raissa borges oliveira - ufpb · 2018. 9. 21. · borges oliveira o48v oliveira, raissa borges....

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE RAISSA BORGES OLIVEIRA VULNERABILIDADE À SECA PARA A REGIÃO SEMIÁRIDA: estudo de caso de quatro municípios do estado da Paraíba João Pessoa PB 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIacuteBA

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE

MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE

RAISSA BORGES OLIVEIRA

VULNERABILIDADE Agrave SECA PARA A REGIAtildeO SEMIAacuteRIDA estudo

de caso de quatro municiacutepios do estado da Paraiacuteba

Joatildeo Pessoa ndash PB

2017

RAISSA BORGES OLIVEIRA

VULNERABILIDADE Agrave SECA PARA A REGIAtildeO SEMIAacuteRIDA estudo

de caso de quatro municiacutepios do estado da Paraiacuteba

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Programa

de Desenvolvimento e Meio Ambiente da

Universidade Federal da Paraiacuteba - UFPB para

obtenccedilatildeo do grau de Mestre

Orientador Prof Dr Tarciso Cabral da Silva

Coorientador Prof Dr Hamilcar Joseacute Almeida

Filgueira

Joatildeo Pessoa-PB

2017

O48v Oliveira Raissa Borges

Vulnerabilidade agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida estudo de caso de quatro municiacutepios do estado da Paraiacuteba Raissa Borges Oliveira - Joatildeo Pessoa 2017

115 f il - Orientador Tarciso Cabral da Silva

Coorientador Hamilcar Joseacute Almeida Filgueira Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - UFPB CCEN

1 Meio Ambiente 2 Semiaacuterido - Brasil 3 Seca - Paraiacuteba I Tiacutetulo UFPBBC CDU 504(043)

III

Agrave Deus e a minha famiacutelia que sempre acreditaram no meu potencial e me incentivaram ateacute os

dias de hoje

Dedico

IV

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeccedilo ao DEUS PAI todo poderoso pela vida a MARIA

SANTIacuteSSIMA por estaacute sempre intercedendo junto ao Pai e ao ESPIacuteRITO SANTO pela luz

constante em meu caminho O que seria de mim sem a feacute

Agrave minha famiacutelia por sua capacidade de acreditar e investir em mim Mainha seu

cuidado e dedicaccedilatildeo foram fundamentais em todos os momentos alimentaram a esperanccedila

para seguir Painho sua presenccedila significou seguranccedila e certeza de que natildeo estou sozinho

nessa caminhada aos meus irmatildeos Ralison e Ritalice aos meus sobrinhos Ryan e Heitor

Joaquim a toda minha famiacutelia que com muito amor dedicaccedilatildeo carinho e apoio natildeo

mediram esforccedilos para que eu chegasse ateacute esta etapa da minha vida vocecircs foram essenciais

Ao meu esposo Gilson pessoa com quem amo partilhar a vida Com vocecirc tenho me

sentido mais viva de verdade Obrigado pelo carinho a paciecircncia nos momentos de ausecircncia e

por sua capacidade de me trazer paz na correria de cada etapa dessa luta

Ao orientador Prof Dr Tarciso Cabral da Silva meus agradecimentos a vocecirc que vem

desde o princiacutepio dessa jornada recordo-me fielmente do momento em que confiavas em

mim ao responder o primeiro e-mail no qual relatava meu desejo de desenvolver uma

pesquisa de mestrado E daiacute por diante natildeo mediu esforccedilos para transmitir com tanta maestria

seus conhecimentos Sem sua orientaccedilatildeo jamais chegaria ateacute aqui

Ao coorientador Prof Dr Hamilcar Joseacute de Almeida Filgueira por seu apoio e

amizade aleacutem de sua dedicaccedilatildeo competecircncia e especial atenccedilatildeo nas revisotildees e sugestotildees

fatores fundamentais para conclusatildeo deste trabalho e sonho

Aos membros da banca de qualificaccedilatildeo e de defesa pelas grandes contribuiccedilotildees dadas

a esse trabalho

A todos os professores funcionaacuterios do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraiacuteba

(UFPB) vocecircs satildeo parte dessa histoacuteria para sempre

Aos amigos da turma 20151 obrigada pela amizade guardarei todos vocecircs no meu

coraccedilatildeo e as boas lembranccedilas dos momentos partilhados

V

Aos amigos do Laboratoacuterio de Recursos Hiacutedricos e Engenharia Ambiental do Centro

de Tecnologia da UFPB em especial aos amigos de ldquosalinhardquo Obrigada por todos os

momentos vividos pelo companheirismo acima de tudo

Ao amigo e companheiro de pesquisa Eliamin Eldan meu agradecimento especial por

tamanha dedicaccedilatildeo na ajuda da coleta de dados e visitas em campo Muito obrigada por todo

cuidado atenccedilatildeo disposiccedilatildeo e seriedade As palavras seriam insuficientes para lhe agradecer

nesse momento Sua contribuiccedilatildeo na realizaccedilatildeo dessa pesquisa foi extremamente

fundamental

A minha prima Vibeacuterica Gonccedilalves da Costa pelo acolhimento em sua residecircncia Seu

apoio foi primordial nas minhas estadias na cidade de Joatildeo Pessoa

Agrave Proacute-Reitoria de Pesquisa e Poacutes-Graduaccedilatildeo- PRPG pela disponibilizaccedilatildeo de ajuda de

custo para realizaccedilatildeo dos trabalhos de campo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash CAPES pela

concessatildeo da bolsa de estudos e apoio financeiro

Aos representantes da gestatildeo municipal de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel obrigada pela acolhida e fornecimento de dados importantes para a pesquisa

A todos que de maneira direta ou indireta contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo e a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Muito obrigada

VI

RESUMO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Desse

modo a promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias na qualidade de vida tem sido

comprometida por tais ocorrecircncias aumentando assim a vulnerabilidade nessa regiatildeo Secas

de moderada intensidade que anteriormente causavam soacute pequeno impacto atualmente

podem resultar em consequecircncias econocircmicas seacuterias e grandes impactos sobre a populaccedilatildeo

Portanto pode ser difiacutecil identificar se eacute a frequecircncia das secas que estaacute aumentando ou eacute

porque existe um quadro de vulnerabilidade socioambiental que proporcionou problemas de

desenvolvimento da regiatildeo e perda de qualidade de vida das populaccedilotildees Sendo assim este

trabalho teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas dos municiacutepios

de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel por meio de indicadores multitemaacuteticos A

metodologia consistiu na adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca que

consideram a vulnerabilidade a partir da meacutedia aritmeacutetica simples dos fatores de exposiccedilatildeo

sensibilidade e capacidade adaptativa utilizando-se dados dos municiacutepios oriundos de oacutergatildeos

governamentais e natildeo governamentais de sites oficiais e de trabalhos de campo De acordo

com os resultados gerais o municiacutepio de Cabaceiras apresentou o maior valor de exposiccedilatildeo e

Patos o menor valores influenciados principalmente por causa das caracteriacutesticas climaacuteticas

desses municiacutepios Em relaccedilatildeo ao indicador Sensibilidade o municiacutepio que apresentou o

maior valor foi Cabaceiras Com relaccedilatildeo ao indicador Capacidade adaptativa o municiacutepio de

Cabaceiras voltou a apresentar o pior desempenho principalmente no que diz respeito ao sub-

indicador de governabilidade que se sobressai quando comparado aos demais municiacutepios

estudados As anaacutelises realizadas por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios estudados

permitiram identificar que o municiacutepio de Cabaceiras foi considerado o mais vulneraacutevel

sendo classificado com Meacutedia vulnerabilidade Cajazeiras foi o de menor iacutendice de

vulnerabilidade mas igualmente classificado como de Meacutedia vulnerabilidade Com a

aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados haacute

a expectativa de que a pesquisa possa subsidiar a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

PALAVRAS-CHAVE Semiaacuterido Seca Indicadores Vulnerabilidades

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

97

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30 maio 2016

Capiacutetulo II (Revisatildeo de Literatura) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lt httpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso 10 jun 2016

Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpvejaabrilcombrgaleria-fotosseca-no-nordestegt Acesso 20 jun 2016

Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lt httpnoticiasbanduolcombrcidadesbahianoticiaid=100000579670gtAcesso em 06

fev 2017

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Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpcidadeverdecomnoticias167355apos-crise-com-dilma-governo-anuncia-r-12-

milhao-para-a-secagtAcesso em 06 fev 2017

Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

Agecircncia Executiva de Gestatildeo de Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba AESA PERH-PB Plano

Estadual de Recursos Hiacutedricos Resumo Executivo e Atlas Brasiacutelia DF 2006 112p

Fonte EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria Cartilha digital

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111

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112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

RAISSA BORGES OLIVEIRA

VULNERABILIDADE Agrave SECA PARA A REGIAtildeO SEMIAacuteRIDA estudo

de caso de quatro municiacutepios do estado da Paraiacuteba

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Programa

de Desenvolvimento e Meio Ambiente da

Universidade Federal da Paraiacuteba - UFPB para

obtenccedilatildeo do grau de Mestre

Orientador Prof Dr Tarciso Cabral da Silva

Coorientador Prof Dr Hamilcar Joseacute Almeida

Filgueira

Joatildeo Pessoa-PB

2017

O48v Oliveira Raissa Borges

Vulnerabilidade agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida estudo de caso de quatro municiacutepios do estado da Paraiacuteba Raissa Borges Oliveira - Joatildeo Pessoa 2017

115 f il - Orientador Tarciso Cabral da Silva

Coorientador Hamilcar Joseacute Almeida Filgueira Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - UFPB CCEN

1 Meio Ambiente 2 Semiaacuterido - Brasil 3 Seca - Paraiacuteba I Tiacutetulo UFPBBC CDU 504(043)

III

Agrave Deus e a minha famiacutelia que sempre acreditaram no meu potencial e me incentivaram ateacute os

dias de hoje

Dedico

IV

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeccedilo ao DEUS PAI todo poderoso pela vida a MARIA

SANTIacuteSSIMA por estaacute sempre intercedendo junto ao Pai e ao ESPIacuteRITO SANTO pela luz

constante em meu caminho O que seria de mim sem a feacute

Agrave minha famiacutelia por sua capacidade de acreditar e investir em mim Mainha seu

cuidado e dedicaccedilatildeo foram fundamentais em todos os momentos alimentaram a esperanccedila

para seguir Painho sua presenccedila significou seguranccedila e certeza de que natildeo estou sozinho

nessa caminhada aos meus irmatildeos Ralison e Ritalice aos meus sobrinhos Ryan e Heitor

Joaquim a toda minha famiacutelia que com muito amor dedicaccedilatildeo carinho e apoio natildeo

mediram esforccedilos para que eu chegasse ateacute esta etapa da minha vida vocecircs foram essenciais

Ao meu esposo Gilson pessoa com quem amo partilhar a vida Com vocecirc tenho me

sentido mais viva de verdade Obrigado pelo carinho a paciecircncia nos momentos de ausecircncia e

por sua capacidade de me trazer paz na correria de cada etapa dessa luta

Ao orientador Prof Dr Tarciso Cabral da Silva meus agradecimentos a vocecirc que vem

desde o princiacutepio dessa jornada recordo-me fielmente do momento em que confiavas em

mim ao responder o primeiro e-mail no qual relatava meu desejo de desenvolver uma

pesquisa de mestrado E daiacute por diante natildeo mediu esforccedilos para transmitir com tanta maestria

seus conhecimentos Sem sua orientaccedilatildeo jamais chegaria ateacute aqui

Ao coorientador Prof Dr Hamilcar Joseacute de Almeida Filgueira por seu apoio e

amizade aleacutem de sua dedicaccedilatildeo competecircncia e especial atenccedilatildeo nas revisotildees e sugestotildees

fatores fundamentais para conclusatildeo deste trabalho e sonho

Aos membros da banca de qualificaccedilatildeo e de defesa pelas grandes contribuiccedilotildees dadas

a esse trabalho

A todos os professores funcionaacuterios do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraiacuteba

(UFPB) vocecircs satildeo parte dessa histoacuteria para sempre

Aos amigos da turma 20151 obrigada pela amizade guardarei todos vocecircs no meu

coraccedilatildeo e as boas lembranccedilas dos momentos partilhados

V

Aos amigos do Laboratoacuterio de Recursos Hiacutedricos e Engenharia Ambiental do Centro

de Tecnologia da UFPB em especial aos amigos de ldquosalinhardquo Obrigada por todos os

momentos vividos pelo companheirismo acima de tudo

Ao amigo e companheiro de pesquisa Eliamin Eldan meu agradecimento especial por

tamanha dedicaccedilatildeo na ajuda da coleta de dados e visitas em campo Muito obrigada por todo

cuidado atenccedilatildeo disposiccedilatildeo e seriedade As palavras seriam insuficientes para lhe agradecer

nesse momento Sua contribuiccedilatildeo na realizaccedilatildeo dessa pesquisa foi extremamente

fundamental

A minha prima Vibeacuterica Gonccedilalves da Costa pelo acolhimento em sua residecircncia Seu

apoio foi primordial nas minhas estadias na cidade de Joatildeo Pessoa

Agrave Proacute-Reitoria de Pesquisa e Poacutes-Graduaccedilatildeo- PRPG pela disponibilizaccedilatildeo de ajuda de

custo para realizaccedilatildeo dos trabalhos de campo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash CAPES pela

concessatildeo da bolsa de estudos e apoio financeiro

Aos representantes da gestatildeo municipal de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel obrigada pela acolhida e fornecimento de dados importantes para a pesquisa

A todos que de maneira direta ou indireta contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo e a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Muito obrigada

VI

RESUMO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Desse

modo a promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias na qualidade de vida tem sido

comprometida por tais ocorrecircncias aumentando assim a vulnerabilidade nessa regiatildeo Secas

de moderada intensidade que anteriormente causavam soacute pequeno impacto atualmente

podem resultar em consequecircncias econocircmicas seacuterias e grandes impactos sobre a populaccedilatildeo

Portanto pode ser difiacutecil identificar se eacute a frequecircncia das secas que estaacute aumentando ou eacute

porque existe um quadro de vulnerabilidade socioambiental que proporcionou problemas de

desenvolvimento da regiatildeo e perda de qualidade de vida das populaccedilotildees Sendo assim este

trabalho teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas dos municiacutepios

de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel por meio de indicadores multitemaacuteticos A

metodologia consistiu na adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca que

consideram a vulnerabilidade a partir da meacutedia aritmeacutetica simples dos fatores de exposiccedilatildeo

sensibilidade e capacidade adaptativa utilizando-se dados dos municiacutepios oriundos de oacutergatildeos

governamentais e natildeo governamentais de sites oficiais e de trabalhos de campo De acordo

com os resultados gerais o municiacutepio de Cabaceiras apresentou o maior valor de exposiccedilatildeo e

Patos o menor valores influenciados principalmente por causa das caracteriacutesticas climaacuteticas

desses municiacutepios Em relaccedilatildeo ao indicador Sensibilidade o municiacutepio que apresentou o

maior valor foi Cabaceiras Com relaccedilatildeo ao indicador Capacidade adaptativa o municiacutepio de

Cabaceiras voltou a apresentar o pior desempenho principalmente no que diz respeito ao sub-

indicador de governabilidade que se sobressai quando comparado aos demais municiacutepios

estudados As anaacutelises realizadas por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios estudados

permitiram identificar que o municiacutepio de Cabaceiras foi considerado o mais vulneraacutevel

sendo classificado com Meacutedia vulnerabilidade Cajazeiras foi o de menor iacutendice de

vulnerabilidade mas igualmente classificado como de Meacutedia vulnerabilidade Com a

aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados haacute

a expectativa de que a pesquisa possa subsidiar a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

PALAVRAS-CHAVE Semiaacuterido Seca Indicadores Vulnerabilidades

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

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Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

Agecircncia Executiva de Gestatildeo de Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba AESA PERH-PB Plano

Estadual de Recursos Hiacutedricos Resumo Executivo e Atlas Brasiacutelia DF 2006 112p

Fonte EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria Cartilha digital

Estimando o Consumo de Aacutegua de Suiacutenos Aves e Bovinos em uma propriedade 2005

111

Fontes CARMO R L do OJIMA A L R de O OJIMA R NASCIMENTO T T do

Aacutegua virtual escassez e gestatildeo O Brasil como grande ldquoexportadorrdquo de aacutegua In Ambiente e

Sociedade Campinas v X n 1 p 83-96 jan-jun 2007

HOEKSTRA A Y HUNG P Q Virtual Water Trade A quantification of virtual water

flows between nations in relation to international crop trade Value of Water Research Report

Series Netherland UNESCOIHE n 11 p 25-47 Sept 2002

112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

O48v Oliveira Raissa Borges

Vulnerabilidade agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida estudo de caso de quatro municiacutepios do estado da Paraiacuteba Raissa Borges Oliveira - Joatildeo Pessoa 2017

115 f il - Orientador Tarciso Cabral da Silva

Coorientador Hamilcar Joseacute Almeida Filgueira Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - UFPB CCEN

1 Meio Ambiente 2 Semiaacuterido - Brasil 3 Seca - Paraiacuteba I Tiacutetulo UFPBBC CDU 504(043)

III

Agrave Deus e a minha famiacutelia que sempre acreditaram no meu potencial e me incentivaram ateacute os

dias de hoje

Dedico

IV

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeccedilo ao DEUS PAI todo poderoso pela vida a MARIA

SANTIacuteSSIMA por estaacute sempre intercedendo junto ao Pai e ao ESPIacuteRITO SANTO pela luz

constante em meu caminho O que seria de mim sem a feacute

Agrave minha famiacutelia por sua capacidade de acreditar e investir em mim Mainha seu

cuidado e dedicaccedilatildeo foram fundamentais em todos os momentos alimentaram a esperanccedila

para seguir Painho sua presenccedila significou seguranccedila e certeza de que natildeo estou sozinho

nessa caminhada aos meus irmatildeos Ralison e Ritalice aos meus sobrinhos Ryan e Heitor

Joaquim a toda minha famiacutelia que com muito amor dedicaccedilatildeo carinho e apoio natildeo

mediram esforccedilos para que eu chegasse ateacute esta etapa da minha vida vocecircs foram essenciais

Ao meu esposo Gilson pessoa com quem amo partilhar a vida Com vocecirc tenho me

sentido mais viva de verdade Obrigado pelo carinho a paciecircncia nos momentos de ausecircncia e

por sua capacidade de me trazer paz na correria de cada etapa dessa luta

Ao orientador Prof Dr Tarciso Cabral da Silva meus agradecimentos a vocecirc que vem

desde o princiacutepio dessa jornada recordo-me fielmente do momento em que confiavas em

mim ao responder o primeiro e-mail no qual relatava meu desejo de desenvolver uma

pesquisa de mestrado E daiacute por diante natildeo mediu esforccedilos para transmitir com tanta maestria

seus conhecimentos Sem sua orientaccedilatildeo jamais chegaria ateacute aqui

Ao coorientador Prof Dr Hamilcar Joseacute de Almeida Filgueira por seu apoio e

amizade aleacutem de sua dedicaccedilatildeo competecircncia e especial atenccedilatildeo nas revisotildees e sugestotildees

fatores fundamentais para conclusatildeo deste trabalho e sonho

Aos membros da banca de qualificaccedilatildeo e de defesa pelas grandes contribuiccedilotildees dadas

a esse trabalho

A todos os professores funcionaacuterios do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraiacuteba

(UFPB) vocecircs satildeo parte dessa histoacuteria para sempre

Aos amigos da turma 20151 obrigada pela amizade guardarei todos vocecircs no meu

coraccedilatildeo e as boas lembranccedilas dos momentos partilhados

V

Aos amigos do Laboratoacuterio de Recursos Hiacutedricos e Engenharia Ambiental do Centro

de Tecnologia da UFPB em especial aos amigos de ldquosalinhardquo Obrigada por todos os

momentos vividos pelo companheirismo acima de tudo

Ao amigo e companheiro de pesquisa Eliamin Eldan meu agradecimento especial por

tamanha dedicaccedilatildeo na ajuda da coleta de dados e visitas em campo Muito obrigada por todo

cuidado atenccedilatildeo disposiccedilatildeo e seriedade As palavras seriam insuficientes para lhe agradecer

nesse momento Sua contribuiccedilatildeo na realizaccedilatildeo dessa pesquisa foi extremamente

fundamental

A minha prima Vibeacuterica Gonccedilalves da Costa pelo acolhimento em sua residecircncia Seu

apoio foi primordial nas minhas estadias na cidade de Joatildeo Pessoa

Agrave Proacute-Reitoria de Pesquisa e Poacutes-Graduaccedilatildeo- PRPG pela disponibilizaccedilatildeo de ajuda de

custo para realizaccedilatildeo dos trabalhos de campo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash CAPES pela

concessatildeo da bolsa de estudos e apoio financeiro

Aos representantes da gestatildeo municipal de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel obrigada pela acolhida e fornecimento de dados importantes para a pesquisa

A todos que de maneira direta ou indireta contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo e a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Muito obrigada

VI

RESUMO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Desse

modo a promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias na qualidade de vida tem sido

comprometida por tais ocorrecircncias aumentando assim a vulnerabilidade nessa regiatildeo Secas

de moderada intensidade que anteriormente causavam soacute pequeno impacto atualmente

podem resultar em consequecircncias econocircmicas seacuterias e grandes impactos sobre a populaccedilatildeo

Portanto pode ser difiacutecil identificar se eacute a frequecircncia das secas que estaacute aumentando ou eacute

porque existe um quadro de vulnerabilidade socioambiental que proporcionou problemas de

desenvolvimento da regiatildeo e perda de qualidade de vida das populaccedilotildees Sendo assim este

trabalho teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas dos municiacutepios

de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel por meio de indicadores multitemaacuteticos A

metodologia consistiu na adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca que

consideram a vulnerabilidade a partir da meacutedia aritmeacutetica simples dos fatores de exposiccedilatildeo

sensibilidade e capacidade adaptativa utilizando-se dados dos municiacutepios oriundos de oacutergatildeos

governamentais e natildeo governamentais de sites oficiais e de trabalhos de campo De acordo

com os resultados gerais o municiacutepio de Cabaceiras apresentou o maior valor de exposiccedilatildeo e

