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Reforma da Previdência Prof. Waldery Rodrigues Jr. IGEPP 2015

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Reforma da Previdência

Prof. Waldery Rodrigues Jr.

IGEPP 2015

Reforma da previdência: o encontro marcado - Fabio Giambiagi (org.) -Elsevier, 2007

• Resenha por Luís Eduardo Afonso - Professor do Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP

• Talvez o melhor título para esse livro fosse "Tudo que você queria saber sobre previdência, mas não conseguia entender quando os economistas tentaram explicar". O texto em questão tem várias qualidades. Talvez a principal delas seja a capacidade de conciliar em uma só obra uma linguagem quase coloquial e uma abordagem que não perde o rigor e a precisão no uso dos conceitos e na análise dos dados.

• A expressão "Reforma da previdência" tem nos acompanhado há mais de uma década. No mínimo desde o início do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso é raro o dia em que os meios de comunicação não trazem alguma notícia relacionada ao tema. Em parte por essa persistência na mídia e por algumas concepções erroneamente difundidas, criou-se uma grande resistência por parte de alguns grupos a qualquer proposta de reforma. Todos aqueles que defendem alguma mudança previdenciária são taxados de neoliberais, alheios à preocupações populares, insensíveis e outras qualificações menos elogiosas. Por outro lado, aqueles que pleiteiam constantes benefícios e vantagens arvoram-se como defensores dos pobres e dos trabalhadores. Como se não houvesse custos impostos à sociedade para suportar esses benefícios.

• Sabedor desse fato e das resistências ao tema, o autor demonstra um cuidado extremo em sua abordagem inicial. Giambiagi retoma no primeiro capítulo um episódio marcante de sua vida privada, que serve de alerta ao leitor que a aridez do assunto não afeta sua sensibilidade frente a questões universais como a velhice e a incerteza a ela associada. Essa técnica de ilustrar passagens do texto com fatos do cotidiano e exemplos de fácil assimilação, empregada várias vezes, apresenta um bom resultado, pois facilita sobremaneira a leitura das mais de 220 páginas da obra.

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• Os capítulos do livro (alguns com títulos bastante espirituosos) são relativamente independentes entre si. O autor teve a preocupação de escolher alguns dos tópicos mais relevantes e controversos. Por meio desses, guia-se o leitor leigo, que parece ser o público-alvo, pelas inúmeras especificidades da questão previdenciária no Brasil.

• No segundo capítulo, apropriadamente denominado "O Brasil está perdendo o bonde da história", Giambiagi faz uma contextualização sobre as recentes mudanças econômicas pelas quais o mundo vem passando. Em vários países predomina uma cultura de esforços para aumentar a produtividade, busca por novos mercados e incentivos econômicos na decisão correta, associados a investimentos governamentais em infra-estrutura. Já no Brasil, predomina o que o autor apropriadamente denomina de "cultura do coitadinho", em que sempre se espera que o governo solucione todos os problemas dos indivíduos. Nesse sentido, as perenes dificuldades em reformar a previdência podem ser entendidas como uma mostra desse traço da cultura brasileira. Qualquer tentativa de mudança na previdência é entendida como uma agressão aos direitos das pessoas. Reforma da Previdência - Prof. Waldery

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• No terceiro capítulo, o autor trata de algumas meias-verdades que permeiam o debate sobre a previdência. Inicialmente, mostra-se que o combate às fraudes, embora sempre necessário, não é uma questão trivial, nem de fácil execução. De forma análoga, a cobrança da dívida ativa (e a listagem dos maiores devedores do INSS apresentada no texto deixa isso claro) não pode ser feita de forma rápida, visto que algumas das empresas devedoras até já encerraram suas operações. No capítulo mostra-se ainda o quão falaciosos são os argumentos de que a previdência social é superavitária e que a idade legal de aposentadoria (particularmente por tempo de contribuição) é muito elevada, dada a expectativa de vida dos brasileiros.

