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Bol. Trab. Emp., 1. a série, n. o 40, 29/10/2004 4097 REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO DESPACHOS/PORTARIAS ... REGULAMENTOS DE CONDIÇÕES MÍNIMAS ... REGULAMENTOS DE EXTENSÃO ... CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO CCT entre a AFAL — Assoc. dos Fabricantes de Anúncios Luminosos e a FSTIEP — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores das Ind. Eléctricas de Portugal e outras — Alteração salarial e outras e texto consolidado. Alteração salarial do CCT publicado no Boletim do Tra- balho e Emprego, n. o 20, de 29 de Maio de 1979, e suas alterações publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. os 31, de 22 de Agosto de 1980, 39, de 22 de Outubro de 1981, 43, de 22 de Novembro de 1982, 9, de 8 de Março de 1984, 18, de 15 de Maio de 1986, 20, de 29 de Maio de 1987, 20, de 29 de Maio de 1988, 21, de 8 de Junho de 1989, 23, de 22 de Junho de 1990, 23, de 22 de Junho de 1991, 24, de 29 de Junho de 1992, 23, de 22 de Junho de 1993, 22, de 15 de Junho de 1994, 27, de 22 de Julho de 1995, 30, de 15 de Agosto de 1996, 29, de 8 de Agosto de 1997, 36, de 29 de Setembro de 1998, 45, de 8 de Dezembro de 1999, 31, de 22 de Agosto de 2001, e 42, de 15 de Novembro de 2002. Cláusula 1. a Área e âmbito O presente CCT aplica-se a todo o território nacional e obriga, por um lado, as empresas representadas pela AFAL — Associação dos Fabricantes de Anúncios Luminosos que se dediquem à actividade de fabricação e montagem de anúncios luminosos e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço filiados nas associações sin- dicais outorgantes. Cláusula 27. a Grandes deslocações — Continente 1 — Beneficiam do disposto nesta cláusula os traba- lhadores deslocados que, nos termos da cláusula ante-

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/20044097

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS. . .

REGULAMENTOS DE CONDIÇÕES MÍNIMAS. . .

REGULAMENTOS DE EXTENSÃO. . .

CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO

CCT entre a AFAL — Assoc. dos Fabricantes deAnúncios Luminosos e a FSTIEP — Feder. dosSind. dos Trabalhadores das Ind. Eléctricas dePortugal e outras — Alteração salarial e outrase texto consolidado.

Alteração salarial do CCT publicado no Boletim do Tra-balho e Emprego, n.o 20, de 29 de Maio de 1979,e suas alterações publicadas no Boletim do Trabalhoe Emprego, n.os 31, de 22 de Agosto de 1980, 39,de 22 de Outubro de 1981, 43, de 22 de Novembrode 1982, 9, de 8 de Março de 1984, 18, de 15 deMaio de 1986, 20, de 29 de Maio de 1987, 20, de29 de Maio de 1988, 21, de 8 de Junho de 1989,23, de 22 de Junho de 1990, 23, de 22 de Junho de1991, 24, de 29 de Junho de 1992, 23, de 22 de Junhode 1993, 22, de 15 de Junho de 1994, 27, de 22 deJulho de 1995, 30, de 15 de Agosto de 1996, 29, de8 de Agosto de 1997, 36, de 29 de Setembro de 1998,

45, de 8 de Dezembro de 1999, 31, de 22 de Agostode 2001, e 42, de 15 de Novembro de 2002.

Cláusula 1.a

Área e âmbito

O presente CCT aplica-se a todo o território nacionale obriga, por um lado, as empresas representadas pelaAFAL — Associação dos Fabricantes de AnúnciosLuminosos que se dediquem à actividade de fabricaçãoe montagem de anúncios luminosos e, por outro, ostrabalhadores ao seu serviço filiados nas associações sin-dicais outorgantes.

Cláusula 27.a

Grandes deslocações — Continente

1 — Beneficiam do disposto nesta cláusula os traba-lhadores deslocados que, nos termos da cláusula ante-

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/2004 4098

rior, não regressem diariamente à sua residência, comos seguintes direitos:

a) À retribuição que auferirem no local de trabalhoacrescida de um subsídio de deslocação iguala 20 % da retribuição diária, num mínimo deE 4,65 (2003) e E 4,80 (2004) por cada dia detrabalho completo de deslocações;

b) Ao pagamento das despesas de transporte nolocal, de alojamento e alimentação devidamentejustificadas durante o período efectivo da des-locação;

c) Ao pagamento das despesas de transporte, deida e volta, para o local de deslocação;

d) A uma licença suplementar, com retribuição,igual a 1 dia útil por cada 30 dias consecutivosde deslocação;

e) A um seguro contra riscos de acidentes pessoais,num mínimo de E 49 000 (2003) e de E 51 000(2004), em caso de morte ou por incapacidadetotal ou parcial permanente.

Cláusula 28.a

Deslocações em território não continental e estrangeiro

1 — Os trabalhadores deslocados nos termos destacláusula têm direito:

a) À retribuição que auferirem no local de trabalhoacrescida de um subsídio de deslocação iguala 30 % da retribuição diária, num mínimo deE 8,25 (2003) e de E 8,50 (2004) por cada diacompleto de deslocação;

b) Ao pagamento das despesas de transporte nolocal, de alojamento e alimentação, devida-mente justificadas, durante o período efectivode deslocação;

c) Ao pagamento das despesas de transporte, deida e volta, para o local de deslocação;

d) A um seguro contra riscos de acidentes pessoais,num mínimo de E 49 500 (2003) e de E 51 000(2004), em caso de morte ou por incapacidadetotal parcial permanente;

e) Quando os riscos de doença deixem eventual-mente, e a qualquer título, de ser cobertos pelasegurança social, serão assumidos pela empresa,podendo essa responsabilidade ser transferidapara uma companhia de seguros que para issoseja oficializada;

f) A empresa terá de ser avisada, pelo meio maisrápido, da doença, comprovada do seu grau poratestado médico, sem o que as faltas serão con-sideradas injustificadas;

g) Todos os direitos dos trabalhadores serão asse-gurados durante o período de doença, caben-do-lhes o direito de, se sancionado inequivo-camente pelo médico como necessário, requerero seu regresso imediato;

h) O local de gozo das férias será sempre, durantea deslocação, o escolhido pelo trabalhador,cabendo-lhe a ele a anuência de mudar o seulocal de gozo de férias;

i) A uma licença suplementar, com retribuição,igual a 1 dia útil por cada 30 dias consecutivosde deslocação.

2 — As obrigações das empresas para com o pessoaldeslocado em trabalho fora do local habitual subsistemdurante o período de inactividade cuja a responsabi-lidade não pertença aos trabalhadores.

3 — As empresas manterão inscritos nas folhas depagamento do centro regional de segurança social comotempo de trabalho normal os trabalhadores deslocados.

Cláusula 37.a-ASubsídio de refeição

1 — Os trabalhadores abrangidos por este contratoterão direito a um subsídio de refeição diário, nummínimo de E 4,90 (2003) e de E 5,20 (2004), desdeque compareçam ao serviço nas duas fracções totais doperíodo normal de trabalho diário.

2 — O valor deste subsídio não será considerado parao cálculo de qualquer outra retribuição salarial, nomea-damente subsídios de férias e de Natal.

3 — Não terão direito ao subsídio previsto no n.o 1os trabalhadores ao serviço das empresas que forneçamintegralmente refeições ou nelas comparticipem commontante não inferior ao valor mencionado no n.o 1nem os trabalhadores abrangidos pelas cláusulas 26.a,27.a e 28.a

4 — (Eliminado.)

Nota. — As cláusulas de expressão pecuniária aplicam-se com efei-tos a 1 de Janeiro de cada ano.

ANEXO II

Tabela de remunerações mínimas

Remunerações

De 1-1a 31-12-2003

De 1-1a 31-12-2004

Grau Categoria profissional

Analista informático . . . . . . . . . . . .0 Contabilista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 730 752

Engenheiro IV . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de serviços . . . . . . . . . . . . . .1 Engenheiro III . . . . . . . . . . . . . . . . . 684 705

Programador informático . . . . . . . .

Desenhador-chefe/projectista dereclamos luminosos . . . . . . . . . .

2 Encarregado-geral . . . . . . . . . . . . . 639 658Engenheiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tesoureiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de vendas . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador principal . . . . . . . . . . .

3 594 612Engenheiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . .Guarda-livros . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador mecanográfico . . . . . . . .Técnico fabril principal . . . . . . . . .

Desenhador de reclamos lumino-sos (mais de cinco anos) . . . . . . .

Encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escriturário principal . . . . . . . . . . .Monitor informático/mecanográ-

fico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 552 569Oficial qualificado principal . . . . . .Operador informático . . . . . . . . . .Secretário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico fabril III . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de serviço social . . . . . . . .

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/20044099

Remunerações

De 1-1a 31-12-2003

De 1-1a 31-12-2004

Grau Categoria profissional

Apontador de 1.a . . . . . . . . . . . . . . .Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de equipa . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador de reclamos lumino-

sos (três a cinco anos) . . . . . . . . .Enfermeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Primeiro-escriturário . . . . . . . . . . .Oficial especializado (mais de qua-

tro anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 510 525Oficial qualificado (dois a quatro

anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de máquinas de conta-

bilidade de 1.a . . . . . . . . . . . . . . .Operador mecanográfico de 1.a . . .Perfurador-verificador/operador

de registos de dados de 1.a . . . . .Técnico fabril II (mais de três anos)

Apontador de 2.a . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador de reclamos lumino-

sos até três anos . . . . . . . . . . . . .Segundo-escriturário . . . . . . . . . . .Fiel de armazém/operador-confe-

rente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista de pesados . . . . . . . . . . .Oficial especializado (dois a quatro

anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 471 485Oficial qualificado de 1.o ano . . . .Operador de máquinas de conta-

bilidade de 2.a . . . . . . . . . . . . . . .Operador mecanográfico de 2.a . . .Operador de telex em língua por-

tuguesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico auxiliar de serviço social . . .Técnico fabril do 1.o ano . . . . . . . .Vendedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Apontador de 3.a . . . . . . . . . . . . . . .Auxiliar de enfermagem . . . . . . . . .Chefe de cozinha . . . . . . . . . . . . . . .Cobrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador auxiliar do 2.o ano . . .Escriturário de 3.a . . . . . . . . . . . . . .

7 Motorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . 432 445Oficial especializado do 1.o ano . . .Reprodutor de documentos —

arquivista técnico . . . . . . . . . . . .Técnico fabril praticante do 1.o anoPré-oficial qualificado do 1.o ano . . .Telefonista de 1.a . . . . . . . . . . . . . .

Cozinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador auxiliar do 1.o ano . . .8 394 406Pré-oficial especializado do 2.o anoTelefonista de 2.a . . . . . . . . . . . . . .

Apontador estagiário do 2.o ano . . .Contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dactilógrafo do 2.o ano . . . . . . . . .Desenhador praticante do 3.o anoEntregador de materiais, produtos

e ferramentas . . . . . . . . . . . . . . .Estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . .Guarda ou vigilante . . . . . . . . . . . .

9 Operador de máquinas de conta-bilidade estagiário . . . . . . . . . . . .

367 378

Operador mecanográfico estagiárioPerfurador-verificador/operador

de registos de dados . . . . . . . . . .Estagiário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pré-oficial especializado do 1.o anoProfissional semiespecializado de

menos de três meses . . . . . . . . . .

Remunerações

De 1-1a 31-12-2003

De 1-1a 31-12-2004

Grau Categoria profissional

Ajudante de motorista . . . . . . . . . .Apontador estagiário do 1.o ano . . .Dactilógrafo do 1.o ano . . . . . . . . .Desenhador praticante do 2.o anoEmpregado de refeitório ou can-

tina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 362 372

Estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . . .Praticante do 3.o ano especializadoProfissional semiespecializado de

menos de três meses . . . . . . . . . .Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Desenhador praticante do 1.o ano11 295 303Paquete de 17 anos . . . . . . . . . . . . .

Praticante de 2.o ano especializado

Paquete de 16 anos . . . . . . . . . . . . .12 Profissional especializado prati-

cante do 1.o ano . . . . . . . . . . . . .293 301

13 Especializados aprendizes do 1.o e2.o anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 299

Nota. — A remuneração acordada para os graus 9 a 13 é-o semprejuízo do valor do salário mínimo nacional a vigorar no ano 2004.

Acordo celebrado em reunião de conciliação efec-tuada no MSST no dia 4 de Fevereiro de 2004.

O seu âmbito de aplicação geográfica é todo o ter-ritório nacional.

Para efeitos da alínea h) do artigo 543.o do Códigodo Trabalho e nos termos dos artigos 552.o e 553.o domesmo diploma, serão abrangidas pela presente con-venção 12 empresas e 260 trabalhadores.

Anexa-se texto consolidado do CCT.

Pela AFAL — Associação dos Fabricantes de Anúncios Luminosos:

Delfim Manuel Azevedo Costa, presidente.João Jorge Moreira Salvaterra, tesoureiro.

Pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas dePortugal:

José Manuel de Sousa Tavares Machado, dirigente.Rogério Paulo Amoroso da Silva, dirigente.

e como mandatários das demais organizações subscritoras:

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica eImprensa:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

FESAHT — Federação dos Sindicatos da Alimentação, Bebidas Hotelariae Turismo de Portugal:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

FEQUIMETAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica,Minas, Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

Federação Nacional dos Sindicatos da Construção, Madeira, Mármores eMateriais de Construção:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritóriose Serviços:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

SGTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

STPT — Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/2004 4100

Texto consolidado

CAPÍTULO I

Área, âmbito e vigência do contrato

Cláusula 1.a

Área e âmbito

O presente CCT aplica-se a todo o território nacionale obriga, por um lado, as empresas representadas pelaAFAL — Associação dos Fabricantes de AnúnciosLuminosos que se dediquem à actividade de fabricaçãoe montagem de anúncios luminosos e, por outro, ostrabalhadores ao seu serviço filiados nas associações sin-dicais outorgantes.

Cláusula 2.a

Vigência e denúncia

1 — O presente CCT entra em vigor cinco dias apósa distribuição do Boletim do Trabalho e Emprego emque for publicado e será válido, nos termos da lei, porum período mínimo de dois anos.

2 — As tabelas de remuneração mínimas poderão,porém, ser revistas anualmente.

3 — O presente CCT não poderá ser denunciadoantes de decorrido 20 ou 10 meses, conforme se tratedas situações previstas nos n.os 1 e 2 desta cláusula.

CAPÍTULO II

Admissão e carreira profissional

Cláusula 3.a

Designações e categorias profissionais

1 — Os trabalhadores abrangidos por este contratoserão obrigatoriamente integrados numa das profissõesenumeradas e descritas no anexo I.

2 — A classificação dos trabalhadores é da compe-tência da entidade patronal e terá de corresponder àfunção desempenhada pelo trabalhador, devendo sercomunicada aos representantes dos trabalhadores nasempresas e afixada em local bem visível.

3 — Quando o trabalhador desempenhar com carác-ter permanente funções polivalentes próprias de diversasprofissões, será sempre classificado pela função maisqualificada, sem prejuízo de continuar a exercer as mes-mas funções que vinha exercendo.

Cláusula 4.a

Condições de admissão

1 — Salvo nos casos previstos nos números seguintes,são condições mínimas de admissão idade igual ou supe-rior a 16 anos e as habilitações mínimas legais.

2 — É de 18 anos a idade mínima de admissão naprofissão de telefonista e de trabalhadores indiferen-ciados, de 21 anos na profissão de cobrador e de 16 anospara paquete.

3 — No acto da admissão, a empresa entregará aotrabalhador o duplicado de um documento do qual deveconstar a data de admissão, o local de trabalho, as habi-litações literárias, a classificação profissional, a remu-neração, além de outras eventuais condições particu-lares, e as assinaturas por ambas as partes.

4 — No preenchimento de vagas, a entidade patronaldará sempre preferência, em igualdade de condições,aos trabalhadores em serviço, a fim de proporcionara sua promoção e melhoria de condições.

5 — As regras sobre condições mínimas de admissãonão se aplicam no caso de candidatos a emprego quejá tenham exercido a profissão e que manifestem totalaptidão para o seu desempenho.

