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Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 1 REGULAMENTO INTERNO DO CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA CENTRAL, EPE Introdução O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE foi criado pelo DL nº 50-A/2007 de 28 de Fevereiro e visa a integração numa mesma organização de quatro unidades hospitalares: Hospital de S. Marta, EPE, Hospital de D. Estefânia, Hospital de S. José e o Hospital de S. António dos Capuchos (os dois últimos integravam o Centro Hospitalar de Lisboa – Zona Central). A criação deste Centro, para além do projecto de ampliação do universo de hospitais com estatuto de entidades públicas empresariais, visa ainda facilitar a reconversão a médio prazo destes hospitais numa moderna e avançada unidade hospitalar tendo por base o projecto de reestruturação da rede hospitalar da área de Lisboa. O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, no sentido de criar condições para o exercício de uma medicina moderna, centrada no bem-estar do doente e na satisfação dos profissionais adopta como eixo estruturante da sua actividade assistencial um modelo de governação clínica. Com este modelo pretende-se garantir uma melhoria continuada da qualidade dos serviços e cuidados prestados a caminho da excelência, envolvendo todos os profissionais e garantindo a adopção pelos serviços de boas práticas e o empenho de todos, num compromisso de actualização permanente e de formação continuada, aumentando a segurança global na instituição. No que respeita à organização e gestão, pretende o Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, atendendo á dimensão gestionária e á complexidade do projecto de mudança, levar a efeito uma experiência inovadora de gestão, ao considerar um modelo de contratualização interna, criando para o efeito uma estrutura intermédia de gestão, de formato mais aligeirado e operacional, que assuma e execute com a maior eficácia o contrato-programa negociado com o Conselho de Administração. De referir que o presente regulamento, designadamente nos pontos referidos anteriormente, incorpora as grandes linhas da reflexão interna, obtidas através de ampla participação dos profissionais, considerando-se este contributo um factor crítico de sucesso.

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Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 1

REGULAMENTO INTERNO DO CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA CENTRAL, EPE

Introdução

O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE foi criado pelo DL nº 50-A/2007 de 28 de Fevereiro e visa a integração numa mesma organização de quatro unidades hospitalares: Hospital de S. Marta, EPE, Hospital de D. Estefânia, Hospital de S. José e o Hospital de S. António dos Capuchos (os dois últimos integravam o Centro Hospitalar de Lisboa – Zona Central). A criação deste Centro, para além do projecto de ampliação do universo de hospitais com estatuto de entidades públicas empresariais, visa ainda facilitar a reconversão a médio prazo destes hospitais numa moderna e avançada unidade hospitalar tendo por base o projecto de reestruturação da rede hospitalar da área de Lisboa. O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, no sentido de criar condições para o exercício de uma medicina moderna, centrada no bem-estar do doente e na satisfação dos profissionais adopta como eixo estruturante da sua actividade assistencial um modelo de governação clínica. Com este modelo pretende-se garantir uma melhoria continuada da qualidade dos serviços e cuidados prestados a caminho da excelência, envolvendo todos os profissionais e garantindo a adopção pelos serviços de boas práticas e o empenho de todos, num compromisso de actualização permanente e de formação continuada, aumentando a segurança global na instituição. No que respeita à organização e gestão, pretende o Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, atendendo á dimensão gestionária e á complexidade do projecto de mudança, levar a efeito uma experiência inovadora de gestão, ao considerar um modelo de contratualização interna, criando para o efeito uma estrutura intermédia de gestão, de formato mais aligeirado e operacional, que assuma e execute com a maior eficácia o contrato-programa negociado com o Conselho de Administração. De referir que o presente regulamento, designadamente nos pontos referidos anteriormente, incorpora as grandes linhas da reflexão interna, obtidas através de ampla participação dos profissionais, considerando-se este contributo um factor crítico de sucesso.

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 2

CAPÍTULO I Disposições gerais

Artigo 1° (Objecto)

O presente regulamento estabelece os princípios de gestão e de funcionamento do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, adiante designado por CHLC, bem como, a sua estrutura organizativa e respectivas atribuições.

Artigo 2º (Natureza, sede e vinculação)

1 - O CHLC é um estabelecimento público do Serviço Nacional de Saúde (SNS), dotado de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial e natureza empresarial. 2 - O CHLC rege-se pelo Decreto-Lei nº 50-A/2007, de 28 de Fevereiro e subsidiariamente pelo Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, pelo regime jurídico aplicável às entidades públicas empresariais e pelas normas em vigor para o SNS que os não contrariem e pelo presente regulamento interno. 3 - O CHLC tem a sua sede na Rua José António Serrano, em Lisboa, estando inscrito na conservatória do registo comercial de Lisboa, 1ª Secção sob o nº AP.19/20070308, identificado com o número de pessoa colectiva nº 508080142. 4 - O CHLC é constituído por quatro unidades hospitalares:

a) O Hospital de São José, unidade I; b) O Hospital de Santo António dos Capuchos, unidade II; c) O Hospital Santa Marta, unidade III; d) O Hospital de Dona Estefânia, unidade IV.

5 - O CHLC vincula-se pela assinatura de, pelo menos, dois membros do conselho de administração, adiante designado por CA.

Artigo 3° (Missão)

1 - O CHLC tem por missão prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com as demais unidades prestadoras de cuidados de saúde integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). 2 - A actividade do CHLC assegura a cada doente, cuidados que correspondam às suas necessidades, de acordo com as melhores práticas clínicas e numa lógica de governação clínica, promove uma eficiente utilização dos recursos disponíveis, abrangendo, ainda, as áreas de investigação, ensino, prevenção e continuidade de cuidados, conforme o primado do doente.

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Artigo 4º (Visão)

O CHLC é um hospital central, com ensino universitário e formação pós-graduada, com elevada diferenciação científica, técnica e tecnológica, sendo reconhecido pela excelência clínica, eficácia e eficiência assumindo-se como instituição de referência.

Artº 5

(Valores) O CHLC pauta a sua actividade pelos seguintes valores:

a) Competência técnica; b) Ética profissional; c) Segurança e conforto para o doente; d) Responsabilidade e transparência; e) Cultura de serviço centrada no doente; f) Melhoria continua da qualidade; g) Cultura de mérito, rigor e avaliação sistemática; h) Actividade orientada para resultados; i) Trabalho em equipa/multidisciplinar e multiprofissional; j) Boas condições de trabalho.

Artigo 6º

(Objectivos) São objectivos do CHLC:

a) Prestar cuidados de saúde diferenciados, de qualidade, em tempo adequado, com eficiência e em ambiente humanizado;

b) Intervir na prevenção da doença; c) Optimizar a utilização dos recursos disponíveis; d) Constituir-se como entidade de referência na elaboração de padrões

para a prestação de cuidados de saúde diferenciados; e) Promover o ensino, a formação e a investigação nas áreas clínicas e de

apoio clínico, como condição para uma prática de excelência; f) Prosseguir a melhoria contínua da qualidade no âmbito do modelo de

governação clínica; g) Promover o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores

através da responsabilização por resultados, instituindo uma política de incentivos à produtividade, ao desempenho e ao mérito bem como, uma politica de formação continua;

h) Desenvolver programas de melhoria da eficiência operacional e da gestão clínica, tendentes a garantir o equilíbrio económico-financeiro.

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Artigo 7º (Área geográfica de intervenção)

1 - A área geográfica de intervenção do CHLC é a definida no âmbito da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, sem prejuízo do que a nível nacional for definido. 2 - O disposto no número anterior não impede que o CHLC possa estender a sua intervenção a outras áreas geográficas, enquadrada pela optimização do seu funcionamento resultante das articulações que vierem a ser definidas e a especificar em sede de contrato-programa. 3 - A delimitação geográfica de intervenção referida no nº 1 não pode conflituar com o princípio da universalidade do SNS, assegurando-se o princípio da liberdade de escolha, de acordo com as regras de organização e em articulação com as redes hospitalares e de cuidados de saúde primários, já definidas ou a definir.

CAPÍTULO II Princípios organizativos

Artigo 8°

(Níveis de gestão) 1 - O funcionamento do CHLC tem por objectivo a qualidade e eficiência na prestação dos cuidados de saúde e assenta na responsabilidade da gestão. 2 - O CHLC adopta um modelo de gestão participada que compreende os níveis de gestão estratégica, intermédia e operacional e que assenta na contratualização interna de objectivos e meios. 3 - Ao Conselho de Administração (CA), ao nível estratégico, compete estabelecer os objectivos, definir as estratégias, consolidar os projectos, assegurar a sua execução, monitorização e controlo, através de políticas de contratualização interna. 4 – Ás Áreas, ao nível intermédio de gestão, incumbe a transposição das estratégias, objectivos e metas do CHLC para planos de actividade e orçamentos contratualizados com o CA e coordenar a sua execução pelas Especialidades e Unidades Funcionais que as constituem. 5 - Ás Especialidades e Unidades funcionais, ao nível da gestão operacional, incumbe a prestação directa de cuidados de acordo com objectivos e metas contratualizados pelo CA para a respectiva Área. 6 - Sem prejuízo do disposto no nº 4 e 5, e tendo em vista a melhoria da prestação dos cuidados de saúde, bem como, do desempenho e satisfação dos profissionais, o CHLC pode realizar parcerias com a participação de profissionais ou entidades externas.

