rede de farmácias pague menos
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Farmácias Pague Menos
Relatório de Análise das Demonstrações Financeiras Guanabara Auditores Independentes
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Relatório de Análise das Demonstrações Financeiras
I. Apresentação 1. Introdução 2. A Empresa
II. Ajustes III. Cálculo de Quocientes IV. Análise econômico-financeira V. Conclusão VI. Referências
Anexos
03 03 05 13 21 26 29 31 32
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I. Apresentação
1. Introdução
A utilização da análise das demonstrações financeiras é de suma importância
para o conhecimento adequado dos resultados da empresa. De fato, com ela, os
resultados alcançados são reconhecidos pelas decisões e não por uma expectativa
genérica e superficial daqueles que almejam o lucro, ou seja, com a análise de
balanço é possível mensurar o quanto o resultado advém de processo decisório
atrelado a indicadores. Assim, a análise é vista como um instrumento de pesquisa
que permite explicitar a situação econômica e financeira da empresa, baseando-se
em informações anteriores e atuais, para possibilitar o estudo dos resultados
vindouros.
A análise possibilita, adicionalmente, uma comparação entre outras empresas,
pois ela qualifica o resultado financeiro da empresa, de forma a concluir se esse
resultado é ótimo, bom ou ruim. Mesmo com lucro, este pode estar abaixo do
mercado, significando alguma deficiência na gestão da empresa. Além disso, um
relatório com bons indicadores pode atrair o interesse de investidores.
Pelo exposto, faz-se necessário o estudo de caso dos Empreendimentos Pague
Menos S.A., para que a equipe possa entender na prática como extrair informações
valiosas de tais indicadores.
Os resultados deste estudo apontam uma situação muito positiva para a
empresa, o que já era de se esperar, uma vez que ela vem expandindo suas
operações. Todavia, destacamos um fato não trivial. A empresa está em situação de
endividamento, porém controlado, o que indica que, as expansões e os gastos
advindos delas estão sendo financiados por capitais de terceiros.
Por fim, cabe esclarecer que este relatório tomou por base os índices abaixo
para comparar os dados financeiros dos exercícios de 2009 a 2011:
Relatório de Análise das Demonstrações Financeiras
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Índices de Liquidez: liquidez imediata; liquidez geral; liquidez
corrente;
Índices de Segurança/Estrutura: grau de endividamento; grau de
imobilização; participação de capitais de terceiros divido sobre os
recursos totais;
Índices de Rentabilidade/Rotatividade: lucratividade sobre
vendas/serviços e rentabilidade do capital próprio.
GUANABARA AUDITORES INDEPENDENTES
Boa Vista – Novembro de 2012
PEDRO HENRIQUE S. FERRAZ
RODRIGO ALVES LOPES
PABLO HENRIQUE G. DE MENEZES
PATRÍCIA FIGUEIREDO REBOUÇAS
SINVAL BARBOSA SANTOS
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2. A Empresa
Natureza/Descrição do Negócio
Razão social: Empreendimentos Pague Menos S/A
Site: www.paguemenos.com.br
Data de constituição: 19/05/1981
CNPJ: 06.626.253/0001-51
Atividade Principal: Comércio (Atacado e Varejo)
Descrição da Atividade: Comércio de produtos farmacêuticos,
perfumarias e afins, sem manipulação de fórmulas.
Controle Acionário: Privada Nacional
Situação Operacional: Fase Operacional
Situação de registro na CVM: Ativo
A Rede de Farmácias Pague Menos é um empreendimento sustentável, que
possui valores organizacionais bem definidos, cujo tripé de sustentação está voltado
pelo orgulho de seus colaboradores em fazer parte desta empresa.
A Pague Menos, desde 2006, é considerada a maior rede de farmácias no
Brasil em número de lojas e em volume de vendas, segundo o ranking por empresa
divulgado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias - Abrafarma.
A rede atua no mercado de varejo de especialidade, com foco em
medicamentos de marcas conhecidas e genéricos, sujeitos à prescrição médica,
produtos OTC (over the counter1 – produtos fora do balcão), incluindo medicamentos
isentos de prescrição, produtos polivitamínicos e artigos de higiene e beleza.
A adoção de um modelo de administração descentralizada, com oito gerências
de operações e 33 gerências regionais, responsáveis por determinados estados ou
regiões específicas, permite atenção especial às necessidades específicas de lojas e
clientes em cada região. O padrão facilita também a identificação de oportunidades
para a abertura de novos pontos.
1 São os medicamentos e artigos de venda livre. Entre eles estão os analgésicos, as vitaminas, os
antiácidos, os laxantes e os descongestionantes nasais. Esses medicamentos tratam de sintomas leves como febre, tosse, dor de cabeça, aftas, dores de garganta, assaduras, hemorroidas, congestão nasal e azia.
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Os números provam isto. A Pague Menos é a única rede de farmácias
brasileira com presença em todos os Estados do País e no Distrito Federal, com 531
lojas, distribuídos em mais de 200 cidades e 68 lojas em construção. Em virtude da
dimensão da rede, o quadro de colaboradores é de mais de 15 mil. Outro dado
importante é quanto à logística implantada. A rede dispõe de um Centro de
Distribuição para atender todas as 531 lojas da rede, localizado na cidade de
Fortaleza, com 110 mil m² de área total, sendo 50 mil m² de área construída. Este
Centro de Distribuição tem capacidade para atender até 840 pontos de vendas,
porém, com a ampliação da linha de separação automática (Tecnologia Pick-to-
Light 2 ) e a implantação do terceiro turno, a empresa calcula a ampliação da
capacidade para 1.000 lojas. Além disso, é intenção da empresa construir um novo
Centro de Distribuição, visando atender as lojas das regiões Centro-Oeste, Sul e
Sudeste. A medida busca mitigar o risco de depender de um único Centro de
Distribuição e melhorar a eficiência logística e nível de serviço nas lojas.
Breve Histórico da Empresa
Em 19 de maio de 1981, foi inaugurada a primeira farmácia, localizada no
bairro Ellery, na Cidade de Fortaleza, Estado do Ceará.
Em 1985, a empresa passou a utilizar o conceito Drugstore e foi ampliada a
gama de produtos disponíveis nas lojas, que passaram a oferecer também produtos
de higiene e beleza.
Em 1988, introduziu-se o modelo de autosserviço, inédito no Nordeste
brasileiro, colocando as gôndolas fora do balcão para que os clientes pudessem
pegar os produtos de higiene e beleza sem a interferência dos atendentes
(balconistas), assim como a empresa passou a ter lojas atendendo ininterruptamente
24 horas por dia, todos os dias da semana.
2 A Tecnologia Pick-To-Light permite ao operador conhecer de forma rápida e intuitiva a localização e
quantidade exata da operação para colher/colocar (pick/put) através de luzes LED e displays,
mostrando a quantidade demandada e forçando a confirmação da coleta ou escolha de item. Além
disso, a interatividade com o sistema permite ao operador realizar o controle de estoque e pedidos de
reposição dos próprios módulos luminosos.
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Em 1989, de forma inovadora e pioneira, iniciou-se o recebimento de contas
de água, luz e telefone, o que deu origem ao sistema de correspondente bancário,
regulamentado pelo Banco Central do Brasil em 2001. Hoje a empresa atende em
média mais de 1,5 milhão de clientes por mês com estes serviços, registrando um
valor recebido no primeiro trimestre de 2012 de R$1,5 bilhão.
Em 1993, foi inaugurada a primeira loja fora do Ceará, na cidade de Natal, Rio
Grande do Norte.
