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Indisciplina,bullying e
violncia naescola
O que fazer?
ramiro marques
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Copyright 2010 ramiro marques
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First Edition
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Dedico este ebook aos leitores e comentadores do ProfBlog
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ContentsChapter 1 Reforo da autoridade do professor e
desburocratizao das funes docentesso as questes axiais da condio docente . . . . 1
Chapter 2 Professores exigem reviso profunda doestatuto do aluno .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Chapter 3 Pais no aceitam sano disciplinar . . . . . . . . . . . . . 9
Chapter 4 Saiba por que razo as escolas dos jesutas
esto entre as melhores do Mundo . . . . . . . . . . . . 11Chapter 5 A Pedagogia de Alain: educar libertar dabarbrie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Chapter 6 A sobrecarga das funes do professor . . . . . . . 17
Chapter 7 Como dar uma educao saudvel a umfilho (menos de 10 anos) numa sociedadeque no o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Chapter 8 Como educar saudavelmente um
adolescente numa sociedade que no o . . . . 27Chapter 9 Isabel Alada: importante que as escolas
revejam o que pedem aos professores. Osprofessores tm carga burocrtica elevada eisso cria desnimo .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 31
Chapter 10 O que os pais nunca devem fazer . . . . . . . . . . . . . . 35
Chapter 11 Como responder crise e educar os filhosde forma mais equilibrada . . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. .. 37
Chapter 12 Com este Estatuto do Aluno impossvelcombater o bullying .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 41
Chapter 13 Um anjo no Cu. Professores das escolaspblicas sem meios para travar o bullying . . . . 43
Chapter 14 Shame on you! Na escola do Leandroontem foi um dia normal. . . .. .. . .. .. .. . .. .. .. . .. 45
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Chapter 15 Quem morreu? Um rapazito pobre, dointerior, coisa poucaUm post do Jorge
Arriaga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Chapter 16 A morte do Leandro, 12 anos, vtima debullying, no mereceu uma palavra daFenprof e da Fne .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Chapter 17 Um anjo no Cu uma tragdia que nopode ser branqueada nem esquecida! . . . . . . . . . 57
Chapter 18 Pais querem retirar apoios sociais a alunos
violentos. Obviamente. Essa medida jdevia ter sido tomada h muito . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Chapter 19 Santana Castilho: falta ao sistema deensino uma viso estratgica clara sobre oque queremos das escolas .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . . 67
Chapter 20 Santana Castilho: no possvel gerir asescolas de forma autocrtica .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Chapter 21 A escola de Mirandela falhou. Morreu uma
criana no exacto momento em que deviaestar numa aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Chapter 22 Bullying UK: uma porta de entrada paracontedos digitais para travar o bullying ecastigar os bullies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Chapter 23 Movimentos de professores e blogueirosunidos na homenagem ao Leandro: nasegunda-feira, s 11:00, professores de
todo o pas fazem um minuto de silncio . . . . . 81Chapter 24 Hoje s 11:00, minuto de silncio em todas
as escolas do Pas em memria do Leandroe contra o bullying . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Chapter 25 Da inutilidade da escolaridade obrigatria.O debate necessrio para travar adeteriorao do ensino secundrio nasescolas pblicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
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Chapter 26 CDS elabora relatrio sobre o fenmenoda violncia escolar ... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 89
Chapter 27 Assim vai a poltica de combate criminalidade juvenil: Jovens fugiram de larpara provocarem noite de terror . . . . . . . . . . . . . . . 91
Chapter 28 Ministra da Educao quer dar maispoderes s escolas para travarem o bullyinge a violncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Chapter 29 Aluno espanca violentamente professor
dentro da sala de aula e no dia seguintevolta s aulas como se no tivesse feitonada de errado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Chapter 30 Violncia escolar: at quando vamosassistir parados violncia sobre alunosdentro e na vizinhana dosestabelecimentos escolares? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Chapter 31 Foi espancado, hospitalizado e obrigado a
repor as aulas. Um testemunho que mostracomo os bullies so acarinhados eprotegidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Chapter 32 Bullying: dicas para prevenir, combater eintegrar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Chapter 33 Propostas para melhorar a escola . . . . . . . . . . . . 107
Chapter 34 Ministra prepara legislao que d poderesaos directores para suspenso preventiva
dos agressores por mais de 5 dias.Finalmente! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Chapter 35 Isto de uma gravidade extrema. Obullying no atinge apenas alunos. Hmuitos professores que so vtimassilenciosas. E h encobridores queprotegem os bullies .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 111
Chapter 36 bullying? No, violncia consentida . . . . 123
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Chapter 37 Quatro teses sobre a violncia contraprofessores e o destino das escolaspblicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Chapter 38 Quatro teses sobre a autoridade dosprofessores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Chapter 39 A responsabilizao dos jovens umanecessidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Chapter 40 Em memria do Leandro, 12 anos, vtimade violncia consentida .. . .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. 135
Chapter 41 Pode a criao de grandes centros escolarese o fecho das pequenas escolas estar aalimentar a violncia contra os maisfracos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Chapter 42 O que fazer com os directores queencobrem os bullies? Reflexo. .. . . . . . . . . . . . . . 141
Chapter 43 ME no revela dados sobre escola deFitares. CDS agenda debate na AR sobre
bullying e violncia escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145Chapter 44 Branquear premiar os agressores e
insultar as vtimas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Chapter 45 Violncia escolar nas salas de aula est aaumentar, afirma a Coordenadora doGabinete de Segurana Escolar . . . . . . . . . . . . . . 151
Chapter 46 Pais do Leandro admitem avanar comprocesso contra a escola e contra os
alegados agressores .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 155Chapter 47 As razes do mal: por que razo fizemos da
escola um lugar onde cada vez mais difcilensinar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Chapter 48 Os do costume voltam a aplicar velhasreceitas. Mas o ME, finalmente, vai acabarcom as provas de recuperao .. . . . . . . . . . . . . . . 161
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Chapter 49 Memrias do Lus, um professor,portugus, 51 anos, contratado, vtima de
bullying . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Chapter 50 O bullying tambm um problema dosadultos. Um post de Lus Silva . . . . . . . . . . . . . . . 169
Chapter 51 Isto sim, grave! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
Chapter 52 No nos podemos dar ao luxo de no ouvir.Seria tornar-nos parte da desumanizaoque torna possvel a violncia . . . . . . . . . . . . . . . . 177
Chapter 53 As faltas de castigo podem ter valorpedaggico? Pode o castigo ajudar o alunoa ganhar o hbito de ser responsvel pelosactos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
Chapter 54 Um bom debate na TVI 24 sobreindisciplina e violncia na escola. Orepresentante do Conselho de Escolasesteve muito bem .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
Chapter 55 Ministra da Educao: Vamos reforar opoder da suspenso preventiva da parte dodirector. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185
Chapter 56 Aluno esfaqueado porta da escola. Nopodemos aceitar a banalizao da violnciaescolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
Chapter 57 CDS leva ao Parlamento projecto quereintroduz as faltas injustificadas e
simplifica processos disciplinares . . . . . . . . . . . . 191Chapter 58 Quatro casos graves de violncia escolar
participados ao ME?! Um elogio, umacrtica e uma nota para Isabel Alada . . . . . . . . 193
Chapter 59 Ecos do projecto de alterao ao ECD nossindicatos e movimentos de professores . . . 197
Chapter 60 A suspenso preventiva j existe. precisoir mais alm! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
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Chapter 61 Aluna de 10 anos morde, arranha, d socose pontaps a professora .. . .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. 203
Chapter 62 Ana Drago (BE) no quer que se responda violncia escolar com suspenses . . . . . . . . . . 205
Chapter 63 Ricardo Silva no Opinio Pblica da SICsobre indisciplina e violncia escolares . . . . . 207
Chapter 64 Ricardo Silva no Opinio Pblica sobreindisciplina e violncia na escola . . . . . . . . . . . . . 209
Chapter 65 Distino entre faltas justificadas e faltas
injustificadas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211Chapter 66 Cavaco sobre a violncia nas escolas: eu
penso que tem de ser feita alguma coisapara combater esta situao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
Chapter 67 Um novo olhar para a suspenso dosalunos da frequncia das actividades lectivas 219
Chapter 68 Jos Gil relaciona a violncia na escola coma poltica governativa de no verdade . . . . . . . 223
