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RDC 53/2015 – Tornando prático o

estudo de perfil de degradação

Ministrante: Caroline Lima de Oliveira

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO

AGENDA

• Premissas dos estudos de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Premissas para o desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade → Planejamento estratégico

• Balanço de massas → justificativas técnicas e ortogonalidade

• Relatório de perfil de degradação → Elaboração

• Estudo de caso e discussão final

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO

Premissas dos estudo de degradação forçada

• Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Hidrólise ácida e Hidrólise básica

• Oxidação por peróxido

• Oxidação por íons metálicos

• Calor

• Umidade

• Luz

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada

• Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Hidrólise ácida e Hidrólise básica

• Oxidação por peróxido

• Oxidação por íons metálicos

• Calor

• Umidade

• Luz

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Quais as literaturas e conhecimentos prévios recomendados?

DRUG MASTER FILE

QUÍMICA ORGÂNICA

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Quais os conceitos relevantes que extraímos de todas essas literaturas?

Solubilidade

pKa

Log P

Susceptibilidade de grupos químicos a condições de estresse

Máximos de absorção e Perdas de cromóforos

Viabilidade de se realizar determinada condição de estresse

Ortogonalidade

Justificativas técnicas

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Conhecendo o Log P do ativo (s) e Produtos de degradação

Tretinoína

Log P: 6,04

Hidroquinona

Log P: 1,37

Compostos polares Compostos apolares

Log P → Coeficiente de partição:

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Conhecendo o Log P do ativo (s) e Produtos de degradação → Ivabradina e seus produtos de degradação (PDs)

Molécula de Ivabradina

PDs da Ivabradina

(*) Pikul. P et al - Forced Degradation Studies of Ivabradine and In Silico Toxicology Predictions for Its New Designated Impurities

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Conhecendo o Log P do ativo (s) e Produtos de degradação→ Ordem de eluição de PDs → Fase reversa

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

• Log P:

• Melhor diluente para uma melhor recuperação/extração do ativo e de seus produtos de

degradação presentes no IFA isolado ou no produto acabado.

• Previsão de ordem de eluição em cromatografia por fase reversa;

• Escolha do aditivo de fase móvel ou proporção aquosa/orgânica da fase móvel;

Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Conhecendo a solubilidade do ativo (s) e produtos de degradação → pKa

• Parâmetro chave para avaliar a solubilidade por pH → pKa

• Ácidos fracos: Doadores de prótons

• Bases Fracas: Receptores de prótons

• Para IFAs que são ácidos fracos: solubilidade em água aumenta exponencialmente quando o pH ultrapassa

o valor de seu pKa. Caso o ácido possua mais de um grupo ionizável, a cada pKa ultrapassado a solubilidade

aumentará de forma ainda mais elevada.

• Para IFAs que são bases fracas: Cada vez que o pH cai abaixo de um de seus pKas a solubilidade em água

aumenta de forma ainda mais elevada.

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Ácido acetilsalicílico → Carater Ácido

pKa: 3,41

Conhecendo a solubilidade do ativo (s) e Produtos de degradação → pKa

Chemicalize

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Conhecendo a solubilidade do ativo (s) e Produtos de degradação → pKa

Diazepam → Carater básico

pKa: 2,92

Chemicalize

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• pKa:

• Necessidade de neutralização ou ajuste de pH para ensaios aquosos de degradação forçada;

• Necessidade de co-solvente para ensaios aquosos de degradação forçada;

• Viabilidade de se atingir um endpoint de concentração de degradante;

• Definição de fase móvel.

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Qual o meu “n” de amostras a serem degradadas?

Medicamento com

1 ativo

Matéria-prima (IFA)

Produto

Placebo

Associação

2 ou mais ativos

Matérias-primas isoladas

Produto

Placebo real (presença de ativos)

Branco do processo

Branco do processo

Cada IFA isolado + excipientes

v

Mais de um fabricante de IFA?

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Qual amostra de medicamento utilizar no estudo de degradação forçada?

• Lote bancada → exigência mínima → usar preferencialmente o mesmo lote em todo o estudo;

• Avaliação crítica sobre lote técnico e lote piloto → Avaliar impactos do escalonamento!

• Mesmo medicamento com diferentes concentrações (Fórmula proporcional) → Utilizar

qualquer apresentação;

• Formulações quantitativamente diferentes → utilizar a maior relação excipiente e ativo →

menor concentração de ativo;

• Formulações qualitativamente diferentes → Avaliar o estresse para todas as formulações.

