referência em logística€¦ · gerência de negócios nivaldo manzano cel.: (11) 9701.2077...

46
referência em logística | www.logweb.com.br | edição nº105 | Nov | 2010 | R$ 12,00 | MÍDIA O FICIAL DA

Upload: others

Post on 07-Jun-2020

13 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

referência em logística

| www.logweb.com.br | edição nº105 | Nov | 2010 | R$ 12,00 |

MÍDIA OFIC IAL DA

Page 2: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto
Page 3: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

referência em logística

| www.logweb.com.br | edição nº105 | Nov | 2010 | R$ 12,00 |

MÍDIA OFIC IAL DA

Profissionaisde logística:mais estratégia,menos operacional

Imag

em: s

tock

.xch

ng

Page 4: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

4 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Page 5: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

5 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Redação, Publicidade,Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12

05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772

Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação:Nextel: 11 7714.5381 ID: 15*7949

Comercial:Nextel: 11 7716.5330 ID: 15*28966

Publicação mensal, especializada em logística,

da Logweb Editora Ltda.Parte integrante do portalwww.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

RedaçãoCarol Gonçalves

[email protected]é Salvagno

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Editorial○

referência em logística

Wanderley Gonelli GonçalvesWanderley Gonelli GonçalvesWanderley Gonelli GonçalvesWanderley Gonelli GonçalvesWanderley Gonelli Gonçalves

Editor

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Diretoria ComercialMaria ZimmermannCel.: 11 9618.0107

[email protected]

Assistente ComercialRita Galloni

[email protected]

Gerência de NegóciosNivaldo Manzano

Cel.: (11) [email protected]

Gustavo GalhatoCel.: 11 8141.8045

[email protected]

Projeto Gráfico e DiagramaçãoFátima Rosa PereiraOs

arti

gos

assi

nado

s e

os a

núnc

ios

não

expr

essa

m, n

eces

saria

men

te, a

opi

nião

da

revi

sta.

Os profissionaisde logística

Os dois principais assuntos desta edição da revista Logweb estãointerligados: eles tratam dos profissionais de logística, o primeiro enfocando aspessoas, o segundo, as empresas.

No primeiro caso, trata-se de um enfoque tradicional da revista Logweb,já inserido em sua primeira edição, em 2002, e de grande valia para os que estãoiniciando na profissão e para aqueles que, atuando neste mercado “corrido”,usam as informações para seu aprimoramento profissional.

Especificamente nesta edição, os enfoques são: o que mudou na atuaçãodo profissional de logística neste último ano; as novas atribuições do profissionalde logística; a importância dos programas de trainee para a formação dosprofissionais de logística; e a importância dos cursos na área na preparaçãodos profissionais para o mercado.

Como se pode notar, um apanhado de assuntos, tratados por profissionaiscom reconhecida atuação no segmento, que vai enriquecer o conhecimento dosque atuam no setor.

O segundo destaque é o já consagrado Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio TTTTTop do op do op do op do op do TTTTTrrrrransporteansporteansporteansporteansporte, agoraem sua quarta edição, uma realização conjunta das editoras Logweb eFROTA&CIA. e que é o mais completo ranking do transporte rodoviário decargas produzido no Brasil.

Este trabalho de peso, elaborado a partir de uma metodologia reconhecidapelo mercado, leva em conta as notas atribuídas aos fornecedores de transportespelos próprios clientes, relativa a cinco indicadores de performance, comumen-temente adotados pelas empresas embarcadoras, para fins de avaliação de seusfornecedores: custo/benefício, capacidade de negociação, nível de serviço,gestão da qualidade e tecnologia da informação.

Nesta edição, o caderno especial do TTTTTop do op do op do op do op do TTTTTrrrrransporte 2010ansporte 2010ansporte 2010ansporte 2010ansporte 2010 reúne asinformações das 120 empresas citadas na 4ª Pesquisa Nacional “Desempenhodos Fornecedores de Serviços de Transportes”, a base para a premiação, dandodestaque às ganhadoras nas sete categorias: indústria automotiva, de perfumaria,

cosméticos e higiene pessoal, química, farmacêutica,eletroeletrônica, de calçados e siderúrgica. Pelo seu conteúdo,consolidado através das edições anteriores da “Revista Topdo Transporte”, a publicação reúne todas as condições de setornar uma referência no mercado de fretes, colaborandopara a identificação e a contratação das transportadorasrodoviárias de cargas de mérito reconhecido pelo próprio

mercado.

Page 6: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

6 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Sumário○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Logística & Meio Ambiente

& BebidasAlimentos

Multimodal

............... 32

.............. 34

Negócio Fechado......................... 28

Agenda ........................................................ 44

Movimentação

Empilhadeiras a combustão:o tipo de combustível faz a diferença ........... 6

Evento

Prefeitos do ABCD Paulista ressaltamimportância da CeMAT South America ....... 10

Montadoras

Iveco lança caminhão voltado paraa nova economia brasileira .......................... 14

NC² inicia operações no Brasil elança caminhão neste mês .......................... 16

Matéria de capa

Profissionaisde logística:mais estratégia,menos operacional

Sucos, energéticos e isotônicos

Ultrapan: Altos valores de pedágiosrefletem nos preços dos produtos

Distribuição e manuseio

Transportadoras eOLs: várias medidasgarantem a segurançadas cargas

...................................36

....................................................................... 45

..................................................................... 18

?

Page 7: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

7 | edição nº105 | Nov | 2010 |

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Carta ao leitor○

A hora chegou:PLANEJAMENTO’11!

Um planejamento sólido e bem elaborado detalha as açõesnecessárias para atingir os objetivos de toda a empresa e, iniciadocom antecedência, permitirá que a estratégia adotada seja maisbem otimizada.

Falo especificamente do plano de marketing, onde odestaque da marca e as vantagens dos serviços oferecidos devemestar em evidência em primeiro lugar.

Como o plano de mídia está incorporado ao plano denegócios, é instrumento indispensável para o sucesso da empresa.

Os seguintes pontos devem ser primeiramente avaliados:✓ Realidade financeira da empresa;✓ Otimização da renda;✓ Efetividade;✓ Tempo necessário de divulgação;✓ Elencar mídias idôneas, com auditoria;✓ Planejar tanto a mídia impressa quanto a eletrônica.

A estratégia maior é defender as vendas, conquistar seumercado consumidor.

PENSE, VEJA e TENHA atitudes criativas com relação aomercado.

A Revista e o Portal LOGWEB são mídias atualizadas eabsolvem velhos “clichês” que, na maioria das vezes, em outraspublicações, são adaptados por conta de um “pioneirismo” que jáfaz parte do passado.

Temos tudo de novo a acrescentar, nunca desprezaremosparcerias e nem notícias que serão sempre importantes para omercado como um todo.

Faça seu mapa operacional de mídia, quantifique e integretodas as variáveis de vendas.

Usuários, atentem onde investirão seucapital, pois adquirir conhecimento em umamídia é acrescentar o novo, mudar constante-mente, disponibilizar informações na íntegra,inclusive no Portal!

E isso, meus caros leitores, é coisa daLOGWEB!

Bons negócios e ótima leitura.

Maria ZimmermannMaria ZimmermannMaria ZimmermannMaria ZimmermannMaria ZimmermannDiretora Comercialda Revista Logweb

Page 8: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

8 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Movimentação

Empilhadeiras a combustão:o tipo de combustívelfaz a diferençaA diesel, GLP ou gasolina. Conforme o combustível, as empilhadeiras apresentam um tipo dedesempenho. Mas isto não é tudo: a facilidade de abastecimento e o local de operação também fazema diferença – neste último caso, a questão do meio ambiente se faz presente.

certo período de tempo. Talquantidade de partículas decarbono suspensas no ar éprejudicial à saúde, o que invia-biliza a utilização deste combus-tível. Já em operações a céuaberto, longos percursos emáquinas pesadas, o diesel levavantagem pela maior eficiência,economia e baixa manutenção.Além disso, é um combustívelmenos volátil que o GLP ou agasolina, resultando em maiorsegurança no armazenamento.”Ainda segundo Roque, da Aesa,equipamentos a gasolina caíramem desuso devido ao alto custo,porém alguns equipamentosutilizam este tipo de combustívelcomo secundário, caso termine areserva de GLP. “Além destes,está sendo usado nas operaçõeso GNV, pela disponibilidade nomercado e baixo custo.”Resposta semelhante a estapergunta tem Luiz HenriqueGonçalves Camargo, gerente desuporte ao produto da Dabo -

Clark Empilhadeiras (Fone: 193856.9095). Segundo ele, aescolha do combustível pode serdeterminada pelo tipo de ope-ração, material a ser movimen-tado e área de movimentação.Outros fatores, como disponibili-dade de abastecimento (pit stop)e consumo de combustível porhora trabalhada, podem fazerdiferença na escolha do equipa-mento. Por exemplo, em ambien-tes com operação confinada(áreas fechadas) ou movimenta-ção de perecíveis não se reco-menda o uso de equipamentosmovidos a diesel ou gasolina,devido à emissão de gases,também aponta Camargo.

“A escolha de uma empilha-deira de determinado tipo decombustível depende, ainda, devariáveis como potência damáquina, facilidade de acesso(compra) e estocagem do combus-tível que abastece as máquinas.”

A análise, agora, é de HugoNiglio, engenheiro de manuten-

ção da Commat Comércio deMáquinas (Fone: 11 2808.3306).

Segundo ele, o diesel, porexemplo, é adequado para equi-pamentos de maior capacidade,acima de 7 toneladas. Este com-bustível é mais poluente, masoferece facilidade de manuten-ção, requer motor com menorquantidade de peças em relaçãoa outro motor a combustão e,portanto, apresenta vida útilmaior.

O GLP é facilmente encontra-do em grandes centros urbanos eé o combustível mais usadonessas regiões. É menospoluente e mais barato e nãoprecisa de grandes estoques

“A combinação GLP e gaso-lina decorre da vulnerabilidadede acesso a um dos combustí-veis – na falta de um, o outropode ser usado imediatamente.Algumas empresas dão maiorpreferência a esta opção do queapenas ao GLP”, completaNiglio, da Commat.

Emerson Viveiros, diretorexecutivo da UN Forklift (Fone:19 3395.0486), aborda estaquestão apontando que os moto-res a GLP/gasolina são maispopulares no mercado, principal-mente para capacidades até3.5 toneladas. Os clientes eusuários veem facilidade noabastecimento (troca do cilindrode gás) e, também, por acharemo modelo menos poluente.“No entanto, modelos a diesel apartir de 5 toneladas ganhammais aceitação do que os modelos

C omo escolher o combustívelda empilhadeira? Qualoferece o melhor desempe-

nho? É possível as empilhadeirasoperarem com biodiesel, etanolou outro combustível?

Estas são as perguntasrespondidas pelos profissionaisdo setor de empilhadeiras nestamatéria especial da revistaLogweb.

EscolhaSobre a escolha do combus-

tível – GLP, gasolina ou diesel –José Roberto Roque, gerente derental da Aesa Empilhadeiras(Fone: 11 3488.1466), diz quedeve ser levado em conta,principalmente, o ambiente ondeo equipamento será operado.“Em locais cobertos é essencialo uso de máquinas a GLP pelamenor emissão de carbono.As máquinas com motor dieselapresentam elevado nível decarbono nos gases de escape e,quando operadas em ambientecoberto, pode ser notada no tetoa fuligem acumulada depois de

O uso docombustíveldeve levarem conta olocal deoperação daempilhadeira,em função doseu grau degeração depoluentes

A escolha do combustíveldeve levar em consideração,também, a facilidade deabastecimento

Page 9: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

9 | edição nº105 | Nov | 2010 |

GLP, já que essa capacidade ousuperior necessita de motoresmais robustos e que ofereçammaior durabilidade. A tecnologiade motor a diesel vem evoluindomuito nos últimos anos”, atesta.

Há, ainda, outros pontos aserem considerados na comprade uma empilhadeira, comocustos com manutenção econsumo de combustível. “Se amáquina irá operar em ambienteinterno é preciso levar emconsideração que as empilha-deiras a gasolina ou dieselemitem mais gases poluentesque as a GLP, e para tanto seránecessário um ambiente comótima circulação de ar”, analisaRenan Sanches, analista demarketing da Jungheinrich LiftTruck (Fone: 11 4815.8200).

Por sua vez, Roberto Mazzutti,diretor comercial da BrasilMáquinas (Fone: 11 2137.4200),acredita que a escolha do com-bustível deve ser de acordo coma facilidade e o custo. Geral-mente, em grandes centros

urbanos, onde existe a abundân-cia de todos os tipos de combus-tíveis, o GLP é mais usado pelofato de ser o mais barato,salienta ele. No caso de cidadesafastadas de grandes centros ede frotistas que possuam amaior parte de veículos commotorização a diesel, a escolhapassa a ser o diesel, apesar deser mais caro.

O uso de gasolina emempilhadeiras no Brasil caiudrasticamente devido ao seumaior custo – continua o diretorcomercial da Brasil Máquinas.“Existem muitas operações queexigem determinados combustí-veis por uma questão de seguran-ça, visto que o GLP é um gáspesado e que pode se acumularem galerias mais baixas eexplodir caso tenha algum tipode ignição”, completa Mazzutti.

Por seu lado, Ítalo Fagá,gerente comercial da Meggalog(Fone: 11 4409.0909), destacaque a escolha do combustívelestá diretamente atrelada aos

custos de aquisição e armazena-gem do produto. Empresas comgrande quantidade de equipa-mentos buscam o armazenamen-to adequado de combustível emseus estabelecimentos. Apesardo custo operacional do equipa-

mento a diesel ser menor que odo a GLP, muitos dão preferênciaao equipamento a GLP pelafacilidade de aquisição earmazenamento, considera Ítalo.

“A escolha de uma empilha-deira por tipo de combustívelestá condicionada às condiçõesoperacionais, condições demercado (oferta/procura) edevido à facilidade de aquisiçãodesse combustível. O GLP, porexemplo, tem distribuiçãonacional, de fácil aquisição parauso. Já o diesel é usado emequipamentos de grande porte(acima de 7 toneladas) emprega-dos em portos, aeroportos, side-rúrgicas ou em locais em que oGLP não pode ser usado porperigo de explosão. Existe aindao híbrido GLP + gasolina, acombinação mais utilizada emoperações com empilhadeira emáreas de armazenagem em áreaexterna”, avalia, agora, FábioPedrão, diretor executivo daRetrak Empilhadeiras (Fone: 112431.6464).

Saiki, da TCIM: o GNV já érealidade em algumasempresas, porém é neces-sário investimento para ainstalação de um pit-stop

Page 10: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

10 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Adolpho Troccoli Filho, geren-te comercial da Still Brasil (Fone:11 4066.8100), também faz suaanálise sob este foco. Segundoele, a escolha do combustívelgeralmente está relacionada aotipo de aplicação do equipamen-to e, também, à disponibilidadedo mesmo no local.

“Na região Norte, o combus-tível mais utilizado nas empilha-deiras é o diesel, devido à logística de distribuição docombustível. Os equipamentosque utilizam o GLP ainda são osmais vendidos no Brasil. Geral-mente, o diesel é utilizado nosequipamentos com grande capa-cidade de carga e os equipamen-tos movidos a GLP e também aenergia elétrica até 7 tonela-das”, completa o gerentecomercial da Still.

Sérgio K. Saiki, supervisorcomercial da TCIM Empilhadei-ras e Peças (Fone: 11 4224.6480),também aponta que tudo tem deser analisado do ponto de vistaprático no reabastecimento emcada local. “O mais usado, pela

facilidade em abastecer, é o GLP,devido ao fato de as empresasfornecedoras deste combustívelentregarem no local solicitado.Quanto à aplicação, também asmáquinas a GLP são mais utili-zadas (por ser um combustívelmais puro) – elas emitem menospoluentes –, no entanto osmotores a diesel têm umadurabilidade mais longa. Algunsexemplos são empresas que jáabasteçam frota a diesel inter-namente (ex: caminhões), porémé utilizada em áreas externas”,ensina Saiki, da TCIM.

Roberto Ueda, gerente devendas da Toyota BT (Fone: 113511.0405), também pensa demodo semelhante. Segundo ele,a escolha do combustível daempilhadeira deve levar emconsideração duas importantesvariáveis: qual o tipo de operaçãoe qual a facilidade de abasteci-mento. Máquinas a diesel,segundo Ueda, normalmente sãomais usadas em locais onde oabastecimento da gasolina ouGLP é mais difícil. Isto ocorre

mais no interior ou em cidadesdistantes das grandes capitais.

Combustível edesempenho

Quando a questão é sobrequal o combustível que oferecemelhor desempenho, Roque, daAesa, diz que é o diesel.Motores turbodiesel eletrônicosgeram alta potência aliada aobaixo consumo, por isso sãoutilizados em máquinas degrande porte, diz ele.