Chapter 69 Fenprof quer violncia contra docentes nalista dos crimes pblicos .. .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. 225
Chapter 70 A banalizao do mal. Cenas destasacontecem com frequncia dentro ou porta das escolas pblicas .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. 227
Chapter 71 Um novo olhar para a suspenso dosalunos da frequncia das actividadeslectivas - II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
Chapter 72 Portas: se a famlia informada docomportamento violento e no contribuirpara a sua resoluo deve ser punida noeventual apoio social que recebe do Estado. 235
Chapter 73 A proposta do CDS para travar aindisciplina e a violncia nas escolas . . . . . . . . 239
Chapter 74 Fenprof apresenta medidas de reforo daautoridade dos professores e de combate
violncia escolar. chegada a altura de ver
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quem est contra a violncia na escola equem anda a assobiar para o lado . . . . . . . . . . . . 243
Chapter 75 O Bullying, a violncia escolar e aindisciplina e a falncia das polticas sociais 247
Chapter 76 Aulas de 90 minutos versus aulas de 50minutos. E por que no dar liberdade deescolha s escolas? .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 251
Chapter 77 Amrico Baptista, professor na Lusfona:estes alunos quando um dia tiverem uma
dificuldade no vo saber lidar com afrustrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255
Chapter 78 Confuso no Parlamento sobre atipificao do crime de agresso aprofessores. Vice do PS diz que j crimepblico, juristas dizem que no . . . . . . . . . . . . . . 259
Chapter 79 Aplauso para o PGR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Chapter 80 O Projecto de Lei do CDS chega com oito
anos de atraso mas hoje mais necessriodo que era em 2002 .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
Chapter 81 Aluno de 11 anos forado a fumar haxixedentro da escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
Chapter 82 Pais associados na Cnipe criam linha deapoio a vtimas de bullying . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . 267
Chapter 83 O Estatuto do Aluno tem 12 anos e aindisciplina nas escolas no pra de
aumentar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271Chapter 84 Directores perdem o medo e comeam a
falar sobre o Estatuto do Aluno . . . . . . . . . . . . . . 273
Chapter 85 Rio devolveu o corpo do Leandro.Resultados dos inquritos ainda porconhecer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275
Chapter 86 Violncia escolar? A culpa da imprensalivre e dos blogues! . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 277
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Chapter 87 Aprovados projectos de lei do CDS e doPSD de alterao ao Estatuto do Alunocom absteno do PS e votos contra do BEe do PCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279
Chapter 88 Projecto de lei do CDS: o apoio socialescolar deve poder ser reduzido quando ospais manifestam negligncia e desinteressecontinuados pelo absentismo dos filhos . . . . 281
Chapter 89 A indisciplina e a violncia escolar so boaspara o negcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
Chapter 90 O negcio em torno dos alunos, famlias ebairros problemticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
Chapter 91 Pais acusam: escolas que participam casosde violncia so penalizadas na avaliaoexterna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Chapter 92 Propostas simples para melhorar a escola . . 295
Chapter 93 Criana norte-americana pode ser
condenada a priso perptua . . . . . . . . . . . . . . . . . 299Chapter 94 Homicida com 12 anos julgado como
adulto, nos EUA .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301
Chapter 95 bullying? No, violncia consentida . . . . 305
Chapter 96 Ministrio Pblico arquivou inquritocontra agressores que levaram Leandro aohospital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309
Chapter 97 Medidas para combater o bullying na
escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311Chapter 98 Ricardo Silva (Apede): Sobre o estatuto do
aluno, o currculo e os horrios dosprofessores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Chapter 99 A Liberdade gera Vida. Pscoa Feliz! . . . . . . . 321
Chapter 100 Cef, Currculos Alternativos e Pief: lamapara os olhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325
Chapter 101 Como combater o bullying? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
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Chapter 102 Palavra dos professores vai valer mais . . . . . . . 333
Chapter 103 Resposta eficaz para o problema daviolncia escolar, precisa-se! . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
Chapter 104 A segunda morte do Leandro . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Chapter 105 BE e PCP dizem que a indisciplina nasescolas tem diminudo. Ficaram retidospara sempre na dcada de 70 do sculopassado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Chapter 106 Nos EUA, os bullies teriam sido expulsos
ou ido para a cadeia. Em Portugal, a culpa do porteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343
Chapter 107 Em Portugal, os professores so insultadose agredidos e nada acontece aos agressores.Em Espanha, me de aluno que agrediuprofessora sada da escola apanha doisanos de priso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
Chapter 108 Trs medidas para salvar os adolescentes
que no querem estudar e violamsistematicamente as regras de convivnciasocial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351
Chapter 109 Um tero dos detidos por trfico de drogatm entre 16 e 21 anos de idade. A escolapblica regular no tem resposta para os
jovens delinquentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
Chapter 110 Ambientes escolares frouxos potenciam o
bullying. Verifique se a sua escola estorganizada para promover o bullying . . . . . . . 359
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1Reforo da
autoridade doprofessor e
desburocratizaodas funes
docentes so asquestes axiais dacondio docente
Enganam-se os que julgam que o estatuto da car-
reira docente e o modelo de avaliao de desem-
penho so as questes centrais da condio
docente e os problemas com maior capacidade
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de mobilizao dos professores. O tempo da con-
testao em torno do ECD e da ADD j passou.Finalmente, os professores acordaram para a
dura realidade imposta pela falncia do Estado
Social. Sem riquezas naturais de vulto e depois de
dcadas de esbanjamento, corrupo e mau gov-
erno, o Estado portugus no tem mais condi-
es de respeitar os compromissos assumidos
com os governados. De Estado Social passou
para Estado Exguo.
Isto quer dizer que as reformas dos professores,
bem como dos restantes funcionrios pblicos,
deixaram de estar garantidas. E a idade dareforma no vai cessar de ser empurrada para
cima, sendo provvel que atinja, muito em breve,
os 70 anos de idade.
A recente antecipao dos 6% por ano de penali-
zao para os funcionrios pblicos que queiram
reformar-se antes do tempo todo apenas umtmido sinal do que a vem. A imposio do valor
dos salrios de 2005 para efeitos de clculo das
penses outro sinal do que est para vir.
Com o Estado Exguo - essa conquista ganha
graas a dcadas de mau governo e esbanjamento
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- os professores com menos de 50 anos de idade
tm de se habituar ideia de que tero de lec-cionar at aos 70 anos de idade, sob pena de
levarem para casa o equivalente ao ordenado
mnimo nacional.
A grande questo de ora em diante apenas uma:
como aguentar durante tanto tempo? Que condi-
es de trabalho devem ser dadas aos professores
para poderem leccionar at aos 70 anos de idade?
Isso no possvel com as condies actuais:
indisciplina generalizada, falta de cortesia, vio-
lao das regras e normas de convivncia social,
reunies para tudo e para nada e planos e rela-trios sobre tudo e coisa nenhuma. A prestao
de contas s deve fazer-se de uma forma: exames
nacionais a todas as disciplinas.
As duas questes axiais da condio docente pas-
saram a ser o reforo da autoridade do professor
e a desburocratizao das funes docentes. Oprofessor d aulas e ponto final. Se fizer isso bem
feito j faz muito. Os contedos funcionais de
guarda, assistncia social, terapeuta sexual,
administrativo e socilogo devem ficar a cargo de
tcnicos especializados nessas reas.
Reforo da autoridade do professor e des-burocratizao
3
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Notcias dirias de educao.
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2Professores exigem
reviso profunda doestatuto do aluno
O estatuto do aluno precisa de ser fortemente
alterado. demasiado permissivo e um obst-
culo qualidade do ensino. E uma fonte de bur-
ocracia. A acusao feita pelos movimentos
independentes, sindicatos, bloggers e corre pelas
salas de professores.Joo Dias da Silva, Presidente da Fne, resume a
situao desta forma: quando o aluno falta quem
tem o castigo o professor. Joo Dias da Silva
refere-se aos planos de recuperao e s vrias
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provas de recuperao que a legislao em vigor
obriga os professores a fazerem.Ildio Trindade, dirigente do MUP, afirmou ao
Pblico que o aluno desobedece e no lhe acon-
tece nada.
Ricardo Silva, dirigente da Apede, acusa: o
regime de faltas aplicado indiferenciadamente
aos alunos que faltam sistematicamente e de
forma injustificada e queles que realmente no
podem comparecer nas aulas por motivos como
doena. Ricardo Silva, em declaraes ao Pb-
lico, acrescentou que a legislao revela descon-
fiana em relao ao professor ao impor legal-mente medidas de apoio educativo que estes
sempre realizaram, acrescidas de um conjunto de
burocracias que tornaram a docncia num autn-
tico inferno.
