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RESOLUÇÃO Nº 01, DE 05 DE MARÇO DE 2015. A PRESIDENTE DO CONSELHO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DO MUNICÍPIO DE INGÁ - CMDCA/INGÁ, órgão paritário, deliberativo e controlador das ações de atendimento aos direitos da criança e do adolescente do município de Ingá, criado por força da Lei n. 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), Lei nº. 215/2002, RESOLVE: Art. 1°. O presente Regimento Interno disciplina a forma de atuação, funcionamento e a organização interna dos Conselhos Tutelares do Município de Ingá, criados pela Lei municipal Lei nº 215/2002. Art. 2°. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, composta de cinco membros titulares e cinco suplentes, escolhidos pela comunidade local para o mandato de 04 quatro anos, permitida uma recondução. §1°. Os conselheiros tutelares titulares e suplentes escolhidos serão diplomados pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, sendo os titulares nomeados pelo Prefeito e diplomados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. §2°. Como órgão deliberativo e não jurisdicional, o Conselho Tutelar se abstém de apreciar e de julgar os conflitos de interesses. §3°. Cada Conselho Tutelar, por votação direta, escolherá entre seus membros, um Coordenador e um Secretário-Geral, através do voto por maioria absoluta, sendo que: I - O mandato do Coordenador do Conselho e do Secretário-Geral terá duração de 01 (um) ano ininterruptos, permitida uma recondução; II - Na ausência ou impedimento do Coordenador, a Coordenação será exercida pelo Secretário-Geral do Conselho. III - nos casos de ausência ou impedimento de ambos serão observados o disposto no art. 15, inciso III, e art. 43 deste regimento. Art. 3°. O Conselho Tutelar funcionará em instalações exclusivas, fornecidas pelo Município, com sede na respectiva Região Administrativa do Município. §1º. O Conselho Tutelar funcionará em local de fácil acesso, que garanta a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, preferencialmente já constituída, como referência de atendimento à população, e sua sede deverá oferecer espaço físico e instalações que permitam o adequado desempenho das atribuições e competências dos conselheiros e o acolhimento digno ao público, contendo, no mínimo: I - placa indicativa da sede do Conselho; Página 1 de 25

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Regimento do CMDCA de Ingá-PB, aprovado em 05 de março de 2015

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RESOLUO N 01, DE 05 DE MARO DE 2015.

A PRESIDENTE DO CONSELHO DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE DO MUNICPIO DE ING - CMDCA/ING, rgo paritrio, deliberativo e controlador das aes de atendimento aos direitos da criana e do adolescente do municpio de Ing, criado por fora da Lei n. 8.069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente ECA), Lei n. 215/2002, RESOLVE:

Art. 1. O presente Regimento Interno disciplina a forma de atuao, funcionamento e a organizao interna dos Conselhos Tutelares do Municpio de Ing, criados pela Lei municipal Lei n 215/2002.Art. 2. O Conselho Tutelar rgo permanente e autnomo, no jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criana e do adolescente, composta de cinco membros titulares e cinco suplentes, escolhidos pela comunidade local para o mandato de 04 quatro anos, permitida uma reconduo.

1. Os conselheiros tutelares titulares e suplentes escolhidos sero diplomados pelo Conselho dos Direitos da Criana e do Adolescente, sendo os titulares nomeados pelo Prefeito e diplomados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente.

2. Como rgo deliberativo e no jurisdicional, o Conselho Tutelar se abstm de apreciar e de julgar os conflitos de interesses.

3. Cada Conselho Tutelar, por votao direta, escolher entre seus membros, um Coordenador e um Secretrio-Geral, atravs do voto por maioria absoluta, sendo que: I - O mandato do Coordenador do Conselho e do Secretrio-Geral ter durao de 01 (um) ano ininterruptos, permitida uma reconduo;

II - Na ausncia ou impedimento do Coordenador, a Coordenao ser exercida pelo Secretrio-Geral do Conselho.

III - nos casos de ausncia ou impedimento de ambos sero observados o disposto no art. 15, inciso III, e art. 43 deste regimento.

Art. 3. O Conselho Tutelar funcionar em instalaes exclusivas, fornecidas pelo Municpio, com sede na respectiva Regio Administrativa do Municpio.

1. O Conselho Tutelar funcionar em local de fcil acesso, que garanta a acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, preferencialmente j constituda, como referncia de atendimento populao, e sua sede dever oferecer espao fsico e instalaes que permitam o adequado desempenho das atribuies e competncias dos conselheiros e o acolhimento digno ao pblico, contendo, no mnimo:

I - placa indicativa da sede do Conselho;

II - sala reservada para o atendimento e recepo ao pblico;

III - sala reservada para o atendimento dos casos;

IV - sala reservada para os servios administrativos2. O nmero de salas dever atender demanda, de modo a possibilitar atendimentos simultneos, evitando prejuzos imagem e intimidade das crianas e adolescentes atendidos.

3. O descumprimento das disposies deste artigo dever ser comunicado ao Conselho Municipal da Criana e do Adolescente, que tomar as providncias cabveis junto aos rgos responsveis pelo seu cumprimento.

Art. 4. O atendimento ao pblico ser realizado na sede do Conselho, em regime de expediente, de segunda sexta-feira, das 8:00h s 12:00h e 13:00h s 17:00h, podendo o atendimento ser descentralizado por ato fundamentado pelo colegiado sem prejuzo do atendimento permanente na respectiva sede.

1. A partir das 19:00h de um dia s 8:00h do dia seguinte e durante os sbados, domingos e feriados, o recebimento de denncias de violao de direitos da criana e do adolescente se dar por intermdio de linha de ligao para telefone celular ou fixo, disponibilizado pelo municpio, cujo nmero dever ser amplamente divulgado populao e, obrigatoriamente, aos rgos de atendimento emergencial.

2. Para o atendimento de situaes emergenciais fora do horrio de expediente, bem como aos sbados, domingos e feriados, cada Conselho Tutelar estipular uma escala em regime de planto na modalidade de sobreaviso, que ser afixada em sua sede, alm do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, devendo uma cpia ser entregue ao Juiz Titular da Vara da Infncia e Juventude da Comarca de Ing e ao Promotor (a) Titular da Promotoria da Infncia e Juventude deste Municpio.

3. Quando do recebimento de denncias contra os direitos da criana e do adolescente consideradas urgentes, o Planto do Conselho Tutelar, que servir de retaguarda para o eficaz funcionamento do planto dos Conselheiros, localizar o Conselheiro Tutelar plantonista da localidade da ocorrncia e lhe fornecer os dados necessrios para o atendimento emergencial.

4. Para a efetiva atuao nos horrios e dias a que se refere o pargrafo anterior, haver, para cada Conselho Tutelar, um conselheiro tutelar de planto, na modalidade de sobreaviso.

CAPTULO II - DAS ATRIBUIES

Art. 6. So atribuies do Conselho Tutelar:

I - atender crianas e adolescentes nas hipteses previstas nos artigos 98 e 105, aplicando medidas relacionadas, dentre outras, no art. 101, de I a VII, da Lei n 8.069/90, respeitado, quando da aplicao do art. 101, inciso VII, o exposto no 3, do art. 101 do Estatuto da Criana e do Adolescente.