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Artigo 9º (Organização interna do CHLC)

1 - O CHLC organiza-se nas seguintes estruturas de actividade:

a) Estrutura clínica; b) Estrutura de apoio clínico; c) Estrutura de ensino e de investigação; d) Estrutura de apoio e logística.

2 - A estrutura clínica, assenta em processos de gestão por patologias/especialidades, agrupados em áreas com afinidade técnica e funcional, numa lógica potencialmente matricial. 3 – A estrutura de apoio clínico assenta em processos técnicos de apoio á actividade clínica, numa lógica tendencialmente transversal 4 – O ensino e a investigação, sem prejuízo da necessária articulação com a estrutura clínica, dispõem de uma estrutura e orgãos próprios, com actividade organizada em programas específicos. 5 - A estrutura de apoio e logística organiza-se verticalmente, mas adoptando, sempre que possível, formas em torno de processos de trabalho. 6 - De harmonia com o disposto no nº 2, a estrutura clínica resulta da intersecção entre as especialidades e as patologias, gerando espaços de acção multidisciplinares, permitindo a concretização de novas formas de organização baseadas em princípios de gestão da doença e novas metodologias de trabalho centradas num modelo de governação clínica. 7 - Na área de apoio e logística o Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE pode proceder à contratação externa de serviços ou actividades, nos termos da lei e de forma a garantir a maior eficácia e eficiência.

Artigo 10º

(Governação Clínica) 1 – A estrutura clínica, de forma a garantir uma melhoria continuada da qualidade, deverá adoptar um modelo de governação clínica, envolvendo todos os profissionais, baseando-se num controlo rigoroso do exercício profissional, auto-regulado e de responsabilização pelas práticas, exigindo o empenho de todos num compromisso de actualização permanente e de formação continuada. 2 - Assumindo-se que a qualidade dos actos clínicos é o principal factor critico de sucesso de todo o processo assistencial, a estrutura clínica deverá adoptar métodos de trabalho baseados em boas práticas com definição prévia de padrões aceitáveis e implementar um sistema integrado que garanta a qualidade dos mesmos, realçando e evidenciando o desempemho dos profissionais.

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3 - Para além dos princípios subjacentes ao modelo de governação clínica referidos nos números anteriores e na sequência da longa tradição nos hospitais do CHLC de prestação de cuidados diferenciados e de qualidade, deverão ser concretizados em toda a estrutura clínica os seguintes objectivos específicos:

a) Responsabilizar claramente a organização e os seus profissionais individualmente, pela garantia da prestação de serviços e de cuidados de qualidade, apostando na sua melhoria contínua, aumentando a confiança dos utentes no CHLC;

b) Garantir a melhor articulação entre gestores, chefias e restantes profissionais de forma a estabelecer, de acordo com as regras do Serviço Nacional de Saúde, um equilíbrio correcto entre os recursos humanos e financeiros e a necessidade de práticas modernas e de qualidade, adequadas ás necessidades sentidas pelos doentes e expectáveis pelos profissionais;

c) Planear as actividades e os cuidados centrados nas necessidades dos doentes e das suas famílias, disponibilizando informação acessível, ouvindo-os e envolvendo-os, numa relação correcta e transparente, de maneira a melhorar a sua confiança no CHLC e no sistema de saúde;

d) Promover a abordagem sistemática de redução dos riscos para o doente através do desenvolvimento de uma cultura de segurança no CHLC, aprendendo com os erros e partilhando a sua aprendizagem;

e) Diminuir a variabilidade nos processos e resultados, através da sua revisão permanente;

f) Garantir que os profissionais de saúde trabalham em equipa, têm formação de actualização e são supervisionados, de forma a prestarem os melhores cuidados e identificarem continuamente formas de prestar serviços e cuidados, ainda melhores e mais seguros;

g) Adoptar sistematicamente práticas baseadas em evidência e em boas práticas reconhecidas, reduzindo e limitando os riscos inerentes à prática clínica.

4. Sem prejuízo da concretização desta filosofia e princípios de actuação ser uma obrigação de todos os profissionais e, principalmente dos orgãos da estrutura clínica, a dinamização deste modelo será assegurada por um Colégio Clínico, cuja missão, composição e funcionamento constam no artigo 31.

Artigo 11º (Incentivos á execução de projectos)

Sem prejuízo da política de incentivos á produtividade, ao desempenho e ao mérito, em conformidade com o previsto na alínea g) do Artº 6, podem ser estabelecidos incentivos associados á execução de projectos estratégicos do CHLC, como sejam a reorganização e reestruturação do funcionamento da urgência através da criação de equipas fixas próprias, melhoria da

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acessibilidade, introdução de práticas inovadoras ou reconhecidamente de excelência.

CAPÍTULO III Estrutura Orgânica

Secção I

Dos órgãos sociais

Artigo 12º (Enumeração e natureza dos órgãos)

O CHLC compreende os seguintes órgãos sociais:

a) O Conselho de Administração, adiante designado por CA; b) O fiscal único; c) O conselho consultivo.

Subsecção I Do Conselho de Administração

Artigo 13º

(Composição e competência)

1 - O CA é composto pelo presidente e por seis vogais executivos, nomeados por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde, sendo um deles o director clínico e outro o enfermeiro director. 2 - Sem prejuízo das competências próprias do CA previstas no estatuto dos hospitais E.P.E anexas ao Decreto Lei nº 233/2005 de 29 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei nº 50-A/2007, de 28 de Fevereiro, adiante designado por Estatuto, pode ser atribuída a responsabilidade de pelouros a cada um dos seus membros, com ou sem a possibilidade de subdelegar essas competências. 3 - O CA pode ainda delegar ou sub-delegar competências noutros órgãos da estrutura organizacional.

Artigo 14º (Funcionamento do CA)

1 - O CA reúne semanalmente e, ainda, sempre que convocado pelo presidente ou por solicitação de dois dos seus membros, ou do fiscal único. 2 - As deliberações são tomadas por maioria simples, tendo o presidente voto de qualidade.

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3 - De cada reunião deve ser lavrada a respectiva acta, que será aprovada na reunião seguinte, da qual consta o resumo das deliberações e transcrevendo as declarações de voto, se as houver, sem prejuízo de as mesmas constarem directamente dos documentos que as suscitaram. 4 – As regras constantes neste artigo e artigos seguintes, relativas ao Conselho de Administração podem, a todo o tempo, uma ou mais vezes, ser alteradas por este órgão.

Artigo 15º (Ausências e impedimentos)

1 – Nas suas ausências e impedimentos o presidente do CA é substituído pelo vogal executivo por si designado. 2 – Cada vogal executivo é substituído, nas suas ausências e impedimentos, pelo presidente do CA ou por outro vogal executivo. 3 – O director clínico e o enfermeiro director, nas suas ausências ou impedimentos, e no que se refere ao exercício das suas funções técnicas, são substituídos pelo director clínico adjunto e pelo enfermeiro director adjunto, bem como, pelos adjuntos do director clínico e do enfermeiro director, por eles designados.

Artigo 16º (Reuniões)

1 - A reunião semanal do CA tem lugar em dia e hora fixos. 2 – As reuniões só serão válidas desde que se encontre presente a maioria dos seus membros. 3 – A alteração da data e horas das reuniões pode ocorrer sempre que, por motivo justificado, o presidente do CA o determine. 4 – A alteração prevista no número anterior não deve comprometer a realização de uma reunião semanal do CA. 5 – Podem ainda participar nas reuniões do CA, sem direito a voto, quaisquer outros profissionais que sejam especialmente convocados por indicação do seu presidente.

Artigo 17º

(Ordem do dia)

1 – As reuniões do CA obedecem a uma ordem do dia, fixada na respectiva agenda. 2 – A ordem do dia é entregue a todos os membros do CA com a antecedência de, pelo menos, vinte e quatro horas sobre a data da reunião.

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3 – Antes de entrar na ordem do dia haverá lugar a um período limitado para avaliação de assuntos não constantes, cabendo ao Presidente do CA, a decisão de eventual inclusão nos trabalhos.

Artigo 18º (Confidencialidade)

1 – Salvo para efeitos de negociação, audição ou pedido de entidade judicial a efectuar nos termos da lei, é vedada a divulgação das deliberações do CA até à aprovação final da acta. 2 – Os membros do CA devem tomar as providências necessárias para obstar a qualquer violação da referida confidencialidade.

Artigo 19º (Legislação subsidiária)

Em tudo o que não esteja previsto nos artigos anteriores, serão aplicadas, subsidiariamente, as regras constantes nos artigos 14º a 28º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 442/91, de 15 de Novembro, com as alterações a este introduzidas pelo Decreto-Lei nº 9/96, de 31 de Janeiro.

