafas, garrafes e frascos de:

    i. gua;

    ii. sumos, nctares e refrigerantes;

    iii. vinagre;

    iv. detergentes;

    v. produtos de higiene;

    vi. leos alimentares;

    vii. Sacos e caixas de plstico;

    viii. Esferovite limpa;

    ix. Invlucros de plstico;

    x. Embalagens de iogurte (lquidos e slidos);

    xi. Embalagens de plstico que tenham contido gorduras, por exemplo: margarina, manteiga,

    banha e cosmtica gordurosa;

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    xii. tampas de plstico;

    xiii. embalagens plastificadas ou metalizadas de produtos alimentares como gelados, batatas

    fritas e bolachas.

    f) Na sequncia do disposto na alnea d) de considerar tambm todo o tipo de metal ferroso (ao) e

    no-ferroso (alumnio), como sejam:

    i. latas de bebidas;

    ii. latas de conserva;

    iii. folha de alumnio;

    iv. tabuleiros de alumnio;

    v. aerossis vazios;

    vi. Tampas de metal e caricas;

    vii. Objectos ou peas metlicas de reduzida dimenso.

    g) Embalagens para lquidos alimentares, por exemplo: pacotes de leite, sumo e vinho, natas e outros

    lquidos alimentares;

    h) Excluem-se das categorias referidas nas alneas anteriores as embalagens que tenham contido

    produtos txicos ou perigosos, por exemplo: combustveis, leo de motor e tintas.

    i) Restos de Comida - fraco orgnica dos resduos, nomeadamente:

    i. cascas e/ou caroos de frutos, legumes e ovos;

    ii. Restos da preparao das refeies;

    iii. Sobras de comida (incluindo ossos e espinhas);

    iv. Po e bolos;

    v. Borras de caf e saquetas de ch;

    vi. Alimentos estragados ou fora de prazo, retirados das embalagens;

    vii. Toalhas de papel, guardanapos, papel de cozinha e lenos de papel;

    viii. Aparas de plantas;

    ix. Cinzas e serradura.

    j) Pilhas e acumuladores - todas as pilhas e acumuladores usados, nomeadamente os constantes nas

    seguintes categorias:

    i. pilhas primrias (salinas, alcalinas, Ltio e pilhas de boto);

    ii. acumuladores (Nquel-Cdmio, Nquel metal hdrido e de ies de Ltio).

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    k) Pneus Todos os pneus comercializados em Portugal, os quais foram objecto da seguinte

    segmentao:

    i. pneus de veculos ligeiros de passageiros/turismo;

    ii. pneus de veculos 4x4 "on/off road";

    iii. pneus de veculos comerciais;

    iv. pneus de veculos pesados;

    v. pneus de veculos agrcolas (diversos);

    vi. pneus de veculos agrcolas (rodas motoras);

    vii. pneus de veculos industriais (com dimetro de jante compreendido entre 8"e 15");

    viii. pneus macios;

    ix. pneus de veculos de engenharia civil (at dimenso 12.00-24");

    x. pneus de veculos de engenharia civil (dimenses iguais ou superiores a 12.00-24");

    xi. pneus de motos (com cilindrada superior a 50cc);

    xii. pneus de motos (com cilindrada at 50cc);

    xiii. pneus de aeronaves;

    l) Resduos de equipamentos elctricos e electrnicos (REEE) Consideram-se REEE, de entre outros,

    os seguintes:

    i. mquinas de lavar roupa e loua;

    ii. mquinas de secar roupa;

    iii. frigorficos;

    iv. arcas congeladoras;

    v. combinados;

    vi. foges;

    vii. fornos;

    viii. placas elctricas;

    ix. esquentadores;

    x. aparelhos de ar condicionado;

    xi. computadores pessoais (CPU, monitor, teclado e rato);

    xii. impressoras;

    xiii. fotocopiadoras;

    xiv. aparelhos de fax;

    xv. telefones (fixos e mveis);

    xvi. televisores;

    xvii. lmpadas contendo mercrio(fluorescentes).

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    m) leos usados - os leos industriais lubrificantes de base mineral, os leos dos motores de combusto

    e dos sistemas de transmisso, e os leos minerais para mquinas, turbinas e sistemas hidrulicos e

    outros leos que, pelas suas caractersticas, lhes possam ser equiparados, tornados imprprios para

    o uso a que estavam inicialmente destinados.

    n) leos alimentares - os leos alimentares usados que resultam da utilizao de leos na alimentao

    humana.

    o) Madeira mveis usados, seus constituintes, paletes, caixas ou outros objectos de madeira.

    2 - A AMTRES pode, em qualquer momento, de acordo com as condies especficas que se vierem a

    verificar para a remoo e tratamento dos Resduos Slidos Urbanos e os desenvolvimentos

    tecnolgicos, sugerir ao Municpio de Sintra, por escrito e fundamentadamente, alteraes

    classi f icao de resduos como valor izveis, prevista no nmero anter ior .

    3 - A sugesto referida no nmero anterior ser sujeita, aps parecer da HPEM e no prazo de 60 dias a

    deliberao dos rgos do Municpio de Sintra e, caso aprovada, ser integrada como alterao aopresente artigo.

    Captulo III

    Sistema de Gesto de Resduos Slidos Urbanos

    Artigo 10

    Definio do Sistema de Gesto de Resduos Slidos Urbanos

    1 - Define-se Sistema de Resduos Slidos como o conjunto de obras de construo civil, equipamentos

    mecnicos e/ou elctricos, viaturas, recipientes e acessrios, recursos humanos, institucionais e

    financeiros e de estruturas de gesto, destinados a assegurar, em condies de eficincia, conforto,

    segurana e salubridade, a deposio, recolha, transporte, valorizao, tratamento e eliminao dos

    resduos, sob quaisquer das formas enunciadas no Decreto-Lei n. 178/2006, de 5 de Setembro.

    2 - Entende-se por Gesto do Sistema de Resduos Slidos, o conjunto das actividades de carcter

    tcnico, administrativo e financeiro, necessrias deposio, recolha, transporte, tratamento,

    valorizao e eliminao dos resduos, incluindo o planeamento e a fiscalizao dessas operaes,

    bem como a monitorizao dos locais de destino final, depois de se proceder ao seu encerramento.

    3 - Entende-se por explorao o conjunto de actividades de gesto do sistema, as quais podem ser de

    caracter tcnico, administrativo e financeiro.

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    4 - Define-se Sistema de Resduos Slidos Urbanos, como o sistema de resduos que opera com

    resduos slidos urbanos e equiparveis.