A reviso do estatuto do aluno no tem implicaes
financeiras. uma medida de bom senso. A ministra daeducao j prometeu mexer na Lei 3/2008. A reviso doestatuto do aluno uma assunto que est em cima damesa negocial. A ministra da educao conhece a reali-dade, tem bom senso e vai, com certeza, mexer na legis-lao no sentido de uma maior responsabilizao dosalunos e simplificao dos processos. Mas uma lei s pode
ser alterada no Parlamento. Quem vai dar o primeiro
6 Indisciplina, bullying e violncia na escola
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passo na reviso da Lei 3/2008? O Governo? O grupo par-
lamentar do PS? Ou os partidos da oposio? Nestaquesto, h matria para consenso. Notcias dirias deeducao.
Professores exigem reviso profunda do 7
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3Pais no aceitam
sano disciplinar
Comportamento exemplar da Escola Secun-dria Infanta Dona Maria e da DREC. J quanto
aos pais do alunoteria sido melhor aceitarem a
sano.
Os pais de um aluno da Escola Secundria Infanta D.Maria, em Coimbra, suspenso quatro dias por escrever um
texto insultuoso sobre uma professora, recorreram ao Tri-bunal Administrativo por considerarem o castigo dema-siado severo.
A Direco Regional de Educao do Centro mantevea deciso da escola, mas os pais propuseram uma provi-dncia cautelar para a suspender, invocando falhas naforma como o processo disciplinar foi conduzido. Pedro
Santos, pai do aluno, de 16 anos, reconhece que o filho
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agiu mal e admite que a suspenso fosse de dois dias. Mas
considera exagerado o castigo aplicado a um aluno semproblemas disciplinares anteriores, que no divulgou otexto e pediu desculpa docente.
A directora da escola, Maria do Rosrio Gama, diz queo estudante teve um comportamento incorrecto e que asituao foi grave. Fonte: CM de 2/2/2010
Notcias dirias de educao.
10 Indisciplina, bullying e violncia na escola
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4Saiba por que razo
as escolas dosjesutas esto entre
as melhores doMundo
A organizao pedaggica dos colgios jesutas
foi influenciada pela cultura barroca. Ordem, dis-
ciplina e mtodo constituam as trs caracters-ticas predominantes da pedagogia dos jesutas.
A gramtica, a filosofia, a lgica, a teologia ocu-
pavam lugar central no plano de estudos. A meto-
dologia mais vulgar consistia numa subtil mistura
de exposies do professor, leitura de textos,
exerccios e disputas orais. As famlias delegavam
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os seus poderes nos responsveis pelos colgios:
pelo facto de levarem os seus filhos aos jesutas,um pai de famlia compromete-se a aceitar os
princpios e a disciplina do colgio. No que se
refere ao internato, os jesutas esforar-se-o at
onde for possvel para oferecer aos educandos
uma atmosfera familiar e alegre; mas exercero
sobre a criana a autoridade do pai ausente.
Encarregados pelos pais de darem aos alunos
uma educao crist, no toleram que esse fim
seja comprometido pela dissoluo - facto fre-
quente na poca - em certos ambientes aristo-
crticos. Assim, no queriam ver degradar-se, nocurso das suas vocaes, pela preguia e m con-
duta, os bons costumes que souberam inculcar
nos jovens.
Para saber mais
A Pedagogia dos Jesutas - texto completo
Notcias dirias de educao.
12 Indisciplina, bullying e violncia na escola
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5A Pedagogia de Alain:educar libertar da
barbrie
O que educar para Alain? libertar o homem
da barbrie primitiva, dar-lhe a conhecer o seu
poder para se governar a si prprio, e para no
acreditar sem provas. Tal o fim essencial, e um
fim urgente, porque a barbrie no deixa de ser
uma ameaa constante debaixo do verniz da cul-tura.
Educar-se dominar os movimentos violentos
que impulsionam a juventude, no suprimi-los,
mas dirigi-los de modo que a graa da criana de
manifeste como ardor na adolescncia, mas regu-
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lamentada pelo juzo, o qual , em ltima
instncia, a verdadeira cortesia. A educao conquista a cada momento, mas sem que se
renegue as idades anteriores (1).
Educar , enfim, ajudar a criana o alcanar o
maior bem que h em si, com carcter de
potncia, desbravando uma personalidade livre e
disciplinada. O reconhecimento da importncia
da educao para a formao do ser humano,
levou Alain a criticar a educao elitista, incapaz
de responder aos anseios e necessidades de
todos, e no apenas de uma minoria. Os que mais
precisam de educao no so os mais inteli-gentes e sabedores, mas os mais ignorantes. S
uma educao de qualidade para todos pode criar
um povo educado. Sem isso, os poderes resvalam
para a tirania.
Na sua obra Cidado contra os Poderes, Alain
chama a ateno para a relao entre ignornciado povo e ditadura dos poderes. A educao
deve dirigir-se a todos por igual, e em primeiro
lugar aos espritos lentos, para no deixar que as
ovelhas sejam guardadas por um nico gnio
(2).
14 Indisciplina, bullying e violncia na escola
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Para saber mais
A Pedagogia de Alain - texto completo
Notcias dirias de educao.
A Pedagogia de Alain: educar libertar 15
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6A sobrecarga das
funes doprofessor
As transformaes na sociedade e na estrutura da
famlia, identificadas atrs, obrigaram o poder
poltico a exigir cada vez mais da escola e dos
professores, atribuindo-lhes novas funes e
fazendo exigncias cada vez mais acrescidas.
Contudo, a escola, s por si, no capaz dedesempenhar as funes sociais que lhe so exi-
gidas. A sobrecarga de funes, tem retirado aos
professores energias e tempo para o desempenho
da sua funo fundamental: o ensino. A assuno
das funes de apoio social e psicolgico pelos
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professores, a par da crescente burocratizao da
funo educativa retiraram aos professores otempo disponvel para a leitura, o estudo e a pre-
parao das aulas e conduziram a uma indefi-
nio do seu estatuto e imagem profissionais.
Em certa medida, possvel afirmar que o pro-
fessor foi deixando de ser um intelectual, um
clerc para passar a ser, cada vez mais, um tc-
nico e um burocrata. Contudo, a escola tem de
estar preparada para o desempenho das funes
de suplncia da famlia, oferecendo um programa
educativo a tempo inteiro. A noo de escola a
tempo inteiro pressupe um programa educativoabrangente, que integre as trs componentes cur-
riculares: a componente lectiva, a componente
de complemento curricular e a componente
interactiva. A primeira componente obrigatria
e definida nacionalmente, dado que corresponde
ao conjunto dos saberes, organizados em disci-plinas ou em reas disciplinares comuns a todas
as escolas. Trata-se de uma componente caracter-
izada pela heterodeterminao programtica, que
diz respeito ao conjunto dos saberes consti-
tudos, ou seja, relaciona-se com a herana cul-
18 Indisciplina, bullying e violncia na escola
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tural. A funo de ensinar tem, nesta compo-
nente, toda a sua razo de ser. Contudo, a capaci-dade para lidar com estas tremendas mudanas
sociais exige profundas alteraes na forma como
se deve estruturar a componente lectiva.
O ensino deve acentuar o desenvolvimento de
capacidades de aquisio de novos conheci-
mentos, capacidades meta-cognitivas, o exerccio
do pensamento crtico e da resoluo de prob-
lemas. Para respondermos aos novos desafios,
temos de focar o ensino nos novos fundamentos
do currculo: no apenas os chamados 3 Rs
( reading, writing and reasoning), mas tambmos 3 Cs (concern, care and connection). Para
alm da leitura, da escrita e do clculo, temos de
acentuar a aprendizagem do como pensar, do
como resolver problemas, do como lidar com a
mudana, do como cuidar dos outros, do como
estabelecer ligaes duradouras e responsveiscom os outros e do como nos podemos preo-
cupar com os outros. Na trilogia da leitura, da
escrita e do clculo, estamos perante uma verda-
deiro regresso ao bsico, aos velhos fundamentos
do currculo; na trilogia do como pensar, como
A sobrecarga das funes do professor 19
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resolver problemas e como lidar com a mudana,
estamos perante os novos fundamentos do cur-rculo e na trilogia do como cuidar dos outros,
como estabelecer relaes duradouras e respon-
sveis e do como nos podemos preocupar com os
outros estamos perante um regresso s preocupa-
es da educao clssica, numa eterna e sempre
inacabada procura de mais justia e mais bon-
dade, preocupaes essas que atravessam as
obras dos grandes filsofos, de Scrates a Plato,
de Aristteles a Santo Agostinho e de Kant a Kir-
kegaard.