Artigo 20º

(Estrutura dos orgãos de direcção técnica) 1 - Tendo em consideração a dimensão e complexidade do CHLC, o director clínico e o enfermeiro director exercem a sua actividade de forma desconcentrada, podendo propor ao CA a nomeação de directores clínicos adjuntos ou directores de enfermagem adjuntos para hospitais do CHLC, neles delegando as competências que permitam a melhoria operacional e eficaz acompanhamento da acção clínica e de enfermagem do CHLC. 2 - O director clínico e o enfermeiro director poderão, ainda, no âmbito das suas funções, ser coadjuvados por adjuntos, até ao número máximo de três, respectivamente, a nomear pelo CA sob sua proposta. 3 - A remuneração dos directores clínicos adjuntos, directores de enfermagem adjuntos, adjuntos do director clínico e adjuntos do enfermeiro director, será definida por despacho do CA.

Subsecção II De auditoria

Artigo 21º

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(Auditor interno) 1 - No CHLC existe um Auditor Interno designado pelo CA. 2 - A natureza, mandato, exercício de funções e seu termo são os constantes do Estatuto das Entidades Públicas Empresariais.

Subsecção III Do fiscal único

Artigo 22º

(Fiscal único)

A natureza, mandato, exercício de funções e regime de substituição, bem como as competências do fiscal único são os constantes do Estatuto.

Subsecção IV Do conselho consultivo

Artigo 23º

(Natureza, composição, mandato e funcionamento) 1 - O conselho consultivo é o órgão de consulta do CHLC, com a composição, competências, mandato dos membros e funcionamento constantes do Estatuto das Entidades Públicas Empresariais. 2 - O conselho consultivo reúne, pelo menos, uma vez por ano.

Secção II

Dos órgãos técnicos

Subsecção I Estrutura Clínica

Artigo 24º

(Áreas, Especialidades e Unidades Funcionais) 1 - A Área constitui na estrutura clínica do CHLC, e ao nível intermédio, a unidade orgânica de referência, integrando e coordenando diversas Especialidades e/ou Unidades Funcionais. 2 - A Especialidade, cuja nomenclatura corresponderá à diferenciação definida oficialmente pela Ordem dos Médicos (especialidades), é um modelo de organização clínica tecnicamente autónoma, essencial na formação, com vocação de consultadoria e cuja gestão poderá ser integrada na Área ou coordenar sectorialmente Unidades Funcionais.

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3 – Nos casos de elevada dispersão de recursos por vários hospitais do CHLC e para efeitos de integração, articulação e maior eficácia operacional na coordenação local de meios, poderá o Director de Área ou o Responsável de Especialidade, propor a criação de Pólos e delegar alguns poderes funcionais nos responsáveis a nomear pelo CA sob sua proposta. 4 - A Unidade Funcional surge como uma estrutura clínica necessária para garantir uma intervenção mais diferenciada através de uma experiência acumulada e estruturada, e permitir o desenvolvimento de uma multidisciplinaridade, potenciadora da excelência. 5 - As Áreas, Especialidades e Unidades Funcionais devem interagir de forma integrada permitindo uma articulação ágil e uma coordenação eficiente dos recursos humanos, dos meios técnicos e da capacidade instalada. 6 - Os Directores das Áreas, a nomear pelo CA mediante proposta do Director Clínico, os Responsáveis das Especialidades e os Coordenadores das Unidades Funcionais, a nomear pelo CA, mediante proposta dos Directores de Área e parecer do Director Clínico, exercem as suas funções com salvaguarda das competências médicas e técnicas, e de acordo com a sua diferenciação comprovada.

Subsecção II

Estrutura de Gestão

Artigo 25º Dos Centros de Responsabilidade

1 - As Áreas, para além de enquadrarem a estrutura técnica do CHLC, podem constituir-se como Centros de Responsabilidade, no âmbito do modelo de gestão descentralizado e possuem como instrumentos de gestão, o plano anual de actividades, o orçamento e o respectivo sistema de informação de gestão. 2 - Com o objectivo de assegurar um acompanhamento sistemático e coordenação descentralizada do plano de desempenho do CHLC, e desencadear as medidas correctivas necessárias em tempo oportuno, é nomeado um Administrador Geral, podendo ainda assegurar outras competências a delegar pelo CA. 3 – Cada Centro de Responsabilidade integra, além do Director, um Gestor a nomear pelo CA, podendo ainda integrar outros profissionais a propor pelo Director. 4 – Sem prejuízo da unicidade do CHLC, os Centros de Responsabilidade têm autonomia para gerir o Contrato-Programa contratualizado com o CA. 5 – A estrutura, competências, organização e funcionamento dos Centros de Responsabilidade, serão objecto de regulamentação a aprovar pelo CA.

Subsecção III

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Estrutura de Apoio Clínico

Artigo 26º (Áreas e Unidades Funcionais)

1 - A estrutura de apoio clínico é constituída pelos seguintes áreas e unidades funcionais:

a) Unidade de Cuidados Paliativos; b) Área de Farmácia; c) Área de Apoio Social; d) Unidade de Psicologia Clínica; e) Unidade de Nutrição e Dietética.

2 – Os responsáveis das áreas e unidades funcionais de apoio clínico são nomeados pelo CA, com o parecer do Director Clínico

Subsecção IV Estrutura de ensino e investigação

Artigo 27º

(Centros de Ensino e de Investigação)

1 - O desenvolvimento do ensino e da investigação são essenciais á preparação e desenvolvimento profissional, bem como, á melhoria continuada da qualidade dos cuidados prestados, devendo as respectivas actividades ser coordenadas e dinamizadas por estruturas próprias, sem prejuízo da necessária articulação com a estrutura clínica do CHLC e com outras estruturas ou serviços, designadamente universitários, de forma a estimular o ensino e a investigação. 2 - A coordenação será da responsabilidade de profissionais com experiência adequada, nomeados pelo CA, podendo ainda integrar representantes das outras estruturas ou serviços ligados ao ensino e á investigação.

Secção V

De apoio técnico

Artigo 28º (Estrutura de Apoio Técnico)

A estrutura de apoio técnico deverá, principalmente através de pareceres, estudos, normas e recomendações, apoiar toda a estrutura do CHLC na concretização da sua missão com elevados níveis de eficiência e qualidade, designadamente através da concretização dos princípios e objectivos enunciados nos artigos 6º e 8º a 11º.

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Artigo 29º (Órgãos de apoio técnico)

1 - São órgãos de apoio técnico:

a) A Comissão Clínica; b) O Colégio Clínico; c) A Comissão Técnica de Enfermagem; d) A Comissão de Ética para a Saúde; e) O Conselho Técnico dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica; f) A Comissão Permanente de Apoio Técnico; g) A Comissão Consultiva de Apoio Técnico; h) A Comissão de Qualidade e Segurança do Doente; i) A Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar; j) A Comissão de Farmácia e Terapêutica; k) A Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; l) A Comissão de Catástrofe e Emergência; m) A Direcção Internato Médico; n) A Comissão Técnica da Certificação da Interrupção da Gravidez; o) A Comissão de Apoio à Criança e à Família; p) A Comissão de Coordenação Oncológica; q) O Gabinete de Integração de Cuidados, Cooperação e Ensino; r) Gabinete do Utente

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o CA pode criar outros órgãos de apoio técnico que se revelem necessários à actividade do CHLC e que se demonstrem adequados à légis artis. 3. Os órgãos de apoio técnico devem elaborar e apresentar ao CA para aprovação o plano de acção anual, bem como, o relatório da actividades do ano anterior. 4. Os orgãos de apoio técnico pautam a sua organização e funcionamento pelo respectivo regulamento a aprovar pelo CA.

Artigo 30º (Comissão Clínica)

1 - A Comissão Clínica é um órgão técnico de apoio ao Director Clínico, que a ela preside e tem a seguinte composição:

a) Directores Clínicos Adjuntos; b) Adjuntos do Director Clínico; c) Directores de Área; d) Responsáveis de Especialidade; e) Coordenadores de Unidades Funcionais; f) Responsáveis de Pólos.

2 - À Comissão Clínica compete apreciar os aspectos relacionados com a melhoria e vigilância da prática clínica e dos cuidados prestados, avaliar

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periodicamente a actividade assistencial e promover a formação médica permanente, bem como, dar parecer sobre assuntos submetidos à sua apreciação pelo CA ou pelo Director Clínico. 3 - A Comissão Clínica, sem prejuízo do funcionamento em plenário, pode funcionar em subcomissões especializadas ou por áreas funcionais.

Artigo 31º (Colégio Clínico)

1 - Ao Colégio Clínico compete assegurar a dinamização, acompanhamento e avaliação das práticas á filosofia e princípios do modelo de gestão clínica em conformidade com o previsto no artigo 10º, bem como, promover, entre outras medidas de reconhecimento, a divulgação interna e externa dos projectos com maior relevância. 2 – Ao Colégio Clínico compete, ainda, de acordo com o previsto no artigo 80º, propor alterações á estrutura organizacional prevista no presente regulamento, no caso das necessidades decorrentes do desenvolvimento do modelo de governação clínica tornarem aconselhável a criação de novas estruturas ou o reforço de competências no âmbito da estrutura nele consagrada. 3 – O Colégio Clínico e a Comissão de Qualidade e Segurança do Doente deverão articular a sua acção, no sentido de potenciar e alcançar a complementaridade, tendo em vista o objectivo comum de aperfeiçoamento e melhoria contínua das práticas e resultados assistenciais. 4 – O Colégio Clínico é nomeado pelo CA e é constituído por membros a propor pelos orgãos de direcção técnica, de entre profissionais de reconhecido prestígio e com o perfil adequado. 5 – As regras de funcionamento, bem como, o plano de acção e relatório de actividades serão aprovados pelo CA.

