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NOTA • Aplicação do Decreto-Lei n.º 185/2009, de 12 de Agosto
A Euronext Lisbon enquanto sociedade gestora de mercados cumpre o regulamento
4/2007 da CMVM em vigor, pelo que apresentou o seu último Relatório sobre a
estrutura e as práticas de governo societário em 30 Junho de 2010, e irá apresentar o
próximo Relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário até 30 de Junho
de 2011.
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1 SÍNTESE DE INDICADORES 4
2 ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA 7
3 O ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 17
3.1 A Envolvente Internacional 17 3.1.1 Evolução Macroeconómica 17 3.1.2 Evolução Financeira 22
3.2 Conjuntura Nacional 33 3.2.1 Evolução Macroeconómica 33 3.2.2 Evolução Financeira 41
4 A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON 47
4.1 Movimentos de Valores Mobiliários 47 4.1.1 Admissões e Exclusões 48 4.1.2 Capitalização Bolsista 51
4.2 Negociação 55 4.2.1 Mercado a Contado 55 4.2.2 Mercado de Derivados 71
4.3 Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários 76
4.4 Sistemas de Liquidação 79
4.5 Agência Nacional de Codificação 81
5 A DIMENSÃO SOCIAL DA EURONEXT LISBON 83
5.1 Recursos Humanos 83
5.2 Responsabilidade Corporativa 85
5.3 Centro de Documentação 88
6 ANÁLISE FINANCEIRA 89
6.1 Apreciação Global 89
6.2 Proveitos e Ganhos 90
6.3 Custos e Perdas 93
6.4 Estrutura Patrimonial 95
7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS ÀS CONTAS 97
8 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS DA EURONEXT LISBON 145
9 ENVOLVENTE NORMATIVA 146
10 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 159
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1 SÍNTESE DE INDICADORES
No mercado a contado da Euronext Lisbon registaram-se, em 2010, acréscimos
homólogos de 10% no número total dos negócios e de 26,2% no valor transacionado,
nas sessões normais e especiais. Ao invés, o valor da capitalização bolsista,
evidenciando o comportamento depressivo dos preços do mercado acionista, era no final
de 2010 inferior em 1,8% ao de 2009. Na realidade, o PSI Geral, que integra a
totalidade das ações admitidas no mercado Euronext Lisbon e, muito em especial, o PSI
20 que retrata a movimentação dos preços das 20 ações mais líquidas deste mercado,
evoluíram em baixa, tendo, no ano em análise, descido 6,2% e 10,3%, respetivamente.
Da análise do quadro seguinte ressalta o quase total domínio do segmento acionista no
contexto do mercado a contado da Euronext Lisbon, posição que, de resto, se tem vindo
a reforçar ao longo dos últimos cinco anos, passando de 83,3% em 2006 para 98,4% em
2010, no que diz respeito ao número de negócios, e de 95,4% para 97,9%, em termos do
valor transacionado.
Em termos globais, em 2010 a atividade económica nacional evoluiu positivamente,
se bem que a um ritmo débil. De igual modo, os principais indicadores da atividade
desenvolvida pela Euronext Lisbon em 2010 revelaram, face ao ano anterior, um
comportamento positivo, traduzido no aumento do número de negócios, a que
correspondeu um significativo acréscimo do valor negociado. Isto, mau grado a forte
descida registada pelos preços, retratada pela evolução dos índices do mercado
acionista, que se refletiu negativamente no valor da capitalização bolsista.
Refletindo, essencialmente, a descida do preço unitário dos negócios realizados -
medida implementada pela Bolsa, à semelhança do ocorrido nos anos anteriores,
tendo em vista ir ao encontro das necessidades dos vários intervenientes no mercado
- e os custos de natureza não recorrente, o resultado líquido consolidado da Euronext
Lisbon, no valor de 13,7 milhões de euros no final de Dezembro, ficou aquém em
1,6 milhões de euros (-10,4%) do apurado no período homólogo anterior.
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Indicadores da Atividade da Euronext Lisbon
2010 ∆% Anual
Total do Mercado a Contado N.º de Negócios 5.959.934 10,0%Valor Negociado (milhões de euros) (*) 41.577 26,2%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 200.470 -1,8%
Mercado Acionista Sessões Normais N.º de Negócios 5.862.712 12,2%Valor Negociado (milhões de euros) 40.697 28,0%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 135.017 -21,7%Sessões Especiais Valor Negociado (milhões de euros) 334 1.051,7%PSI Geral (fecho do ano) 2.721,99 -6,2%PSI 20 (fecho do ano) 7.588,31 -10,3%
Mercado Obrigacionista N.º de Negócios 8.221 -26,6%Valor Negociado (milhões de euros) 583 47,6%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 63.748 102,8%Sessões Especiais Valor Negociado (milhões de euros) 40 s/s
Mercado de Warrants N.º de Negócios 87.340 -41,0%Valor Negociado (milhões de euros) 242 -59,9%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 380 94,9%
Mercado de Derivados Volume de Contratos Negociados 219.525 -6,8%Posições Abertas (no final do ano) 13.388 -38,3%Valor Negociado (milhões de euros) 971 97,8%(*) Inclui o valor dos negócios realizados nas sessões especiais Fonte: Dathis e NYSE Liffe
O aumento verificado em 2010 da já muito elevada concentração da atividade da Bolsa
portuguesa nos negócios sobre ações reflete, a par com um relativo crescimento deste
mercado, o significativo decréscimo registado nos mercados obrigacionista e dos
warrants. Em consequência, no ano em apreço, quer o número quer o valor dos
negócios envolvendo ações, apresentaram taxas de acréscimo superior às apuradas para
o total do mercado.
Por seu turno, o mercado de derivados português teve em 2010 um comportamento
heterogéneo. Com efeito, em confronto com 2009, o valor dos contratos de futuros
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tendo por subjacentes ativos nacionais, bem como as correspondentes posições que se
encontravam abertas no final do ano subiram, respetivamente, 97,8% e 2,7%, enquanto
que o volume de contratos negociados caiu 6,8%.
Nos capítulos seguintes faz-se uma análise pormenorizada da evolução, em 2010, do
mercado bolsista nacional nas suas diferentes vertentes, bem como dos aspetos da
conjuntura internacional e nacional que, direta ou indiretamente, marcaram a atividade
da Bolsa portuguesa.
7
2 ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA
Durante o ano de 2010 foram vários os acontecimentos, quer ao nível da estratégia quer
na vertente operacional, que tiveram um impacto imediato ou esperado na atividade da
Euronext Lisbon e da Interbolsa.
Mercado a Contado
Listing
• Inclusão no Orçamento de Estado para 2010 de incentivos fiscais para a admissão à
cotação em Bolsa de Pequenas e Médias Empresas (PME): majoração em 200% dos
gastos com a operação de entrada em Bolsa, até ao máximo de 200 mil euros, em
sede de IRC; dedução de 25% do total investido, no máximo de 500 euros, em sede
de IRS. Esta medida, embora muito importante para o mercado nacional acabaria por
não entrar em vigor no ano de 2010.
• Admissão à negociação, em meados de Agosto, pelo Millennium BCP de dezasseis
certificados sobre índices de ações (CAC, DAX, IBEX, FTSE), três certificados
sobre mercadorias e três sobre cabazes de ações e oito warrants sobre o índice Dax.
Para comemorar estas admissões, o Millennium BCP tocou o sino da Bolsa a 14 de
Setembro para encerrar a sessão do mercado português.
• Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, através
da sua subsidiária ComStage, de dois novos Exchange Traded Funds (ETF) sobre o
PSI 20.
• Início da transação na Bolsa portuguesa, em Outubro, de 64 Factor Certificates,
valores mobiliários estruturados emitidos pelo Commerzbank, tendo como ativo
subjacente ações nacionais.
• Lançamento pela Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF) no mercado português
do primeiro Exchange Traded Fund (ETF), replicando o índice de ações ibérico do
grupo NYSE Euronext.
• Exclusão de negociação da sociedade Europac – Papeles Y Cartones de Europa SA,
que estava cotada no segmento de ações de empresas estrangeiras.
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Cash
• Criação de um novo grupo de negociação destinado a emissões de dívida
denominadas em moeda diferente do euro, com efeitos a partir de 5 de Março de
2010.
• Realização, em Abril, de uma sessão especial para apurar os resultados da oferta
pública de subscrição e de admissão de 8.000.000 de obrigações, representativas do
empréstimo obrigacionista "Benfica SAD 2013". Com a presença do símbolo do
clube desportivo, a águia Vitória, responsáveis da Benfica SAD tocaram o sino para
encerrar a sessão de Bolsa
• Atualização dos grupos de negociação, com efeitos a partir de 3 de Maio de 2010.
• Alteração resultante da modificação do regime de cancelamento dos negócios, da
introdução de limites estáticos de variação de preços, do alargamento, com
adaptações, do regime dos preços de avaliação previstos para os segmentos dos
warrants, certificados, ETF, ETN e ETvs, com efeitos desde 12 de Julho de 2010.
• Realização de 2 sessões especiais para apresentação dos resultados de outras tantas
Ofertas Públicas de Aquisição (OPA): uma lançada, em Agosto, pela Teixeira
Duarte, SA sobre a Teixeira Duarte Engenharia e Construções, SA, que assumiu a
natureza de uma Oferta Pública de Troca de uma ação da segunda sociedade por uma
ação da primeira e a outra, em Novembro, pelo Montepio Geral – Associação
Mutualista sobre o Finibanco Holding, SGPS, SA, na qual foram movimentadas
171.439.900 ações correspondentes a 334,3 milhões de euros. Na sequência desta
última operação, o Finibanco acabou por ser excluído da negociação em Bolsa.
• Admissão de 9 novos membros, sendo 4 ingleses (Liquid Capital Market Limited,
Liquid Capital Trading, LLP, Spire Europe, Limited, e Sungard Global Execution
Services Limited), 3 holandeses (Binckbank, N.V., Cebulon V.O.F e Tibra Equities
Erurope, Limited), 1 belga (OTC-Option Trading Compan, SA/NV) e 1 espanhol
(GVC Gaesco Valores, SA, S.V.).
Índices
• Lançamento de um novo índice que inclui ações do mercado português: o Índice
Ibérico, composto pelas 30 ações mais líquidas do mercado português e espanhol,
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que está calculado desde 31 de Dezembro de 2001 (com base 1000). Estão
disponíveis também versões “total net return” e “total gross return”.
Mercado de Derivados
• Admissão de 4 novos membros no mercado de derivados de Lisboa: ADM Investor
Services International Limited, RGM Trading Europe Limited, Virtu Financial
Ireland Limited e Voltrex Limited.
• Estruturação pela NYSE Liffe de um plano de formação multi-nível em derivados,
destinado a diferentes perfis de participantes no mercado português.
• Lançamento, pela primeira vez, de cursos por medida para os participantes
profissionais no mercado de derivados nacional.
• 5º Aniversário do BClear. Para comemorar este acontecimento, no dia 21 de
Outubro, Ade Cordell, Director, Co-head of Equity Derivatives and OTC Services da
NYSE Liffe, juntou-se a vários intervenientes no mercado de derivados para tocar o
sino de encerramento do mercado português.
Marketing
Ações dirigidas a emitentes
• Realização, em Novembro, do 5.º Retiro IPO, em parceria com o IAPMEI e a
Ernst&Young, destinado à apresentação e discussão de questões relacionadas com a
admissão em Bolsa. Estiveram presentes 20 empresas não cotadas.
• Toque do sino pelo CEO da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, para encerrar
a sessão de bolsa e comemorar o 4.º aniversário de admissão à cotação desta empresa
na Bolsa portuguesa.
Ações dirigidas a investidores institucionais
• Realização, pela segunda vez, do “Portuguese Day” na Bolsa de Nova Iorque, a 26
de Maio. Participaram neste evento o Ministro das Finanças e 16 empresas cotadas,
das quais 11 representadas pelos seus presidentes executivos. Foram realizadas 230
reuniões com 85 investidores institucionais americanos.
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Ações dirigidas a intermediários financeiros
• Realização de um seminário, em parceria com a Matlab, dedicado ao “algorithmic
trading”, destinado à comunidade de investidores profissionais em Portugal. Neste
evento foi abordado o papel do “algorithmic trading” na formação de liquidez e feita
uma apresentação da Mathworks, uma plataforma destinada ao desenvolvimento e
implementação de estratégias de negociação baseadas em algoritmos.
• Apresentação aos membros do mercado do projeto de migração da infra-estrutura
relativa às plataformas de negociação a contado, de derivados e de MTF para o novo
centro tecnológico em Basildon, no Reino Unido, bem como das novas
possibilidades de prestação de serviços de "co-location" disponíveis neste novo
centro.
Ações dirigidas ao público em geral
• Entrega dos prémios (mais de 40) relativos à 6.ª edição do ‘Jogo da Bolsa’,
organizado pelo Jornal de Negócios, em parceria com a Euronext Lisbon e o ISCTE,
que contou com mais de 40 mil participantes.
• Promoção pela NYSE Euronext, pela primeira vez, da semana da Literacia
Financeira, envolvendo vários toques do sino a nível global e outros eventos, para
ajudar a melhorar o conhecimento financeiro dos consumidores. O Presidente da
Associação Portuguesa de Bancos (APB), Professor António de Sousa, tocou o sino
por ocasião da semana dedicada a este tema em Lisboa.
• Organização pela NYSE Euronext Lisbon e o Instituto Português de Corporate
Governance, em Outubro, da conferência “Reformar o Sistema Financeiro: o que
sabemos e o que podemos antecipar” no auditório da Fundação Gulbenkian. Foram
oradores, para além do Chief Executive Officer do Grupo NYSE Euronext (Duncan
Niederauer) e do Presidente da Euronext Lisbon (Luís Laginha de Sousa): Elisa
Ferreira, Deputada ao Parlamento Europeu, Carlos Costa, Governador do Banco de
Portugal, Carlos Tavares, presidente da CMVM e António Borges, Chairman of the
European Corporate Governance Institute. Estiveram presentes cerca de três
centenas de participantes.
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• Patrocínio pela Euronext Lisbon e o Millennium BCP, em parceria com a SDG-
Simuladores e Modelos de Gestão, de mais um Global Investment Challenge (GIC) –
Edição 2010. Durante 11 semanas, 7000 participantes puderam investir de forma
fictícia (100 mil euros) nas ações constituintes dos índices PSI-20, CAC40, AEX e
BEL20, e ainda, em certificados sobre índices de ações regionais e setoriais, bem
como em warrants cotados no mercado EasyNext Lisbon.
Recursos Humanos
• Nomeação, em 1 de Julho, de Luís Laginha de Sousa para Presidente da Euronext
Lisbon (sucedendo a Miguel Athayde Marques) e também para os cargos de membro
do Managing Board da Euronext N.V., membro do Management Committee da
NYSE Euronext e Presidente do Conselho de Administração da Interbolsa S.A.
• Implementação de um conjunto de iniciativas relacionadas com o bem estar no local
de trabalho, incluindo, nomeadamente:
− Avaliação “on-job” do perfil comportamental de postura no posto de trabalho
e fornecimento de ferramentas práticas a cada colaborador, consoante a sua
necessidade individual;
− Ginástica laboral administrada por professores de educação física
qualificados e realizada dentro do horário de trabalho nas próprias
instalações da Euronext Lisbon;
Responsabilidade Corporativa
• Prossecução do programa de intervenção em escolas secundárias e universidades,
iniciado em 2009. Em 2010, estiveram nas instalações da Euronext Lisbon ou foram
visitados nas suas instituições de ensino cerca de 1100 alunos, de 20 escolas e
universidades.
• Consolidação da parceria entre a Euronext Lisbon e a Associação Aprender a
Empreender –“Junior Achievement Portugal”, tendo diversos colaboradores da Bolsa
portuguesa participado, como voluntários, em ações destinadas a transmitir
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conhecimentos de gestão e de organização empresarial a alunos de várias escolas
secundárias.
• Apoio a várias outras iniciativas com objetivos semelhantes, em alguns casos mais
centradas no conhecimento sobre o mercado de capitais, nomeadamente através de
simuladores, tais como: “Global Management Challenge”, Semana Global do
Empreendedorismo, “Global Investment Challenge” e Jogo de Bolsa, no seguimento
do ocorrido em anos anteriores.
• Consolidação e expansão do projeto Bolsa de Valores Sociais (BVS), lançado em
Novembro de 2009, sob o lema “as boas ações estão sempre em alta”, com o apoio
da Euronext Lisbon, da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação EDP,
destinado a promover o encontro entre doadores e entidades com uma missão social e
que tenham projetos com necessidades de financiamento. No final de 2010
encontravam-se “listados” na BVS 23 projetos de diversas instituições, registados
cerca de 700 “investidores” e angariados para estes projetos cerca de 300 mil euros.
• Concessão de apoios ao Grace – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania
Empresarial, ao BCSD – “Business Council for Sustainable Development”, à EPIS –
Empresários para a Inclusão Social e à Fundação do Gil, na sequência da prática
adotada em anos anteriores.
Interbolsa
• Introdução de uma nova redução, com efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2011,
das comissões de manutenção cobradas pela Interbolsa, tendo em vista potenciar a
expansão do mercado de capitais português, assim como incentivar a integração de
valores mobiliários diretamente nos Sistemas Centralizados gerida por esta
Instituição.
• Aplicação, desde Agosto de 2010, de novas comissões às emissões resultantes de
operações de titularização de créditos, emitidas, nos termos da legislação aplicável,
por Sociedades de Titularização de Créditos e Fundos de Titularização.
• Concretização, durante o ano de 2010, de um conjunto de alterações aos Sistemas
Centralizados com o intuito de aumentar as suas potencialidades operacionais, e
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permitir um funcionamento mais harmonioso e eficiente destes Sistemas,
nomeadamente melhorando o processamento de registo de emissões e de eventos.
• Criação de uma solução técnica e operacional para tratamento de unidades de
participação de Fundos de Investimento fechados, com fracionamento até à quarta
casa decimal, tendo para o efeito sido desenvolvidos os necessários procedimentos
especiais nos Sistemas Centralizados e nos Sistemas de Liquidação para o registo,
movimentação e liquidação destes valores.
• Implementação de mensagens ISO 15022 e o seu envio, através da rede SWIFT, para
o Sistema de Liquidação em tempo real (SLrt), bem como a sua disponibilização nas
consultas da liquidação de operações realizadas em mercado.
• Introdução de um conjunto de procedimentos com vista a aumentar a qualidade dos
dados disponibilizados à Interbolsa pelos intermediários financeiros, para construção
do Ficheiro de Identificação de Titulares (FIA), que posteriormente é disponibilizado
às Entidades Emitentes.
• Início dos necessários desenvolvimentos com vista à implementação do ajustamento
automático de juros e amortizações de operações registadas no Sistema de
Liquidação em tempo real (SLrt), inserido num projeto de implementação de
“Market Claims”.
• Desenvolvimento do projeto com o objetivo de automatizar o registo e controlo de
emissões de unidades de participação de fundos de investimento abertos e fechados e
de “Exchange Trade Funds” (ETF), os respetivos pagamentos de rendimentos, bem
como o processamento de subscrições e resgates dessas unidades de participação.
• Alargamento da codificação ISIN a títulos de investimento, no âmbito de atuação da
Agência Nacional de Codificação.
• Adaptação da rede de comunicações “Wide Area Network” (WAN) da Interbolsa, de
forma a permitir a conexão com a nova rede de comunicações da LCH.Clearnet, S.A.
• Renovação das plataformas principais de suporte aos Sistemas geridos pela
Interbolsa: renovação do “mainframe” (IBM - modelo z10 BC com sistema operativo
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z/OS 1.12), aquisição de novos servidores e substituição do robot de armazenamento
de dados (IBM TS 3500).
• Renovação do sistema de “backup” no Centro de Recuperação de Desastres (IBM TS
3400).
• Implementação do “Java Database Connectivity” (JDBC) para comunicação entre os
sistemas de base de dados Oracle e IDMS.
• Realização, no mês de Novembro, com a participação dos intermediários financeiros,
do teste global ao Plano de Continuidade de Negócio da Interbolsa, através da
simulação de ocorrência de um desastre que tornaria inoperacional o seu centro de
processamento de dados.
• Participação ativa no projeto T2S (TARGET2Securities), dando continuidade ao que
a Interbolsa tem feito desde o seu anúncio original, em 2006, quer na sua qualidade
de entidade gestora nacional de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados
de valores mobiliários, quer enquanto membro da “European Central Securities
Depositories Association” (ECSDA). Neste âmbito, em Novembro, a Interbolsa
promoveu a realização da 1.ª reunião do fórum “Interbolsa’s T2S Portuguese Market
Forum” (IB T2S PMF), o qual contou com a presença de representantes do Banco
Central Europeu, que efectuaram uma apresentação sobre o “Status, Connectivity
and Pricing” do projeto T2S.
Eventos no Âmbito do Grupo NYSE Euronext
• Assinatura de uma Carta de Intenções entre a NYSE Technologies e quatro Bolsas
asiáticas – Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia – nos termos da qual a NYSE
Technologies será o fornecedor da tecnologia de negociação para o ASEAN Trading
Link (a plataforma tecnológica que irá ligar as referidas quatro Bolsas).
• Conclusão da migração dos segmentos de warrants, certificados e empréstimos de
títulos dos mercados europeus a contado para a “Universal Trading Platform” (UTP).
• Conclusão da migração do segmento ações da NYSE Arca Europe para a UTP, que
veio melhorar significativamente a latência da negociação (agora menos de 1
milissegundo), bem como alargar a capacidade e escalabilidade.
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• Anúncio do lançamento pela SmartPool da NYSE Euronext de um novo serviço: o
“MatchView”, que se destina a disponibilizar aos seus membros negociadores, dados
da negociação “post-trade” noutras plataformas europeias do tipo “dark pool”.
• Admissão pela NYSE Arca Europe de ações americanas na sua plataforma de
negociação (as componentes do Índice S&P 100), criando a primeira plataforma
transatlântica de negociação de ações. A compensação ocorre pela EuroCCP, com
liquidação na DTC americana.
• Realização pela NYSE Euronext do primeiro encontro das associações de “investor
relations” dos mercados europeus onde atua, com o objetivo de dar a conhecer e
debater as alterações regulatórias que estão em curso, a nível europeu, e a forma
como estas podem afetar as empresas cotadas.
• Atribuição à NYSE Technologies, pelo Inside Market Data Award, dos prémios:
“Best Data Networking and Infrastructure Provider” e “DART – Contract Win of the
Year”, em reconhecimento da excelência dos seus produtos e serviços no que
respeita ao fornecimento de dados de mercado, dados de referência e gestão de
dados.
• Anúncio de que dois novos serviços de compensação de títulos e de derivados
deverão estar operacionais até final de 2012, um em Londres e outro em Paris e de
que nessa altura terminarão os contratos da NYSE Euronext com a LCH.Clearnet Ltd
nestas praças financeiras.
• A NYSE Euronext (NYSE) anunciou em Setembro de 2010 a sua intenção de criar a
NYSE BlueTM, a “joint-venture” orientada exclusivamente para os mercados
ambientais e da energia sustentável. A NYSE Blue incluirá os investimentos da
NYSE existentes na BlueNext, a líder mundial no mercado a contado de “carbon
credits” e na APX, Inc., fornecedor líder de infraestruturas regulamentares e serviços
para os mercados ambientais e de energia sustentável. A NYSE Euronext será o
acionista maioritário da NYSE Blue e os acionistas da APX, que incluem a Goldman
Sachs, MissionPoint Capital Partners e ONSET Ventures, terão uma participação
minoritária na NYSEBlue em troca das suas ações na APX.
16
• Lançamento, em Junho de 2010, de um “Career Guide”, que permite a cada
colaborador um melhor conhecimento das competências e experiências de cada
função em toda a Organização.
• Criação do “Portal Global Wellness”, que inclui ferramentas educacionais e
interativas, passatempos e jogos e “links” para recursos inovadores de bem-estar
centrados no desafio da atividade física, resistência ao stress, prevenção e nutrição.
• Realização de um inquérito global junto dos colaboradores do Grupo, denominado
“Global Employee Survey”, tendo como objetivos analisar o nível de satisfação e
compromisso e identificar eventuais necessidades de atuação.
• Prossecução das palestras “Lunch & Learn”, tendo em 2010 sido realizadas duas
iniciativas: a primeira sob o tema “ NYSE Euronext Corporate Responsability and
Junior Achievement” e a segunda dedicada a “Fixed Income Derivatives & Fast
Growing Marketplace ”.
• Parceria estratégica entre a NYSE Euronext e a Bolsa de Varsóvia, que abrange o
desenvolvimento de futuras oportunidades de negócio, bem como a migração dos
mercados da WSE (Warsaw Stock Exchange) para a NYSE Technologies Universal
Trading Platform.
17
3 O ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO
3.1 A Envolvente Internacional
3.1.1 Evolução Macroeconómica
Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook - Janeiro 2011
Com efeito, a economia mundial registou uma robusta expansão do produto de 5%, em
termos reais, que surge depois de uma queda de 0,6% em 2009, como se pode observar
no gráfico anterior.
Nos EUA, a recuperação foi sustentada pela procura interna e pelo comércio
internacional, com as exportações a aumentarem e as importações a declinarem. Por seu
turno, no Japão e no Reino Unido, a melhoria da situação conjuntural beneficiou das
-8%
-6%
-4%
-2%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
ÁreaEuro
ReinoUnido
Alemanha Japão EUA Mundo Brasil Índia China
Variação % Anual do PIB Real
2008 2009 2010
Após a acentuada recessão económica que, de uma maneira geral, se fez sentir por
todo o mundo com particular incidência na primeira metade de 2009, em 2010
assistiu-se ao fortalecimento da recuperação da atividade económica mundial,
sustentada pelo dinamismo e robustez das economias de mercado emergentes e em
desenvolvimento, nomeadamente da China, Índia e Brasil.
18
medidas orçamentais de estímulo concedidas durante grande parte do ano e assentou
basicamente na expansão da procura externa, principalmente direcionada para as
fluorescentes economias asiáticas emergentes no caso japonês e potenciada pela
desvalorização da libra esterlina, no caso britânico.
