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REUNIÃO PLENÁRIA DE 31 DE JULHO Presidente: Exmo. Sr. José Miguel Jardim de Olival Mendonça Secretários: Exmos. Srs. Rui Miguel Moura Coelho Ana Mafalda Figueira da Costa Sumário O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão às 9 horas e 20 minutos. PERÍODO DA ORDEM DO DIA:- Iniciaram-se os trabalhos com a apreciação do projeto de decreto legislativo regional, da autoria do Partido Social-Democrata, que “Aprova normas para a proteção dos cidadãos e medidas para a redução da oferta de drogas sintéticas”, apresentado com processo de urgência (aprovado), na qual intervieram, a diverso título, os Srs. Deputados Edgar Silva (PCP), José Manuel Coelho (PTP), Carina Ferro (PS), Rafaela Fernandes (PSD), Teófilo Cunha (CDS/PP), Roberto Vieira (MPT), Raquel Coelho (PTP), Rubina Sequeira (PND), Jaime Filipe Ramos (PSD), Rui Almeida (PAN) e Martinho Câmara (CDS/PP). Submetido à votação, o diploma foi aprovado na generalidade. Na especialidade, foram presentes à Mesa seis propostas de alteração, uma de eliminação e cinco de substituição, da autoria do Partido Social-Democrata, as quais, após a intervenção da Sra. Deputada Rafaela Fernandes (PSD), foram aprovadas. Também, em votação final global, o diploma foi aprovado por maioria. - Seguiu-se a apreciação da proposta de decreto legislativo regional que “Procede à revogação do diploma que criou o Conselho de Promoção da Região Autónoma da Madeira”, apresentada com processo de urgência (aprovado). Interveio a propósito, a Sra. Deputada Nivalda Gonçalves (PSD). A proposta, submetida à votação, foi aprovada, tanto na generalidade, como em votação final global. - Após a intervenção do Sr. Deputado Emanuel Gomes (PSD), foi igualmente aprovada, na generalidade e em votação final global, a proposta de decreto legislativo regional que “Procede à revogação do diploma que criou o Conselho Regional da Cultura e Animação”, também apresentada com processo de urgência (aprovado). Por fim, e ao abrigo do artigo 69.º, ponto 3, do Regimento, passou-se à II Parte, com as seguintes votações finais globais: - Da proposta de decreto legislativo que “Estabelece os procedimentos e define as competências para efeitos de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de produtos de petróleo e postos de abastecimento de combustíveis”, aprovada por maioria; - Da proposta de decreto legislativo que “Estabelece a primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 17/2007/M, de 12 de Novembro, que estabelece os princípios e normas a que deve obedecer a organização da Administração direta e indireta na Região Autónoma da Madeira”, aprovada por maioria; …/… X Legislatura Número: 48 I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 31 de Julho de 2012 Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa

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REUNIÃO PLENÁRIA DE 31 DE JULHO

Presidente: Exmo. Sr. José Miguel Jardim de Olival Mendonça

Secretários: Exmos. Srs. Rui Miguel Moura Coelho

Ana Mafalda Figueira da Costa

Sumário

O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão às 9 horas e 20 minutos. PERÍODO DA ORDEM DO DIA:- Iniciaram-se os trabalhos com a apreciação do projeto de decreto legislativo

regional, da autoria do Partido Social-Democrata, que “Aprova normas para a proteção dos cidadãos e medidas para a redução da oferta de drogas sintéticas”, apresentado com processo de urgência (aprovado), na qual intervieram, a diverso título, os Srs. Deputados Edgar Silva (PCP), José Manuel Coelho (PTP), Carina Ferro (PS), Rafaela Fernandes (PSD), Teófilo Cunha (CDS/PP), Roberto Vieira (MPT), Raquel Coelho (PTP), Rubina Sequeira (PND), Jaime Filipe Ramos (PSD), Rui Almeida (PAN) e Martinho Câmara (CDS/PP). Submetido à votação, o diploma foi aprovado na generalidade.

Na especialidade, foram presentes à Mesa seis propostas de alteração, uma de eliminação e cinco de substituição, da autoria do Partido Social-Democrata, as quais, após a intervenção da Sra. Deputada Rafaela Fernandes (PSD), foram aprovadas.

Também, em votação final global, o diploma foi aprovado por maioria. - Seguiu-se a apreciação da proposta de decreto legislativo regional que “Procede à revogação do diploma que

criou o Conselho de Promoção da Região Autónoma da Madeira”, apresentada com processo de urgência (aprovado). Interveio a propósito, a Sra. Deputada Nivalda Gonçalves (PSD). A proposta, submetida à votação, foi aprovada, tanto na generalidade, como em votação final global.

- Após a intervenção do Sr. Deputado Emanuel Gomes (PSD), foi igualmente aprovada, na generalidade e em votação final global, a proposta de decreto legislativo regional que “Procede à revogação do diploma que criou o Conselho Regional da Cultura e Animação”, também apresentada com processo de urgência (aprovado).

Por fim, e ao abrigo do artigo 69.º, ponto 3, do Regimento, passou-se à II Parte, com as seguintes votações finais globais:

- Da proposta de decreto legislativo que “Estabelece os procedimentos e define as competências para efeitos de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de produtos de petróleo e postos de abastecimento de combustíveis”, aprovada por maioria;

- Da proposta de decreto legislativo que “Estabelece a primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 17/2007/M, de 12 de Novembro, que estabelece os princípios e normas a que deve obedecer a organização da Administração direta e indireta na Região Autónoma da Madeira”, aprovada por maioria;

…/…

X Legislatura Número: 48

I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 31 de Julho de 2012

Região Autónoma da Madeira

Diário Assembleia Legislativa

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Diário da Assembleia Legislativa Sessão nº 48 X Legislatura, I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 31 de Julho de 2012

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O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Bom dia, Srs. Deputados. Façam o favor de ocupar os vossos lugares.

Estavam presentes os seguintes Srs. Deputados: PARTIDO SOCIAL-DEMOCRATA (PSD) Agostinho Ramos de Gouveia Ana Mafalda Figueira da Costa Pereira Ana Maria de Gouveia Serralha Edgar Alexandre Garrido Gouveia Emanuel Sabino Vieira Gomes Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos Jaime Filipe Gil Ramos José António Coito Pita José Gualberto Mendonça Fernandes José Jardim Mendonça Prada José Lino Tranquada Gomes José Luís Medeiros Gaspar José Miguel Jardim Olival Mendonça José Paulo Baptista Fontes José Pedro Correia Pereira José Savino dos Santos Correia Maria João França Monte Maria Rafaela Rodrigues Fernandes Miguel José Luís de Sousa Nivalda Nunes Silva Gonçalves Pedro Emanuel Abreu Coelho Roberto Paulo Cardoso da Silva Rui Miguel Moura Coelho Vicente Estevão Pestana

CENTRO DEMOCRÁTICO SOCIAL/PP (CDS/PP) António Manuel Lopes da Fonseca José Roberto Ribeiro Rodrigues Lino Ricardo Silva de Abreu Maria Isabel Vieira Carvalho de Melo Torres Mário Jorge de Sousa Pereira Martinho Gouveia da Câmara Rui Miguel da Silva Barreto Teófilo Alírio Reis Cunha

PARTIDO SOCIALISTA (PS) Ana Carina Santos Ferro Fernandes Avelino Perestrelo da Conceição Maria Luísa de Sousa Menezes Gonçalves Mendonça Maximiano Alberto Rodrigues Martins Vítor Sérgio Spínola de Freitas

PARTIDO TRABALHISTA PORTUGUÊS (PTP) José Manuel da Mata Vieira Coelho

…/…

- Do projeto de resolução, da autoria do Partido Comunista Português, intitulado “A Região Autónoma da Madeira exige mais do Estado Português – em defesa do mar e pela salvaguarda da Zona Económica Exclusiva”, aprovado por unanimidade;

- Da proposta de decreto legislativo que procede à “Segunda alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 1/2009/M, de 12 de Janeiro, que adapta à Administração Regional Autónoma da Madeira a Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remuneração dos trabalhadores que exercem funções públicas”, aprovada por maioria;

- Da proposta de decreto legislativo que “Aplica à Administração Regional Autónoma da Madeira o regime de mobilidade especial entre serviços dos trabalhadores da Administração Pública visando o seu aproveitamento racional, estabelecido pela Lei n.º 53/2006, de 7 de Dezembro, e o regime geral de extinção, fusão e reestruturação de serviços públicos e de racionalização de efetivos, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de Outubro”, aprovada por maioria.

O Sr. Presidente encerrou a Sessão às 10 horas e 30 minutos.

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José Luís Gonçalves Rocha Raquel da Conceição Vieira Coelho

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP) Edgar Freitas Gomes Silva

PARTIDO DA NOVA DEMOCRACIA (PND) Rubina Filipa Gouveia Jardim Sequeira

PARTIDO PELOS ANIMAIS E PELA NATUREZA (PAN) Rui Manuel dos Santos Almeida

MOVIMENTO PARTIDO DA TERRA (MPT) Roberto Paulo Ferreira Vieira

Srs. Deputados, dispomos de quórum, declaro aberta a Sessão.

