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Redes Industriais A Informática Aplicada no Chão das Fábricas

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Page 1: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Redes Industriais

A Informática Aplicada no Chão das Fábricas

Page 2: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Introdução

Quando falamos em Redes Industriais,

a comunicação não é feita entre pessoas,

como estamos acostumados nas Redes de

Computadores convencionais, mas sim,

entre os próprios dispositivos.

A bem da verdade, é como se eles

tivessem vontade própria e gerissem seus

próprios destinos.

Page 3: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Introdução

Quando falamos em Automação

Industrial, falamos de “coisas” sem vida,

que trabalham sozinhas, executando ordens

vindas de outras “coisas” sem vida. Não é

necessário uma pessoa fazer o que precisa

ser feito. Complexo? Vejamos um exemplo.

Suponhamos ter um tanque d’água de

1000 litros. Este tanque deve manter seu

nível entre 30 e 80% de sua capacidade.

Page 4: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

O que são Redes Industriais?

No modelo tradicional, este tanque é

controlado por uma pessoa que fica

vigiando seu nível. Quando o nível da água

no tanque está abaixo de 30%, a pessoa

responsável vai até a válvula que controla a

entrada de água no tanque e abre esta

válvula de forma a permitir a entrada d’água

ou um aumento da quantidade de água

entrando no tanque.

Page 5: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

O que são Redes Industriais?

Com isso, o tanque começa a se encher

de água. Em um determinado momento, o

nível de água ultrapassa os 80% permitido.

Então, esta mesma pessoa, corre até a

válvula e a fecha, diminuindo ou

interrompendo o fluxo d’água.

Enquanto o nível estiver dentro do

normal, a situação está controlada (e a

pessoa tem seu momento de descanso).

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Processo Manual

Page 7: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Processo Manual

Vamos nos colocar no papel da pessoa

que é responsável por esta atividade.

Encontramos uma série de dificuldades,

como por exemplo, a válvula pode ser longe

do tanque, fazendo com que se fique

andando por distâncias longas o tempo

todo, nesse processo: “verifica o tanque –

abre a válvula – verifica o tanque – fecha a

válvula”.

Page 8: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Processo Manual

Além de ser desgastante todo esse

“passeio” de um lado pro outro, muitas

vezes pode-se não ter a noção exata do

quanto esta válvula deve ser aberta ou

fechada, até mesmo pra evitar que se tenha

que andar tanto. Além disso outro problema,

a válvula pode ser grande e seu manuseio

complicado, ou seja, esse processo de abrir

e fechar a válvula pode ser bem pesado.

Page 9: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Automatizando o Processo

Pelo exposto, vimos que a abertura e o

fechamento desta válvula deve ser feito de

forma automatizada. Para isto, precisamos

dos seguintes equipamentos (além, é lógico,

do tanque e da válvula):

1 CLP (Controlador Lógico Programável);

1 sensor de nível;

1 posicionador de válvula.

Page 10: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Automatizando o Processo

O responsável por todo o processo de

fechamento e abertura da válvula é o CLP.

O equipamento é chamado de Mestre nas

Redes Industriais, pois dá ordens, ou seja,

envia comandos para os equipamentos

escravos, que neste caso são o sensor e o

posicionador. O CLP é programado com

uma sequência de lógicas e sua atuação vai

variar de acordo com as informações que

ele receber sobre o processo.

Page 11: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Automatizando o Processo

Ele compara o valor recebido do sensor

com o valor registrado, considerado normal.

Se este valor estiver abaixo do normal,

(neste exemplo, 30%), o CLP manda uma

informação para o posicionador e este abre

a válvula. Se o valor recebido for superior

ao valor considerado normal, ele manda

uma mensagem para que o posicionador

feche a válvula. Se o valor estiver dentro da

faixa, o CLP não toma nenhuma atitude.

Page 12: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Automatizando o Processo

O sensor de nível será o responsável por detectar o nível d’água dentro do tanque e enviar esse valor para o CLP. O envio desses dados é feito constantemente, em tempo real. Já o posicionador é o responsável pela interface entre o CLP e a válvula. É ele quem atua abrindo ou fechando a

válvula, de acordo com a necessidade.

