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Preço 1$00 Quinta feira 13 de Junho de 1957 Ano II N.° - 118 Proprietário, Adm inistrador e íditor V. S. MOTTA PINTO REDACÇÃO E AUMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026 467 -------------k l ------- -------- -------- M O N T I J O ------ ---- -------------------- I— OOMPO8I01O H 1MPBE3SSSO ~ TIPOGRAFIA «GRíAJfEX» — TELEF. 02tí 236 — MONTIJ® Portugal e Brasi C HEGAM até nós os ecos das recepções triunfais que o sr. general Craveiro Lopes, ilustre Presidente da nossa República, tem tido em terras brasileiras por toda a parte. Muito nos apraz registá-las no nosso modesto sema - nário, bem como • forma carinhosa como o povo da nação irmã tem acolhido o mais alto M agistrado de Portugal. Como nota sentimental e eminentemente patriótica há também que destacar as manifestações dos nossos compatriotas ali existentes, o que nos sensibiliza pela sinceridade e pelo significado expressivo do seu entu- siasmo. Escrevem assim os dois povos páginas fulgurantes que muito hão-de contribuir para o estreitamento dos laços que unem portugueses e brasileiros através de tempos imemoriais. Não esquece o Brasil o seu passado e a sua origem; não esquece a maneira calorosa como os seus Chefes de Estado têm sido recebidos no nosso país; não esquece as afinidades de língua e de coração. Assim o demonstra ao receber dentro dos seus muros o sr. general Craveiro Lopes, — símbolo desta Pátria que toda se regozija com esses acontecimentos. Não o esquecerá Portugal, querendo cada vez mais aa povo irmão, aumentando sempre o seu sentimento fraterno e grato para com quantos abrem os braços e as almas a esse augusto símbolo. A História fac-se, a História escreve-se e fi.:a; e um dia dirá aos vindouros como as duas nações souberam cimentar em formosos amplexos a razão de ser dessa mútua estima. PORTUGAL, BRASIL I BRASIL, PORTUGALI Que as mãos se apertem, por sobre os maras, nesta dualidade majestosa e indestrutível! Paisagens do velho Portugal POR AMARAL FRAZÃO Em vez de atravessarem constantemente as fronteiras em delonga do estrangeiro, com ares snó bicos de pessoas importantes e muito viajadas, todos os portugueses, que pudessem, claro está, deviam ver, antes de mais nada, a terra abençoada da Pátria, e depois a dos outros. Com efeito, quando tantas maravilhas de arte, uma variadíssima e soberba paisagem e um lindo mar como o nosso, a preferência por terras estranhas, com desprezo das nossas, é um atentado contra o bom gosto que dificilmente posso per- doar. E nâo é preciso falar do belo clima, eternamente cantado por poetas, nem sempre com muita razão, diga-se de passagem. Temos, por exemplo, as à P r ô v ín c ia EM LISBOA Se deseja adquirir «A Província», procure a Tabacaria de S. Sebas- tião da Pedreira na Rua Augusto Santos, 11 - Lisboa, junto à com o Telefone 41649 terras historicamente chama- das de Entre-Douro-e-Minho, a cuja borda, como tronco enorme de mamute terciário, alteia o portentoso Marão onde, na cumiada, pousa a solitária capelinha do Senhor da Serra. A seguir, o grandioso pa- norama do Oeste, que na claridade crescente dum lím- pido dia de Julho, se vai definindo, deixando ver essa enorme plateia de montes que se estende a nossos pés e onde se adivinham rios encantadores, várzeas som- breadas, vales admiráveis, jardins floridos, vilas e al- deias formosas e o mar, o glauco mar a estirar-se numa fímbria de areia brilhante, lá no fundo do horizonte. Mais para Leste, no de- clinar do astro criador, assombra-nos o atormentado do solo que, de prega em prega, parece subir, como decoração maravilhosa dum teatro de gigantes, e para o Sul, em ondulantes colinas, declina docemente, demora- damente, no estreito e pro- fundo Douro, que é sem dúvida um tesouro de pers- (Continua na página 5) CAMÕES DIRECTOR ÁLVARO VALEN S fM B O L l d a P Á T R IA Fez no dia 10 do corrente 577 anos (ou 578, segundo Jordão de Freitas) que em Lisboa morreu o nosso Grande Épico. Para solenizar o facto, esse dia é considerado Fe- riado Nacional. É alguma coisa, mas não é bastante. Tal como se faz com a Semana do Ultramar todos os anos, e com outras sema- nas parecidas, mais natural seria que se fizesse a Se- mana Camoneana, em que se ensinasse ao povo portu- guês quem foi o poeta, o cantor das nossas glórias, a sua biografia, a história da sua vida, e, principalmente, a sua obra genial. É uma ilusão supor que Camões é suficientemente conhecido e apreciado pelo povo. Na sua grande maioria, o povo apenas o conhece pelo olho que perdeu, sem que, no entanto, saiba os pormenores da tragédia e o mais que com ela se rela- ciona. Quanto ao resto, a igno- rância é quase absoluta. ^ por demais assente e indiscutível que não será por um feriado e por dois ou três artigos de jornal que se poderá focar essa estranha personalidade de guerreiro, poeta, e português, e muito menos profundá-la num es - tudo consciencioso e com- pleto. Por outra banda, é tam- bém muito triste que um filho de Portugal não saiba o valor desse artista sublime, nem conheça a sua obra poética. — «Camões vale por si só uma literatura inteira»,— escreveu Schlegel na sua História da Literatura Antiga e Moderna —, e o que esse alemão escreveu poucos portugueses o pensam e ou- tros poucos o entendem. — «Os Lusíadas» são a nossa epopeia nacional,— uma das quatro ou cinco grandes epopeias do mundo, — disse Mendes dos Remé- dios —, e o que este Mestre afirmou, também na sua His- tória, é um verdadeiro ponto de interrogação para grande —— Por ------------- ALVARO VALENTE parte dos nossos compatrio- tas. Sabem lá eles o que é uma literatura inteira! Sabem lá eles quais são as quatro ou cinco grandes epopeias do mundo! Sabem lá eles o que foi a época do Renas- cimento, em que Camões pontificou e de que foi um fruto portentoso ! E ainda menos sabem que, além de épico, foi também lírico e dramático. Sob todos estes aspectos, era muito interessante, e sobretudo proveitoso, que se instituísse essa Semana, para que o «peito lusitano» Vi- brasse de patriotismo e ele- vasse a sua cultura ao nível da doutros paises, onde os vultos notáveis da História, das Artes e das Ciências (Continua na página 4) PORTUGAL PITORESCO C O I M 5 R A ~ A Universidade Um dos lugares obrigatórios para o visitante, é a Universidade. Desde a entra- da até a Torre, donde se disfruta um dos panora- mas mais sur- preendentes de Portugal, a Uni- versidade tem mil motivos para constituir uma inolvidável visita. O edifício lem linhas majesto- sas que logo ca- tivam e atraiem; e as salas apre- sentam severas e imponentes de- corações que obrigam o visi- tante a curvar-se respeitoso peran- te tamanha ma- gnificência. A Biblioteca, então, merece uma observação demorada e rigo- rosa. Além dos milhares de vo- lumes há que observar e admi- rar as estantes, os m obiliários, as escadas, os exem- plares raros de bíblias e outros antiquíssim os. A nossa gravura de hoje, mostra um dos aspectos curiosos dessa magnífica Biblioteca. Alguns apontamentos históricos acerca da Universidade: — Foi D. Diniz o seu fundador, nos fins do século XIII, primeiro estabelecida * ' , Biblioteca da Universidade (Interior) em Lisboa e depois transferida para Coimbra nos princípios do seguinte. Nos tempos de D. Fer- nando, em 1375, foi outra vez trans- ferida para Lisboa. Em 1537 foi, linalmente, restituída a Coimbra, reformada com novos estatutos (Continua na página 5) De 27 de lunho Nao falte as Festas de i Pedro; em Montijo & 2 de Julho

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Page 1: REDACÇÃO E AUMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA ... · Preço 1$00 Quinta feira 13 de Junho de 1957 Ano II N.° - 118 Proprietário, Administrador e íditor V. S. MOTTA

Preço 1$00 Quinta feira 13 de Junho de 1957 Ano II N .° - 118

Proprietário, Administrador e íditorV. S. M O T T A P I N T O

R E D A C Ç Ã O E A U M IN IS TR A Ç Ã O - A V . D. N U N O A L V A R E S P ER EIR A - 18 - T E L E F . 026 467

-------------k l ------- -------- -------- M O N T I J O ------ ---- -------------------- I—OOM PO8I01O H 1MPBE3SSSO ~ T IP O G R A F IA «GRíAJfEX» — T E L E F . 02tí 236 — M O N TIJ®

Portugal e BrasiC HEGAM até nós os ecos das recep çõ es triunfais que

o sr. general C rave iro Lopes, ilustre Presidente da nossa República, tem tido em terras brasile iras por toda a parte.

Muito nos apraz registá-las no nosso modesto sem a­nário , bem com o • forma carinhosa com o o povo da n ação irmã tem acolh ido o m ais alto M a g is t r a d o de Portugal.

Com o nota sentim ental e em inentem ente patriótica há também que destacar as m anifestações dos nossos com patriotas ali existentes, o que nos sensib iliza pela sin cerid ad e e pelo significado exp ressivo do seu entu­siasm o.

Escrevem assim os dois povos páginas fulgurantes que muito hão-de contribuir para o estreitam ento dos laço s que unem portugueses e b rasile iros através de tem pos im em oriais.

Não esquece o Brasil o seu passado e a sua o rig em ; não esquece a m aneira calorosa com o os seus Chefes de Estado têm sido receb idos no nosso p a ís ; não esquece as afin idades de língua e de co ração .

Assim o dem onstra ao receb er dentro dos seus muros o sr. general C rave iro Lopes, — sím bolo desta Pátria que toda se regozija com esses acontecim entos.

Não o esq uecerá Portugal, querendo cada vez mais aa povo irm ão, aum entando sem pre o seu sentim ento fraterno e grato para com quantos abrem os braços e as alm as a esse augusto sím bolo.

A História fac-se, a H istória e screve-se e f i. :a ; e um dia dirá aos vindouros como as duas nações souberam cim entar em form osos am p lexos a razão de ser dessa m útua estim a.

