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NOTA • Aplicação do Decreto-Lei n.º 185/2009, de 12 de Agosto

A Euronext Lisbon enquanto sociedade gestora de mercados cumpre o regulamento

4/2007 da CMVM em vigor, pelo que apresentou o seu último Relatório sobre a

estrutura e as práticas de governo societário em 30 Junho de 2010, e irá apresentar o

próximo Relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário até 30 de Junho

de 2011.

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1 SÍNTESE DE INDICADORES 4

2 ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA 7

3 O ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 17

3.1 A Envolvente Internacional 17 3.1.1 Evolução Macroeconómica 17 3.1.2 Evolução Financeira 22

3.2 Conjuntura Nacional 33 3.2.1 Evolução Macroeconómica 33 3.2.2 Evolução Financeira 41

4 A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON 47

4.1 Movimentos de Valores Mobiliários 47 4.1.1 Admissões e Exclusões 48 4.1.2 Capitalização Bolsista 51

4.2 Negociação 55 4.2.1 Mercado a Contado 55 4.2.2 Mercado de Derivados 71

4.3 Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários 76

4.4 Sistemas de Liquidação 79

4.5 Agência Nacional de Codificação 81

5 A DIMENSÃO SOCIAL DA EURONEXT LISBON 83

5.1 Recursos Humanos 83

5.2 Responsabilidade Corporativa 85

5.3 Centro de Documentação 88

6 ANÁLISE FINANCEIRA 89

6.1 Apreciação Global 89

6.2 Proveitos e Ganhos 90

6.3 Custos e Perdas 93

6.4 Estrutura Patrimonial 95

7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS ÀS CONTAS 97

8 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS DA EURONEXT LISBON 145

9 ENVOLVENTE NORMATIVA 146

10 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 159 

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1 SÍNTESE DE INDICADORES

No mercado a contado da Euronext Lisbon registaram-se, em 2010, acréscimos

homólogos de 10% no número total dos negócios e de 26,2% no valor transacionado,

nas sessões normais e especiais. Ao invés, o valor da capitalização bolsista,

evidenciando o comportamento depressivo dos preços do mercado acionista, era no final

de 2010 inferior em 1,8% ao de 2009. Na realidade, o PSI Geral, que integra a

totalidade das ações admitidas no mercado Euronext Lisbon e, muito em especial, o PSI

20 que retrata a movimentação dos preços das 20 ações mais líquidas deste mercado,

evoluíram em baixa, tendo, no ano em análise, descido 6,2% e 10,3%, respetivamente.

Da análise do quadro seguinte ressalta o quase total domínio do segmento acionista no

contexto do mercado a contado da Euronext Lisbon, posição que, de resto, se tem vindo

a reforçar ao longo dos últimos cinco anos, passando de 83,3% em 2006 para 98,4% em

2010, no que diz respeito ao número de negócios, e de 95,4% para 97,9%, em termos do

valor transacionado.

Em termos globais, em 2010 a atividade económica nacional evoluiu positivamente,

se bem que a um ritmo débil. De igual modo, os principais indicadores da atividade

desenvolvida pela Euronext Lisbon em 2010 revelaram, face ao ano anterior, um

comportamento positivo, traduzido no aumento do número de negócios, a que

correspondeu um significativo acréscimo do valor negociado. Isto, mau grado a forte

descida registada pelos preços, retratada pela evolução dos índices do mercado

acionista, que se refletiu negativamente no valor da capitalização bolsista.

Refletindo, essencialmente, a descida do preço unitário dos negócios realizados -

medida implementada pela Bolsa, à semelhança do ocorrido nos anos anteriores,

tendo em vista ir ao encontro das necessidades dos vários intervenientes no mercado

- e os custos de natureza não recorrente, o resultado líquido consolidado da Euronext

Lisbon, no valor de 13,7 milhões de euros no final de Dezembro, ficou aquém em

1,6 milhões de euros (-10,4%) do apurado no período homólogo anterior.

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Indicadores da Atividade da Euronext Lisbon

2010 ∆% Anual

Total do Mercado a Contado N.º de Negócios 5.959.934 10,0%Valor Negociado (milhões de euros) (*) 41.577 26,2%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 200.470 -1,8%

Mercado Acionista Sessões Normais N.º de Negócios 5.862.712 12,2%Valor Negociado (milhões de euros) 40.697 28,0%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 135.017 -21,7%Sessões Especiais Valor Negociado (milhões de euros) 334 1.051,7%PSI Geral (fecho do ano) 2.721,99 -6,2%PSI 20 (fecho do ano) 7.588,31 -10,3%

Mercado Obrigacionista N.º de Negócios 8.221 -26,6%Valor Negociado (milhões de euros) 583 47,6%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 63.748 102,8%Sessões Especiais Valor Negociado (milhões de euros) 40 s/s

Mercado de Warrants N.º de Negócios 87.340 -41,0%Valor Negociado (milhões de euros) 242 -59,9%Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 380 94,9%

Mercado de Derivados Volume de Contratos Negociados 219.525 -6,8%Posições Abertas (no final do ano) 13.388 -38,3%Valor Negociado (milhões de euros) 971 97,8%(*) Inclui o valor dos negócios realizados nas sessões especiais Fonte: Dathis e NYSE Liffe

O aumento verificado em 2010 da já muito elevada concentração da atividade da Bolsa

portuguesa nos negócios sobre ações reflete, a par com um relativo crescimento deste

mercado, o significativo decréscimo registado nos mercados obrigacionista e dos

warrants. Em consequência, no ano em apreço, quer o número quer o valor dos

negócios envolvendo ações, apresentaram taxas de acréscimo superior às apuradas para

o total do mercado.

Por seu turno, o mercado de derivados português teve em 2010 um comportamento

heterogéneo. Com efeito, em confronto com 2009, o valor dos contratos de futuros

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tendo por subjacentes ativos nacionais, bem como as correspondentes posições que se

encontravam abertas no final do ano subiram, respetivamente, 97,8% e 2,7%, enquanto

que o volume de contratos negociados caiu 6,8%.

Nos capítulos seguintes faz-se uma análise pormenorizada da evolução, em 2010, do

mercado bolsista nacional nas suas diferentes vertentes, bem como dos aspetos da

conjuntura internacional e nacional que, direta ou indiretamente, marcaram a atividade

da Bolsa portuguesa.

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2 ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA

Durante o ano de 2010 foram vários os acontecimentos, quer ao nível da estratégia quer

na vertente operacional, que tiveram um impacto imediato ou esperado na atividade da

Euronext Lisbon e da Interbolsa.

Mercado a Contado

Listing

• Inclusão no Orçamento de Estado para 2010 de incentivos fiscais para a admissão à

cotação em Bolsa de Pequenas e Médias Empresas (PME): majoração em 200% dos

gastos com a operação de entrada em Bolsa, até ao máximo de 200 mil euros, em

sede de IRC; dedução de 25% do total investido, no máximo de 500 euros, em sede

de IRS. Esta medida, embora muito importante para o mercado nacional acabaria por

não entrar em vigor no ano de 2010.

• Admissão à negociação, em meados de Agosto, pelo Millennium BCP de dezasseis

certificados sobre índices de ações (CAC, DAX, IBEX, FTSE), três certificados

sobre mercadorias e três sobre cabazes de ações e oito warrants sobre o índice Dax.

Para comemorar estas admissões, o Millennium BCP tocou o sino da Bolsa a 14 de

Setembro para encerrar a sessão do mercado português.

• Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, através

da sua subsidiária ComStage, de dois novos Exchange Traded Funds (ETF) sobre o

PSI 20.

• Início da transação na Bolsa portuguesa, em Outubro, de 64 Factor Certificates,

valores mobiliários estruturados emitidos pelo Commerzbank, tendo como ativo

subjacente ações nacionais.

• Lançamento pela Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF) no mercado português

do primeiro Exchange Traded Fund (ETF), replicando o índice de ações ibérico do

grupo NYSE Euronext.

• Exclusão de negociação da sociedade Europac – Papeles Y Cartones de Europa SA,

que estava cotada no segmento de ações de empresas estrangeiras.

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Cash

• Criação de um novo grupo de negociação destinado a emissões de dívida

denominadas em moeda diferente do euro, com efeitos a partir de 5 de Março de

2010.

• Realização, em Abril, de uma sessão especial para apurar os resultados da oferta

pública de subscrição e de admissão de 8.000.000 de obrigações, representativas do

empréstimo obrigacionista "Benfica SAD 2013". Com a presença do símbolo do

clube desportivo, a águia Vitória, responsáveis da Benfica SAD tocaram o sino para

encerrar a sessão de Bolsa

• Atualização dos grupos de negociação, com efeitos a partir de 3 de Maio de 2010.

• Alteração resultante da modificação do regime de cancelamento dos negócios, da

introdução de limites estáticos de variação de preços, do alargamento, com

adaptações, do regime dos preços de avaliação previstos para os segmentos dos

warrants, certificados, ETF, ETN e ETvs, com efeitos desde 12 de Julho de 2010.

• Realização de 2 sessões especiais para apresentação dos resultados de outras tantas

Ofertas Públicas de Aquisição (OPA): uma lançada, em Agosto, pela Teixeira

Duarte, SA sobre a Teixeira Duarte Engenharia e Construções, SA, que assumiu a

natureza de uma Oferta Pública de Troca de uma ação da segunda sociedade por uma

ação da primeira e a outra, em Novembro, pelo Montepio Geral – Associação

Mutualista sobre o Finibanco Holding, SGPS, SA, na qual foram movimentadas

171.439.900 ações correspondentes a 334,3 milhões de euros. Na sequência desta

última operação, o Finibanco acabou por ser excluído da negociação em Bolsa.

• Admissão de 9 novos membros, sendo 4 ingleses (Liquid Capital Market Limited,

Liquid Capital Trading, LLP, Spire Europe, Limited, e Sungard Global Execution

Services Limited), 3 holandeses (Binckbank, N.V., Cebulon V.O.F e Tibra Equities

Erurope, Limited), 1 belga (OTC-Option Trading Compan, SA/NV) e 1 espanhol

(GVC Gaesco Valores, SA, S.V.).

Índices

• Lançamento de um novo índice que inclui ações do mercado português: o Índice

Ibérico, composto pelas 30 ações mais líquidas do mercado português e espanhol,

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que está calculado desde 31 de Dezembro de 2001 (com base 1000). Estão

disponíveis também versões “total net return” e “total gross return”.

Mercado de Derivados

• Admissão de 4 novos membros no mercado de derivados de Lisboa: ADM Investor

Services International Limited, RGM Trading Europe Limited, Virtu Financial

Ireland Limited e Voltrex Limited.

• Estruturação pela NYSE Liffe de um plano de formação multi-nível em derivados,

destinado a diferentes perfis de participantes no mercado português.

• Lançamento, pela primeira vez, de cursos por medida para os participantes

profissionais no mercado de derivados nacional.

• 5º Aniversário do BClear. Para comemorar este acontecimento, no dia 21 de

Outubro, Ade Cordell, Director, Co-head of Equity Derivatives and OTC Services da

NYSE Liffe, juntou-se a vários intervenientes no mercado de derivados para tocar o

sino de encerramento do mercado português.

Marketing

Ações dirigidas a emitentes

• Realização, em Novembro, do 5.º Retiro IPO, em parceria com o IAPMEI e a

Ernst&Young, destinado à apresentação e discussão de questões relacionadas com a

admissão em Bolsa. Estiveram presentes 20 empresas não cotadas.

• Toque do sino pelo CEO da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, para encerrar

a sessão de bolsa e comemorar o 4.º aniversário de admissão à cotação desta empresa

na Bolsa portuguesa.

Ações dirigidas a investidores institucionais

• Realização, pela segunda vez, do “Portuguese Day” na Bolsa de Nova Iorque, a 26

de Maio. Participaram neste evento o Ministro das Finanças e 16 empresas cotadas,

das quais 11 representadas pelos seus presidentes executivos. Foram realizadas 230

reuniões com 85 investidores institucionais americanos.

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Ações dirigidas a intermediários financeiros

• Realização de um seminário, em parceria com a Matlab, dedicado ao “algorithmic

trading”, destinado à comunidade de investidores profissionais em Portugal. Neste

evento foi abordado o papel do “algorithmic trading” na formação de liquidez e feita

uma apresentação da Mathworks, uma plataforma destinada ao desenvolvimento e

implementação de estratégias de negociação baseadas em algoritmos.

• Apresentação aos membros do mercado do projeto de migração da infra-estrutura

relativa às plataformas de negociação a contado, de derivados e de MTF para o novo

centro tecnológico em Basildon, no Reino Unido, bem como das novas

possibilidades de prestação de serviços de "co-location" disponíveis neste novo

centro.

Ações dirigidas ao público em geral

• Entrega dos prémios (mais de 40) relativos à 6.ª edição do ‘Jogo da Bolsa’,

organizado pelo Jornal de Negócios, em parceria com a Euronext Lisbon e o ISCTE,

que contou com mais de 40 mil participantes.

• Promoção pela NYSE Euronext, pela primeira vez, da semana da Literacia

Financeira, envolvendo vários toques do sino a nível global e outros eventos, para

ajudar a melhorar o conhecimento financeiro dos consumidores. O Presidente da

Associação Portuguesa de Bancos (APB), Professor António de Sousa, tocou o sino

por ocasião da semana dedicada a este tema em Lisboa.

• Organização pela NYSE Euronext Lisbon e o Instituto Português de Corporate

Governance, em Outubro, da conferência “Reformar o Sistema Financeiro: o que

sabemos e o que podemos antecipar” no auditório da Fundação Gulbenkian. Foram

oradores, para além do Chief Executive Officer do Grupo NYSE Euronext (Duncan

Niederauer) e do Presidente da Euronext Lisbon (Luís Laginha de Sousa): Elisa

Ferreira, Deputada ao Parlamento Europeu, Carlos Costa, Governador do Banco de

Portugal, Carlos Tavares, presidente da CMVM e António Borges, Chairman of the

European Corporate Governance Institute. Estiveram presentes cerca de três

centenas de participantes.

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• Patrocínio pela Euronext Lisbon e o Millennium BCP, em parceria com a SDG-

Simuladores e Modelos de Gestão, de mais um Global Investment Challenge (GIC) –

Edição 2010. Durante 11 semanas, 7000 participantes puderam investir de forma

fictícia (100 mil euros) nas ações constituintes dos índices PSI-20, CAC40, AEX e

BEL20, e ainda, em certificados sobre índices de ações regionais e setoriais, bem

como em warrants cotados no mercado EasyNext Lisbon.

Recursos Humanos

• Nomeação, em 1 de Julho, de Luís Laginha de Sousa para Presidente da Euronext

Lisbon (sucedendo a Miguel Athayde Marques) e também para os cargos de membro

do Managing Board da Euronext N.V., membro do Management Committee da

NYSE Euronext e Presidente do Conselho de Administração da Interbolsa S.A.

• Implementação de um conjunto de iniciativas relacionadas com o bem estar no local

de trabalho, incluindo, nomeadamente:

− Avaliação “on-job” do perfil comportamental de postura no posto de trabalho

e fornecimento de ferramentas práticas a cada colaborador, consoante a sua

necessidade individual;

− Ginástica laboral administrada por professores de educação física

qualificados e realizada dentro do horário de trabalho nas próprias

instalações da Euronext Lisbon;

Responsabilidade Corporativa

• Prossecução do programa de intervenção em escolas secundárias e universidades,

iniciado em 2009. Em 2010, estiveram nas instalações da Euronext Lisbon ou foram

visitados nas suas instituições de ensino cerca de 1100 alunos, de 20 escolas e

universidades.

• Consolidação da parceria entre a Euronext Lisbon e a Associação Aprender a

Empreender –“Junior Achievement Portugal”, tendo diversos colaboradores da Bolsa

portuguesa participado, como voluntários, em ações destinadas a transmitir

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conhecimentos de gestão e de organização empresarial a alunos de várias escolas

secundárias.

• Apoio a várias outras iniciativas com objetivos semelhantes, em alguns casos mais

centradas no conhecimento sobre o mercado de capitais, nomeadamente através de

simuladores, tais como: “Global Management Challenge”, Semana Global do

Empreendedorismo, “Global Investment Challenge” e Jogo de Bolsa, no seguimento

do ocorrido em anos anteriores.

• Consolidação e expansão do projeto Bolsa de Valores Sociais (BVS), lançado em

Novembro de 2009, sob o lema “as boas ações estão sempre em alta”, com o apoio

da Euronext Lisbon, da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação EDP,

destinado a promover o encontro entre doadores e entidades com uma missão social e

que tenham projetos com necessidades de financiamento. No final de 2010

encontravam-se “listados” na BVS 23 projetos de diversas instituições, registados

cerca de 700 “investidores” e angariados para estes projetos cerca de 300 mil euros.

• Concessão de apoios ao Grace – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania

Empresarial, ao BCSD – “Business Council for Sustainable Development”, à EPIS –

Empresários para a Inclusão Social e à Fundação do Gil, na sequência da prática

adotada em anos anteriores.

Interbolsa

• Introdução de uma nova redução, com efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2011,

das comissões de manutenção cobradas pela Interbolsa, tendo em vista potenciar a

expansão do mercado de capitais português, assim como incentivar a integração de

valores mobiliários diretamente nos Sistemas Centralizados gerida por esta

Instituição.

• Aplicação, desde Agosto de 2010, de novas comissões às emissões resultantes de

operações de titularização de créditos, emitidas, nos termos da legislação aplicável,

por Sociedades de Titularização de Créditos e Fundos de Titularização.

• Concretização, durante o ano de 2010, de um conjunto de alterações aos Sistemas

Centralizados com o intuito de aumentar as suas potencialidades operacionais, e

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permitir um funcionamento mais harmonioso e eficiente destes Sistemas,

nomeadamente melhorando o processamento de registo de emissões e de eventos.

• Criação de uma solução técnica e operacional para tratamento de unidades de

participação de Fundos de Investimento fechados, com fracionamento até à quarta

casa decimal, tendo para o efeito sido desenvolvidos os necessários procedimentos

especiais nos Sistemas Centralizados e nos Sistemas de Liquidação para o registo,

movimentação e liquidação destes valores.

• Implementação de mensagens ISO 15022 e o seu envio, através da rede SWIFT, para

o Sistema de Liquidação em tempo real (SLrt), bem como a sua disponibilização nas

consultas da liquidação de operações realizadas em mercado.

• Introdução de um conjunto de procedimentos com vista a aumentar a qualidade dos

dados disponibilizados à Interbolsa pelos intermediários financeiros, para construção

do Ficheiro de Identificação de Titulares (FIA), que posteriormente é disponibilizado

às Entidades Emitentes.

• Início dos necessários desenvolvimentos com vista à implementação do ajustamento

automático de juros e amortizações de operações registadas no Sistema de

Liquidação em tempo real (SLrt), inserido num projeto de implementação de

“Market Claims”.

• Desenvolvimento do projeto com o objetivo de automatizar o registo e controlo de

emissões de unidades de participação de fundos de investimento abertos e fechados e

de “Exchange Trade Funds” (ETF), os respetivos pagamentos de rendimentos, bem

como o processamento de subscrições e resgates dessas unidades de participação.

• Alargamento da codificação ISIN a títulos de investimento, no âmbito de atuação da

Agência Nacional de Codificação.

• Adaptação da rede de comunicações “Wide Area Network” (WAN) da Interbolsa, de

forma a permitir a conexão com a nova rede de comunicações da LCH.Clearnet, S.A.

• Renovação das plataformas principais de suporte aos Sistemas geridos pela

Interbolsa: renovação do “mainframe” (IBM - modelo z10 BC com sistema operativo

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z/OS 1.12), aquisição de novos servidores e substituição do robot de armazenamento

de dados (IBM TS 3500).

• Renovação do sistema de “backup” no Centro de Recuperação de Desastres (IBM TS

3400).

• Implementação do “Java Database Connectivity” (JDBC) para comunicação entre os

sistemas de base de dados Oracle e IDMS.

• Realização, no mês de Novembro, com a participação dos intermediários financeiros,

do teste global ao Plano de Continuidade de Negócio da Interbolsa, através da

simulação de ocorrência de um desastre que tornaria inoperacional o seu centro de

processamento de dados.

• Participação ativa no projeto T2S (TARGET2Securities), dando continuidade ao que

a Interbolsa tem feito desde o seu anúncio original, em 2006, quer na sua qualidade

de entidade gestora nacional de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados

de valores mobiliários, quer enquanto membro da “European Central Securities

Depositories Association” (ECSDA). Neste âmbito, em Novembro, a Interbolsa

promoveu a realização da 1.ª reunião do fórum “Interbolsa’s T2S Portuguese Market

Forum” (IB T2S PMF), o qual contou com a presença de representantes do Banco

Central Europeu, que efectuaram uma apresentação sobre o “Status, Connectivity

and Pricing” do projeto T2S.

Eventos no Âmbito do Grupo NYSE Euronext

• Assinatura de uma Carta de Intenções entre a NYSE Technologies e quatro Bolsas

asiáticas – Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia – nos termos da qual a NYSE

Technologies será o fornecedor da tecnologia de negociação para o ASEAN Trading

Link (a plataforma tecnológica que irá ligar as referidas quatro Bolsas).

• Conclusão da migração dos segmentos de warrants, certificados e empréstimos de

títulos dos mercados europeus a contado para a “Universal Trading Platform” (UTP).

• Conclusão da migração do segmento ações da NYSE Arca Europe para a UTP, que

veio melhorar significativamente a latência da negociação (agora menos de 1

milissegundo), bem como alargar a capacidade e escalabilidade.

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• Anúncio do lançamento pela SmartPool da NYSE Euronext de um novo serviço: o

“MatchView”, que se destina a disponibilizar aos seus membros negociadores, dados

da negociação “post-trade” noutras plataformas europeias do tipo “dark pool”.

• Admissão pela NYSE Arca Europe de ações americanas na sua plataforma de

negociação (as componentes do Índice S&P 100), criando a primeira plataforma

transatlântica de negociação de ações. A compensação ocorre pela EuroCCP, com

liquidação na DTC americana.

• Realização pela NYSE Euronext do primeiro encontro das associações de “investor

relations” dos mercados europeus onde atua, com o objetivo de dar a conhecer e

debater as alterações regulatórias que estão em curso, a nível europeu, e a forma

como estas podem afetar as empresas cotadas.

• Atribuição à NYSE Technologies, pelo Inside Market Data Award, dos prémios:

“Best Data Networking and Infrastructure Provider” e “DART – Contract Win of the

Year”, em reconhecimento da excelência dos seus produtos e serviços no que

respeita ao fornecimento de dados de mercado, dados de referência e gestão de

dados.

• Anúncio de que dois novos serviços de compensação de títulos e de derivados

deverão estar operacionais até final de 2012, um em Londres e outro em Paris e de

que nessa altura terminarão os contratos da NYSE Euronext com a LCH.Clearnet Ltd

nestas praças financeiras.

• A NYSE Euronext (NYSE) anunciou em Setembro de 2010 a sua intenção de criar a

NYSE BlueTM, a “joint-venture” orientada exclusivamente para os mercados

ambientais e da energia sustentável. A NYSE Blue incluirá os investimentos da

NYSE existentes na BlueNext, a líder mundial no mercado a contado de “carbon

credits” e na APX, Inc., fornecedor líder de infraestruturas regulamentares e serviços

para os mercados ambientais e de energia sustentável. A NYSE Euronext será o

acionista maioritário da NYSE Blue e os acionistas da APX, que incluem a Goldman

Sachs, MissionPoint Capital Partners e ONSET Ventures, terão uma participação

minoritária na NYSEBlue em troca das suas ações na APX.

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• Lançamento, em Junho de 2010, de um “Career Guide”, que permite a cada

colaborador um melhor conhecimento das competências e experiências de cada

função em toda a Organização.

• Criação do “Portal Global Wellness”, que inclui ferramentas educacionais e

interativas, passatempos e jogos e “links” para recursos inovadores de bem-estar

centrados no desafio da atividade física, resistência ao stress, prevenção e nutrição.

• Realização de um inquérito global junto dos colaboradores do Grupo, denominado

“Global Employee Survey”, tendo como objetivos analisar o nível de satisfação e

compromisso e identificar eventuais necessidades de atuação.

• Prossecução das palestras “Lunch & Learn”, tendo em 2010 sido realizadas duas

iniciativas: a primeira sob o tema “ NYSE Euronext Corporate Responsability and

Junior Achievement” e a segunda dedicada a “Fixed Income Derivatives & Fast

Growing Marketplace ”.

• Parceria estratégica entre a NYSE Euronext e a Bolsa de Varsóvia, que abrange o

desenvolvimento de futuras oportunidades de negócio, bem como a migração dos

mercados da WSE (Warsaw Stock Exchange) para a NYSE Technologies Universal

Trading Platform.

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3 O ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO

3.1 A Envolvente Internacional

3.1.1 Evolução Macroeconómica

Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook - Janeiro 2011

Com efeito, a economia mundial registou uma robusta expansão do produto de 5%, em

termos reais, que surge depois de uma queda de 0,6% em 2009, como se pode observar

no gráfico anterior.

Nos EUA, a recuperação foi sustentada pela procura interna e pelo comércio

internacional, com as exportações a aumentarem e as importações a declinarem. Por seu

turno, no Japão e no Reino Unido, a melhoria da situação conjuntural beneficiou das

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2008 2009 2010

Após a acentuada recessão económica que, de uma maneira geral, se fez sentir por

todo o mundo com particular incidência na primeira metade de 2009, em 2010

assistiu-se ao fortalecimento da recuperação da atividade económica mundial,

sustentada pelo dinamismo e robustez das economias de mercado emergentes e em

desenvolvimento, nomeadamente da China, Índia e Brasil.

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medidas orçamentais de estímulo concedidas durante grande parte do ano e assentou

basicamente na expansão da procura externa, principalmente direcionada para as

fluorescentes economias asiáticas emergentes no caso japonês e potenciada pela

desvalorização da libra esterlina, no caso britânico.