• Nos capítulos 5 e 6 apresenta-se um dos pontos mais relevantes para a compreensão dos motivos que levaram ao aumento do déficit do INSS: os aumentos reais do salário mínimo verificados nos últimos 12 anos. Nesse período, o SM teve aumento real de cerca de 91%. Como dois terços dos benefícios pagos pelo INSS tem valor de 1 SM, há uma forte pressão sobre os gastos previdenciários. Como no mesmo intervalo de tempo, os salários reais nas regiões metropolitanas apresentaram uma queda de mais de 5%, fica evidente o descompasso entre a evolução das receitas e despesas. Some-se a isso um quadro de crescimento medíocre do PIB, aumentos nos benefícios assistenciais, elevação acelerada na concessão de aposentadorias por tempo de contribuição para compor um quadro em que as despesas do INSS passam de menos de 5% do PIB em 1994 para 7,8% do PIB em 2006. Esse tema é posteriormente retomado no capítulo 12, no qual se mostra que as políticas de aumentos reais para o salário mínimo são pouco eficientes se o objetivo principal for combater a pobreza e a miséria.

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• Nos capítulos 7 e 8, o foco são as reformas previdenciárias. A evidência internacional mostra que as reformas devem ser graduais e tomam muito tempo. Também mostram que (e remete-se o leitor à epígrafe do livro) existe fundamentalmente um debate intergeracional, no qual se discute o ônus a ser arcado por cada geração. Tendo esses fatos como base, faz-se um breve apanhado das reformas previdenciárias efetuadas nos governos FHC e Lula. Talvez Giambiagi seja um tanto quanto rigoroso quando classifica que tais mudanças não serviram para (quase) nada. As evidências empíricas mostram que os ganhos, particularmente com a reforma de 2003, não foram tão reduzidos, embora se frise, sejam bem menores em relação à proposta original apresentada pelo Executivo.

• Nos capítulos 9, 10 e 11 são tratadas algumas especificidades do INSS. A primeira é o fator previdenciário, incluído para dar mais justiça atuarial ao sistema previdenciário. Giambiagi mostra com base em exemplos simples que o fator não é tão draconiano com preconizam alguns. Uma professora que se aposente aos 56 anos (idade bastante inferior à média internacional) já terá o fator igual a um, ou seja não terá perdas. A seguir trata-se do auxílio-doença, que teve um crescimento vertiginoso, triplicando em apenas cinco anos. Não há uma explicação única para esse fenômeno. O autor levanta como hipóteses principais a não incidência do fator sobre esse tipo de benefício e a capacidade pericial do INSS e dos médicos contratados. O capítulo "INSS, essa grande mãe" encerra essa breve trilogia de particularidades do nosso sistema previdenciário. Giambiagi mostra com bons exemplos que o INSS é relativamente generoso. As regras de concessão de benefícios não são tão rigorosas. E ainda há privilégios para algumas categorias específicas, como os professores dos níveis mais básicos de ensino.

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• Os capítulos 14 e 15 são bastante interessantes. No primeiro, "Os gatões de meia-idade", mostra-se como a sociedade costuma ser relativamente condescendente com as aposentadorias precoces por tempo de contribuição. Já em "O que as mulheres querem", faz-se uma caprichada comparação de alguns direitos previdenciários e de características de inserção no mercado de trabalho, das mulheres do Brasil e de outros países do mundo. O autor conclui que nossos critérios de concessão de benefícios são bem menos rígidos, no tocante às mulheres, que em várias outras nações.

• Nos capítulos finais, há um caráter policy paper, já manifestado em outros trabalhos acadêmicos do autor. Com base no quadro traçado nos capítulos precedentes, são feitas sugestões de mudanças em nosso sistema previdenciário. Além da correção técnica, fundamental a qualquer proposta de reforma, há uma clara preocupação com a viabilidade política das reformas propostas. Detalham-se valores e taxas de incremento reais viáveis para o salário mínimo. Também é apresentada uma versão de uma possível Proposta de Emenda Constitucional (PEC) por meio do qual a reforma proposta seria efetuada. Esse seria o caminho para que o país fizesse "A nova escolha de Sofia", como apropriadamente se denomina o 18º derradeiro capítulo.

• Fica apenas uma breve ressalva quanto a um tema ausente no livro. O autor poderia ter incluído um capítulo específico para tratar da previdência dos funcionários públicos, visto que apesar das reformas recentes, os Regimes Próprios de Previdência Social ainda possuem particularidades importantes, que mereceriam uma análise mais acurada. Finalizando, pode-se concluir que esse livro é uma leitura obrigatória para todos aqueles que gostariam de compreender melhor esse importante tema. Reforma da Previdência - Prof. Waldery

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MP 676/2015:

• MP 676 somente foi editada porque o governo foi pressionado pelo Congresso Nacional a agir sobre o tema da Previdência Social. Não agiu por vontade própria.

