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REGULAMENTO DO NETPOINTS FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES EM EMPRESAS EMERGENTES

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REGULAMENTO DO NETPOINTS FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES EM EMPRESAS

EMERGENTES

ÍNDICE

PREAMBULO – DEFINIÇÕES 2 CAPÍTULO I – FORMA DE CONSTITUIÇÃO, DURAÇÃO E PÚBLICO ALVO 6

CAPÍTULO II – POLÍTICA DE INVESTIMENTOS 7

CAPÍTULO III - COMITÊ DE INVESTIMENTO 9 CAPÍTULO IV – FATORES DE RISCO 15

CAPÍTULO V - O PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A AVALIAÇÃO DOS ATIVOS 21

CAPÍTULO VI - EMISSÃO, SUBSCRIÇÃO, INTEGRALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E AMORTIZAÇÃO DAS

QUOTAS 23

CAPÍTULO VII – ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO FUNDO 27

CAPÍTULO VIII – SERVIÇOS DE CUSTÓDIA, DISTRIBUIÇÃO E ESCRITURAÇÃO 32 CAPÍTULO IX - A REMUNERAÇÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS AO FUNDO 33

CAPÍTULO X - A ASSEMBLEIA GERAL DE QUOTISTAS 33

CAPÍTULO XI - OS ENCARGOS DO FUNDO 37 CAPÍTULO XII – EXERCÍCIO SOCIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 39

CAPÍTULO XIII - PUBLICIDADE E INFORMAÇÃO 39

CAPÍTULO XIV - AS VEDAÇÕES 42 CAPÍTULO XV - LIQUIDAÇÃO, LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA E DOS EVENTOS DE AVALIAÇÃO 43

CAPÍTULO XVI - DISPOSIÇÕES GERAIS 45

REGULAMENTO DO NETPOINTS FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES EM

EMPRESAS EMERGENTES

PREAMBULO – DEFINIÇÕES

Os termos abaixo listados significam, neste Regulamento, o que segue:

ABVCAP: significa a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital.

Administrador: a BRL TRUST INVESTIMENTOS LTDA., sociedade limitada, com sede social na

cidade e Estado de São Paulo, na Rua Iguatemi, 151, 19º andar, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º

23.025.053/0001-62, a qual é autorizada pela CVM a exercer a atividade de administração de

carteira de valores mobiliários, por meio do Ato Declaratório Executivo nº 14.796, de 30 de

dezembro de 2015.

ANBIMA: significa a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Assembleia Geral de Quotistas: significa a Assembleia Geral de Quotistas do Fundo, cujo

funcionamento e cujas atribuições se encontram descritos no Capítulo X.

B3: B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão.

BACEN: o Banco Central do Brasil.

Boletim de Subscrição: documento por meio do qual os Quotistas subscreverão as Quotas e que

será celebrado durante o Período de Distribuição.

Câmara: CAM CCBC – Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil Canadá.

Capital Comprometido: somatório do Capital Comprometido do Quotista considerando todos os

Quotistas.

Capital Comprometido do Quotista: valor de recursos que cada investidor, nos termos dos

respectivos Boletins de Subscrição, obriga-se a aportar no Fundo, mediante uma ou mais

integralizações de Quotas, a ser atualizado pelo IPCA, conforme previsto neste Regulamento.

Capital Integralizado: valor total das Quotas integralizadas.

Capital Investido: valor total investido pelo Fundo na Companhia Investida.

Código ABVCAP/ANBIMA: significa o Código de Regulação e Melhores Práticas para o mercado

de FIP e FIEE.

Comitê de Investimento: significa o Comitê de Investimento do Fundo, cujo funcionamento,

composição, forma de deliberação encontram-se descritos no Capitulo III.

Companhia Alvo: empresa emergente, conforme definição dada pela ICVM 578/16.

Companhia Investida: Companhia Alvo que atenda, no momento do aporte de recursos pelo

Fundo, aos requisitos previstos no Capítulo II deste Regulamento, e que receba aporte de

recursos do Fundo.

COSIF: Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional editado pelo BACEN.

Custodiante: a BRL TRUST DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A., com

sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Iguatemi, nº 151, 19º andar (parte),

Itaim Bibi, CEP 01451-011, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 13.486.793/0001.42, credenciada e

autorizada pela CVM à prestação de serviços de custódia de valores mobiliários e escrituração

de quotas de fundos de investimento, por meio do Ato Declaratório Executivo nº 13.244 de 21

de agosto de 2013.

CVM: Comissão de Valores Mobiliários.

Data de Início do Fundo: data informada pelo Administrador, após o Fundo atingir Capital

Comprometido de, no mínimo, R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e a concessão de registro

de funcionamento pela CVM.

Escriturador: a BRL TRUST DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A., acima

qualificada.

Equipe Chave: Para fins do disposto no Artigo 13, XVIII, e Artigo 33, Parágrafo Terceiro do

Código ABVCAP/ANBIMA, o Gestor deverá assegurar que a equipe chave, envolvida diretamente

nas atividades de gestão do Fundo, será composta por um gestor, um analista sênior e um

analista júnior.

Fundo: NETPOINTS Fundo de Investimento em Participações em Empresas Emergentes.

Gestor XP ADVISORY GESTÃO DE RECURSOS LTDA., com sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima,

nº 3600, 10º andar, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº

15.289.957/0001-77, a qual é autorizada pela CVM a exercer a atividade de administração de

carteira de valores mobiliários, por meio do Ato Declaratório Executivo nº 12361, de 01 de

junho de 2012.

ICVM 476/09: Instrução CVM n.° 476, de 16 de janeiro de 2009, conforme alterada.

ICVM 539/13: Instrução CVM nº 539, de 13 de novembro de 2013, conforme alterada.

ICVM 555/14: Instrução CVM n.º 555, de 17 de dezembro de 2014, conforme alterada.

ICVM 578/16: Instrução CVM n.º 578, de 30 de agosto de 2016, conforme alterada.

IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, ou qualquer outro índice que venha a substituí-lo adotando metodologia de

apuração e cálculo semelhante.

Investidores Qualificados: conforme definição dada pelo art. 9-B da ICVM 539/13.

Justa Causa: tem o significado previsto no Parágrafo 2°, do Artigo 18 deste Regulamento.

Patrimônio Líquido: soma algébrica do valor da carteira do Fundo, mais os valores a receber

pelo Fundo, menos as exigibilidades do Fundo.

Partes Relacionadas: entidades físicas ou jurídicas, com as quais uma companhia tenha

possibilidade de contratar em condições que não sejam as de comutatividade e independência

que caracterizam as transações com terceiros alheios às companhias, ao seu controle gerencial

ou a qualquer outra área de influência.

Período de Desinvestimento: período compreendido entre a data de encerramento do Período

de Investimento e o final do Prazo de Duração do Fundo.

Período de Investimento: prazo de 5 (cinco) anos contados da Data de Início do Fundo, em que

o Fundo poderá realizar investimentos na Companhia Alvo, conforme os procedimentos

descritos neste Regulamento.

Potencial Conflito de Interesses: qualquer transação entre (i) o Fundo e Partes Relacionadas; e

(ii) as Partes Relacionadas e a Companhia Alvo, que deverá ser levada ao conhecimento da

Assembleia Geral de Quotistas; (iii) qualquer outra situação que possa configurar em conflitos

de interesses nas deliberações da Assembleia Geral de Quotistas relativas a investimentos ou

desinvestimentos na Companhia Investida, das quais o Administrador, membros do Comitê de

Investimento, os Quotistas, ou Pessoas Afiliadas dos mesmos participem como sócios,

acionistas, administradores ou membros de comitês de investimento ou conselhos de

supervisão de outros fundos de investimentos que tenham por objeto o investimento em

companhias do mesmo setor alvo da Companhia Investida.

Prazo de Duração: prazo de 10 (dez) anos contados da Data de Início do Fundo.

Proposta de Investimento: significa a proposta de investimento para aquisição de valores

mobiliários de emissão da Companhia Alvo.

Quota do Dia: valor da Quota calculado na forma do Artigo 12, Parágrafo 1° deste Regulamento

Quota Inicial: valor de emissão da Quota, igual a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Quotas: frações ideais do patrimônio do Fundo.

Quotistas: titulares das Quotas emitidas pelo Fundo.

Regulamento: este regulamento.

SELIC: Taxa de Juros - Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

Taxa de Administração: tem o significado previsto no Artigo 20 deste Regulamento.

Termos de Ciência de Risco e de Adesão ao Regulamento: termos pelos quais o Quotista toma

ciência e concorda com o Regulamento, a política de investimento e riscos envolvidos no

investimento no Fundo.

Valor Mínimo de Investimento: R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

NETPOINTS FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES

EM EMPRESAS EMERGENTES

CNPJ n.º 14.251.873/0001-81 (“FUNDO”)

REGULAMENTO DO NETPOINTS FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES EM EMPRESAS EMERGENTES

CAPÍTULO I – FORMA DE CONSTITUIÇÃO, DURAÇÃO E PÚBLICO ALVO

Artigo 1º - NETPOINTS FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES EM EMPRESAS

EMERGENTES (o "Fundo") é um fundo de investimento em participações destinado à aplicação

em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas emergentes,

constituído sob a forma de condomínio fechado, e reger-se-á pelo presente regulamento (o

"Regulamento"), pela ICVM 578/16 e pelas demais disposições legais aplicáveis.

Parágrafo 1° - O Fundo tem como público alvo exclusivamente Investidores Qualificados clientes

do segmento Private Bank do Itaú Unibanco S.A., inclusive fundos de investimento que tenham

como quotistas clientes do Private Bank do Itaú Unibanco S.A., que buscam obter retorno

diferenciado no longo prazo, mediante subscrição mínima de R$ 1.000.000,00 (um milhão de

reais) em Quotas do Fundo.

Parágrafo 2º - Compõem a documentação formal de constituição do Fundo e de subscrição de

suas Quotas: (i) este Regulamento, (ii) cada Termo de Ciência de Risco e de Adesão ao

Regulamento, e (iii) cada Boletim de Subscrição, sendo certo que no caso de eventual conflito de

interpretação entre o disposto neste Regulamento e nos demais documentos mencionados

neste Parágrafo, prevalecerá o disposto neste Regulamento.

Artigo 2º - O Fundo tem prazo de duração e funcionamento de 10 (dez) anos, contados da Data

de Início Fundo.

Parágrafo 1° - Os 05 (cinco) primeiros anos de duração do Fundo constituirão o Período de

Investimento, ficando os 05 (cinco) anos restantes para a maturação e subsequente alienação

dos ativos.

Parágrafo 2º - Para os fins do Artigo 23 do Código ABVCAP/ANBIMA o Fundo se classifica como

RESTRITO Tipo 1.

CAPÍTULO II – POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

Artigo 3º - O objetivo do Fundo é proporcionar a seus Quotistas a valorização de capital a longo

prazo por meio de investimentos em valores mobiliários de emissão de empresa emergente,

conforme definido na ICVM 578/16.

Parágrafo 1º - O Fundo não está obrigado a participar de forma determinante no processo

decisório das Companhias Investidas, com influência efetiva na definição de sua política

estratégica.

Parágrafo 2º - Os investimentos do Fundo nas Companhias Alvo serão realizados mediante a

aquisição de ações, debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição de ações de sua

emissão.

Parágrafo 3º - Somente poderão ser Companhias Alvo do Fundo aquelas que não estejam em

regime de recuperação judicial ou falência.

Parágrafo 4º - O Fundo poderá investir até 100% de seu patrimônio em uma única Companhia

Investida.

Artigo 4º - O Fundo deverá manter, no mínimo, 90% (noventa por cento) de suas aplicações em

ações, debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição de ações emitidos pelas

Companhias Alvo, de acordo com a política de investimentos estipulada neste Regulamento e

conforme definido na ICVM 578/16.

Parágrafo Único - Sem prejuízo do objetivo principal do FUNDO, conforme descrito acima, na

formação, manutenção e desinvestimento da Carteira serão observados os seguintes

procedimentos:

(i) os recursos que venham a ser aportados no FUNDO, mediante a integralização de

Quotas, por meio de Chamada de Capital, (a) deverão ser utilizados para a aquisição de

Valores Mobiliários de emissão das Companhias Alvo, ou de outros fundos de

investimento, nos termos deste Regulamento, até o último dia útil do 2º (segundo) mês

subsequente à data da primeira integralização de Quotas, por qualquer dos Quotistas no

âmbito de cada Chamada de Capital, sob pena de devolução aos Quotistas; ou (b)

poderão ser utilizados para pagamento de despesas e encargos do FUNDO;

(ii) até que os investimentos do FUNDO nos Valores Mobiliários sejam realizados, quaisquer

valores que venham a ser aportados no FUNDO, em decorrência da integralização de

Quotas, serão aplicados em Outros Ativos e/ou mantidos em caixa, em moeda corrente

nacional, a critério do GESTOR, no melhor interesse do FUNDO e dos Quotistas;

(iii) durante os períodos que compreendam (a) o recebimento, pelo FUNDO, de

rendimentos e outras remunerações referentes aos investimentos do FUNDO nos

Valores Mobiliários e Outros Ativos e (b) a data de distribuição de tais rendimentos e

outras remunerações aos Quotistas, a título de pagamento de amortização (exceto

dividendos, que poderão ser distribuídos diretamente aos Quotistas), tais recursos

deverão ser mantidos aplicados em Outros Ativos e/ou mantidos em caixa, em moeda

corrente nacional, a critério do GESTOR, no melhor interesse do FUNDO e dos Quotistas;

(iv) durante o Prazo de Duração do FUNDO, o GESTOR manterá parcela correspondente a,

no mínimo, 90% (noventa por cento) e, no máximo, 100% (cem por cento) dos ativos do

FUNDO aplicados exclusivamente nos Valores Mobiliários de emissão de Companhias

Alvo, observadas as orientações do Comitê de Investimentos. Na hipótese de alteração

do percentual acima estabelecido, o GESTOR deverá adotar as medidas para

enquadramento da Carteira do FUNDO; e

(v) o limite estabelecido no item (iv) acima não é aplicável durante o prazo de aplicação dos

recursos estabelecido no item (i) acima de cada um dos eventos de integralização de

Quotas, nos termos do Compromisso de Investimento.