6 — Quando qualquer trabalhador tiver de transitarde uma empresa para outra sua associada, por conve-niência de serviço ou outras, deve fazê-lo com condiçõessemelhantes de trabalho, contando-se também, paratodos os efeitos, o tempo de serviço prestado naprimeira.

Cláusula 5.a

Período experimental

1 — A duração do período experimental é a seguinte:

a) Sessenta dias para os profissionais especializa-dos e qualificados, técnicos fabris, trabalhadoresadministrativos a partir de terceiro-escriturárioou equivalente e profissionais desenhadores;

b) Quinze dias para os profissionais acima desdeque provem ter exercido, com bom aproveita-mento, a profissão numa empresa deste sectorde actividade durante um ano;

c) Quinze dias para trabalhadores semiespecia-lizados;

d) Quinze dias para os trabalhadores indiferen-ciados;

e) Trinta dias para os restantes trabalhadores.

2 — Durante o período experimental estipulado nasalíneas a), c), d) e e) qualquer das partes pode fazercessar unilateralmente o contrato sem aviso prévio nemnecessidade de invocação de motivo ou alegação de justacausa, não havendo direito a qualquer indemnização.

3 — Se a admissão se mantiver, contar-se-á para efeitode antiguidade o período de experiência decorrido.

Cláusula 6.a

Aprendizagem — Antiguidade e certificados de aprendizagem

1 — O tempo de aprendizagem dentro da mesma pro-fissão e especialidades afins, independentemente daempresa onde tenha sido prestado, conta-se sempre paraefeitos de antiguidade, desde que seja certificado nostermos do número seguinte.

2 — Quando cessar um contrato de trabalho com umaprendiz, ser-lhe-á sempre passado um certificado deaproveitamento referente ao tempo de aprendizagemque já possuía, com indicação da profissão ou espe-cialidade.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/20044101

Cláusula 7.a

Estágio experimental para promoção

1 — Os trabalhadores de qualquer grupo profissionalpoderão prestar serviço durante um período não supe-rior a dois meses, a título experimental, em qualquerprofissão a que corresponda uma promoção.

2 — Durante este período, o trabalhador terá direitoà diferença entre o salário que auferia e o salário mínimocorrespondente à categoria cuja função passou a desem-penhar.

3 — No caso de não vir a ocupar a função a títulodefinitivo, deixará de receber a diferença referida nonúmero anterior.

4 — Se, findo este período, o trabalhador continuara desempenhar as funções previstas no n.o 1, terá direitoa ser promovido definitivamente na categoria em queprestava serviço a título experimental.

Cláusula 8.a

Criação de novas designações e categorias profissionais

Sempre que não seja possível, em determinadaempresa, enquadrar as funções de um trabalhador emalguma das categorias fixadas neste contrato, poderáa respectiva entidade patronal, ouvida a comissão pari-tária, criar uma nova categoria.

Cláusula 9.a

Condições específicas de admissão — Acessos, carreirase categorias profissionais

1 — Profissionais administrativos. — Só poderão seradmitidos como trabalhadores de escritório os indiví-duos com as habilitações mínimas do curso geral doComércio, 2.o ciclo liceal ou equivalente.

1.1 — Os paquetes sem habilitações, logo que atinjamos 17 anos de idade, passarão a contínuos menores de21 anos.

a) Aos 21 anos de idade passarão a contínuos maioresde 21 anos.

b) Os paquetes com as habilitações requeridas, logoque atinjam 17 anos de idade, passarão a estagiáriospara ingresso na carreira de escriturários, dactilógrafosou apontadores.

1.2 — Os contínuos menores de 21 anos de idade pas-sarão a estagiários durante os três meses seguintes àdata de notificação na empresa, feita por escrito e acom-panhada ou não de elemento comprovativo das habi-litações mínimas exigidas. O elemento comprovativo dashabilitações terá de ser apresentado antes da passagema estagiário.

1.3 — Os trabalhadores já ao serviço da empresa ecom mais de 21 anos de idade que se iniciem na carreirade escriturários, dactilógrafos, apontadores e estenodac-tilógrafos em língua portuguesa serão promovidos após12 meses como estagiários, desde que possuam as habi-litações requeridas.

1.4 — Os dactilógrafos são equiparados a estagiáriospara escriturários e integrados no mesmo quadro emigualdade de circunstâncias, sem prejuízo de continua-rem adstritos ao seu serviço.

a) O apontador tem a seguinte carreira profissional:

Estagiário — dois anos;Apontador de 3.a;Apontador de 2.a;Apontador de 1.a

1.5 — O estágio para operadores de máquinas de con-tabilidade terá a duração máxima de quatro meses.

1.6 — Carreira de escriturários:

Estagiário — dois anos;Escriturário de 3.a;Escriturário de 2.a;Escriturário de 1.a

a) Os estagiários não podem ser promovidos a ter-ceiros-escriturários antes de atingidos os 18 anos.

b) Os terceiros-escriturários e os apontadores de 3.aascenderão à categoria de 2.a após quatro anos de per-manência na categoria.

c) Os segundos-escriturários ou apontadores de 2.ae os operadores de máquinas de contabilidade de 2.aascenderão à categoria de 1.a após três anos de per-manência na categoria.

2 — Profissionais técnico-fabris. — Só poderão seradmitidos como técnicos fabris os profissionais com for-mação escolar correspondente ao curso industrial ouequivalente em termos curriculares e com formação ade-quada às funções do sector ou adequada preparaçãoprofissional para o exercício das respectivas funções, nostermos referidos no n.o 2.5.

2.1 — Carreira profissional:

Técnico fabril praticante (grau 7) — promoçãoautomática ao fim de um ano;

Técnico fabril I (grau 6) — promoção automáticaao fim de um ano;

Técnico fabril II (grau 5) — promoção automáticaao fim de três anos;

Técnico fabril III (grau 4);Técnico fabril principal (grau 3).

2.2 — Profissionais com carreira profissional:

Orçamentista;Planificador;Técnico de métodos e tempos.

2.3 — Profissionais sem carreira profissional —reprodutor de documentos/arquivista técnico.

2.4 — Acesso à categoria principal — não é de acessoautomático, dependendo das funções desempenhadas.

2.5 — Os trabalhadores pertencentes aos grupos pro-fissionais dos especializados ou qualificados com pelomenos quatro anos de antiguidade como oficial espe-cializado ou um ano como oficial qualificado terãoacesso às profissões do grupo técnico-fabril.

A sua classificação mínima neste grupo será a cor-respondente à categoria profissional de técnico fabrilintegrado no grau salarial que tinha na anterior carreira.

3 — Profissionais técnico-comerciais:3 .1 — Carreira dos profiss ionais de arma-

zém. — Estes profissionais, com excepção do fiel dearmazém, têm a seguinte carreira:

Fiel de armazém/operador-conferente (grau 6);Ajudante (grau 8);Entregador de materiais e ferramentas (grau 9).

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4 — Profissionais qualificados:4.1 — Os trabalhadores integrados neste grupo terão

a seguinte carreira:

Pré-oficial qualificado (grau 7);Oficial qualificado I (grau 6);Oficial qualificado II (grau 5);Oficial qualificado principal (grau 4).

4.2 — Os profissionais cuja formação técnica seja ocurso industrial ou equivalente em termos curricularese com formação adequada às funções do sector iniciarãoa sua carreira como pré-oficial qualificado.

4.3 — O pré-oficial qualificado ascenderá à categoriade oficial qualificado I após um ano de permanêncianaquela categoria.

4.4 — O oficial qualificado I ascenderá à categoriade oficial qualificado II após um ano de permanêncianaquela categoria.

4.5 — O oficial qualificado II ascenderá à categoriade oficial qualificado principal após três anos de per-manência naquela categoria.

4.6 — Os trabalhadores provenientes do grupo pro-fissional especializado e que tenham tido acesso, nostermos definidos, ao grupo profissional qualificado serãointegrados na categoria de oficial qualificado principal(grau 4).

4.7 — O acesso a este grupo far-se-á também entreos profissionais especializados em quaisquer funções,com excepção da de motorista, desde que possuam nomínimo 10 anos de antiguidade na categoria de oficial,através de provas profissionais adequadas às tarefasdesempenhadas na empresa, nas quais são exigidosconhecimentos teóricos básicos de acordo com aseguinte distribuição:

4.7.1 — Para os profissionais de qualquer função, taiscomo electricistas, funileiros, plastiqueiros, pintores,desenhadores, serralheiros:

Tecnologia de matérias, nomeadamente as queusam quotidianamente, como seja, ferro, aços,alumínios, latão, cobre, zinco, chapa galvanizada,metacrilato de acril, resinas sintéticas, poliéste-res, PVC, ligas metálicas, etc.;

Desenho geométrico que possa permitir planificara leitura de desenhos e a compreensão de formas;

Uso, manutenção e reparação de ferramentascorrentes;

Noções básicas de mecânica e física no campo dosmateriais usados, sistemas de força, etc.;

4.7.2 — Para os profissionais electricistas:

Noções básicas de electricidade que possam per-mitir a compreensão de todo o trabalho queexecutam;

Conhecimento de regulamentação oficial;Simbologia, medidas eléctricas;Transformadores;

4.7.3 — Para os profissionais vidreiros:

Noções de química e física de tubos de vidro;Noções de vácuo, ar e gases raros;Conhecimento integral de uma estação de enchi-

mento, seus componentes, funcionamento espe-cífico de cada componente;

Curso específico de enchimento dos tubos em gasesraros;

Pós fluorescentes — noções gerais.

4.8 — Os trabalhadores especializados não promovi-dos a profissionais qualificados (ou oficial principal)terão de adquirir os conhecimentos técnicos descritosnos n.os 7.1, 7.2 e 7.3 para poderem requerer as res-pectivas provas profissionais.

4.9 — Estas provas deverão ser realizadas por um júritripartido constituído por um representante da entidadepatronal, um representante indicado pelo trabalhador,que poderá ser do sindicato em que o trabalhador estejaou possa filiar-se ou ainda um técnico qualificado, eum elemento escolhido de comum acordo pelas partes(sindicato respectivo e associação patronal outorgantesdo presente CCT).

4.10 — A falta de acordo quanto à indicação do ter-ceiro elemento será suprida pelo Ministério da Edu-cação ou pelo Instituto do Emprego e FormaçãoProfissional.

4.11 — O júri terá de ter em conta, na elaboraçãode provas profissionais, os conhecimentos teóricos bási-cos atrás referidos e as exigências normalmente postasaos profissionais qualificados já existentes nas empresas.Previamente à realização destas provas, as matérias cur-riculares sobre as quais serão feitas as referidas provasdeverão ser do conhecimento dos trabalhadores.

4.12 — As partes subscritoras constituirão uma comis-são mista que terá por incumbência a elaboração, noprazo de 90 dias após a celebração do CCT, das matériascurriculares sobre as quais incidirão as provas profis-sionais, tendo em conta os conhecimentos teóricos bási-cos referidos no n.os 7.1, 7.2 e 7.3.

5 — Profissionais especializados:5.1 — Não há carreira para motorista.5.2 — Restantes profissões:a) Nas restantes profissões, os trabalhadores admi-

tidos com menos de 18 anos, sem curso, têm a seguintecarreira profissional:

Aprendiz:

Dois anos, se tiverem 16 anos aquando da suaadmissão;

Um ano, se tiverem 17 anos aquando da suaadmissão;

Praticante — 1.o, 2.o e 3.o anos;Pré-oficial — 1.o e 2.o anos;Oficial I (um ano);Oficial II (três anos);Oficial III (seis anos);

b) As promoções nas categorias de aprendiz a pra-ticante e de praticante a pré-oficial são automáticasdecorridos os anos estabelecidos.

A promoção na categoria de pré-oficial será auto-mática decorridos os anos definidos, com a excepçãoreferida nas alíneas seguintes [alíneas c), d), e), f), g)e h) do n.o 5 (profissionais especializados)];

c) A promoção da categoria de pré-oficial do 2.o anopara a de oficial do grupo dos profissionais especia-lizados poderá não ser automática, em caso de inaptidãodo trabalhador para o desempenho de funções e paraa assunção das responsabilidades que estão cometidasaos trabalhadores com a categoria de oficial;

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d) Esta inaptidão deverá ser fundamentada pela enti-dade patronal, que a comunicará por escrito ao tra-balhador e, caso este seja sindicalizado, ao respectivosindicato;

e) No caso de o trabalhador não aceitar as razõesinvocadas, poderá requerer uma prova profissional decaracterísticas eminentemente práticas e relacionadascom as tarefas desempenhadas na empresa por oficiaisda mesma profissão e funções;

f) Esta prova deverá ser realizada por um júri tripartido,constituído por um representante da entidade patronal,um representante indicado pelo trabalhador, que poderáser do sindicato em que o trabalhador esteja ou possafiliar-se ou ainda um profissional qualificado da mesmafunção da empresa, e um terceiro elemento escolhidode comum acordo pelas partes (sindicato respectivo eassociação patronal, outorgantes do presente CCT);

g) A falta de acordo quanto à indicação do 3.o ele-mento será suprida pelo Instituto do Emprego e For-mação Profissional;

h) Se a decisão fundamentada do júri tripartido forno sentido de que o trabalhador tem aptidões para odesempenho das funções e para assumir responsabili-dades da categoria de oficial, o trabalhador será obri-gatoriamente promovido;

i) O oficial especializado I será promovido a oficialespecializado II após um ano de permanência naquelacategoria;

j) O oficial especializado II será promovido a oficialespecializado III após três anos de permanência naquelacategoria;

i) O oficial III com pelo menos seis anos de antiguidadenesta categoria terá acesso, nas condições definidas, aogrupo do profissionais qualificados (grau 4).

6 — Profissionais desenhadores de anúncios lumino-sos. — Os profissionais de anúncios luminosos podemser admitidos com as seguintes habilitações:

a) Curso industrial ou equivalente em termos cur-riculares e com formação adequada às funçõesdo sector, caso em que os trabalhadores serãoadmitidos como desenhadores auxiliares do2.o ano;

b) Escolaridade mínima obrigatória, sendo entãoos profissionais admitidos como praticantes do1.o ano.

Acesso e carreira profissional:

Desenhador praticante do 1.o ano (grau 11);Desenhador praticante do 2.o ano (grau 10);Desenhador praticante do 3.o ano (grau 9);Desenhador auxiliar do 1.o ano (grau 8);Desenhador auxiliar do 2.o ano (grau 7);Desenhador de reclamos luminosos até três anos

(grau 6);Desenhador de reclamos luminosos de três a cinco

anos (grau 5);Desenhador de reclamos luminosos de mais de

cinco anos (grau 4);Desenhador principal (grau 3);Desenhador-chefe/projectista de reclamos lumino-

sos (grau 2).

O acesso dos desenhadores praticantes, desenhadoresauxiliares e desenhadores de reclamos luminosos seráautomática decorrido o tempo de permanência na cate-goria e na empresa.

O acesso a desenhador principal e a desenhador--chefe/projectista de reclamos luminosos não é auto-mático.

7 — Profissionais semiespecializados:7.1:

Praticante até três meses (grau 10);Profissional (grau 9).

8 — Profissionais indiferenciados:a) Os trabalhadores indiferenciados poderão prestar

serviço, a título experimental, por um período não supe-rior a 60 dias, em qualquer profissão.

b) Durante este período, terão direito a auferir osalário mínimo correspondente à categoria profissionalcuja função passaram a desempenhar.

c) No caso de cessarem a referida prestação de ser-viço, passarão ao salário que anteriormente auferiam.

d) No caso de continuarem a prestar serviço na novafunção, serão promovidos definitivamente à categoria.

Cláusula 10.a

Relações nominais e quadros de pessoal

1 — A organização do quadro de pessoal é da com-petência das entidades patronais, de acordo com asregras definidas na lei.

2 — A entidade patronal terá de elaborar anualmenteo quadro de pessoal, nos termos previstos pela leivigente.

3 — As entidades patronais obrigam-se a enviar, noprazo legal, às entidades a que estiverem obrigadasexemplares dos mapas de quadro de pessoal de queconstem os elementos que legalmente sejam exigíveispara cada entidade.