P O R T U G A L , B R A S I L I B R A S I L , P O R T U G A L I

Que as m ãos se apertem , por sobre os m aras, nesta dualidade m ajestosa e indestru tíve l!

Paisagens do velho PortugalPOR A M A R A L F R A Z Ã O

Em vez de atravessarem constantemente as fronteiras em delonga do estrangeiro, com ares s n ó bicos de pessoas importantes e muito viajadas, todos os portugueses, que pudessem, claro está, deviam ver, antes de mais nada, a terra abençoada da Pátria, e depois a dos outros.

C o m efeito, quando há tantas maravilhas de arte, uma variadíssima e soberba paisagem e um lindo mar como o nosso, a preferência por terras estranhas, com desprezo das nossas, é um atentado contra o bom gosto que dificilmente posso per­doar. E nâo é preciso falar do belo clima, eternamente cantado por poetas, n e m sempre c o m muita razão, diga-se de passagem.

T em os, por exemplo, as

à P r ô v í n c i a

E M LISBOASe deseja adquirir «A Província», procure a Tabacaria de S. Sebas­tião da Pedreira na Rua Augusto Santos, 11 - Lisboa, junto à

com o Telefone 41649

terras historicamente chama­das de Entre-Douro-e-Minho, a cuja borda, como tronco enorme de mamute terciário, alteia o portentoso Marão onde, na cumiada, pousa a solitária capelinha do Senhor da Serra.

A seguir, o grandioso pa­norama do O este , que na claridade crescente dum lím­pido dia de Julho, se vai definindo, deixando ver essa enorme plateia de montes que se estende a nossos pés e onde se adivinham rios encantadores, várzeas som­breadas, vales admiráveis, jardins floridos, vilas e a l­deias formosas e o mar, o glauco mar a estirar-se numa fímbria de areia brilhante, lá no fundo do horizonte.

Mais para Leste, no d e­clinar d o a s t r o criador, assombra-nos o atormentado do solo que, de prega em prega, parece subir, como decoração maravilhosa dum teatro de gigantes, e para o Sul, em ondulantes colinas, declina docemente, demora­damente, no estreito e pro­fundo Douro, que é s e m dúvida um tesouro de pers-

(Continua na página 5)

CAMÕES

D I R E C T O R

Á L V A R O V A L E N

S f M B O L l d a P Á T R I A

Fez no dia 10 do corrente 577 anos (ou 578, segundo Jordão de Freitas) que em Lisboa m o r r e u o nosso Grande Épico.

Para solenizar o facto, esse dia é considerado F e ­riado Nacional.

É alguma coisa, mas não é bastante.

Tal como se faz com a Sem ana do Ultramar todos os anos, e com outras sem a­nas parecidas, mais natural seria que se fizesse a S e ­mana Camoneana, em que se ensinasse ao povo portu­guês quem foi o poeta, o cantor das nossas glórias, a sua biografia, a história da sua vida, e, principalmente, a sua obra genial.

É uma ilusão supor que Cam ões é suficientemente conhecido e apreciado pelo povo. Na sua grande maioria, o povo apenas o conhece pelo olho que perdeu, sem que, no entanto, saiba os pormenores da tragédia e o mais que com ela se rela­ciona.

Quanto ao resto, a igno­rância é quase absoluta.

por demais assente e indiscutível que não será por um feriado e por dois ou três artigos de jornal que se poderá focar essa estranha personalidade de guerreiro, poeta, e português, e muito menos profundá-la num e s ­tudo consciencioso e com ­pleto.

Por outra banda, é tam ­bém muito triste que um filho de Portugal não saiba o valor desse artista sublime, nem conheça a sua obra poética.

— «Camões vale por si só uma literatura inteira»,— escreveu Schlegel na sua História da Literatura Antiga e Moderna — , e o que esse alemão e s c r e v e u poucos portugueses o pensam e ou­tros poucos o entendem.

— «Os Lusíadas» são a nossa epopeia nacional,— uma das quatro ou cinco grandes epopeias do mundo,— disse Mendes dos Rem é­dios — , e o que este Mestre

afirmou, também na sua His­tória, é um verdadeiro ponto de interrogação para grande

— — Por -------------

ALVARO VALEN TE

parte dos nossos compatrio­tas.

Sabem lá eles o que é uma literatura inteira! Sabem lá eles quais são as quatro ou cinco grandes epopeias do m undo! Sabem lá eles o que foi a época do R enas­

cimento, em que Cam ões pontificou e de que foi um fruto portentoso !

E ainda menos sabem que, além de épico, foi também lírico e dramático.

So b todos estes aspectos, era muito interessante, e sobretudo proveitoso, que se instituísse essa Sem ana, para que o «peito lusitano» Vi­brasse de patriotismo e e le ­vasse a sua cultura ao nível da doutros paises, onde os vultos notáveis da História, das Artes e das C iências

(Continua na página 4)

PORTUGAL PITORESCOC O I M 5 R A ~ A Universidade

Um dos lugares obrigatórios para o visitante, é a Universidade.

Desde a entra­da até a Torre, donde se disfruta um dos panora­m as m a is sur­p re e n d e n te s de Portugal, a Uni- versidade tem mil m o tiv o s p a r a c o n s t i t u i r uma inolvidável visita.

O edifício lem linhas majesto­sas que logo ca­tivam e atraiem; e as salas apre­sentam severas e imponentes d e ­c o r a ç õ e s q u e obrigam o visi­tante a curvar-se respeitoso peran­te tamanha ma­gnificência.

A B ib lio te c a , e n tã o , m e r e c e um a observação demorada e rigo­rosa. A lé m dos milhares de vo­lu m e s há q u e observar e admi­rar as estantes, os m o b iliá r io s , as escadas, os exem­plares raros de bíblias e outros a n t iq u ís s im o s .

A nossa gravura de hoje, mostra um dos aspectos curiosos dessa magnífica Biblioteca.

Alguns apontamentos históricos acerca da Universidade: — Foi D. Diniz o seu fundador, nos fins do século XIII, primeiro estabelecida

— * ' ,

Biblioteca da Universidade (Interior)

em Lisboa e depois transferida para Coimbra nos princípios do seguinte. Nos tempos de D. F er­nando, em 1375, foi outra vez trans­ferida para Lisboa. Em 1537 foi, linalmente, restituída a Coimbra, reformada com novos estatutos

(Continua na página 5)

De 2 7 de lunho

N a o falte a s F e s ta s d e i P e d r o ; e m M o n tijo

& 2 d e J u lh o

Page 2: REDACÇÃO E AUMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA ... · Preço 1$00 Quinta feira 13 de Junho de 1957 Ano II N.° - 118 Proprietário, Administrador e íditor V. S. MOTTA

A P R O V IN C IA 13-6-957

V I DA-

PROFISSIONALMédicos

Dr. Avelino Rocha BarbosaDas 15 às 20 h.

R. Almirante Reis, 68, 1.° Telef. 0262 4 5 - M O N T I J O

Consultas em Sarilhos Grandes, ás 9 horas, todos os dias, excepto às sextas feiras.

Dr. fausto NeivaLargo da Igreja, 11

Das 10 às 13 e das 15 As 18 h. Telef. 02 6 2 5 6 - M O N T IJO

Dr,‘ Isabel Gemes PiresEx-Estagiária do Instituto Português de Oncologia.

Doenças das Senhoras Consultas às 3.as e 6.aB feiras

It. Almirante Heis, 68-1.°-Montijo Todos os dias

Rua Morais Soares, 116-1.° LISBOA Telef. 4 8649

M é d ic o s V e te r in á r io s

Dr. Cristiano do Silva MendonçaAv. Luís de Camões -M O N I' I.l O Telef/ 026 502 - 026 465 - 026012

Parteirasfelisbela Victória PinaParteira - Enfermeira

Partos, injecções e tratamentos Rua Saòadura Cabral, n.° 50

TELEF. 026 487 - M O N T I J O

Augusia Marq. Charneira MoreiraParteira-Enfermeira

Diplomada pela Faculdade de Medicina de Coimbra

Hua Tenente Valadim, 29-t.° M O N T I J O

Armando lagosParteira-Enfermeira PARTO SEM DOR

Ex-estagiária das Maternidades de Paris e de Strasbourg.

De dia - R. Almirante Reis, 72 Telef. 026038

De noite - R. Machado Santos, 2g MONTIJO

Organizações — ~ P rog resso

Oiçam todas as 3.as feiras às 13 horas, através do Clube Radiofónico de P o r tu g a l, o programa «R E VISTA DES­PORTIVA», uma produção de Fernando de Sousa, com o

patrocínio deste jornal.

REV ISTÀ DESPORTIVA15 minutos em que se fala do desporto ea favor do desporto. Brevemente no ar o programa TOUROS, T O U R E I R O S , E TO URADAS — um programa em que se diz a verdade sobre Festa Brava. Para a suá publi­cidade consulte

Organizações ProgressoTrav. da B ica 30* Anjos,|27-1.°T elef. 131315 L I S B O A

Telefones d e M r g j ê n c i a

Hospital, 026|046 Serviços Médico Sociais, 026198

Bombeiros, 026048 Taxis, 026025 e 026.479

Ponte dos Vapores, 026425 Polícia,J026144

MONT J Ofestas P. de S. Pedro

Tudo se prepara e se con­juga para que as Festas de 1957 sobrepujem e excedam em brilhantism o e grandio­sidade as dos anos ante­riores.

J á começaram activam ente as ornam entações e decora­ções das ruas e avenidas, mais uma vez entregues à Casa de Constantino Lira (herdeiros), o que é sempre uma garantia de êxito.

Começou também a dis­tribuição d o s programas oficiais das Festas, com capa

-de Nuno de Menezes e e s ­colhida colaboração. De no­tar, as páginas centrais re­produzindo as cinco obras monumentais em curso na nossa terra.

Percebe-se já un* ar fes­tivo que denuncia a marcha progressiva para as próxi­mas realizações.

A A P A tem efectuado as suas transm issões diárias, de manhã e às 19,30, em i­tindo sempre o Fado de Montijo , da autoria de H um ­berto de Sousa, e o programa circunstanciado das Festas .

Nada falta à propaganda deste acontecim ento local, tudo devido aos esforços e métodos da Comissão que, como nos demais anos, di­nam icam ente de tudo vai cuidando, s e m desfaleci­mentos.