Eram 09 horas e 20 minutos.

E conforme decisão da Conferência de Líderes, não haverá período de antes da ordem do dia, vamos entrar na nossa ordem de trabalhos.

ORDEM DO DIA

E iniciamos com a I Parte, ponto 1, apreciação do projeto de decreto legislativo regional que “Aprova normas para a proteção dos cidadãos e medidas para a redução da oferta de drogas sintéticas”, apresentado com processo de

urgência, da autoria do Partido Social-Democrata.

Consta do seguinte:

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira O Grupo Parlamentar do Partido Social-Democrata vem requerer nos termos dos artigos 234.º e 235.º do Regimento

da Assembleia Legislativa da Madeira, a apreciação com Processo de Urgência, do Projeto de Decreto Legislativo Regional intitulado “Aprova normas para proteção dos cidadãos e medidas de redução na oferta de drogas sintéticas” com os seguintes requisitos:

a) Dispensa do prazo previsto no artigo 145.º; b) Dispensa do prazo de exame em comissão (artigo 235.º, alínea b)); c) Dispensa do envio à comissão para a redação final (artigo 235.º, alínea d)). Com os nossos respeitosos cumprimentos. Funchal, 5 de Julho de 2012 O Líder do Grupo Parlamentar do PSD/M, Ass.: Jaime Ramos.-

Está à discussão a deliberação da urgência. E pergunto ao MPT se deseja intervir no processo de urgência?

O SR. ROBERTO VIEIRA (MPT):- Não, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- O PAN, deseja intervir?

O SR. RUI ALMEIDA (PAN):- Não, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- O PND não está.

O PCP, deseja intervir na deliberação da urgência? O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Sim, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Tem a palavra, Sr. Deputado.

O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, sendo esta matéria uma matéria relevante e de notório e óbvio interesse público, só é pena que o PSD tenha recorrido ao processo de urgência como subterfúgio regimental para ultrapassar um conjunto de outros processos de iniciativa legislativa que estão na ordem de trabalhos e com matéria igualmente relevante, igualmente, ou com maior, talvez, em alguns casos com maior relevância pública e maior alcance político, mas que ficam para as calendas gregas, porque este Parlamento, não só reúne com pouca assiduidade, como depois o PSD, fruto da imposição da sua hegemónica maioria, faz impor os seus interesses unilaterais. Numa situação qualquer, num parlamento que votasse e que funcionasse com o mínimo de decência, com o mínimo de respeito por regras elementares de funcionamento da instituição parlamentar, estas situações certamente que seriam reprovadas politicamente, seriam objeto de censura pública e de censura política.

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No entanto, a maioria impõe-se hegemonicamente, de forma autoritária, de forma absolutista, certamente que por isso, este projeto, sendo urgente, outros existirão há mais tempo, com igual ou maior urgência, mas a ditadura da maioria irá imperar.

Burburinho.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- O PTP, deseja intervir?

O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Sim, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Tem a palavra.

O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sras. e Sras. Deputados, muito bom dia para todos. O combate à toxicodependência na nossa Região Autónoma não pode ficar só pela proposta do PSD. Este tipo de

drogas, embora não sendo das piores, merece o nosso total empenho para a sua ilegalização. O nosso partido, durante a campanha eleitoral para as regionais, foi o único partido que assumiu como bandeira a luta contra estas drogas chamadas legais. As entidades regionais nos últimos anos descuram o combate à prevenção à toxicodependência. O aumento dos toxicodependentes na Região Autónoma é um assunto tabu para as autoridades regionais. Um governante, há bem pouco tempo, convocou a imprensa para a anunciar à Região que o número oficial de toxicodependentes era inferior à taxa nacional. Este governante não conhece com certeza o Bairro da Nogueira, o Bairro de Santo Amaro, o Bairro da Nazaré, o Bairro da Nova Cidade e das Malvinas em Câmara de Lobos. Estes não são oficiais. A toxicodependência devia merecer, da parte do Governo Regional, uma atenção prioritária, com políticas eficazes na prevenção, no consumo e no tráfego, e no combate eficaz ao tráfego. As autoridades policiais deviam investigar e combater o tráfego com maior empenho, mas aqui na Região Autónoma as autoridades estão mais interessadas em combater, em apanhar os pescadores da lapa, porque realmente as coisas realmente importantes são postas para trás das costas e aquilo que é secundário é que é alvo da investigação policial e da atuação das forças policiais.

Muito obrigado.

Burburinho.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- O PS, deseja intervir?

A SRA. CARINA FERRO (PS):- Sim, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Tem a palavra, Sra. Deputada.

A SRA. CARINA FERRO (PS):- Muito obrigada, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, parece-nos que é evidente que esta matéria é efetivamente uma matéria urgente, seja agora, seja nos próximos meses, uma vez que a Madeira é efetivamente a segunda região do País com a maior percentagem de jovens em risco. E como tal, e porque este diploma efetivamente pode trazer algumas vantagens no combate à toxicodependência a nível regional, o voto do Partido Socialista neste processo de urgência será obviamente favorável.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

O CDS, deseja intervir na deliberação da urgência? Não. O PSD também não. Srs. Deputados, vou colocar à votação a deliberação da urgência.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade. (Registou-se a ausência do PND) Está à discussão na generalidade. Sra. Deputada Rafaela Fernandes para uma intervenção, tem a palavra. A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o PSD apresenta nesta

Assembleia duas iniciativas legislativas sobre esta mesma matéria. Se bem se recordam, nós fizemos a discussão de uma iniciativa à Assembleia da República acerca de uma semana e meia atrás, a qual é complementada com este projeto de decreto legislativo regional, o qual tem um objetivo essencial, que é o de criar o regime administrativo contraordenacional que garanta uma eficácia naquilo que é a atuação das entidades regionais. E essa atuação com eficácia passará por a apreensão destes produtos que estão devidamente elencados, que estão devidamente definidos nesta iniciativa, bem como até o possível encerramento do espaço onde são comercializadas essas substâncias.

Importa aqui referenciar o que consta do artigo 2.º, que é, precisamente, que plantas, ou que substâncias é que estamos aqui a falar.

Estamos a falar de substâncias de origem natural ou sintética, em qualquer estado físico ou de produto, planta cogumelo, ou parte dela, contendo substância que afetam o sistema nervoso central.

Nessa medida, o PSD tem inclusivamente uma proposta de alteração na especialidade, que é o de substituir esta expressão que consta na redação originária, para fazer constar neste artigo 2.º que são substâncias que afetam o sistema nervoso central.

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E por isso mesmo, o que aqui está em causa é um problema de saúde pública, pela dimensão que o problema já atingiu na Região Autónoma da Madeira. Porquê? Porque estamos a falar de termos um número acima daquilo que seria expectável, de jovens, porque estamos a falar de jovens no âmbito escolar, mas também de jovens população adulta, que neste momento têm práticas de consumo destas substâncias e que têm sido referenciados por parte do SESARAM, neste caso concreto, onde têm recebido assistência médica.

Tal como tive oportunidade de falar, o que se coloca aqui na discussão destas iniciativas, é percebermos em que posição é que nós estamos: ou queremos criar legislação para combater o problema, ou encontramos subterfúgios para justificar que não se quer o diploma, ou que não se concorda com esta opção legislativa que foi aqui apresentada pelo PSD.

Mas infelizmente já tivemos uma discussão no último diploma com subterfúgios da parte da oposição, sem uma definição clara daquilo que pretende para esta iniciativa e, relativamente a esta, espero eu, que haja uma evolução nesse sentido, de, todos juntos, nesta Assembleia, podermos aprovar esta mesma iniciativa legislativa, porque ela vai ser um contributo importante para a atuação das entidades competentes em relação ao combate a esta praga. E aplico o termo praga, porque esta praga não é apenas no que toca a este conjunto de substâncias, que são substâncias ditas legais, porque estão fora da lista de substâncias constantes da lei da droga, vulgarmente conhecida por Lei da Droga, mas sobretudo porque ela é uma praga do ponto de vista social: não escolhe estratos sociais, não escolhe idades. Estamos a falar de uma praga que, atingindo agregados familiares, é capaz de destruir tudo aquilo que é o conceito de organização familiar. Com certeza os Srs. Deputados têm o conhecimento daquilo que são famílias que acabam por, organizadas, porque têm postos de trabalhos, porque têm rendimentos, mas que acabam por cair num processo de desorganização, precisamente por causa desta praga social. E por isso mesmo alguns até apelidaram de “peste negra do século XXI”, o que eu naturalmente corroboro.

