recursos algológicos em portugal (2007)

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Recursos algológicos em Portugal Ricardo Melo [email protected]

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Page 1: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Recursos algológicos em Portugal

Ricardo [email protected]

Page 2: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Exploração dos recursos algológicos

• Caracterização geral– Perspectiva histórica: usos agrícolas

– Aplicações industriais: colóides

– Diversidade e distribuição geográfica

– Métodos de apanha

• O estado actual– Recursos agarófitos (X)

– Recursos carraginófitos (X)

– O que falhou?

• O futuro– Valorização económica: mercados externos (X)

– Valorização ambiental: sistemas integrados de cultivo (√)

Page 3: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Raízes históricas: a apanha do sargaço

Sargaceiros da Apúlia (foto moderna)Ernesto Veiga de

Oliveira et al. 1975

Page 4: Recursos algológicos em Portugal (2007)

A utilização do sargaço (algaço)

Brasão de Aver-o-Mar com pilha de sargaço

Meda ou pilha de sargaço (Minho litoral)

Campo de masseira, escavado na duna e adubado com sargaço

(Aguçadoura)

Page 5: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Aplicações industriais: (fico)colóides

• Constituintes das paredes celulares (s.l.) das algas

• Hidrossolúveis e com propriedades coloidais

• Polisacarídeos complexos, de cadeias longas e carga global negativa (resíduos sulfato)

– Galactanos (algas vermelhas): ágares e carragenanos

• Muitas aplicações na indústria: alimentar, farmacêutica, bio-médica (outras)

– Introdução ao ágar - extraído de algas agarófitas• http://www.cybercolloids.net/library/agar/introduction.php

– Introdução aos carragenanos - extraídos de algas carraginófitas

• http://www.cybercolloids.net/library/carrageenan/intro.php

Page 6: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Gelidium sesquipedale (agarófita)

Page 7: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Chondrus crispus (carraginófita)

© M. Guiry

Page 8: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Mastocarpus stellatus (carraginófita)

© M. Guiry

Page 9: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Zonas de apanha de algas

Minho 1

Douro Litoral 2

Beira Litoral 3

Estremadura 4

Baixo Alentejo 5

Algarve 6

Page 10: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Barco da apanha de algasCabo Espichel, c. 1990

© R. Santos

Page 11: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de algas - SW Alentejano (1)

© J. Mariano

Page 12: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de algas - SW Alentejano (2)

© J. Mariano

Page 13: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de algas - SW Alentejano (3)

© J. Mariano

Page 14: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de algas - SW Alentejano (4)

© J. Mariano

Page 15: Recursos algológicos em Portugal (2007)

João Mariano, Trabalho_de_Fundo (2001)

© J. Mariano

Page 16: Recursos algológicos em Portugal (2007)

http://www.joaomariano.com/

Page 17: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de agarófitas (1)

Page 18: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de agarófitas (2)

Page 19: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de agarófitas (3)

Page 20: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de agarófitas nos AçoresPterocladiella capillacea

Page 21: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Apanha de carraginófitas

Page 22: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Agarófitas vs. carraginófitas

Page 23: Recursos algológicos em Portugal (2007)

O que falhou?

Competitividade empresarial e investimento

Envolvente sócio-económica das comunidades

Preservação ecológica e

gestão científica

Nós não fomos!...

Page 24: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Gestão da apanha:

CPUE (catch per unit of effort)

Nome da embarcação: Mestre da embarcação:

Data: MANIFESTO DIÁRIO DE APANHA

Nome da embarcação: Mestre da embarcação:

Data: MANIFESTO DIÁRIO DE APANHA

Nome da embarcação: Mestre da embarcação:Nome Mergulhador 1: Nº da Licença:Nome Mergulhador 2: Nº da Licença:Nome Mergulhador 3: Nº da Licença:Nome Mergulhador 4: Nº da Licença:

Nome da embarcação: Mestre da embarcação:Nome Mergulhador 1: Nº da Licença:Nome Mergulhador 2: Nº da Licença:Nome Mergulhador 3: Nº da Licença:Nome Mergulhador 4: Nº da Licença:g ç

Apanhador Safra Tempo mergulhoLatitude Longitude (nº) Kg (m)

1

Coordenadas do Local CPUE (kg/homem/hora)

g ç

Apanhador Safra Tempo mergulhoLatitude Longitude (nº) Kg (m)

1

Coordenadas do Local CPUE (kg/homem/hora)

2341

2341234

234

Page 25: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Relação entre CPUE e apanha cumulativa

A determinação do CPUE permite o cálculo de vários parâmetros da apanha:

CPUEt = qN0-qKt

•Relação linear entre CPUE e apanha cumulativa

•Intersecção com o eixo X representa o standing stock existente antes da apanha

•Inclinação da recta representa capturabilidade

standing stock = biomassa total para captura

Page 26: Recursos algológicos em Portugal (2007)

O futuro da fileira algas…

Indique com um X a opção pretendida...

Page 27: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Valor total ≈ US$ 300 000 000

Fonte: McHugh 2003

Produção mundial de carragenanos

Page 28: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Produção mundial de ágar

Fonte: McHugh 2003 Mercado da agarose ≈50 t year-1

≈118 M (2000-04)

Page 29: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Mercado global de ágar (export.)

Total mundial inclui ágar de Gracilaria spp. (Fonte:FAO Fisheries)

Page 30: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Produção global de Gelidium

(Santos e Melo, ISS 2007, Japão )

Page 31: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Valorização ambiental e económica

• Sistemas integrados de cultivo• Novos produtos

© R. Santos, CCMar-UAlg

Page 32: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Maricultura em sistemas integrados

Neori et al. Aquaculture 186:279-91, 2000

Page 33: Recursos algológicos em Portugal (2007)

Algumas referências:

• McHugh, DJ 2003. A guide to the seaweed industry. FAO Fisheries Technical Paper441. (http://www.fao.org/docrep/006/y4765e/y4765e00.htm)

• Melo, RA 1998. Gelidium commercial exploitation: natural resources and cultivation. Journal of Applied Phycology 10: 303 – 314. (http://dx.doi.org/10.1023/A:1008070419158)

• Melo, RA 2002. Exploração dos recursos algológicos em Portugal. Em: Martins-Loução, MA (ed.) Fragmentos em Ecologia, FCUL-Escolar Editora, pp. 45-65.

• Neori, A, T Chopin, M Troell, A H Buschmann, G P Kraemer, C Halling, M Shpigel e C Yarish 2004. Integrated aquaculture: Rationale, evolution and state of the art emphasizing seaweed biofiltration in modern mariculture. Aquaculture 231: 361-391. (http://dx.doi.org/10.1016/j.aquaculture.2003.11.015)

• Schuenhoff A, L Mata e R Santos 2006. The tetrasporophyte of Asparagopsis armataas a novel seaweed biofilter. Aquaculture 252: 3-11. (http://dx.doi.org/10.1016/j.aquaculture.2005.11.044)

• Zemke-White, WL e M. Ohno 1999. World seaweed utilization: An end-of-century summary. Journal of Applied Phycology 11: 369 – 376. (http://dx.doi.org/10.1023/A:1008197610793)