Na área do euro, notou-se também uma tendência para o crescimento económico, se

bem que com algumas exceções, designadamente na Grécia. Pela positiva destaca-se a

Alemanha, que após uma redução do produto real de 4,7% em 2009 progrediu 3,6% no

ano em análise, apoiada na expansão das trocas internacionais e na robustez do consumo

privado e das despesas públicas com infra-estruturas.

Fora da área do euro, as economias dos já referidos três países (China, Índia e Brasil)

patentearam um grande vigor. Em concreto, em 2010 o produto em termos reais cresceu

na China 10,3% (9,2% em 2009), 9,7% na Índia (5,7%) e 7,5% no Brasil (-0,6%),

assente na reposição das existências, na evolução favorável do comércio externo

impulsionado, em larga escala, pela recuperação da procura final nas economias

avançadas e nos países asiáticos emergentes, pela subida dos preços das matérias-primas

e também das despesas de consumo, sendo estas na Índia promovidas pela franca

melhoria registada nos rendimentos do setor agrícola.

De igual passo, os fluxos de comércio mundial, medidos pelas importações e

exportações de bens e serviços, apresentaram um assinalável crescimento, ainda que

revelando algum abrandamento, principalmente notório na segunda metade do ano. O

assinalável dinamismo da procura interna nos países asiáticos, particularmente China e

Índia, a par da necessidade de restabelecimento das existências e a adoção de políticas

monetárias e orçamentais expansionistas, contribuiram para o significativo acréscimo do

comércio internacional.

A melhoria observada na atividade económica mundial ainda não foi suficiente para se

repercutir positivamente nos mercados de trabalho. Assim, as taxas de desemprego

mantiveram-se bastante elevadas, tendo mesmo aumentado em vários países.

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Considerando o total dos países da OCDE a taxa de desemprego subiu de 8,1% em 2009

para 8,3% no ano seguinte, tendo, nesse mesmo período, passado de 9,3% para 9,9% na

zona euro, de 9,3% para 9,7% nos EUA, de 11,7% para 13,6% na Irlanda, de 18% para

19,8% em Espanha e de 9,5% para 12,2% na Grécia. No conjunto dos países

selecionados, a taxa de desemprego apenas desceu na Alemanha, de 7,4% em 2009 para

6,9% em 2010, e manteve-se em 5,1% no Japão.

(*) 2010 Estimativas Fonte: Estatísticas da OCDE

A inflação, medida em termos de média anual, reduziu-se ligeiramente em algumas

economias avançadas, mas aumentou nas economias de mercado emergentes e em

desenvolvimento, alimentada pelos baixos níveis de utilização da capacidade produtiva,

elevado desemprego e subida dos preços das matérias-primas. Na área do euro, a taxa

média de inflação subiu de 0,3% em 2009 para 1,6% em 2010 e atingu 5% no Brasil e

12% na Índia.

No ano em referência, continuaram a verificar-se expressivos desequilíbrios a nível das

finanças públicas e do endividamento externo, alimentados pelos receios existentes

sobre a sustentabilidade das finanças públicas, em particular de alguns países europeus,

e pela fragilidade dos sistemas financeiros, sobretudo das economias avançadas.

Total OCDE

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2009

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20

De facto, o efeito automático do agravamento da atividade económica e as medidas de

estímulo às economias e de apoio aos sistemas financeiros, aliados à crise internacional,

primeiro apenas financeira e, depois também económica, conduziram à deterioração dos

défices das contas públicas de muitos países, mormente da zona do euro, em 2008 e

2009. Observou-se uma ligeira melhoria em 2010, mantendo-se, mesmo assim, de um

modo geral, muito elevados. Neste contexto destaca-se, porém, pela negativa, a Irlanda,

cujo défice público sofreu um forte agravamento, representando 32,3% do PIB no ano

em apreço.

(*) 2010 Estimativas Fonte: Estatísticas da OCDE

Por outro lado, contando-se os bancos entre os principais investidores em dívida

pública, o aumento das taxas de rentabilidade e, por conseguinte, a queda dos preços

destes ativos, associado à sua elevada volatilidade, deu origem a potenciais perdas no

valor das carteiras de muitos bancos e em acrescidas dificuldades de financiamento nos

mercados interbancários. Em resultado, continuaram a observar-se, e em alguns casos

até se acentuaram, fragilidades no âmbito do setor bancário internacional.

Em 2010, o nível de endividamento público aumentou praticamente em todos os países,

atingindo valores muito altos, com particular realce na Itália, Grécia e Irlanda, países em

que os referidos níveis foram superiores a 120% do PIB, como se pode ver no gráfico

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-30%

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Saldo das Administrações Públicas em % do PIB

2009 2010

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21

seguinte. Porém, no contexto da OCDE, o Japão foi o país com o maior nível de

endividamento público (198,4%) em 2010 quando avaliado em percentagem do PIB.

Convém, no entanto, ter presente que este valor integra não só a dívida das

Administrações Públicas nipónicas, mas também, desde 1998, a dívida do “Japan

Railway Settlement Corporation” e da “National Forest Special Account”, pelo que não

é diretamente comparável com a dos outros países, embora não deixe dúvidas quanto ao

seu elevado valor.

(*) Avaliado pelas responsabilidades financeiras brutas. (**) 2010 Estimativas Fonte: Estatísticas da OCDE

Face ao crescente endividamento, os investidores têm vindo a revelar uma maior

aversão ao risco, que tem subjacente as dúvidas surgidas quanto à sustentabilidade do

processo de desenvolvimento dos países com maiores níveis de endividamento, bem

como quanto à capacidade de reembolso por parte dos mesmos.

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3.1.2 Evolução Financeira

Na realidade, os fluxos de capitais gerados nas Bolsas da WFE a partir de empréstimos

obrigacionistas, cifraram-se em 4.220 mil milhões de dólares em 2010, o que

correspondeu a uma redução de 15,5% face a 2009. Ao invés, as emissões de ações, no

valor de 966 mil milhões de dólares, comportaram um acréscimo homólogo de 6,5%,

merecendo destaque a progressão de 122,6% registada pelo valor das ações

provenientes de ofertas públicas iniciais (IPO), acompanhado pelo aumento do número

de empresas admitidas e, muito em particular, do número de IPO, que mais do que

duplicou, passando de 777 em 2009 para 1.787 no ano em apreço. Em 2010, o mercado

primário na vertente acionista, avaliado em termos do número de IPO realizados, esteve

particularmente ativo nas bolsas de Shenzgen (291), TSX (275), Bombaim (121) e

Varsóvia (109).

No decorrer de 2010, se bem que com alguns períodos de relativa acalmia, a nível

internacional continuou a verificar-se uma grande instabilidade financeira,

particularmente acentuada na Europa, associada em grande parte aos receios sobre a

sustentabilidade das finanças públicas de alguns países.

Mesmo assim, numa perspetiva global, em 2010 os mercados de capitais das Bolsas

membros da World Federation of Exchanges (WFE) evidenciaram um

comportamento positivo, com particular destaque para os fluxos de capitais captados

via emissão de ações, e para a evolução da capitalização bolsista e das transações de

ações, obrigações, warrants e derivados efetuadas nestes mercados. É certo que, à

semelhança dos anos anteriores, verificaram-se substanciais discrepâncias no ritmo

de evolução destes indicadores entre as Bolsas referenciadas.

Neste enquadramento, é de salientar que em 2010 a NYSE Euronext manteve o lugar

cimeiro, a apreciável distância da seguinte, no “ranking mundial” da capitalização

bolsista do mercado acionista doméstico, bem como no das transações de ações

(efetuadas no “Eletronic Order Book”) e de ETF e a Euronext.Liffe Europe ocupou

idêntica posição na negociação de futuros sobre ações.

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23

Fluxos de Capitais Captados por Emissão de Valores Mobiliários

nas Bolsas Membros da WFE

Fonte: WFE

Por sua vez, no que diz respeito ao segmento obrigacionista assistiu-se, à semelhança

dos anos anteriores, a grande concentração em quatro bolsas: do Luxemburgo (28,8%),

Londres (22,0%), Alemanha (13,0%) e Coreia (12,3%), as quais em conjunto

contribuíram com 76,1% para o total dos fundos captados via emissão de obrigações

cotadas (74,2% em 2009).

No que concerne aos índices dos principais mercados acionistas dos países membros da

WFE, em 2010 observou-se uma evolução assimétrica, se bem que predominantemente

positiva. Com efeito, dos vinte índices analisados treze registaram acréscimos

homólogos, distribuídos num intervalo compreendido entre +0,75% do IbrX-50 (Brasil)

e +47,55% do Burcap (Argentina) e os restantes sete índices acusaram descidas,

situadas entre 17,43% do IBEX (Espanha) e 1,68% do SMI (Suiça). O índice de

referência português, o PSI 20, integrou este segundo grupo, com uma quebra de

10,34%. O índice SSE 180 da China, que em 2009 foi o terceiro entre os que mais

subiram, no ano em apreço caíu 16,04%.

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de crescimento obtido para o conjunto das bolsas membros da WFE é o resultado de

evoluções muito díspares, entre as quais sobrelevam, pela positiva, as Bolsas de Oslo

(+143,7% em confronto com 2009), Bombaim (+101,8%), MICEX (+91,4%) e

Tailândia (mais de 15 vezes superior) e, pela negativa, a NYSE Euronext (-68,9%), as

Bolsas de Londres (-26,5%), a alemã (-24,4%) e a de Telavive (-17,4%).

Transações de Obrigações: "Top 10" Bolsas Membros da WFE (10^9 USD)

2009 Peso Relativo 2010 Peso

Relativo Variação

BME 8.674 43,7% 10.834 45,5% 24,9%Grupo London SE 5.479 27,6% 4.029 16,9% -26,5%NASDAQ OMX Nordic 2.420 12,2% 2.626 11,0% 8,5%Bolsa de Joanesburgo n.d. n.d. 2.321 9,7% s/sBolsa da Colômbia 958 4,8% 1.138 4,8% 18,8%Bolsa de Oslo 227 1,1% 554 2,3% 143,7%Bolsa da Coreia 403 2,0% 506 2,1% 25,5%Bolsa de Istambul 402 2,0% 446 1,9% 11,1%MICEX 122 0,6% 233 1,0% 91,4%Bolsa de Telavive 246 1,2% 203 0,9% -17,4%n.d. Não disponível s/s Sem significado Fonte: WFE

Apesar de, por um lado, em 2010 a BME não se encontrarem entre as Bolsas cujo valor

negociado em obrigações mais cresceu e, por outro lado, a Bolsa de Londres até ter

verificado um significativo decréscimo, estes dois mercados secundários conjuntamente

com o Nadaq OMX Nordic continuaram, à semelhança dos anos anteriores, a ocupar os

três primeiros lugares no ranking “Top 10”. É ainda de salientar o reforço do peso

relativo da BME, que contribuíram com 45,5% para o total negociado nos mercados

obrigacionistas do conjunto dos países membros da WFE, e a inclusão das Bolsas de

Joanesburgo (para a qual não há informação disponível para os anos anteriores), que

ocupou a quarta posição, e da MICEX, que preencheu o nono lugar.

Restringindo a análise às bolsas que se situaram nos quatro primeiros lugares e

distinguindo os negócios realizados em obrigações em função da natureza das entidades

emitentes, ressalta que, no ano em apreço, as transações de dívida pública concorreram

com a parcela mais volumosa nas Bolsas de Londres (96,3% do total) e de Joanesburgo

(97,3%), enquanto que nas outras duas praças se repartiu de forma bastante equilibrada

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entre dívida pública e dívida privada. Na verdade na BME, a dívida pública contribuíu

com 55,3% e a privada com 44,7%, sendo no Nasdaq OMX Nordic essa repartição de

39,6% e 60,3%, respetivamente.

Transações de Obrigações por Categoria de Emitente em 2010 (10^9 USD)

Dívida Privada Dívida Pública Dívida Estrangeira Total

BME 4.839 5.995 0 10.834Grupo London SE 61 3.879 89 4.029Nasdaq OMX Nordic 1.584 1.040 2 2.626Bolsa de Joanesburgo 62 2.259 0 2.321

Fonte: WFE

Ainda no contexto dos mercados obrigacionistas, como vem sendo habitual, a Bolsa do

Luxemburgo continuou a apresentar uma nítida especificidade, caracterizada pela total

ausência de correlação entre a importância das entradas de fluxos provenientes de novos

empréstimos obrigacionistas e o valor desta categoria de valores mobiliários nela

negociados.

Em concreto, em 2010 a bolsa do Luxemburgo continuou, como já se viu, a ocupar a

posição cimeira entre os mercados da WFE no que se refere à entrada de fundos

provenientes de novos empréstimos obrigacionistas com 28,8% do total (ou seja,

1.216,6 mil milhões de dólares), enquanto que o valor dos negócios realizados nesta

praça não logrou ultrapassar 73,3 milhões de dólares.

Os mercados dos warrants autónomos da esfera da WFE evidenciaram em 2010 uma

robusta expansão em termos das transações realizadas, as quais, no entanto,

permaneceram fortemente concentradas num número muito reduzido de Bolsas, como

se conclui observando o quadro seguinte.

Na realidade, no ano em referência as “top 5” bolsas considerando os valores

negociados em warrants absorveram 92,3% do total (88,3% em 2009). Entre elas,

merece uma referência especial as Bolsas de Hong-Kong, que, com um valor

transacionado de 534 mil milhões de dólares (+24,2% do que em 2009), ocupou a 1.ª

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posição. Este “ranking” integra 3 bolsas europeias: a alemã, a suíça e a NYSE Euronext

(Europa), que ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente.

Transações de Warrants Autónomos e ETF nas Bolsas Membros da WFE (10^9 dólares)

2009 2010

Valor Peso Relativo Valor Peso Relativo Variação 2010/2009

Warrants Autónomos

Bolsas de Hong Kong 430 50,1% 534 47,3% 24,2%

Bolsa da Coreia 174 20,3% 354 31,4% 103,5%

Bolsa Alemã 88 10,2% 80 7,1% -9,4%

Bolsa Suíça 35 4,0% 38 3,4% 10,1%

NYSE Euronext (Europa) 32 3,7% 35 3,1% 9,4%

Bolsa de Telavive 34 4,0% 32 2,9% -4,0%

Outras 66 7,7% 54 4,8% -17,6%

Total 859 100,0% 1127 100,0% 31,4%

ETF

NYSE Euronext 4.483 68,0% 4.319 67,8% -3,7%

NASDAQ OMX 1.143 17,3% 1.033 16,2% -9,6%

Grupo London SE 200 3,0% 243 3,8% 21,8%

Bolsa Alemã 203 3,1% 205 3,2% 0,9%

Grupo TSX 181 2,7% 114 1,8% -36,9%

Outras 388 5,9% 455 7,1% 17,2%

Total 6.598 100,0% 6369 100,0% -3,5%

Fonte: WFE

Ao invés, em 2010 o valor das transações de ETF no âmbito das bolsas da WFE

continuou a declinar, seguindo a trajetória já verificada em 2009. Do mesmo passo,

manteve-se o elevado grau de concentração num pequeno número de bolsas. O “Top 5”

das Bolsas que negociaram ETF participou com 92,9%, cabendo à NYSE Euronext uma

quota de 67,8% para o total transacionado (68,0% em 2009). De sublinhar, no clima

marcadamente negativo dos negócios de ETF, o comportamento em dissonância da

Bolsa de Londres cujo montante movimentado em 2010 registou um incremento

homólogo de 21,8%, fazendo com que esta Bolsa subisse do 4.º para o 3.º lugar.

Page 30: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

30

Em 2010 os mercados de derivados dos países membros da WFE conheceram uma

assinalável melhoria, quando avaliada em função do número de contratos negociados,

que aumentaram 12,6%, superando os 12,7 mil milhões. Atendendo ao tipo de

operações realizadas, apenas as opções sobtre ações apresentaram uma muito ligeira

contração. Porém, no que respeita ao valor nocional global dos contratos de derivados

negociados em 2010 na esfera da WFE, o panorama é bem diverso, tendo-se observado

uma redução homóloga de 8,7%, motivada exclusivamente pelo comportamento das

opções sobre índices acionistas e dos futuros sobre obrigações.

Como se conclui observando o gráfico seguinte, as opções sobre índices acionistas

foram os mais movimentados e os futuros sobre ações os que evidenciaram um menor

dinamismo. Este gráfico, complementado com o quadro a seguir apresentado, põe

também em evidência a especialização de algumas Bolsas num determinado tipo de

operação de derivados.

Fonte: WFE

Assim, atendendo ao número de contratos movimentados no ano em análise, os cinco

primeiros lugares foram ocupados por bolsas diferentes consoante o produto negociado.

A primeira posição pertenceu à CBOE no que concerne às opções sobre ações, à NYSE

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Opções s/ Índices

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3.526

CBOE - Chicao Board Options Exchange I SE - International Securities ExchangeTAIFEX - Bolsa de Futuros de Taiwan

Page 31: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

31

Liffe Europe quanto aos futuros sobre ações, à bolsa da Coreia no tocante às opções

sobre índices acionistas e ao CME Group relativamente aos futuros sobre índices

acionistas.

Principais Mercados de Derivados das Bolsas Membros da WFE

Nº de Contratos Negociados em 2010 (milhões)

Opções s/ Ações Futuros s/ Ações

Opções s/ Índices Acionistas

Futuros s/ Índices Acionistas

Nº de

Contratos Ranking

Nº de Contrato

s Ranking Nº de

Contratos Ranking Nº de

Contratos Ranking

Bolsa da Coreia 0 23º 45 5º 3.526 1º 87 6ºEUREX 283 5º 151 3º 343 3º 408 2ºChicago Board Options Exchange 807 1º 270 4º Bolsa Nacional da Índia 28 11º 176 2º 530 2º 156 3ºBolsa do Brasil 802 2º 0 22º 18 11ºInternational Securities Exchange 734 3º 12 12º CME Group 40 9º 695 1ºNYSE Liffe Europe 195 6º 291 1º 57 7º 94 5ºNASDAQ OMX Filadélfia 554 4º 3 15º Bolsa de Osaka 0 20º 44 8º 148 4ºBolsa de Futuros de Taiwan 0 22º 1 13º 89 5º 42 9ºBolsa de Hong Kong 61 7º 0 16º 12 11º 43 8ºBolsa de Joanesburgo 12 14º 79 4º 5 13º 17 12ºFonte:WFE

Neste domínio, importa assinalar que em 2010, em contraste com o ano precedente:

• A Eurex continuou a ser a única bolsa a situar-se no “Top 5“ no que se refere ao

número de contratos negociados nas diferentes categorias de produtos derivados,

tendo todavia descido um lugar (do segundo para o terceiro) no que toca à

negociação de opções sobre índices acionistas.

• A NYSE Liffe Europe manteve-se no primeiro lugar na negociação de futuros sobre

ações e no quinto na de futuros sobre índices acionistas;

• A Bolsa da Coreia continuou a dominar no que diz respeito ao número de contratos

de opções sobre índices acionistas, com 3.525,9 milhões de contratos negociados

(74,1% do total movimentado pelas Bolsas “Top 5” neste produto), a grande

distância da segunda, a Bolsa Nacional da Índia, que trocou com a Eurex, que há

vários anos vinha ocupando esta posição.

Page 32: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

32

• Relativamente à negociação de opções sobre ações, a BM & F Bovespa subiu do

quarto para o segundo lugar, a ISE desceu do primeiro para o terceiro e a Nasdaq

OMX Filadélfia do terceiro para o quarto.

• No contexto dos contratos de futuros sobre ações, ressalta a entrada da bolsa da

Coreia para o quinto lugar; em 2009 essa posição foi ocupada pelas BME, que, no

ano em apreço, deixaram de estar incluídas no referido “ranking”.

• Nos contratos de futuros sobre índices acionistas, mantiveram-se os primeiros cinco

lugares, com a CME a situar-se na cimeira, detendo uma assinalável quota de

mercado de 46,3%.

Page 33: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

3.2

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34

11,6 % em 2009, terão averbado uma expansão de 8,7% no ano seguinte, aliada ao

dinamismo da procura externa. Entretanto, as importações, após um declínio de 10,6%

em 2009, terão crescido 5,3%, ou seja a um ritmo inferior ao registado pelas

exportações.

Em consequência, assistiu-se a um ligeiro aumento do contributo da procura externa

líquida (de 0,5 p.p. para 0,7 p.p, respetivamente, em 2009 e 2010), a par com a

passagem da quota da procura interna de negativa (-3,2 p.p.) para positiva (0,7 p.p.).

Contributo para o Crescimento do PIB em Termos Reais

2008 2009 2010 (*) Procura Interna 1,1 p.p. -3,2 p.p. 0,7 p.p. Procura Externa Líquida (**) -1,1 p.p. 0,5 p.p. 0,7 p.p. Taxa de variação anual do PIB real 0,0% -2,7% 1,4 p.p.

(*) Estimativa com base nos dados no Boletim Económico de Inverno do Banco de Portugal e do INE. (**) Exportações líquidas de importações Fonte: Banco de Portugal

O dinamismo das exportações não foi, no entanto, acompanhado por uma recuperação

do investimento, que terá acusado uma quebra de 4,8% em termos reais (-10,1% em

2009). Esta queda foi generalizada a todas as componentes, com exceção da FBCF em

“material de transporte”, que deverá ter apresentado um aumento significativo,

refletindo o crescimento bastante expressivo das compras de automóveis pelas empresas

de “rent-a-car” no primeiro semestre do ano, assim como o robusto acréscimo das

vendas de veículos comerciais ligeiros induzido pelas medidas de incentivo ao abate de

veículos em fim de vida que terminou no final de 2010.

Por seu turno, o acréscimo, em termos de volume, das importações de bens e serviços

teve subjacente a evolução positiva de algumas componentes da procura global com

elevado conteúdo importado, como o consumo de bens duradouros e as exportações.

No ano em análise, o volume total de emprego, corrigido de sazonalidade, diminuiu

1,5% em termos homólogos. Este resultado deveu-se sobretudo ao contributo negativo

do emprego por conta própria. Entretanto, a taxa de desemprego continuou a delinear

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37

Fontes: Banco de Portugal, INE e BCE

Em percentagem do PIB, o défice conjunto das balanças corrente e de capital desceu de

10,1% em 2009 para 8,7% no ano em análise, refletindo a quebra do investimento, já

que a poupança interna também diminuiu. Tanto a taxa de poupança como a taxa de

investimento situaram-se em valores mínimos históricos.

A referida ténue redução das necessidades líquidas de financiamento externo da

economia portuguesa resultou de um menor défice das Administrações Públicas, ao que

se opôs um aumento das necessidades de financiamento do setor privado.

O défice da balança de bens e serviços foi em 2010 ligeiramente inferior ao apurado no

ano precedente, para o que concorreu a recuperação das exportações, que cresceram a

um ritmo superior ao das importações. Por seu turno, o défice da balança de

rendimentos também foi inferior ao registado em 2009, evoluindo assim em contraciclo

com o que se vinha observando nos anos anteriores. Esta melhoria localizou-se

principalmente nos instrumentos financeiros que vencem juros.

As transferências correntes continuaram a apresentar um saldo positivo, praticamente do

mesmo valor de 2009, o qual, todavia, encobre comportamentos muito diferenciados das

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38

suas duas componentes: as transferências públicas (maioritariamente transferências da

União Europeia) que declinaram e as privadas que aumentaram.

Adicionalmente, o excedente da balança de capital conheceu um acréscimo significativo

de 39,3%, contribuindo assim para a referida redução do valor das necessidades de

financiamento externo do País face ao ano transato. Ainda assim, em 2010 a dívida

externa líquida correspondeu a 85,3% do PIB.

Quanto às contas públicas, de acordo com a última informação disponível, assistiu-se à

redução do défice das Administrações Públicas, na óptica das Contas Nacionais,

expresso em percentagem do PIB: de 9,3% em 2009 para 7,3% em 2010. Esta melhoria

é fruto da adoção de medidas orçamentais de cariz restritivo, bem como outras de

natureza extraordinária.

Entre as primeiras medidas, que entraram em vigor em Julho de 2010, contam-se, do

lado da receita: o aumento em 1 ponto percentual de todas as taxas do IVA, o

agravamento da tributação, em sede de IRS, mediante a subida das taxas aplicáveis aos

vários escalões de rendimento e taxas liberatórias e a introdução em IRC de uma

sobretaxa de 2,5 pontos percentuais às empresas com lucro tributável superior a 2

milhões de euros, e, do lado da despesa: a redução de 5% nos custos globais com as

remunerações totais ilíquidas dos trabalhadores da Administração Pública, o

congelamento das admissões e das promoções e progressões, a diminuição da despesa

com prestações sociais do regime não contributivo, dos gastos com subsídios de

desemprego e o congelamento das pensões.5Quanto às medidas de natureza

extraordinária, destaca-se a transferência do fundo de pensões da PT para a Segurança

Social.

Page 39: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

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mico.

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3.2.2 Evolução Financeira

A análise da evolução em 2010 dos principais agregados monetários e de crédito põe em

realce o acentuar da tendência de desaceleração do crescimento do crédito bancário

concedido a particulares e a empresas não financeiras que começou a delinear-se em

2008.

No decorrer de 2010, a deterioração das perspetivas dos investidores sobre a

sustentabilidade das finanças públicas portuguesas, aliada ao agravamento do nível

de endividamento externo, privado e público, e ao baixo ritmo de crescimento da

economia verificado na última década, conduziram a um forte aumento do prémio de

risco da dívida soberana portuguesa. Esta subida refletiu-se negativamente no acesso

e nas condições de financiamento do sistema bancário português aos mercados

internacionais de dívida por grosso.

Em consequência, no ano em apreço, acentuou-se a tendência, por um lado, de

desaceleração do crescimento do crédito bancário concedido a particulares e a

empresas não financeiras e, por outro lado, o aumento do diferencial entre as taxas

de juro de curto e de médio/ longo prazos.