Nos últim os dias tem-se acentuado a procura de te r ­rados para a Feira, tudo le-

. vando a crer que neste ano ela apresenta novos aspec­tos e ainda maior expansão.

Tudo se prepara e se con­juga, p o i s , para que as Festas Populares de S. Pedro marquem mais uma vez o seu lugar primordial entre as Festas do nosso país.

Concurso de janelas

e montrasNos dias 29 e 50 de Junho

efectua-se um Concurso de Jan e las Ornamentadas, nas artérias ónde se desenfola a B atalha de F lores, e ainda um Concurso de M ontras,— este durante o período das Festas.

Para que estes números resultem à altura do restante programa, torna-se n ecessá ­rio que todos lhe prestem a melhor colaboração possível.

Aos moradores das ruas Almirante Reis, Machado dos Santos, Praça 1 .° de Maio, Avenida Jo ão de D e u s e Praça da República, a Comis­são solicita por nosso inter­médio o favor de se munirem de flores, serpentinas, etc., o que contribuirá para um maior brilhantismo d e s s a B atalha de F lores.

S . R .M i n i s t é r i o d a s C o r p o r a ç õ e s e P r e v i d ê n c i a S o c i a l

Instituto Nacional do Trabalho e Previdência

D E L E G A Ç Ã O D E S E T Ú B A L

N O T A O F I C I O S A

Recebida em 6-Ó-957

Bento Parreira do A m a ­ral, L icenciado em D ireito pela Universidade de C oim ­bra e Delegado do I. N. T. P. no distrito de Setú bal, para os devidos efeitos faz público que, em cumprimento do estabelecido no D ecreto-Lei n.° 38.596, de 4 de Jan eiro de 1952, será observado a cessação de todas as ac t iv i­dades não permitidas por lei aos domingos, nos pró­ximos d i a s 10 de ju n h o (Festa Nacional) e 20 de Jun h o (Corpo de Deus).

A todo o pessoal da in ­dústria será devido nesses dias o pagamento de salá­rios, os quais poderão ser compensados pela prestação de trabalho até mais duas horas distribuídas p e l o s dias im ediatamente antece­dentes ou subsequentes.

O s estabelecim entos abai­

xo designados terão o se­guinte re g im e :

Barbearias e Cabeleireiros— No dia 19 (véspera de fe­riado) cumprirão o horário de sábado.

Farm ácias — Só se man­terão abertas no dia feriado aquelas que por escala lhes competir.

Foto g r a fia s — P o d e r ã o conservar-se abertas m a s sem utilizarem 0 pessoal.

P ada rias — D ia 10, regi­me norm al’ d e laboração, terminando a venda defini­tivam ente às 13 horas.

Dia 19,0 regime de sábado tanto para 0 fabrico como para a venda.

D ia 20, en cerram ento-to ­tal das padarias com des­canso do pessoal.

Mercearias, D r o g a r ia s , Carvoarias e Comércio em geral — Dia 8 (sábado) po­derão conservar-se abertos

S A N F E R D A

S E D E mi ARMAZÉNSL I S B O A , R u a d e S . J u l i ã o , 4 1 - 1 . ° |||| ( D O M U O , R u a d a B e l a V is ta

A E R O M O T O R S A N F E R o moinho que resistiu ao ciclone — F E R R O S para construções, A R A M E S , A R C O S , etc. . . .

C IM EN TO P O R T L A N D , T R IT U R A Ç Ã O de alim en­tos para gados

RICIN O B E L G A para abudo de batata, cebola, etc.C A R R IS , V A C O N E T A S e todo o m aterial para Ca­

minho de FerroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M

ao público sòmente até às 20 horas.

D ia 19, apenas os estabe­lecim entos d e mercearia, drogaria e carvoaria deve­rão conservar-se a b e r t o s até às 20 horas.

T a l h o s , Salsicha rias e M iudezas — E n c e m r ã o às 13 horas no dia 20 (leriado) salvo nos concelhos em que o encerram ento s e m a n a l d e s t e s estabelecim entos coincida com o dia feriado, em que permanecerão en ­cerrados todo o dia.

Se tú b a l e D elegação do Instituto Nacional do T r a ­balho e Previdência, em 3 de Jun h o de 1957.

O Delegado,Bento P a rreira do A m a ra l

O H 0 J L I &

J O R M A LEm virtude do nosso nú­

mero especial (28 páginas) das próximas Festas de S . Pedro e também dos feriados deste mês, 0 número actual de «A Província» e 0 seguinte terão apenas 6 páginas, 0 que ocasiona a falta de publicação de muito original em nosso poder.

Apresentamos as nossas desculpas por este facto, 0 qual será devidamente com­pensado com aquele número especial das Festas.

B e l i s c õ e s

Caiam -se os prédios bonitos Caiam-se os fe io s também, Fazem um fig u r ã o ! Caiam -se os telhadozitos E não escapa ninguém.S ó o nosso é que não-.^..

A s ja n ela s são pintadas;T odas as portas da rua Fazem j á um vis tão !Ficam lindas as fachadas, A quela , esta, a minha, a tua... S ó a nossa é que n ã o !

Pii,ita-se e caia-se tudo,D e verde, a zu l e amarelo,Que até f a z impressão !E o prédio menos graúdo Tam bém dá gosto em no-

[ v ê - l o . . . S ó 0 nosso é que dão 1

Então isto não f a z pena ? Não mete dó, não é triste E sta desolação ?Tudo arranjado em cena, Quanto nesta rua existe,S ó o nosso é que não !

N inguém pára nesta hora, Tudo anda, tudo mexe E m grande agitação!T u d o se arranja e melhora, E tudo mexe e remexe,Só 0 nosso é que n ã o!

O vizinho aqui do lado,A té fez fa ch a d a nova Q ue é uma comoção !F ica 0 prédio engraçado Mesmo a p ed ir uma trova, S ó 0 nosso é que não !

Têm as casas o seu dono,E os prédios proprietários Todos de estimação.S ó este aqui é um mono, Sem editais cam aráriçs. , . S ó o nosso é. que não !

Homem ao m ar

L U T U O S AEstá de luto o lar do nosso pre­

zado amigo e assinante José Gou­veia Martins, atleta do «Benfica», pela morte de sua filhinha Maria Ofélia.

Sentimos a sua dor, bem como de sua esposa, D. Argentina Mar­tins, a quem apresentamos, p*r este triste desenlace, os nossos comovidos pêsames.

A infeliz criança, que era afilhada do nosso assinante José Ramos Dias e de sua esposa, D. Ofélia Valente Ramos Dias. filha do nosso Director, sucumbiu no hos­pital de Lisboa após uma inter­venção cirúrgica.

Aos p a d r in h o s endereçamos, igualmente as nossas condolências.

Concurso H o r a F e l i z

O relógio deste concurso, de que é proprietário a Relojoaria e Ou­rivesaria Contramestre, na Praça1.* de Maio, em Montijo. parou esta semana nas 5 horas e 32 minutos.

E por isso contemplou ,a gentil menina, Maria Eugénia Carvalho Iiodrigues,— Montijo, rua Gago Coutinho, que tinha o cartão com a hora exacta.

Habilitem-se, estimados leitores e leitoras! Como vêem, isto é muito facil: basta comprar um cartão e esperar os acontecimentos.

Por 5$00 pode ter sorte ne*te concurso HORA FELIZ.

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13-6-957 A PROVINCIA 3

A G E N D A

E L E G A N T E

I .

i MONT JA n iv e rs á r io s

I UNHO— No dia 6, completou 21 anos

a sr.“ I). Marceliria Antonieta Serra Bocha Canastreiro, esposa do nosso dedicado assinante, sr. António Joaquim Grego Canas­treiro.

— No dia 7, o sr. Haúl Alexandre Rosa Barros, nosso estimado assi­nante.

— No dia 8, o sr. João Gabriel Sacoto Martins Fernandes, filho da sr.J í). Maria Elvira Borges Sacoto, nossa prezada assinante.

— No dia i l de Junho comple­tou as suas 16 risonhas primaveras a nossa gentil funcionária, menina Maria Susana Paiva Aranha.

— No dia 12, o sr. José de Sousa Martins, nosso dedicado assinante.

— No dia 13, o sr. José Fran­cisco da Costa Cartaxo, rilho do nosso estimado assinante sr. José Maria Cartaxo.

— No dia 14, o menino Victor Manuel Henrique Bento, lilho do nosso dedicado assinante, sr. L u ­ciano Bento, residente no Poceirão.

— No dia 15, o sr. Alvaro da Costa Silva, nosso prezado assi­nante.

— No dia 17, completa o seu 67.° aniversário a sr.a D. Maria Branca Pascoal Pereira, esposa do nosso estimado assinante sr. José Au­gusto dos Santos.

— No dia 19, completou 29 anoso nosso prezado assinante, sr. António Joaquim Grego Canas­treiro.

— No dia 19, o sr. José Tavares Baliza, genro da sr.“ I). Balbina Isaura Pialgata, nossa estimada assinante.

C a s a m e n toNo passado dia 8 do corrente,

pelas 15 h., realizou-se na igreja matriz de Montijo o enlace matri­monial do sr. R a ú l Alexandre Bosa Barros, alfaiate, f i lh o do sr. António Maria Barros, e da sr.a D. Gertrudes Rosa Barros, natural de S. Braz de Alportel, com a gentil menina Maria Lídia da Cruz Costa, filha do sr. Carlos da Costa, e da sr.a D. Emília da Cruz, natural de Montijo.

Apadrinharam o acto por parte do noivo o sr. Vitorino Baptista Machado, 2.° Sargento do Exército, e sua esposa a sr.a D. Maria da Conceição C ru z ; e por parte da noiva o sr. Frederico B e n it o . comerciante, e sua esposa a sr.aD. Lídia Ribeiro de Sousa Benito.

Após a cerimónia realizou-se um magnífico «copo de água» na sala da Sociedade Filarmónica 1.° de Dezembro.

Os noivos seguiram em viagem de núpcias pelo nosso país.

«A Província» apresenta ao novo casal os seus sinceros parabéns, e deseja-lhe muitas venturas e felicidades.

Assembleia de DeusR ua A le x a n d r e H e r c u la n o ,

n*° 5 - A.Domingo 16 de Junho, às 16 li. Culto de Baptismos e prègação

do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Entrada grátis.

l a r e j d E v a n g é l i c a

Horário dos serviços religiosos na Igreja Evangélica Presbiteriana do Salvador — Rua Santos Oliveira,4 - Montijo.