Patos o menor valores influenciados principalmente por causa das caracteriacutesticas climaacuteticas

desses municiacutepios Em relaccedilatildeo ao indicador Sensibilidade o municiacutepio que apresentou o

maior valor foi Cabaceiras Com relaccedilatildeo ao indicador Capacidade adaptativa o municiacutepio de

Cabaceiras voltou a apresentar o pior desempenho principalmente no que diz respeito ao sub-

indicador de governabilidade que se sobressai quando comparado aos demais municiacutepios

estudados As anaacutelises realizadas por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios estudados

permitiram identificar que o municiacutepio de Cabaceiras foi considerado o mais vulneraacutevel

sendo classificado com Meacutedia vulnerabilidade Cajazeiras foi o de menor iacutendice de

vulnerabilidade mas igualmente classificado como de Meacutedia vulnerabilidade Com a

aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados haacute

a expectativa de que a pesquisa possa subsidiar a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

PALAVRAS-CHAVE Semiaacuterido Seca Indicadores Vulnerabilidades

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

97

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Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

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112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

III

Agrave Deus e a minha famiacutelia que sempre acreditaram no meu potencial e me incentivaram ateacute os

dias de hoje

Dedico

IV

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeccedilo ao DEUS PAI todo poderoso pela vida a MARIA

SANTIacuteSSIMA por estaacute sempre intercedendo junto ao Pai e ao ESPIacuteRITO SANTO pela luz

constante em meu caminho O que seria de mim sem a feacute

Agrave minha famiacutelia por sua capacidade de acreditar e investir em mim Mainha seu

cuidado e dedicaccedilatildeo foram fundamentais em todos os momentos alimentaram a esperanccedila

para seguir Painho sua presenccedila significou seguranccedila e certeza de que natildeo estou sozinho

nessa caminhada aos meus irmatildeos Ralison e Ritalice aos meus sobrinhos Ryan e Heitor

Joaquim a toda minha famiacutelia que com muito amor dedicaccedilatildeo carinho e apoio natildeo

mediram esforccedilos para que eu chegasse ateacute esta etapa da minha vida vocecircs foram essenciais

Ao meu esposo Gilson pessoa com quem amo partilhar a vida Com vocecirc tenho me

sentido mais viva de verdade Obrigado pelo carinho a paciecircncia nos momentos de ausecircncia e

por sua capacidade de me trazer paz na correria de cada etapa dessa luta

Ao orientador Prof Dr Tarciso Cabral da Silva meus agradecimentos a vocecirc que vem

desde o princiacutepio dessa jornada recordo-me fielmente do momento em que confiavas em

mim ao responder o primeiro e-mail no qual relatava meu desejo de desenvolver uma

pesquisa de mestrado E daiacute por diante natildeo mediu esforccedilos para transmitir com tanta maestria

seus conhecimentos Sem sua orientaccedilatildeo jamais chegaria ateacute aqui

Ao coorientador Prof Dr Hamilcar Joseacute de Almeida Filgueira por seu apoio e

amizade aleacutem de sua dedicaccedilatildeo competecircncia e especial atenccedilatildeo nas revisotildees e sugestotildees

fatores fundamentais para conclusatildeo deste trabalho e sonho

Aos membros da banca de qualificaccedilatildeo e de defesa pelas grandes contribuiccedilotildees dadas

a esse trabalho

A todos os professores funcionaacuterios do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraiacuteba

(UFPB) vocecircs satildeo parte dessa histoacuteria para sempre

Aos amigos da turma 20151 obrigada pela amizade guardarei todos vocecircs no meu

coraccedilatildeo e as boas lembranccedilas dos momentos partilhados

V

Aos amigos do Laboratoacuterio de Recursos Hiacutedricos e Engenharia Ambiental do Centro

de Tecnologia da UFPB em especial aos amigos de ldquosalinhardquo Obrigada por todos os

momentos vividos pelo companheirismo acima de tudo

Ao amigo e companheiro de pesquisa Eliamin Eldan meu agradecimento especial por

tamanha dedicaccedilatildeo na ajuda da coleta de dados e visitas em campo Muito obrigada por todo

cuidado atenccedilatildeo disposiccedilatildeo e seriedade As palavras seriam insuficientes para lhe agradecer

nesse momento Sua contribuiccedilatildeo na realizaccedilatildeo dessa pesquisa foi extremamente

fundamental

A minha prima Vibeacuterica Gonccedilalves da Costa pelo acolhimento em sua residecircncia Seu

apoio foi primordial nas minhas estadias na cidade de Joatildeo Pessoa

Agrave Proacute-Reitoria de Pesquisa e Poacutes-Graduaccedilatildeo- PRPG pela disponibilizaccedilatildeo de ajuda de

custo para realizaccedilatildeo dos trabalhos de campo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash CAPES pela

concessatildeo da bolsa de estudos e apoio financeiro

Aos representantes da gestatildeo municipal de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel obrigada pela acolhida e fornecimento de dados importantes para a pesquisa

A todos que de maneira direta ou indireta contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo e a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Muito obrigada

VI

RESUMO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Desse

modo a promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias na qualidade de vida tem sido

comprometida por tais ocorrecircncias aumentando assim a vulnerabilidade nessa regiatildeo Secas

de moderada intensidade que anteriormente causavam soacute pequeno impacto atualmente

podem resultar em consequecircncias econocircmicas seacuterias e grandes impactos sobre a populaccedilatildeo

Portanto pode ser difiacutecil identificar se eacute a frequecircncia das secas que estaacute aumentando ou eacute

porque existe um quadro de vulnerabilidade socioambiental que proporcionou problemas de

desenvolvimento da regiatildeo e perda de qualidade de vida das populaccedilotildees Sendo assim este

trabalho teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas dos municiacutepios

de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel por meio de indicadores multitemaacuteticos A

metodologia consistiu na adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca que

consideram a vulnerabilidade a partir da meacutedia aritmeacutetica simples dos fatores de exposiccedilatildeo

sensibilidade e capacidade adaptativa utilizando-se dados dos municiacutepios oriundos de oacutergatildeos

governamentais e natildeo governamentais de sites oficiais e de trabalhos de campo De acordo

com os resultados gerais o municiacutepio de Cabaceiras apresentou o maior valor de exposiccedilatildeo e

Patos o menor valores influenciados principalmente por causa das caracteriacutesticas climaacuteticas

desses municiacutepios Em relaccedilatildeo ao indicador Sensibilidade o municiacutepio que apresentou o

maior valor foi Cabaceiras Com relaccedilatildeo ao indicador Capacidade adaptativa o municiacutepio de

Cabaceiras voltou a apresentar o pior desempenho principalmente no que diz respeito ao sub-

indicador de governabilidade que se sobressai quando comparado aos demais municiacutepios

estudados As anaacutelises realizadas por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios estudados

permitiram identificar que o municiacutepio de Cabaceiras foi considerado o mais vulneraacutevel

sendo classificado com Meacutedia vulnerabilidade Cajazeiras foi o de menor iacutendice de

vulnerabilidade mas igualmente classificado como de Meacutedia vulnerabilidade Com a

aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados haacute

a expectativa de que a pesquisa possa subsidiar a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

PALAVRAS-CHAVE Semiaacuterido Seca Indicadores Vulnerabilidades

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

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XAVIER FILHO B J HACKENHAAR N M ABREU Y V Matopiba - paradigmas

energeacuteticos da nova fronteria agriacutecola 10ordm Congresso sobre Geraccedilatildeo Distribuiacuteda e Energia

no Meio Rural AGRENER GD 2015 Universidade de Satildeo Paulo ndash USP Satildeo Paulo-SP

2015

WILCHES-CHAUX G La vulnerabilidad global In MASKREY A (org) Los desastres

non son naturales Bogotaacute Colocircmbia LARED p 27-44 1993

REFEREcircNCIAS DAS IMAGENS UTILIZADAS NAS CAPAS DOS CAPIacuteTULOS

Capiacutetulo I (Introduccedilatildeo) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em lt

httpparaibamixcom20151113reservatorios-no-nordeste-caem-a-niveis-criticosgt Acesso

30 maio 2016

Capiacutetulo II (Revisatildeo de Literatura) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lt httpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso 10 jun 2016

Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpvejaabrilcombrgaleria-fotosseca-no-nordestegt Acesso 20 jun 2016

Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lt httpnoticiasbanduolcombrcidadesbahianoticiaid=100000579670gtAcesso em 06

fev 2017

108

Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpcidadeverdecomnoticias167355apos-crise-com-dilma-governo-anuncia-r-12-

milhao-para-a-secagtAcesso em 06 fev 2017

Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

Agecircncia Executiva de Gestatildeo de Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba AESA PERH-PB Plano

Estadual de Recursos Hiacutedricos Resumo Executivo e Atlas Brasiacutelia DF 2006 112p

Fonte EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria Cartilha digital

Estimando o Consumo de Aacutegua de Suiacutenos Aves e Bovinos em uma propriedade 2005

111

Fontes CARMO R L do OJIMA A L R de O OJIMA R NASCIMENTO T T do

Aacutegua virtual escassez e gestatildeo O Brasil como grande ldquoexportadorrdquo de aacutegua In Ambiente e

Sociedade Campinas v X n 1 p 83-96 jan-jun 2007

HOEKSTRA A Y HUNG P Q Virtual Water Trade A quantification of virtual water

flows between nations in relation to international crop trade Value of Water Research Report

Series Netherland UNESCOIHE n 11 p 25-47 Sept 2002

112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

IV

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeccedilo ao DEUS PAI todo poderoso pela vida a MARIA

SANTIacuteSSIMA por estaacute sempre intercedendo junto ao Pai e ao ESPIacuteRITO SANTO pela luz

constante em meu caminho O que seria de mim sem a feacute

Agrave minha famiacutelia por sua capacidade de acreditar e investir em mim Mainha seu

cuidado e dedicaccedilatildeo foram fundamentais em todos os momentos alimentaram a esperanccedila

para seguir Painho sua presenccedila significou seguranccedila e certeza de que natildeo estou sozinho

nessa caminhada aos meus irmatildeos Ralison e Ritalice aos meus sobrinhos Ryan e Heitor

Joaquim a toda minha famiacutelia que com muito amor dedicaccedilatildeo carinho e apoio natildeo

mediram esforccedilos para que eu chegasse ateacute esta etapa da minha vida vocecircs foram essenciais

Ao meu esposo Gilson pessoa com quem amo partilhar a vida Com vocecirc tenho me

sentido mais viva de verdade Obrigado pelo carinho a paciecircncia nos momentos de ausecircncia e

por sua capacidade de me trazer paz na correria de cada etapa dessa luta

Ao orientador Prof Dr Tarciso Cabral da Silva meus agradecimentos a vocecirc que vem

desde o princiacutepio dessa jornada recordo-me fielmente do momento em que confiavas em

mim ao responder o primeiro e-mail no qual relatava meu desejo de desenvolver uma

pesquisa de mestrado E daiacute por diante natildeo mediu esforccedilos para transmitir com tanta maestria

seus conhecimentos Sem sua orientaccedilatildeo jamais chegaria ateacute aqui

Ao coorientador Prof Dr Hamilcar Joseacute de Almeida Filgueira por seu apoio e

amizade aleacutem de sua dedicaccedilatildeo competecircncia e especial atenccedilatildeo nas revisotildees e sugestotildees

fatores fundamentais para conclusatildeo deste trabalho e sonho

Aos membros da banca de qualificaccedilatildeo e de defesa pelas grandes contribuiccedilotildees dadas

a esse trabalho

A todos os professores funcionaacuterios do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraiacuteba

(UFPB) vocecircs satildeo parte dessa histoacuteria para sempre

Aos amigos da turma 20151 obrigada pela amizade guardarei todos vocecircs no meu

coraccedilatildeo e as boas lembranccedilas dos momentos partilhados

V

Aos amigos do Laboratoacuterio de Recursos Hiacutedricos e Engenharia Ambiental do Centro

de Tecnologia da UFPB em especial aos amigos de ldquosalinhardquo Obrigada por todos os

momentos vividos pelo companheirismo acima de tudo

Ao amigo e companheiro de pesquisa Eliamin Eldan meu agradecimento especial por

tamanha dedicaccedilatildeo na ajuda da coleta de dados e visitas em campo Muito obrigada por todo

cuidado atenccedilatildeo disposiccedilatildeo e seriedade As palavras seriam insuficientes para lhe agradecer

nesse momento Sua contribuiccedilatildeo na realizaccedilatildeo dessa pesquisa foi extremamente

fundamental

A minha prima Vibeacuterica Gonccedilalves da Costa pelo acolhimento em sua residecircncia Seu

apoio foi primordial nas minhas estadias na cidade de Joatildeo Pessoa

Agrave Proacute-Reitoria de Pesquisa e Poacutes-Graduaccedilatildeo- PRPG pela disponibilizaccedilatildeo de ajuda de

custo para realizaccedilatildeo dos trabalhos de campo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash CAPES pela

concessatildeo da bolsa de estudos e apoio financeiro

Aos representantes da gestatildeo municipal de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel obrigada pela acolhida e fornecimento de dados importantes para a pesquisa

A todos que de maneira direta ou indireta contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo e a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Muito obrigada

VI

RESUMO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Desse

modo a promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias na qualidade de vida tem sido

comprometida por tais ocorrecircncias aumentando assim a vulnerabilidade nessa regiatildeo Secas

de moderada intensidade que anteriormente causavam soacute pequeno impacto atualmente

podem resultar em consequecircncias econocircmicas seacuterias e grandes impactos sobre a populaccedilatildeo

Portanto pode ser difiacutecil identificar se eacute a frequecircncia das secas que estaacute aumentando ou eacute

porque existe um quadro de vulnerabilidade socioambiental que proporcionou problemas de

desenvolvimento da regiatildeo e perda de qualidade de vida das populaccedilotildees Sendo assim este

trabalho teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas dos municiacutepios

de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel por meio de indicadores multitemaacuteticos A

metodologia consistiu na adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca que

consideram a vulnerabilidade a partir da meacutedia aritmeacutetica simples dos fatores de exposiccedilatildeo

sensibilidade e capacidade adaptativa utilizando-se dados dos municiacutepios oriundos de oacutergatildeos

governamentais e natildeo governamentais de sites oficiais e de trabalhos de campo De acordo

com os resultados gerais o municiacutepio de Cabaceiras apresentou o maior valor de exposiccedilatildeo e

Patos o menor valores influenciados principalmente por causa das caracteriacutesticas climaacuteticas

desses municiacutepios Em relaccedilatildeo ao indicador Sensibilidade o municiacutepio que apresentou o

maior valor foi Cabaceiras Com relaccedilatildeo ao indicador Capacidade adaptativa o municiacutepio de

Cabaceiras voltou a apresentar o pior desempenho principalmente no que diz respeito ao sub-

indicador de governabilidade que se sobressai quando comparado aos demais municiacutepios

estudados As anaacutelises realizadas por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios estudados

permitiram identificar que o municiacutepio de Cabaceiras foi considerado o mais vulneraacutevel

sendo classificado com Meacutedia vulnerabilidade Cajazeiras foi o de menor iacutendice de

vulnerabilidade mas igualmente classificado como de Meacutedia vulnerabilidade Com a

aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados haacute

a expectativa de que a pesquisa possa subsidiar a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

PALAVRAS-CHAVE Semiaacuterido Seca Indicadores Vulnerabilidades

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

97

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Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

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Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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milhao-para-a-secagtAcesso em 06 fev 2017

Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

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112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

V

Aos amigos do Laboratoacuterio de Recursos Hiacutedricos e Engenharia Ambiental do Centro

de Tecnologia da UFPB em especial aos amigos de ldquosalinhardquo Obrigada por todos os

momentos vividos pelo companheirismo acima de tudo

Ao amigo e companheiro de pesquisa Eliamin Eldan meu agradecimento especial por

tamanha dedicaccedilatildeo na ajuda da coleta de dados e visitas em campo Muito obrigada por todo

cuidado atenccedilatildeo disposiccedilatildeo e seriedade As palavras seriam insuficientes para lhe agradecer

nesse momento Sua contribuiccedilatildeo na realizaccedilatildeo dessa pesquisa foi extremamente

fundamental

A minha prima Vibeacuterica Gonccedilalves da Costa pelo acolhimento em sua residecircncia Seu

apoio foi primordial nas minhas estadias na cidade de Joatildeo Pessoa

Agrave Proacute-Reitoria de Pesquisa e Poacutes-Graduaccedilatildeo- PRPG pela disponibilizaccedilatildeo de ajuda de

custo para realizaccedilatildeo dos trabalhos de campo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior ndash CAPES pela

concessatildeo da bolsa de estudos e apoio financeiro

Aos representantes da gestatildeo municipal de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel obrigada pela acolhida e fornecimento de dados importantes para a pesquisa

A todos que de maneira direta ou indireta contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo e a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Muito obrigada

VI

RESUMO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Desse

modo a promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias na qualidade de vida tem sido

comprometida por tais ocorrecircncias aumentando assim a vulnerabilidade nessa regiatildeo Secas

de moderada intensidade que anteriormente causavam soacute pequeno impacto atualmente

podem resultar em consequecircncias econocircmicas seacuterias e grandes impactos sobre a populaccedilatildeo

Portanto pode ser difiacutecil identificar se eacute a frequecircncia das secas que estaacute aumentando ou eacute

porque existe um quadro de vulnerabilidade socioambiental que proporcionou problemas de

desenvolvimento da regiatildeo e perda de qualidade de vida das populaccedilotildees Sendo assim este

trabalho teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas dos municiacutepios

de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel por meio de indicadores multitemaacuteticos A

metodologia consistiu na adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca que

consideram a vulnerabilidade a partir da meacutedia aritmeacutetica simples dos fatores de exposiccedilatildeo

sensibilidade e capacidade adaptativa utilizando-se dados dos municiacutepios oriundos de oacutergatildeos

governamentais e natildeo governamentais de sites oficiais e de trabalhos de campo De acordo

com os resultados gerais o municiacutepio de Cabaceiras apresentou o maior valor de exposiccedilatildeo e

Patos o menor valores influenciados principalmente por causa das caracteriacutesticas climaacuteticas

desses municiacutepios Em relaccedilatildeo ao indicador Sensibilidade o municiacutepio que apresentou o

maior valor foi Cabaceiras Com relaccedilatildeo ao indicador Capacidade adaptativa o municiacutepio de

Cabaceiras voltou a apresentar o pior desempenho principalmente no que diz respeito ao sub-

indicador de governabilidade que se sobressai quando comparado aos demais municiacutepios

estudados As anaacutelises realizadas por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios estudados

permitiram identificar que o municiacutepio de Cabaceiras foi considerado o mais vulneraacutevel

sendo classificado com Meacutedia vulnerabilidade Cajazeiras foi o de menor iacutendice de

vulnerabilidade mas igualmente classificado como de Meacutedia vulnerabilidade Com a

aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados haacute

a expectativa de que a pesquisa possa subsidiar a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

PALAVRAS-CHAVE Semiaacuterido Seca Indicadores Vulnerabilidades

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

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Capiacutetulo II (Revisatildeo de Literatura) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lt httpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso 10 jun 2016

Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpvejaabrilcombrgaleria-fotosseca-no-nordestegt Acesso 20 jun 2016

Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lt httpnoticiasbanduolcombrcidadesbahianoticiaid=100000579670gtAcesso em 06

fev 2017

108

Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpcidadeverdecomnoticias167355apos-crise-com-dilma-governo-anuncia-r-12-

milhao-para-a-secagtAcesso em 06 fev 2017

Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

Agecircncia Executiva de Gestatildeo de Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba AESA PERH-PB Plano

Estadual de Recursos Hiacutedricos Resumo Executivo e Atlas Brasiacutelia DF 2006 112p

Fonte EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria Cartilha digital

Estimando o Consumo de Aacutegua de Suiacutenos Aves e Bovinos em uma propriedade 2005

111

Fontes CARMO R L do OJIMA A L R de O OJIMA R NASCIMENTO T T do

Aacutegua virtual escassez e gestatildeo O Brasil como grande ldquoexportadorrdquo de aacutegua In Ambiente e

Sociedade Campinas v X n 1 p 83-96 jan-jun 2007

HOEKSTRA A Y HUNG P Q Virtual Water Trade A quantification of virtual water

flows between nations in relation to international crop trade Value of Water Research Report

Series Netherland UNESCOIHE n 11 p 25-47 Sept 2002

112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

VI

RESUMO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Desse

modo a promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias na qualidade de vida tem sido

comprometida por tais ocorrecircncias aumentando assim a vulnerabilidade nessa regiatildeo Secas

de moderada intensidade que anteriormente causavam soacute pequeno impacto atualmente

podem resultar em consequecircncias econocircmicas seacuterias e grandes impactos sobre a populaccedilatildeo

Portanto pode ser difiacutecil identificar se eacute a frequecircncia das secas que estaacute aumentando ou eacute

porque existe um quadro de vulnerabilidade socioambiental que proporcionou problemas de

desenvolvimento da regiatildeo e perda de qualidade de vida das populaccedilotildees Sendo assim este

trabalho teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas dos municiacutepios

de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel por meio de indicadores multitemaacuteticos A

metodologia consistiu na adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca que

consideram a vulnerabilidade a partir da meacutedia aritmeacutetica simples dos fatores de exposiccedilatildeo

sensibilidade e capacidade adaptativa utilizando-se dados dos municiacutepios oriundos de oacutergatildeos

governamentais e natildeo governamentais de sites oficiais e de trabalhos de campo De acordo

com os resultados gerais o municiacutepio de Cabaceiras apresentou o maior valor de exposiccedilatildeo e

Patos o menor valores influenciados principalmente por causa das caracteriacutesticas climaacuteticas

desses municiacutepios Em relaccedilatildeo ao indicador Sensibilidade o municiacutepio que apresentou o

maior valor foi Cabaceiras Com relaccedilatildeo ao indicador Capacidade adaptativa o municiacutepio de

Cabaceiras voltou a apresentar o pior desempenho principalmente no que diz respeito ao sub-

indicador de governabilidade que se sobressai quando comparado aos demais municiacutepios

estudados As anaacutelises realizadas por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios estudados

permitiram identificar que o municiacutepio de Cabaceiras foi considerado o mais vulneraacutevel

sendo classificado com Meacutedia vulnerabilidade Cajazeiras foi o de menor iacutendice de

vulnerabilidade mas igualmente classificado como de Meacutedia vulnerabilidade Com a

aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados haacute

a expectativa de que a pesquisa possa subsidiar a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

