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REGIMENTO Di) CONSELHO ULTRAMAPPINO.

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REGIMENTO Di)

CONSELHO ULTRAMAPPINO.

DECRETO. c o ~ ~ o n m ~ o o - M I $ corn a proposta do Conselho El-

tramarino em consulta de vinte e tres do corrente mez de Dezembro: Hei por hem Approvar o Regimento do mesmo Conselho, que corn este Decreto baisa assignado pelos Rlinistros e Secretarios de Estado de todas as Re- partigo'es, devendo dns disposigaes deste Regimen to dar-st: conta Bs Cartes na sua proxima reuniao.

0s mesmos BIinistros e Secretarios de Estado o tenham assim entendido, e [aqarn executar. Paco, em vinlc e norc de Dezembro de mil oitoccntos cincoenta e dais.

Duque de Suldanha. Rudrigo da Funseca lliIagalldes. Alzto?zio Maria de Fontes Pereira d c illello. dtb10?1.i0 Aluizio Jevuis do d tozcgt~ia.

CAPITULO I.

ARTIGO 1 . O 0 CONSELHI) L 1 tramarino compile-sc de sole Callre- llieiros cffecedivos, uin dos quaes i! o Prcsicicntc, e outro ice-l'rcsidenic.

$, unico. , j k m dos Consclhcisos clkcli\ os, Ilil\ c~ h : 1 ." At6 scis Conselheiros extraordinarios; 2." Urn Secretario.

AHTIGO 2." Sb podem ser nomeados Conselheiros effectivos, ou

cxtraordinarios : 1 . O Individuos, que tenham pratica das cousas do UI-

lramar, adquirida, ou no desempenho d e cargos publicos superiores e de commissaes importantes de serviqo nas colonias por mais de tres annos, ou em longa residencia nellas de mais de oito annos; 2.' Individuos, .que tenham provada capacidadc en1

ndministra!$io+ ou J urisprudencia. !$ ~inico. A nomeaq%o dos Conselheiros, tnnto effecti-

vos, como estraordinarios, serB senlpre feita por modo que no Conselho 11a.ia vogacs com praGca do s e r v i ~ o exi- gitla nas nossns posscss6es da Asia e Oceania, da Africa oriental, da Africa occidentaI alem do Equador, e dn Africa occidental aquem do Equador, assim como urn jurisconsulto de rccorlhecido merito, e uma pesson entcn- tlidn em clircito adminislmtivo.

ARTIGO 3.* 0 cargo de Conselheiro effectlvo 6 vitallcio.

ART~GO 4." Os Conselheiros estraordinarios t&em assento no Con-

sclho, ou quando fdrcrn chamados por oficio do Presi- dente para supprir o impediment0 de algum dos membros effectivos; ou quando por delibempiio do Conselho k e r n convocados pelo Presidcnte para qualquer outro fim.

No ultimo caso o voto dos Conselheiros extraordina- rios 6 merainen tc consul tiyo.

AI~TIGO 3." 0 tlescm:,crlho dns funcq6es dc Conselheiro cstraordi-

tldrio O u m t i(u]o porn n nrccssn it cffi\clivo; nlns ficn

semprc l irre ao Gorerno o nomear liaro estc cargo. quaes- quer outras pessoas que rcunam as circun~slanc~as exi- gidas no rrrtigo 2."

AI~TIGO 6." 0 s Conselhciros c-Kecliros venccm o ordcnndo annual

dc om conlo e seiscentos mil rkis.

AI~TIGO 7.' :Is funccbes de vogal do Consclllo Ultramariuo nso

s30 incornpat~~cis corn as de qualquer outro cargo pilblico, c i ~ j o esercicio nZo esija resitlc~~cia f6ra da capital.

$ 1 . " S e o vopll ell'ectiro do Cor~selLo tiver, por outro elnprego ou cmpregos, urn vc!~cimento rnenor cle um conto c seiscentos mil r@is, perccberli pcln rolho do refc- r ido Co~lselbo o cIue Ihc fu!lar para prelszer aquella quao- tia. Se aconlecer, porC.111, cruc por outro emprego ou empregos p~~b l i cos tcnlia urn vel~cimc;lto igual nu superior uo ji5. mclicionado de urn eonto c seisc.critos mil A s , nincla assiln vencerd pcla I'olha do Conselho, a titulo dc grntificacijo, que podcrh accumular, a qrlantia cIc duzentos mil r i ' 'IS unnuaes.