“O diesel proporciona melhordesempenho, pois o motor temmaior torque em baixa rotação,além de os custos operacionaisserem bem menores que os dosequipamentos a GLP”, completaÍtalo, da Meggalog.

Na análise de Niglio, daCommat, empilhadeiras commotores a GLP apresentam,como maior vantagem, a menoragressão ao meio ambientedevido ao baixo nível de emissãode monóxido de carbono, e issoocorre devido à melhor condiçãode queima que o gás tem nacâmara de combustão.

“Entre os três combustíveismais utilizados, GLP, gasolina eóleo diesel para empilhadeiras,as diferenças de rendimentosentre os equipamentos de mesmacapacidade de carga são muitopequenas, considerando sempreuma mesma área de trabalho dasmáquinas”, avalia o engenheirode manutenção da Commat.

Segundo ele, uma vantagemapresentada pelas empilhadei-ras a diesel são os motores, quetêm uma vida útil maior, portrabalharem com rotações maisbaixas, mas esta vantagem estásendo reduzida pois, com aspeças eletrônicas sendo instala-das nestes motores para reduçãoda emissão de gases poluentes,os custos de manutenção estãose igualando aos dos motoresque usam outros combustíveis,fazendo com que esta vantagemseja reduzida e igualando-se aosmotores a GLP e/ou gasolina.

No caso de empilhadeirasde 10 toneladas ou de maiorcapacidade, quase a totalidadeé importada, e seus motores adiesel acabam sendo uma únicaopção e, com isto, fica impossí-vel fazer qualquer comparativo,

completa Niglio, da Commat.“A principal desvantagem do

uso da gasolina como combustí-vel é o alto custo, que inviabilizaa operação, já o diesel apresentaum preço mais atrativo. Uma boaopção pode ser o uso do GLP, queé um combustível mais limpo eeconômico que os demais efacilita o funcionamento domotor, proporcionando umaoperação mais suave e silencio-sa dentro da categoria demotores a combustão”, expõeSanches, da Jungheinrich.

“Em nosso entendimento,o GLP é o que oferece melhordesempenho, pois temos atesta-do que evidencia uma perfor-mance de 17,5 horas no botijãoP20, o que é muitíssimo satisfató-rio, uma vez que a média doequipamento encontrada nomercado é de 10 h por botijão deGLP”, acrescenta Saiki, da TCIM.

Por seu lado, Ueda, daToyota BT, diz que no caso dasempilhadeiras da sua empresa,como o motor é industrial, ouseja, foi desenvolvido especial-mente para o uso em equipa-mentos industriais, apresentambaixa rotação e alto torque e,neste caso, tanto o GLP como agasolina permitem um excelentedesempenho.

Já para Mazzutti, da BrasilMáquinas, “apesar de o custo-benefício do GLP ser melhor,além de possuir uma octanagemmenor que a gasolina e o custode aquisição ser menor, acreditoque o melhor desempenho aindaé da gasolina. No caso do diesel,ele possui uma excelentepotência na sua combustão, noentanto, a manutenção demotores a diesel é maior e maiscustosa para o cliente final”.

Pelo seu lado, Camargo, daDabo – Clark, considera que aavaliação de desempenho de-pende de fatores como qualida-de do combustível fornecido,horas trabalhadas, manutençãoperiódica do sistema dealimentação e operadorestreinados. Um equipamento podedesenvolver boa velocidade demovimentação por conta do tipode combustível, no entanto afalta de manutenção podeaumentar o consumo einviabilizar o desempenho,destaca o gerente de suporte aoproduto.

Page 11: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

11 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Camargo, da Dabo-Clark:um equipamento podedesenvolver boa velocidadepor conta do combustível,mas a falta de manutençãoaumenta o consumo

Combustíveisalternativos

É possível as empilhadeirasoperarem com biodiesel, etanolou outro combustível? Na opiniãode Roque, da Aesa Empilhadei-ras, sim. De acordo com ele, asempilhadeiras podem operarcom, virtualmente, qualquercombustível, desde que sejamfeitas as devidas adaptações.

“Sim, é possível, porém énecessário verificar os custosoperacionais para não se tornarmais caros que os atuais”,emenda Ítalo, da Meggalog,complementado por TroccoliFilho, da Still, segundo o qual aempilhadeira que utiliza motor acombustão interna (gasolina oudiesel) pode utilizar outros tiposde combustível (biodiesel, etanol,GNV), desde que o fabricante domotor informe as alteraçõesnecessárias para tal substitui-ção. “No passado já existiramempilhadeiras que funcionavama álcool (etanol), entretanto,como tudo que funcionava a

álcool na década de 90 caiu emdesuso, sua produção foidescontinuada”, informaMazzutti, da Brasil Máquinas.

Falando pela Dabo – Clark,Camargo revela que a busca porcombustíveis que poluam menose fontes alternativas de energiafaz com que as montadorasforneçam equipamentos querodem com bicombustível, porexemplo GLP-gasolina. Algumasfrotas, por exemplo, já utilizambiodiesel em concordância comas normas de emissão depoluentes para determinadaoperação, salienta o gerente desuporte ao produto da Dabo –Clark.

De outro lado vem a avalia-ção de Sanches, da Jungheinrich.Segundo ele, ainda não estãodisponíveis para o mercadoestes tipos de motores paraempilhadeiras, no entanto umaalternativa que as empresasencontram é a adaptação dosmotores GLP para GNV (gásnatural).

“Ainda não temos relatos do

uso de biodiesel em empilhadei-ras devido ao menor número navenda destes motores. O etanolainda não se fez uso práticonestes equipamentos no Brasil,agora, o GNV já é uma realidadeem algumas empresas, porém énecessário um investimentoinicial para a instalação de umpit-stop para reabastecimento”,

complementa Saiki, da TCIM.Nesta linha de visão

também está Ueda, da Toyota.De acordo com ele, ainda não foidesenvolvido nenhum projetopara ter uma empilhadeiramovida a biodiesel, etanol ououtro combustível. “A Toyotatem, no mercado mundial, umaempilhadeira híbrida – gasolinae elétrica”, completa o gerentede vendas.

Outra visão também temPedrão, da Retrak: como osmotores das empilhadeiras sãoimportados, o uso de combustí-veis como o etanol é quase nulo,devido a seu baixo emprego forado Brasil. Já o uso de combustí-veis alternativos é pontual eespecífico. A Retrak ainda nãorecebeu qualquer consulta paraessa aplicação, diz o diretorexecutivo.

Por último, Viveiros, da UNForklift, diz que a sua empresaestá em fase de testes para estetipo de motorização e ofereceráao mercado em um futuropróximo. ●

Page 12: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

12 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Ao decidir trazer o eventopara a América do Sul, aDeutsche Messe, organizadorada CeMAT, constatou que oBrasil é um país no qual ossetores de movimentação elogística apresentam ótimastaxas de crescimento. Como afeira também cresce ano a ano,os alemães entenderam querealizar a versão sul-americanado evento por aqui será acombinação perfeita.

Do ponto de vista do prefeitode Diadema, Mário Reali, oacontecimento será muitoimportante no sentido de trazertecnologia e proporcionar atroca de informações entre osenvolvidos na cadeia logística.“A Europa tem muita expertise,uma estrutura logística exemplarcom total integração de modais,ao passo que por aqui há muitosdesafios logísticos a seremsuperados”, compara.

Aidan Ravin, prefeito deSanto André, destaca que itenscomo armazenagem e transporte

compõem uma parcela conside-rável do custo de um produto,ainda mais quando se leva emconta o estreitamento dasmargens de lucro das empresasneste cenário atual de economiaglobalizada. Neste contexto, eleexplica que a evolução logísticadas empresas, com a absorçãode novas ferramentas e tecno-logias, representa a evolução dopróprio município, o qualdepende das corporações nacomposição da arrecadação.

Por sua vez, Luiz Marinho,prefeito de São Bernardo doCampo, diz que é muito importan-te que o setor produtivo, osprofissionais e os cursos delogística existentes na cidade seatualizem constantemente edestaca que a CeMAT SouthAmerica é uma grande oportuni-dade para que isso ocorra.

“Sem dúvida, todos oseventos na área de logística, emnossa cidade ou nas proximida-des, são importantes para osoperadores do setor e as empre-

sas interessadas em atividadeslogísticas, inclusive enquantousuárias”, comenta Marinho.“Eventos dessa naturezacontribuem para o aumento dosnegócios e o aperfeiçoamentodos canais das empresas e desuas relações com mercadosmais abrangentes”, acrescenta.

Nesse sentido, o prefeito deSão Bernardo do Campo enfatizaque há uma preocupação cons-tante em estimular a participa-ção das empresas do municípioem todas as oportunidades denegócios e os processos deaperfeiçoamento. “É fundamentalque elas se exponham, ampliemseus relacionamentos técnicos ecomerciais. Esta é mais umaoportunidade nesse sentido”,explica, ressaltando a importânciada presença dos empresários dacidade na CeMAT.

Da mesma forma, o prefeitode São Caetano do Sul, JoséAuricchio Júnior, entende que arealização da feira organizadapela Hannover Fairs Sulamericaé de fundamental importânciapara a região do ABCD, tendoem vista que se trata de umagrande oportunidade para trocarexperiências, atualizar conheci-mentos e, também, pelaabertura de oportunidades einovações que ocorrerão comesse evento.

Ele acredita que com inova-ções, possibilidades de novosnegócios, novas tecnologias eexperiências, a CeMAT poderácontribuir para o desenvolvimen-to logístico de São Caetano edas empresas presentes nacidade. “Temos boas expectati-vas”, resume Auricchio Júnior.

Perguntado sobre a possibili-dade de o evento se tornar oprincipal canal de desenvolvi-

De 4 a 7 de abril de 2011, noCentro de ExposiçõesImigrantes, em São Paulo,

SP, acontecerá a primeira ediçãoda CeMAT South America,evento que promete mexer como cenário logístico não só dacapital do Estado, mas tambémde regiões próximas, como oABCD Paulista, formado pelosmunicípios de Santo André, SãoBernardo do Campo, SãoCaetano do Sul e Diadema.

Idealizada há cerca de 10anos como um dos setores daFeira industrial de Hannover, naAlemanha, onde é realizadatradicionalmente, a CeMATcresceu e expandiu suas frontei-ras, já tendo sido realizada empaíses como China, Rússia,Turquia e Índia. Hoje, é conside-rada referência internacionalpara os segmentos de movimen-tação de materiais, logística eintralogística.

O parque industrial paulista teve início na Avenidado Estado, que liga a capital ao ABCD

Foto

: Júl

io B

asto

s –

Pref

eitu

ra d

e Sa

nto

Andr

é

Evento

Prefeitos do ABCD Paulistaressaltam importância daCeMAT South America

Reali, de Diadema:a CeMAT vai trazertecnologia e proporcionara troca de informaçõesentre os envolvidos nacadeia logística

Foto

: Mau

ro P

edro

so -

Pref

eitu

ra d

e Di

adem

a

Page 13: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

13 | edição nº105 | Nov | 2010 |

mento tecnológico e de alavan-cagem de negócios do setor delogística no país e em toda aAmérica do Sul, o prefeito deSão Caetano do Sul consideraque é possível e explica como:“a CeMAT poderá ocupar lugar dedestaque à medida que agregaralto desempenho e qualidadenas propostas, nos investimen-tos e na condução do evento”.

A Hannover Fairs Sulamericaentende que por ter sido bem-sucedido ao evitar grande partedo impacto da crise financeiramundial em 2008, apresentarboas perspectivas econômicas eter vários investimentos progra-mados na área de infraestrutura,o Brasil é sem dúvida um merca-do atrativo e que certamentedemandará soluções e troca detecnologias de movimentação demateriais e logística avançada.E este é o propósito da CeMATSouth America 2011.

“A feira é muito bem-vindana medida em que se trata desetor importante para nossacidade e para a região doGrande ABC, na qual Santo

André está inserida. Estamos aolado do Porto de Santos, o maiorterminal de cargas da AméricaLatina, e ganhamos um ramalimportantíssimo de escoamentoao Interior de São Paulo com achegada do Rodoanel”, observaRavin, de Santo André.

ABCD temlocalização queprivilegia alogística

Considerando os objetivosda realização de uma feira desteporte no país, não há como nãopensar na região do ABCDPaulista, um dos principais polosindustriais brasileiros. E comoonde há indústrias, há demandapor serviços logísticos, é funda-mental que haja infraestrutura.Neste contexto, é essencial alocalização privilegiada.

São Caetano do Sul, porexemplo, fica a 12 km do centrode São Paulo, a 77 km do Portode Santos, a 9 km do Aeroporto

de Congonhas, a 23 km doAeroporto de Cumbica, emGuarulhos, SP, e a 100 km doAeroporto de Viracopos, emCampinas, SP. Além disso, estásituada a menos de 7 km da ViaAnchieta, somente a 14 km daImigrantes e a 38 km daAnhanguera.

“Esta localização torna acidade extremamente atrativapara a indústria e para ocomércio”, comemora o prefeitoAuricchio Júnior, ressaltandoque a região do ABCD conta como apoio da Agência de Desenvol-vimento Econômico, que atuaem parceria com representantesdas associações comerciais,sindicatos e diversas entidadesjustamente para dar respaldotécnico aos investidores queestão e aos que querem sefirmar na região.

Já Marinho lembra que SãoBernardo do Campo, conhecidacomo Cidade do Automóvel, estáàs margens das duas rodoviasque ligam a capital ao Porto deSantos (Anchieta e Imigrantes) ediz que a abertura do Trecho Sul

do Rodoanel ampliou essa vanta-gem logística. “Já existemempresas de logística e transpor-te na cidade, mas temos notadoo aumento do interesse de outrasempresas do ramo em se instalarem nosso território”, revela.

Marinho, de São Bernardo:eventos dessa naturezacontribuem para o aumentodos negócios

Foto

: Wils

on M

agão

- Pr

efei

tura

de

São

Bern

ardo

Page 14: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

14 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Visando ao desenvolvimentologístico da cidade, ele salientaque várias obras viárias estãoem andamento em São Bernardodo Campo, tais como o rebaixa-mento da Avenida Lions, a qualrecebeu um viaduto sobre aAvenida Lauro Gomes, com oobjetivo de melhorar o tráfegoentre o bairro de São Mateus(em São Paulo), Santo André,São Bernardo e Diadema, inter-ligando-se com a Via Anchieta.

Santo André também éprivilegiada do ponto de vistalogístico. “A cidade está situadana Região Metropolitana deSão Paulo, o maior mercado deconsumo do Brasil, tem acessorápido ao Porto de Santos peloComplexo Anchieta/Imigrantese, com a inauguração do TrechoSul do Rodoanel, passou aoferecer também acessofacilitado rumo ao interior deSão Paulo”, destaca Ravin, indoao encontro dos pontosdestacados pelos representan-tes das cidades vizinhas.

O prefeito de Santo Andréafirma que a condição logísticaé um dos fatores que colocam acidade na condição de 10ª econo-mia do Estado de São Paulo e

25ª do País em relação ao PIB –Produto Interno Bruto, comoreflexo de um parque industrialmaduro e diversificado no qualse destacam os setoresmetalmecânico, petroquímico ede plástico e borracha.

Ravin aponta, ainda, que achegada do Trecho Sul doRodoanel potencializa a atrativi-dade de Santo André e abre umaavenida de novas oportunidadespara empresas interessadas emacessar diversos mercados comagilidade e economia. “Nossoterritório conta com áreas livrespara receber novas empresas.Em plena área urbana, porexemplo, temos vasta área livreno entorno da Avenida doEstado”, revela.

De acordo com ele, a cidadeestá de portas abertas paraatender aos empreendedoresinteressados em utilizar estasáreas como plataforma dearmazenagem e distribuição deprodutos acabados e insumos deprodução. “Vale ressaltar que

Santo André já possui portoseco e entreposto aduaneiro,proporcionando maior proteçãodas mercadorias e agilidade nosprocedimentos alfandegários”,comenta, acrescentando que acidade conta com mais de 800estabelecimentos prestadores deserviços no ramo de transporte,de armazenagem e de logística.

Reali, prefeito de Diadema,entende que a proximidade coma cidade de São Paulo é um fatorimportante para o desenvolvi-mento logístico do ABCD elembra que o parque industrialpaulista teve início na Avenidado Estado, que liga a capital àregião, favorecida também pelalocalização próxima ao Porto deSantos e ao Rodoanel, obraresponsável pelo crescimento dademanda interna de distribuiçãode carga no ABCD, ocasionandoaumento da procura pelas áreaspróximas da via, por parte dasempresas.

Diadema, segundo o prefeito,é sede de quase 300 empresas

Ravin, de Santo André:a evolução logística dasempresas representa aevolução do própriomunicípio

Foto

: Mau

ricio

Tab

oni

Page 15: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

15 | edição nº105 | Nov | 2010 |

de transporte e logística. Alémdisso, conta com cerca de 1.800indústrias de vários setores,como petroquímico, cosméticose plásticos, entre outros, osquais demandam serviços delogística e transporte dequalidade.