    Artigo 11

    Componentes do sistema de gesto de resduos slidos urbanos

    1 - O sistema de gesto de resduos slidos urbanos engloba, no todo ou em parte, os seguintes

    processos ou tcnicas:

    a) Produo - gerao de resduos slidos urbanos;

    b) Deposio acondicionamento dos diversos tipos de resduos slidos urbanos nos

    equipamentos de deposio disponveis para o efeito:

    i. Deposio Indiferenciada acondicionamento adequado dos resduos slidos urbanos,

    desprovidos de resduos de embalagens ou outros passveis de recolha selectiva, nos

    recipientes determinados pela Cmara Municipal de Sintra ou pela HPEM;

    ii. Deposio Selectiva - acondicionamento das fraces dos resduos slidos urbanos, destinadasa valorizao ou eliminao adequada, em recipientes ou locais com caractersticas especficas

    e indicados para o efeito.

    c) Recolha operao de apanha afastamento dos resduos slidos urbanos dos locais de

    produo ou deposio, mediante os processos de:

    i) Recolha Indiferenciada passagem dos resduos slidos urbanos depositados nos

    recipientes de deposio indiferenciada para as viaturas de transporte;

    ii) Recolha Selectiva passagem das fraces dos resduos slidos urbanos, passveis de

    valorizao ou eliminao adequada e depositadas selectivamente, dos recipientes ou

    locais apropriados para viaturas de transporte.

    d) Transporte - qualquer operao que vise transferir os resduos slidos urbanos, dos recipientes

    de deposio at aos locais de tratamento e ou destino final, com ou sem passagem por uma

    estao de transferncia;

    e) Armazenagem - colocao temporria e controlada, por prazo determinado, de resduos antes

    do seu tratamento, valorizao ou eliminao;

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    f) Transferncia - passagem dos resduos de um equipamento para outro, com ou sem tratamento

    ou valorizao, com o objectivo de os transportar para outro local de tratamento, valorizao ou

    eliminao;

    g) Valorizao ou Recuperao: quaisquer operaes que permitam o reaproveitamento dos

    resduos e que se englobam nas seguintes categorias:

    i. Reciclagem, que pode ser multimaterial ou orgnica;

    ii. Valorizao energtica, que pode ser por incinerao ou por biometanizao com ou sem

    aproveitamento do biogs.

    iii. Reutilizao, a reintroduo sem alteraes significativas de substncias, objectos ou

    produtos nos circuitos de produo ou de consumo de forma a evitar a produo de resduos

    h) Tratamento - qualquer processo manual, mecnico e fsico, qumico ou biolgico, que altere as

    caractersticas dos resduos por forma a reduzir o seu volume ou perigosidade, bem como

    facilitar a sua movimentao, valorizao ou eliminao aps as operaes de recolha;

    i) Eliminao - qualquer operao que vise dar um destino final adequado aos resduos, nostermos da legislao em vigor, nomeadamente, os previstos nas sub alneas i) a xv) da alnea j)

    do artigo 3. do Decreto-Lei n. 178/2006, de 5 de Setembro;

    2 A limpeza pblica integra-se na componente tcnica remoo e constituda pelas actividades de

    varredura, lavagem e eventual desinfeco, dos arruamentos, passeios, outros espaos pblicos

    bem como passagens pedonais, despejo, lavagem, desinfeco e manuteno de papeleiras, corte

    de mato e de ervas e monda qumica, limpeza de sarjetas e sumidouros e remoo de cartazes ou

    outra publicidade indevidamente colocada e "graffiti".

    3 - Nos termos do art 15 da Lei n 159/99 de 14 de Setembro, das alneas a) e b) do art 66 da Lei n

    169/99 de 18 de Setembro, com as alteraes introduzidas pela Lei n 5-A/2002 de 11 de Janeiro,

    do n 3 do art 4 do presente Regulamento, o Municpio pode celebrar protocolos com as

    Freguesias tendo em vista a delegao de competncias no mbito da limpeza pblica.

    4 A transferncia de competncias no mbito da limpeza pblica para a HPEM ou para as freguesias

    deve ser especificada em todas as suas componentes.

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    Artigo 12

    Utentes do Sistema de Gesto de Resduos Slidos

    1 - Todos os utentes do Municpio de Sintra, produtores ou detentores de resduos, so abrangidos pelo

    Sistema de Gesto de Resduos Slidos Urbanos, definido no presente Regulamento, devendo

    cumprir os normativos constantes do mesmo, bem como todas as instrues de operao e

    manuteno do servio, em especial nas suas vertentes de deposio e remoo, dimanadas pela

    Cmara Municipal de Sintra ou HPEM.

    2 - Produtor qualquer pessoa, singular ou colectiva, agindo em nome prprio ou prestando servio a

    terceiro, cuja actividade produza resduos ou que efectue operaes de pr-tratamento, de mistura ou

    outras que alterem a natureza ou a composio dos resduos.

    3 - Detentor qualquer pessoa, singular ou colectiva, incluindo o produtor, que tenha resduos, na sua

    posse.

    Captulo IVDeposio e Remoo de Resduos Slidos Urbanos

    Seco I

    Deposio dos Resduos Slidos Urbanos

    Artigo 13

    Sistemas de deposio de resduos slidos urbanos

    1 - As Normas Tcnicas de Deposio de Resduos Slidos constam do anexo I a este regulamento e

    dele fazem parte integrante.

    2 Compete Cmara Municipal de Sintra ou HPEM definir as diferentes reas do municpio

    abrangidas por cada sistema de deposio, podendo uma nica rea comportar vrios sistemas.

    3 - Nas reas que estejam abrangidas por vrios sistemas de deposio, os diversos produtores e

    detentores a existentes devem utilizar apenas a parte que lhes for designada.

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    Artigo 14

    Projecto de deposio de resduos slidos

    1- Os projectos de loteamento ou com impacte semelhante operao de loteamento devem prever a

    construo do sistema de deposio de acordo com o modelo definido pela HPEM ou outro proposto

    pelo requerente e aprovado pela Cmara Municipal de Sintra, na sequncia de parecer daquela

    empresa municipal.

    2- Sem prejuzo dos pareceres de outras entidades externas, em razo da sua competncia prpria, ou

    das unidades orgnicas integrantes da Cmara Municipal de Sintra devem ser sujeitos a parecer da

    HPEM, no que concerne s matrias do presente regulamento:

    a) os projectos de loteamento ou com impacte semelhante a operao de loteamento.

    b) Os projectos de construo, reconstruo ou ampliao de edifcios.

    c) Os projectos de sistemas de deposio.

    3- No caso de projectos de loteamento ou com impacte semelhante operao de loteamento, deve

    ainda ser prevista:a) a localizao dos ecopontos com as caractersticas indicadas pela HPEM ou pela

    Cmara de Sintra, de acordo com a relao mnima de um ecoponto por cada ponto de

    deposio de resduos slidos urbanos indiferenciados.

    b) A instalao de papeleiras de caractersticas idnticas s utilizadas pela Cmara

    Municipal de Sintra ou pela HPEM, ou propostas pelo requerente e aprovadas pela

    Cmara Municipal, na sequncia de parecer daquela empresa municipal, de acordo

    com uma relao mnima de 10 papeleiras por cada 500 habitantes.

    4- Nas operaes urbansticas previstas no nmero anterior, o estudo de trfego deve considerar

    condies mnimas adequadas para a circulao dos veculos afectos recolha dos resduos slidos

    urbanos.

    5 Os locais de instalao assim como o nmero de papeleiras devem estar previstos no projecto de

    arranjos exteriores, o qual constitui uma especialidade do projecto de urbanizao, sujeito a

    aprovao da Cmara Municipal de Sintra, nos termos do Regime Jurdico da Urbanizao e

    Edificao e do Regulamento Municipal de Urbanizao e Edificao do Concelho de Sintra.