CAPÍTULO III

Deveres e direitos das partes

Cláusula 11.a

Deveres da entidade patronal

As empresas são obrigadas a:

a) Cumprir as disposições do presente contrato;b) Passar ao trabalhador certificados onde constem

o tempo durante o qual esteve ao seu serviçoe o cargo ou cargos que desempenhou;

c) Tratar com correcção e dignidade os seustrabalhadores;

d) Acompanhar com todo o interesse o estágio dosque ingressam na profissão;

e) Proporcionar aos trabalhadores boas condiçõesde trabalho, tanto do ponto de vista físico comomoral;

f) Exigir que os trabalhadores investidos em fun-ções de chefia tratem com correcção os seusinferiores hierárquicos;

g) Facilitar aos seus trabalhadores o exercício defunções sindicais ou de comissões de trabalha-dores e, nos termos da lei, outras a elasinerentes;

h) Garantir o direito ao trabalho remunerado aostrabalhadores em serviço militar durante os

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períodos da licença de duração não inferior a15 dias, quando para tal autorizados pelas auto-ridades militares, se não tiverem sido admitidossubstitutos e a entidade patronal entenda comopossível a prestação desse trabalho;

i) Cumprir a legislação sobre cobertura dos riscosde acidente de trabalho e doenças profissionais;

j) Facultar ao trabalhador a consulta dos elemen-tos do respectivo processo individual que aempresa esteja legalmente obrigada a possuir.

Cláusula 12.a

Deveres dos trabalhadores

Os trabalhadores são obrigados a:

a) Exercer com competência as funções que lheestiverem confiadas, contribuindo para oaumento da produtividade, combatendo portodos os meios o absentismo e comparecendocom assiduidade ao serviço;

b) Guardar lealdade à entidade patronal, nomea-damente não negociando, por conta própria oualheia, em concorrência com ela nem divul-gando informações referentes à sua organiza-ção, método de produção ou negócios, absten-do-se da prática de todo e qualquer acto deque possa resultar prejuízo ou descrédito paraa empresa ou para o bom nome da sua profissão;

c) Respeitar e fazer-se respeitar dentro dos locaisde trabalho;

d) Zelar pelo bom estado de conservação do mate-rial que lhes tenha sido confiado;

e) Proceder na sua vida profissional de modo adignificar a sua profissão;

f) Informar com verdade, isenção e espírito de jus-tiça a respeito dos seus inferiores hierárquicos,tratando-os sempre com correcção e justiça;

g) Acompanhar com todo o interesse a aprendi-zagem dos que ingressam na profissão;

h) Cumprir e zelar pelo cumprimento das normasde higiene e segurança no trabalho.

Cláusula 13.a

Garantias dos trabalhadores

É vedado à entidade patronal:

a) Opor-se por qualquer forma a que o trabalhadorexerça os seus direitos, bem com aplicar-lhe san-ções por causa desse exercício;

b) Exercer pressão sobre o trabalhador para queactue no sentido de influir desfavoravelmentenas condições do seu trabalho ou no dos seuscompanheiros;

c) Diminuir a retribuição do trabalhador, salvo noscasos previstos na lei;

d) Baixar a categoria do trabalhador, salvo noscasos previstos na lei;

e) Obrigar o profissional a adquirir bens ou utilizarserviços fornecidos pela entidade patronal oupor pessoa por ela indicada;

f) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,refeitórios, economatos ou outros estabeleci-mentos directamente relacionados com o tra-balho, para o fornecimento de bens ou prestaçãode serviços aos trabalhadores;

g) Transferir o trabalhador para outro local de trabalhosem respeitar o disposto neste CCT e na lei;

h) Exigir do trabalhador serviços não compreen-didos no objecto do seu contrato, salvo o dis-posto na cláusula 14.a

Cláusula 14.a

Prestação de serviços não compreendidos no objecto do contrato

1 — Salvo estipulado em contrário, a entidade patro-nal pode, quando o interesse da empresa o exigir, encar-regar temporariamente o trabalhador de serviços nãocompreendidos no objecto do contrato, desde que talmudança não implique diminuição na retribuição nemmodificação substancial da posição do trabalhador.

2 — Quando aos serviços temporariamente desempe-nhados, nos termos do número anterior, corresponderum tratamento mais favorável, o trabalhador terá direitoa esse tratamento.

CAPÍTULO IV

Prestação de trabalho

SECÇÃO I

Horário de trabalho

Cláusula 15.a

Horário de trabalho — Princípios gerais

1 — Entende-se por «horário de trabalho» a deter-minação das horas do início e do termo do períodode trabalho diário, bem como os intervalos de descanso.

2 — Compete à entidade patronal o estabelecimentodos horários do início e do termo, nos temos legais dehorário de trabalho vigente.

3 — O período normal de trabalho é de quarentahoras semanais, sem prejuízo de horários de menor dura-ção já praticados na empresa.

4 — O período de trabalho diário será interrompidopara refeição e descanso por intervalo não inferior auma hora nem superior a duas horas, de modo queos trabalhadores não prestem mais de cinco horas con-secutivas de trabalho.

Cláusula 16.a

Trabalho suplementar

1 — Considera-se «trabalho suplementar» o prestadofora do horário diário normal estabelecido.

2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado:

a) Quando haja necessidade de cumprir prazos deentrega e o cumprimento desses prazos só sejapossível mediante o recurso à prestação destetipo de trabalho;

b) Quando as empresas estejam na iminência deprejuízos importantes.

3 — O trabalhador não pode recusar-se à prestaçãodo trabalho suplementar, no caso do número anterior,salvo por motivo justificado por escrito.

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4 — O trabalhador deve, em qualquer dos casos, seravisado com a antecedência de vinte e quatro horas,salvo manifesta impossibilidade.

Cláusula 17.a

Limites do trabalho suplementar

1 — Nenhum trabalhador poderá prestar mais deduas horas de trabalho suplementar por dia, com o limitede duzentas horas por ano, sem prejuízo de estes limitespoderem ser excedidos nos casos que a lei o permite.

2 — Em caso de prestação de trabalho suplementaré sempre assegurado ao trabalhador, sem prejuízo daretribuição, um período mínimo de descanso de onzehoras, até ao início do período de trabalho normalseguinte.

Cláusula 18.a

Trabalho nocturno

Considera-se «trabalho nocturno» o prestado noperíodo que decorre entre as 20 horas e as 7 horasdo dia seguinte.

Cláusula 19.a

Remuneração do trabalho extraordinário e nocturno

O trabalho extraordinário dá direito à retribuição nor-mal acrescida das seguintes percentagens:

a) 50% nos dias úteis se o trabalho for diurno;b) 100% nos dias úteis se o trabalho for nocturno;c) 125% nos domingos, feriados, folgas e descan-

sos complementares se o trabalho for diurno;d) 150% nos domingos, feriados, folgas e descan-

sos complementares se o trabalho for nocturno.

Cláusula 20.a

Isenção de horário de trabalho

Os trabalhadores isentos de horário de trabalho, nostermos legais, têm direito a retribuição especial nuncainferior à remuneração correspondente a uma hora detrabalho extraordinário por dia.

Cláusula 21.a

Trabalhos especiais fora do horário de trabalho

Quando o trabalho a executar, por causas estranhasà empresa, tenha de ser, e só, efectuado fora do horárionormal de trabalho, o respectivo tempo tem a retribuiçãode horas extraordinárias ou, por opção do trabalhador,o pagamento desse trabalho com acréscimo de 50 %e o direito a descanso do mesmo número de horas.

Cláusula 22.a

Trabalho em dia de descanso semanal ou feriado

1 — O trabalho prestado em dia de descanso semanaldá direito ao trabalhador descansar num dos três diasseguintes.

2 — O trabalho prestado em dia de descanso ouferiado só pode ser prestado nas condições previstasno n.o 2 da cláusula 16.a

SECÇÃO II

Local de trabalho e transferências de local de trabalho

Cláusula 23.a

Local de trabalho e transferências — Noções

1 — «Local habitual de trabalho» é o estabelecimentoou complexo fabril em que o trabalhador presta nor-malmente serviço ou a sede ou delegação da empresaa que o trabalhador está habitualmente ligado, nos casosem que, com carácter de regularidade, e por curtosperíodos de tempo, presta serviço em locais diversose incertos.

2 — Por «transferência do local de trabalho» enten-de-se toda e qualquer alteração do contrato individualde trabalho que seja tendente a modificar, com carácterdefinitivo, o local de trabalho.

Cláusula 24.a

Transferência do trabalhador para outro local de trabalho

1 — A entidade patronal, salvo estipulado em con-trário, só pode transferir o trabalhador para outro localde trabalho se essa transferência não causar prejuízosério ao trabalhador ou se resultar da mudança, totalou parcial, do estabelecimento onde aquele prestaserviço.

2 — Nos casos previstos no número anterior, o tra-balhador, querendo rescindir o contrato, tem direito àindemnização fixada por lei para o despedimento colec-tivo, salvo se a entidade patronal provar que da mudançanão resulta prejuízo sério para o trabalhador.

3 — A faculdade conferida ao trabalhador no númeroanterior mantém-se nos três meses subsequentes à trans-ferência, desde que prove, nesse prazo, que a mudançalhe causou prejuízo sério.

4 — A transferência do trabalhador é, porém, semprepossível desde que haja acordo escrito entre este e aentidade patronal donde constem os termos e as con-dições da transferência.

5 — A entidade patronal custeará sempre as despesasfeitas pelo trabalhador directamente impostas pelatransferência.

SECÇÃO III

Deslocações

Cláusula 25.a

Deslocações em serviço

1 — Entende-se por «deslocações em serviço» a rea-lização temporária de trabalho fora do local habitualde trabalho e classificam-se:

a) Pequenas deslocações;b) Grandes deslocações;c) Deslocações para fora de Portugal continental.

2 — O horário de trabalho deve ser cumprido no localpara onde se verifique a deslocação. A entidade patronalpoderá, no entanto, optar pela integração parcial outotal do tempo de viagem dentro desse horário.

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3 — Nenhum trabalhador pode ser obrigado a realizargrandes deslocações, salvo se der o seu acordo porescrito, ou seja, se já as viesse realizando ou se estiverafecto a sector da empresa que habitualmente asimplique.

4 — Da alínea anterior não pode resultar:

a) O impedimento da prestação de provas deexame ou frequência obrigatória em estabele-cimento de ensino oficial, provando por docu-mentos oficiais;

b) Prejuízos insuperáveis para o trabalhador, desdeque sejam causas justificativas de falta semperda de vencimento e desde que o trabalhadorarranje um substituto, sem prejuízo da boa efi-ciência dos serviços.

5 — Se o trabalhador concordar em utilizar o seu pró-prio veículo ao serviço da empresa, esta obriga-se apagar-lhe por cada quilómetro percorrido 0,25 do preçodo litro da gasolina super que vigorar. O seguro é daresponsabilidade do trabalhador, salvo quanto a pas-sageiros transportados em cumprimento de ordem rece-bida, cujo seguro competirá à entidade patronal.

Cláusula 26.a

Pequenas deslocações

1 — Os trabalhadores deslocados beneficiarão do dis-posto nesta cláusula, desde que seja possível o seuregresso diário ao local habitual de trabalho, nãopodendo exceder em duas horas o tempo de deslocação.

2 — Os trabalhadores deslocados nos termos destacláusula terão direito a:

a) Pagamento das despesas de transporte;b) Retribuição da eventual diferença de preço das

refeições, decorrentes exclusivamente do factode ser obrigado a não as tomar nas mesmascondições em que normalmente o faz, apresen-tando para isso justificação detalhada da refei-ção, salvo regimes mais favoráveis já praticadosou a praticar pelas empresas;

c) Pagamento calculado como trabalho extraordi-nário do tempo de deslocação na parte queexcede o período normal de trabalho.

Cláusula 27.a

Grandes deslocações — Continente

Beneficiam do disposto nesta cláusula os trabalha-dores deslocados que, nos termos da cláusula anterior,não regressem diariamente à sua residência, com osseguintes direitos:

a) À retribuição que auferirem no local de trabalhoacrescida de um subsídio de deslocação iguala 20 % da retribuição diária, num mínimo deE 4,65 (2003) e E 4,80 (2004) por cada dia detrabalho completo de deslocações;

b) Ao pagamento das despesas de transporte nolocal, de alojamento e alimentação devidamentejustificadas durante o período efectivo da des-locação;

c) Ao pagamento das despesas de transporte, deida e volta, para o local de deslocação;

d) A uma licença suplementar, com retribuição,igual a 1 dia útil por cada 30 dias consecutivosde deslocação;

e) A um seguro contra riscos de acidentes pessoais,num mínimo de E 49 000 (2003) e de E 51 000(2004), em caso de morte ou por incapacidadetotal ou parcial permanente.

Cláusula 28.a

Deslocações em território não continental e estrangeiro

1 — Os trabalhadores deslocados nos termos destacláusula têm direito:

a) À retribuição que auferirem no local de trabalhoacrescida de um subsídio de deslocação iguala 30 % da retribuição diária, num mínimo deE 8,25 (2003) e de E 8,50 (2004) por cada diacompleto de deslocação;

b) Ao pagamento das despesas de transporte nolocal, de alojamento e alimentação, devida-mente justificadas, durante o período efectivode deslocação;

c) Ao pagamento das despesas de transporte, deida e volta, para o local de deslocação;

d) A um seguro contra riscos de acidentes pessoais,num mínimo de E 49 500 (2003) e de E 51 000(2004), em caso de morte ou por incapacidadetotal parcial permanente;

e) Quando os riscos de doença deixem eventual-mente, e a qualquer título, de ser cobertos pelasegurança social, serão assumidos pela empresa,podendo essa responsabilidade ser transferidapara uma companhia de seguros que para issoseja oficializada;

f) A empresa terá de ser avisada, pelo meio maisrápido, da doença, comprovada do seu grau poratestado médico, sem o que as faltas serão con-sideradas injustificadas;

g) Todos os direitos dos trabalhadores serão asse-gurados durante o período de doença, caben-do-lhes o direito de, se sancionado inequivo-camente pelo médico como necessário, requerero seu regresso imediato;

h) O local de gozo das férias será sempre, durantea deslocação, o escolhido pelo trabalhador,cabendo-lhe a ele a anuência de mudar o seulocal de gozo de férias;

i) A uma licença suplementar, com retribuição,igual a 1 dia útil por cada 30 dias consecutivosde deslocação.

2 — As obrigações das empresas para com o pessoaldeslocado em trabalho fora do local habitual subsistemdurante o período de inactividade cuja responsabilidadenão pertença aos trabalhadores.

3 — As empresas manterão inscritos nas folhas depagamento do centro regional de segurança social comotempo de trabalho normal os trabalhadores deslocados.

CAPÍTULO V

Suspensão de prestação de trabalho

Cláusula 29.a

Descanso semanal

Os trabalhadores abrangidos pelo presente CCT têmdireito a um dia completo de descanso semanal, paraalém do descanso imposto por lei.

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Cláusula 30.a

Feriados

1 — São considerados feriados obrigatórios os pre-vistos como tal na lei.

2 — Além dos feriados obrigatórios, poderão ser con-cedidos a terça-feira de Carnaval e o feriado municipal.

3 — Em substituição de qualquer dos feriados refe-ridos no número anterior, poderá ser observado, a títulode feriado, qualquer outro dia que acordem a entidadepatronal e os trabalhadores.

4 — Qualquer outra suspensão do trabalho, pormotivo de pontes ou tradições locais, só poderá ocorrermediante autorização expressa da entidade patronal,com a antecedência mínima de oito dias, tornando-seindispensável que tenham votado a favor da suspensão,e do modo de compensação, pelo menos 75 % dos tra-balhadores, tornando-se vinculativa a todos os restantestrabalhadores.

Cláusula 31.a

Férias

1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente CCTtêm direito em cada ano civil a um período de fériasnão inferior a 34 dias consecutivos ou 2,5 dias por cadamês de trabalho efectivo, no caso dos trabalhadores con-tratados a prazo.

2 — Aos demais aspectos de regulamentação dasférias aplicar-se-ão as disposições legais em vigor.

Cláusula 32.a

Faltas

A regulamentação das faltas é a que se encontra emvigor através da legislação própria.

Cláusula 33.a

Impedimento prolongado

1 — Quando o trabalhador esteja temporariamenteimpedido de comparecer ao trabalho por facto que nãolhe seja imputável, nomeadamente por serviço militar,por doença ou acidente, e o impedimento se prolonguepor mais de um mês, cessam os direitos, deveres e garan-tias das partes, na medida em que pressuponham a efec-tiva prestação de trabalho.