• Na tramitação da MP 664 o Congresso Nacional emendou com uma fórmula que relaxa o denominado Fator Previdenciário. – A presidente Dilma Rousseff vetou no dia 17/junho/2015 o Projeto de

Lei de Conversão 4/2015 (MP 664), que flexibilizou a aplicação do fator previdenciário.

– No dia , 18/junho/2015 a presidente editou a Medida Provisória 676 que assegura a regra 85/95, aprovada pelo Congresso Nacional.

– Ao mesmo tempo, com o objetivo de garantir a sustentabilidade da Previdência Social, a MP vai introduzir a regra da progressividade, na qual a fórmula usada para calcular a aposentadoria irá variar progressivamente de acordo com as diferentes expectativas de vida de cada faixa etária da população brasileira.

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MP 676/2015: – A MP prevê que a Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as

seguintes alterações: • “Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo

de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for: – igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo

mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou – igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo

mínimo de contribuição de trinta anos. – As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão

majoradas em um ponto em: » 1º de janeiro de 2017; » 1º de janeiro de 2019; » 1º de janeiro de 2020; » 1º de janeiro de 2021; e » 1º de janeiro de 2022.

– Para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 1º, serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.” (NR)

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Exposição de Motivos MP 676/2015: • Submetemos à apreciação de Vossa Excelência projeto de Medida Provisória que

permite a opção de não incidência do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição, quando o total resultante da soma da idade e do tempo de contribuição do segurado for de, respectivamente, 95 e 85 pontos (denominada regra 85/95) para o homem e mulher. Ademais, estabelece a progressão dessa regra, bem como confere tratamento diferenciado para o professor e a professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

• A regra 85/95, prevista no Projeto de Lei de Conversão no 4, de 2015, objeto de veto, era fixa ao não prever a progressividade da soma de idade e tempo de contribuição. Essa alternativa, desacompanhada da progressão da regra, levaria as despesas da Previdência Social a patamares insustentáveis no médio e longo prazo, por ignorar o processo de transição demográfica com o envelhecimento acelerado da população e o aumento crescente da expectativa de sobrevida.

• Assim sendo, a presente proposta de Medida Provisória acrescenta o art. 29-C à Lei no 8.213, de 1991, com a finalidade de manter a regra 85/95 aprovada pelo Congresso Nacional, com vigência imediata, mas com a inclusão da progressividade deste parâmetro de cálculo, incorporando o impacto do envelhecimento da população e o aumento da expectativa de sobrevida. Esta é uma exigência para assegurar a sustentabilidade financeiro-orçamentária futura da Previdência Social.

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• Cabe salientar que a majoração do fator 85/95 ocorrerá progressivamente até 2022, devendo ser realizada a primeira majoração somente em 1o de janeiro de 2017, a segunda em 1o de janeiro de 2019 e as demais em 1o de janeiro de 2020, 1o de janeiro de 2021 e 1o de janeiro de 2022, assegurando o cálculo do benefício da aposentadoria por essa regra aos segurados que preencham os requisitos necessários até 31 de dezembro de 2016.

• Essa medida será debatida e deliberada pelo Congresso Nacional, e outras iniciativas que assegurem a sustentabilidade do Regime Geral de Previdência Social serão objeto de reflexão no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, instituído pelo Decreto no 8.443, de 30 de abril de 2015.

• A urgência se justifica para garantir vigência imediata desta proposta, porque o Congresso Nacional, ao aprovar o Projeto de Lei de Conversão no 4, de 2015, no âmbito da discussão de uma Medida Provisória, gerou uma expectativa de direito que está sendo assegurada por essa iniciativa. A relevância é inquestionável porque diz respeito ao cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição da população brasileira e procura garantir a sustentabilidade financeira da Previdência Social, assegurando os direitos previdenciários com maior benefício e equilíbrio atuarial.

• São essas, Senhora Presidenta, as razões que nos levam a submeter à elevada apreciação de Vossa Excelência a anexa proposta de Medida Provisória.

• Respeitosamente, • Carlos Eduardo Gabas, Joaquim Vieira Ferreira Levy, Nelson Barbosa

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Previdência Social tem um problema grave e estrutural:

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As contas do INSS (previdência privada) :

– Problema crescente e explosivo.