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Processo Automatizado

Page 14: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Processo Automatizado

Notamos através deste simples exemplo

a necessidade de se automatizar processos.

Imaginemos agora uma indústria inteira,

com seus múltiplos processos variados e

complexos. A Automação é totalmente

necessária. As Redes Industriais interligam

todos os envolvidos no processo de

automação e faz o transporte dos dados de

um lado para outro. A seguir, vemos os

dispositivos e sua área de atuação.

Page 15: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Processo Automatizado

Reforçando: Em uma rede de

comunicação, como a internet, a troca de

dados é feita entre pessoas através de

dispositivos eletrônicos. Nas Redes

Industriais a comunicação é feita entre os

próprios dispositivos eletrônicos, que neste

caso, são: controladores, sensores,

atuadores, posicionadores, PC, workstation,

etc., que estão sempre interligados e se

comunicando em tempo real.

Page 16: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Processo Automatizado

Uma Rede Industrial permite fazer mais

que apenas controlar os equipamentos,

como mostrado no exemplo anterior, mas

também torna possível acompanhar todo o

processo de produção, estoque, e tudo que

exista numa empresa. Controle de compra e

venda, rastreio de produtos… Através da

interligação entre todas as áreas de uma

planta, é possível um controle completo.

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Listagem de Dispositivos

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Automatização & Benefícios

A necessidade da automação na

indústria e em diversos segmentos está

associada às possibilidades de aumento na

velocidade de processamento das

informações, uma vez que as operações

estão cada vez mais complexas e variáveis.

No modelo de indústria atual, as partes de

uma planta podem ser automatizadas, o que

faz com que se tenha variados benefícios.

Page 20: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Automatização & Benefícios

Entre os benefícios que a Automação

proporciona, podemos citar:

Economia de energia;

Aumento da produtividade;

Melhor controle de qualidade do produto;

Segurança operacional;

Entre outros.

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Automatização & Benefícios

Estes benefícios são conseguidos

através da utilização de redes industriais.

Estas redes podem ser divididas de três

formas:

Redes de Informação;

Redes de Controle;

Redes de Campo.

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Page 23: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Tipos de Redes As Redes de Informação representam o

nível mais elevado dentro de uma

arquitetura. Em grandes corporações é

natural a escolha de um backbone de

grande capacidade para interligação de

sistemas como ERP (Enterprise Resource

Planning), Supply Chain (gerenciamento da

cadeia de suprimentos) e EPS (Enterprise

Production Systems). As redes atuam nos

Níveis 4 e 5 da Listagem de Dispositivos.

Page 24: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Tipos de Redes

Já as Redes de Controle tem como

função interligar os sistemas industriais de

Nível 2 aos sistemas de Nível 1. É possível

também, que equipamentos de Nível 3

estejam ligados a este barramento, embora

ressalte-se que está configuração é

totalmente opcional. A supervisão pode ser

humana ou automatizada.

Page 25: Redes industriais   a informática aplicada no chão das fábricas

Tipos de Redes

Finalizando, as Redes de Campo, que

também são conhecidas como fieldbus,

garantem a conectividade entre os mais

diversos dispositivos que atuam diretamente

no Nível 1 (o denominado “chão de fábrica”)

com os níveis superiores (sistemas de

controle ou gerenciamento).

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Então, visando sempre a minimização de

custos e o aumento da operacionalidade de uma

aplicação introduziu-se o conceito de rede

industrial para interligar os vários equipamentos

de uma aplicação. A utilização de redes e

protocolos digitais prevê um significativo avanço

nas seguintes áreas:

Custos de instalação, operação e manutenção;

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Facilidade de diagnóstico da rede;

Procedimentos de manutenção com gerenciamento de ativos;

Fácil expansão e upgrades;

Informação de controle e qualidade;

Baixos tempos de ciclos;

Várias topologias;

Padrões abertos;

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Determinismo (permite determinar com precisão o tempo necessário para a transferência de informações entre os integrantes da rede);

Redundância em diversos níveis;

Menor variabilidade nas medições com a melhoria das exatidões;

Medições multivariáveis.