$ 2." O Gorlsclhciro cffectivo, cujo cargo innmovivel nn judicaiura, ou no rnagisterio exlja residencia Iiira d i ~ capital, e que preferir, toclnvia, te r escrcicio no Consclho, dciza vago aquelle outro cargo; seln comtildo perder o seu logar no respective qnadro do rnagisterio, ou da ju- dicaiorn, nem o direilo de accesso, e promocso dcritro dcllc. yue Ihe scrd mantido, e conlada sua ant ip idade, como se effcctivnmcntc estivesse esercendo as funcy3.s daguelle outro emprego inamovirel.

$ 3." 0 Conselliciro elfecti~o, quc pertencelldo oo yna- clro da megistralura, ou no do magisterio, acceitar no- mea~Go, ou p romo~ao para cargo desig~~ado de uma tla- quclli\5 earreiras, cujo eserckio exija residencia Thra da cnl~ital, deisa vago o seu logar no Consclllo; conscrvando, porkrn, as honras dellc. se t i le r mnis dc ires nnnos do scrviyo no mcsino Consell~o.

-8- $ 4." 0 Conselljciro effectivo, quc acceitar emprego dc

cornmiss50 de servi~o civil ou militar, que o impossibilite de exercer as hncqbes do Conselho, nao tem direito a vencimento algum pela respectiva folha; e sera substi- tuido, em quanto durar a referida commissiio, por um Conselheiro extraordinario.

$ 5." 0 Conselheiro effectivo ou extraordinario, em exercicio, que, sendo Par ou Deputado, n8o quizer apro- veitar-se da authorisay80 da respectiva Camara para ac- cumulur o exercicio das func~Ties legislativas com as do Conselho, pcrde o direito a todo o vencimento pela folha do mesmo Conselho; e serh substituido, em quanto durar o impedimento, por urn Conselheiro estraordinario.

ARTIGO 8." 0 s Conse~heifos extraordinarios nZio teem vencimento.

Quando, pordm, sao chamados a servigo effectivo por mais de um mez, percebem uma gratificaflo igual metade do ordenado de Conselheiro effectivo; com tonto, porem, que, se tivcrem outros jencimentos do Estado, a totali- dade dos vencimentos que recinirem niio exceda a um conto c seiscentos mil r8is.

ARTIGO 9." 0 s chefes de reparticlo da secpao do Ultramar no Rli-

nisterio respectivo tOcm assento e voto consultivo no Con- selho.

$j unico. Igualmente poderiio ter ali assento e voto consultivo, incidentalmente, quaesquer outros funcciona- rios que para isso sejam convidados em virtude da reso- lueao do mesmo Conselho,

CAPPTULO PI.

1)A G I I L D U A C ~ O C FIIEBOC~ITIVAS 1)O COBSCLUO.

ARTIGO 40.' O Presidentc c Conselheiros do Consclho Ullralnaririo

gosam de lodos os direitos, lionras c prcrogativas quc competem ao Presidente e Consclheiros do Supremo Tri- bunal de Justipa.

CAPPTULO 111.

ARTIGO 11." 0 Presidenlo e o vice-Presidente do Conselho s;io

nomeados pelo Rei d'entre os mcmbros effectiros do mesmo Conselho.

$ I." 0 Prcsidente tcm voto de qualidadc cm caso de empate.

$ 2." 0 Presiden te presta juramen to nas m a s do nli- nistro e Secretario de Estado dos Negocios da Marinha e Ullramar, e o defere aos outros Conselheiros.

ARTIGO 12.' Ao Presidente incumbe: I." Dirigir e manter a ordem das discussiics; 2." Velar em quc os Conselheiros e empregados do

Conselho cumpram pontualmente os deveres dc sell cargo; 3." Conceder at6 trinta dias de licenra por causa jus-

tificada aos Conselheiros e empregados do Conselho.