– Desde 1996, as receitas são menores que os gastos, ou seja, o déficit gerado precisa ser coberto pelo Tesouro Nacional ano após ano.

– Como percentual do PIB, os gastos com INSS aumentaram de 4,81%, em 1996, para 7,1%, em 2014.

– Já as receitas cresceram menos, de 4,74% (1996) para 6,1% (2014).

– O déficit atual é portanto da ordem de 1,0% do PIB.

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Questões Demográficas: – Este valores de déficit na previdência são muito

elevados para um país que tem, segundo o IBGE, apenas 11,7% de população com mais de 60 anos (cerca de 23,9 milhões de pessoas).

– O IBGE estima que esse percentual vai subir para 33,7% até 2060 (73,6 milhões).

– O processo de envelhecimento da população no Brasil está apenas no início e vai se intensificar daqui para frente.

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Fator Previdenciário:

– O Fator deveria ser temporário – Seu objetivo era adiar a aposentadoria, e isso não

aconteceu de forma significativa. – As mulheres que se aposentaram em 2014 por tempo de

contribuição tinham, em média, 52 anos, e os homens, 55 anos.

– Por causa do fator, tiveram uma redução dos seus ganhos. Sem o Fator Previdenciário teriam recebido valores maiores.

– A solução para acabar com o Fator é negociar a introdução da idade mínima no Regime Geral da Previdência. • Isto aconteceu na maioria dos países • A nova estrutura demográfica do Brasil somente agrava o

problema.

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Fator Previdenciário: • É aplicado para cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por

idade, sendo opcional no segundo caso. Criado com o objetivo de equiparar a contribuição do segurado ao valor do benefício, baseia-se em quatro elementos: alíquota de contribuição, idade do trabalhador, tempo de contribuição à Previdência Social e expectativa de sobrevida do segurado (conforme tabela do IBGE).

• Veja tabela do fator previdenciário • A fórmula do fator previdenciário é:

– f = fator previdenciário – Tc = tempo de contribuição do trabalhador – a = alíquota de contribuição (0,31) – Es = expectativa de sobrevida do trabalhador na data da aposentadoria – Id = idade do trabalhador na data da aposentadoria

• Na aplicação do fator previdenciário serão somados ao tempo de contribuição do segurado:

• – Cinco anos para as mulheres; – Cinco anos para os professores que comprovarem efetivo exercício do magistério no ensino básico, fundamental ou médio; – Dez anos para as professoras que comprovarem efetivo exercício do magistério no ensino básico, fundamental ou médio.

Fonte: Min Previdência 15

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35,2 34,3 33,5 32,6 31,7 30,9 30,0 29,2 28,4 27,5 26,7 25,9 25,1 24,3 23,5 22,8 22,0 21,2 20,5 19,7 19,0 18,3 17,6 16,9 16,2 15,5 14,9 14,2

43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

15 0,195 0,201 0,208 0,215 0,222 0,230 0,238 0,246 0,255 0,264 0,274 0,285 0,296 0,307 0,319 0,332 0,346 0,361 0,376 0,393 0,410 0,429 0,449 0,470 0,493 0,518 0,544 0,572

16 0,208 0,215 0,222 0,230 0,237 0,246 0,254 0,263 0,273 0,283 0,293 0,304 0,316 0,328 0,341 0,355 0,370 0,385 0,402 0,420 0,438 0,458 0,480 0,503 0,527 0,553 0,581 0,611

17 0,222 0,229 0,237 0,245 0,253 0,262 0,271 0,280 0,290 0,301 0,312 0,324 0,336 0,349 0,363 0,378 0,394 0,410 0,428 0,447 0,467 0,488 0,511 0,535 0,561 0,589 0,618 0,650

18 0,235 0,243 0,251 0,259 0,268 0,277 0,287 0,297 0,308 0,319 0,331 0,344 0,357 0,371 0,385 0,401 0,418 0,435 0,454 0,474 0,495 0,518 0,542 0,567 0,595 0,624 0,656 0,689

19 0,249 0,257 0,266 0,274 0,284 0,293 0,304 0,314 0,326 0,338 0,350 0,363 0,377 0,392 0,408 0,424 0,442 0,460 0,480 0,501 0,523 0,547 0,573 0,600 0,629 0,660 0,693 0,729

T 20 0,263 0,271 0,280 0,289 0,299 0,310 0,320 0,332 0,344 0,356 0,369 0,383 0,398 0,413 0,430 0,447 0,466 0,485 0,506 0,528 0,552 0,577 0,604 0,633 0,663 0,696 0,731 0,769