2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos deantiguidade, mantendo o trabalhador direito ao lugarcom a categoria e regalias que lhe estavam a ser atri-buídas e continuando a guardar lealdade à entidadepatronal.

3 — O disposto no n.o 1 começará a observar-se,mesmo antes de ter expirado o prazo de um mês, apartir do momento em que haja certeza ou se prevejacom segurança que o impedimento terá duração superioràquele prazo.

4 — O contrato de trabalho caducará, porém, nomomento em que se torne certo que o impedimentoé definitivo.

5 — O disposto nesta cláusula não se aplica aos tra-balhadores eventuais ou admitidos a prazo, em relaçãoaos quais o contrato caduca nos termos legais.

CAPÍTULO VI

Retribuição de trabalho

Cláusula 34.a

Retribuição do trabalho — Tempo e forma de pagamento

1 — O pagamento da retribuição deve ser efectuadoaté ao último dia útil de cada mês.

2 — No acto de pagamento, a entidade patronalentregará ao trabalhador um talão ou cópia do recibo,que este obrigatoriamente assinará, preenchido deforma indelével e de que constem o nome completodo trabalhador, a profissão, a categoria ou classe, onúmero de beneficiário da caixa de previdência, operíodo de trabalho a que respeite o pagamento, a dis-criminação das importâncias pelas rubricas a que res-peitem, os descontos legais efectuados e o montantelíquido pago.

3 — Para todos os efeitos, o salário por hora é cal-culado com base na seguinte fórmula:

SH= 12×retribuição mensal

52×período normal de trabalho semanal

Cláusula 35.a

Folha de pagamento

1 — As entidades patronais deverão organizar asfolhas de pagamento, de que constem, pelo menos:

a) Os nomes e números de beneficiário da pre-vidência dos trabalhadores ao seu serviço;

b) A discriminação dos dias e horas de trabalhode cada um, incluindo discriminação relativa aotrabalho extraordinário, e trabalho em dias dedescanso semanal, complementar e feriados;

c) O montante das retribuições devidas a cada tra-balhador, os descontos legais sobre aqueles inci-dentes e o valor líquido a pagar.

2 — Estas folhas de pagamento, assim como os talõesreferidos no n.o 2 da cláusula 34.a, podem ser elaboradosmecanicamente.

Cláusula 36.a

Retribuições mínimas

As tabelas de remuneração mínimas dos trabalha-dores abrangidos pelo presente contrato são as cons-tantes do anexo II.

Cláusula 37.a

Subsídio de Natal

1 — Os trabalhadores terão direito a receber até aodia 20 de Dezembro de cada ano um subsídio corres-pondente a um mês de retribuição.

2 — Se o trabalhador tiver sido admitido no decursodo ano civil, o subsídio será correspondente a tantosduodécimos quantos os meses de duração do contrato,contados até 31 de Dezembro.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/2004 4108

3 — Aos trabalhadores cujo contrato esteja suspensoou tenha cessado será pago o subsídio correspondentea tantos duodécimos quantos os meses de trabalho efec-tivamente prestado.

CAPÍTULO VI-A

Cláusula 37.a-ASubsídio de refeição

1 — Os trabalhadores abrangidos por este contratoterão direito a um subsídio de refeição diário, nummínimo de E 4,90 (2003) e de E 5,20 (2004), desdeque compareçam ao serviço nas duas fracções totais doperíodo normal de trabalho diário.

2 — O valor deste subsídio não será considerado parao cálculo de qualquer outra retribuição salarial, nomea-damente subsídios de férias e de Natal.

3 — Não terão direito ao subsídio previsto no n.o 1os trabalhadores ao serviço das empresas que forneçamintegralmente refeições ou nelas comparticipem commontante não inferior ao valor mencionado no n.o 1nem os trabalhadores abrangidos pelas cláusulas 26.a,27.a e 28.a

CAPÍTULO VII

Cessação do contrato de trabalho

Cláusula 38.a

Cessação do contrato de trabalho

A cessação do contrato de trabalho fica sujeita aoregime legalmente estabelecido.

CAPÍTULO VIII

Trabalho de mulheres, menorese trabalhadores-estudantes

Cláusula 39.a

Protecção da maternidade e da paternidade

1 — Além do estipulado no presente contrato paraa generalidade dos trabalhadores, são assegurados àsmulheres trabalhadoras os seguintes direitos, sem pre-juízo, em qualquer caso, da garantia do lugar, do períodode férias ou de quaisquer outros benefícios concedidospela entidade patronal:

a) Durante o período de gravidez e após o parto,durante o tempo necessário, as mulheres quedesempenhem tarefas incompatíveis com o seuestado, designadamente as que impliquem gran-des esforços físicos, trepidação, contacto comsubstâncias tóxicas ou posições incómodas etransportes inadequadas, serão transferidas, aseu pedido e com razões clinicamente compro-vadas ou por decisão do médico de trabalho,para tarefas que as não prejudiquem, sem pre-juízo da retribuição correspondente à sua cate-goria;

b) Por ocasião do parto, uma licença de 120 diasconsecutivos, 90 dos quais necessariamente aseguir ao parto, podendo os restantes ser goza-

dos, total ou parcialmente, antes ou depois doparto;

c) No caso de a trabalhadora não ter direito aosubsídio da segurança social relativo à mater-nidade, a entidade patronal suportará o valorcorrespondente a tal subsídio;

d) Salvo nos casos em que as férias devem ser goza-das no sistema de encerramento total ou parcialda empresa, as trabalhadoras que o desejempoderão gozar as férias a que tenham direitoimediatamente antes ou depois da licença departo;

e) Reduzir de duas horas o trabalho diário paraaleitação dos filhos, sem diminuição da retri-buição nem redução do período de férias, atéum ano após o parto. Esta dispensa pode ser,por decisão conjunta, usada pelo pai;

f) A mãe que, comprovadamente, amamente ofilho tem direito a ser dispensada em cada diade trabalho por dois períodos distintos de dura-ção máxima de uma hora para o cumprimentodessa missão, durante todo o tempo que durara amamentação;

g) Dispensa para consultas pré-natais, devendo atrabalhadora grávida obtê-las, sempre que pos-sível, fora das horas de funcionamento normalda empresa.

2 — O pai tem os direitos consignados na lei, desig-nadamente:

a) Licença de cinco dias úteis, seguidos ou inter-polados, no 1.o mês a seguir ao nascimento dofilho;

b) Licença por período de duração igual àquelea que a mãe teria direito, nos termos da alínea b)do número anterior, nos casos de:

Incapacidade física ou psíquica da mãe, eenquanto esta se mantiver;

Morte da mãe;Decisão conjunta dos pais;

c) Aos direitos consignados na alínea anterior, nocaso de morte ou incapacidade física ou psíquicada mãe não trabalhadora, durante o períodode 120 dias imediatamente a seguir ao parto.

3 — Mediante pré-aviso dirigido à entidade patronal,com antecedência mínima de um mês em relação aoperíodo de ausência pretendido, o pai ou a mãe tra-balhadores têm direito às seguintes licenças sem retri-buição:

a) Licença parental;b) Licença especial para assistência a filho ou

adoptado;c) Licença especial para assistência a filho ou

adoptado deficiente ou doente crónico.

Cláusula 40.a

Direitos dos menores

1 — É válido o contrato de trabalho directamentecelebrado com menores que tenham completado 18 anosde idade.

2 — Se o menor não tiver 18 anos de idade, é igual-mente válido o contrato com ele celebrado se for des-conhecido o paradeiro do seu legal representante.

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3 — Os menores têm capacidade para receber a remu-neração devida pelo seu trabalho, salvo se, tendo menosde 18 anos de idade, houver oposição dos seus repre-sentantes legais.

4 — Os menores de 18 anos de idade deverão, a seupedido, ser dispensados de horários que impliquem aprestação de trabalho antes das 7 e depois das 20 horas.

5 — Os aprendizes e praticantes menores de 18 anosde idade serão dispensados de exercer funções que osserviços de medicina do trabalho das empresas ou adirecção de serviços de prevenção de riscos profissionaisconsiderarem prejudiciais à sua saúde e ao seu desen-volvimento normal, em virtude do elevado grau de toxi-dade, poluição ambiente e sonora e radioactividade.

6 — Os responsáveis pela direcção da empresa obri-gam-se a velar pela preparação profissional dos menorese a vigiar a sua conduta no local de trabalho.

7 — a) Os menores de 18 de idade que frequentamcursos das escolas complementares de aprendizagem nosdia em que tenham aulas deixarão os locais de trabalhode meia hora a duas horas antes do encerramento doestabelecimento, conforme as suas necessidades e semprejuízo da retribuição.

b) A entidade patronal pode exigir ao trabalhadora apresentação dos seus horários e, trimestralmente oupor período escolar, informações de assiduidade eaproveitamento.

c) A vantagem referida na alínea a) pode ser supri-mida a partir do momento em que o menor perca oano por falta de assiduidade ou de aproveitamentoescolar.

Cláusula 41.a

Trabalhadores-estudantes

O regime aplicável aos trabalhadores-estudantes é oque resultar da lei.

Cláusula 42.a

Trabalhadores sinistrados no trabalho

1 — Em caso de incapacidade parcial permanentepara o trabalho ou de doença profissional contraída aoserviço da entidade patronal, esta diligenciará conseguira reconversão do trabalhador para função compatívelcom a desvalorização verificada.

2 — Se a remuneração da nova função, acrescida dapensão por incapacidade, for inferior à auferida à datada baixa, a entidade patronal pagará a diferença.

3 — Se a reconversão não for possível, a entidadepatronal suportará a diferença entre a remuneraçãoauferida à data da baixa e a soma das pensões que,em consequência do acidente ou doença, seja atribuídaao trabalhador sinistrado, podendo este encargo sertransferido para a companhia de seguros autorizada aexercer actividade em Portugal.

4 — Em qualquer das situações referidas, os comple-mentos estabelecidos serão devidos a partir da data dadeclaração oficial de incapacidade.

5 — No caso de incapacidade absoluta temporáriaresultante de acidente de trabalho ou de doença pro-

fissional, a empresa pagará, enquanto durar essa inca-pacidade, um subsídio igual à diferença entre a remu-neração líquida à data da baixa e a indemnização legalque ao trabalhador seja devida, podendo este encargoser transferido para a companhia de seguros autorizadaa exercer a actividade em Portugal.

CAPÍTULO IX

Serviço e equipamento social

Cláusula 43.a

Objectivo do serviço social

O serviço social tem por objectivo criar condiçõessociais para os trabalhadores e prevenir e resolver situa-ções que originem conflitos na relação trabalho-pessoa,contribuindo assim para elevar o nível de vida gerale o bem-estar de quantos colaborem na empresa.

Cláusula 44.a

Criação do serviço social de trabalho

As empresas em que não exista o serviço social detrabalho e em que o número de trabalhadores seja maisde 100 procurarão, na medida do possível, promovera sua criação. Este serviço social será exercido por téc-nicos de serviço social e, na dependência destes, portécnicos auxiliares de serviço social devidamente diplo-mados por institutos oficialmente reconhecidos.

Cláusula 45.a

Cantinas, refeitórios e vestuário

1 — As empresas terão, qualquer que seja o númerode trabalhadores ao seu serviço, um lugar coberto, are-jado e asseado, com mesas e cadeiras ou bancos sufi-cientes, onde os trabalhadores possam tomar as suasrefeições.

2 — Deverão as empresas proporcionar o equipa-mento necessário para aquecimento e conservação dasrefeições.

3 — Quando as condições do meio o justifiquem, ese os trabalhadores, por si próprios, quiserem montarum esquema de confecção ou fornecimento de refeições,as empresas deverão fornecer o equipamento necessáriopara o efeito.

4 — Todas as empresas devem possuir vestiários elavados para uso dos trabalhadores e providenciar nosentido de cada trabalhador poder guardar a sua roupae demais pertences pessoais em armário individual earejado.

Cláusula 46.a

Medicina no trabalho — Posto de médico

Consoante a dimensão da empresa, existirá um postomédico, com médico e enfermeiros, uma enfermaria,com enfermeiros, ou trabalhadores habilitados com cur-sos de primeiros socorros, havendo sempre caixa de pri-meiros socorros devidamente equipada, bem como outromaterial destinado a primeiros socorros.

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CAPÍTULO X

Formação profissional

Cláusula 47.a

Formação profissional — Atribuída pela entidade patronal

1 — Sem prejuízo das disposições deste contratosobre a aprendizagem e formação de menores, as empre-sas deverão criar, sempre que possível, cursos de treinoe aperfeiçoamento profissional e facilitar a frequênciade cursos de ensino oficial ou especializado e de cursosde formação técnica.

2 — Sempre que daí não resultem inconvenientes ouprejuízos para o seu serviço, ao trabalhador adulto cujoaproveitamento o justifique poderá a entidade patronalaplicar o esquema estabelecido para os menores.

3 — Sem prejuízo do disposto na regulamentação emvigor, a entidade patronal dará preferência aos traba-lhadores referidos no número anterior na definição daépoca de férias, tendo em atenção os seus interessesescolares.

4 — Aos trabalhadores referidos no n.o 2 será con-cedida, se o solicitarem, licença sem retribuição, até aolimite de 10 dias por ano civil, para efeitos escolares.

Cláusula 48.a

Responsabilidade dos trabalhadores

Os trabalhadores têm a estrita obrigação, de naturezasocial e profissional, de:

a) Procurar aumentar a sua cultura geral e, emespecial, cuidar do seu aperfeiçoamento pro-fissional;

b) Aproveitar com o melhor rendimento possívelos diferentes meios de aperfeiçoamento postosà sua disposição;

c) Indemnizar a entidade patronal das despesasextraordinárias por esta feitas com a preparaçãoprofissional do trabalhador, se esta preparaçãofoi alcançada a expensas da entidade patronale se o trabalhador deixar de permanecer ao ser-viço, por sua iniciativa, durante os dois anossubsequentes à conclusão do curso de prepa-ração profissional.

CAPÍTULO XI

Higiene e segurança

Cláusula 49.a

Comissão de segurança — Condições para a sua existência

1 — Nas empresas com 50 ou mais trabalhadores aoserviço ou que, embora com menos de 50 trabalhadores,apresentem riscos excepcionais de acidente ou dedoença profissional ou taxas elevadas de frequência oude gravidade, deve haver uma comissão de segurançacomposta por quatro elementos, sendo dois represen-tantes da entidade patronal e dois dos trabalhadores.

2 — Os representantes dos trabalhadores serão poreles eleitos.

3 — As funções dos membros da comissão de segu-rança são exercidas dentro das horas de serviço, semprejuízo da respectiva remuneração.

Cláusula 50.a

Atribuição da comissão de segurança

A comissão de segurança terá, nomeadamente, asseguintes atribuições:

a) Efectuar inspecções periódicas a todas as ins-talações e a todo o material que interesse àhigiene e segurança no trabalho;

b) Verificar o cumprimento das disposições legais,contratuais e regulamentares que respeitem àhigiene e segurança;

c) Solicitar e apreciar sugestões dos trabalhadoressobre questões de higiene e segurança;

d) Esforçar-se por assegurar o concurso de todosos trabalhadores com vista à criação e desen-volvimento de um verdadeiro espírito de segu-rança no trabalho;

e) Procurar que todos os trabalhadores admitidospela primeira vez ou mudados de posto de tra-balho recebam a formação, as instruções e osconselhos necessários em matéria de higiene esegurança no trabalho;

f) Procurar que todos os regulamentos, instruções,avisos e outros escritos ou ilustrações sobrehigiene e segurança sejam levados ao conhe-cimento dos trabalhadores;

g) Colaborar com os serviços médico-sociais, deenfermagem e de primeiros socorros;

h) Examinar as circunstâncias e as causas de cadaacidente ocorrido e apresentar recomendaçõesdestinadas a evitar a repetição de acidentes emelhorar as condições de higiene e segurança;

i) Elaborar estatísticas dos acidentes de trabalhoe das doenças profissionais;

j) Apreciar os relatórios anuais elaborados pelosencarregados de segurança e enviá-los, com assuas observações, à Direcção de Serviços de Pre-venção de Acidentes de Trabalho, do Ministériodo Trabalho e da Segurança Social, até ao fimdo mês de Fevereiro do ano seguinte.

