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ACADEMIA MILITAR RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO (AVALIAÇÃO INTERNACIONAL) 2006

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ACADEMIA MILITAR

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO

(AVALIAÇÃO INTERNACIONAL)

2006

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NOTA PRÉVIA

A Comissão Interna de Avaliação que elaborou o presente relatório de autoavaliação é constituída pelos seguintes elementos dos diversos corpos da AM, docentes militares e civis, discentes e funcionários:

Cor Art António José Pacheco Dias Coimbra

Eng Carlos Manuel Miranda Vasconcelos Mourão da Silva Lima

Prof Dr José Rodrigues dos Santos

Prof Dr António Joaquim dos Santos Romão Serralheiro

Cor Inf Fernando José Vicente Freire

Maj Art Valdemar de Almeida Rosário

Cap Art Vítor Manuel Ferreira Lopes

Cap Tm Vitor José Abrantes Nunes

Cap AM Elisa Maria Fernandes Coimbra

Alf Al SS Carlos Miguel Cheganças Capela

Alf Al Eng Sílvio Edgar Assis Fernandes

Cad Al Inf Daniel Filipe de Carvalho Gomes

Cad Al GNR Inf Ana Patrícia Domingues Pereira.

(ex-membros da Comissão)

Cor Inf José Joaquim Freire Martins Lavado Cap AM Paulo Jorge Alves Gomes

A Comissão efectuou perto de 20 reuniões de trabalho, a um ritmo de uma por semana nos últimos 6 meses. Os documentos foram sempre divulgados via correio-electrónico por todos os elementos da Comissão para introdução de sugestões, alterações e outras notas consideradas pertinentes, resultando esta troca de correspondência em cerca de duas centenas de documentos. Na realização deste relatório, os diversos elementos da Comissão colaboraram com os discentes através dos alunos integrantes da Comissão e também com o corpo docente. Houve também reuniões alargadas com os docentes e discentes na última fase do trabalho e participações avulsas dos diversos elementos da AM durante toda a execução do relatório. A todos os elementos que, directa ou indirectamente, colaboraram neste trabalho, a Comissão expressa o seu reconhecimento. Validação institucional O presente relatório mereceu do Tenente-General Comandante da Academia Militar o seguinte despacho:

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ÍNDICE Nota prévia ii Índice iii Siglas v 1. CONTEXTO INSTITUCIONAL 1.1. Breve resumo histórico 1 1.2. Localização geográfica 1 1.3. Departamentos, laboratórios e centros de investigação 2 1.3.1. Departamentos inseridos na direcção de ensino 2 1.3.2. Departamento inserido no corpo de alunos 2 1.3.3. Laboratórios e salas técnicas 2 1.3.4. Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL) 2 1.4 Número de alunos por cursos 2 1.5 Elementos de natureza financeira 3 2. MISSÃO, RESTRIÇÕES E OPORTUNIDADES 3 2.1. Missão 3 2.1.1. Missão, visão e objectivos 3 2.1.2. Politica de relações internacionais 3 2.1.3. Ensino, investigação e serviços 4 2.1.4. Prioridades académicas 4 2.1.5. Abordagens didácticas 4 2.1.6. Nível de centralização e/ou descentralização 5 2.1.7. Os financiadores 5 2.1.8. Relacionamento com a sociedade 5 2.2. Restrições e oportunidades 5 2.2.1. Autonomia institucional 5 2.2.1.1. Selecção, nomeação, promoção e dispensa do corpo docente e investigadores e de

pessoal administrativo

6 2.2.1.2. Selecção de alunos 7 2.2.1.3. Ensino e aprendizagem 7 2.2.1.4. Investigação 8 2.2.1.5. Finanças 8 2.2.2. Infra-estruturas 8 3. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 9 3.1. Actividades académicas 9 3.1.1. Abordagens educativas e de investigação 9 3.1.2. Desenho dos programas educacionais e organização das actividades de investigação