De igual modo, os fundos captados no mercado primário de valores mobiliários

nacional, via emissão de ações e obrigações (exceção feita à dívida pública),

acusaram quebras significativas.

Por seu turno, a Euronext Lisbon viu reforçada a sua quota no total negociado em

mercado, no mercado secundário de valores mobiliários nacional, que conheceu uma

ténue quebra em 2010. Esta redução do valor transacionado reflete uma evolução

assimétrica nos seus três segmentos: apreciável acréscimo homólogo no mercado

bolsista e contração no MEDIP e no PEX.

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Agregados de Crédito e Monetários Variação %

2009 2010 Crédito a particulares 2,3% 1,9% Crédito a sociedades não financeiras 1,9% 0,0% Crédito a instituições financeiras não monetárias 4,5% 6,8% Meios de Pagamento Totais em Circulação (M3) -0,3% 1,7% Fonte: Banco de Portugal

Assim, o saldo do crédito bancário a particulares e a sociedades não financeiras cresceu,

em termos homólogos, 1,9% (2,3% em 2009) e 0% (1,9%), respetivamente. Em

contrapartida, o crédito a instituições financeiras não monetárias aumentou a um ritmo

superior (6,8%) ao registado no ano transato (4,5%), conforme se pode constatar no

quadro atrás inserido.

O comportamento do crédito a particulares reflete principalmente o lado da procura, e

fez-se sentir tanto no crédito para consumo e outros fins, como para habitação, se bem

que neste último de forma mais mitigada. Para a diminuição da procura dos particulares

contribuíu, em larga medida, a quebra de confiança que se fez sentir com maior

incidência na redução das despesas em bens duradouros.

Já no que diz respeito ao crédito a empresas não financeiras, a evolução observada foi

determinantemente influenciada pela adoção de uma política mas restritiva seguida

pelos bancos na concessão de crédito, resultante da deterioração da sua situação de

liquidez, em particular a partir do final de Abril, altura em que se assistiu ao aumento

das perturbações nos mercados de dívida soberana. Em consequência, os bancos

portugueses tiveram de recorrer em grande escala às operações de cedência de liquidez

do BCE em substituição do financiamento junto dos mercados internacionais de dívida

por grosso. Desta forma, o setor não financeiro viu-se confrontado com “spreads” mais

elevados e maiores exigências nas outras condições contratuais exigidas para obtenção

de crédito bancário. Aliás, estas contingências, conjugadas com o agravamento das

expetativas quanto à atividade económica, acabaram também por conduzir a uma menor

procura de crédito por este setor.

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Para a aceleração da taxa de acréscimo do crédito bancário a sociedades financeiras não

monetárias terá pesado a maior dificuldade sentida por estas empresas em obterem

financiamento de fontes alternativas.

Por seu turno, no ano em apreço o indicador M3 (que integra as fontes de financiamento

dos bancos com prazo até 2 anos, com particular destaque para os depósitos) cresceu

1,7%, em termos homólogos (em contraste com um decréscimo de 0,3% em 2009),

deixando assim transparecer a oferta de condições mais atrativas por parte dos bancos

aos depósitos dos seus clientes, prática que deverá ser enquadrada na estratégia de

financiamento dos bancos, tendo em conta as perturbações com que se foram deparando

nos mercados de financiamento por grosso no decorrer de 2010.

No ano em análise, a par com uma tendência generalizada para a subida das taxas de

juro na área do euro, assistiu-se ao aumento do diferencial entre as taxas de juro de

curto e de médio e longo prazos. De facto, o diferencial entre, por exemplo, a taxa de

rendibilidade das obrigações de dívida pública a 10 anos e a Euribor a 6 meses passou

de 1 p.p. em 2008 para 2,67 p.p. no ano seguinte e para 2,96 p.p. em 2010. O

alargamento deste diferencial resultou da subida das taxas de juro de longo prazo,

associada à maior aversão ao risco, que a atual crise económica e financeira tem vindo a

alimentar.

A economia portuguesa deparou-se com um cenário idêntico, tendo sido as taxas de juro

dos empréstimos a particulares para consumo as que mais aumentaram (7,32% em 2009

e 7,94% no ano seguinte) e as dos créditos destinados ao financiamento da compra de

habitação que sofreram um menor agravamento (de 2,0% para 2,12%). Entretanto, as

taxas de juro do crédito a sociedades não financeiras também subiram (de 3,34%, para

3,74%) e o mesmo aconteceu com as taxas de juro dos depósitos bancários e

equiparados até 2 anos (de 1,67% para 2,15%). Em simultâneo com a referida melhoria

da remuneração dos depósitos, observou-se, contudo, o acréscimo da taxa de

intermediação financeira: de 5,65 p.p. em 2009 para 5,79 p.p. no ano em apreço.

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Taxas de Juro da Área do Euro (*)

2009 2010 Variação 2010/2009

Eonia 0,41% 0,82% 0,41 p.p. Euribor a 6 meses 0,99% 1,23% 0,24 p.p. Rendibilidade das Obrigações Dívida Pública 10 anos 3,66% 3,78% 0,12 p.p. (*) Fim de período

Taxas de Juro Activas e Passivas em Portugal (*)

2009 2010 Variação 2010/2009

Empréstimos bancários a sociedades não financeiras 3,34% 3,74% 0,40 p.p. Empréstimos bancários a particulares para habitação 2,00% 2,12% 0,12 p.p. Empréstimos a particulares para consumo 7,32% 7,94% 0,62 p.p.

Rendibilidade das Obrigações Dívida Pública 10 anos (**) 4,06% 6,68% 2,62 p.p.

Depósitos bancários e equiparados até 2 anos 1,67% 2,15% 0,48 p.p. (*) Médias das taxas de juro de saldos de empréstimos e depósitos de/em instituições financeiras monetárias por residentes na área do euro (**) Fim de período Fonte: Banco de Portugal

Em 2010, intensificaram-se as pressões nos mercados de dívida soberana da área do

euro, com reflexos no incremento dos diferenciais das taxas de rendibilidade da dívida

pública de alguns países, entre os quais Portugal, face à Alemanha. Este agravamento

reflete a crescente desconfiança dos investidores perante as expetativas de fraco

crescimento económico e dificuldades de consolidação orçamental.

Por outro lado, no atual contexto de incerteza, crescente volatilidade e, naturalmente,

acrescida aversão ao risco, assistiu-se à descida das taxas de rendibilidade da dívida

pública de países como a Alemanha, o Reino Unido e os EUA, motivada pela maior

procura dos títulos de dívida emitidos por estes países, que funcionaram como âncora de

proteção para os investidores.

Em Portugal, a taxa de rendibilidade da dívida pública a 10 anos situava-se em 6,68%

no final de Dezembro de 2010, o que incorpora um diferencial de 2,62 p.p. face à taxa

registada na mesma data do ano anterior e de 3,77 p.p. em confronto com a taxa de

rendibilidade das obrigações alemãs com características semelhantes.

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Emissões (Líquidas) de Ações e Obrigações 10^6 euros

2009 2010 Variação 2010/2009

Ações 9.910 2.853 -71,2%

Obrigações 24.194 21.882 -9,6%

(das quais da Dívida Pública) 14.284 19.029 33,2% Fontes: Banco de Portugal e IGCP

No mercado primário de valores mobiliários sobreleva em 2010 a emissão de

empréstimos públicos, no montante de 51.128 milhões de euros (+29,0% do que em

2009), com predomínio dos empréstimos a médio e longo prazos. Entre estes merecem

realce as OT a 10 e a 15 anos, que conheceram uma robusta expansão, a par com a

significativa redução das OT a 5 anos e a não colocação de qualquer empréstimo a 30

anos, os quais vinham sendo emitidos ininterruptamente desde 2006. Em termos

líquidos, a dívida pública acusou um agravamento de 19 mil milhões de euros, valor que

representa um incremento de 33,2% face a 2009.

Entrementes, as emissões líquidas de obrigações privadas e, bem assim, as de ações

evoluíram em baixa, sendo esta particularmente relevante nas ações (cotadas e não

cotadas), que sofreram uma quebra homóloga de 71,2%.

No que às obrigações privadas diz respeito, 2010 deparou-se com evoluções bastante

diferenciadas atendendo à categoria dos seus emitentes. Em concreto, as emissões

(líquidas) de instituições financeiras monetárias caíram abruptamente, de 25.344

milhões de euros em 2009 para apenas 3.555 milhões de euros no ano seguinte, ao passo

que o valor, em termos líquidos, dos empréstimos obrigacionistas lançados por

instituições financeiras não monetárias mais que triplicou, passando de 5.498 milhões

de euros para 19.027 milhões de euros, respetivamente em 2009 e no ano seguinte, e o

dos empréstimos emitidos pelo setor não financeiro conheceu um acréscimo de 30%,

cifrando-se, no ano em apreço, em 2.971 milhões de euros.

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No que se refere ao mercado secundário de valores mobiliários, excluindo as operações

realizadas diretamente pelos intermediários financeiros, que após a entrada em vigor,

em Novembro de 2007, da Directiva Comunitária (MiFID), deixaram de ser reportadas

à Bolsa, no ano em apreço verificou-se uma ténue quebra que reflete uma evolução

assimétrica dos seus três segmentos.

Na verdade, o valor negociado no mercado bolsista patenteou um apreciável acréscimo

(+27,3% do que em 2009), enquanto que no MEDIP e no PEX se observaram reduções

(-14,7% e -18,7%, respetivamente). Em resultado, a Euronext Lisbon viu reforçada a

sua quota, com um peso de 40,4% no total negociado, contra 31,2% no ano anterior. Por

fim uma nota para assinalar o facto das transações efetuadas na Euronext Lisbon terem

tido lugar na sua quase totalidade em sessões normais. Na verdade, os montantes

movimentados em sessões especiais representaram apenas 0,4% do total anual.

Transações de Valores Mobiliários no Mercado Secundário a Contado (*) (10^6 euros)

2009 2010 Valor Estrutura Valor Estrutura Var. %

1. Euronext Lisbon 32.950 31,2% 41.951 40,4% 27,3%1.1 Sessões Normais 32.918 31,2% 41.577 40,0% 26,3%Ações 31.789 30,1% 40.697 39,2% 28,0%Obrigações 395 0,4% 583 0,6% 47,6%Warrants 604 0,6% 243 0,2% -59,8%Outros 130 0,1% 54 0,1% -58,5%1.2 Sessões Especiais 32 0,0% 374 0,4% s/s2. Medip 72.241 68,4% 61.607 59,3% -14,7%3. PEX 419 0,4% 341 0,3% -18,7%Total = 1 + 2 + 3 105.610 100,0% 103.899 100,0% -1,6%(*) Não inclui as operações realizadas fora de mercado s/s Sem significado

Fonte: Dathis, CMVM

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4 A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

4.1 Movimentos de Valores Mobiliários

Os movimentos de valores mobiliários registados na Bolsa portuguesa em 2010

relevam o dinamismo dos segmentos dos warrants e dos certificados do EasyNext

Lisbon e, ainda que menos expressivo, o dos segmentos obrigacionista e do papel

comercial do Euronext Lisbon (mercado regulamentado).

Por seu turno, a negociação no mercado a contado, avaliada quer pelo número quer

pelo valor dos negócios efetuados, evoluiu em alta, embora as cotações das ações

negociadas tenham acusado uma quebra substancial, evidenciando, assim, o maior

impacto do efeito quantidade face ao efeito preço.

No que toca ao mercado dos produtos derivados, observou-se o aumento do valor

movimentado e do número de posições abertas no final do ano, a par com uma

diminuição do número total de contratos negociados.

No âmbito da atividade da Interbolsa, assistiu-se ao incremento do número e do

correspondente valor de emissões inscritas nos Sistemas Centralizados, bem como

dos montantes liquidados através do Sistema de Liquidação em Geral e do SLrt –

Sistema de Liquidação em tempo real.

De igual modo, o número de códigos ISIN atribuídos em 2010 pela Agência

Nacional de Codificação gerida pela Interbolsa superou o dos desativados neste ano

e, outrossim, o registado no ano anterior.

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4.1.1 Admissões e Exclusões

Em 2010 foram admitidos na Euronext Lisbon 3.186 novos valores mobiliários e saíram

2.854, o que correspondem, em termos líquidos, a um acréscimo de 332, localizado

quase exclusivamente nos warrants autónomos e nos certificados do EasyNext Lisbon e

nas obrigações diversas e no papel comercial do mercado regulamentado.

Uma análise mais detalhada põe em evidência o relevo assumido pelas diferentes

categorias de valores mobiliários nos movimentos registados na Euronext Lisbon no ano

em apreço. Assim, começando pelos novos valores mobiliários admitidos à negociação

em 2010 no mercado regulamentado da Euronext Lisbon ressalta o seguinte:

• Ações da sociedade Teixeira Duarte SA, na sequência da OPA lançada por esta

sociedade sobre as ações da Teixeira Duarte Engenharia e Construções, SA.

• Direitos de 7 empresas, correspondentes a 8 emissões:

− Direitos de subscrição das ações do Sporting – Sociedade Desportiva de

Futebol, SAD (2 emissões), Reditus, SGPS, Banif, SGPS, VAA, SGPS,

VAA, SGPS (Fusão) e Sacyr Vallehermoso;

− Direitos de incorporação das ações do Banco Santander.

• Obrigações representativas de 84 empréstimos emitidos por 18 sociedades, com

particular destaque para o BES (19 empréstimos), CGD (15), Montepio (14) e BPI

(13).

• Papel Comercial correspondente a 307 empréstimos emitidos por 43 entidades,

entre as quais sobrelevam ponderando o número de emissões: a REN (102), Sonae

(35), Portugal Telecom (29), Refer (20), Parpública (18), Brisa (16) e BPN (15).

• Unidades de Participação de um fundo de investimento mobiliário do BPI (BPI

Perpétuas II), que foi admitido à cotação na Bolsa no dia 30 de Dezembro de 2010.

No contexto dos movimentos de valores mobiliários registados na Bolsa portuguesa

em 2010 sobressai o dinamismo dos segmentos dos warrants e dos certificados do

EasyNext Lisbon e, ainda que menos expressivo, o dos segmentos obrigacionista e

do papel comercial do Euronext Lisbon (mercado regulamentado).

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• Exchange Traded Funds (ETF): 2 lançados pela Euronext Lisbon e o

Commerzbank, através da sua subsidiária ComStage, sobre o PSI 20 e 1 emitido pela

Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF) sobre o índice Ibérico da NYSE Euronext

(NYSE Euronext Iberian Index™).

Entrementes, saíram do Euronext Lisbon (mercado regulamentado):

• As ações da Teixeira Duarte Engenharia e Construções, SA, após a OPA a que atrás

se fez referência, do Finibanco Holding, SA em resultado da OPA lançada pelo

Montepio Geral – Associação Mutualista sobre este banco; e da Europac decidida na

assembleia-geral de acionistas da empresa que teve lugar a 25 de Maio de 2010.

• Todos os direitos atrás mencionados, com exceção dos relativos às 2 emissões do

Sporting – Sociedade Desportiva de Futebol, SAD, uma vez que o correspondente

prazo de negociação esgotou-se antes do final do ano.

• As obrigações de 22 empréstimos, sendo 1 público, 9 do BPI, 2 do BES e 1 de cada

uma das seguintes sociedades: Benfica – Futebol, SAD, GDL-Sociedade

Distribuidora de Gás Natural de Lisboa; SA, Sagres- Sociedade de Titularização de

Créditos, SA; Tagus-Sociedade de Titularização de Créditos, SA; Banco Mais, SA,

Sonae, SGPS, Sonae Indústria, SGPS; Parpública, SGPS; Portucel, SA e Modelo

Continente, SGPS, todos em virtude de ter ocorrido a respetiva amortização final.

• As obrigações representativas de 267 emissões de papel comercial que, entretanto,

foram sendo amortizadas ao longo de 2010, sendo 2 do BPN e da Sagest por

reeembolso antecipado.

Por seu turno, à semelhança do que se tem vindo a constatar nos últimos anos, no

mercado EasyNext Lisbon dominaram os warrants, autónomos e estruturados, tendo

sido listadas 1.329 novas emissões de warrants autónomos e 1.361 de warrants

estruturados, muitas das quais foram entretanto amortizadas, predominantemente por

reembolso antecipado (knock-out). Em concreto, das 1.139 emissões de warrants

autónomos que saíram da Bolsa, apenas 7 não o foram em virtude de reembolso

antecipado. Do mesmo passo, das 1.390 emissões de warrants estruturados amortizadas

ao longo do ano em referência, 94,2% foram-no por “knock-out”.

Além destes movimentos, merece uma menção especial a entrada no EasyNext Lisbon

de 87 certificados, dos quais 23 foram emitidos pelo Millennium BCP (17 sobre índices

de ações, 3 sobre cabazes de ações e 3 sobre mercadorias) e 64 pelo Commerzbank

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sobre ações nacionais. Estas últimas admissões referem-se a uma categoria de

certificados, os “Factor Certificates”, que pela primeira vez nessa data foram listados na

Bolsa portuguesa. Trata-se de um produto estruturado que permite aos investidores

posicionarem-se, com vários níveis de alavacagem à escolha, num mercado em alta

(“Factor Certificate Long”) ou em baixa (“Factor Certificate Short”). Entretanto, saíu da

Euronext Lisbon 1 certificado emitido pelo Millennium BCP sobre um índice europeu,

que foi reembolsado antecipadamente.

Movimentos de Valores Mobiliários na Euronext Lisbon (nº) Admissões Exclusões Variação Líquida 2009 2010 2009 2010 2009 2010 Euronext Lisbon 217 408 168 298 49 110 Ações 0 1 1(**) 3 -1 -2 Direitos 4 8 4 6 0 2 Dív. Pública + O.F. Públicos 5 4 2 1 3 3 Obrigações Diversas 52 84 15 21 37 63 Papel Comercial 155 307 142 267 13 40 Certificados 0 0 4(***) 0 -4 0 Unidades de Participação 1 1 0 0 1 1 Títulos de Participação 0 0 0 0 0 0 Exchange Traded Fund (ETF) 0 3 0 0 0 3Easynext Lisbon (*) 2.529 2.778 2.338 2.556 191 222 Ações 0 0 0 1 0 -1 Obrigações Diversas 9 1 16 25 -7 -24 Warrants Autónomos (****) 1.261 1.329 1.053 1.139 208 190 Warrants Estruturados (****) 1.259 1.361 1.260 1.390 -1 -29 Certificados 0 87 9 1 -9 86Total 2.746 3.186 2.506 2.854 240 332 (*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respetivas ações integradas no Easynext Lisbon (**) Inclui a extinção de código das ações Galp s/ benefício fiscal (***) Inclui extinção de 1 VMOC (****) Os números de warrants referem-se a todas as emissões que entraram e a todas as que sairam da Bolsa durante o semestre, incluindo também as que entraram e saíram neste período e que não estavam registadas nem no início nem no fim do mesmo. Fonte: Dathis

A finalizar, é de referir o atrofiamento do mercado obrigacionista do EasyNext Lisbon.

Na verdade, em 2010 apenas entrou neste mercado as obrigações do empréstimo da

APCL-Financeira (APCL, 2010-2012, 1.ª emissão) e saíram 25 empréstimos

obrigacionistas das seguintes sociedades: BES Finance (17), BST (4), CGD (2), e BPI

(2).

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4.1.2 Capitalização Bolsista

A quantidade de ações que no final de 2010 estavam admitidas à negociação era

superior em 1.151.812.687 (+3,6%) em relação ao ano anterior, resultante dos aumentos

de capital da Portucel, Banif, Banco Santander, Banco Popular Español, Reditus, VAA-

V. Alegre Atlantis, SGPS, VAA-V. Alegre Atlantis, SGPS (Fusão) e Sporting –

Sociedade Desportiva Futebol, líquidas das ações do Finibanco e da Europac,

sociedades que saíram da Bolsa, e das correspondentes à redução de capital da

Sociedade Comercial Orey Antunes, entretanto ocorrida.

O incremento das quantidades provenientes dos referidos movimentos não foi suficiente

para absorver o efeito da forte descida, em termos médios, dos preços dos valores

mobiliários negociados, pelo que a capitalização da Euronext Lisbon decresceu 3.753,2

milhões de euros (-1,8%) entre os finais de 2009 e de 2010, data em que se cifrou em

200.470,3 milhões de euros.

Refletindo o impacto da forte descida, em termos médios, dos preços dos valores

mobiliários negociados, que o acréscimo das quantidades entretanto listadas não foi

suficiente para compensar, a capitalização da Euronext Lisbon decresceu 3.753,2

milhões de euros (-1,8%) entre os finais de 2009 e de 2010.

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Valores Mobiliários e Capitalização Bolsista no Final do Ano

2009 2010

Valores Mobiliários

(n.º)

Emitentes(n.º) (**)

CapitalizaçãoBolsista (10^6 €)

Valores Mobiliários

(n.º)

Emitentes (n.º) (**)

Capitalização Bolsista (10^6 €)

Euronext Lisbon 220 88 202.207,3 331 106 197.698,1Ações 58 54 172.304,6 56 52 134.933,2 (Nacionais) (51) (48) (62.687,6) (50) (47) (57.329,8)Obrigações 157 43 29.738,3 263 63 62.521,8 (Dívida Pública) (18) (1) (26.753,1) (18) 1 (26.776,1) (Papel Comercial) (15) (5) - (55) 20 s/cExchange Traded

Funds (ETF) - - - 3 2 26,1Direitos - - - 3 2 s/cTítulos de Participação 2 1 28,1 2 1 28,1Unidades de

Participação 3 3 136,3 4 3 188,9Easynext Lisbon (*) 814 29 2.016,2 1037 30 2.772,2Ações 18 18 126,5 17 17 84,2Obrigações 45 9 1.694,2 21 9 1.225,9Warrants Autónomos 620 2 93,1 810 3 316,8Warrants Estruturados 131 2 102,4 103 4 63,0Certificados - - - 86 2 1082,3Total Geral 1.034 112 204.223,5 1.368 129 200.470,3

(*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respetivas ações integradas no Easynext Lisbon

(**) Há sociedades que têm mais de uma categoria de valores mobiliários por elas emitidos admitidos na Euronext Lisbon. s/c Sem cotação Fonte: Dathis

Esta diminuição localizou-se apenas nos mercados acionistas, de emitentes nacionais e

estrangeiras, da Euronext Lisbon (-37,4 mil milhões de euros), muito em particular no

segmento das ações estrangeiras (-32 mil milhões de euros) e ficou a dever-se, como já

se referiu, à queda de 6,2% da cotação em 2010, avaliada pela evolução anual do PSI

Geral (o índice que abrange todas as ações transacionadas nos mercados

regulamentados da Euronext Lisbon.

A repartição da capitalização bolsista da Euronext Lisbon, nos finais de 2009 e de 2010,

pelos valores mobiliários nela negociados, retratada nos gráficos a seguir apresentados,

reflete o que atrás se referiu: um significativo decréscimo do peso relativo das ações (de

67,3% para 84,5%), especialmente das ações de emitentes estrangeiros (que em 2009

representavam 53,7% e passaram apenas a ter uma contribuição de 38,7% em 2010), a

par do aumento significativo da participação das obrigações, particularmente das

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obrig

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54

Classification Benchmark), entrando em linha de conta com a respetiva capitalização

bolsita, em 2010 ressalta o domínio do setor industrial, que viu a sua contribuição para o

total subir de 26,9% em 2009 para 31,5%, seguido, por ordem decrescente, pelos setores

dos serviços e das telecomunicações, que também melhoraram a sua posição, passando

do quarto para o segundo lugar e do quinto para o terceiro, respetivamente, de 2009 para

2010. No que respeita aos restantes setores observou-se uma perda da importância

relativa de todos eles, sendo de salientar o caso do setor financeiro, que em 2009

ocupava a segunda posição e no ano em apreço desceu para a quinta, com uma

participação de 13,8% no total, que compara com uma de 19,6% no ano anterior e que

reflete, em larga escala, a forte descida, em termos homólogos, dos preços das ações das

sociedades incluídas neste setor verificada em 2010 (vide quadro “Evolução dos Índices

Setoriais” adiante apresentado).

Fonte: Euronext Lisbon

26.9%

14.5%13.3%

15.8%

19.6%

9.4%

31.5%

19.1%

14.0% 13.9% 13.8%

7.0%

Industrial Serviços Telecomunicações "Utilities" Setor Financeiro Const.+Transp.

Repartição Setorial da Capitalização Bolsista das Ações de Emitentes Nacionais cotadas no Euronext Lisbon (mercado regulamentado)

2009

2010

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55

4.2 Negociação

4.2.1 Mercado a Contado

Assim, nas 258 sessões normais que tiveram lugar na Euronext Lisbon foram efetuados

5.959.934 negócios sobre valores mobiliários, o que reflete um acréscimo homólogo de

10,0%. Nestas transações foram movimentados 41.577,5 milhões de euros, valor que,

em confronto com o registado em 2009, incorpora um acréscimo de 26,3%.

No ano em análise, observou-se o reforço da situação de forte predomínio do mercado

acionista na atividade da Bolsa portuguesa, tendo as transações sobre ações

representado a quase totalidade do número de negócios (98,4%, contra 96,4% em 2009)

e, bem assim, do valor movimentado (97,9% e 96,6%, respetivamente). Considerando

também o valor movimentado nas sessões especiais ocorridas em 2010, as transações de

ações totalizaram 41.030,4 milhões de euros, valor correspondente a 98,7% do total

registado neste ano na Euronext Lisbon.

No ano de 2010, mau grado os preços das ações negociadas terem acusado uma forte

redução, a atividade da Bolsa portuguesa, avaliada quer pelo número dos negócios

efetuados, quer pelo valor transacionado, evoluíu em alta.