Artigo 5º - Observadas as disposições acima, a parcela de recursos da carteira não investida em

Companhias Alvo deverá estar aplicada nos seguintes títulos, ativos financeiros, modalidades

operacionais ou valores mobiliários:

(a) valores mobiliários de companhias abertas adquiridos em bolsa de valores ou mercado

de balcão organizado;

(b) títulos públicos federais;

(c) títulos de renda fixa de emissão de instituições financeiras.

(d) quotas de fundos de investimento classificados como “Renda Fixa”, de acordo com a

ICVM 555/14, com liquidez diária, que tenham seu patrimônio representado por títulos

ou ativos de renda fixa, pré ou pós-fixados, emitidos pelo Tesouro Nacional,

administrados pelo próprio Administrador ou por empresas pertencentes ao mesmo

conglomerado financeiro; ou

(e) Operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais.

Parágrafo 1º - O Fundo poderá aplicar em quotas de fundos de classificados como “Renda Fixa”,

de acordo com a ICVM 555/14, administrados e/ou geridos pelo Administrador ou Empresa e

eles ligadas, observados os limites por emissor e por ativos previstos na legislação e neste

Regulamento.

Parágrafo 2 º - O FUNDO poderá realizar operações tendo como contraparte, direta ou indireta,

o Administrador, o Gestor, Custodiante, empresas a eles ligadas, carteiras, clubes de

investimento e/ou fundos de investimento por eles administrados.

Parágrafo 3º - É vedado ao Fundo o uso de derivativos, exceto quando tais operações sejam

realizadas exclusivamente para fins de proteção patrimonial.

Parágrafo 4º - É vedado ao Fundo investir em sociedade cujo controle acionário seja detido por

grupo de sociedades, de fato ou de direito, cujo patrimônio líquido consolidado seja superior a

R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

PERÍODO DE INVESTIMENTOS

Artigo 6º - O Fundo deverá realizar os investimentos na Companhia Alvo em até 5 (cinco) anos

contados da Data de Início do Fundo, prorrogáveis mediante deliberação da Assembleia Geral

de Quotistas.

Parágrafo Único - Excepcionalmente, o Fundo poderá realizar investimentos após o Período de

Investimento, desde que esses investimentos (i) sejam decorrentes de obrigações assumidas

pelo Fundo antes do término do Período de Investimento, mas cujos desembolsos não tenham

sido totalmente efetuados até o encerramento do Período de Investimento; ou (ii) sejam

decorrentes do exercício de direitos de subscrição ou de opção de compra, conversão ou

permuta de valores mobiliários de titularidade do Fundo.

CAPÍTULO III - COMITÊ DE INVESTIMENTO

Artigo 7º – Cabe ao Gestor do Fundo elaborar as Propostas de Investimento e as Propostas de

Desinvestimento relacionadas às Companhias Alvo, que deverão ser previamente aprovadas

pelo Comitê de Investimento.

Parágrafo 1º - O Fundo terá um Comitê de Investimento, que terá as seguintes funções e

atribuições com o intuito de auxiliar a gestão da Carteira de Investimentos:

(i) deliberar sobre as Propostas de Investimento e Desinvestimento, sendo que a Proposta

de Investimento deve conter as seguintes exigências para a Companhia Investida: (a)

fornecer demonstrações financeiras e balancetes na periodicidade a ser definida pelo

Gestor; (b) prestar as informações sobre o previsto no Memorando de Investimentos e o

realizado; (c) fornecer as atas de Assembleias de Acionistas, do Conselho de

Administração, do Conselho Fiscal e de outros órgãos da Companhia Investida, mediante

solicitação do Gestor;

(ii) acompanhar o desempenho da Carteira de Investimentos por meio dos relatórios do

Gestor;

(iii) deliberar sobre a prorrogação do Período de Investimento, respeitado o Prazo de

Duração do Fundo;

(iv) vetar as amortizações de Quotas;

(v) determinar a orientação para os votos a serem proferidos pelo Fundo nas Assembleias

Gerais das Companhias Investidas e fixar as diretrizes gerais que deverão ser observadas

pelos representantes do Fundo indicados pelo Gestor para participar do conselho de

administração, da diretoria ou de outros órgãos das Companhias Investidas; e

(vi) acompanhar a atuação e as decisões tomadas pelo representante do Fundo indicado

pelo Gestor para atuar nas reuniões do conselho de administração, na diretoria ou em

outros órgãos das Companhias Investidas.

Parágrafo 2º - Caberá ao Comitê de Investimento analisar e sugerir estratégias, diretrizes e

operações com relação à política de investimento, não lhe sendo facultado tomar decisões que

contrariem ou alterem este Regulamento nem que eliminem a discricionariedade do Gestor com

relação às suas respectivas atribuições.

Parágrafo 3º - O Comitê de Investimento será composto por 3 (três) membros, sendo um deles

o Presidente do Comitê de Investimento a ser eleito dentre os membros do Comitê de

Investimentos. Todos os membros do Comitê de Investimento serão nomeados pelos Quotistas

titulares de Quotas em Assembleia Geral de Quotistas. O Gestor, a seu exclusivo critério, poderá

indicar um representante, sem direito a voto, para participação das reuniões do Comitê de

Investimentos.

Parágrafo 4º - Os membros do Comitê de Investimento terão mandato de 2 (dois) anos,

prorrogável automaticamente por prazos sucessivos de 2 (dois) anos cada, mediante

deliberação dos Quotistas titulares de Quotas.

Parágrafo 5º - Os membros do Comitê de Investimento poderão renunciar mediante

comunicação por escrito endereçada ao Administrador e ao Comitê de Investimento com 5

(cinco) dias de antecedência.

Parágrafo 6º - Em caso de renúncia ou destituição de qualquer membro do Comitê de

Investimento, a Assembleia Geral de Quotistas, conforme o caso, deverá nomear substituto.

Parágrafo 7º - Os membros do Comitê de Investimento não receberão qualquer remuneração

do Fundo pelo exercício de suas funções.

Parágrafo 8º - O Comitê de Investimento reunir-se-á sempre que necessário. As convocações

serão realizadas: (a) pelo Presidente do Comitê de Investimento ou pelo Administrador; (b) com

antecedência de 5 (cinco) dias úteis, por e-mail ou outro meio de comunicação, podendo ser

dispensadas quando estiverem presentes todos os membros; e (c) com cópia para o

Administrador, a fim de que ele possa, a seu critério, indicar um representante nos termos do

Parágrafo 2º supra.

Parágrafo 9º - As reuniões do Comitê de Investimento serão instaladas na sede do

Administrador com o quórum da totalidade de seus membros.

Parágrafo 10 - Cada membro do Comitê de Investimento terá direito a 1 (um) voto nas

deliberações do Comitê de Investimento, que serão aprovadas pelo voto da maioria dos

membros presentes à reunião. Em caso de empate, prevalecerá o voto do Presidente do Comitê

de Investimento.

Parágrafo 11 - O Presidente do Comitê de Investimento ou, na ausência deste, qualquer outro

membro do Comitê de Investimento presente, lavrará ata da reunião, ainda que em forma de

sumário, a qual deverá ser assinada pelos membros presentes à reunião, sendo suficientes para

a validade da ata a assinatura de tantos membros quantos bastem para constituir a maioria

necessária à validade da deliberação. O Presidente do Comitê de Investimento deverá enviar ao

Administrador uma via original das atas de cada reunião do Comitê de Investimento durante

todo o prazo de vigência do Fundo.

Parágrafo 12 - Os membros do Comitê de Investimento poderão votar em reuniões do Comitê

de Investimento por meio de comunicação escrita ou eletrônica, devendo a manifestação do

voto ser recebida pelo Presidente do Comitê de Investimento ou pelo Gestor, quando a reunião

for por este convocada, antes do início da referida reunião. Neste caso, as manifestações de

voto proferidas pelos membros do Comitê de Investimento serão anexadas à ata a que se refere

o parágrafo anterior, dispensadas as respectivas assinaturas.

Parágrafo 13 - Alternativamente à realização de reunião com a presença física dos membros, as

decisões do Comitê de Investimento poderão ser tomadas por meio de consulta formalizada em

carta ou correio eletrônico, enviada pelo Presidente do Comitê de Investimento ou pelo Gestor

a cada membro do Comitê de Investimento, para resposta no prazo máximo de 5 (cinco) dias

úteis. Neste caso, caberá ao Presidente do Comitê de Investimento ou ao Gestor, caso a

consulta tenha sido por ele enviada, lavrar ata reduzindo a termo as deliberações adotadas por

meio da consulta formal, para os mesmos fins e efeitos de uma ata, sendo que uma cópia deste

ato deverá ser arquivada pelo Administrador juntamente com todas as atas das reuniões do

Comitê de Investimento.

Parágrafo 14 - Os membros do Comitê de Investimento deverão manter as informações

constantes de materiais para análise de investimento do Fundo sob absoluto sigilo e

confidencialidade, não podendo revelar, utilizar ou divulgar, direta ou indiretamente, no todo

ou em parte, isolada ou conjuntamente com terceiros, qualquer destas informações, salvo (i)

com o consentimento prévio e por escrito do Gestor, ou (ii) se obrigado por ordem expressa do

Poder Judiciário, da CVM, da SPC, CADE, BACEN ou qualquer outra autoridade judicial ou

administrativa constituída com poderes legais de fiscalização, nos limites estritos da ordem

proferida, sendo que, nessa hipótese, o Gestor deverá ser informado por escrito de tal ordem,

previamente ao fornecimento de qualquer informação. Essa obrigação vigorará mesmo após a

liquidação do Fundo.

Parágrafo 15 - Em caso de manifesta negligência ou comprovada má-fé por parte de um

membro do Comitê de Investimento ou de grave descumprimento das disposições deste

Regulamento, o referido membro, sem prejuízo da responsabilização por perdas e danos,

deverá destituído de suas funções, devendo a Assembleia Geral de Quotistas nomear o seu

substituto.

Parágrafo 16 – Caso membros do Comitê de Investimento façam parte do comitê de

investimentos de outros fundos que tenham por objeto o investimento em companhias no

mesmo setor da economia que o Fundo, tais membros deverão notificar imediatamente o

Gestor, o qual solicitará ao Administrador a convocação da Assembleia Geral de Quotistas para

deliberar a necessidade de sua substituição.

Parágrafo 17 – As deliberações do Comitê de Investimento não eximem o Gestor do

cumprimento de qualquer de suas obrigações e responsabilidades previstas neste Regulamento

e na regulamentação aplicável.

Artigo 8º - As Propostas de Investimento, submetidas para análise do Comitê de Investimento,

conterão relatórios e documentos referentes à realização de investimentos, se for o caso,

contendo estudos e avaliações relativos à Companhia Alvo.

Parágrafo 1º - Uma vez aprovada a Proposta de Investimento nos termos deste Capítulo III o

Fundo efetuará o investimento ou aquisição objeto da referida Proposta de Investimento, da

seguinte maneira: (i) o Gestor deverá requerer a integralização de Quotas, nos termos dos

respectivos Boletins de Subscrição e deste Regulamento; (ii) o Gestor deverá tomar todas as

providencias necessárias para realização, em nome do Fundo, de investimento na Companhia

Alvo, tal como, sem prejuízo de outras: assinar acordos de investimento, contratos, boletins de

subscrição, livros de acionistas, acordos de acionistas ou quaisquer outros acordos.

Parágrafo 2º - Os membros do Comitê de Investimento poderão solicitar informações adicionais

ao Gestor sobre o Fundo ou as Companhias Investidas, hipótese em que o Gestor estará

obrigado a fornecê-la, desde que, cumulativamente (i) tal membro do Comitê de Investimento

demonstre a necessidade de recebê-las, e (ii) o fornecimento de tais informações não seja

confidencial e não onere excessivamente o Gestor e/ou o Fundo, devendo a oneração excessiva,

se houver, ser demonstrada pelo Gestor.

Parágrafo 3º - O Gestor compromete-se a manter cópia dos documentos celebrados pelo Fundo

em relação aos investimentos e desinvestimentos nas Companhias Investidas, os quais deverão

permanecer à disposição dos membros do Comitê de Investimento e lhes ser enviados, caso

assim seja solicitado. O Gestor compromete-se, ainda, a encaminhar cópia dos documentos

celebrados pelo Fundo em relação aos investimentos e desinvestimentos nas Companhias

Investidas ao Administrador, com no mínimo 02 (dois) dias úteis da realização dos investimentos

e/ou desinvestimentos nas Companhias Investidas.