Em 1997, foi realizado pela primeira vez o Encontro de Mulheres Pague
Menos, reunindo consumidoras de todo o País. No ano seguinte, foi lançado o Cartão
de Crédito Pague Menos, sob as bandeiras Mastercard e Visa.
Em 1998, a Pague Menos se tornou a primeira empresa privada do Nordeste a
adotar um município no Programa Social Alfabetização Solidária, mantido pelo
Governo Federal.
Em 2001, foi inaugurada a loja número 200. No ano de 2005, foi criado o
Cartão Fidelidade Sempre Pague Menos, hoje com mais de 5,5 milhões de clientes
cadastrados sendo 2,5 milhões de clientes ativos. Com base no conceito inovador de
“loja dentro de loja”, foram inaugurados os Espaços VIP e Vida Saudável.
Em 2006, foram comemorados os 25 anos do empreendimento com o
lançamento da “Campanha 25 Anos, 25 Gols”. Neste mesmo ano ultrapassou-se a
barreira de um bilhão de reais de faturamento. Ainda neste ano, foi criado o AME –
Atendimento de Medicamentos Especiais, uma estrutura integralmente destinada a
medicamentos que necessitam de controle e cuidados especiais. Também foi
implantado em todo o País o programa governamental Farmácia Popular, destinado a
ampliar o acesso da população de baixa renda a medicamentos por meio da
concessão de descontos no preço dos medicamentos subsidiados pela União Federal.
O ano de 2008 foi marcado pela inauguração do Centro de Distribuição do
empreendimento, localizado em Fortaleza, Estado do Ceará.
No ano de 2010 o faturamento alcançou a marca de 2,2 bilhões de reais, com
400 lojas.
Em 2011, comemoraram-se os 30 anos de atividades e foram inauguradas 89
novas lojas. Com a adição dessas novas lojas, o ano de 2011 fechou com 489
pontos de venda. Durante o exercício de 2011, houve um crescimento de 28,62% na
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Receita Bruta, que alcançou R$ 2,87 bilhões. O EBITDA alcançou R$ 232,2 milhões,
com aumento de 60,61% em relação a 2010. O Lucro Líquido cresceu 49,47%,
passando de R$ 73,0 milhões em 2010 para R$ 109,1 milhões em 2011.
Até 30 de junho de 2012, foram abertas 42 novas lojas, atingindo 531 lojas, e
68 novas lojas em construção, com relação às quais os contratos de alugueis já
foram celebrados.
Estratégia de Negócio
Missão: Encantar pessoas promovendo a saudabilidade através de atitudes
inovadoras e cidadãs.
Visão: Ser a maior e melhor empresa do varejo farmacêutico do Brasil até
2017, com ações listadas em Bolsa e com atuação em mercados
internacionais, comprometida com a eficiência, inovação, conveniência e
cidadania.
Valores: Atuamos em nossas operações baseados no tripé da "Conveniência",
"Inovação" e "Cidadania".
Objetivos: Expandir suas atividades - como principal marco em sua história, a
Companhia busca realizar a expansão de suas atividades por meio da
inauguração de novas lojas, sendo este o principal alicerce para atingir seu
cliente, focando em comodidade e praticidade em serviços. Cabe ressaltar
que, tal expansão não contempla aquisições ou a utilização de sistema de
franquias, fazendo com que seja preservada sua cultura empresarial e a
formação de profissionais que comunguem seus valores corporativos.
Política de Preços: A companhia realiza estudos minuciosos para determinar o
preço de seus produtos, considerando o tipo de mercado que cada loja esta
inserida, confrontando com o desempenho de cada uma delas. Cabe destacar
que, por ser uma empresa que trabalha com um grande volume de vendas,
consegue praticar preços competitivos, variando de região para região,
considerando sua localidade, nível de renda do consumidor, os produtos mais
vendidos em cada região.
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Formas de Pagamento: A companhia diversificou sua estratégia de negócios
através da forma de pagamento utilizada pelos seus clientes, podendo realizar
suas compras através de: dinheiro, cartão de débito (á vista), cartão de
crédito (á vista ou parcelado sem juros), incluindo o Cartão de Crédito Pague
Menos, vendas faturadas para empresas e instituições e cheques. Como
exemplo de tais formas de pagamento, a vendas em cartão de crédito acima
de R$ 200,00, incluindo vendas em Cartão de Crédito Pague Menos, podem
ser parceladas geralmente em ate quatro vezes sem juros.
Formação de Pessoas: A Pague Menos acredita que as pessoas que compõem
sua empresa são o seu maior diferencial e responsáveis por colocar em pratica
seu slogan institucional, “Amor. Esse é o Melhor Remédio”. Por isso focou em
um segmento administrativo de gestão de talentos, que tem como missão
investir no desenvolvimento de cada colaborador e captar os melhores
profissionais do mercado.
O Mercado
A existência de grande número de drogarias, facilmente encontradas pelas
ruas das cidades brasileiras, é uma característica nacional. Esse comércio representa
o meio de acesso básico da população aos medicamentos, sendo também um dos
principais canais para a compra de artigos de higiene e beleza. De acordo com o IMS
Health, em 2010 existiam no Brasil mais de 60 mil drogarias.
É hoje um mercado pulverizado – as cinco maiores empresas de varejo de
produtos farmacêuticos e de beleza no País concentram cerca de 22% do mercado,
conforme pesquisa da Euromonitor - mas que está em processo de consolidação.
Neste segmento, a competitividade tem forte correlação com a escala, o que vem
fomentando tal consolidação. Esse processo fica claro ao se constatar que, entre
2004 e 2010, a participação das farmácias independentes no faturamento da
indústria teve queda de cerca de 17%, percentual que foi quase que inteiramente
capturado pelas principais redes de farmácias.
Mercados Regionais – O mercado de produtos farmacêuticos brasileiro pode
ser dividido em dois grandes blocos: a região Sudeste, que detinha 54,1% do
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faturamento em 2010, e as demais regiões, responsáveis pelo restante do
faturamento.
O Sudeste – região mais desenvolvida do País - representa mais de metade
das vendas do setor de varejo farmacêutico. No entanto, de 2008 a 2010 vem
também apresentando a menor taxa de crescimento na evolução da renda (PIB), o
que é acompanhado pela evolução observada em relação à distribuição de
medicamentos. Concentra também 75% das lojas das cinco maiores redes
associadas à Abrafarma, o que torna a região a mais competitiva do Brasil. Nas
demais regiões brasileiras, onde a maior parte das grandes redes ainda possui
exposição limitada, a presença marcante da Pague Menos ganha destaque, em
especial nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, participantes locais de maior
porte possuem fatias de mercado relevantes dentro de suas áreas de atuação.
De acordo com os dados divulgados pela Abrafarma referente ao ano de 2010,
a Pague Menos é líder dentre as redes de drogarias no mercado brasileiro em termos
de faturamento e, segundo o IMS Health, atingiu em julho de 2011 participação de
mercado de 6,1%.
Setor em crescimento – O mercado de varejo farmacêutico brasileiro tem
apresentado taxas expressivas de crescimento. Entre 2005 e 2010, a receita do setor
aumentou em media 13,5% ao ano. Considerando apenas os anos mais recentes,
esse crescimento é ainda mais intenso: 20,0% entre 2009 e 2010. Segundo projeção
do IMS Market Prognosis, o faturamento do setor de varejo farmacêutico deverá
apresentar crescimento real de 14,3% ao ano entre 2010 e 2014, impulsionado,
principalmente, pelos mercados regionais menos desenvolvidos atualmente.