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56

N.º de Negócios e Valor das Transações

Número de Negócios Valor Transacionado (10^6 euros)

2009 2010 ∆ % Anual 2009 2010 ∆ %

Anual

Euronext Lisbon 5.267.045 5.869.148 11,4% 32.221,8 41.092,2 27,5%Ações 5.224.460 5.862.316 12,2% 31.786,9 40.696,2 28,0% (Estrangeiras) (368.827) (428.708) 16,2% (1.796,5) (1.753,6) -2,4%Direitos 35.571 965 -97,3% 128,8 81,4 -36,8%Obrigações 6.774 5.470 -19,3% 305,0 368,4 20,8% (Dívida Pública) (218) (313) 43,6% (11,4) (66,1) 479,8%Títulos de Participação 90 149 65,6% 0,2 2,6 s/sUnidades de Participação 142 156 9,9% 0,8 1,0 25,0%Certificados 2 0 s/s 0,1 - s/sConvertíveis - - s/s - - s/sETF 6 92 s/s 0,0 24,0 s/sEasynext Lisbon (*) 153.006 90.786 -40,7% 694,6 485,3 -30,1%Ações 496 396 -20,2% 0,8 1,0 25,0%Obrigações Diversas 4.425 2.751 -37,8% 90,0 214,8 138,7%Warrants 148.085 87.340 -41,0% 603,8 242,7 -59,8%Certificados - 299 s/s - 26,8 s/sTotal Geral 5.420.051 5.959.934 10,0% 32.916,4 41.577,5 26,3%

(*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respetivas ações integradas no Easynext Lisbon s/s=sem significado Fonte: Dathis

Foram realizadas 3 sessões especiais, envolvendo ações, nas quais foram apurados os

resultados de outras tantas OPA. A primeira em Fevereiro lançada pela CSN Cement,

S.A.R.L (empresa totalmente detida pela Companhia Siderúrgica Nacional do Brasil)

sobre a Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, SA, que não se concretizou, outra

lançada, em Agosto, pela Teixeira Duarte, SA sobre a Teixeira Duarte Engenharia e

Construções, SA, que assumiu a natureza de uma Oferta Pública de Troca de uma ação

da segunda sociedade por uma ação da primeira e, por fim, em Novembro, a do

Montepio Geral – Associação Mutualista sobre o Finibanco Holding, SGPS, SA, na

qual foram movimentadas 171.439.900 ações correspondentes a 334,3 milhões de euros.

Na sequência desta última operação, o Finibanco acabou por pedir a exclucão à

negociação em Bolsa.

Atendendo à repartição das ações com base nos seus emitentes nota-se que na Bolsa

portuguesa as ações domésticas têm vindo a representar a base de sustentação dos

negócios sobre os valores desta natureza: no ano em apreço, 92,7% considerando o

número de negócios e 95,7% no que concerne ao valor movimentado. Ao invés, em

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termos da capitalização bolsista, as ações de emitentes estrangeiros continuaram a

dominar, se bem que evidenciando uma nítida tendência decrescente (-29,2% face a

2009).

No final de 2010, a dívida pública contribuía com 42,0% para a capitalização bolsista do

conjunto dos empréstimos listados na Euronext Lisbon, mas participou apenas com

3,8% e 11,3%, respetivamente, para o número de negócios e para o valor total das

transações de obrigações efetuadas na Bolsa portuguesa neste ano.

Ainda no contexto do mercado obrigacionista é de sublinhar o acréscimo do valor

negociado, tanto no mercado regulamentado como no Easynext Lisbon, não obstante a

queda registada no tocante ao número de negócios efetuados. Em consequência,

assistiu-se, por um lado, ao aumento do peso do valor transacionado de valores

mobiliários desta categoria no total movimentado na Euronext Lisbon (de 1,2% em

2009 para 1,4% no ano em referência) e, por outro lado, ao recuo da já inexpressiva

participação em termos do número de negócios (0,21% e 0,13%, respetivamente).

É de referir, ainda, no contexto do mercado obrigacionista, a realização em Abril de

uma sessão especial em que foram apurados os resultados da Oferta Pública de

Subscrição de 8 milhões de obrigações do empréstimo Benfica SAD 2010-2013. Esta

operação teve uma procura superior a 28 milhões de obrigações, e um montante total

colocado de 40 milhões de euros.

Em simultâneo, os títulos de participação tiveram um comportamento positivo, tendo

sido realizados 149 negócios (90 em 2009), nos quais foram aplicados 2,6 milhões de

euros, valor que contrasta com apenas 0,2 milhões de euros no ano anterior.

No seu conjunto, as transações de warrants e de certificados evoluíram em baixa, tendo

registado decréscimos homólogos de 40,8% e 55,4%, respetivamente, atendendo ao

número de negócios e ao valor transacionado. Entretanto, a parcela relativa destes

valores mobiliários no total movimentado na Euronext Lisbon recuou de 2,7% em 2009

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para 1,5% em 2010, quando avaliado em termos de negócios e de 1,8% para 0,7% no

que respeita ao valor transacionado.

Enfim, considerando as transações do conjunto dos restantes tipos de valores listados na

Bolsa portuguesa - unidades de participação de fundos de investimento, direitos e ETF -

a sua contribuição para o valor total movimentado na Euronext Lisbon em 2010, à

semelhança dos anos anteriores, continuou a ser irrelevante, representando apenas

0,26% do valor transaccionado.

De igual modo, assistiu-se ao acentuar do peso das transações nos mercados

regulamentados em detrimento das registadas no Easynext Lisbon, cujo contributo para

o total da atividade da Bolsa nacional perdeu importância: de 2,8% em 2009 para 1,5%

no ano em apreço, atendendo ao número de negócios, e de 2,1% para 1,2%, em termos

do valor movimentado.

Ainda no âmbito do mercado a contado da Euronext Lisbon, merece uma referência

especial a entrada ao longo de 2010, de 9 novos membros, sendo 4 ingleses (Liquid

Capital Market Limited, Liquid Capital Trading, LLP, Spire Europe, Limited, e Sungard

Global Execution Services Limited), 3 holandeses (Binckbank, N.V., Cebulon V.O.F e

Tibra Equities Erurope, Limited), 1 belga (OTC-Option Trading Compan, SA/NV) e 1

espanhol (GVC Gaesco Valores, SA, S.V.). Entretanto, saíram 4 membros, dos quais 1

português (Intervalores – Sociedade Corretora, SA), 2 ingleses (Commerzbank AG –

London Branch, JP MorganCazenove Limited), 1 holandês (All Securities, B.V.) e 1

espanhol (Sebroker – Bolsa Agência de Valores, SA).

Em consequência, o número dos membros que, no final do ano, operavam na Bolsa

portuguesa subiu para 92, dos quais 15 eram portugueses, 26 ingleses, 20 holandeses, 11

franceses, 5 alemães, 5 irlandeses, 4 espanhóis, 3 belgas, 1 italiano, 1 suíço e 1 sueco.

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Mercado Acionista

O gráfico seguinte põe em clara evidência, por um lado, o já referido, elevado grau de

concentração da atividade do mercado bolsista nacional no segmento acionista, quer

considerando o número de negócios quer o respetivo valor e, por outro lado, o acentuar

deste fenómeno nos últimos anos.

Fonte: Dathis

Esta preponderância justifica que, como habitualmente, se faça uma análise mais

pormenorizada da atividade desenvolvida em 2010 no mercado acionista da Euronext

Lisbon.

Considerando o conjunto do ano, ressalta, como atrás se viu, uma evolução homóloga

positiva das transações de ações, quer avaliadas em termos do número de negócios

efetuados, quer do respetivo valor negociado.

Observando o gráfico a seguir apresentado, nota-se que a tendência verificada a nível

anual não resulta de uma evolução mensal linear, existindo quatro meses (Março,

Agosto, Setembro e Outubro) em que o número médio (por sessão) dos negócios

realizados em 2010 foi inferior ao efetuado nos mesmos meses do ano transato.

2008 2009 2010

93.2%

96.4%

98.4%

95.3%96.6%

97.9%

Peso do Mercado Acionista na Euronext Lisbon

Número de Negócios Valor Transacionado

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60

Atendendo ao número de negócios, no ano em análise Abril foi o mês mais

movimentado, seguido muito de perto por Fevereiro.

O cenário pouco se altera quando se analisa a evolução do valor das transações de ações

em 2010. Assim, o valor total das ações negociadas na Bolsa portuguesa em sessões

normais no ano em referência apresenta uma progressão de 26,3%, em confronto com o

registado no ano anterior. Adicionalmente, nota-se que, exceção feita aos meses de

Agosto, Setembro e Outubro, o valor médio (por sessão) movimentado nos outros

meses de 2010 foi sempre superior ao registado nos meses homólogos de 2009.

Entretanto, o valor médio transacionado em cada sessão da Bolsa atingiu o máximo

(229,6 milhões de euros) em Maio e o mínimo (112,9 milhões de euros) em Agosto de

2010. Todavia, em confronto com os mesmos meses de 2009, as maiores diferenças

positivas verificaram-se nos meses de Fevereiro e de Junho.

Como atrás se viu, o incremento homólogo do valor negociado no mercado acionista em

2010 ficou a dever-se exclusivamente ao efeito quantidade, uma vez que as cotações

destes valores mobiliários em média caíram 6,2%, quando avaliadas pela evolução do

índice PSI Geral.

(*) Média diária Fonte: Dathis

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Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

10^6 eurosnº

Número Médio de Negócios e Valor Médio das Transações de Ações Cotadas na Euronext Lisbon (*)

Número Médio de Negócios em 2009 Número Médio de Negócios em 2010

Valor Médio das Transações em 2009 Valor Médio das Transações em 2010

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Distribuindo as ações transacionadas no ano em apreço por emitentes nacionais e

estrangeiros, constata-se que o número dos negócios envolvendo ações de emitentes

estrangeiros cresceu, em termos homólogos, a um ritmo superior ao das ações de

emitentes nacionais, enquanto que considerando o valor transacionado assistiu-se

precisamente ao contrário.

Na realidade, em termos homólogos, o valor das transações de ações de emitentes

nacionais aumentou 29,8% e o das de emitentes estrangeiros recuou 2,4%. Em

resultado, o peso das ações de emitentes estrangeiros no total do mercado acionista

nacional subiu de 7,1% em 2009 para 7,3%, em termos de número dos negócios

efetuados, e desceu de 5,7% para 4,3%, atendendo ao valor negociado, como se pode

verificar no quadro seguinte.

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63

No tocante à estrutura do mercado acionista da Euronext Lisbon, continuou a observar-

se uma forte concentração, quer em termos de capitalização bolsista, quer do valor

transacionado. Assim, as 20 ações que integravam a carteira do PSI 20 no final de 2010

concorreram com 98,4% (96,5% em 2009) para o valor total das transações de ações

registado nas sessões normais que tiveram lugar neste ano na Bolsa portuguesa.

Entre estas ações dominavam as da Portugal Telecom (26,2% do total). Este grau de

concentração eleva-se para 54,9% se a esta empresa se juntarem as 2 seguintes (EDP e

Galp) e para 72,6% incluindo a 4.ª e a 5.ª sociedades com maiores capitalizações (BCP e

BES). De ressaltar a circunstância das sociedades que ocuparam os primeiros 5 lugares,

atendendo ao valor transacionado em ações, terem sido as mesmas em 2009 e em 2010.

Ações com Maior Valor Transacionado

2009 2010

Designação Valor (10^6 €) Quota (*) ∆ Anual Designação Valor

(10^6 €) Quota (*) ∆ Anual

Portugal Telecom 5.382 16,9% -30,5% Portugal Telecom 10.673 26,2% 98,3%

EDP 5.118 16,1% -47,3% EDP 6.299 15,5% 23,1%

Galp 4.071 12,8% -50,7% Galp 5.362 13,2% 31,7%

BCP 3.515 11,1% -46,6% BCP 4.703 11,6% 33,8%

BES 2.142 6,7% -29,5% BES 2.475 6,1% 15,6%

Top 5 20.228 63,6% 42,8% Top 5 29.512 72,6% 45,9%

Top 20 30.684 96,5% -42,3% Top 20 40.028 98,4% 30,5%

(*) No segmento acionista do Euronext Lisbon (mercado regulamentado)

Fonte: Dathis

Os indicadores de liquidez relativos a este conjunto de 20 ações evidenciam a descida

em 2010 do respetivo turnover médio, evolução que, de resto, já se tinha verificado no

ano precedente. Com efeito, estas ações, embora tenham sido transacionadas em todas

as sessões normais realizadas no ano em apreço na Bolsa nacional, o Turnover Médio

foi 3,5 pontos percentuais inferior ao registado em 2009.

Ao invés, no que diz respeito às restantes ações negociadas no mercado regulamentado,

notou-se uma melhoria do turnover médio (+2,9 p.p. do que em 2009). Todavia, apenas

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64

foram negociadas em 68,2% das sessões realizadas em 2010, contra 70,7% no ano

anterior.

Indicadores de Liquidez das Ações Listadas no Euronext Lisbon

(mercado regulamentado)

2009 2010

20 Ações com Maior Valor Negociado

Turnover Médio (*) 67,2% 63,7%

Frequência Média de Negociação (**) 100% 100%

Restantes Ações do Mercado Regulamentado

Turnover Médio (*) 7,1% 10,0%

Frequência Média de Negociação (**) 70,7% 68,2% (*) Média simples do turnover do conjunto das ações a que se refere, sendo o valor do turnover calculado pelo rácio entre a

quantidade transacionada e a quantidade listada durante o período.

(**) Média simples da frequência de negociação, que é medida pelo rácio entre o número de sessões em que a ação negociou e o

número de sessões em que esteve listada.

Fonte: Euronext Lisbon

Passando à análise da evolução anual das cotações das ações, tendo por suporte o

comportamento dos 2 principais índices calculados na Euronext Lisbon: o PSI Geral

(que reflete o comportamento do conjunto das ações negociadas no mercado

regulamentado da Euronext Lisbon) e o PSI 20 (indicador do desempenho das 20 ações

mais líquidas do mercado nacional), observou-se que, após um ano de fortes

valorizações, em 2010 estes índices conheceram significativas desvalorizações. Com

efeito, em 2010 o PSI Geral acusou uma descida anual de 6,2% (contra uma subida de

40,0% em 2009) e o PSI 20 caiu 10,3% (+33,5% em 2009).

Continuando a observar os 2 gráficos abaixo inseridos, mas alargando a análise aos

últimos 4 anos, verifica-se que o PSI Geral apresentou sempre, ou valorizações mais

elevadas, ou descidas menos pronunciadas do que as registadas pelo PSI 20.

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Page 66: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

66

Os outros dois setores que viram as cotações das ações neles incluídas cairem mais de

20% foram o setor industrial (com um agravamento de 22,6%, que compara com uma

subida de 54,6% em 2009) e o das “utilities” (-20,5%, contra +23,3%). Por seu turno, à

semelhança do ano anterior, o índice setorial que em 2010 cresceu mais foi o dos

serviços (+27,6%). A seguir surgem os índices dos materiais de base e das

telecomunicações, com ganhos de 22,3% e 14,2%, respetivamente.

De assinalar ainda, o índice que reflete o comportamento das cotações das ações das

sociedades do setor dos bens de consumo. Na verdade, este índice, apesar de ter sido

entre os que evoluíram em alta o que aumentou menos, foi o único que teve em 2010

um desempenho melhor do que em 2009, conforme se observa no quadro seguinte:

Evolução dos Índices Setoriais

Setores Variação Anual

2009 2010

Materiais de Base 37,2% 22,3% Industrial 54,6% -22,6% Bens de Consumo 0,5% 4,6% Serviços 67,8% 27,6% Telecomunicações 56,4% 14,2% Utilities 23,3% -20,5% Setor Financeiro 14,7% -29,9% IT 7,3% -31,3% Fonte: Euronext Lisbon

Na perspetiva da evolução mensal dos dois principais índices representativos do

mercado acionista nacional, denotou-se em 2010 uma trajetória muito irregular,

caraterizada por igual número de meses com variações positivas (Março, Julho, Agosto,

Setembro, Outubro e Dezembro) e negativas (Janeiro, Fevereiro, Abril, Maio, Junho e

Novembro), no que diz respeito ao PSI 20, e com 7 meses com subidas (os mesmos que

para o PSI 20 mais Junho) e 5 com descidas, no que toca ao PSI Geral. Contudo, como

em ambos os casos a amplitude das descidas superou a das subidas, o resultado final

traduziu-se, como já se viu, em evoluções negativas. As maiores reduções ocorreram em

Novembro (-9,40% para o PSI Geral e -9,14% para o PSI 20) e os maiores aumentos em

Outubro (7,66% e 7,42%, respetivamente).

Page 67: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

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71

4.2.2 Mercado de Derivados

Produtos Derivados: Futuros

Evolução do Mercado de Derivados Português

Volume de Contratos Valor (10^6 euros) Posições Abertas (*)

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(*) No final do ano

Fonte: NYSE Liffe

O número total de contratos de futuros negociado no mercado português ascendeu a

219.525, dos quais 126.127 sobre o PSI 20 e 93.398 sobre ações (Single Stock Futures);

estes últimos equivalem à negociação de aproximadamente 9.339.800 ações no mercado

a contado.

Em confronto com 2009, assistiu-se a um declínio do volume total negociado (-6,8%),

evolução influenciada de modo determinante pelo comportamento dos contratos de

Single Stock Futures, que conheceram uma redução de 46,4%, enquanto que o volume

dos contratos sobre o índice PSI 20 aumentou 106,0%.

Nos últimos 3 anos, os negócios efetuados no mercado de derivados português têm

vindo a evoluir de forma pouco expressiva, de tal forma que em 2010 o valor total

dos contratos transacionados ficou 29,5% aquém do registado em 2007, o melhor

ano desde sempre deste mercado.

Todavia, comparativamente com 2009, o panorama não surge tão negativo, tendo-se

assistido ao aumento do valor total movimentado, bem como a um aumento do

volume e valor de contratos de futuros sobre o índice padrão nacional.

Page 72: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

72

À semelhança do que aconteceu ao nível do volume, no ano em análise o valor dos

contratos de futuros sobre o PSI 20 cresceu 109,5%, em termos homólogos, e, ao invés,

o dos contratos sobre ações verificou uma diminuição de 65,8%.

No que diz respeito às posições abertas, o mercado de derivados sobre subjacentes

portugueses fechou o ano de 2010 com um número de posições abertas inferior ao

verificado no fecho do ano anterior (-38,2%). Este variação reflete uma acentuada

descida das posições abertas de contratos de futuros sobre acções, enquanto que as

posições abertas de contrato sobre o índice PSI 20 registaram uma notória subida.

No final do ano em apreço, encontravam-se disponíveis para ser negociados 14

contratos de futuros: 1 sobre o principal índice acionista português (o PSI 20) e 13 sobre

as ações de outras tantas sociedades integradas na carteira deste índice. Em termos de

capitalização bolsista, estas ações contribuiram com 87,7% do conjunto da carteira do

PSI 20 e representavam diversos setores da economia nacional: financeiro (Millennium-

BCP, BPI e BES), da energia (EDP, REN e EDP Renováveis), das comunicações

(Portugal Telecom, ZONMultimédia e SonaeCom), da construção e manutenção de

auto-estradas (Brisa), do retalho (Sonae, SGPS e Jerónimo Martins) e petrolífero (Galp

Energia).

A análise do gráfico a seguir apresentado retrata a evolução mensal do número de

contratos negociados e das posições abertas no final do ano. No que diz respeito ao

volume de contratos negociados em 2010, em termos homólogos, nota-se uma atividade

mais dinâmica nos meses de Janeiro a Abril e mais fraca em todos os outros meses,

particularmente em Setembro.

Page 73: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

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Page 74: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

74

Transações de Contratos de Futuros sobre Ações Nacionais

Volume Valor (10^6 euros) Posições Abertas (*)

Galp 2009 2.075 2,0 0 2010 548 0,7 0

Millennium BCP 2009 92.925 7,8 15.581 2010 77.109 5,8 4.905

ZON Multimédia 2009 1.604 0,6 0 2010 126 0,0 126

EDP 2009 3.800 1,1 0 2010 151 0,0 151

Brisa 2009 2.020 1,1 0 2010 0 0,0 0

PT 2009 2.570 1,7 0 2010 680 0,6 0

Sonae SGPS 2009 40.150 3,3 1.500 2010 9.800 0,8 1.100

BES 2009 1.468 0,8 0 2010 92 0,0 92

Jerónimo Martins 2009 15.770 8,1 1.520 2010 3.392 2,5 32

Banco BPI 2009 1.320 0,2 0 2010 0 0,0 0

REN 2009 430 0,2 0 2010 0 0,0 0

EDP Renováveis 2009 10.082 6,6 1.000 2010 1.500 1,0 0

SonaeCom 2009 0 0,0 0 2010 0 0,0 0

Total 2009 174.214 33,5 19.601 2010 93.398 11,4 6.406

(*) No final do ano Fonte: NYSE Liffe

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Page 76: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

76

Para comemorar o 5º aniversário do BClear, no dia 21 de Outubro, Ade Cordell,

Director, Co-head of Equity Derivatives and OTC Services da NYSE Liffe, juntou-se a

vários intervenientes no mercado de derivados para tocar o sino de encerramento do

mercado português.

Durante o ano de 2010, assistiu-se à entrada de 4 novos membros no mercado de

derivados de Lisboa, a saber: ADM Investor Services International Limited, RGM

Trading Europe Limited, Virtu Financial Ireland Limited e Voltrex Limited. No final do

ano, o número de membros negociadores que operavam no mercado de derivados

português era de 46.

4.3 Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários

Em Portugal, a gestão dos Sistemas Centralizados de valores mobiliários e dos Sistemas

de Liquidação é da competência da INTERBOLSA – Sociedade Gestora de Sistemas de

Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A (Interbolsa), uma

sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext Lisbon.

Além desta função, à Interbolsa, enquanto membro da ANNA – Association of National

Numbering Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência

Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN -

International Securities Identification Number e CFI - Classification of Financial

Instruments a todos os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros

Em 31 de Dezembro de 2010, o número de emissões inscritas nos Sistemas

Centralizados da Interbolsa no final de 2010 totalizava 3.078, a que correspondiam,

em termos de valor nominal, 282.862 milhões de euros, ou seja um acréscimo

homólogo de 17,8%.

Page 77: Re de Ges tão 2 · Setembro para encerrar a sessão do mercado português. • Lançamento, em 6 de Setembro, pela Euronext Lisbon e pelo Commerzbank, ... (ESAF) no mercado português

77

instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO e as directrizes da

ANNA.

Nos termos legais, a Interbolsa no seu relatório anual faz uma análise detalhada da

forma como desenvolveu, em 2010, as atividades que lhe estão cometidas. Assim sendo,

e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a seguir uma

breve resenha da atividade desenvolvida no ano em apreço no domínio dos Sistemas

Centralizados e de Liquidação de valores mobiliários.

Em 31 de Dezembro de 2010, a Interbolsa contava 34 intermediários financeiros

filiados nos seus Sistemas, sendo uma sociedade corretora e 33 entidades bancárias, ou

seja, menos um banco do que no ano anterior.

Em Maio de 2010, procedeu-se ao cancelamento da filiação do Banco Santander

Negócios de Portugal, S.A., na sequência da fusão por incorporação deste no Banco

Santander Totta, S.A. Por seu turno, em resultado da descontinuação da operação

bancária em Portugal, o Royal Bank of Scotland, N.V. solicitou o cancelamento da sua

filiação nos Sistemas geridos pela Interbolsa, tendo o mesmo sido efetivado em 15 de

Outubro.

Porém, desde Agosto de 2010, a Interbolsa passou a contar com mais um filiado nos

seus Sistemas: o Banco Privado Atlântico Europa, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2010, encontravam-se inscritas nos Sistemas Centralizados

3.078 emissões, correspondendo em termos de valor nominal a 282.862 milhões de

euros, que representa um aumento de 17,8%, face ao final do ano anterior.

Das referidas 3.078 emissões, 1.922 emissões encontravam-se representadas sob a

forma escritural. Das 1.156 emissões tituladas, mais 225 emissões que em igual período

de 2009, 1.119 pertenciam às categorias de warrants e certificados, estando cada

emissão, representada por um único certificado global.

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78

Sendo o exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos uma das

principais atividades da Interbolsa, importa igualmente realçar a sua evolução durante o

ano de 2010.

De forma conjunta, o sistema centralizado de valores mobiliários processou, durante o

ano em análise, operações de exercício de direitos e outros eventos que totalizaram

6.967, conforme a seguir se discrimina, o que representa um acréscimo homólogo de

32,8% no que se refere ao número total de eventos processados, sendo o montante

envolvido nestes processamentos de 53.875 milhões de euros, valor superior em 4,4%

ao registado no ano transato.

Durante o ano de 2010 foram processadas 2.635 operações de pagamento de juros e

remunerações, representando um acréscimo de 69,9% face ao ano anterior. O montante

de juros pagos em 2010 ascendeu a 7.337 milhões de euros, o que comporta um

incremento homólogo de 16,8%.

Valor das Operações Processadas na Central de Valores Mobiliários (C.V.M.)

2009 2010 Variação Homóloga do Valor

Nº de Operações

Valor 10^6 euros

Nº de Operações

Valor 10^6 euros

Juros/Remunerações Dívida Pública 30 3.982 30 4.469 12,2% Dívida Privada 1.370 2.222 2.330 2.762 24,3% Títulos de Participação+VMOC+Outros 151 79 275 106 33,8%

Amortizações Dívida Pública 1 5.660 1 4.402 22,2% Dívida Privada 199 5.502 217 13.185 139,6% Títulos de Participação+VMOC+Outros 146 23.913 270 22.531 -5,8% Dividendos/Remunerações de UP 102 4.008 114 5.138 28,2%

Aumentos de Capital Por Subscrição 6 1.419 5 140 -90,1% Por Incorporação de Reservas 3 2.334 6 49 -97,9% Reduções de Capital+ Fusões e Cisões de Empresas 15 2.191 10 616 -71,9% Exercícios de Warrants e Certificados 3.224 308 3.709 477 54,9% Fonte: Interbolsa

Por sua vez, o número de operações de amortização processadas na C.V.M. aumentou

41,0% (488 contra 346 operações em 2009), tendo o montante amortizado passado de

35.075 para 40.118 milhões de euros (+14,4%).