Domingos — Escola dominical, às 10 horas, para crianças, jovens e adultos. Culto divino, às 11 e 21 horas.

Qncirtas-feivas — Culto abre­viado com ensaio de cânticos reli­giosos, às 21,30 horas.

Sextas-feiras — Reunião de Oração, às 21,30 horas.

No segundo domingo de cada mês, celebração da Ceia do Senhor, mais vulgarmente conhecida por Eucarista ou Sagrada Comunhão.

« Á P r o v í n c i a »e o s e u S o r t e i o

Por ocasião das Festas Popula­res de S. Pedro, que se realizam de 27 de Junho a 2 de Julho, o nosso jornal efectua um Sorteio extraordinário, como temos anun­ciado, o qual vem juntar mais uma nota interessante às interes­santes festividades.

I odos os visitantes podem levar uma recordação desses dias e da nossa terra.

E apenas uma questão de sorte.Os anúncios levam um cupão

para preencher com o nome o morada (pede-se o favor de escre­ver de forma clara).

Em dia a anunciar, serão sortea­dos entre os concorrentes os pré­mios já indicados e outros que ainda se anunciarão.

A lista continua:— Café Gonçalves e Barbearia

Gonçalves, em Montijo, uma gar­rafa de vinho do Porto, marca Dor Suave, — um corte de cabelo e uiu frasco de loção Cliper ;

— Adelaide Martins, cabelei­reira, uma p e r m a n e n te , com

«mise», à escolha da contemplada ; Salão C arm em , de Maria Carmem Borrego, uma permanente com «mise»: Caetano José - «.(/asa Rica» -B airro do M ouco-10 litros de vinho tinto da sua afamada marca «Melro»; A u g u s t o Diamantino, rua Serpa Pinto. 38 - um tanque em cimento armado, para cliança; António Simões da Silva, vulgo «O cara suja», rua José J. Mar­ques - uma grosa de esferas e um farolim eléctrico para bicicleta; Salão Amélia, rua José .1. Marques,- 45, uma permanente com «mise», à escolha da premiada; Retiro do Benfica, de Angelino Joaquim Assunção Alberto. Bairro da Bela Vista - rua C - 1 - uma garrafa ar­tística com creme de laranja ; José Francisco Soares Martins, rua B -29 - Bairro da Bela Vista - uma panela de alumínio n.° 20: Gara­gem Ribatejo, rua Agostinho For­tes, um serviço completo de lava­gem, parafinação, e lubrificação dum automóvel.

(Continua)

C U L T U R A E R E C R E i O( C o n t i n u a ç ã o d a p á g i n a 4)

contos de reis, em vistir crianças, pobres sendo também bodos aos pobres etc.

Ninguém pode calcular, nem fazer uma pequena ideia, quanto difícil se torna às modestas colec­tividades a prática dos Desportos.

— Mas não tèm encarado com a vida destas colectividades ?

— Não se tem encarado bem a sério a existência das modestas colectividades, porquanto eu que há 17 anos seguidos dirijo o Penha e que de perto tenho acompanhado o movimento dos modestos Clubes, posso bem afirmá-lo : necessitam de serem mais amparados e acari- nliados, pois além de contribuírem para a educação moral da mo­cidade, continuam ainda a ser a ver,íladeira escolapreparadora dos futuros Desportistas Na­cionais.

Sinto-me já cansado e desmora­lizado por bem compreender que todo o meu esforçoe b oa vontade, dispendidos a favor do meu Clube e dos chamados Clubes Populares, de que tenho sido sempre um de­fensor fervoroso, não conseguem avivar na consciência de quem de direito, o valor representativo nas camadas populares da existência dos modestos Clubes.

Infelizmente, não tenho encon­trado quem,'com tanto carinho e boa vontade, queira sacrificar-se e saiba, pela existência desta popu­lar agremiação.

O reconhecimento tem sido ião pouco, as injustiças cada vez con­tinuam a ser mais, pelo que estou na disposição de abandonar com­pletamente tudo que se relacione com : o Desporto, o Recreio e a Beneficência.

— Quanto à projectada fusão ?— Era bom que os Clubes do

BAIRRO DA GRAÇA, e tantos

L U T U O S A

Faleceu em Lisboa, no dia 29 do mês passado, a sr.a D. Adelaide Lueiana da Costa Gil Ejarque, de 66 anos de idade, natural de Alhandra.

A extinta deixa viuvo o nosso muito prezado assinante sr. Lázaro Gil Ejarque. e era sobrinha, por afinidade, do também nosso pre­zado assinante sr. Aniceto Gil.

Apresentamos as nossas condo­lências a toda a família de luto e enviamos, em especial, aos assi-

* nantes dt: «A Provincia» a expres­são do nosso pesar.

A I N D A A 5

m & i e a s . . .

Estamos informados de que a Câmara Municipal vai intensificar a extinção das moscas na nossa terra, para o que já está destinada uma verba importante.

Vão adquirir-se máquinas para esse efeito, estando o vereador sr. Francisco Tobias encarregado de organizar e dirigir essa campanha.

Muito nos a pra/ registar esíes factos, visto tratar-se da maior sanidade da vila e dos propósitos camarários em extinguir, ou pelo menos reduzir, esta praga que infesta Montijo. ‘

Estamos convencidos de que, se a estas medidas se juntarem as relativas às estrumeiras, montu- reiras, e depósitos de lixos e de­tritos, será possível atingir a fina­lidade que se pretende, tornando assim a nossa terra cada vez mais salubre e mais aprazível.

são, r e c o n h e c e s s e m a neces­sidade absoluta que todos temos da construção do CAMPO DO VALE ESCURO.

Esta obra só é possível realizar - -se quando todos se compenetra­rem na obrigatoriedade de uma F U S Ã O D O S C L U B E S DO BAIRRO. Só assim podemos impor a construção breve do mencionado campo pois que S. Ex.a o Sr. Pre­sidente da C. M. L., só dará anda­mento às respectivas obras, (cujo terreno espaçoso está reservado há anos) aguardando que os Clu­bes do Bairro da Graça realizem a última vontade camarária: A FU ­SÃO DOS CLUBES DO BAIRRO.

Ribeiro Nunes

C í r i o N o v o

d a A t a S a i a

Do Presidente deste Círio rece­bemos a carta que a seguir publi­camos e que esclarece, em defini­tivo, os assuntos v e r s a d o s na notícia que publicám os:

Sr. Director d o jornal «A Provincia»,—Pedia a V. a pu ­blicação destas linhas :

Tendo lido no vosso concei­tuado jornal unia noticia coni a epígrafe « Ci r i o Novo da Atalaia», nu qual se diz que alguns sócios foram obrigados a pagar a entrada na Sala de Baile, e que as portas se en­contravam f e c h a d a s , não dando entrada ás carroças no quintal, devo dizer a V. que deve h a v e r mal entendido, porquanto os sócios sò não tinham entrada na Sala de liaile para dançar, porque a casa estava alugada a uma Comissão para esse efeito, e as- p o r i a s encontravam-se abertas á disposição dos só­cios, tanto mais que là se en­contravam d o i s directores, para atender qualquer vecla- maçâq.

Agradecendo, subscrevo-me Atenciosamente,

J. Miranda (Presidente)

M o b í l i a

VenJem-se algumas peças. Foto Veneza — Montijo.

0 Grupo Desportivo

d a s f a i a s e m f e s t aNo dia 30 de Maio findo, esteve

em festa este Grupo Desportivo, por motivo da inauguração da sua sede associativa, tal como anun­ciáramos.

Realizou-se um festival despor­tivo que decorreu muito animado e concorrido, disputando-se pelas 13 horas uma corrida de bicicletas em que a taça «Amaral» ioi ganha pelo corredor que representava o Poceirão, e as medalhas «J-. Fa- taça» e «M. Timóteo» pelos dois representantes das Faias.

Seguiu-se o acto da inauguração da sede, com a presença do sr. Eng.0 Gustavo Pistchiller, Dr.a D. Rosália Heitor, Rev.0 P.e João de Deus. regentes agrícolas srs. A l­varo Rodrigues David e Armindo B o a v id a , professoras, etc.. No «Porto de Honra», que foi servido após a inauguração, usaram da palavra diversos oradores, q u e teceram louvores aos directores do clube.

Depois, no campo de jogos efec- túOu-se o jogo anunciado, paia disputa da taça «Engenheiro Pist­chiller» entre o grupo das Faias e o da Lagoa da Palha.

Venceu o grupo local por 5 a 0.Procedeu-se ainda à inauguração

do estandarte do Clube, entrega das taças e medalhas aos vence­dores, terminando as comemora­ções festivas com um grandioso baile, que findou por a l t a s horas.

Agradecemos o convite que nos enviaram e felicitamos a Comissão fundadora, composta p e lo s srs. José Joaquim Fataça, Manuel li- móteo da Silva, Manuel da Silva, João dos Santos Amaral, Abílio .loaquim Lopes, e António Maria Pereira, pelo brilhante êxito das festividades do dia 30 de Maio findo.

Banda Democrática 2 de Janeiro

5.a feira, 20 de Junho de 1957 (Feriado N a c io n a l) , às 21,30, grande espectáculo na esplanada— ru?. Direita, para apresentação aos ex.mos sócios e famílias do Grupo Cénico da Sociedade 1' i- lar mónica Estrela Moitense, com a Revisía-Faníasia em 2 actos e 8 quadros:

RECORDAR Ê VW ER .O original é de «Amigos da

Estrela Moitense», com música dos inspirados compositores Car­los Saraiva, Ferrer Trindade, Víe- tor Bonjour, e Carlos Santos.

Abrilhanla este espectáculo uma grande Orquestra, sob a direcção de Guslavo Maria de Oliveira.