Artigo 32º (Comissão Técnica de Enfermagem)

1 – A Comissão Técnica de Enfermagem é um órgão de apoio técnico ao Enfermeiro Director, que a ele preside e tem a seguinte composição:

a) Directores de Enfermagem Adjuntos; b) Adjuntos do Enfermeiro Director; c) Enfermeiros Supervisores; d) Enfermeiros Coordenadores de Área e Enfermeiros Chefes.

2 - À Comissão Técnica de Enfermagem compete apreciar os aspectos relacionados com a prática de enfermagem no CHLC e avaliar periodicamente e de modo sistemático a actividade desenvolvida neste sector e a formação

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dos respectivos profissionais, bem como, dar parecer sobre assuntos submetidos à sua apreciação pelo CA ou pelo Enfermeiro Director. 3 – A Comissão de Enfermagem, sem prejuízo do funcionamento em plenário, funciona preferencialmente em subcomissões especializadas ou por áreas funcionais.

Artigo 33º

(Comissão de Ética para a Saúde)

A Comissão de Ética para a Saúde tem as competências e composição constantes do Decreto-lei nº 97/95, de 10 de Maio, com as alterações introduzidas pela Lei nº 46/2004, de 19 de Agosto. Para além destas, compete-lhe, ainda:

a) Garantir a existência de informação clínica dirigida ao doente, essencial para garantir o consentimento informado;

b) Validar eticamente a investigação clínico/farmacológica, garantindo a adesão voluntária e consciente do doente;

c) Estimular a actividade em equipa na prestação de cuidados de saúde, garantindo o cumprimento das normas éticas, na relação entre profissionais e na organização da prática clínica;

d) Pugnar pelo acompanhamento e humanização da actividade clínica junto dos doentes em estado terminal de vida, garantindo a execução de critérios científicos no diagnóstico de morte cerebral;

e) Pronunciar-se do ponto de vista ético em relação ás críticas e sugestões dos doentes e dos profissionais da instituição;

f) Contribuir para a integração da actividade assistencial no sistema de saúde, pré e pós hospitalar;

g) Suportar eticamente a decisão clínica, apoiando soluções com custo/benefício e custo/eficácia comprovados.

Artigo 34º (Conselho Técnico dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica)

O Conselho Técnico dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica tem a composição e competências definidas no Decreto-Lei nº 564/99 de 21 de Dezembro.

Artigo 35º (Comissão de Apoio Técnico)

1 – A Comissão de Apoio Técnico é um órgão de apoio permanente do CA em matéria de reorganização e reestruturação do CHLCA, tendo em vista o seu

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desenvolvimento e adequação á estratégia de transição e arranque do futuro Hospital de Todos os Santos, cabendo-lhe, designadamente:

a) Acompanhar a reflexão estratégica do CHLC, analisando as linhas de orientação e acção;

b) Acompanhar os projectos em curso no CHLC, monitorizando a sua compatibilidade com as linhas de orientação definidas;

c) Dar parecer sobre as matérias que lhe sejam apresentadas pelo CA.

2 - A Comissão de Apoio Técnico é constituída por profissionais de reconhecido mérito, pertencentes a vários sectores, no máximo de 40 membros, incluindo 2 elementos em representação do ensino clínico. 3 – Sem prejuízo do disposto no número 1 e em função das matérias a apreciar, podem participar nos trabalhos da Comissão elementos de outras instituições, sempre que a sua intervenção seja entendida como relevante à decisão. 4 – A Comissão, de modo a aumentar a eficácia dos trabalhos, poderá constituir um núcleo com carácter permanente, a quem cabe preparar as propostas concretas a debater e a submeter ao CA, após aprovação genérica em assembleia-geral com todos os membros.

Artigo 36º

(Comissão de Qualidade e Segurança do Doente) 1- À Comissão de Qualidade e Segurança do Doente compete dinamizar, suportar e coordenar o processo e actividades de melhoria contínua da qualidade e humanização dos cuidados prestados pelo CHLC. 2- A Comissão de Qualidade e Segurança do Doente deverá garantir a harmonização das diferentes vertentes operacionais da melhoria da qualidade, designadamente, no que respeita aos processos de acreditação e certificação, gestão do risco, boas práticas clínicas, auditorias clínicas e informação de gestão clínica, devendo articular a sua acção com o Colégio Clínico, no sentido da maior complementaridade nas acções a desenvolver, tendo em vista o fim comum de melhorar as práticas e resultados assistenciais. 3 – A Comissão de Qualidade e Segurança do Doente visando o desenvolvimento harmonioso das diversas vertentes, poderá estruturar a sua acção em grupo de trabalho ou subcomissões. 4 – A Comissão de Qualidade e Segurança do Doente é presidida pelo Presidente do Conselho de Administração e a sua constituição, organização e funcionamento constam de regulamento a aprovar pelo CA.

Artigo 37º

(Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar)

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 17

1 - A Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar é constituída nos termos do despacho do Director-Geral de Saúde, de 23 de Agosto de 1996, publicado no D.R. II série, de 23 de Outubro, e tem como objectivo prevenir ou diminuir o número e gravidade das infecções associadas a cuidados de saúde, minimizando os seus custos humanos, sociais, ambientais e económicos. 2 - A Comissão de Controlo de Infecção Hospitalar poderá designar em cada um dos hospitais do CHLC um grupo operacional constituído por três a cinco elementos, incluindo um coordenador e no mínimo um enfermeiro em tempo integral. 3 - O coordenador do grupo operacional participa nas reuniões da Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar na qualidade de observador.

Artigo 38º (Comissão de Farmácia e Terapêutica)

1 - A Comissão de Farmácia e Terapêutica do CHLC, assume as competências, composição e modo de funcionamento previstas no Despacho nº 1083/2004, de 17 de Janeiro. 2 - A Comissão de Farmácia e Terapêutica poderá designar em cada um dos hospitais do CHLC grupos operacionais constituídos por três a cinco elementos, incluindo um coordenador. 3 - A Comissão de Farmácia e Terapêutica pode estruturar a sua actividade em grupos de trabalho ou subcomissões especializadas.

Artigo 39º (Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho)

A Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho tem a composição e as competências previstas no Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro e diplomas regulamentares.

Artigo 40º (Comissão de Catástrofe e Emergência)

1 - A Comissão de Catástrofe e Emergência é o órgão de apoio ao CA que planeia e actua em situações de catástrofe, assegurando o relacionamento externo e interno com as várias entidades, no sentido de assegurar uma coordenação eficaz das operações a desenvolver e dos recursos a mobilizar, bem como, das orientações a transmitir, de modo a contribuir para um bom desempenho do CHLC. 2 - À Comissão de Catástrofe e Emergência compete, designadamente:

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 18

a) Assegurar a articulação e colaboração com o Serviço Nacional de Protecção Civil e com outras entidades com competência e vocacionadas para a intervenção em catástrofe, como sejam, as corporações de bombeiros, forças de segurança, etc.

b) Promover a elaboração de planos de catástrofe e emergência e desenvolver as acções internas e externas necessárias a uma actuação eficaz do pessoal e serviços potencialmente envolvidos;

c) Organizar acções de prevenção, informação e sensibilização dos profissionais para efeitos de mobilização em situações de catástrofe;

d) Promover, em articulação com as entidades com competência específica, acções de vistoria ou auditoria às instalações do CHLC, tendo em vista a verificação de condições de segurança ou condições propiciadoras de catástrofes.

3 - A Comissão de Catástrofe e Emergência é constituída pelos directores de catástrofe e emergência, a nomear pelo CA, e pela comissão de assessoria, com as atribuições, organização e funcionamento previsto nos planos de emergência dos hospitais do CHLC.

Artigo 41º

(Direcção do Internato Médico) 1 – À Direcção do Internato Médico, prevista na alínea b) do nº 3 do art. 8º do DL nº 203/2004 de 18 de Agosto, compete orientar, coordenar e avaliar a realização de internatos médicos no CHLC, tendo as funções previstas no art. 14º da Portaria nº 183/2006 de 13 de Fevereiro. 2 - As funções de Director do Internato Médico devem ser exercidas por médico de reconhecida competência e experiência na formação de médicos internos, nomeado pelo Director Clínico e pode ser coadjuvado por 3 assessores á sua escolha.