    6- Os projectos de construo, reconstruo ou ampliao de edifcios podem prever um

    compartimento colectivo de armazenamento dos contentores de resduos slidos ou sistemas de

    deposio vertical de resduos, caso assim se revele conveniente.

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    7 Os projectos de construo nova, reconstruo, ampliao e remodelao de edifcios de

    comrcio e /ou servios com produes de resduos superiores a 1100 litros por produtor, devem

    prever a construo do sistema de deposio definido pela HPEM, ou outro proposto pela requerente

    e aprovado pela Cmara Municipal de Sintra, na sequncia de parecer da HPEM.

    8 Sem embargo de regime aplicvel por legislao especial e s demais atribuies de outras

    unidades orgnicas consagradas no Regulamento de Organizao dos Servios Municipais, em reas

    de grande sensibilidade como os ncleos e centros histricos, as reas insertas no mbito geogrfico

    da zona classificada como Patrimnio Mundial da Humanidade pela UNESCO, as zonas de proteco

    de imveis classificados ou em vias de classificao e os espaos verdes pblicos obrigatria a

    emisso de parecer relativamente a todos os tipos de projectos atrs referidos por parte de:

    a) Projecto dos Centros Histricos, quanto aos ncleos e centros histricos e reas

    insertas no mbito geogrfico da zona classificada como Patrimnio Mundial da

    Humanidade pela UNESCO;

    b) Diviso de Patrimnio Histrico e Cultural quanto s zonas de proteco de imveis

    classificados ou em vias de classificao e reas insertas no mbito geogrfico da zonaclassificada como Patrimnio Mundial da Humanidade pela UNESCO ;

    c) Diviso de Parques e Jardins quando existam intervenes no mbito da recolha de

    resduos slidos urbanos, designadamente ecopontos, contentores ou papeleiras sitos

    em espaos verdes pblicos ;

    Artigo 15

    Responsabilidades e Propriedade final

    1 O fornecimento e instalao dos equipamentos de deposio previstos nos projectos referidos no

    artigo anterior da responsabilidade do urbanizador ou do construtor do edifcio, devendo existir no

    local, em condies de operacionalidade, no momento da recepo provisria das infra-estruturas ou

    da passagem da licena de utilizao do edifcio.

    2 Aps a recepo das infra-estruturas, o equipamento de deposio instalado constitui propriedade da

    HPEM.

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    Artigo 16

    Responsabilidade dos utentes nos sistemas de deposio interna

    1 - O proprietrio ou a administrao do condomnio responsvel pelas condies de salubridade dos

    sistemas de deposio interna referidos nas normas tcnicas constantes do Anexo I.

    2 - Quando os sistemas de deposio interna no se encontrarem nas devidas condies de salubridade,

    a Cmara Municipal de Sintra ou a HPEM podem proceder de forma coerciva sua limpeza a

    expensas do infractor ou em caso de reincidncia, exigir ou proceder ao seu encerramento e

    respectiva selagem.

    Artigo 17

    Responsabilidade pelo bom acondicionamento e deposio de resduos slidos urbanos

    1 - Entende-se por bom acondicionamento dos resduos slidos urbanos, a sua deposio no interior dos

    recipientes, em boas condies de higiene e estanquicidade, em sacos de plstico devidamente

    fechados, no devendo a sua colocao ser a granel dentro dos equipamentos, de forma a noocorrer espalhamento ou derrame dos resduos no interior dos recipientes ou na via pblica.

    2 - So responsveis pelo bom acondicionamento dos resduos slidos urbanos e pela sua colocao nos

    equipamentos que compem o sistema de deposio:

    a) Os proprietrios, gerentes ou administradores de estabelecimentos comerciais, industriais ou

    hospitalares, escritrios e similares;

    b) Os proprietrios e os residentes de moradias ou de edifcios de ocupao unifamiliar;

    c) O condomnio, representado pela administrao, nos casos de edifcios em regime de

    propriedade horizontal;

    d) Nos restantes casos, os indivduos ou entidades para o efeito designados, os porteiros, nos

    termos do Regulamento Municipal de Porteiros da Cmara Municipal de Sintra de 1971, tendo

    ainda em ateno o teor do respectivo contrato de trabalho, ou na sua falta, todos os residentes.

    3 Para alm do bom acondicionamento dos resduos slidos urbanos, as pessoas ou entidades

    referidas no nmero anterior so ainda responsveis pela colocao e retirada dos contentores da via

    pblica nas reas abrangidas pela recolha porta-a-porta.

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    4 - S permitido depositar resduos slidos urbanos nos recipientes destinados para o efeito, sendo

    obrigatrio a deposio no interior dos mesmos, devendo ser respeitado integralmente o fim a que

    cada um deles se destina, e deixando sempre fechada a respectiva tampa.

    5 - excepo do disposto na alnea d) do n. 2 do art 18, no permitido colocar nos equipamentos de

    deposio, quaisquer resduos lquidos ou liquefeitos.

    6 - No permitida a colocao de resduos slidos urbanos nos recipientes de recolha indiferenciada

    situados na via pblica, nos dias em que a mesma no efectuada.

    Artigo 18

    Recipientes para deposio de resduos slidos urbanos

    1 - Para efeitos de deposio dos resduos slidos urbanos indiferenciados, podero ser utilizados pelos

    utentes os seguintes recipientes:

    a) Contentores normalizados, de capacidade varivel, distribudos pelos locais de produo de

    resduos slidos urbanos, destinados deposio indiferenciada de resduos e colocados nosespaos pblicos;

    b) Outros recipientes individuais - sacos de plstico, ou outros recipientes similares e adequados,

    em zonas servidas por recolha porta a porta;

    c) Papeleiras, destinadas deposio de resduos produzidos na via pblica;

    2 Para efeitos de deposio selectiva dos resduos slidos urbanos, podero ser utilizados pelos

    utentes os seguintes recipientes:

    a) Equipamento de deposio, de capacidade varivel, distribudos pelos locais de

    produo de resduos slidos urbanos, destinado deposio selectiva das fraces

    valorizveis dos resduos e colocados nos espaos pblicos, nomeadamente vidres,

    embales, papeles e contentores normalizados para restos de comida;

    b) Pilhmetros contentores destinados recolha selectiva de pilhas e acumuladores;

    c) Outros recipientes individuais - Sacos de plstico, ou outros recipientes similares e

    adequados destinados s vrias fraces valorizveis de resduos slidos urbanos, em

    zonas servidas por recolha porta-a-porta

    d) Olees, destinados deposio de leos alimentares;

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    e) Ecopontos baterias de contentores destinados a receber fraces valorizveis de

    resduos slidos urbanos, a localizar, sempre que tecnicamente possvel junto de

    equipamentos de deposio indiferenciada;

    f) Ecocentros reas vigiadas, destinadas recepo de fraces valorizveis, de

    resduos slidos urbanos, onde os utentes podem utilizar os equipamentos disponveis

    para asua deposio;

    3 Qualquer outro recipiente utilizado pelos utentes, alm dos normalizados adoptados pela Cmara

    Municipal de Sintra ou pela HPEM, considerado tara perdida e removido conjuntamente com os

    resduos slidos urbanos, sem prejuzo da responsabilidade contra-ordenacional.

