realização - 13º prêmio brasil...
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Realização
Patrocínio
Prêmio Brasil Ambiental
Dez anos De incentivo às boas práticas empresariais
outubro/2015
SUMÁRIO
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Quem somos 6AmCham Rio: fomentando negócios e o desenvolvimento do Brasil
Carta do presidente 8Compromisso com o crescimento: envolvimento, dedicação e empenho transformam o mundo
Aniversário 10O reconhecimento de mais de 60 projetos em uma década
História 12Linha do tempo: os fatos que marcaram a primeira década do prêmio
Visão estratégica 14Patrocinadores: quais são as empresas que investem no incentivo à sustentabilidade
Ranking 22A lista dos vencedores: conheça as empresas mais premiadas nestes dez anos
Cases premiados 24Campeões: as experiências que se destacaram e registram a evolução do desenvolvimento sustentável dentro das empresas no Brasil
Expediente 54
Agradecimentos 55
Fomentando negócios
e o desenvolvimento do Brasil
AMCHAM RIO
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
8
A Câmara de Comércio Americana do Rio de
Janeiro (AmCham Rio), fundada em 1916, foi
a primeira estabelecida na América Latina.
Naquele ano, o mundo vivia a Primeira Grande Guerra,
que redesenhava a política e a economia mundial. No
Brasil, o nono presidente da República, Wenceslau
Braz, governava do Palácio do Catete. O Rio era a capital
política e cultural do País.
A Amcham Rio teve como fundadoras as empresas
americanas recém-chegadas ao Brasil American Bank
Note Co. (atual Valid), Bethlehem Steel, Burroughs
Adding Machine Co.
(hoje Unisys Brasil),
Citibank N.A., Cutler-
Hammer do Brasil, Esso
Brasileira de Petróleo,
Elevadores Otis, General
Electric, Middletown
Car Co., Midvale Steel,
R. G. Dun & Co., Singer
Sewing Machine Co.
e Texaco Brasil (atual
Chevron). E foi fundada
com o objetivo de
construir uma rede de apoio e serviços que facilitasse
parcerias e, consequentemente, o desenvolvimento de
novos negócios no País em um momento de intensas
transformações nas relações comerciais, políticas e
culturais do mundo.
Desde então, a AmCham Rio representa os interesses
de seus associados nas esferas públicas e privadas,
promovendo networking, difundindo conhecimento
e fortalecendo as relações bilaterais comerciais com os
Estados Unidos.
Em 1998, a AmCham Espírito Santo se torna filial da
câmara fluminense e hoje, quase cem anos depois da
fundação, a entidade representa mais de 250 empresas
de grande, médio e pequeno porte de diferentes
segmentos da economia, que respondem por 70% do
PIB do Estado do Rio de Janeiro, além de associações
de classe e entidades da sociedade civil e de 24 grupos
capixabas líderes em sua área de atuação.
Afiliada à Association of American Chambers of
Commerce in Latin America – Aaccla e à U.S. Chamber
of Commerce, maior entidade empresarial privada do
mundo, a AmCham Rio possui parceiros estratégicos
como o Brazil-U.S. Business Council – BUSBC, o Sistema
Firjan, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, e a
Rio Negócios, entre outras instituições. Com uma
rede de mais de 4 mil colaboradores de diferentes
organizações e setores da economia e, sem fins
lucrativos, a câmara é financiada exclusivamente pela
contribuição dos associados.
A atuação da AmCham Rio parte dos comitês setoriais
e executivo, que definem estratégias e ações específicas
para cada área, discutem temas relevantes, realizam
missões comerciais, desenvolvem cursos e eventos.
São 11 comitês e dois subcomitês temáticos voltados
para a promoção de uma rede estratégica de networking
com foco no relacionamento, no debate para troca
de conhecimento e na geração de oportunidades de
negócios entre associados. O Comitê de Assuntos
Jurídicos integra o Subcomitê de Propriedade Intelectual
e um segundo voltado para Assuntos Tributários. Os
demais comitês são dedicados ao setores de energia;
entretenimento, esportes e cultura; logística e
infraestrutura; tecnologia da informação e comunicação;
saúde; seguros, resseguros e previdência; recursos humanos;
marketing; meio ambiente; e responsabilidade social
empresarial. A câmara também integra um grupo dedicado
ao setor de óleo e gás, formado por 30 representantes da
cadeia produtiva que participam do debate legislativo e
regulamentar no Brasil e nos Estados Unidos.
Mais de cem eventos são realizados por ano para troca de
ideias e apresentação de novos conteúdos, com destaque
para a conferência internacional de energia Brazil Energy
& Power e o Prêmio Brasil Ambiental. A câmara também
participa ativamente da principal feira no setor de óleo e
gás: a Rio Oil & Gas.
Em outra frente,
para estimular o
desenvolvimento
de redes estratégicas
de relacionamento
e incentivar novas
parcerias e novos
negócios, a AmCham
Rio promove
missões comerciais
internacionais. A
agenda inclui visitas
técnicas, participação em eventos, parcerias e ganho
de know-how internacional. A câmara também
realiza o AmCham Rio Professional Development,
programa de cursos de especialização e reciclagem
para profissionais associados e não associados nas
instalações da entidade ou no modelo in company, com
conteúdo e formato customizado.
Com periodicidade trimestral, a revista Brazilian Business
é o principal canal de comunicação com os associados
e não associados. Ela reúne notícias e opiniões sobre
economia, oportunidades de investimento, estratégias
comerciais e temas relevantes no cenário empresarial.
Com estas e outras iniciativas, exclusivas ou não para
associados, a AmCham Rio busca o engajamento público
e privado para a geração de parcerias, o fomento de
novos negócios e o desenvolvimento do Brasil.
A AmCham Rio representa os interesses de seus
associados nas esferas públicas e privadas, promovendo
networking, difundindo conhecimento e fortalecendo as
relações bilaterais comerciais com os Estados Unidos.
Quem somos
9
Compromisso com o
desenvolvimento sustentável:
envolvimento, dedicação e empenho
transformam o mundo
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
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Quase um século depois da fundação, a Câmara
de Comércio Americana do Rio de Janeiro
(AmCham Rio) renova seu compromisso:
construir com a iniciativa privada e com instituições
parceiras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo um
ambiente de negócios melhor. Com essa missão clara, nós
nos dedicamos à geração de oportunidades, à promoção do
networking e ao estímulo ao desenvolvimento de relações
comerciais estratégicas entre Brasil e Estados Unidos.
Nossa pauta de prioridades é norteada pelo
desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Os dez anos
do Prêmio Brasil Ambiental
– PBA são um exemplo disso.
Uma década promovendo
transformações e avanços a
partir do reconhecimento às
organizações que investem em
projetos fundamentados no
desenvolvimento sustentável
como premissa para os negócios e
para o Brasil.
Já acompanhamos muitos
acontecimentos e transformações políticas, econômicas
e sociais, em contextos de crise inclusive. Em qualquer
cenário, reafirmamos nosso compromisso com o
crescimento sustentável do País, propondo caminhos
capazes de levar ao desenvolvimento. Nossa estratégia
é o diálogo. Defendemos mudanças fundamentais para
nossa economia. Buscamos permanentemente a agenda
positiva, com uma atuação propositiva e colaborativa. O
Brasil possui o sétimo maior PIB do mundo, mas ocupa a 22a
posição no ranking de exportações, com 1,3% do total das
vendas globais. Evidentemente, precisamos intensificar a
integração do País às cadeias produtivas globais.
A internacionalização das empresas representa um
enorme potencial para negócios. Estimular a presença
de pequeno, médio e grande porte que investem no
desenvolvimento sustentável como premissa de
negócio. Estimulamos a multiplicação dessas iniciativas
transformadoras, incentivando que outras organizações
adotem essas experiências de sucesso.
Com abrangência nacional, o Prêmio Brasil Ambiental
destaca ações desenvolvidas nos grandes centros, com
projetos realizados no Rio de Janeiro, em São Paulo e em
outras capitais de todo o País, até ações implantadas em
pequenas cidades do interior, como Entre Rios do Sul
(RS), Capivari de Baixo (SC), Guaraqueçaba (PR), Apuí
(AM) e a Bacia do Tucano (BA).
Cada projeto vencedor do
Prêmio Brasil Ambiental
conta um pouco da história
da sustentabilidade no País,
apontando as empresas que
vêm desenhando nosso
desenvolvimento sustentável.
A AmCham Rio atua como
uma caixa de ressonância
dessas iniciativas, um
estímulo para que mais empresas revejam suas práticas,
criando ou adotando experiências que já deram certo
em outras organizações.
A publicação Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos
de Incentivo às Boas Práticas Empresariais traz mais
de 60 projetos que ganharam o PBA nestes últimos
dez anos. Mostramos como foram executados, os
resultados e em que contexto foram desenvolvidos.
Lembrar de todas essas iniciativas é motivo de
orgulho para nós e registra que envolvimento,
dedicação e empenho transformam o mundo.
Rafael Sampaio da Motta
de nossas companhias no mercado americano pode
contribuir significativamente para elevar a arrecadação,
equilibrar a balança de pagamentos e fortalecer a cadeia
de produção no mercado local.
Ampliar a carteira de negócios, gerando riqueza de forma
consistente em novos segmentos como transporte, logística,
indústria criativa e tecnologia, é outro caminho de grande
potencial atualmente. Compartilhar cenários e dados
confiáveis é o nosso papel. Acesso rápido à informação de
qualidade é crucial para tomadores de decisão.
Dessa forma, a AmCham Rio, mais uma vez, dá suporte
às empresas para se preparar melhor para o futuro. As
associações estabelecem que não estamos sozinhos, ao
formatar estruturas seguras, que nos tornam mais fortes
e capazes de competir. Assim é a AmCham Rio: fazemos
as coisas darem certo.
Em ambientes de dificuldade econômica, como o que
estamos vivendo hoje, reunimos lideranças que dão
bons exemplos com objetividade e eficiência, inspirando,
engajando e mobilizando atores sociais. Priorizamos
e damos espaço privilegiado à participação de líderes
empresariais nas ações estratégicas.
O Prêmio Brasil Ambiental é uma dessas ações.
Colocamos em evidência a atuação baseada em melhores
práticas socioambientais, reconhecendo empresas
Ampliar a carteira de negócios, gerando riqueza
de forma consistente em novos segmentos como
transporte, logística, indústria criativa e tecnologia,
é outro caminho de grande potencial atualmente.
Carta do presidente
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
O reconhecimento de mais de 60 projetos em uma década
12
Mais de 60 projetos premiados,
divulgando as experiências e os
resultados conquistados por cerca
de 40 empresas e instituições
– organizações que adotaram
a sustentabilidade como pilar
estratégico e protagonizam o
desenvolvimento econômico do
Brasil. Mais de 50 jornalistas e
lideranças de entidades setoriais,
representantes do poder público
e especialistas envolvidos na
avaliação e escolha das melhores
práticas. Com esses números,
a AmCham Rio comemora
os dez anos do Prêmio Brasil
Ambiental – PBA promovendo
a sustentabilidade no mercado
empresarial brasileiro.
Criado pelo Comitê de Meio Ambiente, que reúne
líderes empresariais e especialistas das organizações
associadas à AmCham Rio, o PBA tem o objetivo de
estimular empresas a desenvolver práticas socioambientais
em plantas fabris, operações e processos. O prêmio reconhece
e divulga as melhores iniciativas para que outros grupos
possam adotar as ações compatíveis com suas operações.
A iniciativa é aberta a todas as empresas com atuação
no Brasil, além de instituições de pesquisa e entidades
sem fins lucrativos que tenham projetos diretamente
ligados ao setor privado. O PBA contempla atividades de
sustentabilidade já concluídas ou em implantação, dando
espaço para projetos em diferentes fases de maturação.
Nestes dez anos, o PBA conjugou visões corporativas
complementares sobre sustentabilidade. Às iniciativas
voltadas para a preservação do meio ambiente nas
organizações se uniram práticas sociais e culturais que
fortalecem a atuação sustentável das empresas, impactando
os próprios números financeiros e as comunidades onde
atuam social e culturalmente e, no longo prazo, o planeta.
Lançada com o tema “O desenvolvimento industrial e o
meio ambiente”, a 1ª edição do PBA possibilitava às empresas
se inscrever em cinco categorias: Gestão de Águas, Gestão
de Resíduos Sólidos, Florestas (mais tarde adaptada para
Preservação e Manejo de Ecossistemas), Mecanismo e
Desenvolvimento Limpo (incorporada à Gestão Sustentável)
e Educação Ambiental (ampliada para Responsabilidade
Socioambiental). Em 2010, o prêmio acrescentou novas
categorias com foco na esfera ambiental, como Emissões
Atmosféricas e Inovação Ambiental. Nesse período, o PBA
lançou mão de categorias especiais temporárias: Texto
Jornalístico, que provocou a imprensa nacional a pensar e
analisar assuntos caros ao desenvolvimento sustentável, e
Patrimônio Cultural Brasileiro, tema central da 9a edição do
Prêmio Brasil Ambiental.
Dez anos se passaram desde que a AmCham Rio
entendeu a importância de fomentar e reconhecer boas
práticas socioambientais. Empresas e instituições do País
inteiro apresentam seus avanços e ensinam como tornar
o dia a dia empresarial mais sustentável.
A EVOLUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A ONU começou a discutir questões ambientais nos anos 1970. A Conferência das Nações Unidas Para o Meio Ambiente
Humano, realizada, em 1972, na Suécia, foi o primeiro grande encontro dedicado ao tema, gerando a Declaração de
Estocolmo. O documento registra, entre outros pontos, que os recursos naturais devem ser preservados em benefício
das gerações atuais e futuras e que, mediante um cuidadoso planejamento ou administração adequada, fica protegida a
soberania dos Estados sobre seus recursos naturais desde que sem prejuízo a outros países. A cooperação mútua também
ganha destaque, assim como a educação ambiental é entendida como indispensável e o intercâmbio de informação e de
experiências científicas atualizadas deve ser objeto de apoio e assistência para facilitar a solução de problemas. A ciência e a
tecnologia para descobrir, evitar e combater riscos que ameaçam o meio ambiente para solucionar problemas ambientais e
para o bem comum da humanidade também devem ser utilizadas para contribuição ao desenvolvimento econômico e social.
As diretrizes foram consolidadas e ampliadas no conceito da sustentabilidade no fim dos anos 1980, com o Relatório
Brundtland, criado pela Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU. O documento, conhecido
como Nosso Futuro Comum, conceitua desenvolvimento sustentável, de forma resumida, como a garantia de se atender
às necessidades básicas da geração atual sem comprometer a capacidade de satisfazer as necessidades das próximas
gerações. Mais uma década e, nos anos 1990, o sociólogo inglês John Elkington apresentava o conceito do triple bottom line
(people, planet and profit). Agora, o desenvolvimento sustentável integrava estrategicamente a preocupação com o planeta
e o meio ambiente com a saúde financeira e as pessoas, jogando luz a questões como inclusão social e desenvolvimento
humano. Mas o conceito da sustentabilidade segue evoluindo e, hoje, já abrange também as visões cultural, política e
espiritual, no sentido da individualidade, como outros pilares do desenvolvimento sustentável.
Aniversário
13
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Linha do tempo:
os fatos que marcaram a primeira década do prêmio
2005 2006 2007 2008 2009
Companhia Siderúrgica Tubarão /
ArcelorMittal – Fundação Grupo Boticário
de Proteção à Natureza – Sadia – Samarco
Mineração – Usinaverde – White Martins
Com cinco categorias (Uso Racional da
Água; Gestão de Resíduos Sólidos; Educação
Ambiental; Florestas; e Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo), o Prêmio Brasil
Ambiental – PBA estreou em um ano
estratégico. As emissões geradas pelo
desmatamento e as mudanças no uso da
terra passaram a integrar oficialmente as
discussões nas conferências da ONU.
Brascan Energética – IBM – Petrobras – Suzano
Papel e Celulose e Petroquímica – Tractebel Energia
Declarado Ano Internacional dos Desertos e da
Desertificação, 2006 fez história quando, pela
primeira vez, o setor privado pôde participar da
Conferência da ONU. Representantes de mais
de 150 países se reuniram no Brasil para discutir
biossegurança, acesso e repartição de benefícios
e implementação dos direitos das populações
tradicionais sobre biodiversidade na COP 8, em
Curitiba. O presidente Lula foi reeleito; a Itália
comemorou o tricampeonato na Copa do Mundo, na
Alemanha; e Plutão deixou de ser considerado planeta
pela União Astronômica Internacional.