Por mais importante que seja a componente lectiva, elano pode, por si s, proporcionar um programa educativocapaz de corresponder s exigncias que as mudanas nasociedade e na famlia provocaram. Quando a escolaestende o seu programa educativo s actividades educa-tivas, desportivas, artsticas, culturais e cvicas fica em con-dies de desempenhar as funes de suplncia da famlia
exigidas pelas enormes mudanas sociais ocorridas nasltimas duas dcadas e que a Lei de Bases do Sistema Edu-cativo to bem soube resumir no seu artigo 48. O con-junto dessas actividades livres corresponde componentede complemento curricular. Trata-se de uma componentecaracterizada pela autodeterminao programtica rela-cionada com os saberes a constituir. Em certas ocasies da
vida da escola, possvel e desejvel a integrao das acti-
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vidades desenvolvidas nas componentes lectiva e de com-
plemento curricular, oferecendo comunidade envol-vente os produtos culturais e artsticos que professores ealunos foram capazes de criar.
Neste caso, estamos perante a componente interactiva.Esta componente rege-se pelo princpio da codetermi-nao educativa. A unio de todas as componentes formaa dimenso global da escola e rege-se pelo princpio da
sobredeterminao educativa. Uma escola concebidadesta maneira verdadeiramente uma escola com auton-omia pedaggica, integrada na comunidade e realmentepluridimensional.
Para saber mais
Currculo e Valores - texto completoNotcias dirias deeducao.
A sobrecarga das funes do professor 21
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7Como dar uma
educao saudvel aum filho (menos de 10
anos) numasociedade que no o
Que a sociedade em que vivemos, apesar de
todos os direitos que a legislao consagra, no saudvel um facto perceptvel por qualquer
mortal com inteligncia mediana. Ainda assim,
possvel educar as crianas de forma saudvel.
Veja como.
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1. Corte nas prendas. Dar prendas a toda a hora e
por tudo e por nada meio caminho andado paracriar uma crianas caprichosa e inconstante.
Muitas prendas significam: a criana acaba por
no dar valor a nada. Prendas s no dia de aniver-
srio e no Natal. Se lhe apetecer dar uma prenda
noutras ocasies opte por um livro. E habitue o
seu filho a dar os brinquedos que ele colocou de
lado.
2. Televiso, quanto menos melhor. O ideal seria
que os pais no tivessem televiso em casa ou,
tendo-a, raramente a ligassem. Sei que isso
muito difcil. Mas limite o tempo passado a verTV e seleccione bem os programas. Quase tudo o
que passa nos canais generalistas lixo txico
para as mentes das crianas. A televiso quase
sempre uma droga pesada. Antes de o seu filho se
viciar em televiso, seja rigoroso na limitao do
tempo que ele passa frente do televisor e selec-cione bem os programas que ele pode ver. Nunca
coloque um televisor no quarto do seu filho nem
na cozinha da sua casa.
3. No deixe o seu filho ver desenhos animados a
toda a hora. Em vez dos desenhos animados da
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TV, leve-o a ver bons filmes para crianas num
cinema perto da sua casa.4. Coloque o seu filho nos escuteiros logo que ele
atinja os 6 anos de idade. Os escuteiros so uma
escola de cidados.
5. Se voc professa uma religio, coloque o seu
filho na catequese ou nas actividades para
crianas conduzidas pelas autoridades religiosas
locais da sua confisso religiosa. No espere que
ele atinja adolescncia para tomar essa deciso. A
imerso numa herana religiosa , regra geral,
positiva para o desenvolvimento da personali-
dade e do carcter e essa uma deciso que deveser tomada pelos pais.
6. Crie uma rotina de estudo em casa e obrigue o
seu filho a cumpri-la. Quando se estuda, o tele-
visor, a rdio e todos os outros aparelhos electr-
nicos esto em modo off. Quando se estuda, h
silncio absoluto em casa.7. Evite msica alta em casa. O barulho inimigo
da tranquilidade. Opte, sempre que possvel, pela
msica clssica ou por msica contempornea de
qualidade. No deixe entrar em sua casa msica
pimba e de fraca qualidade.
Como dar uma educao saudvel a um filho 25
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8. Tenha sempre mo os dicionrios, enciclop-
dias e alguns autores clssicos e motive o seufilho para a leitura dos clssicos.
9. No deixe que o seu filho brinque com um
computador ou uma consola de jogos antes dos 8
anos de idade. E limite o tempo que ele passa
com a consola e com o computador. Quanto
menos tempo, melhor.
10. Coloque o seu filho numa boa escola de ln-
guas aos 8 anos de idade. E opte pela aprendi-
zagem do Ingls. Estimule o seu filho a aprender
Ingls at obter aprovao no exame Cambridge
Proficiency.Notcias dirias de educao.
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8Como educar
saudavelmente umadolescente numa
sociedade que no o
Que a sociedade em que vivemos, apesar de
todos os direitos que a legislao consagra, no
saudvel um facto perceptvel por qualquermortal com inteligncia mediana. Ainda assim,
possvel educar os adolescentes de forma sau-
dvel. Veja como. 1. Envolva o seu filho ou filha
em actividades de voluntariado: banco alimentar
contra a fome, visitas a pessoas idosas ss, etc.
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2. D-lhe uma mesada para os gastos do dia-a-dia
e exija que ele preste contas: onde gastou o din-heiro e como o gastou. Faa-o sentir-se respon-
svel pelo controlo e aplicao do oramento.
3. Se vive a menos de 30 minutos a p da escola
ou dispe de bons transportes pblicos, no leve
o seu filho de carro de e para a escola. Diga para
ele fazer o caminho a p, de bicicleta ou de trans-
porte pblico.
4. Reserve 15 minutos por dia para conversar
com o seu filho ou filha sobre a escola.
5. Nunca diga mal dos professores frente do seu
filho. Se tem reclamaes a fazer, pea umareunio ao director de turma.
6. Envolva o seu filho em associaes desportivas
ou culturais que ofeream bons programas de
ocupao de tempo livres e o insiram numa
comunidade com regras, responsabilidades e
hierarquia.7. No cubra o seu filho de presentes, gadgets
tecnolgicos e roupas caras. Habitue-o a poupar
dinheiro da mesada caso ele queira comprar um
gadget tecnolgico: smartphone, consola, iPod,
etc.
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8. Tome nota de quem so os amigos e compan-
hias do seu filho. Obtenha informaes sobrequem so e o que fazem mas faa-o de forma res-
ervada e sem alaridos.
9. Quando o seu filho faz uma asneira, no deixe
passar em branco. Converse com ele sobre o
assunto, manifeste a sua opinio, mas faa-o sem
levantar a voz e sempre com tranquilidade.
10. Lembre-se de que a educao do carcter se
faz pelo exemplo, pela observao e pelos hb-
itos. No faa nada que no gostasse de ver o seu
filho fazer. uma regra de ouro difcil de
respeitar mas vale a pena o esforo.Notcias dirias de educao.
Como educar saudavelmente um adoles-cente
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9Isabel Alada:
importante que asescolas revejam o que
pedem aosprofessores. Osprofessores tm
carga burocrticaelevada e isso cria
desnimo
Pela primeira vez em muitos anos, uma ministra
da educao reconhece o bvio e promete cor-
rigir os erros. F-lo numa entrevista Viso.
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Sobre o excesso de burocracia
Os professores tm uma carga burocrtica elevada eisso cria um certo desnimo. importante que as escolasrevejam o que pedem aos professores.
Sobre a reviso curricular
Os currculos no esto desactualizados nem tm erros.Mas so muito extensos. Por isso, nem sempre o que estruturante considerado essencial na aprendi-
zagem.Estamos a traar as metas de aprendizagem emcada nvel educativo, em cada ano e em cada disciplina.Para qu? Para distinguir o que fundamental e nucleardo que deve ser apenas um enriquecimento do aluno.Temos de nos focar no que essencial.Queremos que osalunos e os professores saibam exactamente o que nuclear, o que tem de ser ensinado na sala de aula, desde o
pr-escolar ao secundrio.Sobre a precariedade dos professores contratados
expectvel que pessoas que trabalham h muitotempo, em continuidade, tenham uma relao mais estvelcom a entidade que os emprega.