Considerando apenas o mercado de medicamentos, em 2010 foram
movimentados no Brasil R$ 36,2 bilhões (faturamento a preço de fábrica), de acordo
com o IMS Health, o que fez do País o 10º maior mercado farmacêutico do mundo
naquele ano. Estimativas do mesmo Instituto apontam para a tendência de que o
Brasil continue ganhando posições nesse ranking, dado o baixo consumo médio per
capita atual e o aumento recente na renda da população. Em 2014, o Brasil devera
ser o 6º maior mercado farmacêutico do mundo.
Um indicador do potencial do mercado local é o fato de que, apesar de a
população do Brasil em 2010 equivaler a cerca de 63% da população dos EUA
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(segundo dados do Banco Mundial), o mercado farmacêutico brasileiro representa
apenas 4,4% do tamanho daquele dos EUA em termos de vendas.
O mercado de produtos de perfumaria também cresce de forma acelerada. De
acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos, ou ABIHPEC, o setor faturou R$ 27,3 bilhões (preço líquido de fábrica)
em 2010, o que representa aumento de 12,3% nos últimos cinco anos.
Condições de Competição – Em um segmento de mercado que tem como
característica o alto grau de competitividade, os principais concorrentes da Pague
Menos são as demais redes nacionais de drogarias, além das farmácias
independentes. Incorporam-se ainda aos competidores, considerando alguns dos
itens vendidos, as perfumarias, supermercados e empresas de venda direta.
A concorrência varia de acordo com a localização geográfica. Nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, bem como no interior dos demais Estados
brasileiros, os principais concorrentes tendem a ser as redes locais. Já nas demais
regiões – Sul e Sudeste, especialmente nas capitais – as grandes redes nacionais
assumem posição de destaque.
Outro segmento do comércio varejista, bem estruturado e com amplo alcance
regional pelo País, vem ampliando sua participação neste mercado. Entre 2004 e
2010, o número de drogarias pertencentes a supermercados mais do que triplicou no
Brasil, ainda que, no mesmo período, sua participação de mercado tenha evoluído de
1,9% para 3,3%, crescimento inferior ao do número de lojas adicionadas. A
tendência, no entanto, é que os supermercados venham a elevar sua participação e
melhorar a sua produtividade nos próximos anos e, assim, se constituam em mais
um vetor de concentração do mercado.
Governança Corporativa
A preocupação com as melhores práticas de Governança Corporativa está
incorporada ao DNA da Companhia e faz parte das diretrizes e valores que o seu
fundador desenvolveu ao longo de sua história. Antes mesmo da abertura de capital,
tal preocupação motivou a adoção de diversas práticas, como por exemplo,
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demonstrações financeiras auditadas, monitoramento do desempenho e gestão
profissional.
As práticas adotadas são baseadas em princípios de respeito e transparência
com os seus acionistas, Conselho de Administração, Diretoria, auditoria
independente, Conselho Fiscal e a todos os públicos relacionados. Os modelos de
gestão dos negócios e de acompanhamento e prestação de contas baseiam-se em
rígidos princípios éticos, estabelecendo as condições para a manutenção de um
relacionamento de longo prazo com seus investidores, seguindo todas as regras pré-
estabelecidas pelo Novo Mercado estipuladas pela BM & FBOVESPA.
O modelo de gestão alinhado com as práticas de Governança corporativa,
transcendem a transparência e incorpora princípios de sustentabilidade, geração de
valor, medição do desempenho, ética nos relacionamentos e inovação.
Com isso ao longo de sua história a Pague Menos conseguiu se firmar como
uma empresa de reconhecida solidez, acelerado crescimento e de relacionamentos
longos com fornecedores, clientes, parceiros e colaboradores.
Posição Acionária
Acionistas Control. Ações Ordinárias
Quantidade (%)
Francisco Deusmar de Queirós sim 210.000.000 70
Josué Ubiranilson Alves não 30.000.000 10
Maria Auricélia Alves de Queirós não 12.000.000 4
Rosilândia Maria Alves Dias não 12.000.000 4
Carlos Henrique Alves de Queirós não 12.000.000 4
Patriciana Maria de Queirós Rodrigues não 12.000.000 4
Mário Henrique Alves de Queirós não 12.000.000 4
Ações em Tesouraria 0 0
TOTAL 300.000.000 100
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II. Ajustes
Abaixo segue o checklist utilizado pela equipe para analisar as contas do
Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício publicados pela
empresa Pague Menos. Cabe esclarecer que nem todas as contas do checklist
pertencem ao plano de contas da empresa e vice-versa. Todavia, no caso das
contas utilizadas pela empresa que não estão contempladas no checklist abaixo,
buscou-se avaliar as notas explicativas e consultar a função de tais contas. Por fim,
mencionamos que o trabalho da equipe foi facilitado em virtude de as
demonstrações terem sido elaboradas de acordo com as IFRS (International
Financial Reporting Standard), visto que elas apresentam apropriadamente a
posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade.
Conforme as normas internacionais, para apresentação adequada, é necessária a
representação fidedigna dos efeitos das transações, outros eventos e condições de
acordo com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos,
receitas e despesas como estabelecidos na Estrutura Conceitual para a Elaboração
e Apresentação das Demonstrações Contábeis. Presume-se que a aplicação dos
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC, com divulgação
adicional quando necessária, resulta em demonstrações contábeis que se
enquadram dentro de uma representação apropriada, inclusive para efeitos de
análises.
CHECKLIST DAS PRINCIPAIS CONTAS QUE DEVEM SER ANALISADAS E CLASSIFICADAS
Contas
Caixa: numerário à disposição da empresa. ok Bancos: depósitos à vista, de livre movimentação. ok Duplicatas a receber: créditos a receber de clientes no exercício seguinte – até 360 dias.
ok
Notas e faturas a receber: créditos a receber de clientes, oriundos, principalmente, de empreitadas ou serviços prestados.
ok
Estoques: mercadorias/produtos acabados, produtos em elaboração, matérias primas, almoxarifado ou materiais diversos.
ok
Adiantamentos a fornecedores: adiantamentos efetuados para compra de mercadorias ou matérias primas.
ok
Títulos e valores mobiliários: letras de câmbio, BBC, certificados de depósitos bancários, letras imobiliárias, etc., resgatáveis no prazo de 360 dias. Considerar o valor líquido, isto é, após a provisão de ajuste, quando existente.
ok
Títulos a receber, Contas Correntes e Devedores Diversos: créditos de diversas naturezas. Sempre que os valores representarem parcelas ponderáveis do
ok
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Patrimônio da empresa, proceder aos devidos ajustes, quando necessários, com base nos dados complementares fornecidos.