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Petrobras – Solví – Tractebel Energia
O Painel Intergovernamental Sobre Mudanças
Climáticas – IPCC alertou para os perigos
crescentes do aquecimento global. O Prêmio
Nobel da Paz foi recebido pelo ex-vice-
presidente americano Al Gore, que se tornou
popular em todo o mundo com o documentário
Uma Verdade Inconveniente, lançado em 2006.
O filme destacou a campanha presidencial do
político, evidenciando sua agenda ambiental e o
foco nas mudanças climáticas. O tema florestas
ganhou evidência na COP 13.
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Devon Energy – Fundação Grupo Boticário de Proteção
à Natureza – Gazeta do Povo / Mauri König – Tractebel
Energia / Consórcio Machadinho – Unibanco – Vale
O PBA lançou a categoria Texto Jornalístico. A iniciativa
buscou destacar os veículos e profissionais de imprensa
engajados com o desenvolvimento sustentável do País.
A COP 9 discutiu agricultura, florestas, acesso a recursos
genéticos, biodiversidade e áreas protegidas na Alemanha.
Não houve grandes avanços dos países em desenvolvimento
sobre novo acordo climático global. E, em março de 2008,
ocorreu o início da maior crise financeira global desde 1929.
O senador Barack Obama foi eleito o primeiro presidente
negro dos Estados Unidos. O mundo assistiu aos Jogos
Olímpicos da China, em Pequim.
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ArcelorMittal Tubarão – Celulose Irani –
Diário da Região – El Paso – Klabin – SMA
Cabos e Sistemas
Foi instituída a Política Nacional Sobre
a Mudança do Clima, que oficializou o
compromisso do Brasil de reduzir as emissões
de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9%,
considerando a projeção até 2020. A COP
15, na Dinamarca, reuniu líderes mundiais,
inclusive o presidente do Brasil, e atraiu a
atenção do mundo inteiro para a discussão
sobre mudanças climáticas no evento de
maior repercussão midiática até então.
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2010 2011 2012 2013 2014
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Bradesco – Brookfield Energia Renovável –
Cedae – Construções e Comércio Camargo
Corrêa – Gazeta do Povo – Tractebel Energia /
Consórcio Itá / Fatma/ Ecopef
O 6º PBA ganhou a categoria Inovação
Ambiental e ampliou a de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo para o conceito
de Gestão Sustentável. Durante a COP 10,
no Japão, o Protocolo de Nagoya sobre
acesso aos recursos genéticos e repartição
de benefícios foi aprovado. A COP 16, no
México, criou o Fundo Verde. E a Política
Nacional de Resíduos Sólidos foi lançada no
Brasil. Catástrofes naturais atingiram Haiti e
Chile, entre outros países.
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CanalEnergia – Eletrobras Eletronuclear – Fetranspor – Petrobras – Samarco
Mineração – Tractebel Energia
Em uma edição voltada para o uso da água, o PBA adotou a categoria Uso Racional
de Recursos Hídricos, integrando-a com a de Gestão de Água. Educação Ambiental
foi ampliada para Responsabilidade Socioambiental e Florestas, para Preservação
e Manejo de Ecossistemas. O prêmio também ganhou a categoria Emissões
Atmosféricas, em um ano em que a agenda de clima avançou no mundo. Mais de 190
países participaram da COP 17, na África do Sul, comprometendo-se com ações para
conter o aquecimento global. Foi criada a Plataforma de Durban, em que os países
concordaram em definir, até 2015, metas que deverão ser colocadas em prática a
partir de 2020. A população mundial atingiu 7 bilhões de pessoas. Fortes chuvas na
região serrana do Rio de Janeiro provocaram uma das maiores tragédias climáticas
do País. Um tsunami causado por um terremoto no Japão acarretou na maior
catástrofe nuclear mundial dos últimos 25 anos.
Adecova e Tractebel Energia – Construtora
Norberto Odebrecht – Fiat Automóveis –
Petrobras – Vale
A Rio+20, Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, teve
mais de 3.500 participantes e compromissos
voluntários assumidos por empresas, governos
e sociedade civil, somando mais de US$ 500
bilhões. A Nasa confirmou a existência de
11 novos sistemas planetários e o Centro
Europeu de Pesquisas Nucleares comprovou
a existência do Bóson de Higgs, apelidado de
partícula de Deus por dar massa às demais
partículas subatômicas. A COP 18 prorrogou o
Protocolo de Kyoto até 2020.
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IRO Antares Reciclagem – Firjan – Sesi – GDF Suez (Engie) –
Jones Lang LaSalle – Tractebel Energia – Vale
O 9º PBA criou a categoria especial Patrimônio Cultural
Brasileiro. Em um ano pessimista para a agenda sustentável,
não houve avanços na definição de metas de redução de
emissão de carbono e foi registrado aumento na taxa de
desmatamento no Brasil, após anos de sucessivas quedas.
Barack Obama se reelegeu presidente dos Estados Unidos,
que retomaram o crescimento desde a crise de 2008. O ex-
administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da Agência
de Segurança Nacional americana Edward Snowden divulgou
dados secretos de espionagem realizada pelo governo. No
Brasil, o reajuste de passagens de transporte público foi
gatilho para protestos em todo o País.
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GDF Suez (Engie) – Schlumberger
Serviços de Petróleo – Sindicom / Jogue
Limpo – Tractebel Energia – Vale
O 10º PBA está em consonância com a
entrada em vigor do Protocolo de Nagoya,
que regulamenta internacionalmente o
acesso a recursos genéticos e a repartição
dos benefícios de sua utilização. A
discussão é destaque na COP 11, na Coreia
do Sul, com participação ativa do Brasil.
Porém, o Congresso ainda não ratificou
o tratado. A COP 20, no Peru, aponta as
bases para o pacto contra o aquecimento
global, a ser firmado na COP 21, em 2015,
na França.
História
15
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Quem somos
A BG Brasil é parte do BG Group, que atua na exploração
e produção de óleo e gás e de gás natural liquefeito. No
pré-sal da Bacia de Santos, tem participação em três
blocos, e é operadora de dez blocos da Bacia Barreirinhas,
no Maranhão. Presente no Brasil desde 1994, já investiu
mais de US$ 11 bilhões no País.
www.bg-group.com/brasil/
www.bg-group.com/16/sustainability/
16
educação para maximizar
a inclusão social,
a competitividade
e o desenvolvimento do brasil
A sustentabilidade é parte integrante do nosso negócio no Brasil. O objetivo global da estratégia é demonstrar compromisso com as prioridades nacionais do País, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico por meio de investimentos em educação e tecnologia.
Paulo Macedo,
vice-presidente de Assuntos Corporativos e
Sustentabilidade da BG Brasil
Estamos empenhados em contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e acreditamos que iniciativas como o Prêmio Brasil Ambiental são fundamentais para reconhecer e dar visibilidade às práticas que pautam uma produção eficiente e que são consistentes com uma visão de futuro sustentável.
Nelson Silva,
CEO BG América do Sul
O investimento social da BG Brasil tem a educação como
prioridade. A empresa acredita que este é o pilar do
progresso socioeconômico e a construção de um legado
positivo e duradouro para o País.
Neste sentido, o programa BG Brasil de Educação
Científica promove a inclusão social de crianças e
jovens ao investir no ensino de ciências, tecnologia,
engenharia e matemática em escolas públicas. O objetivo
é estimular o interesse e ampliar as habilidades dos
estudantes por essas áreas de conhecimento, que são
fundamentais para a evolução e a competitividade do
País. Os projetos contemplam capacitação de professores,
desenvolvimento curricular, fornecimento de materiais
e outras atividades.
Além de incentivar o aprendizado em disciplinas
fundamentais para o crescimento profissional, a BG
Brasil contribui para maximizar as oportunidades
de empregabilidade e inclusão social. Este escopo
é composto por diferentes iniciativas: o Prêmio
Jovem Cientista, o Prêmio de Educação Científica,
o projeto Herdeiros do Pré-Sal, o Programa Ciência
e Tecnologia com Criatividade – CTC e o Science,
Technology, Engineering and Mathematics (em
português, Ciência, Tecnologia, Engenharia e
Matemática). O projeto, conhecido por Stem Brasil,
acontece em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no
Rio de Janeiro.
Diretamente conectado à estratégia social em educação
científica, o programa de patrocínios da empresa soma
três grandes ícones culturais do Rio de Janeiro: a
Orquestra Sinfônica Brasileira – OSB, o Museu de Arte do
Rio – MAR e o Museu do Amanhã. A escolha reconhece
os locais como espaços de educação informal e vê a
música, em especial a de concerto, como uma parceira
para a formação de cidadãos.
Visão estratégica – patrocinadores
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Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Quem somos
A Fetranspor reúne dez sindicatos de empresas de ônibus
do Estado do Rio de Janeiro. São mais de 200 empresas,
responsáveis pelo transporte urbano, interurbano, de
turismo e fretamento, que percorrem 3.260 linhas. Com
média de quatro anos, os 22,5 mil ônibus transportam,
diariamente, cerca de 8,1 milhões de passageiros, dos
quais 1,5 milhão de idosos, estudantes e portadores de
deficiência, com acesso livre.
www.fetranspor.com.br
www.facebook.com/fetransporrj
18
além do transporte,
compromisso com
o meio ambiente
A conquista do prêmio foi fundamental para sinalizar a relevância do tema para o setor de transportes, além de reconhecer o nosso compromisso com as questões socioambientais relacionadas ao aquecimento global e à preocupação com a degradação da qualidade do ar que respiramos.
Guilherme Wilson,
gerente de Planejamento e
Controle da Fetranspor
A consciência ambiental de hoje vai determinar a qualidade de vida de amanhã. Incentivar e reconhecer iniciativas que podem otimizar o desenvolvimento sustentável e mudar o comportamento da população é investir nos cidadãos do futuro e na saúde do planeta. A importância do Prêmio Brasil Ambiental, que faz isso há dez anos, é imensurável, pois os resultados se concretizam não apenas em números e índices, mas em conscientização, mudança de cultura e melhoria efetiva para a população.
Lélis Marcos Teixeira,
presidente executivo da FetransporSustentabilidade pauta a estratégia da Federação das
Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio
de Janeiro – Fetranspor. Com o lema “mobilidade com
qualidade”, a entidade assumiu o compromisso de liderar o
processo de aprimoramento dos serviços, oferecendo aos
filiados programas de valorização profissional, educação
corporativa, gestão pela qualidade e responsabilidade
social, além de conciliar sempre os aspectos ambientais da
operação com os financeiros. O foco é buscar resultados
positivos para todos os lados.
Meio ambiente é prioridade para a Fetranspor. A prática
de testar o uso de combustíveis renováveis e criar
indicadores mecânicos que comprovam sua eficiência faz
parte do conjunto de projetos que mostram a preocupação
ambiental. A federação tem a meta de reduzir o
consumo de combustível e de emissões de CO2 e atuar na
conscientização ambiental, com publicações e palestras.
O objetivo é disseminar o conhecimento para o setor
de transportes. A Fetranspor acredita que as empresas
que desenvolvem uma gestão comprometida com a
sustentabilidade têm vantagens competitivas e podem
intensificar ainda mais a rentabilidade do negócio.
Para que as ações sustentáveis sejam pensadas
estrategicamente, a Fetranspor tem uma área de Meio
Ambiente e mantém o Programa Ambiental e um Centro
de Serviços Ambientais como linhas de atuação. As ações
incluem atendimento legal, gestão ambiental, eficiência
energética e controle de emissões.
O resultado dos programas e projetos voltados para a
sustentabilidade fez com que a federação conquistasse
os mais importantes prêmios da área. Com o projeto
Biodiesel B20 – O Rio de Janeiro Anda na Frente, a
Fetranspor ganhou o 7° Prêmio Brasil Ambiental, em 2011;
em 2008, o Prêmio Época de Sustentabilidade reconheceu
o Programa Ambiental Fetranspor; o Convênio Selo
Verde, realizado em parceria com o Conpet/Petrobras e
o Inea, deu outras duas premiações, o 4° Prêmio Brasil de
Meio Ambiente, concedido pelo Jornal do Brasil, em 2009,
e o Prêmio Firjan Ação Ambiental, em 2015; o Programa
Economizar, também em parceria com o Conpet, ganhou o
Top Social – ADVB e o 5° Prêmio Brasil de Meio Ambiente,
do JB, ambos em 2010; e o Centro de Serviços Ambientais
venceu a Bienal ANTP de Marketing, em 2012.
Visão estratégica – patrocinadores
19
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Quem somos
O Instituto Jogue Limpo é uma iniciativa das fabricantes
de lubrificante Castrol, Chevron, Cosan, Ipiranga,
Petrobras Distribuidora, Petronas, Shell, Total e YPF, além
do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de
Combustíveis e de Lubrificantes – Sindicom. O Jogue Limpo
é um sistema de logística reversa das embalagens plásticas
de óleo lubrificante usadas que iniciou sua operação, em
2005, no Rio Grande do Sul e, hoje, opera em 14 Estados,
além do Distrito Federal. O programa já encaminhou para
reciclagem mais de 400 milhões de unidades.
www.joguelimpo.org.br
20
mudança de paradigma
no lixo com responsabilidade
compartilhada
As atividades do Jogue Limpo, que pioneiramente se iniciaram em 2005, no Rio Grande do Sul, realizando a logística das embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas, sempre foram alvo de comentários positivos, elogios e apoio de diversos órgãos ambientais. Isso nos enche de orgulho. No entanto, 2014, foi especial. Receber o 10º Prêmio Brasil Ambiental, na categoria Gestão de Resíduos Sólidos, da AmCham Rio, foi o coroamento em grande estilo de todo o trabalho que hoje já inclui 14 Estados do Brasil e o Distrito Federal.
Rogerio Naccache,
gerente de Operações
Ganhar o Prêmio Brasil Ambiental traz uma alegria imensa, e uma responsabilidade ainda maior. Com muita motivação, buscaremos novas premiações.
Ezio Antunes,
diretor executivo do Instituto Jogue Limpo
O Instituto Jogue Limpo nasceu de uma preocupação:
o que fazer com as embalagens plásticas de lubrificante
usadas? A resposta foi o sistema de logística reversa, no
qual as empresas associadas assumem a responsabilidade
de recolher e dar destino ambientalmente adequado às
embalagens, independentemente dos serviços públicos de
limpeza urbana. A iniciativa também passou a ter um papel
fundamental na conscientização do consumidor e de outros
agentes da revenda varejista e atacadista da responsabilidade
compartilhada no processo do descarte consciente.
Não deixar que resíduos plásticos virassem lixo exigia
uma mudança de paradigma, um grande desafio para
o Jogue Limpo. Mas o setor viu essa transformação
com bons olhos, acreditou nela e adotou a bandeira.
Dez anos depois, o projeto tornou o Jogue Limpo uma
referência nacional de logística reversa em todo o País.
A experiência acumulada na implementação do sistema
facilitou a proposta de modelagem para a Política
Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, e o segmento de
lubrificantes assinou o primeiro acordo setorial com o
Ministério do Meio Ambiente, tornando o programa um
exemplo para todo o Brasil.
Com o objetivo de agregar valor à sociedade como
um todo, a entidade busca reduções significativas no
descarte incorreto, sempre estudando novas ações para
a maior abrangência do recebimento e reciclagem das
embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas no País.
Os modelos econômicos necessitam estar mais alinhados
com a visão de sustentabilidade que o planeta requer.
Há um movimento crescente de conscientização e busca
de soluções para levar a humanidade a um futuro mais
equilibrado e sustentável.
Com foco nesse contexto, o Jogue Limpo se lança
em mais um importante desafio: ser um instituto de
impacto positivo. Para isso, foi elaborado um conjunto de
diretrizes baseado em três pilares. A divulgação massiva,
tanto do trabalho do instituto quanto sobre o descarte
correto das embalagens plásticas, é o primeiro. Só assim
ele se torna conhecido em larga escala e ganha a adesão
do maior número possível de agentes envolvidos em todo
o processo. O segundo pilar é estimular a conscientização
dos públicos de relacionamento do Jogue Limpo,
para que se apoderem do projeto. Esta diretriz inclui
campanhas de educação ambiental e muita informação,
propagada não só pelos canais de comunicação da
entidade como por publicações especializadas.
O último pilar é fazer com que os aspectos financeiro,
cultural, social e ambiental tenham uma gestão
integrada e incorporada aos processos e à estrutura
organizacional do instituto.
Aos poucos, cada peça da engrenagem passa a funcionar,
tornando a operação não somente possível, como
necessária para a indústria. O objetivo é dialogar
com a sociedade e contribuir para que esses valores
transformem a visão de sustentabilidade do Jogue Limpo
em realidade.