Na área do euro, notou-se também uma tendência para o crescimento económico, se
bem que com algumas exceções, designadamente na Grécia. Pela positiva destaca-se a
Alemanha, que após uma redução do produto real de 4,7% em 2009 progrediu 3,6% no
ano em análise, apoiada na expansão das trocas internacionais e na robustez do consumo
privado e das despesas públicas com infra-estruturas.
Fora da área do euro, as economias dos já referidos três países (China, Índia e Brasil)
patentearam um grande vigor. Em concreto, em 2010 o produto em termos reais cresceu
na China 10,3% (9,2% em 2009), 9,7% na Índia (5,7%) e 7,5% no Brasil (-0,6%),
assente na reposição das existências, na evolução favorável do comércio externo
impulsionado, em larga escala, pela recuperação da procura final nas economias
avançadas e nos países asiáticos emergentes, pela subida dos preços das matérias-primas
e também das despesas de consumo, sendo estas na Índia promovidas pela franca
melhoria registada nos rendimentos do setor agrícola.
De igual passo, os fluxos de comércio mundial, medidos pelas importações e
exportações de bens e serviços, apresentaram um assinalável crescimento, ainda que
revelando algum abrandamento, principalmente notório na segunda metade do ano. O
assinalável dinamismo da procura interna nos países asiáticos, particularmente China e
Índia, a par da necessidade de restabelecimento das existências e a adoção de políticas
monetárias e orçamentais expansionistas, contribuiram para o significativo acréscimo do
comércio internacional.
A melhoria observada na atividade económica mundial ainda não foi suficiente para se
repercutir positivamente nos mercados de trabalho. Assim, as taxas de desemprego
mantiveram-se bastante elevadas, tendo mesmo aumentado em vários países.
19
Considerando o total dos países da OCDE a taxa de desemprego subiu de 8,1% em 2009
para 8,3% no ano seguinte, tendo, nesse mesmo período, passado de 9,3% para 9,9% na
zona euro, de 9,3% para 9,7% nos EUA, de 11,7% para 13,6% na Irlanda, de 18% para
19,8% em Espanha e de 9,5% para 12,2% na Grécia. No conjunto dos países
selecionados, a taxa de desemprego apenas desceu na Alemanha, de 7,4% em 2009 para
6,9% em 2010, e manteve-se em 5,1% no Japão.
(*) 2010 Estimativas Fonte: Estatísticas da OCDE
A inflação, medida em termos de média anual, reduziu-se ligeiramente em algumas
economias avançadas, mas aumentou nas economias de mercado emergentes e em
desenvolvimento, alimentada pelos baixos níveis de utilização da capacidade produtiva,
elevado desemprego e subida dos preços das matérias-primas. Na área do euro, a taxa
média de inflação subiu de 0,3% em 2009 para 1,6% em 2010 e atingu 5% no Brasil e
12% na Índia.
No ano em referência, continuaram a verificar-se expressivos desequilíbrios a nível das
finanças públicas e do endividamento externo, alimentados pelos receios existentes
sobre a sustentabilidade das finanças públicas, em particular de alguns países europeus,
e pela fragilidade dos sistemas financeiros, sobretudo das economias avançadas.
Total OCDE
Zona Euro
EUA Japão Reino Unido
Irlanda Espanha Alemanha Grécia
8.1%9.3% 9.3%
5.1%
7.6%
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7.4%
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5.1%
7.9%
13.6%
19.8%
6.9%
12.2%
Evolução das Taxas de Desemprego
2009
2010
20
De facto, o efeito automático do agravamento da atividade económica e as medidas de
estímulo às economias e de apoio aos sistemas financeiros, aliados à crise internacional,
primeiro apenas financeira e, depois também económica, conduziram à deterioração dos
défices das contas públicas de muitos países, mormente da zona do euro, em 2008 e
2009. Observou-se uma ligeira melhoria em 2010, mantendo-se, mesmo assim, de um
modo geral, muito elevados. Neste contexto destaca-se, porém, pela negativa, a Irlanda,
cujo défice público sofreu um forte agravamento, representando 32,3% do PIB no ano
em apreço.
(*) 2010 Estimativas Fonte: Estatísticas da OCDE
Por outro lado, contando-se os bancos entre os principais investidores em dívida
pública, o aumento das taxas de rentabilidade e, por conseguinte, a queda dos preços
destes ativos, associado à sua elevada volatilidade, deu origem a potenciais perdas no
valor das carteiras de muitos bancos e em acrescidas dificuldades de financiamento nos
mercados interbancários. Em resultado, continuaram a observar-se, e em alguns casos
até se acentuaram, fragilidades no âmbito do setor bancário internacional.
Em 2010, o nível de endividamento público aumentou praticamente em todos os países,
atingindo valores muito altos, com particular realce na Itália, Grécia e Irlanda, países em
que os referidos níveis foram superiores a 120% do PIB, como se pode ver no gráfico
-36%
-30%
-24%
-18%
-12%
-6%
0%
Saldo das Administrações Públicas em % do PIB
2009 2010
21
seguinte. Porém, no contexto da OCDE, o Japão foi o país com o maior nível de
endividamento público (198,4%) em 2010 quando avaliado em percentagem do PIB.
Convém, no entanto, ter presente que este valor integra não só a dívida das
Administrações Públicas nipónicas, mas também, desde 1998, a dívida do “Japan
Railway Settlement Corporation” e da “National Forest Special Account”, pelo que não
é diretamente comparável com a dos outros países, embora não deixe dúvidas quanto ao
seu elevado valor.
(*) Avaliado pelas responsabilidades financeiras brutas. (**) 2010 Estimativas Fonte: Estatísticas da OCDE
Face ao crescente endividamento, os investidores têm vindo a revelar uma maior
aversão ao risco, que tem subjacente as dúvidas surgidas quanto à sustentabilidade do
processo de desenvolvimento dos países com maiores níveis de endividamento, bem
como quanto à capacidade de reembolso por parte dos mesmos.
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40
80
120
160
200
(em
%)
Dívida Pública em % do PIB*
2009
2010
22
3.1.2 Evolução Financeira
Na realidade, os fluxos de capitais gerados nas Bolsas da WFE a partir de empréstimos
obrigacionistas, cifraram-se em 4.220 mil milhões de dólares em 2010, o que
correspondeu a uma redução de 15,5% face a 2009. Ao invés, as emissões de ações, no
valor de 966 mil milhões de dólares, comportaram um acréscimo homólogo de 6,5%,
merecendo destaque a progressão de 122,6% registada pelo valor das ações
provenientes de ofertas públicas iniciais (IPO), acompanhado pelo aumento do número
de empresas admitidas e, muito em particular, do número de IPO, que mais do que
duplicou, passando de 777 em 2009 para 1.787 no ano em apreço. Em 2010, o mercado
primário na vertente acionista, avaliado em termos do número de IPO realizados, esteve
particularmente ativo nas bolsas de Shenzgen (291), TSX (275), Bombaim (121) e
Varsóvia (109).
No decorrer de 2010, se bem que com alguns períodos de relativa acalmia, a nível
internacional continuou a verificar-se uma grande instabilidade financeira,
particularmente acentuada na Europa, associada em grande parte aos receios sobre a
sustentabilidade das finanças públicas de alguns países.
Mesmo assim, numa perspetiva global, em 2010 os mercados de capitais das Bolsas
membros da World Federation of Exchanges (WFE) evidenciaram um
comportamento positivo, com particular destaque para os fluxos de capitais captados
via emissão de ações, e para a evolução da capitalização bolsista e das transações de
ações, obrigações, warrants e derivados efetuadas nestes mercados. É certo que, à
semelhança dos anos anteriores, verificaram-se substanciais discrepâncias no ritmo
de evolução destes indicadores entre as Bolsas referenciadas.
Neste enquadramento, é de salientar que em 2010 a NYSE Euronext manteve o lugar
cimeiro, a apreciável distância da seguinte, no “ranking mundial” da capitalização
bolsista do mercado acionista doméstico, bem como no das transações de ações
(efetuadas no “Eletronic Order Book”) e de ETF e a Euronext.Liffe Europe ocupou
idêntica posição na negociação de futuros sobre ações.
23
Fluxos de Capitais Captados por Emissão de Valores Mobiliários
nas Bolsas Membros da WFE
Fonte: WFE
Por sua vez, no que diz respeito ao segmento obrigacionista assistiu-se, à semelhança
dos anos anteriores, a grande concentração em quatro bolsas: do Luxemburgo (28,8%),
Londres (22,0%), Alemanha (13,0%) e Coreia (12,3%), as quais em conjunto
contribuíram com 76,1% para o total dos fundos captados via emissão de obrigações
cotadas (74,2% em 2009).
No que concerne aos índices dos principais mercados acionistas dos países membros da
WFE, em 2010 observou-se uma evolução assimétrica, se bem que predominantemente
positiva. Com efeito, dos vinte índices analisados treze registaram acréscimos
homólogos, distribuídos num intervalo compreendido entre +0,75% do IbrX-50 (Brasil)
e +47,55% do Burcap (Argentina) e os restantes sete índices acusaram descidas,
situadas entre 17,43% do IBEX (Espanha) e 1,68% do SMI (Suiça). O índice de
referência português, o PSI 20, integrou este segundo grupo, com uma quebra de
10,34%. O índice SSE 180 da China, que em 2009 foi o terceiro entre os que mais
subiram, no ano em apreço caíu 16,04%.
2009 2010 Var. % 10/09
Acções 907 966 6,5%
(em IPO) 133 296 122,6%
Obrigações 4.996 4.220 -15,5%
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de crescimento obtido para o conjunto das bolsas membros da WFE é o resultado de
evoluções muito díspares, entre as quais sobrelevam, pela positiva, as Bolsas de Oslo
(+143,7% em confronto com 2009), Bombaim (+101,8%), MICEX (+91,4%) e
Tailândia (mais de 15 vezes superior) e, pela negativa, a NYSE Euronext (-68,9%), as
Bolsas de Londres (-26,5%), a alemã (-24,4%) e a de Telavive (-17,4%).
Transações de Obrigações: "Top 10" Bolsas Membros da WFE (10^9 USD)
2009 Peso Relativo 2010 Peso
Relativo Variação
BME 8.674 43,7% 10.834 45,5% 24,9%Grupo London SE 5.479 27,6% 4.029 16,9% -26,5%NASDAQ OMX Nordic 2.420 12,2% 2.626 11,0% 8,5%Bolsa de Joanesburgo n.d. n.d. 2.321 9,7% s/sBolsa da Colômbia 958 4,8% 1.138 4,8% 18,8%Bolsa de Oslo 227 1,1% 554 2,3% 143,7%Bolsa da Coreia 403 2,0% 506 2,1% 25,5%Bolsa de Istambul 402 2,0% 446 1,9% 11,1%MICEX 122 0,6% 233 1,0% 91,4%Bolsa de Telavive 246 1,2% 203 0,9% -17,4%n.d. Não disponível s/s Sem significado Fonte: WFE
Apesar de, por um lado, em 2010 a BME não se encontrarem entre as Bolsas cujo valor
negociado em obrigações mais cresceu e, por outro lado, a Bolsa de Londres até ter
verificado um significativo decréscimo, estes dois mercados secundários conjuntamente
com o Nadaq OMX Nordic continuaram, à semelhança dos anos anteriores, a ocupar os
três primeiros lugares no ranking “Top 10”. É ainda de salientar o reforço do peso
relativo da BME, que contribuíram com 45,5% para o total negociado nos mercados
obrigacionistas do conjunto dos países membros da WFE, e a inclusão das Bolsas de
Joanesburgo (para a qual não há informação disponível para os anos anteriores), que
ocupou a quarta posição, e da MICEX, que preencheu o nono lugar.
Restringindo a análise às bolsas que se situaram nos quatro primeiros lugares e
distinguindo os negócios realizados em obrigações em função da natureza das entidades
emitentes, ressalta que, no ano em apreço, as transações de dívida pública concorreram
com a parcela mais volumosa nas Bolsas de Londres (96,3% do total) e de Joanesburgo
(97,3%), enquanto que nas outras duas praças se repartiu de forma bastante equilibrada
28
entre dívida pública e dívida privada. Na verdade na BME, a dívida pública contribuíu
com 55,3% e a privada com 44,7%, sendo no Nasdaq OMX Nordic essa repartição de
39,6% e 60,3%, respetivamente.
Transações de Obrigações por Categoria de Emitente em 2010 (10^9 USD)
Dívida Privada Dívida Pública Dívida Estrangeira Total
BME 4.839 5.995 0 10.834Grupo London SE 61 3.879 89 4.029Nasdaq OMX Nordic 1.584 1.040 2 2.626Bolsa de Joanesburgo 62 2.259 0 2.321
Fonte: WFE
Ainda no contexto dos mercados obrigacionistas, como vem sendo habitual, a Bolsa do
Luxemburgo continuou a apresentar uma nítida especificidade, caracterizada pela total
ausência de correlação entre a importância das entradas de fluxos provenientes de novos
empréstimos obrigacionistas e o valor desta categoria de valores mobiliários nela
negociados.
Em concreto, em 2010 a bolsa do Luxemburgo continuou, como já se viu, a ocupar a
posição cimeira entre os mercados da WFE no que se refere à entrada de fundos
provenientes de novos empréstimos obrigacionistas com 28,8% do total (ou seja,
1.216,6 mil milhões de dólares), enquanto que o valor dos negócios realizados nesta
praça não logrou ultrapassar 73,3 milhões de dólares.
Os mercados dos warrants autónomos da esfera da WFE evidenciaram em 2010 uma
robusta expansão em termos das transações realizadas, as quais, no entanto,
permaneceram fortemente concentradas num número muito reduzido de Bolsas, como
se conclui observando o quadro seguinte.
Na realidade, no ano em referência as “top 5” bolsas considerando os valores
negociados em warrants absorveram 92,3% do total (88,3% em 2009). Entre elas,
merece uma referência especial as Bolsas de Hong-Kong, que, com um valor
transacionado de 534 mil milhões de dólares (+24,2% do que em 2009), ocupou a 1.ª
29
posição. Este “ranking” integra 3 bolsas europeias: a alemã, a suíça e a NYSE Euronext
(Europa), que ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente.
Transações de Warrants Autónomos e ETF nas Bolsas Membros da WFE (10^9 dólares)
2009 2010
Valor Peso Relativo Valor Peso Relativo Variação 2010/2009
Warrants Autónomos
Bolsas de Hong Kong 430 50,1% 534 47,3% 24,2%
Bolsa da Coreia 174 20,3% 354 31,4% 103,5%
Bolsa Alemã 88 10,2% 80 7,1% -9,4%
Bolsa Suíça 35 4,0% 38 3,4% 10,1%
NYSE Euronext (Europa) 32 3,7% 35 3,1% 9,4%
Bolsa de Telavive 34 4,0% 32 2,9% -4,0%
Outras 66 7,7% 54 4,8% -17,6%
Total 859 100,0% 1127 100,0% 31,4%
ETF
NYSE Euronext 4.483 68,0% 4.319 67,8% -3,7%
NASDAQ OMX 1.143 17,3% 1.033 16,2% -9,6%
Grupo London SE 200 3,0% 243 3,8% 21,8%
Bolsa Alemã 203 3,1% 205 3,2% 0,9%
Grupo TSX 181 2,7% 114 1,8% -36,9%
Outras 388 5,9% 455 7,1% 17,2%
Total 6.598 100,0% 6369 100,0% -3,5%
Fonte: WFE
Ao invés, em 2010 o valor das transações de ETF no âmbito das bolsas da WFE
continuou a declinar, seguindo a trajetória já verificada em 2009. Do mesmo passo,
manteve-se o elevado grau de concentração num pequeno número de bolsas. O “Top 5”
das Bolsas que negociaram ETF participou com 92,9%, cabendo à NYSE Euronext uma
quota de 67,8% para o total transacionado (68,0% em 2009). De sublinhar, no clima
marcadamente negativo dos negócios de ETF, o comportamento em dissonância da
Bolsa de Londres cujo montante movimentado em 2010 registou um incremento
homólogo de 21,8%, fazendo com que esta Bolsa subisse do 4.º para o 3.º lugar.
30
Em 2010 os mercados de derivados dos países membros da WFE conheceram uma
assinalável melhoria, quando avaliada em função do número de contratos negociados,
que aumentaram 12,6%, superando os 12,7 mil milhões. Atendendo ao tipo de
operações realizadas, apenas as opções sobtre ações apresentaram uma muito ligeira
contração. Porém, no que respeita ao valor nocional global dos contratos de derivados
negociados em 2010 na esfera da WFE, o panorama é bem diverso, tendo-se observado
uma redução homóloga de 8,7%, motivada exclusivamente pelo comportamento das
opções sobre índices acionistas e dos futuros sobre obrigações.
Como se conclui observando o gráfico seguinte, as opções sobre índices acionistas
foram os mais movimentados e os futuros sobre ações os que evidenciaram um menor
dinamismo. Este gráfico, complementado com o quadro a seguir apresentado, põe
também em evidência a especialização de algumas Bolsas num determinado tipo de
operação de derivados.
Fonte: WFE
Assim, atendendo ao número de contratos movimentados no ano em análise, os cinco
primeiros lugares foram ocupados por bolsas diferentes consoante o produto negociado.
A primeira posição pertenceu à CBOE no que concerne às opções sobre ações, à NYSE
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200
400
600
800
1.000
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Principais Mercados de Derivados das Bolsas Membros da WFE- 2010
Opções s/ Ações
Futuros s/ Ações
Opções s/ Índices
Futuros s/ Índices
3.526
CBOE - Chicao Board Options Exchange I SE - International Securities ExchangeTAIFEX - Bolsa de Futuros de Taiwan
31
Liffe Europe quanto aos futuros sobre ações, à bolsa da Coreia no tocante às opções
sobre índices acionistas e ao CME Group relativamente aos futuros sobre índices
acionistas.
Principais Mercados de Derivados das Bolsas Membros da WFE
Nº de Contratos Negociados em 2010 (milhões)
Opções s/ Ações Futuros s/ Ações
Opções s/ Índices Acionistas
Futuros s/ Índices Acionistas
Nº de
Contratos Ranking
Nº de Contrato
s Ranking Nº de
Contratos Ranking Nº de
Contratos Ranking
Bolsa da Coreia 0 23º 45 5º 3.526 1º 87 6ºEUREX 283 5º 151 3º 343 3º 408 2ºChicago Board Options Exchange 807 1º 270 4º Bolsa Nacional da Índia 28 11º 176 2º 530 2º 156 3ºBolsa do Brasil 802 2º 0 22º 18 11ºInternational Securities Exchange 734 3º 12 12º CME Group 40 9º 695 1ºNYSE Liffe Europe 195 6º 291 1º 57 7º 94 5ºNASDAQ OMX Filadélfia 554 4º 3 15º Bolsa de Osaka 0 20º 44 8º 148 4ºBolsa de Futuros de Taiwan 0 22º 1 13º 89 5º 42 9ºBolsa de Hong Kong 61 7º 0 16º 12 11º 43 8ºBolsa de Joanesburgo 12 14º 79 4º 5 13º 17 12ºFonte:WFE
Neste domínio, importa assinalar que em 2010, em contraste com o ano precedente:
• A Eurex continuou a ser a única bolsa a situar-se no “Top 5“ no que se refere ao
número de contratos negociados nas diferentes categorias de produtos derivados,
tendo todavia descido um lugar (do segundo para o terceiro) no que toca à
negociação de opções sobre índices acionistas.
• A NYSE Liffe Europe manteve-se no primeiro lugar na negociação de futuros sobre
ações e no quinto na de futuros sobre índices acionistas;
• A Bolsa da Coreia continuou a dominar no que diz respeito ao número de contratos
de opções sobre índices acionistas, com 3.525,9 milhões de contratos negociados
(74,1% do total movimentado pelas Bolsas “Top 5” neste produto), a grande
distância da segunda, a Bolsa Nacional da Índia, que trocou com a Eurex, que há
vários anos vinha ocupando esta posição.
32
• Relativamente à negociação de opções sobre ações, a BM & F Bovespa subiu do
quarto para o segundo lugar, a ISE desceu do primeiro para o terceiro e a Nasdaq
OMX Filadélfia do terceiro para o quarto.
• No contexto dos contratos de futuros sobre ações, ressalta a entrada da bolsa da
Coreia para o quinto lugar; em 2009 essa posição foi ocupada pelas BME, que, no
ano em apreço, deixaram de estar incluídas no referido “ranking”.
• Nos contratos de futuros sobre índices acionistas, mantiveram-se os primeiros cinco
lugares, com a CME a situar-se na cimeira, detendo uma assinalável quota de
mercado de 46,3%.
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dinamismo da procura externa. Entretanto, as importações, após um declínio de 10,6%
em 2009, terão crescido 5,3%, ou seja a um ritmo inferior ao registado pelas
exportações.
Em consequência, assistiu-se a um ligeiro aumento do contributo da procura externa
líquida (de 0,5 p.p. para 0,7 p.p, respetivamente, em 2009 e 2010), a par com a
passagem da quota da procura interna de negativa (-3,2 p.p.) para positiva (0,7 p.p.).
Contributo para o Crescimento do PIB em Termos Reais
2008 2009 2010 (*) Procura Interna 1,1 p.p. -3,2 p.p. 0,7 p.p. Procura Externa Líquida (**) -1,1 p.p. 0,5 p.p. 0,7 p.p. Taxa de variação anual do PIB real 0,0% -2,7% 1,4 p.p.
(*) Estimativa com base nos dados no Boletim Económico de Inverno do Banco de Portugal e do INE. (**) Exportações líquidas de importações Fonte: Banco de Portugal
O dinamismo das exportações não foi, no entanto, acompanhado por uma recuperação
do investimento, que terá acusado uma quebra de 4,8% em termos reais (-10,1% em
2009). Esta queda foi generalizada a todas as componentes, com exceção da FBCF em
“material de transporte”, que deverá ter apresentado um aumento significativo,
refletindo o crescimento bastante expressivo das compras de automóveis pelas empresas
de “rent-a-car” no primeiro semestre do ano, assim como o robusto acréscimo das
vendas de veículos comerciais ligeiros induzido pelas medidas de incentivo ao abate de
veículos em fim de vida que terminou no final de 2010.
Por seu turno, o acréscimo, em termos de volume, das importações de bens e serviços
teve subjacente a evolução positiva de algumas componentes da procura global com
elevado conteúdo importado, como o consumo de bens duradouros e as exportações.
No ano em análise, o volume total de emprego, corrigido de sazonalidade, diminuiu
1,5% em termos homólogos. Este resultado deveu-se sobretudo ao contributo negativo
do emprego por conta própria. Entretanto, a taxa de desemprego continuou a delinear
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Fontes: Banco de Portugal, INE e BCE
Em percentagem do PIB, o défice conjunto das balanças corrente e de capital desceu de
10,1% em 2009 para 8,7% no ano em análise, refletindo a quebra do investimento, já
que a poupança interna também diminuiu. Tanto a taxa de poupança como a taxa de
investimento situaram-se em valores mínimos históricos.
A referida ténue redução das necessidades líquidas de financiamento externo da
economia portuguesa resultou de um menor défice das Administrações Públicas, ao que
se opôs um aumento das necessidades de financiamento do setor privado.
O défice da balança de bens e serviços foi em 2010 ligeiramente inferior ao apurado no
ano precedente, para o que concorreu a recuperação das exportações, que cresceram a
um ritmo superior ao das importações. Por seu turno, o défice da balança de
rendimentos também foi inferior ao registado em 2009, evoluindo assim em contraciclo
com o que se vinha observando nos anos anteriores. Esta melhoria localizou-se
principalmente nos instrumentos financeiros que vencem juros.
As transferências correntes continuaram a apresentar um saldo positivo, praticamente do
mesmo valor de 2009, o qual, todavia, encobre comportamentos muito diferenciados das
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38
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União Europeia) que declinaram e as privadas que aumentaram.
Adicionalmente, o excedente da balança de capital conheceu um acréscimo significativo
de 39,3%, contribuindo assim para a referida redução do valor das necessidades de
financiamento externo do País face ao ano transato. Ainda assim, em 2010 a dívida
externa líquida correspondeu a 85,3% do PIB.
Quanto às contas públicas, de acordo com a última informação disponível, assistiu-se à
redução do défice das Administrações Públicas, na óptica das Contas Nacionais,
expresso em percentagem do PIB: de 9,3% em 2009 para 7,3% em 2010. Esta melhoria
é fruto da adoção de medidas orçamentais de cariz restritivo, bem como outras de
natureza extraordinária.
Entre as primeiras medidas, que entraram em vigor em Julho de 2010, contam-se, do
lado da receita: o aumento em 1 ponto percentual de todas as taxas do IVA, o
agravamento da tributação, em sede de IRS, mediante a subida das taxas aplicáveis aos
vários escalões de rendimento e taxas liberatórias e a introdução em IRC de uma
sobretaxa de 2,5 pontos percentuais às empresas com lucro tributável superior a 2
milhões de euros, e, do lado da despesa: a redução de 5% nos custos globais com as
remunerações totais ilíquidas dos trabalhadores da Administração Pública, o
congelamento das admissões e das promoções e progressões, a diminuição da despesa
com prestações sociais do regime não contributivo, dos gastos com subsídios de
desemprego e o congelamento das pensões.5Quanto às medidas de natureza
extraordinária, destaca-se a transferência do fundo de pensões da PT para a Segurança
Social.
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3.2.2 Evolução Financeira
A análise da evolução em 2010 dos principais agregados monetários e de crédito põe em
realce o acentuar da tendência de desaceleração do crescimento do crédito bancário
concedido a particulares e a empresas não financeiras que começou a delinear-se em
2008.
No decorrer de 2010, a deterioração das perspetivas dos investidores sobre a
sustentabilidade das finanças públicas portuguesas, aliada ao agravamento do nível
de endividamento externo, privado e público, e ao baixo ritmo de crescimento da
economia verificado na última década, conduziram a um forte aumento do prémio de
risco da dívida soberana portuguesa. Esta subida refletiu-se negativamente no acesso
e nas condições de financiamento do sistema bancário português aos mercados
internacionais de dívida por grosso.