Parágrafo 4º - O Administrador, o Gestor e os membros do Comitê de Investimento não serão

responsáveis, judicial ou administrativamente, por prejuízos causados aos Quotistas em

decorrência dos investimentos do Fundo, salvo se (i) tais investimentos tiverem sido realizados

em desacordo com a política de investimentos estabelecida neste Regulamento ou outras

normas legais ou regulamentares aplicáveis ao Fundo, ou (ii) tais prejuízos decorrerem de atos

dolosos ou culposos do Administrador.

Parágrafo 5º - O Fundo não conta com garantia do Administrador, do Gestor, do Custodiante ou

do Fundo Garantidor de Créditos - FGC.

Parágrafo 6º - Somente poderá ser eleito para o Comitê de Investimento, independentemente

de quem venha a indicá-lo, o membro que preencher os seguintes requisitos:

(i) possuir graduação em curso superior, em instituição reconhecida oficialmente no país

ou no exterior;

(ii) possuir, pelo menos, 3 (três) anos de comprovada experiência profissional em atividade

diretamente relacionada à análise ou à estruturação de investimentos, ou ser

especialista setorial com notório saber no setor de atividade das Companhias Alvo;

(iii) possuir disponibilidade e compatibilidade para participação das reuniões do Comitê de

Investimento;

(iv) assinar termo de posse atestando possuir as qualificações necessárias para preencher os

requisitos dos incisos (i) a (iii), deste parágrafo; e

(v) assinar termo de confidencialidade e termo se obrigando a declarar eventual situação

de conflito de interesses sempre que esta venha a ocorrer, hipótese em que se absterá

não só de deliberar, como também de apreciar e discutir a matéria.

Parágrafo 7º - O Fundo poderá realizar investimentos nas Companhias Alvo em conjunto com os

Quotistas (“Coinvestimento”), exceto Quotistas que estejam inadimplentes em relação a seus

Instrumentos Particulares de Compromisso de Investimento, Pessoas Afiliadas e com terceiros,

observadas as condições de tal investimento, as quais deverão ser definidas em Assembleia

Geral de Quotistas especialmente convocada para tal fim.

Parágrafo 8º - Caso tenha interesse em ofertar um Coinvestimento, o Administrador convocará

Assembleia Geral de Quotistas com a finalidade de (i) deliberar sobre a possibilidade de o

Coinvestimento ser realizado; (ii) averiguar o interesse de Quotistas participarem do

Coinvestimento, se for o caso; e (iii) deliberar sobre as demais condições para realização do

Coinvestimento.

Parágrafo 9º - Na hipótese de haver mais de um investidor interessado no Coinvestimento, o

valor a ser por eles investido será rateado, nas condições em que os interessados vierem a

negociar.

CAPÍTULO IV – FATORES DE RISCO

Artigo 9º – Tendo em vista a natureza dos investimentos a serem realizados pelo Fundo, os

Quotistas devem estar cientes dos riscos a que estão sujeitos os investimentos e aplicações do

Fundo, conforme descritos abaixo, não havendo, garantias de que Capital Integralizado será

remunerado conforme esperado pelos Quotistas, existindo a possibilidade de o Fundo

apresentar perda do capital investido e a necessidade da realização de aportes adicionais de

recursos no Fundo superiores ao valor do Capital Comprometido e do Capital Integralizado pelos

respectivos Quotistas.

Riscos de Não Realização do Investimento

Parágrafo 1º - A não realização de investimentos na Companhia Alvo ou a realização desses

investimentos em valor inferior ao pretendido pelo Fundo, considerando os custos do Fundo,

dentre os quais a Taxa de Administração, poderá afetar negativamente os resultados da carteira

e o valor da Quota.

Parágrafo 2º - O Fundo compete por oportunidades de investimento contra outros investidores,

tais como investidores institucionais, fundos de investimentos em empresas emergentes, grupos

industriais e instituições financeiras, entre outros. A competição por oportunidades de

investimento pode afetar negativamente os termos e condições dos investimentos negociados

pelo fundo.

Parágrafo 3º - A Companhia Investida pode necessitar de recursos adicionais, por meio de

aporte de capital, emissão de dívida, ou ambos, com intuito de atingir seus objetivos e

maturação do investimento. Se o Fundo não tiver capital disponível para participar das adições

de capital subsequentes, esta indisponibilidade pode ter impacto negativo tanto na Companhia

Investida como no investimento do Fundo. Embora o Fundo procure manter liquidez suficiente

para permitir que participe em eventuais integralizações de capitais subsequentes, o Fundo

pode não ser capaz de providenciar toda a integralização requerida e a integralização por

terceiros pode ser necessária. Não há garantia de que tais recursos de terceiros estarão

disponíveis ou serão oferecidos em condições adequadas para a Companhia Investida, o que

pode afetar o desempenho do Fundo.

Riscos de Liquidez

Parágrafo 4º - Os ativos componentes da carteira do Fundo poderão ter liquidez

significativamente baixa em comparação a outras modalidades de investimento. Os

investimentos no Fundo serão feitos, preponderantemente, em ativos não negociados

publicamente no mercado. Caso (a) o Fundo precise vender tais ativos, ou (b) o Quotista receba

tais ativos como pagamento de resgate ou amortização de suas Quotas, (i) poderá não haver

mercado comprador de tais ativos, (ii) a definição do preço de tais ativos nos termos deste

Regulamento poderá não se realizar em prazo compatível com a expectativa do Quotista, ou (iii)

o preço efetivo de alienação de tais ativos poderá resultar em perda para o Fundo ou, conforme

o caso, para o Quotista. Não há, portanto, qualquer garantia ou certeza de que será possível ao

Fundo e ao Quotista, conforme o caso, liquidar posições ou realizar a venda de quaisquer desses

ativos.

Parágrafo 5º - O Fundo é um condomínio fechado e, por conseguinte, não há garantia de que o

Quotista consiga alienar suas Quotas pelo preço e no momento desejado. Além disso, os

Quotistas não poderão resgatar suas Quotas, salvo no caso de liquidação do Fundo. Assim

sendo, as Quotas constituem investimentos sem liquidez e somente devem ser adquiridas por

pessoas que tenham capacidade de suportar o risco de tal investimento por prazo

indeterminado.

Parágrafo 6º - Os investimentos do Fundo são considerados de longo prazo e o retorno do

investimento pode não ser condizente com o esperado pelo Quotista.

Parágrafo 7º - A carteira do Fundo poderá estar concentrada em títulos ou valores mobiliários

de emissão de uma única Companhia Investida.

Riscos relacionados à Companhia Investida

Parágrafo 8º - Uma parcela significativa dos investimentos do Fundo será feita em Valores

Mobiliários de emissão de Companhia Investida, o que, por sua natureza, envolve riscos do

negócio, financeiros, do mercado e/ou legais. Tais riscos são agravados pelo fato de a

Companhia Investida consistir em empresas recentemente constituídas, em que probabilidade

de ocorrência de patrimônio líquido negativo e descontinuidade é mais elevada. Ao mesmo

tempo em que tais investimentos oferecem uma oportunidade de rendimento significativo,

também envolvem alto grau de risco que pode resultar em perdas substanciais, inclusive em

montantes superiores à totalidade do capital investido na Companhia Investida. Embora o

Fundo possa ter participação no processo decisório da Companhia Investida, não há garantias de

(i) bom desempenho da Companhia Investida, (ii) solvência da Companhia Investida e (iii)

continuidade da atividades da Companhia Investida. Tais riscos, se materializados, podem

impactar negativa e significativamente os resultados da carteira do Fundo e o valor das Quotas.

Não se pode garantir que o Administrador ou o Comitê de Investimento irão avaliar

corretamente a natureza e a magnitude dos vários fatores que podem afetar o valor de tais

investimentos. Movimentos de preços e do mercado em que são feitos os investimentos do

Fundo podem ser voláteis e uma variedade de outros fatores a eles inerentes e de difícil

previsão, tais como acontecimentos econômicos e políticos nacionais e internacionais, podem

afetar de forma significativa os resultados das atividades do Fundo e o valor de seus

investimentos. Consequentemente, o desempenho do Fundo em um período específico pode

não ser necessariamente um indicativo dos resultados que podem ser esperados em períodos

futuros.

Parágrafo 9º - Não obstante a diligência e o cuidado do Administrador, os pagamentos relativos

aos títulos ou valores mobiliários de emissão da Companhia Investida, como dividendos, juros e

outras formas de remuneração e bonificação podem vir a se frustrar em razão da insolvência,

falência, mau desempenho operacional da Companhia Investida, ou, ainda, em decorrência de

outros fatores. Em tais ocorrências, o Fundo e os seus Quotistas poderão experimentar perdas,

não havendo qualquer garantia ou certeza quanto à possibilidade de eliminação de tais riscos.

Parágrafo 10 - O Fundo poderá participar do processo decisório da Companhia Investida. Desta

forma, caso haja esta participação no processo decisório e caso determinada Companhia

Investida tenha sua falência decretada ou caso haja a desconsideração da personalidade jurídica

da Companhia Investida, a responsabilidade pelo pagamento de determinados passivos da

Companhia Investida poderá ser atribuída ao Fundo, impactando o valor das Quotas, o que

poderá resultar em Patrimônio Líquido negativo e a necessidade de os Quotistas realizarem

aportes adicionais de recursos no Fundo.

Parágrafo 11 - Os investimentos na Companhia Investida envolvem riscos relativos ao segmento

econômico em que ela atua. Não há garantia quanto ao desempenho desse setor e nem certeza

de que o desempenho da Companhia Investida acompanhe pari passu o desempenho médio do

setor. Adicionalmente, ainda que o desempenho da Companhia Investida acompanhe o

desempenho das demais empresas do seu setor de atuação, não há garantia de que o Fundo e

os seus Quotistas não experimentarão perdas.

Parágrafo 12 – Em função de diversos fatores relacionados ao funcionamento de órgãos

públicos de que pode vir a depender o Fundo no desempenho de suas operações, não há

garantias de que o Fundo conseguirá exercer todos os seus direitos de sócio ou investidor da

Companhia Investida, ou como adquirente ou alienante de ações ou outros valores mobiliários

de emissão de tal Companhia Investida, nem de que, caso o Fundo consiga exercer tais direitos,

os efeitos obtidos serão condizentes com os seus direitos originais ou obtidos no tempo

esperado. Tais fatores poderão impactar negativamente a carteira do Fundo.

Parágrafo 13 - Os investimentos do Fundo poderão ser feitos em companhias fechadas, as quais,

não estão obrigadas a observar as mesmas regras que as companhias abertas relativamente à

divulgação de suas informações ao mercado e a seus acionistas, o que pode representar

dificuldade para o Fundo quanto (i) ao acompanhamento das atividades e resultados da

Companhia Investida e (ii) a correta decisão sobre a liquidação do investimento, o que pode

afetar o valor da carteira do Fundo e das Quotas.

Parágrafo 14 - O Fundo pode ter participação minoritária na Companhia Investida o que poderá

limitar sua capacidade de proteger seus interesses em tal Companhia Investida. No entanto,

para a realização de aporte de capital na Companhia Alvo, poderão ser negociadas condições

que assegurem ao Fundo direitos para proteger seus interesses em face da Companhia Investida

e dos demais acionistas. Não há garantia que todos os direitos pleiteados sejam concedidos ao

Fundo, o que pode afetar o valor da carteira do Fundo e das suas Quotas.

Parágrafo 15 - No processo de desinvestimento de uma Companhia Investida, o Fundo pode ser

solicitado a oferecer informações sobre o negócio e situação financeira de uma Companhia

Investida típicas em situações de venda de participação societária. O Fundo pode desconhecer

ativos insubsistentes e passivos supervenientes que poderão gerar obrigação de indenização

pelo Fundo aos adquirentes da Companhia Investida, o que pode afetar o valor das Quotas.

Riscos de Concentração da Carteira do Fundo

Parágrafo 16 - A carteira do Fundo poderá ser composta por valores mobiliários de uma única

Companhia Investida, sendo que, não existirão quaisquer critérios de concentração ou

diversificação para os valores mobiliários que poderão compor a carteira do Fundo, o que pode

implicar concentração dos investimentos do Fundo em valores mobiliários de poucos emissores.

Essa concentração poderá, eventualmente, acarretar perdas patrimoniais ao Fundo e aos

Quotistas do Fundo, tendo em vista, principalmente, que nesse caso os resultados do Fundo

dependerão dos resultados atingidos por essa Companhia Investida.

Riscos de Mercado

Parágrafo 17 - As condições econômicas em geral, as taxas de juros e a disponibilidade de fontes

alternativas de financiamento podem afetar os resultados do Fundo, inclusive o valor dos

Valores Mobiliários que o Fundo detém e sua capacidade de vendê-los com lucro. O

desempenho da Companhia Investida pode ser afetado por mudanças nas políticas do governo,

tributação, ou outras leis e regulamentos sobre as flutuações da moeda, tanto no Brasil quanto

no exterior.

Parágrafo 18 - Os ativos financeiros e outros títulos e valores mobiliários que compõem a

carteira do Fundo podem estar sujeitos a oscilações de preços em função da reação dos

mercados a eventos econômicos e políticos, tanto no Brasil como no exterior, e a eventos

específicos a respeito dos respectivos emissores. As variações de preços desses ativos

financeiros, títulos e valores mobiliários poderão ocorrer também em função de alterações nas

expectativas dos participantes do mercado, o que pode gerar mudanças nos padrões de

comportamento de preços sem que haja mudanças significativas no contexto econômico ou

político nacional e internacional.

