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ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA Prof. Nivaldo Camilo SEÇÃO 15

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Page 1: ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA Prof. Nivaldo Camilo SEÇÃO 15

ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

Prof. Nivaldo Camilo

SEÇÃO 15

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Abordagem Histórica da Economia Brasileira

Da Crise ao Milagre

Conteúdo da Seção

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Forte reversão da situação econômica com:– queda dos investimentos, – queda da taxa de crescimento da renda – aceleração da inflação

Em parte estes problemas refletem os desequilíbrios do Plano de Metas do governo J.K.

Início dos anos 60

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Plano de Metas do governo J.K

Início dos anos 60

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A Crise dos anos 60 se suas Explicações: 1) Instabilidade Política 2) Crise do Populismo 3) Política Econômica Restritiva até 1967 4) Visão Estagnacionista 5) Crise Cíclica endógena 6) Reformas Institucionais.

Início dos anos 60

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O Golpe militar impõe de forma autoritária uma solução para a crise política.

Castelo Branco lança o PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo), tendo como ministros Roberto Campos e Octavio Gouvêa de Bulhões.

O governo possui duas linhas de atuação:

Políticas conjunturais de combate à inflação.

Reformas estruturais. O controle inflacionário e as formas de conviver

com a inflação eram vistos como pré-condições para a retomada do desenvolvimento.

Os Governos Militares e o PAEG

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O diagnóstico da inflação: Excesso de demanda • déficit público, • política salarial frouxa,• falta de controle sobre a expansão do crédito.

As principais medidas estabilizadoras do PAEG:• Redução do déficit público – novas formas de

financiamento e aumento das tarifas públicas - inflação corretiva

• Restrição do crédito e aperto monetário - aumento das taxas de juros, melhora dos mecanismos de controle

• Política salarial - Circular 10 leva ao arrocho salarial

Medidas de combate à inflação do PAEG

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As principais reformas instituídas pelo PAEG foram:

A. Reforma tributária.

B. Reforma monetária-financeira.

C. Reforma do setor externo.

Reformas institucionais do início dos governos militares

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Os principais elementos desta reforma foram: Introdução da correção monetária no

sistema tributário. Transformação dos impostos em cascata em

impostos sobre valor adicionado, como o IPI e o ICM.

Redefinição do espaço tributário entre as diversas esferas do governo.

A Reforma Tributária

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Principais consequências da reforma tributária: Aumento da arrecadação; Centralização da arrecadação e

das decisões de política tributária Crítica: sistema injusto

A Reforma Tributária

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Objetivos: – criar condições de condução independente

da política monetária e direcionar os recursos às atividades econômicas

Esta reforma divide-se em 4 grupos de medidas

1. Instituição da correção monetária (taxas de juros positivas) e da ORTN;

A Reforma Tributária

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2. Criação do CMN e do Bacen CMN: órgão normativo da política monetária Bacen: órgão executor da política monetária,

fiscalizador do sistema financeiro.3. Criação do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e do BNH (Banco Nacional da Habitação). 4. Reforma do sistema financeiro e do mercado

de capitais, baseado no modelo financeiro norte-americano caracterizado pela

especialização e segmentação do mercado.

A Reforma Tributária

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Objetivos: – estimular o desenvolvimento evitando as pressões sobre o

Balanço de Pagamentos. – Melhorar o comércio externo e atrair o capital estrangeiro.

Comércio externo.– Exportações: incentivos fiscais e modernização dos órgãos

ligados ao comércio internacional (CACEX e CPA).– Importações: eliminar os limites quantitativos – Unificação do sistema cambial e adoção do sistema de

minidesvalorizações (1968) Atração do capital estrangeiro:

– Renegociação da dívida externa e Acordo de Garantias para o capital estrangeiro.

– Lei 4131 e resolução 63.

A Reforma do Setor Externo

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Período 1968-73: maiores taxas de crescimento do produto brasileiro na história recente - taxa média acima de 10% a.a.).

Esta performance foi decorrente:– reformas institucionais anteriores, – capacidade ociosa na indústria– crescimento da economia mundial.– mudança no diagnóstico da inflação:

inflação de custos : afrouxam-se as políticas de contenção da demanda (monetária, fiscal e creditícia).

O milagre econômico

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Assistiu-se neste período à primeira onda de endividamento externo.– A dívida externa, no período, cresceu em torno de

US$ 9 bilhões, sendo que aproximadamente US$ 6,5 bilhões se transformaram em reservas – sobre endividamento e endividamento interno

Estímulo ao endividamento externo brasileiro: Elevada demanda por crédito, taxas de juros internas

elevadas (reforma de 64/66), grande liquidez no sistema financeiro internacional (Euromercado) e ausência de mecanismos de financiamento de longo prazo na economia brasileira, exceto as linhas oficiais.

Principais tomadores de recursos externos, – nesta fase: setor privado – especialmente estrangeiro.

O início do endividamento externo

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Principal crítica ao Milagre:

Acentuou a concentração de renda. Uma explicação que se dava era que a

concentração da renda era uma tendência de um país que se desenvolvia e que demandava mão-de-obra qualificada escassa

Outra justificativa pela concentração de renda que se fazia no período está baseada na famosa “Teoria do Bolo” (crescer para depois repartir).

Concentração da Renda

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Após o movimento militar de 1964, buscou-se promover a modernização agrícola do país, com o crescimento da produtividade do setor.

Dentro do arcabouço institucional criado, destacam-se:

O Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR): busca propiciar aos agricultores linhas de crédito acessíveis e baratas.

A modernização agrícola

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As políticas de garantias de preços mínimos (PGPM) com dois mecanismos básicos:

a. AGF (Aquisição do Governo Federal) são compras feitas pelo governo de produtos com preços prefixados – visa estocar e vender em momentos de escassez do produto no mercado;

b. EGF (Empréstimo do Governo Federal) que financia a estocagem do produto pelo agricultor.

A modernização agrícola

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aumento do grau de mecanização e quimificação das fazendas - aumento de produtividade no setor.

Aumento na produção, no início, de bens exportáveis (soja e laranja), e depois também de produtos destinados ao mercado doméstico (cana-de-açúcar - álcool).

Expansão da fronteira agrícola na direção da região Centro-Oeste. A área cultivada passou de 29 milhões de ha, em 1960, para 50 milhões em 1980.

Características da modernização agrícola

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Crescimento da agroindústria; maior interligação entre o setor agrícola, seus fornecedores e consumidores;

Aumento da concentração fundiária e da utilização de mão-de-obra temporária (bóia fria): modernização dolorosa.

A modernização agrícola

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