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Relativamente à distribuição de dividendos e rendimentos de unidades de participação

(UP), durante o ano de 2010, foram realizadas, através dos Sistemas Centralizados, 114

operações deste tipo, mais 12 do que no ano anterior. Entretanto, o montante de

dividendos pagos subiu de 4.008 para 5.138 milhões de euros, o que representa um

acréscimo de 28,2% face a 2009.

Ainda, durante o ano em causa, a C.V.M. contabilizou o processamento de 3.709

operações de exercício de warrants e certificados, sendo mais 485 operações do que no

ano precedente. O acréscimo registado foi acompanhado pelo aumento do montante

global envolvido neste tipo de operações, o qual apresentou uma variação positiva de

54,9%.

Para além das operações atrás referidas, a Interbolsa efectua, por instrução dos

intermediários financeiros, a movimentação de valores mobiliários dentro da mesma

conta e entre contas de diferentes intermediários financeiros, tanto para efeito de

liquidação física de operações como para a mera transferência de valores. Assim, em

2010, foram realizadas 305 mil operações de transferência de valores mobiliários, ou

seja, mais 6,7% do que no ano anterior. Este incremento foi acompanhado por um

acréscimo de 72,8% na quantidade de valores mobiliários objeto de transferência.

4.4 Sistemas de Liquidação

A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos Sistemas de Liquidação de

Valores Mobiliários com vista a assegurar, designadamente, a realização de

Durante o ano de 2010, a Interbolsa liquidou, através do Sistema de Liquidação em

Geral, 234 mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos

mercados geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, S.A, no

valor de 29.746 milhões de euros (+ 17,7% em comparação com o ano transato).

Por seu turno, o montante envolvido na liquidação das operações em tempo real

evoluiu no mesmo sentido, cifrando-se em 134.026 milhões de euros (+25,0%).

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transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a

direitos inerentes e a garantias relativas a operações sobre valores mobiliários.

São participantes dos Sistemas de Liquidação os intermediários financeiros filiados na

Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas em

todos os mercados geridos pela Euronext Lisbon, bem como as operações realizadas

fora de mercado.

A Interbolsa gere três Sistemas de Liquidação: o Sistema de Liquidação em Geral, SLrt

– Sistema de Liquidação em tempo real e o SLME - Sistema de Liquidação em moeda

estrangeira. A LCH.Clearnet, S.A. assume, no mercado de capitais português, as

funções de câmara de compensação e de contraparte central.

Operações realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa

2009 2010 Variação Homóloga do Valor

Nº de Operações

Valor 10^6 euros

Nº de Operações

Valor 10^6 euros

Sistema de Liquidação em Geral Operações Garantidas 250.924 25.266 234.184 29.746 17,7% Operações não Garantidas 4.848 87 3.047 148 69,7% Operações Garantidas Liquidadas SLrt 31.380 3.378 30.186 3.518 4,2%

SLrt Instruções DVP/FOP 470.421 107.232 512 134.026 25,0%

Fonte: Interbolsa

Durante o ano de 2010, a Interbolsa liquidou, através do Sistema de Liquidação em

Geral, 234 mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos

mercados geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, S.A. O

montante global envolvido nestas operações ascendeu a 29.746 milhões de euros, o que

representou um acréscimo de 17,7% em comparação com o ano transacto.

Por sua vez, as operações OTC (over the counter) e de realinhamento, liquidadas

através do Sistema de Liquidação tempo real (Slrt), cresceram 8,8% em confronto com

2009. O montante envolvido na liquidação das operações em tempo real evoluiu no

mesmo sentido, tendo subido de 107.232 para 134.026 milhões de euros (+25,0%).

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Correspondendo às necessidades do mercado, a Interbolsa implementou, em 2008, um

sistema de liquidação em moeda diferente do Euro, recorrendo a um sistema de

pagamento do tipo commercial bank money operado pela CGD – Caixa Geral de

Depósitos, SA, que permite os pagamentos de rendimentos e a liquidação financeira de

operações de mercado não garantidas e OTC (over-the-counter) em dólares americanos,

libras esterlinas, ienes e francos suíços, e desde de Abril de 2010 em dólares canadianos

(CAD), podendo, ainda, ser alargado a outras moedas convertíveis se tal se mostrar

necessário.

A 31 de Dezembro de 2010, encontravam-se inscritas nos Sistemas Centralizados 38

emissões em moeda estrangeira, sendo 2 emitidas em dólares canadianos, no montante

de 30.275.000 CAD, 1 emissão em francos suíços, no montante de 995.000 CHF, 3

emissão em ienes, no montante de 32.000.000.000 JPY e ainda 32 emissões em dólares

americanos no valor de 285.448.000 USD.

4.5 Agência Nacional de Codificação

À Interbolsa, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering

Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de

Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN - International

Securities Identification Number e CFI - Classification of Financial Instruments a todos

os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos

financeiros, em conformidade com as normas ISO e as directrizes da ANNA.

No âmbito das funções que lhe estão cometidas, enquanto Agência Nacional de

Codificação, a Interbolsa prosseguiu em 2010 a atividade de atribuição de Códigos ISIN

e Códigos CFI de acordo com as guidelines definidas pela ANNA, enquanto entidade

responsável a nível mundial, pela promoção, implementação e manutenção das Normas

ISO 6166 e ISO 10962.

No ano em apreço, a Agência Nacional de Codificação atribuíu 13.477 novos

códigos ISIN e desactivou 13.182 códigos, o que se traduziu num saldo positivo de

295 códigos.

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Durante o período em análise, a Agência Nacional de Codificação atribuíu 13.477 novos

códigos ISIN e desativou 13.182 códigos. Em consequência, em 31 de Dezembro de

2010, encontravam-se activos 6.012 códigos ISIN, mais 295 códigos do que no final de

2009.

Medindo a atividade da Agência Nacional de Codificação pelo somatório do número de

novos códigos atribuídos e pelo número de cancelados durante o ano, afere-se um total

de 26.659 códigos para o ano de 2010, sendo que em 2009 o número correspondente foi

de 26.576.

Cumprindo o objetivo de divulgar, a nível internacional, os códigos ISIN e CFI,

atribuídos pela Agência Nacional de Codificação, a Interbolsa fornece diariamente

informação para a base de dados central, operada pela ASB – ANNA Service Bureau.

Desta forma, toda a informação ISIN pode ser acedida pelas entidades que dela

necessitem, bem como pelas agências de codificação membros da ANNA.

Por outro lado, a Interbolsa, tendo como objetivo fomentar a divulgação dos códigos

atribuídos pela Agência Nacional de Codificação, mantém em funcionamento um

serviço de divulgação de dados ISIN, que assenta na subscrição de uma base de dados

contendo informação ISIN e respetivas atualizações diárias ou semanais.

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83

5 A DIMENSÃO SOCIAL DA EURONEXT LISBON

5.1 Recursos Humanos

Em Dezembro de 2010, o número de colaboradores ativos na Euronext Lisbon e na

Interbolsa era de 66, pertencendo 29 à entidade gestora da Bolsa e 37 à instituição

responsável pelos sistemas centralizados de valores mobiliários. A este número

acrescem ainda os colaboradores requisitados (3). Esta realidade reflete a prossecução

de uma política de mobilidade interna a nível do Grupo.

Neste contexto, é ainda de referir a nomeação, em 1 de Julho, de Luís Laginha de Sousa

para Presidente da Euronext Lisbon (sucedendo a Miguel Athayde Marques) e também

para os cargos de membro do Managing Board da Euronext N.V., membro do

Management Committee da NYSE Euronext e Presidente do Conselho de

Administração da Interbolsa S.A.

Em Junho de 2010, foi lançado um “Career Guide” no Grupo NYSE Euronext,

desenvolvido pela área de recursos humanos em parceria com as áreas de negócio e

funções corporativas. Este Guia permite a cada colaborador um melhor conhecimento

das competências e experiências de cada função em toda a Organização.

O Guia tem como objectivo ser utilizado por cada colaborador para:

• Melhor compreensão das qualificações e competências necessárias ao desempenho

de cada função;

• Identificar as diferenças entre as funções e as competências, atuais e as potenciais;

• Tomar decisões relativamente a como controlar a sua carreira, mobilidade e

formação.

A Euronext Lisbon continuou em 2010 empenhada em criar um ambiente propício

ao desenvolvimento das potencialidades a nível profissional dos seus colaboradores

e, em simultâneo, em proporcionar-lhes oportunidades de formação e combate ao

stress.

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A 17 de Novembro de 2010, foi lançada pela primeira vez uma política global de

“Wellness”, que consistiu na criação de inicativas para o equlíbrio de “Work Life

Balance” de todos os colaboradores da NYSE Euronext. Foi também criado o “Portal

Global Wellness” onde foram introduzidas ferramentas educacionais e interativas, e

“links” para recursos inovadores de bem-estar centrados no desafio da atividade física,

resistência ao “stress”, prevenção e nutrição.

No âmbito das iniciativas criadas em Lisboa, foi implementado um plano composto por:

• Ginástica laboral administrada por professores de educação física qualificados;

• Avaliação “on-job” com o objetivo de traçar o perfil comportamental de postura no

posto de trabalho e fornecer ferramentas práticas a cada colaborador, consoante a sua

necessidade individual;

Em 2010, deu-se continuidade ao Sistema de Avaliação de Desempenho, ferramenta

denominada “E-Performance”, aplicada em ambiente web, que permite a todos os

colaboradores o registo e avaliação do seu desempenho numa base global e transversal

dentro do grupo NYSE Euronext, bem como uma maior interatividade nas várias fases

do processo.

Ainda no mesmo contexto, foi dada continuidade, no ambiente de “Performance

Management”, a um módulo denominado “Total Compensation Plan”, onde também,

num ambiente interativo, se realizaram e decidiram as propostas de atualizações

salariais e outros incentivos.

No quarto trimestre de 2010, a NYSE Euronext conduziu pela segunda vez um inquérito

global aos colaboradores “Global Employee Survey”, tendo como objetivos analisar o

nível de satisfação e compromisso e identificar eventuais necessidades de atuação. Este

processo foi gerido pela equipa da gestão de talento dos recursos humanos com a

colaboração externa dos consultores da empresa Towers Perrin, uma empresa

independente de consultoria internacional.

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85

No âmbito da comunicação interna, deu-se continuidade à iniciativa “Lunch & Learn”,

tendo em 2010 sido realizados dois almoços: o primeiro em que foi tratado o tema

“NYSE Euronext Corporate Responsabilities and Junior Achievement” e o segundo

dedicado à abordagem da problemática “Fixed Income Derivatives & Fast Growing

Marketplace ”.

5.2 Responsabilidade Corporativa

O reconhecimento da relevância da responsabilidade corporativa no desenvolvimento

equilibrado das sociedades, nomeadamente na busca de soluções de crescimento que,

simultaneamente, contribuam para a sustentabilidade do planeta e se revelem mais

justas sob o ponto de vista social, tem levado muitas empresas a incorporarem esta

preocupação na sua estratégia de negócio e consequente atuação.

Tal pressupõe, entre outros factores, a criação de um ambiente de trabalho diversificado

e apelativo à pro-atividade individual e empresarial, numa perspectiva de

responsabilidade para com todos os “stakeholders” da empresa. Desta forma, as

empresas estão não apenas a contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta e

das sociedades humanas, mas também a beneficiar aprodutividade e, por conseguinte, a

potenciar a sua rendibilidade no futuro próximo. Neste sentido é comum identificar três

pilares da responsabilidade corporativa: o social, o ambiental e o económico.

Em 2010, o grupo NYSE Euronext consolidou e desenvolveu o trabalho que foi

iniciado pela equipa interna multidisciplinar, constituída em 2009. O Grupo entendeu

ainda que esta equipa carecia de reforço e de uma organização mais estruturada, tendo

A Bolsa portuguesa desenvolveu ao longo de 2010 várias iniciativas no âmbito da

responsabilidade corporativa, que conjugaram projetos concebidos e implementados

ao nível do Grupo, com ações mais focalizadas nas especificidades da nossa

realidade socio-económica.

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86

decidido criar uma função específica de coordenação para a Responsabilidade

Corporativa, que foi preenchida com a contratação de um colaborador especializado

para o cargo.

Ao longo do ano de 2010 foram desenvolvidas várias iniciativas na Bolsa portuguesa,

que conjugaram projetos concebidos e implementados ao nível do Grupo, com ações

mais focalizadas nas especificidades da nossa realidade socio-económica.

Do trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2010, sobressaem as seguintes iniciativas:

• Com o objetivo de desenvolver a literacia financeira e o empreendedorismo, a

Euronext Lisbon deu continuidade ao seu programa de intervenção em escolas

secundárias e universidades, iniciado em 2009. Durante o ano, estiveram nas

instalações da Euronext Lisbon ou foram visitados nas instituições de ensino

cerca de 1100 alunos, de 20 escolas e universidades.

• A Euronext Lisbon consolidou a sua parceria com a associação Aprender a

Empreender –“Junior Achievement Portugal”, também no contexto da promoção

da literacia financeira e do empreendedorismo. No âmbito deste programa

diversos colaboradores da Euronext Lisbon decidiram participar, como

voluntários, em ações junto de várias escolas secundárias nacionais.

• Na sequência da política seguida em anos anteriores, a Euronext Lisbon apoiou

várias outras iniciativas com objetivos semelhantes, em alguns casos mais

centradas no conhecimento sobre o mercado de capitais, nomeadamente através

de simuladores: foi o caso do “Global Management Challenge”, Semana Global

do Empreendedorismo, “Global Investment Challenge” e Jogo de Bolsa.

• Ao longo do ano foi desenvolvido um intenso trabalho de consolidação e

expansão do âmbito de atuação da Bolsa de Valores Sociais. Recorde-se que este

projeto foi lançado em Novembro de 2009, sob o lema “as boas ações estão

sempre em alta”, com o apoio da Euronext Lisbon, da Fundação Calouste

Gulbenkian e da Fundação EDP. Esta é uma plataforma inovadora na Europa,

destinada a promover o encontro entre doadores e entidades com uma missão

social e que tenham projetos com necessidades de financiamento. No final do

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87

ano encontravam-se “listados” na BVS 23 projetos de diversas instituições,

procurando responder a problemas relacionados com a educação e com o

empreendedorismo em populações menos favorecidas. Foram registados cerca

de 700 “investidores” e angariados para estes projetos cerca de 300 mil euros.

• A Euronext Lisbon manteve, em 2010, os seus apoios ao Grace – Grupo de

Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, ao BCSD – “Business Council for

Sustainable Development”, ao EPIS – Empresários para a Inclusão Social e à

Fundação do Gil.

Além destas participações, em 2010 a Euronext Lisbon levou a cabo outras ações, a

título individual. Neste particular, merece uma referência especial a concessão de apoios

monetários destinados a iniciativas de natureza social e no domínio da saúde (aquisição

de equipamento especializado para pessoas com deficiência) promovidas por

instituições de caridade.

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5.3 Centro de Documentação

O Centro de Documentação contém um acervo histórico que, em algumas áreas, é único

no País, com particular destaque para a colecção de Boletins (diários) de Cotações,

cobrindo um largo período desde o final do século XIX até ao presente, e para o

conjunto de relatórios anuais das empresas admitidas à negociação.

A raridade dos documentos existentes no Centro de Documentação, bem como a

possibilidade de consulta da base de dados informática da Euronext Lisbon, o DATHIS,

tem vindo a despertar o interesse por parte de um apreciável número de alunos de

mestrado e doutoramento.

Em 2010, o Centro de Documentação registou visitas de estudantes e investigadores

oriundos de 13 instituições, sendo de salientar as de visitantes fora de Lisboa: SDG -

Fátima, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Bragança e Instituto

Politécnico de Leiria.

No ano em análise, o Centro de Documentação da Euronext Lisbon, que abriu ao

público em 2008, continuou a despertar o interesse de estudantes e investigadores.

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6 ANÁLISE FINANCEIRA

6.1 Apreciação Global

Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 34,1 milhões de euros, sendo

resultantes de proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa no montante,

respetivamente, de 13,7 milhões de euros e 20,4 milhões de euros.

Enquanto os proveitos operacionais da Euronext Lisbon se mantiveram praticamente

inalteráveis (-0,1%), os da Interbolsa aumentaram 11,9%, permitindo uma variação

homóloga positiva de 7,1% em termos consolidados.

Já os custos operacionais consolidados, que totalizaram 14,5 milhões de euros,

evidenciaram um acréscimo de 2,6 milhões de euros (21,8%) face ao ano anterior, fruto

do aumento dos gastos desta natureza na Euronext Lisbon (34,8%). Este agravamento

deveu-se ao reconhecimento de custos não recorrentes e ao aumento dos custos de

estrutura central do Grupo durante este período; expurgando este efeito a variação seria

praticamente nula, dando continuidade ao esforço no controlo dos encargos

operacionais.

À data de Dezembro de 2010, a margem líquida foi de 41,5%, contra 48,1% em

Dezembro de 2009, e incorporou uma margem operacional de 57,6% (62,7% em

Dezembro do ano anterior).

O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon em Dezembro de 2010 ascendeu a

14,1 milhões de euros, tendo sofrido uma redução de 1,2 milhões de euros (-7,6%)

relativamente ao período homólogo. Este resultado consolida os resultados individuais da

Euronext Lisbon e da Interbolsa, que se cifraram em 3,5 milhões de euros (excluindo os

ganhos em subsidiárias no valor de 9,6 milhões de euros) e 10,6 milhões de euros,

respetivamente.

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Por sua vez, a rendibilidade do ativo consolidado situou-se em 25,3%, que compara com

28,3% em 2009, tendo a autonomia financeira alcançado 86,9% em Dezembro de 2010

face a 88,7% no mesmo período do ano precedente.

6.2 Proveitos e Ganhos

Analisando a evolução das componentes dos proveitos desta natureza, verificou-se um

decréscimo homólogo de 5,4%, nos provenientes do mercado a contado, motivado pela

diminuição do preço unitário dos negócios realizados na Bolsa ocorrida durante o ano

de 2010.

Como se conclui observando o gráfico seguinte, o número médio de negócios por sessão

aumentou de 21.173 em 2009 para 23.041 no ano em apreço, significando uma variação

positiva de 8,8%, que, todavia, não foi suficiente para compensar a redução do preço

médio por negócio, que desceu de 0,65 euros (Dezembro de 2009) para 0,59 euros

(Dezembro de 2010), o que corresponde a um decréscimo de 9,2%. A descida dos

preços no mercado a contado põe em clara evidência a intenção do Grupo de ir ao

encontro das necessidades do mercado, fazendo revisões sistemáticas no respetivo

preçário.

Os proveitos operacionais consolidados, como referido anteriormente, atingiram 34,1

milhões de euros, traduzindo um incremento de 7,1% face aos 31,8 milhões de euros

registados em 2009.

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Atendendo à origem dos proveitos obtidos em 2010, constata-se que as receitas de

admissão e manutenção cresceram 735 mil euros (+23,5%), refletindo as subidas

homólogas de 375 mil euros (+28%) nas receitas de admissão e de 360 mil euros (24%)

nas receitas com manutenção.

Entretanto, as receitas provenientes dos serviços de informação apresentaram um

decréscimo de 278 mil euros (-10,1%), que decorreu da diminuição das receitas com

“Market Data”.

Por sua vez, os proveitos associados à liquidação e custódia elevaram-se a 20,3 milhões

de euros, traduzindo um aumento de 12,0% face aos 18,1 milhões de euros registados

no ano anterior, proveniente, essencialmente, do acréscimo dos volumes de valores de

dívida integrados em sistemas centralizados.

Os outros segmentos de proveitos mantiveram-se praticamente no mesmo nível de 2009.

Dez-06 Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10Números médio negócios por sessão 9.170 19.149 23.543 21.173 23.041Preço médio por sessão 1,17 1,05 0,96 0,65 0,59

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Evolução do Nº de Negócios e Preço Médio por Negócio por Sessão de Bolsa

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O gráfico a seguir apresentado retrata a repartição dos proveitos consolidados por

segmento. Da sua leitura ressalta a importância do segmento da liquidação e custódia

59,5% (56,9% em Dezembro de 2009), seguido, ainda que a apreciável distância, pelo

segmento do mercado a contado com 20,7% (23,4% em Dezembro de 2009).

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Mercado contado

Admissão / Manutenção

Mercado derivados

Serviços informação

Liquidação e custódia

Outros proveitos

Dez-10 7.040 3.860 122 2.475 20.254 306Dez-09 7.441 3.125 66 2.753 18.087 321

10^3 euros

Origem dos Proveitos

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93

6.3 Custos e Perdas

Os gastos com pessoal consolidados cifraram-se em 8,1 milhões de euros, acusando um

agravamento de 1,4 milhões de euros face ao ano anterior. De realçar que este aumento

tem subjacente custos de natureza não recorrente; expurgando esse efeito a variação foi

irrelevante.

As amortizações, no montante de 318 mil euros, decresceram 54 mil euros (-14,4%), o

que ficou a dever-se ao facto de diverso equipamento ter atingido o fim da sua vida útil

em 2010.

20,7%

11,3%

0,4%

7,3%

59,5%0,9%

Repartição dos Proveitos Consolidados por Segmento

Mercado contado Admissão / Manutenção Mercado derivadosServiços informação Liquidação e custódia Outros proveitos

Os custos operacionais consolidados totalizaram 14,5 milhões de euros contra os 11,9

milhões de euros registados no período homólogo, significando um acréscimo de

21,8%.

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94

Os encargos consolidados com tecnologias de informação ascenderam a 1,6 milhões de

euros, o que representou um acréscimo homólogo de 102,8 mil euros (+6,8%), que

resultou principalmente da subida dos custos associados à nova plataforma de

negociação do Grupo e do aumento dos custos na Interbolsa provenientes da criação das

necessárias infra-estruturas que permitiram a esta entidade gestora assegurar a todos os

participantes nos seus sistemas, a partir de Março de 2009, a ligação à plataforma única

de liquidação desenvolvida pelo Banco Central Europeu – o TARGET2 - para efeitos de

liquidação financeira de operações.

Por sua vez, os custos consolidados com comunicações, consultadoria e outros, no valor

de 1,7 milhões de euros, verificaram uma contração de 46,2 mil euros fruto de uma

rigorosa política de controlo de custos.

Os gastos com equipamentos e instalações totalizaram 817 mil euros, valor que compara

com 902,5 mil euros em 2009 (-9,5%).

As despesas do Grupo com marketing contabilizaram, em 2010, um valor de 183,7 mil

euros, que traduz um incremento de 45,9 mil euros em relação a 2009, localizando-se na

sua maioria na Euronext Lisbon.

Os outros gastos, em termos consolidados, absorveram 1,6 milhões de euros, valor que

comportou um acréscimo homólogo de 1,3 milhões de euros. Atendendo, porém, a que

em Dezembro de 2010 o valor da alocação de custos de estrutura central do Grupo

atingiu 479,2 mil euros e no período homólogo estes mesmos custos tiveram um efeito

positivo de 707 mil euros, verifica-se que o valor desta rubrica se manteve praticamente

inalterado.

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95

6.4 Estrutura Patrimonial

O ativo líquido consolidado da Euronext Lisbon elevava-se, no final de Dezembro de

2010, a 55,9 milhões de euros, valor que incorpora um aumento de 1,9 milhões de euros

face a Dezembro de 2009.

O incremento observado resultou maioritariamente da evolução da rubrica “caixa e

depósitos de curto prazo”, que cresceu 1,7 milhões de euros.

Principais Rubricas do Balanço Consolidado (10^3 euros)

Rubrica

Dez 2010

Dez 2009

Variação 2010/2009 Valor %

Ativo 55.899 54.035 1.863 3,5% Passivo 7.324 6.111 1.213 19,9% Capital Próprio 48.575 47.925 650 1,4%

O passivo líquido consolidado, no valor de 7,3 milhões de euros, registou uma expansão

de 1,2 milhões de euros face a 2009, decorrente dos aumentos de 421 mil euros na

rubrica “credores e outros passivos” e 1 milhão de euros na dos “imposto a pagar”.

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

Gastos com pessoal

Amortizações Gastos com tecnologias de informação

Comunicações, consultoria e

outros

Equipamentos e instalações

Marketing Outros gastos

Dez-10 8.147 318 1.616 1.733 817 184 1.643Dez-09 6.793 372 1.513 1.780 903 138 375

(10^3 euros)Estrutura de Custos

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Por sua vez, o capital próprio consolidado, que era de 48,6 milhões de euros no final de

Dezembro de 2010, apresentou um valor praticamente inalterado face a Dezembro de

2009 (+ 650,4 mil euros).

A evolução verificada em 2010 nas rubricas do balanço e dos resultados repercutiu-se,

como já atrás se viu, na rendibilidade do ativo consolidado e na autonomia financeira,

que de Dezembro de 2009 para Dezembro de 2010, passaram de 28,3% para 25,3% e de

88,7% para 86,9%, respetivamente. Entretanto, a rendibilidade dos capitais próprios

também delineou uma trajetória decrescente: 31,9% no final de 2009, contra 29,1% um

ano depois.