Parágrafo 19 – O apreçamento dos títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros

integrantes da carteira do Fundo será realizado de acordo com os critérios e procedimentos

para registro e avaliação de títulos, valores mobiliários e demais operações estabelecidos neste

Regulamento e na regulamentação em vigor. Referidos critérios de avaliação de ativos, tais

como os de marcação a mercado, poderão ocasionar variações no valor dos ativos do Fundo,

resultando em aumento ou redução no valor de suas Quotas.

Riscos de Crédito

Parágrafo 20 - Os ativos financeiros integrantes da carteira do Fundo podem estar sujeitos à

capacidade de seus emissores em honrar os compromissos de pagamento de juros e principal

referentes a tais ativos. Alterações nas condições financeiras dos emissores dos ativos

financeiros ou na percepção que os investidores têm sobre tais condições, bem como alterações

nas condições econômicas e políticas que possam comprometer a sua capacidade de

pagamento, podem trazer impactos significativos nos preços e na liquidez dos ativos financeiros.

Parágrafo 21 - O Fundo poderá incorrer em risco de crédito na liquidação das operações

realizadas por meio de corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários que venham a

intermediar as operações de compra e venda de ativos em nome do Fundo. Na hipótese de falta

de capacidade ou falta de disposição de pagamento de qualquer dos emissores de ativos ou das

contrapartes nas operações integrantes da carteira do Fundo, o Fundo poderá sofrer perdas,

podendo inclusive incorrer em custos para conseguir recuperar os seus créditos.

Risco de Distribuição

Parágrafo 22 - Não se pode garantir que as operações do Fundo serão rentáveis, que o Fundo

conseguirá evitar perdas, nem que os rendimentos de seus investimentos estarão disponíveis

para distribuição aos Quotistas ou para a destinação pretendida pela Assembleia Geral de

Quotistas. O Fundo não terá outra fonte de recursos além dos rendimentos e dos ganhos

auferidos com os seus investimentos e o retorno do capital investido.

Risco de Descontinuidade

Parágrafo 23 – Este Regulamento estabelece algumas hipóteses em que a Assembleia Geral de

Quotistas poderá optar pela liquidação antecipada do Fundo. Nessas situações, os Quotistas

terão seu horizonte original de investimento reduzido e poderão não conseguir reinvestir os

recursos recebidos com a mesma remuneração proporcionada pelo Fundo, não sendo devida

pelo Fundo, pelo Administrador e nem pelo Custodiante nenhuma multa ou penalidade, a

qualquer título, em decorrência desse fato.

Risco de Derivativos

Parágrafo 24 – O Fundo, ao operar com derivativos, nos termos deste Regulamento, está sujeito

ao risco de distorção de preço entre o derivativo e seu ativo objeto, o que pode ocasionar

aumento da volatilidade do Fundo, limitar as possibilidades de retornos adicionais nas

operações, não produzir os efeitos pretendidos, bem como provocar perdas aos Quotistas. Não

é possível assegurar que a utilização de derivativos exclusivamente para proteção patrimonial

evitará perdas para o Fundo.

Risco relacionado a Fatores Macroeconômicos e Regulatórios

Parágrafo 25 – O Fundo está sujeito aos efeitos da política econômica praticada pelo governo

brasileiro e demais variáveis exógenas, tais como a ocorrência, no Brasil ou no exterior, de fatos

extraordinários ou de situações especiais de mercado ou, ainda, de eventos de natureza política,

econômica, financeira ou regulatória que influenciem de forma relevante o mercado financeiro

brasileiro. Medidas do governo brasileiro para controlar a inflação e implementar as políticas

econômica e monetária envolveram, no passado recente, alterações nas taxas de juros,

desvalorização da moeda, controle de câmbio, controle de tarifas, mudanças legislativas, entre

outras. Essas políticas, bem como outras condições macroeconômicas, têm impactado

significativamente a economia e o mercado de capitais nacional. A adoção de medidas que

possam resultar na flutuação da moeda, indexação da economia, instabilidade de preços,

elevação de taxas de juros ou influenciar a política fiscal vigente poderão impactar os negócios

do Fundo. Além disso, o governo federal brasileiro, o BACEN e demais órgãos competentes

poderão realizar alterações na regulamentação do setor de atuação da Companhia Investida ou

nos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira do Fundo ou, ainda, outros relacionados

ao próprio Fundo, o que poderá afetar a rentabilidade do Fundo.

Outros Riscos Exógenos ao Controle do Administrador

Parágrafo 26 – O Fundo também poderá estar sujeito a outros riscos advindos de motivos

alheios ou exógenos ao controle do Administrador, tais como moratória, mudança nas regras

aplicáveis aos seus ativos, mudanças impostas aos ativos financeiros integrantes da carteira do

Fundo, alteração na política monetária, os quais, caso materializados, poderão causar impacto

negativo sobre os ativos do Fundo e o valor de suas Quotas.

Risco de Patrimônio Negativo

Parágrafo 27 – Eventuais perdas patrimoniais do Fundo não estão limitadas nem ao valor do

capital subscrito, de forma que os Quotistas podem ser chamados a aportar recursos adicionais

no Fundo. Esse risco é agravado em razão de o Fundo ter como política investir na Companhia

Investida recentemente constituída, cuja perspectiva de retorno no curto e médio prazos não é

previsível, havendo probabilidade maior de ocorrência de patrimônio líquido negativo e

necessidade de aportes adicionais. Caso as disponibilidades do Fundo não sejam suficientes para

a realização desses aportes, os Quotistas podem ser chamados a aportar recursos adicionais.

CAPÍTULO V - O PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A AVALIAÇÃO DOS ATIVOS

Artigo 10 - O Patrimônio Líquido do Fundo corresponderá à soma dos ativos integrantes da

Carteira, apurados na forma deste Capítulo, mais os valores a receber, menos as suas

exigibilidades.

Parágrafo 1º - O Fundo terá escrituração contábil própria, devendo as aplicações, as contas e as

demonstrações contábeis do FUNDO serem segregadas das do Administrador, bem como das do

Custodiante e do depositário eventualmente contratados pelo Fundo.

Parágrafo 2º - O patrimônio líquido do Fundo corresponderá à soma algébrica de seu disponível

com o valor da Carteira, mais os valores a receber, menos as suas exigibilidades (“Patrimônio

Líquido”).

Parágrafo 3º - O Administrador poderá propor a reavaliação dos ativos da Carteira do Fundo,

quando:

(i) verificada a notória insolvência de alguma Companhia Alvo;

(ii) houver atraso ou não pagamento de dividendos, juros ou amortizações relativamente

aos títulos e/ou Valores Mobiliários que tenham sido adquiridos pelo Fundo;

(iii) houver pedido de recuperação judicial, extrajudicial ou falência ou for decretada a

falência de alguma das Companhias Alvo, concessão de plano de recuperação judicial ou

extrajudicial de alguma das Companhias Alvo, bem como a homologação de qualquer

pedido de recuperação judicial ou extrajudicial envolvendo alguma das Companhias

Alvo;

(iv) houver emissão de novas Quotas;

(v) alienação de ativos de Companhias Alvo;

(vi) oferta pública de ações de qualquer das Companhias Alvo;

(vii) mutações patrimoniais significativas, a critério do Administrador;

(viii) permuta, alienação ou qualquer outra operação com Valores Mobiliários de

emissão de Companhias Alvo fechadas; e

(ix) da hipótese de liquidação antecipada do Fundo.

Parágrafo 4º - A escolha do Agente de Reavaliação caberá ao Administrador, dentre 3 (três)

empresas de renome indicadas pelo Gestor ou, ainda, pelos Quotistas. O Administrador, em

nome do Fundo, contratará tal empresa, às expensas do Fundo, observado orçamento

estabelecido neste Regulamento. O resultado da reavaliação dos ativos efetuada pelo Agente de

Reavaliação será válido para todos os fins de direito.

Parágrafo 5º - No momento da subscrição de Quotas do Fundo e de acordo com declaração que

deverá ser firmada no Compromisso de Investimento, os Quotistas têm ciência, reconhecem e

aceitam as regras relativas à precificação dos ativos da Carteira do Fundo.

Parágrafo 6º Para efeito da determinação do valor da Carteira do Fundo, devem ser observadas

as normas e os procedimentos previstos no manual de precificação do Custodiante, disponível

em www.brltrust.com.br, observado o disposto na ICVM 579/16

CAPÍTULO VI - EMISSÃO, SUBSCRIÇÃO, INTEGRALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E

AMORTIZAÇÃO DAS QUOTAS

Artigo 11 - O Patrimônio Líquido do Fundo será dividido em Quotas de classe única, que

correspondem a frações ideais desse patrimônio, todas nominativas e mantidas em contas de

depósitos em nome de seus titulares, conferindo a seus titulares os direitos descritos neste

Regulamento.

Artigo 12 - O Fundo poderá emitir novas Quotas, observada as restrições contidas na ICVM

476/09 e mediante aprovação em Assembleia Geral de Quotistas, sendo que a Assembleia Geral

de Quotistas que deliberar sobre novas emissões de Quotas definirá as respectivas condições

para subscrição e integralização de tais Quotas, observado o disposto na legislação aplicável.

Parágrafo 1º - O valor das Quotas, após a Data de Início do Fundo, será o resultante da divisão

do valor do Patrimônio Líquido pelo número de Quotas, utilizando-se o critério de quota de

abertura, exceto para o caso de resgate de Quotas quando da liquidação do Fundo, em que se

utilizará o critério da quota de fechamento.

Parágrafo 2º - A subscrição total das Quotas constitutivas do patrimônio inicial deve ser

encerrada no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar da data da concessão do

registro da distribuição de Quotas pela CVM.

Parágrafo 3º - No ato de subscrição, o investidor firmará o competente Boletim de Subscrição e

os Termos de Ciência de Risco e de Adesão ao Regulamento e o Administrador entregará ao

Quotista uma cópia deste Regulamento.

Parágrafo 4º - O valor mínimo a ser subscrito por cada Quotista na data de assinatura do

respectivo Boletim de Subscrição será de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

Artigo 13 - As quotas serão mantidas em conta de depósito em nome de seus quotistas junto ao

Escriturador e o extrato da conta de depósito comprovará a propriedade e a quantidade de

quotas detidas pelos Quotistas, conforme registros do Fundo.

Artigo 14 - Não haverá resgate de Quotas, a não ser pelo término do prazo de duração ou pela

liquidação do Fundo.

Parágrafo 1º - As Quotas poderão ser amortizadas, a critério da Assembleia Geral de Quotistas.

As amortizações de Quotas serão realizadas proporcionalmente ao montante que o valor de

cada Quota representa relativamente ao Patrimônio Líquido.

Parágrafo 2º - Os pagamentos de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio advindos dos

ativos que integrem a carteira do Fundo, enquanto vigorar a Instrução Normativa 1585/2015 da

Receita Federal do Brasil, mediante deliberação do Comitê de Investimento desde que a referida

orientação seja informada ao Administrador com antecedência de 2 (dois) dias úteis da data do

respectivo pagamento, poderão ser objeto de Repasse diretamente aos Quotistas,

proporcionalmente à participação dos Quotistas no Fundo, sendo certo que deverão ser retidos

pelo Administrador todos os impostos incidentes, nos termos da regulamentação em vigor.

Parágrafo 2º - A Assembleia Geral de Quotistas poderá deliberar pela Amortização de Quotas

em ativos da carteira do Fundo, caso em que definirá as condições para tal amortização.

Parágrafo 3º - Na hipótese prevista no caput deste Artigo, a amortização recairá

prioritariamente sobre o valor principal investido.

Artigo 15 - O Patrimônio Inicial do Fundo será de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais),

podendo alcançar até R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais).

Artigo 16 - Serão emitidas até 150 (cento e cinquenta) quotas, cada uma com valor nominal de

R$ 20.000,00 (vinte mil reais), de uma série única.

Parágrafo 1º - Não será cobrada taxa de ingresso ou saída do Fundo.

Parágrafo 2º - A primeira integralização de quotas, para a qual será dispensada a aprovação

prévia do Comitê de Investimento prevista neste Regulamento, poderá representará 100% (cem

por cento) do Capital Comprometido e deverá ser realizada em até 15 (quinze) dias após o

envio, pelo Administrador aos quotistas, da comunicação da data de início das atividades do

Fundo.

Parágrafo 3º - Os quotistas supervenientes ao início do funcionamento do Fundo integralizarão

no prazo de 15 (quinze) dias da assinatura do Boletim de Subscrição o montante equivalente ao

percentual do Capital Comprometido já integralizado pelos demais quotistas naquela data.

Parágrafo 4º - Dentro do limite do valor total do Capital Comprometido, o quotista será

convocado a realizar integralizações de quotas até atingir o valor total previsto no seu

respectivo Boletim de Subscrição. Excepcionalmente, também poderá haver chamados após o

término do Período de Investimento, para atender às necessidades de caixa do Fundo.

Parágrafo 5º - As quotas deverão ser integralizadas em moeda corrente nacional, conforme as

instruções do Administrador, observadas as condições previstas no Boletim de Subscrição, a

partir do recebimento de correspondência enviada pelo Administrador aos quotistas através de

fac-símile e correio eletrônico, aos endereços constantes no respectivo Boletim de Subscrição.