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Premissas dos estudo de degradação forçada

• Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Hidrólise ácida e Hidrólise básica

• Oxidação por peróxido

• Oxidação por íons metálicos

• Calor

• Umidade

• Luz

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• A hidrólise envolve a reação de clivagem de ligações a partir de moléculas de água:

• Água presente em quantidades significativas em IFAs (hidratos), em excipientes e em nosso ambiente.

• Catalisada por meio ácido ou básico;

• Dependente de fatores como: sais e tampões, força iônica, solventes e excipientes.

• É dependente do pKa da molécula a ser estudada → É necessário que as moléculas estejam ionizadas e

tenham bons grupos abandonadores para favorecer a ocorrência de hidrólise.

• Grupos funcionais mais passíveis de hidrólise ácida e básica: Ésteres; lactonas; amidas; lactamas.

Éster Lactona Amida Lactama

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• Hidrólise catalisada por ácido

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• Hidrólise promovida por base (consumo da base)

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• Na presença de agentes nucleofílicos (H2O):

• Ésteres gerando ácidos carboxílicos e álcool;

• Lactonas gerando ácidos carboxílicos com abertura do anel lactônico.

Moléculas ionizadas:

Favorecimento da reação

de hidrólise

Baertschi, S.W., Alsante, K. M. and Reed, R.A. Pharmaceutical Stress Testing: prediction drug degradation, ed. 2ª, v. 210, 2011.

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• Na presença de agentes nucleofílicos (H2O):

• Amidas gerando ácidos carboxílicos e aminas;

• Lactanas gerando ácidos carboxílicos com abertura do anel lactâmico.

Baertschi, S.W., Alsante, K. M. and Reed, R.A. Pharmaceutical Stress Testing: prediction drug degradation, ed. 2ª, v. 210, 2011.

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• Como um excipiente pode favorecer a hidrólise?

• Excipientes que são higroscópicos;

• Excipientes que possuem impurezas que podem agir como ácidos e bases.

Excipientes Como podem favorecer a hidrólise?

Celulose Absorve água

Fosfato de cálcio dibásico anidro / diidratado Ácido (pH 2,5)/ pode liberar água

Estearato de magnésio Absorve água; básico sob condições de umidade

Óxido de silício Absorve água

Croscamelose Absorve água; básico sob condições de umidade

Acidulantes ( Ácido cítrico, Ácido ascórbico) Confere baixo pH

Carbonato de cálcio Confere alto pH

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• Se problemas de solubilidade forem encontrados, utilizar co-solventes preferencialmente

apróticos em volume suficiente para solubilizar o IFA → avaliar quão diluído foi seu agente

estressante.

O uso do metanol como co-solvente em casos específicos precisa ser avaliado → Avaliar criticamente o

perfil de degradação!

pH ácido pH neutro pH básico

Acetonitrila Acetonitrila Acetonitrila1

DMSO N-metil Pirrolidona DMSO

Ácido acético Diglima

Ácido propiônico p-Dioxano

1. 1M de NaOH e acetonitrila são miscíveis somente para soluções contendo 20% de acetonitrila ou menos. Caso seja observada a

formação de uma mistura de duas fases, alterar o co-solvente.

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Hidrólise ácida e hidrólise básica

• Caso o uso de co-solventes não solucione o problema do ensaio insolúvel sob um pH aplicado:

• Avaliar o uso de tampões com pH controlado → Avaliar o pka da molécula e definir em qual pH a

mesma não encontra-se neutra → Trabalhar com valores de pH que mimetizem condições

ácidas e básicas!

• Preparar uma solução mais concentrada da amostra a ser testada e estressar uma alíquota

deste preparo → Concentração final do ensaio deve se a definida em metodologia!

• Avaliar se a formulação apresenta excipientes incompatíveis com pH ácidos ou básicos → pH

básico - Hipromelose

Se as estratégias não forem bem-sucedidas, utilizar o histórico como justificativa para não atingir o

endpoint ou até mesmo a não realização da condição!

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Premissas dos estudo de degradação forçada

• Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Hidrólise ácida e Hidrólise básica

• Oxidação por peróxido

• Oxidação por íons metálicos

• Calor

• Umidade

• Luz

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons

metálicos (Cu II e Fe III)

• A reação de oxidação é um dos mecanismos mais comuns de degradação dos fármacos.