Artigo 42º (Comissão Técnica de Certificação da Interrupção da Gravidez)

A Comissão Técnica de Certificação da Interrupção da Gravidez tem a composição e funciona de acordo com o disposto no art. 20º da Portaria nº741-A/2007, de 21 de Junho, que regulamenta a Lei nº16/2007, de 17 de Abril que estabelece as medidas a adoptar pelos estabelecimentos de saúde oficiais ou oficialmente reconhecidos, com vista à realização da interrupção da gravidez.

Artigo 43º

(Comissão de Apoio à Criança e à Família)

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 19

A Comissão de Apoio à Criança e à Família tem a composição e funciona de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros nº 30/92, de 18 de Agosto e desenvolve a sua actividade em estrita articulação com o Serviço Social e os serviços.

Artigo 44º (Comissão de Coordenação Oncológica)

1 - A Comissão de Coordenação Oncológica tem como objectivo principal promover activamente a integração de cuidados prestados no CHLC na área oncológica, de forma a rentabilizar os recursos existentes, potenciando e melhorando o desempenho do CHLC nesta área e promovendo a colaboração dos profissionais através da partilha de saberes e meios disponíveis. 2 - Á Comissão de Coordenação Oncológica compete, ainda, designadamente:

a) Promover a adopção de protocolos de diagnóstico e terapêutica e monitorização de resultados;

b) Implementar consultas multidisciplinares de decisão terapêutica; c) Melhorar a acessibilidade dos doentes aos cuidados do foro oncológico,

garantindo a ausência de listas de espera; d) Avaliar, em articulação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, a

introdução de novos fármacos, com base na evidência científica existente e na análise custo/benefício;

e) Promover a melhoria da referenciação de doentes e a articulação na adopção de programas conjuntos com os Centros de Saúde;

f) Estimular a investigação e promover protocolos de ensino pré e pós-graduado em Oncologia;

g) Garantir a actualização permanente do registo oncológico; h) Participar activamente nos projectos institucionais de cuidados

integrados, designadamente, de cuidados paliativos. 3 - A Comissão de Coordenação Oncológica é nomeada pelo CA precedendo proposta da direcção clínica e a sua constituição, organização e funcionamento constam de Regulamento a aprovar pelo CA.

Artigo 45º (Gabinete de Integração de Cuidados, Cooperação e Ensino)

1 - O Gabinete de Integração de Cuidados, Cooperação e Ensino tem como missão promover a articulação do CHLC, com instituições prestadoras de cuidados primários, de cuidados continuados, de apoio social, com a colaboração das instituições de ensino clínico, de modo a facilitar uma abordagem integrada e multidisciplinar das necessidades dos doentes.

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 20

2 - Em especial, compete ao Gabinete de Integração de Cuidados, Cooperação e Ensino as seguintes actividades, em articulação com as instituições referidas no nº1 deste artigo:

a) Propor ou assegurar as medidas de melhoria de acesso aos diversos tipos de cuidados;

b) Dinamizar e articular projectos integrados de melhoria de cuidados de acordo com os programas prioritários de intervenção no âmbito do Plano Nacional de Saúde;

c) Promover o ensino e a reorientação de doentes no âmbito do sistema de saúde, de modo a reduzir a afluência injustificada ao Serviço de Urgência;

d) Promover uma abordagem integrada entre os clínicos hospitalares e os medico de família, no processo de diagnostico e terapêutica dos doentes;

e) Promover programas de educação para a saúde e adopção de estilos de vida saudáveis.

3 - O Gabinete de Integração de Cuidados integra elementos a indicar pelo C.A., um representante da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e membros indicados pelas instituições referidas no nº1, devendo apresentar planos de acção anuais e relatórios semestrais do progresso.

Artigo 46º (Gabinete do Utente)

1 – Ao Gabinete do Utente compete promover a participação dos cidadãos, enquanto agentes e responsáveis, detentores de direitos e deveres, numa lógica de mediação e diálogo, num enquadramento institucional; 2 – São atribuições do Gabinete do Utente:

a) Assegurar a informação aos Utentes sobre o funcionamento e a melhor utilização dos serviços, bem como dos direitos e deveres dos utentes;

b) Proceder à recepção centralizada, registo e tratamento de todas as reclamações, sugestões e agradecimentos, independentemente da via de acesso utilizada e no âmbito do programa “SIM CIDADÃO”;

c) Incentivar as equipas e prestadores de cuidados em geral, a acolher e resolver disfunções causadoras de reclamações, apoiar e facilitar o acesso dos Utentes aos meios legais disponíveis, nomeadamente a transcrição da informação clínica, se for caso disso;

d) Potenciar a análise e tratamento das reclamações como indicador útil para a monitorização das boas práticas clínicas e de gestão global;

e) Desenvolver uma acção pró activa com os profissionais e serviços hospitalares, tendo em vista a correcção das disfunções detectadas.

3 – O Gabinete do Utente depende directamente do Conselho de Administração, com funções de apoio e consultadoria.

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 21

4 – A coordenação do Gabinete do Utente é assegurada por uma Técnica Superior de Serviço Social.

CAPÍTULO IV Estruturas de actividade

Artigo 47º

(Tipos de Estruturas)

1 - O CHLC está organizado por estruturas de actividade e unidades orgânicas de acordo com os artigos 24º, 25º, 26º, 27º, 28º, 29º, 48º e 56º do presente Regulamento. 2 - De harmonia com o disposto no número anterior podem ser criados pelo CA outras estruturas e unidades orgânicas que se demonstrem justificáveis face aos princípios e objectivos constantes no presente regulamento, sem prejuízo do dever constante da alínea e) do nº 1 do artigo 6º do Decreto-lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro.

Secção I

(Estrutura Clínica)

Artigo 48º (Áreas, Especialidades, Polos e Unidades Funcionais)

1 - Para efeitos do disposto no artigo anterior, a estrutura clínica é composta pelas seguintes Áreas verticais:

a) Cirurgia; b) Especialidades Cirúrgicas; c) Coração, Vasos e Tórax; d) Cuidados Intensivos; e) Hemáto-Oncologia; f) Obstetrícia e Ginecologia; g) Medicina; h) Neurociências; i) Pediatria Cirúrgica; j) Pediatria Médica; k) Pedopsiquiatria;

2 - As Áreas clínicas transversais são as seguintes: a) Anestesiologia; b) Blocos Operatórios e Cirurgia do Ambulatório; c) Diagnóstico biomédico; d) Diagnóstico por imagem; e) Medicina Física e Reabilitação; f) Urgência geral.

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 22

3 - As Áreas clínicas referidas no nº1 e nº2 agrupam as especialidades constantes do Anexo 1. 4 - As Áreas e Especialidades, na lógica de tratamento multiprofissional integrado e complementar, de maior afinidade funcional, partilha de meios e estruturas assistenciais agrupam, num modelo dinâmico e flexível, os Pólos criados nos termos do nº 3 do Artº 24º e as Unidades Funcionais a propor pela direcção clínica, que melhor se adaptem ao modelo de organização e estrutura clínica do CHLC. 5 - As Áreas a que se refere o nº 1 integram diversas Especialidades e/ou Unidades Funcionais com capacidade técnica e funcional de prestação de cuidados em regime de internamento, consulta externa, hospital de dia e exames especiais. 6 – A Estrutura Clínica integra ainda uma Unidade de Colheita de Órgãos, Tecidos e Células, com a missão de coordenar e dinamizar toda esta actividade no Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE.

Secção II Estrutura de apoio clínico

Artigo 49º

(Unidade de Cuidados Paliativos) 1 - O objectivo nuclear da Unidade de Cuidados Paliativos é obter a melhor qualidade de vida, quer para o doente, quer para a sua família, através da prestação de cuidados activos e totais aos doentes que se encontrem numa fase terminal da vida, quando a doença já não responda ao tratamento curativo, bem como, o controlo da dor e de outros sintomas e o acompanhamento dos problemas psicológicos, sociais e espirituais. 2 – A Unidade é constituída por uma equipa multidisciplinar diferenciada nestes cuidados, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, ministros de cultos religiosos, bem como, outros profissionais que possam contribuir para minimizar a situação dos doentes anteriormente descrita. 3 - A Unidade de Cuidados Paliativos desenvolve também um serviço de consultadoria em cuidados paliativos aos doentes internados nos diversos serviços clínicos do CHLC, e presta apoio assistencial sob a forma de consulta externa e atendimento telefónico aos doentes de cuidados paliativos atendidos no CHLC que se encontrem em regime ambulatório. 4 - A Unidade de Cuidados Paliativos promove a introdução de protocolos de actuação e de manuais de procedimentos adoptados pela rede de cuidados paliativos e realiza a formação de vários grupos profissionais em cuidados paliativos.