PALAVRAS-CHAVE Semiaacuterido Seca Indicadores Vulnerabilidades

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

97

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Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

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Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

Agecircncia Executiva de Gestatildeo de Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba AESA PERH-PB Plano

Estadual de Recursos Hiacutedricos Resumo Executivo e Atlas Brasiacutelia DF 2006 112p

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112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

VII

ABSTRACT

The Brazilian semi-arid region has a long historical picture of droughts Thereby the

promotion of development and improvements in the quality of life has been compromised by

such occurrences thus increasing vulnerability in this region Droughts of moderate intensity

which previously caused only small impact can currently result in serious economic

consequences and major impacts on the population Therefore it can be difficult to identify if

it is the droughts frequency that is increasing or it is because there is a socioenvironmental

vulnerability that has caused problems of development of the region and loss of quality of

populationsrsquo life The objective of this study was to evaluate the socioenvironmental

vulnerability to droughts in the municipalities of Cabaceiras Cajazeiras Patos and Princesa

Isabel using multi-thematic indicators The methodology consisted in the adaptation and

application of the indicators of vulnerability to drought that consider the vulnerability from

the simple arithmetic mean of exposure sensitivity and adaptive capacity factors using data

from municipalities from governmental and non-governmental agencies from official

websites and field works According to the general results the municipality of Cabaceiras

presented the highest value of exposure and the lowest was Patos values influenced mainly

by the climatic characteristics of these municipalities Regarding to the sensitivity indicator

the municipality that presented the highest value was Cabaceiras Regarding to the indicator

of Adaptive capacity the municipality of Cabaceiras returned to show the worst performance

especially concerning to the sub-indicator of governability that stands out when compared to

the other municipalities studied The analyzes carried out by the comparison means between

the studied municipalities allowed to identify that the municipality of Cabaceiras was

considered the most vulnerable being classified as Medium vulnerability Cajazeiras was the

one with the lowest vulnerability index but also classified as Medium Vulnerability With the

application of the vulnerability index methodology and the spatialisation of the results it is

expected that the research can subsidize the promotion of a better understanding of the

vulnerability situation to the droughts phenomenon in a regional view due to the easy

visualization that Perception of the problems with a broader interpretation

KEY WORDS Semiarid Drought Indicators Vulnerabilities

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

97

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Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

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Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

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Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

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reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

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112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

VIII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESA Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba

BPC Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada

CAPES Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior

CEMADEN Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais

CONVIVER Programa Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DNOCS Departamento Nacional de Obras Conta a Seca

EIRD Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (ISRD em inglecircs)

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

GPS Global System Position

IAC Iacutendice de Anomalia de Chuva

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

IFOCS Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INSA Instituto Nacional do Semiaacuterido

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPEA Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

IPEADATA Sistema de armazenamento de disponibilizaccedilatildeo de dados do IPEA

ISVS Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade a seca

MDS Ministeacuterio do Desenvolvimento Social

MPS Ministeacuterio da Previdecircncia Social

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

P1MC Programa Um Milhatildeo de Cisternas

ASA Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro

PAE-PB Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca do Estado da Paraiacuteba

PAN-BRASIL Programa de Accedilatildeo Nacional de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Brasil

PB Paraiacuteba

PBF Programa Bolsa Famiacutelia

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

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Capiacutetulo II (Revisatildeo de Literatura) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lt httpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso 10 jun 2016

Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpvejaabrilcombrgaleria-fotosseca-no-nordestegt Acesso 20 jun 2016

Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lt httpnoticiasbanduolcombrcidadesbahianoticiaid=100000579670gtAcesso em 06

fev 2017

108

Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpcidadeverdecomnoticias167355apos-crise-com-dilma-governo-anuncia-r-12-

milhao-para-a-secagtAcesso em 06 fev 2017

Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

Agecircncia Executiva de Gestatildeo de Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba AESA PERH-PB Plano

Estadual de Recursos Hiacutedricos Resumo Executivo e Atlas Brasiacutelia DF 2006 112p

Fonte EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria Cartilha digital

Estimando o Consumo de Aacutegua de Suiacutenos Aves e Bovinos em uma propriedade 2005

111

Fontes CARMO R L do OJIMA A L R de O OJIMA R NASCIMENTO T T do

Aacutegua virtual escassez e gestatildeo O Brasil como grande ldquoexportadorrdquo de aacutegua In Ambiente e

Sociedade Campinas v X n 1 p 83-96 jan-jun 2007

HOEKSTRA A Y HUNG P Q Virtual Water Trade A quantification of virtual water

flows between nations in relation to international crop trade Value of Water Research Report

Series Netherland UNESCOIHE n 11 p 25-47 Sept 2002

112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

IX

PDAI Programa Desenvolvimento da Agricultura Irrigada

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Naccedilotildees Unidas Para o Desenvolvimento

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PROAacuteGUA Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro

RAI Rainfall Anomaly Index

RMV Renda Mensal Vitaliacutecia

SAD South American Datum

SCIENTEC Associaccedilatildeo para o Desenvolvimento da Ciecircncia e Tecnologia

SIDRA Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo automaacutetica

SIG Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas

SUDENE Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste

UFPB Universidade Federal da Paraiacuteba

UTM Universal Transversa de Mercator

UNISDR United Nations International Strategy for Disaster Reduction

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

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30 maio 2016

Capiacutetulo II (Revisatildeo de Literatura) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lt httpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso 10 jun 2016

Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpvejaabrilcombrgaleria-fotosseca-no-nordestegt Acesso 20 jun 2016

Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lt httpnoticiasbanduolcombrcidadesbahianoticiaid=100000579670gtAcesso em 06

fev 2017

108

Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

lthttpcidadeverdecomnoticias167355apos-crise-com-dilma-governo-anuncia-r-12-

milhao-para-a-secagtAcesso em 06 fev 2017

Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

reserva-nos-124-acudes-monitorados-pela-aesa-menos-de-18-da-capacidade-totalgtAcesso

em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

Fonte PARAIacuteBA Secretaria de Estado da Ciecircncia e Tecnologia e do Meio Ambiente

Agecircncia Executiva de Gestatildeo de Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba AESA PERH-PB Plano

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112

APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo 36

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado

da Paraiacuteba 37

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da

Paraiacuteba 39

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba 41

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira

estado da Paraiacuteba 43

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa 46

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 79

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 83

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba 87

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade

socioambiental agrave seca dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no

estado da Paraiacuteba 91

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo que compotildeem o

semiaacuterido brasileiro 24

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez 53

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de

vulnerabilidade dos municiacutepios estudados 88

XII

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca 48

Quadro 2 - Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis 50

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

74

XIII

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras 77

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras 78

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos 78

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel 79

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras 81

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras 82

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos 82

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 83

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras 85

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras 85

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos 86

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel 86

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras 89

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras 89

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos 90

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel 90

14

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS 21

12 OBJETIVOS 22

111 Objetivo geral 22

112 Objetivos especiacuteficos 22

REVISAtildeO DE LITERATURA 24 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO 24

22 SECA 27

23 VULNERABILIDADE 29

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES 31

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO 33

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 36 3

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB 37

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB 38

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB 40

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB 42

MATERIAIS E MEacuteTODOS 46 4

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA 47

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES 51

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS 72

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA 74

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 76 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS 76

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 80

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS 84

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS 87

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA 91

CONCLUSOtildeES 93 6

RECOMENDACcedilOtildeES 96 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 97

15

ANEXOS 109

APEcircNDICES 112

16

CAPIacuteTULO I

INTRODUCcedilAtildeO

Fonte Internet1

1 Todas as fontes das imagens apresentadas nas capas dos capiacutetulos encontram-se nas referecircncias bibliograacuteficas

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A regiatildeo semiaacuterida brasileira tem um quadro histoacuterico de longos periacuteodos de secas Os

primeiros registros foram encontrados nos documentos portugueses do seacuteculo XVI onde em

1552 o Padre Antocircnio Pires mencionou que em Pernambuco jaacute natildeo chovia haacute quatro ou

cinco anos Mais tarde entre os anos de 1583 e 1585 Padre Fernatildeo Cardin relatou que as

secas afetaram mais de 4 mil iacutendios mencionando ainda que houve uma grande seca e

esterilidade na proviacutencia (Pernambuco) e desceram do sertatildeo socorrendo-se aos brancos cerca

de quatro ou cinco mil iacutendios (CAMPOS e STUDART 2001 ROSADO 2008)

Nessa mesma eacutepoca o professor Joatildeo de Deus de Oliveira mencionou que os primeiros

colonizadores lusos testemunharam por certo a luta tremenda dentro das selvas dos

Tabajaras dos Kariris indiacutegenas sertanejos estes uacuteltimos acossados pelos efeitos das secas

famintos errantes em contiacutenuos entrechoques de raccedilas do Jaguaribe do Apodi e do Acccedilu ao

Norte e agraves ribeiras do Satildeo Francisco ao Sul e Leste (PAULINO 1992 CAMPOS 1994

p09)

A partir desses relatos observa-se que os problemas oriundos das secas na regiatildeo

Nordeste do Brasil ocorrem haacute muito tempo mesmo em aacutereas com densidade demograacutefica

baixa falta de infraestrutura para abastecimento de aacutegua dentre outras caracteriacutesticas Para

Santos et al (2012) a seca desde as primeiras ocupaccedilotildees da regiatildeo tecircm provocado

movimentos migratoacuterios perdas econocircmicas dificuldade de desenvolvimento da agricultura e

pecuaacuteria

A regiatildeo Nordeste brasileira com uma aacuterea de 15611778 kmsup2 abrange 1827 do

territoacuterio nacional Apresenta uma populaccedilatildeo de 53 milhotildees de habitantes com maior

concentraccedilatildeo nas principais cidades quais sejam Salvador - BA Fortaleza - CE Recife - PE

e Satildeo Luiacutes ndash MA e densidade demograacutefica de 3415 habkm2

(INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA - IBGE 2010)

Segundo Silva (2003) no discurso institucional o Nordeste eacute conhecido como a ldquoterra

das secasrdquo merecedora de atenccedilatildeo especial do poder puacuteblico Aleacutem disso em parte da

literatura da dramaturgia e da muacutesica o tema da seca tambeacutem aparece como um fenocircmeno

relacionado principalmente aos desastres sociais uma fatalidade que tem resultado na

desorganizaccedilatildeo do modo de vida das famiacutelias e da sociedade

Tradicionalmente os governos de regiotildees semiaacuteridas do mundo tecircm atuado objetivando

na implantaccedilatildeo de estruturas para a disponibilizaccedilatildeo de aacutegua visando garantir o abastecimento

18

humano e animal e viabilizar a irrigaccedilatildeo Todavia esse esforccedilo ainda eacute de forma global

insuficiente para resolver os problemas decorrentes da escassez de aacutegua o que faz com que as

regiotildees continuem com populaccedilotildees vulneraacuteveis agrave ocorrecircncia de secas especialmente quando

se trata do uso difuso da aacutegua no meio rural (CIRILO 2008)

Eacute fato que a regiatildeo Nordeste tem sofrido com problemas relativos ao seu

desenvolvimento socioeconocircmico De acordo com Oliveira (2011) a seca que atinge a regiatildeo

periodicamente eacute o principal fator que leva a esta situaccedilatildeo Ademais Castro (2012) aponta

que este problema tende a se agravar quando as secas ocorrem em anos do fenocircmeno ENOS

(El Nintildeo-Oscilaccedilatildeo do Sul)

O desenvolvimento econocircmico dessa regiatildeo tambeacutem eacute marcado pela forma como eacute

desenvolvida a agricultura e a pecuaacuteria visto que consiste na exploraccedilatildeo conjunta

aumentando a vulnerabilidade da populaccedilatildeo Para Melo (1999) dentre os riscos que a

populaccedilatildeo tem sido submetida aumentando sua vulnerabilidade estaacute a pecuaacuteria extensiva e a

agricultura inadequada no semiaacuterido aleacutem de uma falta de desenvolvimento das forccedilas

produtivas na zona semiaacuterida o que tem levado a populaccedilatildeo a praticar largamente o

desmatamento

O oacutergatildeo das Naccedilotildees Unidas para a reduccedilatildeo de riscos de desastres (The United Nations

Office for Disaster Risk Reduction) define a vulnerabilidade como a predisposiccedilatildeo ou a

propensatildeo de um indiviacuteduo ou comunidade a ser afetada ou sofrer efeitos adversos quando

uma ameaccedila se manifestar Eacute o fator interno do risco Jaacute a ameaccedila eacute um evento fiacutesico natural

eou antroacutepico com potencialmente prejudicial que pode causar a morte eou lesotildees danos

materiais interrupccedilatildeo de atividade social e econocircmica ou degradaccedilatildeo ambiental Eacute o fator

externo do risco Por sua vez o risco eacute a combinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia de um

evento e as suas consequecircncias negativas (UNISDR 2009 FILGUEIRA 2013)

Sabe-se que a incidecircncia de secas tem sido importante causa da dificuldade da

promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida principalmente por afetar

diretamente a principal atividade das populaccedilotildees de menor escolaridade o setor primaacuterio da

economia mais especificamente a agricultura e a pecuaacuteria

Aleacutem das vulnerabilidades do semiaacuterido parte da aacuterea encontra-se em processo de

desertificaccedilatildeo Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e

Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) 937 do territoacuterio do

Estado da Paraiacuteba encontra-se em processo de desertificaccedilatildeo sendo desse total 5648

classificados como alto niacutevel de desertificaccedilatildeo

19

Nesse cenaacuterio de degradaccedilatildeo das aacutereas do Nordeste brasileiro tem-se verificado que os

recursos hiacutedricos tendem para a insuficiecircncia devido ao aumento populacional ou apresentam

niacuteveis elevados de poluiccedilatildeo em aacutereas urbanas A flora e a fauna vecircm sofrendo a accedilatildeo

predatoacuteria por conta do avanccedilo das atividades humanas com destaque para agricultura e

pecuaacuteria Pereira (2000) destaca que as atividades agropecuaacuterias e a exploraccedilatildeo de produtos

florestais notadamente lenha para fins energeacuteticos satildeo ameaccedilas crescentes agrave biodiversidade

da caatinga

Os ecossistemas natildeo estatildeo sendo protegidos como deveriam e consequentemente haacute

ameaccedilas de sobrevivecircncia de muitas espeacutecies vegetais e animais As consequecircncias do

modelo predatoacuterio de extraccedilatildeo dos recursos naturais satildeo sentidas tendo em vista que jaacute se

observam perdas na diversidade da flora e fauna em funccedilatildeo principalmente de alteraccedilotildees dos

habitats (ARAUacuteJO FILHO amp BARBOSA 2000 NUNES et al 2009)

Outro fator influente na vulnerabilidade eacute a necessidade da construccedilatildeo e assimilaccedilatildeo

coletiva dos sentidos da convivecircncia com o semiaacuterido Silva (2006 p 226-264) define e

apresenta cinco imperativos fundantes que configuram o ldquosentido da convivecircnciardquo Esse autor

delineia a convivecircncia nos seguintes sentidos i) convivecircncia com o meio ambiente mediante

o manejo e uso sustentaacuteveis dos recursos naturais ii) economia da convivecircncia relativa a

combinaccedilatildeo de princiacutepios e valores para a viabilizaccedilatildeo das atividades econocircmicas necessaacuterias

ao desenvolvimento sustentaacutevel iii) convivecircncia com qualidade de vida expressa na

possibilidade de se viver bem com os outros seres em um lugar iv) respeito agrave dimensatildeo da

cultura da convivecircncia o qual requer a valorizaccedilatildeo e a reconstruccedilatildeo dos saberes da populaccedilatildeo

local sobre o meio em que vive suas especificidades fragilidades e potencialidades v)

convivecircncia relativa agrave dimensatildeo poliacutetica onde destaca-se que ela emerge e se configura como

uma proposta poliacutetica de mobilizaccedilatildeo da sociedade e do Estado brasileiro para a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas apropriadas ao desenvolvimento sustentaacutevel na regiatildeo

semiaacuterida

Entretanto Silva (2007) constatou a frustraccedilatildeo das poliacuteticas de convivecircncia com a seca

Aleacutem disso estudiosos da aacuterea ressaltaram de forma criacutetica que na grande maioria esses

planos e projetos soacute satildeo elaborados em anos de seca e poacutes-seca de forma emergencial e

assistencialista e assim as situaccedilotildees de emergecircncia e calamidade continuam a se repetir no

semiaacuterido brasileiro que concentra elevados percentuais de pobreza e miseacuteria

As poliacuteticas puacuteblicas de convivecircncia com as secas somente se iniciaram apoacutes o governo

reconhececirc-las como problema nacional e agir no sentido de implementaacute-las Isso aconteceu

20

com a traacutegica Grande Seca de 1877 a 1879 que teve repercussatildeo mundial e quando morreram

centenas de milhares de pessoas (CAMPOS 2014)

A partir dessa eacutepoca o Estado brasileiro tem atuado no sentido de implementar formas

de convivecircncia com a seca Na primeira deacutecada do seacuteculo XX surgiu entatildeo propostas de

poliacuteticas no sentido de ofertar aacutegua por meio da implantaccedilatildeo de estruturas hidraacuteulicas capazes

de combater os efeitos das secas Na eacutepoca foram criadas as Comissotildees de Accediludes e Irrigaccedilatildeo

de Estudos e Obras Contra os Efeitos da Secas de Perfuraccedilatildeo de Poccedilos Em 1909 foi criada a

Inspetoria de Obras Contras as Secas-IFOCS sendo em 1919 denominada de Inspetoria

Federal Em 1945 o IFOCS assumiu a denominaccedilatildeo de Departamento Nacional de Obras

Contra a Seca-DNOCS (VIEIRA et al 2000)

O Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos Efeitos da

Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) no tocante agrave convivecircncia com o semiaacuterido

destaca relevantes programas criados tais como Programa de Desenvolvimento da

Agricultura Irrigada (PDAI) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

(PRONAF) Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentaacutevel do Semiaacuterido

(CONVIVER) Programa de Desenvolvimento Sustentaacutevel de Recursos Hiacutedricos para o

Semiaacuterido Brasileiro (PROAacuteGUA) Programa Um Milhatildeo de Cisternas (P1MC) dentre

outros

Para Medeiros et al (2011) conviver com o semiaacuterido eacute adaptar a sociedade a uma

forma especiacutefica da ocorrecircncia do clima na regiatildeo Nesse sentido os autores apontam que a

construccedilatildeo de infraestrutura hiacutedrica o gerenciamento dos recursos hiacutedricos e do risco

climaacutetico satildeo caminhos necessaacuterios para a definiccedilatildeo de uma estrateacutegia reforccedilada para

adaptaccedilatildeo das sociedades do semiaacuterido agrave natureza

De acordo com Rosendo (2014) a ausecircncia de prevenccedilatildeo e preparaccedilatildeo por parte dos

envolvidos desde os oacutergatildeos governamentais ateacute os produtores agriacutecolas eacute outro agravante das

consequecircncias inerentes agrave seca tendo em vista a inconstacircncia e a forma gradual que ela se

apresenta e sem previsatildeo fidedigna de sua severidade duraccedilatildeo e periacuteodo de retorno

Diversos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de se entender quantitativamente e

qualitativamente o fenocircmeno das secas centrados nos aspectos fiacutesicos (ROSENDO et al

2015) No entanto satildeo raras as abordagens onde as questotildees socioambientais ligadas agraves secas

tem consideraccedilatildeo como fatos relevantes e merecedores de tentativas de entendimento tais

quais os tradicionalmente analisados

A introduccedilatildeo da anaacutelise multitemaacutetica por meio de indicadores possibilitou a

consideraccedilatildeo de fenocircmenos como a seca de maneira que natildeo apenas os aspectos fiacutesicos

21

fossem abordados como relevantes Aspectos relativos agrave produccedilatildeo predominante no semiaacuterido

como a agricultura e a pecuaacuteria bem como os sociais e econocircmicos passaram a ser vistos em

um conjunto temaacutetico possiacutevel de avaliaccedilatildeo da vulnerabilidade agraves secas de forma integrada

Nesse contexto no trabalho foram utilizados dados socioambientais para analisar de

forma mais abrangente a vulnerabilidade agraves secas que afetam os municiacutepios do semiaacuterido

paraibano e dessa forma propor a aplicaccedilatildeo de um conjunto de indicadores de

vulnerabilidade agraves secas Assim foi constituiacutedo um instrumento metodoloacutegico multiparacircmetro

para apoio aos tomadores de decisotildees visando o melhor conhecimento das condiccedilotildees e

peculiaridades intriacutensecas agraves aacutereas enfocadas Buscou-se enfim encontrar caminhos

orientadores das melhores estrateacutegias para a atenuaccedilatildeo da problemaacutetica das secas

11 CONTRIBUICcedilOtildeES CIENTIacuteFICAS

Este trabalho tem como contribuiccedilatildeo cientiacutefica a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de indicadores

no estudo da vulnerabilidade socioambiental de quatro municiacutepios da zona semiaacuterida

paraibana A aplicaccedilatildeo desses indicadores permitiu investigar qual dos quatro municiacutepios

investigados encontram-se mais vulneraacuteveis em relaccedilatildeo aos temas Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa e consequentemente oferecer subsiacutedios para a gestatildeo eficaz do risco

a desastres relacionados com as secas

Aleacutem do mais o trabalho contribuiu para a compreensatildeo da problemaacutetica das secas em

uma abordagem multiparameacutetrica para que em fase posterior possa subsidiar a elaboraccedilatildeo de

projetos eou programas de gestatildeo e manejo compatiacuteveis com as especificidades locais e com

a cultura de cada populaccedilatildeo

Em outras palavras buscou-se oferecer instrumentos metodoloacutegicos uacuteteis para a

promoccedilatildeo de melhores condiccedilotildees de convivecircncia com a seca e seus efeitos

22

12 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

Avaliar a vulnerabilidade socioambiental agraves secas de municiacutepios do semiaacuterido por

meio de indicadores multitemaacuteticos

112 Objetivos especiacuteficos

Aplicar indicadores multitemaacuteticos desenvolvido por Bhattacharya e Dass (2007) e

adaptados do trabalho de Rosendo (2014) com modificaccedilotildees propostas neste trabalho

em municiacutepios paraibanos da regiatildeo semiaacuterida

Realizar um estudo comparativo com base na aplicaccedilatildeo dos indicadores de

vulnerabilidade agrave seca entre os municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa

Isabel

Contribuir para a compreensatildeo da vulnerabilidade agrave seca como um problema

transversal e interdisciplinar

Fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo de planos de convivecircncia com o semiaacuterido por

meio de uma abordagem multitemaacutetica

23

CAPIacuteTULO II

REVISAtildeO DE LITERATURA

Fonte Internet

24

REVISAtildeO DE LITERATURA 2

21 SEMIAacuteRIDO BRASILEIRO

Conforme a definiccedilatildeo proposta por Thornthwaite (1941) conforme detalhado por

Francisco (2015) o grau de aridez de uma regiatildeo depende da quantidade de aacutegua advinda da

chuva e tambeacutem da evapotranspiraccedilatildeo potencial fatores estes que caracterizam tambeacutem o

clima de uma regiatildeo A foacutermula de Thornthwaite que permite conhecer o Iacutendice de Aridez foi

posteriormente ajustada por Penman (1953) que se utilizou da razatildeo entre a precipitaccedilatildeo e a

evapotranspiraccedilatildeo potencial para elaboraccedilatildeo de mapas de aridez na determinaccedilatildeo da

classificaccedilatildeo correspondente Assim segundo a escala de aridez o semiaacuterido se insere entre

os Iacutendices de Aridez de 021 e 050

No Brasil o semiaacuterido jaacute recebeu diversas denominaccedilotildees como Sertatildeo e Nordeste das

Secas A regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute a maior do mundo abrange uma aacuterea de 9825633

Km2 que corresponde a 115 do territoacuterio nacional e 565 da regiatildeo Nordeste Nela estatildeo

inseridos 1135 municiacutepios nos estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba

Pernambuco Piauiacute Bahia Alagoas Sergipe e Minas Gerais com populaccedilatildeo superior a 22

milhotildees de habitantes tendo a maior concentraccedilatildeo de populaccedilatildeo rural do Brasil (IBGE 2010)

conforme Tabela 1

Tabela 1- Unidades da federaccedilatildeo nuacutemero de municiacutepios e populaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro

Unidades da federaccedilatildeo Nuacutemero de

municiacutepios Populaccedilatildeo (hab)

Alagoas 38 900549

Bahia 266 6740697

Cearaacute 150 4724705

Paraiacuteba 170 2092400

Pernambuco 122 3655822

Piauiacute 128 1045547

Rio Grande do Norte 147 1764735

Sergipe 29 441474

Minas Gerais 85 1232389

TOTAL 1135 22598318

Fonte IBGE 2010

A expressatildeo ldquosemiaacuteridordquo indica que se trata de uma regiatildeo com caracteriacutesticas que se

aproximam da aridez As razotildees para isso natildeo satildeo poucas aleacutem das naturais ligadas

25

principalmente ao clima e agraves caracteriacutesticas fiacutesicas do solo (raso e de baixa permeabilidade)

os modos humanos de exploraccedilatildeo da terra normalmente natildeo satildeo compatiacuteveis com as

caracteriacutesticas do semiaacuterido Ademais verifica-se ao longo do ano um periacuteodo curto de 3 a 4

meses com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas e um periacuteodo longo geralmente chamado de

estiagem sem ocorrecircncia de precipitaccedilatildeo As taxas evaporimeacutetricas satildeo elevadas nessa regiatildeo

durante todo o ano o que eacute caracteriacutestica do clima semiaacuterido (SOUZA et al 2011) Essas

condiccedilotildees regionais impotildeem a necessidade de um adequado manejo do solo que possibilite a

manutenccedilatildeo do equiliacutebrio dos ecossistemas considerando a manutenccedilatildeo da sua cobertura

vegetal com o intuito de evitar a erosatildeo

Melo et al (2008 p166) afirmam que

[] nessa porccedilatildeo Semiaacuterida do Brasil se instalou desde o periacuteodo colonial uma

formaccedilatildeo socioeconocircmica que natildeo levouleva em consideraccedilatildeo as peculiaridades

ambientais como limitantes ao uso desordenado dos recursos naturais locais tendo

em vista que o papel desempenhado pela regiatildeo na divisatildeo internacional do trabalho

naquele momento foi de fornecedora de carne para abastecimento da regiatildeo

canavieira paralelamente a essa funccedilatildeo a regiatildeo tambeacutem desenvolveu uma

agricultura de subsistecircncia voltada para a produccedilatildeo de gecircneros de primeira

necessidade sem nenhuma preocupaccedilatildeo de cunho teacutecnico funccedilatildeo que desempenha

ateacute os dias atuais

Para a delimitaccedilatildeo do semiaacuterido brasileiro segundo o Ministeacuterio da Integraccedilatildeo

Nacional os criteacuterios utilizados (Nova delimitaccedilatildeo do semiaacuterido Portaria ndeg 1 de 09 de

marccedilo de 2005) foram a precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica meacutedia anual inferior a 800 miliacutemetros o

iacutendice de aridez de 021 ateacute 050 calculado no periacuteodo entre 1961 e 1990 e o risco de seca

maior que 60 tomando por base o periacuteodo entre 1970 e 1990 (BRASIL 2005)

O clima predominante na regiatildeo semiaacuterida brasileira eacute do tipo BSwrsquohrsquo conforme a

classificaccedilatildeo de Koumlppen ou seja tropical seco com a evaporaccedilatildeo excedendo a precipitaccedilatildeo

com ocorrecircncia de pequenos periacuteodos de chuvas sazonais (INSA 2007)

Adicionalmente o semiaacuterido tambeacutem se caracteriza pelas elevadas meacutedias anuais de

temperatura (27 degC) e evaporaccedilatildeo (2000 mmano) com precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas

concentradas e irregularmente distribuiacutedas no tempo e no espaccedilo Aleacutem disso a regiatildeo eacute

marcada por um balanccedilo hiacutedrico negativo em grande parte do ano presenccedila de rios e riachos

intermitentes e ocorrecircncia de secas perioacutedicas e avassaladoras (BRASIL 2011)

Em relaccedilatildeo aos solos satildeo predominantemente rasos com afloramentos de rocha e

chatildeo pedregoso Cerca de 50 dos terrenos do semiaacuterido satildeo de origem cristalina

(embasamento cristalino) que natildeo favorecem a acumulaccedilatildeo de aacutegua os outros 50 satildeo

26

representados por terrenos sedimentares com boa capacidade de armazenamento de aacuteguas

subterracircneas (BRASIL 2011)

De acordo com Campos (1997) no semiaacuterido a maioria dos rios apresenta regime

intermitente devido agrave irregularidade do regime pluvial e agraves condiccedilotildees fisiograacuteficas com

destaque para os rios Parnaiacuteba e Satildeo Francisco que apresentam um significativo volume

perenizado sem reservatoacuterios

A natureza no semiaacuterido brasileiro eacute rica e diversa no que diz respeito agrave vegetaccedilatildeo Eacute

predominantemente ocupada pela caatinga diversificada tanto na sua fitofisionomia como na

composiccedilatildeo floriacutestica em funccedilatildeo da diversidade de ambientes que compotildeem o semiaacuterido

brasileiro (CAVALCANTI et al 2007)

A caatinga que ocupa a maior parte do semiaacuterido eacute o uacutenico bioma exclusivamente

brasileiro e apresenta enorme variedade de paisagens com riqueza bioloacutegica e endemismo

entretanto vem haacute anos sofrendo com a sua continua e intensa degradaccedilatildeo

Segundo Brasileiro

O avanccedilo do processo de degradaccedilatildeo ambiental na regiatildeo deve-se a vaacuterios fatores

entre os quais destacam-se as praacuteticas agriacutecolas inadequadas o desmatamento a

infertilidade e a compactaccedilatildeo do solo os processos erosivos e a salinizaccedilatildeo de

algumas aacutereas (BRASILEIRO 2009 p 04)

Com relaccedilatildeo aos fatores econocircmicos predomina no semiaacuterido a economia de

subsistecircncia com plantaccedilotildees isoladas ou consorciadas Aleacutem disso a economia do semiaacuterido

natildeo estaacute soacute na agricultura A praacutetica da pecuaacuteria extensiva tambeacutem eacute bastante difundida

sendo que esta atividade eacute a prioridade dada pelos criadores como subsistecircncia em periacuteodos

de seca

Segundo Coutinho (2013) os animais criados possuem outras utilidades para o dia-a-dia

das famiacutelias seja como complemento alimentar proveniente da produccedilatildeo de seus derivados ou

do abate para consumo eou venda seja como meio de transporte de pessoas ou de carga

Melo et al (2008) Rosendo (2014 p49) afirmam que

O modelo expropriador implantado na regiatildeo semiaacuterida brasileira desde sua

colonizaccedilatildeo ampliou a vulnerabilidade ambiental local e tambeacutem a vulnerabilidade

socioeconocircmica da populaccedilatildeo na medida em que a mesma desprovida de meios de

subsistecircncia passou a desenvolver uma dependecircncia em relaccedilatildeo aos recursos

naturais sendo a extraccedilatildeo da madeira para produccedilatildeo de estacas lenha e carvatildeo

vegetal muitas vezes a uacutenica fonte de renda para muitas famiacutelias principalmente

no periacuteodo de estio o que acarreta na perda de diversidade vegetal reduccedilatildeo da

fertilidade e ampliaccedilatildeo da exposiccedilatildeo do solo aos agentes erosivos dentre outras

consequecircncias que favorecem a desertificaccedilatildeo

27

A maioria dos danos ocasionados pela seca eacute decorrente de opccedilotildees poliacuteticas de quem

dirige os destinos do semiaacuterido ou seja a grande maioria das poliacuteticas puacuteblicas natildeo tecircm

enfrentado adequadamente os problemas da concentraccedilatildeo da terra da aacutegua do saber de

oportunidades e da renda nas matildeos de poucos

Em muitos casos ainda hoje as uacutenicas poliacuteticas puacuteblicas oficiais destinadas agrave regiatildeo satildeo

aquelas denominadas de ldquocombate agrave secardquo voltadas agraves grandes obras normalmente destinadas

aos grandes proprietaacuterios e vinculadas ao assistencialismo aos mais pobres como doaccedilotildees

distribuiccedilatildeo de alimentos e aacutegua por meio de carros-pipa Haacute ainda outras accedilotildees que

dificultam a resoluccedilatildeo dos problemas do semiaacuterido como a educaccedilatildeo escolar proporcionada

aos filhos e filhas dos agricultoresas que quase sempre eacute descontextualizada que estimula

nas crianccedilas a mentalidade de que na roccedila e no semiaacuterido natildeo haacute possibilidade de vida e que a

cidade eacute a alternativa

Lima (2004) destaca que o semiaacuterido tem uma economia pobre entretanto nos uacuteltimos

anos vecircm ganhado investimentos significativos que estatildeo abrindo novas perspectivas de

expansatildeo de sistemas produtivos tradicionais incluindo a agropecuaacuteria Ainda se deve notar

que o semiaacuterido brasileiro natildeo eacute um espaccedilo econocircmico vazio e muito menos estagnado tendo

em vista os polos de dinamismo que se consolidaram na regiatildeo entre os quais se pode

mencionar na agropecuaacuteria a fruticultura irrigada a cadeia do mel as bacias leiteiras dos

estados de Sergipe Alagoas Pernambuco e Paraiacuteba atividades de policultura alimentar

vinculadas a aacutereas de assentamento de reforma agraacuteria entre outros

Deve ser registrado a despeito das observaccedilotildees de Lima (2004) que o crescimento da

agricultura baseado principalmente nos gratildeos na regiatildeo Nordeste denominada Matopiba nos

estados de Maranhatildeo Tocantins Piauiacute e Bahia natildeo tem sido pequeno Essa regiatildeo eacute

caracterizada como a nova aacuterea de expansatildeo de fronteira agriacutecola do Brasil baseada em

tecnologias de alta produtividade nas novas ocupaccedilotildees dos biomas caatinga e cerrado (Xavier

Filho et al 2015) No periacuteodo entre 2011 e 2013 o cultivo da soja cresceu 156

alcanccedilando uma aacuterea de 27 milhotildees de hectares (MELO et al 2015 IEA 2013)

22 SECA

Conceituar seca natildeo eacute algo tatildeo simples Natildeo se encontra na literatura uma definiccedilatildeo

universal Elas variam segundo o ponto de vista do observador sendo portanto a primeira

dificuldade acerca de quem escreve sobre o tema

28

Para Yevjevich (1967) partindo do ponto de vista da engenharia seca eacute um conjunto de

variaacuteveis afetando precipitaccedilatildeo escoamento superficial e armazenamento de aacutegua para o

economista ela estaacute diretamente ligada agraves atividades humanas afetadas ou seja agrave seca

quando atinge a agricultura o abastecimento de aacutegua dentre outras o agrocircnomo tem outro

ponto de vista fortemente relacionado com as necessidades de aacutegua em vaacuterios cultivos umas

vez que ele entende que uma seca para tomate por exemplo pode natildeo ser seca para uma

cultura de crescimento raacutepido

Os nordestinos adotam uma conotaccedilatildeo bem particular para a palavra seca tendo em

vista que associam a mesma agrave penuacuteria agrave fome aos carros pipas e agraves frentes de serviccedilo para

eles seca e cataacutestrofe social satildeo sinocircnimos (CAMPOS E STUART 2001)

Kobiyama et al (2004) considera a seca um periacuteodo prolongado de baixa ou ausecircncia

de pluviosidade quando a perda da umidade do solo eacute superior agrave sua reposiccedilatildeo

Segundo o Programa de Accedilatildeo Estadual de Combate agrave Desertificaccedilatildeo e Mitigaccedilatildeo dos

Efeitos da Seca no Estado da Paraiacuteba ndash PAE-PB (2011) as baixas ocorrecircncias e o atraso nas

precipitaccedilotildees que comprometem a sobrevivecircncia da vegetaccedilatildeo satildeo o que caracteriza a seca

Nesse documento a seca eacute um fenocircmeno natural que se diferencia de outras cataacutestrofes

naturais pelo iniacutecio lento natildeo definido de longa duraccedilatildeo e pelo fato de ocorrer na maioria

das vezes por uma extensa aacuterea

Silva et al (2013) definiram a seca como a forma crocircnica do fenocircmeno estiagem

sendo portanto na atualidade analisada como um dos desastres naturais de maior ocorrecircncia

e impacto no mundo fato que pode ser explicado principalmente porque ela ocorre durante

longos periacuteodos de tempo afetando grandes extensotildees territoriais

Ainda sobre o fenocircmeno seca Travassos et al (2013) apontam que as mesmas podem

acontecer sob a forma de uma acentuada diminuiccedilatildeo concentraccedilatildeo espacial eou temporal da

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica anual Assim quando ocorre uma seca a produccedilatildeo agriacutecola fica

comprometida a pecuaacuteria eacute enfraquecida chegando por vezes a ser dizimada e as reservas de

aacutegua da superfiacutecie se exaurem levando as camadas mais pobres da populaccedilatildeo a ficarem

inteiramente vulneraacuteveis aos seus efeitos

De acordo com Ramalho (2013) as situaccedilotildees extremas de secas tornam a agricultura de

subsistecircncia impraticaacutevel na proporccedilatildeo da diminuiccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel uma vez que os

accediludes secam morrem as culturas e os peixes aleacutem disso a contaminaccedilatildeo da aacutegua ainda

causa viacutetimas de doenccedilas infectocontagiosas e gastrointestinais como efeitos colaterais de

maiores desconfortos ao organismo humano sobretudo de idosos e crianccedilas

29

Nas uacuteltimas deacutecadas em decorrecircncia do aumento populacional e do uso do solo tem

havido uma crescente preocupaccedilatildeo com os impactos ocasionados pelos desastres naturais

como as inundaccedilotildees secas deslizamentos de terra entre outros No entanto no Brasil a seca

destaca-se pela sua grande abrangecircncia espacial pela forma gradual em que se apresenta e

por atingir uma das regiotildees mais pobres do paiacutes que compreende praticamente todo o interior

do Nordeste e partes dos estados do Espiacuterito Santo e Minas Gerais onde reside um

contingente de mais de 31 milhotildees de pessoas (PAE-PB 2011)

Sendo assim eacute pertinente destacar que este fenocircmeno tem sido uma das principais

causas da dificuldade da promoccedilatildeo do desenvolvimento e de melhorias de qualidade de vida

da populaccedilatildeo do semiaacuterido principalmente por afetar diretamente as atividades que

predominam na regiatildeo praticadas pelas pessoas mais vulneraacuteveis a agricultura e a pecuaacuteria

componentes do setor primaacuterio da economia

23 VULNERABILIDADE

O termo vulneraacutevel eacute o designativo do lado fraco de um assunto questatildeo ou sistema ou

ainda do ponto onde uma pessoa ou sistema podem ser atacados e feridos ou danificados

(CAMPOS 1994)

Wilches-Chaux (1993) define vulnerabilidade como sendo a incapacidade de uma

comunidade ldquoabsorverrdquo mediante autoajuste os efeitos de uma determinada mudanccedila em seu

meio ou seja a incapacidade de adaptar-se agraves mudanccedilas o que constitui para essa

comunidade pelas razotildees expostas um risco

Segundo Lavell (1994) a vulnerabilidade eacute essencialmente uma condiccedilatildeo humana uma

caracteriacutestica da estrutura social e um produto de processos sociais histoacutericos

Acosta (1996) mesmo fazendo uso de outros termos afirma que a vulnerabilidade eacute o

resultado do incremento das desigualdades sociais e econocircmicas produto de um determinado

desenvolvimento ao longo do tempo e do espaccedilo

Confalonieri (2001) destaca que a vulnerabilidade eacute a exposiccedilatildeo de indiviacuteduos ou

grupos ao estresse (mudanccedilas inesperadas e rupturas nos sistemas de vida) resultantes de

mudanccedilas sociais e ambientais

Assim aqueles que menos possuem recursos seratildeo os que mais dificilmente se

adaptaratildeo e portanto satildeo tambeacutem o mais vulneraacuteveis pois sua capacidade de adaptaccedilatildeo eacute

30

dada pela riqueza tecnologia educaccedilatildeo informaccedilatildeo habilidades infraestrutura acesso a

recursos e capacidade de gestatildeo (IPCC 2001)

Para Acselrad (2006) a vulnerabilidade estaacute normalmente associada agrave exposiccedilatildeo aos

riscos e designa a maior ou menor susceptibilidade de pessoas lugares infraestruturas ou

ecossistemas sofrerem algum tipo particular de agravo

Marengo (2008) aponta que o termo vulnerabilidade denota um limite onde uma pessoa

ou sistema pode ser afetado Sobre este assunto Cardona (1991) explica que a vulnerabilidade

pode ser compreendida como a predisposiccedilatildeo intriacutenseca de um sujeito ou elemento a sofrer

dano devido a possiacuteveis accedilotildees externas portanto sua evoluccedilatildeo contribui de forma

fundamental para o conhecimento do risco mediante interaccedilotildees do elemento susceptiacutevel com

o ambiente perigoso

A vulnerabilidade eacute algo inerente a uma populaccedilatildeo determinada e varia de acordo com

suas possibilidades culturais sociais e econocircmicas (SOUSA et al 2008)

Na perspectiva de desastre e risco o termo vulnerabilidade eacute entendido como sendo a

interaccedilatildeo entre o risco existente em um determinado lugar e as caracteriacutesticas e o grau de

exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo laacute residente (CUTTER 1996 ALVES amp TORRES 2006)

De acordo com Adger (2006) as definiccedilotildees de vulnerabilidade usualmente atrelam esse

conceito a um ou mais dos seguintes fatores exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade adaptativa

ou de resposta do sistema O estudo desses fatores permite a avaliaccedilatildeo da maior ou menor

vulnerabilidade de um sistema a determinadas questotildees ambientais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanccedilas Climaacuteticas-IPCC (MCCARTHY et al

2001 BHATTACHARYA amp DASS 2007) define que vulnerabilidade de uma entidade eacute

caracterizada por uma funccedilatildeo da exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade de adaptaccedilatildeo que por

sua vez satildeo definidos como

Onde

A Exposiccedilatildeo representa a amplitude e a frequecircncia do evento experimentado pela

entidade

A Sensibilidade representa o impacto do evento que pode resultar na reduccedilatildeo de bem-

estar social devido agrave incapacidade do local e dos indiviacuteduos absorverem a energia emanada

pelo evento

VULNERABILIDADE = EXPOSICcedilAtildeO X SENSIBILIDADE X CAPACIDADE ADAPTATIVA

31

A Capacidade de adaptaccedilatildeo ou capacidade adaptativa representa a extensatildeo que a

entidade pode ter em modificar o impacto do evento com o intuito de reduzir a sua

vulnerabilidade

Gallopin (2006) avalia que as definiccedilotildees de exposiccedilatildeo sensibilidade e capacidade

adaptativa assumem diferentes significados devendo-se esclarecer o que se entende por esses

termos em avaliaccedilotildees de vulnerabilidade Nesse contexto um sistema seraacute mais vulneraacutevel

quanto maior for sua exposiccedilatildeo maior for a sua sensibilidade e menor for sua capacidade

adaptativa

24 GESTAtildeO DE RISCOS E DESASTRES

A literatura de risco e desastre eacute ampla e extensa o que por vezes provoca confusotildees

sobre a temaacutetica Em algumas situaccedilotildees o termo risco eacute substituiacutedo ou associado a

susceptibilidade vulnerabilidade sensibilidade ou danos potenciais sendo portanto um

conceito utilizado em diversas ciecircncias e ramos do conhecimento e adaptado segundo os casos

em questatildeo

Os riscos diferem quanto as suas origens podendo ser naturais (ex inundaccedilotildees

erupccedilotildees vulcacircnicas furaccedilotildees secas) associados agrave sauacutede (ex epidemias ferimentos

doenccedilas) e ao ambiente (ex poluiccedilotildees desmatamentos aacutereas degradadas) entre outros

(HOOGEVEEN et al 2005 FAVERO 2006)

O Glossaacuterio da Estrateacutegia Internacional para Reduccedilatildeo de Desastres (EIRD 2009 na

sigla em inglecircs) define risco como a probabilidade de consequecircncias prejudiciais ou perdas

esperadas tais como mortes lesotildees propriedades meios de subsistecircncia interrupccedilatildeo de

atividade econocircmica ameaccedilas naturais ou antropogecircnicas e condiccedilotildees de vulnerabilidade

sendo o risco convencionalmente representado pela seguinte expressatildeo

Ainda sobre risco o Centro Universitaacuterio de Pesquisa e Estudos sobre Desastres de