“A logística é estratégica ea cidade de Diadema está em umponto favorável, mas precisamosinvestir em infraestrutura”,analisa. “Estamos buscandodiscutir investimentos na áreade mobilidade e estamos indoatrás de recursos para receberesta vocação logística dacidade”, revela.

Importânciahistórica

Há quem chame a região deABCDMR, acrescentando à siglaas iniciais dos municípios deMauá, Ribeirão Pires e RioGrande da Serra. Juntas, as sete

cidades totalizam uma área de825 km² e contam com mais de2,5 milhões de habitantes,segundo estimativas do IBGE –Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística, datadas do ano de2007.

Contudo, a expressão ABCDé mais comumente utilizada porfazer referência às quatrocidades que formam um dosprincipais polos industriais doBrasil – senão o maior –, o qualtem forte atuação nos segmen-tos automotivo, petroquímico-plástico, metalúrgico, etc., alémde ser dono de uma crescentedemanda por serviços logísticos.

Reali, prefeito de Diadema,conta que a história do desen-volvimento industrial da cidadee da região vem desde os anosde 1960. “O desenvolvimento detécnicas como kanban, just intime e da logística em geraltrouxe muitos benefícios aoABCD”, explica, fazendo mençãoà presença maciça de monta-doras de automóveis na região,

que hoje abriga empresas comoVolkswagen, Ford, Toyota, Scaniae Mercedes-Benz.

A vocação logística do ABCD,no entanto, vem de muito antes.

No século XIX foi construída aferrovia São Paulo RailwayCompany, que mais tarde passoua se chamar Santos-Jundiaí, einicialmente tinha o propósito defacilitar o escoamento daprodução agrícola de São Paulopara o Porto de Santos.

A presença da ferroviaatraiu empresas e contribuiupara o desenvolvimentoindustrial da região. A partir dadécada de 1950, com a chegadada indústria automobilística, oABCD passou a se destacardefinitivamente como um dosprincipais polos industriais doBrasil e da América Latina.

Com o passar dos anos e ocrescimento da indústria deautomóvel, a região passou asediar, também, indústriascomplementares, como a deautopeças e de embalagens.Hoje, pode-se dizer que asproduções de plásticos emetalurgia ocupam posição dedestaque no cenário industrialdo ABCD. ●

Auricchio Júnior, deSão Caetano: estamosmuito bem localizadosdo ponto de vistalogístico

Foto

: Divu

lgaç

ão –

Pre

feitu

ra d

e Sã

o Ca

etan

o

Page 16: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

16 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Montadoras

Iveco lança caminhão voltado paraa nova economia brasileira

9.300 kg e potência de 154 CV,além disso, conta com trêsopções de entre-eixos (3.308,3.800 e 4.350 mm) e estádisponível com cabine simples.Já o 130V18, com PBT de13.300 kg, desenvolve 173 CV etambém é disponível com trêsopções de entre-eixos (4.350,4.750 e 5.100 mm). Esta versãotem dois tipos de cabine:simples e estendida.

Os modelos, cujo projetodemandou R$ 55 milhões, sãoequipados com o novo motorIveco-FPT NEF 4 common rail, jápreparado para o Euro V, o quegarante economia de combustí-vel e baixa emissão de poluen-tes, segundo a empresa.

A família de médios da Ivecoé a primeira nascida sob ocuidado direto do Centro deDesenvolvimento de Produto damontadora, localizado em SeteLagoas, MG, possuindo índicede nacionalização de 85%.

“O projeto é local, a plata-

forma tecnológica é mundial e osuprimento é global”, contaRenato Mastrobuono, diretor dedesenvolvimento de produto daIveco Latin America.

Já Cavalcanti revela que,antes do lançamento oficial,a empresa já tinha vendidopraticamente toda a produçãoprogramada para 2010.O primeiro lote, de quase400 unidades, foi fechado comclientes do setor atacadista,entre eles a Martins, deUberlândia, MG.

MercadoCom o Vertis, a Iveco entra

no segmento dos veículosmédios, que hoje comanda cercade 20% das vendas de cami-nhões no Brasil, e transforma-senuma montadora full liner, istoé, com veículos em todos ossegmentos do mercado.S e a economia e o varejo

evoluíram, por que ocaminhão não deveria

evoluir?” A frase, de AlcidesCavalcanti, diretor de vendas emarketing da Iveco (Fone: 0800702.3443) para o Brasil, justificao lançamento da empresa: oveículo médio Vertis, disponívelnas versões de 9 e 13 toneladas.

Segundo o profissional, estaé a opção mais condizente coma nova economia brasileira, jáque aumentou o consumo dasfamílias, mesmo com a criseeconômica, contribuindo para aexpansão das atividades dosvarejistas, pequenas empresas eautônomos responsáveis peladistribuição urbana.

O novo veículo é voltadopara centros urbanos e entregasinterurbanas de curta e médiadistância, que circulam comfrequência dentro de áreasdefinidas, com horários rígidosa cumprir.

A versão 90V16 tem PBT de

A expectativa com o novoproduto é alcançar entre 8% e10% do mercado de veículosmédios em 2011, ou seja,comercializar de 2.500 a 3.000unidades. “Nosso próximo passoé estabilizar toda a linha nomercado para conquistá-lo”,declara Antonio Dadalti, vice-presidente da Iveco, acrescen-tando que toda a força detrabalho da empresa estávoltada, no momento, paraatender à norma Euro V.O profissional também lembraque África, Austrália, Índia e aAmérica Latina são mercadosque têm interesse no Vertis.

Por sua vez, o presidente dacompanhia, Marco Mazzu, dizque, com o lançamento, a Ivecofechou uma etapa iniciada em2007. “Em breve, iniciaremos umnovo ciclo, mais fortes e maispreparados. Acredito muito noBrasil. A Iveco ainda podecrescer mais no país.”

EventoO lançamento do caminhão

foi feito em Salvador, Bahia,para 104 jornalistas, entre elesCarol Gonçalves, repórter doPortal e da Revista Logweb,além de outros convidados.Na ocasião, todos puderamparticipar do test drive solidário,iniciativa que doou cestasbásicas para entidades da regiãoa cada percurso realizado.

Na apresentação do novoveículo, o ator Stênio Garcia,que interpretou o personagemBino no seriado “Carga Pesada”,da Rede Globo, falou sobre suaexperiência no setor e asvantagens da família de médiosda Iveco. “O DNA do Vertis ébrasileiro, e meu orgulho diz queele vai longe”, disse. ●

Dadalti: “nosso próximopasso é estabilizar toda alinha no mercado paraconquistá-lo”

Carol, da Logweb, ao lado do lançamento da Iveco,disponível nas versões de 9 e 13 toneladas

Page 17: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

17 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Page 18: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

18 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Montadoras

NC² inicia operaçõesno Brasil e lança caminhão neste mês

F ruto da joint venture firmadaem 2009 entre as empresasNavistar e Caterpillar, no final

de outubro último, em São Paulo,SP, a NC² Global fez o anúnciooficial do início das suas opera-ções no Brasil. O objetivo da novamontadora de caminhões é estarentre as cinco maiores do paísaté 2015.

Os principais focos da maisnova montadora de caminhões domundo são os mercados emer-gentes fora da América do Nortee da Índia, como Austrália, China,Nova Zelândia, Oriente Médio,África do Sul, Turquia e AméricaLatina, tendo o Brasil como base.

Por aqui, a empresa irámontar e distribuir caminhõescomerciais com as marcasInternational e Cat para todo oMercosul. A princípio, a maisnova fabricante de caminhões nopaís irá utilizar a planta da Agrale(Fone: 54 3238.8000), em Caxiasdo Sul, RS, que vinha sendoutilizada para operações daNavistar no Brasil, graças a umacordo existente entre asempresas.

Segundo informações deCesar Longo, diretor regional de

O objetivo da nova montadora de caminhões é estarentre as cinco maiores do país até o ano de 2015

Vendas da NC², a montadora vaiinvestir US$ 10 milhões naexpansão da linha de montagemda planta em Caxias do Sul, complanos de abrir 150 novas vagasde emprego até o próximo ano.Já a sede administrativabrasileira ficará em São Paulo.

O presidente da NC², AlSaltiel, revela que as operações,mesmo sendo realizadas em

uma planta não-própria, serão100% controladas pela empresae diz que num prazo de seismeses deverá ser decidido olocal onde será construída afábrica da montadora no Brasil.“Os investimentos em projetosde expansão em longo prazo jáforam iniciados”, afirma.

Sem divulgar números sobreprojeções de vendas, os execu-

tivos presentes ao anúncioparecem estar apostando naexpertise da Caterpillar em seus85 anos de atuação no segmentode equipamentos para constru-ção e mineração, bem como naexperiência da Navistar que,com 33% de participação, detéma liderança no mercado decaminhões na América do Norte.

Em 2012, a empresa pretendeintroduzir no mercado brasileirouma nova linha de caminhõescom cabine avançada das duasmarcas, marcando a entrada daCat no portfólio brasileiro. A novalinha de produção incluirá maisde 15 modelos – abrangendoveículos desde 10 toneladas até74 toneladas de PBTC, commotores variando de 180 HP amais de 500 HP.

Os caminhões produzidospela NC2 serão distribuídos noBrasil por meio de redes derevendedores das marcas Inter-national e Cat. A rede de reven-dedores da International, recém-chegada ao país, já conta comcinco pontos de venda e deveráchegar a 10 unidades até o finaldeste ano. Até 2015, a empresaplaneja contar com mais de

Page 19: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

19 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Uma das características marcantesdo DuraStar é a visibilidade

60 pontos de venda em todo oterritório brasileiro.

A atual rede de revendedoresconta com as empresas GrupoKonrad, Catalão, Marcosa e GrupoSaga, estando presentes nosestados do Paraná, Rio Grande doSul, Minas Gerais, Goiás e Ceará.Como parte da expansão, a NC² jánegocia com outros fornecedores,sendo que aproximadamentecinco deles são de grandescidades paulistas, comoCampinas, Ribeirão Preto, SãoJosé do Rio Preto e São Paulo.

Além disso, a rede Caterpillar

poderá comercializar as duasmarcas, aumentando ainda mais acapilaridade. O suporte pós-venda,por sua vez, também será ofere-cido pela rede de revendedores,bem como por meio de um centronacional de distribuição de peçase de um serviço de discagemgratuita. O investimento inicial dajoint venture no país é de aproxi-madamente US$ 200 milhões nacompra de equipamentos,pesquisas e desenvolvimento denovas tecnologias, além dacontratação e treinamento defuncionários.

Primeiroslançamentos

Neste mês, a NC² inicia acomercialização do modelopesado International 9800i emterritório brasileiro. No primeirotrimestre de 2011, possivelmenteem fevereiro, será a vez dosemipesado InternationalDuraStar dar os primeiros passosno país. Ambos já são utilizadosem outros países, mas trarãonovidades particulares aomercado brasileiro.

Os projetos para oscaminhões que serão produzidospor aqui estão sendo desenvolvi-dos nos Estados Unidos e terãoíndice de nacionalização variandoentre 60% e 90%, nesta faseinicial. Os dois modelos serãocomercializados com um ano degarantia, livre de quilometra-gem, com a opção de garantiaestendida para motores e outrossistemas, além de uma série deserviços e suporte técnico.

A versão brasileira do cavalomecânico 9800i é equipada com

motor eletrônico de 11 litros,com 417 CV e 2010 Nm detorque. O modelo oferece duasopções de tração (6x2 e 6x4) ePBTC de, respectivamente, 57 e74 toneladas. Os principaisdestaques ficam por conta datransmissão de 13 velocidades,teto alto de série, freios ABS,suspensão a ar e ar condicionado.

O DuraStar, por sua vez, seráindicado para atuar como cami-nhão basculante, frigorífico,furgão de alumínio, carga secaou tanque. Ele estará disponívelnas versões 4x2, 6x2 e 6x4 econtará com motor eletrônicoMWM International MaxxForce7.2 litros Euro III, de 260 CV e900 Nm de torque, testado eaprovado no Brasil. “Um dosgrandes diferenciais do DuraStaré o sistema elétrico Multiplex,que combina a distribuição dacorrente elétrica e a disponibili-zação de informações sobre oveículo”, destaca Longo.O veículo terá duas opções detransmissão: com 6 ou 10marchas. ●

Page 20: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

20 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Matéria de capa

Profissionais de logística:mais estratégia,menos operacionalSua atuação está migrando de uma atividade focada na operação para uma atividade maisalinhada à estratégia da organização. É preciso ter uma visão mais ampla, vislumbrando aCadeia de Suprimentos como um todo, além de alinhar as interfaces com outras áreas da empresa.

inicial até o cliente final, e docliente final até o fornecedorinicial. Esse foi o passo inicialpara o surgimento dos conceitosde cadeia logística, cadeiaprodutiva, cadeia de suprimentose Supply Chain Management”,explica.

Um bom gerenciamento dacadeia logística pode represen-tar uma vantagem diferencialcompetitiva no mercado, pois,de um lado, agrega valor aoproduto via serviço ao cliente e,do outro, agrega produtividade àempresa via redução de custo.Assim sendo, as variáveis logís-ticas nos processos de comprar,produzir, vender e entregar estãose tornando variáveis decisóriasde compras por parte dosclientes.

“O leitor já deve ter ouvido aseguinte expressão: ‘tempo édinheiro’. Com certeza é umaexpressão muito batida nalinguagem comum, mas nalogística e gestão da cadeia desuprimentos ela tem um signifi-cado fundamental. Não só otempo significa custo, comotambém prazos extensos impli-cam em penalidades no serviçoao cliente. Na consideração doscustos, existe uma relaçãodireta entre o tamanho do fluxologístico e o estoque que ficaretido nele, pois em cada dia deretenção do produto ocorremdespesas de manutenção deestoques. Na consideração dosprazos, existe uma relação entreprazos longos e respostas lentas

às necessidades dos clientes‘versus’ prazos curtos erespostas rápidas às necessida-des dos clientes”, diz.

Assim – continua Ferrante –,no mercado competitivo atual,onde é cada vez maior a impor-tância da velocidade dasentregas e o serviço ao cliente,a combinação de baixos custos ecurtos prazos pode significar umaumento do grau de competiti-vidade das empresas.

“Esta evolução do conceitologístico exigiu, também, umaevolução significativa do profis-sional de logística. O atualprofissional deve ter uma visãosistêmica da empresa juntamen-te com os seus clientes e seusfornecedores. Deve entendermuito claramente que o aumentoda produtividade da cadeialogística deve agregar valor paraaquele que remunera estacadeia, ou seja, o consumidorfinal”, acrescenta o profissional.

Realmente, com a globali-zação, maiores oportunidadessurgiram para as empresas.Assim, os processos logísticospassam por mudanças a cadaano para adequação e aumentoda competitividade das mesmas.“A logística vem ganhandonotoriedade e conhecimento porparte da população, diferente-mente da visão de ser somenterelacionada a transporte,conforme ouvíamos muito em2000, ano em que teve início oprimeiro curso de bachareladoem logística no Brasil

disponibilizado pela Univali(Universidade do Vale do Itajaí)em Santa Catarina, oferecendo50 vagas e formando, em 2002,19 bacharéis em logística. Desdeentão a logística vem crescendoe se profissionalizando”, explicaAmarildo Nogueira, diretor dedesenvolvimento e inovação daMega Inovação Consultoria eTreinamento.

Segundo ele, por contadeste conhecimento adquiridopela grande maioria da popula-ção, não basta apenas conheceros processos logísticos, mas,também, especializar-se na áreade atuação em que se desejatrabalhar, participando detreinamentos e cursos, ter umaboa network, acompanhar omercado e sua tendência, bemcomo as inovações decorrentesou de relevância para alogística.

Nesta matéria especial darevista Logweb sobre osprofissionais de logística –

e cujo enfoque já se tornou umatradição no setor, tendo em vistaque a sua publicação, anual,remonta ao primeiro número darevista – especialistas noassunto contam o que mudouneste último ano, se os cursosatuais têm boa qualidade e quala importância dos programas detrainee na formação de talentos.

Como as exigências paraatuar na área crescem constan-temente, devido às novastecnologias, por exemplo, aatualização é fundamental.É preciso preencher váriosrequisitos e ter uma visãocompleta das operações.

Antes de abordar o quemudou na atuação do profissio-nal de logística, José CarlosFerrante, professor do curso deEngenharia de Produção Mecâni-ca do Instituto Mauá de Tecnolo-gia, fala da evolução do conceitologístico nos últimos tempos.

No Brasil, a partir da décadade 90, a logística evoluiu muitorapidamente. A empresa deixade ser uma entidade econômicaindividual e passa a ser umaentidade econômica comparti-lhada, de um lado, com os seusclientes e, do outro, com os seusfornecedores. “Em função disso,o conceito logístico é expandido,e a logística deixa de ser consi-derada como transportes edistribuição para tornar-se umsistema integrado do fornecedor

?