II - atender e aconselhar pais ou responsveis nas mesmas hipteses acima relacionadas, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII da Lei n 8.069/90;

III - fiscalizar as entidades de atendimento de crianas e adolescentes situadas no seu mbito de atuao e os programas por estas executadas, conforme art. 95, da Lei n 8.069/90, elaborando calendrio de visitas de inspeo peridicas, sem prejuzo de outras diligncias a serem realizadas para atender a situaes especficas que cheguem ao seu conhecimento, devendo, em caso de irregularidades, representar autoridade judiciria no sentido da instaurao de procedimento judicial especfico, nos moldes do previsto nos artigos 191 a 193, do mesmo Diploma Legal;

IV - promover a execuo de suas decises, podendo para tanto:

a) requisitar servios pblicos nas reas de sade, educao, servio social, previdncia, trabalho e segurana;

b) representar junto autoridade judiciria no caso de descumprimento injustificado de suas deliberaes, propondo a instaurao de procedimento judicial por infrao ao disposto nos artigos 236 e 249, da Lei n 8.069/90, sem prejuzo de outras medidas administrativas e/ou judiciais, no sentido da garantia das prerrogativas do Conselho Tutelar e da proteo integral das crianas, adolescentes e/ou famlias atendidas.

V - encaminhar ao Ministrio Pblico, notcia de fato que constitua infrao administrativa ou penal contra os direitos da criana e do adolescente (artigos 228 a 258, da Lei n 8.069/90), inclusive quando decorrente das notificaes obrigatrias a que alude os artigos 13 e 56, inciso I, da Lei n 8.069/90;

VI - representar ao Ministrio Pblico para efeito das aes de perda ou suspenso do poder familiar, sempre que constatar a ocorrncia das situaes previstas nos artigos 1637 e 1638, do Cdigo Civil (artigos 24, 136, inciso XI e 201, inciso III, da Lei n 8.069/90);

VII - encaminhar autoridade judiciria os casos de sua competncia (art. 148 da Lei n 8.069/90);

VIII - representar ao Juiz da Infncia e da Juventude nos casos de infrao administrativa s normas de proteo criana ou adolescente, para fim de aplicao das penalidades administrativas correspondentes (artigos 194 e 245 a 258, da Lei n 8.069/90);

IX - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciria dentre as previstas no art. 101, de I a VI, da Lei n 8.069/90, para o adolescente autor de ato infracional, com seu encaminhamento aos servios pblicos e programas de atendimento correspondentes;

X - expedir notificaes:a) para comparecimento;

b) para apresentao da criana ou do adolescente;

c) dos interessados, informando abertura de procedimento, pelo Conselho Tutelar;

d) de determinao de procedimento de encargo do responsvel legal;

e) de absteno;

XI - requisitar, junto aos cartrios competentes, as segundas vias das certides de nascimento e de bito de criana e adolescente, quando necessrias;

XII - representar, em nome da pessoa e da famlia, contra programas ou programaes de rdio ou televiso que desrespeitem valores ticos e sociais, bem como contra propaganda de produtos, prticas e servios que possam ser nocivos sade da criana e do adolescente, (art. 202, 3, inciso II da Constituio Federal, e art. 136, X, do Estatuto da Criana e do Adolescente);

XIII - encaminhar ao Conselho dos Direitos da Criana e do Adolescente do Municpio dados relativos s maiores demandas de atendimento e deficincias estruturais existentes na sua rea de atuao, propondo a adequao do atendimento prestado populao infanto-juvenil pelos rgos pblicos encarregados da execuo das polticas pblicas (art. 4, par. nico, alneas c e d c/c art. 259, par. nico, da Lei n 8.069/90), assim como a elaborao e implementao de polticas pblicas especficas, de acordo com as necessidades do atendimento criana e ao adolescente;

XIV - encaminhar relatrio semestral ao Conselho Municipal dos Direitos da Criana e Adolescente do Municpio de Ing, ao Ministrio Pblico e Secretaria de Bem Estar e Ao Social e/ou qual estiver vinculado o Conselho Tutelar, contendo a sntese dos dados referentes ao exerccio de suas atribuies, com relatrio tpico e numrico dos atendimentos realizados, bem como as demandas e deficincias na implementao das polticas pblicas, de modo que sejam definidas estratgias e deliberadas providncias necessrias para solucionar os problemas existentes.

XV - assessorar o Poder Executivo local na elaborao da proposta oramentria para planos e programas de atendimento dos direitos da criana e do adolescente, bem como propor elaborao de fundo participativo para o conselho tutelar a ser dirimido em Lei prpria.

XVI - receber as comunicaes dos dirigentes de estabelecimentos de ateno sade e de ensino fundamental, creches e pr-escolas, mencionadas nos artigos 13 e 56 da Lei n 8.069/90, promovendo as medidas pertinentes, inclusive com a devida comunicao ao Ministrio Pblico, quando houver notcia da prtica de infrao penal contra criana ou adolescente.

1. Ao atender qualquer criana ou adolescente, o Conselho Tutelar conferir sempre o seu registro civil e, verificando sua inexistncia ou grave irregularidade no mesmo, comunicar o fato ao Ministrio Pblico, para os fins dos artigos 102 e 148, pargrafo nico, alnea h, da Lei n 8.069/90, bem como para atender ao Compromisso Nacional pela Erradicao do Sub - registro Civil de Nascimento e Ampliao do Acesso Documentao Bsica, previsto no Decreto n 6.289, de 06 de dezembro de 2007;

2. O atendimento prestado criana e ao adolescente pelo Conselho Tutelar pressupe o atendimento de seus pais ou responsvel, assim como os demais integrantes de sua famlia natural ou substituta, que tm direito a especial proteo por parte do Estado (lato sensu) e a serem encaminhados a programas especficos de orientao, apoio e promoo social (cf. art.226, caput e 8, da Constituio Federal, art. 101, inciso IV e 129, incisos I a IV, da Lei n 8.069/90 e disposies correlatas contidas na Lei n 8.742/93 - LOAS);

3. O atendimento prestado pelo Conselho Tutelar criana e ao adolescente em situao da prtica de ato infracional se restringe anlise da presena de alguma das situaes previstas no art. 98, da Lei n 8.069/90, com a subsequente aplicao das medidas de proteo e destinadas aos pais ou responsvel, nos moldes do art.101, incisos I a VII e 129, incisos I a VII, do mesmo Diploma Legal, ficando a investigao do ato infracional, respectivo, inclusive no que diz respeito participao de criana ou adolescentes ou imputveis, assim como a eventual apreenso de armas, drogas ou do produto da infrao, a cargo da autoridade policial responsvel;

4. As medidas de proteo aplicadas pelo Conselho Tutelar devero levar em conta as necessidades pedaggicas, especficas da criana ou adolescente (apuradas, se necessrio, por intermdio de uma avaliao psicossocial), levada a efeito por profissionais das reas da pedagogia psicologia e assistncia social, cujos servios podero ser requisitados junto aos rgos pblicos competentes - CF. art.136, inciso III, alnea a, da Lei n 8.069/90, procurando sempre manter e fortalecer os vnculos familiares existentes (CF. art.100, da Lei n 8.069/90);

5. O Conselho Tutelar somente aplicar a medida de acolhimento, em carter excepcional e de urgncia, quando constatada a falta dos pais ou responsvel, devendo zelar pela estrita observncia de seu carter provisrio e excepcional, adotando as providncias imediatas a fim da reintegrao, devendo o acolhimento ser executado em entidade prpria, cujo programa respeite aos princpios relacionados no art. 92, da Lei n 8.069/90, no importando em restrio da liberdade e nem ter durao superior ao estritamente necessrio para a reintegrao famlia natural ou colocao em famlia substituta, observado o 3 do art. 101, da Lei n 8.069/90, quanto competncia da autoridade judiciria nesses casos.

