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ANTÓNIO AFONSO
Administração da Região Hidrográfica do Norte
REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Rejeição de Águas Residuais
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ÍNDICE
1. Conceitos
2. Enquadramento Legal
3. Regime de Utilização dos Recursos Hídricos
Pedido de Informação PréviaTítulos de Utilização dos Recursos HídricosSILIAMB – Sistema Integrado de Licenciamento do Ambiente
4. Rejeição de Águas Residuais
TratamentoNormas de DescargaMonitorização
5. Efluente Vinícola
CaracterizaçãoSoluções de RejeiçãoConsiderações Finais
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1. CONCEITOS
Recursos Hídricos Particulares a) As águas que nasceram em prédio particular e as pluviais
que nele caírem, enquanto não transpuserem, abandonadas,os limites do mesmo prédio ou daquele para onde o donodele as tiver conduzido, e ainda as que, ultrapassando esseslimites e correndo por prédios particulares, forem consumidasantes de se lançarem ao mar ou em outra água pública;
b) As águas subterrâneas existentes em prédios particulares;
c) Leito e margem de correntes não navegáveis que atravessemterrenos particulares.
Recursos Hídricos - Compreendem as águas (superficiais e subterrâneas), abrangendo ainda os respetivos leitos e margens, zonas adjacentes, zonas de infiltração máxima e zonas protegidas.
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1. CONCEITOS
Leito – Terreno coberto pelas águas quando não influenciadas por cheias extraordinárias, inundações ou tempestades.Leito – Terreno coberto pelas águas quando não influenciadas por cheias extraordinárias, inundações ou tempestades.
Margem – Faixa de terreno contigua ou sobranceira à linha que limita o leito das águas.
50 metros – águas navegáveis ou flutuáveis sob jurisdição das autoridades marítimas e portuárias
30 metros – restantes águas navegáveis ou flutuáveis
10 metros – águas não navegáveis nem flutuáveis
Margem – Faixa de terreno contigua ou sobranceira à linha que limita o leito das águas.
50 metros – águas navegáveis ou flutuáveis sob jurisdição das autoridades marítimas e portuárias
30 metros – restantes águas navegáveis ou flutuáveis
10 metros – águas não navegáveis nem flutuáveis
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1. CONCEITOS
Zona ameaçada pelas cheias - Área contígua à margem de um curso de água que se estende até à linha alcançada pela cheia com um período de retorno de 100 anos ou pela maior cheia conhecida.
Zona adjacente - Zona contígua à margem que como tal seja classificada por um ato regulamentar por se encontrar ameaçada pelo mar ou pelas cheias.
Zona de infiltração máxima - Área em que, devido à natureza do solo e do substrato geológico e ainda às condições de morfologia do terreno, a infiltração das águas apresenta condições especialmente favoráveis, contribuindo assim para a alimentação dos aquíferos.
Zonas protegidas - Integram as zonas que exigem proteção especial ao abrigo de legislação comunitária e nacional relativa à proteção das águas de superfície e subterrânea ou à conservação dos habitats e das espécies diretamente dependentes da água, nomeadamente:
•Zonas destinadas à captação de água para consumo humano (superficiais e subterrâneas);•Zonas designadas como águas de recreio, incluindo as águas balneares;•Zonas sensíveis em termos de nutrientes, incluindo as zonas designadas como zonas vulneráveis e sensíveis•Zonas de infiltração máxima..
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2. ENQUADRAMENTO LEGAL
- Lei n.º 54/05, de 15 de novembroEstabelece a titularidade dos recursos hídricos
- Lei nº 58/05, de 29 de dezembroLei da Água – estabelece as bases e o quadro institucional para gestão
sustentável das águas
- Decreto-Lei n.º 226-A/07, de 31 maioRegime de utilização dos recursos hídricos
- Portaria n.º 1450/07, de 12 de novembroFixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos
- Decreto-Lei nº 97/08, de 11 de junhoEstabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos
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2. ENQUADRAMENTO LEGAL
- Decreto-Lei nº 236/98 de 1 de agostoEstabelece normas, critérios e objetivos de
qualidade com a finalidade de proteger o meioaquático e melhorar a qualidade das águas emfunção dos seus principais usos.
- Decreto-Lei nº 152/97, de 19 de junhoDefine as disposições para a recolha,
tratamento e descarga de águas residuais urbanasno meio aquático.