Créditos com Acionistas/Cotistas/Diretores: classificar em “Deduções do Ativo”. ok Despesas do Exercício seguinte: ok - quando se tratar de prêmio de seguros, juros e impostos antecipados, variação cambial, e outras despesas antecipadas, classificar em “Deduções do Ativo”;
ok
- quando se tratar de juros a vencer, transportar para o Passivo, classificando em "Custos de Exercícios Futuros".
ok
Imóveis: ok - quando se tratar de imóveis prontos para venda, classificar no “Ativo Circulante”;
ok
- quando se tratar de imóveis em construção, terrenos e outras edificações cuja comercialização esteja prevista para após 360 dias, classificar no "Realizável a Longo Prazo";
ok
- quando se tratar de imóveis concluídos ou em construção, não destinados à comercialização, classificar no “Ativo Permanente”.
ok
Provisão para Devedores Duvidosos: previsão de perdas com créditos a receber, calculada à base de 3% dos valores correspondentes e deduzida na apuração do “Ativo Circulante”. No caso de inexistência ou de insuficiência, fazer o devido ajuste, que será compensado em “Deduções do ativo”.
ok
O REALIZÁVEL A LONGO PRAZO compreende os bens e direitos realizáveis após o término do exercício seguinte – acima de 360 dias. As principais contas que integram este grupo serão assim analisadas e classificadas:
ok
Suprimentos a controladas/Coligadas: Créditos a receber de empresas do mesmo grupo, decorrentes de transações eventuais. Quando a situação da firma devedora for deficitária, transferir o respectivo valor para “Deduções do Ativo”.
ok
Depósitos Compulsórios e Cauções: resgatáveis após o prazo de 360 dias. ok O ATIVO PERMANENTE compreende os investimentos (participações em outras firmas e bens não destinados às suas atividades), o Imobilizado (bens destinados às suas atividades) e o Diferido (custos ou despesas pré-operacionais). As principais contas que integram este grupo serão assim analisadas e classificadas:
ok
Imóveis: terrenos, edifícios e benfeitorias, de uso próprio. Quando a empresa integrar o capital mediante a incorporação de imóveis superavaliados, transferir para “Deduções do Ativo” o valor excedente, tomando-se por base os preços correntes na região.
ok
Máquinas e Equipamentos. ok Móveis e utensílios. ok Veículos de Uso. ok Imóveis não operacionais. ok Incentivos Fiscais e Investimentos: aplicações financeiras de caráter permanente ou de demorada realização.
ok
Despesas Pré-operacionais: despesas com a organização da empresa, gastos com pesquisas e projetos e outros inerentes, que serão apropriáveis em exercícios futuros, no prazo máximo de 10 anos. O valor lançado não poderá exceder a 20% de capital realizado + reservas de capital; caso haja excesso, classificá-lo em “Deduções do Ativo”.
ok
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros: considerar até 20% do capital realizado + reservas de capital. O excedente será transferido para “Deduções do Ativo”.
ok
Marcas e Patentes: considerar até 10% do capital realizado + reservas de capital. O excedente será transferido para “Deduções do Ativo”.
ok
Depreciações: conta dedutiva na apuração do “Ativo Permanente”, relativa ao valor dos desgastes físicos verificados nas imobilizações técnicas. Em princípio,
ok
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a depreciação será calculada à base de 10% ao ano. Os bens de menor vida útil serão depreciados em percentuais superiores ao mencionado. Cabe observar o seguinte:
- nos casos de inexistência ou insuficiência (observando-se que o valor lançado na Demonstração dos Resultados pode ter sido deduzido diretamente das contas do “Imobilizado”) fazer o devido ajuste, que será compensado em "Deduções do Ativo";
ok
- nos casos em que o valor depreciado for superior ao percentual que seria aplicado no exercício, considerar o fundo calculado pela empresa, já que deverá tratar-se de saldo acumulado;
ok
- a Amortização e a Exaustão serão agrupadas às depreciações. ok O PASSIVO CIRCULANTE compreende todas as obrigações ou dívidas da empresa com vencimento para o exercício seguinte – até 360 dias. São as seguintes as principais contas:
ok
Fornecedores. ok Empréstimos Bancários. ok Financiamentos Bancários. ok Duplicatas Descontadas. - as duplicatas descontadas representam responsabilidade da empresa.
ok
Impostos e Encargos Sociais. ok Provisão para Imposto de Renda. ok O EXIGÍVEL A LONGO PRAZO compreende todas as obrigações ou dívidas da empresa com prazo de vencimento superior a 360 dias. São as seguintes as principais contas:
ok
Financiamentos Bancários: se houver parcelas vencíveis no exercício seguinte (até 360 dias), transferir o respectivo valor para o “Passivo Circulante”.
ok
Suprimentos de Controladora/Coligadas. ok RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS: compreende as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos ou despesas a elas correspondentes. O saldo poderá ser positivo ou negativo. Integram este grupo as seguintes contas:
ok
Receitas de Exercícios Futuros ok Despesas de Exercícios Futuros ok O PATRIMÔNIO LÍQUIDO representa os recursos próprios investidos no negócio. As principais contas que integram este grupo serão analisadas e classificadas:
ok
Capital Realizado: capital registrado menos o capital a integralizar, se houver. ok Reserva Legal: tem por finalidade assegurar a integridade do capital social e não deverá exceder a 20% deste.
ok
Lucros acumulados: ok - os lucros capitalizados ou reinvestidos nos negócios das sociedades e os obtidos por firmas individuais serão classificadas no “Patrimônio Líquido”;
ok
- os lucros já distribuídos aos cotistas e diretores, ou sobre os quais se apure destinação, serão classificados no “Passivo Circulante”;
ok
Prejuízos Acumulados: serão lançados como parcela dedutiva na apuração do "Patrimônio Líquido".
ok
Reservas de Capital: englobam a correção monetária do capital realizado, o ágio na colocação de ações, vendas de partes beneficiárias e bônus de subscrição, doações e subvenções para investimentos.
ok
Reservas de Reavaliação de Bens: contrapartida de aumento de valor dos bens do Ativo próprio ou de controladas e coligadas, em virtude de novas avaliações baseadas em laudo aprovado por Assembléia Geral.
ok
Reservas de Lucros: lucros retidos mediante a constituição de reservas estatutárias, reservas para contingências, reserva para plano de investimento e
ok
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reservas de lucros a realizar.
Ações em Tesouraria: ações da empresa, adquiridas por ela mesma. Será lançada como parcela dedutiva na apuração do "Patrimônio Líquido".
ok
Deduções do Ativo: conta dedutiva na apuração do “Patrimônio Líquido”, pois representa a soma daqueles valores excluídos do ATIVO da empresa.
ok
a) Vendas de Produtos/Mercadorias: ok - os valores referentes a vendas canceladas, mercadorias devolvidas e descontos concedidos serão deduzidos na apuração desta conta;
ok
- as deduções referentes ao Imposto Faturado serão, para efeito de análise, juntadas ao “Custo dos Produtos/Mercadorias Vendidas”;
ok
- quando o demonstrativo analisado não apresentar esta parcela (registrando apenas o lucro bruto), lançar o valor contido na relação de vendas do exercício fornecida pela empresa.
ok
b) Serviços Prestados: quando o demonstrativo analisado não apresentar esta parcela (registrando apenas o lucro bruto), lançar o valor contido na relação de serviços prestados, fornecida pela empresa – se houver.
ok
c) Receita Operacional Bruta: ( a + b ). ok d) Custo dos Produtos/Mercadorias Vendidas: quando o demonstrativo analisado não apresentar esta parcela (registrando apenas o lucro bruto), o custo será igual a diferença apurada entre o valor contido na relação de venda do exercício e o respectivo lucro bruto ( a – f ).
ok
e) Custo dos Serviços Prestados: quando o demonstrativo analisado não apresentar esta parcela (registrando apenas o lucro bruto), o custo será a diferença apurada entre o valor contido na relação de serviços prestados no exercício e o respectivo lucro bruto (b – f).
ok
f) Lucro Operacional Bruto: (c – d – e), quando o resultado for positivo. ok g) Prejuízo Operacional Bruto: ( c – d – e ), quando o resultado for negativo. ok h) Despesas com Vendas: publicidades, comissões sobre vendas, transportes e viagens, fretes e carretos e outros gastos similares.
ok
i) Despesas Administrativas: salários ou ordenados, férias, contribuições previdenciárias, honorários ou pró-labore, assistência social, bolsas de estudo.