10 3.1.3. Forma como os programas educacionais e unidades organizacionais reflectem a

missão e os objectivos

10 3.2. Outras actividades relacionadas com as actividades académicas 11 3.2.1. Transferência de investigação e de tecnologia 11 3.2.2. Formação contínua e continuação de estudos 11 3.2.3. Prestação de serviços comunitários e regionais 11 3.2.4. Análise dos serviços de apoio aos alunos 11

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3.3. Finanças 12 3.4. Actividades de administração 12 3.4.1. Práticas de administração 12 3.4.1.1. Papeis desempenhados pela administração central, pelas várias repartições e

departamentos 12

3.4.1.2. Coordenação entre departamentos 13 3.4.1.3. Forma como o comando controla e decide 13 3.4.2. Envolvência dos alunos na administração 14 3.4.3. Forma como as práticas administrativas reflectem a missão e os objectivos 14 3.4.4. Adequação dos recursos humanos 14 3.4.5. Pontos fortes e fracos e propostas de remediação 14 4. MONITORIZAÇÃO E GESTÃO DA QUALIDADE 15 4.1. Construção de uma política de qualidade 15 4.1.1. Antecedentes 15 4.1.2. A estruturação de uma política 16 4.2. A Secção de qualidade 16 4.3. Monitorização da qualidade: intervenientes e processos 16 4.4. Gestão da qualidade: a exploração das avaliações 17 5. GESTÃO ESTRATÉGICA E CAPACIDADE PARA A MUDANÇA 17 5.1. Capacidade de resposta da AM face às exigências, ameaças e oportunidades

apresentadas pelo seu ambiente externo

17 5.2. Envolvimento de representantes do ambiente externo na gestão estratégica

18 5.3. Possíveis alterações aos objectivos da AM 19 5.4. Optimização entre missões e objectivos actuais e futuros e as actividades 19 5.5. O papel da monitorização e gestão da qualidade 20 6. UNIDADES E ÊNFASE ESPECIAIS 20 6.1. Trabalhando com os intervenientes e/ou os parceiros 20 6.2. Implementação de Bolonha 21 6.3. Orgânica geral 22 6.4. Politica de internacionalização 22 7. CONCLUSÕES 23 7.1. Desafios e estratégia da AM 23 7.2. Pontos fortes e fracos e plano de acção para implementar necessárias melhorias

24 Apêndices:

1 - Organigrama da AM 2 - Alunos 3 - Docentes 4 - Finanças 5 - Resumo histórico da AM 6 - Estratégia da AM 7 - Instalações 8 – Monitorização da qualidade 9 – Cursos de Promoção e de Qualificação

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LISTA DE SIGLAS AM CAl CINAMIL CEME UE CRUP DB DE DSG EME EP ESM ESU ESU-E ESU-N ESU-M FA FCT FPCE/UL GICI GNR I&D IESU IESU-M IST MCTES MDN MNE NIDEx PALOP RAdmE RApE RH RPC PALOP TPO UO UOE UOG

Academia Militar Corpo de Alunos Centro de Investigação da Academia Militar Chefe do Estado-Maior do Exército União Europeia Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas Declaração de Bolonha Direcção de Ensino Direcção dos Serviços Gerais Estado Maior do Exército Escola(s) Prática(s) Ensino Superior Militar Ensino Superior Universitário Ensino Superior Universitário Europeu Ensino Superior Universitário Nacional Ensino Superior Universitário Militar Forças Armadas Fundação para a Ciência e Tecnologia Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa Guerra da Informação / Competitive Intelligence Guarda Nacional Republicana Investigação e Desenvolvimento Instituição de Ensino Superior Universitário Instituição de Ensino Superior Universitário Militar Instituto Superior Técnico Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Ministério da Defesa Nacional Ministério dos Negócios Estrangeiros Normas de Investigação e Desenvolvimento do Exército Ministério dos Negócios Estrangeiros Repartição de Administração Escolar Repartição de Apoio Escolar Recursos Humanos Repartição de Planeamento e Coordenação Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa Tirocínio Para Oficial Unidades Operacionais Unidades Operacionais do Exército Unidades Operacionais da Guarda Nacional Republicana

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Relatório de Autoavaliação

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1. CONTEXTO INSTITUCIONAL

1.1. Breve resumo histórico

A Academia Militar (AM) é um estabelecimento militar de ensino superior que desenvolve actividades de ensino, de investigação e de apoio à comunidade, com a finalidade essencial de formar Oficiais destinados aos Quadros Permanentes (QP) das armas e serviços do Exército e da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Depende organicamente do Ministério da Defesa Nacional (MDN), através do Estado Maior do Exército (EME).