E 21 0,276 0,285 0,295 0,305 0,315 0,326 0,337 0,349 0,361 0,375 0,389 0,403 0,419 0,435 0,452 0,470 0,490 0,510 0,532 0,556 0,581 0,607 0,635 0,666 0,698 0,732 0,769 0,809

M 22 0,290 0,300 0,309 0,320 0,331 0,342 0,354 0,366 0,379 0,393 0,408 0,423 0,439 0,457 0,475 0,494 0,514 0,536 0,559 0,583 0,609 0,637 0,667 0,699 0,732 0,769 0,807 0,849

P 23 0,304 0,314 0,324 0,335 0,346 0,358 0,371 0,384 0,397 0,412 0,427 0,443 0,460 0,478 0,497 0,517 0,539 0,561 0,585 0,611 0,638 0,667 0,698 0,732 0,767 0,805 0,845 0,889

O 24 0,318 0,328 0,339 0,350 0,362 0,374 0,387 0,401 0,416 0,431 0,447 0,463 0,481 0,500 0,520 0,541 0,563 0,587 0,612 0,639 0,667 0,698 0,730 0,765 0,802 0,841 0,884 0,929

25 0,332 0,342 0,354 0,365 0,378 0,391 0,404 0,419 0,434 0,449 0,466 0,484 0,502 0,522 0,542 0,564 0,588 0,612 0,638 0,666 0,696 0,728 0,762 0,798 0,837 0,878 0,922 0,969

D 26 0,346 0,357 0,369 0,381 0,394 0,407 0,421 0,436 0,452 0,468 0,486 0,504 0,523 0,544 0,565 0,588 0,612 0,638 0,665 0,694 0,725 0,759 0,794 0,831 0,872 0,915 0,961 1,010

E 27 0,360 0,371 0,384 0,396 0,410 0,424 0,438 0,454 0,470 0,487 0,505 0,524 0,544 0,566 0,588 0,612 0,637 0,664 0,692 0,722 0,755 0,789 0,826 0,865 0,907 0,952 0,999 1,051

28 0,374 0,386 0,399 0,412 0,426 0,440 0,456 0,472 0,489 0,506 0,525 0,545 0,566 0,588 0,611 0,636 0,662 0,690 0,719 0,751 0,784 0,820 0,858 0,899 0,942 0,989 1,038 1,091

C 29 0,388 0,400 0,414 0,427 0,442 0,457 0,473 0,489 0,507 0,525 0,545 0,565 0,587 0,610 0,634 0,660 0,687 0,715 0,746 0,779 0,814 0,851 0,890 0,932 0,977 1,026 1,077 1,132

O 30 0,402 0,415 0,429 0,443 0,458 0,474 0,490 0,507 0,526 0,545 0,565 0,586 0,608 0,632 0,657 0,684 0,712 0,741 0,773 0,807 0,843 0,882 0,922 0,966 1,013 1,063 1,116 1,173

N 31 0,416 0,430 0,444 0,459 0,474 0,490 0,507 0,525 0,544 0,564 0,585 0,607 0,630 0,654 0,680 0,708 0,737 0,768 0,800 0,835 0,873 0,913 0,955 1,000 1,049 1,100 1,156 1,215

T 32 0,431 0,445 0,459 0,474 0,490 0,507 0,525 0,543 0,563 0,583 0,605 0,627 0,651 0,677 0,703 0,732 0,762 0,794 0,828 0,864 0,903 0,944 0,987 1,034 1,084 1,138 1,195 1,256

R 33 0,445 0,459 0,474 0,490 0,507 0,524 0,542 0,561 0,581 0,603 0,625 0,648 0,673 0,699 0,727 0,756 0,787 0,820 0,855 0,893 0,932 0,975 1,020 1,068 1,120 1,175 1,234 1,297

I 34 0,459 0,474 0,490 0,506 0,523 0,541 0,560 0,579 0,600 0,622 0,645 0,669 0,695 0,722 0,750 0,780 0,812 0,846 0,883 0,921 0,962 1,006 1,053 1,103 1,156 1,213 1,274 1,339

B 35 0,474 0,489 0,505 0,522 0,540 0,558 0,577 0,598 0,619 0,642 0,665 0,690 0,716 0,744 0,774 0,805 0,838 0,873 0,910 0,950 0,992 1,038 1,086 1,137 1,192 1,251 1,314 1,381