Visão estratégica – patrocinadores
21
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Quem somos
A Tractebel Energia, a maior empresa privada de
geração de energia elétrica do Brasil, está presente
em 12 Estados brasileiros, onde opera 27 usinas, entre
hidrelétricas, termelétricas e eólicas. Cerca de 85% da
energia gerada pela companhia tem origem em fontes
renováveis, distribuídas em um parque gerador com
capacidade instalada própria de 7.027,2 MW. Com sede
em Florianópolis, Santa Catarina, a empresa tem cerca de
1,1 mil empregados e alcançou, em 2014, lucro líquido de
R$ 1,4 bilhão.
www.tractebelenergia.com.br
22
Quando a sustentabilidade
se transforma em ativo
Sustentabilidade representa um tema fundamental – transversal e estratégico – a qualquer organização que almeje o sucesso e a perenidade dos negócios a partir das relações que estabelece com o meio ambiente e a sociedade. Aliar crescimento econômico, conservação ambiental e responsabilidade social é a única maneira de construir um futuro melhor para todos.
Manoel Arlindo Zaroni Torres,
diretor-presidente da Tractebel Energia
Na Tractebel Energia, a sustentabilidade vai além das políticas corporativas. É um conceito que sai do papel e se reflete no cotidiano dos negócios, no engajamento de nossos empregados e nas práticas compartilhadas com os diversos públicos que interagem com a Companhia. Constitui, assim, um caminho construído de forma coletiva.
Júlio Cesar Lunardi,
Diretor Administrativo
A Tractebel Energia acredita que a perenidade
dos negócios depende diretamente das relações
estabelecidas com a sociedade e o meio ambiente em
que atua. A companhia manifesta o compromisso com
a sustentabilidade com a Política Tractebel Energia
de Gestão Sustentável. Essa plataforma estabelece as
diretrizes de atuação da empresa, baseadas no respeito ao
meio ambiente como um valor fundamental à identidade
corporativa.
A gestão ambiental realizada pela Tractebel Energia tem
foco na identificação, prevenção e mitigação de possíveis
impactos causados ao meio ambiente em função das
atividades da companhia. A empresa atua sob os
princípios do desenvolvimento sustentável, respeitando
em suas ações o equilíbrio das dimensões ambiental,
social e econômica.
Em busca da sustentabilidade, a companhia se
empenha em fortalecer o relacionamento com
os diferentes públicos com os quais interage, em
especial as comunidades que vivem no entorno
dos empreendimentos. Com ética e integridade,
transparência e diálogo com as partes interessadas, a
empresa busca promover a melhoria da qualidade de
vida e a inclusão social dessas pessoas, priorizando a
valorização cultural das regiões onde está inserida.
O comprometimento com a sustentabilidade da Tractebel
e as boas práticas de governança corporativa conferem
credibilidade e solidez à companhia. Com ações listadas na
Bolsa de Valores de São Paulo – BM&FBovespa, a Tractebel
Energia faz parte do Novo Mercado, relação de empresas
de capital aberto que adotam voluntariamente práticas
de governança. A companhia também integra, há uma
década, o Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE,
ferramenta para análise comparativa do desempenho
das empresas listadas na Bolsa de Valores considerando
a sustentabilidade – eficiência econômica, equilíbrio
ambiental, justiça social e governança. A participação da
Tractebel reitera o nível de compromisso da companhia
com o desenvolvimento sustentável, a equidade, a natureza
do produto, a transparência e a prestação de contas, além
do desempenho empresarial nas dimensões econômico-
financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas.
Dessa forma, os resultados econômicos conquistados,
ano após ano, confirmam a importância do equilíbrio
entre crescimento, conservação ambiental e
responsabilidade social.
Visão estratégica – patrocinadores
23
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Campeões: as experiências que se destacaram
e registram a evolução do desenvolvimento
sustentável dentro das empresas no brasil
24
CONHEÇA TODAS AS EMPRESAS PREMIADAS
Antares Reciclagem
ArcelorMittal
Bradesco
Brascan Energética
BRF
Brookfield Energia Renovável
Camargo Corrêa
CanalEnergia
Cedae
Celulose Irani
Construtora Norberto Odebrecht
Devon Energy
Diário da Região
El Paso
Eletrobras Eletronuclear
Engie
Fetranspor
Fiat Automóveis
Firjan – Sesi
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
Gazeta do Povo
IBM
Indústrias Nucleares do Brasil – INB
Jones Lang LaSalle
Klabin
Petrobras
Samarco Mineração
Schlumberger Serviços de Petróleo
Sindicom
SMA Cabos e Sistemas
Solví
Suzano Papel e Celulose e Petroquímica
Tractebel Energia
Unibanco
Usinaverde
Vale
White Martins
1º TRACTEBEL ENERGIA
A Tractebel Energia é a empresa com mais cases premiados no PBA, vencendo em mais de uma categoria em
alguns anos. Foram dez premiações recebidas pelas iniciativas em preservação e manejo de ecossistemas, emissões
atmosféricas, água e responsabilidade socioambiental. A geradora privada de energia garantiu presença entre os
vencedores do PBA em 2008, 2010, 2011, 2013 e 2014.
“Estar entre as organizações vencedoras do Prêmio Brasil Ambiental sempre representou uma importante conquista para
a Tractebel Energia. O reconhecimento dos projetos socioambientais desenvolvidos fortalece nosso compromisso com a
sustentabilidade e nos motiva a seguir trabalhando por um mundo melhor.”
Manoel Arlindo Zaroni Torres,
diretor-presidente da Tractebel Energia
2º PETROBRAS E VALE
Com cinco premiações cada uma, a Petrobras e a Vale ocupam a segunda posição no ranking do PBA. Água e
inovação ambiental foram foco de atuação da Petrobras, que teve dois cases vencedores em cada categoria, e outro em
responsabilidade socioambiental. A companhia foi premiada em 2006, 2007, 2011 e 2012.
As melhores práticas da Vale voltadas para gestão de resíduos sólidos, emissões atmosféricas, preservação e manejo de
ecossistemas e inovação ambiental garantiram a presença da empresa no ranking do PBA. A mineradora foi premiada
pela primeira vez em 2008, teve dois cases vencedores em 2012 e retornou ao pódio em 2013 e 2014.
“Apoiar iniciativas como essas reforça o compromisso da Petrobras em contribuir para o desenvolvimento sustentável, por
meio do investimento em práticas voltadas para um ambiente ecologicamente equilibrado e socialmente equitativo, gerando
resultados para a sociedade e para a companhia.”
José Aparecido Barbosa,
gerente de Investimento Social da Gerência Executiva
de Responsabilidade Social da Petrobras
3º ENGIE
Desde 2013, a empresa de energia francesa GDF Suez, hoje Engie, tem se destacado no PBA com cases vencedores.
Foram duas premiações já no ano de estreia da participação no prêmio, com experiências de sucesso em emissões
atmosféricas e patrimônio cultural brasileiro. No ano seguinte, a companhia voltou ao pódio com o case em
preservação e manejo de ecossistemas.
“Alinhar a mitigação das mudanças climáticas, a expansão econômica de países em desenvolvimento e ao mesmo tempo
atender às demandas de uma população local carente é motivador e gratificante. O Prêmio Brasil Ambiental permitiu
divulgar e ampliar ainda mais o alcance da nossa iniciativa.”
Philipp Hauser,
VP de Mercados de Carbono da Engie
Ranking
25
Nos últimos dez anos, as ações de sustentabilidade se consolidaram
dentro das empresas.
Esta evolução é visível quando
observamos os projetos que
participaram do Prêmio Brasil
Ambiental – PBA. Sejam eles simples ou
complexos, é interessante observar como
obtiveram resultados expressivos. No
fim das contas, o que vale é o poder de
transformação da ação empregada – e é
o que pode ser conferido nas próximas
páginas, com alguns dos projetos
premiados nas diferentes categorias do
PBA. São projetos que contam a história
da sustentabilidade no Brasil.
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
26
Título da Sessão
água
A crise hídrica que assola o Brasil fechou escolas da rede pública,
desacelerou a produção de muitas indústrias, reduziu o fluxo de água
nas casas e mudou o comportamento das pessoas. O que era uma
realidade avassaladora no Nordeste se instalou nos maiores PIBs
brasileiros, inclusive em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Há dez anos, quando a crise hídrica era um cenário distante do
Sudeste, o PBA já incentivava o uso racional e sustentável dos recursos
hídricos. A categoria Água vem apresentando soluções que aumentam
a competitividade das empresas a partir do uso estratégico desse
importante recurso natural, dando ênfase a cinco vetores: otimização
de processos para a redução da demanda, tratamento de águas residuais
e efluentes, redução de perdas, reúso e controle de poluição.
Cases Premiados
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27
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
ARCELORMITTAL
Gestão sustentável no uso racional da água pela ArcelorMittal Tubarão – 2005
Fundada, em 1983, como Companhia Siderúrgica de
Tubarão – CST, a unidade capixaba da ArcelorMittal
utiliza a água como um recurso fundamental para a
qualidade de vida e para a sustentabilidade da própria
empresa e da bacia hidrográfica onde está inserida.
A política ambiental da companhia busca aumentar
a eficiência para reduzir o consumo. Os efluentes são
tratados e reaproveitados. Com esse foco, o projeto teve
o objetivo de assegurar o cumprimento de normativas
legais, o equilíbrio ecológico aquático e o monitoramento
dos recursos hídricos, visando o desenvolvimento
sustentável dos negócios da empresa.
A água doce bruta é fornecida pelo sistema público de
abastecimento, tratada internamente e destinada ao
consumo humano e a processos industriais. A localização
litorânea permitiu a execução de um projeto que utiliza
95% de água do mar e 5% de água doce. A companhia fez
investimentos em tecnologias de tratamento e recirculação
de água, implementou um laminador de tiras a quente em
2002 e construiu novas unidades produtivas.
Uma estação de tratamento de água de reúso no canal
principal da unidade reutilizou efluentes de esgoto, água de
chuva e alguns setores industriais. Esta estação passou por
recente modernização e tem previsão de captar e reutilizar
mais de 400 m³/h do volume de água necessária para
operar os equipamentos. A unidade ampliou a capacidade
de produção de 5 milhões de toneladas para 7,5 milhões de
toneladas de aço entre 2003 e 2006, sem gerar impactos
ambientais negativos no consumo. Foram executadas
práticas e indicadores ambientais e, em 2015, frente à crise
hídrica da região, foi definido um Plano Diretor de Águas,
que norteia diretrizes de consumo racional.
• O índice de recirculação de água alcançou 97% em 2014,
e o consumo de água doce é hoje referência no setor
siderúrgico, com 2,9 m³/tonelada de aço bruto. A média do
setor siderúrgico é de 96% e 6 m³/tonelada de aço bruto.
PETROBRAS
Conservação e preservação de recursos naturais na sub-bacia do Ribeirão São João (2006) e Piava (2007)
Vencedora em dois anos consecutivos na categoria Água, a Petrobras investiu em ações educativas, com foco em
processos participativos das comunidades. Em 2006, a empresa foi premiada com o case Conservação e Preservação de
Recursos Naturais na Sub-Bacia do Ribeirão São João. O projeto reuniu ações educativas e mitigadoras voltadas para o uso
dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida de famílias residentes na sub-bacia em um programa de educação
e gestão ambiental. Foi realizado um diagnóstico participativo, que gerou o planejamento e um modelo de gestão com
enfoque integrado, estabelecendo uma nova e responsável relação entre a comunidade local e os recursos naturais.
Em 2007, a companhia voltou ao pódio na categoria com o case Piava. Com o objetivo de desenvolver e implementar
uma política de proteção da água nos municípios da Bacia do Itajaí, foi elaborada uma política sustentável de proteção de
nascentes e matas ciliares no local. O caminho adotado também foi o de ações educativas e um modelo participativo de
gestão e fomento de iniciativas de reversão da degradação das pequenas bacias hidrográficas. O Piava atuou em todos os
53 municípios, capacitou e formou uma rede de educação ambiental, mobilizou a comunidade e organizações públicas e
privadas, articuladas por um comitê, fortalecendo a ação municipal.
• Entre os resultados alcançados pelas ações educativas fomentadas pela Petrobras com os projetos premiados estão o
plantio de 453.200 mudas de espécies nativas na floresta ciliar da Bacia do Itajaí; a estruturação de viveiros, capacitando-
os à produção de mudas e coleta de sementes de espécies nativas da região; e a operacionalização do Sistema de
Informações da Bacia do Itajaí – Sibi, com a divulgação de dados online, como mapas e infográficos.
28
FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA
Oásis: água boa para São Paulo – 2008
Diante do cenário de baixa disponibilidade hídrica natural e alta demanda de abastecimento de água em São
Paulo, em 2003, surge o projeto Oásis. A iniciativa se apoia no Pagamento por Serviços Ambientais – PSA, que
premia financeiramente proprietários particulares que protegem áreas de vegetação nativa e adotam práticas
conservacionistas de manejo do solo. A fundação decidiu promover a conservação de áreas naturais privadas no sul do
município, na região da bacia hidrográfica da represa de Guarapiranga.
Lançada três anos depois, a iniciativa premiou financeiramente 14 propriedades particulares entre 2007 e 2014, e seus
conceitos e experiências chegaram a outras regiões do Brasil, como Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia,
Rio de Janeiro e Minas Gerais, incentivando a ampliação de parceiros e novos investimentos em iniciativas similares.
Em 2012, uma nova metodologia de PSA, que é adaptável às características ambientais, econômicas e sociais de
diferentes regiões, é oferecida gratuitamente para instituições que firmam parceria com a fundação. Hoje, a empresa
contribui com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo na elaboração de políticas públicas que
incorporem o PSA às estratégias de conservação da natureza.
• O projeto contabiliza hoje 241 proprietários de terra, que protegeram cerca de 2,7 mil hectares de áreas naturais.
Somente em São Paulo, são 747,7 hectares, 413 hectares de vegetação nativa excedente ao exigido pelo Código
Florestal, além de 101 nascentes e mais de 45 mil metros lineares de rios.
• Existem 13 termos de cooperação estabelecidos para implantação do Oásis em diferentes Estados e municípios brasileiros.
SMA CABOS E SISTEMAS – GRUPO SANTO ANGELO
Água de reúso – 2009
Uma iniciativa voltada à reeducação do consumo de água potável pelos colaboradores da companhia destacou a SMA
Cabos e Sistemas, braço industrial do Grupo Santo Angelo, no 5º PBA. O programa Água de Reúso foi desenvolvido
frente ao cenário de longa estiagem e consequente escassez, para garantir o consumo consciente de água potável, com
posterior tratamento e reutilização no resfriamento das máquinas industriais para fabricação de cabos especiais e
injeção de plásticos.
O projeto foi desenvolvido a partir do desnível topográfico e do atendimento aos requisitos técnicos da nova planta
industrial, principalmente a demanda de água em temperatura ambiente necessária aos processos industriais. A
água chega ao sistema por fornecedores terceirizados, por captação de chuvas e pelo reaproveitamento a partir do
tratamento de efluentes industriais oriundos de galvanoplastia própria, tratamento superficial químico de peças. Os
efluentes são tratados, e a parte líquida resultante é enviada para o reservatório de água de reúso que, com a água
da chuva armazenada, circula em tubulações pressurizadas, resfriadas naturalmente em circuito fechado. Todos
os resíduos gerados pelos processos de tratamento químico e os da decantação das águas de chuva são coletados e
destinados aos fornecedores licenciados para tratamento específico. O sistema segue em funcionamento, auditado por
análises químicas específicas e por requisitos da norma ISO 14001.
• De 2008 a 2014, o consumo total anual foi reduzido em 14,63%, o equivalente a 36,68% por colaborador.
• A comparação dos custos de 2008 em relação a 2014 mostram economia financeira de 15%.
Cases Premiados
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Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
TRACTEBEL ENERGIA
Implantação de um sistema de ciclo fechado para utilização da água na extração de cinzas úmidas do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – 2011
Vencedora por dois anos da categoria Água, a Tractebel foi premiada pela primeira vez com a implantação de um
sistema de ciclo fechado de água utilizada no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – CTJL. O projeto integra uma
série de ações voltadas à gestão sustentável dos recursos hídricos no complexo, visando a redução do consumo nas
operações. A iniciativa também permitiu a eliminação do descarte dos efluentes líquidos gerados pelas três usinas que
formam o CTJL. Situado em Capivari de Baixo, em Santa Catarina, o complexo utilizava cerca de 15 milhões de metros
cúbicos de água por ano para extração de cinzas úmidas, que são retiradas hidraulicamente do fundo das fornalhas e
levadas para bacias de sedimentação.