Parágrafo 6º - As importâncias recebidas na integralização inicial das Quotas deverão ser

depositadas em banco comercial, em nome do Fundo em organização, sendo obrigatória sua

imediata aplicação em títulos de renda fixa, públicos ou privados. Caso o Fundo não obtenha

autorização para funcionamento, nos termos da ICVM 209, os recursos financeiros do Fundo

serão imediatamente rateados entre os subscritores, nas proporções dos valores integralizados,

corrigidos monetariamente, acrescidos dos rendimentos líquidos auferidos pelas aplicações do

Fundo.

Parágrafo 7º - Do Boletim de Subscrição constarão, entre outras informações:

(i) nome e qualificação do subscritor;

(ii) número de Quotas subscritas;

preço de subscrição e valor total a ser integralizado;

data de integralização, e;

(iv) informações sobre o prazo e condições para integralização das Quotas.

Parágrafo 8º - Do recibo de integralização de quotas fornecido ao investidor, deverá constar,

expressamente, o valor dos recursos entregues a título de integralização das quotas, bem como

o número de quotas subscritas e integralizadas.

Parágrafo 9º - As Quotas não serão negociadas em mercado secundário, sem prejuízo da

possibilidade de registro de sua negociação privada em mercado de balcão organizado,

mediante assinatura de termo de cessão e transferência assinado pelo cedente e pelo

cessionário e registrado em cartório de títulos e documentos e somente poderá ser realizada

após decorridos 90 (noventa) dias da respectiva data de subscrição, nos termos da ICVM

476/09.

Parágrafo 10 – Os adquirentes das Quotas deverão igualmente preencher o conceito de

Investidor Qualificado, bem como deverão aderir aos termos e condições do Fundo, necessários

para o cumprimento da legislação em vigor e efetivo registro como novos Quotistas. Em

qualquer caso de transferência descrito neste Artigo, o Quotista alienante (ou o administrador

do seu espólio) deverá (a) enviar comunicação escrita ao Administrador, juntamente com uma

declaração do Quotista adquirente de que este é um Investidor Qualificado e (b) obter dos

adquirentes (i) termo de adesão ao presente Regulamento, de conteúdo idêntico ao Termo de

Ciência de Risco assinado pelo Quotista alienante, devidamente assinado; (ii) termo de adesão

ao Compromisso de Investimento, devidamente assinado, por meio do qual o Quotista

adquirente assume todos os direitos e obrigações do Quotista alienante; e (iii) cadastro do

adquirente, nos termos das normas em vigor sobre cadastro de clientes ou normas que venha a

alterá-las, ficando estabelecido que a escrituração das Quotas objeto de tal alienação pelo

Escriturador estará condicionada à entrega, pelo Quotista alienante ao Administrador, dos

documentos descritos nos referidos neste parágrafo. O Administrador terá um prazo de 15

(quinze) dias úteis a contar do recebimento de toda a documentação mencionada neste

parágrafo para proceder ao registro como novo Quotista, desde que o requisito de ser

Investidor Qualificado tenha sido cumprido, na avaliação exclusiva do Administrador. A

transferência das Quotas de que trata esse artigo está condicionada ao cumprimento das

obrigações dispostas neste parágrafo.

Parágrafo 11 – Adicionalmente às restrições estipuladas à negociação de Quotas, é vedada a

criação de qualquer ônus real sobre as Quotas.

Parágrafo 12 – As quotas não subscritas até a data de encerramento da colocação de cada

emissão serão imediatamente canceladas.

Parágrafo 13 - A negociação das Quotas que sejam distribuídas no contexto de uma Oferta

Restrita somente poderá ser realizada após decorridos 90 (noventa) dias da respectiva data de

subscrição, nos termos da ICVM 476/09.

Parágrafo 14 - Em caso de inadimplemento por um Quotista no âmbito do Compromisso de

Investimento no atendimento à chamada para integralização de Quotas, ficará o Quotista

Inadimplente sujeito às penalidades contratuais estabelecidas no Compromisso de Investimento

e ao seguinte procedimento:

(i) o Administrador notificará o Quotista Inadimplente para sanar o inadimplemento até 15

(quinze) dias corridos;

(ii) caso o Quotista Inadimplente não sane o inadimplemento na forma do inciso (i), o

Administrador:

(a) convocará Assembleia Geral de Quotistas, desde que o Fundo não detenha

recursos em caixa suficientes para os fins da chamada em questão, com o objetivo

de deliberar a proposta de que o saldo não integralizado pelo Quotista

Inadimplente o seja pelos demais Quotistas, proporcionalmente à participação de

cada Quotista na chamada em questão, limitado ao respectivo saldo disponível de

cada Capital Comprometido Individual e desde que a nova chamada seja suficiente

para sanar o inadimplemento do Quotista Inadimplente, sem prejuízo das

penalidades contratuais e legais cabíveis ao Quotista Inadimplente;

(b) adicional e independentemente do disposto na alínea (a) acima, e conforme

orientação do Comitê de Investimento, poderá promover contra o Quotista

Inadimplente processo de execução para cobrar o pagamento da obrigação

pendente, juntamente com as respectivas penalidades estabelecidas no

Compromisso de Investimento, servindo os mesmos como títulos executivos

extrajudiciais para tais fins.

Parágrafo 15 - Ao aderir a este Regulamento, cada Quotista estará ciente dos poderes

automaticamente por ele conferidos ao Administrador para realizar, em nome do Quotista, os

atos descritos neste Regulamento, como condição da aquisição de Quotas e como meio de

cumprir as obrigações estabelecidas no respectivo Compromisso de Investimento, poderes esses

irrevogáveis e irretratáveis, nos termos do artigo 684 do Código Civil Brasileiro, e válidos e

efetivos pelo prazo em que cada Quotista detiver Quotas.

CAPÍTULO VII – ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO FUNDO

Artigo 17 - A administração do Fundo será exercida pela BRL TRUST INVESTIMENTOS LTDA.,

sociedade limitada, com sede social na cidade e Estado de São Paulo, na Rua Iguatemi, 151, 19º

andar, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 23.025.053/0001-62, a qual é autorizada pela CVM a

exercer a atividade de administração de carteira de valores mobiliários, por meio do Ato

Declaratório Executivo nº 14.796, de 30 de dezembro de 2015.

Parágrafo 1º - São obrigações do Administrador, entre outras que venham a lhe ser impostas

em decorrência da legislação/regulamentação aplicável:

(a) diligenciar para que sejam mantidos por 5 (cinco) anos após o encerramento do FUNDO,

às suas expensas, atualizados e em perfeita ordem::

i) os registros de quotistas e de transferências de quotas;

ii) o livro de atas das assembleias gerais e de Reuniões de Comitê de Investimentos;

iii) a lista de presença de quotistas;

iv) os relatórios dos p auditores independentes sobre as demonstrações contábeis;

v) os registros e demonstrações contábeis referentes às operações realizadas pelo

Fundo e seu patrimônio;

vi) a documentação relativa às operações do Fundo.

(b) receber dividendos, bonificações e quaisquer outros rendimentos ou valores do Fundo;

(c) exercer ou alienar os direitos de subscrição de ações e outros valores mobiliários;

(d) elaborar, em conjunto com o GESTOR, relatório a respeito das operações e resultados

do FUNDO, incluindo a declaração de que foram obedecidas as disposições da Instrução

CVM 578/16 e do presente Regulamento

(e) exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos inerentes ao

patrimônio e às atividades do FUNDO;

(f) empregar, na defesa dos direitos dos quotistas, a diligência exigida pelas circunstâncias,

praticando todos os atos necessários a assegurá-los, inclusive ações, recursos e

exceções;

(g) manter os títulos e Valores Mobiliários fungíveis integrantes da Carteira do FUNDO

custodiados em entidade de custódia autorizada ao exercício da atividade pela CVM;

(h) o pagamento de multa cominatória, nos termos da legislação vigente, em razão de

atrasos no cumprimento dos prazos previstos na ICVM 578/16;

(i) elaborar parecer a respeito das operações e resultados do Fundo, anualmente,

encaminhando as demonstrações financeiras, do qual conste, entre outras informações

e/ou comentários necessários, declaração de que foram obedecidas as disposições da

ICVM 578/16 e do Regulamento do Fundo;

(j) cumprir as deliberações da Assembleia Geral de Quotistas que estejam em consonância

com o Regulamento e a regulamentação;

(k) cumprir e fazer cumprir todas as disposições do presente Regulamento;

(l) manter atualizada junto à CVM a lista de prestadores de serviços contratados pelo

FUNDO e informados no momento do seu registro, bem como as demais informações

cadastrais;

(m) divulgar a todos os Quotistas e à CVM, qualquer ato ou fato relevante atinente ao Fundo

e/ou às Companhias Investidas;

(n) representar o FUNDO em juízo e fora dele, exceto naquilo em que este Regulamento

outorgar poderes específicos ao GESTOR, observadas as limitações legais e

regulamentares em vigor; e

(o) realizar chamadas para integralização de Quotas nos termos deste Regulamento e do

Compromisso de Investimento.

Parágrafo 2º - Qualquer benefício ou vantagem que o Administrador venha a obter, que não

esteja prevista no regulamento, deve ser imediatamente repassado para o Fundo.

Artigo 18 - A gestão do Fundo será exercida pela XP Advisory Gestão de Recursos LTDA,

sociedade Limitada, com sede social na cidade e Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro

Faria Lima, nº 3600, 10 andar, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 15.289.957/0001-77, a qual é

autorizada pela CVM a exercer a atividade de administração de carteira de valores mobiliários,

por meio do Ato Declaratório Executivo nº 12.361, de 01 de Junho de 2012.

Artigo 19 - Incluem-se entre as obrigações do GESTOR, sem prejuízo das demais atribuições

legais que lhe competem e das obrigações do ADMINISTRADOR:

(i) elaborar, em conjunto com o ADMINISTRADOR, relatório de que trata o art. 39, inciso IV

da Instrução CVM 578/16;

(ii) fornecer aos Quotistas que assim requererem, estudos e análises de investimento, que

fundamentem as decisões tomadas em Assembleia Geral de Quotistas, incluindo os

registros apropriados com as justificativas das recomendações e respectivas decisões;

(iii) fornecer aos Quotistas que assim requererem, atualizações periódicas dos estudos e

análises, permitindo acompanhamento dos investimentos realizados, objetivos

alcançados, perspectivas de retorno e identificação de possíveis ações que maximizem o

resultado do investimento;

(iv) custear as despesas de propaganda do FUNDO;

(v) exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos inerentes ao

patrimônio e às atividades do FUNDO;

(vi) transferir ao fundo qualquer benefício ou vantagem que possa alcançar em decorrência

de sua condição de gestor do FUNDO;

(vii) firmar, em nome do FUNDO, os acordos de acionistas das Companhias de que o FUNDO

participe;

(viii) manter a efetiva influência na definição da política estratégica e na gestão da

Companhia Investida, nos termos do disposto no art. 6º da Instrução CVM 578/16, e

assegurar as práticas de governança referidas no art. 8º da Instrução CVM 578/16;

(ix) cumprir as deliberações do Comitê de Investimentos no tocante as atividades de gestão

que estejam em consonância com o Regulamento e a regulamentação aplicável;

(x) cumprir e fazer cumprir todas as disposições do regulamento do FUNDO aplicáveis às

atividades de gestão da carteira;

(xi) negociar e contratar, em nome do FUNDO, terceiros para a prestação de serviços de

assessoria e consultoria relacionados diretamente com o investimento ou o

desinvestimento nos ativos referidos neste Regulamento;

(xii) negociar e contratar, em nome do FUNDO, os ativos e os intermediários para realizar

operações do FUNDO, representando o fundo, para todos os fins de direito, para essa

finalidade;

(xiii) celebrar e discutir acordos e contratos para aquisição, alienação, subscrição,

conversão, permuta e demais direitos inerentes aos títulos, Valores Mobiliários e Outros

Ativos que integrem ou venham a integrar a Carteira do FUNDO;

(xiv) exercer, em nome do FUNDO, o direito de voto nas assembleias gerais e

especiais das Companhias Investidas, dentre outras reuniões e/ou assembleias em que

seja necessário;

(xv) submeter à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE ou de

outras autoridades governamentais todos os investimentos do Fundo nas Companhias

Investidas que requeiram tal aprovação nos termos da lei;

(xvi) fornecer ao ADMINISTRADOR todas as informações e documentos necessários

para que este possa cumprir suas obrigações, incluindo, dentre outros:

(a) as informações necessárias para que o Administrador determine se o FUNDO se

enquadra ou não como entidade de investimento, nos termos da regulamentação

contábil específica;

(b) as demonstrações contábeis auditadas das Companhias Investidas previstas no

art. inciso VI do Artigo 8º da Instrução CVM 578/16, quando aplicável; e

(c) o laudo de avaliação do valor justo das Companhias Investidas, quando aplicável

nos termos da regulamentação contábil específica, bem como todos os

documentos necessários para que o administrador possa validá-lo e formar suas

conclusões acerca das premissas utilizadas pelo gestor para o cálculo do valor justo.

Parágrafo Único - Sempre que forem requeridas informações na forma prevista nos itens (ii) e

(iii) deste Artigo, o ADMINISTRADOR poderá submeter a questão à prévia apreciação da

Assembleia Geral, tendo em conta os interesses do FUNDO e dos demais Quotistas, e eventuais

Conflitos de Interesses em relação a conhecimentos técnicos e às empresas nas quais o FUNDO

tenha investido, ficando, nesta hipótese, impedidos de votar os Quotistas que requereram a

informação.