U 36 0,504 0,521 0,538 0,556 0,575 0,595 0,616 0,638 0,661 0,685 0,711 0,738 0,767 0,797 0,829 0,863 0,900 0,938 0,979 1,023 1,069 1,119 1,172 1,228 1,289 1,354 1,423

I 37 0,536 0,554 0,573 0,592 0,613 0,634 0,657 0,681 0,706 0,732 0,760 0,790 0,821 0,854 0,889 0,926 0,966 1,008 1,053 1,101 1,152 1,206 1,265 1,327 1,394 1,465

Ç 38 0,570 0,589 0,609 0,630 0,653 0,676 0,700 0,726 0,754 0,782 0,813 0,845 0,879 0,915 0,953 0,994 1,037 1,083 1,133 1,185 1,241 1,301 1,365 1,434 1,507

à 39 0,606 0,627 0,648 0,671 0,695 0,720 0,747 0,775 0,804 0,835 0,868 0,903 0,940 0,980 1,022 1,066 1,114 1,164 1,218 1,276 1,338 1,404 1,474 1,549

O 40 0,644 0,666 0,690 0,714 0,740 0,767 0,796 0,826 0,859 0,892 0,928 0,966 1,007 1,050 1,096 1,144 1,196 1,252 1,311 1,374 1,442 1,514 1,592

41 0,684 0,708 0,733 0,760 0,788 0,818 0,849 0,882 0,916 0,953 0,992 1,034 1,078 1,125 1,175 1,228 1,285 1,346 1,411 1,481 1,555 1,634

42 0,727 0,753 0,780 0,809 0,839 0,871 0,905 0,940 0,978 1,018 1,061 1,106 1,154 1,206 1,261 1,319 1,381 1,448 1,519 1,595 1,677

43 0,772 0,800 0,830 0,861 0,893 0,928 0,965 1,003 1,044 1,088 1,135 1,184 1,237 1,293 1,353 1,417 1,485 1,558 1,636 1,720

44 0,820 0,850 0,882 0,916 0,951 0,989 1,029 1,071 1,115 1,163 1,214 1,268 1,325 1,387 1,452 1,522 1,597 1,677 1,763

45 0,871 0,904 0,938 0,975 1,013 1,054 1,097 1,143 1,192 1,243 1,299 1,358 1,421 1,488 1,559 1,636 1,718 1,806

46 0,926 0,961 0,998 1,038 1,079 1,123 1,170 1,220 1,273 1,330 1,390 1,455 1,523 1,597 1,675 1,759 1,849

47 0,984 1,022 1,062 1,105 1,150 1,198 1,249 1,303 1,361 1,423 1,489 1,559 1,634 1,715 1,801 1,892

48 1,045 1,087 1,130 1,176 1,225 1,278 1,333 1,393 1,456 1,523 1,595 1,672 1,754 1,842 1,936

49 1,111 1,156 1,203 1,253 1,307 1,364 1,424 1,489 1,558 1,631 1,710 1,794 1,884 1,980

50 1,181 1,230 1,281 1,336 1,394 1,456 1,522 1,592 1,667 1,748 1,833 1,925 2,023

51 1,257 1,309 1,365 1,424 1,487 1,555 1,627 1,704 1,786 1,873 1,967 2,067

52 1,337 1,394 1,455 1,519 1,588 1,662 1,740 1,824 1,913 2,009 2,111

53 1,423 1,485 1,551 1,621 1,696 1,776 1,862 1,953 2,051 2,156

54 1,516 1,583 1,655 1,731 1,813 1,900 1,993 2,093 2,200

55 1,615 1,688 1,766 1,850 1,939 2,034 2,136 2,244

Elaboração: SPS/MPS.