Com um investimento de R$ 37 milhões, o projeto foi desenvolvido em várias etapas, que incluíram ainda a desativação
de bombas de captação direta de água do Rio Tubarão e sua substituição por exemplares que captam a água de processos
internos. Operando em ciclo fechado, o sistema passou a conduzir a mistura de cinzas e água para duas bacias de
decantação, de onde a água clarificada retorna ao processo industrial, sendo utilizada na extração das cinzas das usinas.
Assim, foram desativadas as bacias de cinzas do Rio Capivari e foi encerrada a captação externa de água para uso na
extração de cinzas das usinas.
• 95% de redução do consumo de água no processo industrial.
• O sistema permite economizar 432 MW por mês de energia, gerando reflexos econômicos e ambientais diretos.
• Decorrentes do projeto, o aumento na confiabilidade dos sistemas, a interligação em circuito fechado do sistema
hidráulico de cinzas e a desativação das bacias de decantação de cinzas do Rio Capivari foram fundamentais para
redução de riscos ambientais.
Programa Tractebel Energia de proteção de nascentes – 2013
O Programa de Proteção de Nascentes, premiado em 2013, foi desenvolvido na região das usinas hidrelétricas Salto
Osório e Salto Santiago, no Paraná, com o objetivo de proteger centenas de nascentes de água na zona rural dos
municípios de Chopinzinho, Rio Bonito do Iguaçu e Sulina. Desenvolvido em parceria com entidades locais, o programa
contribui também com a melhoria da qualidade da água consumida pela comunidade, impactando na redução de
doenças causadas por organismos patogênicos.
O projeto foi iniciado com o isolamento da área próxima às nascentes, a construção de proteção de nascentes em
alvenaria, para evitar a contaminação da água, e o reflorestamento do entorno das nascentes com espécies nativas. A
Tractebel Energia doou milhares de mudas de espécies florestais nativas, e as famílias da comunidade foram capacitadas
para participar do processo de recuperação e manutenção das nascentes, recebendo treinamentos sobre qualidade da
água e reflorestamento. As nascentes são continuamente monitoradas, assegurando a manutenção da qualidade e da
quantidade de água disponível para gerações futuras e, em 2015, o programa chegará a São Jorge D’Oeste, com a meta
de proteger mais 200 nascentes.
• Centenas de alunos da Casa Familiar Rural foram capacitados e 753 nascentes estão protegidas em três municípios,
beneficiando diretamente 815 famílias.
30
CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
Canteiro sustentável: educação ambiental aplicada nas obras de construção civil – 2012
Com o trabalho de educação ambiental no Terminal Embraport, a construtora
Norberto Odebrecht ganhou o 8º PBA. A companhia entende que o estímulo para
adoção de práticas sustentáveis parte da informação e considera importante atuar
com os profissionais do terminal. A iniciativa integra treinamentos, palestras,
redução do consumo da água potável, projetos em escala real para tratamento de
água pluvial e de reuso e aplicação de geotêxteis para tratamento do material dragado
contaminado. A obra, na ilha Barnabé, em Santos, tem acessibilidade limitada, e a
água subterrânea é praticamente salobra.
O projeto Canteiro Sustentável começou com mecanismos que reduzissem o consumo
de água potável, como descargas inteligentes, fechamento automático de torneiras e
mictórios, reutilização direta da água de lavabos para descargas dos mictórios, reúso
da lavagem da água de caminhões betoneiras, reaproveitamento de água pluvial e de
esgoto tratado, além de geobag para incorporar o material dragado no aterro definitivo.
Foram desenvolvidas atividades sociais, com a abertura do canteiro de obras para
visitas dos filhos de colaboradores, passeios e apresentações sobre sustentabilidade.
• O projeto, concluído em 2013, contribuiu com a
educação ambiental de funcionários, parceiros e
visitantes, reduziu o consumo de água potável,
promoveu o tratamento de efluente contaminado
por metais pesados oriundos do processo de
dragagem no canal, gerou reutilização do efluente
tratado para fins menos nobres e a reciclagem de
água pluvial.
• O projeto incorporou, ainda, a proposta de
construção de sociedades sustentáveis e a
conscientização de funcionários e parceiros
dentro dos canteiros de obra.
SCHLUMBERGER SERVIÇOS DE PETRÓLEO E CERB
Gestão de aquíferos: benefício para cerca de 1 milhão de pessoas no semiárido baiano – 2014
Idealizado pela Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da
Bahia – Cerb e financiado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para
a Agricultura, o projeto da Schlumberger nasceu com o objetivo de avaliar a
capacidade de produção dos aquíferos da Bacia do Tucano Central e aprofundar
o conhecimento dos sistemas, utilizados para o abastecimento hídrico local. A
oferta de água de qualidade vai beneficiar cerca de 1 milhão de pessoas, em uma
das áreas mais carentes do Estado da Bahia.
A Schlumberger atuou em parceria com a Cerb no desenvolvimento dos
trabalhos, com a experiência na área de gestão de recursos hídricos e em
modelagem numérica de fluxo subterrâneo. Dessa forma, o projeto avaliou a
sustentabilidade da exploração dos aquíferos com simulações computacionais,
desenvolvendo uma ferramenta de apoio à gestão dos recursos hídricos na
porção central da Bacia do Tucano. Foram realizados dois workshops, um
aberto ao público para discutir o andamento dos trabalhos e os resultados, e,
em 2014, foram concluídos os trabalhos técnicos, sendo emitido o relatório
final do projeto, com todas as simulações numéricas, as interpretações e os
resultados finais.
• Foram identificados três sistemas aquíferos
principais na região e, o mais importante, que
abastece as populações locais, chamado Formação
São Sebastião, é constituído principalmente por
arenitos de boa porosidade.
• A maior parte dos sistemas aquíferos avaliados
apresentou águas de boa qualidade em relação à
salinidade, pelo menos até cerca de 450 metros,
correspondente à profundidade máxima dos poços.
• As taxas de bombeamento praticadas hoje são
sustentáveis a longo prazo. Mesmo dobrando a
vazão captada atualmente, não há qualquer impacto
significativo no sistema em relação à situação
atual, porém existe a necessidade de se avaliar com
mais detalhamento as zonas mais profundas dos
aquíferos, das quais há pouca informação sobre a
qualidade das águas subterrâneas.
Cases Premiados
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Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
emissões atmosféricas
Programas de neutralização de carbono e redução de emissões de gases
de efeito estufa – GEE estão no cerne desta categoria, que também
chegou a ser avaliada como Inventário de Emissões. Esta é uma forma
de intensificar as ações voltadas à qualidade do ar e ao combate ao
aquecimento global, em linha com o alerta internacional para o
agravamento do efeito estufa e o Protocolo de Kyoto.
Discussão antiga e que vem protagonizando conferências da
Organização das Nações Unidas – ONU, os parâmetros para emissão de
gases de efeito estufa no Brasil foram fixados em 1989, com a criação
do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar. De lá para
cá, resoluções foram atualizando os limites máximos de emissão de
poluentes e induziram uma importante transformação tecnológica na
indústria brasileira. Com todos os avanços, o debate ainda tem muito a
amadurecer em todo o mundo até um consenso sobre as metas a serem
cumpridas tanto pelos países ricos quanto pelos em desenvolvimento.
BROOKFIELD ENERGIA RENOVÁVEL
Gerando energia, renovando a vida – 2010
A construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs,
seguindo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo –
MDL para o cálculo de emissões evitadas, levou o PBA
na estreia da categoria. Foram construídas seis PCHs,
que iniciaram a operação, em 2003, com a estimativa
de reduzir 1,5 milhão tonelada de CO2 em dez anos. A
iniciativa deixou como legado a primeira estrutura para
cálculo de emissões evitadas para PCH, a Metodologia
Passo do Meio – NM0051: PCH Passo do Meio.
• Foram gerados 21 mil empregos diretos e indiretos
durante as construções, contribuindo para a
geração de renda local e a crescente demanda de
energia no País.
• 1,5 milhão de toneladas de carbono deixaram de ser
emitidas na atmosfera.
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32
FETRANSPOR
Biodiesel B20 – o Rio de Janeiro anda na frente – 2011
A estratégia de usar fontes renováveis para fazer frente ao potencial poluidor crescente do setor de transportes
nos grandes centros urbanos foi reconhecida pelo PBA em 2011. O projeto consistiu na elaboração de testes com o
combustível B20, composto por 80% de diesel comum e 20% de biodiesel, no período de um ano, em uma frota de 15
ônibus de três empresas de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro. A experiência avaliou os níveis de emissão,
consumo e desempenho do motor dos ônibus em condições reais de operação com um combustível mais limpo. Além
disso, o projeto permitiu a medição sistemática da qualidade do combustível, a criação de indicadores mecânicos e o
acompanhamento do desenvolvimento dos motores. O projeto segue até 2016, com a expectativa de obter redução de
148 mil toneladas de CO2 e 3 mil toneladas de material particulado.
Realizado pela Fetranspor em parceria com Governo do Estado, BR Distribuidora, Shell, Ipiranga, Mercedes-Benz e
Volkswagen Caminhões e Ônibus, o programa Biodiesel B20 deu sequência ao projeto de 2007, que testou biodiesel
B5 em 3.500 ônibus do Estado. Atualmente, estão em teste outras fontes de energia alternativas, como o S10, à base de
cana-de-açúcar, veículos híbridos e ônibus 100% elétricos.
• Melhora significativa nos índices de emissão de fumaça preta, com redução de até 39%, mantendo os níveis de
consumo semelhantes aos alcançados com o diesel convencional e sem registros de problemas mecânicos.
ENGIE
Projeto contribuição da Usina Hidrelétrica – UHE Jirau para a mitigação de gases de efeito estufa e para o desenvolvimento sustentável brasileiro – 2013
Vencedora da categoria em 2013, a Engie, na época chamada GDF Suez Energy Brasil, foi premiada pelo case desenvolvido em
Jirau. A Usina Hidrelétrica Jirau é resultado emblemático do Plano Nacional Sobre Mudança do Clima. O registro no Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo – MDL e a análise segundo o Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas demonstram
a possibilidade de alinhar o crescimento econômico sustentável ao combate às mudanças globais do clima.
O case foi iniciado em 2008, quando a controlada Energia Sustentável do Brasil – ESBR, seus acionistas e as entidades
responsáveis por licenciar e financiar o projeto se engajaram na definição e promoção de benefícios sociais e ambientais
para a comunidade local. O licenciamento definiu 34 programas socioambientais, e o BNDES financiou medidas
específicas de desenvolvimento regional. Também foram realizadas iniciativas voluntárias para ampliar os benefícios.
Foi investido cerca de R$ 1,2 bilhão na execução dos programas socioambientais.
Para avaliar o resultado, o Jirau foi o primeiro a encomendar um relatório independente, que analisou sua
sustentabilidade segundo os critérios do Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas, endossado por
ONGs de prestígio. A certificação do projeto no MDL permite, ainda, quantificar os benefícios para o clima global. Hoje,
Jirau é o maior case de energia renovável registrado pelas Nações Unidas e a primeira hidrelétrica certificada com base
no conceito da complementariedade do MDL e da Política Nacional Sobre a Mudança do Clima. Os benefícios integram
o relatório de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas, disponível em www.hydrosustainability.org.
• A geração renovável já atende mais de 7 milhões de famílias.
• Foi evitada a emissão de 6 milhões de toneladas de CO2.
• O programa de saúde pública reduziu o número de casos de malária de 2.721, em 2007, para 186, em 2015.
TRACTEBEL ENERGIA
Ações para controle e redução de emissões atmosféricas – 2014
A companhia lançou a Política Tractebel Energia
Sobre as Mudanças Climáticas em 2011, reforçando,
entre outras ações, o compromisso em priorizar fontes
renováveis na expansão do parque gerador, investir
em projetos de P&D dedicados ao tema, realizar
inventário de emissões, promover o uso racional de
energia elétrica e desenvolver projetos de Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo – MDL. O grupo passou
a elaborar e publicar seu inventário de acordo com a
metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol,
submetendo-o à asseguração limitada por terceira
parte e, na operação das usinas, passou a ter sistemas,
equipamentos, técnicas e processos para minimizar a
emissão de gases de efeito estufa.
A política deu sequência a outras frentes sustentáveis
da companhia. O Programa Tractebel Energia de
Diagnóstico de Eficiência Energética, oferecido
gratuitamente aos clientes do mercado livre, por
exemplo, tem o objetivo de ajudar as indústrias a
identificar possibilidades de redução do consumo de
energia no processo produtivo e, consequentemente,
de redução das emissões de gases de efeito estufa. Entre
2006 e 2007, com a controlada Lages Bioenergética, a
empresa fez o enquadramento da Usina de Cogeração
Lages – Ucla no MDL, previsto no Protocolo de Kyoto,
utilizando resíduos da indústria madeireira local para
gerar energia elétrica e vapor.
• A política de mudanças climáticas reforçou o
compromisso da companhia em controlar e reduzir
as emissões atmosféricas geradas e, somente com a
operação da Usina de Lages, foi estimada a redução
de 2,2 milhões de toneladas de CO2 equivalente em
dez anos.
Cases Premiados
33
Gestão de resíduos sólidos
Produzimos cerca de 200 mil toneladas de resíduos sólidos por dia somente no Brasil. Que destino dar a todo
esse lixo é foco de uma guerra travada em todo o País desde 2010, quando o Programa Nacional de Resíduos
Sólidos determinou o encerramento de lixões a céu aberto em quatro anos. Cinco se passaram e ainda temos
aterros irregulares em vários municípios.
O PBA estimula a logística reversa, além de redução, reúso e reciclagem dos resíduos nas empresas desde a
primeira edição, com uma categoria específica para o tema. A discussão gira sempre em torno de práticas
que evitem as emissões de biogás, o poderoso gás de efeito estufa resultante da decomposição de resíduos,
além dos impactos urbanísticos e para a saúde provocados pela destinação inadequada de lixo. A geração de
energia a partir dos resíduos é outro ponto de destaque na história de prêmios desta categoria.
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Divulgação/Usina Verde
34
USINAVERDE
Geração de energia a partir de resíduos sólidos – 2005
Oferecer uma solução economicamente competitiva,
ambientalmente segura e socialmente justa, alinhada
às melhores práticas para o tratamento de resíduos
já utilizadas por vários países do mundo há décadas,
contribuindo para a evolução e o aprimoramento do
setor de saneamento ambiental no Brasil. Com este
objetivo, a Usinaverde implantou a primeira Usina de
Recuperação Energética – URE de resíduos do Brasil,
localizada na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, e venceu
o 1º PBA na categoria. O case relatou o desenvolvimento
de uma tecnologia ambientalmente adequada para o
tratamento de resíduos com recuperação de energia.
A empresa investiu em melhorias de processos para
redução de emissões atmosféricas e busca a certificação
necessária para tratar também resíduos de serviço de
saúde e industriais em sua unidade.
• De 2005 até janeiro de 2014, a Usinaverde tratou
cerca de 13.400 toneladas de resíduos sólidos,
gerando uma taxa de cerca de 250 KW de energia
elétrica, utilizada para consumo próprio na unidade.
• Otimização da eficiência energética.
• Hoje, a usina está apta a replicar a tecnologia em
outras localidades e a tratar resíduos sólidos na
unidade do Rio de Janeiro.
TRACTEBEL ENERGIA
Recuperação de áreas degradadas através da utilização de cinzas do carvão mineral – 2007
A extração de carvão mineral gerou impactos ambientais sobre o solo e a água da região de Capivari de Baixo, em
Santa Catarina, onde está localizado o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – CTJL. O beneficiamento do carvão
formou depósitos de rejeitos que se tornaram focos de poluição, exigindo a recuperação das áreas próximas para
anular os prejuízos e destiná-las a outros fins. A Tractebel Energia assumiu esse desafio em 1998, quando adquiriu
a estatal Gerasul e os cerca de 47 hectares de áreas degradadas.
Foram, aproximadamente, 15 anos de investimento em uma metodologia que incluiu a retirada do material para
queima, recomposição da topografia e alcalinização dos terrenos com cinzas da queima de carvão, cobertura com
argila e revegetação. Simultaneamente, a companhia viabilizou o desenvolvimento de pesquisa científica sobre a
utilização de cinzas resultantes da queima do carvão em usinas termelétricas.
• O local foi transformado no Parque Ambiental Tractebel Energia, um espaço público que oferece atividades de
educação ambiental, lazer e cultura, inaugurado em 2013.
• Foram removidos 2,1 milhões de toneladas de carvão.
• Análises da água do lençol freático em quatro poços piezômetros confirmam a redução progressiva da acidez
da água no local.