6. No caso do pargrafo anterior, devero ser consideradas as orientaes da Promotoria da Infncia e da Juventude sobre os Procedimentos no Acolhimento em Carter Excepcional e de Urgncia.

7. Caso o Conselho Tutelar depois de esgotadas as tentativas de manuteno e fortalecimento dos vnculos familiares, ou em virtude da prtica, por parte dos pais ou responsvel, de grave violao dos deveres inerentes ao poder familiar, assim como decorrentes de tutela ou guarda, se convencer da necessidade de afastamento da criana ou adolescente do convvio familiar e/ou da propositura de ao de suspenso ou destituio do poder familiar, far imediata comunicao do fato ao Ministrio Pblico (art. 136, incisos IV, XI e seu pargrafo nico, c/c art. 201, inciso III, da Lei n 8.069/90), ao qual incumbir a propositura das medidas judiciais correspondentes;

8. O disposto no pargrafo anterior requer autorizao judicial e deve ser observado ms nos casos de suspeita ou confirmao de maus tratos ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsvel, sendo em qualquer hiptese aplicvel o disposto no art. 130, da Lei n 8.069/90, com o afastamento cautelar do agressor da companhia da criana ou adolescente e seus demais familiares. Apenas caso esta providncia no se mostrar vivel, por qualquer razo, que ser a criana ou adolescente (juntamente com seus irmos, se houver) colocada em acolhimento institucional, devendo ser a medida respectiva aplicada em sede de procedimento judicial contencioso, no qual seja garantido aos pais ou responsvel o direito ao contraditrio, ampla defesa e devido processo legal (cf. art. 5, incisos LIV e LV, da Constituio Federal);

9. Nos casos em que o Conselho Tutelar aplicar a medida de acolhimento (com estrita observncia do disposto nos 5 e 6 supra), o fato dever ser comunicado ao Juiz e ao Promotor de Justia da Vara da Infncia e da Juventude no prazo improrrogvel de 02 (dois) dias teis, e se por qualquer razo no for possvel a imediata reintegrao famlia de origem, dever o Conselho Tutelar zelar para que seja deflagrado procedimento judicial especfico, destinado suspenso ou destituio do poder familiar e/ou colocao em famlia substituta, observado o disposto no inciso XI e pargrafo nico do art. 136, da Lei n 8.069/90, de modo que a criana ou adolescente permanea acolhida pelo menor perodo de tempo possvel;

10. Nos casos do 3, o Conselho Tutelar no responsvel pela busca da Criana ou Adolescente na Delegacia de Polcia.

11. Constatado ausncia de suporte que assegure a integridade fsica e moral dos representantes do Conselho Tutelar, estes no esto obrigados a fazer cobertura de seus trabalhos, at que sejam sanados os riscos.

Art. 7. As decises do Conselho Tutelar somente podero ser revistas pela autoridade judiciria, a pedido de quem tenha legtimo interesse. Art. 8. Sempre que necessrio, os membros do Conselho Tutelar devero orientar a todos que, na forma do disposto no art. 236, da Lei n 8.069/90, constitui crime, punvel de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos de deteno, impedir ou embaraar a ao de membro do Conselho Tutelar, no exerccio de atribuio prevista no referido Diploma Legal, podendo, a depender da situao, requisitar o concurso da fora policial e mesmo dar voz de priso queles que incorrerem na prtica ilcita respectiva.

Art. 9. Frente s disposies do Estatuto da Criana e do Adolescente, nas situaes preexistentes relativas guarda de fato de criana ou adolescente, o Conselho Tutelar deve orientar o guardio para que se dirija Defensoria Pblica ou constitua advogado particular para regularizao da situao jurdica da criana ou adolescente.

Pargrafo nico. Nesse caso, o Conselho Tutelar pode emitir declarao de atendimento da famlia informando que conhece a situao de guarda de fato ali existente, no se tratando essa declarao de colocao em famlia substituta ou termo de entrega sob responsabilidade (art. 101, inciso I, Lei n 8.069/90).

CAPTULO III - DA COMPETNCIA

Art. 10. O Conselho Tutelar competente para atender qualquer criana ou adolescente com direitos ameaados ou violados, cujos pais ou responsvel tenham domiclio na rea territorial correspondente sua rea de atuao (CF. artigos. 138 c/c 147, inciso I, da Lei n 8.069/90).

1. Quando os pais ou responsvel forem desconhecidos, j falecidos, ausentes ou estiverem em local ignorado, competente o Conselho Tutelar do local em que se encontra a criana ou adolescente (CF. artigos 138 c/c 147, inciso II, da Lei n 8.069/90).

2. Tratando-se de criana ou adolescente em situao de risco, cujos pais ou responsvel tenham domiclio na rea de competncia do Conselho Tutelar do Municpio de Ing, ou em outro municpio, realizado o atendimento emergencial, o Conselho Tutelar, encaminhar o fato, por intermdio de comunicao expressa (fax, correspondncia eletrnica, memorando, etc.), s autoridades competentes daquele local.

3. O encaminhamento da criana ou adolescente para municpio diverso somente ser concretizado aps a confirmao de que seus pais ou responsvel so de fato l domiciliados, devendo as providncias para o recebimento ser efetivadas pelo rgo pblico responsvel, onde se encontre a criana ou adolescente, cujos servios podem ser requisitados pelo Conselho Tutelar, na forma prevista no art.136, inciso III, alnea a, da Lei n 8.069/90. 4. A apresentao da criana ou adolescente ao seu municpio de origem, ou a busca de uma criana ou adolescente, que se encontre em local diverso, cujos pais sejam domiciliados no municpio de Ing, no de responsabilidade do Conselho Tutelar, ao qual incumbe apenas aplicao da medida correspondente (art.101, inciso I, da Lei n 8.069/90), com a requisio, junto ao rgo pblico competente, dos servios pblicos necessrios sua execuo (CF art.136, inciso III, alnea a, da Lei n 8.069/90).

5. Nos casos do 4, quando o local de destino for municpio contguo ao municpio de Ing, facultado ao Colegiado do Conselho Tutelar, por ato fundamentado, requerer junto ao rgo competente a autorizao para dirigir fora do municpio de Ing.

6. Com o retorno da criana ou adolescente que se encontrava em municpio diverso, antes de ser efetivada sua entrega aos pais ou responsvel, devem ser perquiridas, se necessrio com o auxlio de profissionais das reas da psicologia e assistncia social, as razes de ter aquele deixado residncia destes, de modo a apurar a possvel ocorrncia de maus tratos, violncia ou abuso sexual, devendo, conforme o caso, se proceder na forma do disposto no art. 6, deste Regimento Interno.

CAPTULO IV - DA ORGANIZAO Seo I - Da estrutura administrativa do Conselho Tutelar

Art. 11. O Conselho Tutelar do municpio de Ing contam com a seguinte estrutura administrativa:

I - Colegiado;

II - Coordenao;

III - Secretaria Geral;

IV - Conselheiro.

Seo II - Do Colegiado

Art. 12. O Conselho Tutelar se reunir periodicamente em sesses ordinrias e eventualmente em sesses extraordinrias.

1. As sesses ordinrias ocorrero quinzenalmente, na sede do Conselho Tutelar, com a presena de todos os conselheiros, ou, eventualmente, com qurum mnimo de trs Conselheiros, quando sero exigidas a unanimidade na deciso e a leitura da ata na prxima sesso, para que os outros Conselheiros tomem cincia do que foi decidido.