A G E N D A

1 U T I L I T Á R I A

f a r m á c i a s de k r v i ç e

ã,5“ fe ira , 1 3 — M o n t e p i o 6." - fe ira , 1 4 — M o d e r n a S á b a d o , 15 — D i o g o Domingo, 16 —. G i r a l d e s

= fe ir a , 17 — M o n t e p i o l .1* -fe ira , 18 — M o d e r n a4,*- Feira, 19 - D i o g O

E s p e e t á c u i o s

CINE P O P U L A R

5.B feira, 13; {Para 17 anos), um espectáculo s u r p r e e n d e n te em Tecnicolor, «Folies Bergéres», com Eddie Constantine e Zizi Jean- ntaire. No programa, complemen-, tos curtos e Metro-Jornal,

6.a feira, 14; (Para 17 anos), um interessante filme em Superscó- pio, com Debbie Reynolds e Eddie Fisher, «Vem a Meus Braços». No programa, complementos curtos.

Sábado, 15; (Para 17 anos), um filme espectacular, com Jorge Mistral e a escultural Silvia Pinai, «Cabo de Ilornos». No programa, complementos curtos e Imagens de Portugal.

Domingo, 16; (Para 12 anos), o filme em Cinemascópio e East­mancolor, «O Pirata do Porto Belo», com Robert Newton, Kit Taylor, e Connie Gelchaist. No programa, complementos curtos.

2.* feira, 17; (Para 17 anos), «O Homem da Colina», com Lex Barkér e Mara Cordav. Em com­plemento, a engraçadíssima farsa com Spique Jones e sua orquestra, «Bombeiros Malucos».

3.a feira, 18; (Para 17 anos), uma sensacional reposição alemã em Agfacolor, «Amar é Perdoar», com Krestina Sõderbaum e Cari Rad- datz. No programa, complementos curtos.

4.a feira, 19; (Para 6 anos), no­vamente um dos grandes êxitos do ano, «O Recruta e o Gaiato», com Miguelito Gil (Pipo). No programa, complementos curtos.

CINEMA 1.» DE DEZEMBRO

5.* feira, 13; (Para 12 anos), o filme c ie n t í f ic o e ds terror, «S. O. S. Metaluna». No programa, «Os 3 Heróis», com os 3 Estarolas.

Sábado, 15; (Para 17 anos), o filmede suspense do ano, «Terça Feira Negra», com Edward G. Bobinson, e ainda o filme de acção e duelos, «A Volta do Faa- tasma da Córsega».

Domingo, 16; (Para 12 anos), a mais bela comédia de Donald 0 ’Connor e do macho que fala, «Francis Entre Mulheres», e o lindo documentário do Campeo­nato do Mundo de Oquei em Pa­tina.

2.a feira, 17; (Para 12 anos), uma nova cópia do mais português de todos os f i l m e s portugueses, «Gado Bravo», com Raúl de Car­valho, Mariana Alves, e o cómico alemão Siegfried Arno.

4,a feira, 19; (Para 6 anos), a última maravilha de Walt Disney, «O Leão Africano», e a linda comédia dramática, «Pepino e Violeta».

 g r d d e e i m i n r o

Joaquim da Silva SupeiesGertrudes Jorge Ventura, Joa­

quim da Silva Supeles Júnior e Âiice Ferreira, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram durante a sua doença e acompanharam à última morada, seu chorado esposo, pai e sogro.

Fsira n ú m ero de «A P ro ­

viríeis» foi visado psfa

C E N S U R A

Page 4: REDACÇÃO E AUMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA ... · Preço 1$00 Quinta feira 13 de Junho de 1957 Ano II N.° - 118 Proprietário, Administrador e íditor V. S. MOTTA

4 A P R O V IN C IA 13-6-957

T E M A S M O N O G R Á F I C O S

Donde vem o nome de flideia Galega?O V O C Á B U L O

1 1 1

C U L T U R A E R E C R E I O*

«Enquanto se não realizar a fusão dos clubes do Bairro da Graça, não teremos o ambicio­nado Campo Desportivo», afirmou-nos Joaquim lima, Presidente do Sporting Clube da Penha.

Pela História Pátria sabe­mos que a Península Hispâ­nica f o r a primitivamente habitada pelos Iberos, que é um ramo da estirpe Oestrym- riia dos Cónios que, vindos do norte da Europa, pene­traram no sul da França, criando um extenso domínio, compreendido entre o Ibero (Ebro) e o Ródano, abran­gendo, ainda, a Catalunha e uma grande parte da Aqui- tânia. O elemento unificador eram os Cónios iberos, desi­gnadamente os Igletes ou Gletes, que se fixaram entre o Rio Guadiana e o R i o Tinto (Hibrus), no su l da Península. Tanto os Igletes como Gletes e ra m povos Cainetas iberos.

Com o decorrer dos tem­pos vieram os Celtas que se fixaram na Spânia os His- pânia, o país dos S e p es ou Se fes . Com os iberos e os celtas vieram outros povos, e, entre eles, os C alla ices cque se estenderam pelo alto tia nossa actual província de T rás - os - M ontes a t é a o Douro, deixando, como já dissemos, uma pègada pro­funda na toponímia lusitana, a que nos referimos no artigo anterior.

O calaicos são, nada mais nada menos, que os ante­cessores dos actuais fran­ceses, que, no seu idioma, tinham o nome de gacls. Os romanos apelidaram-nos de gali ou galos e deste veio o termo gaulês. Pelo ano de 1.500 À. C ., os Celtas for­çaram com imensas hordas ou tropas,-como hoje se diz, os desfiladeiros pirinaicos, arremeteram contra os iberos e fundaram, no meio deste povo, colónias bastante po­derosas e duradoiras, em que uma parte da Spânia, ao ocidente, foi ocupada por uma das maiores tribos ce l­tas, os gacls, donde derivou o termo galécios e , por con­sequência, se ficou chamando Galícia a região, em que h a b i t a v a m , compreendida na actual região entre Douro e Minho e, ainda" a do norte deste rio, com a capital em Bracara (Braga) que se cha­mava «Toda a Galiza» ou Galécia, uma das 5 provín­cias, em que, no tempo de Constantino, ficou dividida a Hispânia, e onde prègaram os Apóstolos SantiagoM aior, S . Paulo, S . Martinho de T o u r s e S . M a rt in h o .d e Dume, os evangelizadores do Ocidente da Península Ibérica.

Segundo uma outra con­jectura, que nós não aceita­mos, por estar enferrujada de lenda, e que corre em Espanha, a palavra G alícia tiraria o seu nome da pala­vra G aliciário, nome que, em Castela, se dá ao vento noroeste, isto é, ao vento que vem da Galiza.

Como dissemos, não acei­tamos e s t a hipótese, por

basear-se em simples con­jectura e não em dados his- tórico-filológicos. Pelo que lemos e escrevem os, fruto dum estudo profundo, sério e aturado,, o nome primitivo desta vila, que forçadamente as leis classificam de estre-

---------------- Pelo — ----------

Prol. Itst Mamei M i n

menha e, n ã o ribatejana, como devia ser, teve a sua origem numa quinta fundada pelos callaicos, termo sujeito como todos os vocábulos a transformações linguísticas, e que deu, nos nossos tem­pos, o vocábulo Galego, nome que levou os montijenses, de há quase três décadas de anos, a mudarem o nome venerando Aldeia Galega, de tantas e tão gloriosas tradi­ções históricas, para M on­tijo, que, como o próprio nome indica, é monte peque­nino.

A n t e s de terminarmos, deixem-nos perguntar: o que são os galegos, na história

têm a consagração popular por basto canhecimento.

O feriado serve sòmente para digressões e descansos excursionistas, sem que o povo se aperceba de que se comemora nesse dia o passamento dum dos maiores portugueses de todos os tempos.

Lembra-me bem que, certo dia em Paris, eu disse num círculo de estudantes fran­ceses que era natural de Portugal, ficando eles per­plexos e a perguntar se se tratava duma província de Espanha.

E só quando lhes disse que era natural da «Pátria de Camões», eles me com­preenderam e se desfizerem em admirações pelo nosso épico genial.

O alto espírito do nosso cantor t i n h a transposto as frjonteiras ; o nome do nosso país estava ainda, nessa data, em demasiada obscuridade.

Encontrei, noutro dia, a caminho da Suiça, um fer­reiro que conhecia «Os Lu­síadas» e o seu autor, que me manifestou a sua vene­ração por Cam ões e que me citou até alguns Versos do poema.

E em Portugal ?Será profundamente conhe­

cido e comprendido esse poem a? Serão conhecidos os seus sonetos, as suas elegias, os seus autos?

No dia do 577.“ (ou 578.°) aniversário da sua morte, é oportuno, em conjunto com o dedilhar das liras e dos ditirambos habituais, lembrar esta necessidade cultural.

G A L E G Ae etnografia, em relação aos portugueses ou lusitanos?

A Lusitânia, a verdadeira Lusitânia, não era limitada ao norte pelo rio Douro, mas ia até ao mar, isto é, com­preendia também as terras que hoje ocupam a Província Espanhola ou Galiza. Os G alegos e Asteros eram po- vos-qu elhe pertenciam, mas mais tarde separados pela divisão administrativa que mais convinha à vida admi­nistrativa romana. A Galiza ,é o povo, sem dúvida alguma, a quem ainda hoje tantos laços de afinidade nos ligam, como seja a identidade da raça. É dos povos peninsu­lares aquele que mais se identifica com o povo portu­guês no campo racial, his­tórico e etnográfico. Recor­demos o que atrás dissemos, que a actua! cidade portu­guesa de Braga foi a primi­tiva capital de <toda a G a­liza».

Montijo, Agonias de Maio

de 1957.

E isto para que todo o nosso povo podesse, em suprema consciência, dizer quem foi Cam ões, o que passou na vida, o que escreveu na nossa língua e o que signi­fica a sua incomparável obra nacional.

No dia 2 de Junho corrente realizou-se, no campo do Amora, o jogo Am ora-M on­tijo, em Escolas de Jogad o­res, a contar para o torneio do Distrito de Setúbal.

As equipas alinharam: AM O RA : Amadeu ; Her­

culano e J . Júlio (C a p .) ; Mário I, Celénio, e Armando-; Álvaro, O l í v i o , loaquim, Mário II, e César.

M O N T IJO : Ferreira; M o­reira e Luís ; B ex ig a , Rocha (C ap.), e A rtur; Cruzeiro, J . António, Jorge , Neto, e Aleixo.

Golos marcados por Luís na própria baliza e Cruzeiro.