Page 21: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

21 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Nota-se que a área delogística vem se tornando cadavez mais estratégica dentro dasorganizações. Para muitosprodutos e serviços há umamaior quantidade de alternati-vas disponíveis. Questões comodisponibilidade de entrega efacilidade de colocação depedidos, por exemplo, passarama ser o diferencial que faz ocliente optar pelo fornecedor“A” ou “B”.

Sendo assim, o mercadoestá mais competitivo e osclientes estão mais exigentescom o nível dos serviçosprestados e com o custo dosmesmos. Atividades comocompras, transportes, gestão deestoques e processamento depedidos precisam ser bemadministradas, pois podemrepresentar o sucesso ou oinsucesso de uma organização.

“Por isso, penso que aatuação do profissional delogística está migrando de umaatividade focada na operaçãopara uma atividade mais alinhada

com a estratégia da organização”,acredita Hélio Meirim, professoruniversitário em cursos de MBA,pós-graduação e graduação, alémde coordenador da Comissão deLogística do Conselho Regionalde Administração, RJ.

De fato, de acordo comFernando Guilhobel RosasTrigueiro, coordenador do MBAem Logística da Faculdade deCiências da Administração dePernambuco/UPE, ultimamente oprofissional de logística tem deter uma visão mais ampla, ouseja, vislumbrar a Cadeia deSuprimentos como um todo. Temde passar para uma visão maisestratégica, além da operacional,se preocupar com o cliente e aalta performance da organização.

“Essa evolução é nítida nosúltimos 10 anos. Com isso, aprofissionalização do setor passaa ser fundamental, e a busca demais conhecimento se tornouuma realidade”. A opinião é deDalva Santana, consultora naárea de logística e professora doCurso de Logística da Universida-

de Luterana do Brasil – ULBRACanoas e professora convidadado MBA em Gestão Empreende-dora da Faculdade de Tecnologia– FTEC em Porto Alegre, no RioGrande do Sul.

Com uma atuação maisabrangente, o profissional delogística também precisa deconhecimentos em MobilidadeUrbana e Logística Reversa eDesenvolvimento Sustentável,conforme salienta OsvaldoContador Junior, professor plenoI, pesquisador e coordenador docurso superior de Tecnologia emLogística da Faculdade deTecnologia de Jahu – FATEC JH,em São Paulo.

De acordo com AnneGimeno, gerente de projetos daCebralog – Centro Brasileiro deAperfeiçoamento Logístico, oprofissional de logística vemrecebendo um valor diferenciadoatualmente. “Apesar de o setorda logística não trazer ‘lucro’ativo para a empresa, hoje emdia ele está sendo visto comouma grande oportunidade de

redução de custos com amelhoria dos processos. Dessaforma, os profissionais dalogística estão recebendo umaatenção especial e diferenciadado mercado”, acredita.

Alta demandaDe fato, segundo o professor-

doutor Hugo Tsugunobu YoshidaYoshizaki, coordenador do cursode Especialização em LogísticaEmpresarial na Fundação Vanzo-lini, há maior turnover de pessoalpela alta demanda, ou seja, omercado de trabalho de logísticaestá muito aquecido.

Mas, há um hiato nestemercado, de acordo com DanielGeorges Gasnier, diretor da ImamConsultoria. “Estamos vivendoum ‘quase-apagão’ de talentos:faltam pessoas efetivamentequalificadas para preenchertodos os cargos que as empre-sas estão oferecendo”, expõe.

Sobre necessidades e faltastambém fala Edson Carillo, vice-

Page 22: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

22 | edição nº105 | Nov | 2010 |

presidente do Instituto ILOG –Instituo Logweb de Logística eSupply Chain, diretor da Aslog eprofessor de pós-graduação naFGV nas disciplinas de Opera-ções e Serviços, Jogos e Planosde Negócios. “Com as empresasem geral experimentando umincremento de demanda, oprofissional de logística tem sedeparado, principalmente, com odesafio da escassez,principalmente de recursos,como equipamentos e mão deobra qualificada.”

Se for feita uma rigorosacomparação entre a importânciada logística para as empresas e onível de atuação da grandemaioria dos profissionais dosegmento, pode-se constatar, aocontrário do que se espera, quenão tem havido mudançasexpressivas nesta relação. É oque acredita Eugenio Celso R.Rocha, diretor técnico eoperacional da Safemov LogísticaConsultoria & Treinamentos.

“Há uma significativa defa-sagem entre aquilo que pode eprecisa ser feito no setor eaquilo que os profissionais estãorealmente qualificados parafazer”. Ele cita como exemplo agestão deficiente das operaçõesde movimentação e armazena-gem de materiais, que apresentasinais preocupantes nos níveis desegurança e confiabilidade,além da elevação dos custoscom desperdícios e retrabalho.

“Portanto, sobretudo no níveloperacional, entendemos que a

atuação dos profissionais delogística não tem correspondidona mesma proporção às necessi-dades do setor”, declara Rocha.

Já o engenheiro JorgeDomingos Junior, professor delogística pela Rodipa Consulto-ria, vê o profissional de logísticamuito mais atuante e muito maisconhecedor das técnicas ineren-tes à profissão, não apenas comfoco em um determinado pontoisolado da cadeia logística, mascom visão total de todos ospontos importantes que afetam,de alguma maneira, o desenvol-vimento da empresa.

“Em um passado não muitodistante, víamos o profissionalde logística exatamente como otrabalhador que tinha muitotempo de serviço na empresa ouque tinha dominado a confiançados diretores, porém sem osconhecimentos necessários àprofissão. É verdade que emalgumas empresas tais aconte-cimentos ainda existem, maspercebemos que está mudandoo cenário, favorecendo o profis-sional estudioso no assunto.”

Ele diz que nos cursos queoferece pela Rodipa tem notadoum constante aumento de capa-cidade nos alunos, principal-mente naqueles que já atuame precisam constantemente deatualização.

Para Lars Meyer Sanches,coordenador executivo do cursode Especialização em Gestão daCadeia de Suprimentos do LALT/UNICAMP, em São Paulo, está

havendo a necessidade de oprofissional de logística gastarmais tempo alinhando asinterfaces com outras áreas daempresa (comercial, marketing,manufatura, etc.). “Isto acontecepois as decisões tomadas nestaárea trazem um grande impactono desempenho da logística. Porexemplo, a concentração dasvendas no final do mês (temapor mim estudado em meudoutorado) é em grande parteprovocada por decisões da áreacomercial e provocam um enormeimpacto em todos os indicadoresda logística (nível de serviço,eficiência operacional, giro dosestoques, etc.)”, declara.

Segundo Sanches, em funçãodesta mudança, os profissionaisda área precisam conhecer maissobre as demais áreas e aprendera influenciar as suas decisões(gestão da mudança). Outroponto fundamental – segundoele – é ter um razoável conheci-mento de finanças, pois esta é alinguagem comum nas diversasáreas da empresa.

“Com certeza, o profissionalde logística tem percebido a suareal contribuição dentro dasempresas, pois movimenta todaa cadeia de suprimentos. Nesteperíodo pós-crise mundial,quando teve papel preponderan-te, já é comum a existência docargo de diretor de logística/Supply Chain”, analisa LaudizioMarquesi, diretor da Consulog –Consultoria Logística e membrode comitês do setor, como a

NTC&Logística – AssociaçãoNacional do Transporte deCargas e o SETCESP – Sindicatodas Empresas de Transportes deCarga de São Paulo e Região.

De acordo com ele, hojeexiste a busca por uma capacita-ção contínua, além de habilidadena utilização de ferramentasespecíficas e softwares naresolução de problemas dasempresas, projetando cenários esoluções logísticas. “Diantedestas necessidades de mercado,hoje se recrutam profissionais delogística com experiência emnível internacional. Como istonem sempre é possível, oprofissional de logística deveráestar sempre buscando conheci-mentos em cursos de atualização,publicações e sites de boaqualidade, visitas e comissõestécnicas ao exterior e participa-ção em Câmaras Técnicas emsua área de atuação.”

Mauro Henrique Pereira,consultor independente, tambémfala da última crise global, queprovocou nas empresas umaprofunda reflexão em suasmatrizes de custo e cadeias desuprimentos. Contratos efornecedores começaram a serrevistos de modo a se obter oaumento ou mesmo a manuten-ção das receitas, uma vezverificada a queda dos níveis deconsumo. Neste sentido, Pereiraavalia que cresceu a importânciado profissional de logística emsua especialidade de repensaros modelos, os fluxos e dar

Nogueira:a logística vemsendo maisconhecida pelapopulação,diferentementeda visão de sersomente relacio-nada a transporte

Neves:“os programasde trainee sãoimportantíssimospara oxigenar aequipe e garantirreposição dequalidade nocurto prazo”

Trigueiro: formarmão de obraqualificada éfundamentalperante a suacarência,principalmentedo mercadonordestino

Rocha: “concluí-mos que oscursos atuais,com algumaspoucas exce-ções, nãoqualificam osprofissionaisadequadamente”

Sanches: estáhavendo a neces-sidade de o profis-sional de logísticagastar mais tempoalinhando asinterfaces comoutras áreas daempresa

Meirim: “vejoque, a cada ano,surgem bonscursos na áreade logística, e osque já existemprocuram seaprimorar aindamais”

Page 23: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

23 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Page 24: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

24 | edição nº105 | Nov | 2010 |

novas soluções, a fim de atingiros novos objetivos do mercado.

Na opinião de LucianoRocha, presidente da ABEPL –Associação Brasileira deEmpresas e Profissionais deLogística, o profissional hoje temque ser muito mais generalista eextremamente flexível paraatender à velocidade com que osetor se desenvolve. “A área delogística cresce cerca de cincovezes mais do que a economiabrasileira, por isso o dinamismoé imprescindível para quem atuaneste setor.”

Por sua vez, Marco AntonioOliveira Neves, diretor-presidenteda Tigerlog Consultoria eTreinamento em Logística,analisa que a cobrança porresultados, principalmente pelaredução de custos, temaumentado gradativamente, edeverá se tornar o foco principaldo profissional, principalmentedevido ao fato de embarcadores,Operadores Logísticos e transpor-tadoras buscarem um denomina-dor comum para ambos.

Paulo Rago, presidente doCeteal – Centro de Estudos Téc-nicos e Avançados em Logística,nota que com o crescimento dasatividades econômicas de formageral, o profissional de logísticateve que aprender a atuar comrecursos escassos em virtude dadesconfiança de muitas empresasem investir em estrutura real.O sentimento é de espera deconsolidação das atividadesainda, e, neste cenário, há umcrescimento de atividades, dedemandas, mas com umaestrutura ainda não condizente.

Ele diz, também, que, emvirtude disto, o “logístico” temde exercitar muito mais vezes o“tornar-se empreendedor”, poiscomeça a entender que devebuscar soluções diferentes acada momento em virtude dasalterações de necessidades porparte dos clientes. “Por fim, obom profissional teve de aprendera se relacionar bem com todosos níveis da organização paragarantir os resultados esperadose negociar atividades comoutros departamentos.”

Para Rodrigo Sant’Anna,diretor da LTi Tecnologia (Consul-toria e Treinamento), as mudan-ças na atuação do profissionalde logística envolvem atenção

ao mundo globalizado. “Hoje eletem de estar antenado com asnotícias do mundo e as oportuni-dades da área, sempre visitandofeiras e participando de palestrasespecíficas da área. Tambémtem de estar por dentro do queestá sendo aplicado na empresaem que trabalha, por exemplo,estudos logísticos em transportevisando às viabilidades dos meios(aéreo, rodoviário, marítimo),aplicando em resultados ospontos positivos e negativos decada um, conforme carga/produto/tempo de chegada aocliente, não onerando os custosao cliente e garantindo arentabilidade dos negócios daempresa”, expõe.

TraineeCada vez mais comuns dentro

das empresas, os programas detrainee têm como objetivoidentificar, treinar e desenvolverjovens talentos com potenciais ecompetências diferenciadaspara serem futuros líderes egestores nas organizações.“Com este programa, asempresas possuem a oportunida-de de realizar uma seleção commaior precisão, pois, além doperfil do cargo, é necessário queo candidato tenha identificaçãocom a cultura da empresa”,explica Nogueira, da MegaInovação.

“Os programas de traineesão importantíssimos paraoxigenar a equipe e garantirreposição de qualidade no curtoprazo, já que está cada vez maisdifícil contratar bons profissio-nais”, declara Neves, da Tigerlog.

Realmente, para Carillo, doILOG, na falta de pessoal quali-ficado, esses programaspassaram a ser uma base paraformação destes profissionais.

De acordo com Sant’Anna,da LTi, a ideia da execução dateoria na prática nas empresasrevigora o início do profissionale, ao mesmo tempo, dá a ele aexperiência para aplicaçõesfuturas.

Já Anne, da Cebralog,salienta que muitas empresasestão buscando profissionais nomercado sem muito conheci-mento profissional e com certo

conhecimento técnico. Dessaforma, conseguem selecionarprofissionais sem manias ecostumes errados, desenvolvidosem outras empresas, e osmodelam de acordo com osprocessos da companhia.

“O programa de trainee tempor objetivo a integração e oconhecimento da empresa comoum todo e, especificamente na áreade logística, seria no sentido depromover com mais precisão aintegração dos processoslogísticos”, acrescenta aconsultora e professora Dalva.

Na opinião de Rocha, daSafemov, os programas detrainee precisam ser muito bemestruturados, supervisionados eavaliados para que possamgarantir os resultados desejadosna formação dos profissionais delogística. “Infelizmente, apesarda grande importância destesprogramas no contexto logístico,apenas as grandes empresas osmantém ativos, obtendo resulta-dos expressivos e diferenciando-se na gestão do projeto logísticoe tornando-se mais competitivasno seu mercado de atuação”,declara.

Trigueiro, da Faculdade deCiências da Administração dePernambuco/UPE, diz que formarmão de obra é fundamentalperante sua carência, principal-mente do mercado nordestino,onde está havendo um crescimen-to muito grande na procura porestes profissionais.“Os programas tem de serpráticos e de curto prazo”,ressalta.

Essa carência de pessoaltambém é citada pelo professorMeirim. “Existe uma lacuna entrea formação acadêmica e aformação prática. Por isso,entendo que os programas detrainee possuem um papelfundamental na formação dosjovens profissionais”, expõe.

Por outro lado analisa Gasnier,da Imam Consultoria. “Vejo que asempresas já acreditaram einvestiram mais nestes programasdo que nos tempos atuais, talvezporque algumas delas tiveramseus investimentos frustradospela ambição destes profissionaisque, depois de preparados,buscaram capitalizar seusconhecimentos em outrasempresas.”

Bons cursos?Para Nogueira, da Mega

Inovação, os cursos na áreapreparam bem os profissionaispara o mercado. Alguns alunosenviam a ele e-mails falandodas oportunidades profissionaisque vêm obtendo por conta docurso que realizam. “Porém,acredito que cada curso possuium perfil e formatos diferencia-dos de aprendizado. Um fator degrande relevância para os cursosde logística é de que parte docorpo docente seja profissionalda área, assim ele trabalhará emsala de aula com situações reais.Percebo que, aos poucos, asempresas estão se conscienti-zando da importância de estaremmais próximas da academia.Este fator é de grande importân-cia para que possamos alinhar ateoria à prática”, diz.

Ainda segundo ele, o períodoem que os alunos passamestudando lhes proporciona umavisão geral da logística, “é ondesempre reforço a importânciaem definir em qual área dalogística deseja-se trabalhar”.Nogueira costuma dizer que aformação em logística é como aem medicina, que forma umclínico geral. Porém, para obtermaior sucesso, se faz necessárioa especialização em cardiologia,pediatria, etc. Ao se formar emlogística, o aluno deve escolheratuar na área de transporte,suprimentos, etc.

Na análise do professorMeirim, pela logística ser umaárea em desenvolvimento, aindaexistem alguns desafios quepodem ser considerados ótimasoportunidades, como o desen-volvimento de uma culturalogística e a capacitação de ummaior número de pessoas naárea. “Vejo que, a cada ano,surgem bons cursos na área delogística, e os que já existemprocuram se aprimorar aindamais. Precisamos que as institui-ções de ensino continueminvestindo em programas decapacitação em logística queproporcionem aos alunos umavisão teórica e prática do mundologístico. Para isso, penso quesão necessárias ações comovisitas técnicas e um corpodocente de profissionais atuantesno mercado, possibilitando,

Page 25: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

25 | edição nº105 | Nov | 2010 |

assim, demonstrar aos alunosexemplos práticos de como alogística pode ser usada comoum diferencial competitivo paraas organizações”, expõe.

Já para Anne, da Cebralog,depende muito da instituição, domodelo de curso proposto e,claro, da vontade e dedicação doaluno. Ela explica que em cursostécnicos e de graduação, oensino é muito mais voltadopara a explicação e o entendi-mento da teoria em si, fazendocom que o aluno termine o cursocom muita teoria e poucoconhecimento e vivência prática.Já cursos presenciais de curtaduração são bem específicos epassam uma visão mais técnicae prática da teoria.