FATOR PREVIDENCIÁRIO 2013 (TABELA IBGE 2011)

IDADE DA APOSENTADORIA

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• Wikipedia: • FP é um fator multiplicativo aplicado ao valor dos benefícios

previdenciários que leva em conta o tempo de contribuição, a idade do segurado e a expectativa de vida. Criado em 1999, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, "... tem por finalidade desestimularaposentadorias precoces durante vigência do Plano Real ...", e que, ... - segundo o Programa de Implementação do Plano Real, ... "deve ser extinto no governo posterior a 2002, a medida que estabilize a Inflação e se extingui com a valorização do Real (U.V.R.), sendo necessária a sua extinção - imediata, para o benefício do Mercado, e do próprio trabalhador, na chamada Mais - valia do Trabalho". (Plano Real (U.V.R.) - Implementação 1992 - 2002 - Plano Decenal, na sua Manutenção e salutar continuidade em Página 1.122 do Programa U.V.R. - ... "Da Conclusão Programática de Mercado", Parecer técnico de Econometria, assinado por Consultorias Técnicas de Econometria brasileiras e internacionais)

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• O fator previdenciário da fórmula da U.V.R. (Unidade Valor - Real de Referência 1992-2002), ainda é aplicado para cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, sendo opcional no segundo caso.1

• Críticas[editar | editar código-fonte] • A aplicação dos cálculos, associada à revisão anual feita pelo IBGE da

expectativa de vida dos brasileiros, em ascensão, causa um aumento contínuo da idade mínima necessária para a obtenção do valor integral para as aposentadorias, resultando em acusações de que o mesmo visa reduzir o valor dos benefícios.4

• Segundo o anuário da Previdência, quando o Fator foi introduzido, em 1999, um homem que tivesse começado a trabalhar aos 18 anos de idade precisaria contribuir por 39 anos para aposentar-se integralmente. Em 2011, seriam necessários 42 anos.

• O decreto do Fator Previdenciário introduziu uma fórmula para cálculo da aposentadoria que não permite ao segurado conhecer antecipadamente sua situação porque a expectativa de sobrevida de cada idade é variável, anualmente calculada pelo IBGE

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Livro Finanças Públicas – Giambiagi & Além (2011) – 4ª Edição:

• CAPÍTULO 11 A Crise da Previdência Social • A origem do sistema previdenciário brasileiro • Os efeitos da Constituição de 1988 • Os problemas do regime geral • O caso dos inativos do governo • Evolução do número de benefícios em manutenção:

1980/2009 • O problema fiscal • Os mitos sobre o sistema • A reforma do sistema e o risco de déficit transicional • As reformas de FHC e Lula

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• OS PROBLEMAS DO REGIME GERAL • ... trataremos do que se chama de “regime geral da

Previdência Social (RGPS)”, em contraposição ao regime dos servidores públicos. O regime geral aplica-se a quem se aposenta pelo INSS, enquanto os servidores – civis e militares – do governo federal têm regras próprias de aposentadoria, que serão tratadas na próxima seção. Várias das características do regime geral, porém, aplicam-se também ao regime de aposentadoria dos servidores dos três níveis da federação.

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• A questão dos incentivos • Na teoria econômica, é conhecido o problema representado pelos

indivíduos • que têm condições de quebrar uma regra de comportamento coletivo

que beneficia a todos, fazendo isso de modo a conservar o benefício para si, mas sem assumir o custo que a regra implica para os demais participantes. No Brasil, um exemplo típico, na época dos diversos congelamentos – imperfeitos – de preços que tentaram debelar a inflação entre 1986 e 1991, era o comportamento dos agentes que remarcavam seus preços, nas fases de congelamento, antes dos outros. Desse modo, usufruíam as vantagens derivadas da estabilização – ainda que temporária – dos preços dos insumos, sem ter que suportar, em compensação, o ônus de conservar os seus próprios preços estabilizados.

• Claramente, o comportamento do indivíduo depende da estrutura de incentivos e de punições à qual estiverem condicionadas as suas ações. Nos congelamentos daquela época, o indivíduo que burlasse os controles de preço tinha, de um lado, muito a ganhar; e, de outro, um certo risco – de ser punido –, risco esse que, porém, foi diminuindo à medida que o instituto do congelamento ficava desmoralizado.

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• No caso do sistema previdenciário, a existência de um regime que assegura a proteção do Estado – mesmo que o indivíduo não tenha contribuído com o valor capitalizado suficiente para arcar com o pagamento das suas aposentadorias –, tende a fazer com que muitos contribuintes – notadamente aqueles com acesso a certas “janelas” para a obtenção de aposentadorias privilegiadas – tentem “burlar” a regra geral, beneficiando-se de alguma exceção.

• Isto porque um indivíduo pode se beneficiar de condições favoráveis de aposentadoria, sem ter que arcar, em contrapartida, com o ônus representado pelo pagamento de contribuições, ao longo da vida ativa, condizentes com o benefício a ser recebido. A possibilidade de cada grupo ter ou não um benefício extraordinário dependerá positivamente de sua força de pressão e negativamente da capacidade de resistência do governo.