Resultado final 1-1.* * *

A saída partenceu aos montijenses que logo ataca­ram com ímpeto mas sem resultado. Aos 7 minutos, Cruzeiro atirou forte mas Amadeu defendeu bem. Sur­giu então o primeiro golo. Aos 10 minutos, houve canto contra Montijo e Luís ten­tando passar a bola ao seu guarda-redes introduziu na sua baliza, e os rapazes do Amora passavam a ganhar

.loaquim Lima é um vulto sobe­jamente conhecido no meio des­portivo popular, pois basta citar que há 17 anos preside aos desti­nos do Sporting Clube da Penha, simpática colectividade da Graça, fundada em 8 de Dezembro de 1939 e que tem por finalidade ini­cial o Desporto. Cultura, Recreio, e Beneficência.

O conhecido dirigente, que foi director da Federação das Socie­dades de Recreio 1941, 46, 47, 48, 49, 50, 51 e 52, da Associação de Ténis de Mesa de 1943 a 47, fez parte de muitas outras actividades, sempre numa actividade digna de registo.

Impunha-se, portanto, ouvir o conhecido desportista, sobre as mais prementes necessidades d o seu clube e dos que estão ligados ao populoso bairro da Graça.

— .loaquim Lima pode contar aos leitores de <A Província», o desenvolvimento da sua agremia­ção ?

— Através destes poucos anos de existência, pode di/.er-se que este modesto Clube já muito con­tribuiu a favor do Desporto, e nem sempre tem «ido bem compreen­dida a sua fu n ç ã o educativa, moral e cultural, por quem de direito.

Nos Desportos, com as su a s Secções de Futebol, Basquetebol, Andebol, Ténis de Mesa, Ciclismo, Ciclo-Turismo, Atletismo, e Cam ­pismo, deu já vastas provas do seu valor, pelo q u e devia merecer mais carinho e amparo das enti­dades oficiais.

Quando do princípio do S. C. da Penha, e quando portanto do en­tusiasmo que se emprega p a ra desenvolvimento e progresso dum modesto Clube, abalançámo-nos à construção dum Campo de Bas­quetebol, que estava situado na Quinta da Bandeira (à Rua Castelo Branco Saraiva) e oficialmente principiámos a disputar a moda­lidade.

Mais tarde, no a n o de 1942, conseguimos arranjar um Campo de Futebol e de Basquetebol, que estava situado na Quinta de Mon- tachique (ao Alto de S. João) e então, com o nosso Campo de jogos, assistimos ao maior desenvolvi­mento e progresso do S. C. da Penha. Com uma massa associativa

por 1*0. Chegou-se até ao intervalo sem coisa alguma de especial, e com o resul­tado de 1-0 favorável ao Amora. Depois do intervalo, os nossos jogadores voltaram a atacar, òbrigando Amadeu a boas defesas. Aos 14 mi­nutos, Veiga que entrou a substituir Neto, atirou a bola em profundidade a Cruzeiro que logo ficou isolado em frente do guarda-redes amo- rense, e não teve dificuldade de marcar o golo. E o Mon­tijo tinha empatado. Os mon­tijenses animaram um pouco e atacaram, obrigando Ama­deu a uma grande defesa para canto. Quase a terminar o encontro, Jo rg e teve nos pés o golo da vitória, mas, por precipitação, atirou a bola ao lado da baliza. Pouco depois terminava o encontro, com as equipas empatadas a uma bola.

Salientaram-se na equipa da casa : Amadeu, Mário 1, e Mário II.

Na equipa v isitante : Rocha e Cruzeiro.

A arbitragem foi irregular; o camoo, péssimo.

A. G .

de perto de 1.500 sócios, as secções Desportivas do Clube, começaram a tomar maior incremento: Em Futebol mantínhamos em activi­dade, todos os domingos, três equi­pas ; 2.as, Reserva e l .as categorias (foi nas 2.as categorias que come­çou por praticar o Futebol, subindo sensivelmente até à l . a categoria, o jogador que saindo do nosso clube alcançou a internacionali­zação em Futebol, Joaquim Fer-

Joaquim Lima

nandes, antigo defesá e capitão da equipa de Honra do Sport Lisboa e Benfica, hoje defesa do Tor- riense). Além deste, muitos outros jogadores foram espalhados pelos Clubes da 1." e da 2.“ Divisão.

Era então este Sporting da Pe­nha, com o seu Campo de jogos, a verdadeira escola preparadora dos jogadores a favor dos Clubes grandes.

Em Ténis de Mesa, marcámos grande posição nos Campeonatos de Lisboa, com as nossas equipas de Seniores, Juniores e Feminina, que mereceu da im p r e n s a ds maiores elogios. Em Atletismo, concorremos a vários Torneios, e em Provas Pedrestres foi sempre considerada a melhor equipa, e individualmente o atleta Fernando Ferreira chamou as atenções da Imprensa.

Em Ciclismo, em diversas pro­vas Populares, em que partici­pámos, alcançou o S. C. da Penha os melhores resultados, d a q u i saindo para o S. C. de Portugal o ciclista Américo d a Conceição, que viria a dar que falar na sua categoria.

Até q u e em 1947, devido às obras de urbanização da cidade, ficámos sem os nossos Campos de Futebol e Rasquetebol, e sem que até hoje a C. M. L., nos tenha d a d o qualquer comparticipação financeira ou s im p les prometi­mento, em referência aos direitos que por justiça nos assistiam.

— Quer dizer que por tal facto, decresceu o entusiasmo dos seus associados i’ — perguntamos.

— Neste sentido, temos assistido ao abandono completo de tudo e de todos e mesmo assim, apesar de só existirem perto de 300 associa­dos, c o n s e g u im o s , mediante esforço e boa vontade, marcar digna posição no Desporto, man­tendo ainda hoje as Secções: Fu­tebol, em jogos particulares, cujas constantes deslocações à província teem-nos dado os melhores resul­tados ; em Andebol, cuja Prova oficial está sendo disputada na 1.* Divisão, pena sendo que o critério das, arbitragens que deixam muito a desejar, não esteja em harmonia com o desenvolvimento que esta modalidade e s tá criando. E ainda Ténis da Mesa e Ciclo-Turismo, bem como no Campismo (esta secção uma das mais conceituadas no país).

Deixámos portanto de ter as Secções de: Basquetebol, Atle­tismo e Ciclismo.

Possuimos ainda as Secções de Bi­blioteca e Beneficência, esta última onde já dispendeinos cerca de 1i0

(Continua na página 3)

Camões( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a)

Alvaro Valente

fUÍEBOl - SimLa de j&gxid&iei

Page 5: REDACÇÃO E AUMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA ... · Preço 1$00 Quinta feira 13 de Junho de 1957 Ano II N.° - 118 Proprietário, Administrador e íditor V. S. MOTTA

13-6-957 A P R O V IN C IA 5

í s t r e m o í

r# L á * J *mhomuuatàiO Grupo Desportivo Bonfim

visiiou EstremozO Grupo Desportivo B o n ­

fim, do Barreiro, organizou no dia 2 do corrente uma visita a esta cidade.

O s visitantes, ern número de 80, v ia jaram em auto­carros e eram acom panha­dos pelo presidente do G ru ­po Desportivo Bonfim, o sr. Matiuel G uilherm e R a­poso de O liveira.

A recepção feita aos v is i­tantes, pelo pessoal da B o n ­fim, desta cidade, teve lugar no antigo edifício da Central E lé c tr ica , tendo - lhe sido oferecidas lem branças re ­gionais de Estremoz.

A ’s 13 horas realizou-se um almoço de confratern i­zação no Restaurante José da Viz, com a assistência de mais de 120 pessoas.

A o term inar o almoço 0 sr. M anuel G uilherm e R a­poso de O liveira , m u i t o sensib ilizado, pronunciou algumas palavras, dem ons­trando o seu contentam ento pela forma como fora rece ­bido pelo pessoal de E s tre ­moz, o que expressivam ente agradeceu.

Depois de visitarem a l ­guns locais h istóricos da cidade, seguiram para Vila Viçosa, a fim de visitarem também o Palácio Ducal.— (C.)

Sarilhos GrandesF in a lm e n te !Podemos dar aos nossos

leitores a agradável notícia de que se está procedendo à u ltim ação do coreto de que a l g u m a s vezes nos ocupámos, nestas co lunas!

J á não era sem tem po!

Oferecido pela Câm ara M unicipal de Montijo, para ali esteve ã espera de que o aprontassem para o ser­viço, até que, depois de reclam ações e mais rec la ­mações, se encam inha para a inauguração.

Está, pois, de parabéns a sede daquela nossa fregue­sia e arredores.

F ica a praça principal dotada com um belo orna­mento e, de futuro, já se voltarão a escu tar os su bli­mes concertos da «União e T rab alh o» .

E não t o r n a r e m o s ao aborrecim ento doutrora : o de vermos, ao passar na estrada, o in fe liz esperando sua hora de redenção.

F in a lm e n te !

Baixa da BanheiraAlhos Vedros

— Grupo C olu m b ó filo B a ­nheirense — Fsta prestigiosa colectividade, passou em 1 do corrente, 0 7.° ano da sua fundação. Por este mo­tivo, enviamos-lhe os nossos sinceros parabéns, desejos das maiores venturas e lon­gos anos de vida, de que é digna.