Desde as origens mais remotas até à actualidade, passou por várias fases de transformação que se resumem no Apêndice 5.

Actualmente, as 10 Licenciaturas ministradas na AM – algumas frequentadas também por alunos de países lusófonos – são as seguintes:

Licenciaturas em Ciências Militares, nas especialidades de: • Infantaria, Artilharia, Cavalaria e Administração Militar (para o Exército) • GNR–Armas e GNR–Administração (para a GNR)

Licenciatura em Engenharia Militar, na especialidade de Engenharia Licenciaturas em Engenharia Electrotécnica Militar, nas especialidades de: • Transmissões • Material

Licenciatura em Engenharia Mecânica Militar, na especialidade de Material As Licenciaturas em Ciências Militares têm a duração de 10 semestres, sendo 9 ministrados na

AM e o último, designado como Tirocínio para Oficial (TPO), nas Escolas Práticas (EP). As Licenciaturas em Engenharia têm a duração de 14 semestres, 9 na AM, 4 no Instituto Superior Técnico (IST) e o último nas EP (TPO).

Refira-se ainda que, por Portaria conjunta nº 162/99, de 10Mar99, dos Ministros da Defesa Nacional e da Educação, a AM ficou autorizada a conferir diplomas de formação militar complementar de licenciaturas na área de saúde, sendo integralmente assegurada pelas Universidades civis a formação não militar conducente ao grau de licenciado nessas áreas. Os planos de estudos destas licenciaturas incluem a totalidade de unidades curriculares em vigor naquelas Universidades, sem prejuízo da integração de outras matérias, tendo em vista a adequação dos cursos ao objectivo da formação. Por Portaria nº 1236/02, de 06Set02, foi aprovado o plano de estudos da formação militar complementar de licenciaturas em medicina, medicina dentária, medicina veterinária e farmácia.

1.2. Localização geográfica

A AM dispõe, essencialmente, de dois campus: • O da Sede, localizado em plena zona urbana da cidade de Lisboa, onde estão instalados o

Comando e os serviços de apoio à AM, bem como as dependências (alojamentos, campos desportivos e piscina) destinadas aos alunos na frequência de licenciaturas com mais de 10 semestres. Os cursos de tipo pós-graduação, realizam-se igualmente nestas instalações.

• O do Destacamento da Amadora, localizado nos arredores da cidade de Lisboa, onde decorrem a quase totalidade das actividades curriculares dos primeiros anos das várias licenciaturas, incluindo as correspondentes instalações laboratoriais, desportivas e de alojamento dos alunos.

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Relatório de Autoavaliação

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1.3. Departamentos, Laboratórios e Centros de Investigação

A AM compreende, em termos gerais, a Direcção de Ensino (DE), o Corpo de Alunos (CAl) e a Direcção de Serviços Gerais (DSG). Os departamentos e laboratórios dependem da DE ou do CAl (Apêndice 1).

1.3.1. Departamentos inseridos na DE: Departamento de Ciências Exactas e Naturais, Departamento de Ciências e Tecnologias

Militares, Departamento de Ciências e Tecnologia de Engenharia, Departamento de Ciências Sociais e Humanas e Departamento de Línguas Estrangeiras

1.3.2. Departamento inserido no CAl

Departamento de Instrução e Treino (em coordenação com a DE)

1.3.3. Laboratórios e salas técnicas (para fins técnico-científicos e militares)

Laboratório de Química, Laboratório de Hidráulica e Mecânica dos Fluidos, Laboratório de Materiais de Construção e Mecânica dos Solos, Laboratório de Mecânica, Laboratório de Resistência de Materiais e Automação Industrial, Laboratório de Física, Laboratório de Electricidade e Laboratório de Ensaios do Betão e do Aço (este na Sede), Salas de Cálculo Automático (na sede e no aquartelamento da Amadora), Sala de Topografia, Sala de Armamento e Sala de Fisiologia do Esforço.