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7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS ÀS CONTAS

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Notas Dez-10 Dez-09AtivoAtivos tangíveis 13 987.935 1.066.124 Ativos intangíveis 14 - - Investimentos em subsidiárias 15 266.358 266.358 Ativos financeiros disponíveis para venda 16 2.938.656 3.078.064 Impostos diferidos ativos 17 5.537 38.587

Total de Ativos Não Correntes 4.198.486 4.449.133

Impostos a receber - 18.180 Devedores e outros ativos 18 6.449.469 6.029.814 Caixa e depósitos a curto prazo 19 45.250.815 43.538.355 Depósitos a prazo 20 - -

Total de Ativos Correntes 51.700.284 49.586.349

Total do Ativo 55.898.770 54.035.482

Capitais PrópriosCapital 21 8.750.000 8.750.000 Prémios de emissão 23 748.195 - Reavaliação investimentos 22 580.220 703.115 Reservas 22 14.249.998 13.394.314 Outros instrumentos de capital 23 - 643.716 Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas e resultado transitados 24.246.696 24.433.605

Total dos Capitais Próprios 48.575.109 47.924.750

PassivoBenefícios aos colaboradores 23 189.359 409.753 Provisões 24 97.450 99.778 Impostos diferidos passivos 236.991 253.504

Total de Passivos Não Correntes 523.800 763.035

Credores e outros passivos 25 5.768.240 5.347.697 Provisões 24 - - Impostos a pagar 12 1.031.621 -

Total de Passivos Correntes 6.799.861 5.347.697

Total do Passivo 7.323.661 6.110.732

Total dos Capitais Próprios e Passivo 55.898.770 54.035.482

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard

As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009

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Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração do Rendimento Intergal Consolidado

para os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

Notas Dez-10 Dez-09Prestações de serviços

Mercado a contado 7.040.446 7.440.957 Admissão e manutenção 3.860.008 3.124.956 Mercado de derivados 122.280 66.480 Serviços de informação 2.475.093 2.752.974 Liquidação e custódia 20.254.240 18.087.053 Outros proveitos 2 306.449 321.175

34.058.516 31.793.595

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 8.147.064 6.793.309 Amortizações do exercício 4 318.495 372.264 Gastos com tecnologias de informação 5 1.616.039 1.513.228 Comunicações, consultoria e outros 6 1.733.453 1.779.659 Equipamentos e instalações 7 817.008 902.500 Marketing 8 183.748 137.881 Outros gastos 9 1.643.004 374.925

14.458.811 11.873.766

Resultado operacional 19.599.705 19.919.829

Resultado financeiro 10 401.331 970.569

Resultado antes de impostos 20.001.036 20.890.398

Impostos 12 5.857.046 5.587.408

Resultado do exercício 14.143.990 15.302.990

Reavaliação Investimentos 122.895 (473.978)

Rendimento Integral * 14.021.095 15.776.968

Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,62 1,75

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique Cerutti

Vincent Van Dessel

Garry Jones

Cees Vermaas

Roland Bellegard

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100

(Valores expressos em Euros)

Total da Ajustes em situação Prémios partes de Reservas Reservas Outras Outras Variações Resultados Resultadoslíquida Capital Emissão capital legais livres reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 51.629.646 8.750.000 - 229.137 10.775.630 1.695.981 3.126.332 134.109 8.277.179 18.641.278 -

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 15.302.990 - - - - - - - - 15.302.990

Reavaliação de Investimentos 473.978 - - 473.978 - - - - - -

Rendimento Integral 15.776.968

Constituição de reservas: Reserva legal - - - - 2.618.684 - - - (2.618.684)

Outros instrumentos de capital 509.607 - - - - - - 509.607 - -

Resultados transitados 1.667.618 - - - - - - 17.690.212 (16.022.594)

Operações com detentores de capital no período -

Distribuição de dividendos (21.659.089) - - - - (1.695.981) (3.126.332) (16.836.776) -

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 47.924.750 8.750.000 - 703.115 13.394.314 - - 643.716 9.130.615 15.302.990

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 14.143.990 - - - - - - - - 14.143.990

Reavaliação de Investimentos (122.895) - - (122.895) - - - - - -

Rendimento Integral 14.021.095

Plano de remunerações por ações 572.775 - 748.195 - - - - (643.716) 468.296 -

Constituição de reservas: Reserva legal (2) - 855.684 - (855.686)

Resultados transitados (503.796) - - - - - - - 13.943.508 (14.447.304)

Operações com detentores de capital no período -

Distribuição de dividendos (13.439.713) - - - - (13.439.713) -

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 48.575.109 8.750.000 748.195 580.220 14.249.998 - - - 10.102.706 14.143.990

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Mapa de alterações na Situação Líquida Consolidadopara os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

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Dez-10 Dez-09I Atividades operacionais

Resultado líquido antes de impostos 20.001.036 20.890.398 Ajustamentos:

Resultados financeiros (401.331) (970.569)Amortizações 318.495 372.264 Dividendos - - Outras operações sem fluxo de caixa 538.286 617.586

Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 20.456.486 20.909.679 do "working capital" (A)

(Aumento) / diminuição outros recebimentos (419.655) (47.875)Diminuição em pagamentos de curto prazo 181.306 (1.458.754)

Total da variação do "working capital" (B) (238.349) (1.506.629)

Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais (A + B) 20.218.137 19.403.050

Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (4.774.195) (7.382.926)Pagamento de juros (5.427) (7.056)

Total de fluxos de caixa de atividades operacionais 15.438.515 12.013.068

II Atividades de investimento

Compra de ativos tangíveis (341.068) (302.499)Venda de ativos tangíveis e intangíveis 146.067 34.257 Juros recebidos 412.454 973.440 Aquisição de investimentos - - Aplicações em depósitos a prazo - 5.879.044

Total de fluxos de caixa de atividades de investimento 217.453 6.584.242

III Atividades de financiamento

Dividendos pagos (13.943.508) (19.991.471)

Total de fluxos de caixa de atividades de financiamento (13.943.508) (19.991.471)

Total de fluxos de caixa do exercício 1.712.460 (1.394.161)

Variação de caixa e seus equivalentes

Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 43.538.355 44.932.516 Caixa e seus equivalentes no final do exercício 45.250.815 43.538.355

Movimentos em caixa e seus equivalentes 1.712.460 (1.394.161)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry Jones

Cees Vermaas

Roland Bellegard

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados

(Valores expressos em euros)

para os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

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Notas Dez-10 Dez-09AtivoAtivos tangíveis 13 730.957 812.663 Investimentos em subsidiárias 15 5.766.358 5.766.358 Ativos financeiros disponíveis para venda 16 - - Impostos diferidos ativos 17 603 603

Total de Ativos Não Correntes 9.435.324 9.656.438

Impostos a receber 136.491 742.825 Devedores e outros ativos 18 4.123.656 3.880.436 Caixa e depósitos a curto prazo 19 23.341.466 22.964.446

Total de Ativos Correntes 27.601.613 27.587.707

Total do Ativo 37.036.937 37.244.145

Capitais PrópriosCapital 21 8.750.000 8.750.000 Prémios de emissão 23 748.195 - Reavaliação investimentos 22 580.220 703.115 Reservas 22 8.749.998 7.894.314 Outros instrumentos de capital 22 - 643.716 Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas e resultado transitados 13.666.576 14.799.195

Total dos Capitais Próprios 32.494.989 32.790.340

PassivoBenefícios aos colaboradores 23 230.167 293.168 Provisões 24 97.450 99.778 Impostos diferidos passivos 236.991 253.504

Total de Passivos Não Correntes 564.608 646.450

Credores e outros passivos 25 3.977.340 3.807.355 Impostos a pagar 12 - -

Total de Passivos Correntes 3.977.340 3.807.355

Total do Passivo 4.541.948 4.453.805

Total dos Capitais Próprios e Passivo 37.036.937 37.244.145

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard

As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Balanço Individual em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009

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Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração do Rendimento Integral Individualpara os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

Notas Dez-10 Dez-09Prestações de serviços

Mercado a contado 7.040.446 7.440.957 Admissão e manutenção 3.860.008 3.124.956 Mercado de derivados 122.280 66.480 Serviços de informação 2.476.233 2.780.699 Outros proveitos 2 244.849 346.444

13.743.816 13.759.536

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 5.412.517 4.199.514 Amortizações do exercício 4 157.469 220.870 Gastos com tecnologias de informação 5 771.152 726.475 Comunicações, consultoria e outros 6 827.728 996.791 Equipamentos e instalações 7 526.166 545.273 Marketing 8 183.626 137.721 Outros gastos 9 940.532 (282.063)

8.819.190 6.544.581

Resultado operacional 4.924.626 7.214.955

Resultado financeiro 10 226.718 555.624

Ganhos de subsidiárias 11 9.634.410 9.130.615

Resultado antes de impostos 14.785.754 16.901.194

Impostos 12 1.587.474 2.101.999

Resultado do exercício 13.198.280 14.799.195

Reavaliação Investimentos 122.895 (473.978)

Rendimento Integral * 13.075.385 15.273.173

Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,51 1,69

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique Cerutti

Vincent Van Dessel

Garry Jones

Cees Vermaas

Roland Bellegard

As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.

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104

(Valores expressos em Euros)

Total da Ajustes em situação Prémios partes de Reservas Reservas Outras Outras Variações Resultados Resultadoslíquida Capital Emissão capital legais livres reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de Dezembro 2008 36.999.031 8.750.000 - 229.137 6.023.560 28.364 3.126.332 134.109 - 18.707.529

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 14.799.195 - - - - - - - - 14.799.195

Reavaliação de Investimentos 473.978 - - 473.978 - - - - - -

Rendimento Integral 15.273.173

Constituição de reservas: Reserva legal - - - - 1.870.753 - - - - (1.870.753)

Outros instrumentos de capital 509.607 509.607

Resultados transitados - - - - - - - - 16.836.776 (16.836.776)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (19.991.472) - - - - (28.364) (3.126.332) - (16.836.776) -

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 32.790.340 8.750.000 - 703.115 7.894.313 - - 643.716 - 14.799.195

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 13.198.280 - - - - - - - - 13.198.280

Reavaliação de Investimentos (122.895) - - (122.895) - - - - - -

Rendimento Integral 13.075.385

Plano de remunerações por ações 572.775 - 748.195 - - - - (643.716) 468.296 -

Constituição de reservas: Reserva legal (2) - - - 855.685 - - - - (855.687)

Resultados transitados - - - - - - - - 13.943.508 (13.943.508)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (13.943.508) - - - - - - - (13.943.508) -

Saldos em 31 de Dezembro 2010 32.494.989 8.750.000 748.195 580.220 8.749.998 - - - 468.296 13.198.280

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoJosé Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique CeruttiVincent Van DesselGarry JonesCees VermaasRoland Bellegard

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Mapa de alterações na Situação Líquida individualpara os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

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Dez-10 Dez-09I Atividades operacionais

Resultado liquido antes de impostos 14.785.754 16.901.194 Ajustamentos:

Resultados financeiros (226.718) (555.624)Amortizações 157.469 220.870 Dividendos (9.634.410) (9.130.615)Outras operações sem fluxo de caixa 538.286 617.586

Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 5.620.381 8.053.411 do "working capital" (A)

(Aumento) / diminuição outros recebimentos (243.220) 310.503 Diminuição em pagamentos de curto prazo 88.142 (1.566.541)

Total da variação do "working capital" (B) (155.078) (1.256.038)

Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais (A + B) 5.465.303 6.797.374

Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (981.140) (4.120.642)Pagamento de juros (4.795) (4.513)

Total de fluxos de caixa de atividades operacionais 4.479.368 2.672.219

II Atividades de investimento

Compra de ativos tangíveis (168.294) (123.819)Venda de ativos tangíveis e intangíveis 137.836 30.616 Juros recebidos 237.209 555.952 Aquisição de investimentos - - Outras atividades de investimento - -

Total de fluxos de caixa de atividades de investimento 206.751 462.749

III Atividades de financiamento

Dividendos recebidos / pagos (4.309.098) (10.860.856)

Total de fluxos de caixa de atividades de financiamento (4.309.098) (10.860.856)

Total de fluxos de caixa do exercício 377.020 (7.725.889)

Variação de caixa e seus equivalentes

Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 22.964.446 30.690.335 Caixa e seus equivalentes no final do exercício 23.341.466 22.964.446

Movimentos em caixa e seus equivalentes 377.020 (7.725.889)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

José Chaveiro Luís Laginha de Sousa

Dominique Cerutti

Vincent Van Dessel

Garry Jones

Cees Vermaas

Roland Bellegard

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração dos Fluxos de Caixa Individual

(Valores expressos em euros)

para os anos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

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Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais

para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010

1 Políticas contabilísticas

1.1 Bases de apresentação

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (adiante

designada por “Euronext Lisbon”), com Sede na Avenida da Liberdade, n.º 196 – 7º, em

Lisboa, foi constituída por escritura pública de 10 de Fevereiro de 2000 conforme

deliberação das Assembleias-Gerais da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e da

Associação da Bolsa de Derivados do Porto, em 20 de Dezembro de 1999, nos termos

do disposto no Decreto-Lei n.º 394/99 de 13 de Outubro e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª

Série), de 8 de Novembro.

A Euronext Lisbon tem como objecto principal a gestão de bolsas, podendo ainda gerir

outros mercados de valores mobiliários, gerir sistemas de liquidação de valores

mobiliários, prestar outros serviços relacionados com a emissão e a negociação de

valores mobiliários que não constituam actividade de intermediação e prestar aos

membros dos mercados por si geridos os serviços que se revelem necessários à

intervenção desses membros em mercados geridos por entidade congénere de outro

Estado com quem tenha celebrado acordo.

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. encontra-

se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa – 1ª Secção, sob o

número 8.875.

O registo do acto constitutivo foi efectuado em 22 de Fevereiro de 2000.

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Euronext Lisbon para o

exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, foram preparadas em conformidade com

as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) aprovadas pela União Europeia

e em vigor nessa data.

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As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo

histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao seu justo valor,

nomeadamente os ativos financeiros disponíveis para venda. Os outros ativos e passivos

financeiros e ativos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou

custo histórico. As políticas contabilísticas apresentadas nessa data foram aplicadas de

forma consistente a todas as entidades do Grupo, em todos os exercícios apresentados

nas demonstrações financeiras.

As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para as

quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentadas na

nota 1.21.

1.2 Bases de consolidação

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a Euronext Lisbon exerce

o controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a

Euronext Lisbon assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que

esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando a Euronext Lisbon

detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando a Euronext

Lisbon detém o poder, direta ou indiretamente, de gerir a política financeira e

operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas atividades,

mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a

50%.

Transacções eliminadas em consolidação

Os saldos e transações entre empresas da Euronext Lisbon, bem como alguns ganhos e

perdas não realizados resultantes dessas transações, são anulados na preparação das

demonstrações financeiras consolidadas. Os ganhos e perdas não realizados de

transações com associadas são eliminados na extensão da participação da Euronext

Lisbon nessas entidades.

1.3 Instrumentos financeiros

i) Classificação

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não se

enquadram na definição de derivados e que não são classificados como investimentos

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detidos até à maturidade ou instrumentos financeiros de negociação. Os ativos

financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida.

ii) Data de reconhecimento

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.

iii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Ativos financeiros disponíveis para venda detidos com o objetivo de serem mantidos

pela Euronext Lisbon, nomeadamente ações, são classificados como disponíveis para

venda. Os ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao

justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transações. Os ativos

financeiros disponíveis para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor.

As alterações no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor

até ao momento em que são vendidos ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade.

Na alienação dos ativos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas

acumulados reconhecidos como reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica

“Resultados de activos financeiros disponíveis para venda” da demonstração de

resultados.

Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de uma evidência

objetiva de imparidade nomeadamente de um impato adverso nos “cash flows” futuros

estimados de um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que possa ser medido

de forma fiável.

Se for identificada imparidade num ativo financeiro disponível para venda, a perda

acumulada (mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor,

excluindo perdas de imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de

resultados) é transferida do capital próprio e reconhecida na demonstração de

resultados. Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida

classificados como disponíveis para venda aumentar e esse aumento puder ser

objetivamente associado a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por

imparidade na demonstração de resultados, a perda por imparidade é revertida por

contrapartida de resultados. As perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de

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capital classificados como disponíveis para venda não são revertidas por contrapartida

de resultados.

1.4 Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode

ser trocado numa transação normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a

isso, sem qualquer intenção ou necessidade de liquidar ou de empreender uma transação

em condições adversas.

O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de

intermediários financeiros em mercados de ativos, quando disponíveis. Na sua ausência,

o justo valor é baseado na utilização de preços de transações recentes realizadas em

condições de mercado ou, na sua ausência, usando técnicas de valorização. Estas

técnicas de valorização incluem fluxos futuros de caixa descontados considerando dados

observáveis de mercado disponíveis.

1.5 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros

Transferências de e para ativos e passivos financeiros de negociação são proibidas.

1.6 Desreconhecimento

A Euronext Lisbon desreconhece os ativos financeiros quando expiram todos os direitos

a fluxos de caixa futuros ou quando os ativos forem transferidos. Quando ocorre uma

transferência de ativos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando

substancialmente todos os riscos e benefícios dos activos foram transferidos ou a

Euronext Lisbon não mantém controlo dos ativos.

A Euronext Lisbon procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os

mesmos são cancelados ou extintos.

1.7 Locação financeira

Na ótica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu

início como ativo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao

valor atual das rendas de locação vincendas.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do

capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação,

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a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do

passivo para cada período.

1.8 Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e os proveitos são registados no período a que se referem independentemente

do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da

especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as

correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de “Outros activos ou

passivos”, conforme sejam valores a receber ou a pagar.

O rédito compreende os montantes faturados na prestação de serviços líquidos de

imposto sobre o valor acrescentado, abates e descontos.

1.9 Existências

As existências são valorizadas ao valor realizável líquido deduzido das eventuais perdas

de imparidade.

As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências refletem a

diferença entre o custo de produção e o valor realizável líquido de mercado das

existências, bem como a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação,

obsolescência e deterioração.

1.10 Contas a receber

As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor deduzidas das

perdas por imparidade que lhe estejam associadas.

As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas,

associadas aos créditos de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por

imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo

subsequentemente revertidas por resultados, caso se verifique uma redução do montante

da perda estimada, num período posterior.

1.11 Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das

respetivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. As taxas de amortização

dos ativos tangíveis são revistas de forma a representarem a vida útil esperada dos bens

a que respeitam. Os custos subsequentes são reconhecidos como um ativo separado

apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a

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Euronext Lisbon. As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como

custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio da especialização dos

exercícios.

A Euronext Lisbon procede a testes de imparidade sempre que eventos ou

circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a

diferença, caso exista, reconhecida em resultados.

As amortizações dos activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas

constantes de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Edifícios 2 a 5

Equipamento informático 2 a 3

Equipamento de transporte 4

Equipamento administrativo 4 a 10

Outros activos tangíveis 3 a 10

1.12 Ativos intangíveis

“Software”

Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as

despesas adicionais suportadas pela Euronext Lisbon necessárias à sua implementação.

Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes

ativos (3 anos).

Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos

quando incorridos.

1.13 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam

os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data

de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de

crédito.

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1.14 Transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da

transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que

estão contabilizados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de

balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em

resultados. Os ativos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira,

registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data da transação.

Ativos e passivos não monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de

câmbio da data em que o justo valor foi determinado.

1.15 Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa

e a Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de

pensões cujo património inicial foi de Euros 1.391.127.

A 29 de Dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato

constitutivo do Fundo de Pensões da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a

abranger também os trabalhadores que integravam a Associação da Bolsa de Derivados

do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora

de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de

pensões com as mesmas características do Fundo de Pensões da Euronext Lisbon, cujo

património inicial foi de Euros 498.798.

O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e

encontra-se constituído por tempo indeterminado.

As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de

estudo atuarial elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon com planos de reforma (planos de

benefício definido) é estimada anualmente, à data de fecho de contas.

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O cálculo atuarial é efetuado com base no método de crédito da unidade projetada para

a reforma por velhice, invalidez e sobrevivência imediata e diferida, tendo sido utilizado

decrementos por invalidez para a reforma por velhice e sobrevivência diferida, tendo

sido ainda, utilizados pressupostos atuariais e financeiros de acordo com os parâmetros

exigidos pela IAS 19.

Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o

retorno esperado dos ativos do plano são registados por contrapartida de custos

operacionais.

A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon relativa ao plano de pensões de

benefício definido é calculada através da estimativa do valor de benefícios futuros que

cada empregado deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em

períodos passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu valor atual,

sendo que o justo valor de quaisquer ativos do plano deve ser deduzido. A taxa de

desconto aplicada corresponde à taxa de obrigações de “rating” AAA com maturidade

semelhante à data do termo das obrigações do plano.

De acordo com o método do corredor, os ganhos e perdas atuariais não reconhecidos em

resultados, que excedam 10% do maior entre o valor atual das obrigações definidas e o

justo valor dos ativos do plano, são registados por contrapartida de resultados pelo

período de 22 anos correspondente à vida útil remanescente estimada dos trabalhadores

no ativo.

Os pagamentos ao fundo são efetuados anualmente de acordo com um plano de

contribuições determinado de forma a assegurar a solvência do fundo.

Programa de remuneração por ações

O programa de remuneração com opções sobre ações (“stock options”) desenvolvido

em 2004, permitiu aos colaboradores da empresa adquirir acções da Euronext N.V. O

preço de exercício das opções é igual ao preço de mercado das ações na data de

concessão pelo que na referida data não é reconhecido qualquer custo ou obrigação.

O justo valor das opções atribuídas, determinado na data de concessão (“grant date”), é

reconhecido em resultados, por contrapartida de capitais próprios nas demonstrações

financeiras da Euronext N.V., durante o período do direito de subscrição (“vesting

period”), tendo por base o seu valor de mercado calculado na data de atribuição.

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Caso a opção venha a ser exercida, o Grupo Euronext efectuará a aquisição das ações no

mercado para proceder à sua atribuição aos colaboradores.

O justo valor das opções atribuídas é determinado através do método binomial.

1.16 Resultados financeiros

Os resultados financeiros incluem os juros recebidos de aplicações, ganhos e perdas de

diferenças de câmbio.

Os juros recebidos são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos

exercícios, considerando o método da taxa de juro efetiva. Os juros pagos relativos a

operações de leasing financeiro são reconhecidos considerando o método da taxa de juro

efetiva.

1.17 Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos

correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados,

exceto quando relacionado com items que sejam movimentados em capitais próprios,

facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios.

Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o resultado

tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente

aprovada pelas autoridades fiscais à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos

impostos de períodos anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no

balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e

passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou

substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem

a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos, quando exista uma expetativa

razoável de haver lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias

dedutíveis para efeitos fiscais.

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1.18 Resultados por ação

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas

da empresa mãe pelo número de ações ordinárias.

1.19 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) a Euronext Lisbon tem uma obrigação presente,

legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii)

quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

1.20 Fundo de garantia

Por deliberação da Assembleia-Geral da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa foi

criado, em 2 de Janeiro de 1997, o Fundo de Garantia daquela Associação. A finalidade

deste fundo era a de assegurar aos clientes dos corretores associados membros daquela

Associação, o cumprimento das obrigações decorrentes das operações que foram

incumbidos de realizar na Bolsa de Valores de Lisboa.

De acordo com o regulamento interno deste Fundo de Garantia, no exercício de 1997, a

Associação da Bolsa de Valores de Lisboa, entregou uma contribuição extraordinária

(reembolsável) no valor de Euros 266.358, a qual se encontra registada na rubrica de

“Investimentos em Subsidiárias”.

A alteração ao Código dos Valores Mobiliários, introduzida pelo Decreto-Lei n.º

66/2004, de 24 de Março, alterou a natureza obrigatória da existência de fundos de

garantia, cuja constituição passou a constituir uma possibilidade oferecida às, e já não

um dever a cargo das, entidades gestoras, bem como, modificou a natureza da

participação no fundo de garantia, a qual deixou de ser obrigatória e perdeu o seu

caráter de requisito de exercício das atividades de membro de mercado regulamentado e

de participante de sistemas de liquidação e passou a ser facultativa.

1.21 Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o

Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de

forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado.

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As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos

princípios contabilísticos pela Euronext Lisbon são analisados como segue, no sentido

de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados da

Euronext Lisbon e a sua divulgação.

Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um

tratamento contabilístico alternativo em relação ao adotado pelo Conselho de

Administração, os resultados reportados pela Euronext Lisbon poderiam ser diferentes

caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera

que os critérios adotados são apropriados e que as demonstrações financeiras

apresentam de forma adequada a posição financeira da Euronext Lisbon e das suas

operações em todos os aspetos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para

assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de

sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

A Euronext Lisbon determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros

disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor

significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou

de valor significativo requer julgamento. No julgamento efetuado, a Euronext Lisbon

avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços dos ativos financeiros.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos

de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou

julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá

resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente

impato nos resultados da Euronext Lisbon.

Imparidade dos ativos de longo prazo

Os ativos fixos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando

existem factos ou circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.

Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos ativos

fixos tangíveis e intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à

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data, as alterações de pressupostos poderão resultar em impatos na determinação do

nível de imparidade e consequentemente nos resultados da empresa.

Cobranças duvidosas

As perdas por imparidade relativas a contas a receber de cobrança duvidosa são

baseadas na avaliação efetuada pela Administração da probabilidade de recuperação dos

saldos das contas a receber, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros fatores.

Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas

por imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados,

incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências setoriais, da deterioração

da situação creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este

processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações

destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e

consequentemente diferentes impatos em resultados.

Impostos sobre os lucros

A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas

interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a

determinação dos impostos a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos

sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado

pela Euronext Lisbon e pela sua Subsidiária, durante um período de quatro ou seis anos,

no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correções à

matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da

legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Euronext

Lisbon e da sua Subsidiária, de que não haverá correções significativas aos impostos

sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma requer a

utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais,

rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que podem ter impato nos

custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

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Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impato significativo nos valores

determinados.

1.22 Gestão dos riscos de negócio

A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um

perfil de risco prudente, equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de

organização, preservando os objetivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e

adequada liquidez.

A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de

um sistema de controlo interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à

sua atividade, a minimização de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente

económico e competitivo e às mudanças de mercado, bem como, um mais eficaz

desenvolvimento e crescimento da empresa.