E a verdade é que nós, nesta Assembleia, temos a responsabilidade de criar aqui mecanismos legislativos que de alguma forma possam apoiar a atuação das instituições. E estamos a falar de uma atuação, não apenas destas instituições administrativas, quer a Inspeção Regional de Atividades Económicas, mas também os serviços de fiscalização municipal, mas igualmente também as polícias, que naturalmente, ao detetarem situações destas, vão recorrer à competência da IRAE para proceder consoante aquilo que aqui está previsto no diploma, que é até a apreensão do produto, mas pelo menos garantir que alguma coisa é feita em termos de redução da oferta destas mesmas substâncias, que é esse o objetivo: redução da oferta dessas substâncias.

E por isso mesmo, o PSD acredita que irá reunir consenso nesta Assembleia em torno desta mesma iniciativa legislativa.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Sr. Deputado Teófilo Cunha para uma intervenção, tem a palavra.

O SR. TEÓFILO CUNHA (CDS/PP):- Obrigado, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, o Grupo Parlamentar do CDS concorda efetivamente com esta proposta de decreto legislativo regional, porque é preciso combater todos aqueles que, no meio, utilizam os subterfúgios da lei para a contornar. E é preciso combater a produção, a distribuição e a comercialização destas substâncias chamadas “substâncias psicoativas”.

Conhecemos a realidade local deste problema de saúde pública. E só para terem uma ideia, os colegas terem uma ideia, estas drogas, sensivelmente, segundo os dados do Observatório Europeu da Toxicodependência, por semana sai uma substância nova.

Por isso, entendemos que, da forma como antes eram controladas estas substâncias, tornar-se-ia muito difícil esse mesmo controlo, porque essas substâncias novas, para serem consideradas ilegais e irem para aquela lista que a Sra. Deputada Rafaela fala, o Decreto-Lei n.º 15/93, demora cerca de 2 anos, e andamos sempre, o gato atrás do rato, mas com dois anos de atraso. E esta proposta, no nosso entender, se numa fase inicial nós tínhamos algumas dúvidas, deixámos de ter essas dúvidas, porque, por proposta do PSD, em comissão especializada, irá alterar-se aqui uns pequenos pontos que nós concordamos na realidade com eles.

Também falamos com os profissionais e estamos conscientes dos problemas que o uso deste tipo de substâncias provocam aos mais jovens, porque infelizmente são os mais jovens que se gostam de deliciar com este tipo de produtos, e, claro, para não falar do drama familiar que é ter pessoas viciadas e com os problemas de saúde que esses mesmos jovens apresentam após ingerirem este tipo de substâncias. Estamos a falar de alterações comportamentais, alterações de humor, ou seja, ficam completamente fora do que é ter um espírito racional e ter um pensamento de uma pessoa íntegra.

Entendemos as preocupações do legislador. É também a nossa preocupação e, de uma vez por todas, tentar resolver este assunto. Se perguntarem se é com esta legislação que se resolvem todos os assuntos!? Nós não vivemos num mar de rosas, infelizmente, provavelmente pode não ser suficiente, mas que é um passo significativo, assim o aceitamos, e por isso vamos votar favoravelmente esta proposta de decreto legislativo regional.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.

Sr. Deputado Roberto Vieira para uma intervenção, tem a palavra.

O SR. ROBERTO VIEIRA (MPT):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Partido da Terra vai votar

favoravelmente esta proposta. É uma proposta que realmente é urgente para a nossa terra, é urgente para as famílias da nossa terra.

Todos nós sabemos que a apreensão destes produtos e o encerramento destes espaços deve ser também urgente, pois o que está em causa são as famílias, são os jovens e são os adolescentes. Todos nós temos conhecimento, através da comunicação social, de amigos, de conhecidos, de situações graves que acontecem na nossa terra,

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nomeadamente o internamento de jovens e adolescentes, por consequência do consumo destas drogas ditas legais. Estas drogas ditas legais têm que ser proibidas. É verdade, e reconhecemos, que a formação e a educação eram o primeiro caminho a seguir, mas verificamos que não chega e, se não chegam a formação e a educação, temos que ir para a proibição destes espaços, a proibição do consumo destas drogas e da venda destas drogas, pois este é um flagelo, como já referi, nas famílias madeirenses.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.

Sra. Deputada Raquel Coelho. A SRA. RAQUEL COELHO (PTP):- Obrigada, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, realmente o desenvolvimento de novos tipos de drogas sintéticas e a sua rápida distribuição no mercado impõe da nossa parte uma rápida intervenção, por isso mesmo o Partido Trabalhista irá votar favoravelmente esta proposta, tendo em conta que no Continente e também aqui na Região, tem-se registado um crescimento alarmante da popularidade e consumo destas denominadas “drogas sintéticas”.

Estas são vendidas em lojas de porta aberta, são conhecidas pelas “smartshop”, e aqui na Região temos inclusive uma dessas “smartshop”, e que dão uma falsa sensação de segurança para o consumidor, sendo que são mais apetecíveis este tipo de drogas, porque são mais baratas aqui na Região que as drogas convencionais, que as drogas naturais.

Além do rápido desenvolvimento e distribuição, as autoridades levam muito tempo para identificarem o perigo destas mesmas drogas e lista-las como substâncias proibidas. Estas drogas, comparadas com as tradicionais, são drogas de efeito imediato. E é nos serviços de urgência que se veem as consequências dessas drogas. Aparecem pessoas com ataques de pânico, surtos psicóticos, crises de taquicardia.

Portanto, as entidades regionais nos últimos anos têm descurado o combate e a prevenção à toxicodependência aqui na Região, o aumento da toxicodependência é cada vez maior e é considerado até um assunto tabu aqui pelos Membros do Governo, até como o Deputado José Manuel Coelho já referiu há pouco…

Burburinho na bancada do PSD. …que houve um governante que convocou a imprensa para anunciar que o número oficial de toxicodependentes

aqui na Região era inferior à média nacional, mas este governante com certeza não liga aos patas rapadas do Bairro da Nogueira, do Bairro da Nazaré, do Bairro da Nova Cidade, do Bairro de Santo Amaro, estes não merecem constar nos dados oficiais!

Burburinho na bancada do PSD. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigada, Sra. Deputada.

Sra. Deputada Carina Ferro para uma intervenção, tem a palavra. A SRA. CARINA FERRO (PS):- Muito obrigada, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, eu creio que esta matéria é efetivamente consensual, pelo menos na maioria dos grupos parlamentares e dos partidos aqui representados.

Este diploma efetivamente vai de encontro a algumas necessidades existentes no combate, no campo do combate às drogas. E no nosso entender, proibir a venda de substâncias psicoativas não especificamente controladas ao abrigo da legislação existente, é o primeiro passo, mas a responsabilização é igualmente importante no processo, seja no processo de prevenção, de tratamento, e agora de responsabilização dos principais infratores e dos principais responsáveis por esta praga social, como disse ali a Sra. Deputada Rafaela Fernandes.

No nosso entender, e após análise do diploma em questão, eu gostaria que a Sra. Deputada Rafaela porventura me explicasse, porque no artigo 4.º há uma referência a “ações de prevenção”, que deveriam incluir, além da educação, educação e prevenção da toxicodependência. E gostaria de lhe perguntar, porque é que efetivamente não aparece neste diploma, ou não está contemplado neste artigo, o tratamento daqueles jovens e daquelas pessoas que já estão e que já foram afetadas por este flagelo, e que neste momento são jovens totalmente dependentes e totalmente descontrolados, no sentido em que sentem uma necessidade imensa de voltar a consumir esse tipo de drogas, sem olhar a meios, efetivamente?

No que diz respeito às contraordenações, o ato de se procurar legislar a responsabilização daqueles que procuram fazer negócio às custas da saúde dos jovens, é efetivamente louvável, mas criou novamente uma dúvida que eu pedia à Sra. Deputada que nos esclarecesse. No artigo 14.º faz referência a que, 20% do produto das coimas, que constitui receita da Região, é afeto ao serviço regional com competência na área de prevenção e do tratamento da toxicodependência. A minha dúvida é, efetivamente, porquê apenas 20% afeto a esta área do tratamento em concreto da toxicodependência?

No seu todo, parece-nos que este é um primeiro passo importante, independentemente do que se faça a nível nacional, parece-nos que este é um primeiro passo importante a nível regional para combatermos este flagelo, e como tal terá obviamente o nosso voto favorável!

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Sr. Deputado Edgar Silva para uma intervenção, tem a palavra. O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, parece-nos incontornável lembrar tudo quanto há alguns anos atrás aconteceu à volta do chamado “Projeto Vida”.

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Nós, na Legislatura 96/2000, uma das batalhas políticas principais era a da extensão à Madeira do “Projeto Vida, todo um conjunto de medidas de combate e prevenção às drogas e toxicodependências. E durante a Legislatura 96/2000, a casmurrice do PSD e do Governo ia no sentido de inviabilizar e chumbar tudo o que eram propostas nesse sentido, dizendo que o problema não existia, recusando qualquer iniciativa a esse nível, porque isso implicava reconhecer a dimensão e a extensão de um problema humano e social.