Sobre o alargamento da escolaridade obrigatriaat aos 18 anos de idade
A obrigatoriedade abranger, sobretudo, as pessoas queno iriam continuar os estudos - e estas optaro pelas viasprofissionaisHaver um reforo das verbas para bolsasde estudo para o ensino secundrio. Queremos tambmque os prprios percebam a vantagem da escolarizao
Sobre o alargamento do pr-escolar
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Vamos construir 134 novas salas para crianas de 5
anos, em Lisboa, e 47, no Porto. Abrangemos cerca de 10mil midos.
Notcias dirias de educao.
Isabel Alada: importante que as escolas 33
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10O que os pais nunca
devem fazer
A psicloga espanhola Maria Jesus Alava Reyesesteve em Portugal a lanar o livro O No
Tambm Ajuda a Crescer. O livro um car-
dpio de conselhos para os pais. Fique com
algumas dica sobre o que no se deve fazer:
Pensar que as crianas no precisam de normas.
Tentar ser amigo em vez de exercer a parentalidade.Proteger de mais os filhos, retirando-lhes as dificul-
dades do caminho.Favorecer o consumismo. Gera uma insatisfao per-
manente.Pregar sermes. H que actuar antes com coerncia e
firmeza.
No reagir aos primeiros sinais de alarme.
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E eu acrescento outras coisas que no se devem fazer:
Dizer mal dos professores frente dos filhos.Pedir desculpa aos filhos por tudo e por nada, dando
sinais de fraqueza.Fazer aquilo que no se quer que os filhos faam.Mostrar, por palavras e actos, desprezo pelo trabalho e
pelo esforo.Dar a entender, por palavras e actos, que a vida um
festim.Notcias dirias de educao.
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11Como responder crise e educar os
filhos de forma maisequilibrada
Os perodos de crise so tempos de oportuni-
dade. A crise que Portugal atravessa deve-se a
duas ordens de razes: polticos incompetentes e
esbanjadores e um Povo que perdeu a noo do
que essencial para a vida, optando por valorizar
o acessrio.
A (m) educao tem muita coisa a ver com isto. possvel responder crise e fazer dela um tempo de
oportunidade? . Veja como.
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1. Pare de comprar coisas desnecessrias. Reduza o
nmero de deslocaes a centros comerciais. Perguntesempre antes de comprar: eu preciso mesmo disto? Eufao isso. Nunca compro coisas inteis.
2. Dedique um dia a identificar as coisas inteis quetem em casa e faa uma limpeza geral. D o que tiver prs-timo. Ponha no lixo o que no prestar. O espao livreaumenta e o trabalho de limpeza e arrumao diminui. Fiz
isso. A minha casa ficou com mais espao. mais agra-dvel viver nela.
3. Nunca compre a crdito. Compre s quando tiver odinheiro suficiente. Se no tem um emprego seguro, nocompre apartamento. Opte pelo arrendamento. Fica maislivre para se deslocar procura de trabalho.
4. Anule todos os seus cartes de crdito menos um.
Fique com apenas um carto de crdito para quando sedesloca ao estrangeiro ou para fazer compras pelaInternet. Mas opte pelo pagamento sem recurso aocrdito.
5. Fique apenas com um telemvel. Deite fora ouoferea os outros. O mesmo para os portteis e restantesgadgets tecnolgicos.
6. Se trabalha a menos de 30 minutos a p da suaescola, deixe o carro na garagem. Se vive s e trabalhaperto da escola, j pensou na possibilidade de vender o seucarro? No precisaria de fazer revises, inspeces, pagar oimposto de circulao nem perder tempo em filas parameter gasolina. Os 30 mil euros do preo do carro dariampara dezenas de viagens de sonho de avio.
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7. Coma menos. O excesso de calorias faz mal sade.
O estmago habitua-se a muita e a pouca comida. Optepor comer pouco de cada vez. O truque parar de comerantes de ter a sensao de barriga cheia. Comer pouco fazbem sade e carteira.
8. Certifique-se de que tem todas as luzes apagadascom excepo da sala onde est a trabalhar, a ler ou a con-versar.
9. Fique apenas com um televisor em casa. Oferea osoutros. Tenha-o o desligado quando no estiver interes-sado em ver televiso.
10. Opte por tomar banhos dirios rpidos. Trs min-utos no duche so suficientes. Fiz isso e passei a comprarapenas duas garrafas de gs de 45 quilos por ano.
Notcias dirias de educao.
Como responder crise e educar os filhos 39
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12Com este Estatuto doAluno impossvelcombater o bullying
A SIC voltou esta noite a divulgar o caso da aluna
do Montijo vtima de bullying. No vou entrar
em pormenores. O caso conhecido: uma aluna
que tem sido vtima de mltiplas agresses por
outras colegas da escola. A situao arrasta-se
desde Setembro de 2009 sem que a escola tenhameios para o resolver.
Pattica a posio do director da escola: no resolve oproblema e limita-se a desvalorizar.
No ano passado, houve mais de 6 mil ocorrncias tipifi-cadas como bullying. O bullying alastra no pas. Os agres-
sores ficam quase sempre impunes. As vtimas ou mudam
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de escola - quando os pais tm poder econmico para isso
- ou desistem de estudar.Os pais dos agressores colocam-se, regra geral, a favor
dos filhos, desvalorizando as agresses e encobrindo osactos. Professores e directores tm uma enorme dificul-dade em reunir provas. Ningum quer dar a cara. Equando os professores conseguem reunir provas ficamparalisados devido a um Estatuto do Aluno que protege os
agressores e impede que se faa justia.Notcias dirias de educao.
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13Um anjo no Cu.Professores das
escolas pblicas semmeios para travar o
bullying
mais um caso de bullying. S que desta vez
acabou em tragdia. Mais uma vtima, ao lado de
tantas outras, que, em silncio, sofrem as conse-quncias da ausncia de meios para travar os bul-
lies. Sem liberdade de escolha, sem meios nem
alternativas a uma escola pblica que fecha os
olhos s agresses sistemticas, os pais desta
criana perderam o filho quando seria to fcil
mud-lo de escola caso as polticas pblicas de
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educao permitissem a ricos, remediados e
pobres, escolherem a escola onde pretendemmatricular os filhos.
Notcias dirias de educao.
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14Shame on you! Na
escola do Leandroontem foi um dia
normal.
Ontem, na escola do Leandro, foi um dia normal.
Nem luto nem explicao pela morte do
Leandro, um rapaz de 12 anos, a primeira vtima
mortal de bullying. Os pais acusam a escola de
pouco ou nada ter feito para travar as agresses
de alunos mais velhos.
O Leandro era vtima de agresses fsicas por parte decolegas. Uma das agresses atirou o Leandro para o hos-pital. Na tera-feira passada, o Leandro atirou-se ao riocansado de levar pancada de colegas da escola. Cansado
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da inrcia de quem tinha por obrigao proteg-lo.
Ontem, foram poucos os blogues de professores que dedi-caram espao ao caso. Revelador! O espao foi ocupadopor questes de Estatuto da Carreira Docente e avaliaode desempenho.
Ainda procurarei lanar campanha entre os 3400 segui-dores que tenho no Facebook para um minuto de silncioem todas as escolas, mas no tive resposta.
Ontem Christian no foi escola. Mas na escola dele -E.B. 2,3 Luciano Cordeiro, onde partilhava o 6 ano comLeandro -, o dia foi normal. Nem portas fechadas nem lutonem explicao. O porteiro do turno da tarde entrou s 15horas, bem disposto. Sou jornalista, queria uma entre-vista, ironizou. Tiro no p. O JN estava l. Perdeu ohumor, convidou-nos a sair j. A docente que saa do
recinto tambm foi avisada, inverteu a marcha, j no saiu.Havia motivos para baterem tantas vezes no Leandro?Responde Christian: Todos batem em todos. JN de4/3/2010
A ministra da educao esteve bem: mandou abririnqurito para apurar responsabilidades. Mas precisofazer mais: por exemplo, alterar rapidamente o estatuto do
Aluno. Dar poder aos directores das escolas para casti-garem, com severidade e rapidez, os agressores.Os principais agressores esto identificados. Vo ficarimpunes? Vo beneficiar do encobrimento?
Se se provar que houve negligncia da escola, tem deser feita justia. Para exemplo de todos. Para que se ponhaum travo insensibilidade dos portugueses. Estiveram
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tambm bem os editores dos seguintes blogues de profes-
sores que dedicaram espao ao caso:A preto e brancos e a cores
Prola de Cultura
Anabela Magalhes
Para saber mais
O vdeo do Correio da Manh com a histria toda
Um anjo no Cu: no h responsveis?