• Baseia-se na transferência de elétrons provenientes de metais para formar ânions e cátions

reativos e no ataque nucleofílico do IFA ao peróxido:

• Moléculas muito funcionalizadas e de caráter mais básico tendem a sofrer oxidação:

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons

metálicos (Cu II e Fe III)

Grupamentos químicos mais suscetíveis a oxidação: Ligações alfa de Éteres e aminas, aminas

secundárias e terciárias e sulfetos.

Ligação alfa de éteres e aminas → carbono alfa reage com o radical hidroperoxila ROO. formando

hidroperóxido com sucessiva degradação a éster e aldeído → Atenção para condições drásticas de

oxidação e formação de PDs secundários.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons

metálicos (Cu II e Fe III)

Grupamentos químicos mais suscetíveis a oxidação: aminas primárias, aminas secundárias e

terciárias.

• Quando desprotonadas são mais suscetíveis a oxidação → avaliar o pka, pois o pH da solução

de peróxido é ácido;

• Aminas primárias: Formação de hidroxilaminas → PDs instáveis e de difícil isolamento →

ALERTA para Balanço de massas!

• Aminas secundárias, terciárias e heterocíclicas: Formação de n-oxides;

ATENÇÃO: Para terciárias → Muito comum observar na estabilidade de longa duração → reação

com peróxido presente nos excipientes da formulação ( exemplos: PEGs, polisorbatos, povidona,

crospovidona).

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons (Cu

II e Fe III)

Grupamentos químicos mais suscetíveis a oxidação: aminas primárias, aminas secundárias e

terciárias.

Para aminas primárias e secundárias → formação de hidroxilaminas

Para aminas terciárias → formação de óxidos de aminas terciárias → n-óxidos

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio íons (Cu II

e Fe III)

Grupamentos químicos mais suscetíveis a oxidação: Sulfetos oxidados a sulfóxidos e sulfonas

ATENÇÃO: Desprotonação também favorece o mecanismo de oxidação!

Mecanismo semelhante a oxidação de aminas terciárias → SN2

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons

metálicos (Cu II e Fe III)

• Íons metálicos:

• Cu II e Fe III → CuCl2 (cloreto cúprico) ou FeCl3 (cloreto férrico)

• Condição: 24 horas.

• Sempre a temperatura ambiente: Se houver a possibilidade de processo de redox a

temperatura não influenciará!

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons

metálicos (Cu II e Fe III)

• Aminoácidos são espécies extremamente suscetíveis a íons metálicos → formação de

quelatos!

• Compostos heterocíclicos tendem a formar quelatos;

• Compostos com a presença de enxofre → altamente reativo na presença de íons

metálicos

• Exemplo: Acetilcisteína → Presença de enxofre → Vários estados de oxidação

→ Baixa reprodutibilidade.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons

metálicos (Cu II e Fe III)

Premissas de preparo do ensaio: Oxidação por peróxido

• Co-solventes adequados: Álcoois de cadeia pequena (Metanol e etanol) → controlam o poder

oxidativo do peróxido.

• Utilizar balões âmbar → Luz catalisa reações de oxidação!

• Evitar o uso de acetonitrila → Extremamente reativa na presença de peróxido → Formação do

radical reativo formil cianeto extremamente reativo a compostos funcionalizados (éteres e amidas,

aminas secundárias e terciárias, sulfetos e fenóis) com caráter básico.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Oxidação por peróxido de hidrogênio e íons

metálicos (Cu II e Fe III)

Premissas de preparo do ensaio:

• Para o ensaio de íons metálicos: Avaliar se há a presença de excipientes que sejam complexantes: EDTA por

exemplo forma quelatos que são insolúveis impossibilitando o ensaio.

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Avaliação do T0 em estresses úmidos: preparar o ensaio com o seu produto ou IFA direto no degradante

avolumando com diluente na sequencia e analisando → sem nenhum período de incubação.

• Definição de preparo de amostra → Resolução de problemas de limitação analítica;

• Definição de preparo de amostra referência;

• Investigação de alta susceptibilidade do IFA frente a condição de estresse → Degradação instantânea;

• Investigação de limitação técnica para a realização do ensaio → Justificativa para não chegar no endpoint ou

até mesmo não realizar o ensaio;

• Evitar perder dias de estudo, principalmente o endpoint de tempo de exposição é atingido;

• Definição da necessidade de se realizar a etapa de neutralização ou correção para o pH do referência (pH

ótimo) em virtude do peak shape do ativo.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada

• Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Hidrólise ácida e Hidrólise básica

• Oxidação por peróxido

• Oxidação por íons metálicos

• Calor

• Umidade

• Luz

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Calor

• Fármacos com ligações fracas possuem maior tendência a pirólise → Por ex: Ligações sigmas de

carbono e um átomo eletronegativo;

• Descarboxilação também é muito comum → -CO2.