Artigo 20 – Nos casos de renúncia ou destituição, o Administrador e/ou o Gestor deverão

permanecer no exercício de suas funções até a sua efetiva substituição, que deve ocorrer no

prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de liquidação do FUNDO.

Parágrafo 1° - A Assembleia Geral dos Quotistas poderá destituir o Administrador e/ou o Gestor,

com ou sem Justa Causa, nos termos do Capítulo X deste Regulamento.

Parágrafo 2° - Entende-se por destituição com Justa Causa aquela decorrente da comprovação

de que o Administrador e/ou o Gestor atuou com culpa ou dolo, nos termos da legislação

vigente, no desempenho de suas funções e responsabilidades como Administrador e /ou Gestor

(“Justa Causa”).

Parágrafo 3º - Nas hipóteses de renúncia ou descredenciamento, o Administrador deverá

convocar, imediatamente, a Assembleia Geral de Quotistas para eleger seu substituto, a ser

realizada no prazo de até 10 (dez) dias, sendo também facultado aos Quotistas que detenham

ao menos 5% (cinco por cento) das Quotas subscritas, ou à CVM, nos casos de

descredenciamento, a convocação da Assembleia Geral de Quotistas para tal fim.

Parágrafo 4º - Salvo no caso de descredenciamento do Administrador, o Administrador deverá

permanecer no exercício de suas funções até sua efetiva substituição pela Assembleia Geral de

Quotistas.

Parágrafo 5º - Caso a (i) Assembleia Geral de Quotistas não chegue a uma decisão sobre a

escolha do novo administrador ou o novo gestor, ou (ii) o novo administrador ou o novo gestor

não assuma efetivamente o cargo no prazo de até 10 (dez) dias após a deliberação de

Assembleia Geral de Quotistas que o eleger, o Administrador deverá convocar nova Assembleia

Geral de Quotistas para deliberar sobre a liquidação do Fundo ou sua incorporação em outro

fundo.

Parágrafo 6º - Na hipótese de a Assembleia Geral de Quotistas de que tratam os Parágrafos

acima não obterem quorum suficiente ou não deliberarem sobre a liquidação ou incorporação

do Fundo, o Administrador procederá à liquidação automática do Fundo, no prazo máximo de

10 (dez) dias contados da realização da referida Assembleia Geral de Quotistas, observado, se

for o caso, o disposto no Capítulo XV deste Regulamento.

CAPÍTULO VIII – SERVIÇOS DE CUSTÓDIA, DISTRIBUIÇÃO E ESCRITURAÇÃO

Artigo 21 – O Fundo, representado pelo Administrador, contratou a BRL TRUST DISTRIBUIDORA

DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A., com sede na cidade de São Paulo, Estado de São

Paulo, na Rua Iguatemi, nº 151, 19º andar (parte), Itaim Bibi, CEP 01451-011, inscrita no

CNPJ/MF sob o nº 13.486.793/0001.42, credenciada e autorizada pela CVM à prestação de

serviços de custódia de valores mobiliários e escrituração de quotas de fundos de investimento,

por meio do Ato Declaratório Executivo nº 13.244 de 21 de agosto de 2013, para prestar os

serviços de custódia, tesouraria e controladoria dos títulos e Valores Mobiliários integrantes da

carteira de investimentos do Fundo, bem como a escrituração e distribuição das quotas do

Fundo.

Parágrafo 1º - A destituição e/ou substituição do Custodiante e/ou Escriturador dependerá da

aprovação prévia da Assembleia Geral de Quotistas.

Parágrafo 2º - O Administrador, em nome do Fundo, contratará a Empresa de Auditoria para

prestar o serviço de auditoria independente do Fundo, cujos custos serão considerados como

encargos do Fundo.

CAPÍTULO IX - A REMUNERAÇÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS AO FUNDO

Artigo 22 - Da Taxa de Administração – Os prestadores de serviço de administração, gestão,

distribuição, escrituração, custódia, tesouraria, liquidação e controladoria do Fundo farão jus a

uma Taxa de Administração de 0,30% (trinta centésimos por cento) ao ano, incidente sobre o

Patrimônio Líquido do Fundo, observada a remuneração mínima mensal de R$ 9.000,00 (nove

mil reais), reajustado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo apurado e divulgado pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (“IPCA”) e devida ao Administrador. Da Taxa de

Administração, o Administrador fará jus a 0,10% (dez centésimos por cento) ao ano, fazendo o

Gestor jus ao valor remanescente.

Parágrafo 2º - A Taxa de Administração será provisionada diariamente e debitada pelo

Administrador contra o Fundo até o 5º (quinto) dia útil de cada mês, ou data posterior que o

Administrador considere conveniente, desde que tal data posterior não ultrapasse 90 (noventa)

dias contados do referido 5º (quinto) dia útil de cada mês, sendo o seu cálculo realizado pró-rata

em base diária, considerado o ano de 252 dias.

Parágrafo 3º - O Administrador poderá estabelecer que parcelas da Taxa de Administração

sejam pagas diretamente pelo Fundo aos prestadores de serviços contratados pelo Fundo,

desde que o somatório dessas parcelas não exceda o montante total da Taxa de Administração.

Parágrafo 4º - Além da Taxa de Administração e dos encargos referidos no Capítulo XI, não

serão cobradas quaisquer outras taxas pelo Fundo.

Parágrafo 5º - O Fundo não pagará Taxa de Performance.

Parágrafo 6º - A taxa de custódia a ser cobrada do Fundo, já incluída na Taxa de Administração

acima corresponderá a no máximo R$ 1.000,00 (mil reais), reajustado pelo IPCA desde a data em

que ocorrer a primeira integralização de quotas.

CAPÍTULO X - A ASSEMBLEIA GERAL DE QUOTISTAS

Artigo 23 - A Assembleia Geral de Quotistas realizar-se-á, ordinariamente, em até 180 (cento e

oitenta) dias após o término do exercício social, para deliberar sobre as matérias previstas no

inciso (i) do Parágrafo 1º abaixo, e, extraordinariamente, sempre que convocada na forma

prevista neste Regulamento.

Parágrafo 1º - Compete privativamente à Assembleia Geral de Quotistas:

(i) tomar, anualmente, as contas relativas ao Fundo e deliberar sobre as demonstrações

contábeis apresentadas pelo Administrador;

(ii) alterar o regulamento do Fundo, inclusive quanto à classificação ANBIMA adotada pelo

FUNDO;

(iii) deliberar sobre a destituição ou a substituição do Administrador Custodiante e/ou do

Gestor e escolha de seu substituto,;

(iv) deliberar sobre a transformação, fusão, incorporação, liquidação ou cisão do Fundo;

(v) deliberar sobre a emissão e distribuição de novas Quotas, bem como sobre os prazos e

condições para subscrição e integralização das novas quotas, observado o disposto na

legislação aplicável;

(vi) deliberar sobre o aumento na remuneração paga pelo Fundo ao Administrador e ao

Gestor;

(vii) deliberar sobre a prorrogação do Prazo de Duração do Fundo, do Período de

Investimento e do Período de Desinvestimento do Fundo;

(viii) deliberar sobre a destinação dos recursos oriundos da alienação parcial ou total

de investimento do Fundo na Companhia Investida bem como os juros, dividendos e

outros proventos recebidos no Período de Investimentos;

(ix) deliberar sobre a alteração do quorum de instalação e deliberação da Assembleia Geral

de Quotistas;

(x) deliberar, quando for o caso, sobre o requerimento de informações de Quotistas,

observado o disposto na legislação em vigor;

(xi) deliberar sobre a rescisão e renegociação dos Instrumentos Particulares de

Compromisso de Investimento, bem como transigência ou renúncia a qualquer direito

do Fundo no âmbito dos Instrumentos Particulares de Compromisso de Investimento;

(xii) deliberar sobre a instalação, composição, organização e funcionamento de Comitê de

Investimentos;

(xiii) deliberar sobre a prestação de fiança, aval, aceite, ou qualquer outra forma de

coobrigação em nome do FUNDO;

(xiv) a aprovação dos atos que configurem potencial conflito de interesses entre o

FUNDO e o ADMINISTRADOR ou GESTOR e entre o FUNDO e qualquer quotista, ou

grupo de quotistas, que detenham mais de 10% das quotas subscritas;

(xv) a inclusão de encargos não previstos no Regulamento ou o seu respectivo aumento

acima dos limites máximos quando já previstos; e

(xvi) a aprovação do laudo de avaliação do valor justo de ativos utilizados na

integralização de quotas do FIP de que trata o art. 20, § 7º, da ICVM 578.

Parágrafo 2º - Este Regulamento poderá ser alterado, independentemente de deliberação de

Assembleia Geral de Quotistas ou de consulta aos Quotistas, sempre que tal alteração decorra

exclusivamente da necessidade de atendimento de exigências da CVM, ou em consequência de

normas legais regulamentares, devendo ser, nesses casos, providenciada, no prazo de 30 (trinta)

dias, a necessária comunicação aos Quotistas.

FORMA DE CONVOCAÇÃO

Artigo 24 – A convocação da Assembleia Geral de Quotistas far-se-á mediante correspondência

escrita encaminhada a cada Quotista, podendo, para esse fim, ser utilizado qualquer meio de

comunicação, e desde que o fim pretendido seja atingido, tais como envio de correspondência

com aviso de recebimento, fac-símile e correio eletrônico (e-mail).

Parágrafo 1º - Da convocação, realizada por qualquer meio previsto no caput deste Artigo,

devem constar, obrigatoriamente, dia, hora, e local em que será realizada a Assembleia Geral de

Quotistas e, ainda, de forma sucinta, os assuntos a serem tratados.

Parágrafo 2º - A convocação da Assembleia Geral de Quotistas deverá ser feita com 15 (quinze)

dias de antecedência, no mínimo, da data da realização da referida Assembleia Geral de

Quotistas, admitindo-se que a segunda convocação da Assembleia Geral de Quotistas seja

providenciada juntamente com a primeira convocação.

Parágrafo 3º - A Assembleia Geral de Quotistas poderá ser convocada pelo Administrador ou

por Quotistas que detenham, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total de Quotas subscritas do

Fundo.

Parágrafo 4º - Independentemente da convocação prevista neste Artigo, será considerada

regular a Assembleia Geral à qual comparecerem todos os Quotistas.

Parágrafo 5º - Salvo motivo de força maior, a Assembleia Geral de Quotistas realizar-se-á no

local onde o Administrador tiver sede; quando houver necessidade de efetuar-se em outro

lugar, as correspondências de convocação indicarão, com clareza, o lugar da reunião, que, em

nenhum caso, poderá ser fora da Cidade da sede do Administrador.

INSTALAÇÃO E DELIBERAÇÕES

Artigo 25 – A Assembleia Geral de Quotistas poderá ser instalada com qualquer número de

Quotistas.

Parágrafo 1º - As deliberações devem ser tomadas pelo critério da maioria dos Quotistas

presentes, correspondendo a cada Quota um voto, ressalvadas as deliberações com relação às

matérias descritas nos incisos (ii), (iii), (iv), (v), (vi), (ix), (xii), (xiv), (xv) e (xvi) do Parágrafo 1º do

Artigo 23 que somente poderão ser adotadas mediante o voto favorável de Quotistas que sejam

detentores de, no mínimo, 2/3 (dois terços) da totalidade das Quotas subscritas presentes.

Parágrafo 2º - Somente podem votar nas Assembleias Gerais de Quotistas os Quotistas (i)

detentores de Quotas integralizadas, e (ii) cujas Quotas integralizadas se encontrem depositadas

na conta de depósito até 3 (três) dias úteis antes da data fixada para a realização da Assembleia

Geral de Quotistas.

Parágrafo 3o – Qualquer Quotista ficará impedido de votar relativamente às deliberações

referentes à aprovação de investimentos na Companhia Alvo de que tal Quotista ou pessoas

ligadas participem como gestor, administrador, conselheiro, ou sócio direto ou indireto.

Parágrafo 4º - As deliberações tomadas pelos Quotistas serão existentes, válidas e eficazes

perante o Fundo e obrigarão a todos os Quotistas.

Artigo 26 – Têm qualidade para votar nas Assembleias Gerais de Quotistas os representantes

legais dos Quotistas ou seus procuradores legalmente constituídos há menos de 1 (um) ano.

Artigo 27 – As deliberações da Assembleia Geral de Quotistas poderão ser tomadas mediante

processo de consulta formalizada por qualquer meio de comunicação, e desde que o fim

pretendido seja atingido, tais como envio de correspondência com aviso de recebimento, fac-

símile e correio eletrônico (e-mail), dirigido pela instituição administradora a cada quotista para

resposta no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo 1º - Da consulta deverão constar todos os elementos informativos necessários ao

exercício do direito de voto.

Parágrafo 2º - A ausência de resposta será considerada como anuência por parte dos quotistas,

desde que tal interpretação seja autorizada expressamente pelo regulamento do Fundo e conste

da própria consulta.

Parágrafo 3o – O "quorum" das deliberações tomadas na forma deste artigo será o de maioria

absoluta das quotas subscritas, independentemente da matéria.