Somos todos culpadosNotcias dirias de educao.
Shame on you! Na escola do Leandro ontem 47
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15Quem morreu? Umrapazito pobre, do
interior, coisapoucaUm post do
Jorge Arriaga
H meses que o Jorge Arriaga no escrevia no
ProfBlog. Tenho pelo Jorge Arriaga um enorme
respeito. Por duas razes: no tem medo (d onome e a cara) e no obedece ao politicamente
correcto. Obedece apenas s ordens da razo e da
procura da verdade. J no h muitos professores
como ele. Ele explica porqu. No quis calar a
revolta. E fez bem. A morte do Leandro, um
rapaz de 12 anos, que escolheu as guas do rio
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para pr fim s agresses de que foi vtima,
durante mais do ano, sem que a escola lhe desse aproteco a que tinha direito, obrigou o Jorge
Arriaga a quebrar o silncio.
O Jorge Arriaga tinha avisado aqui, h cerca de 3 meses,que ia haver mais alunos mortos beira da escola. Infeliz-mente, o Jorge Arriaga tinha razo.
Muita gente j escreveu neste blogue acerca da vio-lncia nas escolas portuguesas. Comeando pelo autor doblog, e passando por exemplo pela minha modesta pessoa.Certa vez, quando contei alguns episdios de violncia,um ento habitual comentador a soldo da Situaochamou-me mentiroso, disse que eu estava a inventar paramanchar a bela obra de Lurdes Rodrigues & C.a.
Chamou-me louco, disse que eu devia estar internado. Ah,que pena que tenho de estar eu certo e de o louco sereleJ morreram alunos nas nossas escolas, este mais um.Mais se seguiro, e no apenas alunos, tal o despudordos incompetentes que prosseguem no erro, por orgulho einteresses que s eles sabero quais so. Reina o medo.
Quem denuncia a violncia tem m nota em relaciona-mento interpessoal, e, bem pior que isso, fica exposto arepreslias profissionais, e a represlias fsicas, da parte dosmarginais. E NINGUM vem em socorro do professsorque ousa intervir. Nem as vtimas, por medo de levar mais,nem os pais das vtimas, que, bem Portuguesa, noquerem problemas.
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A minha tristeza mais do que consigo explicar. A minha
vergonha, a minha revolta, a minha desiluso, no tenhopalavras para as exprimir.Quem morreu? Um rapazola, servente de pedreiro,como escreveu Cesrio Verde num poema. Foi um rapa-zito pobre, do Interior, coisa pouca Siga o descalabro!
Notcias dirias de educao.
Quem morreu? Um rapazito pobre, do inte-rior
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16A morte do Leandro,
12 anos, vtima debullying, no
mereceu uma palavrada Fenprof e da Fne
Eu sei que a Fenprof e a Fne andaram esta
semana atarefadas na preparao da greve geral
da administrao pblica. Mas isso no desculpao esquecimento que as duas federaes sindicais
de professores votaram o caso dramtico que
aconteceu a um aluno de uma escola de Miran-
dela.
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Pior ainda esteve o Sindicato dos Professores do Norte
SPN: apesar de a escola de Mirandela ficar na sua rea deinfluncia, nem uma palavra dedicou ao caso.
Os movimentos de professores tambm ficaram malna fotografia: nem uma palavra.
Quem morreu? Um rapazito pobre, do Interior,
coisa pouca
A primeira vtima mortal de bullying devia merecer
uma palavra dos sindicatos. At porque tambm h profes-sores vtimas de bullying nas escolas.
Os sindicatos fazem bem em dedicar recursos e energia luta por um ECD e uma avaliao de desempenho maisjustas, mas fazem mal em esquecerem um dos problemasque mais afecta negativamente o bem-estar de alunos eprofessores das escolas pblicas: o bullying, a indisciplina
e a violncia verbal e fsica nas escolas.O colega Jorge Arriaga resumiu magistralmente os
efeitos desse encobrimento num texto que volto a pub-licar:
Muita gente j escreveu neste blogue acerca da vio-lncia nas escolas portuguesas. Comeando pelo autor doblog, e passando por exemplo pela minha modesta pessoa.
Certa vez, quando contei alguns episdios de violncia,um ento habitual comentador a soldo da Situaochamou-me mentiroso, disse que eu estava a inventar paramanchar a bela obra de Lurdes Rodrigues & C.a.Chamou-me louco, disse que eu devia estar internado. Ah,que pena que tenho de estar eu certo e de o louco serele
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J morreram alunos nas nossas escolas, este mais um.
Mais se seguiro, e no apenas alunos, tal o despudordos incompetentes que prosseguem no erro, por orgulho einteresses que s eles sabero quais so. Reina o medo.Quem denuncia a violncia tem m nota em relaciona-mento interpessoal, e, bem pior que isso, fica exposto arepreslias profissionais, e a represlias fsicas, da parte dosmarginais. E NINGUM vem em socorro do professsor
que ousa intervir. Nem as vtimas, por medo de levar mais,nem os pais das vtimas, que, bem Portuguesa, noquerem problemas.A minha tristeza mais do que consigo explicar. A minhavergonha, a minha revolta, a minha desiluso, no tenhopalavras para as exprimir.Quem morreu? Um rapazola, servente de pedreiro,
como escreveu Cesrio Verde num poema. Foi um rapa-zito pobre, do Interior, coisa pouca Siga o descalabro!
Notcias dirias de educao.
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17Um anjo no Cu uma
tragdia que nopode ser branqueada
nem esquecida!
A tragdia de que o Leandro foi vtima no pode
de forma alguma ser branqueada nem esquecida.
Ela fala-nos da maior e mais nobre misso da
escola educar!
E h muitas preocupaes volta dos alunos
ditos problemticos, com comportamentos dis-
ruptivos alguns deles de meios desfavorecidos
outros nem tanto, no h exclusivo em questes
de violncia, ela existe tambm como uma forma
de expressar mal-estar, como forma de comu-
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nicar e os psiclogos pensam que um bom sinal
quando as crianas ou os jovens falam de si, cha-mando a ateno do adulto (com limites natural-
mente).
A questo que se coloca Qual a reaco do
adulto? Como que a atitude da criana ou do
jovem enquadrada pelo adulto e que tipo de
resposta tem? Num mundo em que os direitos da
criana ganham relevncia, e muito bem,
esquece-se que a criana e o jovem, para cres-
cerem estruturados, tambm precisam, de acordo
com a sua idade, de aprender a lidar com a frus-
trao, a resolver problemas, a enfrentar o insu-cesso. No h outra forma mas tambm a escola
tem uma palavra importante a dizer a este
respeito.
Se verdade que cada aluno uma pessoa que
tem que ser enquadrada no seu meio ambiente e
entendida a partir da, tambm verdade que nopode haver hesitaes quando o problema existe
a este nvel por muito entendimento que se
tenha sobre uma criana ou um jovem, ele tem
que sentir que h limites que no podem de
forma alguma ser ultrapassados, caso contrrio
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estamos a deseducar, estamos a dar cdigos
errados, contrrios aos efeitos que desejamos.E quantas vezes alternativas curriculares como
Cef, CA e Pief no so mais do que uma forma
fcil de certificar alunos com comportamentos
disruptivos? E quando assim , como ajudamos
estes jovens ou estas crianas? Se nem sequer
conseguimos ajud-los a integrarem-se de uma
forma sadia na sociedade, o que ganham eles por
terem frequentado estas alternativas? Se no ,
pelo menos, para aprenderem a lidar de uma
forma mais sadia consigo mesmos e com os
outros, para que foi que existiu? E no estamos aser honestos com eles porque, se assim for, mais
tarde ou mais cedo, eles ver-se-o confrontados
com actos de grande violncia como este do
Leandro o que estaro a sentir os responsveis
por esta brincadeira? No estaro agora a
pensar que teria sido bom que algum lhestivesse colocado limites?! Que educao, que for-
mao queremos ns dar s crianas e aos jovens
que a sociedade nos confia? Ou, porventura,
achamos que eles sozinhos, habituados a rela-
Um anjo no Cu uma tragdia que no 59
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cionar-se de forma disruptiva, iro, por si
mesmos, alterar os seus comportamentos?!Qual a misso da escola?