Continuamos ein seguida, a dar 0 resultado de mais al­guma classificações da pre­sente c a m p a n h a : 24 de Março — Beja — B .a B .a. Jo s é António Lúcio, 1.° e 2G.°; João Pedro, 2.° Francisco R. Pratas, 3 . ° ; Manuel Águas, 2.°, 4.° e 2 2 .° ; Francisco Loução, 5.°, 7 .*, 18.° e 3 0 . ° ; Manuel A. dos Santos, 6. ° ; António Alfredo Maria, 8.°, 16_° e 17 .° ; Jo ão Amado, 9.°, 11.°, 12.* e 2 9 .° ; Adão Cantante, 1 0 . ° e 2 3 . ° ; Diogo Ferrer, 13.°; Jo ã o Bicas, 14.°; J o s é J . dos Santos, 1 5 ; Eu- rico G . da Silva, 19 .° ; An­

tónio Amado, 2 1 .° ; Alberto Caciano, 2 4 .° ; Diamantino M. da Silva. 25.°, 27.° e 28.° — 31 de Março, 274 — Gaia — B.* B . * : Rafael Pra­tas, 1.° 2 . ° ; Adão Cantante, 3.°, 10.“, 11.“, 12 , 14.°, 19.“ 22.° 30.* e 3 1 .° ; Francisco Loução, 4.» 13.° 2 1 e 23.° ; J o s é A. Lúcio, 5 e 1 5 .° ; Valentim Marques, 6 .° ; Lau- rentins M. da Silva, 7 .° 18.° e 3 2 . " ; Manuel Águas, 8 ." e 2 7 .° ; Jo ão Bicas , 9 . ° ; Jo s é J . dos Santos, 16.” ; Joaquim de Brito, 1 7 . ° e 2 4 . ° ; Alberto Caciano, 2 0 .° ; António Al­fredo Maria, 25 .° ; Jo ã o Pe­dro, 2 8 .° ; Artur D ias, 29.° — 7 de Abril, 317 km. — Va- lença do Minho — B .a B .a : Diogo Ferrer, 1.®, 8.° e 20.°; Jo ão J . Marta, 2 .° , 9 .° , 12.°, 2* .° e 2 9 .° ; Adão Cantante, 3.° e 11 .° ; Artur Dias, 4.®; Henrique do Carmo Silva,5.° e 7 . ° ; Manuel Aguas,6 . ° ; Laurentino M. Silva, 10.°, 17.°, 18.° e 2 5 .° ; S i l ­vestre Victorino, 13.°, 19.° e e 2 1 .° ; Rafael Pratas, 14.° e e 2 4 .* ; Jo rg e Trinca, 15 .° ; Francisco Loução, 16.°, 22.° e 3 0 ; Jo ão Pedro, 2 3 .° ; João Amado, 2 6 .° ; Alfredo Maria, 27 .e ; António Amado, 31.° — 14 de Abril, Corunha — B.* B . " : Jo ã o Amado, 1.°, 13.° e 2 4 .° ; Jo s é Lúcio, 2 . ° ; Diogo Ferrer, 3 . * ; Rafael Pratas, 4.° e 19.®; Silvestre Victorino, 5.° e 1 4 .° ; Adão Cantante, 6 .°, 9 .° , 17.°, 18.° e 2 5 . * ; Jo ã o Pedro, 7 .° , 8.“ e 16 .° ; Laurentino M. Silva, 10." e 2 0 .° ; Jo ão Marta, 11.° 27.° 28.° e 2 9 .° ; Joaquim de Brito, 12.* 2 3 .“ e 3 2 .° ; Artur Diàs, 15.° e 2 1 . ° ; Alfredo Maria, 2 2 .° ; Manuel A. S a n ­tos, 2 6 .° ; Alberto Cassiano, 3 0 . ,J e 3 1 .u — 21 de Abril, 270 km. — Faro — B .a B . * : Adão Cantante, 1.°, 2 .° , 9 . ° , 10.a e 2 1 .° ; António Lúcio,

3.° 4 .° e 1 9 .° ; Jo ã o Amado, 5.° 26.°, 27.0 e 2 8 .° ; Rafael Pratas, 6 .“ ; Jo ão B icas, 7.° e 14 .° ; Henrique do Carmo, 8 . ° ; Laurentino M. Silva, 11.», 18.°, 20.° e 2 2 ; Manuel Aguas, 12.° e 16.° ; João Pedro, 1 3 ; Silvestre Victo­rino, 15.“ Alberto Cassiano, 17 .° ; Joaquim de Brito, 23.° e 2 5 .° ; António Alf. Maria, 2 4 .° ; Ártur Dias, 2 9 .° ; José J . dos Santos, 30.°. — C.

PORTUGALPITORESCO

(Continuação d a í . a p á g in a )

e g r a n d i o s a m e n t e d o t a da .E daí em diante nunca mais saiu

da cidade a que, por direito de conquista, pertencia.

As evoluções por que passou, desde a sua fundação até o presente, não cabem neste simples bosquejo dum Portugal Pitoresco, mais des­tinado a mostrar e a apontar as belezas naturais e monumentais do país.

Na formosa Coimbra ressaltare­mos umas e outras, em primeira plana de estonteantes aspectos e piisagens.

Aos estudiosos, compete comple­tar estas curtas resenhas com ou­tros conhecimentos que constam de crónicas p cronicões agrestes.

vi Pinai( C o n t i n u a ç ã o da p r i m e i r a p á g i n a )

pectivas e de f i n í s s i m o néctar.

E depois a áspera riba e 0 nobre coração do velho Portugal e d ep ara -se-n o s , como irrigado pelas podero­sas coronárias do Mondego, do Vouga e do Zézere, que em ravinas fundas vão des­cendo, a alcançarem as terras planas de sua formação, onde um se espreguiça dolente- mente, enrroscando-se à ca ­saria branca da encantadora Coimbra, o u t r o coleando mouchões e lezírias num arremedo da formosíssima Holanda, e 0 último, indomá­vel, continuando de escanti­lhão a sua sanha raivosa, contorcendo-se em penedia selvática, até morrer altivo e nobre no abundante Te jo .

Descendo mais no para­lelogramo formoso do nosso ridentíssimo Portugal, tnuda- -se agora de cenário.

De convulsionado, ator­mentado, encarquilhado, ra- vinoso, passa-se à larga e ampla planície aluvial, que 0 T e jo , qual outro Nilo, aben­

çoa na fecundidade de suas águas, e mais a Sul à imen­sidade transtagana, onde 0 azinheiro, 0 sobreiro e a oliveira põem manchas típi­cas de paisagem inculta e as m esses de trigo aloiram a campina sob um céu de azul profundo.

Este pequeno quadro, e s ­boçado aqui há muitos anos e que nunca mais me esque­ceu, é a obra da natureza, grande, soberba, incompa­rável.

A obra do homem também vai, um dia.

Am arai FrazSo

Telefone 086 576

■Pata í f l a i CfjOtaçtafjM

F o t o M o n t i j e n s e

Este núm ero de «A Pro­víncia» foi visado pela

C E N S U R A

N.u 60 Folhefim de «A Província» 13-6-957

ffddeia do Zffvessoc P o z c A t v a r c t y ) a l e n t e

Fundar empresas para que elas resultem apenas conveniências indivi­duais, menosprezando as virtudes existentes e corrompendo os costumes e as consciências, é nada mais nada menos do que instituir escolas do crime.

O Progresso não consiste em construir arranha-céus, se dentro deles não houver escolas cívicas, bibliotecas, salas de leitura, cantinas, creches, lactários, caixas de previdência, institutos de aperfeiçoamento técnico e moral, secções e aulas para cuidar dos corpos e das almas.

Vistas as coisas com inteligência, é até no interesse próprio que as atenções devem convergir para este polo, pois quanto mais perfeita estiver a m.itéria-prima, — 0 H om em — , mais resultados práticos as empresas tira­rão e, consequentemente, maior será 0 rendimento do célebre capital em­pregado.

M as, afora ainda este prisma, não pode haver verdadeiro progresso se não houver a grande preocupação do engrandecimento simultâneo do espí­rito.

A formidável luta, neste campo, trava-se entre 0 materialismo que tudo quer dominar, e 0 espiritualismo que tudo eleva e ilumina !

Eu compreendo que os senhores não atinjam a magnificência do pro­blema e do sistema, esmagados como andam pela ânsia do ganho e do lucro; mas 0 que não compreendo, nem posso admitir, é que, levados por essa ambição, apoiem as condutas imorais e afirmem a sua indiferença pelos procedimentos ignóbeis.

Numa p a lavra : Para os senhores, tudo se resume no «negócio»; <én e- gócio», «foi negócio», «será n egócio?» , «talvez se ja n e g ó c io » . . .

O s processos, os meios de «0» realizar, não importam, todos servem,— bons, maus, péssim os!

Para os acoimados de sonhadores, utopistas, visionários, tudo se resume na Pessoa Humana, — maior, mais dignificada, mais perfeita, mais sublime !. Os processos, os meios de «o» conseguir, residem na resolução do pro­blema económico, na conservação das virtudes, na cultura espiritual das m assas, 110 respeito pelos direitos e pelos sentimentos naturais.

E, portanto, uma questão entre dois «0» <o», — trivialidade que cava dois mundos diferentes, separados por duas barreiras fundamentalmente opostas.

Eis porque estamos em desacordo e porque não nos podemos entender em assuntos desta natureza.

O sócio e parente afastado interveio então. Via 0 mar a encapelar-se, e ia tentar um entendimento que evitasse a rutura imediata e definitiva. Em todos os assuntos das empresas a que pertencia, procurava sempro e ca ­minho prático e utilitário das soluções, e não achava conveniente que 0 engenheiro se afastasse no momento exacto em que se encontravam a dois passos da inauguração oficial. Seria muito do descrédito daquela sociedade, onde as esperanças de supernos dividendos se anteviam como sonhos doirados.

Aconselhava-se, pois, a prudência aliada à maior diplomacia.— Ora vejamos : — Decerto não requereste esta reunião para nos fazer

uma conferência acerca de assuntos sociais, que estão bem longe e fora dos nossos propósitos e projectos. Nós queremos instalar em Portugal uma fábrica, como outra não haverá, destinada à exploração duma indústria que vai dar brado. É claro, é evidente que arriscamos enormes c a p ita is ; e é justo que tenhamos a compensação devida pelo nosso esforço, pela nossa aventura. O mau êxito neste caso seria a ruina de todos nós, 0 que tu não desejarias também, — faço-te esta ju s t iça — , visto que foste 0 genial cola­borador da nossa ideia e 0 seu melhor intérprete.

( C O N T I N U A )

Page 6: REDACÇÃO E AUMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA ... · Preço 1$00 Quinta feira 13 de Junho de 1957 Ano II N.° - 118 Proprietário, Administrador e íditor V. S. MOTTA

PROVINCIA 13-6-957

M U N D OC U R I O S I D A D E S D A I M P R E N S A E S T R A N G E I R A

aesseís a i S á MH----MWMJ*

— Arqueólogos gmerica- nos localizaram a cidade de Gibeon, mencionada no V e­lho Testam ento . A descoberta ioi anunciada pela secção de arqueologia da Universidade de Pensilvânia. A «Cidade Real» encontrou-se em El-Jib, aldeia árabe de cerca de 900 habitantes, a oito milhas ao norte de Jerusalém. A iden­tificação fez-se através de inscrições encontradas em cinco potes de cerâmica.