Artigo 50º (Área de Farmácia)

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 23

1 – A Área de Farmácia é dirigida por um Farmacêutico com experiência e perfil adequados, designado Director, nomeado pelo CA. 2 - Para efeitos de integração, articulação e maior eficácia operacional poderá o Director da Área de Farmácia propor a criação de Pólos e delegar ou subdelegar alguns poderes funcionais nos responsáveis, a nomear pelo CA sob sua proposta. 3 – Á Área de Farmácia do CHLC compete:

a) A armazenagem e a gestão de stocks de medicamentos e a participação na aquisição;

b) Assegurar a distribuição de medicamentos aos serviços; c) Divulgar a informação sobre medicamentos junto dos serviços e

prescritores; d) Colaborar e integrar as equipas de prestação de cuidados de forma a

melhorar a eficácia e a eficiência na utilização de medicamentos; e) Colaborar na análise do consumo de medicamentos; f) Colaborar na elaboração de protocolos terapêuticos com utilização de

medicamentos; g) Assegurar acções de Farmacovigilância e apoiar os serviços

utilizadores; h) Assegurar ou colaborar em estudos de Farmacoeconomia em

articulação com os serviços utilizadores; i) Colaborar na investigação e no ensino.

Artigo 51º (Área de Apoio Social)

1 – A Área de Apoio Social é dirigida por um Técnico Superior de Serviço Social nomeado pelo CA, designado Coordenador. 2 - Para efeitos de integração, articulação e maior eficácia operacional poderá o Coordenador da Área Social propor a criação de Pólos e delegar ou subdelegar alguns poderes funcionais nos responsáveis, a nomear pelo CA sob sua proposta. 3 – À Área de Apoio Social do CHLC compete:

a) Efectuar o diagnóstico de necessidades de apoio social dos doentes e relevantes para a sua reabilitação plena, promovendo, em articulação com as entidades competentes as acções necessárias para a sua concretização;

b) Participar nas equipas de gestão de altas, promovendo os contactos necessários e a articulação com a família e ou instituição competentes permitindo a caracterização da alta dos doentes no momento da alta clínica, no âmbito do processo de continuidade de cuidados;

c) Efectuar o levantamento, caracterização e promover a actualização permanente do equipamento social que melhor resposta permita às

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 24

necessidades de apoio social dos doentes no âmbito do processo de diagnóstico, tratamento e reabilitação dos doentes do CHLC;

d) Coordenar o Gabinete do Utente e promover a tomada de medidas, em articulação com os serviços envolvidos que permitam a resolução dos problemas de organização, atendimento ou relacionamento com maior frequência e relevância na assistência dos doentes;

e) Participação em estudos ou projectos sobre a satisfação dos doentes e colaborar na análise e identificação das medidas que permitam optimizar os níveis de satisfação.

Artigo 52º (Unidade de Psicologia Clínica)

1 – A Unidade de Psicologia Clínica desenvolve a sua actividade no âmbito da avaliação e intervenção psicológica aos utentes do CHLC, em internamento, em hospital de dia e em ambulatório, numa lógica de prestação interna de serviços e em estreita articulação com os diversos serviços clínicos e suas equipas de saúde. 2 - Para efeitos de integração, articulação e maior eficácia operacional poderá o Coordenador da Unidade de Psicologia Clínica propor a criação de Pólos e delegar ou subdelegar alguns poderes funcionais nos responsáveis, a nomear pelo CA sob sua proposta. 3 – A actividade desta Unidade rege-se pelo Decreto-Lei nº 241/94 de 22 de Setembro e suas posteriores adendas.

Artigo 53º (Unidade de Nutrição e Dietética)

1 – As equipas que constituem a Unidade de Nutrição e Dietética, asseguram uma alimentação e/ou nutrição adequada à população da instituição, tendo em vista objectivos profiláticos, terapêuticos e de qualidade. 2 – Esta Unidade actua de forma a que a alimentação fornecida garanta os princípios da dietoterapia, as normas higio-sanitarias e o respeito pelos hábitos alimentares, adequando-os à situação clínica de todos os doentes em internamento/ambulatório e profissionais da instituição, contribuindo assim para uma optimização da qualidade dos cuidados de saúde prestados. 3 – São atribuições da Unidade:

a) Aplicar a dietoterapia em doentes internados e/ou ambulatório; b) Gerir, controlar e monitorizar a qualidade da alimentação fornecida quer

aos doentes quer aos profissionais da instituição; c) Integrar equipas clínicas na promoção da saúde, na prevenção da

doença para a saúde; d) Promover e divulgar informação actualizada sobre cuidados nutricionais.

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 25

Secção III

Estrutura de investigação e de ensino

Artigo 54º (Centro de Investigação)

1 - O Centro de Investigação constitui a estrutura de gestão que coordena todas as actividades de Investigação realizadas no CHLC, as quais processam-se através de programas multidisciplinares ou por acção individual dos serviços do CHLC, nas áreas consideradas pertinentes e de acordo com projectos aprovados pelo CA. 2- Compete ao Centro de Investigação:

a) Promover o desenvolvimento de investigação própria do CHLC, em particular daquela que se relacione com as prioridades assistenciais do CHLC, reforçando a ligação entre a investigação académica e a clínica;

b) Emitir pareceres sobre as propostas de projectos de investigação dirigidas ao CHLC;

c) Propor medidas de estímulo à investigação como principal suporte á decisão e á melhoria das práticas clínicas;

d) Propor, dinamizar e implementar a realização de acções de formação nas áreas de investigação;

e) Elaborar relatório anual de actividades e promover a divulgação regular da actividade de investigação em curso no CHLC;

f) Dar parecer sobre todas as matérias que se relacionem com a investigação, a pedido do CA.

3- O Centro de Investigação depende do CA, é coordenado por um coordenador por ele nomeado e integra um núcleo de apoio técnico, podendo integrar representantes de outras Instituições.

Artigo 55º (Centro de Ensino)

1 - O Centro de Ensino congrega todas as actividades de ensino, em que o CHLC participa, quer a nível pré-graduado, quer a nível pós-graduado. 2 - O Centro de Ensino integra a Biblioteca/Centro de Documentação. 3 - O Centro de Ensino é dirigido por uma comissão de ensino, que será presidida por um coordenador nomeado pelo Conselho de Administração, podendo integrar representantes da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. 4 - O coordenador exercerá também as funções de consultor científico da Biblioteca/Centro de Documentação. 5 - O ensino, no CHLC, decorre de acordo com programas definidos e protocolos estabelecidos com as diversas instituições de ensino. 6 - Compete ao Centro de Ensino:

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 26

a) Elaborar e submeter ao CA as linhas gerais e as principais áreas de ensino a desenvolver;

b) Propor ao CA protocolos com outras instituições, públicas ou privadas, para projectos conjuntos de ensino;

c) Emitir parecer sobre os protocolos de colaboração e prestação de serviço nas áreas de ensino;

d) Acompanhar as actividades de ensino que decorram no CHLC e assegurar a ligação entre o ensino médico clínico e não clínico;

e) Estimular projectos e programas de ensino, também dirigidos a profissionais de outras instituições e à comunidade;

f) Elaborar relatório anual de actividades e promover a divulgação regular da actividade de ensino em curso no CHLC.

7 – O Centro de Ensino, com o objectivo de optimizar a sua actividade deverá articular-se com as estruturas de educação permanente do ensino clínico e aprofundar o intercâmbio, designadamente, no que respeita a programas, infra-estruturas, formadores, projectos de financiamento, etc.

Secção IV

Estrutura de Apoio e Logística

Artigo 56º (Enumeração)

1 - São estruturas de apoio logístico:

a) A gestão financeira e contabilidade; b) O planeamento, análise e controlo de gestão; c) A gestão de sistemas e tecnologias de informação; d) A gestão de compras; e) A logística e distribuição; f) A gestão de doentes; g) A gestão hoteleira; h) A gestão de instalações e equipamentos; i) A gestão de recursos humanos e desenvolvimento organizacional; j) A gestão da formação; k) A saúde ocupacional; l) O gabinete jurídico e de contencioso; m) O gabinete de comunicação e imagem

2 – As estruturas constantes das alíneas l) e m) do número anterior dependem directamente do CA. 3 - Sem prejuízo do disposto no nº 1 e de harmonia com os princípios e objectivos constantes do presente regulamento, podem ser criados graus de responsabilidade intermédia. 4 – As estruturas de apoio logístico procedem à gestão centralizada dos profissionais que lhe estejam afectos.