A verdade é que o PSD foi obrigado a dar o braço a torcer e o “Projeto Vida” foi criado na Madeira, com algumas alterações, com algumas adaptações em relação àquilo que estava previsto a nível nacional.

E nós tivemos aqui muitas discussões. Lembro aqui a Dra. Nazaré Serra Alegra, que era uma dessas nossas adversárias, ela e o atual Secretário Regional dos Assuntos Sociais, Dr. Jardim Ramos, que eram aqueles que tinham por missão, ao contrário de hoje da Sra. Deputada Rafaela, tinham por missão negar o problema e tinham por missão, na vossa bancada, dar voz ao chumbo a tudo quanto tinha a ver com as nossas propostas, e nessa altura, da parte do PCP e do PS, sobretudo, então o Deputado Sampaio e o Deputado Bernardo Martins, e nós também, com as mais variadas iniciativas, e todas elas chumbadas entre 96 e 2000, porque o problema não existia, pura e simplesmente não existia.

Aparte inaudível da Sra. Rafaela Fernandes (PSD).

Burburinho. Essas foram batalhas políticas interessantes e a história veio a demonstrar, tal como noutras, agora até a pobreza já

não é 4% abaixo da Suécia, até o problema da pobreza já existe e até já existe um banco alimentar contra a fome, coisa que não existia, embora a fome existisse!

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado.

O ORADOR:- Ora, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós temos aqui um sinal dos tempos, e era com isso que

eu gostaria de terminar, é um sinal dos tempos e que é o PSD a partir do momento reconhece a existência de problemas. Nunca é demais reconhecer que mais tarde acontece. Mas a história tem destas coisas e nada mais do que vos desejar, bem-vindos ao mundo real, ao mundo real da vida das pessoas…

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.

O ORADOR:- …e do povo desta terra!

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sra. Deputada Rubina Sequeira para uma intervenção, tem a palavra.

A SRA. RUBINA SEQUEIRA (PND):- Srs. Deputados, Sr. Presidente.

Demência: perturbação psicológica que consiste em repetir várias vezes o mesmo ato, esperando sempre resultados diferentes!

Srs. Deputados, eu pensava que tinha ficado claro da última vez que nós discutimos isto, que as drogas legais, as chamadas drogas legais não ficavam abrangidas na vossa proposta. E agora eu não sei o que é que os Srs. Deputados querem proibir, eu não sei com base em quê é que querem fechar as lojas, porque aparentemente o que querem é mesmo fechar a loja.

Burburinho na bancada do PSD.

Srs. Deputados, naquela loja, nas chamadas “smartshop”, o que se vende são roupas, bolsas, cintos, cachimbos,

mortalhas, CD e fertilizantes! Estão rotuladas… A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Ainda acredita no Pai Natal!

Burburinho.

A ORADORA:- Sra. Deputada, caia na realidade!

Estão rotuladas como fertilizantes, amanhã vão estar rotuladas como detergentes. Vão sempre inventar rótulos novos!

Sra. Deputada, seja um pouco mais esperta, caia na realidade, como apela o Sr. Deputado Edgar, caia na realidade! Aparte inaudível da Sra. Rafaela Fernandes (PSD). Burburinho.

Ainda que consiga retirar da circulação uma ou outra substância, não vai conseguir abranger isso que pensa que vai conseguir abranger!

Burburinho na bancada do PSD. Os Srs. Deputados continuam a brincar aos legisladores. Hoje lá se vai mais um plenário, hoje lá se vão mais 70 mil

euros, hoje é o meu último plenário, e eu não aprendi muita coisa nesta Casa, tive contudo oportunidade de confirmar

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Diário da Assembleia Legislativa Sessão nº 48 X Legislatura, I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 31 de Julho de 2012

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uma coisa que eu já tinha aprendido na faculdade: se as pessoas soubessem como é que se fazem as leis e as salchichas, perdiam o sono da noite!

Tenho dito.

Burburinho. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Proponha uma solução!

A ORADORA:- Abram o debate! Não sabem como fazer, e depois fazem tontices!

A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Mas por acaso leu o diploma? Não leu o diploma!

Burburinho. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Sra. Deputada Rafaela Fernandes para uma intervenção, tem a palavra. A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, e naturalmente respondendo aqui

à questão que a deputada Carina colocou do artigo 4.º, a preocupação neste momento é que nós temos um grupo de jovens que iniciam os seus consumos com estas experiências destas substâncias que, independentemente dos nomes sugestivos que têm, ou das embalagens com as quais se apresentam, estamos a falar sempre de produtos que são atrativos em termos de embalagem ou em termos de nome.

E, portanto, nós temos um grupo de jovens que começam os seus consumos com estas substâncias e com os efeitos que aqui já foram reportados.

Temos depois o grupo de jovens, de adultos também, que, estando integrados em programas de tratamento, por exemplo de metadona, porque eram consumidores de heroína, começam a consumir este tipo de substâncias, o que de alguma forma põe em causa o investimento público que existe no tratamento destes mesmos jovens.

E depois temos aquele grupo de jovens que mistura as duas substâncias, quer aquelas ditas drogas proibidas, quer as ditas drogas legais.

Para estes três universos populacionais, a verdade é que as ações de prevenção não são tão eficazes. Porquê? Porque eles já iniciaram o processo de consumo.

E, portanto, nesse âmbito, tem que haver ações de informação para os esclarecer de quais as consequências que terão para a sua saúde.

E estas ações de informação não podem ficar fechadas no meio escolar, elas têm de acontecer na comunidade. E eu devo salientar que da parte do Governo tem havido esse esforço, até nós somos todos confrontados e temos assistido na própria RTP-Madeira que há spots publicitários de várias pessoas, de várias figuras que nós conhecemos da área do desporto, e que aparece uma mensagem do “não às drogas” e que é genericamente criada para tudo aquilo que são drogas e que criam dependências no organismo.

O que nos parece que aqui tem que acontecer, Deputada Carina, é que esta sensibilização passa muito por aquilo que é também a opção e aquilo que é o comportamento.

E, portanto, o comportamento das pessoas não se resolve por decreto. Agora, nós temos a responsabilidade de garantir condições de informação para que todas as pessoas que tenham estas aventuras em termos de comportamento possam ter a noção do que é que exatamente estamos aqui a falar.

Relativamente ao que consta no artigo 14.º, o que acontece aqui, naturalmente que poderemos aqui discutir das percentagens que são aqui afetas, mas também todos temos a noção de que não é com este valor que se resolve em termos de políticas de tratamento e de prevenção. Porquê? Porque elas representam um custo muito grande em termos de erário público, mas a verdade é que elas têm que acontecer. E eu não tenho aqui presente os números de cor, mas uma pessoa que está envolvida num processo de tratamento, por exemplo ao nível da metadona, significa um custo muito grande para o erário público. E algumas pessoas dizem assim: Mas porque é que o erário público tem que assumir esses custos, quando outras pessoas que não se meteram em vícios têm problemas de saúde e por vezes não têm a resposta tão adequada em termos de serviço público?

E por isso mesmo, essa é uma questão se calhar eterna, mas o que interessa aqui é sabermos que da parte da resposta do serviço público ela vai acontecer, quer num âmbito, quer noutro âmbito, e é preciso que haja, nomeadamente na área da prevenção, a envolvência de todo um conjunto de organismos públicos, mas também de entidades privadas, como tem acontecido até à data com a disponibilização de figuras da área do desporto, como eu referi há pouco, a passarem a mensagem do “não às drogas”.

Quanto àquilo que aqui foi dito, e para terminar a minha intervenção, parece-me que é pertinente, Sr. Deputado Edgar Silva, fazermos aqui uma distinção: muito aconteceu e muito ocorreu desde 96 até à data de 2012. Se em 96 o Sr. Deputado Edgar trouxesse aqui a esta Assembleia um diploma relacionado com estas drogas que aqui estamos a falar, naturalmente que não iria acontecer. Mas se há matérias, e esta acusação é feita sempre ao PSD de uma forma injusta, porque se há matérias onde a decisão política tem profundamente uma decisão técnica é na matéria da saúde. E em matéria de saúde, e neste caso concreto da saúde mental e das toxicodependências, é preciso termos aqui em linha de conta que o Governo Regional criou uma estrutura própria em termos de tratamento com o serviço do Centro de São Tiago…

Aparte inaudível do Sr. Edgar Silva (PCP). …criou uma estrutura própria com o serviço de prevenção, mas mais do que isso, consagrou em todos os

programas de Governo ações concretas nesta mesma área.