(do iH eru U — Jerusalém)

= O padre Duval pratica na França 0 «apostolado da canção». Percorre há sete anos os C afés e os bares de Dijon, improvisando, ao som de uma guitarra, canções sobre letras baseadas no Evangelho de S . Mateus. Canta em nove l ín g u a s : — latim, francês, alemão, in­glês, russo, havaiano, e s ­panhol, basco, e italiano — e 0 seu desejo é percorrer 0 mundo inteiro «a fim de unir os povos com as minhas ca n çõ e s» . . .

(de «A driá tico» — Trieste)

= O número de cromo- somos na massa genética dos seres hjtmanos é, provavel­mente, de apenas 46 e não de 48 como até agora se acreditava. Tal é 0 resultado das averiguações realizadas na Universidade de Lund (Suécia) pelo Dr. Levan e seu assistente javanês Dr. Hin Tijio. Todos os estudos dos tecidos pulmonares e hepáticos de fetos humanos, realizados com métodos mi­croscópicos bastante aperfei­çoados, deram como resul­tado a mesma suposição.

(de «Corriere de!a N a- zione» — Roma)

= Foram postos em cir­culação na Inglaterra com­boios de luxo Diesel e léc­tricos, desenvolvendo a ve­locidade de 160 quilómetros horários. Com eles, criaram- -se três serviços expressos : Londres - Manchester, Lon- dres-Birmingham, e Londres- •Bristol. O custo desta mo­dernização de serviços fer­roviários elevou-se a 1.200 milhões de libras esterlinas.

(da revista L utêce— Paris)

= Segundo as previsões do célebre Dr. Neuman, den­tro de vinte anos será pos­sível c o n tr o la i- 0 tempo, aplicando os resultados das experiências nucleares. Com isso abre-se a perspectiva da «guerra climática», ainda mais terrível do que a guerra atómica.

(de Ora — Roma)

I — A m e n o r igreja do rhundo acaba de ser locali­zada em Hudson, pequena cidade da A m érica : 0 metros

e meio de comprimento e 1 e meio de largura. Tem lu­gares . . . apenas para quatro pessoas, e foi construída pelo antigo pastor da igreja bap­tista no sul de Boston.

(da revista Taches d ‘Encre— Paris)

— Médicos da Universi­dade de Toronto, Canadá, estão utilizando a barata como cobaia para descobrir como impedir 0 enrigeci- mento das artérias. Verifica­ram que, quando não se for­nece colesterol (uma das substâncias gordas «usadas» pelo organismo humano) às baratas, elas nâo crescem.

mina a capacidade cardíaca pela medição da força com a qual 0 coração bombeia 0 sangue para a corrente san­guínea através da aorta.

('de V espri d1 Itá lia — Pa- lermo)

= Jericó tem fama de ser a cidade mais a n t i g a do mundo. O s estudos de deter­minação de idade feitos com 0 radiocarbono vêm corro­borar essa hipótese. Na rea­lidade, determinações preli­minares feitas em materiais de excavações, mostram que a referida cidade data de 8.000 anos antes de Cristo, 0 que faz recuar a civilização a

pessoas na p r o v í n c i a de Varmland, (Suécia) consta- tou-seque dez pessoas pos­suíam 0 coração do lado di­reito.

(de L ’ Echo de Montauban)

= A polícia de Teheran ( Iraq u e) publicou recente­mente um relatório sobre 0 uso do ópio, declarando que entre os viciados predomi­nam as mulheres numa per­centagem de 6 0 % .

(de L e Canard Sauvage— Paris)

= Estão sendo fabricados na Noruega submarinos para 4 tripulantes. Medem 16 m.

Traduzido e condensado por

J O R G E R A M O S

Ficou assim descoberta a primeira utilidade desse in­secto que infesta 0 mundo.

(do Petit-sou — Marselha)

= Os ingleses demons­tram cada vez maior nostal­gia pelas antigas locomotivas a vapor, substituídas, em quase todo 0 país, por com­boios eléctricos. Apareceram agora no mercado discos em «long-play» que reproduzem fielmente 0 ruído dos com- bóis a n t ig o s . . .

(da revista Evidences — Lausane)

= O Dr. Ward, especia­lista em f i t o p a t o l o g i a da Universidade de Califórnia, descobriu que as plantas, como os seres humanos e os animais, também sofrem de f e b r e : ao estudar as plan­tas enfermas por causa de fungos, verificou que a tem­peratura delas era de 0,1 até1 grau mais elevado do que as plantas sàdias.

(de IJO ccidente — Roma)

= A Sociedade G eográ­fica dos E. Unidos anunciou que foram recentemente en­contrados numa caverna em Alabama vestígios de vida humana que remontam a dez mil anos, 0 que constitui a prova mais antiga da e x is ­tência do homem no sudoeste da América do Norte. Vestí­gios de fogo foram dstermi- nados por experiências rá- dioativas como sendo do ano 9.160 antes da nossa era.

(do Hatzophen — Je ru sa ­lém)

= O s especialistas e m doenças de coração estarão aptos brevemente a descobrir se uma pessoa está amea­çada de distúrbio cardíaco, muito antes de qualquer sin­toma. O novo método deter­

uma época em que a idade do gelo ainda não havia ter­minado no norte da Europa. Quando os israelitas a des­truíram no segundo milénio antes de Cristo, já a cidade de Jericó era duas vezes mais velha que a Roma de hoje.

(excerto dum artigo de Mortimer W heeler na revista A n tiq u ity de Nova Iorque)

— O dr. Murdokconseguiu solucionar um problema di­fícil : a extracção de objectos metálicos i n g e r i d o s por crianças. Do sistema diges­tivo de 15 crianças retirou em quatro anos os mais di­versos tipos de ferragens, usando um imã poderoso mas pequeno feito de alnico, liga de alumínio, níquel e cobalto.

(de L e J o u rn a l Lyonnais)

= As primeiras plantas marinhas raras procedentes do Japão que entraram na América provocaram contro­vérsia entre autoridades ca ­nadianas ao c h e g a r e m a Vancouver, procedentes de Tóquio. Na opinião do M i­nistro Adjunto da Pesca, os m arim os (assim se denomi­nam aquelas plantas) ofere­cidas pelo governo japonês à Associação de Aquários, p o d e r ia m prejudicar . . . a pesca na C osta Oriental do C a n a d á !

(d e L e Drapeau — Os- tende)

= A famosa cantora ne­gra Jo y c e Bríant desistiu da sua carreira recusando um contrato de 6.000 dólares semanais, ‘ p a r a ingressar como missionária adventista na T anganica .

(de L e Radicale — Bruxe- xelas)

= Durante um exame ra- diológico de cerca de 250.000

de comprimento e 2 de diâ­metro, deslocam 25 toneladas e servem para missões que os submarinos vulgares nâo podem realizar.

(de L a T o r r e — P u e r to Rico).

= A senhora Stow , de Clacton, Inglaterra, é a he­roína dum romance iniciado há 50 anos. O herói é Jorge Chest, de 75 anos, que há pouco viajou da Austrália

Este é 0 mês dos santos popu­lares do nosso povo, aqueles que mais andam nas suas bocas e nos seus pensamentos, aqueles que maior simpatia disfrutam entre as classes alegres e ingénuas.

Nas vésperas de Santo António, de S. João, S. Pedro, e S. Marçal, os povos dos pequenos meios, onde a Tradição está profunda­mente enraizada, armam fogueiras, saltam-nas ao desafio e cantam em volta as velhas quadras apro­priadas.

As quadras são quase sempre fundamentadas no mesmo: a pro­tecção do santo dessa noite para os amores.

E fazem-se, na sequênçia dos mesmos programas, consultas por meio de alcachofras, dos ovos, do chumbo derretido, do bochecho de água, de mil invencionices que desde sempre se celebrizaram.

Os santos sorriem, acham graça às habilidades, e às vezes, para aumentarem a simpatia dominante, deferem as pretenções... '

Em noitadas de bailaricos quen­tes, que a lua quase sempre es­preita e enfeita, chovem as juras c promessas.

E são outras tantas ilusões que se esfumam, outras tantas espe- rnnças que se esfarelam. A anima­ção e o entusiasmo aquecem as almas e desentaramelam as lín­guas. ..

Fica, porém, 0 «talvez», o «quem sabe?», o «pode muito bem ser»; e assim a mocidade vai vivendo

para a Inglaterra — para de- \pois de 25 anos encontrar-se \e casar se com a sua noiva Stòw.

(do «D iário de Lima-")

= A A ssociação dos V e­teranos da Segunda Guerra Mundial, com sede em Lu- dington, erigiu um monu­mento de seis metros gra­vando os nomes de todos os que tombaram em combate.Um lado do monumento foi deixado livre «para os nomes d a s vítimas da p r ó x im a guerra».

(do semanário M iercoles —La Coruna).

= O Município de She- gnes, Inglaterra, queixou-se contra as previsões meteoro­lógicas divulgadas pela rá­dio, os quais prejudicam 0 movimento turístico local, p o is geralmente anunciam chuvas, quando na realidade faz um dia m a g n íf ic o . . .

( E l P o p u la r — Bogotá)

= A senhora Janet, de 85 anos, percorreu num auto­móvel, com reboque, cerca de 10 países da Europa e depois de a t r a v e s s a r 0 oceano de tíavio, desembar­cou na Austrália, onde ini­ciou agora uma viagem por todo 0 continente.

(de «D iário C atalan» — Barcelona)

ao calor dessas vagas suposições.

O’ meu rico Santo António,Sò tu me podes valer 1 Põe muito ao largo o demónio E chega-me o bem querer 1

E de mãos dadas, por enlre as labaredas que sobem para os céus, dançam de roda e pulam e cantam m ais:

O’ meu rico São João,São João das bem casadas J Escuta o meu coração Como bate âs badaladas !

E a dança e a pulança não têm parança, enquanto as faúlhas sal­picam os ares e as achas crepitam resinosas e verdoengas.. .

O’ meu São Pedro querido, Olha que eu fui sempre teu 1 Tem dó deste amor perdido,E dà-me as chaves do céu J

Só o São Marçal, — coitado! — , como é o dos casados, apenas re­cebe invectivas:

O’ São Marçal, São Marçal, Tu saúde já não logras !Pra viveres menos mal,Sò se matares as sogras!

Mas dança-se ainda, bailarica-se ainda, na despedida anual dos santos das devoções populares, com pena e tristeza de não haver mais santos.. . e mais fogueiras.. . e mangericos!