ok
j) Despesas Tributárias: impostos, taxas e tributos. ok k) Despesas Financeiras: juros e comissões bancárias, juros diversos, correção monetária e variações cambiais sobre financiamentos. Será lançado o montante das despesas financeiras menos as receitas financeiras.
ok
l) Despesas Gerais: energia, aluguéis, materiais de limpeza e de expediente, despesas telefônicas, legais e jurídicas, manutenção de veículos, donativos e brindes.
ok
m) Depreciação: considerar o valor contabilizado pela empresa, incluindo a exaustão e a amortização.
ok
n) Provisão para Devedores Duvidosos: considerar o valor provisionado pela empresa, diminuída da respectiva reversão, quando houver.
ok
o) Lucro Operacional Líquido: (f – h – i – j – k – l – m – n), quando o resultado for positivo.
ok
p) Prejuízo Operacional Líquido: (f – h – i – j – k – l – m – n), quando o resultado for negativo, ou (- g – h – i – j – k – l – m – n).
ok
q) Receitas não Operacionais: lucros obtidos na venda de bens do “Ativo Permanente” e outras receitas não relacionadas com as atividades da empresa.
ok
r) Despesas não Operacionais: prejuízos na venda de bens do “Ativo Permanente”, e outras despesas classificadas pela empresa como não operacionais.
ok
s) Lucro Líquido antes do Imposto de Renda: (o + q – r + s – t) ou (- p + q - r + s – t), quando o resultado for positivo.
ok
17
t) Prejuízo do Exercício: (o + q – r + s – t) ou (- p + q – r + s – t), quando o resultado for negativo.
ok
u) Provisão para Imposto de Renda: considerar o valor provisionado pela empresa.
ok
v) Lucro Líquido do Exercício: (u – x), caso o demonstrativo indique a distribuição do lucro líquido, registrar as respectivas verbas (Reservas de Lucro, Dividendos, Gratificações, etc.).
ok
Com base no exposto, as informações das demonstrações publicadas foram
transportadas para um modelo mais adequado para estudo dos quocientes,
conforme abaixo:
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo 31/12/2011 AH (%) AH (%) 31/12/2010 31/12/2009
valores em milhões de reais (M) (12m) 31/12/2010 31/12/2009 (12m) (12m)
Ativo Total 1.006,1 M 36,10% 64,50% 739,3 M 611,6 M
Ativo Circulante 719,2 M 31,80% 52,50% 545,5 M 471,7 M
Caixa e Equivalentes de Caixa 19,3 M 121,40% 62,50% 8,7 M 11,9 M
Aplicações Financeiras 0,5 M - -97,50% 0,0 M 20,7 M
Contas a Receber 151,4 M 7,00% 18,00% 141,6 M 128,3 M
Clientes 139,6 M 3,50% 14,00% 134,9 M 122,5 M
Outras Contas a Receber 11,8 M 75,30% 104,20% 6,7 M 5,8 M
Estoques 523,3 M 47,60% 96,60% 354,6 M 266,2 M
Ativos Biológicos 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Tributos a Recuperar 1,8 M -85,60% -87,80% 12,2 M 14,4 M
Tributos Correntes a Recuperar 1,8 M -85,60% -87,80% 12,2 M 14,4 M
Despesas Antecipadas 3,1 M 285,80% 446,80% 0,8 M 0,6 M
Outros Ativos Circulantes 19,8 M -28,20% -33,00% 27,6 M 29,5 M
Ativos Não-Correntes a Venda 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Ativos de Operações Descontinuadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Outros 19,8 M -28,20% -33,00% 27,6 M 29,5 M
Ativo Não Circulante 286,9 M 48,10% 105,00% 193,7 M 140,0 M
Ativo Realizável a Longo Prazo 123,4 M 140,40% 89,90% 51,3 M 64,9 M
Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Títulos para Negociação 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Títulos Disponíveis para Venda 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado
1,6 M - - 0,0 M 0,0 M
Títulos Mantidos até o Vencimento 1,6 M - - 0,0 M 0,0 M
Contas a Receber 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Clientes 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Outras Contas a Receber 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Estoques 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Ativos Biológicos 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
18
Tributos Diferidos 24,8 M -11,70% -18,90% 28,0 M 30,5 M
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 24,8 M -11,70% -18,90% 28,0 M 30,5 M
Despesas Antecipadas 0,0 M -100,00% -100,00% 0,1 M 0,3 M
Créditos com Partes Relacionadas 90,0 M 407,50% 331,70% 17,7 M 20,8 M
Créditos com Coligadas 0,0 M -100,00% -100,00% 17,7 M 20,8 M
Créditos com Controladas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Créditos com Controladores 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Créditos com Outras Partes Relacionadas 90,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Outros Ativos Não Circulantes 7,0 M 27,10% -47,10% 5,5 M 13,3 M
Investimentos 0,0 M -100,00% -100,00% 4,5 M 4,7 M
Participações Societárias 0,0 M -100,00% -100,00% 0,0 M 0,0 M
Participações em Coligadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Participações em Controladas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Participações em Controladas em Conjunto 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Outras Participações Societárias 0,0 M -100,00% -100,00% 0,0 M 0,0 M
Propriedades para Investimento 0,0 M -100,00% -100,00% 4,5 M 4,7 M
Imobilizado 150,8 M 14,80% 115,90% 131,3 M 69,8 M
Imobilizado em Operação 150,8 M 14,80% 115,90% 131,3 M 69,8 M
Imobilizado Arrendado 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Imobilizado em Andamento 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Intangível 12,8 M 94,90% 2646,90% 6,6 M 0,5 M
Intangíveis 12,8 M 94,90% 2646,90% 6,6 M 0,5 M
Contrato de Concessão 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Diferido 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivo e Patrimônio Líquido 31/12/2011 AH (%) AH (%) 31/12/2010 31/12/2009
valores em milhões de reais (M) (12m) 31/12/2010 31/12/2009 (12m) (12m)
Passivo Total 1.006,1 M 36,10% 64,50% 739,3 M 611,6 M
Passivo Circulante 621,9 M 24,20% 50,50% 500,9 M 413,2 M
Obrigações Sociais e Trabalhistas 28,3 M 37,10% 69,80% 20,7 M 16,7 M
Obrigações Sociais 28,3 M - - 0,0 M 0,0 M
Obrigações Trabalhistas 0,0 M -100,00% -100,00% 20,7 M 16,7 M
Fornecedores 365,1 M 25,10% 48,30% 291,8 M 246,2 M
Fornecedores Nacionais 365,1 M 25,10% 48,30% 291,8 M 246,2 M
Fornecedores Estrangeiros 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Obrigações Fiscais 39,6 M -5,00% 51,20% 41,7 M 26,2 M
Obrigações Fiscais Federais 13,1 M -34,60% 30,10% 20,0 M 10,0 M
Obrigações Fiscais Estaduais 26,4 M 22,00% 63,90% 21,6 M 16,1 M
Obrigações Fiscais Municipais 0,1 M 52,60% 231,40% 0,1 M 0,0 M
Empréstimos e Financiamentos 155,7 M 27,20% 67,40% 122,4 M 93,0 M
Empréstimos e Financiamentos 155,5 M 27,90% 68,10% 121,6 M 92,5 M
Em Moeda Nacional 155,5 M 27,90% 68,10% 121,6 M 92,5 M
Em Moeda Estrangeira 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Debêntures 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Financiamento por Arrendamento Financeiro 0,2 M -75,30% -57,70% 0,8 M 0,5 M
19
Outras Obrigações 33,2 M 36,20% 6,40% 24,4 M 31,2 M
Passivos com Partes Relacionadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Débitos com Coligadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Débitos com Controladas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Débitos com Controladores 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Débitos com Outras Partes Relacionadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Outros 33,2 M 36,20% 6,40% 24,4 M 31,2 M
Provisões 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões Fiscais 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões para Benefícios a Empregados 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões Cíveis 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Outras Provisões 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões para Garantias 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões para Reestruturação 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões para Passivos Ambientais e de Desativação
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivos sobre Ativos Não-Correntes a Venda e Descontinuados