2. As sesses extraordinrias sero convocadas pelo Coordenador ou, no mnimo, por trs Conselheiros, sempre que a matria a ser discutida no puder aguardar a prxima sesso ordinria, podendo ocorrer a qualquer dia, horrio e local cientificado a todos.

3. As sesses objetivaro a discusso e deliberao dos casos, planejamento e avaliao de aes, anlise da prtica e formao, buscando sempre aperfeioar o atendimento populao e assuntos diversos pertinentes ao Conselho Tutelar.

4. Sero tambm realizadas sesses peridicas trimestrais, especificamente destinadas discusso dos problemas estruturais do municpio de Ing, bem como a necessidade de adequao do oramento pblico s necessidades especficas da populao infanto-juvenil.

5. Por ocasio das sesses referidas no pargrafo anterior, ou em sesso especfica, realizada no mximo ao final de cada semestre, o Conselho Tutelar dever avaliar seu funcionamento, discutindo com a populao e representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, Ministrio Pblico e Poder Judicirio, de modo a aprimorar a forma de atendimento e melhor servir populao infanto-juvenil, sendo facultada comunidade e as demais autoridades, a apresentao de sugestes e reclamaes.

6. As deliberaes do Conselho Tutelar sero tomadas por maioria simples dos Conselheiros presentes, nos termos dos pargrafos 1 e 2.

7. Sero registrados em ata todos os incidentes ocorridos durante a sesso deliberativa, assim como as deliberaes tomadas e os encaminhamentos efetuados.

Art. 13. As sesses do Conselho Tutelar sero realizadas da seguinte forma:

I - Tratando-se de discusso e deliberao de caso de criana ou adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional (conduta descrita pela lei como crime ou contraveno), para fins de aplicao de medidas protetivas, a sesso ser restrita aos membros do Colegiado, observadas as regras dos artigos 143 e 247, da Lei n 8.069/90;

II - Nestas situaes bem como em outras que exigirem a preservao da imagem e/ou intimidade da criana ou do adolescente e de sua famlia (CF. artigos. 15, 17 e 18, da Lei n 8.069/90), somente poder ser permitida, por deciso colegiada, a presena dos representantes legais e dos tcnicos envolvidos no atendimento do caso, alm de representantes do Poder Judicirio e Ministrio Pblico.

III - Para as sesses em que forem discutidos problemas estruturais do municpio de Ing, bem como a necessidade de adequao do oramento pblico s necessidades especficas da populao infanto-juvenil, devero ser convidados representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, assim como dos rgos pblicos encarregados da sade, educao, assistncia social, planejamento e finanas, entre outros que compem a rede de proteo aos direitos da criana e do adolescente;

Pargrafo nico. Todas as manifestaes e votos dos membros do Conselho Tutelar sero abertos e registrados em ata, sendo facultado aos conselheiros requerer o registro de justificativa de seu(s) voto(s) divergente(s).

Art. 14. De cada sesso lavrar-se- uma ata simplificada, assinada por todos os Conselheiros presentes, com o resumo dos assuntos tratados, das deliberaes tomadas e suas respectivas votaes.

Seo III - Da Coordenao

Art. 15. O Conselho Tutelar eleger, dentre seus membros, um Coordenador e um Secretrio-Geral.

Art. 16. O Coordenador e o Secretrio-Geral do Conselho Tutelar sero escolhidos na primeira sesso ordinria do Colegiado aps a posse, eleitos por maioria de votos.

Art. 17. As candidaturas aos cargos de Coordenador, 1 Secretrio e 2 Secretrio sero manifestadas verbalmente, pelos prprios Conselheiros, perante os demais, na primeira sesso ordinria do Conselho Tutelar, realizada aps a posse ou na ltima sesso ordinria realizada antes do trmino do mandato da Coordenao em exerccio.

Pargrafo nico - A votao ser secreta ou aberta, conforme deciso do colegiado, ou ainda por aclamao, devendo cada Conselheiro votar em 01 (um) candidato para Coordenador, 01 (um) para 1 Secretrio e 01 (um) para 2 Secretrio.

Seo IV Do CoordenadorArt. 18. So atribuies do Coordenador:

I - presidir as sesses colegiadas, participando das discusses e votaes;

II - convocar as sesses ordinrias e extraordinrias;

III - representar o Conselho Tutelar em eventos e solenidades ou delegar a sua representao a outro Conselheiro;

IV - assinar a correspondncia oficial do Conselho;

V - zelar pela disciplina e organizao interna do Conselho Tutelar, nos moldes deste Regimento, bem como pela fiel aplicao e respeito ao Estatuto da Criana e do Adolescente, por todos os integrantes do Conselho Tutelar;

VI - participar do rodzio de distribuio de casos, na ordem de 80% (oitenta por cento) do que recebe os outros conselheiros, realizao de diligncias, fiscalizao de entidades e da escala de planto;

VII - levar ao conhecimento do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente do Municpio de Ing os casos de ameaa ou violao de direitos de crianas e adolescentes que no puderam ser solucionados em virtude de falhas na estrutura de atendimento criana e ao adolescente neste municpio, efetuando sugestes para melhoria das condies de atendimento, seja atravs da adequao de rgos e servios pblicos, seja atravs de criao e ampliao de programas de atendimento, nos moldes do previsto nos artigos 88, inciso III, 90, 101, 112, 129 e 136 da Lei n 8.069/90;

VIII enviar, quando solicitado, Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente do Municpio de Ing a relao de frequncia e a escala de plantes dos Conselheiros do ms subsequente, sendo que eventuais substituies de conselheiros devero ser previamente comunicadas por escrito.

IX - comunicar ao Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente do Municpio de Ing bem como ao Ministrio Publico os casos de violao de deveres funcionais por parte dos membros do Conselho Tutelar, prestando as informaes e fornecendo os documentos necessrios;

X - encaminhar Presidente do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente os pedidos de licena e afastamentos dos membros do Conselho Tutelar, com as justificativas devidas;

XII - fiscalizar a atividade administrativa do pessoal de apoio e zelar pelo efetivo cumprimento das atribuies, comunicando aos membros do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente os casos de violao de deveres funcionais, para providncias.

XIII - atestar a folha de frequncia e toda documentao atinente chefia imediata, como as licenas previstas em Lei, dos Conselheiros e do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente;

XIV - exercer outras atribuies correlatas, necessrias para o bom funcionamento do Conselho;

XVI - convocar as sesses peridicas trimestrais de que trata o 4 do art. 12 deste Regimento.