VALE
Gestão sustentável de resíduos sólidos no Complexo de Tubarão – 2008
A gestão sustentável dos resíduos sólidos gerados no Complexo de Tubarão, da Vale, no Espírito Santo, deu à
mineradora o prêmio de melhor case da categoria na 4ª edição do PBA. Com o objetivo de promover um ambiente
sustentável em uma área de 14 quilômetros quadrados onde circulam, diariamente, cerca de 20 mil pessoas das áreas
industrial, logística e administrativa, o Programa de Gestão de Resíduos, iniciado em 2002, reúne ações focadas no
público interno e na sociedade, a partir da geração de emprego e renda com a segregação e destinação adequada dos
resíduos. A iniciativa começou com a avaliação dos resíduos industriais e administrativos. Periodicamente, também
são realizados treinamentos presenciais e atividades interativas com empregados próprios e contratados. Desde
2004, mais de 16 mil pessoas foram treinadas, integrando diferentes atividades desenvolvidas no complexo, como
pelotização, portuárias e ferroviárias, em prol de uma destinação em conjunto, gerando uma economia de escala e
agregando valor ao resíduo.
• Para cada tonelada de resíduo reciclado, são criados, em média, cinco novos empregos.
• Desde 2004, a renda gerada foi de R$ 147,22 milhões.
• Já foram produzidas 99,5 mil toneladas de resíduos, sendo 86% destinados à reciclagem, criando emprego e
renda. A coleta seletiva é praticada há 12 anos no complexo.
Cases Premiados
35
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
ARCELORMITTAL
Gestão sustentável de resíduos e coprodutos da ArcelorMittal Tubarão – 2009
O projeto vencedor no 5º PBA mostrou um modelo de gestão que integra as duas práticas para reduzir e eliminar a geração de resíduos e seus estoques. A primeira é agregar valor a
esses resíduos e à cadeia produtiva, transformando-os em coprodutos. A segunda, aumentar a geração de receitas e reduzir custos, com a comercialização e a reciclagem interna. Esta
medida traz melhor desempenho na gestão, gerando benefícios socioambientais para a comunidade com a redução da exploração de recursos naturais não renováveis.
A estratégia de investimentos no reaproveitamento de resíduos da companhia foi iniciada nos anos 1980, com a criação da Central de Armazenamento de Subprodutos – Casp,
posteriormente denominada de Central de Armazenamento de Coprodutos, para depósito temporário adequado, possibilitando futuro desenvolvimento de novas aplicações. Na
década seguinte, foi iniciada a operação da Planta de Briquetagem para reciclagem de resíduos, e a maior exigência do mercado alavancou o início de pesquisas, intensificando o
intercâmbio científico com institutos e universidades. Nos anos 1990, foi criada a Gerência de Desenvolvimento Técnico, Processamento e Comercialização de Coprodutos e foram
definidas normas, registro de patentes e marcas para coprodutos, além do desenvolvimento de convênios socioambientais. Hoje, a empresa é uma das referências mundiais na gestão
de resíduos industriais e no desenvolvimento de coprodutos do setor de produção de aço.
• Cerca de 30 coprodutos são comercializados, oferecendo assistência técnica aos clientes, possibilitando ampliar a aplicação em diferentes setores e substituindo recursos naturais
não renováveis.
• A redução no estoque interno de resíduos, entre 2009 e 2014, foi de cerca de 200 mil toneladas.
• Somente em 2014, o reaproveitamento de 94% dos resíduos gerados garantiu uma receita de R$ 95 milhões com a comercialização de coprodutos.
• Novos mercados foram abertos, e a companhia montou uma carteira de 148 clientes nos últimos dois anos.
FIAT
Aterro zero: nova visão de gestão de resíduos sólidos da Fiat Automóveis – 2012
O pioneirismo da Fiat ao destinar 100% dos resíduos que gera para reciclagem e reutilização, eliminando o envio para aterros, rendeu à companhia o prêmio de melhor
case na categoria no 8º PBA. A meta foi alcançada, em 2011, como resultado do projeto Aterro zero, que é parte da política ambiental da empresa, focada na prevenção dos
impactos ambientais.
Mesmo com métodos ambientalmente corretos, a disposição de resíduos em aterros licenciados traz desvantagens como o desperdício de materiais
potencialmente recicláveis e reaproveitáveis, que são aterrados. A companhia tem um sistema interno de gerenciamento de todos os resíduos
gerados pela planta. Uma área chamada Ilha Ecológica recebe 13 mil toneladas de resíduos mensalmente de vários departamentos. O material é
devidamente identificado quanto a tipo, origem e data de geração, pesado e segregado por tipo de matéria-prima, processado e destinado de forma
ambientalmente correta. Para eliminar o uso de aterros, a empresa focou em coleta seletiva, reciclabilidade, reutilização, diminuição na geração de
resíduos, conscientização dos colaboradores, investimento em tecnologias, infraestrutura e disponibilização de recursos financeiros para destinação
final de resíduos.
• Em 1994, 30% dos resíduos iam para aterros e, em 2010, o número caiu para 3,4%, alcançando a meta de aterro zero em 2011. Hoje, 95% dos
resíduos são reciclados e 5%, reaproveitados. Aparas de cinto de segurança e tecido automotivo viram acessórios de moda, fabricados pela
cooperativa de moda Cooperárvore.
• Apenas em 2013, foram encaminhadas para reciclagem 3.750 toneladas de papel, impactando cerca de 75 mil árvores que deixaram de ser
cortadas e cerca de 20 mil metros cúbicos de água que deixaram de ser consumidos.
• De 2006 a 2014, 23,7 toneladas de resíduos foram transformados em acessórios de moda e decoração.
• Em 20 anos, já foram reinseridas na cadeia produtiva mais de 20 mil toneladas de aço, o equivalente a 86 mil carrocerias.
• A reciclagem pioneira de isopor evitou 9 mil viagens de caminhão para destinação e tratamento correto desse resíduo de 1998 a 2014. Div
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36
JONES LANG LASALLE
Gestão de resíduos sólidos no condomínio City Tower (RJ) – 2013
A consultora imobiliária venceu o 9º PBA com uma parceria com a São Carlos
Empreendimentos, proprietária do condomínio City Tower, no Rio de Janeiro. A iniciativa
nasceu da observação do volume de lixo gerado no prédio e da rotina de catadores de papel
que buscavam o lixo e abriam os sacos para retirar resíduos aproveitáveis. Era possível
reduzir esse volume e reverter a economia gerada. Nascia a gestão de resíduos sólidos do
City Tower, com um projeto específico voltado para redução do lixo comum, minimização
do consumo, do impacto ambiental causado pela destinação inadequada e dos custos
operacionais envolvidos no descarte.
A coleta seletiva foi iniciada em 2009 e, no ano seguinte, foram adotadas ações e
projetos envolvendo as operações e serviços do edifício, como correto gerenciamento de
resíduos, eficiência energética e uso racional de recursos naturais. Com a participação
de todos os agentes ligados ao imóvel, desde proprietário, locatários, visitantes até a
gerenciadora, e um investimento financeiro baixo dos condôminos, as ações consolidaram
o posicionamento sustentável do condomínio e o projeto continua em aplicação, sendo
disseminado para outros empreendimentos.
• Em 2013, o City Tower recebeu do Conselho de Construção Sustentável dos Estados
Unidos – USGBC a certificação Leadership in Energy and Environmental Design for
Existing Buildings Operations and Maintenance – Leed EB O&M, com nível Gold, que
atesta a eficiência operacional e a manutenção de um edifício reduzindo os impactos
ambientais, além de garantir a qualidade de vida dos usuários.
INSTITUTO JOGUE LIMPO
Logística reversa de embalagens plásticas de lubrificantes usadas – 2014
O programa premiado no 10º PBA faz a logística reversa e o tratamento de
embalagens plásticas de lubrificantes sem ônus para o ponto gerador cadastrado:
postos de serviço, concessionárias de veículos, transportador revendedor
retalhista, atacadista e distribuidores de lubrificantes. A iniciativa, que já
abrange do sul do País ao Ceará, incluindo o Distrito Federal, é um serviço
gratuito iniciado em 2005, atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Os
gestores do programa são escolhidos por concorrência com edital, considerando
requisitos como segurança, saúde, meio ambiente e procedimentos operacionais.
Todo recebimento de embalagens é registrado por smartphone, que fotografa o código
de barras com o peso do ponto gerador, enviando online as informações referentes ao
CNPJ para o cadastro operacional do site. Com senhas, as agências ambientais podem
visualizar as informações, garantindo transparência e rastreabilidade dos dados.
Em 2014, foram investidos R$ 16 milhões na execução da logística reversa e na
administração de todo o sistema. Para multiplicar as boas práticas ambientais,
foram distribuídos mais de 30 mil exemplares da Agenda Ambiental Jogue
Limpo para estudantes e professores do ensino fundamental para capacitação
sobre temas relacionados à destinação adequada de resíduos.
• 21 centrais, 69 caminhões, 190 empregos diretos, 3.035 municípios e mais de
45 mil pontos geradores.
• Desde 2005, já foram recicladas mais de 400 milhões de embalagens, e a
expectativa para 2015 é a reciclagem de 86 milhões.
Cases Premiados
37
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Gestão sustentável
Transformar um passivo em um ativo, agregando valor ao negócio, é o desafio dos cases inscritos na categoria
Gestão Sustentável e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. A premissa passou a pautar grandes indústrias
brasileiras mais intensamente no início deste século e foi sendo ampliada para a visão social ao longo dos
anos, abrangendo empresas de todos os portes.
Os cases vencedores do PBA registram um pouco da evolução da visão empresarial brasileira, com
experiências de adequação ambiental na cadeia produtiva com melhor aproveitamento de energia, redução
de custos e geração de renda adicional para as próprias companhias e para as comunidades onde atuam.
A busca por resultados por meio da eficiência operacional passou a gerar inovações mais amplas, criando
ganhos para todo o tecido social.
Divulgação/Celulose Irani
38
BRF
Programa 3S – 2005
Primeiro vencedor da categoria, o Programa 3S foi desenhado para agregar valor à cadeia produtiva da
suinocultura. O projeto contemplou a adequação ambiental de mil propriedades rurais em cinco Estados do País.
Os parceiros da BRF mantinham nas granjas um sistema de biodigestor para manejo sustentável dos efluentes
da suinocultura, transformando dejetos em biofertilizante e, em alguns casos, em energia limpa. Por combustão,
o gás metano gerado no processo produtivo era transformado em gás carbônico, 21 vezes menos poluente. Desta
forma, o projeto contribuiu e envolveu os produtores integrados na redução das emissões de gases de efeito estufa
e possibilitou a comercialização de créditos de carbono, usando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL,
previsto no Protocolo de Kyoto.
O programa permanece ativo, com o sistema manejado e gerenciado pelos próprios produtores. Em alguns
casos, a energia gerada pelo biogás foi utilizada para geração de energia limpa, uma fonte adicional de renda
e minimização do consumo de energia das concessionárias, gerando melhoria de qualidade de vida para os
produtores e redução de custos dos integrados do Programa 3S.
• O projeto influenciou diretamente no desenvolvimento sustentável, proporcionando diversificação de
renda e competência aos produtores integrados da BRF. Além disso, o sistema possibilitou o uso direto do
biofertilizante. Os ganhos relacionados ao sistema podem ser considerados como estoque de biofertilizante
para uso agrícola e biogás para utilização como energia elétrica. Os biodigestores também afastam vetores
prejudiciais à saúde das famílias.
TRACTEBEL ENERGIA
Lages Bioenergética – 2006
38
Em mais um case realizado pela companhia na Usina
de Cogeração Lages – Ucla, a Tractebel Energia venceu
o 2º PBA na categoria Gestão Sustentável. O município
de Lages foi escolhido para a implantação da unidade
em razão do volume e das características da biomassa
na região. Em 2006, a Ucla foi registrada na ONU
como Projeto MDL 0268, com direito de negociar no
mercado as Reduções Certificadas de Emissões – RCEs,
chamadas de créditos de carbono, geradas a partir de
1º de novembro de 2004 até 31 de outubro de 2014.
Os créditos obtidos resultam da diferença entre as
emissões de gases decorrentes da decomposição
anaeróbica dos resíduos de madeira depositados a
céu aberto, da combustão de resíduos de madeira
na usina e gerados pelo transporte e movimentação
dos resíduos de madeira e das cinzas geradas na
combustão.
A companhia também investiu em pesquisas para
o aproveitamento dos resíduos gerados. As cinzas
resultantes da queima das sobras de madeira,
utilizadas para criar energia e vapor, são destinadas aos
agricultores, fruticultores e reflorestadores da região.
Em outra frente, foi desenvolvida uma tecnologia
para viabilizar a utilização de cascas oriundas do
manejo de toras na floresta, antes depositadas em
aterros controlados, gerando custos elevados e passivos
ambientais.
• A Ucla foi enquadrada no Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL em 2007,
possibilitando ganhos ambientais, sociais e
econômicos à região, com efeitos multiplicadores
na economia regional, como a criação de um
mercado de resíduos e a geração de tributos,
emprego e renda, bem como o desenvolvimento
de novas atividades econômicas.
• A iniciativa teve impacto direto na melhoria
da qualidade ambiental e da qualidade de vida
da população, já que os problemas ambientais
decorrentes da disposição inadequada de
resíduos da indústria madeireira foram
minimizados.
• Em 2013, foram emitidas 392.174 RCEs geradas
por esse projeto. Dessa forma, a Ucla contribuiu
para reduzir 2,2 milhões de toneladas de CO2
equivalente em dez anos.
Cases Premiados
39
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
SOLVÍ
Recuperação de biogás gerado no aterro metropolitano do centro de Salvador – 2007
A Usina Termelétrica de Salvador, chamada Termoverde Salvador, consistiu na primeira térmica a gerar energia
elétrica a partir de biogás de aterro sanitário no Nordeste do Brasil. A iniciativa começou com a captação ativa
e queima controlada do biogás produzido no aterro sanitário da capital baiana, evitando, assim, as emissões de
metano para a atmosfera e gerando créditos de carbono. O projeto foi a base para um programa maior já instalado,
que é o aproveitamento energético do biogás para a geração de energia elétrica. Com essa ampliação, garante-se a
continuidade do benefício ambiental e a geração de energia elétrica a partir de uma fonte renovável.
Entre 2009 e 2010, foram realizadas as fases de projeto e construção, abrangendo a engenharia, as aquisições
dos equipamentos e serviços, a construção e instalação e o comissionamento da usina com os sistemas
interligados. Em 2011, iniciou-se a operação comercial da Termoverde Salvador, com uma produção de energia
inicial de, aproximadamente, 6 MW/h, aumentando para cerca de 14,5 MW/h com a implantação de novas
soluções tecnológicas e com projeção para gerar 16,5 MW/h até 2017. A termelétrica a biogás é composta por 19
motores geradores, com capacidade instalada total de 20 MW, podendo abastecer uma cidade com cerca de 200
mil habitantes.
• Melhoria do tratamento do biogás originário do aterro, permitindo usá-lo como combustível nos motores geradores.
• Autoeficiência de geração de energia elétrica.
• Redução das emissões de efluentes gasosos.
CELULOSE IRANI
Inventário de emissão de gases de efeito estufa e ações inovadoras relacionadas – 2009
O Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa e os projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL permitem
uma melhor gestão e redução de emissões geradas pela Celulose Irani. Com essa iniciativa, a companhia passou a avaliar
o balanço entre emissões e remoções, as possibilidades de neutralização e venceu o 5º PBA. Foram desenvolvidos projetos
de cogeração e de modernização de Estação de Tratamento de Efluentes – ETE. Aprovado pela ONU em 2006, com as
metodologias AMS.I.D e AMS.III.E, versão 7, e renovado em 2012 para mais sete anos, com alteração na metodologia para
AMS-I.C/version 19 – produção de energia térmica com ou sem eletricidade – o projeto de cogeração permitiu à companhia se
tornar a primeira empresa brasileira e segunda do mundo no setor de celulose e papel a ter créditos de carbono emitidos pelo
Protocolo de Kyoto. O projeto Modernização da ETE foi o primeiro no mundo de tratamento de efluentes totalmente aeróbio
e foi aprovado pela ONU em 2008, com renovação do período de créditos, em 2015, para mais sete anos.
• Em 2014, 508.173 toneladas de CO2 equivalente foram removidas, enquanto as emissões de gases de efeito estufa
foram de 126.584 toneladas de CO2 equivalente, demonstrando que a empresa é neutra em carbono.