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E, portanto, não é bem verdade aquilo que o Deputado Edgar acabou de dizer, porque a realidade social também evoluiu. Infelizmente evoluiu num sentido de se aumentar o número de pessoas que consomem estas mesmas substâncias e, mais do que isso, e remetendo para aquilo que são estudos, nós temos o conhecimento da existência de estudos que são feitos por entidades nacionais, que fazem a inclusão da Região Autónoma da Madeira nesses mesmos estudos, e o resultado é, em termos de números, que há de facto uma redução do número de jovens que consomem drogas ditas ilegais proibidas, ao invés, há um aumento de jovens que consomem álcool. E eu devo dizer, Sr. Deputado Edgar, que os estudos são aquilo que são e valem aquilo que valem, mas devo salientar, Sr. Deputado Edgar, que os estudos mais recentes são feitos por entidades nacionais, não são entidades regionais, e as entidades regionais não podem ficar com esse ónus que o Sr. Deputado aqui quer impor, de se estar a esconder a realidade para debaixo do tapete, porque isso não é assim. A realidade social evoluiu, o Governo, e bem, evoluiu também no sentido de acompanhar essa realidade social, e o que aqui nós temos, Deputado Edgar Silva, é uma iniciativa legislativa da iniciativa do PSD, que vem precisamente de acordo com aquilo que é a exigência da realidade social.

E por isso mesmo, Sr. Deputado Edgar, se realmente houvesse preocupação da sua parte, em vez da demagogia que aqui foi feita na sua intervenção anterior, com certeza teríamos da sua parte um outro tipo de intervenção que não aquela que acabámos de ouvir, porque seria sempre no sentido de garantirmos a aprovação desta mesma iniciativa, de levarmos a mesma em termos de quadro legal, para que alguma coisa mude também nesse âmbito nesta mesma matéria.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Sr. Deputado Jaime Filipe Ramos para um pedido de esclarecimento, tem a palavra.

O SR. JAIME FILIPE RAMOS (PSD):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sra. Deputada Rafaela Fernandes, há pouco

ouvi as intervenções de outros deputados desta Casa, e eu gostaria que a Sra. Deputada pudesse esclarecer a mesma sobre um determinado posicionamento que me está a fazer alguma confusão e que é, é ou não é um problema esta situação hoje criada perante os jovens? Urge ou não urge resolver esta situação?

Aqueles que aqui hoje estão a criticar que nada serve esta iniciativa, curiosamente nada fazem para combater este flagelo. E eu prefiro que sejam tomadas medidas neste Parlamento, de forma a dificultar a vida de quem, de uma forma sem escrúpulos, faz este tipo de comportamentos perante jovens nesta terra, do que nada fazer, cruzando os braços e dizendo que não há nada para fazer.

Burburinho nas bancadas da oposição.

Por isso, Sra. Deputada, gostaria que voltasse a explicar a esta Casa, mas de uma forma sucinta e direta, o

seguinte: ao fazermos essas contraordenações, não é o aspeto criminal, porque esse já foi feito para a Assembleia da República, também aprovado neste Parlamento, mas é aquilo que neste momento cabe a este Parlamento e as competências que temos para o fazer.

E se isso é verdade, eu julgo que o Grupo Parlamentar do PSD e os restantes deputados que hoje se associarem a esta iniciativa estão pelo menos a dar um sinal de que estamos a combater este flagelo. E isso, para mim, parece-me mais importante do que determinados discursos que em nada acrescentam e, mais!, provavelmente deduzem que há pessoas que lamentam, mas nada querem fazer!

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.

Sra. Deputada Rafaela Fernandes para responder, tem a palavra. A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Objetivamente, Deputado Jaime Filipe Ramos, é um problema social, é

um drama social. As escolas, as direções das escolas, os psicólogos das escolas, as associações de pais nas escolas, as famílias em si que vivem este problema, estão aflitas perante aquilo que é a realidade social. As lojas proliferam nas ruas do Funchal, os vendedores ambulantes proliferam nas ruas do Funchal, e nós temos a responsabilidade de criar uma solução para reduzir essa mesma oferta. É essa a nossa missão nesta Assembleia e por isso mesmo, independentemente de algumas intervenções sem sentido algum relativamente a este diploma, não podemos retirar-lhe o mérito, porque nós estamos aqui a criar uma solução que é solicitada por todos quantos estão a viver este problema neste momento, quer da parte das famílias, mas também da parte dos técnicos, dos profissionais, que se veem a braços com situações verdadeiramente dramáticas de jovens que iniciam consumos destas substâncias.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Sra. Deputada Carina Ferro para um pedido de esclarecimento, tem a palavra. A SRA. CARINA FERRO (PS):- Muito obrigada, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sra. Deputada Rafaela Fernandes, eu se calhar não fui bem explícita nas minhas questões anteriores e, como tal, vou voltar a fazer um ponto da situação.

A minha dúvida essencial no artigo 4.º, que fala sobre ações de prevenção, reside essencialmente num ponto importante, aliás, num ponto que nos parece mais importante ainda do que a própria prevenção nesta fase, porque a Sra. Deputada reconheceu que a prevenção é pouco eficiente, a informação neste momento continua a não ser suficiente e, como tal, continuo a ter a dúvida, porque é que este diploma não prevê ações de tratamento? Uma maior ação em áreas de tratamento?

E, nesse sentido, voltar a perguntar-lhe, porque é que este diploma prevê que 80% das receitas voltam, ou são entregues à Região Autónoma da Madeira, e apenas 10% para a prevenção, e neste caso 10% para tratamento?

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Parece-me, Sra. Deputada, que esta divisão de receitas demonstra algo que infelizmente é notório, que é, parece que o seu Grupo Parlamentar esquece-se efetivamente que a Madeira é a segunda região do País com a maior percentagem de jovens em risco!? Eu já nem falo em toxicodependentes, porque não tenho presentes os números oficiais, mas sabemos efetivamente que há uma percentagem elevadíssima de jovens em risco. E, como tal, explique-nos, Sra. Deputada, por favor, porque é que só 10% das receitas que são acumuladas e que advêm destas coimas dos infratores e de todos aqueles que estão a beneficiar deste negócio não revertem obrigatoriamente para tratamentos e para ações de prevenção? E para onde é que vão estes 80% em concreto?

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Sra. Deputada Rafaela Fernandes para responder, tem a palavra. A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Obrigada, Sr. Presidente.

Começando pela última questão, Sra. Deputada Carina, a divisão que aqui está no artigo 14% é quase simbólica, se quiser que eu lhe diga, porque naturalmente aquilo que é uma exigência do erário público para a área da saúde e para a questão da saúde mental é muito superior àquilo que potencialmente serão os 10% do produto destas coimas. Mas ela é moralizadora, quando nós aprovamos este diploma e sabemos, tal como acontece no diploma do tabaco e noutros diplomas na área da saúde, que é simbolicamente haver a afetação imediata de uma percentagem das coimas às áreas do tratamento e da prevenção das toxicodependências. Mas é óbvio que isso excede, em muito, aquilo que potencialmente será a receita destas mesmas coimas a serem aplicadas!

Quanto ao artigo 4.º, Deputada Carina, o que aqui está, e estamos a falar do plano de prevenção, é um artigo que é necessário existir para a conjugação de esforços, como eu disse há pouco, dos vários organismos, quer da educação, quer da prevenção. E porquê? Porque nós não podemos deixar na discricionariedade das escolas haver ou não haver projetos na área da prevenção da toxicodependência. Este quadro legal que aqui está é uma ação para, é um quadro legal para que sejam necessariamente feitas ações de prevenção, envolvendo a área da educação e o serviço de prevenção.

A questão do tratamento, isso é óbvio que não está escrito, porque qualquer pessoa que tenha um problema perante o consumo destas substâncias, decorre da própria Constituição que é ela ter que receber tratamento no serviço público. É claro que pode ter a opção de recorrer a um privado, mas se ela precisar de tratamento, seja lá a que nível for, ela vai ter resposta em termos das unidades de saúde, sejam as públicas, sejam as privadas.

E por isso mesmo, não é preciso nós escrevermos a promoção de ações de tratamento, porque isso já é uma obrigação da Constituição haver uma resposta em termos de serviço público, para que estas pessoas recebam exatamente essa resposta, essa resposta em termos de prestação de cuidados de saúde.

Mas deixe-me dizer mais uma coisa. Sabe que do trabalho que tem sido feito por parte do Serviço Regional de Prevenção em termos de ações de prevenção, de informação com as escolas, com associações de pais e em outros meios sobre esta mesma área que aqui estamos agora a falar, das ditas drogas legais, tem sido proveitoso, porque tem alertado muitos dos pais que não estavam atentos a alguns comportamentos dos seus filhos, mas também tem estado a ser fundamental para munir as próprias escolas de instrumentos para reagirem a este tipo de comportamentos. E porquê? São vários os exemplos de miúdos que no intervalo das aulas consomem deste tipo de substâncias, porque os empresários têm esta perspicácia de criar os espaços de venda nos arredores das escolas, quando também não fazem introduzir dentro dos próprios recintos das escolas estas mesmas substâncias.

Aparte inaudível do Sr. Victor Freitas (PS). Elas estão fora da autorização, Sr. Deputado… O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sra. Deputada.