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 27

5 – A missão e as competências atribuídas ás estruturas de apoio logístico podem ser regulamentadas ou complementadas por despacho do CA em função das necessidades de desenvolvimento do modelo organizacional do CHLC

Artigo 57º

(Gestão Financeira e Contabilidade)

À Gestão Financeira e Contabilidade, incumbe, designadamente: a) Participar na definição das políticas económica, financeira e orçamental; b) Executar a política económica, financeira e orçamental; c) Elaborar o orçamento anual e analisar mensalmente a sua execução por

serviços ou unidades funcionais; d) Elaborar o balanço, as demonstrações de resultados e o relatório anual,

bem, como outras informações de natureza contabilística, económica ou financeiros solicitados por entidades externas ou pelo CA;

e) Assegurar o encerramento mensal das receitas e despesas correntes do CHLC, sem prejuízo do disposto na alínea anterior;

f) Efectuar a gestão de fundos, emitir facturas e proceder à cobrança das receitas e ao pagamento das despesas;

g) Assegurar uma gestão patrimonial adequada, bem como, organizar, elaborar e manter actualizados os registos patrimoniais e contabilísticos;

h) Assegurar o cumprimento das obrigações fiscais; i) Verificar a cobertura orçamental das propostas de despesa, bem como a

sua regularidade e classificação; j) Elaborar e coordenar a contabilidade analítica e manter actualizado o

plano de centros de custo ou resultados; k) Coordenar e controlar as várias fontes de financiamento e a execução

financeira dos projectos de investimento e dos ensaios clínicos; l) Assegurar a implementação de um sistema de custeio; m) Assegurar a coerência e correcção da informação económico-financeira

do CHLC;

Artigo 58º

(Planeamento, Análise e Controlo Gestão)

Ao Planeamento, Análise e Controlo Gestão incumbe, nomeadamente: a) Preparar os documentos e sistematizar a informação necessária à

elaboração do processo de contratualízação interna e externa; b) Acompanhar a execução dos contratos-programa e efectuar análises

periódicas sobre a evolução dos principais indicadores de gestão, formulando recomendações sobre os desvios detectados face ao previsto;

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 28

c) Elaborar de forma sistemática e em função dos índices de utilização estudos sobre a capacidade assistencial instalada e apresentar propostas para alcançar a sua optimização;

d) Realizar a avaliação dos investimentos que lhe sejam submetidas.

Artigo 59º (Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação)

À Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação, incumbe:

a) Colaborar na definição de políticas conducentes ao desenvolvimento permanente dos sistemas de informação e comunicação, de forma a garantir a sua adequação aos objectivos do CHLC e às necessidades dos utilizadores;

b) Planear, gerir e implementar os projectos no âmbito dos sistemas e tecnologias de informação, em articulação com os serviços envolvidos;

c) Configurar, instalar ou promover a instalação e manter em adequada exploração, as infra-estruturas de rede de comunicações, as aplicações e o parque de equipamento informático, de forma a garantir um desenvolvimento integrado dos sistemas de comunicações;

d) Participar no desenvolvimento e introdução de tecnologias web na instituição;

e) Emitir pareceres sobre pedidos de bens e serviços informáticos; f) Gerir os contratos de manutenção dos equipamentos e das aplicações

informáticas; g) Definir normas, standards e apoio técnico na utilização de hardware e

software; h) Apoiar o utilizador na exploração das aplicações informáticas e das

tecnologias de informação e comunicação; i) Dinamizar e promover acções de formação dos utilizadores das

aplicações existentes; j) Implementar os mecanismos necessários de segurança do sistema

informático e promover auditorias periódicas á utilização de sistemas e programas informáticos;

k) Assegurar a manutenção e segurança dos arquivos informáticos do CHLC;

l) Rever e melhorar o site do CHLC e promover a sua actualização permanente, de forma a promover a informação dos utilizadores e profissionais;

m) Proceder à elaboração da estatística global do CHLC e assegurar, neste âmbito, um sistema de informação para a gestão;

Artigo 60º (Gestão de Compras)

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 29

1 - À Gestão de Compras, incumbe, designadamente: a) Propor, executar e controlar o plano e orçamento de compras; b) Proceder sistematicamente à avaliação, negociação e selecção de

fornecedores de forma a obter as melhores condições de fornecimento para a instituição, Desenvolver estratégias de compra por fornecedor e por produto, avaliando continuamente o mercado;

c) Propor medidas e projectos de redução de custos quer em investimento quer em consumos;

d) Determinar o faseamento de entregas em articulação com o serviço de logística;

e) Garantir a celeridade e eficiência dos processos de aquisição; f) Elaborar e gerir o calendário de compras de cada ano; g) Articular com a gestão financeira e a contabilidade a atempada

conferência de facturas; h) Emitir notas de encomenda; i) Propor a composição das comissões de escolha, bem como avaliar as

respectivas propostas garantindo a aplicação dos critérios de escolha previamente definidos;

j) Propor superiormente as adjudicações e celebrar os contratos de aquisição;

k) Assegurar o registo e actualização permanente do inventário. 2 - A realização de despesas com locação e aquisição de bens, serviços e empreitadas, bem como, a contratação relativa à locação e aquisição de bens móveis e de serviços pelo CHLC, devem observar os princípios da igualdade e transparência, e serão objecto de regulamento próprio a aprovar pelo CA.

Artigo 61º

(Logística e Distribuição) À Logística e Distribuição, incumbe, designadamente:

a) Desenvolver uma adequada politica de gestão económica de stocks, nomeadamente definindo e controlando os pontos de encomenda, bem como os níveis de stocks;

b) Organizar e gerir os armazéns; c) Estabelecer e garantir os circuitos adequados de distribuição interna,

reposição e devolução, com os serviços utilizadores; d) Proceder a revisões periódicas dos níveis e perfis de consumo dos

centros de custo, bem como seguir a evolução dos consumos; e) Proceder à recepção, conferência e distribuição dos bens entregues; f) Controlar a entrada de produtos novos no consumo hospitalar; g) Proceder regularmente ao levantamento de artigos sem movimento e

registar e identificar os que estejam fora do prazo de validade; h) Proceder a contagens físicas periódicas nos stocks dos centros de

custo;

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 30

i) Proceder à revisão contínua do mestre de artigos, bem como definir as nomenclaturas e códigos dos produtos.

Artigo 62º (Gestão de Doentes)

À Gestão de Doentes incumbe, designadamente:

a) Proceder aos registos administrativos referentes à actividade clínica, garantir a correcção destes registos para efeitos de facturação e assegurar a cobrança das taxas moderadoras;

b) Gerir globalmente o secretariado clínico, sem prejuízo do apoio às competências específicas dos directores de área, responsáveis de especialidade e coordenadores de unidade funcional em que se encontrem integrados;

c) Organizar a referênciação dos doentes, sob coordenação clínica; d) Gerir o núcleo operacional da Unidade Hospitalar de Gestão de Inscritos

em Cirurgia (UHGIC); e) Manter actualizada e organizada a informação global sobre tempos de

espera para as diferentes actividades clínicas; f) Organizar administrativamente a gestão global de camas de

internamento; g) Organizar e manter o arquivo, activo e inactivo, dos processos

individuais dos utentes; h) Assegurar a gestão e controlo de termos de responsabilidade; i) Instruir os processos para assistência médica noutro hospital; j) Assegurar a recepção e o encaminhamento dos pedidos de relatórios

clínicos; k) Proceder ao acompanhamento do processo de facturação, análise

prévia e à oportuna correcção das situações que se revelarem necessárias;

Artigo 63º (Gestão Hoteleira)

1 - À Gestão Hoteleira incumbe o planeamento, direcção e controlo das seguintes áreas:

a) Alimentação; b) Limpeza; c) Lavagem, tratamento e distribuição de roupa; d) Resíduos hospitalares; e) Desinfestação; f) Apoio Geral; g) Concessões diversas de natureza hoteleira; h) Comunicações e central telefónica;

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 31

i) Segurança e Portarias; j) Transporte de bens; k) Transporte de doentes; l) Parques e jardins; m) Casa Mortuária.

2 - No âmbito do apoio geral, a Gestão Hoteleira procede à gestão de forma centralizada do pessoal de serviços gerais que lhe esteja afecto.

Artigo 64º (Gestão de Instalações e Equipamentos)

À Gestão de Instalações e Equipamentos, incumbe, designadamente:

a) Estudar e programar a implementação dos diferentes sectores de actividade hospitalar, em colaboração com os serviços interessados;

b) Programar e executar as obras de construção, adaptação ou demolição de instalações e infra-estruturas de abastecimento e saneamento;

c) Elaborar ou avaliar os projectos técnicos necessários à sua actividade; d) Organizar e manter o arquivo técnico das instalações, infra-estruturas e

equipamento pesado; e) Estudar e programar a manutenção das instalações e infra-estruturas,

bem como dos equipamentos gerais e médico-cirúrgicos; f) Elaborar e difundir os manuais de procedimentos para utilização de

instalações especiais, redes de abastecimento e de saneamento e utilização de equipamentos, de acordo com as regras de segurança e qualidade aplicáveis e as instruções dos fornecedores;

g) Assegurar a higiene e segurança das instalações e velar pela utilização regular dos equipamentos;

h) Participar no planeamento de emergência para substituição ou reforço de sistemas de abastecimento e saneamento em situação de crise interna ou externa ao CHLC.