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
• Identificação rigorosa da utilização pretendida;
• Indicação exacta do local pretendido (coordenadas geográficas).
• Parecer num prazo de 45 dias.
• Vincula pelo prazo de um ano, excepcionalmente prorrogável por decisão fundamentada, sem prejuízo dos condicionalismos de decisão que venham a ocorrer durante o processo de licenciamento (concurso, AIA, pareceres vinculativos).
• O processo de licenciamento só se inicia com a entrada do requerimento.
Pedido apresentado sobre a possibilidade de utilização dos recursos hídricos para um fim pretendido.
Pedido apresentado sobre a possibilidade de utilização dos recursos hídricos para um fim pretendido.
Pedido de Informação Prévia (PIP)
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Títulos de Utilização dos Recurso Hídricos
Principio da necessidade de Titulo de UtilizaçãoAo abrigo do principio da precaução e da prevenção, as actividades que
tenham um impacte significativo no estado das águas, só podem ser
desenvolvidas ao abrigo de um título de utilização emitido nos termos e
condições legalmente previstos
Documento que contém:
o Identificação do Titular
o Localização da utilização
o Caracterização da utilização
o Condições gerais e especificas
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Autorização Licença Concessão
Utilização de Recursos Hídricos Particulares
Sem prazo de validade
Utilização de Recursos Hídricos Públicos
Validade até 10 anos Validade até 75 anos
Títulos de Utilização dos Recurso Hídricos
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Títulos de Utilização dos Recurso Hídricos Utilizações dos recursos hídricos particulares sujeitas a Autorização
a) A realização de construções;
b) Implantação de infraestruturas hidráulicas;
c) Captação de águas;
d) Outras actividades que alterem o estado das massas de águas ou coloquem esse estado em perigo.
a) Rejeição de águas residuais;
b) Imersão de resíduos;
c) A recarga e injeção artificial em águas subterrâneas;
d) A extração de inertes;
e) Aterros e escavações.
Utilizações dos recursos hídricos particulares sujeitas a Licença
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Utilizações dos recursos hídricos públicos sujeitas a Licença
a) A captação de águas;
b) A rejeição de águas residuais;
c) A imersão de resíduos;
d) A ocupação para a construção ou alteração de instalações, fixas ou desmontáveis, apoios de praia ou similares e infraestruturas e equipamentos de apoio à circulação rodoviária, incluindo estacionamentos e acessos ao domínio público hídrico;
e) A implantação de instalações e equipamentos referidos na alínea anterior;
f) A ocupação temporária para construção ou alteração de infraestruturas hidráulicas;
g) A implantação de infraestruturas hidráulicas;
h) A recarga de praias e assoreamentos artificiais e recarga e injeção artificial em águas subterrâneas;
i) As competições desportivas e a navegação, bem como as respetivas infraestruturas e equipamentos de apoio;
j) A instalação de infraestruturas e equipamentos flutuantes, culturas biogenéticas e marinhas;
k) A sementeira, plantação e corte de árvores e arbustos;
l) A realização de aterros ou escavações;
m) Outras atividades que envolvam a reserva de um maior aproveitamento desses recursos por um particular e que não estejam sujeitas a concessão;
n) A extração de inertes;
o) Outras atividades que possam pôr em causa o estado dos recursos hídricos do domínio público e que venham a ser condicionadas por regulamentos anexos aos instrumentos de gestão territorial ou por regulamentos anexos aos planos de gestão da bacia hidrográfica.
Títulos de Utilização dos Recurso Hídricos
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Utilizações dos recursos hídricos públicos sujeitas a Concessão
a) A captação de água para abastecimento;
b) A captação de água para rega de área superior a 50 ha;
c) Utilização de terrenos do domínio público hídrico que se destinem à edificação de empreendimentos turísticos e similares;
d) Captação de água para produção de energia;
e) Implantação de infraestruturas hidráulicas que se destinem aos fins referidos nas alíneas anteriores.
Títulos de Utilização dos Recurso Hídricos
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
SILIAMB – Sistema Integrado de Licenciamento do Ambiente
1. Efetuar pedidos de licenciamento;
2. Acompanhar o processo de licenciamento e consultar
utilizações;
3. Comunicar com a APA (enviar e receber mensagens);
4. Alterar dados pessoais.
Instrumento de resposta à desmaterialização, uniformização e agilização dos processos de licenciamento para as diferentes áreas de competências da APA.