• Pense-se, por exemplo, no caso de um grupo social ou profissional que pleiteie uma legislação específica que lhe permita se aposentar em condições favorecidas em relação ao resto da população. Em um regime de capitalização, para isso ocorrer, os indivíduos desse grupo teriam que contribuir com uma alíquota maior ou, alternativamente, passar para a inatividade com uma aposentadoria menor.

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• Já no regime de repartição, o custo extra representado para a sociedade como um todo – na forma de um aumento das alíquotas de contribuição, de uma redução do valor das aposentadorias e/ou de um “delta” de déficit público – tenderá a ser diluído, pela magnitude relativa dos dois grupos envolvidos – o dos candidatos a uma aposentadoria privilegiada e o restante do universo da população –, o que significa que o ônus adicional incidente sobre cada indivíduo será ínfimo. Por outro lado, o benefício individual que uma medida desse tipo tende a ter para grupos específicos é muito elevado, do ponto de vista de cada membro desses grupos.

• Desse modo, as causas em favor do relaxamento das condições de aposentadoria de certos grupos tendem a canalizar a energia de lobbies corporativos muito ativos junto às bancas parlamentares e, portanto, com chances de mudar a legislação em seu favor. É claro, porém, que à medida que reivindicações desse tipo proliferam, o ônus adicional incidente sobre a população como um todo tende a aumentar, já que o equilíbrio do sistema não resiste a uma ampliação descontrolada dos benefícios.

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• A GENEROSIDADE DAS REGRAS DE APOSENTADORIA NO BRASIL • Países que adotam a aposentadoria por tempo de contribuição • Argélia Brasil Egito Eslováquia Nigéria Turquia • Fonte: Marcelo Abi-Ramia e Rogério Boueri, “Comparativo internacional para

Previdência • Social”, in Boletim de Desenvolvimento Fiscal, IPEA, número 3, dezembro de

2006. • Depois que a reforma de 1996 eliminou a aposentadoria por tempo de

contribuição na Itália, a lista de países que contemplam essa possibilidade ficou ainda mais restrita. Não por acaso, ela inclui alguns países que se caracterizam por dispor de recursos naturais em escala elevada (tipicamente, petróleo) e que, de certa forma, podem se dar ao luxo de manter esse privilégio, por dispor de lastro para isso. Cabe destacar que dois desses países – Eslováquia e Turquia – poderão, a médio ou longo prazo, se o processo de integração com a União Europeia for levado até o final, migrar para as regras da maioria dos países do bloco, onde os indivíduos devem ter 65 anos para poder se aposentar. Com isso, o Brasil ficaria na companhia de apenas três países que conservam esse tipo de benefício.

• Para uma comparação entre os regimes de Previdência do Brasil e de outros países, ver Rocha e Caetano (2008).

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• A ideia de que as aposentadorias dos servidores seriam “injustas” comparativamente às do INSS tem sido ventilada com frequência, mui-tas vezes com base no argumento de que os aposentados do serviço público ganham muito acima dos aposentados do INSS. Embora de fato no serviço público existam regras claramente mais benevolentes em muitos campos que aquelas que vigoram no setor privado – apenas para citar um exemplo, os casos de demissão são raríssimos entre os servidores – essa comparação, especificamente, é indevida. E isso pela razão muito simples de que, enquanto os aposentados do INSS estão sujeitos a um teto contributivo, os servidores têm a sua contribuição calculada sobre o salário integral. Ou seja, um diretor de empresa privada que ganhe em torno de R$15.000 por mês tem, em 2010, que pagar a sua contribuição de 11% ao INSS sobre um teto da ordem de R$ 3.500 – em torno de R$390 por mês. Já um juiz que receba um salário do mesmo valor, contribui os mesmos 11%, porém sobre R$15.000 – ou seja, R$1.650. É natural, portanto, que a aposentadoria de um juiz seja maior que a do INSS. É verdade que alguém pode argumentar que idealmente não deveria haver regimes diferenciados e que, portanto, o teto deveria ser o mesmo para ambos os casos, mas nesse caso o juiz deveria pagar também sobre um teto inferior. Se ele pagou sobre um teto maior, é razoável que a sua aposentadoria reflita esse fato.

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