CAPÍTULO XI - OS ENCARGOS DO FUNDO

Artigo 28 – Constituem encargos do Fundo, as seguintes despesas, que serão debitadas do

Fundo pelo Administrador:

(i) taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que

recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos e obrigações do Fundo;

(ii) despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e periódicos,

previstas na regulamentação vigente;

(iii) despesas com correspondência do interesse do Fundo, inclusive comunicações aos

quotistas e aos membros do Comitê de Investimentos;

(iv) honorários e despesas dos auditores encarregados da revisão das demonstrações

financeiras do Fundo;

(v) emolumentos e comissões pagas por operações de compra e venda de títulos e valores

mobiliários do Fundo;

(vi) honorários de advogados, custas e despesas correlatas incorridas em razão de defesa

dos interesses do Fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação,

imputada ao Fundo, se for o caso;

(vii) parcela de prejuízos eventuais não decorrentes diretamente de culpa ou negligência do

Administrador no exercício de suas funções;

(viii) prêmios de seguro, bem como quaisquer despesas relativas à transferência de

recursos do Fundo entre bancos;

(ix) quaisquer despesas inerentes à constituição, fusão, incorporação, cisão ou liquidação

do Fundo e à realização de Assembleia Geral de quotistas, sem limitação de valor por

exercício social;

(x) despesas inerentes à Reuniões do Comitê de Investimentos do FUNDO, sem limitação de

valor por exercício social;

(xi) taxa de custódia de títulos e valores mobiliários do Fundo devidas aos agentes de

mercado (tais como B3 e SELIC); e

(xii) despesas com a contratação de terceiros para prestar serviços legais, fiscais, contábeis e

de consultoria especializada, no valor máximo de R$ 50.000,00 por exercício social;

(xiii) despesas com liquidação, registro, negociação e custódia de operações com

Valores Mobiliários e/ou Outros Ativos;

(xiv) despesas com a contratação de terceiros para prestar serviços legais, fiscais,

contábeis e de consultoria especializada;

(xv) despesas relacionadas, direta ou indiretamente, ao exercício de direito de voto

decorrente de ativos do FUNDO; e

(xvi) despesas com a contribuição anual devida às entidades autorreguladoras ou às

entidades administradores de mercado organizado em que o FUNDO tenha suas Quotas

admitidas à negociação.

Parágrafo 1º - Quaisquer despesas não previstas como encargos do Fundo correrão por conta

do Administrador, salvo decisão contrária da Assembleia Geral de Quotistas.

Parágrafo 2º - Caso as despesas relativas à constituição e obtenção de registro de

funcionamento do Fundo, limitando-se aos emolumentos devidos ao cartório de registro de

títulos e documentos, e a taxa de registro devida para adesão ao Código ABVCAP/ANBIMA,

venham a ser pagas pelo Administrador, este poderá reembolsar-se do Patrimônio Líquido,

sendo que a informação referente a todos os reembolsos ficará a disposição do Comitê de

Investimento e sendo que as despesas limitar-se-ão a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e deverão

ocorrer no prazo de 60 (sessenta) dias entre a ocorrência da despesa e o registro do Fundo na

CVM.

CAPÍTULO XII – EXERCÍCIO SOCIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Artigo 29 - O exercício social do Fundo tem duração de 12 (doze) meses, com início em 1º de

abril de cada ano e término em 31 de março do ano subsequente.

Artigo 30 - O Fundo terá escrituração contábil própria, destacada da escrituração relativa ao

Administrador e do Custodiante.

Artigo 31 - As demonstrações financeiras do Fundo estarão sujeitas às normas de escrituração

expedidas pela CVM e serão auditadas por auditor independente registrado na CVM ao

encerramento de cada exercício social.

Parágrafo 1º - Os critérios de contabilização dos ativos do Fundo serão determinados pelo

Custodiante, observando-se o disposto na regulamentação aplicável e no presente

Regulamento, em especial o Capítulo XIII.

Parágrafo 2º - As Companhias Investidas deverão ser submetidas, anualmente, à auditoria

realizada por auditor independe registrado na CVM.

CAPÍTULO XIII - PUBLICIDADE E INFORMAÇÃO

Artigo 32 - No ato de seu ingresso no Fundo, o investidor receberá do Administrador,

obrigatória e gratuitamente, contra recibo:

a) exemplar do regulamento do Fundo, devendo aderir expressamente ao seu conteúdo;

b) breve histórico sobre o Administrador;

c) documento de que constem claramente as despesas com comissões ou taxa de

subscrição, distribuição e outras com que o investidor tenha de arcar.

Artigo 33 - O Administrador deverá divulgar, ampla e imediatamente, por qualquer meio,

qualquer ato ou fato relevante de modo a garantir a todos os quotistas as informações que

possam, direta ou indiretamente, influir em suas decisões quanto à permanência no Fundo e os

demais investidores quanto à aquisição de quotas.

Artigo 34 O ADMINISTRADOR deverá enviar aos Quotistas, à entidade administradora do

mercado organizado onde as Quotas estão admitidas à negociação e à CVM, por meio do

Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de

computadores, conforme modelo disponível na referida página, as seguintes informações:

(i) trimestralmente, no prazo de 15 (quinze) dias após o encerramento do trimestre civil a

que se referirem, as seguintes informações constantes do Anexo 46-I da Instrução CVM

578/16;

(ii) semestralmente, no prazo de 150 (cento e cinquenta) dias após o encerramento do

semestre a que se referirem, a composição da Carteira, discriminando quantidade e espécie

dos Valores Mobiliários e Outros Ativos que a integram; e

(iii) anualmente, no prazo de 150 (cento e cinquenta) dias após o encerramento do exercício

social, as demonstrações contábeis do exercício, acompanhadas de parecer da empresa de

auditoria e do relatório do Administrador.

Artigo 35 O Administrador compromete-se, ainda, a disponibilizar aos Quotistas todas as demais

informações sobre o FUNDO e/ou sua administração e a facilitar aos Quotistas, ou terceiros em

seu nome, devidamente constituídos por instrumento próprio, o exame de quaisquer

documentos relativos ao Fundo e à sua administração, mediante solicitação prévia com

antecedência mínima de 5 (cinco) dias, observadas as disposições deste Regulamento e da

regulamentação aplicável.

Artigo 36 Na ocorrência de alteração no valor justo dos investimentos do FUNDO, que impacte

materialmente o seu Patrimônio Líquido, e do correspondente reconhecimento contábil dessa

alteração, no caso de o FUNDO ser qualificado como entidade para investimento nos termos da

regulamentação contábil específica, o ADMINISTRADOR deve:

(i) disponibilizar aos Quotistas, em até 5 (cinco) dias úteis após a data do reconhecimento

contábil: (a) um relatório, elaborado pelo ADMINISTRADOR, com as justificativas para a

alteração no valor justo, incluindo um comparativo entre as premissas e estimativas

utilizadas nas avaliações atuais e anterior; e (b) o efeito da nova avaliação sobre o

resultado do exercício e Patrimônio Líquido do FUNDO apurados de forma

intermediária; e

(ii) elaborar as demonstrações contábeis do FUNDO para o período compreendido entre a

data de início do exercício e a respectiva data do reconhecimento contábil dos efeitos

da nova mensuração caso: (a) sejam emitidas novas Quotas do FUNDO até 10 (dez)

meses após o reconhecimento contábil dos efeitos da nova avaliação; (b) as Quotas do

FUNDO sejam admitidas à negociação em mercados organizados; ou (c) haja aprovação

por maioria das Quotas presentes em Assembleia Geral convocada por solicitação dos

Quotistas do FUNDO.

Parágrafo 1º - As demonstrações contábeis referidas no item (i) deste 0 devem ser auditadas

por auditores independentes registrados na CVM e enviadas aos Quotistas e à CVM em até 90

(noventa) dias após a data do reconhecimento contábil dos efeitos da nova mensuração.

Parágrafo 2º - Fica dispensada a elaboração das demonstrações contábeis referidas no

Parágrafo Primeiro acima quando estas se encerrarem 2 (dois) meses antes da data de

encerramento do exercício social do FUNDO, salvo se houver aprovação dos Quotistas reunidos

em Assembleia Geral, nos termos do disposto no item (i), alínea (c) do 0.

Artigo 37 O ADMINISTRADOR é obrigado a divulgar ampla e imediatamente (a) a todos os

Quotistas, por meio de carta com aviso de recebimento endereçado a cada Quotista e por meio

do mesmo periódico no qual tenha sido publicado o anúncio de início da distribuição das Quotas

do FUNDO, assim como por meio do Sistema de Envio de Documentos disponível na página da

CVM; e (b) à entidade administradora de mercado organizado onde as Quotas estejam

admitidas à negociação, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao

funcionamento do FUNDO ou aos Valores Mobiliários ou Outros Ativos integrantes de sua

Carteira.

Parágrafo 1º - Considera-se relevante qualquer deliberação da Assembleia Geral ou do

ADMINISTRADOR, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico,

negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado ao FUNDO que possa influir de modo

ponderável:

(i) na cotação das Quotas ou de Valores Mobiliários a elas referenciados;

(ii) na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter as Quotas; e

(iii) na decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos inerentes à condição de titular

das Quotas ou de Valores Mobiliários a elas referenciados.

Parágrafo 2º - Os atos ou fatos relevantes podem, excepcionalmente, deixar de ser divulgados

se o ADMINISTRADOR entender que sua revelação põe em risco interesse legitimo do FUNDO ou

das Companhias Alvo.

Parágrafo 3º - O ADMINISTRADOR fica obrigado a divulgar imediatamente o ato ou fato

relevante, na hipótese da informação escapar ao controle ou se ocorrer oscilação atípica na

cotação, preço ou quantidade negociada das Quotas do FUNDO.

Artigo 38 - A publicação de informações referidas nos Artigos acima deve ser feita na página do

ADMINISTRADOR na rede mundial de computadores e mantida disponível aos Quotistas em sua

sede, bem como deve ser simultaneamente enviada ao mercado organizado em que as Quotas

do FUNDO sejam admitidas à negociação e à CVM, por meio do Sistema de Envio de

Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de computadores.

CAPÍTULO XIV - AS VEDAÇÕES

Artigo 39 - É vedado ao Administrador e ao Gestor, direta ou indiretamente, a prática dos

seguintes atos em nome do Fundo:

a) receber depósitos em conta corrente do Administrador e/ou Gestor;

b) contrair ou efetuar empréstimos sob qualquer modalidade, salvo: (a) se o Fundo

obtiver apoio financeiro direto de organismos de fomento, conforme condições previstas

no Artigo 10 da Instrução CVM 578/16; (b) nas modalidades estabelecidas pela CVM; ou

(c) para fazer frente ao inadimplemento de Quotistas que deixem de integralizar as

Quotas subscritas, sendo obtido apenas o valor equivalente ao estritamente necessário

para assegurar o cumprimento do compromisso de investimento assumido pelo FUNDO;

c) prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma exceto

mediante aprovação de no mínimo, 2/3 (dois terços) das Quotas subscritas em

Assembleia Geral;

d) negociar com duplicatas, notas promissórias,excetuadas aquelas de que trata a

Instrução CVM n.º 134, de 01 de novembro de 1990, ou outros títulos não autorizados

pela CVM;

e) prometer rendimento predeterminado aos Quotistas;

f) aplicar recursos: (i) no exterior; (ii) na aquisição de imóveis; (iii) na subscrição ou

aquisição de ações de sua própria emissão(b) na aquisição de direitos creditórios,

ressalvadas as hipóteses previstas neste Regulamento ou caso os direitos creditórios

sejam emitidos por Companhias Alvo do FUNDO; e

g) vender à prestação Quotas do Fundo, salvo se o investimento for efetivado por

meio de instrumento mediante o qual o investidor fique obrigado, sob as penas nele

expressamente previstas, a integralizar o valor do capital comprometido à medida que o

ADMINISTRADOR do FUNDO fizer chamadas, de acordo com prazos, processos decisórios

e demais procedimentos estabelecidos no respectivo instrumento.

h) utilizar recursos do FUNDO para pagamento de seguro contra perdas financeiras de

Quotistas; e

i) praticar qualquer ato de liberalidade.

CAPÍTULO XV - LIQUIDAÇÃO, LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA E DOS EVENTOS DE AVALIAÇÃO

Artigo 40 - O Administrador convocará Assembleia Geral de Quotistas tão logo tenha ciência dos

seguintes fatos (os “Eventos de Avaliação”):

(i) aquisição, pelo Fundo, de títulos e valores mobiliários em desacordo com a política de

investimentos do Fundo, conforme exposto no Capítulo III deste Regulamento, verificada

pelo Administrador; ou

(ii) não pagamento do valor integral da amortização de qualquer Quota, nos termos deste

Regulamento.

Artigo 41 – O Fundo entrará em liquidação ao final do Prazo de Duração ou de sua prorrogação,

bem como na ocorrência dos eventos de liquidação antecipada mencionados no Artigo 36 ou,

ainda, por decisão da Assembleia Geral de Quotista, na forma do Artigo 21, parágrafo 1°, inciso

IV. Após o pagamento de todos os custos e despesas devidos pelo Fundo, as Quotas serão

resgatadas em moeda corrente nacional ou em ativos, se for o caso, no prazo máximo de 10

(dez) dias úteis contado do término do Prazo de Duração ou da data da deliberação da

liquidação antecipada.

Artigo 42 – O Administrador convocará Assembleia Geral de Quotistas para deliberarem sobre a

liquidação antecipada do Fundo na ocorrência dos seguintes eventos:

(i) desinvestimento de todos os ativos da carteira do Fundo; ou

(ii) renúncia e não substituição do Administrador ou do Gestor em até 60 (sessenta) dias da

comunicação da respectiva renúncia.

Parágrafo Único – O Administrador liquidará o Fundo, independentemente de Assembleia Geral

de Quotistas, se ocorrer a hipótese prevista no Parágrafo 6º do Artigo 18.