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivos sobre Ativos Não-Correntes a Venda 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivos sobre Ativos de Operações Descontinuadas
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivo Não Circulante 137,0 M 49,70% 14,40% 91,5 M 119,8 M
Empréstimos e Financiamentos 127,7 M 50,10% 25,60% 85,1 M 101,7 M
Empréstimos e Financiamentos 127,7 M 50,40% 26,00% 84,9 M 101,3 M
Em Moeda Nacional 127,7 M 50,40% 26,00% 84,9 M 101,3 M
Em Moeda Estrangeira 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Debêntures 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Financiamento por Arrendamento Financeiro 0,0 M -100,00% -100,00% 0,2 M 0,4 M
Outras Obrigações 0,1 M - -99,20% 0,0 M 15,7 M
Passivos com Partes Relacionadas 0,1 M - -98,60% 0,0 M 8,4 M
Débitos com Coligadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Débitos com Controladas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Débitos com Controladores 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Débitos com Outras Partes Relacionadas 0,1 M - -98,60% 0,0 M 8,4 M
Outros 0,0 M - -100,00% 0,0 M 7,3 M
Tributos Diferidos 4,5 M 270,30% 384,90% 1,2 M 0,9 M
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 4,5 M 270,30% 384,90% 1,2 M 0,9 M
Provisões 4,7 M -10,00% 224,00% 5,2 M 1,4 M
Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis
4,7 M -10,00% 224,00% 5,2 M 1,4 M
Outras Provisões 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões para Garantias 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Provisões para Reestruturação 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
20
Provisões para Passivos Ambientais e de Desativação
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivos sobre Ativos Não-Correntes a Venda e Descontinuados
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivos sobre Ativos Não-Correntes a Venda 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Passivos sobre Ativos de Operações Descontinuadas
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Lucros e Receitas a Apropriar 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Lucros a Apropriar 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Receitas a Apropriar 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Subvenções de Investimento a Apropriar 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Patrimônio Líquido 247,3 M 68,30% 214,30% 146,9 M 78,7 M
Capital Social Realizado 140,0 M 180,00% 180,00% 50,0 M 50,0 M
Reservas de Capital 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Ágio na Emissão de Ações 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reserva Especial de Ágio na Incorporação 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Alienação de Bônus de Subscrição 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Opções Outorgadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Ações em Tesouraria 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Adiantamento para Futuro Aumento de Capital 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reservas de Reavaliação 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reservas de Lucros 106,9 M 11,50% 288,30% 95,8 M 27,5 M
Reserva Legal 10,6 M 105,40% 595,40% 5,2 M 1,5 M
Reserva Estatutária 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reserva para Contingências 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reserva de Lucros a Realizar 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reserva de Retenção de Lucros 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reserva Especial para Dividendos Não Distribuídos 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Reserva de Incentivos Fiscais 80,6 M -11,10% 209,90% 90,6 M 26,0 M
Dividendo Adicional Proposto 15,7 M - - 0,0 M 0,0 M
Ações em Tesouraria 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Lucros/Prejuízos Acumulados 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Ajustes de Avaliação Patrimonial 0,4 M -64,20% -65,00% 1,1 M 1,1 M
Ajustes Acumulados de Conversão 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Outros Resultados Abrangentes 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Demonstração do Resultado 31/12/2011 AH (%) AH (%) 31/12/2010 31/12/2009
valores em milhões de reais (M) (12m) 31/12/2010 31/12/2009 (12m) (12m)
Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 2.783,1 M 28,40% 54,10% 2.167,6 M 1.806,1 M
Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -2.065,2 M 25,20% 48,70% -1.649,3 M -1.388,5 M
Resultado Bruto 717,9 M 38,50% 71,90% 518,3 M 417,6 M
Despesas/Receitas Operacionais -507,2 M 31,6% 60,10% -385,3 M -316,8 M
Despesas com Vendas -52,4 M 8,6% 29,00% -48,2 M -40,6 M
Despesas Gerais e Administrativas -458,1 M 34,1% 62,00% -341,5 M -282,7 M
Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
21
Outras Receitas Operacionais 3,4 M -22,80% -47,50% 4,4 M 6,5 M
Outras Despesas Operacionais -0,2 M 2.037,5% - 0,0 M 0,0 M
Resultado de Equivalência Patrimonial 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos
210,8 M 58,50% 109,20% 133,0 M 100,8 M
Resultado Financeiro -77,2 M 58,2% 29,60% -48,8 M -59,6 M
Receitas Financeiras 7,3 M 32,00% 573,60% 5,5 M 1,1 M
Despesas Financeiras -84,5 M 55,6% 39,40% -54,3 M -60,6 M
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 133,5 M 58,60% 224,10% 84,2 M 41,2 M
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
-24,5 M 118,0% -3235,60% -11,2 M 0,8 M
Corrente -17,9 M 112,4% - -8,4 M 0,0 M
Diferido -6,6 M 134,9% -942,30% -2,8 M 0,8 M
Resultado Líquido das Operações Continuadas 109,1 M 49,50% 159,80% 73,0 M 42,0 M
Resultado Líquido de Operações Descontinuadas 0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Lucro/Prejuízo Líquido das Operações Descontinuadas
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Ganhos/Perdas Líquidas sobre Ativos de Operações Descontinuadas
0,0 M - - 0,0 M 0,0 M
Lucro/Prejuízo do Período 109,1 M 49,50% 159,80% 73,0 M 42,0 M
III. Cálculo de Quocientes
Índices de Liquidez: Os índices de liquidez são aplicados na análise da
avaliação da capacidade de pagamento das exigibilidades. Interessam aos
credores em geral, tanto na avaliação dos riscos envolvidos na concessão de
novos créditos quanto na análise das perspectivas de recebimento dos
créditos já concedidos. Cabe ressaltar que nem sempre um elevado índice de
liquidez traduz boa gerência financeira. Em alguns casos, um grau alto de
liquidez pode representar: manutenção desnecessária de disponibilidades,
com a consequente perda financeira pela não aplicação dos recursos; excesso
de estoques; prazo muito dilatado de contas a receber etc.
o Liquidez imediata (LI)
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Liquidez Imediata (LI) = Disponibilidades/Passivo Circulante.
É utilizado na avaliação do nível de recursos que precisam ser mantidos
para cumprimento dos compromissos mais imediatos e também dos
eventuais. A companhia não precisa conservar como disponibilidades
valores correspondentes a todas as suas dívidas de curto prazo
(passivo circulante). Portanto, um índice de liquidez razoável deve ser
22
bem menor que 1. Este indicador, no caso da empresa Pague Menos,
precisa ser elevado, visto que, um grande número de operações da
empresa é à vista. O índice, portanto, não pode ser tão baixo, já que se
precisa manter um volume de disponibilidades em virtude das
transações.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
Exercício 2011 2010 2009
Disponibilidades 19,3 8,7 11,9
(/) Passivo Circulante 621,9 500,9 413,2
(=) LI 0,031034 0,017369 0,0288
% LI 3,10% 1,74% 2,88%
o Liquidez geral
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Liquidez Geral (LG) = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo /
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo.