    Artigo 19

    Fornecimentos de equipamentos de deposio

    1 Os equipamentos referidos no artigo 18, so propriedade da HPEM ou da Cmara Municipal de

    Sintra, excepto os adquiridos por terceiros e por eles utilizados de forma exclusiva.

    2- A manuteno e/ou substituio dos equipamentos referidos no artigo 18 so da responsabilidade da

    Cmara Municipal de Sintra ou da HPEM.

    3 - A substituio dos recipientes de deposio distribudos pelos locais de produo, deteriorados por

    razes imputveis aos produtores ou detentores de resduos, efectuada pela Cmara Municipal de

    Sintra, pela HPEM, ou pelas entidades autorizadas para o efeito, mediante pagamento das

    respectivas despesas, sendo responsveis as entidades definidas no artigo 17.

    4 - Compete s entidades responsveis pela produo ou deteno de resduos slidos urbanos solicitar

    HPEM o fornecimento dos recipientes referidos no artigo anterior;

    Artigo 20

    Utilizao do equipamento de deposio

    1 - Para efeitos de deposio dos resduos produzidos nas vias e outros espaos pblicos, obrigatria a

    utilizao dos equipamentos especficos a existentes, nomeadamente papeleiras e ecopontos.

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    2 - Sempre que, no local de produo dos resduos slidos urbanos, exista equipamento de deposio

    selectiva os produtores ou detentores ficam obrigados a utilizar estes equipamentos para a deposio

    das fraces valorizveis de resduos a que se destinam.

    Artigo 21

    Deposio de leos alimentares

    1- Os leos alimentares devem ser depostos nos lees, entregues no Ecocentro mais prximo para

    valorizao, ou recolhidos por empresa da especialidade devidamente autorizada.

    2 - A deposio em locais diversos dos referidos no nmero anterior, constitui comportamento passvel de

    procedimento contra-ordenacional.

    Artigo 22

    Horrio de deposio dos resduos slidos urbanos

    1 O horrio de deposio dos resduos, em funo do local e do tipo de remoo, ser fixado pelaHPEM e divulgado pela Cmara Municipal de Sintra atravs de afixao de edital nos locais de

    estilo, da publicao em dois dos jornais com maior tiragem no concelho, do site da Cmara e dos

    demais meios adequados.

    2 Fora dos horrios estipulados para deposio, os equipamentos referidos nas alneas b) do n. 1 e c)

    do n. 2 do artigo 18., devem encontra-se dentro das instalaes do produtor ou detentor.

    Seco II

    Remoo de resduos slidos urbanos

    Artigo 23

    Remoo de resduos slidos urbanos

    1 excepo da Cmara Municipal de Sintra, da HPEM e de outras entidades pblicas ou privadas

    expressa e formalmente autorizadas para o efeito, proibido a qualquer outra entidade o exerccio

    de quaisquer actividades de remoo de resduos slidos urbanos na rea do Municpio de Sintra.

    2 Constitui excepo ao nmero anterior a recolha de publicidade variada, cuja obrigao imputvel

    ao promotor .

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    Artigo 24

    Recolha de Resduos Verdes Urbanos

    1 proibido colocar nas vias e outros espaos pblicos resduos verdes urbanos, definidos nos termos

    da alnea e) do artigo 7 deste regulamento, fora dos dias e horrios previstos, quando aplicvel.

    Assim, atendendo aos horrios de recolha calendarizada, publicamente divulgada, no podero ser

    colocados resduos verdes urbanos, sem que tal tenha sido previamente requerido HPEM e

    confirmada a realizao da sua remoo.

    2 Nos casos referidos no nmero anterior pode o produtor ou detentor de resduos verdes urbanos,

    solicitar pessoalmente, por escrito (via postal ou via fax), por telefone ou por correio electrnico

    HPEM, a sua remoo graciosa desse tipo de resduos.

    3 A remoo efectua-se em data, hora e local a acordar entre a HPEM e o requerente.

    4 Compete aos utentes interessados, transportar e acondicionar os resduos verdes do local indicado,

    acessvel viatura de recolha e segundo as instrues dadas pela HPEM.

    5- Para se efectuar a recolha, os resduos verdes devero respeitar as seguintes condies:

    a) Os ramos das rvores no podem exceder 1 m de comprimento e os troncos com

    dimetro superior a 20 cm, no podem exceder 50 cm de comprimento;

    b) As ramagens devero ser amarradas com corda ou fio apropriado, no podendo

    ultrapassar 1 m de dimetro;

    c) Todos os resduos verdes que no sejam possvel acondicionar com corda ou fio

    apropriado, tais como relva, aparas de sebes ou outros, devero ser acondicionados em

    sacos plsticos devidamente fechados para evitar o seu espalhamento pelo solo ou

    atmosfera.

    6 - A calendarizao prevista no nmero 1 do presente artigo ser estabelecida pela Cmara Municipal de

    Sintra ou pela HPEM e divulgada publicamente atravs de edital afixados nos locais de estilo e

    outros meios entendidos por convenientes.

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    Artigo 25

    Recolha de Resduos de Equipamento Elctrico e Electrnico

    1 - proibido colocar nos contentores destinados a resduos slidos urbanos, nas vias e outros espaos

    pblicos, resduos de equipamento elctrico e electrnico, sem tal ter sido previamente requerido

    HPEM e obtida a confirmao da realizao da sua remoo.

    2 - O pedido referido no nmero anterior, pode ser efectuado pessoalmente, por escrito (via postal ou via

    fax), por telefone ou por correio electrnico, HPEM que efectuar a remoo graciosa desse tipo de

    resduos, sem prejuzo do disposto do n 5 .

    3 - A remoo efectua-se, atendendo aos horrios estabelecidos, em data, hora e local a acordar entre a

    HPEM e o requerente.

    4 - Compete aos utentes interessados, transportar e acondicionar os resduos de equipamento elctrico e

    electrnico no local indicado, acessvel viatura de recolha e segundo as instrues dadas pela

    HPEM.

    5 A Cmara Municipal de Sintra, pode, sob proposta da HPEM, estabelecer uma tarifa para recolha de

    resduos de equipamento elctrico e electrnico volumosos, cujo peso, quantidade ou portabilidade

    acarrete um dispndio acrescido de meios humanos ou materiais.

    Artigo 26

    Remoo de Dejectos de Animais

    1 - Os acompanhantes de animais so responsveis pela limpeza e remoo dos dejectos produzidos por

    estes nas vias e outros espaos pblicos, devendo para o efeito, fazer-se acompanhar de

    equipamento apropriado.

    2 - Os acompanhantes de animais no devem abandonar o local sem proceder limpeza imediata dos

    dejectos.

    3 - O disposto neste artigo, no se aplica a ces-guia, acompanhantes de invisuais.

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    4 - Os dejectos de animais devem, na sua limpeza e remoo, ser devidamente acondicionados de forma

    hermtica, para evitar qualquer insalubridade.