A ORADORA:- …como sabe, há uma coisa chamada “licenciamento zero”, o que vem dificultar em muito também

esta mesma situação! E por isso mesmo, Sra. Deputada Carina, o que aqui está em causa, e termino já, Sr. Presidente, o que aqui está em

causa é nós atacarmos e criarmos um compromisso de ações de prevenção, não de uma forma ad hoc, mas de uma forma concertada em relação a esta matéria!

Muito obrigada.

Burburinho.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Sr. Deputado Rui Almeida para uma intervenção, tem a palavra. O SR. RUI ALMEIDA (PAN):- Obrigado, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, nós realmente temos problemas com pessoas, devido à ingestão de certas substâncias, e creio que aqui o problema maior que se coloca é serem substâncias novas e haver esta necessidade de estar sempre a alterar a legislação. E agora esta proposta visa, de uma forma cabal e definitiva, acabar com esta ideia de substituir estas substâncias.

Parece que o que nós temos aqui é, ou que tivemos até à data, pensa-se que são as pessoas a serem cobaias de substâncias novas e depois com efeitos que depois se vêm a verificar, muito à semelhança do que acontece também com os testes que se fazem em animais.

Agora, a questão que coloco, é a real necessidade realmente que nós temos, como sociedade, de coisas novas, de novas substâncias. Isto é muito nesta linha do consumismo, vamos criar coisas novas para se consumir. E essa é a

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lógica do mercado. Eu creio que falta algo às pessoas, falta alegria e a capacidade de viverem plenamente e no gozo daquilo que é natural. E é neste ponto que eu gostava, e eu creio que a reflexão e a discussão deviam-se aprofundar, realmente o que é que falta às pessoas para terem que recorrer a este tipo de substâncias!?

E eu vou obviamente votar, talvez não tão obviamente, vou votar favoravelmente esta proposta, apesar de ter sérias dúvidas e reservas relativamente ao que julgo ser uma significativa restrição à liberdade pessoal, porque aqui estão incluídas, não só as substâncias sintéticas, mas também substâncias naturais. E tenho inclusivamente algumas dúvidas acerca da alegação que consegue distinguir por meio do seu efeito sobre o sistema nervoso central. Eu creio que é difícil legislar esta matéria a este nível, pois eu creio que há substâncias naturais, que num espetro contínuo afetam o nosso sistema nervoso.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado.

O ORADOR:- Já termino.

Portanto, eu creio que isto nós percebemos, há muitas coisas que podem afetar o nosso sistema nervoso, inclusivamente palavras que nos chegam, não pela via oral, portanto, bem, vou terminar.

Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.

Sr. Deputado Martinho Câmara para uma intervenção, tem a palavra. O SR. MARTINHO CÂMARA (CDS/PP):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta matéria é de grande

importância para o CDS, é uma matéria que nos preocupa a todos como sociedade, ainda mais porque este tipo de substâncias são substâncias de fácil acessibilidade, a sua disponibilidade é grande e o fator económico também é determinante, ou seja, são drogas que são acessíveis a quase todas as pessoas.

Por outro lado, aquilo que nos preocupa também é que este tipo de substâncias deixa marcas indeléveis nas pessoas, com efeitos que são irreversíveis, com destruição dos seres, de maneira que a sua capacidade intelectual fica irremediavelmente comprometida, o que também tem custos altíssimos a nível social.

Por outro lado, nós entendemos que este tipo de legislação é um primeiro passo, pode ser um pequeno passo, mas é sem dúvida o primeiro passo. Penso que esta foi uma oportunidade e o tempo certo para este tipo de legislação, porque realmente, como estas substâncias têm aparecido e como têm chegado também à nossa sociedade nestes últimos tempos, existia a necessidade deste tipo de legislação.

Em bom tempo o PSD apresentou aqui este tipo de legislação, e nós certamente que iremos votar a favor, sendo que também estamos atentos que será necessário outro tipo de legislação complementar a esta, onde também esteja contemplado o tratamento e também a prevenção.

E aqui o CDS gostaria de deixar um apelo, um apelo a todos aqueles que têm um papel de educação, sobretudo dos jovens, quer na escola, quer na catequese, quer noutros meios onde exista uma envolvência a nível educativo, para que não tenham tabus e abordem esta problemática com os filhos, que falem em família e que tenham sempre presente que é falando, e repetidamente, sobre este tipo de assuntos que muitas vezes os jovens, perante uma situação em que estão na eminência de poder ou não consumir, vão-se lembrar daquilo que os pais, a família e a comunidade educativa lhe falou e disse. E é muitas vezes nesses momentos, porque foi falado, porque foi dito que não presta, porque não serve, porque não alimenta nada, porque não traz mais-valias nenhumas e que tem consequências irreversíveis, que é sempre bom falar sobre estes assuntos.

E penso que esta matéria pode ter hoje esse efeito, de lançar o alerta a nível social para que este problema se fale, estas matérias se falem, e para que se conheçam também as consequências dos seus consumos.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.

Não havendo mais intervenções, vou colocar à votação o diploma na generalidade. Submetido à votação, foi aprovado com 42 votos a favor, sendo 24 do PSD, 8 do CDS/PP, 5 do PS, 3 do PTP, 1 do

PAN e 1 do MPT e 1 voto contra do PND. Passamos agora à discussão na especialidade. Existem 6 propostas de alteração, 1 de eliminação e 5 de substituição, todas da autoria do PSD. E vamos começar pela proposta de eliminação. Consta do seguinte: Proposta de Eliminação

Do n.º 3 do artigo 11.º, passando o atual n.º 4 a n.º 3. O Grupo Parlamentar do PSD Ass.: Jaime Ramos.- Regimentalmente, é a proposta de eliminação que deve ser discutida em primeiro lugar. Portanto, está à discussão a proposta de eliminação. Sra. Deputada Rafaela Fernandes para uma intervenção, tem a palavra. A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Obrigada, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, esta proposta de eliminação do n.º 3 do artigo 11.º, tem a ver precisamente com um lapso de escrita e, portanto, ela é perfeitamente percetível, que seria ocorrer no âmbito da comissão, mas, como vamos fazer a especialidade aqui, ela tem que acontecer neste mesmo âmbito.

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Diário da Assembleia Legislativa Sessão nº 48 X Legislatura, I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 31 de Julho de 2012

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O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Não havendo mais intervenções, vou colocar à votação a proposta de eliminação da autoria do PSD. Submetida à votação, foi aprovada com 38 votos a favor, sendo 24 do PSD, 7 do CDS/PP, 5 do PS, 1 do PAN e 1 do

MPT e 4 abstenções, sendo 3 do PTP e 1 do PND. Srs. Deputados, passamos agora às 5 propostas de substituição. Constam do seguinte: Propostas de Substituição

O Grupo Parlamentar do PSD/M, nos termos regimentais, apresenta as propostas de substituição aos artigos 1.º, 2.º, 9.º, 12.º e 14.º, com a seguinte redação:

Artigo 1.º (…) O presente diploma institui a proibição de venda ou disponibilização por qualquer forma de substâncias psicoativas,

não especificamente controladas ao abrigo da legislação própria. Artigo 2.º (…) Estão abrangidas todas as substâncias de origem natural ou sintética, em qualquer estado físico ou de um produto,

planta cogumelo, ou parte dela, contendo substância com ação direta ou indireta sobre o sistema nervoso central, sem indicação específica para uso humano e cujo fabrico ou introdução no comércio não seja regulado por disposições próprias.

Artigo 9.º (…) 1. (…) benefício económico que o infrator retirou da prática da contraordenação. 2. (…) 3. (…) Artigo 12.º (…) A perda de objetos pertencentes a terceiros só pode ter lugar: a) (…) b) (…) Artigo 14.º (…) O produto das coimas é distribuído da seguinte forma: a) 80% para a Região Autónoma da Madeira; b) 10% para o IASaúde IP-RAM, destinado a políticas de prevenção da toxicodependência; c) 10% para o SESARAM, E.P.E. destinado ao tratamento da toxicodependência. O Grupo Parlamentar do PSD Ass.: Jaime Ramos.-

Estão à discussão. E começamos pela primeira proposta de substituição reportada ao artigo 1.º do diploma. Sra. Deputada Rafaela Fernandes para uma intervenção, tem a palavra.

A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Obrigada, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, eu farei uma intervenção única para o conjunto das propostas, rapidamente, para deixar aqui uma explicação.

O artigo 1.º decorre de uma alteração, conforme conversa tida já com o Sr. Deputado do CDS, Teófilo, relativamente a esta mesma questão, no sentido de aperfeiçoar a redação do mesmo.

O artigo 2.º foi também nesse mesmo âmbito. O artigo 9.º é um lapso de escrita, porque refere “este”, quando é “o infrator”, e como o diploma não vai à comissão

para a redação final global, interessava fazer esta alteração neste momento. O artigo 12.º, também a mesma história. E o artigo 14.º é só uma questão de, o texto é exatamente o mesmo, é apenas, e só, uma questão de clarificação,

uma vez que na Região Autónoma da Madeira a área de prevenção não está no mesmo serviço que a área de tratamento, e para não haver dúvidas, achamos por bem esclarecer a distinção entre o Instituto de Administração da Saúde e o SESARAM.