CAPITULO IV*

ARTIGO 13." 0 cargo de Secretario do Conselho Ultramarine B dc

nomeapao regia sobre consul ta do mesmo ConseIho. $ 1 ." S6 podem ser candidates ao logar de Secretario: 1." 0 s quetiverem servido corn distit~r~iio, par tres

annos completos, no Ultramar os logares de Sccrctarios dos Go~ernos geraes, ou dc Juizes de direito proprieta- rios, e de Procuradores da CorBa e Fazenda, scndo gra- duados cm dircito;

8," 0 s qrte tivcrem ol~lido igunl dislinc~80 no dcscm-

penho, por mais de cioco annos, de igr~aes ou superiores cargos publicos na judicaturn do continente do reino, e ilhas adjacentes, c os primeiros oficiaes d i ~ secretaria do Conselho Ultramarine, que tenham mais cle seis annos dc scrvico.

$ 2." Ent re os candidatos, de que tralam os numeros 1." 2." do presenle artigo, que niio serviram cargos d e judicatnra, scrzo ~~rel'ericlos os bocllareis formados pela universidadc dc Coimhra, e os que tivcrem carta de curso, c approvado completa da escirla pol~tcchnica de Lisboa.

$$ 3." E m todas as hypotheses do presente artigo tCem preferencia, em igualdade de circ~imstancias, os que tiye- rcm servido algum tempo no Ultramar.

ARTIGO 14." 0 Secret,ario tcm assenlo rio Couselho; n8o p6de votar,

mas toma parte nas cliscassties, e as esclarece corn todas as informa~o'es nccessarias.

~ I ~ T I C O 13." 0 Secretario recebe a correspondencia, e (I! authorisado

a abri-la na ausencia do Presidcntc.

ARTIGO 16." 1P secretaria do Consel110 comp~e-sc, al6m do seu chefe,

q u e 6 o Secrctario do mesmo Consclho, dos seguintes crnpregados:

Tres primeiros ofliciaes, Quatro segundos officiacs, Quatro arnanue:lses, Um porleiro, Unn con tinun, BTm correio.

A n ~ f c o 17." 0 s ordenados destes crnpregados vzo marcttclos na tn-

I)ella juulil, ( ~ a e f i i ~ p a r k do prcscntc Regimento.

A n ~ i c o 18." 0 s logarcs d c primciros e segundos ofliciaes, e por-

tciro, siio vitalicios e de nomea~'io regia, sobrc consul ta do. Conselho.

ARTIGO 10.' 0 s amanocnses, continuo, e correio d o r~omenc1os por

Portarias do illinistcrio da Rlarinha e Ullramar, sobrc pr0110stado Presidcnte do Conselho.

ARTIGO 20." Para ser promovido a p~imeiro oficial dn secretaria do

Conselho 6 neccssario ter servido prirneiramentc o logor. de segundo oliicial, prefcrindo sempre o ~ n a i s aritigo.

unico. Siio esuiparados a segundos officiaes, para o eKeito da promociio, os que liverem bem servido tres annos completes os logarcs de Sccrctario dos Goverilos geracti do Ultramar.

b n ~ l c o 21 ." A prornocao para segundos oficincs scrh feita por pro-

p o s h graduada, em que enlrem todos os arnanuenscs do quadro, fundarnenlacla no mercciil~cnto e born se r~ i so .

AI:T~CQ 28.' 0 s logarcs de nmanucnse seriio providos em concurso

[)or proposla gradi~ada de lodos os candidatos, preferindo sexnpre, em igualdade de c,irc\lmstal.~cias, os qrle de~ida- mcrite comprovarem bom desempenho clc qualqner em- prego do Estildo nas provincias ultramarlr~as. OS candi- dates ao logar de amanuellse deverao instruir os seus reqnerimentos corn o diploma do curso gcral dos lyccus nacionaes, ou de quaesquer outras habil i ta~bcs litterarias de gr60 superior, corn os titulos que tenllam dc prcmios ob tidos llas esc6las, com os documen tos necessnrios dc hom comportamenlo moral e civil, e coln os inais qnc! ~wornrcm o seu merilo c ser~iyos.

