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Rastreamento e estratificação de risco para Tríade da Mulher Atleta (TMA)

Relator: Prof. Dra. Maíta Poli de Araujo Moderadores: Prof. Dr. Heldio Fortunato

Prof. Dra Sandra Sasaki Dr. Fernando Bianchini

Dr. Ricardo Galotti

O problema

• Define-se Triade da Mulher (TMA) como um espectro sintomático formado por três ítens:

1. Baixa disponibilidade energética

2. Irregularidade mentrual

3. Baixa densidade mineral óssea

Espectro da TMA

Disponibilidade energética reduzida Com ou sem

distúrbio alimentar

Baixa densidade mineral óssea

Disfunções menstruais subclinicas

Saúde óssea adequada

Disponibilidade energética Adequada

Eumenorreia

Baixa disponibilidade energética com ou sem

distúrbio alimentar

Amenorréia hipotalâmica

funcional

Osteoporose

Esportes de risco para TMA

Endurance

(24%)

Com Bola

(16%)

Estético

(42%)

Classes

de peso

•Judô

Baixo peso é

vantagem

•cross country •ciclismo

Questões mínimas para o rastreamento da TMA

Necessidade de energia para o esporte (em mulheres)

Energia ótima

>45Kcal/Kg mm/dia

Energia mínima

30Kcal/Kg mm/dia

Deficiência moderada

20Kcal/Kg mm/dia

Deficiência severa

10Kcal/Kg mm/dia

mm=massa magra

Diagnóstico da disfunção menstrual

1. História de transtorno alimentar (DSM-IV)

2. IMC ≤17.5 kg/m2 ou perda de peso ≥10% em um mês

3. Menarca ≥16 anos

4. Ciclo menstrual <6 meses nos últimos 12 meses

5. 2 fraturas por stress previas ou uma fratura por stress de risco elevado ou fratura completa por baixa energia

Indicações de densitometria óssea na TMA

• Z-score ≤−2.0* = abaixo do esperado para a idade

*Mulheres que praticam esportes que usam peso (halterofilismo, crossfit, etc) terão

diagnostico de baixa densidade mineral óssea com Z-score ≤−1.0

Interpretação da densitometria óssea na TMA

Magnitude do Risco

Fatores de risco Risco Baixo (0 pontos)

Risco moderado (1 ponto)

Risco elevado (2 pontos)

Baixa DE com ou sem TCA

Sem restrição dietética

Alguma restrição (atual) ou historia de TCA

DSM-V para TCA

IMC

IMC≥185 ou >90% EW

IMC 17.5<18.5 ou <90%EW ou

5-10% perda peso /mês

IMC ≤ 17.5 ou < 85% EW ou

≥ 10% perda peso/mes

Menarca < 15 anos 15-16 anos ≥ 16 anos

Oligomenorreia e ou amenorreia

> 9 ciclos em 12 meses

6-9 ciclos em 12 meses

< 6 ciclos em 12 meses

Baixa DMO Z-score ≥ -1.0 Z-score < -2.0 Z-score ≤ -2.0

Fratura por stress Nenhuma 1 ≥ 2 ou em osso trabecular

Risco cumulativo ____pontos + _____ pontos + ____pontos = ___ Total

Avaliação do risco cumulativo na TMA

Escore de Risco Cumulativo

Risco baixo

Risco moderado

Risco elevado

Liberada 0-1 pontos

Liberação

Provisória/ Liberação com

limitação

2-5 pontos □ Liberaçao temporária □ Liberação limitada

Restrição para treino e

competição

≥ 6 pontos □ Restrição para treino e competição □ Desqualificado

Critérios de liberação e retorno para o esporte na TMA

Recomendações SPAMDE Rastreamento e estratificação de risco para Tríade da Mulher Atleta (TMA)

1. A TMA é um diagnóstico de exclusão.

2. A suspeita diagnóstica pressupõe a presença de um dos três componentes (isolados ou agrupados).

3. Os componentes da TMA são: 1. baixa disponibilidade energética 2. Irregularidade menstrual e 3. Baixa densidade mineral óssea.

4. A disponibilidade energética considerada ótima para uma atleta é de 45Kcal/Kg de massa magra/ por dia.

5. Entende-se como irregularidade menstrual a menarca tardia, diminuição no numero dos dias de fluxo menstrual, aumento do intervalo entre os ciclos, ausência de ciclo menstrual .

6. Considerar a realização de densitometria óssea nos seguintes casos: – História de transtorno alimentar (DSM-IV)

– IMC ≤17.5 kg/m2 ou perda de peso ≥10% em um mês

– Menarca ≥16 anos

– Ciclo menstrual <6 meses nos últimos 12 meses

– 2 fraturas por stress previas ou uma fratura por stress de risco elevado ou fratura completa por baixa energia

7. Considerar o Z-score ≤−2.0 como abaixo do esperado para a idade.

8. Considerar estratificar o risco para TMA

9. Estabelecer critérios de retorno para o esporte

10. Convocar equipe Multidisciplinar para o tratamento da TMA.

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Referências bibliográficas