E por isso mesmo, são estas singelas 5 propostas de substituição para aperfeiçoar esta mesma iniciativa legislativa. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Não havendo mais intervenções, vou colocar à votação as propostas de substituição. Os Srs. Deputados admitem que seja posta à votação em conjunto as 5 propostas? Muito bem! Regimentalmente deve ser proposta a proposta, mas se o Plenário concorda, pomos em conjunto. Submetidas à votação, foram aprovadas com 42 votos a favor, sendo 24 do PSD, 8 do CDS/PP, 5 do PS, 3 do PTP,

1 do PAN e 1 do MPT e 1 abstenção do PND.

Vou colocar agora à votação o diploma com as propostas de alteração aprovadas.

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Submetido à votação, foi aprovado com 42 votos a favor, sendo 24 do PSD, 8 do CDS/PP, 5 do PS, 3 do PTP, 1 do PAN e 1 do MPT e 1 voto contra do PND.

Srs. Deputados, vou colocar agora à votação final global o diploma.

Submetido à votação, foi aprovado com 42 votos a favor, sendo 24 do PSD, 8 do CDS/PP, 5 do PS, 3 do PTP, 1 do PAN e 1 do MPT e 1 voto contra do PND.

Passamos ao ponto 2 da nossa ordem de trabalhos…

Neste momento, começam a abandonar o Hemiciclo os Srs. Deputados da oposição.

…com a apreciação da proposta de decreto legislativo regional que “Procede à revogação do diploma que criou o Conselho de Promoção da Região Autónoma da Madeira”, apresentado com processo de urgência.

Consta do seguinte: Sua Excelência Sr. Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira Excelência: Solicitando a apresentação em Plenário e nos termos dos artigos 233.º a 236.º do Regimento da Assembleia

Legislativa da Madeira, o Governo requer processo de urgência para a proposta de Decreto Legislativo Regional que “Procede à revogação do diploma que criou o Conselho de Promoção da Região Autónoma da Madeira” aprovada em Conselho do Governo Regional de 20 de Julho de 2012.

Apresento a Vossa Excelência os meus cumprimentos, com a mais respeitosa consideração. O Presidente do Governo Regional da Madeira, Ass.: Alberto João Jardim.-

Está à discussão a deliberação da urgência. Sra. Deputada Nivalda Gonçalves para uma intervenção, tem a palavra.

A SRA. NIVALDA GONÇALVES (PSD):- Sr. Presidente, vamos proceder depois à discussão do diploma, mas faço

já a intervenção. Este diploma vem revogar o Conselho de Promoção da Região Autónoma da Madeira, e por isso é urgente a

discussão do mesmo.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigada, Sra. Deputada.

Vou colocar à votação o processo de urgência.

Submetida à votação, foi aprovada com os votos do PSD.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Está à discussão, na generalidade. Sra. Deputada Nivalda Gonçalves para uma intervenção, tem a palavra.

A SRA. NIVALDA GONÇALVES (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados do PSD, esta proposta que está

em cima da mesa visa revogar o diploma que criou o Conselho de Promoção da Região Autónoma da Madeira, e por isso, o Decreto Legislativo Regional n.º 15/95, de 31 de Julho, é aqui proposto para sua revogação.

E por isso, hoje em dia consideramos que não faz sentido manter este conselho de promoção, pois o mesmo não teve qualquer papel até à data. E em 2003 foi celebrado o protocolo de concertação e contratualização de promoção turística, em que em 2004 foi criada a Associação de Promoção da Região Autónoma da Madeira, que tem um papel mais amplo do que este conselho, e por isso mesmo faz o mesmo trabalho que este conselho fazia, mas com a participação de entidades privadas, que é o que se pretende neste momento, numa parceria público-privada.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada.

Vou colocar à votação, na generalidade, o diploma.

Submetido à votação, foi aprovado com os votos do PSD.

Vou colocar em votação final global.

Submetido à votação, foi aprovado com os votos do PSD. Ponto 3. Apreciação da proposta de decreto legislativo regional que “Procede à revogação do diploma que criou

o Conselho Regional da Cultura e Animação”, apresentado com processo de urgência.

Consta do seguinte: Sua Excelência Sr. Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira Excelência: Solicitando a apresentação em Plenário e nos termos dos artigos 233.º a 236.º do Regimento da Assembleia

Legislativa da Madeira, o Governo requer processo de urgência para a proposta de Decreto Legislativo Regional que

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Diário da Assembleia Legislativa Sessão nº 48 X Legislatura, I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 31 de Julho de 2012

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“Procede à revogação do diploma que criou o Conselho Regional da Cultura e Animação” aprovada em Conselho do Governo Regional de 20 de Julho de 2012.

Apresento a Vossa Excelência os meus cumprimentos, com a mais respeitosa consideração O Presidente do Governo Regional da Madeira, Ass.: Alberto João Jardim.-

Está à discussão. Não havendo intervenções, vou colocar à votação a deliberação da urgência.

Submetida à votação, foi aprovada com os votos do PSD.

Está à discussão na generalidade. Sr. Deputado Emanuel Gomes para uma intervenção, tem a palavra.

O SR. EMANUEL GOMES (PSD):- Muito obrigado.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, portanto, este diploma, a revogação deste diploma, vem na sequência da votação anterior. Trata-se de facto de extinguir, com este diploma, o Conselho Regional da Cultura e Animação, que foi criado em 96, e por via do Decreto Regulamentar Regional n.º 1/2012, que criou uma nova orgânica na Secretaria Regional da Cultura, sendo que, no seu artigo 10.º, prevê uma subsecção para o Conselho Regional de Turismo que engloba a cultura.

Há aqui uma duplicação de funções, por isso é forçada a extinção do antigo Conselho Regional da Cultura e Animação, que é isso que estamos aqui a discutir, e assim, deve-se revogar o Decreto Legislativo Regional n.º 22/96, de 7 de Setembro.

E é tudo. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.

Vou colocar à votação, na generalidade, o diploma.

Submetido à votação, foi aprovado com os votos do PSD.

Vou colocar em votação final global.

Submetido à votação, foi aprovado com os votos do PSD. Srs. Deputados, passamos à II Parte da nossa ordem de trabalhos, com as votações finais globais. Entretanto, entraram na Sala os Srs. Deputados da oposição. E temos como ponto 1 a leitura do parecer da 2.ª Comissão Especializada e votação final global da proposta de

decreto legislativo, que “Estabelece os procedimentos e define as competências para efeitos de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de produtos de petróleo e postos de abastecimento de combustíveis”.

A Sra. Secretária da Mesa vai fazer o favor de proceder à leitura do parecer.

Foi lido e consta do seguinte: Proposta de Decreto Legislativo Regional

“Estabelece os procedimentos e define as competências para efeitos de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de produtos de petróleo e postos de abastecimentos de combustíveis”

PARECER Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 151.º e seguintes do Regimento da Assembleia Legislativa da

Madeira, na redação e sistematização dadas pela Resolução n.º 5/2012/M, de 17 de Janeiro, reuniu no dia 26 de Julho de 2012, pelas 14 horas e 30 minutos, a 2.ª Comissão Especializada Permanente de Economia, Finanças e Turismo, encontrando-se presentes os Grupos Parlamentares do PSD, CDS/PP e PS.

Colocada à discussão na especialidade e não tendo sido apresentada qualquer proposta de alteração, a Comissão deliberou aprovar por unanimidade a Proposta de Decreto Legislativo Regional em epígrafe.

Nestes termos, a proposta de Decreto Legislativo Regional deverá ser enviada para Plenário para votação final global, ao abrigo do disposto no artigo 156.º do Regimento da Assembleia Legislativa da Madeira.

Este parecer foi aprovado por unanimidade. Funchal, 26 de Julho de 2012. O Relator, Ass.: Pedro Coelho.-

Muito obrigado, Sra. Secretária. Vou colocar à votação final global o diploma.

Submetido à votação, foi aprovado com 24 votos a favor do PSD e 18 abstenções, sendo 8 do CDS/PP, 5 do PS, 3 do PTP, 1 do PAN e 1 do MPT.

Passamos ao ponto 2, com a leitura do parecer da 7.ª Comissão Especializada e votação final global da proposta de

decreto legislativo, que “Estabelece a primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 17/2007/M, de 12 de

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Novembro, que estabelece os princípios e normas a que deve obedecer a organização da Administração direta e indireta na Região Autónoma da Madeira”.

A Sra. Secretária da Mesa vai fazer o favor de proceder à leitura do parecer.