• Calor seco → Amostras devidamente preparadas em balão âmbar e fechado a 60°C em ESTUFA.

• Recomendação: Única variável é o tempo → não aumentar a temperatura ou fazer uso de

banho-maria ou refluxo

Falta de reprodutibilidade

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Mecanismo de reações sob calor

• Rearranjos → transformações químicas em moléculas sob a presença de calor agem como nucleófilos e

eletrófilos:

• Isomerização conformacional → Ocorre quando os átomos ligados aos carbonos de compostos

saturados estão em conformações diferentes em virtude da rotação do eixo da ligação.

Baertschi, S.W., Alsante, K. M. and Reed, R.A. Pharmaceutical Stress Testing: prediction drug degradation, ed. 2ª, v. 210, 2011.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Mecanismo de reações sob calor

• Rearranjos → transformações químicas em moléculas sob a presença de calor agem como

nucleófilos e eletrófilos:

• Polimerização → carbonos eletrofílicos podem reagir com nucleófilos em cadeia e

formar dímeros, trímeros entre outros polímeros: Polimerização da ampicilina

Baertschi, S.W., Alsante, K. M. and Reed, R.A. Pharmaceutical Stress Testing: prediction drug degradation, ed. 2ª, v. 210, 2011.

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Premissas dos estudo de degradação forçada

• Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Hidrólise ácida e Hidrólise básica

• Oxidação por peróxido

• Oxidação por íons metálicos

• Calor

• Umidade

• Luz

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Umidade

• Condição de umidade → 75 %UR → Susceptibilidade comum para moléculas que ionizam em pH

neutro - Hidrólise

• Amostras devidamente preparadas em balão âmbar aberto com a menor temperatura possível

de preferência em CÂMARA DE ESTABILIDADE qualificada.

• A única variável é o tempo → não aumentar a temperatura ou umidade.

• Aplicado a amostras sólidas e semissólidas de produto acabado.

• Suspensão extemporânea → expor o pó da suspensão a umidade e depois ressuspender para

análise.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada

• Planejamento dos ensaios de degradação forçada

• Hidrólise ácida e Hidrólise básica

• Oxidação por peróxido

• Oxidação por íons metálicos

• Calor

• Umidade

• Luz

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Fotólise → Preparo do ensaio de Luz branca e

luz UV

• Sólidos e Semissólidos: camada fina e uniforme de pó/creme/pomada.

• Amostras líquidas: em frasco do tipo headspace “deitados”.

• Cuidado com sombra e efeito estufa!

• Controle escuro → avaliação de um possível aquecimento na câmara.

Sólidos e Semissólidos Líquidos

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Fotólise → Preparo do ensaio de Luz branca e

luz UV

• Luz branca: 1,2 klux hora

• Exposição: 1 a 2 ciclos

• UV: 200 Watt.hora/m²

• Exposição: 1 a 2 ciclos

• A única variável é a exposição a radiação → Não aumentar o tempo de exposição após

conclusão dos ciclos!

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Premissas dos estudo de degradação forçada → Fotólise → Luz branca e luz UV

• Grupamentos mais suscetíveis a degradação por luz: carbonilas, nitroaromáticos, n-Oxides, alcenos,

arilcloretos, sulfetos e polienos.

• Isomerização

Baertschi, S.W., Alsante, K. M. and Reed, R.A. Pharmaceutical Stress Testing: prediction drug degradation, ed. 2ª, v. 210, 2011.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Escolha da técnica analítica → Seletividade e Especificidade do método

• Definição da concentração de trabalho

• Preparo da amostra

• Pureza cromatográfica (via DAD e MS)

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Escolha da técnica analítica → Seletividade e Especificidade do método

• Definição da concentração de trabalho

• Preparo da amostra

• Pureza cromatográfica (via DAD e MS)

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Escolha da técnica analítica → Seletividade e sensibilidade do método

• Deve ter seletividade para o IFA em presença dos seus prováveis produtos de degradação.

• Deve ser capaz de ser sensível o bastante para quantificar os prováveis produtos de

degradação do IFA, nas concentrações limites.

• Precisão e exatidão no limite quantificação (≤ limite de notificação);

• Avaliar sempre a influencia da fase móvel na linha de base

SENSIBILIDADE E SELETIVIDADE COMO ATENDER?