    5 - A deposio dos dejectos de animais, acondicionados nos termos do nmero anterior, deve ser

    efectuada nos equipamentos de deposio de resduos slidos urbanos existentes na via pblica.

    6 - Sem prejuzo do disposto na Regulamento Municipal sobre o Trens de Sintra, o referido nos nmeros

    anteriores aplica-se, com as devidas adaptaes, a solpedes que circulem na via pblica e a outros

    animais de estimao ou companhia que no os candeos e os feldios.

    Artigo 27

    Queima a cu aberto

    No permita a queima a cu aberto de resduos slidos de qualquer natureza salvo o disposto no

    Decreto-lei n. 310/2002, de 18 de Dezembro.

    Artigo 28Equipamentos de incinerao ou trituradores de resduos slidos urbanos

    1 - Aos particulares so vedadas a instalao de equipamentos de incinerao ou de trituradores de

    resduos slidos e a utilizao de quaisquer outros mtodos de eliminao de resduos ou detritos

    que ponham em risco a sade pblica ou a qualidade do ambiente.

    2 - Do mbito atrs referido excluem-se os trituradores de resduos verdes urbanos, os quais devem ser

    exclusivamente utilizados para esse fim.

    CAPTULO V

    Limpeza Pblica

    Artigo 29

    Limpeza Pblica

    1 - So proibidos quaisquer actos que prejudiquem a limpeza dos espaos pblicos ou que provoquem

    impactes negativos no ambiente.

    2 proibido lanar detritos ou produtos destinados alimentao de animais nas vias ou outros

    espaos pblicos.

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    Artigo 30

    Estacionamento e Trnsito Automvel

    1 A Cmara Municipal de Sintra, por iniciativa prpria ou sob proposta da HPEM pode, mediante

    Despacho do respectivo Presidente, com a devida antecedncia, condicionar, com carcter

    temporrio, o estacionamento ou o transito, em vias municipais cujo estado de limpeza o requeira.

    2 As aces de limpeza referidas no n 1 do presente artigo devem ser divulgadas aos residentes, pelos

    meios que forem adequados, com um prazo mnimo de quarenta e oito horas.

    3 O disposto no nmero anterior no se aplica em casos de catstrofe natural, desastre ou calamidade,

    sendo que, nessa eventualidade o Servio Municipal de Proteco Civil , com a colaborao da

    Polcia Municipal, se necessrio, providenciar as medidas tidas por convenientes.

    4- Sempre que o acesso aos equipamentos de deposio de resduos se encontrar vedado ou

    condicionado em virtude da paragem ou estacionamento de veculos automveis, pode a Cmara

    Municipal ou a HPEM solicitar de imediato a interveno das autoridades policiais a operar noMunicpio, que devem envidar as diligncias necessrias no sentido de promover a clere recolha

    dos resduos.

    Artigo 31

    Limpeza de reas de esplanada ou outras com servido comercial

    1 - da responsabilidade das entidades exploradoras de espaos pblicos, ou que detenham reas

    objecto de licenciamento para ocupao da via pblica, a limpeza diria dos mesmos, removendo os

    resduos provenientes da sua actividade.

    2 - As entidades que exploram estabelecimentos comerciais, tm como responsabilidade a limpeza diria

    das reas de influncia exteriores.

    3 - Para efeitos do presente Regulamento estabelece-se como rea de influncia de um estabelecimento

    comercial, uma faixa de 2 metros de zona pedonal a contar do permetro da rea de ocupao da via

    pblica.

    4 - O disposto no nmero anterior tambm se aplica, com as necessrias adaptaes, a feirantes,

    vendedores ambulantes, produtores agrcolas e promotores de espectculos itinerantes.

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    Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho n 59-P/2008 Pgina31

    5 - A recolha dos resduos resultantes das actividades mencionadas nos nmeros anteriores, deslocados

    para fora dos limites da rea de explorao respectiva, por razes de condies meteorolgicas ou

    por terceiros, da responsabilidade da entidade exploradora.

    6 - Os resduos provenientes das limpezas constantes do presente artigo devem ser depositados no

    equipamento de deposio destinados aos resduos provenientes daquelas actividades.

    7 A falta de limpeza nos espaos anteriormente referidos passvel de responsabilidade contra-

    ordenacional.

    Artigo 32

    Limpeza de reas de Praia no Concessionada

    1 - Nas reas do Municpio sob jurisdio da entidade gestora do domnio pblico martimo a Cmara

    Municipal de Sintra deve colaborar na limpeza e remoo dos Resduos Slidos Urbanos das praias

    no concessionadas e promov-la nas praias classificadas como de tipo IV e V no Plano de

    Ordenamento da Orla Costeira Sintra-Sado.

    2 - Compete Cmara Municipal de Sintra colocar nas praias no concessionadas equipamentos de

    deposio adequados.

    3 A remoo dos resduos slidos dos equipamentos referidos no nmero anterior para o contentor de

    resduos slidos urbanos da competncia de qualquer das entidades referidas no nmero um do

    presente artigo.

    Artigo 33

    Limpeza de reas de Praia Concessionada

    1 - Nas praias concessionadas, compete aos concessionrios a limpeza e remoo de Resduos Slidos

    Urbanos.

    2 - A instalao de pontos de recolha de Resduos Slidos Urbanos deve ser sempre realizada em

    parceria com a Cmara Municipal de Sintra.

    3 - Compete ao concessionrio a colocao dos sacos com os Resduos Slidos Urbanos em locais a

    acordar com a HPEM , de modo a possibilitar a recolha pela viatura.

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    Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho n 59-P/2008 Pgina32

    4 Caso os Resduos Slidos Urbanos no sejam recolhidos, os concessionrios so notificados pela

    Cmara Municipal de Sintra, para no prazo que lhe vier a ser fixado, proceder sua limpeza.

    5 - Sem embargo da eventual responsabilidade contra-ordenacional, sempre que no for dado

    cumprimento notificao referida no nmero anterior, a Cmara Municipal de Sintra, podendo

    recorrer aos servios da HPEM, substitui-se aos responsveis na remoo e ou limpeza, debitando

    aos mesmos as respectivas despesas.

    Artigo 34

    Limpeza de reas exteriores de estaleiros de obras

    1 - As condies de limpeza de reas exteriores de estaleiros de obras so as constantes da Seco IV

    do Captulo VI do presente Regulamento.

    2 Caso as condies atrs referidas no forem as desejveis, o titular do alvar de licena, de

    comunicao prvia ou de qualquer outra operao urbanstica ser notificado pela Cmara

    Municipal de Sintra, para no prazo que lhe vier a ser fixado, proceder sua correco.

    3 - Sem embargo da eventual responsabilidade contra-ordenacional, sempre que no for dado

    cumprimento notificao referida no nmero anterior, a Cmara Municipal de Sintra, podendo

    recorrer aos servios da HPEM, substitui-se ao responsvel, debitando ao mesmo as respectivas

    despesas.

    Artigo 35

    Limpeza de terrenos privados

    1 - Os proprietrios de terrenos so responsveis pela sua limpeza e desmatao regular, nos termos da

    lei.