Florianoacutepolis (2012) aponta como sendo resultado de processos de desenvolvimento

inadequados que geram inseguranccedila para a populaccedilatildeo ou para a infraestrutura edificada

sendo portanto uma construccedilatildeo social

RISCO = Ameaccedilas x Vulnerabilidade

32

Rosendo (2014) afirma que o risco pode ser entendido como a representaccedilatildeo de uma

ameaccedila que afeta os alvos e que constitui indicador de vulnerabilidade ou seja ao se escolher

aacutereas semiaacuteridas como foco de estudos de gestatildeo de riscos se observa que a seca caracteriza-

se por ser uma ameaccedila esporaacutedica e recorrente e comumente haacute entre elas alguns anos e ateacute

mesmo deacutecadas de precipitaccedilatildeo consideravelmente normais ou acima do normal

Por sua vez o desastre pode ser definido como resultado de eventos adversos naturais

ou provocados pelo ser humano sobre um ecossistema que em geral apresenta-se vulneraacutevel

causando danos humanos materiais eou ambientais e consequentes prejuiacutezos econocircmicos e

sociais (CASTRO 2003)

De acordo com Cardona (1993) e Moura (2014 p 2) desastre pode ser definido como

Um evento ou incidente que ocorre na maioria dos casos repentina e

inesperadamente causando alteraccedilotildees intensas sobre os elementos representadas

por perdas de vida humana na sauacutede da populaccedilatildeo destruiccedilatildeo ou perdas de bens de

uma comunidade e ainda danos graves ao meio ambiente Ainda para o autor um

quadro que se configura como de risco pode ser avaliado a partir da relaccedilatildeo entre a

probabilidade de ocorrecircncia de um determinado fenocircmeno de uma intensidade

especiacutefica com a vulnerabilidade dos elementos expostos

O EIRD (2009 p 8) define desastre como

Seacuteria interrupccedilatildeo do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa

perdas humanas eou importantes perdas materiais econocircmicas ou ambientais que

excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situaccedilatildeo

utilizando seus processos de risco Resulta da combinaccedilatildeo de ameaccedilas condiccedilotildees de

vulnerabilidade e insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequecircncias

negativas e potenciais do risco

Desse modo e partindo dos conceitos acima apresentados verifica-se que sociedade e

natureza estatildeo inteiramente ligadas e quando os desastres ocorrem ambas sofrem os danos

Assim eacute pertinente destacar a importacircncia de uma gestatildeo de riscos e desastres eficaz e

eficiente para que eventos ou incidentes possam ser mitigados ou ateacute mesmo evitados

Dessa forma um desastre eacute o resultado da confluecircncia entre um fenocircmeno natural e

uma sociedade em um contexto vulneraacutevel cujos efeitos satildeo reveladores de situaccedilotildees criacuteticas

preexistentes em termos sociais econocircmicos e poliacuteticos

33

25 INDICADORES COMO FERRAMENTA DE GESTAtildeO

Os indicadores satildeo instrumentos de grande utilidade pois satildeo capazes de fornecer

informaccedilotildees localizadas no tempo e no espaccedilo permitindo o acompanhamento com uma

interaccedilatildeo dinacircmica da realidade

Segundo o documento do Australian Department of Primary Industries and Energy

(1995) indicadores satildeo medidas da condiccedilatildeo dos processos da reaccedilatildeo ou do comportamento

dos sistemas complexos que podem fornecer uma confiaacutevel siacutentese As relaccedilotildees entre os

indicadores (conjunto de indicadores) e o padratildeo de respostas dos sistemas pode permitir a

previsatildeo de futuras condiccedilotildees As medidas devem evidenciar modificaccedilotildees que ocorrem em

uma dada realidade principalmente as mudanccedilas provocadas pela accedilatildeo antroacutepica (MARZALL

e ALMEIDA 2000)

Marzall (1999) considera que um indicador em si eacute apenas uma medida natildeo um

instrumento de previsatildeo ou uma medida estatiacutestica definitiva tampouco uma evidecircncia de

causalidade eles apenas constatam uma dada situaccedilatildeo As possiacuteveis causas consequecircncias ou

previsotildees que podem ser feitas satildeo um exerciacutecio de abstraccedilatildeo do observador de acordo com

sua bagagem de conhecimento e sua visatildeo de mundo

Aleacutem disso eacute importante compreender os indicadores como informaccedilotildees quantitativas

que permitem que um componente ou accedilatildeo de um sistema seja descrito nos limites do

conhecimento atual (JUNIOR 2010)

Desta maneira a elaboraccedilatildeo de indicadores que traduzam aspectos de forma a

promover o diaacutelogo entre os diversos interesses envolvidos eacute considerada uma ferramenta

para auxiliar a tomada de decisotildees Para isso eacute importante que tais ferramentas tenham um

grau de abrangecircncia aceitabilidade e resumo do fenocircmeno a ser controlado (JUNIOR 2007

BRAGA amp FERREIRA 2011)

Os indicadores devem atender os seguintes requisitos serem vaacutelidos ou seja devem

medir realmente o que se supotildee medir serem objetivos isto eacute dar o mesmo resultado quando

a mediccedilatildeo eacute feita por pessoas distintas em circunstacircncias equivalentes serem sensiacuteveis ou

seja ter a capacidade de captar as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo e serem especiacuteficos isto eacute

refletirem soacute as mudanccedilas ocorridas na situaccedilatildeo de que se trata (AISSE et al 2003)

Sobre o uso de indicadores de vulnerabilidade a secas a literatura apresenta alguns

exemplos de trabalhos aleacutem do estudo realizado por Bhattacharya e Dass (2007) na Iacutendia

34

Salvati et al (2009) levaram em conta informaccedilotildees como mudanccedilas climaacuteticas uso da

terra cobertura vegetal caracteriacutesticas do solo e da populaccedilatildeo e desenvolveram um iacutendice

sinteacutetico de vulnerabilidade agrave seca e agrave desertificaccedilatildeo para parte da Itaacutelia Dessa forma por

meio desse iacutendice os autores conseguiram diagnosticar um aumento na vulnerabilidade nas

regiotildees mais secas localizadas ao sul do territoacuterio italiano no periacuteodo de estudo Ademais

conseguiram diagnosticar que a regiatildeo apresentava uma agricultura intensa degradaccedilatildeo

ambiental e grandes pressotildees antroacutepicas no ambiente

Babaei (2012) usa um conjunto de indicadores e atributos para multitomada de decisatildeo

como meacutetodo para desenvolver um quadro para avaliar as prioridades relativas de avaliaccedilatildeo

de seca baseado em um conjunto de preferecircncias criteacuterios e indicadores apresentando uma

abordagem para uma representaccedilatildeo espacial de avaliaccedilatildeo de vulnerabilidade agrave seca na zona

central do Iratilde

Em um estudo comparativo sobre a vulnerabilidade da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca entre

dez regiotildees de Gana na Aacutefrica sub-saariana Antwi-Agyei et al (2012) utilizaram modelos

multiescala e indicadores multimeacutetodos O estudo ilustra uma anaacutelise quantitativa nacional e

regional para avaliar as diferenccedilas na sensibilidade agrave seca de sistemas de produccedilatildeo de

alimentos e mostrar como essa avaliaccedilatildeo permite a formulaccedilatildeo de mais de um distrito alvo e

investigaccedilatildeo no niacutevel da comunidade que pode explorar os sistemas de vulnerabilidade e de

mudanccedila em uma escala local

Os resultados levantados por Antwi-Agyei et al (2012) mostram que a vulnerabilidade

da produccedilatildeo agriacutecola agrave seca em Gana tem discerniacuteveis padrotildees geograacuteficos e

socioeconocircmicos onde os do Norte Oeste e Altas Regiotildees do Leste satildeo os mais vulneraacuteveis

Em parte isso acontece porque essas regiotildees tecircm a menor capacidade de adaptaccedilatildeo devido ao

baixo desenvolvimento socioeconocircmico e tecircm economias baseadas na agricultura de sequeiro

Outro exemplo de estudo foi realizado Safi et al (2012) que investigaram a

vulnerabilidade agraves mudanccedilas climaacuteticas em funccedilatildeo da vulnerabilidade fiacutesica sensibilidade e

capacidade de adaptaccedilatildeo dos fazendeiros e agricultores do estado de Nevada nos Estados

Unidos para avaliar as suas relaccedilotildees com as mudanccedilas climaacuteticas crenccedilas e percepccedilotildees de

risco orientaccedilotildees poliacuteticas e caracteriacutesticas socioeconocircmicas

Mais recentemente Rosendo (2014) aplicou uma versatildeo adaptada do conjunto de

indicadores definidos por Bhattacharya e Dass (2007) em trecircs municiacutepios do semiaacuterido

paraibano

35

CAPIacuteTULO III

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA

DE ESTUDO

Fonte Internet

36

CARACTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 3

A aacuterea de estudo eacute composta por quatro municiacutepios da regiatildeo Semiaacuterida paraibana

sendo o de Cabaceiras-PB localizado na mesorregiatildeo da Borborema e os de Cajazeiras-PB

Patos-PB e Princesa Isabel-PB localizados na Mesorregiatildeo do Sertatildeo Paraibano (Figura 1)

Figura 1 - Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

A escolha das aacutereas se deu em virtude de se tratarem de municiacutepios que polarizam

outros no seu entorno principalmente em relaccedilatildeo agrave influecircncia econocircmica ou algumas

caracteriacutesticas particulares como Cabaceiras que tem o iacutendice pluviomeacutetrico caracterizado

como o menor do Brasil Estatildeo distribuiacutedos espacialmente de forma que abrangem a porccedilatildeo

do semiaacuterido paraibano que mais sofre com os efeitos das secas Aleacutem disso apresentam

caracteriacutesticas distintas que permitiram uma visatildeo holiacutestica da vulnerabilidade agrave seca da

regiatildeo

37

31 MUNICIacutePIO DE CABACEIRAS ndash PB

O municiacutepio de Cabaceiras foi criado em 1834 Tem aacuterea de 452 km2 e de acordo com o

uacuteltimo censo demograacutefico apresenta uma populaccedilatildeo de 5035 habitantes com densidade

demograacutefica de 1112 habkm2 (IBGE 2010) Estaacute localizado na mesorregiatildeo da Borborema

microrregiatildeo do Cariri Oriental (Figura 2) conhecida como regiatildeo dos Cariris Velhos

limitando-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Cariri Satildeo Domingos do Cariri Barra de Satildeo

Miguel Boqueiratildeo e Boa Vista A sede do municiacutepio tem uma altitude aproximada de 388

metros distando 163 km da capital O acesso eacute feito a partir de Joatildeo Pessoa pelas rodovias

BR 230 e PB 148 (COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

2005 SOUSA et al 2007)

Figura 2 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras na microrregiatildeo do Cariri Oriental estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Por estar localizado na regiatildeo Semiaacuterida brasileira de acordo com a classificaccedilatildeo de

Koumlppen que se fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das

associaccedilotildees vegetais o clima de Cabaceiras eacute considerado do tipo BSh (semiaacuterido quente)

Segundo Thornthwaite o clima eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com deficiecircncia relativa

ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade

Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48

38

(FRANCISCO et al 2015) Essas caracteriacutesticas fazem o municiacutepio ser considerado ldquoo poacutelo

seco do Brasilrdquo (SILVA amp SILVA 2009)

Segundo Sousa et al (2007) o clima eacute quente e seco com distribuiccedilatildeo irregular das

chuvas em curtos periacuteodos e estaccedilatildeo seca prolongada caracterizando-se por apresentar

temperaturas meacutedias anuais em torno de 245 ordm C e uma meacutedia pluviomeacutetrica em torno de 400

mmano

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o muniacutecipio de Cabaceiras encontra-se inserido nos

domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Paraiacuteba regiatildeo do Alto Paraiacuteba Seus principais cursos

de aacutegua satildeo os rios Taperoaacute Paraiacuteba e Boa Vista e os riachos do Pombo Gangorra Pocinhos

da Varjota do Tanque Fundos Algodoais do Junco e Macambira como destaque para o rio

Taperoaacute que converge suas aacuteguas para o accedilude Epitaacutecio Pessoa conhecido popularmente por

Accedilude de Boqueiratildeo A maior parte deste accedilude situa-se no municiacutepio de Boqueiratildeo-PB

Todos os cursos de aacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute o

dentriacutetico (CPRM 2005 ROSENDO 2015)

Quanto agrave vegetaccedilatildeo o municiacutepio apresenta-se com predominacircncia de caatinga arbustiva

tiacutepica das regiotildees mais aacuteridas do Nordeste com cactos e arbustos tiacutepicos como xiquexique

coroa-de-frade juazeiro umbuzeiro e jurema entre outras (MONTEIRO 2011)

Quanto aos solos do municiacutepio o mais representativo eacute o Luvissolo Crocircmico Veacutertico

fase pedregosa relevo suave ondulado predominante em grande parte da regiatildeo ocorrem

ainda o Vertissolo relevo suave ondulado e ondulado que predomina nas partes mais baixas

no entorno do accedilude de Boqueiratildeo e o Planossolo Naacutetrico relevo plano e suave ondulado ao

Norte nas aacutereas mais acidentadas ocorre os Neossolo Litoacutelico Eutroacutefico fase pedregosa

substrato gnaisse e granito (PATRIacuteCIO et al 2003) Eacute importante destacar que a aacuterea

apresenta formaccedilotildees de granito (lajedos) onde se formam poccedilas e lagoas que permanecem

com aacutegua em parte ou em toda a estaccedilatildeo seca (AGUIAR et al 2003)

Sobre a economia do municiacutepio Rosendo et al (2015) afirmam que por apresentar

baixas precipitaccedilotildees sua economia torna-se deficitaacuteria predominantemente voltada para a

criaccedilatildeo de caprinos de leite e corte

32 MUNICIacutePIO DE CAJAZEIRAS ndash PB

A sede municipal de Cajazeiras eacute a principal da regiatildeo da bacia hidrograacutefica do Alto Rio

Piranhas e que polariza quinze municiacutepios do extremo oeste da Paraiacuteba Possui uma aacuterea de

39

56590 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico realizado sua populaccedilatildeo era de 58446

habitantes com densidade demograacutefica de 10328 habkm2 o que o classifica como o oitavo

maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo denominada

Cajazeiras (IBGE 2010)

Localizado na regiatildeo oeste do estado da Paraiacuteba na microrregiatildeo de Cajazeiras o

municiacutepio de Cajazeiras (Figura 3) limita-se com os municiacutepios de Satildeo Joatildeo do Rio do Peixe

Nazarezinho Satildeo Joseacute de Piranhas Cachoeira dos Iacutendios Bom Jesus e Santa Helena A sede

municipal apresenta uma altitude de 296m e o acesso a cidade de Joatildeo Pessoa eacute feito pela

rodovia BR-230 estando a cerca de 460 km da capital (CPRM 2005)

Figura 3 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras na microrregiatildeo de Cajazeiras estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio de Cajazeiras segundo a classificaccedilatildeo de Koppen estaacute inserido no clima

do tipo As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite no tipo C1S2Arsquoarsquo seco e

subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no

inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia

Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

As temperaturas do municiacutepio variam entre 23degC e 30degC com uma amplitude teacutermica

em torno de 5ordmC que satildeo elevadas durante o dia amenas agrave noite com ocasionais picos

principalmente durante a estaccedilatildeo seca Apresenta regime pluviomeacutetrico irregular com meacutedias

40

anuais de 8806 mmano De forma geral se caracteriza pela presenccedila de apenas duas

estaccedilotildees a seca que constitui o veratildeo entre os meses de setembro e dezembro e a chuvosa

denominada pelo sertanejo de inverno restrita a um periacuteodo de 3 a 4 meses por ano (CPRM

2005)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria ndash EMBRAPA ndash SOLOS

(2009) o municiacutepio de Cajazeiras apresenta trecircs tipos de solos Luvissolo Neossolo e

Vertissolo sendo o Luvissolo o de maior predominacircncia no municiacutepio

A vegetaccedilatildeo no municiacutepio eacute de caatinga com destaque para a presenccedila de cactaacuteceas

aleacutem de arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (BARROS et al 2013)

Quanto aos recursos hiacutedricos o municiacutepio encontra-se inserido na bacia hidrograacutefica do

rio Piranhas sub-bacia do rio do Peixe Os principais rios satildeo o Piranhas e o do Peixe aleacutem

dos riachos Papa Mel do Cipoacute Terra Molhada dos Mirandas do Meio da Caiccedilara do

Amaro e das Marimbas Os principais reservatoacuterios satildeo os accediludes Lagoa do Arroz e

Engenheiro Aacutevidos Todos os cursos drsquoaacutegua tecircm regime de escoamento intermitente e o

padratildeo de drenagem eacute o dendriacutetico (COSTA 2010) Segundo Reis (2014) o municiacutepio tem

sua populaccedilatildeo abastecida atualmente pelo accedilude Engenheiro Aacutevidos Existe na cidade de

Cajazeiras um antigo reservatoacuterio o accedilude Senador Epitaacutecio Pessoa popularmente conhecido

como Accedilude Grande construiacutedo em 1916 sendo o primeiro reservatoacuterio que fazia todo o

abastecimento de aacutegua do municiacutepio que tornou-se um dos destinos turiacutesticos mais visitados

do municiacutepio (COSTA 2010)

Em termos econocircmicos segundo dados do IBGE Cajazeiras se encontra na 11deg posiccedilatildeo

no ranking dos maiores Produto Interno Bruto - PIB do estado sendo o maior da microrregiatildeo

na qual se insere O PIB de Cajazeiras eacute composto principalmente pelos setores de comeacutercio e

serviccedilos seguidos pela induacutestria e pela agropecuaacuteria (IBGE 2013)

33 MUNICIacutePIO DE PATOS ndash PB

O municiacutepio de Patos estaacute localizado na microrregiatildeo de Patos porccedilatildeo central do

semiaacuterido paraibano (Figura 4) Segundo o IBGE (2010) a sede do municiacutepio fica a 245 m de

altitude em relaccedilatildeo ao niacutevel do mar distando cerca de 310 km da capital do Estado

O municiacutepio apresenta uma posiccedilatildeo geograacutefica privilegiada que lhe proporciona uma

importacircncia singular Limita-se ao norte com o municiacutepio de Satildeo Joseacute de Espinharas (a 28

km de distacircncia) ao sul com Satildeo Joseacute do Bonfim (a 16 km de distacircncia) a leste com Satildeo

41

Mamede e a oeste com Santa Terezinha (a 20 km de distacircncia) Possui uma aacuterea de

aproximadamente 472 km2 e segundo o uacuteltimo censo demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo

de 100674 habitantes com densidade demograacutefica de 21282 habkm2 o que o classifica

como o quarto maior municiacutepio em populaccedilatildeo da Paraiacuteba e o maior em sua microrregiatildeo

(IBGE 2010)

Figura 4 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Patos na microrregiatildeo de Patos estado da Paraiacuteba

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

O municiacutepio apresenta solos na sua maioria rasos pedregosos e fortemente

condicionados pela rocha-matildee em funccedilatildeo das condiccedilotildees da semiaridez e por apresentar uma

cobertura vegetal pouco densa e caducifoacutelia que favorece a accedilatildeo mecacircnica do escoamento

difuso (CAVALCANTE 2008)

De acordo com a EMBRAPA ndash SOLOS (2009) o municiacutepio de Patos apresenta dois

tipos de solos Luvissolo e Neossolo sendo os Luvissolo o tipo de maior predominacircncia no

municiacutepio

O municiacutepio de Patos apresenta vegetaccedilatildeo ou paisagem dominada por plantas de

pequeno porte temperatura meacutedia anual superior a 18ordmC e precipitaccedilatildeo pluvial maacutexima

ocorrendo entre o final do veratildeo e o outono (GOMES et al 2013)

42

Segundo a classificaccedilatildeo de Koppen o clima eacute do tipo BSh (semiaacuterido quente) enquanto

que segundo Thornthwaite eacute do tipo C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia

relativa ao Iacutendice de Aridez e grande excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de

Umidade Megateacutermico Iacutendice de Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que

48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Patos estaacute inserido na bacia

hidrograacutefica do Rio Piranhas na sub-bacia do Rio Espinharas O municiacutepio conta com o rio

Espinharas os accediludes Jatobaacute I e da Farinha e tambeacutem com o accedilude da Capoeira na cidade de

Santa Terezinha para abastececirc-lo sendo os accediludes Farinha e Jatobaacute I monitorados pela

Agecircncia Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016)

Patos eacute o 3deg municiacutepio poacutelo do estado da Paraiacuteba considerando sua importacircncia

socioeconocircmica e tem como principal atividade econocircmica o comeacutercio Eacute o centro de

comercializaccedilatildeo da agricultura regional (MONTEIRO 2014)

34 MUNICIacutePIO DE PRINCESA ISABEL ndash PB

O municiacutepio de Princesa Isabel estaacute localizado na microrregiatildeo da Serra do Teixeira a

680 m acima do niacutevel do mar (Figura 5) O acesso a partir de Joatildeo Pessoa eacute feito por meio da

rodovia BR-230 ateacute a cidade de Patos onde toma-se a rodovia PB-110 com destino a

Teixeira Neste ponto segue-se pela rodovia PB-306 para Juru onde se toma a rodovia PB-

426 percorrendo-se 18 km ateacute a sede municipal a qual dista 419 km da capital (CPRM 2005

SOUSA amp LLARENA 2015)

43

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel na microrregiatildeo da Serra do Teixeira estado da Paraiacuteba

Fonte elaboraccedilatildeo da autora 2016

Princesa Isabel possui uma aacuterea de aproximadamente 367 km2 e segundo o uacuteltimo censo

demograacutefico apresentava uma populaccedilatildeo de 21283 habitantes com densidade demograacutefica de

5784 habkm2 (IBGE 2010)

A vegetaccedilatildeo eacute de pequeno porte tiacutepica de caatinga xerofiacutetica onde se destacam a

presenccedila de cactaacuteceas arbustos e aacutervores de pequeno a meacutedio porte (CPRM 2005) Os solos

satildeo resultantes da desagregaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo das rochas cristalinas do embasamento

sendo em sua maioria do tipo Luvissolo e Latossolo (EMBRAPA 2009)