• Com o Projeto da Cogeração, realizado entre 2005 a 2014, a companhia obteve Reduções Certificadas de Emissões
– RCEs, que totalizaram 1.124.212 toneladas de gases que deixaram de ser emitidos para a atmosfera. O retorno
financeiro foi de R$ 11,8 milhões, com a venda de créditos de carbono.
• Com o projeto Modernização da ETE, entre os anos de 2007 e 2014, foram obtidas RCEs que totalizaram 273.968
toneladas de CO2 equivalente. O retorno financeiro viabilizado foi de R$ 5,7 milhões.
Div
ulg
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40
BRADESCO
Bradesco utiliza soluções inovadoras na gestão de resíduos – 2010
Com ecoeficiência como um dos objetivos, o Bradesco
mantém três programas de gerenciamento de
resíduos e seu correto descarte, visando evitar que os
materiais recicláveis ou com componentes perigosos
sejam destinados a lixões ou aterros não controlados,
contaminando o solo e os lençóis freáticos. Os três
pilares da ação são: autorreciclagem; coleta e adequada
destinação de resíduos tecnológicos; e coleta e adequada
destinação dos demais resíduos sólidos, provenientes dos
prédios administrativos.
A implantação da gestão de resíduos foi iniciada em
2007. No ano seguinte, equipamentos, peças e outros
materiais tecnológicos que não podem ser reaproveitados
passaram a ser enviados a uma empresa especializada
em reprocessamento e destinação final de resíduos
industriais e tecnológicos, além de pilhas e baterias para
produção de óxidos e sais metálicos. A partir de 2009,
sucatas e peças substituídas de veículos que exigem a
certificação de empresas especializadas para coleta e
reciclagem também ganharam atenção da companhia
e, em 2010, foi iniciada a campanha anual para coleta
de resíduos tecnológicos em prédios administrativos,
incentivando o descarte adequado do lixo eletrônico.
• De 2009 a 2014, o programa de autorreciclagem deu
destinação adequada a mais de 9 mil toneladas de
material.
• A campanha anual já recolheu 34.510 toneladas,
os contêineres fixos, 12.610 toneladas, e os prédios
administrativos, cerca de 2 mil toneladas.
• O programa de coleta e destinação adequada dos
demais resíduos sólidos evitou que 11.500 toneladas
de materiais recicláveis fossem encaminhadas para
aterros ou lixões entre 2008 e 2014.
Cases Premiados
41
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
inovação ambiental
Palavra de ordem no mundo corporativo, inovação foi incluída como
categoria no PBA como forma de estimular o desenvolvimento de
novas tecnologias, soluções e processos produtivos, considerando a
variável ambiental e o desenvolvimento sustentável. Há cinco anos
premiando experiências marcadas pela criatividade, pelo uso da
ciência e pelo foco em eficácia, os cases vencedores registram como
as empresas brasileiras acumularam importantes ganhos financeiros
e de segurança.
A categoria evidenciou, ainda, que o caminho da inovação se dá
também com processos desenvolvidos por meio do relacionamento
com as comunidades onde as empresas atuam, com a formação de
parcerias com diferentes atores sociais estratégicos.
CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA
Inovações tecnológicas implantadas na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau para o gerenciamento de resíduos sólidos – 2010
Vencedora da 1ª edição do PBA, na categoria
Inovação Ambiental, a Camargo Corrêa realiza
o tratamento de resíduos nos próprios locais das
obras, que, muitas vezes, estão localizadas em
áreas sensíveis e remotas, com deficiente oferta
de serviços qualificados de coleta e tratamento. Os
aterros que as atendem não foram projetados para
absorver demandas pontuais e significativas, como a
de geração de resíduos ocasionada por uma obra de
grande proporção. Dessa prerrogativa, nasceu o case
da construtora, que substituiu o serviço externo de
descarte e tratamento de resíduos por uma estrutura
própria na construção da Usina de Jirau.
Inicialmente, foi realizado um amplo estudo de
viabilidade técnica, ambiental e econômica, com
detalhamento de cada solução. O processo partiu
da implantação de estruturas e equipamentos,
planejamento, licenciamento ambiental, execução,
montagens e treinamento das equipes. Técnicas como
a do britador de resíduos para concreto, o picotador
de madeira e o incinerador de resíduos perigosos
foram estratégicos.
• Ao assumir o descarte dos resíduos perigosos por
uma estrutura própria, a companhia garantiu
a segurança ambiental no destino final dos
detritos, gerando uma economia de R$ 151.659,32
e a quitação de todos os custos de implantação e
operação da infraestrutura durante o período de
utilização.
• A instalação dos equipamentos para
processamento de resíduos, no lugar do descarte
usual, trouxe uma economia de R$ 2.319.237,14,
considerando a aplicação do agregado reciclado em
22 substituições ao natural e a quitação de todos os
custos de implantação e operação da infraestrutura
durante o período de utilização.
Divulgação/Camargo Corrêa
42
ANTARES RECICLAGEM
EcoÁcido – processo ecológico de reciclagem de solução eletrolítica de baterias usadas tipo chumbo-ácido – 2013
O Programa Ecológico de Reciclagem – EcoÁcido nasceu visando a reciclagem de soluções de ácido sulfúrico residual geradas em empreendimentos industriais, promovendo sua
efetiva descontaminação para utilização em novos processos fabris. O projeto premiado no 9º PBA trouxe uma nova metodologia para as indústrias recicladoras de baterias, que
passaram a ter uma forma sustentável e eficiente de transformar um resíduo tóxico em matéria-prima recuperada, para ser reutilizada em outros processos. A metodologia aplicada
consiste no tratamento sem queda da concentração, eliminando os metais pesados por processos físico-químicos e de filtração. Os metais retidos no processo retornam às recicladoras,
e a solução tratada é fornecida a outras indústrias como produto reciclado. O processo mudou a concepção de reciclagem de baterias chumbo-ácido. Até então, a solução eletrolítica
usada era neutralizada com alcalinos fortes e descartada em rios, córregos etc.
Hoje, o processo é utilizado em cerca de 80% das empresas recicladoras de baterias no País, posicionando o Brasil como principal reciclador de solução eletrolítica de
baterias no mundo.
• Redução de 90% do volume de água captada nos mananciais subterrâneos, pois 100% do efluente tratado pode ser reutilizado para limpeza de pátio e máquinas.
• Melhoria no sistema de tratamento de efluentes líquidos da planta – a solução eletrolítica não é mais destinada à Estação de Tratamento de Efluentes – ETE, diminuindo o uso de
reagentes químicos.
• Redução do volume de efluentes líquidos lançados – a solução eletrolítica é reciclada e destinada a outros processos industriais – e da carga de poluentes lançados, em virtude da
ausência de sais resultantes da neutralização do ácido.
• Aumento de 100% na reutilização dos efluentes gerados na empresa e minimização dos riscos de contaminação de solo e água subterrânea.
VALE
Fundo Vale e o Mapa de Sinergias da Pan-Amazônia – 2014
O projeto premiado no 10º PBA foi uma pesquisa e
ferramenta interativa de web criada para promover a
sinergia e o potencial de colaboração entre centenas de
organizações e pessoas que atuam pelo desenvolvimento
sustentável da Amazônia. Foi identificado e mapeado o
trabalho de pessoas e organizações que atuam em prol do
desenvolvimento sustentável do bioma amazônico e a sua
conectividade no contexto da rede de relações entre eles.
Então, foram planejadas ações pontuais para promover
a eficiência nos investimentos e a gestão do processo,
fortalecendo a atuação dos diversos atores no bioma.
O Mapa de Sinergias da Pan-Amazônia foi criado em
2012, quando o Fundo Vale ampliou o escopo de atuação
e passou a desenvolver iniciativas de âmbito nacional,
em temas complementares à sua atuação local. O
trabalho de coleta de informações e análises envolveu
708 pessoas e avaliou 81 websites. Foram realizados
350 questionários e 29 entrevistas, conduzidas com o
apoio das redes do Fundo Vale, da Fundação Avina, da
Ashoka e da Lead e organizadas em um mapa interativo
na internet que dá visibilidade ao que cada uma das
organizações faz na Pan-Amazônia.
A pesquisa também promoveu uma reflexão baseada nos
conceitos de inteligência de redes, com análise semântica
e de dados, que permitiu mapear fluxos de conectividade
e interação entre as organizações. Desta maneira, além
de informar quem está fazendo o quê, como, onde e
quando, o mapa permite que o Fundo Vale possa atuar
no sentido de incrementar e valorizar relações sinérgicas
entre os players. Ao todo, integraram a iniciativa dez
Estados brasileiros e sete países da Pan-Amazônia.
• Foi disponibilizado um acesso simplificado e
qualificado, que vem sendo útil para dirigentes
e agentes sociais, formadores de opinião,
gestores de políticas públicas, promotores e
investidores privados.
• Com o mapa, qualquer pessoa pode escolher
uma região e identificar imediatamente quem
está operando em 45 dimensões ambientais,
sociais, econômicas e culturais, o potencial
de sinergia das experiências, o foco dos
beneficiados entre 28 segmentos específicos
de públicos-alvo e também quem pode ceder
alguma das 24 expertises identificadas.
Cases Premiados
43
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
preservação e manejo
de ecossistemas
Presente em todas as edições do PBA, a categoria estreou como
Florestas há dez anos, estimulando a preservação da flora e da
fauna silvestres. Logo, cases de recuperação de áreas degradadas
e gestão e manejo de áreas de proteção e de uso sustentáveis
começaram a se destacar.
A aquisição de áreas da Mata Atlântica para abertura de parques
e restauração do bioma, envolvendo as comunidades locais,
protagonizaram as primeiras edições. A Amazônia também ganhou a
atenção das companhias, que passam a atuar não só na preservação do
bioma como no repovoamento de espécies nativas importantes para
a economia local. Identificação e monitoramento dessas espécies para
preservação também são palavras-chave nesta categoria.
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B
44
FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA
Reserva Natural Salto Morato – 2005
A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
foi a vencedora da categoria no 1º PBA, com um case
de proteção à Mata Atlântica: a Reserva Natural
Salto Morato, reconhecida, desde 1999, como Sítio do
Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. A
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
prioriza a preservação ambiental e mantém duas
Reservas Particulares de Patrimônio Natural – RPPN,
áreas protegidas delimitadas geograficamente, com o
objetivo de preservar a biodiversidade e beleza cênica
que abrigam. Em 1994, foi adquirida a primeira área
natural, em Guaraqueçaba (PR), dentro do maior e
mais preservado remanescente contínuo de Mata
Atlântica, bioma mais ameaçado do Brasil. A área foi
reconhecida como RPPN e ampliada – atualmente,
conserva 2.253,83 hectares.
Em 1996, a reserva foi aberta para visitação e, hoje,
é considerada referência em manejo de reserva
natural. Os objetivos são conservar a biodiversidade
e os processos ecológicos, incentivar a pesquisa
científica, propiciar o uso público e incentivar a
educação para a conservação. Seguindo a estratégia,
a fundação comprou uma nova área natural em
2007, agora no Cerrado, transformando-a na Reserva
Natural Serra do Tombador. Situada em Cavalcante
(GO), a área possui 8,7 mil hectares e recebeu o título
de RPPN em 2009.
• Conservação de biodiversidade, abrangendo 325
espécies de aves.
• Mais de 90 estudos, entre outras conquistas,
promoveram a descoberta e descrição de duas novas
espécies de peixes e uma de anfíbio.
• Mais de 100 mil pessoas de diversos Estados brasileiros
e países visitaram a reserva, que fortalece a economia
regional, incentivando o turismo, gerando empregos
diretos e indiretos e apoiando a comunidade local.
SUZANO PAPEL E CELULOSE
Parque das Neblinas – Polo Regional de Práticas Socioambientais – 2006
A Mata Atlântica protagonizou novamente o 2º
PBA. O case premiado foi sobre a criação de uma
tecnologia socioambiental que permitiu a restauração
do bioma e o desenvolvimento de pesquisas
científicas, a educação socioambiental e a partilha
dos benefícios gerados com a operação da reserva, em
um modelo que permitisse sua replicação.
O Parque das Neblinas, em São Paulo, é uma reserva
privada gerida pelo Instituto Ecofuturo, Organização
da Sociedade Civil de Interesse Público – Oscip criada
pelo Grupo Suzano.
O trabalho foi iniciado em 1988, quando a Suzano
adotou um Relatório Interno de Meio Ambiente com
o objetivo de eliminar os passivos de ordem legal
e ambiental, promovendo melhorias no padrão da
paisagem e uso do solo em todo o seu conjunto de
fazendas. A implementação de uma metodologia de
manejo florestal contribuiu para a restauração da
Mata Atlântica e sua diversidade física e biológica,
evidenciando a vocação da área para uma unidade
de conservação. Lançado em 2004, o Parque das
Neblinas tem como pilares o relacionamento com
a comunidade local, a articulação com o poder
público e parcerias com institutos de pesquisas,
universidades e ONGs de perfil socioambiental.
• Construção da Agenda 21 de Taiaçupeba.
• Implantação de uma biblioteca comunitária
e formação de 26 promotores de leitura da
comunidade local.
• Redução de caça e extração ilegal de plantas
e reintrodução da palmeira-juçara, com a
distribuição de 5,5 milhões de sementes.
• Formação de uma rede de fornecedores locais.
• Envolvimento direto e indireto de 30 pessoas da
comunidade local.
• 30 mil visitantes para ecoturismo e educação
socioambiental.
• 60 projetos de pesquisa realizados.
• Assessoria para outras sete unidades de
conservação.
Cases Premiados
45
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL – INB
Recuperação de áreas degradadas, conservação e preservação de espécies da flora e da fauna silvestre – 2007
O case vencedor do 3º PBA nasceu do cumprimento da Política Nacional do Meio Ambiente nos processos de
licenciamento ambiental, como condicionante para manutenção de licenças. O projeto foi evoluindo e chegou ao atual
Programa de Restauração em Bioma Mata Atlântica. Realizado em uma área de 560 hectares de Mata Atlântica, às
margens do Reservatório de Funil, próximo aos parques nacionais de Itatiaia e da Bocaina, o case premiado tinha os
seguintes objetivos: preservação de informações sobre a composição florística das áreas de propriedade das indústrias
nucleares do Brasil e de seu entorno; subsídio aos projetos de restauração florestal; reabilitação de áreas anteriormente
ocupadas por atividades agropastoris; contribuição com a conservação do solo e dos recursos hídricos associados à
Represa do Funil, mantendo e restaurando processos ecológicos vitais para os ecossistemas; e assegurar benefícios
sociais inerentes aos processos de restauração.
• Produção de 1,6 milhão de mudas de espécies nativas e plantio de, aproximadamente, 1 milhão de mudas.
• Recuperação de 50% da área da empresa em Resende.
• Produção de 218 espécies arbóreas nativas.
• Catalogação de, aproximadamente, 700 matrizes arbóreas.
• Identificação de 14 ordens de insetos, 11 espécies de peixes, 170 espécies de aves, 16 espécies de anuros, 21 de répteis
e 29 de mamíferos.
• Reciclagem de mais de 350 kg/dia de resíduos sólidos para produção de húmus – aproximadamente, 590 toneladas
ao longo dos anos.
TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO MACHADINHO-APROMATE
Sistema Agroflorestal Cambona 4 – 2008
Uma parceria entre empresas e uma associação de
produtores rurais conquistou o 4º PBA na categoria.
As três organizações se juntaram para criar um
novo produto: uma variedade de erva-mate com
espécies nativas.
A atividade ervateira era uma importante fonte de renda
para o município de Machadinho (RS), mas a oferta ao
mercado era pequena. Era necessário profissionalizar
a cultura de erva-mate, levando os agricultores a um
novo modelo de produção, que garantisse também
a preservação dos ervais nativos. Para organizar
e fortalecer a cadeia produtiva, a Associação dos
Produtores de Erva-Mate – Apromate firmou parcerias
com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai
e das Missões e a Embrapa Florestas, e os estudos
chegaram ao Sistema Agroflorestal Cambona 4, um
melhoramento genético que substitui a erva-mate nativa
na mistura que originava o produto final destinado ao
mercado, diminuindo a exploração dos remanescentes.
O incremento na qualidade garantiu valorização de
65%, com custos inferiores e retorno financeiro quatro
vezes superior ao de culturas convencionais, gerando
maior interesse dos produtores e novas parcerias.
A segunda etapa do projeto foi de capacitação de
produtores para adesão ao novo sistema. Hoje, o projeto
é autossustentável e segue com a Apromate, envolvendo
cerca de 70 produtores familiares locais e uma área
plantada total de, aproximadamente, 180 hectares.
• A iniciativa conservou ervais nativos e gerou
empregos e aumento de renda para agricultores
familiares em mais de cem municípios no sul do Brasil.