Artigo 65º (Gestão de Recursos Humanos e Desenvolvimento organizacional)

1 – A Área de Gestão de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional compreende a gestão administrativa e a gestão estratégica de recursos humanos, em ordem ao desenvolvimento organizacional do CHLC. 2 – Compete á Área de Gestão de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional, designadamente:

a) Assegurar a gestão previsional de efectivos e o processo de recrutamento, selecção e contratação de recursos humanos de acordo com as necessidades e tendo por base a estratégia e políticas do CHLC;

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 32

b) Coordenar a implementação e desenvolvimento do sistema de avaliação de desempenho, como instrumento de melhoria do desempenho, como suporte á política remuneratória e ao sistema de incentivos do CHLC;

c) Assegurar a elaboração e a harmonização do plano de concursos de promoção com a estratégia de desenvolvimento profissional do CHLC e com os recursos financeiros disponíveis;

d) Colaborar na definição e aperfeiçoamento do sistema de informação no que respeita aos recursos humanos, de modo a apoiar eficazmente a gestão estratégica, intermédia e operacional e melhorar o processo de tomada da decisão;

e) Assegurar todos os procedimentos administrativos de suporte á gestão administrativa e estratégica de recursos humanos, designadamente, em matéria de mobilidade (interna e externa), assiduidade, concursos, etc;

f) Assegurar o processamento de vencimentos, trabalho suplementar e outros abonos, bem como, proceder aos descontos nos termos da legislação aplicável;

g) Proceder á publicação, notificação ou divulgação interna de todos os actos ou decisões do CHLC, designadamente, em matéria de recursos humanos;

Artigo 66º (Gestão da Formação)

1 – A Gestão da Formação tem por missão o desenvolvimento pessoal, técnico e cientifico de todos os profissionais do CHLC, tendo em vista o desenvolvimento das competências profissionais e consequente melhoria na prestação de cuidados de saúde, de acordo com os limites da orientação estratégica preconizados pelo C.A.; 2 – A Gestão de Formação, tem como atribuições específicas:

a) Identificar as necessidades de formação de todos os profissionais do CHLC, de acordo com a estratégia e planos de desempenho;

b) Elaborar o plano anual de formação bem como o respectivo orçamento; c) Avaliar os resultados das acções de formação.

3 – A Gestão da Formação é coordenada por um profissional com experiência e conhecimentos reconhecidos na área da gestão da formação, a nomear pelo C.A. 4 – A constituição, organização e funcionamento da Gestão da Formação será objecto de regulamento a aprovar pelo CA.

Artigo 67º (Saúde Ocupacional)

À Saúde Ocupacional, incumbe, designadamente:

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 33

a) Assegurar a vigilância dos locais de trabalho de modo a identificar e avaliar os factores de risco de modo a evitar danos para a saúde dos trabalhadores e garantir condições seguras e saudáveis;

b) Assegurar acções e programas de prevenção de acidentes e doenças profissionais;

c) Assegurar a vigilância da saúde dos profissionais, em particular das vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais;

d) Assegurar acções e programas de promoção da saúde e adopção de estilos de vida saudáveis;

e) Colaborar com os restantes órgãos e comissões técnicas no campo do risco, qualidade, segurança, higiene e infecção hospitalar, designadamente, em todos os aspectos que envolvam a saúde e bem-estar dos profissionais;

f) Colaborar com as restantes estruturas do CHLC em matéria de avaliação da aptidão para o trabalho;

g) Emitir parecer em processos de obras de remodelação ou beneficiação quanto à adequação das condições de trabalho e minimização do risco para a saúde e bem-estar dos colaboradores.

Artigo 68º (Gabinete Jurídico e de Contencioso)

Ao Gabinete Jurídico e de Contencioso, incumbe, designadamente:

a) Emitir pareceres sobre assuntos que lhe sejam submetidos pelos órgãos do nível estratégico e intermédio de gestão;

b) Instruir ou apoiar processos de averiguações, inquérito ou disciplinares para o efeito seja solicitado;

c) Elaborar contratos ou minutas de contrato de acordo com as orientações do CA e propor a sua aprovação ou homologação;

d) Patrocinar o CHLC nas instâncias contenciosas, designadamente, de natureza laboral, administrativa e financeira;

e) Colaborar na análise e reformulação dos circuitos e procedimentos de modo a tornar mais efectiva a emissão e cobrança das facturas;

f) Acompanhar e apoiar os processos administrativos em que esteja envolvido o CHLC ou qualquer dos seus serviços.

Artigo 69º (Gabinete de Comunicação e Imagem)

Ao Gabinete de Comunicação e Imagem, incumbe, designadamente: 1 - Colaborar na definição da política global de comunicação interna e externa e os seus procedimentos, através da utilização dos diferentes instrumentos de comunicação nesta matéria.

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 34

2 - Assegurar a gestão da imagem institucional da organização supervisionando e coordenando as áreas de comunicação interna e externa. 3 - Propor e executar uma política de comunicação interna que contribua para a criação de um clima de confiança e de motivação dos profissionais do CHLC face aos objectivos propostos pelo Conselho de Administração. 4 - Implementar o conjunto de acções necessárias para dar a conhecer as actividades, o desempenho e o papel social do hospital, contribuindo desta forma para a credibilidade da instituição.

CAPÍTULO V

Disposições finais

Artigo 70º (Regulamento de funções de direcção, chefia e coordenação das áreas,

especialidades e unidades funcionais) O regulamento de funções de direcção, chefia e coordenação de áreas, especialidades, polos e unidades funcionais, incluindo as competências dos órgãos previstos no presente regulamento, será objecto de deliberação do CA.

Artigo 71º (Mandatos)

Os mandatos dos dirigentes e outras chefias, mantém-se em vigor até à designação dos novos titulares, nos termos previstos no Código do Trabalho, de harmonia com o disposto no artigo 21º do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. 2. Os mandatos dos dirigentes e chefias das unidades orgânicas referidas nos artigos 24º, 25º, 26º, 27º, 41º, 46º, 48º, 49º, 50º, 51º, 52º, 53º e 56º, serão designados em comissão de serviço, nos termos do artigo 244º e seguintes da Lei nº 99/2003 de 27 de Agosto, por períodos de um ano, renovável em função da respectiva aprovação do plano de acção e relatório de actividades. 3. Estes dirigentes e chefias podem ser livremente exonerados com fundamento em mera conveniência de serviço, pela falta de obediência da lei ou dos regulamentos aprovados pelo CA, ou pelo incumprimento dos objectivos estabelecidos.

Artigo 72º (Plano de acção, organização e funcionamento das unidades orgânicas)

Os responsáveis pelas áreas, especialidades, unidades funcionais da área clínica e de apoio clínico, da área de investigação, da área de ensino, das

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 35

áreas de apoio e logística e demais chefias, nos termos da lei, devem apresentar no prazo de 30 dias contados da data da sua nomeação, um plano de acção de médio prazo e a proposta de organização e funcionamento da respectiva área, especialidade ou unidade funcional para aprovação pelo CA.

Artigo 73º (Períodos de funcionamento e horários)

1 - Os períodos de funcionamento das áreas, especialidades e unidades, e os horários do pessoal que lhes estão afectos são estabelecidos pelo CA, ouvidas as respectivas direcções e chefias, com a possibilidade de delegação nestas da aprovação de horários de acordo com as normas em vigor e orientações emitidas. 2 - As escalas de urgência deverão contemplar os elementos necessários, de acordo com o fluxo de doentes e casuística assistencial, sendo aprovadas pela direcção clínica, de acordo com as normas e orientações sobre a matéria.

Artigo 74º (Apoio social e voluntário)

O apoio social voluntário funciona nos termos das bases do enquadramento jurídico do voluntariado, conforme a Lei nº 71/98, de 3 de Novembro, regulamentada pelo Decreto-Lei nº 389/99, 30 de Setembro.

Artigo 75º (Assistência religiosa)

No cumprimento das disposições constitucionais e legais sobre liberdade religiosa, no CHLC é permitido o livre acesso dos ministros de todos os cultos aos doentes internados, segundo a opção de cada um.

Artigo 76º (Organograma)

O organograma do CHLC é parte integrante do presente Regulamento e consta em anexo.

Artigo 77º (Remissões)

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 36

As remissões para os diplomas legais e regulamentares feitas no presente Regulamento consideram-se efectuadas para os que venham a regular, no todo ou em parte, as matérias em causa.

Artigo 78º (Regulamentação complementar)

Compete ao CA emitir a regulamentação e instruções complementares que se mostrem necessárias para aplicação do presente Regulamento, nos termos da lei.

Artigo 79º (Alterações da estrutura organizacional)

É da competência do Conselho de Administração poder alterar, mediante deliberação, a todo o tempo, uma ou mais vezes, a estrutura organizacional do CHLC, sem prejuízo do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 7º dos Estatutos dos Hospitais EPE, aprovados pelo Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro.

ANEXO 1

(Especialidades Médicas do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE)

Anatomia Patológica Anestesiologia Angiologia e Cirurgia Vascular Cardiologia Cardiologia Pediátrica Cirurgia Cardio-torácica Cirurgia Geral Cirurgia Máxilo-Facial Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Dermatologia Venerelogia Endocrinologia e Nutrição Estomatologia Farmacologia Clínica Gastrenterologia

Regulamento interno do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 37

Genética Médica Ginecologia e Obstetrícia Hematologia Clínica Imuno-alergologia Imuno-hemoterapia Medicina Física e Reabilitação Medicina Interna Medicina Nuclear Medicina do Trabalho Nefrologia Neurocirurgia Neurologia Neurologia Pediátrica Neurorradiologia Oftalmologia Oncologia Médica Ortopedia Otorrinoloringologia Patologia Clínica Pediatria Pneumologia Psiquiatria da Infância e da Adolescência Psiquiatria Radiodiagnóstico Urologia