Riscos financeiros

a) Exposição a risco de crédito

Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única

contraparte ou grupo de contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada

classe de ativos financeiros é representada pelos valores escriturados dos respetivos

ativos.

b) Exposição a risco de taxa de juro

As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco

reduzido, como sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.

As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida

credibilidade, existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de

aplicações de carteira própria, que impedem a exposição a riscos considerados

relevantes.

A empresa não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos

riscos de taxa de juro

Risco liquidação e custódia

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119

A 31 de Dezembro de 2010, a valorização das emissões integradas na Central da

Valores Mobiliários, gerido pela Interbolsa (custódia) ascendia a Euros

319.292.886.5283.

Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os

procedimentos de controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os

riscos inerentes a estas operações.

1.23 Fluxos de caixa

O método utilizado para a apresentação dos fluxos de caixa é o método indireto.

2 Outros proveitos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Ganhos / (Perdas) em imobilizações 19.882 1.879 - - Outros proveitos 286.567 319.293 244.849 346.444

306.449 321.175 244.849 346.444

3 Gastos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Remunerações 5.933.222 4.872.767 3.724.059 2.798.462Encargos sociais obrigatórios 657.108 658.209 357.471 370.239Encargos com pensões e Benefícios aos empregados 309.608 229.036

187.000 128.209

Trabalhadores temporários 14.671 19.479 14.671 19.480Formação 74.521 52.538 38.112 24.674Alocação de custos com o pessoal do Grupo 342.837 174.154 342.837 174.154Outros custos 815.097 787.126 748.367 684.296

8.147.064 6.793.309 5.412.517 4.199.514

3 A valorização das emissões representativas de dívida é calculada com base no valor nominal. Para as restantes emissões o cálculo é baseado no último preço de fecho para os valores cotados ou no valor nominal para os valores não cotados. Nas unidades de participação não admitidas à negociação a valorização é calculada com base no preço de subscrição. No que se refere às emissões de warrants, certificados e outros valores similares não é apresentada a valorização das emissões.

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O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros dos Órgãos Sociais da

Euronext Lisbon, no exercício findo em Dezembro 2010, registado na rubrica Gastos

com pessoal, foi de Euros 1.387.278 (2009: Euros 1.093.821).

O número de trabalhadores ao serviço do Grupo Euronext no final dos exercícios findos

em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, distribuído por departamentos, foi o seguinte:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Mercado a contado 8 8 8 8Mercado de derivados 1 1 1 1Liquidação e custódia 11 11 - -Suporte – Administrativo e financeiro 5 9 2 5Suporte – Jurídico 5 5 3 3Suporte – Informática 20 20 1 1Suporte – Recursos humanos 3 3 3 3Suporte – Relações públicas 1 1 1 1Suporte – Serviços gerais 3 3 3 3Outros (incluindo requisitados e expatriados)

12 13 10 11

69 74 32 36

4 Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Ativos tangíveis: Edifícios - 24.739 - 24.739Equipamento informático 69.737 101.998 35.816 54.298Equipamento de transporte 115.444 137.968 69.991 96.153Equipamento administrativo 52.384 46.023 24.494 25.847Outros ativos tangíveis 80.930 61.536 31.168 19.833

318.495 372.264 157.469 220.870

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5 Gastos com tecnologias de informação

O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Subcontratos e manutenção de hardware 232.938 312.381 232.938 312.381Licenças e manutenção de software 1.260.781 1.105.687 415.894 318.934Outros 122.320 95.160 122.320 95.160

1.616.039 1.513.228 771.152 726.475

6 Comunicações, consultoria e outros

O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Material de consumo corrente 61.802 84.791 26.877 48.334Deslocações e estadias 314.203 313.175 235.843 236.891Comunicações 438.801 401.778 77.165 77.123Seguros 62.081 139.577 49.809 66.490Comunicação de dados 33.123 34.486 33.123 34.486Consultadoria jurídica 60.003 106.623 56.746 99.102Consultadoria fiscal e contabilística 90.090 185.380 65.405 158.185Consultadoria de recursos humanos 24.000 24.000 - -Outros serviços 649.350 492.849 282.760 276.180

1.733.453 1.779.659 827.728 996.791

Divulgação dos honorários do ROC

Durante o exercício de 2010, a Euronext Lisbon contratou serviços à

PricewaterhouseCoopers & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda,

(PwC) cujos honorários ascenderam a €61.204 para o Grupo e €39.734 para o Individual,

com a seguinte distribuição pelos diferentes tipos de serviços prestados: Grupo Individual Dez-10 Dez-10 Euros Euros

Serviços de revisão legal de contas e auditoria 49.704 30.234 Outros serviços que não de revisão ou auditoria

11.500 9.500

61.204 39.734

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Serviços de revisão legal de contas

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da auditoria e da revisão legal das

contas consolidadas do Grupo e das empresas em base individual, auditoria das

subsidiárias para efeitos de consolidação e outros serviços associados à revisão legal das

contas.

Outros serviços que não de revisão ou auditoria

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito dos serviços que não de revisão ou

auditoria que são permitidos de acordo com as regras de independência definidas.

7 Equipamentos e instalações

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Rendas de edifícios 643.213 645.753 450.128 452.884Segurança 51.307 50.225 217 -Água, electricidade e combustíveis 22.821 30.173 124 -Serviços de limpeza e manutenção 46.928 52.719 27.747 22.975Outros 52.739 123.630 47.950 69.414

817.008 902.500 526.166 545.273

8 Marketing

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Eventos 98.060 64.834 98.060 64.834Patrocínios 85.404 39.350 85.404 39.350Apresentações e conferências - 17.610 - 17.610Outros 284 16.087 162 15.927

183.748 137.881 183.626 137.721

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9 Outros gastos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Taxas de supervisão 900.000 900.000 360.000 360.000 Outros 743.004 (525.075) 580.532

(642.063) 1.643.004 374.925 940.532 (282.063))

A rubrica Outros inclui os custos de estrutura central do Grupo no valor 479.215Euros

(2009: Euros (707.458)).

10 Resultado financeiro

O valor desta rubrica é composto por: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Proveitos financeiros: Juros obtidos 412.454 973.440 237.209 555.952Diferenças de câmbio favoráveis 0 4.185 . 4.185

412.454 977.625 237.209

560.137

Gastos financeiros: Juros suportados 5.427 7.056 4.795 4.513Diferenças de câmbio desfavoráveis 5.696 - 5.696

11.123 7.056 10.491

4.513 Resultado financeiro 401.331 970.569 226.718 555.624

11 Ganhos em subsidiárias

Esta rubrica aplica-se apenas às contas individuais da Euronext Lisbon e refere-se aos

dividendos recebidos da sua subsidiária, Interbolsa – Sociedade gestora de Sistemas de

Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A.

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12 Impostos

Os encargos com impostos são os seguintes:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Imposto corrente do exercício 5.862.888 5.541.395 1.626.366 2.100.799 Correcção de anos anteriores (38.892) (38.892) 5.823.996 5.541.395 1.587.474 2.100.799

Imposto diferido Diferenças temporárias 33.050 46.013 - 1.200

Imposto corrente sobre o rendimento 5.857.046 5.587.408 1.587.474 2.101.999 Reconciliação entre o custo do exercício e o saldo em balanço Custo do imposto corrente do exercício (1) 5.862.888 5.541.395 1.626.366 2.100.799 Pagamentos por conta (2) 4.806.822 5.366.481 1.762.857 2.750.217 Retenções na fonte (3) 24.445 193.094 - 93.407 Saldo corrente a pagar (receber) (1) - (2) - (3) 1.316.621 (18.180) (136.491) (742.825)

O valor de impostos sobre lucros do Grupo ascende a Euros 5.857.045, o que representa uma

taxa média de imposto de 29,28% do resultado consolidado antes de impostos (Dez 2009:

26,75%).

A diferença entre a taxa nominal de imposto sobre o rendimento a que a Euronext Lisbon se

encontra sujeita e a taxa média acima referida resulta dos ajustamentos considerados para

efeitos da determinação da matéria coletável, nos termos previstos na legislação aplicável.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC no Grupo é analisada como segue:

Dez 2010 Dez 2009 % Valor % Valor

Resultado antes de impostos 20.001.036 20.890.398 Taxa de imposto corrente 26,50% 5.300.275 26,50% 5.535.955 Tributação autónoma e benefícios fiscais dedutíveis à coleta

e custos não dedutíveis 2,78% 556.771 0,25% 51.453 29,28% 5.857.046 26,75% 5.587.408

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A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de IRC, em base individual, é

analisada como segue: Dez 2010 Dez 2009

% Valor % Valor

Resultado antes de impostos 14.785.754 16.901.194 Taxa de imposto corrente 26,50% 3.918.225 26,50% 4.478.816 Anulação do efeito do dividendo recebido (17,27%) (2.553.119) (14,32%) (2.419.613) Tributação autónoma e benefícios fiscais dedutíveis à coleta

e custos não dedutíveis 1,50% 222.368 0,25% 42.796 10,74% 1.587.474 12,44% 2.101.999

13 Ativos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Custo:

Imóveis:

Edifícios 186.046 186.046 123.694 123.694 Equipamento:

Informático 1.300.236 1.249.095 380.384 349.806 Transporte 691.099 766.959 476.134 546.036 Administrativo 969.809 956.956 519.902 519.902

Outros activos tangíveis 838.274 788.947 588.775 588.775 3.985.464 3.948.003 2.088.889 2.128.213

Amortizações acumuladas: (2.997.529) (2.881.879) (1.3.57.932) (1.315.550) Total Liquido 987.935 1.066.124 730.957 812.663

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126

Os movimentos da rubrica ativos tangíveis, a 31 de Dezembro de 2010, para o Grupo, são

analisados como segue:

Saldo em

1 Janeiro

Aquisições/ Dotações Abates Regularizações/

Transferências Saldo em

31 Dezembro

Euros Euros Euros Euros Euros

Custo:

Imóveis: Edifícios 186.046 186.046

Equipamento:

Informático 1.249.094 54.728 (3.587) 1.300.236 Transporte 766.959 218.898 (294.759) 691.098 Administrativo 956.957 12.853 969.809

Outros activos tangíveis 788.947 49.327 - 838.274

3.948.003 335.806 298.346 3.985.463 Amortizações acumuladas:

Imóveis:

Edifícios (166.412) - - (166.412) Equipamento:

Informático (1.174.761) (69.737) 3.587 (1.240.910)Transporte (581.271) (115.445) 199.259 (497.458)Administrativo (773.073) (52.384) - (825.457)

Outros activos Tangíveis (186.362) (80.929) - (267.291)

(2.881.879) (318.495) 202.846 (2.927.528) Total Liquido: 1.066.124 17.311 (95.500) 987.935

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Os movimentos da rubrica Activos tangíveis, a 31 de Dezembro de 2010, em base

individual, são analisados como segue:

Saldo em 1 Janeiro

Aquisições/ Dotações Abates Regularizações/

Transferências Saldo em

31 Dezembro

Euros

Euros Euros Euros Euros Custo:

Imóveis: Edifícios 123.694 - - - 123.694

Equipamento:

Informático 349.806 31.465 (3.587) 380.384 Transporte 546.036 137.098 (207.000) 476.134 Administrativo 519.903

Outros activos tangíveis 588.775 - -

2.128.214 171.263 (210.587) 2.0888.889 Amortizações acumuladas:

Imóveis:

Edifícios (104.060) - - (104.060) Equipamento:

Informático (307.263) (31.816) 3.587 (335.491)Transporte (385.353) (69.991) 111.500 (343.844)Administrativo (442.498) (24.494) - (466.992)

Outros activos tangíveis (76.377) (31.168) (107.545)

(1.315.551) (157.469) 115.087 1.357.932 Total Liquido:

812.663

13.794

(95.500)

730.957

As locações, a 31 de Dezembro de 2010, para o Grupo, em termos de prazos residuais

são apresentadas como segue: Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 87.813 132.919 - 220.732Juros vincendos 9.086 13.115 22.201Valores residuais 24.961 76.111 101.072

121.860 222.145 344.005

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As locações, a 31 de Dezembro de 2009, para o Grupo, em termos de prazos residuais

são apresentadas como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 104.885 114.067 - 218.952Juros vincendos 4.231 8.256 - 12.487Valores residuais 27.118 92.727 - 119.845

136.234 215.050 - 351.284

As locações, a 31 de Dezembro de 2010, em base individual, em termos de prazos

residuais são apresentadas como segue: Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 55.177 84.330 - 139.557 Juros vincendos 5.937 8.448 - 14.385 Valores residuais 5.000 59.803 - 64.803

66.114 152.631 - 218.745

As locações, a 31 de Dezembro de 2009, em base individual, em termos de prazos

residuais são apresentadas como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 71.785 97.011 - 168.796 Juros vincendos 3.642 8.039 - 11.681 Valores residuais 13.833 72.931 - 86.764

89.260 177.981 - 267.241

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129

14 Activos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Custo:

“Software” 1.104.609 1.104.609 63.268 63.268

Amortizações acumuladas:

“Software” (1.104.609) (1.104.609) (63.268) (63.268)

Total Liquido: - - - -

Os movimentos da rubrica Activos intangíveis, a 31 de Dezembro de 2010, para o

Grupo, são analisados como segue: Saldo em

1 Janeiro

Abates/aquisições/transferências

Saldo em

31 Dezembro

Euros Euros

Euros

Custo:

“Software” 1.104.609 - 1.104.609 Amortizações acumuladas:

“Software” (1.104.609) - (1.104.609) Total Liquido: - - -

15 Investimentos em subsidiárias

Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual

Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009 Euros Euros Euros Euros

Não cotadas Interbolsa - - 5.500.000 5.500.000Fundo de garantia 266.358 266.358 266.358 266.358 266.358 266.358 5.766.358 5.766.358

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130

Os principais indicadores da Subsidiária são analisados como segue:

Activos Passivos Proveitos Resultado líquido

Euros Euros Euros Euros 31 de Dezembro de 2009

Interbolsa 23.015.982 2.381.572 18.721.082 9.634.410 31 de Dezembro de 2010

Interbolsa 24.498.324 2.918.204 20.479.680 10.580.120

A Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas

Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. foi constituída por escritur, de 10 de

Fevereiro de 2000, lavrada no 1º. Cartório Notarial de Lisboa, conforme deliberação da

Assembleia-Geral da Interbolsa - Associação para a Prestação de Serviços às Bolsas de

Valores, de 20 de Dezembro de 1999, e nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 394/99,

de 13 de Outubro, e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª. Série), de 8 de Novembro, sendo

atualmente detida a 100% pela Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados

Regulamentados, S.A..

A sua atividade consiste na gestão de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados

de valores mobiliários.

Em 31 de Dezembro de 2010, o perímetro de consolidação da Euronext Lisbon é

apresentado conforme segue:

16 Ativos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Acções 1.250 1.250 - -Euronext Brussels 2.937.406 3.076.814 2.937.406 3.076.814

2.938.656 3.078.064 2.937.406 3.076.814

Empresa Sede Capital MoedaActividade económica

% Controlo da Euronext

Método de

consolidação

Interbolsa Porto 5.500.000 Euros

Gestão de sistemas de liquidação 100%

Integral

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17 Impostos diferidos activos

Os ativos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de

2009 gerados por diferenças temporárias são analisados como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Ativos tangíveis 4.962 7.452 603 603Provisões 575 240 - -Pensões de reforma - 30.895 - -

5.537 38.587 603 603

Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos, para o Grupo e em base individual,

em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, são os seguintes: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Saldo em 1 de Janeiro 38.587 84.600 603 1.803

Encargos do exercício (33.050) (46.013) - (1.200)

Saldo em 31 de Dezembro 5.537 38.587 603 603

18 Devedores e outros activos

Esta rubrica é analisada como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Devedores correntes:

Existências 209.289 209.289 209.289 209.289Outros devedores correntes 6.073.383 6.073.139 3.749.073 3.388.853

6.282.672 6.282.428 3.958.362 3.598.142 Devedores não correntes 349.579 466.801 334.727 451.727 6.632.251 6.209.392 4.293.089 4.049.869 Imparidade para devedores (25.849) (22.645) (12.500) (12.500)Imparidade para existências (156.933) (156.933) (156.933) (156.933) (182.782) (179.578) (169.433) (169.433) 6.449.469 6.029.814 4.123.656 3.880.436

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Os movimentos da imparidade para devedores são analisados como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Imparidade para devedores: Saldo em 1 de Janeiro 22.645 389.763 12.500 381.363 Dotação do exercício 3.577 2.757 - - Reversão do exercício (373) (369.875) - (368.863) Saldo em 31 de Dezembro 25.849 22.645 12.500 12.500

Os movimentos da imparidade para existências são analisados como segue: Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Imparidade para existências: Saldo em 1 de Janeiro 156.933 156.933 156.933 156.933 Dotação do exercício - - - - Reversão do exercício - - - - Saldo em 31 de Dezembro 156.933 156.933 156.933 156.933

19 Caixa e depósitos a curto prazo

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Numerário: Caixa 209 871 209 871

Depósitos bancários: Depósitos à ordem 44.850.606 43.537.484 23.341.257 22.963.575Depósitos a curto prazo (<= 3 meses) 400.000 - -

45.250.815 43.538.355 23.341.466 22.964.446

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133

20 Depósitos a prazo

A análise da rubrica Depósitos a prazo pelo período remanescente das operações é a

seguinte:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros 3 meses até 6 meses - - - -6 meses até 1 ano - - - - -

21 Capital

O capital de Euros 8.750.000, representado por 8.750.000 acções de valor nominal de 1

Euro cada uma, encontra-se integralmente realizado.

O capital da Euronext Lisbon, em 31 de Dezembro de 2010, é detido em 100% pela

Euronext N.V..

Os resultados por acção (EPS) atribuíveis ao acionista da Euronext Lisbon são

analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Resultado líquido 14.143.990 15.302.990 13.198.280 14.799.195 N.º de acções 8.750.000 8.750.000 8.750.000 8.750.000 Resultado por acção (Básico) 1,616 1,749 1,508 1,691

O Grupo Euronext calcula o seu resultado básico por acção usando o número de acções

durante o período de relato.

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22 Reservas

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Reserva legal 14.249.998 13.394.314 8.749.998 7.894.314Outras reservas - - - -Reserva de reavaliação 580.220 703.115 580.220 703.115Outros instrumentos de capital - 643.716 - 643.716 14.830.218 14.741.145 9.330.218 9.241.145

Reserva legal

Em conformidade com o artigo 32º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 8-D/2002, de 15 de Janeiro

a reserva legal é obrigatoriamente dotada com um mínimo de 10% dos lucros anuais até

à concorrência de um valor equivalente a 100% do capital da sociedade, de acordo com

Decreto-Lei 357 de 2007. Esta reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou

no aumento do capital social.

Em Outros instrumentos de capital encontrava-se registado em 2009 o montante

referente ao plano de remuneração com acções que, decorrente das alterações do IFRS 2

se encontra, em 2010 registado em Prémios de emissão.

23 Benefícios aos colaboradores

Planos de benefícios definidos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, o número de participantes

abrangidos por este plano de pensões de reforma era o seguinte:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Número de participantes Reformados e pensionistas 10 8 9 7 Pessoal no ativo 69 72 32 36 Ex-funcionários 82 80 72 71 161 160 113 114

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As quantias reconhecidas no balanço durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e

31 de Dezembro de 2009 são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Valor presente das obrigações com fundo

10.530.105

9.165.806

7.751.873

6.753.167

Justo valor dos activos do plano (9.180.862) (8.711.001) (6.669199) (6.471.778) 1.394.243 454.805 1.082.674 281.389 Ganhos / (perdas) actuariais não reconhecidos (1.160.673) (45.052) (853.296) 11.779 Passivo líquido no balanço 188.570 409.753 229.378 293.168

Os movimentos no passivo líquido reconhecido no balanço durante os exercícios findos em 31

de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Passivo líquido no início do ano 409.752 380.717 293.167 164.959

Gasto líquido reconhecido na demonstração dos resultados 308.819 229.036

186.211 128.209

Contribuições para o fundo (530.000) (200.000) (250.000) - Passivo líquido no fim do exercício 188.571 409.753 229.378 164.959

Em 31 de Dezembro de 2009, a Euronext Lisbon, para o Grupo, registou como custo

com pensões de reforma o montante de Euros 308.819 (Dez 2009: Euros 229.036).

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010, a Euronext Lisbon de forma a

estimar os custos referentes ao plano de pensões utilizou uma projeção efetuada por

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uma consultora independente (Mercer). A análise do custo do exercício é apresentada

como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Custo dos serviços correntes 242.643 187.000 139.878 106.000

Custo dos juros 457.160 427.000 336.705 315.000

Rendimento esperado dos activos (390.984) (341.000) (290.372) (259.000)

Ganhos e perdas actuariais - (43.964) - (33.791) Custo do exercício 308.819 229.036 186.211 128.209

A análise comparativa dos pressupostos atuariais é analisada como segue:

Dez 2010 Dez 2009

Taxa de crescimento salarial 2.55% 2.55%

Taxa de crescimento das pensões 2,00% 2,00%

Taxa de rendimento do fundo 4,50% 6,34%

Taxa de desconto 4,75% 5,00%

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90

Tábua de invalidez EVK 1980 EVK 1980

Idade de reforma 65 anos 65 anos

Decrementos utilizados 100% da EVK 1980 100% da EVK 1980

Os pressupostos de base utilizados no cálculo do valor atuarial das responsabilidades

estão de acordo com os requisitos definidos pela IAS 19.

Planos de remunerações com ações

A Euronext tem um plano de opções de compra com ações, o “Euronext Stock Option

2004”, as opções sobre ações podem ser exercidas entre 24 de Dezembro de 2007 e 24

de Dezembro de 2011 no caso de o colaborador continuar nos quadros da Euronext, e se

o “Earning Per Share” tiver excedido o índice representativo do custo de vida em 4% ou

mais. As ações em carteira serão utilizadas quando as opções forem exercidas.

O preço de exercício de cada opção é calculado com base no preço de mercado da ação

na data da atribuição da opção, sendo a maturidade máxima de cada opção de sete anos.

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O plano actual é apresentado como segue:

Euronext Stock Option 2004

Data de atribuição 24.Dez.2004 N.º de acções 14.000 Período 7 anos Preço de exercício após a conversão em acções NYSE/Euronext (em Euros)

17,63

Opções por exercer a 1 de Janeiro de 2010 7.579

Opções por exercer a 31 de Dezembro de 2010 7.579

Opções passíveis de exercício a 31 de Dezembro de 2010 7.579

24 Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Provisões para Passivos Correntes - - - - Provisões para Passivos não Correntes 97.450 99.778 97.450 99.778

97.450 99.778

97.450 99.778

Os movimentos da provisão para outros riscos e encargos são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros Saldo em 1 de Janeiro 99.778 218.324 99.778 218.324 Dotação do exercício - - - - Reversão do exercício (2.328) (118.546) (2.328) (118.546) Saldo 97.450 99.778 97.450 99.778

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25 Credores e outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2010 Dez 2009 Dez 2010 Dez 2009

Euros Euros Euros Euros

Credores correntes 5.768.240 5.347.697 3.977.340 3.807.355 Credores não correntes - - - -

5.768.240 5.347.697 3.977.340 3.807.355

26 Justo valor de ativos e passivos financeiros

A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, para o Grupo,

contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como

segue:

Dez 2010 Dez 2009

Valor contabilístico Justo valor Diferença Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Activos financeiros: Activos financeiros disponíveis para venda (ver nota 16) 2.938.656 2.938.656 - 3.078.064 3.078.064 -Devedores e outros activos (ver nota 18) 6.449.469 6.449.469 - 6.029.814 6.029.814 -Caixa e depósitos a curto prazo (ver nota 19) 45.250.815 45.250.815 - 43.538.355 43.538.355

-

Depósitos a prazo (ver nota 20) - - - - -

-

Passivos financeiros: Credores e outros passivos (ver nota 25) 5.768.240 5.768.240 - 5.347.697 5.347.697 -

A decomposição dos activos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, em base

individual, contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é

analisado como segue:

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Dez 2010 Dez 2009

Valor contabilístico Justo valor Diferença Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Activos financeiros: Activos financeiros disponíveis para venda (ver nota 16) 2.937.406 2.937.406 - 3.076.814 3.076.814 -Devedores e outros activos (ver nota 18) 4.123.656 4.123.656 - 3.880.436 3.880.436 -Caixa e depósitos a curto prazo (ver nota 19) 23.341.466 23.341.466 - 22.964.446 22.964.446

-

Depósitos a prazo (ver nota 20) - - - - -

-

Passivos financeiros: Credores e outros passivos (ver nota 25) 3.977.340 3.977.340 - 3.807.355 3.807.355 -

Atendendo ao prazo extremamente curto associado às rubricas acima mencionadas, com

excepção dos activos financeiros disponíveis para venda, o valor de balanço é uma

razoável estimativa do seu justo valor.