ARTIGO 23." No impediment0 do Secrelario far8 as suas vezes o

primeiro official que fdr designado pelo Presidente.

ARTIGO 24." 0 Conselho scr8 necessariamen te ouvido : 1." Sobre interpreta~ao de Regulamctltos ou Decrclos

da administra~lo do Ul tramar; 2." Sobre propostas de lei, que liverem de ser aprc-

sentadas ao Corpo legislativo, Bcerca das colonias, ou fdrem decretadas no fdrma do artigo decimo quinto do Acto Addicional 8 Carta Constitutional da Monarchia;

3." Sobre conflictos de jurisdicc80 e competencia entrc quaesquer authoridades, antes de serem submettidos 6 decislo do Conselho dtEstado;

4." Sobrc os recursos que possam interpdr-se das dccisaes administrativas nas colonias, em materia con- tenciosa;

6." Sobre os recursos que, por excess0 de poder, fdrcm inferpostos das acthoridades superiores administrativas das provincias ultramarinas para o Governo;

6." Sobre preten~Bes para a concessiio de merces por servicos prcstados no Ul tramar ;

7." Sobre os negocios que, por disposi~fies lcgislativas ou Regulamentos, devam ser submettidos ao seu exame.

AILTIGO 26." 0 Conselho sera tambem ouvido sobre a apresenta~ao

dos bispos, prelados e dignidadcs ecclesiasticas do U1- tramar.

ARTIGO 26." Ao Consclho incumbe; 1." Organisar c propDr conlpctentemente os Reguln-

nlcntos sobrc os diversos ramos dc administraqiio das provincias ultramarinas, para execuqao das leis ;

2." Consultar o Governo sobre as propostas dc lei quc cntender dcverem ser submelt.idas 8s Cdrtes, ou sobre n organisaq'io de Regulamentos para os diversos ramos do servi~o nas colonias, ou adop~ao de quaesquer providen- cias que julgar convenientcs a beneficio dellas;

3." Consultar ao Governo sobre a remunerasao do ser- v i ~ o prestado pclos runccionarios das colonias, de quaIquer ordcm e cathegoria; hem como pro?br o procedimcnto clue pclo mau serviqo sc dcva adoptar contra clles;

4." Ahrir c qualificar os concursos, quc se mandarem fazer para o provimento dos logares e cargos do Ultra- mar;

5." Verificar a responsahilidade das Juntas c empre- gados de fazenda do Ultramar, em vista das contas pro- ccssadas na contadoria fiscal do AIinistcrio respectivo;

6." Organisar o or~amen to geral das provincias ultra- n:arinas, reccbcndo para isso os documentos precisos das rc:spcc.tivas Junlas de fazendn, Governadores geraes, e de cIuasquer outras arrthoridades;

7." Vigiar espccialmcritc em quc sejam executadas as :cis guc aboliram o t.rafico da escravatura, e que impaem j:el:as aos que as infringirem;

8." Velar na protec~ao dos libertos, principalmente 40s yue foram manumisses pelo Estado;

9." Propdr as lcis nccessarias para se haver de sj-n- &car e julgar do procedimcnto dos diversos empregados nas provirlcias ult~amarinas;

10." Promovcr e regular n colonisaq~o, indicando a mailcira mais e h a z de dirigir para os es tabelccimen tos portuguezes n emigraqao de Portugal c ilhas acljacentcs;

11 ."Informar o Governo hcerc,a tlc lodos os ncgocias

qui? tentiam r c l a ~ ~ o cotn 3s coloniils, quando Ihc fdr or- denado;

12." Organistlr a estalistica h s diversas provincias do IJI tramar;

13." Coordenar, codificar, c publicilr u IcgisluC?to ni- tramarilla, anligir c modcrno.

~IIITICO 27.'' 0 Co~~se lho podera: f ." Exigir quaesqucr inl'ormacaes nos Governadores

inais nuthoridadcs superiores do Ultrai~iar para servirem de csclarccimcnto ii rcsolur8o dc ncgocios, tx orgnnisnr:~~ de trabalhos;

2." Fapcdir. as nccessariau irrslru!;[:fic.s c olsdcrrs para a Ibrma80 da cstatislicii e d o orqarncnto, c sobrc quill- ( ~ u c r oulro rissumpto (PC seu cilreo.