Cláusula 51.a

Reuniões da comissão de segurança

1 — A comissão de segurança reunirá ordinariamenteuma vez por mês, devendo elaborar acta circunstanciadade cada reunião.

2 — Qualquer membro da comissão de segurançapoderá convocar reuniões extraordinárias, quando asrepute necessárias, com indicação da respectiva agenda.

3 — A comissão poderá solicitar o apoio e a presençaàs suas reuniões de elementos do serviço oficial de pre-venção de acidentes de trabalho.

4 — As reuniões serão moderadas alternadamentepor ambas as partes e secretariado pelo encarregadode segurança.

Cláusula 52.a

Encarregado de segurança

1 — Em todas as empresas será designado, por acordoentre a entidade patronal e os trabalhadores, um encar-regado de segurança.

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2 — O encarregado de segurança tem as seguintesatribuições:

a) Colaborar com a comissão de segurança esecretariá-la;

b) Elaborar relatórios sobre cada acidente de tra-balho ocorrido, mencionando expressamente ascausas reais ou prováveis e sugerindo as pro-vidências necessárias para evitar a sua repetição;

c) Elaborar, durante o mês de Janeiro, o relatórioanual circunstanciado da actividade desenvol-vida no ano anterior em matéria de higiene esegurança, anotando as deficiências que aindacareçam de ser eliminadas.

Este relatório será enviado à comissão desegurança para fins da alínea j) da cláusula 50.a

3 — Quando, em face do número de trabalhadores,não houver lugar à constituição da comissão de segu-rança, as atribuições que àquela se conferem poderãoser transferidas para o encarregado de segurança, emconjugação com as suas funções específicas.

Cláusula 53.a

Deveres especiais das empresas

A entidade patronal deve:

a) Dar o seu acordo à comissão de segurança eao encarregado de segurança e conceder-lhestodas as facilidades para o cabal desempenhodas suas atribuições;

b) Consultar a comissão de segurança ou o encar-regado de segurança em todas as questões rela-tivas à higiene e segurança no trabalho;

c) Tomar as medidas adequadas para o seguimentodas recomendações recebidas da comissão desegurança ou do encarregado de segurança.

CAPÍTULO XII

Relações entre as partes outorgantes

SECÇÃO I

Cláusula 54.a

Comissão paritária

1 — Dentro dos 60 dias seguintes à entrada em vigordeste contrato, será criada uma comissão paritária, cons-tituída por dois representantes da associação patronale por igual número de representantes das associaçõessindicais.

2 — Por cada elemento efectivo será designado umsuplente.

3 — Para efeitos da respectiva constituição, cada umadas partes indicará à outra, no prazo previsto no n.o 1,a identificação dos seus representantes.

4 — Compete à comissão paritária:

a) Interpretar as cláusulas do presente contrato;b) Emitir parecer, nos termos da cláusula 8.a, sobre

a criação de novas categorias profissionais;

c) Deliberar sobre a conveniência e oportunidadeda criação, no âmbito do presente contrato, dasnovas categorias profissionais criadas ao abrigodo disposto na cláusula 8.a

5 — Sempre que uma das partes pretender a reuniãoda comissão, comunicá-lo-á à outra parte com a ante-cedência mínima de 15 dias, com indicação do dia, horae agenda pormenorizada dos assuntos a tratar.

6 — Os representantes da associação patronal e dasassociações sindicais junto da comissão paritária pode-rão fazer-se acompanhar de dois assessores, os quaisnão terão direito a voto.

7 — As deliberações serão tomadas por unanimidadedas partes.

8 — As deliberações tomadas por unanimidade con-sideram-se para todos os efeitos como regulamentaçãodesta convenção e serão depositadas e publicadas nostermos das convenções colectivas.

SECÇÃO II

Actividade sindical na empresa

Cláusula 55.a

Princípios gerais

No exercício da liberdade sindical, os trabalhadorese os sindicatos têm direito a desenvolver actividade sin-dical no interior da empresa, nomeadamente atravésde delegados sindicais, comissões sindicais e comissõesintersindicais, nos termos da lei.

Cláusula 56.a

Comunicação à entidade patronal

1 — As direcções sindicais comunicarão à entidadepatronal a identificação dos delegados sindicais, bemcomo a daqueles que façam parte de comissões sindicaise intersindicais de delegados, por meio de carta registadacom aviso de recepção, de que será afixada cópia noslocais reservados às informações sindicais.

2 — O mesmo procedimento deverá ser observadono caso de substituição ou cessação de funções.

Cláusula 57.a

Direitos e deveres dos delegados sindicais

1 — O número máximo de delegados sindicais a quemsão atribuídos os direitos referidos nos números seguin-tes é determinado da forma seguinte:

a) Empresas com menos de 50 trabalhadoressindicalizados — um;

b) Empresas com 50 a 99 trabalhadores sindi-calizados — dois;

c) Empresas com 100 a 199 trabalhadores sin-dicalizados — três;

d) Empresas com 200 a 499 trabalhadores sin-dicalizados — seis;

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e) Empresas com 500 ou mais trabalhadores sin-dicalizados — o número de delegados resultan-tes da fórmula:

6 + n – 500200

representando n o número de trabalhadores.

2 — O resultado apurado nos termos da alínea e) donúmero anterior será sempre arredondado para a uni-dade imediatamente superior.

3 — Cada delegado sindical dispõe, para o exercíciodas suas funções, de um crédito de cinco horas mensais,ou de oito, tratando-se de delegado que faça parte dacomissão intersindical.

4 — O crédito de horas atribuído no número anterioré referido ao período normal de trabalho e conta, paratodos os efeitos, como tempo de serviço efectivo.

5 — Os delegados sindicais, sempre que pretendamexercer o direito previsto no n.o 3, deverão avisar aentidade patronal por escrito com a antecedênciamínima de um dia.

6 — Os delegados sindicais não podem ser transfe-ridos do local de trabalho sem o seu acordo e sem oprévio conhecimento da direcção do sindicato respectivo.

Cláusula 58.a

Direito de reunião

1 — Os trabalhadores podem reunir-se nos locais detrabalho, fora do período normal, mediante convocaçãode um terço ou 50 trabalhadores da respectiva unidadede produção ou da comissão sindical ou intersindical,sem prejuízo da normalidade de laboração, no caso detrabalho por turnos ou trabalho extraordinário.

2 — Com ressalva do disposto na última parte donúmero anterior, os trabalhadores têm direito a reu-nir-se durante o horário normal de trabalho até umperíodo máximo de quinze horas por ano, que contarãopara todos os efeitos como tempo de serviço efectivo,desde que assegurem o funcionamento dos serviços denatureza urgente.

3 — As reuniões referidas no número anterior sópodem ser convocadas pela comissão sindical ou inter-sindical conforme os trabalhadores da empresa estejamou não representados por mais de um sindicato.

4 — Os promotores das reuniões referidas nos núme-ros anteriores são obrigados a comunicar à entidadepatronal e aos trabalhadores interessados com a ante-cedência mínima de um dia a data e hora em que pre-tendem que elas se efectuem, devendo afixar as res-pectivas convocatórias.

5 — Os dirigentes sindicais das organizações sindicaisrespectivas que não trabalhem na empresa podem par-ticipar nas reuniões mediante comunicação dirigida àentidade patronal com a antecedência mínima de seishoras.

Cláusula 59.a

Instalações para a actividade sindical na empresa

1 — Nas empresas ou unidades de produção com150 ou mais trabalhadores, a entidade patronal é obri-gada a pôr à disposição dos delegados sindicais, desdeque estes o requeiram, e a título permanente, um localsituado no interior da empresa ou na sua proximidadeque seja apropriado ao exercício das suas funções.

2 — Nas empresas ou unidades de produção commenos de 150 trabalhadores, a entidade patronal é obri-gada a pôr à disposição dos delegados sindicais, sempreque estes o requeiram, um local apropriado para o exer-cício das suas funções.

Cláusula 60.a

Garantia dos membros das direcções sindicais

1 — Para o exercício das suas funções, cada membroda direcção beneficia do crédito de quatro dias por mês,mantendo o direito à remuneração.

2 — A direcção interessada deverá comunicar porescrito com um dia de antecedência as datas e o númerode dias de que os respectivos membros necessitam parao exercício das suas funções ou, em caso de impossi-bilidade, nas quarenta e oito horas imediatas ao períodoem que faltaram.

3 — Os membros dos corpos gerentes das associaçõessindicais não podem ser transferidos do local de trabalhosem o seu acordo.

CAPÍTULO XIII

Disposições transitórias

Cláusula 61.a

Reclassificação

1 — Cada empresa, no prazo máximo de 90 dias apósa data de celebração do presente CCT, fará a reclas-sificação dos trabalhadores no grupo de profissionaisqualificados tendo em conta a sua caracterização gerale o desempenho efectivo das funções, devendo serenviada à FSTIEP uma listagem dos trabalhadoresreclassificados, bem como uma dos não reclassificados,desde que sindicalizados.

2 — Os trabalhadores que à data da entrada em vigordo actual CCT tiverem 10 ou mais anos de antiguidadena categoria de oficial e não forem abrangidos pelareclassificação prevista no número anterior terão direitode acesso às provas profissionais previstas no n.o 4.7da cláusula 9.a (grupo dos profissionais qualificados),tendo as decisões finais do júri tripartido efeitos retroac-tivos à data da inscrição do trabalhador.

Esta inscrição deverá ser efectuada no prazo máximode um mês após o termo do prazo previsto no n.o 1para as reclassificações.

No entanto, a eficácia retroactiva, caso o trabalhadorvenha a ser promovido por ter havido decisão favoráveldo júri tripartido, não será em qualquer caso superiora três meses.

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3 — Para efeitos de reclassificação nas categorias deoficial especializado, contará a antiguidade que o tra-balhador já possua na empresa na categoria de oficialà data da entrada em vigor do CCT.

Cláusula 62.a

Revogação da regulamentação anterior

1 — Com a entrada em vigor do presente contratosão revogados todos os instrumentos de regulamentaçãode trabalho aplicáveis ao sector, nomeadamente a por-taria de regulamentação de trabalho para os fabricantesde anúncios luminosos de 10 de Maio de 1979 e o CCTentre a Associação dos Fabricantes de Anúncios Lumi-nosos e a Federação dos Sindicatos de Escritório, dasIndústrias Eléctricas e outros de 1 de Outubro de 1981,publicados, respectivamente, no Boletim do Trabalho eEmprego, n.os 20, de 29 de Maio de 1979, e 39, de 22de Outubro de 1981.

2 — O regime constante do presente CCT é global-mente mais favorável do que o previsto nos instrumentosde regulamentação colectiva anterior e referidos no n.o 1desta cláusula.

ANEXO I

Classificação profissional

A) Grupos profissionais e profissões

1 — Grupo dos profissionais administrativos

Pertencem a este grupo profissional os trabalhadoresque se ocupam, consoante os casos, de trabalhos como:escrituração relativa a transacções financeiras ou quais-quer outras actividades; movimentação de fundos daempresa ou da sua clientela; transcrição ou dactilografiade textos ditados ou redigidos por si ou por outrem;cálculo de custos de salários ou de produtos, bem comodespesas gerais; recepção, distribuição, envio ou arquivode correspondência ou de outros documentos; operaçõescom os diferentes tipos de máquinas de escritório oude informática. Podem especificamente assegurar arecepção e condução de pessoas estranhas à empresa,efectuar cobranças, pagamentos ou entregas de docu-mentos no exterior ou efectuar ligações telefónicas.

1.1 — Informática e mecanografia

Analista informático. — Desempenha uma ou váriasdas seguintes funções:

a) Funcional (especialista da organização e método) —estuda o serviço de utilizador, determina a natu-reza e o valor das informações existentes e espe-cifica as necessidades de informação e os cader-nos de encargos ou as actualizações dos sistemasde informação;

b) De sistemas — estuda a viabilidade técnica, eco-nómica e operacional dos encargos, avalia osrecursos necessários para os executar, implantare manter e especifica os sistemas de informaçãoque os satisfaçam;

c) Orgânico — estuda os sistemas de informaçãoe determina as etapas de processamento e ostratamentos de informação e especifica os pro-gramas que compõem as aplicações. Testa ealtera as aplicações;

d) De software — estuda software base, rotinas uti-litárias, programas gerais, linguagem de progra-mação, dispositivos e técnicas desenvolvidos

pelos fabricantes e determina o seu interessede exploração. Desenvolve e especifica módulosde utilização geral;

e) De exploração — estuda os serviços que con-correm para a produção do trabalho de com-putador e os trabalhos a realizar e especificao programa de exploração do computador a fimde optimizar a produção, a rentabilidade dasmáquinas, os circuitos e o controlo dos docu-mentos e os métodos e os processos utilizados.

Monitor informático/mecanográfico. — Planifica o tra-balho dos postos de dados, distribui e supervisiona aexecução das tarefas e assegura a formação e treinodos operadores de postos de dados.

Operador de informática. — Desempenha uma ouambas as funções:

a) De computador — recepciona os elementos neces-sários à execução dos trabalhos no computador,controla a execução conforme o programa deexploração, regista as ocorrências e reúne oselementos resultantes. Prepara, opera e controlao computador através da consola;

b) De periféricos — prepara, opera e controla osórgãos periféricos do computador. Prepara econtrola a utilização e os stocks dos suportesmagnéticos da informação.

Operador mecanográfico. — Prepara, abastece e operamáquinas clássicas/convencionais (a cartões). Preparaa máquina conforme instruções do programador meca-nográfico; assegura o funcionamento do sistema de ali-mentação, vigia o funcionamento, regista as ocorrênciase recolhe os resultados.

Perfurador-verificador/operador de postos dedados. — Prepara os suportes de informação que vãointervir no trabalho a partir de documentos elaboradospelo utilizador. Prepara, opera e controla equipamentosde registo e transmissão de dados relacionados com ossuportes (perfuradora de cartões, registadora de bandase terminais de computador, etc.)

Programador informático. — Executa uma ou váriasdas seguintes funções:

a) De organização de métodos. — Estuda as espe-cificações das necessidades de informação e osserviços, determina os métodos de simplificação,quer manuais quer mecanizados, de tratamentode informação e a organização dos circuitos dosdocumentos nos serviços não englobados nosdo computador;

b) De aplicações. — Estuda as especificações dosprogramas, determina o formato das informa-ções, a organização dos ficheiros que as contême as operações a efectuar com elas no decorrerda execução do trabalho no computador. Codi-fica, testa, corrige, faz manutenção e documentaos programas e elabora o respectivo manual deoperações;

c) De software. — estuda as especificações, codi-fica, testa, corrige, faz manutenção e documentaos módulos de utilização geral. Pesquisa as cau-sas de incidentes de exploração;

d) De exploração — estuda as especificações doprograma de exploração do computador e os

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trabalhos a realizar e determina os métodos detratamento da informação e os circuitos dosdocumentos nos serviços do computador e ela-bora o programa de exploração. Contabiliza otempo de produção, de paragem, de avaria, demanutenção e determina os custos da explo-ração.

Programador mecanográfico. — Estuda as especifica-ções e estabelece os programas de execução dos tra-balhos numa máquina ou num conjunto de máquinasclássicas, clássicas convencionais (a cartões) e funcio-nando em interligação. Elabora organigramas de painéise mapas de codificação. Estabelece as fichas de dadosde resultados.

1.2 — Contabilidade e tesouraria

Contabilista. — Organiza e dirige os serviços de con-tabilidade e dá conselho sobre os problemas de naturezacontabilísticos, estuda a planificação dos circuitos con-tabilísticos, analisando os diversos sectores de actividadeda empresa, de forma a assegurar uma recolha de ele-mentos preciosos, com vista à determinação de custose resultados de exploração; elabora o plano de contasa utilizar para obtenção dos elementos mais adequadosà gestão económico-financeira e cumprimento da legis-lação comercial e fiscal; supervisiona a escrituração dosregistos e livros contabilidade, coordenando, orientandoe dirigindo os profissionais encarregados dessa execu-ção; fornece os elementos contabilísticos necessários àdefinição da política orçamental e organiza e assegurao controlo da execução do orçamento; elabora ou cer-tifica os balancetes e outras informações contabilísticasa submeter à administração ou a fornecer a serviçospúblicos; procede ao apuramento de resultados, diri-gindo o encerramento de contas e a elaboração do res-pectivo balanço, que apresenta e assina; elabora o rela-tório explicativo que acompanha a apresentação de con-tas ou fornece indicações para essa elaboração; efectuaas revisões contabilísticas necessárias, verificando oslivros de registos para se certificar da correcção da res-pectiva escrituração; é o responsável pela contabilidadedas empresas do grupo A, a que se refere o Códigoda Contribuição Industrial perante a Direcção-Geral dasContribuições e Impostos.