O índice de liquidez geral é utilizado na avaliação da capacidade de
pagamento de todas as obrigações, tanto de curto quanto de longo
prazo, mediante o uso de recursos não permanentes. O ideal é que o
índice não seja inferior a 1. Caso contrário, a companhia estará
financiando, pelo menos em parte, as aplicações no ativo não circulante
com recursos de terceiros, o que geralmente provoca sensíveis
dificuldades de pagamento das obrigações. As aplicações no ativo não
circulante têm retorno demorado, por isso devem ser financiadas com
recursos próprios, ou com recursos de terceiros amortizáveis a longo
prazo.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
Exercício 2011 2010 2009
Ativo Circulante 719,2 545,5 471,7
(+) Ativo Realizável a Longo Prazo 286,9 193,7 140
(=) A 1006,1 739,2 611,7
Passivo Circulante 621,9 500,9 413,2
Passivo Realizável a Longo Prazo 137 91,5 119,8
23
(=) B 758,9 592,4 533
LG = A/B 1,325735 1,247806 1,147655
% LG 132,57% 124,78% 114,77%
o Liquidez corrente
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Liquidez corrente (LC) = Ativo Circulante / Passivo Circulante.
O índice de liquidez corrente é utilizado na avaliação da capacidade de
pagamento das obrigações de curto prazo (passivo circulante)
mediante o uso dos bens e créditos circulantes. Para o estabelecimento
de um quociente ideal de liquidez corrente, é fundamental a análise do
ciclo operacional da empresa. Assim, uma empresa industrial deve
apresentar quociente de liquidez corrente maior que o de uma empresa
comercial, em razão de naquela os recursos aplicados na atividade
terem um retorno mais lento. Na indústria, os recursos permanecem
mais tempo no ativo circulante, na forma de estoques de matérias-
primas, produtos em elaboração etc. Pelo exposto, o índice de liquidez
corrente para a Pague Menos tende a ser baixo, por ser empresa
comercial, porém esse índice não pode ser menor que 1 que significa
dificuldade de pagamento das dívidas a curto prazo.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
Exercício 2011 2010 2009
Ativo Circulante 719,2 545,5 471,7
(/) Passivo Circulante 621,9 500,9 413,2
(=) LC 1,156456 1,08904 1,141578
% LC 115,65% 108,90% 114,16%
Índices de Segurança/Estrutura: São índices que servem para evidenciar o
grau de endividamento da empresa em decorrência das origens dos Capitais
investidos no Patrimônio. Eles mostram a proporção existente entre os
Capitais Próprios e os Capitais de Terceiros. Assim ficamos sabendo quem
investiu mais na empresa: se os proprietários ou pessoas estranhas ao
negócio.
24
o Grau de endividamento
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Grau de Endividamento (GE) = Exigível Total / Patrimônio Líquido.
Este quociente revela qual a proporção existente entre Capitais de
Terceiros e Capitais Próprios, isto é, quanto a empresa utiliza de Capital
de Terceiros para cada $ 1 de Capital Próprio. Quanto menor for esse
índice melhor para a empresa.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
Exercício 2011 2010 2009
Passivo Circulante 621,9 500,9 413,2
(+) Passivo Não Circulante 137 91,5 119,8
(=) Exigível Total 758,9 592,4 533
(/) Patrimônio Líquido 247,3 146,9 78,7
(=) GE 3,0687424 4,032675 6,772554
% GE 306,87% 403,27% 677,26%
o Grau de imobilização
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Grau de Imobilização (GI) = Ativo Permanente / Ativo Total.
Este quociente indica a parte do ativo total aplicada no ativo não
circulante (excluído o realizável a longo prazo). O grau de imobilização
do investimento total varia de acordo com a atividade desenvolvida. Na
atividade industrial, por exemplo, o nível de imobilização tende a ser
elevado, em virtude da existência de bens de produção. No caso da
Pague Menos esse índice não pode ser elevado visto que é uma
empresa comercial.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
Exercício 2011 2010 2009
Ativo Não Ciculante 286,9 193,7 140
(-) Ativo Realizável a Longo Prazo 123,4 51,3 64,9
(=) Ativo Permanente 163,5 142,4 75,1
(/) Ativo Total 1.006,10 739,30 611,60
(=) GI 0,1625087 0,192615 0,122793
% GI 16,25% 19,26% 12,28%
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o Participação de capitais de terceiros divido sobre os recursos totais
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Participação de Capitais de Terceiros (PCT) = Exigível Total / Exigível
Total + PL.
Este quociente expressa a porcentagem que o endividamento
representa sobre os fundos totais. Também significa qual a
porcentagem do Ativo Total financiada com recursos de terceiros. No
longo prazo, a porcentagem de capitais de terceiros sobre os fundos
totais não pode ser muito grande, pois isto iria progressivamente
aumentando as despesas financeiras, deteriorando a posição de
rentabilidade da empresa.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
Exercício 2011 2010 2009
(A) Exigível Total 758,9 592,4 533
(+) Patrimônio Líquido 247,3 146,9 78,7
(=) B 1.006,10 739,30 611,60
PCT = A/B 0,754299 0,801299 0,871485
% PCT 75,43% 80,13% 87,15%
Índices de Rentabilidade/Rotatividade: Os índices de rentabilidade são
empregados na avaliação da lucratividade relativa às atividades da empresa.
Dizem respeito ao retorno, na forma de lucro, dos recursos aplicados.
o Lucratividade sobre vendas/serviços
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Lucratividade sobre vendas/serviços (LVS) = Lucro Operacional Líquido
/ Receita Operacional Bruta (x 100).
Este quociente apura a margem de lucros obtida nas operações da
empresa. Para sua melhor avaliação, deve-se levar em conta o ramo de
negócios explorado e a conjuntura econômica regional.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
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Exercício 2011 2010 2009
Lucro Operacional Líquido 210,8 133 100,8
(/)Receita Operacional Bruta 717,9 518,3 417,6
(=) RVS 0,293634 0,256608 0,241379
% RVS 29,36% 25,66% 24,14%
o Rentabilidade do capital próprio
O índice é encontrado por meio da utilização da seguinte fórmula:
Rentabilidade do Capital Próprio (RCP) = Lucro Líquido do Exercício /
Patrimônio Líquido.
A taxa ou índice de retorno do capital próprio indica o retorno total do
capital próprio aplicado na empresa, vale dizer, o índice de lucro com
base no patrimônio líquido. Os investimentos mais conservadores,
como a poupança, produzem rentabilidade em torno de 6% ao ano,
sem riscos. Para ser atraente, a atividade empresarial, que envolve
riscos significativos, deve apresentar retorno mais elevado que esse.
Assim, os índices da empresa para cada exercício são:
Exercício 2011 2010 2009
Lucro Líquido do Exercício 109,1 73 42
Patrimônio Líquido 247,3 146,9 78,7
(=) RCP 0,441165 0,496937 0,533672
% RCP 44,12% 49,69% 53,37%
IV. Análise econômico-financeira
De posse das demonstrações financeiras da empresa foi definido como
objetivo da análise o conhecimento da situação econômico-financeira da empresa.
Após a análise e interpretação das demonstrações financeiras relativas aos exercícios
de 2009, 2010 e 2011, apresentamos as seguintes informações:
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Interpretação dos quocientes
a) Grau de Endividamento: analisando os resultados percebe-se que
houve uma significante melhora exercícios após exercício. Isso mostra que a
participação do capital de terceiros no ativo bruto da empresa é a maior, porém há
uma tendência de que essa participação se reduza nos próximos anos. A maior
participação no ativo é do capital de terceiros, situação desfavorável para a empresa,
pois a empresa não tem liberdade financeira para tomar decisões de grande vulto.