A I ~ ~ I G O 28." 0 Cooselho l)uLIicarli, cluanto antes, um boletim coln

totla a Icgisla~ao anliga e moderna, que respcita bs colo- uias. E promoverh outrosim a publica$io dos annaes corn as memorias c nottcias qi le pudcr obter sobrc a riqncza (lo scu s610, cjualidadcs e propriedades dos terrcnos, es- Lndo dc populag50, industria, costumes, c c[ancsqucr oatros ol?jec,tos de inlcresse pilblico.

An~rco 29." 0 Consclho diritle-sc cm scte sccr,aes, a s n i ~ c ~ . : Primcira, clc govcrnaqfio c fltlministrnqTio gc!~:rl: Scgr~tld;~, dc! j ~ ~ s t i t n :

Terccira, de culto c instruccrr'o; Quarts, de industria; Quinta, de fazenda; Sesta, de guerra e rnaril~lla; A sctima 6 dc chanccllaria.

TIGO GO 30." Conlpele primeira secc8o: 0 processo c andamento dos negocios da adrninislra-

sao geral c municipal, snude pi~blica, policia e S C ~ U ~ ~ I I C ~ I

pilblica, e turlo quanto tern r e l a ~ z o corn e s k s ramos.

A n ~ r c o 38." Competc d segunda secfio: A a d m i n i s t m ~ ~ o dc justis.a, a organisuqZo dos l r i b u

naes judiciaus, c de~nais 01)jectos relatives.

ARTIGO 38." A terceira sccy5o pertcnce: CuIto e instrucg80 publicn, comprcl~er~dcriclo os ncgo-

cios ecclesiaslicos, ensino e benclicencia pirl)licil, scrninn-. rios, missGes, c similhantcs.

AIPT~GO 33." A quarta secciio pertencem: 0 s negocios da illdustria agricola, fabril c commcrciul,

artcs, moedas, pesos c medidas, obras pi~blicas, n~inas, mattas, estatistica, sesmarias, cscravatura, colonisa~5o c cmigmy50.

~ R T ~ G O 34." A quinta scc~Bo compelc: A administraqBo de fazenda, orqamenlos, hens nncio-

naes, e contribtriq6es directas e indirectas.

ARTIGO 35." A sexta secciio pertcnccm: (3s negocios cla gircrrn c mnrinl la , 0,-ganisa(:ao rnilit,i~r.

-16- rccru tamcn to, rclbrmas c reconlpcnsas mili tarcs, j usliqil militar, relayGes cxteriores, e tnmbenl a inspecyBo c admi- nistra~ao dos correios de mar e terra.

ARTXGO 36." A setima sec~iio [em a scu cargo: 0 s ncgocios centraes, reviszo de todos os trabelllos,

compila@o de lcgisla~iio, e inspecq~o do registo* geral da esladistica dos trabalhos do Conselho, e da coordenaq80 e espediqGo de instruccaes c circnlarcs, bolctim official, e annaes do Conselho.

TIGO GO 37." As secc6es compkm-sc de tres vogacs, serido relator

em cada uma dellas um dos sete Conselheiros em servi~..o, e adjuntos dois outros Conselheiros, quc do mcsmo modo ser'To relatores respectivamente nas dernais secq6es.

ARTICO 38.' A secretaria do Conselho 6 organisada e dividida dc

modo quc as suas reparticacs correspondam, quanto pos- sivel, as sec~ces do Conselho. 0 regulamcnto da sccrc- taria 6 approvado pclo Conselho.

CAPPri'l[iLO 11.

PL~OCI:CS\III\.TO O l t £ . f ~ r . ~ ~ i O DOk \Ei.DCiOS

ARTIGO 39." 0 Conselho s6 p6de funccionar estando prcscntc a maio-

ria de seus membros. ARTIGO 40."

0 Conselho reunir-se-ha duas vezes por semana para o despacho ordinario dos negocios. 0 s dias e horas seriio fixados pel0 ~onsc lho no principio de cada anno para as diffcrentes esta~0es. .