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3. REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
SILIAMB – Sistema Integrado de Licenciamento do Ambiente
https://siliamb.apambiente.pt
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4. REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Tratamento
Tratamento
Preliminar
Tratamento
Primário
Tratamento
Secundário
Tratamento
Terciário
Efluente
Bruto
Rejeição no
Meio Recetor
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4. REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Tratamento
Obra de Entrada
Tanques de Arejamento
Decantador Secundário
Descarga na linha de água
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4. REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Parâmetros VLE *
pH 6.0 – 9.0
Sólidos Suspensos Totais (SST) 60 mg/l
Carência Química em Oxigénio (CQO) 150 mg/l
Carência Bioquímica em oxigénio (CBO5) 40 mg/l
Óleos e Gorduras 15 mg/l
N total 15 mg/l
P total 10 mg/l
Normas de Descarga
* Valores Limite de Emissão na descarga de águas residuais Anexo XVIII do Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de agosto
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4. REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Parâmetros VLE *
Total de Partículas Sólidas em Suspensão 35 mg/l
Carência Química em Oxigénio (CQO) 125 mg/l
Carência Bioquímica em oxigénio (CBO5) 25 mg/l
N total 15 mg/l
P total 2 mg/l
Normas de Descarga
* Valores Limite de Emissão na descarga de águas residuais urbanasQuadro nº 1 do Anexo I do Decreto-Lei nº 152/97, de 19 de junho
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4. REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Monitorização
Processo de recolha e processamento deinformação sobre a qualidade do efluentetratado, de forma sistemática, visandoacompanhar o comportamento do sistema detratamento ou um outro objetivo específico.
Processo de recolha e processamento deinformação sobre a qualidade do efluentetratado, de forma sistemática, visandoacompanhar o comportamento do sistema detratamento ou um outro objetivo específico.
Amostra Pontual
Amostra Composta
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5. EFLUENTE VINÍCOLA
• Sazonalidade - composição e volume variável consoante a época do ano e a atividade da adega, com maior carga poluente na época de vindima
• Habitualmente ácido
• Carga poluente elevada – alta concentração em matéria orgânica
Águas residuais que contêm resíduos desubprodutos (engaços, grainhas, películas,borras, lamas, tartaratos), perdas deprodutos brutos (perdas de mostos e devinhos ocorridos por acidente ou duranteas lavagens), produtos usados para otratamento do vinho e produtos de limpezae de desinfeção.
Águas residuais que contêm resíduos desubprodutos (engaços, grainhas, películas,borras, lamas, tartaratos), perdas deprodutos brutos (perdas de mostos e devinhos ocorridos por acidente ou duranteas lavagens), produtos usados para otratamento do vinho e produtos de limpezae de desinfeção.
• Composição variável em função do tipo de tecnologia utilizada e matéria prima (uva) processada
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5. EFLUENTE VINÍCOLA
Caracterização
Efluente vinícola
CQO 10.000 mg/l
CBO5 6.000 mg/l
SST 1.500 mg/l
Efluente doméstico
VLE do Anexo XVIII do DL
236/98
800 mg/l 150 mg/l
400 mg/l 40 mg/l
250 mg/l 60 mg/l
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5. EFLUENTE VINÍCOLA
Soluções de Rejeição
No solo (órgão de infiltração) ou linha de água
No coletor municipal de saneamento
Reutilização através da aplicação no solo de como fertilizantes ou corretivos orgânicos
Armazenamento e transporte para ETAR
Titulo de utilização dos Recursos HídricosTratamento adequadoCumprimento das Normas de RejeiçãoMonitorização
Autorização da entidade gestoraPré-tratamento
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Condições de ligação à rede pública de saneamento – articulação entre as entidades gestoras da rede em alta e rede em baixa
Desenvolvimento de soluções de tratamento e valorização mais integrados
Capacidade do meio recetor
Redução da carga poluente através da introdução de novas tecnologias no processo de produção de vinho, nomeadamente no grau de recuperação de subprodutos
Considerações Finais
5. EFLUENTE VINÍCOLA
O caráter sazonal da atividade provoca perturbações no normal funcionamento dos sistemas de tratamento de águas residuais
Ausência de pessoal especializado para acompanhar as operações de tratamento
ANTÓNIO AFONSO
Administração da Região Hidrográfica do Norte
REGIME DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Rejeição de Águas Residuais