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Escolha da técnica analítica → Seletividade do método

Para seletividade → escolhendo a técnica de separação → HPLC/UPLC; GC;

1. O IFA e seus possíveis produtos de degradação apresentam polaridades semelhantes, Log P

próximos?

2. pKa próximos?

3. Os PDs são voláteis em detrimento ao IFA ou vice-versa?

4. Qual o melhor modo de eluição?

5. Qual a melhor fase estacionária?

6. Método já deve ser compatível com a espectrometria de massas para uma futura identificação?

7. Qual melhor amostra a ser utilizada para definição de seletividade?

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Escolha da técnica analítica → Sensibilidade do método

Para sensibilidade → escolhendo a técnica de detecção→ DAD, Espectrometria de massas, CAD,

fluorescência, light scattering, RID, entre outros.

Detector de arranjo de diodos → DAD → Pureza de pico

1. O ativo e seus PDs possuem cromóforos?

2. Qual o máximo de absorção do ativo? É o mesmo dos seus PDs? Será apenas um comprimento de onda

no método?

3. Os aditivos e solventes utilizados na fase móvel oneram a avaliação de pureza de pico ou linha de base?

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Quando a presença de aditivos comprometem a linha de base e a precisão e exatidão do LOQ é reduzida:

1. Quanto menor a

concentração de EDTA

menor a perturbação

da linha de base e

mais precisas e exatas

são as replicatas;

2. Relação sinal/ruído

favorecida.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Escolha da técnica analítica → Seletividade e Especificidade do método

• Definição da concentração de trabalho

• Preparo da amostra

• Pureza cromatográfica (via DAD e MS)

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Definição da concentração de trabalho e preparo de amostra → Definição de dose máxima

diária (DMD) e os limites de notificação e identificação a serem trabalhados

Há informação

de

DMD na bula?

Ir com a DMD

no site coifa da

ANVISA

Avaliar bulas de medicamentos

referência / discutir junto a equipe

médica (estudo clínico) na

ausência do medicamento

referência

Ir com a DMD

no site coifa

da ANVISA

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

https://coifa.anvisa.gov.br/calculos.html

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Definição da concentração de trabalho e Preparo da amostra

O preparo da amostra (100%) é definido pelos valores dos limites de notificação e identificação

Critérios:

• Sinal/ruído do Limite de notificação (LN) e Limite de identificação (LI) → > 20 no mínimo;

• Assimetria de pico do LN e LI → 0,8 a 1,2 → satisfatórios.

LI LN

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Definição da concentração de trabalho e Preparo da amostra

• Para impurezas desconhecidas: Os produtos de degradação desconhecidos podem ser quantificados a

partir de solução de padrão do fármaco no limite de identificação.

• limite de quantificação: ≤ limite de notificação para impurezas desconhecidas.

LI LN

PRECISÃO E EXATIDÃO - LOQ

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Escolha da técnica analítica → Seletividade e Especificidade do método

• Definição da concentração de trabalho

• Preparo da amostra

• Pureza cromatográfica (via MS e DAD)

Motivos de indeferimento:

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Pureza cromatográfica (via MS e DAD)

• O que o guia 4/2015 traz de exigências para pureza de pico?

• Pico do ativo no LN e no LI

• Picos de impurezas

• Pico do ativo na concentração 100% após estresse

Não é necessário apresentar pureza de pico → baixas concentrações

Apresentação de pureza de pico

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Pureza cromatográfica → via DAD Os espectros ao longo do pico são avaliados

e comparados com o ápice do pico

Sem diferenças espectrais o pico está puro?

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Pureza cromatográfica → via DAD

• Garantimos a ausência de isômeros do ativo?

• Qual o valor de Absorbance threshold a ser utilizado?

• Há balanço de massas?

• Foi necessária saturação de pico para atingir limites tão baixo?

• Qual a diluição aplicada?

• Fase móvel interfere na avaliação de pureza de pico? Uso de cut-off? Justificativa técnica?

• IDEAL: USO DE OUTRAS TÉCNICAS COMO LC/MS, NMR, IR por exemplo.

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Pureza cromatográfica → via MS → Mais sensível e específico que o DAD

• Os espectros de massas são registrados sucessivamente sobre todo o intervalo de eluição do pico suspeito.

• Se durante a varredura desse espectro massas adicionais forem detectadas, o cromatograma de massas

correspondente é extraído → Comparação com o espectro de massas do padrão do ativo na mesma

concentração.

