recristalização e purificação da acetanilida · 9têm alta capacidade de coletar seletivamente...
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Recristalização e Purificação
da Acetanilida
Química Orgânica ExperimentalDocentes :
Prof. Dr. José Eduardo de OliveiraProf. Amanda Coelho Danuello
Discentes:Daniela Corsino SandronFernando Monteiro BorgesWillian Richard Rodrigues
Docente: PARÁ vulgo Rafael Rodrigues Hatanaka
RecristalizaçãoProcesso utilizado para purificação de sólidos por remoção de impurezas
tendo como base a diferente solubilidade do produto que se pretende purificar
Onde se usa este processo?Um exemplo: processo de produção do sal marinho
Coleta/Lavagem
Água do Mar Evaporadores Cristalizadores
Estocagem Distribuição/Venda
100 mL H2O (ebulição)X G de acetanilida → metade do que foi preparadoImpurezas: Quinona, Anilina, Ácido Acético, Acetato de Sódio
2- Adicionar carvão (~0,2 G ) Quando a H2O estiver a aproximadamente 80°C3- Agitar a mistura e aquecer por alguns minutos4- Filtração a quente5- Recolher o filtrado
Recristalização e Purificação da Acetanilida1– Escolher o melhor solvente.
Solução filtrada (acetanilida e impurezas solúveis) Impurezas insolúveis e carvão ativo com substâncias adsorvidas6- Recristalizar
7- Separar os cristais por filtração à pressão reduzida8- Fazer a lavagem9- Secar com passagem de ar
Cristais de acetanilida purificada e pequenas quantidades de solvente
Solução filtrada contendo pequena quantidade de acetanilida e impurezas solúveis que estavam na água mãe
10- Secar a amostra em dessecador por uma semana11- Pesar a amostra e calcular o rendimento12- Determinar o ponto de fusão
Cristais de acetanilida
Escolha do solvente
Deve possuir baixo ponto de ebulição para que possa ser facilmente removido da substância a ser recristalizada
Não escolher um solvente que tenha ponto de ebulição mais alto do que o composto a ser recristalizado
Dissolve bem o sólido quando éaquecido
Baixa dissolução à temperatura ambiente
Não deve reagir com a substância a ser recristalizada
Outros fatores como a facilidade de manipulação, a volatilidade, inflamabilidade, caráter tóxico e o custo também deve ser levado em conta
SolubilidadeA curva de solubilidade pode ser útil na escolha do solvente:
Gráfico da solubilidade versus temperatura
/°C
Solvente Temperatura /ºC G soluto/100 mL solução
Água 100 5Água 80 3,45Água 50 0,84Água 25 0,54Água 20 0,46Etanol 20 29Etanol 78 167Metanol 20 33Clorofórmio 20 27Acetona 20 25Glicerol 20 20 Dioxano 20 12,5Éter etílico 20 5,6
Solubilidade da acetanilida
Informações Essenciais Solvente P. E. /ºC P.F. /°C Periculosidade
Água 100 0 nenhuma
Etanol 78 -114 inflamável
Éter etílico 35 -123 inflamável
Clorofórmio 61 -63,5 não inflamável, tóxico
Acetona 56 -94 inflamável
Benzeno 80 5 inflamável, tóxico
ACETANILIDA 304 - 305 113 - 115nocivo por exposição aguda, apresenta graves riscos para a saúde se inalado,
ingerido ou em contato com a pele
Testes de solubilidade0,1 G de acetanilida em pequenos tubos de ensaio0,1 G de acetanilida em pequenos tubos de ensaio
- Adicionar em cada tubo 3mL de solvente: água, etanol, éter etílico, clorofórmio, acetona e benzeno- Agitar vigorosamente
acetanilida + solventeacetanilida + solvente
- Aquecer até ebulição (em banho-maria)Se o solvente apresentar periculosidade aquecer
na capela
SOLVENTE IDEAL!
- dissolver a com a menor quantidade possível do melhor solvente
a quente
- adicionar o pior solvente
amostra
solução turva
solução clara
- adicionar o melhor solvente até que desapareça a turvação
E se a amostra for bastante solúvel em um solvente e pouco solúvel em outro?
Combinação de solventes → Devem ser completamente miscíveis
éter-acetonaéter-éter de petróleobenzeno-ligroínaéter-metanoldioxano-água
metanol-águaetanol-águaácido ácético-água acetona-águacloreto de metila-metanol
Remoção de impurezas coloridas ou resinosas
Porque remover impurezas?
Durante a recristalização estas impurezas são
absorvidas pelos cristais que se formam pelo resfriamento
resultando em um produto colorido
Carvão ativado
É uma forma do carbono puro com partículas de baixa granulometria que
adsorvem impurezas sem modificar a composição química da substância a ser
tratada
Têm alta capacidade de coletar seletivamente gases, líquidos ou impurezas no
interior de seus poros
Tipos de carvão ativo:
- Animal: mais barato, porém não tão bom
- Vegetal: obtido da madeira. É bem eficaz pois a celulose contém mais grupos
OH na superfície
Aplicações do carvão ativado
neutralizador de odores sistemas de filtragem de aquários
purificação de água
Em casos de intoxicação:50 gramas
diluídasnum copo
d’água
dores no estômago, mau hálito, aftas, gases intestinais, diarréias infecciosas, intoxicações e
outros
Quantidade a ser adicionada: 1 a 2% da massa da amostra
Excesso de carvão ativo leva a perdas do material a ser purificado
Atenção:
NÃO deve ser adicionado sobre a solução em ebulição
CUIDADO para não aspirar. O pó fino é prejudicial aos pulmões
Pode provocar uma grande agitação na solução levando ao
derramamento e perda da amostra
Filtração a Quente
Objetivo: remoção de
impurezas ou outros
materiais insolúveis que
iriam contaminar o sólido
durante a cristalização
Esta operação tem que ser realizada a
quente para evitar a precipitação de cristais
do sólido que seriam filtrados neste passo
O liquido a ser filtrado é levado a ebulição e
colocado no papel de filtro em pequenas
proporções
A operação deve ser feita rapidamente, evitando a cristalização da
acetanilida no filtro ou no funil (durante o processo o funil pode esfriar)
Se os cristais começarem a se formar durante a filtração, um mínimo de
solvente em ebulição é adicionado para redissolver os cristais e permitir que a
solução passe pelo funil
Tomar bastante cuidado durante a realização!!