O municiacutepio de Princesa Isabel de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumlppen que se

fundamenta nos regimes teacutermicos e pluviomeacutetricos e na distribuiccedilatildeo das associaccedilotildees vegetais

tem o tipo climaacutetico As (quente e seco) enquanto que segundo Thornthwaite o tipo climaacutetico

eacute o C1S2Arsquoarsquo seco e subuacutemido com grande deficiecircncia relativa ao Iacutendice de Aridez e grande

excesso hiacutedrico no inverno relativo ao Iacutendice de Umidade Megateacutermico Iacutendice de

Concentraccedilatildeo da Eficiecircncia Teacutermica no Veratildeo menor que 48 (FRANCISCO et al 2015)

Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o municiacutepio de Princesa Isabel encontra-se inserido

nos domiacutenios da bacia hidrograacutefica do rio Piranhas sub-bacia do rio Piancoacute Seus principais

riachos satildeo do Baacutelsamo Arara Bruscas Gravataacute do Vinho do Caldeiratildeo e Tapuio Todos os

cursos drsquoaacutegua no municiacutepio tecircm regime de escoamento intermitente e o padratildeo de drenagem eacute

44

o dendriacutetico No municiacutepio existem alguns accediludes entre eles destacam-se o Maia o Padre

Ibiapina o Macapaacute e o Jatobaacute II sendo o uacuteltimo responsaacutevel pelo abastecimento da populaccedilatildeo

e monitorado pela AESA (CPRM 2005 SILVA et al 2015)

45

CAPIacuteTULO IV

MATERIAIS E MEacuteTODOS

Fonte Internet

46

MATERIAIS E MEacuteTODOS 4

A pesquisa no seu desenvolvimento compreendeu atividades diversificadas desde a

revisatildeo bibliograacutefica ateacute as recomendaccedilotildees para estudos futuros relacionados ao tema

enfocado As atividades desenvolvidas na pesquisa seguiram quatro fases sejam 1deg fase ndash

Coleta de dados e informaccedilotildees 2deg fase ndash Aplicaccedilatildeo dos indicadores 3deg fase ndash Anaacutelise dos

resultados e 4deg fase ndash Epiacutelogo que podem ser observadas na Figura 6

Figura 6 ndash Fluxograma das atividades desenvolvidas da pesquisa

Fonte Autora 2016

47

Os procedimentos metodoloacutegicos da pesquisa foram os seguintes

a) Levantamento da disponibilidade de dados em oacutergatildeos governamentais e natildeo

governamentais e consulta em sites da internet visando a adaptaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo do

conjunto de indicadores de vulnerabilidade agrave seca

b) Escolha das variaacuteveis a serem adaptadas inseridas e aplicadas da metodologia

proposta por Rosendo (2014) para a nova proposta do estudo

c) Anaacutelise criacutetica para a adaptaccedilatildeo

d) Visitas em oacutergatildeos governamentais e natildeo governamentais nas esferas federal estadual

e municipais com o intuito de obter informaccedilotildees sobre os municiacutepios e as secas

ocorridas no passado recentemente

e) Trabalhos de campo nos municiacutepios em estudo onde foram realizadas visitas agraves

secretarias municipais

f) Trabalhos de campo com a utilizaccedilatildeo de aparelho de GPS (Global System Position)

para a aquisiccedilatildeo de coordenadas de alguns locais relevantes agrave pesquisa utilizaccedilatildeo de

maacutequina fotograacutefica e mapas de localizaccedilatildeo

g) Tabulaccedilatildeo dos dados com a utilizaccedilatildeo do aplicativo Microsoft Office Excelreg

h) Elaboraccedilatildeo de mapas de localizaccedilatildeo dos muniacutecipios e para coleta de dados

i) Aplicaccedilatildeo do sistema de classificaccedilatildeo dos indicadores de vulnerabilidade agrave seca nos

municiacutepios em estudo

j) Anaacutelise dos resultados obtidos

41 ADAPTACcedilAtildeO DOS INDICADORES DE VULNERABILIDADE Agrave SECA

O presente trabalho procurou adaptar a metodologia aplicada por Rosendo (2014) que

foi por sua vez adaptada da metodologia original de Bhattacharya e Dass (2007) utilizada

originalmente em 16 estados da Iacutendia em um estudo comparativo entre os biecircnios 1990-1991

e 1999-2000

Rosendo (2014) analisou aspectos mais especiacuteficos do semiaacuterido brasileiro utilizando

para um estudo comparativo 03 municiacutepios (Sumeacute Sousa e Picuiacute) no estado da Paraiacuteba

acometidos frequentemente pelo desastre da seca

No Quadro 1 se pode observar a proposiccedilatildeo dos indicadores de Rosendo (2014) para o

semiaacuterido brasileiro

48

Quadro 1 - Indicadores de vulnerabilidade agrave seca

Fonte Rosendo (2014)

ID Indicador

Vu

lner

abili

dad

e

Exp

osi

ccedilatildeo

Caracteriacutesticas do Evento

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias

12 Exposiccedilatildeo dos Rebanhos

Sen

sib

ilid

ade

Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua atingindo nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por Poccedilos (em operaccedilatildeo) ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Cap

Ad

apta

tiva

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capta (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

49

Para a adaptaccedilatildeo da metodologia foram feitas as alteraccedilotildees a seguir descritas

i) Alteraccedilatildeo na forma de caacutelculo da variaacutevel de aacutereas agriacutecolas degradadas ou

improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura () relativo ao indicador de Sensibilidade A

metodologia aplicada por Rosendo (2014) utiliza os dados advindos do Censo Agropecuaacuterio

do IBGE de 2006 Para a adaptaccedilatildeo foram realizados os caacutelculos a partir de imagens de

sateacutelite e checagem em campo de algumas aacutereas para validaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas pois

de acordo com Rosendo (2014) os valores referentes a essas aacutereas a partir do Censo

Agropecuaacuterio do IBGE de 2006 satildeo subestimados Assim essa mudanccedila na metodologia

deve contemplar valores mais proacuteximos da realidade

ii) Outra proposiccedilatildeo de adaptaccedilatildeo referente ao indicador de Capacidade Adaptativa

sub-indicador meios de vida Para isso acrescentou-se mais uma variaacutevel que foi a

porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Entende-se que um maior contingente de funcionaacuterios puacuteblicos municipais poderaacute

proporcionar melhores serviccedilos agrave populaccedilatildeo afetada pela seca no atendimento agraves

necessidades

Sendo assim o Quadro 2 apresenta as adaptaccedilotildees relativas aos Indicadores de

vulnerabilidade agrave seca

50

Quadro 2 - Iacutendice de vulnerabilidade agrave seca Indicadores sub-indicadores e variaacuteveis

Iacutendice Indicadores Sub-indicadores Variaacuteveis V

uln

era

bil

ida

de

Ex

po

siccedilatilde

o

Exposiccedilatildeo climaacutetica 1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (RAI)

2 Iacutendice de Aridez

Exposiccedilatildeo da

populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

4 Populaccedilatildeo Rural ()

Exposiccedilatildeo da

Atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

6 Lavouras permanentes ()

7 Lavouras temporaacuterias ()

8 Pastagens naturais ()

9 Pastagem plantada degradada ()

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

Sen

sib

ilid

ad

e

Caracteriacutesticas

Socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

Caracteriacutesticas

Tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso no ano de referecircncia ()

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos ()

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem ou para guarda de gratildeos ()

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

Caracteriacutesticas das

atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improprias para pecuaacuteria e agricultura ()

Ca

pa

cid

ad

e

Ad

ap

tati

va

Capacidade

Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

24 Populaccedilatildeo que recebe algum tipo de Beneficio do MPS ()

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

Governabilidade 27 Populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no municiacutepio ()

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

Meios de vida 29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

30 Porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos ()

Fonte Adaptaccedilatildeo relativa aos Indicadores de Vulnerabilidade agrave seca de Rosendo 2016

51

42 VARIAacuteVEIS COMPONENTES DOS INDICADORES

Torna-se importante ressaltar que o presente trabalho busca adaptar e aplicar um sistema

de indicadores que possa identificar com maior exatidatildeo qual aacuterea temaacutetica dos municiacutepios

estudados encontram-se mais vulneraacuteveis agrave seca isto feito atraveacutes de uma compartimentaccedilatildeo

dos componentes da vulnerabilidade (indicador de exposiccedilatildeo indicador de sensibilidade e

indicador de capacidade adaptativa)

Os dados foram coletados principalmente do Censo Agropecuaacuterio 2006 e do Censo

Demograacutefico 2010 ambos disponiacuteveis no IBGE tendo em vista que satildeo os dados mais atuais

e com um grau de confiabilidade maior Ademais foram comparados com as informaccedilotildees

coletadas nas visitas realizadas nos oacutergatildeos responsaacuteveis de cada municiacutepio

Sobre a utilizaccedilatildeo de dados do Censo Agropecuaacuterio 2006 e Censo Demograacutefico 2010 o

Centro Nacional de Monitoramento e Alerta a Desastres Naturais publicou um relatoacuterio no

mecircs de maio de 2016 com informaccedilotildees acerca do Iacutendice Socioeconocircmico de Vulnerabilidade

agrave seca (ISVS) que foi calculado a partir da integraccedilatildeo dos dados dos referidos censos

(CEMADEN 2016)

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de exposiccedilatildeo

Exposiccedilatildeo Climaacutetica

1 Iacutendice de Anomalia de Chuva (IAC)

O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute baseado no iacutendice Rainfall Anomaly Index (RAI)

desenvolvido por Rooy (1965) e adaptado para o Nordeste do Brasil por Freitas (2005) Para

anomalias de precipitaccedilotildees positivas o paracircmetro Mrsquo eacute a meacutedia dos seis valores mais elevados

de precipitaccedilatildeo do periacuteodo estudado Para as anomalias negativas o paracircmetro Xrsquo representa a

meacutedia dos seis valores mais baixos de precipitaccedilatildeo do mesmo periacuteodo Anomalias positivas

satildeo valores acima dessa meacutedia e negativa abaixo dessa meacutedia Este iacutendice analisa o desvio da

precipitaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo normal O Iacutendice de Anomalia de Chuva eacute obtido a partir

da seguinte equaccedilatildeo

52

Para as anomalias positivas [( )

( )] (1)

Para as anomalias negativas [( )

( )] (2)

Sendo

119873 = precipitaccedilatildeo anual atual

119873rsquo = precipitaccedilatildeo meacutedia anual da seacuterie histoacuterica

119872rsquo = meacutedias das seis maiores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

119883rsquo = meacutedia das seis menores precipitaccedilotildees anuais da seacuterie histoacuterica

Torna-se importante ressaltar que os valores resultantes dessa equaccedilatildeo do IAC variam

entre -4 e 4 -4 para as anomalias negativas e +4 para as anomalias positivas

A seleccedilatildeo da seacuterie histoacuterica de precipitaccedilatildeo dos municiacutepios foi feita segundo a

disponibilidade dos dados no site da AESA compreendendo 18 anos (1994-2011) O ano de

referecircncia para o caacutelculo do Iacutendice de Anomalia de Chuva foi o de 2010

2 Iacutendice de Aridez

Os dados do Iacutendice de Aridez para os quatro municiacutepios em estudo (Cabaceiras

Cajazeiras Patos Princesa Isabel) satildeo oriundos de um estudo realizado por pesquisadores da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) encomendado para o Plano Nacional de

Controle da Desertificaccedilatildeo (PAN-BRASIL) Esta pesquisa calculou os iacutendices de aridez para

todos os municiacutepios da Regiatildeo Nordeste do Brasil conforme a metodologia sugerida pelas

Naccedilotildees Unidas

Segundo Costa e Brito (2004) nesse trabalho usou-se dados de precipitaccedilatildeo pluvial para

o periacuteodo de 38 anos (1961 agrave 1999) provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia-

INMET SUDENE e Escritoacuterios Regionais de Meteorologia A evapotranspiraccedilatildeo potencial

foi calculada pela equaccedilatildeo de Penman modificada por Monteith e parametrizaccedilotildees de Allen

et al (1994) utilizando dados de estaccedilotildees meteoroloacutegicas do INMET e Escritoacuterios Regionais

A foacutermula sugerida pelas Naccedilotildees Unidas eacute a seguinte

53

(3)

Sendo

Pr eacute a precipitaccedilatildeo pluvial meacutedia anual (mmano)

ETP eacute a evapotranspiraccedilatildeo potencial meacutedia anual (mmano) e

IA eacute o Iacutendice de Aridez

Ainda conforme as Naccedilotildees Unidas a classificaccedilatildeo climaacutetica de uma determinada

localidade utilizando o iacutendice acima proposto obedece aos seguintes criteacuterios (Tabela 2)

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Aridez

Classificaccedilatildeo IA

Hiper- aacuterido lt 003

Aacuterido Entre 003 e 020

Semiaacuterido Entre 021 e 050

Sub-uacutemido seco Entre 051 e 065

Sub-uacutemido uacutemido Entre 065 e 10

Uacutemido gt 10

Fonte Allen et al (1994)

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

3 Forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria ()

A forccedila de trabalho que depende da agropecuaacuteria foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em seu site para

o ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(4)

Sendo

FtdA = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (nuacutemero de pessoas)

FtdA () = forccedila de trabalho que depende da Agropecuaacuteria (em porcentagem)

PEA = Populaccedilatildeo Economicamente Ativa do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

54

4 Populaccedilatildeo Rural ()

A porcentagem da populaccedilatildeo rural do municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE em seu site para o Censo Demograacutefico do ano de 2010 O

caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(5)

Sendo

Rural = populaccedilatildeo residente em meio rural (nuacutemero de pessoas)

Rural () = populaccedilatildeo residente em meio rural (em porcentagem)

Total = populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

Exposiccedilatildeo da atividade

5 Estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada ()

A porcentagem de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do Sistema

IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA) para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006

referentes agraves tabelas 7652 (nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 855 (nuacutemero de

estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo) O caacutelculo foi feito da seguinte forma

( )

(6)

Sendo

= estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

2 Todas as referecircncias relacionadas agraves tabelas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica (SIDRA)

encontram-se descritas no Anexo A deste trabalho

55

() = estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura

irrigada no municiacutepio (em porcentagem)

= total de estabelecimentos agropecuaacuterios do municiacutepio

(nuacutemero de estabelecimentos)

6 Lavouras permanentes ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras permanentes dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

7 Lavouras temporaacuterias ()

A porcentagem da aacuterea de lavouras temporaacuterias dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente agrave tabela 1244

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

8 Pastagens naturais ()

A porcentagem da aacuterea de pastagens naturais dos estabelecimentos agropecuaacuterios foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

9 Pastagem plantada degradada ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada degradada dos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no site do SIDRA

para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

56

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

10 Pastagem plantada em boas condiccedilotildees ()

A porcentagem da aacuterea de pastagem plantada em boas condiccedilotildees nos estabelecimentos

agropecuaacuterios foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o

Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 854

Os dados dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram

obtidos atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem disponiacutevel no proacuteprio site

11 Exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas

A quantidade de toneladas produzidas pelo municiacutepio foi obtida a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente

agrave tabela 822

Para a aplicaccedilatildeo desta variaacutevel se optou por utilizar meacutedias ponderadas em sua

composiccedilatildeo tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho da

produccedilatildeo dos insumos e da necessidade especiacutefica por aacutegua de cada cultura agriacutecola

Atribuiacuteram-se assim dois diferentes pesos peso da quantidade de toneladas produzidas e peso

da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

Para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave quantidade de toneladas produzidas o caacutelculo

para cada cultura agriacutecola de lavoura temporaacuteria foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872 (7)

Sendo

119873 = peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade produzida de cada cultura no municiacutepio em estudo (em

tonelada)

119872 = menor quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

119872 = maior quantidade produzida no municiacutepio em estudo (em toneladas)

57

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Hoekstra e Hung (2002) citados por Carmo et al

(2007) que traz em seu texto uma referecircncia da demanda especiacutefica de aacutegua (em msup3t) das

principais culturas agriacutecolas brasileiras

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

na produccedilatildeo foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (8)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua na produccedilatildeo de cada cultura (conforme

Hoekstra e Hung 2002)3 (em msup3t)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua das culturas (conforme Hoekstra e

Hung 2002) nos quatro municiacutepios em estudo (em msup3t)

Ao se obter os pesos da quantidade e da demanda por aacutegua o caacutelculo da meacutedia

ponderada de exposiccedilatildeo das culturas agropecuaacuterias foi realizado da seguinte forma

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 4]

(sum sum ) (9)

Sendo

= exposiccedilatildeo total das culturas desenvolvidas no municiacutepio normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

( ) = quantitativo produzido de cada cultura no municiacutepio normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

= peso da quantidade produzida normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

3 Tabela referente no Anexo B

4 Todas as culturas e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

58

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua das culturas normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = somatoacuterio de todos os pesos das quantidades produzidas

sum = somatoacuterio de todos os pesos das demandas especiacuteficas de aacutegua das

culturas

12 Exposiccedilatildeo dos rebanhos

A quantidade de animais do municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados

pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano de 2006 referente a tabela 1749

Nessa mesma tabela encontra-se discriminado o tipo de propriedade (Agricultura familiar natildeo

familiar e local natildeo informado) em que o rebanho encontra-se inserido

Para o desenvolvimento deste indicador tambeacutem se optou por utilizar meacutedias

ponderadas tendo em vista a complexidade que envolve a diferenciaccedilatildeo no tamanho dos

rebanhos agrave exposiccedilatildeo especifica de cada rebanho ao fenocircmeno da seca e ainda se o tipo de

propriedade (Agricultura familiar natildeo familiar e local natildeo informado) em que este rebanho

encontra-se inserido Atribuiacuteram-se assim trecircs diferentes pesos peso da quantidade de

cabeccedilas por municiacutepio peso da demanda especiacutefica de aacutegua de cada rebanho e o peso do tipo

de propriedade em que estes animais encontram-se inseridos

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tipo de propriedade foram adotados Peso 3

para propriedade com agricultura familiar peso 2 para propriedade de local natildeo informado e

peso 1 para propriedade com agricultura natildeo familiar

Para a atribuiccedilatildeo dos pesos relacionados ao tamanho do rebanho adotou-se a seguinte

normalizaccedilatildeo

119873 ( 119872 )

119872 119872 (10)

Sendo

119873 = peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= quantidade de cabeccedilas de cada rebanho no municiacutepio em estudo

(cabeccedilas)

59

119872 = menor quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

119872 = maior quantidade de cabeccedilas no municiacutepio em estudo (em

toneladas)

Jaacute para a composiccedilatildeo do peso relacionado agrave demanda especiacutefica de aacutegua do rebanho

utilizou-se como referecircncia a publicaccedilatildeo de Paraiacuteba (2006)5 elaborada pela AESA para o

Plano Estadual de Recursos Hiacutedricos da Paraiacuteba na seccedilatildeo ldquoCaracterizaccedilatildeo da demanda e dos

usos de recursos hiacutedricosrdquo e a referecircncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria

(EMBRAPA 2005)6 que traz em seu texto uma referecircncia para o caacutelculo de necessidade de

consumo de aacutegua de humanos bovinos aves e suiacutenos por dia (Ldia)

Tendo em vista a necessidade de se normalizar os pesos da demanda especiacutefica de aacutegua

para os animais foram realizados os caacutelculos de normalizaccedilatildeo da seguinte forma

( 119872 )

119872 119872 (11)

Sendo

= peso da demanda especiacutefica de aacutegua para os animais normalizado

(nuacutemero entre 0 e 1)

= demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme EMBRAPA

2005 e PARAIacuteBA 2006)7 (em Ldia)

119872 = menor demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

119872 = maior demanda especiacutefica de aacutegua para os animais (conforme

EMBRAPA 2005 e PARAIacuteBA 2006) nos quatro municiacutepios em estudo (em Ldia)

Ao se obter os pesos da quantidade tipo de agricultura e da demanda por aacutegua o

caacutelculo da meacutedia ponderada de exposiccedilatildeo do rebanho foi realizado da seguinte forma

5 Tabela referente no Anexo B

6 Tabela referente no Anexo B

7 Tabelas referentes no Anexo B

60

[( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) 8]

(sum sum sum ) (12)

Sendo

= exposiccedilatildeo total dos animais no municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

( ) = Quantitativo do rebanho do municiacutepio normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da quantidade de cabeccedilas normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso do tipo de agricultura normalizado (nuacutemero entre 0 e 1)

= Peso da demanda especiacutefica de aacutegua dos animais normalizado (nuacutemero

entre 0 e 1)

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agrave quantidade de animais

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes ao tipo de agricultura

sum = Somatoacuterio de todos os pesos referentes agraves demandas especiacuteficas de aacutegua

dos animais

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de sensibilidade

Caracteriacutesticas socioeconocircmicas

13 Rendimento nominal meacutedio per capita (R$)

O rendimento nominal meacutedio dos municiacutepios foi obtido a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE para o Censo do ano de 2010

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativo de dados entre as

microrregiotildees em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o valor

1 o maior que se admita o valor 0 o menor da escala

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

8 Todos os tipos de animais e seus respectivos pesos devem fazer parte deste caacutelculo

61

119873 ( 119872 119872 )

119872 119872 (13)

Sendo

119873 = rendimento nominal meacutedio per capita normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

119872 = rendimento nominal meacutedio do municiacutepio em estudo (em reais (R$))

119872 = menor Rendimento nominal meacutedio da mesorregiatildeo (em reais (R$))

119872 = maior Rendimento nominal meacutedio do mesorregiatildeo (em reais (R$))

14 Iacutendice de Inequidade (Gini)

O iacutendice de inequidade Iacutendice de Gini ou ainda Coeficiente de Gini eacute uma medida de

desigualdade social desenvolvida pelo estatiacutestico italiano Corrado Gini

Este iacutendice consiste em um valor entre 0 e 1 onde 0 corresponde agrave completa igualdade

de renda (onde todos tecircm a mesma renda ou aproximada) e 1 corresponde agrave completa

desigualdade (onde poucas pessoas tem toda a renda)

O Iacutendice de Gini da renda domiciliar per capita por Municiacutepio foi calculado pelo