1.3.4. Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL)

Este Centro foi criado como estrutura de investigação científica da AM, por despacho de 04 de

Dezembro de 2001 do General CEME e iniciou a sua actividade com 55 membros, agregando desde logo 12 projectos de investigação.

Em 11 de Março de 2005, foram aprovadas as Normas de Investigação e Desenvolvimento do Exército (NIDEx), que regulam as actividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) neste Ramo das Forças Armadas, sendo atribuída ao CINAMIL a responsabilidade pela coordenação dos projectos de I&D de todo o Exercito.

Assim, o Centro é hoje uma estrutura de investigação científica e desenvolvimento tecnológico do Exército Português, enquadrada na hierarquia de comando da AM.

Integra docentes da AM, bem como outros militares e civis pertencentes ou não a unidades do Exército e que se lhe associem nos termos dos estatutos aprovados.

Para além de promover e coordenar actividades de I&D, compete-lhe a criação de condições para a formação avançada dos seus membros, incentivando-os à obtenção de graus académicos de mestre e doutor, bem como apoiar a prossecução de projectos orientados para soluções tecnologicamente inovadoras e visando lançar as bases para uma Rede de Conhecimento ao nível da Segurança e Defesa. Cabe-lhe também organizar encontros científicos e fomentar a publicação e divulgação das actividades de I&D.

No quadro 5 do Apêndice 4 estão listados os projectos realizados em 2005.

1.4. Número de alunos por cursos

Nos cursos da AM, o número de alunos em cada grupo de cursos afins, sem distinguir entre os destinos Exército e GNR, foi, nos 6 anos lectivos considerados, o seguinte:

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Ano Lectivo 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006 Licenciaturas

Armas * 370 362 358 370 400 386 Engenharias 99 98 96 98 91 96

Administração 63 52 46 35 58 75 Saúde 63 80 96 93 122 119 Totais 595 592 596 596 671 676

Pós-graduações GICI 25 30 18

História Militar 14 * Cursos de especialidades de Infantaria, Artilharia, Cavalaria e GNR-Armas.

Tanto num caso como no outro, valores mais especificados constam de quadros do Apêndice 2.

1.5. Elementos de natureza financeira

Pela natureza especial do seu enquadramento e missão, a AM é financiada praticamente em exclusivo pelo Estado.

Do quadro 1 do Apêndice 4 retira-se que no ano de 2005, 99,5% dos encargos da AM foram suportados por verbas estatais e apenas 0,5% dos encargos globais desse ano couberam a outras fontes de financiamento. À investigação foram destinados 1,1% do total.

2. MISSÃO, RESTRIÇÕES E OPORTUNIDADES

2.1. Missão

2.1.1. Missão, visão e objectivos A AM pretende afirmar-se como Instituição de Ensino Superior Universitário (IESU) de

excelência, a nível nacional e internacional, com a finalidade essencial de formar oficiais para os QP das armas e serviços do Exército e da GNR como está definida na sua visão e estratégia (Apêndice 6).

Os cursos da AM são ministrados num ambiente militar, visando transmitir uma formação comportamental assente numa sólida educação militar, moral e cívica, marcada pelo facto de os Alunos serem simultaneamente estudantes e militares.

A AM insere-se assim num sistema de formação com dupla subordinação, ao Ensino Superior Universitário Português e Europeu, tutelado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), e ao Sistema de Instrução do Exército Português, dirigido pelo Ministério da Defesa.

O primeiro determina os termos de referência quanto a graus académicos e respectivas condições de atribuição, requisitos estruturais e curriculares em geral, assim como as modalidades de avaliação do ensino. O segundo organiza o sistema de formação do pessoal do Exército e define os níveis de ensino, formação e instrução institucionais. É neste contexto que a AM estabelece o seu posicionamento estratégico, de forma a salvaguardar a capacidade de evoluir e inovar.

2.1.2. Politica de relações internacionais

A AM tem, desde há décadas, uma política consolidada de relações internacionais com instituições congéneres através do estabelecimento de relações que permitem troca de experiências, transferência de conhecimentos, intercâmbios de alunos e professores.