Guarda-livros. — Ocupa-se da escrituração de regis-tos ou de livros de contabilidade, gerais ou específicos,analíticos ou sintéticos, selados ou não selados, execu-tando, nomeadamente trabalhos contabilísticos relativosao balanço anual e apuramento dos resultados da explo-ração do exercício. Pode colaborar nos inventários decontas simples ou com juros e executar trabalhos cone-xos. Não havendo secção própria de contabilidade, supe-rintende nos referidos serviços e tem a seu cargo a ela-boração dos balanços e escrituração dos livros seladosou é responsável pela boa ordem e execução dostrabalhos.

Guarda (ou vigilante). — Encarrega-se da vigilânciade edifícios, instalações fabris ou outros locais para osproteger contra incêndios ou roubos e para controlara entrada e saída de pessoas, viaturas e outros bens.Poderá, durante o período normal de laboração daempresa, executar outras tarefas indiferenciadas,quando o exercício das suas funções o permita.

Tesoureiro. — Dirige a tesouraria, em escritórios emque haja departamento próprio, tendo a responsabilidadedos valores de caixa que lhe estão confiados; verifica asdiversas caixas e confere as respectivas existências; preparaos fundos para serem depositados nos bancos e outrasinstituições de crédito e toma as disposições necessáriaspara levantamento; verifica periodicamente se o montantedos valores em caixa coincide com o que os registos indi-cam. Pode, por delegação, autorizar certas despesas eexecutar outras tarefas de carácter financeiro.

Caixa. — Tem a seu cargo as operações de caixa eregisto do movimento relativo a transacções respeitantesà gestão da empresa; recebe numerário e outros valorese verifica se as suas importâncias correspondem às indi-cadas nas notas de venda ou nos recibos; efectua paga-mentos e pode preparar sobrescritos segundo as folhasde pagamento. Pode preparar os fundos destinados aserem depositados e tomar as disposições necessáriaspara os levantamentos.

Operador de máquinas de contabilidade. — Trabalhacom máquinas de contabilidade, com ou sem tecladoalfabético, e nelas executa trabalhos relacionados coma contabilidade.

1.3 — Serviços gerais

Secretário. — Ocupa-se do secretariado específico deprofissionais de categoria superior a chefe de serviços,competindo-lhe principalmente assegurar a rotina diáriado gabinete, a execução da correspondência e arquivo,tarefas de esteno-dactilógrafo, de correspondente eoutras que especialmente lhe sejam atribuídas.

Escriturário. — Executa várias tarefas que variam con-soante a natureza e importância do escritório onde tra-balha; redige relatórios, cartas, notas informativas eoutros documentos, manualmente ou à máquina, dan-do-lhe o seguimento apropriado; tira as notas neces-sárias à execução das tarefas que lhe competem; examinao correio recebido, separa-o, classifica-o e compila osdados que são necessários para preparar as respostas;elabora, ordena ou prepara os documentos relativos àencomenda, distribuição e regularização das comprase vendas; recebe pedidos de informação e transmite-osà pessoa ou serviço competente; põe em caixa os paga-mentos de conta e entrega os recibos; regista em livroou em impressos próprios as receitas e despesas, assimcomo outras operações contabilísticas; estabelece oextracto das operações efectuadas e de outros docu-mentos para informação de direcção; atende os can-didatos às vagas existentes, informa-os das condiçõesde admissão e efectua registos de pessoal; preenche for-mulários oficiais relativos ao pessoal ou à empresa;ordena e arquiva notas de livrança, recibos, cartas eoutros documentos e elabora dados estatísticos.

Acessoriamente, nota em estenografia, escreve àmáquina e opera com máquinas de escritório. Podeainda efectuar, fora do escritório, serviços de informa-ção, de entrega de documentos e de pagamentos neces-sários ao andamento de processos em tribunais ou repar-tições públicas.

Escriturário principal. — Num dado sector, tem comofunção a execução das tarefas mais qualificadas dos

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escriturários, podendo caber-lhe também a coordenaçãodas tarefas desses escriturários, no impedimento dochefe de secção.

Estagiário. — Todo aquele que, através da prática,completa a sua preparação e se inicia na profissão.

Apontador. — Tem por função o controlo de presen-ças de pessoal, o registo de mão-de-obra ou a recolhade elementos para apreciação do movimento e quan-tidade do trabalho, movimento e controlo de matérias--primas, ferramentas, produtos e outros materiais.

Operador de telex em língua portuguesa. — Predomi-nantemente transmite mensagens numa ou mais línguas,para e de diferentes postos de telex. Transcreve as men-sagens, efectua os preparativos necessários para a suatransmissão e transmite-as; recebe mensagens transmi-tidas pelos teleimpressores, arquiva mensagens paraconsulta posterior, providência pela manutenção domaterial para o normal funcionamento do serviço.

Dactilógrafo. — Escreve à máquina cartas, notas etexto baseados em documentos escritos ou informaçõesque lhe são ditadas ou comunicadas por outros meios;dactilografa matrizes para duplicação ou outros mate-riais com vista à reprodução de textos. Acessoriamentepode executar serviços de arquivo e registo de cor-respondência.

Telefonista. — Presta serviço numa central telefónica,transmitindo aos telefones internos as chamadas rece-bidas do exterior, e estabelece ligações internas ou parao exterior. Responde, se necessário, a pedidos de infor-mação telefónicos. As categorias de 1.a e de 2.a sãoatribuídas de acordo com as seguintes exigências:

1.a Manipulação dos aparelhos de capacidade supe-rior a 20 posições, incluindo postos suplemen-tares;

2.a Manipulação dos aparelhos de capacidade igualou inferior a 20 posições, incluindo postossuplementares.

Cobrador. — Procede, fora dos escritórios, acobrança, pagamentos e serviços análogos, entregandoou recebendo documento de quitação; faz depósitos embanco e outros estabelecimentos de crédito, entrega natesouraria ou ao caixa o numerário recebido, recibosou talões de depósito, elaborando o respectivo docu-mento. Recebe reclamações directamente relacionadascom o serviço prestado. Pode fazer pagamentos em ins-tituições de previdência, serviços públicos e tribunais.

Contínuo. — Executa serviços, como anunciar visitas,encaminha-as ou informa-as; faz recados ou estampilhae entrega correspondência; executa outros serviços aná-logos. Enquanto menor de 18 anos de idade tem a desig-nação de paquete.

2 — Grupo dos profissionais técnico-fabris

Pertencem a este grupo os profissionais que executamtrabalhos relacionados com a actividade fabril, com for-mação escolar correspondente ao curso industrial ouequivalente em termos curriculares e com formação ade-quada às funções do sector ou adequada preparaçãoprofissional para o exercício das respectivas funções, nostermos referidos no n.o 2.5 (grupo dos técnicos fabris).

Em todas as profissões deste grupo com carreira pro-fissional existe o escalão de profissional principal, aquem compete o exercício das tarefas de maior com-plexidade da respectiva profissão, devendo para isso terelevada qualidade técnica e conhecimento perfeito dasnormas técnicas que condicionam a actividade respectivae podendo, ainda, coordenar profissionais da respectivaprofissão distribuindo-lhes tarefas.

Orçamentista. — Interpretando normas e especifica-ções, faz os cálculos necessários à previsão e ao controlodos custos dos produtos ou dos trabalhadores, com basenos elementos constitutivos, que ele próprio colige eavalia.

Planificador. — Utilizando técnicas de planificação,prepara, a partir do projecto completo, a sua efectivaçãoem obra, devendo para o efeito possuir conhecimentosdos métodos e técnicas de execução. Tendo em con-sideração as qualidades do trabalho e respectivos prazosde execução, estabelece a sucessão das diversas acti-vidades, assim como a mão-de-obra necessária aos tra-balhos. Acompanha e controla a sua concretização, demodo a poder fazer as correcções necessárias, motivadaspor avanço ou atraso, sempre que as circunstâncias ojustifiquem.

Técnico de métodos e tempos. — Estuda, de forma sis-temática, os métodos e tempo estabelecidos para a exe-cução de um trabalho, procedendo às análises neces-sárias; aperfeiçoa-os, se necessário, e orienta a aplicaçãodesses métodos e tempos mais eficientes com o objectivode melhorar a produtividade; elabora e realiza estudoscom vista à melhoria da organização de trabalho; pro-cede à medida de tempo de execução, ritmos ou cadên-cias de trabalho.

Reprodutor de documentos/arquivista técnico. — Nogabinete de desenho ou em outro sector da empresa,dedica-se predominantemente à reprodução de docu-mentos, seja qual for a técnica ou materiais utilizados;pode executar ainda as tarefas acessórias ou comple-mentares da reprodução e ou arquivar os elementosrespeitantes à sala de desenho ou outros departamentostécnicos, nomeadamente desenhos, catálogos, normase outra documentação. Organiza e prepara os processosrespectivos.

3 — Grupo dos profissionais técnico-comerciais

Os profissionais deste grupo orientam a sua actividadeno sentido da comercialização e armazenagem de pro-dutos em todas as suas fases ou alterações, tais comoprojecção de mercados, apresentação, publicidade,venda de produtos e diversas relações com os clientes.Deste grupo fazem parte as seguintes profissões:

Vendedor. — Predominantemente fora do estabe-lecimento, solicita encomendas, promove evende mercadorias por conta da entidade patro-nal. Transmite encomendas ao escritório centralou delegação a que se encontra adstrito e enviarelatórios sobre as transacções comerciais queefectuou;

Armazém

Fiel de armazém ou operador-conferente. — Supe-rintende as operações de entradas e saídas de

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mercadorias e ou materiais ou ferramentas; exe-cuta ou fiscaliza os respectivos documentos e res-ponsabiliza-se pela arrumação e conservação dasmercadorias e ou materiais ou ferramentas; exa-mina a concordância entre as mercadorias rece-bidas e as notas de encomenda, recibos ou outrosdocumentos e toma nota dos danos e perdas;orienta e controla a distribuição das mercadoriaspelos sectores da empresa, utentes ou clientes;promove a elaboração com o superior hierár-quico na organização do material do armazém.Pode dirigir e coordenar o pessoal de armazém;

Entregador de materiais e produtos. — Entrega osmateriais e produtos que lhe são requisitados,podendo fazer o respectivo registo e controlo.

4 — Grupo dos profissionais qualificados

Pertencem a este grupo os profissionais cuja formaçãoteórica e técnica adquirida através de curso industrial,ou equivalente em termos curriculares, e com formaçãoadequada às funções do sector ou cuja formação/expe-riência profissional adquirida individualmente e confir-mada através de aprovação nas provas previstas permita,conforme nos casos, por exemplo:

Interpretar documentos ou especificações do tra-balho a efectuar (normas, instruções, desenhos,etc.);

Executar trabalhos com tolerâncias mínimas ouespecificações rigorosas, medidas e ensaios rela-tivamente aprofundados;

Rever máquinas, rotinas ou processos de execuçãorigorosa;

Executar trabalhos complexos.

5 — Grupo dos profissionais especializados

Pertencem a este grupo os trabalhadores cuja for-mação prática de índole artesã lhes forneça as quali-dades de perfeição na execução de tarefas repetitivas.A experiência profissional adquirida através de treinopermite a estes profissionais:

Compreender instruções elementares e precisas,verbais ou escritas, e ou esquemas simples, fichasde trabalho, etc.;

Executar medidas simples ou contagem, dentro delimites que, previamente, lhe são indicados.

Deste grupo fazem parte as seguintes profissões:

Acabador. — Com tolerâncias, procede ao acaba-mento de peças;

Assentador de revestimentos. — Utilizando ferra-mentas manuais adequadas, aplica produtos pararevestimentos de superfícies, depois de prepa-radas estas;

Carpinteiro de embalagens. — Fabrica diversos tiposde embalagens ou revestimentos de madeira oude material afim;

Carpinteiro de moldes. — Executa, monta, trans-forma e repara moldes de madeira ou de outrosmateriais utilizados para a confecção de mol-dações, empregando máquinas e ferramentasmanuais;

Electricista bobinador. — Procede à reparação demáquinas ou aparelhagem eléctrica, podendoexecutar e substituir as suas bobines e alterandoeventualmente algumas das suas características;

Electricista montador de anúncios luminosos. — Ins-tala, executa, verifica, conserva repara e afinainstalações eléctricas de reclamos e iluminaçõesem que sejam utilizados tubos contendo néonou outros gases; efectua as tarefas fundamentaisdo electricista em geral (7.65.00), mas relaçãoà instalação de reclamos e de iluminação emque sejam utilizados tubos de gases raros, o querequer conhecimentos especiais; monta os fun-dos metálicos (letras, motivos, etc.), que servirãode abrigo às ligações eléctricas entre tubos queformam o anúncio luminoso; monta os tubos nasarmaduras ou fundos metálicos; liga-os electri-camente entre si às saídas de alta tensão dostransformadores, para o que utiliza cabos apro-priados; instala contadores-relógios (para con-trolo automático de período de funcionamento)e outra aparelhagem eléctrica; dispõe e fixa oscondutores e executa; isola e protege devida-mente as ligações; equipa as instalações com fil-tros-condensadores e bobinas de choque paraevitar interferências nas ondas rádio-eléctricas;estabelece as adequadas linhas de terra e outrosdispositivos de segurança contra as altas volta-gens existentes em determinadas zonas das ins-talações, se for caso disso; procede aos ensaios,correcções e reparações necessárias. Trabalhafrequentemente em locais de difícil acesso eperigosos;

Funileiro-latoeiro. — Executa e ou repara fundos oupeças metálicos, em chapa fina, alumínio, cobre,latão, aço inox, zinco ou chapa galvanizada,segundo desenhos ou medidas, cortando, mol-dando, soldando e revestindo estruturas metá-licas;

Maçariqueiro de tubos de vidro. — É o profissionalque por processos adequados procede à mol-dagem ou encurvamento e soldagem de tubosde vidro, segundo os desenhos ou medidas. Lavae repara as peças feitas, introduz pó fluorescente,quando for caso disso solda-lhes eléctrodos cor-respondentes e procede ao seu enchimento comgases raros;

Motorista. — Possuindo carta de condução profis-sional, tem a seu cargo a condução de veículosautomóveis, competindo-lhe ainda zelar pelacarga que transporta, orientando também adescarga;

Operador especializado manual. — Utilizando fer-ramentas manuais adequadas, executa um deter-minado trabalho especializado; conforme ogénero deste trabalho será designado em con-formidade;

Operador especializado de máquinas. — Manobrauma máquina, normalmente afinada por outroprofissional, destinada a trabalhos simples e depequena série (balancé, quinadeira, tesoura eprensa, etc.);

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Pintor. — Aplica camadas de produtos protectores,de decoração ou outros, tais como tintas, vernizese massas especiais;

Plastiqueiro. — Corta, recorta e molda manual-mente matérias plásticas em chapa ou perfis,segundo desenhos ou medidas. Solda, por cola-gem ou solvência, e molda, por compressão,vácuo ou ar, as matérias plásticas, depois depreparadas;

Polidor. — Manualmente ou manobrando umamáquina fixa ou portátil, procede ao polimentode superfícies de peças metálicas ou de outrosmateriais. Utiliza discos de polir em arame deaço, esmeril, lixa, feltro, pano ou outros;

Serígrafo. — Executa uma ou várias das seguintesfunções:

a) Transportador de serigrafia — prepara osquadros (forma, desengordura, sensibiliza)para posteriormente receberem os nega-tivos fotográficos, revelando e fixando osmesmos depois de impressionados;

b) Montador de serigrafia — dispõe, segundouma ordem determinada, as películas(negativos) fotografadas, com vista à suareprodução em sedas sensibilizadas;

c) Retocador de serigrafia — retoca a sedadepois do transporte, eliminando pontos,reforçando traços imprecisos e corrigindotodas as deficiências;

d) Impressor de serigrafia — monta quadrosna máquina; efectua acertos por mira oumarcas de referência; imprime, retira oexemplar impresso e coloca-o no secadore afina as cores a utilizar de acordo coma maqueta;

Serralheiro civil. — Constrói e ou monta e reparaestruturas metálicas, andaimes e similares eoutras obras, utilizando para o efeito as máqui-nas e ferramentas adequadas;

Soldador por electroarco ou a oxi-acetileno. — Pelosprocessos de soldadura por electroarco ou a oxi--acetileno, liga entre si elementos ou conjuntosde peças de natureza metálica;

Soldador. — Utilizando equipamentos apropria-dos, faz a ligação de peças metálicas por pro-cessos alumínio-térmicos por pontos ou por cos-tura contínua;

Trolha ou pedreiros de acabamentos. — Exclusivaou predominantemente, executa betões, alvena-rias de tijolo ou blocos, assentamento de mani-lhas, tubos, rebocos, mosaicos, azulejos e outrostrabalhos similares ou complementares.