“Eu acredito que todos oscursos pregam pela excelênciado conhecimento e da formação,entretanto, depende também dosprofissionais buscarem sempremais conhecimento através deuma educação continuada”, dá adica a professora e consultoraDalva.

Gasnier, da Imam Consultoria,crê que os cursos preparambem, mas é preciso separar ojoio do trigo em termos deinstituições de ensino, algumasmais acadêmicas, outras maispráticas, e outras com umconteúdo pouco efetivo. Outrofato apontado por ele é que nemsempre a escola fundamental(fundamental, médio e superior)preparou o cidadão da formacompleta com que as atuaisnecessidades da logística exigem.

“A atualização dos profissio-nais em tecnologia da informa-ção, finanças/custos e gestão deprojetos, que são fundamentaispara o exercício desta profissão,na média, também me parecedeixar a desejar. Aqueles quedominam estes assuntosdestacam-se e crescemrapidamente na carreira”, diz.

Agora o recado de Gasniervai para o profissional formadoem logística: é preciso manter-se continuamente atualizado,participando sempre de eventos.“Ninguém sabe de tudo, e sempre

surgem novidades e novas formasde ver o mesmo desafio ousolução. O que pode acontecer éa falta de humildade em algunsprofissionais, que julgam jásaberem o suficiente, deixandode retornar à sala de aula.”

Ferrante, do Instituto Mauáde Tecnologia, diz que existemmuitos cursos na área de logís-tica, “para todos os gostos”.Entretanto, alerta para a frase“cursos na área”, porque alogística não é mais uma áreaou um departamento. “A logísticaatual é um sistema. Existe cursono mercado que já está tratandoa logística como um sistema, ouseja, formando o profissionalcompleto. Todavia, é necessáriolembrar que a pessoa interessa-da deve ter o perfil adequadopara ser o profissional delogística”, ressalta.

E esse profissional deveentender o funcionamentosistêmico da empresa, ou seja,ter uma visão global dosprocessos de comprar, produzirvender e entregar. Além disso –

continua Ferrante – outrascaracterísticas são necessárias,tais como, liderança, trabalhoem equipe, capacidade denegociação e de organização,visão de projeto, busca contínuapelo resultado sistêmico, etc.

Já na opinião de Carillo, doILOG, os cursos, a exemplo doque ocorre com programas degraduação, não têm se atualiza-do. “Houve uma proliferação naoferta a baixo custo, sem odevido cuidado com a qualidadedo programa e, principalmente,do instrutor. Mais do que nunca,neste segmento vale a talrelação custo-benefício, nemsempre o mais caro é melhor, mastambém o mais barato dificilmen-te é a melhor escolha”, salienta.

Concorda com ele Rocha, daSafemov. “Levando em conta acomplexidade conceitual e adiversificação tecnológicapertinentes ao tema logística,tanto no âmbito gerencial comooperacional, concluímos que oscursos atuais, com algumaspoucas exceções, não qualificam

Page 26: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

26 | edição nº105 | Nov | 2010 |

os profissionais adequadamente.”Segundo o diretor técnico e

operacional, a grande demandado mercado pelos profissionaisde logística tem levado aosurgimento de um número cadavez maior de ofertas de cursosde logística em faculdadestradicionais e em muitas outrasespecialmente criadas a partirda formalização dos cursos detecnologia com status de nívelsuperior concedido pelo MEC.

“Esta situação apresenta doislados distintos: há oportunidadede muitas pessoas ingressaremnesta área a partir de um cursocom duração de dois anos a umcusto reduzido, se comparadoaos cursos superiores convencio-nais, mas o conteúdo apresenta-do e a qualidade dos profissio-nais formados apresentam-secomo fatores questionáveis,levando-se em consideração asnecessidades do mercado e oseu elevado nível de exigência ecompetitividade”, expõe.

Para Trigueiro, da Faculdadede Ciências da Administração dePernambuco/UPE, apenas algunscursos preparam bem. “Infeliz-mente algumas empresas apenasaproveitam a oportunidade,realizando cursos de baixa quali-dade. Alguns MBAs têm grandeaceitação pela praticidade eaplicabilidade imediata dosconceitos e técnicas aprendidosem sala”, diz.

Domingos Junior, da Rodipa,também acha que alguns cursosnão preparam bem. “É muitíssi-mo importante que eles tenhamuma visão muito prática do

assunto, mesmo porque, se forpara assistir a um curso essen-cialmente teórico, cujos conheci-mentos são facilmente encontra-dos em ótimos livros de autoresbrasileiros ou de estrangeiros játraduzidos, então que o aluno leiatais livros e evite tais cursos.”

Como ex-professor de MBAde entidades da USP, ex-professorde cursos pré-vestibular eprofessor de logística pelaRodipa, o profissional acreditaser muito importante que oscursos ofereçam, de acordo coma grade oferecida, uma visãogeral da teoria e uma apresenta-ção, de preferência, ampla sobrecomo e onde se aplicam aquelestópicos, mencionando sempreexperiências vividas pelo pro-fessor ou mesmo experiênciasclássicas vividas por outrasempresas e de domínio público.

“Em relação ao apresenta-dor, ele deve ser formado emcurso superior em escola de altonível reconhecido, ser atuantehá muito tempo no mercado e,principalmente, saber transmitirseus conhecimentos em aula deuma maneira agradável”,continua Domingos Junior.

Em algumas apresentaçõespelo MBA, ele contatou váriosalunos, muitos deles donos deempresas, formados e comconhecimentos vastos na matéria.Indagados porque faziam aquelecurso, se já possuíam outroscursos de MBA na área e tambémporque as aulas representavamum valor monetário muito alto, oprofissional ouviu muitas respos-tas do tipo que se conseguissem

obter uma experiência vivida emoutras empresas e relatadas noscursos e se isso servisse de liçãoa suas respectivas empresas, ocurso já estaria pago.

Luciano, da ABEPL, acreditaque os novos profissionais sãoparcialmente preparados. “O quevemos são muitos aventureirosque enxergaram um grande filãono mercado logístico”, expõe.Para ele, mesmo os bons cursosnão atendem às exigências dasempresas – dada até à velocida-de com que o setor cresce.“O desafio é muito mais doprofissional, em buscar conheci-mento para complementar o queestá disponível no mercado.”

Realmente, para Neves, daTigerlog, para os cursos serembons, ainda falta uma melhorcombinação entre experiênciaprática, teoria e habilidade detransmitir tudo isso aosprofissionais.

Rago, do Ceteal, salientaque apesar de os cursos serembons, alguns cuidados sãonecessários. “Os tecnólogospossuem uma abordagem maisacadêmica, que é fundamentalpara a preparação e baseconceitual do profissional. Já aspós e MBAs existentes deveriamter uma abordagem muito maisestratégica e prática, e não é issoque vemos em muitas escolas.Os cursos de curta e média dura-ção já têm por objetivo ofertarsoluções imediatas e práticaspara os profissionais”, aponta.

A conclusão – ainda segundoRago – é que o profissional, nahora de realizar um curso, leve em

Luciano: hámuitos aventurei-ros que enxerga-ram um grandefilão no mercadologístico, prepa-rando parcial-mente osprofissionais

Dalva: a profis-sionalização dosetor passou aser fundamen-tal, e a buscade maisconhecimentose tornou umarealidade

Gasnier:faltam pessoasefetivamentequalificadaspara preenchertodos os cargosque as empre-sas estãooferecendo

Pereira: cresceua importância doprofissional delogística em suaespecialidade derepensar osmodelos, osfluxos e darnovas soluções

Anne: muitasempresas estãobuscando profis-sionais no merca-do sem muitoconhecimentoprofissional ecom certo conhe-cimento técnico

Ferrante: existecurso no merca-do que já estátratando alogística comoum sistema, ouseja, formandoo profissionalcompleto

consideração se ao término deleterá conseguido estas perspecti-vas. “Para minimizar os riscos, éimportante que o aluno pergunteao coordenador do curso antesdo início: ‘ao final do curso,estarei apto a fazer o quê?”.

De acordo com Sanches, doLALT/UNICAMP, a maioria doscursos ainda possui uma visãoexclusivamente funcional,ensinando os profissionais comodesempenhar bem cada funçãoda empresa através de conceitose ferramentas. “Apesar disto serfundamental, não é suficiente.Hoje é preciso que o profissionalentenda as relações/impactosque a decisão em uma área dalogística provoca nas outrasáreas (tanto da logística comode outros departamentos). Sãopoucos os cursos que dão estavisão”, assinala.

Para o professor Yoshizaki, daFundação Vanzolini, os cursos nãopreparam bem o profissional.“A necessidade de compreensãodo negócio junto com a capaci-dade analítica para balancearcustos e nível de serviço não écomum no mercado de cursos delogística. Normalmente se enfa-tiza somente a parte business.”

A mesma opinião divideMarquesi, da Consulog. “Hámuitos cursos que não estãopreparados para ensinar logística.Fala-se muito em falta de mãode obra qualificada, mas tambémtemos pouca mão de obra qualifi-cada em nível de docência.A teoria só é viável na prática, ouseja, os docentes têm que ter omix entre teoria e prática.” ●

Page 27: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

27 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Page 28: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

28 | edição nº105 | Nov | 2010 |

A Pothimaq, empresaintegrante da Pothimar –

Tecnologia & Ambiental, estátrazendo para o mercado

brasileiro as empilhadeiras daGC Power, tradicional

fabricante taiwanês com insta-lações em Qingdao, na China.

Trata-se de uma empresa dogrupo Tailift, com matriz em Taiwan,que tem como filosofia o melhora-mento tecnológico contínuo paraatender aos exigentes mercadoseuropeu e americano.

As empilhadeiras da GCPower são compactas e comprocessos certificados do CE e naISO 9000, sendo disponibilizadasem capacidades de 1.5 até 16toneladas, nas versões a GLP/diesel,e de 1.5 a 3 toneladas, elétricas, quepossuem grande popularidade e

Pothimar fecha contratoexclusivo com a GC Power

Informe publicitário

Pothimar fecha contratoexclusivo com a GC Power

Page 29: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

29 | edição nº105 | Nov | 2010 |

reputação entre clientes europeus,dos Estados Unidos e do Canadá.

“As primeiras unidades quetrouxemos foram as com capacida-de de 1.8, 2.5 e 3.5 toneladas, nasversões a combustão, todas já emnosso estoque. Portanto, estamoscom máquinas para pronta entrega,bem como com as respectivas peçasde reposição. Tudo para garantir opós-venda ao cliente com prontoatendimento”, enfatiza Kleber Li,gerente de importação da Pothimar.

Ainda referindo-se ao pós-venda, ele diz que a sua empresatem a obrigação de importar, juntocom as máquinas, um lote de peçasque supram a demanda dos equipa-mentos que estão sendo adquiridos– uma medida que a fábrica exigede todos os seus distribuidores pelomundo. “A Pothimaq foi escolhidapela GC Power/Grupo Tailift exata-mente por este fato, o prontoatendimento e a eficiência no pós-venda. Isso porque a Pothimaqorigina-se de uma empresa, aPothimar, de grande destaque noatendimento de seus clientes emtodo o território nacional”, explica ogerente de importação.

Tecnologia

Reportando-se aos motivosque levaram a empresa a importarestas máquinas, Kleber cita atecnologia e o compromisso com oconsumidor, “compromisso esseverificado nas visitas que fizemos àfábrica. As empresas do Grupo Tailifttêm, com seus distribuidores eclientes, uma fidelidade e responsa-bilidade enormes, sempre com oobjetivo de fornecer qualidade alongo prazo. Esse foi um fatordecisivo para fecharmos o acordode distribuição exclusiva da marca”.

Ele também fala sobre asperspectivas do mercado, conside-rando-as muito boas, haja visto ospróximos compromissos assumidos,como a Copa do Mundo de futebole as Olimpíadas.

“O Brasil está em crescimen-to. O mercado externo, devido aosproblemas econômicos, levará umtempo maior para recuperar-se. Issofaz com que tenhamos oportunida-des bastantes favoráveis nospróximos anos aqui em nosso país.Sabemos do crescimento necessá-rio da Baixada Santista, em SãoPaulo, devido à descoberta do pré-sal, que já é uma realidade. Jáestamos recebendo muitos investi-mentos e investidores na áreaprivada, agora será necessário, porparte de nossos governantes,melhorar a infraestrutura”, assinala.

Quanto à previsão deprodução nacional das máquinas edas peças, Kleber diz que primeira-mente é preciso conquistar omercado. Segundo ele, o clienteestá conhecendo o produto, elogicamente esse conhecimento eaceitação das novas máquinascrescerão com a demanda. Assim,caso exista a necessidade, afábrica, certamente, pensará noassunto.

Pothimar

Como já mencionado, aPothimaq é um braço do segmentode máquinas da empresa Pothimar –Tecnologia & Ambiental, atuante naárea de logística no transporte marí-timo desde 1993, nos principaisportos brasileiros, nos segmentos delocação de máquinas (empilhadeirase geradores), venda de peças e manu-tenção de contêineres refrigerados.

“A Pothimar, verificando umanecessidade do mercado portuário elogístico em máquinas de qualidadecom robustez e, é lógico, de fácilmanutenção com custos otimizados,e sempre visando ao pós-venda,fundou a Pothimaq, com a finalidadede absorver as várias carências dosetor. Daí originou-se a Pothimaq, quese tornou distribuidora exclusiva damarca GC Power”, completa Kleber.

Fone: 13 3234.2683

Sentados, da esquerda para a direita, Kleber Li (Gerente deImportação), Rubens Fassina (Gerente Comercial), SteveLin (presidente da Tailift) e Armando Mendes (Diretor).Em pé, da esquerda para a direita, Hans Hão (GerenteComercial) e Kevin Zhu (Auxiliar Comercial)

Page 30: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

30 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Negócio Fechado

A.N.R. adquire20 caminhões e20 carretasEspecializada em transporterodoviário de material siderúrgico, aA.N.R. (Fone: 11 2149.4900) renovousua frota adquirindo 20 caminhõesScania e Iveco e 20 carretas Randon,o que exigiu um investimento deR$ 12 milhões. “Estamos adicionandonovas e modernas máquinas à nossafrota atual de 680 caminhões entrepróprios, agregados e fidelizados,para alcançarmos o Top 10 dotransporte brasileiro”, declaraRoberto Palhares, diretor comercialda A.N.R. Os veículos adquiridosforam Scania G380, com retarder eredução de cubo, e Iveco NR 410, todos 6X2 e pintados nas cores tradicionais datransportadora, amarela e azul. Já as carretas são bobineiras. Com matriz na capitalde São Paulo e filiais em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, SantaCatarina e Rio Grande do Sul, a empresa se prepara para abrir novas unidades noCentro-Oeste.

Ceva fecha contrato de AssetRecovery Services com a Belmont

A Ceva Logistics (Fone: 11 4072.6200) fechou contrato de Asset RecoveryServices (ARS) com a Belmont Trading, especializada na recuperação e reciclagem deprodutos eletrônicos. Por meio da parceria, que começou em agosto de 2010 e vaiaté 2012, a Operadora Logística vai coletar e recuperar cinco mil unidades deequipamentos de informática por mês. Além disso, também fará a recuperação dosequipamentos, incluindo a limpeza de dados, utilizando software específico Belmont,de forma a permitir a recolocação deles no mercado. “O mercado de logística reversaestá fortemente impulsionado pelo foco global em sustentabilidade”, destaca MiltonPimenta, diretor da Ceva de desenvolvimento de negócios para o setor de tecnologiana América Latina. Para atender a Belmont no Brasil, a Ceva investiu em umarmazém na cidade de Jundiaí, SP, e contratou 10 funcionários para a operação.

Ciesp assina convênio comNossa Caixa Desenvolvimento

O presidente em exercício do Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fone: 11 3549.3232), Rafael Cervone, e o presidente da Nossa Caixa Desen-volvimento (Fone: 11 3123.0464), Milton Luiz de Melo Santos, assinaram parceriapara permitir que empresas associadas ao Ciesp possam contratar recursos a juroscompetitivos para investimentos, inclusive em inovação, design e sustentabilidade.“Este ato é de suma importância para as empresas industriais, porque se trata de umbanco de fomento por excelência e com taxas muito competitivas, além de ser umrepassador das linhas do BNDES”, declara Cervone.

Page 31: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

31 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Guarani fornece etanolpara a Petrobras

A Açúcar Guarani (Fone: 17 3280.1000) assinou com a PetrobrasDistribuidora e a Petrobras Biocombustível (Fone: 0800 789001) contratopara fornecimento de até 2,2 bilhões de litros de etanol ao longo de quatroanos. Pelo acordo, que tem um valor global estimado de R$ 2,1 bilhões, aGuarani fornecerá o produto à BR para comercialização. O contrato éconsequência da parceria estratégica entre a Tereos Internacional e aPetrobras Biocombustível, por meio da Guarani, celebrada em abril desteano. Ele garante compromisso no suprimento para a BR, acesso para aGuarani ao sistema de distribuição da BR para parte da sua produção deetanol hidratado e anidro, além de maior sinergia entre produção,comercialização e logística de etanol no Sistema Petrobras.

