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Reengenharia da sensorialidade e da paisagem , em criações artísticas Leci Augusto - UnB, Gama, 2010

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Page 1: Reengenharia da sensorialidade  e da paisagem , em criações artísticas leci augusto

Reengenharia da sensorialidade e da paisagem

, em criações artísticas

Leci Augusto - UnB, Gama, 2010

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Passagens, 2007 (environmental art)

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O ambiente físico, desde sempre, é fonte de inspiração eforma de expressão para narrativas e representações poéticasem diversas linguagens. Num dado momento, esse ambientenatural – lugar das criações artísticas, por um viésinterdisciplinar, é de grande valor para produção deconhecimento histórico e cultural, pois combina o olhar doartista sobre a realidade em suas dimensões objetiva esubjetiva, a memória individual e coletiva, além dos processosmateriais e simbólicos.

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A esgratégia utilizada se configura como elemento dapaisagem, resignificando o ambiente natural eredesenhando a paisagem onde se inserem. Nestaspaisagens que se converteram em material de configuraçãoartística, os elementos aleatórios, como a chuva, ovento, por exemplo, tornam-se elementos constitutivos daprópria obra. A obra termina quando se degrada porcompleto.

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O Objetivo da Intervenção foi remarcar os caminhoselaborados pela passagem cotidiana das pessoasanônimas. Ao remarcar este caminhos, repõem-se asatitudes sociais , os processos matérias e simbólicos queatribuímos as caminhadas. O trabalho demarca oterritório, revela a passagem e torna visível aplasticidade do lugar.

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Na perspectiva fenomenológica a consciência, não esta maisseparada da experiência vivida, de modo que não há separação ouoposição entre os dados sensível e racional no ato de apreensãodas coisas e nossas experiências constituem a fonte de todo oconhecimento adquirido no próprio mundo e o mundo só passa aexistir quando atribuímos um significado. Sendo assim, aconsciência está ininterruptamente voltando-se para o mundo e aapreensão do mundo se dá na mediação da experiência corporal.

Na obra Territorialização do Desejo a fotografia erótica enviadas porbluetooth aos telefones conectados funciona como “inputssensoriais visuais”, por meio do qual o estímulo sensório sensualchega ao participante, provocando emoções. O indivíduo querecebe colabora, pela percepção, selecionando, organizando einterpretando o estímulo recebido.

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Bio sonitus lux, 2009

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Corpo - espaço

O espaço da experiência é o espaço em que predomina acorporalidade dos sujeitos. Fisicamente o corpo habita o espaçoe isto lhe constitui. Estar é constituir-se de matéria numacoporalidade espacial. Sendo assim, o espaço é lugar do corpo.Corpo e espaço se imbrincam, sujeito implicado no espaço, aoconheçê-lo o faz de modo significativo e daí atribui-lhe sentido, pois sua condição homo-semioticus.

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14 Bis, 2009. Realidade aumentada (AR)

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Extrusão da consciência . O ser humano não significa mais estar imerso na memória genética, mas estar reconfigurado no campo eletromagnético do circuito, no domínio

da imagem. Sterlac

•Diante da obra - 14 BIS, com o corpo acoplado (os órgãos sensoriais a sistemas artificiais)

ao dispositivo móvel percebe-se a necessidade de deslocamento, em várias direções, na

busca do melhor ângulo para experimentação dos quase dez metros de objeto sintético

modelado, ocupando praticamente, a tele inteira do telefone celular, quando nos

aproximamos do ponto coincidente das coordenadas de medição e inserção do objeto no

espaço. Durante estes deslocamentos, quando existe maior aproximação do objeto

inserido na paisagem misturada, o corpo e as coisas co-interrogam-se

simultaneamente, pelo próprio dinamismo dos eventos e pela qualidade da sensorialidade

humana, que não permite que os eventos sejam registrados servilmente, o que há é uma

co-existência no real e no virtual – existência bioscíbrida-, que possibilita, segundo

Domingues (2009, p.07), a redefinição da experiência humana por processos cognitivos e

subjetivos de reenquadramento de consciência pela experiência plurisensorial.

•SANTOS, Milton. O autor ao abordar a palavra evento fala que o vocábulo ganha diferentes acepções em múltiplos sentidos. Cada autor qualifica

o vocábulo no interior do seu sistema de idéias. Para Russel, um evento resulta de uma série de instantes. "Gostaríamos de definir 'instante' de tal

modo que cada evento existisse numa série contínua e linear de instantes [...] Não devemos ver os instantes como algo independente dos eventos

e que possa ser ocupado por estes como chapéus ocupam os cabides. Cada evento será parte integrante de muitas dessas estruturas, que serão

instantes durante os quais ele existe: 'a' cada instante, que é uma estrutura da qual o evento faz parte" (RUSSEL, 1948, 1966, p. 287 apud

SANTOS, 2004, p.143).

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SYS*017.ReR*06/PiG-EqN\ 5*8. Matheu Briand. 2001.Ateliers d'Artistes de la ville de Marseille, 2001(photo : Denis Prisset)

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•Palavras -chave

•Corpo/espaço•Espaço imersivo na arte;•Geografia (Milton Santos)•Periferia Mark Weiser – naturalização dos objetos•Reengenharia dos sentidos

–Maturana e varela - Corpo físico–Sterlac – ação filogenética e corpo interface–Sentido de presença

•Corpo Acoplado-Condição Humana em Interações Expandidas.

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Referências

•A.JONES,Caroline (edit).SENSORIUM: Embodied experience, tecnology, andContemporany art. The MIT Press, cambridge, Massachusetts, 2006.•MERLEAU-PONTY- Fenomenologia da percepção. São Paulo. Ed. Martins Fontes, 1999. P. 111-463.•LIPARD, Lucy. Olerlay: Contemporary Art and Art of Prehistory: New York: The New press, 1983.•KRAUSS, Rosalind E. Caminhos da Escultura Moderna; Tradução de Júlio Fisher.- São Paulo: Martins Fontes, 1998.•SANTOS, Milton. A natureza do Espaço;•SCHAMA, Simon. Paisagem e Memória; tradução Hildergard Feist.- São Paulo: Companhia das Letras, 1996.•www.robertsmithson.com/ •http://www.richardlong.org/sculptures/paddy.html - Acesso em 02/07/2005•http://www1.uol.com.br/bienal/24bienal/nuh/enuhhesmit01.htm - Acesso em 17/06/2005.