Em consequência, no ano em apreço, acentuou-se a tendência, por um lado, de
desaceleração do crescimento do crédito bancário concedido a particulares e a
empresas não financeiras e, por outro lado, o aumento do diferencial entre as taxas
de juro de curto e de médio/ longo prazos.
De igual modo, os fundos captados no mercado primário de valores mobiliários
nacional, via emissão de ações e obrigações (exceção feita à dívida pública),
acusaram quebras significativas.
Por seu turno, a Euronext Lisbon viu reforçada a sua quota no total negociado em
mercado, no mercado secundário de valores mobiliários nacional, que conheceu uma
ténue quebra em 2010. Esta redução do valor transacionado reflete uma evolução
assimétrica nos seus três segmentos: apreciável acréscimo homólogo no mercado
bolsista e contração no MEDIP e no PEX.
42
Agregados de Crédito e Monetários Variação %
2009 2010 Crédito a particulares 2,3% 1,9% Crédito a sociedades não financeiras 1,9% 0,0% Crédito a instituições financeiras não monetárias 4,5% 6,8% Meios de Pagamento Totais em Circulação (M3) -0,3% 1,7% Fonte: Banco de Portugal
Assim, o saldo do crédito bancário a particulares e a sociedades não financeiras cresceu,
em termos homólogos, 1,9% (2,3% em 2009) e 0% (1,9%), respetivamente. Em
contrapartida, o crédito a instituições financeiras não monetárias aumentou a um ritmo
superior (6,8%) ao registado no ano transato (4,5%), conforme se pode constatar no
quadro atrás inserido.
O comportamento do crédito a particulares reflete principalmente o lado da procura, e
fez-se sentir tanto no crédito para consumo e outros fins, como para habitação, se bem
que neste último de forma mais mitigada. Para a diminuição da procura dos particulares
contribuíu, em larga medida, a quebra de confiança que se fez sentir com maior
incidência na redução das despesas em bens duradouros.
Já no que diz respeito ao crédito a empresas não financeiras, a evolução observada foi
determinantemente influenciada pela adoção de uma política mas restritiva seguida
pelos bancos na concessão de crédito, resultante da deterioração da sua situação de
liquidez, em particular a partir do final de Abril, altura em que se assistiu ao aumento
das perturbações nos mercados de dívida soberana. Em consequência, os bancos
portugueses tiveram de recorrer em grande escala às operações de cedência de liquidez
do BCE em substituição do financiamento junto dos mercados internacionais de dívida
por grosso. Desta forma, o setor não financeiro viu-se confrontado com “spreads” mais
elevados e maiores exigências nas outras condições contratuais exigidas para obtenção
de crédito bancário. Aliás, estas contingências, conjugadas com o agravamento das
expetativas quanto à atividade económica, acabaram também por conduzir a uma menor
procura de crédito por este setor.
43
Para a aceleração da taxa de acréscimo do crédito bancário a sociedades financeiras não
monetárias terá pesado a maior dificuldade sentida por estas empresas em obterem
financiamento de fontes alternativas.
Por seu turno, no ano em apreço o indicador M3 (que integra as fontes de financiamento
dos bancos com prazo até 2 anos, com particular destaque para os depósitos) cresceu
1,7%, em termos homólogos (em contraste com um decréscimo de 0,3% em 2009),
deixando assim transparecer a oferta de condições mais atrativas por parte dos bancos
aos depósitos dos seus clientes, prática que deverá ser enquadrada na estratégia de
financiamento dos bancos, tendo em conta as perturbações com que se foram deparando
nos mercados de financiamento por grosso no decorrer de 2010.
No ano em análise, a par com uma tendência generalizada para a subida das taxas de
juro na área do euro, assistiu-se ao aumento do diferencial entre as taxas de juro de
curto e de médio e longo prazos. De facto, o diferencial entre, por exemplo, a taxa de
rendibilidade das obrigações de dívida pública a 10 anos e a Euribor a 6 meses passou
de 1 p.p. em 2008 para 2,67 p.p. no ano seguinte e para 2,96 p.p. em 2010. O
alargamento deste diferencial resultou da subida das taxas de juro de longo prazo,
associada à maior aversão ao risco, que a atual crise económica e financeira tem vindo a
alimentar.
A economia portuguesa deparou-se com um cenário idêntico, tendo sido as taxas de juro
dos empréstimos a particulares para consumo as que mais aumentaram (7,32% em 2009
e 7,94% no ano seguinte) e as dos créditos destinados ao financiamento da compra de
habitação que sofreram um menor agravamento (de 2,0% para 2,12%). Entretanto, as
taxas de juro do crédito a sociedades não financeiras também subiram (de 3,34%, para
3,74%) e o mesmo aconteceu com as taxas de juro dos depósitos bancários e
equiparados até 2 anos (de 1,67% para 2,15%). Em simultâneo com a referida melhoria
da remuneração dos depósitos, observou-se, contudo, o acréscimo da taxa de
intermediação financeira: de 5,65 p.p. em 2009 para 5,79 p.p. no ano em apreço.
44
Taxas de Juro da Área do Euro (*)
2009 2010 Variação 2010/2009
Eonia 0,41% 0,82% 0,41 p.p. Euribor a 6 meses 0,99% 1,23% 0,24 p.p. Rendibilidade das Obrigações Dívida Pública 10 anos 3,66% 3,78% 0,12 p.p. (*) Fim de período
Taxas de Juro Activas e Passivas em Portugal (*)
2009 2010 Variação 2010/2009
Empréstimos bancários a sociedades não financeiras 3,34% 3,74% 0,40 p.p. Empréstimos bancários a particulares para habitação 2,00% 2,12% 0,12 p.p. Empréstimos a particulares para consumo 7,32% 7,94% 0,62 p.p.
Rendibilidade das Obrigações Dívida Pública 10 anos (**) 4,06% 6,68% 2,62 p.p.
Depósitos bancários e equiparados até 2 anos 1,67% 2,15% 0,48 p.p. (*) Médias das taxas de juro de saldos de empréstimos e depósitos de/em instituições financeiras monetárias por residentes na área do euro (**) Fim de período Fonte: Banco de Portugal
Em 2010, intensificaram-se as pressões nos mercados de dívida soberana da área do
euro, com reflexos no incremento dos diferenciais das taxas de rendibilidade da dívida
pública de alguns países, entre os quais Portugal, face à Alemanha. Este agravamento
reflete a crescente desconfiança dos investidores perante as expetativas de fraco
crescimento económico e dificuldades de consolidação orçamental.
Por outro lado, no atual contexto de incerteza, crescente volatilidade e, naturalmente,
acrescida aversão ao risco, assistiu-se à descida das taxas de rendibilidade da dívida
pública de países como a Alemanha, o Reino Unido e os EUA, motivada pela maior
procura dos títulos de dívida emitidos por estes países, que funcionaram como âncora de
proteção para os investidores.
Em Portugal, a taxa de rendibilidade da dívida pública a 10 anos situava-se em 6,68%
no final de Dezembro de 2010, o que incorpora um diferencial de 2,62 p.p. face à taxa
registada na mesma data do ano anterior e de 3,77 p.p. em confronto com a taxa de
rendibilidade das obrigações alemãs com características semelhantes.
45
Emissões (Líquidas) de Ações e Obrigações 10^6 euros
2009 2010 Variação 2010/2009
Ações 9.910 2.853 -71,2%
Obrigações 24.194 21.882 -9,6%
(das quais da Dívida Pública) 14.284 19.029 33,2% Fontes: Banco de Portugal e IGCP
No mercado primário de valores mobiliários sobreleva em 2010 a emissão de
empréstimos públicos, no montante de 51.128 milhões de euros (+29,0% do que em
2009), com predomínio dos empréstimos a médio e longo prazos. Entre estes merecem
realce as OT a 10 e a 15 anos, que conheceram uma robusta expansão, a par com a
significativa redução das OT a 5 anos e a não colocação de qualquer empréstimo a 30
anos, os quais vinham sendo emitidos ininterruptamente desde 2006. Em termos
líquidos, a dívida pública acusou um agravamento de 19 mil milhões de euros, valor que
representa um incremento de 33,2% face a 2009.
Entrementes, as emissões líquidas de obrigações privadas e, bem assim, as de ações
evoluíram em baixa, sendo esta particularmente relevante nas ações (cotadas e não
cotadas), que sofreram uma quebra homóloga de 71,2%.
No que às obrigações privadas diz respeito, 2010 deparou-se com evoluções bastante
diferenciadas atendendo à categoria dos seus emitentes. Em concreto, as emissões
(líquidas) de instituições financeiras monetárias caíram abruptamente, de 25.344
milhões de euros em 2009 para apenas 3.555 milhões de euros no ano seguinte, ao passo
que o valor, em termos líquidos, dos empréstimos obrigacionistas lançados por
instituições financeiras não monetárias mais que triplicou, passando de 5.498 milhões
de euros para 19.027 milhões de euros, respetivamente em 2009 e no ano seguinte, e o
dos empréstimos emitidos pelo setor não financeiro conheceu um acréscimo de 30%,
cifrando-se, no ano em apreço, em 2.971 milhões de euros.
46
No que se refere ao mercado secundário de valores mobiliários, excluindo as operações
realizadas diretamente pelos intermediários financeiros, que após a entrada em vigor,
em Novembro de 2007, da Directiva Comunitária (MiFID), deixaram de ser reportadas
à Bolsa, no ano em apreço verificou-se uma ténue quebra que reflete uma evolução
assimétrica dos seus três segmentos.
Na verdade, o valor negociado no mercado bolsista patenteou um apreciável acréscimo
(+27,3% do que em 2009), enquanto que no MEDIP e no PEX se observaram reduções
(-14,7% e -18,7%, respetivamente). Em resultado, a Euronext Lisbon viu reforçada a
sua quota, com um peso de 40,4% no total negociado, contra 31,2% no ano anterior. Por
fim uma nota para assinalar o facto das transações efetuadas na Euronext Lisbon terem
tido lugar na sua quase totalidade em sessões normais. Na verdade, os montantes
movimentados em sessões especiais representaram apenas 0,4% do total anual.
Transações de Valores Mobiliários no Mercado Secundário a Contado (*) (10^6 euros)
2009 2010 Valor Estrutura Valor Estrutura Var. %
1. Euronext Lisbon 32.950 31,2% 41.951 40,4% 27,3%1.1 Sessões Normais 32.918 31,2% 41.577 40,0% 26,3%Ações 31.789 30,1% 40.697 39,2% 28,0%Obrigações 395 0,4% 583 0,6% 47,6%Warrants 604 0,6% 243 0,2% -59,8%Outros 130 0,1% 54 0,1% -58,5%1.2 Sessões Especiais 32 0,0% 374 0,4% s/s2. Medip 72.241 68,4% 61.607 59,3% -14,7%3. PEX 419 0,4% 341 0,3% -18,7%Total = 1 + 2 + 3 105.610 100,0% 103.899 100,0% -1,6%(*) Não inclui as operações realizadas fora de mercado s/s Sem significado
Fonte: Dathis, CMVM
47
4 A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON
4.1 Movimentos de Valores Mobiliários
Os movimentos de valores mobiliários registados na Bolsa portuguesa em 2010
relevam o dinamismo dos segmentos dos warrants e dos certificados do EasyNext
Lisbon e, ainda que menos expressivo, o dos segmentos obrigacionista e do papel
comercial do Euronext Lisbon (mercado regulamentado).
Por seu turno, a negociação no mercado a contado, avaliada quer pelo número quer
pelo valor dos negócios efetuados, evoluiu em alta, embora as cotações das ações
negociadas tenham acusado uma quebra substancial, evidenciando, assim, o maior
impacto do efeito quantidade face ao efeito preço.
No que toca ao mercado dos produtos derivados, observou-se o aumento do valor
movimentado e do número de posições abertas no final do ano, a par com uma
diminuição do número total de contratos negociados.
No âmbito da atividade da Interbolsa, assistiu-se ao incremento do número e do
correspondente valor de emissões inscritas nos Sistemas Centralizados, bem como
dos montantes liquidados através do Sistema de Liquidação em Geral e do SLrt –
Sistema de Liquidação em tempo real.
De igual modo, o número de códigos ISIN atribuídos em 2010 pela Agência
Nacional de Codificação gerida pela Interbolsa superou o dos desativados neste ano
e, outrossim, o registado no ano anterior.
48
4.1.1 Admissões e Exclusões
Em 2010 foram admitidos na Euronext Lisbon 3.186 novos valores mobiliários e saíram
2.854, o que correspondem, em termos líquidos, a um acréscimo de 332, localizado
quase exclusivamente nos warrants autónomos e nos certificados do EasyNext Lisbon e
nas obrigações diversas e no papel comercial do mercado regulamentado.
Uma análise mais detalhada põe em evidência o relevo assumido pelas diferentes
categorias de valores mobiliários nos movimentos registados na Euronext Lisbon no ano
em apreço. Assim, começando pelos novos valores mobiliários admitidos à negociação
em 2010 no mercado regulamentado da Euronext Lisbon ressalta o seguinte:
• Ações da sociedade Teixeira Duarte SA, na sequência da OPA lançada por esta
sociedade sobre as ações da Teixeira Duarte Engenharia e Construções, SA.
• Direitos de 7 empresas, correspondentes a 8 emissões:
− Direitos de subscrição das ações do Sporting – Sociedade Desportiva de
Futebol, SAD (2 emissões), Reditus, SGPS, Banif, SGPS, VAA, SGPS,
VAA, SGPS (Fusão) e Sacyr Vallehermoso;
− Direitos de incorporação das ações do Banco Santander.
• Obrigações representativas de 84 empréstimos emitidos por 18 sociedades, com
particular destaque para o BES (19 empréstimos), CGD (15), Montepio (14) e BPI
(13).
• Papel Comercial correspondente a 307 empréstimos emitidos por 43 entidades,
entre as quais sobrelevam ponderando o número de emissões: a REN (102), Sonae
(35), Portugal Telecom (29), Refer (20), Parpública (18), Brisa (16) e BPN (15).
• Unidades de Participação de um fundo de investimento mobiliário do BPI (BPI
Perpétuas II), que foi admitido à cotação na Bolsa no dia 30 de Dezembro de 2010.
No contexto dos movimentos de valores mobiliários registados na Bolsa portuguesa
em 2010 sobressai o dinamismo dos segmentos dos warrants e dos certificados do
EasyNext Lisbon e, ainda que menos expressivo, o dos segmentos obrigacionista e
do papel comercial do Euronext Lisbon (mercado regulamentado).
49
• Exchange Traded Funds (ETF): 2 lançados pela Euronext Lisbon e o
Commerzbank, através da sua subsidiária ComStage, sobre o PSI 20 e 1 emitido pela
Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF) sobre o índice Ibérico da NYSE Euronext
(NYSE Euronext Iberian Index™).
Entrementes, saíram do Euronext Lisbon (mercado regulamentado):
• As ações da Teixeira Duarte Engenharia e Construções, SA, após a OPA a que atrás
se fez referência, do Finibanco Holding, SA em resultado da OPA lançada pelo
Montepio Geral – Associação Mutualista sobre este banco; e da Europac decidida na
assembleia-geral de acionistas da empresa que teve lugar a 25 de Maio de 2010.
• Todos os direitos atrás mencionados, com exceção dos relativos às 2 emissões do
Sporting – Sociedade Desportiva de Futebol, SAD, uma vez que o correspondente
prazo de negociação esgotou-se antes do final do ano.
• As obrigações de 22 empréstimos, sendo 1 público, 9 do BPI, 2 do BES e 1 de cada
uma das seguintes sociedades: Benfica – Futebol, SAD, GDL-Sociedade
Distribuidora de Gás Natural de Lisboa; SA, Sagres- Sociedade de Titularização de
Créditos, SA; Tagus-Sociedade de Titularização de Créditos, SA; Banco Mais, SA,
Sonae, SGPS, Sonae Indústria, SGPS; Parpública, SGPS; Portucel, SA e Modelo
Continente, SGPS, todos em virtude de ter ocorrido a respetiva amortização final.
• As obrigações representativas de 267 emissões de papel comercial que, entretanto,
foram sendo amortizadas ao longo de 2010, sendo 2 do BPN e da Sagest por
reeembolso antecipado.
Por seu turno, à semelhança do que se tem vindo a constatar nos últimos anos, no
mercado EasyNext Lisbon dominaram os warrants, autónomos e estruturados, tendo
sido listadas 1.329 novas emissões de warrants autónomos e 1.361 de warrants
estruturados, muitas das quais foram entretanto amortizadas, predominantemente por
reembolso antecipado (knock-out). Em concreto, das 1.139 emissões de warrants
autónomos que saíram da Bolsa, apenas 7 não o foram em virtude de reembolso
antecipado. Do mesmo passo, das 1.390 emissões de warrants estruturados amortizadas
ao longo do ano em referência, 94,2% foram-no por “knock-out”.
Além destes movimentos, merece uma menção especial a entrada no EasyNext Lisbon
de 87 certificados, dos quais 23 foram emitidos pelo Millennium BCP (17 sobre índices
de ações, 3 sobre cabazes de ações e 3 sobre mercadorias) e 64 pelo Commerzbank
50
sobre ações nacionais. Estas últimas admissões referem-se a uma categoria de
certificados, os “Factor Certificates”, que pela primeira vez nessa data foram listados na
Bolsa portuguesa. Trata-se de um produto estruturado que permite aos investidores
posicionarem-se, com vários níveis de alavacagem à escolha, num mercado em alta
(“Factor Certificate Long”) ou em baixa (“Factor Certificate Short”). Entretanto, saíu da
Euronext Lisbon 1 certificado emitido pelo Millennium BCP sobre um índice europeu,
que foi reembolsado antecipadamente.
Movimentos de Valores Mobiliários na Euronext Lisbon (nº) Admissões Exclusões Variação Líquida 2009 2010 2009 2010 2009 2010 Euronext Lisbon 217 408 168 298 49 110 Ações 0 1 1(**) 3 -1 -2 Direitos 4 8 4 6 0 2 Dív. Pública + O.F. Públicos 5 4 2 1 3 3 Obrigações Diversas 52 84 15 21 37 63 Papel Comercial 155 307 142 267 13 40 Certificados 0 0 4(***) 0 -4 0 Unidades de Participação 1 1 0 0 1 1 Títulos de Participação 0 0 0 0 0 0 Exchange Traded Fund (ETF) 0 3 0 0 0 3Easynext Lisbon (*) 2.529 2.778 2.338 2.556 191 222 Ações 0 0 0 1 0 -1 Obrigações Diversas 9 1 16 25 -7 -24 Warrants Autónomos (****) 1.261 1.329 1.053 1.139 208 190 Warrants Estruturados (****) 1.259 1.361 1.260 1.390 -1 -29 Certificados 0 87 9 1 -9 86Total 2.746 3.186 2.506 2.854 240 332 (*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respetivas ações integradas no Easynext Lisbon (**) Inclui a extinção de código das ações Galp s/ benefício fiscal (***) Inclui extinção de 1 VMOC (****) Os números de warrants referem-se a todas as emissões que entraram e a todas as que sairam da Bolsa durante o semestre, incluindo também as que entraram e saíram neste período e que não estavam registadas nem no início nem no fim do mesmo. Fonte: Dathis
A finalizar, é de referir o atrofiamento do mercado obrigacionista do EasyNext Lisbon.
Na verdade, em 2010 apenas entrou neste mercado as obrigações do empréstimo da
APCL-Financeira (APCL, 2010-2012, 1.ª emissão) e saíram 25 empréstimos
obrigacionistas das seguintes sociedades: BES Finance (17), BST (4), CGD (2), e BPI
(2).
51
4.1.2 Capitalização Bolsista
A quantidade de ações que no final de 2010 estavam admitidas à negociação era
superior em 1.151.812.687 (+3,6%) em relação ao ano anterior, resultante dos aumentos
de capital da Portucel, Banif, Banco Santander, Banco Popular Español, Reditus, VAA-
V. Alegre Atlantis, SGPS, VAA-V. Alegre Atlantis, SGPS (Fusão) e Sporting –
Sociedade Desportiva Futebol, líquidas das ações do Finibanco e da Europac,
sociedades que saíram da Bolsa, e das correspondentes à redução de capital da
Sociedade Comercial Orey Antunes, entretanto ocorrida.
O incremento das quantidades provenientes dos referidos movimentos não foi suficiente
para absorver o efeito da forte descida, em termos médios, dos preços dos valores
mobiliários negociados, pelo que a capitalização da Euronext Lisbon decresceu 3.753,2
milhões de euros (-1,8%) entre os finais de 2009 e de 2010, data em que se cifrou em
200.470,3 milhões de euros.
Refletindo o impacto da forte descida, em termos médios, dos preços dos valores
mobiliários negociados, que o acréscimo das quantidades entretanto listadas não foi
suficiente para compensar, a capitalização da Euronext Lisbon decresceu 3.753,2
milhões de euros (-1,8%) entre os finais de 2009 e de 2010.
52
Valores Mobiliários e Capitalização Bolsista no Final do Ano
2009 2010
Valores Mobiliários
(n.º)
Emitentes(n.º) (**)
CapitalizaçãoBolsista (10^6 €)
Valores Mobiliários
(n.º)
Emitentes (n.º) (**)
Capitalização Bolsista (10^6 €)
Euronext Lisbon 220 88 202.207,3 331 106 197.698,1Ações 58 54 172.304,6 56 52 134.933,2 (Nacionais) (51) (48) (62.687,6) (50) (47) (57.329,8)Obrigações 157 43 29.738,3 263 63 62.521,8 (Dívida Pública) (18) (1) (26.753,1) (18) 1 (26.776,1) (Papel Comercial) (15) (5) - (55) 20 s/cExchange Traded
Funds (ETF) - - - 3 2 26,1Direitos - - - 3 2 s/cTítulos de Participação 2 1 28,1 2 1 28,1Unidades de
Participação 3 3 136,3 4 3 188,9Easynext Lisbon (*) 814 29 2.016,2 1037 30 2.772,2Ações 18 18 126,5 17 17 84,2Obrigações 45 9 1.694,2 21 9 1.225,9Warrants Autónomos 620 2 93,1 810 3 316,8Warrants Estruturados 131 2 102,4 103 4 63,0Certificados - - - 86 2 1082,3Total Geral 1.034 112 204.223,5 1.368 129 200.470,3
(*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respetivas ações integradas no Easynext Lisbon
(**) Há sociedades que têm mais de uma categoria de valores mobiliários por elas emitidos admitidos na Euronext Lisbon. s/c Sem cotação Fonte: Dathis
Esta diminuição localizou-se apenas nos mercados acionistas, de emitentes nacionais e
estrangeiras, da Euronext Lisbon (-37,4 mil milhões de euros), muito em particular no
segmento das ações estrangeiras (-32 mil milhões de euros) e ficou a dever-se, como já
se referiu, à queda de 6,2% da cotação em 2010, avaliada pela evolução anual do PSI
Geral (o índice que abrange todas as ações transacionadas nos mercados
regulamentados da Euronext Lisbon.
A repartição da capitalização bolsista da Euronext Lisbon, nos finais de 2009 e de 2010,
pelos valores mobiliários nela negociados, retratada nos gráficos a seguir apresentados,
reflete o que atrás se referiu: um significativo decréscimo do peso relativo das ações (de
67,3% para 84,5%), especialmente das ações de emitentes estrangeiros (que em 2009
representavam 53,7% e passaram apenas a ter uma contribuição de 38,7% em 2010), a
par do aumento significativo da participação das obrigações, particularmente das
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Dívida Pública e uiparada; 13,1%
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Ações Estra38,7%
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2010
Estrangeiras; 53,7%
ants; 0,1%
2009
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I Perpétuas
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Outros; 0,6%
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Ações Na28,6
Ações Nac30,8%
da capitaliz
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Lisbon (mer
ão ICB Ind
acionais; 6%
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53
zação
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54
Classification Benchmark), entrando em linha de conta com a respetiva capitalização
bolsita, em 2010 ressalta o domínio do setor industrial, que viu a sua contribuição para o
total subir de 26,9% em 2009 para 31,5%, seguido, por ordem decrescente, pelos setores
dos serviços e das telecomunicações, que também melhoraram a sua posição, passando
do quarto para o segundo lugar e do quinto para o terceiro, respetivamente, de 2009 para
2010. No que respeita aos restantes setores observou-se uma perda da importância
relativa de todos eles, sendo de salientar o caso do setor financeiro, que em 2009
ocupava a segunda posição e no ano em apreço desceu para a quinta, com uma
participação de 13,8% no total, que compara com uma de 19,6% no ano anterior e que
reflete, em larga escala, a forte descida, em termos homólogos, dos preços das ações das
sociedades incluídas neste setor verificada em 2010 (vide quadro “Evolução dos Índices
Setoriais” adiante apresentado).
Fonte: Euronext Lisbon
26.9%
14.5%13.3%
15.8%
19.6%
9.4%
31.5%
19.1%
14.0% 13.9% 13.8%
7.0%
Industrial Serviços Telecomunicações "Utilities" Setor Financeiro Const.+Transp.
Repartição Setorial da Capitalização Bolsista das Ações de Emitentes Nacionais cotadas no Euronext Lisbon (mercado regulamentado)
2009
2010
55
4.2 Negociação
4.2.1 Mercado a Contado
Assim, nas 258 sessões normais que tiveram lugar na Euronext Lisbon foram efetuados
5.959.934 negócios sobre valores mobiliários, o que reflete um acréscimo homólogo de
10,0%. Nestas transações foram movimentados 41.577,5 milhões de euros, valor que,
em confronto com o registado em 2009, incorpora um acréscimo de 26,3%.
No ano em análise, observou-se o reforço da situação de forte predomínio do mercado
acionista na atividade da Bolsa portuguesa, tendo as transações sobre ações
representado a quase totalidade do número de negócios (98,4%, contra 96,4% em 2009)
e, bem assim, do valor movimentado (97,9% e 96,6%, respetivamente). Considerando
também o valor movimentado nas sessões especiais ocorridas em 2010, as transações de
ações totalizaram 41.030,4 milhões de euros, valor correspondente a 98,7% do total
registado neste ano na Euronext Lisbon.
No ano de 2010, mau grado os preços das ações negociadas terem acusado uma forte
redução, a atividade da Bolsa portuguesa, avaliada quer pelo número dos negócios
efetuados, quer pelo valor transacionado, evoluíu em alta.