    2 - Os proprietrios dos terrenos so solidariamente responsveis com os detentores ou produtores de

    resduos pela sua utilizao como vazadouro, sendo neles proibida a deposio de resduos slidos,

    designadamente lixos, resduos de construo e demolio e outros desperdcios.

    3 Nos terrenos edificveis, designadamente os resultantes de operaes urbansticas devidamente

    licenciadas ou autorizadas caber aos titulares do alvar de licena ou autorizao proceder

    periodicamente respectiva limpeza, de modo a evitar o aparecimento de matagais, susceptveis de

    afectarem a salubridade dos locais ou provocarem riscos de incndios.

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    Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho n 59-P/2008 Pgina33

    4 Sem embargo da eventual responsabilidade contra-ordenacional, os proprietrios dos terrenos ou os

    titulares do alvar de licena ou autorizao de operao urbanstica, referidos nos nmeros

    anteriores so notificados pela Cmara Municipal de Sintra, para no prazo que lhe vier a ser fixado,

    proceder sua limpeza e desmatao ou remoo dos resduos slidos indevidamente

    depositados.

    5 permitida em terrenos agrcolas a deposio, de produtos de desmatao, de podas ou desbastes,

    bem como fertilizantes, sempre que os mesmos sejam destinados ou provenientes de actividades

    agrcolas, salvaguardando sempre a preservao dos recursos aquferos, a sade pblica em geral ,

    a segurana de pessoas e bens, desde que no configurem aces de aterro ou escavao que

    conduzam alterao do relevo natural e das camadas do solo arvel ou destruio do coberto

    vegetal.

    6 Sem embargo da legislao especial, designadamente do Plano de Ordenamento do Parque Natural

    Sintra-Cascais, sempre que, em terrenos de rea inferior a 50 h, a deposio configure uma aco

    de aterro ou escavao que conduza alterao do relevo natural e das camadas do solo arvel, ou destruio de coberto vegetal, deve a mesma ser licenciada nos termos do Regulamento Municipal

    de Revestimento Vegetal do Concelho de Sintra, o qual tem por base o Regime Jurdico aprovado

    pelo DecretoLei n. 139/89, de 28 de Abril.

    Artigo 36

    Processo de limpeza de terrenos privados

    Sempre que no for dado cumprimento notificao referida no n4 do artigo anterior, a Cmara

    Municipal de Sintra pode recorrer aos servios da HPEM, substitui-se aos responsveis na remoo e ou

    limpeza, debitando aos mesmos as respectivas despesas.

    Artigo 37

    Limpeza de espaos interiores

    1 - proibida a acumulao no interior dos edifcios, logradouros ou outros espaos particulares, de

    quaisquer tipos de resduos, quando com isso possa ocorrer dano para a sade pblica, risco de

    incndio ou perigo para o ambiente.

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    Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho n 59-P/2008 Pgina34

    2 Nas situaes de violao ao disposto no nmero anterior, a Cmara Municipal de Sintra notificar os

    infractores, para no prazo que for designado, procederem regularizao da situao de

    insalubridade ou de risco verificado.

    3 Para efeitos do nmero anterior, o no cumprimento da notificao no prazo estabelecido implica,

    aps sentena ou deciso judicial, a realizao da operao de limpeza pela Cmara Municipal de

    Sintra sendo o custo da mesma da responsabilidade dos proprietrios ou detentores, a qualquer ttulo

    do imvel, sem prejuzo da eventual responsabilidade contra-ordenacional ou penal em que

    incorram.

    Artigo 38

    Publicidade

    1 Toda a actividade publicitria carece de licenciamento municipal, nos termos do disposto no

    Regulamento da Publicidade, Ocupao da Via Pblica e Mobilirio Urbano do Municpio de Sintra,

    em vigor.

    2 No permitido abandonar na via pblica panfletos promocionais ou publicitrios aps o termo da

    aco publicitria, devendo o espao ser convenientemente limpo pelos promotores da aco.

    3 Sem prejuzo da eventual responsabilidade contra-ordenacional em que incorram nos termos do

    nmero anterior, caso os promotores da distribuio ou lanamento de panfletos promocionais ou

    publicitrios no limpem a via pblica, a Cmara Municipal de Sintra notificar os infractores, para no

    prazo de vinte e quatro horas, procederem regularizao da situao.

    4 O no acatamento da notificao no prazo estabelecido, implica a realizao da operao de limpeza

    pela Cmara Municipal de Sintra, podendo recorrer aos servios da HPEM, sendo o custo da mesma

    suportado pelos promotores da distribuio.

    Artigo 39

    Tarifas

    As tarifas constantes do presente captulo sero estabelecidas pela Cmara Municipal de Sintra sob

    proposta da HPEM de acordo com o disposto no Captulo VII do presente Regulamento.

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    CAPTULO VI

    Produo de Resduos Slidos Especiais

    SECO I

    Resduos Slidos Especiais Equiparveis a Resduos Slidos Urbanos

    Artigo 40.

    Responsabilidade da gesto de resduos slidos especiais equiparveis a Resduos Slidos

    Urbanos

    A deposio, recolha, transporte, armazenagem, valorizao ou recuperao, tratamento e eliminao

    dos resduos slidos definidos nos termos do n. 1 do artigo 8., so da responsabilidade dos seus

    produtores ou detentores.

    SECO II

    Objectos volumosos fora de uso

    Artigo 41

    Objectos volumosos fora de uso

    1 - Consideram-se objectos volumosos fora de uso, vulgo monstros, os objectos provenientes de locais

    quer sejam ou no habitaes e que, pelo seu volume, forma ou dimenses, no possam ser

    recolhidos pelos meios normais de remoo.

    2 - Os objectos volumosos fora de uso podem ser entregues pelos utentes nos Ecocentros, de acordo com

    as normas dos respectivos regulamentos, ou pode ser solicitada a sua remoo, nos termos do artigo

    seguinte.

    Artigo 42

    Remoo de Objectos volumosos fora de uso

    1 - proibido colocar nas vias e outros espaos pblicos, objectos volumosos fora de uso, definidos no

    n1 do artigo anterior, sem previamente o requerer HPEM, e obter confirmao de que se realiza a

    sua remoo.

    2 - O pedido referido no nmero anterior pode ser efectuado pessoalmente, pelo telefone, por escrito ou

    por correio electrnico.

    3 - A remoo gratuita e efectua-se em data e hora a acordar entre a HPEM e o requerente.

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    4 - Compete aos utentes interessados, transportar e acondicionar os monstros no local indicado,

    acessvel viatura de recolha e segundo as instrues dadas pela HPEM .

    5 A remoo de objectos volumosos fora de uso no se aplica actividade industrial ou comercial.

    SECO III

    Resduos Verdes

    Artigo 43

    Resduos Verdes Especiais

    Consideram-se resduos verdes especiais os resduos provenientes da limpeza e manuteno de

    jardins e de outros espaos de uso privado ou pblico, nomeadamente aparas, troncos, ramos, relva

    e ervas, e cuja produo semanal, correspondente a um produtor exceda os 1100 litros;

    Artigo 44

    Remoo de Resduos Verdes Especiais

    1 - proibido colocar nas vias e outros espaos pblicos, resduos verdes especiais, definidos nos termos

    do artigo anterior .