XVII solicitar e manter registro atualizado de todas as entidades e programas de atendimento a crianas e adolescentes existentes no Municpio de Ing, comunicando a todos os demais Conselheiros quando das comunicaes a que aludem os artigos 90, 1 e 91, caput, da Lei n 8.069/90;

Seo V - Das SecretariasArt. 19. Aos Secretrios, com o auxlio dos servidores lotados no Conselho Tutelar:

I - zelar para que os casos recepcionados pelo Conselho Tutelar sejam devidamente formalizados em livro ou ficha apropriados, com anotao de dados essenciais sua verificao e posterior soluo;

II - distribuir os casos aos Conselheiros, de acordo com uma sequncia previamente estabelecida entre estes, respeitadas s situaes de dependncia, especializao ou compensao;

III - redistribuir entre os Conselheiros os casos no resolvidos nas hipteses de afastamento do responsvel por licena de sade, ou quando este se der por impedido ou suspeito;

IV - preparar, junto com o Coordenador, a pauta das sesses ordinrias e extraordinrias;

V - secretariar e auxiliar o Coordenador, quando da realizao das sesses, lavrando as atas respectivas; VI - manter sob sua responsabilidade, na sede do Conselho, os livros, fichas, documentos e outros papis do Conselho;

VII - acompanhar os servios de digitao e expedio de documentos;

VIII - prestar informaes que lhe forem solicitadas pelos Conselheiros ou por terceiros, observado o disposto no art. 5, incisos XXXIII e XXXIV, da Constituio Federal, assim como nos artigos 143, 144 e 247, da Lei n 8.069/90;

IX - participar tambm do rodzio de distribuio de casos, realizao de diligncias, fiscalizao de entidades e da escala de planto;

X - acompanhar o agendamento dos compromissos dos Conselheiros;

XI - apresentar Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente, aps deliberao do colegiado, proposta de horrio de trabalho, plano de frias, escala de planto;

XII - zelar pelo registro da frequncia diria dos Conselheiros ao expediente normal e aos plantes;

XIII solicitar e acompanhar, junto ao Conselho Municipal da Criana e do Adolescente, a requisio do material de expediente necessrio ao contnuo e regular funcionamento do Conselho Tutelar;

XIV - elaborar trimestralmente, junto ao colegiado, a escala de visitas de fiscalizao s entidades de atendimento existentes na rea de atuao do Conselho.

Seo VI - Do Conselheiro

Art. 20. A cada Conselheiro Tutelar em particular compete, dentre outras atividades:

I - proceder verificao dos casos (estudo da situao pessoal, familiar, escolar e social) que lhe sejam distribudos, tomando desde logo as providncias de carter urgente, preparando sucinto relatrio escrito em relao a cada caso para apresentao sesso do Colegiado, cuidando da sua execuo e do acompanhamento at que se complete o atendimento;

II - participar do rodzio de distribuio de casos, realizao de diligncias, fiscalizao de entidades e da escala de planto, comparecendo sede do Conselho nos horrios previstos para que preste atendimento ao pblico;

III - discutir, sempre que possvel, com outros Conselheiros as providncias urgentes que lhe cabem tomar em relao a qualquer criana ou adolescente em situao de risco, assim como sua respectiva famlia; IV - discutir cada caso de forma serena respeitando s eventuais opinies divergentes de seus pares;

V - tratar com respeito e urbanidade seus pares, pessoal administrativo, os membros da comunidade, principalmente as crianas e adolescentes, reconhecendo-os como sujeitos de direitos e a condio peculiar de pessoa em desenvolvimento;

VI - executar outras tarefas que lhe forem destinadas na distribuio interna das atribuies do rgo;

VII - comunicar Comisso Conselho Municipal da Criana e do Adolescente os casos de violao de deveres funcionais por parte dos membros do Conselho Tutelar, prestando as informaes e fornecendo os documentos necessrios;

VIII- identificar-se nas documentaes em declaraes, relatrios, procedimentos, parecer ou quaisquer documentos em que faa parte ou colabore na elaborao, promovendo a transparncia, evitando-se quaisquer levantamento de impedimento ou suspeio.

Pargrafo nico. tambm dever do Conselheiro Tutelar declarar-se impedido de atender ou participar da deliberao de caso que envolva amigo ntimo, inimigo ou parente seu ou de seu cnjuge ou companheiro (a) at o 3 (terceiro) grau.

CAPTULO V DAS VEDAES E PROIBIES

Art. 21 - expressamente vedado ao Conselheiro Tutelar, alm daquelas vedaes previstas na Lei n 8.069/1990:

I - usar da funo em benefcio prprio;

II - romper sigilo em relao aos casos analisados pelo Conselho Tutelar que integre;

III - manter conduta incompatvel com o cargo que ocupa ou exceder-se no exerccio da funo de modo a exorbitar sua atribuio, abusando da autoridade que lhe foi conferida; IV - recusar-se a prestar atendimento ou omitir-se a isso quanto ao exerccio de suas atribuies quando em plantes e expediente de funcionamento do Conselho Tutelar;

V - aplicar medida de proteo contrariando a deciso colegiada do Conselho Tutelar;

VI - deixar de comparecer injustificadamente nas sesses ordinrias e no planto no horrio estabelecido;

VII - exercer outra atividade, pblica ou privada;VIII - receber, em razo do cargo, verba ou ttulo de qualquer natureza;

IX a participao em cursos de forma a tornar invivel o bom andamento dos trabalhos do Conselho Tutelar, respeitada a legislao vigente.

CAPTULO VI - DOS SERVIOS ADMINISTRATIVOS

Art. 22. Ao Conselho Municipal da Criana e do Adolescente CMDCA do Conselho Tutelar, composto pelos servidores designados ou postos disposio pelo Poder Pblico, exercer as seguintes atribuies:

I - orientar e organizar o servio da recepo;

II - manter o carter de sigilo que deve envolver o manuseio e prestao de informaes, toda ela de uso privativo dos Conselheiros, cuja prestao somente poder ser efetuada, mediante autorizao expressa dos Conselheiros Tutelares, respeitadas as disposies legais;

III - apoiar administrativamente todas as atividades, internas ou externas, do Conselho Tutelar e dos Conselheiros, respeitando a natureza das atribuies inerentes ao cargo;

IV - receber as demandas e encaminhar ao Coordenador (a) do Conselho Tutelar que far a devida distribuio;

V - organizar arquivos, digitar documentos e enumerar processos internos;

VI - receber e expedir correspondncias, distribuir e enderear a quem de competncia; VII - atender ligaes e, em se tratando de atendimento emergencial, encaminhar, ao Conselheiro Tutelar de referncia;

VIII prestar informaes e promover o acesso ao cidado dos servios pblicos por intermdio de orientao oral.

1. A equipe do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente no poder assinar nenhum documento e responder, em hiptese alguma, em nome do Conselho Tutelar ou do Conselheiro Tutelar;

2. Os servidores que compe o Conselho Municipal da Criana e do Adolescente devero cumprir com as atribuies consignadas neste Regimento, ficando cientes que o descumprimento do mesmo implicar nas medidas administrativas e judiciais cabveis;

3. Todos os servidores, requisitados, designados ou postos disposio do Conselho Tutelar, ficam sujeitos sua orientao, fiscalizao e superviso, dentro das normas do Conselho Tutelar para o bom desempenho de suas funes, podendo o colegiado solicitar a substituio de servidor Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente, em qualquer tempo, desde que em deciso fundamentada e com exposio de motivos, discutida e aprovada por, no mnimo, trs conselheiros.

4. Os servidores, enquanto disposio do Conselho Tutelar, ficam sujeitos orientao, fiscalizao e superviso do seu Coordenador (a), ressalvada a competncia hierrquica a que se subordinam esses servidores junto Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente.