• Com os resultados do projeto implantado,
os produtores conseguiram viabilizar o
financiamento dos novos plantios com agentes do
sistema financeiro.
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Título da Sessão
46
KLABIN
Programa Klabin de Monitoramento da Biodiversidade – 2009
O case vencedor do 5º PBA começou a ser desenhado nos anos 1980, com o Programa Klabin de Monitoramento
da Biodiversidade. A iniciativa, realizada em parceria com universidades, precisava de áreas nativas para estudos
investigativos de fauna e flora, visando a caracterização de hábitos de espécies e sua relação com o ecossistema local. De
lá para cá, a companhia ampliou o monitoramento da biodiversidade em suas unidades florestais, localizadas no Paraná,
em Santa Catarina e em São Paulo. Hoje, mais de 40% da área florestal da Klabin é destinada à preservação de florestas
nativas, garantindo a manutenção de espécies desses ecossistemas e conservando os recursos hídricos.
• Até o fim de 2009, foram identificadas mais de 650 espécies de animais no Paraná: 90 mamíferos, 409 aves, 40 anfíbios,
40 répteis, 12 abelhas, seis crustáceos e 58 peixes. Deste total, 74 são consideradas ameaçadas de extinção pelo Instituto
Ambiental do Paraná – IAP; 15 pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama; e 51 pela International Union for Conservation of Nature – IUCN.
• Foram identificadas 304 espécies de animais em Santa Catarina: entre as 252 espécies de aves, 41 de mamíferos,
seis de anfíbios e cinco de répteis, 32 são consideradas ameaçadas de extinção pela IUCN e seis pelo MMA.
• Foram também identificadas 1.146 espécies de plantas nas áreas no Paraná e 695 espécies em Santa Catarina. As árvores
são o grupo mais estudado, com 426 diferentes espécies no Paraná e 344 em território catarinense. O segundo maior
grupo de plantas identificadas é o das herbáceas, que somam 245 espécies abrangidas por estudos realizados na Klabin.
TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO ITÁ | FATMA | ECOPEF
Implantação, incubação da gestão e operação do Parque Estadual Fritz Plaumann – 2010
o parque fosse equipado com infraestrutura e foi criada
a Oscip Ecopef (Equipe Cogestora do Parque Estadual
Fritz Plaumann), buscando-se uma solução sustentável.
A entidade é formada por jovens da região que foram
capacitados para gerir o parque e é supervisionada pela
Fatma. A gestão conjunta com a comunidade segue as
diretrizes do plano de manejo, sem depender exclusivamente
dos órgãos públicos, o que possibilita a replicação da
metodologia em situações similares. Ao todo, o Consórcio Itá
investiu cerca de R$ 4,3 milhões na implantação do parque.
• PrimeiroparquedeSantaCatarinaaterumplanode
manejo aprovado, um programa de incubação de uma
Oscip especificamente para a gestão compartilhada e um
conselho consultivo constituído, tornou-se referência na
implantação e cogestão de unidades de conservação.
•Avisitaçãoéde300pessoaspormês,dediferentes
Estados do País.
A implantação, operação e gestão do Parque Estadual
Fritz Plaumann foi uma experiência pioneira em Santa
Catarina, em que empresas privadas, o órgão ambiental
estadual e a sociedade civil se uniram para a efetiva
proteção e o uso público da mais importante área
remanescente da Floresta Estacional Decidual. Em um
segundo case realizado em parceria, a Tractebel Energia
levou seu segundo prêmio na categoria no 6º PBA.
Com 741 hectares, o parque estadual, uma unidade de
conservação de proteção integral, administrada pela
Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina – Fatma,
está localizado em uma das regiões mais ameaçadas da
Floresta Amazônica. Aproximadamente, um terço do
espaço é composto por uma ilha originada da formação
do reservatório da Usina Hidrelétrica Itá, com concessão
do Consórcio Itá e operação da Tractebel Energia. O
licenciamento ambiental da usina, em 1990, exigiu que
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Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO MACHADINHO | CONSÓRCIO ITÁ
Conservação da biodiversidade no Alto Uruguai – 2011
O 7º PBA destacou a parceria da Tractebel Energia, Consórcio Machadinho e Consórcio Itá pelos programas e
ações desenvolvidos para preservação e recuperação ambiental da região do Alto Uruguai. Localizada na divisa
entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a área abriga dois empreendimentos operados pela empresa de energia,
a Usina Hidrelétrica Machadinho e a Usina Hidrelétrica Itá. As iniciativas reúnem frentes de restituição da
mata ciliar, conservação de ictiofauna, salvamento de espécie de bromélia em extinção, além dos dois projetos já
premiados: implantação do Sistema Agroflorestal Cambona 4, em 2008; e implantação do Parque Estadual Fritz
Plaumann, em 2010.
• 223 mil mudas, de 90 espécies diferentes, foram produzidas e plantadas na região da UHE Itá. Na UHE
Machadinho, foram mais de 100 mil mudas para recuperar a vegetação da área de preservação permanente.
• Foram desenvolvidas novas tecnologias para monitoramento e conservação da fauna de peixes no Rio Uruguai,
proporcionando a melhoria das condições ambientais.
• Ameaçada de extinção, a bromélia Dyckia distachya Hassler foi salva por meio do resgate de exemplares e do
cruzamento entre indivíduos de comunidades diferentes.
VALE
Fundo Vale: 3 anos de ações pela conservação dos recursos naturais e desenvolvimento no bioma amazônico – 2012
A Vale conquistou o 8º PBA na categoria pela criação do maior fundo de cooperação de origem privada do Brasil, o Fundo Vale.
Fundada em 2009, a Oscip busca contribuir com a preservação e conservação ambiental e promoção do desenvolvimento
socioeconômico das regiões onde atua. As ações começaram pelo bioma amazônico, onde a entidade apoiou 21 projetos realizados
por 12 parceiros em Calha Norte, Corredor do Xingu, Marajó, Acre e sul do Amazonas, com investimento total de R$ 29,3 milhões.
Uma das iniciativas é o fortalecimento de mecanismos independentes de monitoramento do desmatamento e da
degradação florestal na Amazônia Legal e de planos de manejo florestal no Pará. Outra frente é a contribuição para
implementação e consolidação de áreas protegidas do Arquipélago do Marajó, para a melhoria da qualidade de vida,
conservação da biodiversidade e da cultura e promoção da sustentabilidade. O fortalecimento da governança ambiental
para controle e monitoramento do desmatamento, por meio da implementação do Cadastro Ambiental Rural para
regularização das atividades agropecuárias, também compõe a atuação.
• Além do PBA, o Fundo Vale conquistou os prêmios BenchMais, como uma das cinco melhores práticas de gestão
ambiental do País, e o Brasil de Ação Ambiental 2011, na categoria Biodiversidade e Florestas.
• As iniciativas também resultaram em importantes números no Pará, como mil quilômetros quadrados de floresta
preservados; integridade garantida de 60% das áreas de unidade de conservação, com validação de planos de manejo
e fomento a cadeias de valor; retrocesso de 90% da destruição da floresta em Paragominas e exclusão do município da
lista de municípios desmatadores do MMA (Ministério do Meio Ambiente); adoção do Programa Munícipios Verdes
como política pública; fortalecimento das redes de sementes para cadeias produtivas sustentáveis em Apuí e Xingu; e
implantação de software de gestão administrativo-financeira integrado aos sistemas dos parceiros para agilizar as ações.
VALE
Projeto Fazenda Marinha – 2013
O monitoramento e repovoamento de camarões-
rosa nativos na Baía de Sepetiba como forma de
compensação ambiental deu o 9º PBA na categoria
para a Vale novamente. O projeto realizado em
Mangaratiba (RJ) promove a preservação e a educação
ambiental, capacita pescadores e melhora a qualidade
de vida da população, oferecendo alternativas de
geração de renda.
Iniciada em 1996, a ação foi incorporada à agenda
anual da empresa, que hoje tem um laboratório de
maricultura e uma equipe que desenvolve atividades
na área do terminal portuário. São lançados
milhares de pós-larvas na baía, e os programas de
monitoramento possibilitam avaliar a qualidade do
ecossistema local. O projeto garante a melhoria na
qualidade de vida das comunidades, com o incremento
na renda familiar e reforço da tradição. A Fazenda
Marinha ainda oferece cursos de maricultura,
reconhecidos pelo Ministério da Pesca, e cursos de
artesanatos com conchas. Hoje, a fazenda tem novos
projetos com o objetivo de preservar a fauna marinha,
como o monitoramento de botos-cinza e da pesca
e o monitoramento de cavalos-marinhos, espécie
ameaçada de extinção e bioindicadora indireta de
saúde ambiental.
• Mais de 20 milhões de camarões já foram levados
para a Baía de Sepetiba.
• Mais de 2,5 mil pessoas beneficiadas.
• Mais de 520 pessoas foram treinadas pelo curso de
maricultura, dando origem a diversas associações
que se dedicam à cultura de ostras e mexilhões
como fonte de renda.
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ENGIE
A importância dos programas ambientais da UHE Jirau para o conhecimento da fauna silvestre da região amazônica – 2014
O case vencedor do 10º PBA mostrou a importância de se ter informações detalhadas sobre a fauna local para reduzir impactos ambientais em projetos como implantação da Usina
Hidrelétrica de Jirau – UHE Jirau. O projeto da Engie se baseou em estudos genéticos para subsidiar as decisões para mitigação de possíveis impactos na unidade. Para isso, foi
realizado monitoramento contínuo da fauna silvestre antes, durante e após a formação do reservatório da UHE. Com início do projeto em 2010, foram 21 campanhas trimestrais,
avaliando vertebrados e invertebrados, de ambientes terrestres e aquáticos. As atividades estão integradas às ações de resgate da fauna, tanto durante a supressão de vegetação como
durante o enchimento do reservatório. Foi realizada análise do material genético para identificação taxonômica e status populacional do boto-vermelho na área de influência da UHE,
além de estudos das espécies com base nos animais tombados em instituições depositárias de referência para o Brasil.
• Mais de 430 mil indivíduos já foram registrados, e 18 espécies novas para a ciência foram descobertas.
• Com base nas informações oriundas do patrimônio genético dos indivíduos de boto-vermelho, foi possível verificar a correta identificação da espécie da região, sua distribuição e
possíveis relações com outras populações.
Divulgação/Vale
Cases Premiados
49
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
responsabilidade socioambiental
Outra categoria sempre presente no PBA, Responsabilidade Socioambiental estreou voltada para projetos
de educação ambiental que contribuíssem para o desenvolvimento sustentável de comunidades ou setores.
O PBA passou a incentivar projetos de implantação e fortalecimento das Agendas 21 locais e também
iniciativas fundamentadas nos aspectos econômicos, sociais e ambientais de forma integrada. A categoria
começou a refletir, então, ações focadas em geração de renda, inclusão social nas etapas de estruturação e
gestão de projetos e na preservação do meio ambiente.
Dois números evidenciam como a visão de responsabilidade socioambiental do mercado empresarial
brasileiro amadureceu nestes dez anos de PBA: mais de 1.200 pessoas foram envolvidas no primeiro case
vencedor da categoria, em 2005, e 300 mil pessoas foram beneficiadas no case vencedor da última edição do
prêmio nesta categoria, em 2014.
Divulgação/Suzano
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SAMARCO MINERAÇÃO
Salvamar Ambiental – 2005
O programa de sensibilização da comunidade pesqueira quanto ao descarte correto do óleo lubrificante das
embarcações deu à mineradora o 1º PBA na categoria. Mais de 1.200 pessoas foram envolvidas no projeto
implantado em Guarapari e Anchieta (ES) em parceria com as prefeituras. O óleo lubrificante, lançado pelas
embarcações de pesca e turismo, pode persistir de dez a 20 anos no mar, na areia ou no manguezal, interferindo
no equilíbrio ecológico. Com o programa, o óleo queimado, antes despejado dos barcos, passou a ser depositado em
coletores instalados na beira da praia e encaminhado para a reciclagem por meio de refino. O investimento inicial
foi de R$ 50 mil.
O projeto integra, ainda, um curso de capacitação para pescadores e a criação da Associação Salvamar de
Assistência à Criança e ao Adolescente. A entidade oferece um espaço físico que funciona como um centro
de convivência, onde são oferecidas atividades esportivas, reforço escolar, atividades lúdicas, cultura e
entretenimento como forma de combater o ócio e a permanência das crianças e adolescentes nas ruas, nas drogas
e na marginalidade.
• A iniciativa recebeu prêmios nacionais e internacionais e foi apresentada no seminário internacional do
Global Compact, acordo internacional proposto pela ONU, em julho de 2002.
• Cerca de 50 mil litros de resíduos oleosos foram coletados e reciclados/reutilizados.
• Redução da emissão de poluentes no mar e manguezal e melhoria da qualidade da água.
• Aumento da conscientização das tripulações dos barcos de pesca e redução de incidentes ambientais.
• Maior envolvimento da comunidade com a participação voluntária de pescadores, mergulhadores e
aquicultores nos cursos de capacitação.
BROOKFIELD ENERGIA RENOVÁVEL
Parque Municipal da Farinheira – 2006
O case vencedor do 2º PBA nasceu a partir de um diagnóstico socioeconômico realizado em Boa Ventura de São
Roque (PR) para a construção da Pequena Central Hidrelétrica Pedrinho. Para cumprir com obrigações legais, a
Brookfield buscou desenvolver atividades que atendessem à real necessidade da comunidade e promoveu ações
que contribuíram para a melhoria das condições educacionais e socioambientais da região, com programas de
educação ambiental, recuperação da mata ciliar, doação de materiais e equipamentos, construção de uma escola e
criação de um parque.
• Desenvolvido entre 2001 e 2004, o projeto abrangeu mais de 2.500 pessoas de forma participativa, entre
alunos, professores, proprietários rurais e comunidade, além de cerca de 20 instituições, como escolas,
secretarias municipais e empresas de consultoria.
• Desenvolvimento de agentes multiplicadores.
• Melhorias na área educacional.
• Produção de 10 mil mudas de plantas nativas.
• Criação de um espaço de lazer e cultura para o município.
PETROBRAS
Educando Sobre as Águas – 2007
O projeto propõe a implantação de um programa de
educação ambiental direcionado prioritariamente aos
alunos e professores de ciências do ensino fundamental
da rede pública. O objetivo é buscar a conscientização
e o desenvolvimento de condutas que possibilitem a
prevenção da poluição e da degradação dos corpos d’água
e o uso sustentável dos recursos hídricos, no âmbito da
Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré.
O programa vencedor do 3º PBA foi desenvolvido
em 2004 e retomado em 2007 para expor os aspectos
e problemas, locais e regionais, da qualidade e
disponibilidade das águas no âmbito da bacia. A
iniciativa destaca a importância da correta gestão e
planejamento dos recursos hídricos, ao mesmo tempo
que promove a cidadania ambiental e estimula as
práticas de uso racional da água.
• Aproximadamente, 175 mil pessoas diretamente
sensibilizadas.
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Cases Premiados
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Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
CEDAE
Programa Cedae Educação Ambiental Para as Escolas – 2010
A empresa de saneamento conquistou o 6º PBA com o
Programa Cedae Educação Ambiental Para as Escolas.
O projeto foi complementado nos anos seguintes com
novas iniciativas voltadas à conscientização social: a
campanha Salve o Planeta. Economize Água, o projeto
Replantando Vida e os Centros de Visitação Ambiental.
A iniciativa integra palestras em escolas e universidades,
feiras e seminários com a apresentação da Miniestação de
Tratamento de Água, além de um ônibus envelopado com o
logo da companhia para conduzir crianças de escolas públicas
em visitas à ETA Guandu e outras atividades socioambientais.
Nos Centros de Visitação Ambiental das estações de
tratamento de esgotos Alegria e Barra da Tijuca, a Cedae
abre as portas à comunidade acadêmica, aos cursos de
pós-graduação, aos universitários e às escolas técnicas,
apresentando suas tecnologias e incentivando a realização de
pesquisas e trabalhos nas unidades. Os visitantes conhecem
os processos de tratamento de esgotos, as características dos
afluentes e efluentes, os resíduos do processo e os projetos
de aproveitamento dos resíduos: usina de biodiesel, biogás e
aproveitamento do lodo como adubo para os viveiros para
produção de espécies de Mata Atlântica.
Para cuidar das mudas nos viveiros e fazer o plantio, é
empregada mão de obra carcerária dos regimes aberto e
semiaberto, que recebem treinamento e remuneração,
qualificando-se como agentes de reflorestamento e tendo
apoio para sua ressocialização.
• 27.825 alunos visitaram a ETA Guandu, a maior do
mundo.