    2 - Pode o produtor ou detentor de resduos verdes especiais, solicitar pessoalmente, por escrito (via

    postal ou via fax), por telefone ou por correio electrnico, HPEM, a remoo desse tipo de resduos,

    mediante o pagamento da tarifa respectiva.

    3 - A remoo efectua-se em data, hora e local a acordar entre a HPEM e o requerente.

    4 - Compete aos utentes interessados, transportar e acondicionar os resduos verdes especiais no local

    indicado, acessvel viatura de recolha e segundo as instrues dadas pela HPEM.

    5 - Para se efectuar a recolha, os resduos verdes devero respeitar as seguintes condies:

    a) Os ramos das rvores no podem exceder 1 m de comprimento e os troncos com dimetro

    superior a 20 cm, no podem exceder 50 cm de comprimento;

    b) As ramagens devero ser amarradas com corda ou fio apropriado, no podendo ultrapassar 1 m

    de dimetro;

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    c) Todos os resduos verdes que no sejam possvel acondicionar com corda ou fio apropriado, tais

    como relva, aparas de sebes ou outros, devero ser acondicionados em sacos plsticos

    devidamente fechados para evitar o seu espalhamento pelo solo ou atmosfera.

    SECO IV

    Resduos de Construo e Demolio

    Artigo 45.o

    Responsabilidade pela gesto dos resduos de construo e demolio

    1 A gesto dos resduos de construo e demolio, vulgo entulhos, definidos na alnea f) do n. 1 do

    artigo 8. da responsabilidade de todos os intervenientes no seu ciclo de vida , desde o produto original

    at ao resduo produzido, na medida da respectiva interveno do mesmo.

    2 Exceptuam-se do disposto no nmero anterior os resduos de construo e demolio produzidos em

    obras particulares isentas de licena e no submetidas a comunicao prvia, cuja gesto cabe

    entidade responsvel pela gesto de resduos urbanos.

    3 Consideram-se abrangidos no nmero anterior os resduos produzidos em obras no sujeitas a

    controlo prvio, nos termos do Regime Jurdico de Urbanizao e Edificao, com um volume at 1 m3

    por obra efectuada.

    4 Os resduos referidos no nmero anterior so recolhidos em data, hora e local a acordar pela HPEM,

    mediante o pagamento da respectiva tarifa.

    5 - Os resduos de construo e demolio referidos no nmero 2 do presente artigo com volume superior

    a 1 m3 por obra devem ser encaminhados pelos respectivos produtores para entidades devidamente

    licenciadas para a remoo, valorizao ou eliminao dos resduos.

    6 Em caso de impossibilidade de determinao do produtor do resduo, a responsabilidade pela

    respectiva gesto recai sobre o seu detentor.

    7 A responsabilidade das entidades referidas nos nmeros anteriores extingue-se pela transmisso dos

    resduos a operador licenciado de gesto de resduos ou pela sua transferncia, nos termos da lei, para

    as entidades responsveis por gesto de fluxos de resduos.

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    Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho n 59-P/2008 Pgina38

    8 Os materiais que no seja possvel reutilizar e que constituam resduos de construo e demolio

    so obrigatoriamente objecto de triagem com vista ao seu encaminhamento por fluxos e fileiras de

    materiais para reciclagem ou outras formas de valorizao.

    9 Nos casos em que no possa ser efectuada a triagem dos resduos de construo e demolio na

    obra ou em local afeto mesma, o respectivo produtor responsvel pelo seu encaminhamento para

    operador de gesto licenciado para o efeito.

    10 A responsabilidade referida no presente artigo aplica-se, com as devidas adaptaes, deposio

    de materiais de base, destinados actividade de edificao ou construo.

    Artigo 46.o

    Decurso da obra

    1 Na realizao de qualquer tipo de obra, a colocao de materiais a esta afetos, deve ter lugar no

    interior do estaleiro licenciado para o efeito, no sendo permitido qualquer tipo de escorrncia ou

    acumulao de quaisquer resduos no exterior do estaleiro.

    2 Os empreiteiros ou promotores de obras so responsveis pela limpeza e manuteno dos espaos

    envolventes obra.

    3 A descarga de resduos de obra gerados nos diversos andares de obra para os contentores de inertes

    deve ser efectuada atravs de tubos-guia verticais fechados e recebidos em recipiente coberto.

    4 Os veculos afetos obra, sempre que abandonem o estaleiro, devem apresentar os rodados em

    condies de no largarem resduos na via pblica.5 Os empreiteiros ou promotores de obra so responsveis pela sujidade causada pelo transporte de

    materiais afetos obra respectiva, ficando a seu cargo a limpeza das vias onde ocorra a queda desses

    materiais.

    6 Sem prejuzo da eventual responsabilidade contra-ordenacional, caso os empreiteiros ou promotores

    da obra no limpem as vias onde ocorra a queda de resduos, a Cmara Municipal de Sintra notifica-os no

    prazo de vinte e quatro horas para procederem regularizao da situao.

    7 O no acatamento da notificao no prazo estabelecido implica a realizao da operao de limpeza

    pela Cmara Municipal de Sintra, podendo recorrer aos servios da HPEM, sendo o custo da mesma

    suportado pelos empreiteiros ou promotores da obra.

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    Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho n 59-P/2008 Pgina39

    8 proibido no decurso de qualquer tipo de obras ou de operaes de remoo de resduos de

    construo e demolio colocar ou despejar terras, resduos de construo e demolio ou qualquer outro

    material em qualquer local que no se encontre legalmente autorizado, designadamente:

    a) Nas vias e outros espaos pblicos do Municpio;

    b) Em terreno privado, sem licenciamento / autorizao municipal ou sem o cumprimento das

    normas respeitantes ao controlo prvio;

    c) Em ribeiras, linhas de gua, esgotos pluviais, guas residuais domsticas ou em espaos que

    possam causar a sua poluio;

    d) Em locais no autorizados pelas entidades competentes e ainda onde representem um risco real

    ou potencial para a sade pblica, causem prejuzos ao ambiente, nomeadamente a valores

    consagrados na respectiva lei de bases ou prejudiquem a higiene, limpeza e esttica de locais

    pblicos.

    Artigo 46. A

    Plano de preveno e gesto de Resduos de Construo e demolio

    1 - Nas empreitadas e construes de obras pblicas o projecto de execuo acompanhado de um

    plano de preveno e gesto de resduos de construo e demolio que assegura o cumprimento dos

    princpios gerais de gesto de resduos de construo e demolio e das demais normas aplicveis

    constantes do DL n. 46/2008, de 12 de Maro e do DL n, 178/2006, de 5 de Setembro.