Foi lido e consta do seguinte:

Proposta de Decreto Legislativo Regional “Estabelece a primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 17/2007/M, de 12 de Novembro, que estabelece os

princípios e normas a que deve obedecer a organização da Administração direta e indireta na Região Autónoma da Madeira”

PARECER Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 151.º e seguintes do Regimento da Assembleia Legislativa da

Madeira, na redação e sistematização dadas pela Resolução n.º 5/2012/M, de 17 de Janeiro, reuniu no dia 30 de Julho de 2012, pelas 09 horas e 30 minutos, a 7.ª Comissão Especializada Permanente de Administração Pública, Trabalho e Emprego, encontrando-se presentes os Grupos Parlamentares do PSD, CDS/PP e PS.

Colocada à discussão na especialidade e não tendo sido apresentada qualquer proposta de alteração, a Comissão deliberou aprovar a Proposta de Decreto Legislativo Regional em epígrafe, por maioria, com os votos a favor do PSD, contra do CDS/PP e a abstenção do PS.

Nestes termos, a proposta de Decreto Legislativo Regional deverá ser enviada para Plenário para votação final global, ao abrigo do disposto no artigo 156.º do Regimento da Assembleia Legislativa da Madeira.

Este parecer foi aprovado por unanimidade. Funchal, 30 de Julho de 2012. O Relator, Ass.: Rafaela Fernandes.-

Muito obrigado, Sra. Secretária. Vou colocar à votação final global o diploma.

Submetido à votação, foi aprovado com 24 votos a favor do PSD, 17 votos contra, sendo 8 do CDS/PP, 5 do PS, 3 do PTP e 1 do MPT e 1 abstenção do PAN.

Ponto 3. Leitura do parecer da 3.ª Comissão Especializada e votação final global do projeto de resolução do Partido Comunista Português intitulado “A Região Autónoma da Madeira exige mais do Estado Português – em defesa do mar e pela salvaguarda da Zona Económica Exclusiva”.

A Sra. Secretária da Mesa vai fazer o favor de proceder à leitura do parecer.

Foi lido e consta do seguinte: Proposta de Decreto Legislativo Regional

“A Região Autónoma da Madeira exige mais do Estado Português – em defesa do mar e pela salvaguarda da Zona Económica Exclusiva”

PARECER Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 164.º-A e 164º-C do Regimento da Assembleia Legislativa da

Madeira, na redação e sistematização dadas pela Resolução n.º 2/2009/M, de 15 de Janeiro, reuniu no dia 30 de Julho de 2012, pelas 9 horas, a 3.ª Comissão Especializada Permanente de Recursos Naturais e Ambiente, encontrando-se presentes os Grupos Parlamentares do PSD, CDS e PS.

Colocado à discussão na generalidade e, posteriormente, na especialidade, a Comissão deliberou aprovar por unanimidade o projeto de Resolução em epígrafe, da autoria do Representante do Partido do PCP.

Nestes termos, o projeto de Resolução deverá ser enviado para Plenário para votação final global, ao abrigo do disposto no artigo 164.º-E do Regimento da Assembleia Legislativa da Madeira.

Este parecer foi aprovado por unanimidade. Funchal, 30 de Julho de 2012. Pel´O Relator Ass.: Emanuel Gomes.-

Muito obrigado, Sra. Secretária. Vou colocar à votação final global o diploma.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade. (Registou-se a ausência do PCP e do PND)

Ponto 4. Leitura do parecer da 7.ª Comissão Especializada e votação final global da proposta de decreto legislativo, que procede à “Segunda alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 1/2009/M, de 12 de Janeiro, que adapta à Administração Regional Autónoma da Madeira a Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remuneração dos trabalhadores que exercem funções públicas”.

A Sra. Secretária da Mesa vai fazer o favor de proceder à leitura do parecer.

Foi lido e consta do seguinte: Proposta de Decreto Legislativo Regional

“Segunda alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 1/2009/M, de 12 de Janeiro, que adapta à Administração Regional Autónoma da Madeira a Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece os regimes de vinculação, de

carreiras e de remuneração dos trabalhadores que exercem funções públicas”

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PARECER No dia 30 de Julho de 2012, pelas 9.30 horas, reuniu a 7.ª Comissão Especializada Permanente de Administração

Pública, Trabalho e Emprego, a fim de cumprir o dever de audição prévia de parceiros sociais e proceder à discussão na especialidade da Proposta de Decreto Legislativo Regional intitulada “Segunda alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 1/2009/M, de 12 de Janeiro, que adapta à Administração Regional Autónoma da Madeira a Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas”.

Conforme deliberado na reunião desta Comissão do dia 24 de Julho, foi solicitada a presença das seguintes entidades:

1. Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública da Região Autónoma da Madeira (SINTAP); 2. Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública (STFP); 3. União Geral de Trabalhadores (UGT); 4. União dos Sindicatos da Madeira (USAM). Estiveram presentes os parceiros sociais identificados com os números 1, 3 e 4, pelo que se considera cumprido o

dever de auscultação. O SINTAP e a UGT nada têm a opor. A USAM emitiu parecer negativo. Passou-se, de seguida, à discussão na especialidade não tendo sido apresentadas alterações. Colocado à votação o texto foi aprovado por maioria com os votos a favor do PSD e abstenção do CDS e PS,

estando a iniciativa em condições de subir ao Plenário, para efeitos de votação final global. Funchal, 30 de Julho de 2012. O Relator Ass.: Rafaela Fernandes.-

Muito obrigado, Sra. Secretária. Vou colocar à votação final global o diploma.

Submetido à votação, foi aprovado com 24 votos a favor do PSD, 9 votos contra, sendo 5 do PS, 3 do PTP e 1 do MPT e 9 abstenções, sendo 8 do CDS/PP e 1 do PAN.

Ponto 5, e último. Leitura do parecer da 7.ª Comissão Especializada e votação final global da proposta de decreto

legislativo, que “Aplica à Administração Regional Autónoma da Madeira o regime de mobilidade especial entre serviços dos trabalhadores da Administração Pública visando o seu aproveitamento racional, estabelecido pela Lei n.º 53/2006, de 7 de Dezembro, e o regime geral de extinção, fusão e reestruturação de serviços públicos e de racionalização de efetivos, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de Outubro”.

A Sra. Secretária da Mesa vai fazer o favor de proceder à leitura do parecer. Foi lido e consta do seguinte:

Proposta de Decreto Legislativo Regional “Aplica à Administração Regional Autónoma da Madeira o regime de mobilidade especial entre serviços dos

trabalhadores da Administração Pública visando o seu aproveitamento racional, estabelecido pela Lei n.º 53/2006, de 7 de Dezembro, e o regime geral de extinção, fusão e reestruturação de serviços públicos e de racionalização de efetivos,

estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de Outubro” PARECER

No dia 30 de Julho de 2012, pelas 9.30 horas, reuniu a 7.ª Comissão Especializada Permanente de Administração Pública, Trabalho e Emprego, a fim de cumprir o dever de audição prévia de parceiros sociais e proceder à discussão na especialidade da Proposta de Decreto Legislativo Regional que “Aplica à Administração Regional Autónoma da Madeira o regime de mobilidade especial entre serviços dos trabalhadores da Administração Pública visando o seu aproveitamento racional, estabelecido pela Lei n.º 53/2006, de 7 de Dezembro, e o regime geral de extinção, fusão e reestruturação de serviços públicos e de racionalização de efeitos, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de Outubro”.

Conforme deliberado na reunião desta Comissão do dia 24 de Julho, foi solicitada a presença das seguintes entidades:

1. Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública da Região Autónoma da Madeira (SINTAP); 2. Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública (STFP); 3. União Geral de Trabalhadores (UGT); 4. União dos Sindicatos da Madeira (USAM). Estiveram presentes os parceiros sociais identificados com os números 1, 3 e 4, os quais deram parecer negativo.

Assim, considerou-se cumprido o dever de auscultação. Passou-se, de seguida, à discussão na especialidade não tendo sido apresentadas alterações. Colocado à votação o texto foi aprovado por maioria com os votos a favor do PSD, contra do CDS e a abstenção do

PS, estando assim em condições de subir ao Plenário, para efeitos de votação final global. Funchal, 30 de Julho de 2012. O Relator Ass.: Rafaela Fernandes.- Muito obrigado, Sra. Secretária. Vou colocar à votação final global o diploma. Submetido à votação, foi aprovado com 25 votos a favor, sendo 24 do PSD e 1 do PAN e 18 votos contra, sendo 8

do CDS/PP, 5 do PS, 3 do PTP, 1 do PND e 1 do MPT.

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Muito obrigado, Srs. Deputados. Boa tarde, Srs. Deputados, estão concluídos os nossos trabalhos. Desejo a V. Exas. Umas férias retemperadoras e apaziguadoras. E até Outubro. Aos Srs. Profissionais da comunicação social também desejo, obviamente, boas férias. Eram 10 horas e 30 minutos.

Faltaram à Sessão os seguintes Srs. Deputados: PARTIDO SOCIAL-DEMOCRATA (PSD) Vânia Andrea de Castro Jesus

CENTRO DEMOCRÁTICO SOCIAL/PP (CDS/PP) Carlos Alberto Morgado Fernandes

PARTIDO SOCIALISTA (PS) Carlos João Pereira

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