56
N.º de Negócios e Valor das Transações
Número de Negócios Valor Transacionado (10^6 euros)
2009 2010 ∆ % Anual 2009 2010 ∆ %
Anual
Euronext Lisbon 5.267.045 5.869.148 11,4% 32.221,8 41.092,2 27,5%Ações 5.224.460 5.862.316 12,2% 31.786,9 40.696,2 28,0% (Estrangeiras) (368.827) (428.708) 16,2% (1.796,5) (1.753,6) -2,4%Direitos 35.571 965 -97,3% 128,8 81,4 -36,8%Obrigações 6.774 5.470 -19,3% 305,0 368,4 20,8% (Dívida Pública) (218) (313) 43,6% (11,4) (66,1) 479,8%Títulos de Participação 90 149 65,6% 0,2 2,6 s/sUnidades de Participação 142 156 9,9% 0,8 1,0 25,0%Certificados 2 0 s/s 0,1 - s/sConvertíveis - - s/s - - s/sETF 6 92 s/s 0,0 24,0 s/sEasynext Lisbon (*) 153.006 90.786 -40,7% 694,6 485,3 -30,1%Ações 496 396 -20,2% 0,8 1,0 25,0%Obrigações Diversas 4.425 2.751 -37,8% 90,0 214,8 138,7%Warrants 148.085 87.340 -41,0% 603,8 242,7 -59,8%Certificados - 299 s/s - 26,8 s/sTotal Geral 5.420.051 5.959.934 10,0% 32.916,4 41.577,5 26,3%
(*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respetivas ações integradas no Easynext Lisbon s/s=sem significado Fonte: Dathis
Foram realizadas 3 sessões especiais, envolvendo ações, nas quais foram apurados os
resultados de outras tantas OPA. A primeira em Fevereiro lançada pela CSN Cement,
S.A.R.L (empresa totalmente detida pela Companhia Siderúrgica Nacional do Brasil)
sobre a Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, SA, que não se concretizou, outra
lançada, em Agosto, pela Teixeira Duarte, SA sobre a Teixeira Duarte Engenharia e
Construções, SA, que assumiu a natureza de uma Oferta Pública de Troca de uma ação
da segunda sociedade por uma ação da primeira e, por fim, em Novembro, a do
Montepio Geral – Associação Mutualista sobre o Finibanco Holding, SGPS, SA, na
qual foram movimentadas 171.439.900 ações correspondentes a 334,3 milhões de euros.
Na sequência desta última operação, o Finibanco acabou por pedir a exclucão à
negociação em Bolsa.
Atendendo à repartição das ações com base nos seus emitentes nota-se que na Bolsa
portuguesa as ações domésticas têm vindo a representar a base de sustentação dos
negócios sobre os valores desta natureza: no ano em apreço, 92,7% considerando o
número de negócios e 95,7% no que concerne ao valor movimentado. Ao invés, em
57
termos da capitalização bolsista, as ações de emitentes estrangeiros continuaram a
dominar, se bem que evidenciando uma nítida tendência decrescente (-29,2% face a
2009).
No final de 2010, a dívida pública contribuía com 42,0% para a capitalização bolsista do
conjunto dos empréstimos listados na Euronext Lisbon, mas participou apenas com
3,8% e 11,3%, respetivamente, para o número de negócios e para o valor total das
transações de obrigações efetuadas na Bolsa portuguesa neste ano.
Ainda no contexto do mercado obrigacionista é de sublinhar o acréscimo do valor
negociado, tanto no mercado regulamentado como no Easynext Lisbon, não obstante a
queda registada no tocante ao número de negócios efetuados. Em consequência,
assistiu-se, por um lado, ao aumento do peso do valor transacionado de valores
mobiliários desta categoria no total movimentado na Euronext Lisbon (de 1,2% em
2009 para 1,4% no ano em referência) e, por outro lado, ao recuo da já inexpressiva
participação em termos do número de negócios (0,21% e 0,13%, respetivamente).
É de referir, ainda, no contexto do mercado obrigacionista, a realização em Abril de
uma sessão especial em que foram apurados os resultados da Oferta Pública de
Subscrição de 8 milhões de obrigações do empréstimo Benfica SAD 2010-2013. Esta
operação teve uma procura superior a 28 milhões de obrigações, e um montante total
colocado de 40 milhões de euros.
Em simultâneo, os títulos de participação tiveram um comportamento positivo, tendo
sido realizados 149 negócios (90 em 2009), nos quais foram aplicados 2,6 milhões de
euros, valor que contrasta com apenas 0,2 milhões de euros no ano anterior.
No seu conjunto, as transações de warrants e de certificados evoluíram em baixa, tendo
registado decréscimos homólogos de 40,8% e 55,4%, respetivamente, atendendo ao
número de negócios e ao valor transacionado. Entretanto, a parcela relativa destes
valores mobiliários no total movimentado na Euronext Lisbon recuou de 2,7% em 2009
58
para 1,5% em 2010, quando avaliado em termos de negócios e de 1,8% para 0,7% no
que respeita ao valor transacionado.
Enfim, considerando as transações do conjunto dos restantes tipos de valores listados na
Bolsa portuguesa - unidades de participação de fundos de investimento, direitos e ETF -
a sua contribuição para o valor total movimentado na Euronext Lisbon em 2010, à
semelhança dos anos anteriores, continuou a ser irrelevante, representando apenas
0,26% do valor transaccionado.
De igual modo, assistiu-se ao acentuar do peso das transações nos mercados
regulamentados em detrimento das registadas no Easynext Lisbon, cujo contributo para
o total da atividade da Bolsa nacional perdeu importância: de 2,8% em 2009 para 1,5%
no ano em apreço, atendendo ao número de negócios, e de 2,1% para 1,2%, em termos
do valor movimentado.
Ainda no âmbito do mercado a contado da Euronext Lisbon, merece uma referência
especial a entrada ao longo de 2010, de 9 novos membros, sendo 4 ingleses (Liquid
Capital Market Limited, Liquid Capital Trading, LLP, Spire Europe, Limited, e Sungard
Global Execution Services Limited), 3 holandeses (Binckbank, N.V., Cebulon V.O.F e
Tibra Equities Erurope, Limited), 1 belga (OTC-Option Trading Compan, SA/NV) e 1
espanhol (GVC Gaesco Valores, SA, S.V.). Entretanto, saíram 4 membros, dos quais 1
português (Intervalores – Sociedade Corretora, SA), 2 ingleses (Commerzbank AG –
London Branch, JP MorganCazenove Limited), 1 holandês (All Securities, B.V.) e 1
espanhol (Sebroker – Bolsa Agência de Valores, SA).
Em consequência, o número dos membros que, no final do ano, operavam na Bolsa
portuguesa subiu para 92, dos quais 15 eram portugueses, 26 ingleses, 20 holandeses, 11
franceses, 5 alemães, 5 irlandeses, 4 espanhóis, 3 belgas, 1 italiano, 1 suíço e 1 sueco.
59
Mercado Acionista
O gráfico seguinte põe em clara evidência, por um lado, o já referido, elevado grau de
concentração da atividade do mercado bolsista nacional no segmento acionista, quer
considerando o número de negócios quer o respetivo valor e, por outro lado, o acentuar
deste fenómeno nos últimos anos.
Fonte: Dathis
Esta preponderância justifica que, como habitualmente, se faça uma análise mais
pormenorizada da atividade desenvolvida em 2010 no mercado acionista da Euronext
Lisbon.
Considerando o conjunto do ano, ressalta, como atrás se viu, uma evolução homóloga
positiva das transações de ações, quer avaliadas em termos do número de negócios
efetuados, quer do respetivo valor negociado.
Observando o gráfico a seguir apresentado, nota-se que a tendência verificada a nível
anual não resulta de uma evolução mensal linear, existindo quatro meses (Março,
Agosto, Setembro e Outubro) em que o número médio (por sessão) dos negócios
realizados em 2010 foi inferior ao efetuado nos mesmos meses do ano transato.
2008 2009 2010
93.2%
96.4%
98.4%
95.3%96.6%
97.9%
Peso do Mercado Acionista na Euronext Lisbon
Número de Negócios Valor Transacionado
60
Atendendo ao número de negócios, no ano em análise Abril foi o mês mais
movimentado, seguido muito de perto por Fevereiro.
O cenário pouco se altera quando se analisa a evolução do valor das transações de ações
em 2010. Assim, o valor total das ações negociadas na Bolsa portuguesa em sessões
normais no ano em referência apresenta uma progressão de 26,3%, em confronto com o
registado no ano anterior. Adicionalmente, nota-se que, exceção feita aos meses de
Agosto, Setembro e Outubro, o valor médio (por sessão) movimentado nos outros
meses de 2010 foi sempre superior ao registado nos meses homólogos de 2009.
Entretanto, o valor médio transacionado em cada sessão da Bolsa atingiu o máximo
(229,6 milhões de euros) em Maio e o mínimo (112,9 milhões de euros) em Agosto de
2010. Todavia, em confronto com os mesmos meses de 2009, as maiores diferenças
positivas verificaram-se nos meses de Fevereiro e de Junho.
Como atrás se viu, o incremento homólogo do valor negociado no mercado acionista em
2010 ficou a dever-se exclusivamente ao efeito quantidade, uma vez que as cotações
destes valores mobiliários em média caíram 6,2%, quando avaliadas pela evolução do
índice PSI Geral.
(*) Média diária Fonte: Dathis
0
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100
150
200
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0
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10,000
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30,000
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10^6 eurosnº
Número Médio de Negócios e Valor Médio das Transações de Ações Cotadas na Euronext Lisbon (*)
Número Médio de Negócios em 2009 Número Médio de Negócios em 2010
Valor Médio das Transações em 2009 Valor Médio das Transações em 2010
61
Distribuindo as ações transacionadas no ano em apreço por emitentes nacionais e
estrangeiros, constata-se que o número dos negócios envolvendo ações de emitentes
estrangeiros cresceu, em termos homólogos, a um ritmo superior ao das ações de
emitentes nacionais, enquanto que considerando o valor transacionado assistiu-se
precisamente ao contrário.
Na realidade, em termos homólogos, o valor das transações de ações de emitentes
nacionais aumentou 29,8% e o das de emitentes estrangeiros recuou 2,4%. Em
resultado, o peso das ações de emitentes estrangeiros no total do mercado acionista
nacional subiu de 7,1% em 2009 para 7,3%, em termos de número dos negócios
efetuados, e desceu de 5,7% para 4,3%, atendendo ao valor negociado, como se pode
verificar no quadro seguinte.
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63
No tocante à estrutura do mercado acionista da Euronext Lisbon, continuou a observar-
se uma forte concentração, quer em termos de capitalização bolsista, quer do valor
transacionado. Assim, as 20 ações que integravam a carteira do PSI 20 no final de 2010
concorreram com 98,4% (96,5% em 2009) para o valor total das transações de ações
registado nas sessões normais que tiveram lugar neste ano na Bolsa portuguesa.
Entre estas ações dominavam as da Portugal Telecom (26,2% do total). Este grau de
concentração eleva-se para 54,9% se a esta empresa se juntarem as 2 seguintes (EDP e
Galp) e para 72,6% incluindo a 4.ª e a 5.ª sociedades com maiores capitalizações (BCP e
BES). De ressaltar a circunstância das sociedades que ocuparam os primeiros 5 lugares,
atendendo ao valor transacionado em ações, terem sido as mesmas em 2009 e em 2010.
Ações com Maior Valor Transacionado
2009 2010
Designação Valor (10^6 €) Quota (*) ∆ Anual Designação Valor
(10^6 €) Quota (*) ∆ Anual
Portugal Telecom 5.382 16,9% -30,5% Portugal Telecom 10.673 26,2% 98,3%
EDP 5.118 16,1% -47,3% EDP 6.299 15,5% 23,1%
Galp 4.071 12,8% -50,7% Galp 5.362 13,2% 31,7%
BCP 3.515 11,1% -46,6% BCP 4.703 11,6% 33,8%
BES 2.142 6,7% -29,5% BES 2.475 6,1% 15,6%
Top 5 20.228 63,6% 42,8% Top 5 29.512 72,6% 45,9%
Top 20 30.684 96,5% -42,3% Top 20 40.028 98,4% 30,5%
(*) No segmento acionista do Euronext Lisbon (mercado regulamentado)
Fonte: Dathis
Os indicadores de liquidez relativos a este conjunto de 20 ações evidenciam a descida
em 2010 do respetivo turnover médio, evolução que, de resto, já se tinha verificado no
ano precedente. Com efeito, estas ações, embora tenham sido transacionadas em todas
as sessões normais realizadas no ano em apreço na Bolsa nacional, o Turnover Médio
foi 3,5 pontos percentuais inferior ao registado em 2009.
Ao invés, no que diz respeito às restantes ações negociadas no mercado regulamentado,
notou-se uma melhoria do turnover médio (+2,9 p.p. do que em 2009). Todavia, apenas
64
foram negociadas em 68,2% das sessões realizadas em 2010, contra 70,7% no ano
anterior.
Indicadores de Liquidez das Ações Listadas no Euronext Lisbon
(mercado regulamentado)
2009 2010
20 Ações com Maior Valor Negociado
Turnover Médio (*) 67,2% 63,7%
Frequência Média de Negociação (**) 100% 100%
Restantes Ações do Mercado Regulamentado
Turnover Médio (*) 7,1% 10,0%
Frequência Média de Negociação (**) 70,7% 68,2% (*) Média simples do turnover do conjunto das ações a que se refere, sendo o valor do turnover calculado pelo rácio entre a
quantidade transacionada e a quantidade listada durante o período.
(**) Média simples da frequência de negociação, que é medida pelo rácio entre o número de sessões em que a ação negociou e o
número de sessões em que esteve listada.
Fonte: Euronext Lisbon
Passando à análise da evolução anual das cotações das ações, tendo por suporte o
comportamento dos 2 principais índices calculados na Euronext Lisbon: o PSI Geral
(que reflete o comportamento do conjunto das ações negociadas no mercado
regulamentado da Euronext Lisbon) e o PSI 20 (indicador do desempenho das 20 ações
mais líquidas do mercado nacional), observou-se que, após um ano de fortes
valorizações, em 2010 estes índices conheceram significativas desvalorizações. Com
efeito, em 2010 o PSI Geral acusou uma descida anual de 6,2% (contra uma subida de
40,0% em 2009) e o PSI 20 caiu 10,3% (+33,5% em 2009).
Continuando a observar os 2 gráficos abaixo inseridos, mas alargando a análise aos
últimos 4 anos, verifica-se que o PSI Geral apresentou sempre, ou valorizações mais
elevadas, ou descidas menos pronunciadas do que as registadas pelo PSI 20.
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Os outros dois setores que viram as cotações das ações neles incluídas cairem mais de
20% foram o setor industrial (com um agravamento de 22,6%, que compara com uma
subida de 54,6% em 2009) e o das “utilities” (-20,5%, contra +23,3%). Por seu turno, à
semelhança do ano anterior, o índice setorial que em 2010 cresceu mais foi o dos
serviços (+27,6%). A seguir surgem os índices dos materiais de base e das
telecomunicações, com ganhos de 22,3% e 14,2%, respetivamente.
De assinalar ainda, o índice que reflete o comportamento das cotações das ações das
sociedades do setor dos bens de consumo. Na verdade, este índice, apesar de ter sido
entre os que evoluíram em alta o que aumentou menos, foi o único que teve em 2010
um desempenho melhor do que em 2009, conforme se observa no quadro seguinte:
Evolução dos Índices Setoriais
Setores Variação Anual
2009 2010
Materiais de Base 37,2% 22,3% Industrial 54,6% -22,6% Bens de Consumo 0,5% 4,6% Serviços 67,8% 27,6% Telecomunicações 56,4% 14,2% Utilities 23,3% -20,5% Setor Financeiro 14,7% -29,9% IT 7,3% -31,3% Fonte: Euronext Lisbon
Na perspetiva da evolução mensal dos dois principais índices representativos do
mercado acionista nacional, denotou-se em 2010 uma trajetória muito irregular,
caraterizada por igual número de meses com variações positivas (Março, Julho, Agosto,
Setembro, Outubro e Dezembro) e negativas (Janeiro, Fevereiro, Abril, Maio, Junho e
Novembro), no que diz respeito ao PSI 20, e com 7 meses com subidas (os mesmos que
para o PSI 20 mais Junho) e 5 com descidas, no que toca ao PSI Geral. Contudo, como
em ambos os casos a amplitude das descidas superou a das subidas, o resultado final
traduziu-se, como já se viu, em evoluções negativas. As maiores reduções ocorreram em
Novembro (-9,40% para o PSI Geral e -9,14% para o PSI 20) e os maiores aumentos em
Outubro (7,66% e 7,42%, respetivamente).
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4.2.2 Mercado de Derivados
Produtos Derivados: Futuros
Evolução do Mercado de Derivados Português
Volume de Contratos Valor (10^6 euros) Posições Abertas (*)
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2009 174.214 61.225 235.439 33,3 458,1 491,4 19.601 2.085 21.686
2010 93.398 126.127 219.525 11,4 959,5 970,9 6.406 6.982 13.388
(*) No final do ano
Fonte: NYSE Liffe
O número total de contratos de futuros negociado no mercado português ascendeu a
219.525, dos quais 126.127 sobre o PSI 20 e 93.398 sobre ações (Single Stock Futures);
estes últimos equivalem à negociação de aproximadamente 9.339.800 ações no mercado
a contado.
Em confronto com 2009, assistiu-se a um declínio do volume total negociado (-6,8%),
evolução influenciada de modo determinante pelo comportamento dos contratos de
Single Stock Futures, que conheceram uma redução de 46,4%, enquanto que o volume
dos contratos sobre o índice PSI 20 aumentou 106,0%.
Nos últimos 3 anos, os negócios efetuados no mercado de derivados português têm
vindo a evoluir de forma pouco expressiva, de tal forma que em 2010 o valor total
dos contratos transacionados ficou 29,5% aquém do registado em 2007, o melhor
ano desde sempre deste mercado.
Todavia, comparativamente com 2009, o panorama não surge tão negativo, tendo-se
assistido ao aumento do valor total movimentado, bem como a um aumento do
volume e valor de contratos de futuros sobre o índice padrão nacional.
72
À semelhança do que aconteceu ao nível do volume, no ano em análise o valor dos
contratos de futuros sobre o PSI 20 cresceu 109,5%, em termos homólogos, e, ao invés,
o dos contratos sobre ações verificou uma diminuição de 65,8%.
No que diz respeito às posições abertas, o mercado de derivados sobre subjacentes
portugueses fechou o ano de 2010 com um número de posições abertas inferior ao
verificado no fecho do ano anterior (-38,2%). Este variação reflete uma acentuada
descida das posições abertas de contratos de futuros sobre acções, enquanto que as
posições abertas de contrato sobre o índice PSI 20 registaram uma notória subida.
No final do ano em apreço, encontravam-se disponíveis para ser negociados 14
contratos de futuros: 1 sobre o principal índice acionista português (o PSI 20) e 13 sobre
as ações de outras tantas sociedades integradas na carteira deste índice. Em termos de
capitalização bolsista, estas ações contribuiram com 87,7% do conjunto da carteira do
PSI 20 e representavam diversos setores da economia nacional: financeiro (Millennium-
BCP, BPI e BES), da energia (EDP, REN e EDP Renováveis), das comunicações
(Portugal Telecom, ZONMultimédia e SonaeCom), da construção e manutenção de
auto-estradas (Brisa), do retalho (Sonae, SGPS e Jerónimo Martins) e petrolífero (Galp
Energia).
A análise do gráfico a seguir apresentado retrata a evolução mensal do número de
contratos negociados e das posições abertas no final do ano. No que diz respeito ao
volume de contratos negociados em 2010, em termos homólogos, nota-se uma atividade
mais dinâmica nos meses de Janeiro a Abril e mais fraca em todos os outros meses,
particularmente em Setembro.
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Transações de Contratos de Futuros sobre Ações Nacionais
Volume Valor (10^6 euros) Posições Abertas (*)
Galp 2009 2.075 2,0 0 2010 548 0,7 0
Millennium BCP 2009 92.925 7,8 15.581 2010 77.109 5,8 4.905
ZON Multimédia 2009 1.604 0,6 0 2010 126 0,0 126
EDP 2009 3.800 1,1 0 2010 151 0,0 151
Brisa 2009 2.020 1,1 0 2010 0 0,0 0
PT 2009 2.570 1,7 0 2010 680 0,6 0
Sonae SGPS 2009 40.150 3,3 1.500 2010 9.800 0,8 1.100
BES 2009 1.468 0,8 0 2010 92 0,0 92
Jerónimo Martins 2009 15.770 8,1 1.520 2010 3.392 2,5 32
Banco BPI 2009 1.320 0,2 0 2010 0 0,0 0
REN 2009 430 0,2 0 2010 0 0,0 0
EDP Renováveis 2009 10.082 6,6 1.000 2010 1.500 1,0 0
SonaeCom 2009 0 0,0 0 2010 0 0,0 0
Total 2009 174.214 33,5 19.601 2010 93.398 11,4 6.406
(*) No final do ano Fonte: NYSE Liffe
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76
Para comemorar o 5º aniversário do BClear, no dia 21 de Outubro, Ade Cordell,
Director, Co-head of Equity Derivatives and OTC Services da NYSE Liffe, juntou-se a
vários intervenientes no mercado de derivados para tocar o sino de encerramento do
mercado português.
Durante o ano de 2010, assistiu-se à entrada de 4 novos membros no mercado de
derivados de Lisboa, a saber: ADM Investor Services International Limited, RGM
Trading Europe Limited, Virtu Financial Ireland Limited e Voltrex Limited. No final do
ano, o número de membros negociadores que operavam no mercado de derivados
português era de 46.
4.3 Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários
Em Portugal, a gestão dos Sistemas Centralizados de valores mobiliários e dos Sistemas
de Liquidação é da competência da INTERBOLSA – Sociedade Gestora de Sistemas de
Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A (Interbolsa), uma
sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext Lisbon.
Além desta função, à Interbolsa, enquanto membro da ANNA – Association of National
Numbering Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência
Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN -
International Securities Identification Number e CFI - Classification of Financial
Instruments a todos os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros
Em 31 de Dezembro de 2010, o número de emissões inscritas nos Sistemas
Centralizados da Interbolsa no final de 2010 totalizava 3.078, a que correspondiam,
em termos de valor nominal, 282.862 milhões de euros, ou seja um acréscimo
homólogo de 17,8%.
77
instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO e as directrizes da
ANNA.
Nos termos legais, a Interbolsa no seu relatório anual faz uma análise detalhada da
forma como desenvolveu, em 2010, as atividades que lhe estão cometidas. Assim sendo,
e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a seguir uma
breve resenha da atividade desenvolvida no ano em apreço no domínio dos Sistemas
Centralizados e de Liquidação de valores mobiliários.
Em 31 de Dezembro de 2010, a Interbolsa contava 34 intermediários financeiros
filiados nos seus Sistemas, sendo uma sociedade corretora e 33 entidades bancárias, ou
seja, menos um banco do que no ano anterior.
Em Maio de 2010, procedeu-se ao cancelamento da filiação do Banco Santander
Negócios de Portugal, S.A., na sequência da fusão por incorporação deste no Banco
Santander Totta, S.A. Por seu turno, em resultado da descontinuação da operação
bancária em Portugal, o Royal Bank of Scotland, N.V. solicitou o cancelamento da sua
filiação nos Sistemas geridos pela Interbolsa, tendo o mesmo sido efetivado em 15 de
Outubro.
Porém, desde Agosto de 2010, a Interbolsa passou a contar com mais um filiado nos
seus Sistemas: o Banco Privado Atlântico Europa, S.A.
Em 31 de Dezembro de 2010, encontravam-se inscritas nos Sistemas Centralizados
3.078 emissões, correspondendo em termos de valor nominal a 282.862 milhões de
euros, que representa um aumento de 17,8%, face ao final do ano anterior.
Das referidas 3.078 emissões, 1.922 emissões encontravam-se representadas sob a
forma escritural. Das 1.156 emissões tituladas, mais 225 emissões que em igual período
de 2009, 1.119 pertenciam às categorias de warrants e certificados, estando cada
emissão, representada por um único certificado global.
78
Sendo o exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos uma das
principais atividades da Interbolsa, importa igualmente realçar a sua evolução durante o
ano de 2010.
De forma conjunta, o sistema centralizado de valores mobiliários processou, durante o
ano em análise, operações de exercício de direitos e outros eventos que totalizaram
6.967, conforme a seguir se discrimina, o que representa um acréscimo homólogo de
32,8% no que se refere ao número total de eventos processados, sendo o montante
envolvido nestes processamentos de 53.875 milhões de euros, valor superior em 4,4%
ao registado no ano transato.
Durante o ano de 2010 foram processadas 2.635 operações de pagamento de juros e
remunerações, representando um acréscimo de 69,9% face ao ano anterior. O montante
de juros pagos em 2010 ascendeu a 7.337 milhões de euros, o que comporta um
incremento homólogo de 16,8%.
Valor das Operações Processadas na Central de Valores Mobiliários (C.V.M.)
2009 2010 Variação Homóloga do Valor
Nº de Operações
Valor 10^6 euros
Nº de Operações
Valor 10^6 euros
Juros/Remunerações Dívida Pública 30 3.982 30 4.469 12,2% Dívida Privada 1.370 2.222 2.330 2.762 24,3% Títulos de Participação+VMOC+Outros 151 79 275 106 33,8%
Amortizações Dívida Pública 1 5.660 1 4.402 22,2% Dívida Privada 199 5.502 217 13.185 139,6% Títulos de Participação+VMOC+Outros 146 23.913 270 22.531 -5,8% Dividendos/Remunerações de UP 102 4.008 114 5.138 28,2%
Aumentos de Capital Por Subscrição 6 1.419 5 140 -90,1% Por Incorporação de Reservas 3 2.334 6 49 -97,9% Reduções de Capital+ Fusões e Cisões de Empresas 15 2.191 10 616 -71,9% Exercícios de Warrants e Certificados 3.224 308 3.709 477 54,9% Fonte: Interbolsa
Por sua vez, o número de operações de amortização processadas na C.V.M. aumentou
41,0% (488 contra 346 operações em 2009), tendo o montante amortizado passado de
35.075 para 40.118 milhões de euros (+14,4%).