Seo I Das atribuies do pessoal do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente Art. 23. So atribuies do (a) Presidente do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente:

I - assistir a Coordenao de cada Conselho Tutelar no desempenho de suas atividades, respeitada a natureza das atribuies inerentes ao cargo;

II - planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades inerentes s competncias do respectivo apoio administrativo; III - desempenhar atribuies de natureza tcnica-administrativa que lhes forem atribudas pela Coordenao do Conselho Tutelar;

IV - supervisionar os procedimentos relacionados execuo das atividades do Conselho Tutelar;

V - exercer a chefia imediata e permanentemente das atividades dos Assistentes, Tcnicos-administrativos e Encarregados do Conselho Tutelar;

VI - fiscalizar a assiduidade e o desempenho funcional dos servidores subordinados;

VII - observar, cumprir e fazer cumprir no mbito de suas atribuies as leis e os regulamentos;

VIII- encaminhar ao Ministrio Pblico, com pedido de providncias, os casos de infrao administrativa ou penal do pessoal de apoio administrativo;

IX- manter o controle de material de expediente, sempre que solicitado antecipadamente pelo Conselho, no prazo mnimo de 30 (trinta) dias;

Art. 24. So Atribuies dos Assistentes, Tcnicos-administrativos e Encarregados do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente:

I - assistir a chefia imediata em assuntos de natureza tcnico-administrativa;

II - elaborar ou rever minutas de atos de interesse da Coordenao, a pedido desta;

III - analisar informaes e dados e emitir relatrio sobre matria de competncia da rea em que estiverem lotados;

IV - realizar estudos sobre matria da respectiva unidade;

1 Oferecimento de representao em razo de irregularidade em entidade de atendimento ou quando da prtica de infrao administrativa (art.136, inciso III, alnea b e arts. 191 e 194, da Lei n 8.069/90), ou nas hipteses do art.136, incisos X e XI, da Lei n 8.069/90, ser tambm exigida a deliberao do Colegiado do Conselho Tutelar.

2. Nas demais hipteses relacionadas no art.136, da Lei n 8.069/90, admissvel a atuao isolada do Conselheiro encarregado de cada caso, mediante distribuio.

3. O Conselheiro Tutelar que prestar o atendimento inicial a uma criana, adolescente ou famlia, ficar vinculado a todos os demais casos que forem, a estas relacionados, que lhe sero distribudos por dependncia, at sua efetiva soluo, podendo solicitar apoio aos demais conselheiros.

4. A fiscalizao de entidades de atendimento, nos moldes do previsto no art. 95, da Lei n 8.069/90, ser sempre realizada por, no mnimo, 02 (dois) Conselheiros, mediante escala a ser elaborada, que devero apresentar ao colegiado um relatrio da situao verificada.

Art. 28. Durante o horrio de atendimento ao pblico, pelo menos 01 (um) Conselheiro Tutelar dever permanecer na sede do rgo.

Pargrafo nico. Em caso de necessidade de deslocamento, em carter emergencial, para atendimento imediato de casos urgentes, o conselheiro dever contatar, incontinente, outro conselheiro para que este realize o atendimento ou retorne sede do Conselho.

Art. 29. Ser afixado, de forma visvel, inclusive na parte externa da sede do Conselho Tutelar, o nome do Conselheiro que estar de planto fora dos dias e horrios de expediente, bem como telefones disponveis.Art. 30. O Conselho Tutelar, ao receber qualquer notcia de criana ou adolescente em situao de risco, seja por comunicao de algum cidado, dos pais ou da prpria criana ou adolescente, seja de autoridade ou de servidor pblico, seja de forma annima, via postal ou telefnica, ou ainda por constatao pessoal, anotar os principais dados em livro ou ficha apropriada, distribuindo-se o caso de imediato a um dos Conselheiros, que desencadear logo a verificao do caso e as providncias imediatas necessrias.

1. As providncias de carter urgente sero tomadas pelo Conselheiro de planto, independentemente de qualquer formalidade, procedendo depois ao registro dos dados essenciais para a continuao da verificao e demais providncias.

2. Tal verificao far-se- por qualquer forma de obteno de informaes, especialmente por constatao pessoal do Conselheiro, atravs de visita famlia ou a outros locais, oitiva de pessoas, solicitao/requisio de exames ou percias e outros.

3. Concluda a verificao, o Conselheiro encarregado far um relatrio do caso, assinando e registrando as principais informaes colhidas, as providncias j adotadas, as concluses e as medidas que entendam adequadas.

4. Na primeira sesso do Conselho, o conselheiro encarregado far inicialmente o relatrio do caso, passando em seguida o colegiado discusso, proposio e votao das medidas de proteo aplicveis criana ou adolescente (art. 101, I a VII do Estatuto da Criana e do Adolescente), aos pais e responsveis (art. 129, I a VII do Estatuto da Criana e do Adolescente), bem como outras iniciativas e providncias que o caso requer.

5. Caso entenda, o Conselho serem necessrias mais informaes e diligncias para definir as medidas mais adequadas, transferir o caso para a ordem do dia da sesso seguinte, providenciando o Conselheiro encarregado a complementao da verificao.

6. Entendendo o Conselho Tutelar que nenhuma providncia lhe cabe adotar, far-se- relatrio final das concluses para que possam arquivar o caso.

7. Definindo o Colegiado as medidas, solicitaes e providncias necessrias, o Conselheiro Tutelar encarregado do caso cuidar de imediato da execuo, comunicando-as expressamente aos interessados, expedindo as notificaes necessrias (CF. art.136, inciso VII, da Lei n 8.069/90), tomando todas as iniciativas para que a criana e/ou adolescente sejam efetivamente atendidos e seus direitos garantidos.

8. Se no acompanhamento da execuo o Conselheiro encarregado verificar a necessidade de alterao das medidas ou de aplicao de outras (CF. art. 99, da Lei n 8.069/90), levar novamente o caso prxima sesso do Conselho.

9. Cumpridas as medidas e solicitaes e constatando o Conselheiro encarregado que a criana e o adolescente voltaram a ser adequadamente atendidos em seus direitos fundamentais, o Colegiado arquivar o caso.

Art. 31. Recebendo o Conselho Tutelar notcia de fato que caracterize, em tese, infrao penal praticada contra criana ou adolescente, inclusive em razo do disposto nos artigos 13 e 56, inciso I, da Lei n 8.069/90, ser efetuada imediata comunicao a autoridade policial, sem prejuzo de encaminhamento ao Ministrio Pblico (CF. art. 136, inciso IV, da Lei n 8.069/90).

Pargrafo nico. Nas hipteses previstas neste artigo, o Conselho Tutelar dever articular sua atuao junto polcia judiciria, de modo a no comprometer a investigao policial acerca da efetiva ocorrncia da aludida infrao penal.

CAPTULO VIII - DA VACNCIA

Art. 32. A vacncia na funo de Conselheiro Tutelar dar-se- por:

I - falecimento;

II - perda do mandato;

III - renncia.

IV abandono do cargo

Art. 33. A vaga ser considerada aberta na data do falecimento; quando estabelecida a renncia; ou da publicao do ato administrativo ou da sentena irrecorrvel que gerar a perda do mandato ou concluir pelo abandono do cargo.

Art. 34. A vacncia do Conselheiro dever ser comunicada Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente, pelo Coordenador (a) do Conselho Tutelar, dentro de, no mximo 05 (cinco) dias, contados da data de conhecimento do fato pelo Coordenador.

Art. 35. O pedido de renncia ser imediatamente encaminhado pelo prprio interessado ao Coordenador do Conselho Tutelar que encaminhar imediatamente ao rgo competente.

Pargrafo nico: Em caso de renncia do cargo de alguns dos conselheiros, assumir o suplente com maior nmero de votantes da Eleio que lhe deu a legitimidade da suplncia.

CAPTULO IX - DA CONVOCAO DO SUPLENTE

Art. 36. O Coordenador do Conselho Tutelar aps tomar conhecimento do fato, solicitar imediatamente convocao do suplente de Conselheiro, nos casos de:

I vacncia;

II afastamento temporrio pelo afastamento do titular, por prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias, por motivos de: licena de sade, licena gestante, licena para atividade poltica ou outro previsto em lei. Paragrafo nico: A convocao do suplente por vacncia, licenas, frias ou qualquer outra causa que determine o afastamento do Conselheiro Tutelar titular por mais de 30 (trinta) dias, dar-se- sempre por ordem do suplente com maior nmero de votantes da eleio que lhe deu o direito ao mandato, no permitindo o rodzio dentre os suplentes.