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27 Partes relacionadas

Resumem-se como segue os saldos da Euronext Lisbon, em 31 de Dezembro 2010 e 31

de Dezembro 2009 relativas às transacções em partes relacionadas:

Balanço

Dez 2010

Dez 2009

Ativos Não Correntes:

Euronext Brussels 2.937.406 2.431.946

Interbolsa 5.500.000 5.500.000

Fundo Garantia 266.358 266.358

Ativos Correntes:

Euronext Amsterdam NV 631.557 -

Euronext NV 332.080 2.225.054

Euronext Paris 23.637.687 22.388.500

Euronext Brussels 154.450 -

Nyse Techonology Paris 12.203 46.000

Passivos Correntes:

Euronext Amsterdam NV 12.875 (161.476)

Euronext Brussels - (15.210)

Euronext NV 1.639.988

Euronext Paris (487) 25.923

Nyse Techonology Paris 1.971.273 -

Market Inc 185.966 75.636

Euronext France IP SAS 92.883

Euronext France Holding SAS 65.120 35.837

Euronext IP Netherlands BV 181.781

Liffe Administration & Manag. 4.889

Liffe Holdings Plc 76.464 (406.437)

Total 31.155.641 31.388.933

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Demonstração de resultados

Dez 2010

Dez 2009

Prestação de Serviços:

Euronext Amsterdam NV 16.148 -

Euronext NV 1.884.978 2.214.155

Interbolsa 164.980 269.534

Euronext Paris 187.380 -

Nyse Techonology Paris 46.000

Gastos e Perdas:

Euronext Amsterdam NV (615.409) (701.909)

Euronext Brussels (154.450) (138.489)

Euronext NV - 3.354

Euronext Paris (804.105) 792.393

Nyse Techonology SAS 1.959.070

Liffe Administration & Manag 4.897

Liffe Holdings Plc 81.906 (659.453)

Market Inc 362.365 138.317

Euronext France IP SAS 317.765 92.883

Euronext IP Netherlands BV 181.781

Euronext France Holding SAS 14.574 35.837

Resultado Financeiro:

Euronext Paris 64.694 91.741

Interbolsa 9.634.410 9.130.615

Total 10.785.977 12.007.331

28 Normas contabilísticas recentemente emitidas

Normas contabilísticas, alterações e interpretações com aplicação obrigatória em

2010 relevantes para a Euronext:

As normas e interpretações (novas ou revistas) refletidas nas demonstrações financeiras,

com referência a 31 de Dezembro de 2010, foram as seguintes:

IFRS 2 (Alterações) – Pagamento com Base em Ações

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Normas contabilísticas, alterações e interpretações com aplicação obrigatória em

2010 mas não relevantes para a Euronext:

As seguintes normas, alterações e interpretações são obrigatórias para períodos

contabilísticos com início a partir de 1 de Janeiro de 2010 mas que não são relevantes

para a actividade da Sociedade:

IFRS 1 (Alterações) – Adoção pela primeira vez das normas internacionais de relato

financeiro;

IFRS 3 (Revista) – Concentrações de atividades empresariais

IFRS 5 (Alterações) – Ativos não correntes detidos para venda e operações

descontinuadas

IFRS 8 (Alterações) – Segmentos Operacionais

IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras

IAS 7 – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

IAS 17 - Locações

IAS 18 - Rédito

IAS 27 (Revista) – Demonstrações financeiras consolidadas e individuais tem impato

nestas normas

IAS 36 – Imparidade de Ativos

IAS 38 – Ativos Intangíveis

IAS 39 (Alterações) – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração;

intituladas “Itens elegíveis para cobertura”

IFRIC 9 – Reavaliação de Derivados Embutidos

IFRIC 12 (Alterações) - Acordos de Concessão de Serviços

IFRIC 14; IAS 19 – Limite de Ativos de Benefícios Definidos, Requisitos de

Financiamento Mínimos e a sua Interação

IFRIC 13 - Programas de Fidelidade do Cliente

IFRIC 15 (Novo) – Acordos para a Construção de Imóveis

IFRIC 16 – Cobertura de um Investimento Líquido numa Uunidade Operacional

Estrangeira

IFRIC 17 (Novo) – Distribuição aos Proprietários de Ativos que não são Caixa

IFRIC 18 (Novo) – Transferência de Ativos Provenientes de Clientes

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A aplicação destas novas normas e interpretações não terão um impato material nas

demonstrações financeiras da Sociedade.

Normas contabilísticas, alterações e interpretações emitidas, mas sem aplicação

obrigatória no exercício de 2010:

A Euronext optou por não aplicar as normas contabilísticas, alterações e interpretações

recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 31 de Dezembro de 2010:

IAS 1 (Revista) - Apresentação de Demonstrações Financeiras

IAS 24 (Revista) - Divulgações de Partes Relacionadas

IAS 27 (Revista) – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas

IAS 32 – Instrumentos Financeiros: Apresentação

IAS 34 (Alterações) – Relato Financeiro Intercalar

IFRS 1 (Alterações) - Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato

Financeiro

IFRS 3 (Alterações) – Concentrações de Atividades Empresariais

IFRS 7 (Alterações) – Instrumentos Financeiros: Divulgações

IFRS 9 (Novo) – Instrumentos Financeiros: Classificação e Mensuração

IFRIC 13 (Alterações) – Programas de Fidelidade do Cliente

IFRIC 14 (Alterações): Pagamentos Antecipados de Requisitos de Financiamento

Mínimos

IFRIC 19 (Novo) - Extinção de Passivos Financeiros através de Instrumentos de Capital

29 Gestão de Capital

Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior

amplitude que o da rubrica de “capital próprio” que figura no balanço, a Entidade

estabelece os seguintes objetivos quanto a esta matéria:

• Cumprir os requisitos de capital definidos pelo Regulador do setor onde a Entidade

opera;

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• Assegurar que a capacidade de continuidade da Entidade é continuamente tida em

consideração ,de modo a que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios

aos acionistas; e

• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua atividade.

A adequacidade de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados

regularmente pela gestão do Grupo. A informação exigida é enviada à CMVM numa

base mensal.

A CMVM exige que as entidades gestoras disponham dos fundos próprios necessários

para assegurar o disposto no artigo 32º do Decreto-Lei nº 357-C/2007, de 31 de

Outubro: (a) os fundos próprios têm de atingir um nível mínimo que será o dobro do

capital social mínimo exigível; (b) o passivo tem de ser a todo o momento inferior aos

seus fundos próprios.

O Grupo e as suas empresas individuais cumprem com todos os requisitos de capital

estabelecidos externamente e aos quais se encontram sujeitos.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

José Chaveiro Luís Laginha de Sousa Dominique Cerutti Vincent Van Dessel Garry Jones Cees Vermaas Roland Bellegarde

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8 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS DA EURONEXT

LISBON

Em 31 de Dezembro de 2010, a composição dos órgãos sociais da Euronext Lisbon era

a seguinte:

Mesa da Assembleia-Geral

Presidente Rui Chancerelle de Machete

Secretário Pedro Rodrigues Pinto

Conselho de Administração

Presidente Luís Laginha de Sousa

Vogal Dominique Cerutti

Vogal Vincent Van Dessel

Vogal Garry Jones

Vogal Cees Vermaas

Vogal Roland Bellegarde

Secretária da Sociedade

Secretária Isabel Vidal

Fiscal Único

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados –

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, inscrita na Câmara dos Revisores

Oficiais de Contas sob o n.º 183, representada por António Alberto Henrique Assis ou

José Manuel Henriques Bernardo.

Fiscal Único Suplente

O Revisor Oficial de Contas Jorge Manuel Santos Costa, inscrito na Câmara dos

Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 847.

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9 ENVOLVENTE NORMATIVA

• Decreto-Lei n.º 2/2010. D.R. n.º 2, Série I de 2010-01-05

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o processo de reprivatização da totalidade do capital social do Banco

Português de Negócios, S. A.

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 6/2010. D.R. n.º 18, Série I de 2010-01-27

Presidência do Conselho de Ministros

Autoriza a emissão de dívida pública, em execução da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de

Dezembro, alterada pela Lei n.º 118/2009, de 30 de Dezembro, e do Regime Geral da

Emissão e Gestão da Dívida Pública, aprovado pela Lei n.º 7/98, de 3 de Fevereiro.

• Decreto-Lei n.º 12/2010. D.R. n.º 35, Série I de 2010-02-19

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Cria as sociedades financeiras de microcrédito.

• Lei n.º 2/2010. D.R. n.º 51, Série I de 2010-03-15

Assembleia da República

Altera o artigo 22.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro

• Resolução Assembleia da República n.º 29/2010. D.R. n.º 70, Série I de 2010-04-12

Assembleia da República

Programa de Estabilidade e Crescimento para 2010-2013

• Lei n.º 3/2010. D.R. n.º 81, Série I de 2010-04-27

Assembleia da República

Estabelece a obrigatoriedade de pagamento de juros de mora pelo Estado pelo atraso

no cumprimento de qualquer obrigação pecuniária

• Lei n.º 3-A/2010. D.R. n.º 82, Suplemento, Série I de 2010-04-28

Assembleia da República

Grandes Opções do Plano para 2010-2013.

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• Lei n.º 3-B/2010. D.R. n.º 82, Suplemento, Série I de 2010-04-28

Assembleia da República

Orçamento do Estado para 2010.

• Decreto-Lei n.º 45/2010. D.R. n.º 88, Série I de 2010-05-06

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Estabelece os requisitos de adequação de fundos próprios aplicáveis às empresas de

investimento e às instituições de crédito, alterando o Decreto-Lei n.º 103/2007, de 3 de

Abril, e define as obrigações relativas ao nível mínimo de fundos próprios e aos limites

aos grandes riscos numa base individual, alterando o Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de

Abril.

• Lei n.º 8-A/2010. D.R. n.º 96, Suplemento, Série I de 2010-05-18

Assembleia da República

Aprova um regime que viabiliza a possibilidade de o Governo conceder empréstimos,

realizar outras operações de crédito ativas a Estados membros da zona euro e prestar

garantias pessoais do Estado a operações que visem o financiamento desses Estados,

no âmbito da iniciativa para o reforço da estabilidade financeira.

• Decreto-Lei n.º 49/2010. D.R. n.º 97, Série I de 2010-05-19

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Consagra a admissibilidade de ações sem valor nominal, reforça o regime de exercício

de certos direitos de acionistas de sociedades cotadas e transpõe a Directiva n.º

2007/36/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Julho, e parcialmente a

Directiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de

Dezembro.

• Decreto-Lei n.º 52/2010. D.R. n.º 102, Série I de 2010-05-26

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova normas processuais e critérios para a avaliação prudencial dos projectos de

aquisição e de aumento de participações qualificadas em entidades do setor financeiro,

transpondo a Directiva n.º 2007/44/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de

Setembro.

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• Resolução do Conselho Ministros n.º 40/2010. D.R. n.º 112, Série I de 2010-06-11

Presidência do Conselho de Ministros

Cria um novo instrumento representativo de dívida pública, designado por Certificados

do Tesouro.

• Resolução do Conselho Ministros n.º 41/2010. D.R. n.º 112, Série I de 2010-06-11

Presidência do Conselho de Ministros

Autoriza a emissão de dívida pública, em execução do Orçamento do Estado, aprovado

pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, e do Regime Geral da Emissão e Gestão da

Dívida Pública, aprovado pela Lei n.º 7/98, de 3 de Fevereiro.

• Lei n.º 11/2010. D.R. n.º 114, Série I de 2010-06-15

Assembleia da República

Introduz uma nova taxa de IRS (no valor de 45 %) para sujeitos passivos ou agregados

familiares que obtenham rendimentos anuais superiores a (euro) 150 000.

• Decreto-Lei n.º 71/2010. D.R. n.º 117, Série I de 2010-06-18 (e Declaração de

Rectificação n.º 24/2010. D.R. n.º 159, Série I de 2010-08-17)

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o regime jurídico dos organismos de investimento colectivo em valores

mobiliários sob a forma societária e dos fundos de investimento imobiliário sob a

forma societária.

• Decreto-Lei n.º 72-A/2010. D.R. n.º 117, Suplemento, Série I de 2010-06-18

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2010.

• Decreto-Lei n.º 73/2010. D.R. n.º 118, Série I de 2010-06-21

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 130.º da Lei n.º 3-B/2010, de

28 de Abril, aprova o Código dos Impostos Especiais de Consumo, transpondo a

Directiva n.º 2008/118/CE, do Conselho, de 16 de Dezembro.

Decreto-Lei n.º 77/2010. D.R. n.º 121, Série I de 2010-06-24

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

Regula a eliminação de vários regimes temporários, no âmbito da concretização de

medidas adicionais do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2010-2013.

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• Portaria n.º 454-A/2010. D.R. n.º 124, Suplemento, Série I de 2010-06-29

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova a declaração do modelo n.º 39 «Rendimentos e retenções a taxas liberatórias» e

respectivas instruções de preenchimento.

• Lei n.º 12-A/2010. D.R. n.º 125, Suplemento, Série I de 2010-06-30

Assembleia da República

Aprova um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam

reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida

pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

• Decreto-Lei n.º 92/2010. D.R. n.º 143, Série I de 2010-07-26

Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento

Estabelece os princípios e as regras necessárias para simplificar o livre acesso e

exercício das atividades de serviços e transpõe a Directiva n.º 2006/123/CE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro.

• Lei n.º 15/2010. D.R. n.º 143, Série I de 2010-07-26

Assembleia da República

Introduz um regime de tributação das mais-valias mobiliárias à taxa de 20 % com

regime de isenção para os pequenos investidores e altera o Código do Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Singulares e o Estatuto dos Benefícios Fiscais.

• Resolução da Assembleia República n.º 82/2010. D.R. n.º 147, Série I, 2010-07-30

Assembleia da República

O «regime de caixa» de exigibilidade do IVA - generalização dos regimes especiais de

exigibilidade às microempresas.

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 57-A/2010. D.R. n.º 158, 2.º Suplemento,

Série I de 2010-08-16

Presidência do Conselho de Ministros

Fixa as condições concretas da 5.ª fase do processo de reprivatização da Galp Energia,

SGPS, S. A.

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• Resolução do Conselho de Ministros n.º 57-B/2010. D.R. n.º 158, 2.º Suplemento,

Série I de 2010-08-16

Presidência do Conselho de Ministros

Aprova o caderno de encargos do concurso público de reprivatização do BPN - Banco

Português de Negócios, S. A.

• Lei n.º 20/2010. D.R. n.º 163, Série I de 2010-08-23

Assembleia da República

Alarga o conceito de pequenas entidades para efeitos da aplicação do Sistema de

Normalização Contabilística (SNC) - primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 158/2009,

de 13 de Julho.

• Decreto do Presidente da República n.º 91/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02

Presidência da República

Ratifica a Convenção entre a República Portuguesa e a República da Moldova para

Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, assinada em Lisboa em 11 de Fevereiro de 2009.

• Lei n.º 35/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02

Assembleia da República

Simplificação das normas e informações contabilísticas das microentidades.

• Lei n.º 36/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02

Assembleia da República

Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (21.ª

alteração ao Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro).

• Lei n.º 37/2010. D.R. n.º 171, Série I de 2010-09-02

Assembleia da República

Derrogação do sigilo bancário (21.ª alteração à Lei Geral Tributária, aprovada pelo

Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de Dezembro, e 2.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 62/2005,

de 11 de Março).

• Resolução da Assembleia República n.º 106/2010 D.R. n.º 171, Série I, 2010-09-02

Assembleia da República

Aprova a Convenção entre a República Portuguesa e a República da Moldova para

Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, assinada em Lisboa em 11 de Fevereiro de 2009.

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• Portaria n.º 946/2010. D.R. n.º 185, Série I de 2010-09-22

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Primeira alteração à Portaria n.º 1219-A/2008, de 23 de Outubro, que regulamenta a

concessão extraordinária de garantias pessoais pelo Estado, no âmbito do sistema

financeiro.

• Decreto-Lei n.º 105/2010. D.R. n.º 192, Série I de 2010-10-01

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova a 8.ª fase de reprivatização do capital social da EDP-Energias de Portugal, SA

• Resolução do Conselho Ministros n.º 79/2010. D.R. n.º 198, Série I de 2010-10-12

Presidência do Conselho de Ministros

Fixa as condições concretas da 8.ª fase do processo de reprivatização da EDP- Energias

de Portugal, S. A.

• Resolução do Conselho Ministros n.º 80/2010. D.R. n.º 198, Série I de 2010-10-12

Presidência do Conselho de Ministros

Prorroga o prazo para a apresentação das propostas no âmbito do concurso público de

reprivatização do BPN - Banco Português de Negócios, S. A.

• Aviso n.º 300/2010. D.R. n.º 216, Série I de 2010-11-08

Ministério dos Negócios Estrangeiros

Torna público terem sido emitidas notas, em 28 de Outubro de 2009 e em 14 de

Setembro de 2010, respetivamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da

Moldova e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, em que se

comunica terem sido cumpridas as respetivas formalidades constitucionais internas de

aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e a República da Moldova para

Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, assinada em Lisboa em 11 de Fevereiro de 2009.

• Lei n.º 50/2010. D.R. n.º 236, Série I de 2010-12-07

Assembleia da República

Primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de

Junho, que estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2010.

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Ministério das Finanças e da Administração Pública

Altera o Código do IVA e o Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, ao

abrigo da autorização legislativa constante do artigo 129.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28

de Abril, e transpõe o artigo 3.º da Directiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de

Fevereiro, a Diretiva n.º 2009/69/CE, do Conselho, de 25 de Junho, e a Directiva n.º

2009/162/UE, do Conselho, de 22 de Dezembro.

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 101-A/2010. D.R. n.º 249, Suplemento,

Série I de 2010-12-27

Presidência do Conselho de Ministros

Concretiza medidas de consolidação orçamental previstas na lei do Orçamento do

Estado para 2011 e no Programa de Estabilidade e Crescimento e implementa um

sistema especial de controlo trimestral da despesa pública para o ano de 2011.

• Decreto-Lei n.º 137/2010. D.R. n.º 250, Série I de 2010-12-28

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova um conjunto de medidas adicionais de redução de despesa com vista à

consolidação orçamental prevista no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC)

para 2010-2013.

• Portaria n.º 1315/2010. D.R. n.º 250, Série I de 2010-12-28

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Determina quais as atividades económicas que podem ser objeto das operações de

microcrédito bem como os montantes máximos dos respetivos financiamentos.

• Decreto-Lei n.º 140-A/2010. D.R. n.º 252, 2.º Suplemento, Série I de 2010-12-30

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Visa reforçar a solidez do sistema financeiro, transpondo as Diretivas n.os

2009/111/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Setembro, 2009/27/CE,

da Comissão, de 7 de Abril, e 2009/83/CE, da Comissão, de 27 de Julho.

• Decreto-Lei n.º 140-B/2010. D.R. n.º 252, 2.º Suplemento, Série I de 2010-12-30

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Procede à transferência para o Estado das responsabilidades com pensões de

trabalhadores da PT Comunicações, S. A., oriundos dos Correios e Telecomunicações

de Portugal, E. P., e da Companhia Portuguesa Rádio Marconi, S. A.

• Lei n.º 55-A/2010. D.R. n.º 253, Suplemento, Série I de 2010-12-31

Assembleia da República

Orçamento do Estado para 2011.

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• Portaria n.º 1331/2010. D.R. n.º 253, Série I de 2010-12-31 (e Declaração de

Rectificação n.º 39/2010. D.R. n.º 251, Série I de 2010-12-29)

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova as instruções de preenchimento da declaração modelo n.º 39, «Rendimentos e

retenções a taxas liberatórias», aprovado pela Portaria n.º 454-A/2010, de 29 de Junho.

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REGULAMENTAÇÃO DA CMVM

REGULAMENTOS

• Regulamento da CMVM n.º 1/2010. D.R. n.º 21, Série II de 2010-02-01

Governo das Sociedades Cotada.

• Regulamento da CMVM n.º 2/2010. D.R. n.º 57, Série II de 2010-03-23

Regulamento da CMVM n.º 2/2010 - Sistema de Indemnização aos Investidores

(alteração ao regulamento da CMVM n.º 2/2000).

• Regulamento da CMVM n.º 3/2010. D.R. n.º 73, Série II de 2010-04-15

Deveres de conduta e qualificação profissional dos analistas financeiros e

consultores para investimento (alteração ao Regulamento da CMVM n.º 2/2007.

• Regulamento da CMVM n.º 4/2010. D.R. n.º 131, Série II de 2010-07-08

Deveres de informação de interesses a descoberto relevantes sobre ações.

• Regulamento da CMVM n.º 5/2010. D.R. n.º 197, Série II de 2010-10-11

Dever de divulgação de posições económicas longas relativas a ações (alteração ao

Regulamento da CMVM n.º 5/2008).

Instruções

• Instrução nº 1/2010

Revoga a Instrução da CMVM Nº 4/2006, sobre Deveres de Informação dos Emitentes.

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REGULAMENTAÇÃO BANCO DE PORTUGAL

• Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2010. D.R. n.º 27, Série II de 2010-02-09

Estabelece, relativamente às instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal,

deveres de divulgação de informação sobre a política de remuneração dos respetivos

membros dos órgãos de administração e de fiscalização e de outros colaboradores

que possam ter impato material no perfil de risco das instituições.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2010. D.R. n.º 74, Série II de 2010-04-16

Estabelece os deveres mínimos de informação que devem ser observados pelas

instituições de crédito, com sede ou sucursal em território nacional, na negociação,

celebração e vigência de contratos de crédito à habitação e de crédito conexo.

Revoga a Instrução n.º 27/2003, do Banco de Portugal.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2010. D.R. n.º 74, Série II de 2010-04-16

Define o novo regime de contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito

Agrícola Mútuo por parte da Caixa Central e das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

pertencentes ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

• Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2010. D.R. n.º 215, Série II de 2010-11-05

Determina que o Banco de Portugal poderá fixar, através de instrução, uma

contribuição anual mínima para as instituições de crédito participantes no Fundo de

Garantia de Depósitos independentemente do volume de depósitos nelas constituídos

e abrangidos pela garantia.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2010. D.R. n.º 234, Série II de 2010-12-03

Estabelece, de forma proporcional, os requisitos de informação para efeitos de

comunicação de projetos de aquisição e de aumento de participação qualificada em

instituições de crédito, sociedades financeiras e empresas de investimento sujeitas à

supervisão do Banco de Portugal e revoga o Aviso n.º 3/94.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de

2010-12-31

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Estabelece os elementos que podem integrar os fundos próprios das instituições

sujeitas a supervisão do Banco de Portugal e define as caraterísticas que os mesmos

devem revestir, revogando o Aviso n.º 12/92.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 7/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de

2010-12-31

Estabelece os limites à concentração de riscos perante um único cliente ou um grupo

de clientes ligados entre si, revogando o aviso do Banco de Portugal n.º 6/2007.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 8/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de

2010-12-31

Procede a alterações e aditamentos nos seguintes Avisos do Banco de Portugal: n.os

5/2007, 7/2007, 8/2007, 9/2007 e 10/2007.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 9/2010. D.R. n.º 253, 2.º Suplemento, Série II de

2010-12-31

Atualiza o quadro regulamentar, para fins prudenciais, das operações de

titularização, na sequência das alterações introduzidas pela Diretiva n.º

2009/111/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Setembro.

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REGULAMENTAÇÃO DA NYSE EURONEXT

HARMONIZADA

• Regulamento I

- Novos modelos dos mercados de warrants e certificados no contexto de migração

para a “Universal Trading Platform”, com efeitos a partir de 22 de Fevereiro de

2010.

- Harmonização das regras aplicáveis ao mercado a contado que venha a ser

constituído no Reino Unido, gerido pela NYSE Liffe A&M, com efeitos a partir de

12 de Abril de 2010.

- Harmonização das regras aplicáveis aos mercados de derivados de Amesterdão e de

Bruxelas, com efeitos a partir de 13 de Setembro de 2010

• Instrução 2-01

- Registo de representantes autorizados e pessoas responsáveis nos mercados de

valores mobiliários da Euronext, com efeitos a partir de 9 de Agosto de 2010.

• Instrução 4-01

- Alteração ao Manual de Negociação na sequência da migração dos mercados de

warrants e certificados no contexto de migração para a “Universal Trading

Platform”, com efeitos a partir de 22 de Fevereiro de 2010.

- Alteração da Instrução 4-01 no que concerne à alteração de parâmetros alocados aos

diferentes tipos de ordens, com efeitos a partir de 22 de Fevereiro 2010.

- Actualização dos grupos de negociação, com efeitos a partir de 3 de Maio de 2010.

- Alteração resultante da modificação do regime de cancelamento dos negócios, da

introdução de limites estáticos de variação de preços, do alargamento, com

adaptações, do regime dos preços de avaliação previstos para os segmentos dos

warrants, certificados, ETF, ETN e ETvs, com efeitos a partir de 12 de Julho de

2010.

• Instrução 4-01bis

- Renumeração da Instrução 4-01bis para Instrução 4-01, na sequência da revogação

da então Instrução 4-01 relativa ao sistema NSC, com efeitos a partir de 22 de

Fevereiro de 2010.

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• Anexo à Instrução 4-01

- Criação de novo grupo de negociação destinado à negociação de emissões de dívida

denominadas em moeda diferente do euro, com efeitos a partir de 5 de Março de

2010.

- Actualização dos grupos de negociação, com efeitos a partir de 3 de Maio de 2010.

• Instrução 4-02

- Novo modelo dos mercados de warrants e certificados para a “Universal Trading

Platform”, de modo a incluir novas funcionalidades, com efeitos a partir de 22 de

Fevereiro de 2010.

• Instrução 5-02

- Implementação de política harmonizada de eventos societários, com efeitos a partir

de 13 de Setembro de 2010.

• Instrução 9-01

- Revisão da determinação dos escalões de valores fixos para prejuízos nos termos da

regra 9301/1 (II) (a) e (vi), com efeitos a partir de 22 de Fevereiro de 2010.

- Actualização dos escalões de valores fixos para os prejuízos suscetíveis de

ressarcimento que podem ser impostos a um membro, com efeitos a partir de 13 de

Setembro 2010.

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10 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

No exercício de 2010 a Euronext Lisbon, Sociedade Gestora de Mercados

Regulamentados, S.A. obteve um resultado líquido individual de 13.198.280,01 euros.

Nestes termos e no exercício da competência que lhe confere o artigo 19º dos estatutos,

o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do

exercício:

- Reserva legal (artigo 40.º, n.º 3, do D.L. n.º 357-c/2007, de 31 de Outubro): Na

medida em que o valor da reserva legal iguala o valor do capital social, não há lugar

à constituição de Reserva Legal.

- Lucros a distribuir sobre a forma de dividendos: 13.198.280,01 euros

Lisboa, 11 de Abril de 2011 O Conselho de Administração Luís Laginha de Sousa Dominique Cerutti Garry Jones Vincent van Dessel Cees Vermaas Roland Bellegarde

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