• 36.197 visitantes nos Centros de Visitação
Ambiental.
• 10 mil pessoas já participaram de palestras da
campanha Salve o Planeta. Economize Água,
segundo estimativa da companhia.
• Mais de 2.700 apenados mantêm viveiros de
espécies nativas, que produziram cerca de 2,5 milhões
de mudas desde 2010.
SAMARCO MINERAÇÃO
Taboa Lagoa – 2011
Com o objetivo de fomentar a sustentabilidade das comunidades do entorno da Lagoa de Mãe-bá (ES), foi desenvolvido
o programa de gestão e educação ambiental vencedor do 7º PBA. Com um investimento inicial de R$ 90 mil, a Samarco
desenvolveu atividades de geração de renda, contribuindo para a preservação e revitalização da lagoa e da cultura local.
O projeto foi iniciado em 2004, com um diagnóstico socioambiental sobre demandas e potenciais da área e um plano de
gestão e educação ambiental. No ano seguinte, a Samarco deu continuidade com o programa para estimular a educação,
a qualificação profissional, a geração de renda e as melhorias sociais e ambientais das comunidades do entorno da Lagoa
Mãe-bá, a segunda maior do Espírito Santo. Pesca e agricultura são as bases econômicas locais, e a companhia encontrou
o desafio de controlar o crescimento desordenado da fibra de Taboa, uma planta aquática comum ao redor da lagoa. Para
isso, foi estimulado o uso da fibra como matéria-prima para artesanato. Iniciava-se, assim, o controle ambiental e manejo
da Taboa, que abriu a possibilidade de uma nova atividade econômica para a população. Foram retirados cerca de 122.834
“pés” de planta; 3 mil mudas nativas foram distribuídas a cerca de 160 famílias da área rural para plantio próximo às
nascentes e matas ciliares; e foi implantada uma Estação de Tratamento de Efluentes – ETE.
• Cerca de 3 mil moradores beneficiados.
• Mais de 150 mil peças artesanais produzidas e comercializadas.
• Saneamento de 100% da rede de esgoto da comunidade de Mãe-bá.
• Redução do volume de lixo e resíduos na lagoa e preservação de um dos pontos naturais mais belos da região.
TRACTEBEL ENERGIA | ADECOVA
Centro de Cultura de Entre Rios do Sul – 2012
A implantação de Centros de Cultura e Sustentabilidade em municípios de pequeno porte que abrigam
empreendimentos operados pela Tractebel Energia se tornou uma das principais ações de responsabilidade
socioambiental da companhia. O Centro de Cultura de Entre Rios do Sul (RS) foi o pioneiro. Seu sucesso garantiu a
replicação da prática em outras regiões em que a empresa atua e deu a ela o 8º PBA.
A Usina Hidrelétrica Passo Fundo está situada no município gaúcho de 3 mil habitantes. Em um raio de 80 quilômetros
da cidade, não havia nenhum cinema, teatro, museu ou espaço cultural gratuito destinado à comunidade. A implantação
do centro de cultura foi realizada com a Lei Rouanet, como o primeiro projeto do gênero executado no País com 100% de
isenção fiscal, tornando-se um marco na história das construções de espaços culturais incentivados em todo o Brasil.
Aberto em 2011, o centro possui 1.075 metros quadrados, com um auditório de 150 lugares, oficinas, salas para exposições
e reuniões comunitárias, museu, biblioteca e sala de inclusão digital, além de uma área coberta para feiras e exposições. O
engajamento da comunidade na gestão do centro se dá pela Associação de Desenvolvimento Comunitário de Vila Alegre
– Adecova, entidade sem fins lucrativos formada por moradores. A Tractebel Energia investiu na capacitação em gestão
cultural de membros da comunidade para assumir a coordenação do centro e captar recursos para sua manutenção.
• Desde o início das atividades, cerca de 80 mil pessoas passaram pelo centro de cultura. O sucesso fez com que o modelo
fosse replicado com o Centro de Cultura de Alto Bela Vista (SC), Centro de Cultura e Sustentabilidade de Capivari de
Baixo (SC) e Centro de Cultura de Quedas do Iguaçu (PR). Outros seis centros estão em fase de projeto ou em construção.
52
TRACTEBEL ENERGIA
Parque Ambiental Tractebel – 2014
A companhia voltou a vencer o PBA nesta categoria com o
projeto que deu sequência ao case Recuperação das Áreas
Degradadas Através da Utilização de Cinzas do Carvão
Mineral, premiado em 2007. Localizado em Capivari de
Baixo (SC), o Parque Ambiental Tractebel ofereceu novo
destino à área recuperada da degradação ambiental
gerada pela extração de carvão mineral na região.
Inaugurado em 2013 e aberto à população, o parque
ocupa uma área de 35 hectares, equivalente a 50 campos
FIRJAN | SESI
Heróis do Futuro – 2013
O projeto vencedor do 9º PBA sensibilizou milhares de estudantes para a sustentabilidade e os temas da Rio+20,
que reuniria milhares de lideranças políticas, comunitárias e ambientais na capital fluminense para discutir o
desenvolvimento sustentável. Os jovens foram engajados com a iniciativa do Sistema Firjan Heróis do Futuro, que usou
a capilaridade do Sesi para debater ideias e ouvir demandas, contribuindo para a formação desses futuros formuladores
de políticas e formadores de opinião. A iniciativa, realizada em 2012, incluiu ações como a exibição de um filme original,
em tecnologia 3D, apresentado em Unidade Móvel de Aprendizagem do Senai, um ambiente de comunicação por redes
sociais (Facebook, Twitter e blog no site), com conteúdo aprofundado, e um concurso no qual os jovens aprenderam
sobre sustentabilidade por meio de um game, além de expressar suas ideias.
Para que o público se reconhecesse na abordagem proposta, as informações sobre a Rio+20 foram vinculadas a temas
relacionados às grandes cidades, como resíduos, saneamento, transporte, poluição e cidades sustentáveis. O projeto
foi ampliado para a rede Sesi e Senai de São Paulo e teve o apoio da Secretaria Municipal de Educação do Rio de
Janeiro para a entrada nas escolas municipais e da Uerj para a composição das equipes de mobilização nas 425 escolas
participantes no Rio. A premiação ocorreu na Rio+20, e as equipes vencedoras receberam prêmios e uma viagem a
Fernando de Noronha com atividades educativas.
• 188.476 alunos sensibilizados em 425 escolas no Rio e 265 em São Paulo.
• 81.549 participantes do game, em 31.325 equipes.
• 1.579 “cidades sustentáveis” criadas no game.
• 5.300 fãs no Facebook.
• Mais de 150 profissionais do Sesi envolvidos diretamente na operação.
• Ideia central considerada boa ou muito boa por 97% das escolas que responderam a pesquisa.
• Conteúdo considerado relevante por 90% das escolas.
• 34 matérias veiculadas em TV, rádio, mídia impressa e online.
• 3 prêmios ambientais e 1 de comunicação conquistados.
de futebol, e segue um modelo de gestão compartilhada
por meio de uma Oscip que reúne representantes da
companhia, associação de moradores e outras entidades
locais. Juntos, os representantes elaboram as normas
de funcionamento e o plano anual de atividades. São 23
quilômetros de reflorestamento com plantas nativas,
um lago de 14.500 metros quadrados; 4 quilômetros de
pistas para caminhada, 3,5 quilômetros de ciclovias e
área de recreação com parque infantil e espaço para
ginástica. O espaço abriga também um Centro de Cultura
e Sustentabilidade dedicado a atividades culturais, como
espetáculos musicais e teatrais, exposições de arte e
realização de outros eventos culturais.
• Mais de 300 mil pessoas beneficiadas, de 20
municípios da região.
• Cerca de 2,5 mil visitantes por semana.
• Somente em 2014, foram mais de 100 mil visitantes
e cerca de cem eventos artístico-culturais.
Div
ulg
ação
/Ses
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Cases Premiados
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Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
patrimônio cultural brasileiro
Em 2013, o Rio de Janeiro vivia acelerado ritmo de obras, com a
revitalização de importantes marcos da cidade. O momento jogava
luz ao valor do patrimônio cultural como narrativa da história das
sociedades. Inspirado nesse debate, o 9º PBA criou uma nova categoria
especial para reconhecer as iniciativas das empresas brasileiras na
valorização do patrimônio cultural nacional.
ENGIE
Programa de gestão do patrimônio arqueológico, histórico e cultural da UHE Jirau – a gestão do conhecimento através de mídias sociais – 2013
Desenvolver uma ciência aplicada, que aliasse a
realização de pesquisas científicas com o envolvimento
das comunidades locais pelo uso de mídias sociais, para
uma maior integração e divulgação dos conhecimentos
adquiridos e consequente engajamento social, foi a
diretriz que norteou o projeto vencedor da categoria
especial criada no 9º PBA.
Iniciada em abril de 2009, a ação teve atividade de
prospecção, laboratório e educação patrimonial,
incluindo também medidas compensatórias para
proteção e preservação do patrimônio histórico e
cultural. Foram utilizadas plataformas multimídia,
como sites, blogs, Twitter, Google Earth e Google Maps,
modelagens de cenários em ambiente de Arqueo@
Parque e exposição de acervos em museu virtual. Desta
forma, foi criado um ambiente online para contato
direto dos atores sociais, acelerando o desenvolvimento
do projeto e facilitando o acesso ao conhecimento. O
programa tem continuidade, com o atendimento a todos
que buscam informações, contatos ou integração com
as pesquisas. O conhecimento gerado segue inserido
em categorias e produtos como Arqueo@Parque, Fale
Conosco, Cartilha Patrimonial e Blog da Comunidade,
e a companhia fez a divulgação científica em eventos
nacionais, internacionais e fóruns de debate.
• Mais de 2.500 pessoas da comunidade local foram
envolvidas nas atividades, incluindo oficinas,
entrevistas e capacitações. O blog contabilizou
milhares de acessos, provenientes de mais de 50 países.
Div
ulg
ação
/En
gie
54
texto Jornalístico
Outra categoria especial, Texto Jornalístico buscou estimular a produção
de reportagens sobre desenvolvimento sustentável na imprensa
brasileira, como forma de capilarizar o debate. Os cases premiados
destacaram os fatores que envolvem a construção de hidrelétricas do
ponto de vista ambiental, social e econômico e os contrastes e paradoxos
de lugares em que a riqueza natural não reverte a situação de milhares de
habitantes que vivem na miséria. O PBA também mostrou a preocupação
social com a questão do lixo, destacando a importância da reciclagem e do
reaproveitamento de plástico, vidro, papel e outros materiais para o meio
ambiente e os impactos econômicos decorrentes.
GAZETA DO POVO
“A última testemunha” / “Kuwait paranaense” – 2008 e 2010
Vencedor do 4º e do 6º PBA na categoria, o jornal Gazeta do Povo foi premiado com a série de reportagens do jornalista
Mauri König “A última testemunha”, publicada em 9 e 10 de setembro de 2007, e com a matéria “As marcas do descaso”,
publicada em 30 de janeiro de 2010, também de König e do jornalista Adriano Kotsan.
Vencedora em 2008, “A última testemunha” aborda uma batalha em curso no coração da Mata Atlântica, na divisa dos
Estados do Paraná e São Paulo. O Grupo Votorantim tenta construir a hidrelétrica Tijuco Alto no Rio Ribeira de Iguape,
mas encontra a resistência de ambientalistas, índios, caiçaras, religiosos e quilombolas que são contra a barragem. Entre
eles está seu Vicentinho, um símbolo dessa resistência aos 100 anos.
Em 2010, a Gazeta do Povo voltou ao pódio do PBA contando a história da família de Vítor, de 4 anos. Eles vivem em
Piraquara, o “Kuwait paranaense”. A riqueza de ambos é líquida e está no subsolo. Dono da quarta maior reserva de
petróleo do mundo, o Kuwait não tem um só cidadão abaixo da linha da pobreza, enquanto Piraquara tem dezenas de
bilhões de litros de água no subsolo, mas 10% dos 88 mil habitantes estão em petição de miséria. A matéria retrata uma
alarmante contradição: famílias vivendo sem água encanada, mesmo residindo em cima do maior manancial do Estado
do Paraná.
DIÁRIO DA REGIÃO
Série Recicle Já – 2009
A campanha com foco ambiental liderada pelo
Diário da Região, em 2008, com a parceria da
cooperativa Cooperlagos e apoiada pela Prefeitura
de Rio Preto, premiou o jornal no 5º PBA.
Reportagens publicadas aos domingos enfocaram
a importância dos processos de reciclagem para o
meio ambiente, a economia e a sociedade.
O trabalho apontou que o reaproveitamento de materiais
como borracha, metal e plásticos, entre outros, reduz
a poluição, prolonga a vida útil de aterros sanitários e
deixa as cidades mais limpas. A experiência de alguns
moradores da região foi destacada, como em Mirassol,
onde um trabalhador conquistou a casa própria com as
vendas provenientes da reciclagem de lixo. Reutilização
de água e fontes alternativas de energia ganharam
espaço na discussão, aprofundada em editorial. O projeto
reforçou a vocação do jornal de defender o meio ambiente
e, em nome do interesse público, engajar os leitores.
CANAL ENERGIA
“Hidrelétricas: sustentabilidade e desenvolvimento” – 2011
Qual o ponto de equilíbrio entre o potencial hidrelétrico
do Brasil e a necessidade de preservação socioambiental?
A reportagem “Hidrelétricas: sustentabilidade e
desenvolvimento”, publicada pelo site CanalEnergia, em
24 de junho de 2011, abordou a questão e ganhou a 7ª
edição do PBA. A jornalista Carolina Medeiros destacou
as crescentes necessidades energéticas e as pressões por
mitigação dos impactos socioambientais. A discussão
envolve ambientalistas e investidores do setor elétrico.
Para o CanalEnergia, a sustentabilidade está no DNA do
setor elétrico, porque a geração tem como base as usinas
hidrelétricas, com o reforço das fontes eólica, solar e
biomassa – principalmente, de cana-de-açúcar.
Cases Premiados
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expediente AMCHAM RIO
Rafael Sampaio da Motta – presidente
Pedro Paulo Pereira de Almeida, João César Lima e Fabio
Lins de Castro – vice-presidentes
Manuel Domingues e Pinho – diretor financeiro
Luiz Claudio Salles Cristofaro – conselheiro jurídico
Steven Bipes – diretor executivo
IDEALIZAÇÃO E PESQUISA
Cláudio Motta, Vanessa Barros, Bernardo Guimarães e
Veriza Duca – Comunicação AmCham Rio
PRODUÇÃO E EDIÇÃO
DIX – Conteúdo e Relacionamento
REVISÃO
Luciana Maria Sanches
COMERCIAL
Nadia Stanzig e Felipe Tavares – Produtos e Serviços
AmCham Rio
COORDENAÇÃO GERAL
Comunicação AmCham Rio
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Mamelucos – Escritório de Design
IMPRESSÃO
Grafeno Gráfica
NÚMERO DE ExEMPLARES
250
IMAGENS
Fotos de divulgação dos projetos vencedores do PBA e 123rf.
REFERÊNCIA PARA CITAÇÃO
AmCham Rio. Prêmio Brasil Ambiental. Dez Anos de
Incentivo às Boas Práticas Empresariais. Rio de Janeiro, 2015
ENDEREÇOS
Praça Pio X, 15 – 5.º andar – Centro – 20040-020
Rio de Janeiro/RJ – Brasil
55 21 3213-9200
amchamrio.com
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Este livro usa papel com certificação FSC, garantia de que
a matéria-prima florestal tem manejo social, ambiental e
economicamente adequado.
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de Janeiro (AmCham Rio). Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer
meio e processo, sem a prévia autorização escrita da
AmCham Rio.
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À Kárim Ozon, presidente do Comitê de Meio
Ambiente, e à Silvina Ramal, presidente do Comitê de
Responsabilidade Social Empresarial da AmCham Rio.
Aos patrocinadores do livro: BG Brasil, Fetranspor,
Instituto Jogue Limpo e Tractebel Energia.
A todas as empresas que enviaram projetos e, assim,
ajudaram a construir a história do Prêmio Brasil
Ambiental – PBA. E a todos que contribuíram com a
pesquisa necessária para a produção deste livro.
Aos mais de 50 jurados que, nos últimos dez anos,
definiram os vencedores do PBA.
Aos parceiros, colaboradores e voluntários.
À equipe da AmCham Rio.
agradecimentos
A capa dessa publicação foi impressa em papel
offset FSC 240g e o miolo em couché fosco FSC 115g.
A família tipográfica utilizada é a Aleo.
Realização
Patrocínio