• Impureza não detectada por DAD → sem cromóforo ou baixa concentração → MS oferece detecções

altamente específicas sem interferências, para o monitoramento e identificação de impurezas.

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Desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade

• Pureza cromatográfica

Mundo real → ANVISA: Avaliação da pureza de pico e o balanço de massas são

complementares. Para técnicas sem o peak purity (FL, LS, CAD, RID) → utilizar técnicas

complementares

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Balanço de massas (BM)

• Justificativas técnicas para falta de balanço de massas

• Uso de técnicas ortogonais

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Balanço de massas (BM) → Quando o BM se apresentar abaixo de 100%?

1º ponto ser questionado: Metodologia de preparo de amostra

• Ainda estamos com problemas de solubilidade do IFA?

• O preparo do referência está muito distinto ao do ensaio?

• O problema foi observado apenas para o produto?

• Placebo interfere na recuperação dos PDs? Mudança de aspecto prejudica a recuperação do ativo e PDs?

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Balanço de massas (BM) → Quando o BM se apresentar abaixo de 100%?

1º ponto ser questionado: Metodologia de preparo de amostra

• Instabilidade dos PDs e do IFA em solução?

• É necessário um diluente específico para avaliar os PDs formados?

• Ensaios secos também estão sem BM aceitável?

• Corrigiu-se pelo teor?

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Balanço de massas (BM) → Quando o BM se apresentar abaixo de 100%?

2º ponto ser questionado: Quando o problema pode ser o método?

• O que houve com o sinal analítico do ativo e seus PDS?

• As impurezas podem não estar sendo eluídas pela coluna escolhida?

• Impurezas saem no vzero? Redesenvolvimento!

• Há coeluição com o IFA? Possível para amostras com picos do ativo saturados! Temos pureza de pico?

• Possibilidade de modificação do grupo cromóforo: desvio de fator resposta de determinado PD?

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Balanço de massas (BM) → Quando o BM se apresentar abaixo de 100%?

Quando o problema pode ser o método?

• Comparou-se o espectro de UV de cada impureza com o do(s) IFA(s), verificando se houve alteração dos máximos de

absorção UV e na relação entre esse máximo e algum outro comprimento de onda de baixa absorbância?

• Possibilidade de destruição do grupo cromóforo e consequente não detecção de determinada impureza? → Análise em

outro comprimento de onda ou uso de técnicas ortogonais (LC-MS/MS, GC/MS, RMN (Apenas para a MP);

• Degradação secundária? → Controlar a degradação para obter apenas 10%;

• Perda por volatilização? Uso de frascos headspace e avaliação pela técnica de GC/MS;

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Balanço de massas (BM) → Quando o BM se apresentar abaixo de 100%?

Após as investigações citadas, obtidas as respostas que não condenem o método:

Justificativa técnica é factível e embasada para a ausência de BM adequado!

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Balanço de massas (BM)

• Como calcular?

• Justificativas técnicas para falta de balanço de massas

• Uso de técnicas ortogonais

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Balanço de massas (BM) → Justificativas técnicas e ortogonalidade

• Com toda a análise crítica dos resultados realizadas, as possíveis justificativas:

Sem uma técnica ortogonal:

Justificar pela hipótese de desvio de fator resposta analítica no DAD:

• Para desconhecidas → avaliar os espectros de absorção quando o software fornecer e comparar com o

do ativo;

• Para conhecidas → Quantificação contra padrão da impureza;

• Mais de um comprimento de onda? Como calcular o BM?

• PDs de ativos associados de difícil discriminação?

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Balanço de massas → Justificativas técnicas e ortogonalidade

• Com toda a análise crítica realizada dos resultados obtidos, as possíveis

justificativas:

• Inviabilidade do uso de desvio de fator resposta analítica no DAD → Perdas de cromóforos;

• Uso de técnica ortogonal com adaptação do método para que o perfil cromatográfico seja o

mesmo independente do detector: MS; CAD; LS, entre outros;

• Preparar a amostra de estresse para análise em outros detectores;

• Apresentar os novos cromatogramas mostrando a presença de pico não observado por DAD;

• Aplicação do método nas amostras de estabilidade→ Há a necessidade de 2 técnicas na

avaliação de estabilidade real?

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Ferramentas de identificação → Uso do LC/MS

O método de rotina é compatível com o detector de espectrometria de massas?

Para ser compatível:

Fluxo ideal de fase móvel: inferior a 0,5 ml/min;

Fase móvel ideal: Aditivos e tampões voláteis, água e solventes orgânicos de alta

pureza.