Art. 37. Assiste ao suplente que for convocado o direito de se declarar impossibilitado de assumir o exerccio do mandato, manifestando-se no prazo de 5 (cinco) dias corridos, contados do recebimento da convocao, pessoalmente e por escrito, Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente.

Art. 38. Assim que tomar conhecimento, que dever ser realizada formalmente, atravs de ofcio, da vacncia, licenas, frias ou qualquer outra causa que determine o afastamento do Conselho Tutelar, a Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente providenciar imediatamente, junto aos rgos competentes, a convocao do suplente para assumir a funo, tendo este direito a receber os subsdios devidos pelo perodo em que efetivamente vier a ocupar a respectiva vaga, sem prejuzo da continuidade do pagamento dos subsdios ao titular, quando estes forem devidos.

CAPTULO X -

DO PROCESSO DE ESCOLHA DOS MEMBROS DO CONSELHO TUTELAR

Art. 39. O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar dever, preferencialmente, observar as seguintes diretrizes:

I - Processo de escolha mediante sufrgio universal e direto, pelo voto facultativo e secreto dos eleitores do respectivo municpio, realizado em data unificada em todo territrio nacional, a cada quatro anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial, sendo estabelecido em lei municipal, sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente;

II - candidatura individual, no sendo admitida a composio de chapas;

III - fiscalizao pelo Ministrio Pblico; e

IV - a posse dos conselheiros tutelares ocorrer no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.

Art. 40. Os 5 (cinco) candidatos mais votados sero nomeados e empossados pelo Chefe do Poder Executivo municipal e os demais candidatos seguintes sero considerados suplentes, seguindo-se a ordem decrescente de votao.

1 O mandato ser de 4 (quatro) anos, permitida uma reconduo, mediante novo processo de escolha.

2 O conselheiro tutelar titular que tiver exercido o cargo por perodo consecutivo superior a um mandato e meio no poder participar do processo de escolha subsequente.

Art. 41- Caber ao Conselho Municipal ou do Distrito Federal dos Direitos da Criana e do Adolescente, com a antecedncia de no mnimo 06 (seis) meses, publicar o edital do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, observadas as disposies contidas na Lei n 8.069, de 1990, e na legislao local referente ao Conselho Tutelar.1 O edital do processo de escolha dever prever, entre outras disposies:

a) o calendrio com as datas e os prazos para registro de candidaturas, impugnaes, recursos e outras fases do certame, de forma que o processo de escolha se inicie com no mnimo 6 (seis) meses antes do dia estabelecido para o certame;

b) a documentao a ser exigida dos candidatos, como forma de comprovar o preenchimento dos requisitos previstos no art. 133 da Lei n 8.069, de 1990;

c) as regras de divulgao do processo de escolha, contendo as condutas permitidas e vedadas aos candidatos, com as respectivas sanes previstas em Lei Municipal de criao dos Conselhos Tutelares;

d) criao e composio de comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha; e

e) formao dos candidatos escolhidos como titulares e dos 5 (cinco) primeiros candidatos suplentes.

2 O Edital do processo de escolha para o Conselho Tutelar no poder estabelecer outros requisitos alm daqueles exigidos dos candidatos pela Lei n 8.069, de 1990, e pela legislao local correlata.

Art. 42. A relao de condutas ilcitas e vedadas seguir o disposto na legislao local com a aplicao de sanes de modo a evitar o abuso do poder poltico, econmico, religioso, institucional e dos meios de comunicao, dentre outros.

Art. 43. Caber ao Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente conferir ampla publicidade ao processo de escolha dos membros para o Conselho Tutelar, mediante publicao de Edital de Convocao do pleito no dirio oficial do Municpio, ou meio equivalente, afixao em locais de amplo acesso ao pblico, chamadas na rdio, jornais e outros meios de divulgao.

1 A divulgao do processo de escolha dever ser acompanhada de informaes sobre as atribuies do Conselho Tutelar e sobre a importncia da participao de todos os cidados, na condio de candidatos ou eleitores, servindo de instrumento de mobilizao popular em torno da causa da infncia e da juventude, conforme dispe o art. 88, inciso VII, da Lei n 8.069, de 1990.

2 Obter junto Justia Eleitoral o emprstimo de urnas, observadas as disposies das resolues aplicveis expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral da localidade.

3 Em caso de impossibilidade de obteno de urnas eletrnicas, obterem junto Justia Eleitoral o emprstimo de urnas comuns e o fornecimento das listas de eleitores a fim de que votao seja feita manualmente.

Art. 44. Compete Lei Municipal que institui o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar dispor sobre as seguintes providncias para a realizao do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar:

Pargrafo nico. Garantir que o processo de escolha seja realizado em locais pblicos de fcil acesso, observando os requisitos essenciais de acessibilidade.

Art. 45. O Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente dever delegar a conduo do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar local a uma comisso especial, a qual dever ser constituda por composio paritria entre conselheiros representantes do governo e da sociedade civil, observados os mesmos impedimentos legais previstos no art. 14 desta Resoluo 139 da CONANDA.

1 A composio, assim como as atribuies da comisso referida no caput deste artigo, devem constar na resoluo regulamentadora do processo de escolha.

2 A comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha dever analisar os pedidos de registro de candidatura e dar ampla publicidade relao dos pretendentes inscritos, facultando a qualquer cidado impugnar, no prazo de 5 (cinco) dias contados da publicao, candidatos que no atendam os requisitos exigidos, indicando os elementos probatrios.

3 Diante da impugnao de candidatos ao Conselho Tutelar em razo do no preenchimento dos requisitos legais ou da prtica de condutas ilcitas ou vedadas, cabe comisso especial eleitoral:

I - notificar os candidatos, concedendo-lhes prazo para apresentao de defesa; e

II - realizar reunio para decidir acerca da impugnao da candidatura, podendo, se necessrio, ouvir testemunhas eventualmente arroladas, determinar a juntada de documentos e a realizao de outras diligncias.

4 Das decises da comisso especial eleitoral caber recurso plenria do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, que se reunir, em carter extraordinrio, para deciso com o mximo de celeridade.

5 Esgotada a fase recursal, a comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha far publicar a relao dos candidatos habilitados, com cpia ao Ministrio Pblico.

6 Cabe ainda comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha:

I - realizar reunio destinada a dar conhecimento formal das regras do processo de escolha aos candidatos considerados habilitados, que firmaro compromisso de respeit-las, sob pena de imposio das sanes previstas na legislao local;

II - estimular e facilitar o encaminhamento de notificao de fatos que constituam violao das regras de divulgao do processo de escolha por parte dos candidatos ou sua ordem;

III - analisar e decidir, em primeira instncia administrativa, os pedidos de impugnao e outros incidentes ocorridos no dia da votao;

IV - providenciar a confeco das cdulas, conforme modelo a ser aprovado;

V - escolher e divulgar os locais do processo de escolha;

VI - selecionar, preferencialmente junto aos rgos pblicos municipais, os mesrios e escrutinadores, bem como, seus respectivos suplentes, que sero previamente orientados sobre como proceder no dia do processo de escolha, na forma da resoluo regulamentadora do pleito;

VII - solicitar, junto ao comando da Polcia Militar ou Guarda Municipal local, a designao de efetivo para garantir a ordem e segurana dos locais do processo de escolha e apurao;

VIII - divulgar, imediatamente aps a apurao, o resultado oficial do processo de escolha; e

IX - resolver os casos omissos.