Instituto de Pesquisa Econocircmica e Aplicada - IPEA (2010) utilizando os dados do Censo

Demograacutefico do IBGE do ano de 2010

15 Forccedila de trabalho natildeo ocupada ()

A porcentagem da forccedila de trabalho natildeo ocupada no municiacutepio foi calculada a partir dos

dados disponibilizados no site IBGE referentes ao Censo Demograacutefico 2010 na temaacutetica

ldquotrabalhordquo para o referido ano O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(14)

Sendo

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que a

pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (nuacutemero de habitantes)

62

( )=Populaccedilatildeo Economicamente Ativa natildeo ocupada (na semana em que

a pesquisa foi realizada) residente no municiacutepio (em porcentagem)

= Populaccedilatildeo Economicamente Ativa residente no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas tecnoloacutegicas

16 Volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do quadrimestre chuvoso no ano de

referecircncia ()

A porcentagem do volume de aacutegua nos principais reservatoacuterios ao fim do quadrimestre

chuvoso9 nos municiacutepios foi calculada a partir dos dados disponibilizados no site da Agecircncia

Executiva de Gestatildeo das Aacuteguas do Estado da Paraiacuteba (AESA 2016) Essa agecircncia monitora o

volume mensal10

dos principais accediludes de todo o Estado paraibano

Para o municiacutepio de Cabaceiras tomou-se como referecircncia o accedilude Epitaacutecio Pessoa

popularmente conhecido como accedilude de Boqueiratildeo no municiacutepio de Cajazeiras foram

considerados os accediludes Lagoa do Arroz e Engenheiro Aacutevidos no municiacutepio de Patos

considerou-se os accediludes Farinha e Jatobaacute I e para o municiacutepio de Princesa Isabel foi

considerado o accedilude Jatobaacute II visto que satildeo os principais reservatoacuterios que abastecem esses

municiacutepios e todos satildeo monitorados pela AESA

Adotou-se como quadrimestre chuvoso para a microrregiatildeo do Cariri Oriental os meses

de Fevereiro Marccedilo Abril e Maio do ano de 2010 Jaacute para a mesorregiatildeo sertaneja foram

adotados os meses de Marccedilo Abril e Maio e Junho do ano de 2010 tendo em vista que o

clima dessas regiotildees eacute influenciado por diferentes fatores naturais e se distinguem de forma

geral na distribuiccedilatildeo e eacutepoca de precipitaccedilatildeo de chuvas

Para os quatro municiacutepios o caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(15)

9 Na regiatildeo semiaacuterida paraibana as principais chuvas satildeo distribuiacutedas atraveacutes de quadrimestres chuvosos o que

natildeo implica dizer que natildeo ocorram precipitaccedilotildees em outros meses mas as principais chuvas satildeo concentradas em

quatro ou ateacute mesmo trecircs meses do ano 10

Em alguns accediludes do estado da Paraiacuteba a AESA aleacutem disponibilizar o monitoramento mensal tambeacutem

disponibiliza dados de monitoramento diaacuterio

63

Sendo

= volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

( ) = volume de aacutegua nos reservatoacuterios ao fim do Quadrimestre chuvoso nos

reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em porcentagem)

= volume total dos reservatoacuterios dentro do limite do municiacutepio (em msup3)

17 Porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo nos municiacutepios foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano

de 2010 referente a tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e

atraveacutes dos dados de poccedilos em operaccedilatildeo elaborado pela CPRM para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) 119872

(16)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por poccedilos em operaccedilatildeo no

municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de poccedilos em funcionamento no municiacutepio (quantidade de

poccedilos)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

18 Porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas ()

A porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas no municiacutepio foi obtida a partir dos

dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Demograacutefico do ano de 2010

referente agrave tabela 229 (nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares) e atraveacutes dos

dados de cisternas fornecidos pelo Observatoacuterio da Seca para o ano de 2014

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

64

( ) 119872

(17)

Sendo

( )= porcentagem das famiacutelias atendidas por cisternas em operaccedilatildeo

no municiacutepio (em porcentagem)

119872 = nuacutemero de cisternas em funcionamento no municiacutepio

(quantidade de cisternas)

= nuacutemero de famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares (nuacutemero de

unidades familiares)

19 Porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem e

para guarda de gratildeos ()

A porcentagem das propriedades rurais que utilizam de silagem para forragem foi obtida

a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio do ano

de 2006 referente as tabelas 765 856 e 857

Para aplicaccedilatildeo desta variaacutevel optou-se por utilizar meacutedias ponderadas tendo em vista

que a silagem pode ser utilizada tanto para guarda de gratildeos como alternativa para guarda de

forragem para os animais Atribuiu-se assim o peso maior para a silagem de forragem do que

para a silagem de guarda de gratildeos tendo em vista que essa se configura como um recurso

importante que pode ser utilizado pelo agricultor na manutenccedilatildeo de seu rebanho

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( ) [( ) ( )]

( ) (18)

Sendo

( ) = porcentagem das propriedades que usa silagem (em porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para forragem (em

porcentagem)

= porcentagem das propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos (em

porcentagem)

65

= peso para as propriedades que usa silagem para forragem

= peso para as propriedades que usa silagem para guarda de gratildeos

20 Propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas ()

A porcentagem das propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 1008

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(19)

Sendo

= nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos

no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

agrotoacutexicos no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

Caracteriacutesticas das atividades

21 Propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola ()

A porcentagem das propriedades que utilizam mecanizaccedilatildeo agriacutecola no municiacutepio foi

obtida a partir dos dados disponibilizados pelo IBGE no SIDRA para o Censo Agropecuaacuterio

do ano de 2006 referente as tabelas 765 (nuacutemeros de estabelecimentos agropecuaacuterios) e 860

(Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com tratores e outros tipos de mecanizaccedilotildees)

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

66

119872 ( ) 119872

(20)

Sendo

119872 = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de Mecanizaccedilatildeo

Agriacutecola no municiacutepio (nuacutemero de estabelecimentos)

( ) = nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de

Mecanizaccedilatildeo Agriacutecola no municiacutepio (em porcentagem)

= nuacutemero total de estabelecimentos no municiacutepio (nuacutemero de

estabelecimentos)

22 Aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura ()

A porcentagem das aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e

agricultura no municiacutepio foi obtida por meio de imagens de sateacutelite Essa orientaccedilatildeo se deu

utilizando imagens do sensor TM-Landsat-5 disponiacuteveis no siacutetio eletrocircnico do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais ndash INPE Para identificaccedilatildeo das aacutereas degradadas foi utilizada

uma composiccedilatildeo colorida ajustada das bandas 3 imagem NDVI e banda 1 que possibilitou a

visualizaccedilatildeo das aacutereas de maior densidade da vegetaccedilatildeo em tonalidades de verde e as aacutereas de

menor densidade em tons de lilaacutes As imagens foram individualmente georreferenciadas

utilizando-se a projeccedilatildeo UTM elipsoacuteide SAD-69 Esse estudo foi executado pela Associaccedilatildeo

para o Desenvolvimento da Ciecircncia e da Tecnologia ndash SCIENTEC para elaboraccedilatildeo do PAE-

PB Desse modo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dessas imagens para a realizaccedilatildeo do caacutelculo das

aacutereas agriacutecolas degradadas ou improacuteprias para pecuaacuteria e agricultura

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

Variaacuteveis para composiccedilatildeo do indicador de capacidade adaptativa

Capacidade Humana

23 Taxa de alfabetizaccedilatildeo ()

67

A taxa de alfabetizaccedilatildeo no municiacutepio foi obtida a partir dos dados disponibilizados pelo

IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010 encontrados na tabela

3213

Atraveacutes do modo de visualizaccedilatildeo em porcentagem foram obtidos os dados dos

municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel

24 Populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo aposentada no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social (MPS) do ano de 2013 em seu site no

documento Estatiacutesticas Municipais 2000 a 2012 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119872 ( ) 119872

(21)

Onde

119872 = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos pela

previdecircncia social (nuacutemero de pessoas)

119872 ( ) = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que recebe benefiacutecios emitidos

pela previdecircncia social (em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

25 Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal

O iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal eacute uma medida comparativa usada

para classificar o grau de desenvolvimento humano para ajudar a classificar os municiacutepios

como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto) em desenvolvimento

(desenvolvimento humano meacutedio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano

baixo)

Este iacutendice eacute composto de dados de expectativa de vida ao nascer iacutendice de educaccedilatildeo e

iacutendice de renda Esse caacutelculo em niacutevel municipal eacute elaborado a cada dez anos pelo Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil

68

No ano de 2013 foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013)

todos os caacutelculos e resultados tendo como base os dados obtidos no Censo Demograacutefico do

IBGE realizado no ano de 2010

26 Porcentagem do PIB investido em Educaccedilatildeo e Cultura ()

A porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em Educaccedilatildeo e Cultura no

municiacutepio foi calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa

Econocircmica Aplicada no banco de dados IPEADATA (2010a e 2010b) utilizando os dados

do Censo Demograacutefico do ano de 2010 O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

119872

(22)

Sendo

= investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio (em reais (R$))

() = investimento em educaccedilatildeo e cultura no municiacutepio em relaccedilatildeo ao

PIB municipal (em porcentagem)

119872 = produto interno bruto municipal (em reais (R$))

Governabilidade

27 Populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio ()

A porcentagem da populaccedilatildeo atendida por programas sociais no municiacutepio foi calculada

a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada no banco

de dados IPEADATA (2010b) na aacuterea do site que trata do tema Assistecircncia Social todos os

dados utilizados satildeo referentes aos benefiacutecios implementados ateacute dezembro ano de 2010

Torna-se importante caracterizar os trecircs tipos de programas sociais financiados pelo

Governo Federal satildeo eles

Programa Bolsa Famiacutelia (PBF) O Programa Bolsa Famiacutelia eacute um programa de

transferecircncia de renda com condicionalidades focalizado em famiacutelias pobres cadastradas em

cada municiacutepio do paiacutes que eacute financiado pelo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

69

Combate agrave Fome (MDS) (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados utilizada apresenta o nuacutemero

de transferecircncias de benefiacutecios em dezembro 2010

Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) para deficientes e para idosos - nuacutemero de

benefiacutecios em dezembro (2010) O Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada e Assistecircncia Social

(BPC) eacute uma transferecircncia mensal de um salaacuterio miacutenimo agrave pessoa com deficiecircncia ou idosa

(65 anos ou mais) que tenha em ambos os casos renda familiar per capita menor que 14 do

salaacuterio miacutenimo O BPC foi previsto na Constituiccedilatildeo de 1988 e regulamentado pela Lei

Orgacircnica da Assistecircncia Social (Loas) de 1993 (IPEADATA 2010c) A seacuterie de dados

utilizada apresenta o nuacutemero de transferecircncias do BPC para deficientes e Idosos em dezembro

do ano de 2010

Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) para deficientes e para idosos (nuacutemero de benefiacutecios em

dezembro (2010)) A Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV) criada em 1974 eacute a transferecircncia

mensal de um salaacuterio miacutenimo a pessoas carentes idosas ou invaacutelidas com pelo menos 12

meses de contribuiccedilatildeo previdenciaacuteria Desde 1996 o BPC vem substituindo progressivamente

a Renda Mensal Vitaliacutecia (RMV)

O caacutelculo para a composiccedilatildeo foi elaborado da seguinte forma

( ) ( 119872 )

(23)

Sendo

( ) = porcentagem da populaccedilatildeo atendida por Programas Sociais no

municiacutepio (em porcentagem)

= Programa Bolsa Famiacutelia (em nuacutemero de benefiacutecios)

= Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (em nuacutemero de benefiacutecios)

119872 = Renda Mensal Vitaliacutecia Investimento (em nuacutemero de benefiacutecios)

Pop total = Populaccedilatildeo total do municiacutepio

28 Produto Interno Bruto Municipal per capita (R$)

O Produto Interno Bruto Municipal per capita dos municiacutepios foi obtido a partir dos

dados disponibilizados pelo IPEADATA (2010a) referentes ao Censo de 2010

70

A metodologia de Rosendo (2014) propotildee para os indicadores que natildeo satildeo dados em

porcentagem que se utilize um modelo de normalizaccedilatildeo comparativa de dados entre as

entidades em estudo Os dados devem ser alocados em uma escala de 0 a 1 sendo o 1 (um) o

maior valor do universo dos dados (limiar superior) e que se admita 0 (zero) o menor valor do

universo dos dados (limiar inferior) Aleacutem disso propotildee realizar uma anaacutelise comparativa

entre os municiacutepios e suas respectivas microrregiotildees Obteacutem-se assim o valor correspondente

do municiacutepio em relaccedilatildeo aos municiacutepios circunvizinhos da microrregiatildeo Dessa forma o

estudo segue as duas proposiccedilotildees anteriores

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

119873 ( 119872 )

119872 119872

(24)

Sendo

119873 = Produto Interno Bruto Per Capta normalizado (nuacutemero entre 0 e

1)

= Produto Interno Bruto Per Capta do municiacutepio em estudo (em reais

(R$))

119872 =Menor Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

119872 = Maior Produto Interno Bruto Per Capta da microrregiatildeo geograacutefica

(em reais (R$))

Meios de vida

29 Forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria ()

A porcentagem da forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria no municiacutepio foi

calculada a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada

no banco de dados IPEADATA (2010d) utilizando os dados do Censo Demograacutefico do ano

de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

71

( ) ( )

(25)

Sendo

= populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em nuacutemero

de habitantes)

( ) = populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria no Municiacutepio (em

porcentagem)

= populaccedilatildeo Empregada na Agricultura no municiacutepio (em nuacutemero de

habitantes)

= populaccedilatildeo total residente no municiacutepio (em nuacutemero de habitantes)

30 Nuacutemero de funcionaacuterios puacuteblicos ()

A porcentagem de funcionaacuterios puacuteblicos no municiacutepio foi calculada a partir dos dados

disponibilizados pelo IBGE no SIDRA referentes ao Censo Demograacutefico do ano de 2010

O caacutelculo foi elaborado da seguinte forma

( )

(26)

Sendo

= populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(nuacutemero de pessoas)

() = populaccedilatildeo residente no municiacutepio que satildeo funcionaacuterios puacuteblicos

(em porcentagem)

= populaccedilatildeo total do municiacutepio (nuacutemero de pessoas)

72

43 NORMALIZACcedilAtildeO DOS DADOS E UTILIZACcedilAtildeO DE MEacuteDIAS

O estudo realizado por Rosendo (2014) adotou o procedimento de agregaccedilatildeo simples

atraveacutes da utilizaccedilatildeo de meacutedias aritmeacuteticas simples e ponderada ou meacutedia geomeacutetrica com o

intuito de analisar as mais diversas variaacuteveis normalizadas11

que buscam como produto final

um iacutendice de vulnerabilidade agrave seca que pode ser comparado com outras aacutereas

No tocante agrave utilizaccedilatildeo das meacutedias (aritmeacutetica e geomeacutetrica) o processo de agregaccedilatildeo

simples eacute amplamente utilizado em vaacuterios iacutendices de desenvolvimento humano do Programa

das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se configura como uma ferramenta de

grande importacircncia para avaliaccedilatildeo dos mais diversos tipos de gestatildeo

Os trabalhos desenvolvidos pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) utilizam vaacuterios

tipos de meacutedias em seus estudos Nesse caso a anaacutelise aqui apresentada utiliza meacutedia

geomeacutetrica e aritmeacutetica simples e ponderada

No que se refere agraves diferenccedilas entre as meacutedias aritmeacutetica simples aritmeacutetica ponderada

e geomeacutetrica estas podem ser mais bem ilustradas usando o exemplo de avaliaccedilatildeo da pobreza

Ao se assumir a hipoacutetese de que a pobreza pode ser determinada pela meacutedia de muacuteltiplos

indicadores de diversas dimensotildees ao se utilizar a meacutedia geomeacutetrica para avaliar essa pobreza

global implica dizer que o insucesso em qualquer um dos indicadores eacute um fato importante

para o caacutelculo e isso iraacute refletir no resultado final da meacutedia

Por outro lado com o uso da meacutedia aritmeacutetica simples um valor alto em uma das

dimensotildees iraacute interferir no resultado final maximizando os resultados mais baixos fazendo

com que os dados mais importantes sejam ldquomascaradosrdquo

Jaacute com a utilizaccedilatildeo da meacutedia aritmeacutetica ponderada atraveacutes de um referencial teoacuterico

eou atraveacutes de consulta a especialista na aacuterea o pesquisador pode interferir (atribuiccedilatildeo de

diferentes pesos) nas necessidades prioritaacuterias do que se pretende realccedilar Por exemplo para

que uma entidade natildeo seja mais considerada pobre ela teraacute que atingir uma dimensatildeo maior

nos temas que satildeo de primordial importacircncia e natildeo em todos os temas podendo-se assim

atribuir pesos diferentes dependendo do grau de importacircncia de cada variaacutevel

As meacutedias utilizadas na pesquisa satildeo exemplificadas a seguir

11

Entendem-se aqui como variaacutevel normalizada os valores das variaacuteveis expressas em uma escala que varia

entre o nuacutemero 0 (zero) e o nuacutemero 1 (um)

73

119872

(1)

119872 ( ) ( )

sum

(2)

119872 radic

(3)

Onde

A B e C= satildeo variaacuteveis distintas

Peso1 e Peso2= pesos atribuiacutedos as variaacuteveis

n= numero total de variaacuteveis

Utilizou-se a meacutedia geomeacutetrica para a composiccedilatildeo dos sub-indicadores e dos

indicadores e a meacutedia aritmeacutetica simples para a composiccedilatildeo do iacutendice de vulnerabilidade

As meacutedias aritmeacuteticas ponderadas foram utilizadas para o caacutelculo das variaacuteveis

exposiccedilatildeo das culturas agriacutecolas e exposiccedilatildeo dos rebanhos

No que se refere agrave normalizaccedilatildeo dos indicadores em relaccedilatildeo aos que se encontravam

expressos em porcentagem bastou dividi-los por 100 tornando-os assim em valores

normalizados dentro da escala de 0 a 1

Jaacute para os dados adimensionais por exemplo o Iacutendice de Anomalia de Chuvas (IAC) o

Iacutendice de Aridez ou de renda (expressos em Reais - R$) tornou-se necessaacuterio definir um

limiar que estabelecesse o que deve ser representado como 0 (zero) sendo ele o menor valor

do universo dos dados e o que deveria ser representado como 1 (um) maior valor do universo

dos dados Para tanto em alguns casos foram utilizados os dados observados nos municiacutepios

componentes da microrregiatildeo geograacutefica em que o municiacutepio encontrava-se inserido em

outros casos foram utilizados os limiares do proacuteprio iacutendice como exemplo pode-se citar o

IAC que varia entre -4 e +4 entatildeo seu limiar superior foi dado pelo valor +4 e o seu inferior

pelo valor -4

74

Quanto aos resultados obtidos na normalizaccedilatildeo dos dados utilizou-se a condicional de

que se o indicador favorecesse o aumento da vulnerabilidade ele seria inserido de forma

direta caso ocorresse o contraacuterio ou seja esse indicador minimizasse a vulnerabilidade do

municiacutepio ele seria inserido da seguinte forma

( ) (4)

A normalizaccedilatildeo dos indicadores nessa escala uacutenica eacute necessaacuteria para que valores em

diferentes unidades de medida possam ser agregados

Sendo assim para o caacutelculo do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca utilizou-se a seguinte

equaccedilatildeo

( )

(5)

44 SISTEMA DE CLASSIFICACcedilAtildeO DOS INDICADORES E DO IacuteNDICE DE

VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave SECA

A classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca foi elaborada a partir

da relaccedilatildeo entre os indicadores os valores das variaacuteveis envolvidas e os criteacuterios referentes agrave

coloraccedilatildeo para a representaccedilatildeo graacutefica com base na distribuiccedilatildeo das classes segundo

classificaccedilatildeo adotada por Coelho et al (2011) e Pires (2015) No Quadro 3 eacute detalhada a

representaccedilatildeo para os Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa e dos

iacutendices de vulnerabilidade socioambiental agrave seca associados com a coloraccedilatildeo para

representaccedilatildeo graacutefica

Quadro 3 - Classificaccedilatildeo dos Indicadores e do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Classificaccedilatildeo

Valor do iacutendice Classe Cor

000 ndash 020 Muito baixa

021 ndash 040 Baixa

041 ndash 060 Meacutedia

061 ndash 080 Alta

081 ndash 100 Muito Alta

Fonte Adaptado de Coelho et al 2011 Pires 2015

75

CAPIacuteTULO V

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Fonte Internet

76

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 5

51 EXPOSICcedilAtildeO DOS MUNIacuteCIPIOS

Para o indicador de exposiccedilatildeo os resultados obtidos no estudo comparativo entre os

muniacutecipios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel permitem destacar

Em relaccedilatildeo agraves variaacuteveis Iacutendice de Anomalia de Chuva e o Iacutendice de Aridez que

compotildeem o sub-indicador exposiccedilatildeo climaacutetica o muniacutecipio mais exposto foi Cabaceiras e o

menos Cajazeiras

Para o sub-indicador de exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo o municiacutepio de Cabaceiras tambeacutem eacute o

mais exposto por apresentar a maior porcentagem de forccedila de trabalho que depende da

agricultura ou seja 16 (Apecircndice A) Essa caracteriacutestica eacute importante porque demonstra a

fragilidade de sua economia agrave seca aleacutem disso em Cabaceiras 56 (Apecircndice A) de sua

populaccedilatildeo vive na zona rural o que pode tornar a situaccedilatildeo mais preocupante e merecedora de

atenccedilatildeo

Para o sub-indicador exposiccedilatildeo das atividades o municiacutepio mais exposto foi Princesa

Isabel Eacute importante mencionar que todos os municiacutepios apresentaram 1 (Apecircndice A) de

aacuterea de estabelecimentos agropecuaacuterios que utilizam agricultura irrigada Esse fato reflete na

porcentagem da aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com lavoura permanente sendo para

os municiacutepios de Cabaceiras Patos e Princesa Isabel tambeacutem valores de 1 (Apecircndice A)