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Então, como está sendo mostrado, as vantagens de se automatizar os processos em uma planta são numerosas e o uso das Redes Industriais para se fazer a ligação entre todos os níveis hierárquicos da pirâmide de automação, a qual foi mostrada na Listagem dos Dispositivos, facilita, e muito, a vida das pessoas que trabalham em indústrias, principalmente graças aos chamados protocolos de Redes Industriais.

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IP Ethernet é um padrão Ethernet industrial baseado fora das linhas de comunicação DeviceNet. IP Ethernet é utilizado na automação da manufatura, e é um padrão internacional para comunicações industriais e de semicondutores.

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Modbus é um protocolo de rede simples que permite o controle e a transferência de dados entre dois dispositivos. É o mais usado dos protocolos industriais. Existem dois tipos de Modbus, o Modbus Serial e o Modbus TCP. O Modbus Serial usa RS232 e RS422 / RS485, enquanto o Modbus TCP usa Ethernet. Ambos formam o mesmo protocolo, exceto para as informações adicionais necessárias para lidar com a camada física.

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DeviceNet é uma das plataformas líderes mundiais de automação industrial, amplamente utilizado na América do Norte, Japão e Austrália / Nova Zelândia.

Ela atua diretamente nos melhores dispositivos da classe, incluindo Chips, Adaptadores (PCI, USB, PC104, ISA, Paralela) Software integrado, Software para PC e ferramentas de diagnóstico.

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PROFIBUS é o protocolo de comunicação que é padrão mundial para automação industrial, e que oferece uma grande variedade de produtos líderes da indústria, incluindo ProfiTrace e COMbricks, que são produtos para resolução de problemas, bem como Hubs, repetidores, Cabos e muito mais! Vamos aprofundar mais um pouco.

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O Protocolo Profibus define os parâmetros para dispositivos de automação de processo, como válvulas, transmissores, e posicionadores. Além disso, possui uma característica adicional que é a transmissão intrinsecamente segura, o que faz com que ele possa ser usado em áreas classificadas, ou seja, ambientes onde existe o perigo de explosão. É indicado para controlar variáveis analógicas em controle de processos. É encontrado predominantemente nas indústrias de transformação.

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As principais vantagens deste protocolo são:

Transmissão confiável das informações;

Tratamento de status das variáveis;

Sistema de segurança em caso de falha;

Equipamentos com capacidade de autodiagnose;

Integração com controle discreto em alta velocidade;

Aplicações em qualquer segmento;

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Redução de até 40% nos custos de instalação;

Redução de até 25% nos custos de manutenção;

Menor tempo de startup;

Aumento significativo da funcionalidade, disponibilidade e segurança.

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As principais características técnicas do Protocolo Profibus são:

Topologia: Barramento, Árvore, Estrela, Mista.

Camadas utilizadas: Física (Physical Layer), Enlace (Data Link Layer) e Interface com o Usuário (User Interface).

Cada segmento de rede deve possuir um único elemento ativo no barramento de campo localizado na área não-classificada;

Os demais equipamentos na área classificada são passivos;

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Com estas informações básicas alcançamos o objetivo traçado para esta palestra, que é o de mostrar mais um campo de atuação para os tecnólogos formados pela FAETERJ. A área de Automação Industrial possui imensas semelhanças com a área de Redes de Comunicações tradicionais, mas é muito pouco explorada por nossos profissionais.

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Wilson Mathias Pereira Florentino, Analista de Sistemas, formado pela FAETERJ, funcionário da FAETEC, lotado no CETEP Santa Cruz, e professor da Universidade Estácio de Sá, atuando no Pronatec, nas disciplinas de Eletrônica e Redes Industriais.

Contatos:

[email protected]

Tel.: 98902-1575