79
Relativamente à distribuição de dividendos e rendimentos de unidades de participação
(UP), durante o ano de 2010, foram realizadas, através dos Sistemas Centralizados, 114
operações deste tipo, mais 12 do que no ano anterior. Entretanto, o montante de
dividendos pagos subiu de 4.008 para 5.138 milhões de euros, o que representa um
acréscimo de 28,2% face a 2009.
Ainda, durante o ano em causa, a C.V.M. contabilizou o processamento de 3.709
operações de exercício de warrants e certificados, sendo mais 485 operações do que no
ano precedente. O acréscimo registado foi acompanhado pelo aumento do montante
global envolvido neste tipo de operações, o qual apresentou uma variação positiva de
54,9%.
Para além das operações atrás referidas, a Interbolsa efectua, por instrução dos
intermediários financeiros, a movimentação de valores mobiliários dentro da mesma
conta e entre contas de diferentes intermediários financeiros, tanto para efeito de
liquidação física de operações como para a mera transferência de valores. Assim, em
2010, foram realizadas 305 mil operações de transferência de valores mobiliários, ou
seja, mais 6,7% do que no ano anterior. Este incremento foi acompanhado por um
acréscimo de 72,8% na quantidade de valores mobiliários objeto de transferência.
4.4 Sistemas de Liquidação
A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos Sistemas de Liquidação de
Valores Mobiliários com vista a assegurar, designadamente, a realização de
Durante o ano de 2010, a Interbolsa liquidou, através do Sistema de Liquidação em
Geral, 234 mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos
mercados geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, S.A, no
valor de 29.746 milhões de euros (+ 17,7% em comparação com o ano transato).
Por seu turno, o montante envolvido na liquidação das operações em tempo real
evoluiu no mesmo sentido, cifrando-se em 134.026 milhões de euros (+25,0%).
80
transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a
direitos inerentes e a garantias relativas a operações sobre valores mobiliários.
São participantes dos Sistemas de Liquidação os intermediários financeiros filiados na
Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas em
todos os mercados geridos pela Euronext Lisbon, bem como as operações realizadas
fora de mercado.
A Interbolsa gere três Sistemas de Liquidação: o Sistema de Liquidação em Geral, SLrt
– Sistema de Liquidação em tempo real e o SLME - Sistema de Liquidação em moeda
estrangeira. A LCH.Clearnet, S.A. assume, no mercado de capitais português, as
funções de câmara de compensação e de contraparte central.
Operações realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa
2009 2010 Variação Homóloga do Valor
Nº de Operações
Valor 10^6 euros
Nº de Operações
Valor 10^6 euros
Sistema de Liquidação em Geral Operações Garantidas 250.924 25.266 234.184 29.746 17,7% Operações não Garantidas 4.848 87 3.047 148 69,7% Operações Garantidas Liquidadas SLrt 31.380 3.378 30.186 3.518 4,2%
SLrt Instruções DVP/FOP 470.421 107.232 512 134.026 25,0%
Fonte: Interbolsa
Durante o ano de 2010, a Interbolsa liquidou, através do Sistema de Liquidação em
Geral, 234 mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos
mercados geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, S.A. O
montante global envolvido nestas operações ascendeu a 29.746 milhões de euros, o que
representou um acréscimo de 17,7% em comparação com o ano transacto.
Por sua vez, as operações OTC (over the counter) e de realinhamento, liquidadas
através do Sistema de Liquidação tempo real (Slrt), cresceram 8,8% em confronto com
2009. O montante envolvido na liquidação das operações em tempo real evoluiu no
mesmo sentido, tendo subido de 107.232 para 134.026 milhões de euros (+25,0%).
81
Correspondendo às necessidades do mercado, a Interbolsa implementou, em 2008, um
sistema de liquidação em moeda diferente do Euro, recorrendo a um sistema de
pagamento do tipo commercial bank money operado pela CGD – Caixa Geral de
Depósitos, SA, que permite os pagamentos de rendimentos e a liquidação financeira de
operações de mercado não garantidas e OTC (over-the-counter) em dólares americanos,
libras esterlinas, ienes e francos suíços, e desde de Abril de 2010 em dólares canadianos
(CAD), podendo, ainda, ser alargado a outras moedas convertíveis se tal se mostrar
necessário.
A 31 de Dezembro de 2010, encontravam-se inscritas nos Sistemas Centralizados 38
emissões em moeda estrangeira, sendo 2 emitidas em dólares canadianos, no montante
de 30.275.000 CAD, 1 emissão em francos suíços, no montante de 995.000 CHF, 3
emissão em ienes, no montante de 32.000.000.000 JPY e ainda 32 emissões em dólares
americanos no valor de 285.448.000 USD.
4.5 Agência Nacional de Codificação
À Interbolsa, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering
Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de
Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN - International
Securities Identification Number e CFI - Classification of Financial Instruments a todos
os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos
financeiros, em conformidade com as normas ISO e as directrizes da ANNA.
No âmbito das funções que lhe estão cometidas, enquanto Agência Nacional de
Codificação, a Interbolsa prosseguiu em 2010 a atividade de atribuição de Códigos ISIN
e Códigos CFI de acordo com as guidelines definidas pela ANNA, enquanto entidade
responsável a nível mundial, pela promoção, implementação e manutenção das Normas
ISO 6166 e ISO 10962.
No ano em apreço, a Agência Nacional de Codificação atribuíu 13.477 novos
códigos ISIN e desactivou 13.182 códigos, o que se traduziu num saldo positivo de
295 códigos.
82
Durante o período em análise, a Agência Nacional de Codificação atribuíu 13.477 novos
códigos ISIN e desativou 13.182 códigos. Em consequência, em 31 de Dezembro de
2010, encontravam-se activos 6.012 códigos ISIN, mais 295 códigos do que no final de
2009.
Medindo a atividade da Agência Nacional de Codificação pelo somatório do número de
novos códigos atribuídos e pelo número de cancelados durante o ano, afere-se um total
de 26.659 códigos para o ano de 2010, sendo que em 2009 o número correspondente foi
de 26.576.
Cumprindo o objetivo de divulgar, a nível internacional, os códigos ISIN e CFI,
atribuídos pela Agência Nacional de Codificação, a Interbolsa fornece diariamente
informação para a base de dados central, operada pela ASB – ANNA Service Bureau.
Desta forma, toda a informação ISIN pode ser acedida pelas entidades que dela
necessitem, bem como pelas agências de codificação membros da ANNA.
Por outro lado, a Interbolsa, tendo como objetivo fomentar a divulgação dos códigos
atribuídos pela Agência Nacional de Codificação, mantém em funcionamento um
serviço de divulgação de dados ISIN, que assenta na subscrição de uma base de dados
contendo informação ISIN e respetivas atualizações diárias ou semanais.
83
5 A DIMENSÃO SOCIAL DA EURONEXT LISBON
5.1 Recursos Humanos
Em Dezembro de 2010, o número de colaboradores ativos na Euronext Lisbon e na
Interbolsa era de 66, pertencendo 29 à entidade gestora da Bolsa e 37 à instituição
responsável pelos sistemas centralizados de valores mobiliários. A este número
acrescem ainda os colaboradores requisitados (3). Esta realidade reflete a prossecução
de uma política de mobilidade interna a nível do Grupo.
Neste contexto, é ainda de referir a nomeação, em 1 de Julho, de Luís Laginha de Sousa
para Presidente da Euronext Lisbon (sucedendo a Miguel Athayde Marques) e também
para os cargos de membro do Managing Board da Euronext N.V., membro do
Management Committee da NYSE Euronext e Presidente do Conselho de
Administração da Interbolsa S.A.
Em Junho de 2010, foi lançado um “Career Guide” no Grupo NYSE Euronext,
desenvolvido pela área de recursos humanos em parceria com as áreas de negócio e
funções corporativas. Este Guia permite a cada colaborador um melhor conhecimento
das competências e experiências de cada função em toda a Organização.
O Guia tem como objectivo ser utilizado por cada colaborador para:
• Melhor compreensão das qualificações e competências necessárias ao desempenho
de cada função;
• Identificar as diferenças entre as funções e as competências, atuais e as potenciais;
• Tomar decisões relativamente a como controlar a sua carreira, mobilidade e
formação.
A Euronext Lisbon continuou em 2010 empenhada em criar um ambiente propício
ao desenvolvimento das potencialidades a nível profissional dos seus colaboradores
e, em simultâneo, em proporcionar-lhes oportunidades de formação e combate ao
stress.
84
A 17 de Novembro de 2010, foi lançada pela primeira vez uma política global de
“Wellness”, que consistiu na criação de inicativas para o equlíbrio de “Work Life
Balance” de todos os colaboradores da NYSE Euronext. Foi também criado o “Portal
Global Wellness” onde foram introduzidas ferramentas educacionais e interativas, e
“links” para recursos inovadores de bem-estar centrados no desafio da atividade física,
resistência ao “stress”, prevenção e nutrição.
No âmbito das iniciativas criadas em Lisboa, foi implementado um plano composto por:
• Ginástica laboral administrada por professores de educação física qualificados;
• Avaliação “on-job” com o objetivo de traçar o perfil comportamental de postura no
posto de trabalho e fornecer ferramentas práticas a cada colaborador, consoante a sua
necessidade individual;
Em 2010, deu-se continuidade ao Sistema de Avaliação de Desempenho, ferramenta
denominada “E-Performance”, aplicada em ambiente web, que permite a todos os
colaboradores o registo e avaliação do seu desempenho numa base global e transversal
dentro do grupo NYSE Euronext, bem como uma maior interatividade nas várias fases
do processo.
Ainda no mesmo contexto, foi dada continuidade, no ambiente de “Performance
Management”, a um módulo denominado “Total Compensation Plan”, onde também,
num ambiente interativo, se realizaram e decidiram as propostas de atualizações
salariais e outros incentivos.
No quarto trimestre de 2010, a NYSE Euronext conduziu pela segunda vez um inquérito
global aos colaboradores “Global Employee Survey”, tendo como objetivos analisar o
nível de satisfação e compromisso e identificar eventuais necessidades de atuação. Este
processo foi gerido pela equipa da gestão de talento dos recursos humanos com a
colaboração externa dos consultores da empresa Towers Perrin, uma empresa
independente de consultoria internacional.
85
No âmbito da comunicação interna, deu-se continuidade à iniciativa “Lunch & Learn”,
tendo em 2010 sido realizados dois almoços: o primeiro em que foi tratado o tema
“NYSE Euronext Corporate Responsabilities and Junior Achievement” e o segundo
dedicado à abordagem da problemática “Fixed Income Derivatives & Fast Growing
Marketplace ”.
5.2 Responsabilidade Corporativa
O reconhecimento da relevância da responsabilidade corporativa no desenvolvimento
equilibrado das sociedades, nomeadamente na busca de soluções de crescimento que,
simultaneamente, contribuam para a sustentabilidade do planeta e se revelem mais
justas sob o ponto de vista social, tem levado muitas empresas a incorporarem esta
preocupação na sua estratégia de negócio e consequente atuação.
Tal pressupõe, entre outros factores, a criação de um ambiente de trabalho diversificado
e apelativo à pro-atividade individual e empresarial, numa perspectiva de
responsabilidade para com todos os “stakeholders” da empresa. Desta forma, as
empresas estão não apenas a contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta e
das sociedades humanas, mas também a beneficiar aprodutividade e, por conseguinte, a
potenciar a sua rendibilidade no futuro próximo. Neste sentido é comum identificar três
pilares da responsabilidade corporativa: o social, o ambiental e o económico.
Em 2010, o grupo NYSE Euronext consolidou e desenvolveu o trabalho que foi
iniciado pela equipa interna multidisciplinar, constituída em 2009. O Grupo entendeu
ainda que esta equipa carecia de reforço e de uma organização mais estruturada, tendo
A Bolsa portuguesa desenvolveu ao longo de 2010 várias iniciativas no âmbito da
responsabilidade corporativa, que conjugaram projetos concebidos e implementados
ao nível do Grupo, com ações mais focalizadas nas especificidades da nossa
realidade socio-económica.
86
decidido criar uma função específica de coordenação para a Responsabilidade
Corporativa, que foi preenchida com a contratação de um colaborador especializado
para o cargo.
Ao longo do ano de 2010 foram desenvolvidas várias iniciativas na Bolsa portuguesa,
que conjugaram projetos concebidos e implementados ao nível do Grupo, com ações
mais focalizadas nas especificidades da nossa realidade socio-económica.
Do trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2010, sobressaem as seguintes iniciativas:
• Com o objetivo de desenvolver a literacia financeira e o empreendedorismo, a
Euronext Lisbon deu continuidade ao seu programa de intervenção em escolas
secundárias e universidades, iniciado em 2009. Durante o ano, estiveram nas
instalações da Euronext Lisbon ou foram visitados nas instituições de ensino
cerca de 1100 alunos, de 20 escolas e universidades.
• A Euronext Lisbon consolidou a sua parceria com a associação Aprender a
Empreender –“Junior Achievement Portugal”, também no contexto da promoção
da literacia financeira e do empreendedorismo. No âmbito deste programa
diversos colaboradores da Euronext Lisbon decidiram participar, como
voluntários, em ações junto de várias escolas secundárias nacionais.
• Na sequência da política seguida em anos anteriores, a Euronext Lisbon apoiou
várias outras iniciativas com objetivos semelhantes, em alguns casos mais
centradas no conhecimento sobre o mercado de capitais, nomeadamente através
de simuladores: foi o caso do “Global Management Challenge”, Semana Global
do Empreendedorismo, “Global Investment Challenge” e Jogo de Bolsa.
• Ao longo do ano foi desenvolvido um intenso trabalho de consolidação e
expansão do âmbito de atuação da Bolsa de Valores Sociais. Recorde-se que este
projeto foi lançado em Novembro de 2009, sob o lema “as boas ações estão
sempre em alta”, com o apoio da Euronext Lisbon, da Fundação Calouste
Gulbenkian e da Fundação EDP. Esta é uma plataforma inovadora na Europa,
destinada a promover o encontro entre doadores e entidades com uma missão
social e que tenham projetos com necessidades de financiamento. No final do
87
ano encontravam-se “listados” na BVS 23 projetos de diversas instituições,
procurando responder a problemas relacionados com a educação e com o
empreendedorismo em populações menos favorecidas. Foram registados cerca
de 700 “investidores” e angariados para estes projetos cerca de 300 mil euros.
• A Euronext Lisbon manteve, em 2010, os seus apoios ao Grace – Grupo de
Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, ao BCSD – “Business Council for
Sustainable Development”, ao EPIS – Empresários para a Inclusão Social e à
Fundação do Gil.
Além destas participações, em 2010 a Euronext Lisbon levou a cabo outras ações, a
título individual. Neste particular, merece uma referência especial a concessão de apoios
monetários destinados a iniciativas de natureza social e no domínio da saúde (aquisição
de equipamento especializado para pessoas com deficiência) promovidas por
instituições de caridade.
88
5.3 Centro de Documentação
O Centro de Documentação contém um acervo histórico que, em algumas áreas, é único
no País, com particular destaque para a colecção de Boletins (diários) de Cotações,
cobrindo um largo período desde o final do século XIX até ao presente, e para o
conjunto de relatórios anuais das empresas admitidas à negociação.
A raridade dos documentos existentes no Centro de Documentação, bem como a
possibilidade de consulta da base de dados informática da Euronext Lisbon, o DATHIS,
tem vindo a despertar o interesse por parte de um apreciável número de alunos de
mestrado e doutoramento.
Em 2010, o Centro de Documentação registou visitas de estudantes e investigadores
oriundos de 13 instituições, sendo de salientar as de visitantes fora de Lisboa: SDG -
Fátima, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Bragança e Instituto
Politécnico de Leiria.
No ano em análise, o Centro de Documentação da Euronext Lisbon, que abriu ao
público em 2008, continuou a despertar o interesse de estudantes e investigadores.
89
6 ANÁLISE FINANCEIRA
6.1 Apreciação Global
Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 34,1 milhões de euros, sendo
resultantes de proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa no montante,
respetivamente, de 13,7 milhões de euros e 20,4 milhões de euros.
Enquanto os proveitos operacionais da Euronext Lisbon se mantiveram praticamente
inalteráveis (-0,1%), os da Interbolsa aumentaram 11,9%, permitindo uma variação
homóloga positiva de 7,1% em termos consolidados.
Já os custos operacionais consolidados, que totalizaram 14,5 milhões de euros,
evidenciaram um acréscimo de 2,6 milhões de euros (21,8%) face ao ano anterior, fruto
do aumento dos gastos desta natureza na Euronext Lisbon (34,8%). Este agravamento
deveu-se ao reconhecimento de custos não recorrentes e ao aumento dos custos de
estrutura central do Grupo durante este período; expurgando este efeito a variação seria
praticamente nula, dando continuidade ao esforço no controlo dos encargos
operacionais.
À data de Dezembro de 2010, a margem líquida foi de 41,5%, contra 48,1% em
Dezembro de 2009, e incorporou uma margem operacional de 57,6% (62,7% em
Dezembro do ano anterior).
O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon em Dezembro de 2010 ascendeu a
14,1 milhões de euros, tendo sofrido uma redução de 1,2 milhões de euros (-7,6%)
relativamente ao período homólogo. Este resultado consolida os resultados individuais da
Euronext Lisbon e da Interbolsa, que se cifraram em 3,5 milhões de euros (excluindo os
ganhos em subsidiárias no valor de 9,6 milhões de euros) e 10,6 milhões de euros,
respetivamente.
90
Por sua vez, a rendibilidade do ativo consolidado situou-se em 25,3%, que compara com
28,3% em 2009, tendo a autonomia financeira alcançado 86,9% em Dezembro de 2010
face a 88,7% no mesmo período do ano precedente.
6.2 Proveitos e Ganhos
Analisando a evolução das componentes dos proveitos desta natureza, verificou-se um
decréscimo homólogo de 5,4%, nos provenientes do mercado a contado, motivado pela
diminuição do preço unitário dos negócios realizados na Bolsa ocorrida durante o ano
de 2010.
Como se conclui observando o gráfico seguinte, o número médio de negócios por sessão
aumentou de 21.173 em 2009 para 23.041 no ano em apreço, significando uma variação
positiva de 8,8%, que, todavia, não foi suficiente para compensar a redução do preço
médio por negócio, que desceu de 0,65 euros (Dezembro de 2009) para 0,59 euros
(Dezembro de 2010), o que corresponde a um decréscimo de 9,2%. A descida dos
preços no mercado a contado põe em clara evidência a intenção do Grupo de ir ao
encontro das necessidades do mercado, fazendo revisões sistemáticas no respetivo
preçário.
Os proveitos operacionais consolidados, como referido anteriormente, atingiram 34,1
milhões de euros, traduzindo um incremento de 7,1% face aos 31,8 milhões de euros
registados em 2009.
91
Atendendo à origem dos proveitos obtidos em 2010, constata-se que as receitas de
admissão e manutenção cresceram 735 mil euros (+23,5%), refletindo as subidas
homólogas de 375 mil euros (+28%) nas receitas de admissão e de 360 mil euros (24%)
nas receitas com manutenção.
Entretanto, as receitas provenientes dos serviços de informação apresentaram um
decréscimo de 278 mil euros (-10,1%), que decorreu da diminuição das receitas com
“Market Data”.
Por sua vez, os proveitos associados à liquidação e custódia elevaram-se a 20,3 milhões
de euros, traduzindo um aumento de 12,0% face aos 18,1 milhões de euros registados
no ano anterior, proveniente, essencialmente, do acréscimo dos volumes de valores de
dívida integrados em sistemas centralizados.
Os outros segmentos de proveitos mantiveram-se praticamente no mesmo nível de 2009.
Dez-06 Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10Números médio negócios por sessão 9.170 19.149 23.543 21.173 23.041Preço médio por sessão 1,17 1,05 0,96 0,65 0,59
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Evolução do Nº de Negócios e Preço Médio por Negócio por Sessão de Bolsa
92
O gráfico a seguir apresentado retrata a repartição dos proveitos consolidados por
segmento. Da sua leitura ressalta a importância do segmento da liquidação e custódia
59,5% (56,9% em Dezembro de 2009), seguido, ainda que a apreciável distância, pelo
segmento do mercado a contado com 20,7% (23,4% em Dezembro de 2009).
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Mercado contado
Admissão / Manutenção
Mercado derivados
Serviços informação
Liquidação e custódia
Outros proveitos
Dez-10 7.040 3.860 122 2.475 20.254 306Dez-09 7.441 3.125 66 2.753 18.087 321
10^3 euros
Origem dos Proveitos
93
6.3 Custos e Perdas
Os gastos com pessoal consolidados cifraram-se em 8,1 milhões de euros, acusando um
agravamento de 1,4 milhões de euros face ao ano anterior. De realçar que este aumento
tem subjacente custos de natureza não recorrente; expurgando esse efeito a variação foi
irrelevante.
As amortizações, no montante de 318 mil euros, decresceram 54 mil euros (-14,4%), o
que ficou a dever-se ao facto de diverso equipamento ter atingido o fim da sua vida útil
em 2010.
20,7%
11,3%
0,4%
7,3%
59,5%0,9%
Repartição dos Proveitos Consolidados por Segmento
Mercado contado Admissão / Manutenção Mercado derivadosServiços informação Liquidação e custódia Outros proveitos
Os custos operacionais consolidados totalizaram 14,5 milhões de euros contra os 11,9
milhões de euros registados no período homólogo, significando um acréscimo de
21,8%.
94
Os encargos consolidados com tecnologias de informação ascenderam a 1,6 milhões de
euros, o que representou um acréscimo homólogo de 102,8 mil euros (+6,8%), que
resultou principalmente da subida dos custos associados à nova plataforma de
negociação do Grupo e do aumento dos custos na Interbolsa provenientes da criação das
necessárias infra-estruturas que permitiram a esta entidade gestora assegurar a todos os
participantes nos seus sistemas, a partir de Março de 2009, a ligação à plataforma única
de liquidação desenvolvida pelo Banco Central Europeu – o TARGET2 - para efeitos de
liquidação financeira de operações.
Por sua vez, os custos consolidados com comunicações, consultadoria e outros, no valor
de 1,7 milhões de euros, verificaram uma contração de 46,2 mil euros fruto de uma
rigorosa política de controlo de custos.
Os gastos com equipamentos e instalações totalizaram 817 mil euros, valor que compara
com 902,5 mil euros em 2009 (-9,5%).
As despesas do Grupo com marketing contabilizaram, em 2010, um valor de 183,7 mil
euros, que traduz um incremento de 45,9 mil euros em relação a 2009, localizando-se na
sua maioria na Euronext Lisbon.
Os outros gastos, em termos consolidados, absorveram 1,6 milhões de euros, valor que
comportou um acréscimo homólogo de 1,3 milhões de euros. Atendendo, porém, a que
em Dezembro de 2010 o valor da alocação de custos de estrutura central do Grupo
atingiu 479,2 mil euros e no período homólogo estes mesmos custos tiveram um efeito
positivo de 707 mil euros, verifica-se que o valor desta rubrica se manteve praticamente
inalterado.
95
6.4 Estrutura Patrimonial
O ativo líquido consolidado da Euronext Lisbon elevava-se, no final de Dezembro de
2010, a 55,9 milhões de euros, valor que incorpora um aumento de 1,9 milhões de euros
face a Dezembro de 2009.
O incremento observado resultou maioritariamente da evolução da rubrica “caixa e
depósitos de curto prazo”, que cresceu 1,7 milhões de euros.
Principais Rubricas do Balanço Consolidado (10^3 euros)
Rubrica
Dez 2010
Dez 2009
Variação 2010/2009 Valor %
Ativo 55.899 54.035 1.863 3,5% Passivo 7.324 6.111 1.213 19,9% Capital Próprio 48.575 47.925 650 1,4%
O passivo líquido consolidado, no valor de 7,3 milhões de euros, registou uma expansão
de 1,2 milhões de euros face a 2009, decorrente dos aumentos de 421 mil euros na
rubrica “credores e outros passivos” e 1 milhão de euros na dos “imposto a pagar”.
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
Gastos com pessoal
Amortizações Gastos com tecnologias de informação
Comunicações, consultoria e
outros
Equipamentos e instalações
Marketing Outros gastos
Dez-10 8.147 318 1.616 1.733 817 184 1.643Dez-09 6.793 372 1.513 1.780 903 138 375
(10^3 euros)Estrutura de Custos
96
Por sua vez, o capital próprio consolidado, que era de 48,6 milhões de euros no final de
Dezembro de 2010, apresentou um valor praticamente inalterado face a Dezembro de
2009 (+ 650,4 mil euros).
A evolução verificada em 2010 nas rubricas do balanço e dos resultados repercutiu-se,
como já atrás se viu, na rendibilidade do ativo consolidado e na autonomia financeira,
que de Dezembro de 2009 para Dezembro de 2010, passaram de 28,3% para 25,3% e de
88,7% para 86,9%, respetivamente. Entretanto, a rendibilidade dos capitais próprios
também delineou uma trajetória decrescente: 31,9% no final de 2009, contra 29,1% um
ano depois.