Assim, a empresa pode ter encontrado dificuldades para obtenção de recursos nos
três anos analisados, porque eram poucas as garantias disponíveis para oferecer em
troca recursos, sejam eles destinados à expansão do negócio ou mesmo para cobrir
compromissos inesperados. Todavia, a tendência de evolução poderá mudar esse
situação. Se fossemos sugerir, diríamos para a empresa revisar seus planos de
expansão e quitar grande parte de sua dívida.
b) Grau de imobilização: indica uma posição muito boa, vez que os
recursos fixos não ultrapassam o percentual de 20%. Essa situação é bem
condizente com o negócio da empresa, que não necessita ter muitos bens no
imobilizado. Podemos também concluir que muitas das lojas da empresa estão
instaladas em prédios alugados, que é mais vantajoso para ela, já que está presente
em todo o país e os preços dos imóveis por região varia consideravelmente.
c) Liquidez Geral: apresenta alta liquidez geral. Mesmo com uma pequena
queda do indicador no exercício de 2010, a empresa demonstra que manterá essa
constância. Em 2011 a empresa conseguiu o maior índice dos três anos, de 1,33, que
quer dizer que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,33 de realizável a
curto e longo prazo para honrá-la. Esse fato corrobora as considerações feitas para o
índice de liquidez imediata.
d) Liquidez Corrente: a empresa apresenta boa situação financeira e
aparenta manter esse índice constante, ao compararmos os anos de 2009 e 2011.
Neste último, para cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo a empresa dispunha de R$
1,16 para saldá-la. Como em todos os exercícios avaliados a empresa apresentou
índice acima de um concluímos que ela tem uma folga financeira que a possibilita
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realizar transações sem comprometer a sua liquidez, podendo ser utilizada na
aquisição de estoques, em aplicações financeiras de curto prazo etc.
e) Liquidez Imediata: a empresa tinha capacidade financeira imediata de
R$ 0,03 em 2009, R$ 0,01 em 2010 e R$ 0,03 novamente em 2011. Isso evidência a
incapacidade para saldar suas dívidas a curto prazo e essa capacidade tende a
permanecer em virtude da política de expansão da companhia que utiliza recursos de
terceiros para aumento da sua rede de atendimento. Todavia, mesmo que esses
valores sejam inferiores a R$ 1,00, a empresa não se encontra em situação de
insolvência, pois as Obrigações constantes do Passivo Circulante têm prazos de
vencimentos que permitem a empresa obter recursos financeiros para pagá-los, com
o desenvolvimento normal de suas atividades, sem a necessidade de manter saldos
elevados em Caixa.
f) Rentabilidade do Capital Próprio: demonstra um valor decrescente ano
após ano, de modo que pode estar afastando os investimentos de sócios e
acionistas. Esse fato corrobora o exposto no item h.
g) Participação de capitais de terceiros divido sobre os recursos totais:
Apresenta elevado percentual. Porém percebe-se uma tendência de queda dos
percentuais. Isso se justifica pelas amortizações que são feitas às dívidas. Algo mais
importante pode ser extraído deste indicador. A empresa está começando a ter
capital próprio para financiar suas instalações. Vê se um decréscimo dos
empréstimos exercício após exercício, que fez as porcentagens decaírem. Todavia, a
empresa ainda tem a intenção de abrir muitas lojas em 2012, fato que pode
aumentar a participação do capital de terceiros. É uma decisão arriscada permanecer
com tanto capital de terceiros dentro da empresa, pois um imprevisto como uma
crise econômica, pode arruinar a empresa e suas dívidas estarão muito elevadas.
h) Lucratividade sobre vendas/serviços: percebe-se um aumento
percentual ano após ano. Isso é explicado, novamente, pela política de expansão da
empresa. Uma vez que mais pontos estão operacionalizando, maior será o
faturamento da empresa. No entanto, deve-se preocupar precipuamente com a
rentabilidade e não com o faturamento. A empresa pode estar faturando cada vez
mais, mas seus custos podem estar subindo em proporções diferentes, prejudicando
a rentabilidade da empresa.
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Situação Financeira
a) Endividamento – A empresa apresenta alto grau de endividamento,
uma vez que os Quocientes de Estrutura de Capitais indicam que a empresa tem
mais da metade de sua operações financiadas por Capital de Terceiros.
No período abrangido pela análise, a empresa apresentou Capital Circulante
Próprio, trabalhando com Capitais de Terceiros em proporções maiores que os
Capitais Próprios, suficientes para financiar o Ativo Permanente e a política de
expansão que adota, revelando que a empresa se encontra em mãos de Terceiros.
Todavia, houve considerável melhora no grau de endividamento nos meses de nos
últimos três anos, ratificando essa tendência.
b) Liquidez – Sob o ponto de vista de solvência, a empresa encontra-se
em situação favorável, pois apresenta solidez financeira que garanta o cumprimento
dos compromissos de curto e longo prazos. A exceção é o índice de liquidez imediata
em que está irregular. Além dessa situação desfavorável, há uma tendência de que a
empresa continue com esse indicador baixo.
Situação Econômica
Rentabilidade – A situação econômica está decaindo. Os exercícios
estudados apontam uma tendência de queda. A queda do percentual de
rentabilidade alcançada em 2011 decorre do esforço efetuado pela empresa no
sentido de levar a Pague Menos a mais pontos de atendimento e isso está se
traduzindo em custos e despesas. Todo loja nova representa um custo cujo
faturamento advindo do esforço financeiro só será suficiente para produzir lucro em
exercícios subsequentes.
V. Conclusão
A empresa Empreendimentos Pague Menos S/A apresenta índices positivos,
mostrando ser uma empresa sólida e confiável, com tendência de crescimento de
suas atividades ao longo dos anos.
Analisando o crescimento empresarial na linha do tempo confrontando com
sua visão de atuação hoje, percebemos que o crescimento é bem favorável pois o
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mercado hoje está bem flexível com novas tendências não de vendas e sim da forma
do empreendimento.
Hoje os valores organizacionais que servem de base para o avanço das
empresas, são de suma importância, tendo como valores o bem estar e qualidade de
vida dos colaboradores, que por grandes motivos, dão ênfase no orgulho de fazer
parte desta grande empresa, que visa um grande crescimento até 2017.
Devido sua grande e rápida expansão, algumas informações foram levantadas,
de acordo com os índices calculados, verificamos também que para manter a sua
politica de crescimento grandes empréstimos estão previstos para que tivesse o
sucesso e alcançasse suas metas.
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VI. Referências
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 8 ed., ampl. e atual. –
São Paulo: Saraiva, 2009.
FERREIRA, Ricardo José. Análise das demonstrações contábeis: teoria e questões
comentadas: conforme a Lei nº 11.941/09 (antiga MP nº 449/08). 3 ed. – Rio de
Janeiro: Ed. Ferreira, 2010.
IFRS - A CONTABILIDADE PASSADA A LIMPO. Disponível em:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ifrscontabilidadealimpo.htm.
Acesso em 12/11/2012.
Relação com Investidores. Disponível em:
http://paguemenos.riweb.com.br/Default.aspx. Acesso 20/11/2012.
Demonstrações contábeis segundo o IFRS. Disponível em:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracoescontabeisifrs.htm.
Acesso em 19/11/2012.
Portal KPMG. Disponível em: http://www.kpmg.com/br/pt/paginas/default.aspx.
Acesso em 21/11/2012.
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Anexos