Artigo 43 - A liquidação do Fundo e o consequente resgate das Quotas serão realizados

mediante (i) a venda dos valores mobiliários emitidos pela Companhia Investida em bolsa de

valores, em mercado de balcão organizado, em mercado de balcão não organizado ou em

negociações privadas, conforme o tipo do ativo; (ii) o pagamento das debêntures emitidas pela

Companhia Investida; (iii) a venda dos ativos da Companhia Investida; ou (iv) a cessão de

recebíveis eventualmente gerados no processo de venda dos valores mobiliários e/ou dos ativos

da Companhia Investida observado o disposto na legislação aplicável.

Parágrafo 1º - Para o pagamento do resgate será utilizado o valor da Quota de fechamento do

dia do efetivo pagamento.

Parágrafo 2º - Caso não seja possível liquidar os ativos conforme previsto no artigo 36 acima, o

Administrador resgatará as Quotas mediante entrega (dação em pagamento) aos Quotistas dos

títulos e valores mobiliários da carteira do Fundo pelo preço a ser definido da seguinte forma:

(i) em se tratanto de títulos e valores mobiliários que sejam negociados em bolsa de

valores ou mercado de balcão organizado, será calculado de acordo com a última

cotação diária de tais ativos no fechamento dos negócios na bolsa de valores ou

mercado de balcão organizado onde o referido ativo seja negociado, nos 60 (sessenta)

últimos dias úteis anteriores à data da determinação do valor do ativo; e

(ii) em se tratando de valores mobiliários que não possuam valor de mercado, o preço de

tais ativos será apurado por empresa especializada a ser contratada conforme

deliberação da Assembleia Geral de Quotistas, às expensas do Fundo nos termos e

limites deste Regulamento.

Parágrafo 3º - Em qualquer caso, a contabilização e a liquidação de ativos do Fundo serão

realizadas (i) com observância das normas estabelecidas pela CVM aplicáveis ao Fundo e (ii) com

relação às Quotas já integralizadas tendo por parâmetro o valor de cada Quota relativamente ao

Patrimônio Líquido.

Parágrafo 4º - Respeitando o disposto neste Regulamento, a Assembleia Geral de Quotistas

deverá deliberar sobre os procedimentos para entrega dos títulos e valores mobiliários para fins

de pagamento de resgate das Quotas do Fundo ainda em circulação.

Parágrafo 5º - Na hipótese da Assembleia Geral de Quotistas referida acima não chegar a

acordo comum referente aos procedimentos para entrega dos títulos e valores mobiliários para

fins de pagamento de resgate das Quotas, os títulos e valores mobiliários da carteira do Fundo

serão entregues aos Quotistas mediante a constituição de um condomínio, cuja fração ideal de

cada Quotista será calculada de acordo com a proporção de Quotas detida por cada um sobre o

valor total das Quotas em circulação à época. Após a constituição do condomínio acima

referido, o Administrador estará desobrigado em relação às responsabilidades estabelecidas

neste Regulamento, ficando autorizado a liquidar o Fundo perante as autoridades competentes.

Parágrafo 6º - O Administrador deverá notificar os Quotistas, para (i) que elejam um

administrador para o referido condomínio dos títulos e valores mobiliários, na forma do artigo

1.323 do Código Civil Brasileiro, sendo que, até que a nomeação ocorra, o maior Quotista

quando da formação do referido condomínio de títulos e valores mobiliários ficará

automaticamente constituído como seu primeiro administrado; (ii) informar a proporção dos

títulos e valores mobiliários a que cada Quotista fará jus, sem que isso represente qualquer

responsabilidade do Administrador perante os Quotistas após a constituição do referido

condomínio.

Parágrafo 7º - O Custodiante continuará prestando os serviços de custódia pelo prazo

improrrogável de 30 (trinta) dias, contado da notificação referida no Parágrafo anterior, dentro

do qual o administrador do condomínio eleito pelos Quotistas indicará ao Administrador e ao

Custodiante, hora e local para que seja feita a entrega dos títulos e valores mobiliários. Expirado

este prazo, o Administrador poderá promover a consignação dos títulos e valores mobiliários da

carteira do Fundo na forma do artigo 334 do Código Civil Brasileiro.

CAPÍTULO XVI - DISPOSIÇÕES GERAIS

CONDIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS ASSOCIADAS AOS INVESTIMENTOS DO FUNDO

Artigo 44 - Sem prejuízo das demais obrigações estabelecidas neste Regulamento, os

investimentos somente serão realizados em Companhia Alvo que desenvolva atividades

potencialmente causadoras de impactos socioambientais após obtenção pelo Administrador de

relatório com parecer socioambiental, elaborado por empresa especializada de primeira linha

contratada pelo Administrador a expensas do Fundo. Para fins deste Regulamento, consideram-

se potencialmente causadoras de impactos socioambientais as atividades relacionadas aos

segmentos químico e petroquímico, de petróleo e gás, metalúrgico e siderúrgico, de papel e

celulose, de geração de energia, de extração de madeira e de mineração.

Parágrafo 1º - Na hipótese de a Companhia Alvo apresentar alguma contingência

socioambiental, os investimentos do Fundo estarão condicionados à adoção de plano de ação

pela Companhia Alvo com iniciativas para minimizá-la ou eliminá-la, a ser elaborado pelo

Administrador ou por terceiros por ele contratados, cujo cumprimento acompanhado por este.

Parágrafo 2º - Após a efetivação do investimento e para fins de monitoramento socioambiental

da Companhia Investida, o Administrador deverá obter anualmente, considerando a atividade e

ramo de atuação da Companhia Investida, relatório socioambiental periódico elaborado por

empresa especializada de primeira linha a expensas do Fundo.

Parágrafo 3º - Na hipótese de identificação de contingências socioambientais no

monitoramento da Companhia Investida e decisão do Administrador de permanecer com o

investimento, o Administrador deverá elaborar e acompanhar o cumprimento pela Companhia

Investida de plano de ação na forma do Parágrafo 1º acima.

Parágrafo 4º - O Administrador deverá informar ao Comitê de Investimento sempre que tomar

conhecimento de contingência socioambiental associadas à Companhia Investida.

Parágrafo 5º - Os acordos de investimento, boletins de subscrição, acordos de acionistas ou

qualquer outro instrumento por meio dos quais os investimentos do Fundo na Companhia

Investida forem viabilizados contemplarão, quando a atividade da Companhia Investida ensejar

monitoramento socioambiental, (i) declaração da Companhia Investida de que os recursos não

serão utilizados em projetos causadores de danos socioambientais, (ii) obrigação de a

Companhia Investida comunicar ao Administrador contingências socioambientais de que tenha

conhecimento; (iii) possibilidade de o Administrador vistoriarem a Companhia Investida a

qualquer tempo, independentemente de prévia notificação; e (iv) exercício de direito de veto

pelo representante do Fundo nos órgãos sociais da Companhia Investida, visando a impedir

violações socioambientais.

SUCESSÃO DE QUOTISTAS

Artigo 45 – Em caso de morte ou incapacidade de Quotista, o representante do espólio ou do

incapaz exercerá os direitos e cumprirá as obrigações, perante o Fundo e o Administrador, que

cabiam ao de cujus ou ao incapaz, observadas as prescrições legais.

Artigo 46 – Considera-se o correio eletrônico forma de correspondência válida entre o Quotista

e o Administrador, salvo se o Quotista manifestar-se em sentido contrário.

CONFLITO DE INTERESSES

Artigo 47 - A Assembleia Geral de Quotistas deverá exclusivamente analisar as eventuais

situações de Potencial Conflito de Interesses, e aprovar, ou não, operações que envolvam

qualquer Conflito de Interesse, ainda que potencial. Os membros do Comitê de Investimento

deverão sempre agir de boa-fé e, na hipótese de potencial Conflito de Interesses, prontamente

submeter à prévia aprovação da Assembleia Geral de Quotistas qualquer deliberação

envolvendo Conflitos de Interesse.

Parágrafo Único - Os membros do Comitê de Investimento, diretamente ou através de suas

respectivas Partes Relacionadas, ou seja, que se encontre em uma situação que o coloque,

potencial ou efetivamente, em situação de Conflito de Interesses, de qualquer natureza, deverá

(i) informar a referida situação ao Administrador, o qual informará imediatamente essa mesma

situação por escrito aos demais Quotistas e convocará uma Assembleia Geral de Quotistas para

deliberar sobre tal questão, assembleia esta que será realizada no prazo de 10 (dez) dias; e (ii)

abster-se de participar das discussões, salvo de detiver informações que desabonem o

investimento, assim como de votar na Assembleia Geral de Quotistas (agindo na sua capacidade

ou na capacidade de representante de um Quotista) realizada para a resolução de Conflito de

Interesses.

CONCORDÂNCIA COM O REGULAMENTO

Artigo 48 - A apresentação, pelo Quotista, dos Termos de Ciência de Risco e de Adesão ao

Regulamento devidamente firmado, constitui sua expressa ciência e concordância com todos os

Artigos do presente Regulamento, a cujo cumprimento estará obrigado.

ARBITRAGEM E FORO

Artigo 49 - Em caso de qualquer disputa e/ou litígio entre o Fundo, a Administradora, os

Quotistas e/ou os demais prestadores de serviços do Fundo relativamente a este Regulamento,

as partes envidarão seus melhores esforços para alcançar uma solução amigável e negociada,

sempre no melhor interesse do Fundo.

Parágrafo 1º - As disposições deste Regulamento relacionadas a Resolução de Conflitos e

Arbitragem vinculam não apenas o Fundo, a Administradora e os Quotistas, mas também

quaisquer Quotistas futuros que, por qualquer título, venham a deter quotas do Fundo.

Parágrafo 2º - As partes convencionam que, não logrando êxito a tentativa de composição

amigável das controvérsias, o caso será obrigatoriamente resolvido por meio de Arbitragem, nos

termos da Lei 9.307/1996, a ser instituída e administrada pelo Centro de Arbitragem da Câmara

de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) de acordo com as disposições de seu Regulamento.

Parágrafo 3º - O Tribunal Arbitral será composto por 3 (três) árbitros indicados segundo as

regras do Regulamento do CCBC. Caso haja mais de uma parte como Demandante e/ou como

Demandada, as partes no mesmo pólo deverão indicar um único árbitro que será escolhido de

comum acordo; caso não cheguem a um acordo, caberá ao CCBC a indicação do árbitro.

Parágrafo 4º - A arbitragem terá sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo.

Parágrafo 5º - O idioma a ser utilizado na arbitragem será o português.

Parágrafo 6º - O procedimento arbitral ficará sujeito à total e absoluta confidencialidade, salvo

nas hipóteses de obrigatoriedade de prestação de informações à CVM, incluindo a hipótese de

divulgação de fato relevante.

Parágrafo 7º - O Tribunal Arbitral decidirá com base na lei brasileira.

Parágrafo 8º - É expressamente vedada a possibilidade de julgamento por equidade.

Parágrafo 9º - A sentença arbitral estabelecerá que a parte vencida reembolsará a outra por

todos e quaisquer dispêndios incorridos no procedimento arbitral, incluindo as despesas com os

honorários dos árbitros e dos advogados.

Parágrafo 10 - O prazo para a prolação da sentença arbitral atenderá ao disposto no

Regulamento do CCBC e ao que decidir o Tribunal, prevalecendo os seus prazos sobre os

previstos na Lei nº 9.307/96.

Parágrafo 11 - Uma vez instaurado o Tribunal Arbitral, caber-lhe-á resolver todas as questões

oriundas ou relacionadas ao objeto da demanda, inclusive, as de cunho incidental, acautelatório

ou coercitivo.

Parágrafo 12 - As Partes poderão recorrer à autoridade judicial competente para propor

medidas cautelares que sejam necessárias antes do início do procedimento arbitral, sem que

isso indique renúncia à opção pela arbitragem. Após o início da arbitragem, eventuais medidas

cautelares e/ou a manutenção ou revogação das medidas cautelares previamente determinadas

pela Justiça serão necessariamente submetidas ao Tribunal Arbitral.

Parágrafo 13 - Fica assegurado ao Fundo o direito de, a seu exclusivo critério, promover a

execução para cobrança de crédito líquido, certo e exigível decorrente de obrigação de pagar

que comporte, desde logo, processo de execução judicial e aquelas em que possam ser exigidas

execução específica diretamente perante a autoridade judicial competente, sem que isso

caracterize violação à opção pela arbitragem.

Parágrafo 14 - Fica expressamente convencionado que quaisquer oposições em relação às

Execuções eventualmente propostas serão necessariamente apresentadas perante o Poder

Judiciário, ficando neste caso, e tão somente neste caso, afastada a aplicação da Cláusula

Compromissória de Arbitragem prevista neste contrato.

Parágrafo 15 - Qualquer ordem, determinação ou decisão do Tribunal Arbitral serão sempre

definitivos e vinculantes, obrigando-se as partes ao seu cumprimento tal como proferido, na

forma e prazos nele consignados, independentemente da recusa em participar do procedimento

arbitral, seja como parte ou como terceiro interessado.

CONTATO DO ADMINISTRADOR

Artigo 50 – Para obtenção de outras informações acerca do FUNDO, esclarecimento de dúvidas

ou reclamações, os Quotistas poderão entrar em contato com o Administrador, por meio do e-

mail [email protected] ou pelo telefone +55 11 3133-0350.

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