ARTIGO 5 1 ." 0 Consdho rcunir-sc-l~n cm scss~o cslraordinariil par

ordem do Govcrno, ou por convitc do scu Prcsidcnlc, ?uando a urgencia dos ncgocios o esigir.

ARTIGO 42." 0 s Conselheiros qrle tiverem impcdirnento parn assis-

lir bs sessiies, o participarao ao Prcsident,~.

ARTIGO 4.3." 0 s Consellieiros effectivos tomar50 assenlo pela ordem

dc sua antiguidade; e quando a data da posse fdr a ines- ma, rcguIar-se-ha a prccedencia pela idade.

t$ unico. 0 s Conselhciros estraordinarios tomarn as- sento depois dos effectivos, e scguern cntre si as mesmas regras dn precedencia.

A ~ T I G O 44.' Todo o negocio, npenas enlrado na secretaria, sera nu-

merado, marcando-se nelle o dia da entrada; e depois serh aprcsentado no Conselho parn scr distribuido ao re- lator da secqzo competente.

XKTIGO 45." O relator, tendo examinado o processo, formula o sou

parecer por escripto e o assignarh. 0 processo pussa succcssivamente nos dois adjuntos. 0 adjunto que se con- forma absoIutarnente con1 o parecer do relator, assim o declara simplesmente e assigna. 0 adjunto que dissente, em partc ou em todo, do

parecer do relator, assim o declara por escripto, dando o fundamento do seu voto, e assigna. Em ambos os casos o processo ~ o I t a Bs mios do relator, que o deve apresen- tar em Conselho.

AHTIGO 4.6.' Aprescntado o pnrecer em Conselho, o Presidente darii

dia para a sun discussiio, e sc porh em tabelln.

- 18- cios da BIorinl~a c Ultramar, e avisado o ctlcfe dn res- pcctiva repartila0 porn vir tomar asssnto no Conselho c concorrer 6 discussgo, na l6rma do artigo nono.

AILTIGO 4.8." Quando se discutir qualquer proposta importante, sera0

sempre con~ocados para assistir 8 discussao todos os Con- selheiros extraorclinarios, quc tiverem servido ou residido na provincia ou pro~incias a que a dita proposta respeitar; ou os que, por naturalidade ou por qualqucr outra cir- cumstancia, tenham conhecimentos especiaes da referida provincia.

A n ~ l c o 4.9." 0 Ministro e Secretario de Eslado dos Ncgocios da

Marinha e Ultramar, e hem assim qualquer dos outros RIinistros poderzo assistir 8s sessacs do Conselho, c tomar parte na discussgo, cluando quer que o julguern conve- niente oo serviqo.

A ~ T I G O 80." Depois de abcrta a scsslo, approvada a acto, c lida a

correspondencia na forma dos eslylos, entrariio os nego- cios em discuss% ppela ordem inarcada nn tabella.

ARTIGO fi i." Relatado um process0 pelo relator, se o parecer da

secqao d appro\ atlo, o u absolutamen te ou corn ]eves emcn- das ou addilnmcntos, se l a n ~ a r i na acta a resolugiio, c passarb o processo h Secretaria para se minutar a con- sul ta.

AILTIGO 52." Rcdigida a minuta com approva~iio do reIator respc-

ctivo passarh h cGE~~ncellaria, cu.jo relator Ihe porh o visto para se poder lavrar a consults, ou ernbargarri a sua ex- pedi~iio, quando na chancellaria se cntenda quc Ila mani- i'esla offensa de direito, ou dos cstglos e praxes do Con- selho; c neste ultimo caso sera defcrida a duvidn no Carl- selho para rcsolvcr.

. ~ I T I G O 5 3 . O Se o parecer da sccgiio f6r rejeiludo, ll~audnr-sc-ha cor-

r e r o processo pelos quatro Conselheiros resiantes; e o primeiro a quem far distribuido o processo Tar$ 11o\~o parecer por escripto, que voltarh 3 discusslo, marcando-sc dia para ella pela f6rma estabelccida no artigo quadra- gesimo scsto ; c do que ent;lo se resolver se minu tarh con- sulta para seguir os tramltes marcados no artigo ante- ceden te.