Para métodos de rotina não compatíveis → avaliar a seletividade após adaptação!

Seria uma premissa de desenvolvimento de método indicativo de estabilidade já

compatível?

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Ferramentas de identificação → Uso do LC/MS → Aditivos de fase móvel voláteis

Aditivos pKa /pkb

Ácido fórmico pka 3,8

Ácido trifluoroacético pka 0,5

Ácido acético pka 4,8

Formiato de amônio pka 3,8 / 9,2

Acetato de amônio pka 4,8 / 9,2

Bicarbonato de amônio pka 6,3 / 9,2 / 10,3

Hidróxido de amônio pkb 4,7

Ácido Heptafluorobutírico (HFBA) pka 0,4

di n-butilamina acetate pka 11,3

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Ferramentas de identificação → Uso do LC/MS → Técnicas hifenadas

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Ferramentas de identificação → Uso do LC/MS → Técnicas hifenadas

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Premissas dos estudo de degradação forçada → Planejamento dos ensaios de degradação forçada

Bom desenho experimental e análise crítica

Guia 4/2015

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Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação?

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Estudo de perfil de degradação

segundo o Guia 4/2015

Parte crítica: Introdução, Discussão do perfil e

conclusão

Parte experimental: Degradação forçada

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Introdução:

• Pesquisa / Levantamento bibliográfico / Desenho Experimental;

• DMF: impurezas de síntese, produtos de degradação conhecidos ou não, condições de estresse

(validação), estabilidade do IFA;

• Susceptibilidade da molécula: literatura, predição (Zeneth®);

• Compatibilidade: histórico, literatura, predições (Zeneth®);

• Estudo de estabilidade: acelerada ou de longa duração;

• Especificações: RDC 53/15, compêndios oficiais;

Guia 4/2015

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Metodologia:

• Apresentar todos os detalhes do método cromatográfico e de detecção:

• Preparo detalhado da fase móvel; tipo de coluna, uso de temperatura, volume de injeção, dentre outros

parâmetros relevantes.

• Apresentar o uso de mais de um comprimento de onda ou qualquer alteração no intervalo de varredura do

DAD.

• Preparo das amostras:

• Preparo dos padrões (LN e LI) do IFA e das impurezas nas especificações;

• Preparo da amostra referência (Branco, IFA, PA e Placebo);

• Preparo das amostras para o estudo de estresse (Branco, IFA, PA e Placebo) → Descrever uso de co-

solventes, neutralização, limitação analítica.

Guia 4/2015

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Discussão do perfil de degradação e conclusão:

• Discutir cada ensaio de estresse separadamente:

• Comparação do perfil do IFA isolado e quando presente no produto acabado;

• Em caso de mais de um fabricante de matéria prima, avaliar o perfil cromatográfico e discutir

sobre a semelhança ou não entre os fabricantes.

• Avaliar criticamente se houve ou não o favorecimento da degradação quando há interação do

IFA com os excipientes no produto acabado;

• Se houverem impurezas conhecidas, sinalizá-las na discussão.

• Discutir se os produtos de degradação encontrados no estresse foram observados nas

amostras de estabilidade acelerada, longa duração ou aceleradíssima → Degradação potencial

versus a degradação real;

• Discutir mecanismos de degradação, se possível.

Guia 4/2015

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Discussão do perfil de degradação e conclusão:

• Dados brutos

• Apresentação dos cromatogramas de forma organizada;

• Apresentar 2 escalas com visualização do pico principal (125%) e dos produtos de degradação (5% do

125%);

• Apresentação dos seguintes parâmetros cromatográficos:

• Resolução;

• Pureza do pico (relevante somente para os picos dos IFAs) para todas as condições de estresse;

• Assimetria;

• Eficiência da coluna (n° de pratos teóricos).

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Discussão do perfil de degradação e conclusão:

• Balanço de massas

• Tabela comparando a porcentagem de degradação do(s) IFA(s) com a porcentagem de

aumento de impurezas;

• Discussão sobre o balanço de massas;

• Quedas inferiores a 10% do seu ativo em endpoint aplicado;

• Justificativas técnicas para déficit de balanço de massas;

• Uso de ortogonalidade.

Guia 4/2015

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Discussão do perfil de degradação e conclusão:

• Conclusão

• Perfil de degradação “potencial” comparado ao perfil de degradação real;

• Discussão sobre o impacto das condições de produção no resultado do perfil de

degradação;

• Discussão sobre os fatores de armazenamento que podem interferir na estabilidade do

produto.