No vale a pena atirarmos pedras uns aos outros
porque todos, enquanto sociedade, temos
responsabilidade no lugar que nos cabe. Parece-
me que um dos problemas da educao esta
falta de coordenao entre os adultos que
educam e que, frequentemente, no sabem como
representar o seu papel, correndo-se o risco de se
representar um papel que no o nosso, ou de
representarmos mal o nosso papel E quantas
vezes desnorteamos as crianas com cdigos con-traditrios que s estimulam os seus comporta-
mentos disruptivos?!
Temos que ser honestos, tanto com a criana ou
jovem que vtima, como com a criana ou
jovem que agressor!Para saber mais
Um anjo no Cu professores das escolaspblicas sem meios para travar o bullying
Um anjo no Cu II. No h responsveis? E
o Estatuto do aluno mantm-se como est?
Um anjo no Cu. Um poema de Isabel Fidalgo
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Shame on you! Na escola do Leandro ontem
foi um dia normalQuem morreu? Um rapazito pobre, do inte-
rior, coisa pouca Um post do Jorge
ArriagaNotcias dirias de educao.
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18Pais querem retirar
apoios sociais aalunos violentos.
Obviamente. Essamedida j devia ter
sido tomada hmuito
O Presidente da Confap veio a terreiro falar
sobre a violncia nas escolas. E disse que o Gov-
erno vai alterar em breve o Estatuto do Aluno
com o objectivo de permitir a retirada de apoios
sociais a alunos violentos. A ministra da educao
sensvel ao tema e j disse aos sindicatos que
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aceita rever o Estatuto do Aluno de forma a dar
mais autoridade aos professores e agilizar o com-bate indisciplina, violncia e bullying em meio
escolar.
Sado a disponibilidade do Ministrio da Edu-
cao para alterar o Estatuto do Aluno, assim
como a iniciativa da Confap.
Muito me admira que o Estado continue a sub-
sidiar alunos que vo escola para aterrorizar e
torturar colegas mais novos ou mais fracos.Per-
mitam-me alguma sugestes:
1. Castigos at dois dias de suspenso devem
poder ser decretados pelo director da escola emprocesso sumrio sem necessidade de levanta-
mento de processo disciplinar.
2. Os pais tm o direito ao recurso mas apenas
depois do cumprimento da sano pelo aluno. Os
efeitos da deciso do director so imediatos.
3. Os castigos do tipo varrer o ptio no tmeficcia. Devem ser substitudos por sanes mais
eficazes e punitivas: suspenso de 1 a 8 dias de
frequncia das aulas. No caso de os pais no
terem quem tome conta do aluno em casa, os ser-
vios de segurana social devem providenciar o
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apoio necessrio, recorrendo, se for necessrio, a
servios especializados em apoio domiciliriopara os casos de alunos com menos de 12 anos de
idade
4. O director da escola deve ter poder para sus-
pender o aluno da frequncia das aulas at 8 dias.
Quando os pais concordam com a sano no h
lugar a processos disciplinares.
5. Casos graves de bullying prolongado devem
ser punidos com a transferncia de escola dos
agressores. A pedido dos pais, pode haver lugar
transferncia de escola dos alunos vtimas de bul-
lying. Essa transferncia pode, em certos casos,ser feita para colgios particulares. Nestes casos,
o Estado cobre as despesas das propinas.
Nota final: soube h pouco pela RR que 5 organi-
zaes de defesa dos direitos humanos, entre elas
a Amnistia Internacional, exigem que as averigua-
es sobre as causas da morte do Lenadro sejamapuradas e os responsveis punidos. As cinco
organizaes de defesa de direitos humanos
apelam realizao de 1 minuto de silncio em
todas as escolas portuguesas, na prxima
segunda-feira. O ProfBlog junta-se a elas no
Pais querem retirar apoios sociais a alunos 65
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apelo ao minuto de silncio.Notcias dirias de
educao.
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19Santana Castilho:falta ao sistema deensino uma visoestratgica clara
sobre o que queremosdas escolas
Mais frases de Santana Castilho no seminrio
realizado esta tarde em Santarm:
O paradigma da escola a tempo inteiro termos ascrianas na escola mais tempo que os trabalhadores estonas empresas. Encerrar uma criana numa escola durantedez horas um crime.
O que os professores devem fazer ensinar. Se o
fizermos bem estamos a contribuir para os processos edu-
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cacionais. O excesso de funes no directamente ligadas
ao ensino prejudica as tarefas de instruo.O primeiro problema que se pe gesto escolar a
confuso curricular reinante, a multiplicidade de metas eobjectivos e a falta de simplicidade nos processos.
O que falta ao sistema de ensino uma viso estratgicaclara sobre o que queremos das escolas.
A escola hoje um repositrio de todos os problemas
que a sociedade no conseguiu resolver. Os polticosexigem s escolas que resolvam os problemas que elescriaram ou no sabem resolver.
As escolas precisam de fazer escolhas claras e certas.Gerir fazer bem. Administra fazer certo. O ME lanasobre as escolas normativos e exige que os directoresadministrem. Em vez de gerirem, os directores adminis-
tram. impossvel gerir 140 mil professores e 2000 agrupa-
mentos na base da desconfiana. O ME sempre descon-fiou dos professores. mas est num dilema: no pode gerirbem o sistema se no confiar nos professores. Mas noconfia. Logo, no pode gerir o sistema. A desconfianatomou conta do sistema a todos os nveis.
Uma organizao s deve procurar resolver os prob-lemas para os quais h meios de resoluo. As escolas pb-licas so confrontadas com a exigncia de resolveremproblemas para os quais no esto vocacionadas nem tmmeios. O mal-estar e a desmotivao dos professoresresulta muito disso.
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Outro problema grave do nosso sistema de ensino o
nmero de horas que as crianas passam na escola: emmuitos casos 40 horas por semana.
Outro problema o excesso de reas curriculares e dis-ciplinas. O currculo tem de se centrar apenas no essencial.naquilo que merece a pena ser ensinado.
Notcias dirias de educao.
Santana Castilho: falta ao sistema de 69
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20Santana Castilho:
no possvel geriras escolas de forma
autocrtica
Mais frases do seminrio desta tarde:
Como possvel que os directores aceitem que os edif-cios escolares sejam geridos pela Parque Escolar? Sodirectores de qu? Apenas do pessoal?
Qual o problema da gesto das escolas? No h ges-tores de escolas; h apenas administradores. Medidabvia: conferir s escolas uma ampla autonomia.
O que que eu entendo por autonomia ampla?Dar poderes aos directores e reduzir o poder de inter-
veno das DRE. preciso um modelo de gesto que entregue poderes
de gesto e no apenas de administrao aos directores.
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No possvel um modelo de gesto autocrtica nas
escolas. As reformas educativas devem ser consensuali-zadas. No podem ser impostas contra os professores. Issopressupe bom senso e conhecimento da realidade dasescolas por parte dos decisores polticos.
As escolas precisam de estabilidade. No podem serconfrontadas a toda a hora com novos normativos emudanas de procedimentos.
No h sistema que resista a tanta confuso e a tantosnormativos contraditrios.
Notcias dirias de educao.
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21A escola de
Mirandela falhou.Morreu uma crianano exacto momentoem que devia estar
numa aula
A misso principal da escola ensinar o que
merece ser ensinado. Mas a primeira misso daescola garantir a integridade fsica dos alunos.
Quando a escola no cumpre a sua primeira
misso, no est em condies de assegurar a sua
misso principal. Uma escola que no garante a
integridade fsica dos alunos falha em toda a
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linha. H muitas escolas pblicas do Pas que no
conseguem garantir a sua primeira misso. E,claro, ficam impedidas de assegurar a sua prin-
cipal misso.
A escola do Leandro falhou no dever de asse-
gurar a integridade fsica do Leandro. E tudo
parece indicar que tambm falhou no dever de
responsabilizar e castigar os agressores.
Haja ou no pessoas na escola, directa ou indirec-
tamente responsveis pela morte do Leandro, - e
s um inqurito independente pode ajuizar e
concluir por uma coisa ou outra - a escola falhou
na sua primiera misso. um facto inquestio-nvel: uma criana de 12 anos foi agredida, meses
a fio, por colegas mais velhos, que j estaro iden-
tificados, e que continuam a frequentar as aulas
como se nada de grave tivesse acontecido. Essa
criana foi ameaada ou agredida minutos entes
de trocar uma aula por um mergulho mortal norio. Um mergulho que lhe tirou a vida. O
Leandro avisou: vou-me atirar ao rio, j no me
batem mais. Ningum ouviu o pedido de auxlio
do Leandro.