    2 - Do plano de preveno e gesto de resduos de construo e demolio consta obrigatoriamente:

    a) A caracterizao sumria da obra a efetuar, com descrio dos mtodos construtivos a utilizar

    tendo em vista os princpios da auto-suficincia, da preveno e reduo, da hierarquia das

    operaes de gesto de resduos, da responsabilidade do cidado, da regulao da gesto de

    resduos de equivalncia previstos no decreto-lei n. 178/2006, de 5 de Setembro;

    b) A metodologia para a incorporao de reciclados de resduos de construo e de demolio;

    c) A metodologia de preveno de resduos de construo e de demolio com identificao

    estimativa dos materiais a reutilizar na prpria obra ou noutros destinos;

    d) A referncia aos mtodos de acondicionamento e triagem dos resduos de construo e de

    demolio na obra ou em local afecto mesma, devendo, caso a triagem no esteja prevista, ser

    apresentada fundamentao da sua impossibilidade;

    e) A estimativa dos resduos de construo e de demolio a produzir, da fraco a reciclar ou a

    sujeitar a outras formas de valorizao, bem como da quantidade a eliminar, com identificao

    do respectivo cdigo da lista europeia de resduos.

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    3 Incumbe ao empreiteiro ou ao concessionrio executar o plano de preveno e gesto de resduos de

    construo e de demolio, assegurando, designadamente:

    a) A promoo da reutilizao de materiais e a incorporao de reciclados de Resduos de

    construo e de demolio na obra;

    b) A existncia na obra de um sistema de acondicionamento adequado que permita a gesto

    selectiva dos resduos de construo e de demolio;

    c) A aplicao em obra de uma metodologia de triagem de resduos de construo e de demolio

    ou, nos casos em que tal no seja possvel, o seu encaminhamento para operador de gesto

    licenciado;

    d) A manuteno em obra dos resduos de construo e de demolio pelo mnimo tempo possvel

    que, no caso de resduos perigosos, no pode ser superior a seis meses.

    4 O plano de preveno e gesto de resduos de construo e de demolio pode ser alterado pelo

    dono da obra na fase da execuo, sob proposta do produtor de resduos de construo e de demolio

    ou, no caso de empreitadas de concepo-construo, pelo adjudicatrio com a autorizao do dono da

    obra, desde que a alterao seja devidamente fundamentada.

    5 O plano de preveno e gesto de resduos de construo e de demolio deve estar disponvel no

    local da obra, para efeitos de fiscalizao pelas entidades competentes, e ser do conhecimento de todos

    os intervenientes na execuo da obra.

    6 - A Agncia Portuguesa do Ambiente disponibiliza no seu stio da Internet um modelo de plano de

    preveno e gesto de resduos de construo e de demolio.

    Artigo 47.o

    Pedidos de operaes urbansticas sujeitas a controlo prvio

    1 - Nas obras sujeitas a licenciamento ou comunicao prvia nos termos do Regime Jurdico de

    Urbanizao e Edificao e no Regulamento Municipal de Urbanizao e Edificao do Concelho de

    Sintra, o produtor de Resduos de construo e de demolio est, designadamente, obrigado a:

    a) Promover a reutilizao de materiais e a incorporao de reciclados de resduos de construo e

    de demolio na obra;

    b) Assegurar a existncia na obra de um sistema de acondicionamento adequado que permita a

    gesto seletiva dos resduos de construo e de demolio;

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    c) Assegurar a aplicao em obra de uma metodologia de triagem de resduos de construo e de

    demolio ou, quando tal no seja possvel, o seu encaminhamento por operador de gesto

    licenciado;

    d) Assegurar que os resduos de construo e de demolio so mantidos em obra o mnimo tempo

    possvel, sendo que, no caso de resduos perigosos, esse perodo no pode ser superior a trs

    meses;

    e) Cumprir as demais normas tcnicas respectivamente aplicveis;

    f) Efectuar e manter, conjuntamente com o livro de obra, o registo de dados de Resduos de

    construo e de demolio, de acordo com o modelo constante do anexo II ao decreto-lei n.

    46/2008, de 12 de Maro.

    2 - Todos os pedidos de operaes urbansticas sujeitas a controlo prvio nos termos do regime jurdico

    da urbanizao e edificao e no Regulamento Municipal de Urbanizao e Edificao do Concelho de

    Sintra devem apresentar um plano de gesto de resduos de obra, o qual possuir os seguintes

    elementos:

    a) Identificao dos diversos tipos de resduos que sero produzidos no decurso da obra, de acordo coma classificao indicada nos artigos 5.o e 6.o do presente Regulamento, identificao do destino final

    previsto para cada um;

    b) Estimativa das quantidades produzidas para cada resduo identificado;

    c) Memria descritiva sobre a forma como sero acondicionados os diversos tipos de resduos

    produzidos, assim como o seu transporte e destino final adequado;

    d) Declarao comprovativa da entidade receptora dos resduos referidos nas alneas a) e b),

    identificando a sua tipologia e quantidade, na qual se compromete a encaminhar os resduos para

    valorizao ou eliminao;

    e) Cauo prestada pelo dono da obra no caso de obras particulares, ou pelo adjudicatrio no caso de

    obras pblicas, a favor da Cmara Municipal de Sintra, calculada nos termos da legislao vigente,

    destinada a garantir a correcta gesto dos resduos produzidos, mediante garantia bancria, depsito em

    dinheiro ou seguro cauo, a ser libertada aquando da apresentao pelo dono da obra, do registo de

    dados de resduos de construo e demolio preenchido nos termos legais juntamente com os

    certificados de recepo de resduos de construo e demolio ou pelo adjudicatrio, aquando da

    recepo provisria da obra.

    3Deve constar no livro de obra a data e o local de descarga de resduos de construo e de demolio

    por esta produzidos.

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    Artigo 47.o - A

    Obras no sujeitas a controlo prvio

    As obras isentas de controlo prvio por parte do Municpio devem cumprir com os princpios

    enformadores do regime de gesto de resduos estando quem as efectivar designadamente obrigado a:

    a) Promover a reutilizao de materiais e a incorporao de reciclados de resduos de construo e

    de demolio na obra;

    b) Assegurar a existncia na obra de um sistema de acondicionamento adequado que permita a

    gesto seletiva dos resduos de construo e de demolio;

    c) Assegurar a aplicao em obra de uma metodologia de triagem de resduos de construo e de

    demolio ou, quando tal no seja possvel, o seu encaminhamento por operador de gesto

    licenciado;

    d) Assegurar que os resduos de construo e de demolio so mantidos em obra o mnimo tempo

    possvel, sendo que, no caso de resduos perigosos, esse perodo no pode ser superior a trs

    meses;

    e) Cumprir as demais normas tcnicas aplicveis.

    Artigo 48.

    Exerccio da actividade de remoo de resduos de construo e demolio

    1 - O exerccio da actividade de remoo de resduos de construo e demolio na rea do municpio de

    Sintra s pode ser exercido por entidades devidamente autorizadas pela Autoridade Regional de

    Resduos, nos termos do disposto no Decreto-Lei n. 178/2006, de 8 de Setembro, Decreto-Lei n

    46/2008, de 12 de Maro e demais legislao aplicvel.

    2 - Os resduos de construo e demolio devem, aquando do respectivo transporte, ser acompanhados

    da guia legalmente exigvel, sob pena do transportador incorrer nas sanes legalmente previstas.

    Arti