A K T ~ G O 55," Quando o negocio f6r complexo, .pertericendo a mais

de uma secciio, serli o processo, rlepo~s dc visto naqticllo a quc primeiro fdr distribuido, enviado fi outra ou outras, corn cli~e p o s a ter l iga~zo; voltando a final 6 primcira, cujo relator deve nprcsenta-lo em Consclho.

ARTIGO 59.O 0 s negocios que tivercm origem dentro do Conselho,

por proposta de urn de seus vogaes, seguirlio a lncsnla marcha e regras estal~elecidas nos artigos antccedentcs; c o author d ~ . proposta serh considcrado, para este effeito, adj un to da seccao respectiva.

A l l ~ r ~ o 56." E m todo o processo em que haja de intcrvir o Pro-

curador geraI da Corda, ou o Procurador geral da Fa- zendn, sera0 sempre ouvidos estes magis~rados antes de interposto o pareccr do Consefho.

AXTIGO 57." Na discuss80 dos negocios, os Conselheiros fallariio pela

ordem por que pedirem a palavra, porhm nenhuln dclles podcra follar duas vczes em quanto honver outros que a tenha111 pedido sobre a materia; exceptua-sc o relator da secciio, qrlc podcrh fallar ns vczcs que julgar conve- nic!~tc*.

A ~ T I G O 58." 0 Presidente fecharjl a discussLo em tendo fallado todos

os que tiverem pedido a palavra, ou todas as vczes quc o Conselho assim o decida por proposta sua, depois de terem fallado quatro Consclheiros; e se todos elles tive- rem fallado no mesmo sentido, neste caso, poderao fallar mais dois em sentido contrario.

ARTIGO 59." 0 Conselho tomare as suas decisGes por maioria abso-

luta e vota~iio nominal, que deve comeqar peIo Conse- lheiro mais moderno.

$ I ." Se na primeira vota~ao niio houver maioria abso- luta, ficarh o negocio reservado para entrar de no\o em discussiio, em uma outra s e s s a ; e se ainda entao niio houver maioria absoluta, tomar-se-ha a decisao pcla maio- ria relativa. s 2." Sc o negocio f6r de tal urgencia clue nfao admitta demora alguma, entrard de novo ern discussao logo depois da primcira vota~ao, e fechada esta ultima discussao, se decidir6 por maioria absoIuta ou relativa.

AXTIGO 60." Ilas sess6es do Conselho se iavrar4 acta em um livro,

que sera rubricado em todas as suas foIhas pelo Yresi- det~le, e estarh a cargo do Secrctario.

ART~GO As rcsolu~6es do Conselho serno convertidas em con-

sultas, provisoes, ou portarias, segunda a natrlreza dos negocios e a qualidadc da resolugiio.

I." As consultas scr2o assignadas pclo Presidento, e por todos os vogacs prescntes fi scss~o em que sc re- s o l v e ~ o assumpto. s 2." Quando no acto de sc? assignar a consulta esli- Fcr impcdido ou ausente algum dos vog:rcs quc a \-oh-

ram, riiio i ~ ~ s i g l ~ a ~ h , mas o scu volo scrh mmc~onaclo, sc- gundo o estjlo, corn a declara~ao escripta e assignadn pelo Sccretario de que tem o voto d orererido vogal. s 3." 0 Conselheiro que se 11a0 conformar corn a deli- berac'io da maioria, em todo ou em parte, assignar6 yen- cido, e dark o seu voto em separado. 0 voto em sepnrado fica nn sccretaria, e cripia dcllc

acompanha a consulta, mcncionando-sc na acta.

ACTIGO 62.' As provisires ser50 assignadas pelo P~.esidentc c pclo

relator da sec~iio em que o negocio fbr tratado. $ I." As Portarias scrzo lavradas corn a formnla-

Manda a Rainha pel0 Conselho Ultramarine; e sera0 as- signadas pel0 Presidente, ou na sua ausencia ou impedi- mento por dois Conselheiros indistinctamente.

