realismo (3)

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-Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento

sentimental;

- Representação mais fiel da realidade;

- Romance como meio de combate e crítica às instituições

sociais decadentes, como o casamento, por exemplo;

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- Análise dos valores burgueses com visão crítica

denunciando a hipocrisia e corrupção da classe;

- Influência dos métodos experimentais;

- Narrativa minuciosa (com muitos detalhes);

- Personagens analisadas psicologicamente;

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Na segunda metade do século XIX, as ideias

do Liberalismo e Democracia ganham mais espaço. As ciências

evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade

passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico.

Houve também uma transformação no aspecto social com o

surgimento da população urbana, a desigualdade econômica e o

aparecimento do proletariado.

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O Brasil passou por mudanças políticas e sociais

marcantes. A queda da escravidão e do Império

criou uma nova realidade no país; influenciadas por

ideais europeus: liberalismo, socialismo, positivismo,

cientificismo, etc.

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Realismo: os escritores voltavam-se para a observação

do mundo objetivo. Procuravam fazer arte com os

problemas concretos de seu tempo, sem preconceitos ou

convenções. Focalizavam o cotidiano. O adultério, o clero e

a sociedade burguesa em crise tornaram-se temas para as

obras desse período.

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Naturalismo: radicalizou o determinismo (o homem como produto

de leis físicas e sociais) do movimento realista. Essa nova tendência

apareceu em uma situação de grande pessimismo. Os escritores

naturalistas introduziram o chamado "romance experimental" contra o

esteticismo em que se enveredava a arte. O movimento não se

restringiu à ciência positivista. Registrou como os realistas, não o

passado, mas o presente com temas inovadores e linguagem atual.

Denunciou a hipocrisia e caracterizou as lutas sociais, temáticas novas,

que anteciparam a literatura de ênfase social do século XX.

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Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo,

invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com

casamento. Machado de Assis

É o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, e

aventurou-se pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária.

Sua infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a

muito trabalho e dedicação.

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Como romancista escreveu: ”A mão e a luva”, “Ressurreição”,

”Helena” e “Iaiá Garcia”.

Essas obras revelam algumas características que marcarão a fase

realista e , como a análise psicológica dos personagens, o humor,

monólogos interiores e cortes na narrativa“Memórias Póstumas da

Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e

“Memorial de Aires”, revelam o interesse do autor de aprofundar a

análise do comportamento do homem, revelando algumas características

próprias do ser-humano como a inveja, a luxúria, o egoísmo e a vaidade,

todas encobertas por uma aparência boa e honesta.

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Como contista Machado escreveu: ”A Cartomante”,”O

Alienista”,”O Enfermeiro” ,”O Espelho” dentre outros

Suas peças teatrais não tinham o mesmo nível que seus

contos e romances, ex: “Quase ministro” e “Os deuses da

casaca”.

Como crítico literário, além de vários prefácios e ensaios

destacam-se 3 estudos: ”Instinto de nacionalidade”,”A

nova geração” e “O primo Basílio”

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Nasceu em Angra do Reis, filho de uma família de grandes proprietários.

Teve uma infância bastante reclusa. No começo da década de 1870, os

Pompéia se mudaram para a Corte e o menino vai estudar no Colégio Abílio,

onde permaneceu por cinco anos e do qual se vingaria dez anos depois.

Concluiu seus estudos no Colégio D. Pedro II e, mais tarde, bacharelou-se

pela Faculdade de Direito do Recife. Abolicionista e republicano exaltado, é

uma espécie de intelectual de esquerda da época.

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Ocupou vários cargos públicos, inclusive a

direção da Biblioteca Nacional. Seu temperamento

exaltado despertou ódios e inimizades. Chegou a

marcar um duelo com Olavo Bilac, que acabou não

se realizando. Esta sensibilidade doentia e não

resolvida impeliu-o ao suicídio, num dia de Natal.

Contava então trinta e dois anos de idade.

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A Noite...

Chamamos treva à noite. A noite vem do Oriente como a luz.

Adiante, voam-lhe os gênios da sombra, distribuindo estrelas e

pirilampos. A noite, soberana, desce. Por estranha magia revelam-se

os fantasmas de súbito.

Saem as paixões más e obscenas; a hipocrisia descasca-se e

aparece; levantam-se no escuro as vesgas traições, crispando

os punhos ao cabo dos punhais; à sombra do bosque e nas ruas ermas,

a alma perversa e a alma bestial encontram-se como amantes

apalavrados; tresanda o miasma da orgia e da maldade.......

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Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 1857 . Como

sempre foi muito bom caricaturista e desenhista, Aluísio ingressou na

Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro. Ao retornar ao

Maranhao sua terra natal escreveu o romance romântico “Uma lágrima

de Mulher”, ao passo que continuou na carreira jornalística, escrevendo

para alguns jornais, entre eles o que ajudou a fundar, chamado “O

Pensador”.

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Foi então, que decidiu se sustentar como escritor e em 1881

publicou o livro “O mulato”, que daria ao autor o título de “precursor

do Naturalismo no Brasil”. Esta obra foi um verdadeiro escândalo para

a época.

Contudo, há outro romance naturalista de Aluísio que tem mais

destaque na literatura: O cortiço. As personagens nesta narrativa são

operários, lavadeiras, prostitutas e apresentam a população

marginalizada, excluída da sociedade. O ambiente social é caótico,

degradado e sem estrutura, ou seja, um cortiço.

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Veja um trecho da obra “O cortiço” sobre o estereótipo de João Romão:

"E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha de

pedreira para a venda, da venda para as hortas e ao capinzal, sempre em mangas de camisa,

tamancos, sem meias, olhando para todos os lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-

se, com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas".

Obras: Uma lágrima de mulher (1879); Memórias de um condenado (ou A

condessa Vésper) (1882); Mistério da Tijuca (ou Girândola de amores) (1882);

Filomena Borges (1884); A mortalha de Alzira (1894).

Romances naturalistas: O mulato (1881); Casa de pensão (1884); O homem

(1887); O cortiço (1890); O coruja (1890).

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Romancista, contista, cronista, crítico literário e epistoló­grafo, Em 1867,

integra o Cenáculo, grupo composto por intelectuais que desencadeia o

movimento realista em Portugal.

Eça faz sua estreia literária em 1866, no jornal “Gazeta de Portugal”, e publica

seus primeiros versos na revista “Revolução de Setembro”, com o pseudônimo de

Carlos Fradique Mendes . Escritor irônico, revitaliza a prosa de seu país com

neologismos e recursos da língua falada, evitando o purismo tradicional.

Considerado por alguns críticos literários o represen­tante máximo do

Realismo-Naturalismo português.

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O amor eterno é o amor impossível.

Os amores possíveis começam a morrer

no dia em que se concretizam.

Eça de Queiroz

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