97
7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS ÀS CONTAS
98
Notas Dez-10 Dez-09AtivoAtivos tangíveis 13 987.935 1.066.124 Ativos intangíveis 14 - - Investimentos em subsidiárias 15 266.358 266.358 Ativos financeiros disponíveis para venda 16 2.938.656 3.078.064 Impostos diferidos ativos 17 5.537 38.587
Total de Ativos Não Correntes 4.198.486 4.449.133
Impostos a receber - 18.180 Devedores e outros ativos 18 6.449.469 6.029.814 Caixa e depósitos a curto prazo 19 45.250.815 43.538.355 Depósitos a prazo 20 - -
Total de Ativos Correntes 51.700.284 49.586.349
Total do Ativo 55.898.770 54.035.482
Capitais PrópriosCapital 21 8.750.000 8.750.000 Prémios de emissão 23 748.195 - Reavaliação investimentos 22 580.220 703.115 Reservas 22 14.249.998 13.394.314 Outros instrumentos de capital 23 - 643.716 Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas e resultado transitados 24.246.696 24.433.605
Total dos Capitais Próprios 48.575.109 47.924.750
PassivoBenefícios aos colaboradores 23 189.359 409.753 Provisões 24 97.450 99.778 Impostos diferidos passivos 236.991 253.504
Total de Passivos Não Correntes 523.800 763.035
Credores e outros passivos 25 5.768.240 5.347.697 Provisões 24 - - Impostos a pagar 12 1.031.621 -
Total de Passivos Correntes 6.799.861 5.347.697
Total do Passivo 7.323.661 6.110.732
Total dos Capitais Próprios e Passivo 55.898.770 54.035.482
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard
As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009
99
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração do Rendimento Intergal Consolidado
para os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
Notas Dez-10 Dez-09Prestações de serviços
Mercado a contado 7.040.446 7.440.957 Admissão e manutenção 3.860.008 3.124.956 Mercado de derivados 122.280 66.480 Serviços de informação 2.475.093 2.752.974 Liquidação e custódia 20.254.240 18.087.053 Outros proveitos 2 306.449 321.175
34.058.516 31.793.595
Gastos e perdas
Gastos com o pessoal 3 8.147.064 6.793.309 Amortizações do exercício 4 318.495 372.264 Gastos com tecnologias de informação 5 1.616.039 1.513.228 Comunicações, consultoria e outros 6 1.733.453 1.779.659 Equipamentos e instalações 7 817.008 902.500 Marketing 8 183.748 137.881 Outros gastos 9 1.643.004 374.925
14.458.811 11.873.766
Resultado operacional 19.599.705 19.919.829
Resultado financeiro 10 401.331 970.569
Resultado antes de impostos 20.001.036 20.890.398
Impostos 12 5.857.046 5.587.408
Resultado do exercício 14.143.990 15.302.990
Reavaliação Investimentos 122.895 (473.978)
Rendimento Integral * 14.021.095 15.776.968
Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,62 1,75
* - Líquido de Imposto sobre o Resultado
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Garry Jones
Cees Vermaas
Roland Bellegard
100
(Valores expressos em Euros)
Total da Ajustes em situação Prémios partes de Reservas Reservas Outras Outras Variações Resultados Resultadoslíquida Capital Emissão capital legais livres reservas Capital Próprio transitados Líquidos
Saldos em 31 de Dezembro de 2008 51.629.646 8.750.000 - 229.137 10.775.630 1.695.981 3.126.332 134.109 8.277.179 18.641.278 -
Alterações no PeríodoResultado líquido do período 15.302.990 - - - - - - - - 15.302.990
Reavaliação de Investimentos 473.978 - - 473.978 - - - - - -
Rendimento Integral 15.776.968
Constituição de reservas: Reserva legal - - - - 2.618.684 - - - (2.618.684)
Outros instrumentos de capital 509.607 - - - - - - 509.607 - -
Resultados transitados 1.667.618 - - - - - - 17.690.212 (16.022.594)
Operações com detentores de capital no período -
Distribuição de dividendos (21.659.089) - - - - (1.695.981) (3.126.332) (16.836.776) -
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 47.924.750 8.750.000 - 703.115 13.394.314 - - 643.716 9.130.615 15.302.990
Alterações no PeríodoResultado líquido do período 14.143.990 - - - - - - - - 14.143.990
Reavaliação de Investimentos (122.895) - - (122.895) - - - - - -
Rendimento Integral 14.021.095
Plano de remunerações por ações 572.775 - 748.195 - - - - (643.716) 468.296 -
Constituição de reservas: Reserva legal (2) - 855.684 - (855.686)
Resultados transitados (503.796) - - - - - - - 13.943.508 (14.447.304)
Operações com detentores de capital no período -
Distribuição de dividendos (13.439.713) - - - - (13.439.713) -
Saldos em 31 de Dezembro de 2010 48.575.109 8.750.000 748.195 580.220 14.249.998 - - - 10.102.706 14.143.990
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Mapa de alterações na Situação Líquida Consolidadopara os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
101
Dez-10 Dez-09I Atividades operacionais
Resultado líquido antes de impostos 20.001.036 20.890.398 Ajustamentos:
Resultados financeiros (401.331) (970.569)Amortizações 318.495 372.264 Dividendos - - Outras operações sem fluxo de caixa 538.286 617.586
Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 20.456.486 20.909.679 do "working capital" (A)
(Aumento) / diminuição outros recebimentos (419.655) (47.875)Diminuição em pagamentos de curto prazo 181.306 (1.458.754)
Total da variação do "working capital" (B) (238.349) (1.506.629)
Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais (A + B) 20.218.137 19.403.050
Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (4.774.195) (7.382.926)Pagamento de juros (5.427) (7.056)
Total de fluxos de caixa de atividades operacionais 15.438.515 12.013.068
II Atividades de investimento
Compra de ativos tangíveis (341.068) (302.499)Venda de ativos tangíveis e intangíveis 146.067 34.257 Juros recebidos 412.454 973.440 Aquisição de investimentos - - Aplicações em depósitos a prazo - 5.879.044
Total de fluxos de caixa de atividades de investimento 217.453 6.584.242
III Atividades de financiamento
Dividendos pagos (13.943.508) (19.991.471)
Total de fluxos de caixa de atividades de financiamento (13.943.508) (19.991.471)
Total de fluxos de caixa do exercício 1.712.460 (1.394.161)
Variação de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 43.538.355 44.932.516 Caixa e seus equivalentes no final do exercício 45.250.815 43.538.355
Movimentos em caixa e seus equivalentes 1.712.460 (1.394.161)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry Jones
Cees Vermaas
Roland Bellegard
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados
(Valores expressos em euros)
para os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
102
Notas Dez-10 Dez-09AtivoAtivos tangíveis 13 730.957 812.663 Investimentos em subsidiárias 15 5.766.358 5.766.358 Ativos financeiros disponíveis para venda 16 - - Impostos diferidos ativos 17 603 603
Total de Ativos Não Correntes 9.435.324 9.656.438
Impostos a receber 136.491 742.825 Devedores e outros ativos 18 4.123.656 3.880.436 Caixa e depósitos a curto prazo 19 23.341.466 22.964.446
Total de Ativos Correntes 27.601.613 27.587.707
Total do Ativo 37.036.937 37.244.145
Capitais PrópriosCapital 21 8.750.000 8.750.000 Prémios de emissão 23 748.195 - Reavaliação investimentos 22 580.220 703.115 Reservas 22 8.749.998 7.894.314 Outros instrumentos de capital 22 - 643.716 Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas e resultado transitados 13.666.576 14.799.195
Total dos Capitais Próprios 32.494.989 32.790.340
PassivoBenefícios aos colaboradores 23 230.167 293.168 Provisões 24 97.450 99.778 Impostos diferidos passivos 236.991 253.504
Total de Passivos Não Correntes 564.608 646.450
Credores e outros passivos 25 3.977.340 3.807.355 Impostos a pagar 12 - -
Total de Passivos Correntes 3.977.340 3.807.355
Total do Passivo 4.541.948 4.453.805
Total dos Capitais Próprios e Passivo 37.036.937 37.244.145
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard
As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Balanço Individual em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009
103
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração do Rendimento Integral Individualpara os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
Notas Dez-10 Dez-09Prestações de serviços
Mercado a contado 7.040.446 7.440.957 Admissão e manutenção 3.860.008 3.124.956 Mercado de derivados 122.280 66.480 Serviços de informação 2.476.233 2.780.699 Outros proveitos 2 244.849 346.444
13.743.816 13.759.536
Gastos e perdas
Gastos com o pessoal 3 5.412.517 4.199.514 Amortizações do exercício 4 157.469 220.870 Gastos com tecnologias de informação 5 771.152 726.475 Comunicações, consultoria e outros 6 827.728 996.791 Equipamentos e instalações 7 526.166 545.273 Marketing 8 183.626 137.721 Outros gastos 9 940.532 (282.063)
8.819.190 6.544.581
Resultado operacional 4.924.626 7.214.955
Resultado financeiro 10 226.718 555.624
Ganhos de subsidiárias 11 9.634.410 9.130.615
Resultado antes de impostos 14.785.754 16.901.194
Impostos 12 1.587.474 2.101.999
Resultado do exercício 13.198.280 14.799.195
Reavaliação Investimentos 122.895 (473.978)
Rendimento Integral * 13.075.385 15.273.173
Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,51 1,69
* - Líquido de Imposto sobre o Resultado
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Garry Jones
Cees Vermaas
Roland Bellegard
As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.
104
(Valores expressos em Euros)
Total da Ajustes em situação Prémios partes de Reservas Reservas Outras Outras Variações Resultados Resultadoslíquida Capital Emissão capital legais livres reservas Capital Próprio transitados Líquidos
Saldos em 31 de Dezembro 2008 36.999.031 8.750.000 - 229.137 6.023.560 28.364 3.126.332 134.109 - 18.707.529
Alterações no PeríodoResultado líquido do período 14.799.195 - - - - - - - - 14.799.195
Reavaliação de Investimentos 473.978 - - 473.978 - - - - - -
Rendimento Integral 15.273.173
Constituição de reservas: Reserva legal - - - - 1.870.753 - - - - (1.870.753)
Outros instrumentos de capital 509.607 509.607
Resultados transitados - - - - - - - - 16.836.776 (16.836.776)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (19.991.472) - - - - (28.364) (3.126.332) - (16.836.776) -
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 32.790.340 8.750.000 - 703.115 7.894.313 - - 643.716 - 14.799.195
Alterações no PeríodoResultado líquido do período 13.198.280 - - - - - - - - 13.198.280
Reavaliação de Investimentos (122.895) - - (122.895) - - - - - -
Rendimento Integral 13.075.385
Plano de remunerações por ações 572.775 - 748.195 - - - - (643.716) 468.296 -
Constituição de reservas: Reserva legal (2) - - - 855.685 - - - - (855.687)
Resultados transitados - - - - - - - - 13.943.508 (13.943.508)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (13.943.508) - - - - - - - (13.943.508) -
Saldos em 31 de Dezembro 2010 32.494.989 8.750.000 748.195 580.220 8.749.998 - - - 468.296 13.198.280
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Mapa de alterações na Situação Líquida individualpara os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
105
Dez-10 Dez-09I Atividades operacionais
Resultado liquido antes de impostos 14.785.754 16.901.194 Ajustamentos:
Resultados financeiros (226.718) (555.624)Amortizações 157.469 220.870 Dividendos (9.634.410) (9.130.615)Outras operações sem fluxo de caixa 538.286 617.586
Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 5.620.381 8.053.411 do "working capital" (A)
(Aumento) / diminuição outros recebimentos (243.220) 310.503 Diminuição em pagamentos de curto prazo 88.142 (1.566.541)
Total da variação do "working capital" (B) (155.078) (1.256.038)
Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais (A + B) 5.465.303 6.797.374
Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (981.140) (4.120.642)Pagamento de juros (4.795) (4.513)
Total de fluxos de caixa de atividades operacionais 4.479.368 2.672.219
II Atividades de investimento
Compra de ativos tangíveis (168.294) (123.819)Venda de ativos tangíveis e intangíveis 137.836 30.616 Juros recebidos 237.209 555.952 Aquisição de investimentos - - Outras atividades de investimento - -
Total de fluxos de caixa de atividades de investimento 206.751 462.749
III Atividades de financiamento
Dividendos recebidos / pagos (4.309.098) (10.860.856)
Total de fluxos de caixa de atividades de financiamento (4.309.098) (10.860.856)
Total de fluxos de caixa do exercício 377.020 (7.725.889)
Variação de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 22.964.446 30.690.335 Caixa e seus equivalentes no final do exercício 23.341.466 22.964.446
Movimentos em caixa e seus equivalentes 377.020 (7.725.889)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
José Chaveiro Luís Laginha de Sousa
Dominique Cerutti
Vincent Van Dessel
Garry Jones
Cees Vermaas
Roland Bellegard
Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração dos Fluxos de Caixa Individual
(Valores expressos em euros)
para os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
106
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais
para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010
1 Políticas contabilísticas
1.1 Bases de apresentação
A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (adiante
designada por “Euronext Lisbon”), com Sede na Avenida da Liberdade, n.º 196 – 7º, em
Lisboa, foi constituída por escritura pública de 10 de Fevereiro de 2000 conforme
deliberação das Assembleias-Gerais da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e da
Associação da Bolsa de Derivados do Porto, em 20 de Dezembro de 1999, nos termos
do disposto no Decreto-Lei n.º 394/99 de 13 de Outubro e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª
Série), de 8 de Novembro.
A Euronext Lisbon tem como objecto principal a gestão de bolsas, podendo ainda gerir
outros mercados de valores mobiliários, gerir sistemas de liquidação de valores
mobiliários, prestar outros serviços relacionados com a emissão e a negociação de
valores mobiliários que não constituam actividade de intermediação e prestar aos
membros dos mercados por si geridos os serviços que se revelem necessários à
intervenção desses membros em mercados geridos por entidade congénere de outro
Estado com quem tenha celebrado acordo.
A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. encontra-
se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa – 1ª Secção, sob o
número 8.875.
O registo do acto constitutivo foi efectuado em 22 de Fevereiro de 2000.
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Euronext Lisbon para o
exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, foram preparadas em conformidade com
as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) aprovadas pela União Europeia
e em vigor nessa data.
107
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo
histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao seu justo valor,
nomeadamente os ativos financeiros disponíveis para venda. Os outros ativos e passivos
financeiros e ativos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou
custo histórico. As políticas contabilísticas apresentadas nessa data foram aplicadas de
forma consistente a todas as entidades do Grupo, em todos os exercícios apresentados
nas demonstrações financeiras.
As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para as
quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentadas na
nota 1.21.
1.2 Bases de consolidação
Participações financeiras em subsidiárias
As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a Euronext Lisbon exerce
o controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a
Euronext Lisbon assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que
esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando a Euronext Lisbon
detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando a Euronext
Lisbon detém o poder, direta ou indiretamente, de gerir a política financeira e
operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas atividades,
mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a
50%.
Transacções eliminadas em consolidação
Os saldos e transações entre empresas da Euronext Lisbon, bem como alguns ganhos e
perdas não realizados resultantes dessas transações, são anulados na preparação das
demonstrações financeiras consolidadas. Os ganhos e perdas não realizados de
transações com associadas são eliminados na extensão da participação da Euronext
Lisbon nessas entidades.
1.3 Instrumentos financeiros
i) Classificação
Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não se
enquadram na definição de derivados e que não são classificados como investimentos
108
detidos até à maturidade ou instrumentos financeiros de negociação. Os ativos
financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida.
ii) Data de reconhecimento
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.
iii) Ativos financeiros disponíveis para venda
Ativos financeiros disponíveis para venda detidos com o objetivo de serem mantidos
pela Euronext Lisbon, nomeadamente ações, são classificados como disponíveis para
venda. Os ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao
justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transações. Os ativos
financeiros disponíveis para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor.
As alterações no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor
até ao momento em que são vendidos ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade.
Na alienação dos ativos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas
acumulados reconhecidos como reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica
“Resultados de activos financeiros disponíveis para venda” da demonstração de
resultados.
Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de uma evidência
objetiva de imparidade nomeadamente de um impato adverso nos “cash flows” futuros
estimados de um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que possa ser medido
de forma fiável.
Se for identificada imparidade num ativo financeiro disponível para venda, a perda
acumulada (mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor,
excluindo perdas de imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de
resultados) é transferida do capital próprio e reconhecida na demonstração de
resultados. Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida
classificados como disponíveis para venda aumentar e esse aumento puder ser
objetivamente associado a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por
imparidade na demonstração de resultados, a perda por imparidade é revertida por
contrapartida de resultados. As perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de
109
capital classificados como disponíveis para venda não são revertidas por contrapartida
de resultados.
1.4 Justo valor dos instrumentos financeiros
O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode
ser trocado numa transação normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a
isso, sem qualquer intenção ou necessidade de liquidar ou de empreender uma transação
em condições adversas.
O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de
intermediários financeiros em mercados de ativos, quando disponíveis. Na sua ausência,
o justo valor é baseado na utilização de preços de transações recentes realizadas em
condições de mercado ou, na sua ausência, usando técnicas de valorização. Estas
técnicas de valorização incluem fluxos futuros de caixa descontados considerando dados
observáveis de mercado disponíveis.
1.5 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros
Transferências de e para ativos e passivos financeiros de negociação são proibidas.
1.6 Desreconhecimento
A Euronext Lisbon desreconhece os ativos financeiros quando expiram todos os direitos
a fluxos de caixa futuros ou quando os ativos forem transferidos. Quando ocorre uma
transferência de ativos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando
substancialmente todos os riscos e benefícios dos activos foram transferidos ou a
Euronext Lisbon não mantém controlo dos ativos.
A Euronext Lisbon procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os
mesmos são cancelados ou extintos.
1.7 Locação financeira
Na ótica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu
início como ativo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao
valor atual das rendas de locação vincendas.
As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do
capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação,
110
a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do
passivo para cada período.
1.8 Reconhecimento de custos e proveitos
Os custos e os proveitos são registados no período a que se referem independentemente
do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da
especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as
correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de “Outros activos ou
passivos”, conforme sejam valores a receber ou a pagar.
O rédito compreende os montantes faturados na prestação de serviços líquidos de
imposto sobre o valor acrescentado, abates e descontos.
1.9 Existências
As existências são valorizadas ao valor realizável líquido deduzido das eventuais perdas
de imparidade.
As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências refletem a
diferença entre o custo de produção e o valor realizável líquido de mercado das
existências, bem como a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação,
obsolescência e deterioração.
1.10 Contas a receber
As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor deduzidas das
perdas por imparidade que lhe estejam associadas.
As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas,
associadas aos créditos de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por
imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo
subsequentemente revertidas por resultados, caso se verifique uma redução do montante
da perda estimada, num período posterior.
1.11 Ativos tangíveis
Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das
respetivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. As taxas de amortização
dos ativos tangíveis são revistas de forma a representarem a vida útil esperada dos bens
a que respeitam. Os custos subsequentes são reconhecidos como um ativo separado
apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a
111
Euronext Lisbon. As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como
custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio da especialização dos
exercícios.
A Euronext Lisbon procede a testes de imparidade sempre que eventos ou
circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a
diferença, caso exista, reconhecida em resultados.
As amortizações dos activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas
constantes de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:
Número de anos
Edifícios 2 a 5
Equipamento informático 2 a 3
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 4 a 10
Outros activos tangíveis 3 a 10
1.12 Ativos intangíveis
“Software”
Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as
despesas adicionais suportadas pela Euronext Lisbon necessárias à sua implementação.
Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes
ativos (3 anos).
Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos
quando incorridos.
1.13 Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam
os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data
de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de
crédito.
112
1.14 Transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da
transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que
estão contabilizados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de
balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em
resultados. Os ativos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira,
registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data da transação.
Ativos e passivos não monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de
câmbio da data em que o justo valor foi determinado.
1.15 Benefícios a empregados
Plano de benefícios definidos
Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa
e a Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de
pensões cujo património inicial foi de Euros 1.391.127.
A 29 de Dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato
constitutivo do Fundo de Pensões da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a
abranger também os trabalhadores que integravam a Associação da Bolsa de Derivados
do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora
de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a
Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de
pensões com as mesmas características do Fundo de Pensões da Euronext Lisbon, cujo
património inicial foi de Euros 498.798.
O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e
encontra-se constituído por tempo indeterminado.
As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de
estudo atuarial elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..
A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon com planos de reforma (planos de
benefício definido) é estimada anualmente, à data de fecho de contas.
113
O cálculo atuarial é efetuado com base no método de crédito da unidade projetada para
a reforma por velhice, invalidez e sobrevivência imediata e diferida, tendo sido utilizado
decrementos por invalidez para a reforma por velhice e sobrevivência diferida, tendo
sido ainda, utilizados pressupostos atuariais e financeiros de acordo com os parâmetros
exigidos pela IAS 19.
Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o
retorno esperado dos ativos do plano são registados por contrapartida de custos
operacionais.
A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon relativa ao plano de pensões de
benefício definido é calculada através da estimativa do valor de benefícios futuros que
cada empregado deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em
períodos passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu valor atual,
sendo que o justo valor de quaisquer ativos do plano deve ser deduzido. A taxa de
desconto aplicada corresponde à taxa de obrigações de “rating” AAA com maturidade
semelhante à data do termo das obrigações do plano.
De acordo com o método do corredor, os ganhos e perdas atuariais não reconhecidos em
resultados, que excedam 10% do maior entre o valor atual das obrigações definidas e o
justo valor dos ativos do plano, são registados por contrapartida de resultados pelo
período de 22 anos correspondente à vida útil remanescente estimada dos trabalhadores
no ativo.
Os pagamentos ao fundo são efetuados anualmente de acordo com um plano de
contribuições determinado de forma a assegurar a solvência do fundo.
Programa de remuneração por ações
O programa de remuneração com opções sobre ações (“stock options”) desenvolvido
em 2004, permitiu aos colaboradores da empresa adquirir acções da Euronext N.V. O
preço de exercício das opções é igual ao preço de mercado das ações na data de
concessão pelo que na referida data não é reconhecido qualquer custo ou obrigação.
O justo valor das opções atribuídas, determinado na data de concessão (“grant date”), é
reconhecido em resultados, por contrapartida de capitais próprios nas demonstrações
financeiras da Euronext N.V., durante o período do direito de subscrição (“vesting
period”), tendo por base o seu valor de mercado calculado na data de atribuição.
114
Caso a opção venha a ser exercida, o Grupo Euronext efectuará a aquisição das ações no
mercado para proceder à sua atribuição aos colaboradores.
O justo valor das opções atribuídas é determinado através do método binomial.
1.16 Resultados financeiros
Os resultados financeiros incluem os juros recebidos de aplicações, ganhos e perdas de
diferenças de câmbio.
Os juros recebidos são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos
exercícios, considerando o método da taxa de juro efetiva. Os juros pagos relativos a
operações de leasing financeiro são reconhecidos considerando o método da taxa de juro
efetiva.
1.17 Impostos sobre lucros
Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos
correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados,
exceto quando relacionado com items que sejam movimentados em capitais próprios,
facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios.
Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o resultado
tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente
aprovada pelas autoridades fiscais à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos
impostos de períodos anteriores.
Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no
balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e
passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou
substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem
a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos, quando exista uma expetativa
razoável de haver lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias
dedutíveis para efeitos fiscais.
115
1.18 Resultados por ação
Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas
da empresa mãe pelo número de ações ordinárias.
1.19 Provisões
São reconhecidas provisões quando (i) a Euronext Lisbon tem uma obrigação presente,
legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii)
quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.
1.20 Fundo de garantia
Por deliberação da Assembleia-Geral da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa foi
criado, em 2 de Janeiro de 1997, o Fundo de Garantia daquela Associação. A finalidade
deste fundo era a de assegurar aos clientes dos corretores associados membros daquela
Associação, o cumprimento das obrigações decorrentes das operações que foram
incumbidos de realizar na Bolsa de Valores de Lisboa.
De acordo com o regulamento interno deste Fundo de Garantia, no exercício de 1997, a
Associação da Bolsa de Valores de Lisboa, entregou uma contribuição extraordinária
(reembolsável) no valor de Euros 266.358, a qual se encontra registada na rubrica de
“Investimentos em Subsidiárias”.
A alteração ao Código dos Valores Mobiliários, introduzida pelo Decreto-Lei n.º
66/2004, de 24 de Março, alterou a natureza obrigatória da existência de fundos de
garantia, cuja constituição passou a constituir uma possibilidade oferecida às, e já não
um dever a cargo das, entidades gestoras, bem como, modificou a natureza da
participação no fundo de garantia, a qual deixou de ser obrigatória e perdeu o seu
caráter de requisito de exercício das atividades de membro de mercado regulamentado e
de participante de sistemas de liquidação e passou a ser facultativa.
1.21 Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas
As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o
Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de
forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado.
116
As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos
princípios contabilísticos pela Euronext Lisbon são analisados como segue, no sentido
de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados da
Euronext Lisbon e a sua divulgação.
Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um
tratamento contabilístico alternativo em relação ao adotado pelo Conselho de
Administração, os resultados reportados pela Euronext Lisbon poderiam ser diferentes
caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera
que os critérios adotados são apropriados e que as demonstrações financeiras
apresentam de forma adequada a posição financeira da Euronext Lisbon e das suas
operações em todos os aspetos materialmente relevantes.
Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para
assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de
sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.
Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda
A Euronext Lisbon determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros
disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor
significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou
de valor significativo requer julgamento. No julgamento efetuado, a Euronext Lisbon
avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços dos ativos financeiros.
Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos
de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou
julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.
Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá
resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente
impato nos resultados da Euronext Lisbon.
Imparidade dos ativos de longo prazo
Os ativos fixos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando
existem factos ou circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.
Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos ativos
fixos tangíveis e intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à
117
data, as alterações de pressupostos poderão resultar em impatos na determinação do
nível de imparidade e consequentemente nos resultados da empresa.
Cobranças duvidosas
As perdas por imparidade relativas a contas a receber de cobrança duvidosa são
baseadas na avaliação efetuada pela Administração da probabilidade de recuperação dos
saldos das contas a receber, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros fatores.
Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas
por imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados,
incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências setoriais, da deterioração
da situação creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este
processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações
destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e
consequentemente diferentes impatos em resultados.
Impostos sobre os lucros
A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas
interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a
determinação dos impostos a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.
Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos
sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.
As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado
pela Euronext Lisbon e pela sua Subsidiária, durante um período de quatro ou seis anos,
no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correções à
matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da
legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Euronext
Lisbon e da sua Subsidiária, de que não haverá correções significativas aos impostos
sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.
Pensões e outros benefícios a empregados
A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma requer a
utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais,
rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que podem ter impato nos
custos e nas responsabilidades do plano de pensões.
118
Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impato significativo nos valores
determinados.
1.22 Gestão dos riscos de negócio
A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um
perfil de risco prudente, equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de
organização, preservando os objetivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e
adequada liquidez.
A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de
um sistema de controlo interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à
sua atividade, a minimização de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente
económico e competitivo e às mudanças de mercado, bem como, um mais eficaz
desenvolvimento e crescimento da empresa.