6 — Profissionais desenhadores de anúncios luminosos

Desenhador auxiliar. — Ocupa-se da execução dedesenhos a partir de indicações detalhadas e elementosfornecidos, por decalque ou por desenho próprio, desig-nadamente reduções ou ampliações até ao tamanhonatural; efectua medições e levantamentos simples de

elementos existentes; quando necessário efectua oarquivo e tira cópias de ozalide; coadjuva o desenhadorde reclamos luminosos nas suas funções.

Desenhador de reclamos luminosos. — Ocupa-se daexecução de desenhos técnicos ou artísticos, a partirde um projecto e indicações recebidas, aplicando téc-nicas específicas, nomeadamente projecção geométrica,ortogonal e axonométria da perspectiva; executa os dese-nhos em escalas rigorosas, ou figuração livre, que regis-tam as formas, tanto por decalque como por desenhopróprio, fazendo reduções ou ampliações até ao tama-nho natural; os seus processos tanto podem ser de natu-reza técnica como artística, intuitiva ou racional; tra-balha com aerógrafo e desenha os elementos, as letrasou os motivos até ao pormenor necessário, para a suaordenação e execução, utilizando conhecimentos daespecialidade: simbologia, processos de execução e prá-ticas de construção. Efectua medições e levantamentosde elementos existentes. Consulta tabelas e interpreta-asnas suas diversas aplicações e tem conhecimentos delegislação e normas aplicáveis aos trabalhos que executa.

Desenhador principal. — Executa todas as tarefas dodesenhador de reclamos luminosos e desempenha fun-damentalmente a função de coordenação, podendo exer-cer essa actividade em qualquer sector da produção,montagem ou assistência; os seus conhecimentos per-mitem-lhe a execução prática na produção, procurandoas soluções económicas e estéticas convenientes.

Desenhador-chefe/projectista de reclamos luminosos. —Executa todas as tarefas do desenhador principal;desempenha fundamentalmente uma função de chefia--coordenação ou técnico-artística. Nas funções técnico--artísticas aplica conhecimentos da especialidade dearquitectura, urbanização e marketing, que lhe permitema total definição do projecto nos aspectos técnicos,comercial, publicitário, decorativo e integração arqui-tectónica e urbanística no local. Esboça esquematica-mente desenhos e maquetiza o projecto; os seus conhe-cimentos técnicos especializados permitem-lhe a obser-vação de todos os requisitos para uma execução práticado projecto, procurando soluções económicas conve-nientes ao fabrico; para o apoio deve projectar peçasa partir de um programa dado, verbal ou escrito, deum conjunto ou subconjunto; procede ao seu esboçoou desenho, efectua cálculos que, não sendo específicosde engenharia, sejam necessários à sua estruturação einterligação; os seus conhecimentos técnicos com lumi-notécnica terão de lhe permitir conhecer na especia-lidade tudo sobre tubos cheios com gases raros, parapoder projectar iluminações utilizando os mesmos.Presta assistência aos trabalhos e acompanha a sua exe-cução quando os membros disso careçam. Observa eindica, se necessário, as normas e regulamentos a seguirna sua execução.

7 — Semiespecializado

Os profissionais deste grupo exercem uma actividadecaracterizada por operações simples de ciclos curtos,geralmente em cadeia, compreendendo, por exemplo:

a) Montagem de lâmpadas, armaduras fluorescen-tes e balastros e outros elementos para apa-relhagem eléctrica, ou não, necessários para assinalizações produzidas pelo sector;

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b) Lavagem de tubos de vidro moldado, embebidonas mesmas peças com líquido adesivo e enchi-mento com pó fluorescente;

c) Enchimento de tubos de vidro com gases raros.

8 — Grupo de indiferenciados

Pertencem a este grupo os trabalhadores que somenteexecutam tarefas simples e rotineiras, auxiliares da acti-vidade fabril, de armazém ou de cantinas e refeitóriosou que se ocupam da limpeza ou vigilância das ins-talações. O exercício das suas funções depende de umaformação muito sumária, adquirida por simples práticae em tempo reduzido. Os trabalhadores deste grupodividem-se pelas seguintes designações profissionais:

Servente. — Ocupa-se da movimentação, carga,descarga e arrumação de materiais, limpeza earranjo dos locais, executando trabalho braçalindiferenciado. Poderá ter uma designação espe-cífica, conforme o seu género de trabalho: ser-vente de construção civil, de laboratório ououtros;

Ajudante de motorista. — Profissional maior de18 anos que auxilia um motorista na manutençãodos veículos, vigia e indica manobras e carregae descarrega as mercadorias dos veículos decarga. Quando o exercício das funções o permitir,pode executar outras tarefas.

9 — Grupo de serviços de apoio social

Pertencem a este grupo os trabalhadores que, nãointervindo nos sectores fabril, administrativo ou comer-cial da empresa, desempenham tarefas de apoio socialaos demais trabalhadores da empresa.

1) Refeitório e cantinas

Cozinheiro. — Prepara, tempera e cozinha os alimen-tos destinados às refeições, elabora ou contribui paraa composição das ementas, recebe os víveres e outrosprodutos necessários à sua confecção, sendo responsávelpela sua conservação, amanha peixe, prepara os legumese as carnes e procede à execução das operações culi-nárias, emprata-os e guarnece-os e confecciona os docesdestinados às refeições, quando necessário. Executa ouvela pela limpeza da cozinha e dos utensílios.

Empregado de refeitório ou cantina. — Ajuda a lavare prepara os legumes, descasca batatas, cebolas, cenou-ras e outros, alimenta o balcão do self-service de sopase pratos quentes, entrega dietas e extras, lava tabuleiros,limpa talheres e ajuda à limpeza da cozinha e a varrere limpar o salão do refeitório ou cantina, Recebe eenvia à copa os tabuleiros e as louças sujas dos utentes;pode colocar nas mesas as refeições; pode desempenharas funções de cafeteiro.

2) Enfermagem e serviço social

Auxiliar de enfermagem. — Executa alguns trabalhosde enfermagem, dentro dos limites que legalmente lhesão impostos.

Enfermeiro. — Assegura os trabalhos de enfermagem,dentro dos limites que legalmente lhe são impostos.

Técnico de serviço social. — Participa com os serviçosda empresa na formulação da política social e executaas acções decorrentes dessa formulação; mantém os tra-balhadores informados dos recursos sociais existentesna empresa e na comunidade, dos quais eles poderãodispor; participa na realização dos estudos relativos aproblemas sociais; participa, quando solicitado, em gru-pos de trabalho tendentes ao estudo e formulação deesquemas de solução de problemas de ordem social exis-tentes na empresa.

Técnico auxiliar de serviço social. — Com o curso deauxiliar de serviço social legalmente reconhecido, coad-juva os técnicos de serviço social no desempenho dasfunções daqueles.

10 — Grupo dos profissionais de engenharia

A):1 — Abrange os profissionais que se ocupam da apli-

cação das ciências e tecnologias respeitantes aos dife-rentes ramos de engenharia em actividades como inves-tigação, projecto, produção, técnica comercial, gestãoe formação profissional.

2 — Neste grupo estão integrados os profissionaiscom o curso superior de Engenharia ou com o cursode Máquinas Marítimas da Escola Náutica, diplomadosem escolas nacionais e estrangeiras oficialmente reco-nhecidas, que estejam habilitadas para o exercício daprofissão e que, por outro lado, não estejam já, em vir-tude das funções de chefia ou de execução desempe-nhadas, enquadradas num dos demais grupos profissio-nais onde não exerçam as funções em que tenham deutilizar normalmente técnicas de engenharia.

3 — Este grupo abrange também os profissionais que,exercendo a actividade profissional referida nos termosanteriores e não possuindo as habilitações académicas,estejam reconhecidos como profissionais de engenhariaatravés dos organismos competentes.

B):1 — Constitui promoção ou acesso a passagem de um

profissional de engenharia a um nível de responsabi-lidade mais elevado, não sendo obrigatoriamentesequencial o respectivo acesso.

2 — Consideram-se seis níveis de responsabilidadeprofissional, descritos na alínea C).

3 — Os níveis 1-A e 1-B devem ser considerados comobases de formação dos profissionais de engenharia, cujapermanência não poderá ser superior a um ano no nível1-A e dois anos no nível 1-B.

4 — Os seis níveis de responsabilidade são definidosem relação aos seguintes factores:

a) Atribuições;b) Recomendações feitas (opiniões e decisões);c) Supervisão recebida;d) Supervisão exercida.

5 — Sempre que os profissionais de engenhariadesempenhem regularmente as funções de mais de umnível, aplicar-se-á a regra estabelecida no n.o 3 da cláu-sula 3.a

C):Nível 1 (1-A e 1-B):

a) É o profissional recém-formado e ou semprática;

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b) Executa trabalho técnico simples e ou de rotina(podem considerar-se neste campo pequenosprojectos ou cálculos);

c) Estuda a aplicação de técnicas fabris e pro-cessos;

d) Pode participar em equipas de estudo e desen-volvimento como colaborador-executante, massem iniciativa de orientação de ensaios ou pro-jectos de desenvolvimento;

e) Elabora especificações e estimativas;f) Pode tomar decisões, desde que apoiadas em

orientações técnicas completamente definidas eou decisões de rotina;

g) O seu trabalho é orientado e controlado quantoà aplicação dos métodos e precisão dos resul-tados.

Nível 2:

a) Dá assistência a profissionais de engenhariamais qualificados em cálculo, ensaios, análises,projectos, computação e actividade técnico--comercial;

b) Pode participar em equipas de estudo e desen-volvimento como colaborador-executante,podendo receber o encargo de execução de tare-fas simples e individuais de ensaio ou projectosde desenvolvimento;

c) Deverá estar mais ligado à solução dos proble-mas do que a resultados finais;

d) Decide, dentro da orientação estabelecida pelachefia;

e) Poderá actuar com funções de chefia, massegundo instruções detalhadas, orais ou escritas,sobre métodos e processos. Deverá receberassistência técnica de um engenheiro mais qua-lificado, sempre que necessite. Quando ligadoa projectos, não tem função de chefia;

f) Exerce funções técnico-comerciais no domínioda engenharia;

g) Utiliza a experiência acumulada na empresa,dando assistência a profissionais de engenhariade um grau superior.

Nível 3:

a) Executa trabalhos de engenharia para os quaisa experiência acumulada na empresa é reduzida,ou trabalhos para os quais, embora conte comexperiência acumulada, necessita de capacidadede iniciativa e frequentes tomadas de decisão;

b) Poderá executar trabalhos de estudo, análise,coordenação de técnicas fabris, coordenação demontagens, projectos, cálculos e especificações;

c) Toma decisões de responsabilidade a curto emédio prazos;

d) Desenvolve actividades técnico-comerciais, asquais já poderão ser desempenhadas a nível dechefia de outros técnicos de grau inferior;

e) Coordena planificações e processos fabris einterpreta resultados de computação;

f) O seu trabalho não é normalmente supervisio-nado em pormenor, embora receba orientaçãotécnica em problemas invulgares ou complexos;

g) Pode dar orientação técnica a profissionais deengenharia de grau inferior, cuja actividadepode agregar ou coordenar;

h) Faz estudos independentes, análises e juízos etira conclusões;

i) Pode participar em equipas de estudo e desen-volvimento, sem exercício de chefia sobre osoutros profissionais de engenharia ou com outrotítulo académico equivalente, podendo, noentanto, receber o encargo de execução de tare-fas parcelares a nível de equipa de trabalho semqualquer grau de engenharia ou outro título aca-démico equivalente.

Nível 4:

a) Primeiro nível de supervisão directa e contínuade outros profissionais de engenharia. Procurao desenvolvimento de técnicas de engenharia,para o que é requerida elevada especificação;

b) Faz a coordenação complexa de actividades taiscomo técnico-comerciais, fabris, projectos eoutras;

c) Faz recomendações, geralmente revistas, quantoao valor dos pareceres, mas aceite quanto aorigor técnico e exequibilidade;

d) Pode participar em equipas de estudo e desen-volvimento com possível exercício de chefiasobre outros profissionais de engenharia ou comtítulo académico equivalente, podendo tomar aseu cargo a planificação, a execução de umatarefa completa de estudo ou desenvolvimentopara trabalho científico ou técnico, sob orien-tação;

e) Pode distribuir e delinear trabalho, dar instru-ções em problemas técnicos e rever trabalhosde outros quanto à precisão técnica. Tem res-ponsabilidade permanente pelos outros técnicosou profissionais de engenharia que supervisiona;

f) Os trabalhos deverão ser-lhe entregues com sim-ples indicações do seu objectivo e prioridaderelativa e de interferências com outros trabalhose sectores. Responde pelo orçamento e prazodesses trabalhos;

g) Faz aplicações de conhecimentos de engenhariae direcção de actividades, com o fim de rea-lização independente.

Nível 5:

a) Tem a supervisão de várias equipas de profis-sionais de engenharia do mesmo ou de váriosramos, cuja actividade coordena, fazendo nor-malmente o planeamento a curto prazo dessasequipas;

b) Chefia e coordena diversas actividades de estudoe desenvolvimento dentro de um departamentocorrespondente, confiados a profissionais deengenharia de grau inferior, e é responsável pelaplanificação e gestão económica ou demonstracapacidade comprovada para o trabalho cien-tífico autónomo;

c) Toma decisões de responsabilidade, não nor-malizando, sujeitas a revisão, excepto as queenvolvem grande dispêndio ou objectivos alongo prazo;

d) O trabalho é-lhe entregue com simples indica-ção dos objectivos finais e é somente revistoquanto à política de acção e eficiência geral,podendo eventualmente ser revisto quanto à jus-teza da solução;

e) Coordena programas de trabalho e pode dirigiro uso de equipamentos e materiais.

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Nível 6:

a) Exerce cargos de responsabilidade directivasobre vários grupos em assuntos interligados;

b) Faz investigação, dirigindo uma equipa noestudo de novos processos para desenvolvi-mento das ciências e da tecnologia, visandoadquirir independência ou técnicas de alto nível;

c) Participa na orientação geral de estudos e desen-volvimento a nível empresarial, exercendo car-gos de coordenação, assegurando a realizaçãode programas superiores sujeitos somente àpolítica global e controlo financeiro da empresa.Incluem-se também engenheiros consultores dacategoria reconhecida no campo de actividade,traduzida não só por capacidade comprovadapara o trabalho científico autónomo mas tam-bém por comprovada propriedade intelectualprópria traduzida em realizações industriais;

d) O seu trabalho é revisto somente para assegurarconformidade com a política global e coorde-nação com outros sectores;

e) Como gestor, faz a coordenação de programassujeitos à política global da empresa, para atingiros objectivos e tomadas de decisões na escolha,disciplina e remuneração do pessoal.

11 — Grupo de chefias

Integram-se neste grupo os trabalhadores cuja funçãopredominante é a direcção, orientação e controlo técnicoe disciplinar de um grupo de profissionais ou de sectorde actividade da empresa. Os trabalhadores deste grupodividem-se pelas seguintes profissões:

Chefe de serviços;Chefe de secção.