74 Indisciplina, bullying e violncia na escola
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No mnimo, seria de esperar um imediato pedido
de demisso do director da escola. Mas s seouviu silncio. No mnimo de esperar que a
DREN demita o director. Ainda no se ouviu
nada. No mnimo de esperar que os agressores
sejam severamente punidos. Ainda no acon-
teceu nada.
Um antigo ministro das obras pblicas demitiu-
se do cargo um dia depois da ocorrncia da trag-
dia na ponte de Entre-os-Rios. Foi um gesto
honrado. Por analogia, seria de esperar o mesmo
do director da escola de Mirandela.
A nica coisa que aconteceu foi a morte doLeandro, um rapazito de 12 anos, pobre e do
InteriorCoisa pouca.Notcias dirias de edu-
cao.
A escola de Mirandela falhou. Morreu uma 75
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22Bullying UK: umaporta de entradapara contedos
digitais para travaro bullying e castigar
os bullies
Em Portugal, trata-se o fenmeno do bullying
com a mesma ligeireza com que se trata o crime eos criminosos. H uma cultura de irresponsabili-
dade e de imprudncia que contamina o carcter
e a prtica dos portugueses. E isso reflecte-se no
mundo das escolas.
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O bullying visto como uma coisa entre rapazes e
raparigas. Uma coisa que passa com o tempo e que nodeixa marcas. Ningum se quer comprometer no combateao fenmeno. Uns porque tm medo, outros porque noquerem maar-se e outros ainda porque at acham que coisa de midos.
E quando acontece uma tragdia, como aconteceu emMirandela, a tendncia para desculpabilizar os bullies -
afinal, tambm tm problemas familiares, so vtimas dedesleixo dos pais e outras desculpas do gnero -, e parasilenciar a revolta das vtimas.
O fenmeno do bullying universal. Mas h pases queresponsabilizam os bullies, castigando-os, impedindo-osde frequentar a escola e, quando necessrio e possvel,processando-os criminalmente. A ideologia da escola
inclusiva trata os agressores da mesma forma que asvtimas. uma ideologia que impede o combate ao bul-lying. , na verdade, o hmus onde medram os bullies.Pois, se os bullies tm direito a frequentar a escola at aos18 anos de idade, e os que provm de famlias com baixosrendimentos at tm direito a subsdios do Estado, como que se pode evitar que nasa neles a arrogncia e o senti-
mento de impunidade?A primeira forma de combater o bullying e os bullies
dar poder aos directores das escolas para suspenderem, deforma sumria e imediata, alunos identificados comotendo comportamentos de bullying. E, nos casos maisgraves, dar poder s DRE para os expulsar da escola reg-ular, criando escolas de segunda linha para acolher alunos
violentos. Mas isso coisa que nunca verei no nosso pas
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porque faz parte da natureza das elites que controlam o
poder poltico e educacional desresponsabilizar os agres-sores e ignorar as vtimas.
Se quiser ter acesso a blogs e websites sobre bul-
lying, visite e siga o Google Profile da organizao
BullyingUK
Notcias dirias de educao.
Bullying UK: uma porta de entrada para 79
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23Movimentos deprofessores e
blogueiros unidos nahomenagem ao
Leandro: na segunda-feira, s 11:00,
professores de todoo pas fazem um
minuto de silncio
Depois de 5 ONG de defesa dos direitos
humanos, Amnistia Internacional, OIKOS, AMI,
APAV e Margens, terem publicado uma Carta
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Aberta e apelado aos professores e funcionrios
escolares para fazerem, amanh, um minuto desilncio em homenagem ao Leandro, o movi-
mento cvico contra o bullying alastrou na blo-
gosfera, no Facebook e no Twitter.
Os movimentos de professores, Apede, PROmova eMUP, aderiaram iniciativa e publicaram a Carta Aberta
nos blogs oficiais. E os blogueiros fizeram o mesmo. Semquerer ser exaustivo, identifiquei os seguintes blogs queresponderam ao apelo das 5 ONG de defesa dos direitoshumanos:
Correntes
Peroladecultura
Emapretoebrancoeacores
AnabelaMagalhesDardoMeu
DearLindo
Seleccionei propositadamente esta foto para ilustrar opost porque um exemplo de um pas com escolas ondeno existe quase nada mas onde a indisciplina, a violnciae o bullying so desconhecidas de todos. Podem cobrir as
paredes das escolas portuguesas de mrmore e de quadrosdigitais. Sem respeito nem responsabilidade, no se podeeducar nem ensinar. Onde no existe humildade, sobra aarrogncia. E a arrogncia a fonte de onde jorra o bul-lying.
Notcias dirias de educao.
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24Hoje s 11:00, minutode silncio em todas
as escolas do Pas emmemria do Leandroe contra o bullying
O apelo de 5 ONG - Amnistia, Oikos, Margens,
APAV e AMI - para um minuto de silncio, hoje,
s 11:00, no caiu em saco roto. Houve quemignorasse o apelo e houve quem o secundasse.
Entre os primeiros, os sindicatos. Nem uma pal-
avra sobre o assunto. Longe das escolas, prote-
gidos no aconchego dos gabinetes, os dirigentes
sindicais olham para a violncia escolar, o bul-
lying e a indisciplina com os mesmos olhos das
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autoridades educativas: desvalorizando o fen-
meno, assobiando para o lado, desculpabilizandoos agressores, colocando agressores e agredidos
no mesmo plano e atribuindo as culpas socie-
dade.
Nem uma apalavra no website da Fenprof.Nem uma palavra no website da Fne.
Nem uma palavra no website do SPnorteNem uma palavra no website do Sindep.
Quem morreu? Um rapazito, pobre e do Interior.
Coisa pouca
Nem uma palavra no wesbite da DREN/DirecoRegional de Educao do Norte
Mas ainda h quem esteja do lado dos fracos, das
vtimas e dos injustiados.O MUP, o PROmova e a Apede publicaram a CartaAberta das 5 ONG e apelaram ao minuto de silncio.E o apelo teve eco nos blogues de professores.
Correntes
Peroladecultura
Emapretoebrancoeacores
AnabelaMagalhesDardoMeu
DearLindo
OutroOlhar
Notcias dirias de educao.
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25Da inutilidade da
escolaridadeobrigatria. O debate
necessrio paratravar a
deteriorao doensino secundrio
nas escolas pblicas
Os portugueses habituaram-se a decretar dir-
eitos, julgando que a simples publicao de um a
lei ou normativo no Dirio da Repblica sufi-
ciente para resolver os problemas do Mundo.
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Foi assim com a Lei 85/2009, que alarga a esco-
laridade obrigatria at aos 18 anos de idade.Uma Lei que vai estender os problemas do bul-
lying, violncia escolar, indisciplina, carga buroc-
rtica dos professores e construo fraudulenta
do sucesso escolar ao ensino secundrio.
H um debate a fazer sobre a relao custo/bene-
fcio do alargamento da escolaridade obrigatria
at aos 18 anos de idade.Os planos de recuper-
ao, os relatrios para justificar uma simples
reprovao, os constrangimentos administrativos
e institucionais ao combate indisciplina e vio-
lncia escolar vo tornar a misso dos professoresdo ensino secundrio simultaneamente perigosa
e de uma complexidade para a qual no dispem
nem de recursos nem de tempo. Ensinar vai
tornar-se uma quase impossibilidade nas turmas
com alunos que acumulam falhas de conheci-
mento e ausncia de competncias cognitivas esociais.
Adivinha-se o descalabro do ensino secundrio
pblico com a consequente fuga dos alunos da
classe mdia que iro procurar refgio, segurana
e ambientes ordeiros e tranquilos nos colgios.
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As escolas secundrias pblicas sero, nos prx-
imos anos, vtimas de uma sangria de alunoscomo nunca visto na Histria de Portugal dos
ltimos cinquenta anos.
Em vez de uma lei a garantir a escolaridade obri-
gatria at aos 18 anos, o nosso Pas precisa de
um lei que diga apenas isto:
O Estado assegura o acesso livre, gratuito e universal atodos os portugueses, com mais de 5 anos de idade, quequeiram estudar.
A maior parte dos problemas que afectam a credibili-dade e a eficcia das escolas pblicas tm que ver com ofacto de albergarem algumas crianas e adolescentes que
no querem estudar. Sujeitar essas crianas e adolescentes obrigatoriedade de frequentarem a escola at aos 18anos - obrigando-as a fazerem um cosa que elas noquerem nem gostam - de um violncia simblica dignade um Estado totalitrio e traz imensos prejuzos para ascrianas e adolescentes que querem, desejam e gostam deestudar.Post actualizado s 19:00