7 O Ministrio Pblico ser notificado, com a antecedncia mnima de 72 (setenta e duas) horas, de todas as reunies deliberativas a serem realizadas pela comisso especial encarregada de realizar o processo de escolha e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, bem como de todas as decises nelas proferidas e de todos os incidentes verificados.

Art. 46. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar sero exigidos os critrios do art. 133 da Lei n 8.069, de 1990, alm de outros requisitos expressos na legislao local especfica.1 Os requisitos adicionais devem ser compatveis com as atribuies do Conselho Tutelar, observada a Lei n 8.069, de1990 e a legislao municipal. 2 Entre os requisitos adicionais para candidatura a membro do Conselho Tutelar a serem exigidos pela legislao local, devem ser consideradas: I - a experincia na promoo, proteo e defesa dos direitos da criana e do adolescente; II - comprovao de, no mnimo, concluso de ensino mdio. 3 Havendo previso na legislao local, admissvel aplicao de prova de conhecimento sobre o direito da criana e do adolescente, de carter eliminatrio, a ser formulada por uma comisso examinadora designada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, assegurado prazo para interposio de recurso junto comisso especial eleitoral, a partir da data da publicao dos resultados no Dirio Oficial do Municpio ou meio equivalente.Art. 47. O processo de escolha para o Conselho Tutelar ocorrer com o nmero mnimo de 10 (dez) pretendentes devidamente habilitados. 1 Caso o nmero de pretendentes habilitados seja inferior a 10 (dez), o Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente poder suspender o trmite do processo de escolha e reabrir prazo para inscrio de novas candidaturas, sem prejuzo da garantia de posse dos novos conselheiros ao trmino do mandato em curso. 2 Em qualquer caso, o Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente dever envidar esforos para que o nmero de candidatos seja o maior possvel, de modo a ampliar as opes de escolha pelos eleitores e obter um nmero maior de suplentes. Art. 48. O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrer em data unificada em todo o territrio nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial.

1 O resultado do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar dever ser publicado no Dirio Oficial do Municpio ou meio equivalente.

2 A posse dos conselheiros tutelares ocorrer no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.

Art. 49. So impedidos de servir no mesmo Conselho Tutelar os cnjuges, companheiros, mesmo que em unio homoafetiva, ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive.

Pargrafo nico. Estende-se o impedimento do caput ao conselheiro tutelar em relao autoridade judiciria e ao representante do Ministrio Pblico com atuao na Justia da Infncia e da Juventude da mesma Comarca.

Art. 50. Ocorrendo vacncia ou afastamento de quaisquer dos membros titulares do Conselho Tutelar, o Conselho Municipal da Criana e do Adolescente convocar imediatamente o suplente para o preenchimento da vaga, oficiando Poder Executivo Municipal, para sua posse.

1 Os Conselheiros Tutelares suplentes sero convocados de acordo com a ordem de votao e recebero remunerao proporcional aos dias que atuarem no rgo, sem prejuzo da remunerao dos titulares quando em gozo de licenas e frias regulamentares.

2 No caso da inexistncia de suplentes, caber ao Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, aps notificao, realizar processo de escolha suplementar para o preenchimento das vagas.

3 A homologao da candidatura de membros do Conselho Tutelar a cargos eletivos dever implicar em afastamento do mandato, por incompatibilidade com o exerccio da funo.

CAPTULO X - DA ESCOLHA DOS CONSELHEIROS MEMBROS DA COMISSO DE TICA E DISCIPLINA

Art. 51. Todos os Conselheiros Tutelares titulares que comporo a Comisso de Elaborao deste Regimento, sero escolhidos para mandato coincidente ao de conselheiro, indicados e presentes em reunio convocada para esse fim, observadas as seguintes diretrizes:

I cada Conselho Tutelar, querendo, far a indicao de um dos seus membros para concorrer a membros das Comisses necessrias ao desempenho de atividades paralelas que venham beneficiar o bom andamento e providencia relacionado Criana e ao Adolescente;

II a assembleia para escolha dos conselheiros que comporo a Comisso acima elencada ser convocada por seu presidente, mediante convocao pessoal de todos os conselheiros tutelares, com antecedncia mnima de 05 (cinco) dias;

CAPTULO XI - DISPOSIES FINAIS

Art. 52. O presente Regimento Interno poder ser alterado pela Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente, desde que garantida participao dos 05 (cinco) conselheiros tutelares, por voto de maioria simples, que far trs chamadas para esse fim, em sesso extraordinria e especifica.

1. Este Regimento Interno dever ser revisto na forma do caput no prazo mximo de 12 (doze) meses da data de sua publicao na Imprensa Oficial do Municpio de Ing.

2. As Elaborao e alteraes sero comunicadas pela Coordenao do Conselho Municipal da Criana e do Adolescente, ao Conselho dos Direitos da Criana e do Adolescente do Municpio de Ing, ao Promotor (a) Titular da Promotoria da Infncia e da Juventude do Municpio de Ing, ao Juiz (a) Titular da Vara da Infncia e Juventude do Municpio de Ing e Presidncia da Cmara Legislativa do Municpio de Ing.

Art. 53. O descumprimento das normas previstas neste Regimento Interno pelo Conselheiro Tutelar implica ofensa, a ser punida nos termos da lei.

Art. 54. As situaes omissas no presente regimento sero resolvidas pelo Colegiado do prprio Conselho Tutelar, nos limites da lei, sendo obrigatria a comunicao das referidas decises serem apresentadas no prazo de (05) cinco dias a coordenao do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente.

Art. 55. A folha de frequncia e toda documentao atinente chefia imediata, como as licenas previstas em Lei, do Conselheiro Coordenador sero assinadas por dois outros Conselheiros Tutelares.

Art. 56. Os Conselhos Tutelares tero o prazo de 15 (quinze) dias para adaptar-se s disposies deste Regimento Interno, contados a partir da publicao na Imprensa Oficial.

Art. 57. Este Regimento Interno entrar em vigor na data de sua publicao pela Imprensa Oficial, revogando-se as disposies em contrrio.

Ing - PB, 05 de maro de 2015.

COMISSO DE ELABORAO:

Valdineide Gomes dos Santos Silva Presidente do CMDCA/ING.

Aurizete Valeriano de Oliveira Vice-Presidente do CMDCA/ING

Selma Maria da Silva Dias Secretria do CMDCA Edineide do Nascimento Silva - Representante Coordenadora CREASMaria Evanilda Valente de Carvalho Representante Conselho Tutelar de Ing

Ionadja de Lima Arajo Representante Conselho Tutelar de Ing

Leidjane da Silva Gomes Representante Conselho Tutelar de IngLcia de Ftima Santos Oliveira - Representante Conselho Tutelar de Ing

Francisca de Freitas Cndido Representante Conselho Tutelar de IngChristiane Ramos Barbosa de Paulo Assessoria Jurdica - Representante CREAS

Any Gisele Ferreira de Arajo - Assistente Social do Municpio Representante CREAS Sergio Flavio pulo de Albuquerque Representante APNEI

Maria Aparecida de Menezes Maciel Representante da Sade

Maria Rosalva da Silva - Conselheira SubstitutaPgina 22 de 22