MRS compra 115 locomotivasda GE

A concessionária de transporteferroviário de carga MRS Logística(Fone: 0800.9793636) assinou contratocom a GE Transportes Ferroviários (Fone:11 3067.8000) para a aquisição de 115locomotivas tipo AC44, que serãofabricadas na planta de Contagem, MG.Trata-se de um dos maiores contratos daindústria ferroviária mundial e a maioraquisição de locomotivas feita pelaMRS, de uma só vez. A entrega dasmáquinas acontecerá no período 2011-2015. Em 2011, serão entregues 90unidades, 30 das quais anteriormentecontratadas e 60 referentes a estecontrato. O investimento é superior a R$600 milhões, valor parcialmentefinanciado por operações junto ao BancoNacional de Desenvolvimento Econômi-co e Social BNDES. No mesmo contrato,a MRS também fez a opção de compra de mais 100 máquinas adicionaispara o mesmo período. “Estas locomotivas serão utilizadas para atender asdemandas por transporte ferroviário, que se anunciam fortemente crescen-tes para os próximos anos, e para aumentar a nossa capacidade detransporte”, justifica o diretor de desenvolvimento da MRS, Henrique AchePillar. Hoje, o modelo de operação utiliza o chamado auxílio, ou seja, umalocomotiva é acoplada à composição em trechos de subida mais forte edesacoplada posteriormente. Com isto, a composição é obrigada a parar emvários pontos, para anexação e desanexação do auxílio. A mudança nomodelo de operação de trens consiste na utilização de mais uma locomotivafixa nos trens de minério, que é ligada somente nos trechos mais críticos daferrovia, eliminando as paradas provocadas pelos auxílios e aumentando aprodutividade. Outro grande objetivo da compra de locomotivas é ademanda futura: “vários clientes atuais estão investindo fortemente naexpansão de suas operações. Além disto, novos grandes empreendimentostambém estão se instalando ao longo de nossas linhas. Temos que estarpreparados para aproveitar tais oportunidades”, declara Ache Pillar.

Page 32: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

32 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Negócio Fechado

Softway faz parceria com a Fiecpara formar especialistasem comex

A Softway (Fone: 11 5589.2715), especializada no segmento de softwarespara comércio exterior, tem um programa de parcerias com instituições de ensinopara a formação de profissionais especializados em comex, e a Fiec – FundaçãoIndaiatubana de Educação e Cultura (Fone: 19 3801.8688) está entre as parceiras.“Enxergamos o crescimento de Indaiatuba, SP, com bons olhos e queremos fazerparte deste processo. A cidade está muito bem localizada estrategicamente evamos contribuir para um crescimento organizado deste mercado”, afirma EduardoVitor Barbosa, diretor executivo da Softway. Hoje, Indaiatuba é a segunda maiorexportadora da Região Metropolitana de Campinas e prepara para os próximosmeses a inauguração de um terminal intermodal, que funcionará como um portoseco na cidade. “A realização deste empreendimento vai aumentar ainda mais ademanda da cidade por profissionais especializados, e nosso objetivo é criar estamão de obra em parceria com a Fiec, que disponibiliza cursos técnicos gratuitospara alunos da rede pública de ensino”, explica. Só no primeiro semestre de 2010,a cidade apresentou um crescimento de 21% em exportação e 29,9% emimportações em relação ao mesmo período de 2009.

Coopercarga transporta madeirapara a Suzano Papel e Celulose

A Coopercarga (Fone: 49 3444.7000) conquistou a operação de transporte demadeira em Mucuri, BA, para a Suzano Papel e Celulose, envolvendo o transbordode toras de eucalipto estocadas na beira das estradas, caminhos de serviço dasunidades de produção ou de depósitos de estocagem de madeira nos estados daBahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais. O regime de trabalho é de 24 horas/dia,sete dias na semana, durante 355 dias do ano, em média. Para o trabalho, osveículos precisam estar adaptados e homologados para a operação (tri-trensflorestais), que teve início em setembro de 2010 e está se estruturando. Ao todosão 30 caminhões tri-trens trabalhando na operação, e cerca de 100 colaboradoresestão envolvidos no trabalho. Essa é a segunda operação da Coopercarga dedicadano segmento papel e celulose, sendo que a primeira foi firmada com a Fíbria, emagosto de 2009, na cidade de Caravelas, BA.

Page 33: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

33 | edição nº105 | Nov | 2010 |

McLane integra operaçõeslogísticas da beauty’In

A McLane do Brasil (Fone: 11 2108.8800) acaba de conquistar a conta dabeauty’In, mais recente empresa criada pela empresária Cristiana Arcangeli.Especialista no segmento de aliméticos, a cliente possui duas linhas de produtos:a beauty drink e a beauty candy, com vitaminas e colágeno em suas fórmulas.“Essa conquista é resultado de um histórico positivo da McLane com operaçõesanteriores para com as empresas da Cristiana Arcangeli, além de outras gigantesdo setor cosmético”, afirma o diretor comercial da companhia, Bhaskar UdayaYelisetty. Toda a operação logística da empresa será feita no Centro de Distribuiçãoda McLane, localizado em Barueri, SP.

Ford Motor Company e grupo PSA/Peugeot-Citroen reforçamparceria para atender a Euro-6

Com o objetivo de atender a nova regulamentação européia, a Euro-6, que definea construção de motores a diesel de baixa emissão de gases poluentes e maiseconômicos no consumo, para uso em automóveis e veículos comerciais, a Ford MotorCompany e o grupo PSA/Peugeot-Citroen decidiram reforçar a parceria de 10 anos quemantêm na produção desses equipamentos. Para tanto, os dois grupos acabam deanunciar um investimento (meio a meio) de 300 milhões de Euros na produção de umanova gama de motores a diesel, dentro das novas normas, que estarão disponíveis nomercado europeu a partir de 2013. ”Dez anos atrás, as duas empresas assinaram umacordo de cooperação no desenvolvimento e na fabricação de motores a diesel de altatecnologia”, afirmou Stephen Odell, presidente e CEO da Ford Europa, na cerimônia decontinuidade do acordo do chamado Projeto Gemini, que proporcionou uma significativaeconomia de escala aos dois grupos. O atual acordo envolve duas famílias de motoresa diesel, enquadradas na norma Euro 6, sendo que o projeto Gemini prevê umacapacidade de produção da ordem de 3 milhões de motores por ano para abastecer asmarcas Peugeot, Citroen, Ford, Mazda, Jaguar, Volvo e Land Rover. As unidadesindustriais que produzem os motores a diesel para o grupo PSA Peugeot Citroen estãoem Trémery, versões 1.6 litro, 2.0 e 2.2 litros, e em Douvrin, 1.4 litro, ambas na França.A Ford produz em Dagenham, Reino Unido (1.4, 1.6, 2.2 e 3.0 litros) e em Chennai, naÍndia, a versão 1.4 litro.

Linx Logística equipa CDda Riachuelo em Natal

A Riachuelo acaba de completar a instalação do equipamento Formove,específico para movimentação interna e armazenagem em Centros de Distribuiçãode vestuário. Comercializado no Brasil pela Linx Logística (Fone: 11 2103.2400), oequipamento é composto de uma estrutura de armazenagem para roupas emcabides e caixas preparadas para o processo de mecanização e automação do CDda empresa, localizado no Rio Grande no Norte. Por meio do sistema serápossível o armazenamento dos volumes têxteis e a manipulação por meio detrolleys, tanto no recebimento como na expedição dos produtos, em 18 áreas dearmazenagem estática. Além disso, permite que os volumes em caixas sejamarmazenados e manipulados por meio de paletes, em nove áreas de armazena-gem estática. O CD da Riachuelo tem capacidade de aproximadamente 40.000 m2

para estocar produtos encabidados e dobrados em caixa.

Page 34: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

34 | edição nº105 | Nov | 2010 |

& BebidasAlimentos

Atuante na fabricação e distribuição desucos, energéticos, néctares eisotônicos, a Ultrapan (Fone: 19

3849.8899), empresa sediada na cidade deValinhos, na região de Campinas, SP,terceiriza grande parte – cerca de 95% –da distribuição de seus produtos. Mesmoassim, aponta que os altos valorescobrados nos pedágios constituem umgrande problema, refletindo, inclusive, nopreço final dos produtos.

O analista de vendas Jorge Luiz Vernizzi,responsável pela área de logística daempresa, destaca que recentemente fez umlevantamento e se assustou com os R$ 170que precisa pagar, dependendo do tamanhodo veículo, para realizar uma entrega nacidade de Guaratinguetá, que fica a menosde 250 km de Valinhos. “Este alto custoencarece ainda mais o frete”, reclama.

Para tentar minimizar a situação, aUltrapan acaba fazendo cotações comdiversas empresas, já que, segundo Vernizzi,o frete não pode representar mais do que5% do valor da mercadoria. “Hoje a briga émuito grande para conseguir um freteacessível. Acaba sendo preciso embutireste valor na mercadoria, o que reflete nopreço final do produto. Para nós, o ideal éconseguir um frete mais baixo, só que o altocusto dos pedágios influencia bastante edificulta isto”, destaca o analista de vendas.

De acordo com ele, empresas degrande porte, embora possam oferecer ummelhor nível de serviço no transporte,cobram mais pelo frete. E é com empresaspequenas e motoristas independentes quea Ultrapan consegue um frete maiscompetitivo. Por isso, uma alternativa quea empresa está buscando é cadastrarmotoristas independentes, que realizamentregas menores com veículos pequenos,orientando-os sobre como proceder paratransportar cada tipo produto.

Sucos, energéticos e isotônicos

Ultrapan: Altosvalores de pedágiosrefletem nos preçosdos produtos

A dificuldade só não é maior porque95% da entrega dos produtos da empresa éfeita pelos distribuidores, cada um comseus veículos próprios ou por meio detransportadoras que eles próprios contra-tam. Diretamente, a Ultrapan atendeapenas a algumas redes de supermercadosda região, que não aceitam ser atendidaspor terceiros e querem que a distribuiçãoseja feita diretamente pela fábrica.

Todos os produtos da Ultrapan, comexceção das linhas Tampico e Teko, cujadistribuição é regional, são comercializadosem todo o Brasil. “O Tampico, que é o carro-chefe da empresa, é distribuído em SãoPaulo e no Mato Grosso do Sul. O restanteda linha de produtos é distribuído em todoo Brasil. Para o exterior, por enquantoenviamos o Energil Sport, que é comercia-lizado também no Paraguai”, comentaVernizzi.

O transporte dos produtos é feito tantoem caminhões baú como em veículosabertos. Segundo o analista de vendas, oimportante é que eles não sejam expostosao sol. Se a carga vai paletizada, com certafolga que existe entre os paletes, há o riscode ser danificada. Fora isto, os produtos daUltrapan não necessitam de nenhumcuidado especial, já que são garrafas PET elatinhas de alumínio. ●

Imag

em: s

tock

.xch

ng

Page 35: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto
Page 36: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

Logística & Meio Ambiente36 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Golden Cargo desenvolve projetosustentável de TI Verde

A Golden Cargo (Fone: 11 2133.8800), empresa do Grupo Arexespecializada no gerenciamento e na operação da cadeia logísticade mercadorias especiais, como defensivos agrícolas e produtosquímicos embalados, contribui para o meio ambiente com uma açãosustentável através do projeto denominado “TI Verde Golden Cargo”.

A ação consiste na reciclagem de equipamentos de tecnologiaantigos e qualquer outro tipo de lixo eletrônico. Há dois anos, aempresa iniciou o projeto durante o processo de compra deservidores para a implantação de um novo sistema. Com isso,realizou a substituição das estações de trabalho antigas,considerando durabilidade do equipamento, desempenho,fornecedor cumpridor do crescimento sustentável e o baixoconsumo de energia elétrica.

“Em 2009, houve a necessidade de tratar todo o lixo comresponsabilidade ambiental”, explica Márcio Pinheiro, gerente deTI da Golden Cargo. “Durante o processo de troca, orientamos osusuários para o envio dos computadores antigos e qualquer lixoeletrônico para a matriz e aos cuidados da área de TI. Recebemosmuitos equipamentos e acumulamos o lixo durante todo o ano”,completa.

Em parceria com a ONG Oxigênio, a empresa efetuou as doaçõesdos equipamentos antigos com as devidas certificações que garan-tiam o descarte consciente ou a doação para reciclagem. No mesmoano, a empresa deixou de descartar na natureza cerca de 500quilos de equipamentos e, em 2010, a estimativa é de 650 quilos.

Rodovisa promove plantio de árvoresem Campinas, SP

A Rodovisa (Fone: 19 3728.8888) – especializada no transporterodoviário de cargas aéreas e marítimas e em serviços logísticos –realizou, no dia 10 de setembro último, o plantio de 300 mudas deárvores na cidade de Campinas, SP, onde fica sua sede. A iniciativa,desenvolvida em parceria com a Prefeitura do município, é partedo projeto “Ambiente Verde”, através do qual a empresa secompromete a plantar, anualmente, um número de árvores maiorque a sua frota (que atualmente conta com 150 veículos próprios)e, também, a promover o descarte correto de resíduos sólidos,como lubrificantes, baterias, pneus e pilhas.

Da esquerda para a direita: Marcelo Alvim,gerente financeiro da Rodovisa, Ronaldo Ramos,farmacêutico da Rodovisa, e Hélio de OliveiraSantos, prefeito de Campinas

UPS adquire 130 veículoselétricos híbridos

A UPS (Fone: 11 5694.6640) anunciou, em setembroúltimo, a compra de 130 veículos elétricos híbridos,ampliando sua frota de veículos movidos a combustívelalternativo.

Os 130 carros híbridos serão colocados em uso nopróximo ano em Nova Iorque, Nova Jersey e Califórnia,nos Estados Unidos. A UPS estima que esses veículoseconomizem 66.085 galões (250.108 litros) de combustívelpor ano, representando um aumento de 35% na economiade combustível, e evitem emitir 671 toneladas de CO2, oequivalente a 128 carros de passageiros serem retiradosde trânsito.

A UPS já opera uma das maiores frotas privadas deveículos movidos a combustível alternativo na indústria detransporte – são 2.022 no total. A empresa investiu maisde US$ 25 milhões para aumentar sua frota de veículosmovidos a combustível alternativo e possui, além deveículos elétricos híbridos, veículos movidos a gásnatural, gás natural liquefeito, propano e veículoselétricos. A frota opera em oito países além dos EstadosUnidos e, desde o ano 2000, percorreu mais de 300milhões de quilômetros.

A frota de veículos elétricos híbridos possui doistamanhos diferentes da Freightliner Custom ChassisCorporation e um sistema de acionamento híbrido daEaton Corporation. As carrocerias externas são idênticasaos característicos caminhões marrons da UPS, porémpossuem adesivagem específica que os identifica comoveículos elétricos híbridos.

Já o sistema de energia elétrico híbrido utiliza ummotor a diesel convencional combinado com uma bateria,economizando combustível e reduzindo as emissõespoluentes. A energia gerada a partir da frenagem écapturada e devolvida à bateria sob a forma deeletricidade.

No Brasil, apesar da frota terrestre da UPS ainda nãocontar com esse tipo de veículo, alguns pequenos passosjá foram dados a favor de sua sustentabilidade.Os couriers, por exemplo, circulam pelas principaiscapitais do país com veículos bicombustíveis, movidos àgasolina e etanol (carros “Flex”) ou a gasolina e a gásnatural (GNV). Além disso, as regiões por onde cadacourier circula é pequena, poupando tempo em trânsito.

Page 37: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

37 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Braskem inaugura fábrica deeteno verde em Triunfo, RS

A Braskem (Fone: 11 3576.9999) inaugurou, em setembroúltimo, no Polo Petroquímico de Triunfo, RS, a maior unidadeindustrial de eteno derivado de etanol do planeta, que vaipermitir a produção de 200 mil toneladas de polietileno verdepor ano. Foram investidos cerca de R$ 500 milhões no projeto,concebido com tecnologia própria da companhia.

O plástico verde apresenta um balanço ambiental muitofavorável, ao retirar até 2,5 toneladas de carbono da atmosferapara cada tonelada produzida de polietileno desde a origemda matéria-prima. “Pode-se dizer que o plástico verde daBraskem é feito de CO2, capturado da atmosfera nafotossíntese da cana-de-açúcar. É ainda o mais competitivoentre todos os plásticos de origem renovável, e isso tem sidoamplamente reconhecido pelo mercado, que registroudemanda para 3 vezes a capacidade da planta”, afirma opresidente da empresa, Bernardo Gradin.