1 — Estuda, organiza, dirige e coordena, sob a orien-tação do seu superior hierárquico, num ou vários depar-tamentos da empresa, as actividades que lhe são pró-prias; exerce, dentro do departamento que chefia e noslimites da sua competência, funções de direcção, orien-tação e fiscalização do pessoal sob as suas ordens ede planeamento das actividades do departamento,segundo as orientações e fins definidos; propõe a aqui-sição de equipamentos e materiais e admissão de pessoalnecessário ao bom funcionamento do departamento eexecuta outras funções semelhantes.

2 — As categorias que correspondem a esta profissãoserão atribuídas de acordo com o departamento chefiadoe o grau de responsabilidade requerido.

3 — Nos departamentos técnicos, o chefe de serviçospode adoptar a designação de chefe de sector, com-petindo-lhe, designadamente, orientar os encarregadosgerais e encarregados e assegurar a qualidade dos ser-viços de manutenção, podendo assegurar outros serviçosparalelos ou auxiliares de produção, dependendo dogerente técnico ou posição hierárquica equivalente,

Encarregado-geral. — Estuda, organiza, dirige e coor-dena sob a orientação do superior hierárquico, no sectorde produção fabril ou nos armazéns da empresa, o con-junto de serviços ali executados, tendo sob as suas ordensum ou mais encarregados.

Encarregado. — Dirige, controla e coordena directa-mente chefes de equipa e outros profissionais e todaa actividade correspondente à secção ou sector por queé responsável. Conforme o género de trabalho, serádesignado por:

Encarregado de manutenção;Encarregado de produção;Encarregado de armazém ou outros.

Chefe de equipa. — Dirige, controla e coordena direc-tamente um grupo de profissionais com actividade afim.

Chefe de vendas. — Dirige, coordena e controla umou mais sectores de vendas da empresa.

Chefe de cozinha. — Organiza, coordena, dirige e veri-fica os trabalhos de cozinha nas cantinas; elabora oucontribui para a elaboração das ementas, de acordo como gerente, com certa antecedência, tendo em atençãoa natureza e o número de pessoas a servir, os víveresexistentes ou susceptíveis de aquisição e outros factores,e requisita às respectivas os géneros de que necessitapara a confecção. Dá instruções ao pessoal de cozinhasobre a preparação e confecção de pratos, tipos de guar-nição e quantidades a servir; cria receitas e prepara espe-cialidades, emprata e guarnece, acompanha o anda-mento dos cozinhados e assegura-se da perfeição dospratos e da sua concordância com o estabelecido; verificaa ordem e a limpeza de todos os sectores e utensíliosde cozinha, propõe superiormente os turnos de trabalhoe admissão de pessoal e vigia a sua apresentação ehigiene. Mantém em dia um inventário de todo o mate-rial de cozinha e é responsável pela conservação doselementos entregues à secção. Pode ser encarregado doaprovisionamento da cozinha e de elaborar um registode consumos. Dá informações sobre as quantidadesnecessárias às confecções dos pratos ou ementas.

ANEXO II

Tabela de remunerações mínimas

Remunerações(em euros)

De 1-1a 31-12-2003

De 1-1a 31-12-2004

Grau Categoria profissional

Analista informático . . . . . . . . . . . .0 Contabilista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 730 752

Engenheiro IV . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de serviços . . . . . . . . . . . . . .1 Engenheiro III . . . . . . . . . . . . . . . . . 684 705

Programador informático . . . . . . . .

Desenhador-chefe/projectista dereclamos luminosos . . . . . . . . . .

2 Encarregado-geral . . . . . . . . . . . . . 639 658Engenheiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tesoureiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de vendas . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador principal . . . . . . . . . . .

3 594 612Engenheiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . .Guarda-livros . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador mecanográfico . . . . . . . .Técnico fabril principal . . . . . . . . .

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Remunerações(em euros)

De 1-1a 31-12-2003

De 1-1a 31-12-2004

Grau Categoria profissional

Desenhador de reclamos lumino-sos (mais de cinco anos) . . . . . . .

Encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escriturário principal . . . . . . . . . . .Monitor informático/mecanográ-

fico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 552 569Oficial qualificado principal . . . . . .Operador informático . . . . . . . . . .Secretário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico fabril III . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de serviço social . . . . . . . .

Apontador de 1.a . . . . . . . . . . . . . . .Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de equipa . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador de reclamos lumino-

sos (três a cinco anos) . . . . . . . . .Enfermeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Primeiro-escriturário . . . . . . . . . . .Oficial especializado (mais de qua-

tro anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 510 525Oficial qualificado (dois a quatro

anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de máquinas de conta-

bilidade de 1.a . . . . . . . . . . . . . . .Operador mecanográfico de 1.a . . .Perfurador-verificador/operador

de registos de dados de 1.a . . . . .Técnico fabril II (mais de três anos)

Apontador de 2.a . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador de reclamos lumino-

sos até três anos . . . . . . . . . . . . .Segundo-escriturário . . . . . . . . . . .Fiel de armazém/operador-confe-

rente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista de pesados . . . . . . . . . . .Oficial especializado (dois a quatro

anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 471 485Oficial qualificado do 1.o ano . . . .Operador de máquinas de conta-

bilidade de 2.a . . . . . . . . . . . . . . .Operador mecanográfico de 2.a . . .Operador de telex em língua por-

tuguesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico auxiliar de serviço socialTécnico fabril do 1.o ano . . . . . . . .Vendedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Apontador de 3.a . . . . . . . . . . . . . . .Auxiliar de enfermagem . . . . . . . . .Chefe de cozinha . . . . . . . . . . . . . . .Cobrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador auxiliar do 2.o ano . . .Escriturário de 3.a . . . . . . . . . . . . . .

7 Motorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . 432 445Oficial especializado do 1.o ano . . .Reprodutor de documentos —

arquivista técnico . . . . . . . . . . . .Técnico fabril praticante do 1.o anoPré-oficial qualificado do 1.o anoTelefonista de 1.a . . . . . . . . . . . . . .

Cozinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador auxiliar do 1.o ano . . .8 394 406Pré-oficial especializado do 2.o anoTelefonista de 2.a . . . . . . . . . . . . . .

Apontador estagiário do 2.o ano . . .Contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 367 378Dactilógrafo do 2.o ano . . . . . . . . .Desenhador praticante do 3.o ano

Remunerações(em euros)

De 1-1a 31-12-2003

De 1-1a 31-12-2004

Grau Categoria profissional

Entregador de materiais, produtose ferramentas . . . . . . . . . . . . . . .

Estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . .Guarda ou vigilante . . . . . . . . . . . .

9 Operador de máquinas de conta-bilidade estagiário . . . . . . . . . . . .

367 378

Operador mecanográfico estagiárioPerfurador-verificador/operador

de registos de dados . . . . . . . . . .Estagiário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pré-oficial especializado do 1.o anoProfissional semiespecializado de

menos de três meses . . . . . . . . . .

Ajudante de motorista . . . . . . . . . .Apontador estagiário do 1.o ano . . .Dactilógrafo do 1.o ano . . . . . . . . .Desenhador praticante do 2.o anoEmpregado de refeitório ou can-

tina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 362 372

Estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . . .Praticante do 3.o ano especializadoProfissional semiespecializado de

menos de três meses . . . . . . . . . .Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Desenhador praticante do 1.o ano11 295 303Paquete de 17 anos . . . . . . . . . . . . .

Praticante do 2.o ano especializado

Paquete de 16 anos . . . . . . . . . . . . .12 Profissional especializado prati-

cante do 1.o ano . . . . . . . . . . . . .293 301

13 Especializados aprendizes dos 1.oe 2.o anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 299

Nota. — A remuneração acordada para os graus 9 a 13 é sem pre-juízo do valor do salário mínimo nacional a vigorar no ano 2004.

10 de Fevereiro de 2004.Pela AFAL — Associação dos Fabricantes de Anúncios Luminosos:

Delfim Manuel Azevedo Costa, presidente.João Jorge Moreira Salvaterra, tesoureiro.

Pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas dePortugal:

José Manuel de Sousa Tavares Machado, dirigente.Rogério Paulo Amoroso da Silva, dirigente.

e como mandatários das demais organizações subscritoras:

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica eImprensa:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

FESAHT — Federação dos Sindicatos da Alimentação, Bebidas, Hotelariae Turismo de Portugal:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

FEQUIMETAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica,Minas, Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

Federação Nacional dos Sindicatos da Construção, Madeira, Mármores eMateriais de Construção:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritóriose Serviços:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/2004 4122

SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

STPT — Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom:

José Manuel de Sousa Tavares Machado.Rogério Paulo Amoroso da Silva.

Declaração

Para os devidos e legais, efeitos declara-se que a Fede-ração dos Sindicatos dos Trabalhadores das IndústriasEléctricas de Portugal representa os seguintes sindi-catos:

Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas;Sindicato das Indústrias Eléctricas do Centro;Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléc-

tricas do Norte.

Lisboa, 13 de Fevereiro de 2004. — Pelo Secretariadoda Direcção Nacional, (Assinatura ilegível.)

Declaração

Para os devidos efeitos se declara que a FESAHT —Federação dos Sindicatos da Alimentação, Bebidas,Hotelaria e Turismo de Portugal representa os seguintessindicatos:

Sindicato dos Profissionais dos Transportes, Turismoe Outros Serviços de Angra do Heroísmo;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria,Turismo, Restaurante e Similares do Algarve;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Cen-tro;

Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo,Alimentação, Serviços e Similares da Região daMadeira;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Ali-mentares da Beira Interior;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimen-tar do Centro, Sul e Ilhas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Sul e Tabacos;

Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indús-trias de Bebidas;

Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Técnicosda Agricultura, Floresta e Pecuária.

Lisboa, 29 de Abril de 2004. — A Direcção Nacio-nal/FESAHT, (Assinatura ilegível.)

Declaração

Para os devidos efeitos, declaramos que esta Fede-ração representa as seguintes organizações sindicais:

SINORQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores daQuímica, Farmacêutica, Petróleo e Gás doNorte;

SINQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores daQuímica, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Cen-tro, Sul e Ilhas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos deAveiro, Viseu e Guarda;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Braga;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos deCoimbra e Leiria;

Sindicato dos Metalúrgicos e Ofícios Correlativosda Região Autónoma da Madeira;

Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Lis-boa, Santarém e Castelo Branco;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Sul;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Vianado Castelo;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira.

Lisboa, 5 de Maio de 2004. — Pelo Secretariado: Del-fim Tavares Mendes — João Silva.

Declaração

Para os devidos efeitos se declara que a FederaçãoNacional dos Sindicatos da Construção, Madeiras, Már-mores e Materiais de Construção representa os seguintessindicatos:

Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civile Madeiras do Distrito de Braga;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias deCerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras,Mármores e Similares da Região Centro;

Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Már-mores, Madeiras e Materiais de Construção doSul;

Sindicato dos Trabalhadores da Construção,Madeiras, Mármores, Pedreiras, Cerâmica eMateriais de Construção do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil,Madeiras, Mármores e Pedreiras do Distrito deViana do Castelo;

Sindicato dos Profissionais das Indústrias Trans-formadoras de Angra do Heroísmo;

Sindicato da Construção Civil da Horta;Sindicato dos Profissionais das Indústrias Trans-

formadoras das Ilhas de São Miguel e SantaMaria;

SICOMA — Sindicato dos Trabalhadores da Cons-trução, Madeiras, Olarias e Afins da RegiãoAutónoma da Madeira.

Lisboa, 29 de Abril de 2004. — Pelo Conselho Nacio-nal: José Alberto Valério Dinis, coordenador — João Fer-nando Santos Serpa Soares, secretário.

Declaração

Para os devidos efeitos se declara que a FEP-CES — Federação Portuguesa dos Sindicatos doComércio, Escritórios e Serviços representa os seguintessindicatos filiados:

CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comér-cio, Escritórios e Serviços de Portugal;

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 40, 29/10/20044123

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Ser-viços do Minho;

CESNORTE — Sindicato dos Trabalhadores doComércio, Escritórios e Serviços do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores Aduaneiros em Des-pachantes e Empresas;

STAD — Sindicato dos Trabalhadores de Serviçosde Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas eActividades Diversas;

Sindicato dos Empregados de Escritório, Comércioe Serviços da Horta;

Sindicato dos Trabalhadores de Escritório eComércio do Distrito de Angra do Heroísmo;

SITAM — Sindicato dos Trabalhadores de Escri-tório, Comércio e Serviços da Região Autónomada Madeira.

29 de Abril de 2004. — (Assinatura ilegível.)

Depositado em 19 de Outubro de 2004, a fl. 73 dolivro n.o 10, com o n.o 143/2004, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

CCT entre a Assoc. Comercial do Dist. de Beja eo CESP — Sind. dos Trabalhadores do Comér-cio, Escritórios e Serviços de Portugal eoutro — Alteração salarial e outras e texto con-solidado.

(Texto base in Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 46,de 15 de Dezembro de 1996, e última publicação inBoletim do Trabalho e Emprego, n.o 43, de 22 deNovembro de 2003.)

Texto final acordado nas negociações directas

CAPÍTULO I

Área, âmbito, vigência e denúncia

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — A presente convenção colectiva de trabalho,adiante designada por CCT, abrange, por um lado, asempresas do comércio a retalho CAE 52112, 52120,52210, 52220, 52230, 52250, 52260, 52271, 52272, 52320,52330, 52410, 52421, 52422, 52431, 52432, 52441, 52442,52443, 52444, 52451, 52452, 52461, 52462, 52463, 52471,52472, 52481, 52483, 52484, 52485, 52486, 52487, 52488,52500, 52610, 52621, 52622, 52623, 52630, 52720, 52730e 52740, filiadas na Associação Comercial do Distritode Beja, e, por outro, os trabalhadores filiados noCESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,Escritórios e Serviços de Portugal e outras organizaçõessindicais outorgantes, qualquer que seja o seu local detrabalho.

2 — O presente CCT abrange o distrito de Beja.

3 — Os outorgantes obrigam-se a requerer em con-junto ao Ministério da Segurança Social e do Trabalho,

no momento do depósito deste CCT e das suas sub-sequentes alterações, o respectivo regulamento de exten-são a todos os trabalhadores e a todas as empresas quedesenvolvam a actividade de comércio a retalho nãofiliadas nas associações outorgantes.

4 — Este CCT abrange 712 empresas e 1596 tra-balhadores.

Cláusula 2.a

Vigência e denúncia

1 — O presente CCT entra em vigor na data da suapublicação no Boletim do Trabalho e Emprego e vigorarápelo período mínimo legalmente previsto.

2 — Sem prejuízo do disposto no n.o 1, a tabela sala-rial e as cláusulas de expressão pecuniária produzemefeitos a partir de 1 de Setembro de 2004 e serão revistasanualmente.

3 — A denúncia deste CCT, na parte que respeitaà tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária,será feita decorridos até nove meses contados a partirda data referida no n.o 2.

4 — A denúncia do CCT referido no n.o 1 pode serfeita decorridos dois anos contados a partir da referidadata, e renova-se por iguais períodos até ser substituídapor outra que a revogue.

5 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,que deve ser feito a qualquer dos outorgantes da partecontrária, acompanhada da proposta de alteração.

6 — A contraparte deverá enviar à parte denuncianteuma contraproposta até 30 dias após a recepção da pro-posta de revisão, presumindo-se que a outra parte aceitao proposto sempre que não apresente proposta espe-cífica para cada matéria; porém, haver-se-á como con-traproposta a declaração expressa da vontade de nego-ciar.

7 — A parte denunciante dispõe até 10 dias para exa-minar a contraproposta.

8 — As negociações iniciar-se-ão, sem qualquer dila-ção, nos primeiros 10 dias após o termo dos prazosreferidos nos números anteriores.

9 — O CCT denunciado mantém-se até à entrada emvigor de outro que o revogue.

10 — Da proposta e contraproposta serão enviadascópias ao Ministério da Segurança Social e do Trabalho.

11 — Na reunião protocolar deve ser definida quala entidade secretariante do processo de revisão.

Cláusula 2.a-ASubstituição do CCT

Sempre que se verifiquem, pelo menos, três alteraçõesou sejam revistas mais de 10 cláusulas, com excepçãoda tabela salarial e das cláusulas de expressão pecuniária,será feita a republicação automática de novo texto con-solidado do clausulado geral no Boletim do Trabalhoe Emprego.