Riscos financeiros
a) Exposição a risco de crédito
Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única
contraparte ou grupo de contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada
classe de ativos financeiros é representada pelos valores escriturados dos respetivos
ativos.
b) Exposição a risco de taxa de juro
As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco
reduzido, como sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.
As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida
credibilidade, existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de
aplicações de carteira própria, que impedem a exposição a riscos considerados
relevantes.
A empresa não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos
riscos de taxa de juro
Risco liquidação e custódia
119
A 31 de Dezembro de 2010, a valorização das emissões integradas na Central da
Valores Mobiliários, gerido pela Interbolsa (custódia) ascendia a Euros
319.292.886.5283.
Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os
procedimentos de controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os
riscos inerentes a estas operações.
1.23 Fluxos de caixa
O método utilizado para a apresentação dos fluxos de caixa é o método indireto.
2 Outros proveitos
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Ganhos / (Perdas) em imobilizações 19.882 1.879 - - Outros proveitos 286.567 319.293 244.849 346.444
306.449 321.175 244.849 346.444
3 Gastos com o pessoal
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Remunerações 5.933.222 4.872.767 3.724.059 2.798.462Encargos sociais obrigatórios 657.108 658.209 357.471 370.239Encargos com pensões e Benefícios aos empregados 309.608 229.036
187.000 128.209
Trabalhadores temporários 14.671 19.479 14.671 19.480Formação 74.521 52.538 38.112 24.674Alocação de custos com o pessoal do Grupo 342.837 174.154 342.837 174.154Outros custos 815.097 787.126 748.367 684.296
8.147.064 6.793.309 5.412.517 4.199.514
3 A valorização das emissões representativas de dívida é calculada com base no valor nominal. Para as restantes emissões o cálculo é baseado no último preço de fecho para os valores cotados ou no valor nominal para os valores não cotados. Nas unidades de participação não admitidas à negociação a valorização é calculada com base no preço de subscrição. No que se refere às emissões de warrants, certificados e outros valores similares não é apresentada a valorização das emissões.
120
O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros dos Órgãos Sociais da
Euronext Lisbon, no exercício findo em Dezembro 2010, registado na rubrica Gastos
com pessoal, foi de Euros 1.387.278 (2009: Euros 1.093.821).
O número de trabalhadores ao serviço do Grupo Euronext no final dos exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, distribuído por departamentos, foi o seguinte:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Mercado a contado 8 8 8 8Mercado de derivados 1 1 1 1Liquidação e custódia 11 11 - -Suporte – Administrativo e financeiro 5 9 2 5Suporte – Jurídico 5 5 3 3Suporte – Informática 20 20 1 1Suporte – Recursos humanos 3 3 3 3Suporte – Relações públicas 1 1 1 1Suporte – Serviços gerais 3 3 3 3Outros (incluindo requisitados e expatriados)
12 13 10 11
69 74 32 36
4 Amortizações do exercício
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Ativos tangíveis: Edifícios - 24.739 - 24.739Equipamento informático 69.737 101.998 35.816 54.298Equipamento de transporte 115.444 137.968 69.991 96.153Equipamento administrativo 52.384 46.023 24.494 25.847Outros ativos tangíveis 80.930 61.536 31.168 19.833
318.495 372.264 157.469 220.870
121
5 Gastos com tecnologias de informação
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Subcontratos e manutenção de hardware 232.938 312.381 232.938 312.381Licenças e manutenção de software 1.260.781 1.105.687 415.894 318.934Outros 122.320 95.160 122.320 95.160
1.616.039 1.513.228 771.152 726.475
6 Comunicações, consultoria e outros
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Material de consumo corrente 61.802 84.791 26.877 48.334Deslocações e estadias 314.203 313.175 235.843 236.891Comunicações 438.801 401.778 77.165 77.123Seguros 62.081 139.577 49.809 66.490Comunicação de dados 33.123 34.486 33.123 34.486Consultadoria jurídica 60.003 106.623 56.746 99.102Consultadoria fiscal e contabilística 90.090 185.380 65.405 158.185Consultadoria de recursos humanos 24.000 24.000 - -Outros serviços 649.350 492.849 282.760 276.180
1.733.453 1.779.659 827.728 996.791
Divulgação dos honorários do ROC
Durante o exercício de 2010, a Euronext Lisbon contratou serviços à
PricewaterhouseCoopers & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda,
(PwC) cujos honorários ascenderam a €61.204 para o Grupo e €39.734 para o Individual,
com a seguinte distribuição pelos diferentes tipos de serviços prestados: Grupo Individual Dez-10 Dez-10 Euros Euros
Serviços de revisão legal de contas e auditoria 49.704 30.234 Outros serviços que não de revisão ou auditoria
11.500 9.500
61.204 39.734
122
Serviços de revisão legal de contas
Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da auditoria e da revisão legal das
contas consolidadas do Grupo e das empresas em base individual, auditoria das
subsidiárias para efeitos de consolidação e outros serviços associados à revisão legal das
contas.
Outros serviços que não de revisão ou auditoria
Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito dos serviços que não de revisão ou
auditoria que são permitidos de acordo com as regras de independência definidas.
7 Equipamentos e instalações
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Rendas de edifícios 643.213 645.753 450.128 452.884Segurança 51.307 50.225 217 -Água, electricidade e combustíveis 22.821 30.173 124 -Serviços de limpeza e manutenção 46.928 52.719 27.747 22.975Outros 52.739 123.630 47.950 69.414
817.008 902.500 526.166 545.273
8 Marketing
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Eventos 98.060 64.834 98.060 64.834Patrocínios 85.404 39.350 85.404 39.350Apresentações e conferências - 17.610 - 17.610Outros 284 16.087 162 15.927
183.748 137.881 183.626 137.721
123
9 Outros gastos
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Taxas de supervisão 900.000 900.000 360.000 360.000 Outros 743.004 (525.075) 580.532
(642.063) 1.643.004 374.925 940.532 (282.063))
A rubrica Outros inclui os custos de estrutura central do Grupo no valor 479.215Euros
(2009: Euros (707.458)).
10 Resultado financeiro
O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Proveitos financeiros: Juros obtidos 412.454 973.440 237.209 555.952Diferenças de câmbio favoráveis 0 4.185 . 4.185
412.454 977.625 237.209
560.137
Gastos financeiros: Juros suportados 5.427 7.056 4.795 4.513Diferenças de câmbio desfavoráveis 5.696 - 5.696
11.123 7.056 10.491
4.513 Resultado financeiro 401.331 970.569 226.718 555.624
11 Ganhos em subsidiárias
Esta rubrica aplica-se apenas às contas individuais da Euronext Lisbon e refere-se aos
dividendos recebidos da sua subsidiária, Interbolsa – Sociedade gestora de Sistemas de
Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A.
124
12 Impostos
Os encargos com impostos são os seguintes:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Imposto corrente do exercício 5.862.888 5.541.395 1.626.366 2.100.799 Correcção de anos anteriores (38.892) (38.892) 5.823.996 5.541.395 1.587.474 2.100.799
Imposto diferido Diferenças temporárias 33.050 46.013 - 1.200
Imposto corrente sobre o rendimento 5.857.046 5.587.408 1.587.474 2.101.999 Reconciliação entre o custo do exercício e o saldo em balanço Custo do imposto corrente do exercício (1) 5.862.888 5.541.395 1.626.366 2.100.799 Pagamentos por conta (2) 4.806.822 5.366.481 1.762.857 2.750.217 Retenções na fonte (3) 24.445 193.094 - 93.407 Saldo corrente a pagar (receber) (1) - (2) - (3) 1.316.621 (18.180) (136.491) (742.825)
O valor de impostos sobre lucros do Grupo ascende a Euros 5.857.045, o que representa uma
taxa média de imposto de 29,28% do resultado consolidado antes de impostos (Dez 2009:
26,75%).
A diferença entre a taxa nominal de imposto sobre o rendimento a que a Euronext Lisbon se
encontra sujeita e a taxa média acima referida resulta dos ajustamentos considerados para
efeitos da determinação da matéria coletável, nos termos previstos na legislação aplicável.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC no Grupo é analisada como segue:
Dez 2010 Dez 2009 % Valor % Valor
Resultado antes de impostos 20.001.036 20.890.398 Taxa de imposto corrente 26,50% 5.300.275 26,50% 5.535.955 Tributação autónoma e benefícios fiscais dedutíveis à coleta
e custos não dedutíveis 2,78% 556.771 0,25% 51.453 29,28% 5.857.046 26,75% 5.587.408
125
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de IRC, em base individual, é
analisada como segue: Dez 2010 Dez 2009
% Valor % Valor
Resultado antes de impostos 14.785.754 16.901.194 Taxa de imposto corrente 26,50% 3.918.225 26,50% 4.478.816 Anulação do efeito do dividendo recebido (17,27%) (2.553.119) (14,32%) (2.419.613) Tributação autónoma e benefícios fiscais dedutíveis à coleta
e custos não dedutíveis 1,50% 222.368 0,25% 42.796 10,74% 1.587.474 12,44% 2.101.999
13 Ativos tangíveis
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Custo:
Imóveis:
Edifícios 186.046 186.046 123.694 123.694 Equipamento:
Informático 1.300.236 1.249.095 380.384 349.806 Transporte 691.099 766.959 476.134 546.036 Administrativo 969.809 956.956 519.902 519.902
Outros activos tangíveis 838.274 788.947 588.775 588.775 3.985.464 3.948.003 2.088.889 2.128.213
Amortizações acumuladas: (2.997.529) (2.881.879) (1.3.57.932) (1.315.550) Total Liquido 987.935 1.066.124 730.957 812.663
126
Os movimentos da rubrica ativos tangíveis, a 31 de Dezembro de 2010, para o Grupo, são
analisados como segue:
Saldo em
1 Janeiro
Aquisições/ Dotações Abates Regularizações/
Transferências Saldo em
31 Dezembro
Euros Euros Euros Euros Euros
Custo:
Imóveis: Edifícios 186.046 186.046
Equipamento:
Informático 1.249.094 54.728 (3.587) 1.300.236 Transporte 766.959 218.898 (294.759) 691.098 Administrativo 956.957 12.853 969.809
Outros activos tangíveis 788.947 49.327 - 838.274
3.948.003 335.806 298.346 3.985.463 Amortizações acumuladas:
Imóveis:
Edifícios (166.412) - - (166.412) Equipamento:
Informático (1.174.761) (69.737) 3.587 (1.240.910)Transporte (581.271) (115.445) 199.259 (497.458)Administrativo (773.073) (52.384) - (825.457)
Outros activos Tangíveis (186.362) (80.929) - (267.291)
(2.881.879) (318.495) 202.846 (2.927.528) Total Liquido: 1.066.124 17.311 (95.500) 987.935
127
Os movimentos da rubrica Activos tangíveis, a 31 de Dezembro de 2010, em base
individual, são analisados como segue:
Saldo em 1 Janeiro
Aquisições/ Dotações Abates Regularizações/
Transferências Saldo em
31 Dezembro
Euros
Euros Euros Euros Euros Custo:
Imóveis: Edifícios 123.694 - - - 123.694
Equipamento:
Informático 349.806 31.465 (3.587) 380.384 Transporte 546.036 137.098 (207.000) 476.134 Administrativo 519.903
Outros activos tangíveis 588.775 - -
2.128.214 171.263 (210.587) 2.0888.889 Amortizações acumuladas:
Imóveis:
Edifícios (104.060) - - (104.060) Equipamento:
Informático (307.263) (31.816) 3.587 (335.491)Transporte (385.353) (69.991) 111.500 (343.844)Administrativo (442.498) (24.494) - (466.992)
Outros activos tangíveis (76.377) (31.168) (107.545)
(1.315.551) (157.469) 115.087 1.357.932 Total Liquido:
812.663
13.794
(95.500)
730.957
As locações, a 31 de Dezembro de 2010, para o Grupo, em termos de prazos residuais
são apresentadas como segue: Locações
Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros
Rendas vincendas 87.813 132.919 - 220.732Juros vincendos 9.086 13.115 22.201Valores residuais 24.961 76.111 101.072
121.860 222.145 344.005
128
As locações, a 31 de Dezembro de 2009, para o Grupo, em termos de prazos residuais
são apresentadas como segue:
Locações
Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros
Rendas vincendas 104.885 114.067 - 218.952Juros vincendos 4.231 8.256 - 12.487Valores residuais 27.118 92.727 - 119.845
136.234 215.050 - 351.284
As locações, a 31 de Dezembro de 2010, em base individual, em termos de prazos
residuais são apresentadas como segue: Locações
Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros
Rendas vincendas 55.177 84.330 - 139.557 Juros vincendos 5.937 8.448 - 14.385 Valores residuais 5.000 59.803 - 64.803
66.114 152.631 - 218.745
As locações, a 31 de Dezembro de 2009, em base individual, em termos de prazos
residuais são apresentadas como segue:
Locações
Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros
Rendas vincendas 71.785 97.011 - 168.796 Juros vincendos 3.642 8.039 - 11.681 Valores residuais 13.833 72.931 - 86.764
89.260 177.981 - 267.241
129
14 Activos intangíveis
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Custo:
“Software” 1.104.609 1.104.609 63.268 63.268
Amortizações acumuladas:
“Software” (1.104.609) (1.104.609) (63.268) (63.268)
Total Liquido: - - - -
Os movimentos da rubrica Activos intangíveis, a 31 de Dezembro de 2010, para o
Grupo, são analisados como segue: Saldo em
1 Janeiro
Abates/aquisições/transferências
Saldo em
31 Dezembro
Euros Euros
Euros
Custo:
“Software” 1.104.609 - 1.104.609 Amortizações acumuladas:
“Software” (1.104.609) - (1.104.609) Total Liquido: - - -
15 Investimentos em subsidiárias
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual
Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009 Euros Euros Euros Euros
Não cotadas Interbolsa - - 5.500.000 5.500.000Fundo de garantia 266.358 266.358 266.358 266.358 266.358 266.358 5.766.358 5.766.358
130
Os principais indicadores da Subsidiária são analisados como segue:
Activos Passivos Proveitos Resultado líquido
Euros Euros Euros Euros 31 de Dezembro de 2009
Interbolsa 23.015.982 2.381.572 18.721.082 9.634.410 31 de Dezembro de 2010
Interbolsa 24.498.324 2.918.204 20.479.680 10.580.120
A Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas
Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. foi constituída por escritur, de 10 de
Fevereiro de 2000, lavrada no 1º. Cartório Notarial de Lisboa, conforme deliberação da
Assembleia-Geral da Interbolsa - Associação para a Prestação de Serviços às Bolsas de
Valores, de 20 de Dezembro de 1999, e nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 394/99,
de 13 de Outubro, e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª. Série), de 8 de Novembro, sendo
atualmente detida a 100% pela Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados
Regulamentados, S.A..
A sua atividade consiste na gestão de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados
de valores mobiliários.
Em 31 de Dezembro de 2010, o perímetro de consolidação da Euronext Lisbon é
apresentado conforme segue:
16 Ativos financeiros disponíveis para venda
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Acções 1.250 1.250 - -Euronext Brussels 2.937.406 3.076.814 2.937.406 3.076.814
2.938.656 3.078.064 2.937.406 3.076.814
Empresa Sede Capital MoedaActividade económica
% Controlo da Euronext
Método de
consolidação
Interbolsa Porto 5.500.000 Euros
Gestão de sistemas de liquidação 100%
Integral
131
17 Impostos diferidos activos
Os ativos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de
2009 gerados por diferenças temporárias são analisados como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Ativos tangíveis 4.962 7.452 603 603Provisões 575 240 - -Pensões de reforma - 30.895 - -
5.537 38.587 603 603
Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos, para o Grupo e em base individual,
em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, são os seguintes: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Saldo em 1 de Janeiro 38.587 84.600 603 1.803
Encargos do exercício (33.050) (46.013) - (1.200)
Saldo em 31 de Dezembro 5.537 38.587 603 603
18 Devedores e outros activos
Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Devedores correntes:
Existências 209.289 209.289 209.289 209.289Outros devedores correntes 6.073.383 6.073.139 3.749.073 3.388.853
6.282.672 6.282.428 3.958.362 3.598.142 Devedores não correntes 349.579 466.801 334.727 451.727 6.632.251 6.209.392 4.293.089 4.049.869 Imparidade para devedores (25.849) (22.645) (12.500) (12.500)Imparidade para existências (156.933) (156.933) (156.933) (156.933) (182.782) (179.578) (169.433) (169.433) 6.449.469 6.029.814 4.123.656 3.880.436
132
Os movimentos da imparidade para devedores são analisados como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Imparidade para devedores: Saldo em 1 de Janeiro 22.645 389.763 12.500 381.363 Dotação do exercício 3.577 2.757 - - Reversão do exercício (373) (369.875) - (368.863) Saldo em 31 de Dezembro 25.849 22.645 12.500 12.500
Os movimentos da imparidade para existências são analisados como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Imparidade para existências: Saldo em 1 de Janeiro 156.933 156.933 156.933 156.933 Dotação do exercício - - - - Reversão do exercício - - - - Saldo em 31 de Dezembro 156.933 156.933 156.933 156.933
19 Caixa e depósitos a curto prazo
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Numerário: Caixa 209 871 209 871
Depósitos bancários: Depósitos à ordem 44.850.606 43.537.484 23.341.257 22.963.575Depósitos a curto prazo (<= 3 meses) 400.000 - -
45.250.815 43.538.355 23.341.466 22.964.446
133
20 Depósitos a prazo
A análise da rubrica Depósitos a prazo pelo período remanescente das operações é a
seguinte:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros 3 meses até 6 meses - - - -6 meses até 1 ano - - - - -
21 Capital
O capital de Euros 8.750.000, representado por 8.750.000 acções de valor nominal de 1
Euro cada uma, encontra-se integralmente realizado.
O capital da Euronext Lisbon, em 31 de Dezembro de 2010, é detido em 100% pela
Euronext N.V..
Os resultados por acção (EPS) atribuíveis ao acionista da Euronext Lisbon são
analisados como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Resultado líquido 14.143.990 15.302.990 13.198.280 14.799.195 N.º de acções 8.750.000 8.750.000 8.750.000 8.750.000 Resultado por acção (Básico) 1,616 1,749 1,508 1,691
O Grupo Euronext calcula o seu resultado básico por acção usando o número de acções
durante o período de relato.
134
22 Reservas
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Reserva legal 14.249.998 13.394.314 8.749.998 7.894.314Outras reservas - - - -Reserva de reavaliação 580.220 703.115 580.220 703.115Outros instrumentos de capital - 643.716 - 643.716 14.830.218 14.741.145 9.330.218 9.241.145
Reserva legal
Em conformidade com o artigo 32º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 8-D/2002, de 15 de Janeiro
a reserva legal é obrigatoriamente dotada com um mínimo de 10% dos lucros anuais até
à concorrência de um valor equivalente a 100% do capital da sociedade, de acordo com
Decreto-Lei 357 de 2007. Esta reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou
no aumento do capital social.
Em Outros instrumentos de capital encontrava-se registado em 2009 o montante
referente ao plano de remuneração com acções que, decorrente das alterações do IFRS 2
se encontra, em 2010 registado em Prémios de emissão.
23 Benefícios aos colaboradores
Planos de benefícios definidos
Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, o número de participantes
abrangidos por este plano de pensões de reforma era o seguinte:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Número de participantes Reformados e pensionistas 10 8 9 7 Pessoal no ativo 69 72 32 36 Ex-funcionários 82 80 72 71 161 160 113 114
135
As quantias reconhecidas no balanço durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e
31 de Dezembro de 2009 são analisados como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Valor presente das obrigações com fundo
10.530.105
9.165.806
7.751.873
6.753.167
Justo valor dos activos do plano (9.180.862) (8.711.001) (6.669199) (6.471.778) 1.394.243 454.805 1.082.674 281.389 Ganhos / (perdas) actuariais não reconhecidos (1.160.673) (45.052) (853.296) 11.779 Passivo líquido no balanço 188.570 409.753 229.378 293.168
Os movimentos no passivo líquido reconhecido no balanço durante os exercícios findos em 31
de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 são analisados como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Passivo líquido no início do ano 409.752 380.717 293.167 164.959
Gasto líquido reconhecido na demonstração dos resultados 308.819 229.036
186.211 128.209
Contribuições para o fundo (530.000) (200.000) (250.000) - Passivo líquido no fim do exercício 188.571 409.753 229.378 164.959
Em 31 de Dezembro de 2009, a Euronext Lisbon, para o Grupo, registou como custo
com pensões de reforma o montante de Euros 308.819 (Dez 2009: Euros 229.036).
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010, a Euronext Lisbon de forma a
estimar os custos referentes ao plano de pensões utilizou uma projeção efetuada por
136
uma consultora independente (Mercer). A análise do custo do exercício é apresentada
como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Custo dos serviços correntes 242.643 187.000 139.878 106.000
Custo dos juros 457.160 427.000 336.705 315.000
Rendimento esperado dos activos (390.984) (341.000) (290.372) (259.000)
Ganhos e perdas actuariais - (43.964) - (33.791) Custo do exercício 308.819 229.036 186.211 128.209
A análise comparativa dos pressupostos atuariais é analisada como segue:
Dez 2010 Dez 2009
Taxa de crescimento salarial 2.55% 2.55%
Taxa de crescimento das pensões 2,00% 2,00%
Taxa de rendimento do fundo 4,50% 6,34%
Taxa de desconto 4,75% 5,00%
Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90
Tábua de invalidez EVK 1980 EVK 1980
Idade de reforma 65 anos 65 anos
Decrementos utilizados 100% da EVK 1980 100% da EVK 1980
Os pressupostos de base utilizados no cálculo do valor atuarial das responsabilidades
estão de acordo com os requisitos definidos pela IAS 19.
Planos de remunerações com ações
A Euronext tem um plano de opções de compra com ações, o “Euronext Stock Option
2004”, as opções sobre ações podem ser exercidas entre 24 de Dezembro de 2007 e 24
de Dezembro de 2011 no caso de o colaborador continuar nos quadros da Euronext, e se
o “Earning Per Share” tiver excedido o índice representativo do custo de vida em 4% ou
mais. As ações em carteira serão utilizadas quando as opções forem exercidas.
O preço de exercício de cada opção é calculado com base no preço de mercado da ação
na data da atribuição da opção, sendo a maturidade máxima de cada opção de sete anos.
137
O plano actual é apresentado como segue:
Euronext Stock Option 2004
Data de atribuição 24.Dez.2004 N.º de acções 14.000 Período 7 anos Preço de exercício após a conversão em acções NYSE/Euronext (em Euros)
17,63
Opções por exercer a 1 de Janeiro de 2010 7.579
Opções por exercer a 31 de Dezembro de 2010 7.579
Opções passíveis de exercício a 31 de Dezembro de 2010 7.579
24 Provisões
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Provisões para Passivos Correntes - - - - Provisões para Passivos não Correntes 97.450 99.778 97.450 99.778
97.450 99.778
97.450 99.778
Os movimentos da provisão para outros riscos e encargos são analisados como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros Saldo em 1 de Janeiro 99.778 218.324 99.778 218.324 Dotação do exercício - - - - Reversão do exercício (2.328) (118.546) (2.328) (118.546) Saldo 97.450 99.778 97.450 99.778
138
25 Credores e outros passivos
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009
Euros Euros Euros Euros
Credores correntes 5.768.240 5.347.697 3.977.340 3.807.355 Credores não correntes - - - -
5.768.240 5.347.697 3.977.340 3.807.355
26 Justo valor de ativos e passivos financeiros
A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, para o Grupo,
contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como
segue:
Dez 2010 Dez 2009
Valor contabilístico Justo valor Diferença Valor
contabilístico Justo valor Diferença
Euros Euros Euros Euros Euros Euros
Activos financeiros: Activos financeiros disponíveis para venda (ver nota 16) 2.938.656 2.938.656 - 3.078.064 3.078.064 -Devedores e outros activos (ver nota 18) 6.449.469 6.449.469 - 6.029.814 6.029.814 -Caixa e depósitos a curto prazo (ver nota 19) 45.250.815 45.250.815 - 43.538.355 43.538.355
-
Depósitos a prazo (ver nota 20) - - - - -
-
Passivos financeiros: Credores e outros passivos (ver nota 25) 5.768.240 5.768.240 - 5.347.697 5.347.697 -
A decomposição dos activos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, em base
individual, contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é
analisado como segue:
139
Dez 2010 Dez 2009
Valor contabilístico Justo valor Diferença Valor
contabilístico Justo valor Diferença
Euros Euros Euros Euros Euros Euros
Activos financeiros: Activos financeiros disponíveis para venda (ver nota 16) 2.937.406 2.937.406 - 3.076.814 3.076.814 -Devedores e outros activos (ver nota 18) 4.123.656 4.123.656 - 3.880.436 3.880.436 -Caixa e depósitos a curto prazo (ver nota 19) 23.341.466 23.341.466 - 22.964.446 22.964.446
-
Depósitos a prazo (ver nota 20) - - - - -
-
Passivos financeiros: Credores e outros passivos (ver nota 25) 3.977.340 3.977.340 - 3.807.355 3.807.355 -
Atendendo ao prazo extremamente curto associado às rubricas acima mencionadas, com
excepção dos activos financeiros disponíveis para venda, o valor de balanço é uma
razoável estimativa do seu justo valor.