Desde o ano passado, a Braskem estabeleceu uma sériede parcerias para fornecimento de polietileno verde a clientesnacionais e internacionais que adotam o desenvolvimentosustentável como pilar de sua estratégia de mercado. Dessegrupo pioneiro de empresas fazem parte Tetra Pak, ToyotaTsusho, Shiseido, Natura, Acinplas, Johnson&Johnson,Procter&Gamble e Petropack, entre outras. Produtos destinadosà higiene pessoal e limpeza doméstica, embalagens dealimentos, brinquedos e utilidades domésticas estão entre asprimeiras aplicações do plástico de origem renovável.

O etanol será fornecido mediante contratos já firmadoscom alguns dos principais produtores nacionais. A relaçãocom esses fornecedores será regida por um Código deConduta específico que prevê critérios de sustentabilidade,como cumprimento das diretrizes ambientais – especialmenteas relacionadas no Protocolo Ambiental do Estado de SãoPaulo, da legislação trabalhista e da regulamentação que tratada redução de emissão de gases de efeito estufa. Grande parteda matéria-prima chegará por via hidroviária e ferroviária eapenas uma pequena parte circulará por rodovias.

Foto

: Mat

hias

Cra

mer

A unidade vai permitir a produção de 200 mil toneladasde polietileno verde por ano

Page 38: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

Multimodal

38 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Distribuição e manuseio

Transportadoras e OLs:várias medidas garantema segurança das cargasSão várias as medidas tomadas pelas transportadoras e os Operadores Logísticos visando à segurançadas cargas nas operações de armazenagem, manuseio e distribuição, incluindo treinamentos e o usode equipamentos e novas tecnologias. A segurança também se aplica aos motoristas, principalmente,em períodos de chuva.

exemplo para as empresas dosetor aprimorarem seus serviçoscom base neste fator primordial:a segurança.

Medidas variadasAs medidas são variadas,

como a utilização de novastecnologias, como computadorde bordo nos veículos, o quegarante não só a rastreabilidade

geográfica, mas, também, tele-metria de diversos indicadoresoperacionais, como velocidadeem pista seca e molhada, frena-gem repentina, rotação domotor, etc.

Tal tecnologia é utilizada naAqces Logística (Fone: 11 3296.6900), conforme conta o diretorde operações, Luiz Gustavo Silva.

Além disso – ainda segundoele –, a empresa oferece treina-mento contínuo para os colabo-

radores e utiliza técnicas demonitoramento em campo,como, por exemplo, monitora-mento oculto, acompanhamentoestatístico de violações e spy-driver.

Além disto, o motorista temtotal apoio da alta direção paraparar qualquer operação quetenha o menor potencial deacidentes. Os colaboradores daAqces recebem não só treina-mento e incentivo às práticasseguras, mas também são avalia-dos quanto a isso. Isto é chamadode “Autoridades para pararserviços”, que faz parte do pilarda empresa da área de Seguran-ça, Saúde e Meio Ambiente.

Outro assunto de extremaimportância para a Aqces é ocontrole de jornada, que éseguido à risca. O sistemaAQSYS faz o planejamento e aroteirização de equipamentos eequipagem, tendo em vista asescalas obrigatórias de horas ediversas funções como, porexemplo, certificados e capacita-ção, tanto do motorista quantodo equipamento.

“Com relação ao manuseio eà armazenagem, temos reuniõessemanais (DSS – Dialogo Sema-nal de Segurança) com toda aequipe e avaliação dos indicado-res. Temos um programa deexcelência operacional em queum dos grandes pilares é oconjunto de itens relacionados àsegurança”, conta Silva.

Oque as transportadoras eos Operadores Logísticosvêm fazendo para aumen-

tar a segurança nas operaçõesde armazenagem, manuseio edistribuição de cargas de seusclientes? E os conselhos que dãoaos motoristas sobre comodirigir em períodos de chuvas?

Estes são os focos destamatéria especial da revistaLogweb, considerando que taismedidas podem servir de

A chave do sucesso é adotada por treinamento e uso de tecnologias, assim comocâmeras que monitoram as imagens para identificar tipos de acidentes e sinistros

Page 39: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

39 | edição nº105 | Nov | 2010 |

A empresa também adotaoutras práticas, como inspeçõesdiárias em veículos; elaboraçãode rotogramas para rotas críticas;plano de emergência para asoperações, incluindo a manuten-ção de contrato de atendimentoemergencial com a SOS Cotec;procedimento de comunicação einvestigação de acidentes equase-acidentes para que sejapossível identificar e eliminarcausas-raízes, eliminar acidentese quase-acidentes e divulgarresultados para evitar recorrênciaem outras filiais/operações;atualizações com foco em direçãodefensiva, direção econômica,cargas perigosas, plano de emer-gência, primeiros socorros, etc.

No caso da Brasilmaxi (Fone:11 2889.6100), Vagner Guerra,responsável pelo monitoramento,conta que, em primeiro lugar, aempresa utiliza e aplica as açõesde prevenção de acidentes, ondese fazem presentes os treina-mentos com os colaboradores eterceiros, através dos quais

todos os envolvidos devemajudar a cumprir as medidas desegurança interna. “A chave dosucesso é adotada por treina-mento e uso de tecnologias,assim como câmeras que monito-ram as imagens para identificartipos de acidentes e sinistros.Com isso, é importante salientara existência de medidas depremiação aos colaboradoresque venham a manter um regimerigoroso em seu setor, evitando,assim, que ocorram perdas edanos dentro da logística.

Markenson Marques,diretor-presidente da Cargolift(Fone: 41 2106.0726), aponta,como medidas prevendo asegurança, a articulação políticapara criar uma lei federal quedetermine perdimento de 100%dos produtos armazenados juntoa cargas desacompanhadas dedocumento fiscal (receptação deprodutos roubados). E, por outrolado, que a empresa fez investi-mentos de R$ 2,6 milhões emTecnologia de Informação para o

período 2011/2012 com foco emrastreabilidade.

Já no caso da Center Cargo(Fone: 11 5564.9866), as novida-des são paleteiras elétricas comrodas especiais para reduzir oatrito com o solo no manuseio,uso de cantoneiras, cintas efilme stretch para acomodaçãoda carga e, principalmente,embalagens reforçadas com“dupla camada de papelão” ecom separador interno demercadoria, evitando o contatoentre os itens. Quem conta éJair Pereira, diretor da empresa.

A Martin-Brower (Fone: 113687.2800) é outra empresa queimplementou uma série demedidas visando à segurançanas operações, e isto inclui aadoção de uma série de equipa-mentos, conforme conta MauroVivaldini, gerente do Centro deDistribuição São Paulo.

Ele relata que a sua empresamantém programas internos desegurança no trabalho, no intuitode prevenir, corrigir, conscientizar

e educar os seus profissionais,tais como: segurança emprimeiro lugar (para armazéns etransporte); programa armazémseguro; programa de prevençãode acidentes com veículos;instalações monitoradas com

Treinamento envolvepolíticas de segurança,segurança física dasinstalações, prevenção ecombate a incêndios

Page 40: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

Multimodal

40 | edição nº105 | Nov | 2010 |

circuito fechado de TV; empilha-deiras para operação em áreasfrias (equipamentos cabinados);monitoramento de temperaturaconstante, para operações comprodutos resfriados e congelados(tanto para armazém quanto paratransporte); veículos rastreados emonitorados; veículos prepara-dos para facilitar descargas –plataformas elevatórias, escadas,pegadores, etc.

Leonardo Benitez, gerente daqualidade e segurança daColumbia (Fone: 11 3305. 9999),também enumera as atividades daempresa em busca da segurançamáxima nas operações: reuniõesperiódicas do Comitê de Gerencia-mento de Risco corporativo, coma participação de toda a liderançada empresa de todas as Unidades,além da empresa responsávelpelo Gerenciamento de Riscos,da Corretora de Seguros e, emalguns momentos, da própriaSeguradora, com a finalidade dedefinir e revisar políticas eprocedimentos para a segurançadas pessoas, produtos e patrimô-nio, além de acompanhar o statusdas ações preventivas sobre osriscos estratégicos predefinidos;investimentos em CFTV, contem-plando alarmes, câmeras, senso-res de presença, sensores deperímetro e portais detectores demetais; análise e revisão mensaldo Plano de Gerenciamento deRiscos de cada Unidade e dotransporte de cargas; reade-quação das políticas de controlede acesso, além de treinamentopara todos os colaboradoresenvolvidos no processo; renova-ção da tecnologia de rastrea-mento das cargas para a frotaprópria e agregada e elevação donível de exigência de equipamen-tos de segurança para terceiros;implantação de Postos Avança-dos da Gerenciadora de Riscopara a liberação de veículos paratransporte de carga, a fim degarantir que todos estão com osequipamentos funcionando, como plano de viagem adequado ealinhado com as escoltas,quando necessário; treinamentosperiódicos para motoristas eajudantes, incluindo as necessi-dades do SASSMAQ – Sistemade Avaliação de Segurança,Saúde, Meio Ambiente eQualidade.

Nas atividades da Transbueno(Fone: 12 3955.1121), visando àsegurança, estão fatores como:investimento no sistema deGestão Ambiental, com certifica-ção ISO 14001 na área de trans-porte; treinamento dos funcioná-rios com ênfase no manuseiodos produtos armazenados;investimento na aquisição demais de 20.000 posições paletesde estanterias apropriadas;ampliação da área de armazena-gem em 20.000 m2; e construçãode quatro unidades de 1.000 m2

cada para armazenagem delíquido inflamável. Quem informaé Valdir Maciel dos Santos,coordenador de Sistema deGestão Integrado da empresa.

“Atualmente, contamos comsorter, labiling, scanning, especia-lista em embalagens, auditoresde segurança e tecnologias emrastreamento, entre outrosrecursos”, completa José Tranjan,diretor de operações da TNT(Fone: 11 3573.7700).

José Carlos D’Agostini, dadiretoria de logística do MiraOTM Transportes e da TargetLogistics (Fone: 11 2142.9009),também aponta os investimentosem equipamentos e sistemas.A empresa está trabalhando emum contínuo desenvolvimento eaplicação em seus CD’s de itensde segurança. Na área patrimo-nial, muros com cercas elétricas,concertinas, segurança armada,portaria, câmeras de CFTV,sensores de presença e alarmes.Nos veículos e agregados,rastreamento e monitoramentodurante todo o percurso entre as

filiais e os pontos de entrega.“As ações de gerenciamento

de roubo e de segurança naPenske são voltadas para nossosarmazéns e transportadorasparceiras, que devem seguir àrisca os procedimentos impos-tos”, conta Paulo Sarti, diretorde operações sênior da PenskeLogistics para a América do Sul(Fone: 11 3738.8200)

No transporte, todos osveículos da empresa são monito-rados e possuem carga rastreada,além de serem escoltados porguardas armados. “Aindaestamos analisando a utilizaçãode equipamentos antibloqueiopara evitar a ação de ladrõesque utilizam equipamentoseletrônicos para bloquear osrastreadores. Dependendo dacarga, da urgência de entrega edos riscos envolvidos, tambémpodemos optar pelo modalaéreo”, relaciona Sarti.

Ainda segundo o diretor daPenske Logistics, os armazénsda empresa são monitorados porcâmeras, tanto internamentequanto externamente, com sinalduplicado para salas de controlelocalizadas em pontos diferentes.Eles também possuem portariablindada, eclusas para oscaminhões e detectores demetal supersensíveis paracontrole de entrada/saída dosvisitantes e funcionários.

“Pelo fato de algumas opçõestecnológicas de gerenciamentopor celular ou via satélite seremincompatíveis, também desenvol-vemos dispositivos capazes dereunir os dados diversos em um

sistema de informação próprio dacompanhia. Também estipulamoslimite de carga e ausência deidentificação de embalagem,além de fazermos checagem dosprofissionais envolvidos paratermos um controle muito grandedo processo. Por isso, estamosconstantemente revendo nossosplanos de gerenciamento deriscos”, completa Sarti, daPenske Logistics.

Investindo na qualificaçãocada vez maior do serviçooferecido ao mercado, há doismeses a Transportadora Plimor(Fone: 19 2104.9444) passou ater não apenas os caminhõesequipados com rastreadores,mas também as carretas ondesão acondicionadas as cargas.“Foram adquiridos 100 rastrea-dores Autotrac que, somados às15 unidades adquiridas anterior-mente para testes, dão coberturadupla no monitoramento dascargas transportadas”, explicaMárcio de Lima, gerente geral defrota e manutenção da empresa.

A DHL Express Brasil (Fone:0800 771.3451) não armazenacarga, conforme conta MireleMautschke, diretora de operaçõesda empresa.

Assim, no manuseio e nadistribuição, os funcionários ecolaboradores recebem o Treina-mento SAFE (Security AwarenessFor Employees), dedicado epersonalizado para times DHL.Neste curso, os profissionais daárea operacional são treinadosem rotinas de segurança: políticasde segurança - demonstrações decomportamento ético, governançacorporativa, política da mesalimpa, política de segurança dainformação e de ações corretivas;segurança física das instalações- os colaboradores são orientadosem como utilizar os recursos daárea operacional adequadamente;prevenção e combate a incêndios- informações sobre onde existeeste risco nas operações e o quefazer para minimizá-los e comba-tê-los; segurança no transporterodoviário de carga - os funcioná-rios aprendem as regras deGerenciamento de Riscos (comomanusear a carga e limites devalores embarcados) e a utiliza-ção dos veículos rastreados;segurança pessoal - para que aDHL Express atinja os resultados

Treinamentos voltados à segurança também envolvemoperações de movimentação interna e transporte de cargas

Page 41: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

41 | edição nº105 | Nov | 2010 |

esperados, um fator crítico é aintegridade física e emocionalde seus funcionários e colabora-dores. Especialistas de segurançado Grupo DHL treinam os timespara terem mais segurança nasruas, em casa, nos passeios e noitinerário empresa x residência evice-versa.

“Além dos investimentoshabituais em segurança, especí-ficos de nosso negócio, contra-tamos recentemente os Serviçosda DuPont Sustainable Solutions,divisão de consultoria da Dupontdo Brasil, de forma a nosassessorar no Pisca Alerta, umprograma interno voltado àconscientização, ao comprometi-mento e a atitudes seguras porparte de todos os colaboradoresda organização. Serão investidoscerca de R$ 2 milhões até o finalde 2011 com o compromisso deatingirmos o nível de excelênciana gestão segura de nossonegócio.” Agora quem apresentaas novidades da sua empresa

em termos de segurança é MauriMendes, diretor geral da GoldenCargo (Fone: 11 2133.8800).

“As mais recentes novidadesda empresa para aumentar asegurança nas operações dearmazenagem, manuseio e distribuição de cargas dos nossosclientes incluem o sistema ISO9001/2008, a integração entre ossistemas RP, WMS e TMS, oagendamento para recebimentoe a entrega de cargas”, comentaEduardo Francisco Ennis, diretorcomercial da Hipercon Terminaisde Cargas (Fone: 13 3228.4100).

Falando em nome da JulioSimões Logística (Fone: 114795.7000), Flávio Sales, diretorde Operações Logísticas, contaque a empresa mantém, entreseus programas de treinamentovoltados à segurança, um móduloespecial para as operações demovimentação interna etransporte de cargas. Além disso,ainda são feitas campanhasmensais de segurança, de acordo

com cada operação. Recente-mente, a companhia iniciou acapacitação de supervisores dasoperações para que possamatuar, também, comofacilitadores da segurança ereforçar o trabalho desenvolvidopela área de segurança dotrabalho em atividades como: oDiálogo de Segurança, conversadiária realizada antes do iníciodo trabalho, em que os colabora-dores expõem problemas do diaanterior; e o Programa Movimen-te Sua Ideia, pelo qual os cola-boradores podem relatar situa-ções de risco no ambiente dotrabalho para que sejam corrigi-das, sendo que a melhor ideia épremiada ao final de cada semes-tre. Em algumas operações aindasão realizados testes de bafôme-tro e toxicológico”, completa odiretor de Operações Logísticas.

André Ferreira, diretor daRápido 900 de TransportesRodoviários (Fone: 11 2632.0900),conta que a empresa implantou

um plano de prevenção e geren-ciamento de risco contemplandotodas as medidas para evitartais situações. E, em últimocaso, também estão previstasneste plano ações de gerencia-mento rápido e eficaz da crise.

“Este documento contemplatodas as nossas operações,inclusive armazenagem, manu-seio e distribuição. A confecçãodeste plano envolveu todas asáreas da empresa: frota, tráfego,manutenção e administração,entre outras. Além disso, aRápido 900 participa dos treina-mentos do Sest/Senat e daABIQUIM – Associação Brasileirade Indústrias Químicas (Olho Vivona Estrada e Direção Defensiva)sobre o aprimoramento daqualidade dos OperadoresLogísticos. Também temos umtreinamento, desenvolvido in-house, onde todos os nossoscolaboradores são treinados nasáreas que envolvem desde ocuidado na embalagem da carga

Page 42: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

Multimodal

42 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Ações de gerenciamento de roubo e de segurança tambémsão voltadas para armazéns e transportadoras parceiras

e prevenção de incêndios atécomo entregar a carga para odestinatário final”, explanaFerreira.