Observações:
Antes da filtração, pode ser necessário a remoção do solvente extra por
evaporação até a solução tornar-se saturada no ponto de ebulição do solvente
Como ocorre a recristalização?Cristalização rápida:
A rede cristalina forma-se tão rapidamente que as impurezas são “capturadas” durante o processo de cristalização
O sólido permaneceimpuro
Cristalização lenta:
Forma-se a rede cristalina e as impurezas solúveis permanecem na solução
O sólido é purificado
O seu ponto de fusão corresponde ao valor tabelado
O resfriamento deve ser lento (a temperatura ambiente) para que se formem
cristais puros e perfeitos
Cuidados na RecristalizaçãoCaso não ocorra a cristalização espontânea deve-se arranhar o interior do
recipiente com um a bastão de vidro ou adicionar alguns cristais do produto;
Se houver a formação do óleo deve-se adicionar um pouco de solvente e
aquecer para solubilizá-lo, a formação de óleo também pode ocorrer pela
presença de impurezas. Se mesmo assim houver a formação de óleo deve-se
adicionar carvão ativo e recomeçar a recristalização;
Secagem dos cristais
estufa (verificar antes o ponto de fusão do
material)
dessecador a pressão reduzida ou
presença de um agente secante (sílica gel)
Verificação do rendimento da acetanilida obtida
Rendimento =massa da acetanilida final x 100
massa da acetanilida inicial
Ponto de fusão
O ponto de fusão reflete:
o grau de pureza de uma substância e
a temperatura na qual o sólido cristalino se tornou
completamente líquido
Após dissecar por uma semana:
Correção do ponto de fusão Observações
O ponto de fusão teórico da acetanilida é em torno de 114 °C, o valor
encontrado pode ser menor que o valor da literatura.
Tem-se observado valores em torno de 84 °C, devido a formação de um
sistema binário entre água e acetanilida.
Isso significa uma provável presença de impurezas, pois a mistura de dois
sólidos que formam ponto eutético sempre terá ponto de fusão menor que uma
espécie pura.
Um sólido puro tem uma fusão bem definida se a faixa de ponto de fusão
obtida varia em torno de 0,5–1,0 ºC.
Ele apresenta uma fusão bem definida porque as forças de atração entre suas
partículas são as mesmas.
Entretanto, a presença de uma impureza numa matriz cristalina interrompe a
sua estrutura uniforme e enfraquece as forças de atração.
Um sólido impuro funde em uma temperatura mais baixa e em
uma faixa mais ampla. Assim, o ponto de fusão de um sólido é útil tanto na
identificação de uma substância como também é uma indicação de sua pureza.
Efeito da impureza sobre o ponto de fusão
μa =μa* + R T lnxa
Pote
ncia
l Qui
mic
o, µ
Solido Liquido Vapor
Tfusão TebuliçãoNova Tfusão Nova Tebulição
Temp.
BibliografiaALLINGER, N. L., CAVA, M. P., DEJONGH, D. C., JOHNSON, C. R., LEBEL, N.
A.,STEVENS, C. L., Química Orgânica, 2º ed., Guanabara Dias, RJ, 1985.
VOGEL, A. I., Química Orgânica, 3a ed., USP, RJ, 1981.
FESSENDEN, R. J., FESSENDEN, J. S., FEIST. P., Organic Laboratory Techniques,
3º Ed., Brooks Cole, Canada, 2000.
BUDAVARI, S., et al, The Merck Index, 12th , USA, 1996.
CONSTANTINO, M.G., et al; Fundamentos de Química Experimental, USP, SP, 2004.
http://www.labjeduardo.iq.unesp.br
Web-bibliografia
Contaminações das impurezas
4 principais tipos de coprecipitação:
CoprecipitaçãoCoprecipitação
Contaminação de um precipitado durante a separação da
fase sólida.
‐ É largamente determinada pelo fenômeno da adsorção.
Contaminação de um precipitado durante a separação da
fase sólida.
‐ É largamente determinada pelo fenômeno da adsorção.
Por adsorção superficial: O contaminante é um composto formado por íons adsorvidos na
superfície do sólido com íons de carga oposta presente na solução;
Por inclusão isomórfica: O contaminante é incorporado à rede cristalina sem causar
distorção apreciável à rede. Para isso, as duas substâncias devem ter semelhança química e o
mesmo tipo de estrutura cristalina;
Por oclusão: O contaminante é incorporado como imperfeições no interior do cristal;
Por inclusão não isomórfica: Quando o contaminante em grande quantidade, é incorporado
à rede cristalina provocando distorções e imperfeições no cristal hospedeiro;