Guia 4/2015

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Etapa de identificação

• Identificação

• Após sinalização de PD acima do LI nas amostras de estabilidade, como reportar?

• Injeção de um padrão caracterizado ou farmacopeico de uma substância → Mesmo Tr e o mesmo

espectro de UV no método indicativo de estabilidade;

• Um mecanismo de degradação proposto que leve a uma estrutura confirmada com uma técnica

espectroscópica de caracterização (espectros de massas, de RMN, infravermelho);

• Caracterização conclusiva, realizada com pelo menos duas técnicas espectroscópicas diferentes

(espectros de massas, de RMN, infravermelho).

Guia 4/2015

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Relatório → Como elaborar um relatório de estudo de perfil de degradação: Análise crítica

Com um estudo bem conduzido:

O perfil de degradação real e qualquer desvio de qualidade do produto deve ser

detectado pelo método indicativo de estabilidade (MIE) e sua origem rastreável

(degradação forçada).

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Estudos de caso

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Estudo de caso: BM justificado por identificação e fator resposta

Molécula C → Degradação em fotólise sem balanço de massas

PD de fotólise da

Molécula CMolécula C

A identificação do PD por massas e RMN explicou a falta de BM na condição de fotólise → Eliminação da

conjugação → Redução da absortividade →1. FR diferente de 1; 2. Máximo de absorção diferente do ativo.

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Estudo de caso: BM justificado por identificação e fator resposta

• Molécula C → Necessidade de 3 comprimentos de onda para apresentação do perfil de degradação e definição de balanço de

massas.

Embora o comprimento de onda 252 nm seja o mais discriminativo de impurezas, não há

fechamento de BM → Sempre avaliar os demais comprimentos

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Estudo de caso → Construindo um racional preliminar para estudo de perfil de

degradação para cafeína em comprimido analgésico com associação de mais 2 ativos

(Paracetamol + Orfenadrina)

pKa: -1,16

Log P: - 0,55

Extremamente solúvel em água

independente do pH aplicado

Carater altamente básico

Cafeína → base estrutural: xantina, com a diferença de possuir apenas aminas terciárias.

Estrutura química complexa, contendo bastante heteroátomos e funções orgânicas → poucos produtos de

degradação relatados e previstos na literatura.

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Estudo de caso → Construindo um racional preliminar para estudo de perfil de

degradação para cafeína em comprimido analgésico com associação de mais 2 ativos

(Paracetamol + Orfenadrina)

• Altamente suscetível a hidrólise básica → literatura científica e DMF;

• Estável nas demais condições de estresse → atenção para os demais ativos → estresse do

placebo real determinará a seletividade;

• Sem necessidade de uso de co-solvente para avaliação do IFA isolado e presente no

medicamento;

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Estudo de caso → Construindo um racional preliminar para estudo de perfil de

degradação para cafeína em comprimido analgésico com associação de mais 2 ativos

(Paracetamol + Orfenadrina)

• Cafeidina principal PD da cafeína sob hidrólise básica;

• As impurezas conhecidas apresentam estruturas

semelhantes → Método gradiente e mais aquoso no

início da corrida!

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Estudo de caso → Construindo um racional preliminar para estudo de perfil de

degradação para cafeína em comprimido analgésico com associação de mais 2 ativos

(Paracetamol + Orfenadrina)

• Paracetamol se apresenta em uma concentração 8 vezes maior que a cafeína no medicamento;

• Paracetamol mais lábil que a cafeína → baixa resolução dos seus PDs com os PDs da cafeína;

• UPLC;

• Uso de comprimentos de onda distintos:

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Estudo de caso → Construindo um racional preliminar para estudo de perfil de degradação

para cafeína em comprimido analgésico com associação de mais 2 ativos (Paracetamol +

Orfenadrina)• Sem Balanço de massas adequado na condição de hidrólise

básica:

• Impurezas desconhecidas com máximos de absorção em

205 nm → péssimo para avaliação de pureza da Cafeína →

275 nm para avaliação!

• Justificativa de desvio de absortividade;

• Cafeidina: FR diferente de 1 → cálculo contra o padrão da

impureza conhecida.

RDC 53/2015 – ESTUDO DE PERFIL DE DEGRADAÇÃO – ESTADO DA ARTE

Conclusão

Para um adequado atendimento a RDC 53/2015:

Análise crítica sempre, seja ela experimental ou teórica!

MUITO OBRIGADA!!!

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