$ 2." 0 s officios, e quaesquer outros papeis quc offi- cialmente se expeeam por ordem, ou cm serviro do Con- selho, scrao assignados pelo Prcsidente.

$ 3." 0 s avisos, conviles, ou quaesquer outras espc- dico'es ordinarias, sergo assignados pelo Secretario, o qua1 assignarh com a formula- Por ordem do Presidente - 0 Sccretario, F....

L A ~ l ~ ~ ~ ~ 63.' Iiesolvida a cons~ilta pelo Rei, o Governo comniunicarii

ao Conselho a resolu@o regia, par3 ser registada.

D,\ Q u A L I ~ l c . i L . 6 0 DO JICL3ITO E SEIIVJFOS nos l;LhC(:IOXt\nlOS DO ULTnA>I,\II, E DOS l*nETE.\DI:i\'l'E4 AO!. C\IPIICGOI:

DAS P n o v l s c I A s C'LTLIAIIIRI,Y.~S.

AIITICO 64.' 0 Conselho tcrh em livros competestcs o asscrlto clos

serviros de todos os emprcgndos do Ultramnr.

ARTIGO 68." 0 s assentos deverdo comprehender, alEm dos annos de

servioo, coinmissDes e enlpregos que tiver desempcnhado o interessado, as notas do conceit0 em que o tiverem scus rcspectivos cliefes, con1 as observa~8es necessarins.

ARTIGO 66.' 0 s pretendcntes aos logares do Ultrnmar devcl'iio jun-

tar aos sens requerirnenlos, aIkm da foolha corrida, os t i - tulos ou diplomas originaes dc stras habilita~ees littcra- rias c scicnlifrcns, e dos lopnres de propriednde ou de com- miss30 que tivercm ser~rido, e os attestados e mais docu- mentos que aboiienl o seu proccdin~ento e intelligencia.

- 4 ~ ~ 1 ~ 0 67." Kas proposlas que o Conselho houver de i'azcr por ordcm

do Governo se mencionarao expressamente o merito, ser- vices, e mais circu~nstancias de cada individuo, indican- (lo-se a ordeln de preferencia em que s" uo coilocados.

A n ~ r ~ o 68." 0 Conselho discutirii o merito e mais circumstancias

dos propostos, e volarh por ordem a admissao ou exclusiio dellcs, e em seguida o I o p r que respectivamcnte devcrao occupar na propos ta.

A l r ~ l ~ o 69." Todas as Leis, Decrctos, ou Determina~,cies Regias ex-

p(:ilidas pcla Secretaria de Estado dos Negocios da Dlarinha o Ul tramar, Bcerca das lrrovincias ult-ramarinos, ainda quo

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nao recninm sobre consulta do Conselho, Ihe ser'ao com- munioadas para serem registadas em seus livros.

ARTIGO 70." Todos 0s diplomas de mercks, patentes e nomearaes

de quaesqucr cargos do Ul tmmar, possados polo Secrctaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, nuo po- dorzo ser avcrbados em qualquer outra Repartic30 phblica antes de serem averbados no Conselho.

A n ~ i ~ o 71." A diuisao dos trabalhos, e a fhrrna interna do processn-

mento dos negcios, podcrk ser modificada pel0 Conselho. segundo a esperiencia far mostrando.

Secretaria de Estado dos Negocios da blarinlia e Uilra- mar, 29 de Dezembro do 1852.

Duque da Salda9zha. Rodrigo d a Fotzseca ~l!iagalltii~~s. Antonio J f a d a de Fonlcs Pereiril dc J f d l i ~ . d?zlo?lio Aluizio Jeruis dc Atozrguin.

lfabclln do?, ortlcmndon dos cmprcgaclom do Secretan-ia tlo Conseliho

ETltra~laarixlo.

Sccretario -urn conto de reis. Primeiros oEciaes - seiscentos mil rbis. Segundos oIIiciaes - quatrocen tos rriil r6is. Amanuenses - duircntos e quarer~ta mil rhis. Porleiro - tresenlos mil rkis. Continuo--duzentos e quarenta mil rkis. Correio - duzentos mil reis. Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha c Lil-

Iramnr, em 21) dc Dezelnbro de 1852.