As medidas adotadas naSantos Brasil Logística (Fone: 114393.4900) também não sãomuito diferentes destas.

Ricardo Molitzas, diretor delogística da empresa, informaque, para aumentar a segurançanas operações, a Santos Brasilinveste constantemente emmelhorias relacionadas àqualidade, ao armazenamento, àmovimentação de produtos e àmão de obra qualificada.

Além disso, possui a certifi-cação SASSMAQ e, também, ésignatária de programas quevisam à segurança da carga e docaminhão nas estradas, entreeles o programa Olho Vivo naEstrada, que tem como objetivoprevenir atitudes inseguras notransporte de produtos por meioda conscientização dos moto-ristas, com a adoção de açõespreventivas ou corretivas.A Santos Brasil realiza, também,anualmente, um curso dedireção defensiva para todosos motoristas que prestamserviço para a empresa.

Já a Total Express (Fone: 112168.3200) utiliza um sistemainteressante para a segurança,conforme relata Sergio MonteiroJr, diretor de TI e prevenção deperdas da empresa.

O sistema utilizado é ocontrole de valor transportadopor cores: ele controla o valor detodos os manifestos embarcadose utiliza um código de cores paraavaliar como risco baixo, médioe alto ou proíbe o carregamento.Desta forma, a operação podecontrolar o carregamento semfalar abertamente em valores.Os valores cadastrados nosistema que dão embasamentopara o nível de risco sãocontrolados pela diretoria enunca são revelados. “Destaforma, podemos abrir ou fechara torneira de acordo com anecessidade da operação.”

Ainda de acordo comMonteiro Jr, todos os veículosde coleta e transferência e umaboa parte da frota de entrega daTotal Express são rastreados porequipamento Ominilink emonitorados por gerenciamento

de risco interno. Além disso,todos os eventos de roubo eáreas de risco são registradosno sistema e plotados no GoogleMaps para melhor entendimentodas áreas de risco.

“Trabalhamos com baixa deentregas via Nextel, o quepermite acompanhar a evoluçãono roteiro do entregador, dandouma melhor administração dorisco”, conclui o diretor de TI.

Olha a chuva!! Já que estamos falando em

segurança, e também o períodode chuvas se aproxima, questio-namos os entrevistados sobre asrecomendações que fazem aosmotoristas para trafegar comsegurança sob estas condições.

“Em pista molhada, osveículos devem trafegar emvelocidade reduzida (geralmente60 km/h) e o computador debordo acompanha a situação depista molhada através desensores em diversos pontos doveículo. Em tempo real, a nossaequipe do CCO (Centro deControle de Operações) recebeinformações de aproximação develocidade limite remotamente,e o motorista recebe um aviso

sonoro na cabine do caminhão”,explica Silva, da Aqces Logísti-ca. “É um erro pensar que omaior risco está na velocidade.Quando sob chuva, se umcaminhão passar a trafegar a40 km/hora conforme a leidetermina como velocidademínima, outros caminhõestentarão a ultrapassagem, e sãonestas manobras que ocorre amaior parte dos acidentes”,alerta Marques, da Cargolift,no que é complementado porMendes, da Golden Cargo: “emsituações de chuvas, a velocida-de máxima permitida é de60 km/hora, obviamente que nãotemos como saber, através dodisco de tacógrafo, as condiçõesmeteorológicas no momento deuma velocidade superior àrecomendável, porém os treina-mentos são direcionados deforma a conscientizá-los doperigo. Tudo está relacionado acomportamentos, e é nessesentido que o Programa PiscaAlerta vai atuar, mudar a culturade segurança dentro daorganização”.

Santos, da Martin-Brower,também fala em redução dolimite de velocidade. “A veloci-dade permitida máxima em diasde chuvas ou pistas molhadas é

de 60 km/h. Em nossos veículosexistem placas orientativas paraos demais motoristas na viaalertando para a velocidademáxima de 80 km/h e, comchuva, de 60 km/h. Nossosveículos são rastreados viasatélite e possuem dispositivode alerta caso seja ultrapassadaa velocidade máxima permitida.”

Na Center Cargo, érecomendada mais cautela eatenção nesta época e aplicadotreinamento com profissionaispalestrantes sobre direçãodefensiva. “Reduzimos o limitede velocidade nos rastreadoresinterligados ao sistema decontrole de velocidade doveículo e monitoramos, também,através de telemetria, ondetemos vários recursos demonitoramento – um deles é ode limpador de para-brisa que,quando acionado, informa que omotorista está passando portrechos de chuva e, assim, acentral de monitoramento passanovas informações de condutaao motorista e configuração aoveículo”, explica Pereira.

Pedro Maniscalco, diretor deoperações da Jamef Encomen-das Urgentes (Fone: 112121.6161), revela que toda afrota da empresa é equipadacom sistema de telemetria. Emsituação de chuva, o sistemaadéqua o monitoramento davelocidade a 70 km/h e, quandoo veículo supera esta marca,automaticamente o motoristarecebe um alerta para reduzir avelocidade ao parâmetroestabelecido. Além disso, umaviso de alerta é direcionadopara a central de gerenciamentode risco da Jamef, que entra emcontato com o motorista e faz aadvertência, como medida deprevenção.

Além da tecnologia embar-cada, a Jamef dispõe do projetoSaúde, Segurança e Qualidadede Vida, por meio do qual osmotoristas recebem orientaçõesde profissionais sobre procedi-mentos de segurança, tema queenvolve também a questão dadirigibilidade em situações dechuva.

Sales, da Julio Simões, revelaque todas as recomendaçõespara condições adversas notrânsito, incluindo as de chuva,

Page 43: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

43 | edição nº105 | Nov | 2010 |

estão nos treinamentos contínuose são reforçadas pelas campa-nhas de segurança. Nessascampanhas, que são iniciadaspróximas ao período chuvoso, osmotoristas são orientados sobreos riscos de conduzir sob chuva,através de folders educativos,entre outros materiais de comu-nicação, e recebem orientaçõespara manter distância segura deoutros veículos, utilizar farolbaixo, evitar freadas bruscas eultrapassagens, entre outras. Emalgumas operações é utilizada atelemetria: os veículos sãodotados de sistema que detectainício de chuva a partir doacionamento do limpador depara-brisas e é gerada umamensagem para a redução davelocidade. A obediência domotorista ao aviso pode sermonitorada na base, pelosupervisor da operação.

Na Transportadora Plimor,uma parte da frota tambémpossui sensor de chuva e, atravésda telemetria, são gerados alertas

para redução de velocidade. Alémdisso – ainda conforme Lima –,a empresa conta com instrutoresde frota que viajam com todosos motoristas num prazo de nomáximo 60 dias. E também sãoemitidos comunicados de alertamensalmente para que osmotoristas redobrem a atençãona condução dos veículos nesteperíodo de chuvas.

Em caso de tempestade, seo motorista puder parar numposto de serviço e esperar é oideal. Esta é uma das recomen-dações da Columbia. “Não pararno acostamento, já que avisibilidade é pouca e o veículopode ser atingido por outro, erespeitar sempre as indicaçõesdas estradas são outrasrecomendações”, completaBenitez, gerente da qualidade esegurança da empresa.

A DHL Express Brasil temuma lista de recomendações,conforme conta Mirele. Nestesdias, o time de couriers recebeem briefing ou participa de uma

reunião de “5 minutos”, quecontempla instruções de comotrafegar: redobrar a atenção notrânsito; reduzir a velocidade;ligar limpador de para-brisas;usar faróis baixos; manterdesembaçador de vidros ligado;manter distância de 10 metrosdo carro à frente (mais ou menosespaço de dois carros); e evitartrafegar por pontos alagados.

“Neste caso, quandotrafegar em condição sob chuva,recomendamos: reduzir avelocidade, a fim de evitaraquaplanagem; maior distancia-mento em relação ao veículo àfrente, resultando em maiorcampo e tempo de visibilidadepara reação; acionamento levedos freios nas estradasescorregadias, para assegurarmaior controle do veículo eevitar derrapagens; finalizandocom instruções de parada detrânsito em locais segurosquando a chuva se torne muitoforte e constante.” A explicaçãoé de D’Agostini, da Mira e Target.

Também para os motoristasda Rápido 900 as orientaçõessão para que não corram sobhipótese alguma (mas mante-nham um ritmo constante), nãofaçam freadas bruscas,aumentem o nível de concentra-ção, não façam ultrapassagens(mesmo com o mínimo de risco),usem todos os recursos docaminhão para aumentar avisibilidade, acendam o farolbaixo (mesmo de dia), nãoliguem o pisca-alerta, mante-nham uma boa distância doveículo da frente, procurem nãofalar com o ajudante, paremsomente em acostamentosseguros ou em postos (se fornecessário), procurem observare evitar os pontos de aquapla-nagem e, sem dúvida, sigamestritamente a legislação detrânsito.

Na integração dos motoris-tas, a Santos Brasil distribui oManual do Motorista. A principalrecomendação é que reduzam avelocidade em dias de chuva.

Page 44: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

Multimodal

44 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Segurança da cargaé primordial naexportação

Apesar da legislaçãopertinente, muitos exportado-res ainda desconhecem asregras de transporte seguro enão sabem que existe umadocumentação adicionalexigida para o embarque decargas perigosas, os chama-dos Dangerous Good,categoria que inclui algunsitens aparentemente inofensi-vos como sprays em aerossol,air bags, baterias de automó-veis, esmalte de unhas,removedor de esmalte eperfumes. Essa falta deconhecimento pode levar aproblemas na liberação doenvio e a possíveis acidentes.

Ivan Medeiros, da FedEx(Fone: 0800 703.3339),especialista nesse tipo deenvio, lembra que uma cargaperigosa deve ser devidamen-te embalada e identificadapara que seja corretamentemanuseada durante todas asfases de transporte. Elelembra, também, queembalagens de produtosperigosos devem atender arequisitos adicionais deestanqueidade e resistência avazamentos, além de possuirmaterial absorvente e garantirsuporte às condições normaisde transporte.

A correta identificação deum produto perigoso garanteque ele seja manuseado comtodo o cuidado que merecedurante todas as fases detransporte.

“Quanto melhor for ainformação contida em umacaixa, mais facilmente opessoal envolvido no transpor-te deste tipo de mercadoriapoderá identificar as suasparticularidades e corretamen-te manter sua segregação earmazenamento. A corretaidentificação dos produtosperigosos demonstra compro-misso por parte do expedidorem informar os eventuais

perigos envolvidos com seusprodutos. É uma atituderesponsável que refletecompromisso com a sociedadee a segurança das comunidadesonde a empresa opera”,informa Medeiros.

Acidentes

Uma carga deste tipo, senão identificada, poderá sererroneamente misturada comoutras, como alimentos e outrosprodutos que podem vir a tercontato com seres humanos.A falta de identificação corretatambém pode levar a acidentessérios com contaminação depessoal e reações indesejadasem casos de vazamentos,colocando em risco a integrida-de física das pessoas. A faltada correta identificação epreparo pode ter aindaconsequências como contami-nação de equipamentos,comprometendo estruturasdevido à contaminação econsequente reação química decertos produtos com diferentestipos de materiais. E, além dasconsequências imediatas,existe o impacto relacionado aonão cumprimento de legislaçãoespecifica, que tem consequên-cias administrativas e cíveisimpostas aos responsáveis pelotransporte inadequado.

O especialista da FedExtambém salienta que, no Brasil,o transporte de produtosperigosos encontra-se regula-mentado e os diferentes modaisde transporte possuemlegislação especifica, onde asresponsabilidades de todos osenvolvidos nas diferentes fasesde transporte estão claramentedefinidas.

“Na prática, o queidentificamos em nossasatividades diárias é que muitaspessoas não sabem que estãolidando com um produtoperigoso, e devido à falta deconhecimento sobre o assunto,acabam transportando ou

enviando estes produtos sem adevida identificação eembalagem.”

Para acabar com a falta deconhecimento dos exportado-res sobre a carga perigosatransportada, Medeirosacredita que a educação é achave. E que a indústria devedesempenhar papel importantena conscientização, até porquetêm profissionaisespecializados neste assunto emuitas pessoas não se dãoconta de que estão lidandocom produtos perigosos, já quemuitas vezes este tipo deproduto faz parte de nossocotidiano.

“É comum termos maisprodutos perigosos em nossoslares do que nos damos conta.Quem não possui ao menos umvidro de perfume no armário doquarto, ou um spray inseticidano armário da lavanderia ouaté mesmo um desodorizadorde ambientes em spray?”,revela o especialista.

Transporte aéreo

A documentação adicionalpara o transporte de produtosperigosos por via aérea éconhecida como “Shipper’sDeclaration”. Trata-se de umdocumento que contéminformações relativas aoproduto, tais como seu númerode ONU (número que umacomissão de especialistas daONU dá a um produto deacordo com suas característi-cas, quando são classificadosou não como perigosos parafins de transporte), nomeapropriado para embarque, tipode embalagem, quantidadetransportada e informaçõesadicionais que podem sernecessárias para o manuseioseguro do produto. Estasinformações podem serpráticas, como um telefone deemergência, dizeres como “nãoexpor à luz solar”, “evitarmolhar o pacote”, etc.

Caso o motorista não tenhacomo parar o veículo e esperara chuva diminuir, a empresatambém disponibiliza todas asrotas homologadas queexistem hoje por meio de ummanual chamado Rotograma,que aborda as condições atuaisdas rodovias para uma viagemmais segura, detalhando asáreas críticas ao longo da rota(buracos, curvas perigosas,pista sem sinalização,ribanceiras, trechos sobneblina, pista escorregadia,trechos urbanos, etc.), pontosde apoio, polícias rodoviárias,postos de abastecimento,hospitais, bases operacionaisda rodovia e demais informa-ções úteis.

“Nosso gerenciamento derisco está sempre ligado nosmeios de comunicação einformando aos motoristassobre problemas de trânsito ealagamento para evitarmosmaiores problemas”, contaMonteiro Jr, da Total Express.

Santos, da Transbueno,completa informando que,entre outros aspectos, sãoevidenciados nos treinamentosa aderência e a visibilidade.“Os primeiros pingos de chuvaou a garoa não formam volumede água suficiente para tirarda via a poeira, o óleo ou osresíduos de borracha que seacumulam com o tráfego. Comisso, a pista fica extremamenteescorregadia, por isso, nessemomento, recomendamos aomotorista que diminua avelocidade e não use o freiobruscamente. Com a veloci-dade reduzida, diminuímos achance de o veículoaquaplanar quando o volumede chuva for maior. Acima de50 km/h, os pneus podem nãomais cortar a camada de águae o veículo se desgoverna,podendo derrapar e o motoris-ta perder totalmente o controlesobre ele. Por isso, indepen-dentemente da quantidade deágua na pista, recomendamosdiminuir a velocidade eaumentar a distância de outrosveículos”, completa ocoordenador de Sistema deGestão Integrada daTransbueno. ●

Page 45: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

45 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Page 46: referência em logística€¦ · Gerência de Negócios Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 nivaldo@logweb.com.br Gustavo Galhato Cel.: 11 8141.8045 gustavo@logweb.com.br Projeto

46 | edição nº105 | Nov | 2010 |

Agenda Dezembro Dezembro Dezembro

Veja a agenda completa no Portal www.logweb.com.br

Cursos

Ferramentas Avançadasde MS EXCEL Aplicadas à

LogísticaPeríodo: 2 e 3 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: CEBRALOG

[email protected]: 11 2359.6264

A Embalagem Aplicadaà Área Industrial e

na ExportaçãoPeríodo: 3 e 4 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: ILOG

Informações:www.ilog.org.br

[email protected]: 11 2936.9918

Gestão deCustos Logísticos

Período: 7 de dezembroLocal: Manaus – AMRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: 11 2694.1391

Operadores Logísticos:Contratação e Gestão de

RelacionamentoPeríodo: 7 e 8 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: ILOS – Instituto de

Logística e Supply ChainInformações:

[email protected]

Fone: 21 3445.3000

Gestão Tributária e Fiscalnas Operações Logísticas

Período: 11 de dezembroLocal: Manaus – AMRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: 11 2694.1391

Desenvolvimento de CustosLogísticos

Período: 14 e 15 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: ILOGInformações:

[email protected]

Fone: 11 2936.9918

Logística no Setor HospitalarPeríodo: 15 e 16 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: CEBRALOG – CentroBrasileiro de Aperfeiçoamento

Logísticowww.cebralog.com;[email protected]: 11 2359.6264

Mapeamento e Gestãode Processos

Período: 16 e 17 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: ILOGInformações:

[email protected]

Fone: 11 2936.9918