140
27 Partes relacionadas
Resumem-se como segue os saldos da Euronext Lisbon, em 31 de Dezembro 2010 e 31
de Dezembro 2009 relativas às transacções em partes relacionadas:
Balanço
Dez 2010
Dez 2009
Ativos Não Correntes:
Euronext Brussels 2.937.406 2.431.946
Interbolsa 5.500.000 5.500.000
Fundo Garantia 266.358 266.358
Ativos Correntes:
Euronext Amsterdam NV 631.557 -
Euronext NV 332.080 2.225.054
Euronext Paris 23.637.687 22.388.500
Euronext Brussels 154.450 -
Nyse Techonology Paris 12.203 46.000
Passivos Correntes:
Euronext Amsterdam NV 12.875 (161.476)
Euronext Brussels - (15.210)
Euronext NV 1.639.988
Euronext Paris (487) 25.923
Nyse Techonology Paris 1.971.273 -
Market Inc 185.966 75.636
Euronext France IP SAS 92.883
Euronext France Holding SAS 65.120 35.837
Euronext IP Netherlands BV 181.781
Liffe Administration & Manag. 4.889
Liffe Holdings Plc 76.464 (406.437)
Total 31.155.641 31.388.933
141
Demonstração de resultados
Dez 2010
Dez 2009
Prestação de Serviços:
Euronext Amsterdam NV 16.148 -
Euronext NV 1.884.978 2.214.155
Interbolsa 164.980 269.534
Euronext Paris 187.380 -
Nyse Techonology Paris 46.000
Gastos e Perdas:
Euronext Amsterdam NV (615.409) (701.909)
Euronext Brussels (154.450) (138.489)
Euronext NV - 3.354
Euronext Paris (804.105) 792.393
Nyse Techonology SAS 1.959.070
Liffe Administration & Manag 4.897
Liffe Holdings Plc 81.906 (659.453)
Market Inc 362.365 138.317
Euronext France IP SAS 317.765 92.883
Euronext IP Netherlands BV 181.781
Euronext France Holding SAS 14.574 35.837
Resultado Financeiro:
Euronext Paris 64.694 91.741
Interbolsa 9.634.410 9.130.615
Total 10.785.977 12.007.331
28 Normas contabilísticas recentemente emitidas
Normas contabilísticas, alterações e interpretações com aplicação obrigatória em
2010 relevantes para a Euronext:
As normas e interpretações (novas ou revistas) refletidas nas demonstrações financeiras,
com referência a 31 de Dezembro de 2010, foram as seguintes:
IFRS 2 (Alterações) – Pagamento com Base em Ações
142
Normas contabilísticas, alterações e interpretações com aplicação obrigatória em
2010 mas não relevantes para a Euronext:
As seguintes normas, alterações e interpretações são obrigatórias para períodos
contabilísticos com início a partir de 1 de Janeiro de 2010 mas que não são relevantes
para a actividade da Sociedade:
IFRS 1 (Alterações) – Adoção pela primeira vez das normas internacionais de relato
financeiro;
IFRS 3 (Revista) – Concentrações de atividades empresariais
IFRS 5 (Alterações) – Ativos não correntes detidos para venda e operações
descontinuadas
IFRS 8 (Alterações) – Segmentos Operacionais
IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras
IAS 7 – Demonstrações dos Fluxos de Caixa
IAS 17 - Locações
IAS 18 - Rédito
IAS 27 (Revista) – Demonstrações financeiras consolidadas e individuais tem impato
nestas normas
IAS 36 – Imparidade de Ativos
IAS 38 – Ativos Intangíveis
IAS 39 (Alterações) – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração;
intituladas “Itens elegíveis para cobertura”
IFRIC 9 – Reavaliação de Derivados Embutidos
IFRIC 12 (Alterações) - Acordos de Concessão de Serviços
IFRIC 14; IAS 19 – Limite de Ativos de Benefícios Definidos, Requisitos de
Financiamento Mínimos e a sua Interação
IFRIC 13 - Programas de Fidelidade do Cliente
IFRIC 15 (Novo) – Acordos para a Construção de Imóveis
IFRIC 16 – Cobertura de um Investimento Líquido numa Uunidade Operacional
Estrangeira
IFRIC 17 (Novo) – Distribuição aos Proprietários de Ativos que não são Caixa
IFRIC 18 (Novo) – Transferência de Ativos Provenientes de Clientes
143
A aplicação destas novas normas e interpretações não terão um impato material nas
demonstrações financeiras da Sociedade.
Normas contabilísticas, alterações e interpretações emitidas, mas sem aplicação
obrigatória no exercício de 2010:
A Euronext optou por não aplicar as normas contabilísticas, alterações e interpretações
recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 31 de Dezembro de 2010:
IAS 1 (Revista) - Apresentação de Demonstrações Financeiras
IAS 24 (Revista) - Divulgações de Partes Relacionadas
IAS 27 (Revista) – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas
IAS 32 – Instrumentos Financeiros: Apresentação
IAS 34 (Alterações) – Relato Financeiro Intercalar
IFRS 1 (Alterações) - Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato
Financeiro
IFRS 3 (Alterações) – Concentrações de Atividades Empresariais
IFRS 7 (Alterações) – Instrumentos Financeiros: Divulgações
IFRS 9 (Novo) – Instrumentos Financeiros: Classificação e Mensuração
IFRIC 13 (Alterações) – Programas de Fidelidade do Cliente
IFRIC 14 (Alterações): Pagamentos Antecipados de Requisitos de Financiamento
Mínimos
IFRIC 19 (Novo) - Extinção de Passivos Financeiros através de Instrumentos de Capital
29 Gestão de Capital
Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior
amplitude que o da rubrica de “capital próprio” que figura no balanço, a Entidade
estabelece os seguintes objetivos quanto a esta matéria:
• Cumprir os requisitos de capital definidos pelo Regulador do setor onde a Entidade
opera;
144
• Assegurar que a capacidade de continuidade da Entidade é continuamente tida em
consideração ,de modo a que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios
aos acionistas; e
• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua atividade.
A adequacidade de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados
regularmente pela gestão do Grupo. A informação exigida é enviada à CMVM numa
base mensal.
A CMVM exige que as entidades gestoras disponham dos fundos próprios necessários
para assegurar o disposto no artigo 32º do Decreto-Lei nº 357-C/2007, de 31 de
Outubro: (a) os fundos próprios têm de atingir um nível mínimo que será o dobro do
capital social mínimo exigível; (b) o passivo tem de ser a todo o momento inferior aos
seus fundos próprios.
O Grupo e as suas empresas individuais cumprem com todos os requisitos de capital
estabelecidos externamente e aos quais se encontram sujeitos.
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
José Chaveiro Luís Laginha de Sousa Dominique Cerutti Vincent Van Dessel Garry Jones Cees Vermaas Roland Bellegarde
145
8 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS DA EURONEXT
LISBON
Em 31 de Dezembro de 2010, a composição dos órgãos sociais da Euronext Lisbon era
a seguinte:
Mesa da Assembleia-Geral
Presidente Rui Chancerelle de Machete
Secretário Pedro Rodrigues Pinto
Conselho de Administração
Presidente Luís Laginha de Sousa
Vogal Dominique Cerutti
Vogal Vincent Van Dessel
Vogal Garry Jones
Vogal Cees Vermaas
Vogal Roland Bellegarde
Secretária da Sociedade
Secretária Isabel Vidal
Fiscal Único
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados –
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, inscrita na Câmara dos Revisores
Oficiais de Contas sob o n.º 183, representada por António Alberto Henrique Assis ou
José Manuel Henriques Bernardo.
Fiscal Único Suplente
O Revisor Oficial de Contas Jorge Manuel Santos Costa, inscrito na Câmara dos
Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 847.
146
9 ENVOLVENTE NORMATIVA
• Decreto-Lei n.º 2/2010. D.R. n.º 2, Série I de 2010-01-05
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Aprova o processo de reprivatização da totalidade do capital social do Banco
Português de Negócios, S. A.
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 6/2010. D.R. n.º 18, Série I de 2010-01-27
Presidência do Conselho de Ministros
Autoriza a emissão de dívida pública, em execução da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de
Dezembro, alterada pela Lei n.º 118/2009, de 30 de Dezembro, e do Regime Geral da
Emissão e Gestão da Dívida Pública, aprovado pela Lei n.º 7/98, de 3 de Fevereiro.
• Decreto-Lei n.º 12/2010. D.R. n.º 35, Série I de 2010-02-19
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Cria as sociedades financeiras de microcrédito.
• Lei n.º 2/2010. D.R. n.º 51, Série I de 2010-03-15
Assembleia da República
Altera o artigo 22.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro
• Resolução Assembleia da República n.º 29/2010. D.R. n.º 70, Série I de 2010-04-12
Assembleia da República
Programa de Estabilidade e Crescimento para 2010-2013
• Lei n.º 3/2010. D.R. n.º 81, Série I de 2010-04-27
Assembleia da República
Estabelece a obrigatoriedade de pagamento de juros de mora pelo Estado pelo atraso
no cumprimento de qualquer obrigação pecuniária
• Lei n.º 3-A/2010. D.R. n.º 82, Suplemento, Série I de 2010-04-28
Assembleia da República
Grandes Opções do Plano para 2010-2013.
147
• Lei n.º 3-B/2010. D.R. n.º 82, Suplemento, Série I de 2010-04-28
Assembleia da República
Orçamento do Estado para 2010.
• Decreto-Lei n.º 45/2010. D.R. n.º 88, Série I de 2010-05-06
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Estabelece os requisitos de adequação de fundos próprios aplicáveis às empresas de
investimento e às instituições de crédito, alterando o Decreto-Lei n.º 103/2007, de 3 de
Abril, e define as obrigações relativas ao nível mínimo de fundos próprios e aos limites
aos grandes riscos numa base individual, alterando o Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de
Abril.
• Lei n.º 8-A/2010. D.R. n.º 96, Suplemento, Série I de 2010-05-18
Assembleia da República
Aprova um regime que viabiliza a possibilidade de o Governo conceder empréstimos,
realizar outras operações de crédito ativas a Estados membros da zona euro e prestar
garantias pessoais do Estado a operações que visem o financiamento desses Estados,
no âmbito da iniciativa para o reforço da estabilidade financeira.
• Decreto-Lei n.º 49/2010. D.R. n.º 97, Série I de 2010-05-19
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Consagra a admissibilidade de ações sem valor nominal, reforça o regime de exercício
de certos direitos de acionistas de sociedades cotadas e transpõe a Directiva n.º
2007/36/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Julho, e parcialmente a
Directiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de
Dezembro.
• Decreto-Lei n.º 52/2010. D.R. n.º 102, Série I de 2010-05-26
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Aprova normas processuais e critérios para a avaliação prudencial dos projectos de
aquisição e de aumento de participações qualificadas em entidades do setor financeiro,
transpondo a Directiva n.º 2007/44/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de
Setembro.
148
• Resolução do Conselho Ministros n.º 40/2010. D.R. n.º 112, Série I de 2010-06-11
Presidência do Conselho de Ministros
Cria um novo instrumento representativo de dívida pública, designado por Certificados
do Tesouro.
• Resolução do Conselho Ministros n.º 41/2010. D.R. n.º 112, Série I de 2010-06-11
Presidência do Conselho de Ministros
Autoriza a emissão de dívida pública, em execução do Orçamento do Estado, aprovado
pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, e do Regime Geral da Emissão e Gestão da
Dívida Pública, aprovado pela Lei n.º 7/98, de 3 de Fevereiro.
• Lei n.º 11/2010. D.R. n.º 114, Série I de 2010-06-15
Assembleia da República
Introduz uma nova taxa de IRS (no valor de 45 %) para sujeitos passivos ou agregados
familiares que obtenham rendimentos anuais superiores a (euro) 150 000.
• Decreto-Lei n.º 71/2010. D.R. n.º 117, Série I de 2010-06-18 (e Declaração de
Rectificação n.º 24/2010. D.R. n.º 159, Série I de 2010-08-17)
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Aprova o regime jurídico dos organismos de investimento colectivo em valores
mobiliários sob a forma societária e dos fundos de investimento imobiliário sob a
forma societária.
• Decreto-Lei n.º 72-A/2010. D.R. n.º 117, Suplemento, Série I de 2010-06-18
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2010.
• Decreto-Lei n.º 73/2010. D.R. n.º 118, Série I de 2010-06-21
Ministério das Finanças e da Administração Pública
No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 130.º da Lei n.º 3-B/2010, de
28 de Abril, aprova o Código dos Impostos Especiais de Consumo, transpondo a
Directiva n.º 2008/118/CE, do Conselho, de 16 de Dezembro.
Decreto-Lei n.º 77/2010. D.R. n.º 121, Série I de 2010-06-24
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Regula a eliminação de vários regimes temporários, no âmbito da concretização de
medidas adicionais do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2010-2013.
149
• Portaria n.º 454-A/2010. D.R. n.º 124, Suplemento, Série I de 2010-06-29
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Aprova a declaração do modelo n.º 39 «Rendimentos e retenções a taxas liberatórias» e
respectivas instruções de preenchimento.
• Lei n.º 12-A/2010. D.R. n.º 125, Suplemento, Série I de 2010-06-30
Assembleia da República
Aprova um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam
reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida
pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
• Decreto-Lei n.º 92/2010. D.R. n.º 143, Série I de 2010-07-26
Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento
Estabelece os princípios e as regras necessárias para simplificar o livre acesso e
exercício das atividades de serviços e transpõe a Directiva n.º 2006/123/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro.
• Lei n.º 15/2010. D.R. n.º 143, Série I de 2010-07-26
Assembleia da República
Introduz um regime de tributação das mais-valias mobiliárias à taxa de 20 % com
regime de isenção para os pequenos investidores e altera o Código do Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares e o Estatuto dos Benefícios Fiscais.
• Resolução da Assembleia República n.º 82/2010. D.R. n.º 147, Série I, 2010-07-30
Assembleia da República
O «regime de caixa» de exigibilidade do IVA - generalização dos regimes especiais de
exigibilidade às microempresas.
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 57-A/2010. D.R. n.º 158, 2.º Suplemento,
Série I de 2010-08-16
Presidência do Conselho de Ministros
Fixa as condições concretas da 5.ª fase do processo de reprivatização da Galp Energia,
SGPS, S. A.
150
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 57-B/2010. D.R. n.º 158, 2.º Suplemento,
Série I de 2010-08-16
Presidência do Conselho de Ministros
Aprova o caderno de encargos do concurso público de reprivatização do BPN - Banco
Português de Negócios, S. A.
• Lei n.º 20/2010. D.R. n.º 163, Série I de 2010-08-23
Assembleia da República
Alarga o conceito de pequenas entidades para efeitos da aplicação do Sistema de
Normalização Contabilística (SNC) - primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 158/2009,
de 13 de Julho.
• Decreto do Presidente da República n.º 91/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02
Presidência da República
Ratifica a Convenção entre a República Portuguesa e a República da Moldova para
Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o
Rendimento, assinada em Lisboa em 11 de Fevereiro de 2009.
• Lei n.º 35/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02
Assembleia da República
Simplificação das normas e informações contabilísticas das microentidades.
• Lei n.º 36/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02
Assembleia da República
Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (21.ª
alteração ao Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro).
• Lei n.º 37/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02
Assembleia da República
Derrogação do sigilo bancário (21.ª alteração à Lei Geral Tributária, aprovada pelo
Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de Dezembro, e 2.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 62/2005,
de 11 de Março).
• Resolução da Assembleia República n.º 106/2010 D.R. n.º 171, Série I, 2010-09-02
Assembleia da República
Aprova a Convenção entre a República Portuguesa e a República da Moldova para
Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o
Rendimento, assinada em Lisboa em 11 de Fevereiro de 2009.
151
• Portaria n.º 946/2010. D.R. n.º 185, Série I de 2010-09-22
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Primeira alteração à Portaria n.º 1219-A/2008, de 23 de Outubro, que regulamenta a
concessão extraordinária de garantias pessoais pelo Estado, no âmbito do sistema
financeiro.
• Decreto-Lei n.º 105/2010. D.R. n.º 192, Série I de 2010-10-01
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Aprova a 8.ª fase de reprivatização do capital social da EDP-Energias de Portugal, SA
• Resolução do Conselho Ministros n.º 79/2010. D.R. n.º 198, Série I de 2010-10-12
Presidência do Conselho de Ministros
Fixa as condições concretas da 8.ª fase do processo de reprivatização da EDP- Energias
de Portugal, S. A.
• Resolução do Conselho Ministros n.º 80/2010. D.R. n.º 198, Série I de 2010-10-12
Presidência do Conselho de Ministros
Prorroga o prazo para a apresentação das propostas no âmbito do concurso público de
reprivatização do BPN - Banco Português de Negócios, S. A.
• Aviso n.º 300/2010. D.R. n.º 216, Série I de 2010-11-08
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Torna público terem sido emitidas notas, em 28 de Outubro de 2009 e em 14 de
Setembro de 2010, respetivamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da
Moldova e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, em que se
comunica terem sido cumpridas as respetivas formalidades constitucionais internas de
aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e a República da Moldova para
Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o
Rendimento, assinada em Lisboa em 11 de Fevereiro de 2009.
• Lei n.º 50/2010. D.R. n.º 236, Série I de 2010-12-07
Assembleia da República
Primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de
Junho, que estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2010.
152
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Altera o Código do IVA e o Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, ao
abrigo da autorização legislativa constante do artigo 129.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28
de Abril, e transpõe o artigo 3.º da Directiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de
Fevereiro, a Diretiva n.º 2009/69/CE, do Conselho, de 25 de Junho, e a Directiva n.º
2009/162/UE, do Conselho, de 22 de Dezembro.
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 101-A/2010. D.R. n.º 249, Suplemento,
Série I de 2010-12-27
Presidência do Conselho de Ministros
Concretiza medidas de consolidação orçamental previstas na lei do Orçamento do
Estado para 2011 e no Programa de Estabilidade e Crescimento e implementa um
sistema especial de controlo trimestral da despesa pública para o ano de 2011.
• Decreto-Lei n.º 137/2010. D.R. n.º 250, Série I de 2010-12-28
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Aprova um conjunto de medidas adicionais de redução de despesa com vista à
consolidação orçamental prevista no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC)
para 2010-2013.
• Portaria n.º 1315/2010. D.R. n.º 250, Série I de 2010-12-28
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Determina quais as atividades económicas que podem ser objeto das operações de
microcrédito bem como os montantes máximos dos respetivos financiamentos.
• Decreto-Lei n.º 140-A/2010. D.R. n.º 252, 2.º Suplemento, Série I de 2010-12-30
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Visa reforçar a solidez do sistema financeiro, transpondo as Diretivas n.os
2009/111/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Setembro, 2009/27/CE,
da Comissão, de 7 de Abril, e 2009/83/CE, da Comissão, de 27 de Julho.
• Decreto-Lei n.º 140-B/2010. D.R. n.º 252, 2.º Suplemento, Série I de 2010-12-30
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Procede à transferência para o Estado das responsabilidades com pensões de
trabalhadores da PT Comunicações, S. A., oriundos dos Correios e Telecomunicações
de Portugal, E. P., e da Companhia Portuguesa Rádio Marconi, S. A.
• Lei n.º 55-A/2010. D.R. n.º 253, Suplemento, Série I de 2010-12-31
Assembleia da República
Orçamento do Estado para 2011.
153
• Portaria n.º 1331/2010. D.R. n.º 253, Série I de 2010-12-31 (e Declaração de
Rectificação n.º 39/2010. D.R. n.º 251, Série I de 2010-12-29)
Ministério das Finanças e da Administração Pública
Aprova as instruções de preenchimento da declaração modelo n.º 39, «Rendimentos e
retenções a taxas liberatórias», aprovado pela Portaria n.º 454-A/2010, de 29 de Junho.
154
REGULAMENTAÇÃO DA CMVM
REGULAMENTOS
• Regulamento da CMVM n.º 1/2010. D.R. n.º 21, Série II de 2010-02-01
Governo das Sociedades Cotada.
• Regulamento da CMVM n.º 2/2010. D.R. n.º 57, Série II de 2010-03-23
Regulamento da CMVM n.º 2/2010 - Sistema de Indemnização aos Investidores
(alteração ao regulamento da CMVM n.º 2/2000).
• Regulamento da CMVM n.º 3/2010. D.R. n.º 73, Série II de 2010-04-15
Deveres de conduta e qualificação profissional dos analistas financeiros e
consultores para investimento (alteração ao Regulamento da CMVM n.º 2/2007.
• Regulamento da CMVM n.º 4/2010. D.R. n.º 131, Série II de 2010-07-08
Deveres de informação de interesses a descoberto relevantes sobre ações.
• Regulamento da CMVM n.º 5/2010. D.R. n.º 197, Série II de 2010-10-11
Dever de divulgação de posições económicas longas relativas a ações (alteração ao
Regulamento da CMVM n.º 5/2008).
Instruções
• Instrução nº 1/2010
Revoga a Instrução da CMVM Nº 4/2006, sobre Deveres de Informação dos Emitentes.
155
REGULAMENTAÇÃO BANCO DE PORTUGAL
• Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2010. D.R. n.º 27, Série II de 2010-02-09
Estabelece, relativamente às instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal,
deveres de divulgação de informação sobre a política de remuneração dos respetivos
membros dos órgãos de administração e de fiscalização e de outros colaboradores
que possam ter impato material no perfil de risco das instituições.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2010. D.R. n.º 74, Série II de 2010-04-16
Estabelece os deveres mínimos de informação que devem ser observados pelas
instituições de crédito, com sede ou sucursal em território nacional, na negociação,
celebração e vigência de contratos de crédito à habitação e de crédito conexo.
Revoga a Instrução n.º 27/2003, do Banco de Portugal.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2010. D.R. n.º 74, Série II de 2010-04-16
Define o novo regime de contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito
Agrícola Mútuo por parte da Caixa Central e das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
pertencentes ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
• Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2010. D.R. n.º 215, Série II de 2010-11-05
Determina que o Banco de Portugal poderá fixar, através de instrução, uma
contribuição anual mínima para as instituições de crédito participantes no Fundo de
Garantia de Depósitos independentemente do volume de depósitos nelas constituídos
e abrangidos pela garantia.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2010. D.R. n.º 234, Série II de 2010-12-03
Estabelece, de forma proporcional, os requisitos de informação para efeitos de
comunicação de projetos de aquisição e de aumento de participação qualificada em
instituições de crédito, sociedades financeiras e empresas de investimento sujeitas à
supervisão do Banco de Portugal e revoga o Aviso n.º 3/94.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de
2010-12-31
156
Estabelece os elementos que podem integrar os fundos próprios das instituições
sujeitas a supervisão do Banco de Portugal e define as caraterísticas que os mesmos
devem revestir, revogando o Aviso n.º 12/92.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 7/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de
2010-12-31
Estabelece os limites à concentração de riscos perante um único cliente ou um grupo
de clientes ligados entre si, revogando o aviso do Banco de Portugal n.º 6/2007.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 8/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de
2010-12-31
Procede a alterações e aditamentos nos seguintes Avisos do Banco de Portugal: n.os
5/2007, 7/2007, 8/2007, 9/2007 e 10/2007.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 9/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de
2010-12-31
Atualiza o quadro regulamentar, para fins prudenciais, das operações de
titularização, na sequência das alterações introduzidas pela Diretiva n.º
2009/111/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Setembro.
157
REGULAMENTAÇÃO DA NYSE EURONEXT
HARMONIZADA
• Regulamento I
- Novos modelos dos mercados de warrants e certificados no contexto de migração
para a “Universal Trading Platform”, com efeitos a partir de 22 de Fevereiro de
2010.
- Harmonização das regras aplicáveis ao mercado a contado que venha a ser
constituído no Reino Unido, gerido pela NYSE Liffe A&M, com efeitos a partir de
12 de Abril de 2010.
- Harmonização das regras aplicáveis aos mercados de derivados de Amesterdão e de
Bruxelas, com efeitos a partir de 13 de Setembro de 2010
• Instrução 2-01
- Registo de representantes autorizados e pessoas responsáveis nos mercados de
valores mobiliários da Euronext, com efeitos a partir de 9 de Agosto de 2010.
• Instrução 4-01
- Alteração ao Manual de Negociação na sequência da migração dos mercados de
warrants e certificados no contexto de migração para a “Universal Trading
Platform”, com efeitos a partir de 22 de Fevereiro de 2010.
- Alteração da Instrução 4-01 no que concerne à alteração de parâmetros alocados aos
diferentes tipos de ordens, com efeitos a partir de 22 de Fevereiro 2010.
- Actualização dos grupos de negociação, com efeitos a partir de 3 de Maio de 2010.
- Alteração resultante da modificação do regime de cancelamento dos negócios, da
introdução de limites estáticos de variação de preços, do alargamento, com
adaptações, do regime dos preços de avaliação previstos para os segmentos dos
warrants, certificados, ETF, ETN e ETvs, com efeitos a partir de 12 de Julho de
2010.
• Instrução 4-01bis
- Renumeração da Instrução 4-01bis para Instrução 4-01, na sequência da revogação
da então Instrução 4-01 relativa ao sistema NSC, com efeitos a partir de 22 de
Fevereiro de 2010.
158
• Anexo à Instrução 4-01
- Criação de novo grupo de negociação destinado à negociação de emissões de dívida
denominadas em moeda diferente do euro, com efeitos a partir de 5 de Março de
2010.
- Actualização dos grupos de negociação, com efeitos a partir de 3 de Maio de 2010.
• Instrução 4-02
- Novo modelo dos mercados de warrants e certificados para a “Universal Trading
Platform”, de modo a incluir novas funcionalidades, com efeitos a partir de 22 de
Fevereiro de 2010.
• Instrução 5-02
- Implementação de política harmonizada de eventos societários, com efeitos a partir
de 13 de Setembro de 2010.
• Instrução 9-01
- Revisão da determinação dos escalões de valores fixos para prejuízos nos termos da
regra 9301/1 (II) (a) e (vi), com efeitos a partir de 22 de Fevereiro de 2010.
- Actualização dos escalões de valores fixos para os prejuízos suscetíveis de
ressarcimento que podem ser impostos a um membro, com efeitos a partir de 13 de
Setembro 2010.
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10 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
No exercício de 2010 a Euronext Lisbon, Sociedade Gestora de Mercados
Regulamentados, S.A. obteve um resultado líquido individual de 13.198.280,01 euros.
Nestes termos e no exercício da competência que lhe confere o artigo 19º dos estatutos,
o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do
exercício:
- Reserva legal (artigo 40.º, n.º 3, do D.L. n.º 357-c/2007, de 31 de Outubro): Na
medida em que o valor da reserva legal iguala o valor do capital social, não há lugar
à constituição de Reserva Legal.
- Lucros a distribuir sobre a forma de dividendos: 13.198.280,01 euros
Lisboa, 11 de Abril de 2011 O Conselho de Administração Luís Laginha de Sousa Dominique Cerutti Garry Jones Vincent van Dessel Cees Vermaas Roland Bellegarde
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