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios com pastagens

naturais o municiacutepio de Princesa Isabel foi o mais exposto Isso quer dizer que apresentou

apenas 11 (Apecircndice A) de aacutereas com pastagens naturais o que constitui uma fragilidade e

agravante na manutenccedilatildeo do equiliacutebrio do ambiente

Os dados disponibilizados pelo IBGE referentes ao Censo Agropecuaacuterio 2006 com

relaccedilatildeo aos dados de porcentagem de pastagem plantada degradada nos municiacutepios dentre os

quatro municiacutepios estatildeo subestimados visto que Cabaceiras Patos e Princesa Isabel

apresentaram valores de 1 (Apecircndice A) e Cajazeiras o valor de 2 (Apecircndice A) De

acordo com as visitas realizadas aacutes aacutereas de estudo pode-se observar que essas aacutereas satildeo bem

maiores

77

Ademais para a exposiccedilatildeo das culturas praticadas nos municiacutepios dado que foi

ponderado com base no trabalho de Hoekstra e Hung (2002) (Anexo B) o municiacutepio de Patos

foi o que obteve o maior valor sendo portanto o mais exposto Jaacute quanto a exposiccedilatildeo do

tipo de rebanho os municiacutepios mais exposto foi Cabaceiras e o menos Princesa Isabel Essa

menor exposiccedilatildeo para o municiacutepio de Princesa Izabel pode ser devido ao maior nuacutemero de

aves (121087 cabeccedilas) no municiacutepio em relaccedilatildeo ao rebanho de bovinos (1434 cabeccedilas)

principalmente na agricultura natildeo familiar

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos utilizou-se graacuteficos do tipo

ldquoradarrdquo (Graacutefico 1 Graacutefico 2 Graacutefico 3 e Graacutefico 4) correspondente aos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel respectivamente Com o intuito de uma

melhor representaccedilatildeo das relaccedilotildees entre o indicador de exposiccedilatildeo com os sub-indicadores que

o compotildeem

Graacutefico 1 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

78

Graacutefico 2 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 3 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

79

Graacutefico 4 Exposiccedilatildeo do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Os resultados indicaram que entre os municiacutepios estudados Patos (Graacutefico 3) foi o

menos exposto (011) principalmente por causa da exposiccedilatildeo climaacutetica e Cabaceiras (Graacutefico

1) o mais exposto (029)

Na Figura 7 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Exposiccedilatildeo segundo a

escala de cores adotada

Figura 7 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Exposiccedilatildeo dos municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo Climaacutetica

Exposiccedilatildeo da populaccedilatildeo

EXPOSICcedilAtildeO

Exposiccedilatildeo da Atividade

80

52 SENSIBILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

O indicador de sensibilidade eacute composto de trecircs sub-indicadores Entatildeo analisando as

caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos municiacutepios com relaccedilatildeo ao rendimento nominal meacutedio

mensal per capita verificou-se que os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o maior

rendimento entre os quatro comparados

No que concerne ao Iacutendice de Inequidade (Gini) o municiacutepio de Cabaceiras apresentou

o pior resultado Assim aleacutem de apresentar o menor rendimento nominal meacutedio mensal per

capita ainda apresenta uma maacute distribuiccedilatildeo de renda entre a populaccedilatildeo residente fator este

que aumenta a sensibilidade dos mais pobres aos efeitos das secas principalmente a que

depende da agricultura familiar

Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de forccedila de trabalho natildeo ocupada o municiacutepio que teve o

pior resultado foi Patos com 30 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo desempregada ou natildeo

empregada formalmente

Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas tecnoloacutegicas empregadas nas comunidades rurais a

variaacutevel correspondente ao volume dos reservatoacuterios atingido no fim do quadrimestre chuvoso

no ano de 2010 o municiacutepio de Patos apresentou o pior cenaacuterio da eacutepoca com apenas metade

de seus reservatoacuterios preenchidos Para agravar ainda mais a situaccedilatildeo das famiacutelias o

municiacutepio tambeacutem apresentou o pior resultado com relaccedilatildeo agrave porcentagem de famiacutelias

atendidas por cisternas ou seja com um total de apenas 1 (Apecircndice A) Isso demonstra

uma deficiecircncia da gestatildeo estadual e municipal na disseminaccedilatildeo e implantaccedilatildeo dessa

tecnologia que tem sido muito importante para convivecircncia com a seca sendo uma das

principais responsaacuteveis por garantir aacutegua para consumo humano nos periacuteodos de seca na

regiatildeo semiaacuterida

Quando se remete agrave porcentagem de famiacutelias atendidas por poccedilos os municiacutepios de

Patos e Princesa Isabel tiveram os piores resultados apresentando tambeacutem valores de apenas

1 no atendimento por essa tecnologia

Ainda no tocante caracteriacutesticas tecnoloacutegicas o municiacutepio de Princesa Isabel

apresentou o menor nuacutemero de propriedades rurais que utilizam a silagem para forragem ou

para guarda de gratildeos totalizando 8 (Apecircndice A) Com relaccedilatildeo agrave porcentagem de

propriedades que utilizam defensivos agriacutecolas Cabaceiras apresentou o melhor cenaacuterio com

13 seguido de Princesa Isabel com 20 Patos com 36 e Cajazeiras com 38 (Apecircndice

A) considerando os problemas ambientais causados por eles

81

Para complementar o indicador de sensibilidade tambeacutem foram analisados a

porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo agriacutecola e a porcentagem de aacuterea

agriacutecola degradada ou improacutepria para pecuaacuteria e agricultura Sobre essas variaacuteveis o

municiacutepio de Patos apresentou a maior porcentagem de propriedades que usam mecanizaccedilatildeo

agriacutecola sendo 8 (Apecircndice A) e a maior porcentagem de aacuterea agriacutecola degradada ou

improacutepria para pecuaacuteria e agricultura com 92 (Apecircndice A)

Sendo assim a partir das Caracteriacutesticas Socioeconocircmicas Caracteriacutesticas Tecnoloacutegicas

e Caracteriacutesticas das Atividades o municiacutepio que apresentou o maior valor de sensibilidade

foi Cabaceiras (Graacutefico 5) e menos sensiacutevel foi Cajazeiras (Graacutefico 8)

Graacutefico 5 Sensibilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

82

Graacutefico 6 Sensibilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 7 Sensibilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

83

Graacutefico 8 Sensibilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 8 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

Figura 8 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Sensibilidade dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

0010203040506070809

1

CaracteriacutesticasSocioeconocircmicas

CaracteriacutesticasTecnoloacutegicas

SENSIBILIDADE

Caracteriacutesticas dasAtividades

84

53 CAPACIDADE ADAPTATIVA DOS MUNICIacutePIOS

O indicador Capacidade adaptativa assim como os demais eacute composto de trecircs sub-

indicadores quais sejam Capacidade humana Governabilidade e Meios de vida

Sobre a Capacidade humana o municiacutepio que apresenta a menor taxa de alfabetizaccedilatildeo eacute

Princesa Isabel com 76 (Apecircndice A) de sua populaccedilatildeo alfabetizada Com relaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo atendida por algum benefiacutecio do Ministeacuterio da Previdecircncia Social o municiacutepio de

Cajazeiras lidera com 31 (Apecircndice A) ficando em uacuteltimo o municiacutepio de Princesa Isabel

com apenas 23 (Apecircndice A)

Sobre o IDH municipal Patos apresenta o maior valor de 070 (Apecircndice A) Entretanto

eacute pertinente destacar que esse dado eacute influenciado principalmente pela longevidade tendo em

vista que em termos de educaccedilatildeo o municiacutepio investe apenas 3 (Apecircndice A) do seu PIB

No tocante agrave Governabilidade o municiacutepio de Cajazeiras teve a maior porcentagem

17 (Apecircndice A) da populaccedilatildeo total inserida em alguns programas sociais financiados pelo

Ministeacuterio de Desenvolvimento Social (PBF + BPC + RMV)

Com relaccedilatildeo ao PIB municipal per capita os municiacutepios de Cajazeiras e Patos

apresentaram os maiores valores com R$ 790197 e R$ 687966 respectivamente no

comparativo entre os quatro municiacutepios

Outra variaacutevel importante eacute a forccedila de trabalho que independe da agropecuaacuteria No

municiacutepio de Cabaceiras apesar de ter economia predominantemente rural tem 84

(Apecircndice A) da sua populaccedilatildeo que independe da agropecuaacuteria Com relaccedilatildeo aos servidores

puacuteblicos os municiacutepios de Cajazeiras Patos e Princesa Isabel apresentaram o mesmo

percentual ou seja 3 (Apecircndice A) ficando Cabaceiras com o menor percentual entre os

quatro municiacutepios estudados com apenas 1 (Apecircndice A)

Sendo assim em relaccedilatildeo agrave Capacidade adaptativa o municiacutepio de Cabaceiras foi o que

obteve o pior desempenho conforme pode ser visualizado nos Graacuteficos 9 10 11 e 12

principalmente no que diz respeito ao sub-indicador de Governabilidade que se sobressai

quando comparado aos demais municiacutepios estudados

85

Graacutefico 9 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 10 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

86

Graacutefico 11 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 12 Capacidade adaptativa do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Na Figura 9 estatildeo mostrados os resultados para o indicador de Sensibilidade segundo a

escala de cores adotada

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

0010203040506070809

1Capacidade Humana

Governabilidade

CAPACIDADE ADAPTATIVA

Meios de Vida

87

Figura 9 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do indicador de Capacidade Adaptativa dos municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

54 IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE DOS MUNICIacutePIOS

Os resultados do Iacutendice de Vulnerabilidade agrave seca foram obtidos por meio de uma

meacutedia aritmeacutetica simples conforme descrito na metodologia

Assim para melhor entendimento eacute importante destacar que quanto maior for o nuacutemero

obtido nos indicadores de Exposiccedilatildeo e Sensibilidade os municiacutepios encontram-se mais

expostos eou mais sensiacuteveis a seca configurando-se como um fator negativo Jaacute em relaccedilatildeo

ao indicador de Capacidade Adaptativa ocorre o oposto ou seja quanto maior o valor do

indicador maior seraacute a possibilidade do municiacutepio sofrer menos danos frente agrave seca ou

mesmo sofrendo danos eles seratildeo menos severos do que nos municiacutepios que apresentem um

menor iacutendice de Capacidade Adaptativa Sendo assim foram obtidos como resultados finais

dos indicadores e do iacutendice de vulnerabilidade os seguintes valores (Tabela 3)

88

Tabela 3- Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade Adaptativa e Iacutendice de vulnerabilidade dos

municiacutepios estudados

Municiacutepio

Indicadores Iacutendice de

Vulnerabilidade Exposiccedilatildeo Sensibilidade

Capacidade

adaptativa

Cabaceiras 029 060 017 057

Cajazeiras 015 042 027 043

Patos 012 053 027 046

Princesa Isabel 020 059 026 051

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Analisando os dados apresentados na Tabela 3 observa-se que os municiacutepios estudados

apresentaram diferentes valores para o Indicador de Exposiccedilatildeo sendo o municiacutepio de Patos o

menor Nessas condiccedilotildees se pode inferir que apesar de Patos apresentar o menor valor se

comparado aos demais municiacutepios natildeo implica que o municiacutepio natildeo se configure com um

cenaacuterio de risco iminente de desastre

No que diz respeito agrave Sensibilidade observa-se que o muniacutecipio de Cabaceiras

apresentou um valor superior aos demais se configurando como o muniacutecipio mais sensiacutevel

Em siacutentese e avaliando de forma geral os Iacutendices de vulnerabilidade agrave seca encontrados

nos municiacutepios estudados observa-se que Cabaceiras eacute o municiacutepio que se mostra mais

vulneraacutevel Isso se deu pelo fato principalmente de apresentar a maior Exposiccedilatildeo

Sensibilidade e a menor Capacidade adaptativa

Essa constataccedilatildeo soacute vem reafirmar a importacircncia da gestatildeo integrada de riscos e

desastres e o incremento de poliacuteticas puacuteblicas que visem agraves medidas de prevenccedilatildeo de

desastres associadas agraves secas principalmente nas regiotildees semiaacuteridas

Os resultados comentados anteriormente podem ser melhor visualizados por meio dos

Graacutefico 13 14 15 e 16 que apresentam os respectivos valores do Iacutendice de Vulnerabilidade a

seca de cada municiacutepio estudado

89

Graacutefico 13 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cabaceiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 14 Vulnerabilidade do municiacutepio de Cajazeiras

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

90

Graacutefico 15 Vulnerabilidade do municiacutepio de Patos

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

Graacutefico 16 Vulnerabilidade do municiacutepio de Princesa Isabel

Fonte Elaboraccedilatildeo da autora 2016

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

0010203040506070809

1Exposiccedilatildeo

Sensibilidade

VULNERABILIDADE

Capacidade Adaptativa

91

55 CLASSIFICACcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Agrave

SECA

A anaacutelise realizada por meio dos indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e Capacidade

adaptativa resultou no Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca Este que de acordo

com a classificaccedilatildeo adotada (Quadro 3) resultou para os municiacutepios de Cabaceiras

Cajazeiras Patos e Princesa Isabel vulnerabilidade meacutedia A Figura 10 apresenta a

classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca para a regiatildeo semiaacuterida do

estado da Paraiacuteba dos quatro municiacutepios estudados

Figura 10 - Representaccedilatildeo cartograacutefica da classificaccedilatildeo do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

dos municiacutepios de Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Isabel no estado da Paraiacuteba

Fonte Autora 2017

92

CAPIacuteTULO VI

CONCLUSOtildeES

Fonte Internet

93

CONCLUSOtildeES 6

As anaacutelises realizadas neste estudo por meio da comparaccedilatildeo entre os municiacutepios de

Cabaceiras Cajazeiras Patos e Princesa Izabel no semiaacuterido do estado da Paraiacuteba

permitiram fazer inferecircncias acerca da vulnerabilidade agrave seca por meio do Iacutendice de

vulnerabilidade socioambiental e de seus indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade e

Capacidade Adaptativa Para isto foi utilizada a metodologia desenvolvida por Bhattacharya e

Dass (2007) e adaptada do trabalho de Rosendo (2014) com as modificaccedilotildees realizadas neste

trabalho

O municiacutepio de Cabaceiras foi o que resultou como o de maior iacutendice de

vulnerabilidade e Cajazeiras o menor sendo os quatro municiacutepios estudados classificados

com Meacutedia vulnerabilidade

Com relaccedilatildeo aos indicadores que compotildeem o Iacutendice de vulnerabilidade o municiacutepio

que apresentou maior Exposiccedilatildeo foi Cabaceiras classificada como Baixa e a menor

exposiccedilatildeo foi Patos com classificaccedilatildeo Muito Baixa Cajazeiras e Princesa Isabel tambeacutem

foram classificados como Muito Baixa

Para o indicador de Sensibilidade o municiacutepio de Cabaceiras foi o mais sensiacutevel e

Cajazeiras o menos sensiacutevel Todos os municiacutepios estudados foram classificados como de

Meacutedia Sensibilidade

O municiacutepio de Cabaceiras apresentou a menor Capacidade adaptativa classificado

como Muito Baixa os municiacutepios de Cajazeiras e Patos apresentaram o mesmo valor e a

maior Capacidade de adaptaccedilatildeo Cajazeiras Patos e Princesa Isabel foram classificados como

de Baixa Capacidade Adaptativa

Eacute pertinente destacar que o cenaacuterio da vulnerabilidade socioambiental agraves secas desses

municiacutepios pode passar por mudanccedilas se forem realizadas accedilotildees preventivas e que favoreccedilam

a convivecircncia com a seca permitindo que os mesmos se tornem menos vulneraacuteveis e que

possam ter assim uma economia produtiva e resiliente a esse fenocircmeno natural tatildeo recorrente

e ciacuteclico

Os resultados deste estudo podem ser utilizados como embasamento para melhor

compreensatildeo da seca na regiatildeo semiaacuterida do estado da Paraiacuteba visto que a desmembramento

dos indicadores em sub-indicadores e variaacuteveis permite conhecer qual aacuterea temaacutetica encontra-

se mais afetada Aleacutem do mais faz-se necessaacuterio natildeo soacute perpassar as fronteiras disciplinares

94

mas tambeacutem as das atividades setoriais e assim definir as diretrizes e as principais accedilotildees

para a mitigaccedilatildeo e a prevenccedilatildeo do fenocircmeno

A partir dos resultados descritos as informaccedilotildees podem ser consolidadas e integradas no

sentido de auxiliar os tomadores de decisatildeo de cada municiacutepio para a elaboraccedilatildeo de planos de

maior efetividade para a convivecircncia com o semiaacuterido

A partir da anaacutelise realizada agrave luz da aplicaccedilatildeo da metodologia do Iacutendice de

vulnerabilidade e da espacializaccedilatildeo dos resultados introduzida nesse trabalho haacute a

expectativa de que a pesquisa possa influir para a promoccedilatildeo de uma melhor compreensatildeo da

situaccedilatildeo da vulnerabilidade ao fenocircmeno das secas em uma visatildeo regional haja vista a faacutecil

visualizaccedilatildeo que oportuniza a percepccedilatildeo das problemaacuteticas com uma capacidade de

interpretaccedilatildeo mais ampla

95

CAPIacuteTULO VII

RECOMENDACcedilOtildeES

Fonte Internet

96

RECOMENDACcedilOtildeES 7

Com a aplicaccedilatildeo do conjunto de indicadores de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

observou-se que a metodologia adaptada de Rosendo (2014) eacute caracterizada como uma

importante ferramenta de diagnoacutestico Assim para que possa ser aplicada aos demais

municiacutepios do semiaacuterido brasileiro de maneira sistemaacutetica deve ser implementada em um

sistema automaacutetico a partir de uma matriz de dados de variaacuteveis que satildeo utilizadas no caacutelculo

do Iacutendice de vulnerabilidade socioambiental agrave seca

Haacute ainda muitos desafios no que concerne ao conhecimento de como melhorar a

convivecircncia com a seca no semiaacuterido Em relaccedilatildeo agraves gestotildees municipais nas quais a questatildeo

dos riscos e desastres decorrentes do fenocircmeno da seca constituem ainda as principais

condiccedilotildees a serem superadas pelos futuros governos eacute recomendada a divulgaccedilatildeo de estudos

e pesquisas como a apresentada nesse trabalho se possiacutevel de forma simplificada fazendo-se

uso de cartilhas

Deve ser recomendado aos oacutergatildeos puacuteblicos como o IBGE a disponibilizaccedilatildeo de dados

relevantes para a pesquisa no semiaacuterido como a relatada nessa dissertaccedilatildeo em formato

amigaacutevel para possibilitar os futuros trabalhos visando uma melhor convivecircncia com a seca

Ademais recomendam-se estudos atemporais da vulnerabilidade agrave seca tanto para a regiatildeo

semiaacuterida do estado da Paraiacuteba como tambeacutem para outras regiotildees semiaacuteridas do mundo no

sentido de identificar se a vulnerabilidade agrave seca dessas aacutereas tem diminuiacutedo ou aumentado

com o passar do tempo

97

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Capiacutetulo III (Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo) Imagem da internet autor desconhecido

Disponiacutevel em lthttpwwwcepedufscbrhistorico-de-secas-no-nordeste-do-brasilgt Acesso

20 jun 2016

Capiacutetulo IV (Materiais e meacutetodos) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo V (Resultados e Discussotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

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Capiacutetulo VI (Conclusotildees) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel em

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Capiacutetulo VII (Recomendaccedilotildees Finais) Imagem da internet autor desconhecido Disponiacutevel

em lthttpwwwagendaparaibacomcai-para-677-milhoes-de-metros-cubicos-dagua-a-

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em 06 fev 2017

109

ANEXOS

ANEXO A - Descriccedilatildeo das tabelas utilizadas do Sistema IBGE de Recuperaccedilatildeo Automaacutetica

(SIDRA)

Tabela 229 - Famiacutelias residentes em domiciacutelios particulares por tipo de famiacutelia situaccedilatildeo do

domiciacutelio e nuacutemero de componentes das famiacutelias

Tabela 765 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras sexo classe de idade e niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa

que dirige o estabelecimento

Tabela 822 - Produccedilatildeo Venda Valor da produccedilatildeo e Aacuterea colhida da lavoura temporaacuteria por

produtos da lavoura temporaacuteria condiccedilatildeo produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea colhida

Tabela 854 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios e Aacuterea dos estabelecimentos por

utilizaccedilatildeo das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras tempo em que o produtor

dirige o estabelecimento grupos de aacuterea total e associaccedilatildeo agrave cooperativa eou agrave entidade de

classe

Tabela 855 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de irrigaccedilatildeo e Aacuterea dos

estabelecimentos por meacutetodo utilizado para irrigaccedilatildeo condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves

terras fonte de aacutegua utilizada orientaccedilatildeo teacutecnica e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 856 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos silos para

forragens por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica

grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 857 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios Nuacutemero e Capacidade dos depoacutesitos

e silos para guarda da produccedilatildeo de gratildeos por condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

grupos de atividade econocircmica grupos de aacuterea total e grupos de aacuterea de lavoura

Tabela 1244 - Nuacutemero de estabelecimentos e Aacuterea dos estabelecimentos agropecuaacuterios por

condiccedilatildeo legal das terras condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade

econocircmica e grupos de aacuterea total

Tabela 1008 - Nuacutemero de estabelecimentos agropecuaacuterios com uso de agrotoacutexicos por tipo de

equipamento utilizado na aplicaccedilatildeo do agrotoacutexico condiccedilatildeo do produtor em relaccedilatildeo agraves terras

niacutevel de instruccedilatildeo da pessoa que dirige o estabelecimento orientaccedilatildeo teacutecnica uso de

equipamentos de proteccedilatildeo e indicativo de pessoas intoxicadas

Tabela 1749 - Efetivo da pecuaacuteria nos estabelecimentos agropecuaacuterios com agricultura

familiar e natildeo familiar em 31122006 por espeacutecie de efetivo condiccedilatildeo do produtor em

relaccedilatildeo agraves terras grupos de atividade econocircmica e grupos de aacuterea total - (MDA)

Tabela 3213 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas e Taxa de alfabetizaccedilatildeo das

pessoas de 5 anos ou mais de idade por idade

110

ANEXO B - Referecircncias utilizadas na composiccedilatildeo dos pesos de exposiccedilatildeo das culturas

agropecuaacuterias e dos rebanhos

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APEcircNDICES

APEcircNDICES A ndash Dados utilizados nos caacutelculos dos Indicadores de Exposiccedilatildeo Sensibilidade Capacidade Adaptativa

113

114

115