Os cursos da AM são também frequentados por alunos de Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe, e Cabo Verde, numa actividade ao serviço do interesse nacional. O desenvolvimento de projectos de I&D conjuntos com os Estados Unidos da América, Brasil e alguns

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Relatório de Autoavaliação

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países europeus foi iniciado recentemente e será aprofundado no futuro. É intenção da AM intensificar e alargar o âmbito da cooperação com instituições congéneres

internacionais.

2.1.3. Ensino, investigação e serviços

Em termos de ensino a AM pretende implementar um sistema de benchmarking aferindo os parâmetros pertinentes de avaliação com as melhores universidades militares no que respeita, nomeadamente, a pedagogia por competências. Nestes termos arquitecta padrões de pedagogia de elevada qualidade, a monitorizar com exigência e rigor, como garantes da obtenção das competências desejadas.

Em termos, de investigação a AM pretende ser um pólo especializado em assuntos de Segurança e Defesa a nível nacional e dinamizar as linhas de investigação existentes, que se podem redefinir em função dos interesses das FA, visando a aplicabilidade tanto na Indústria de Defesa como, de modo directo, na actividade operacional.

Em determinadas áreas de Pós-graduação, mais inovadoras, tais como a Guerra da Informação/ Competitive Intelligence (GICI), assumir-se como Escola de referência na Europa através do binómio ensino/investigação visível na produção científica da temática.

Noutros serviços, a AM deve ser um exemplo/referência de abertura ao conhecimento, pondo ao dispor de todos os interessados, nomeadamente à comunidade científica nacional, a sua capacidade de produção de saber e de aprofundamento do conhecimento.

2.1.4. Prioridades académicas

As prioridades académicas são definidas de acordo com os perfis de competências exigidos pelo desempenho profissional.

As competências fundamentais são as que resultam dos seguintes tipos de funções: • Operacional e combatente, um “homem de acção em contexto de stress”; • Analista de situações e decisor; • Um comandante, com capacidade de liderança; • Um negociador, com capacidade de comunicação; • Gestor de recursos humanos e materiais.

Os programas de ensino integram por conseguinte as Ciências Militares (Tácticas, Armamentos, etc.), as Ciências Sociais e Humanas (Estratégia, Liderança, História, etc.), a Gestão (Logística, Recursos Humanos, etc.), as Ciências Exactas (Investigação Operacional, Probabilidades e Estatística, etc.), o Treino Físico e a Formação Comportamental, e outras áreas que contribuem para a completa formação.

As áreas de investigação que se pretende que tenham como referência os interesses e as necessidades sobretudo de ordem genética associados à área Operacional das Forças Armadas, cobrem actualmente áreas do conhecimento diversificadas, aproveitando internamente as competências existentes.

2.1.5. Abordagens didácticas

As abordagens didácticas utilizadas na instituição não estão cabalmente medidas. São empregues metodologias diversificadas, designadamente expositivas, estudo de casos, aprendizagem baseada na resolução de problemas, seminários, práticas de laboratório, conferências, exercícios de campo, visitas e outras.

Admite-se que a abordagem mais comum seja expositiva e o esforço consagrado pelos alunos à aprendizagem consista dominantemente na presença às aulas. Com a mudança de paradigma mais vocacionado para a aprendizagem centrada no aluno, conforme solicita “Bolonha”, os programas das

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disciplinas poderão contemplar também o registo das competências genéricas e transversais potenciadas pelas mesmas.

2.1.6. Nível de centralização e/ou descentralização

A centralização ocorre no nível de formação exclusivamente militar, traduzida no adestramento militar, comportamental e no treino físico, nomeadamente por uma questão de formação militar.

Ao nível da docência académica deve manter-se a descentralização e incentivar uma maior capacidade de fazer propostas e tomar iniciativas, ainda que enquadradas nas orientações do Comando.

É conveniente estimular uma maior participação na gestão da formação mediante a elaboração de propostas de cursos ou módulos com interesse para a Instituição Militar, nomeadamente Exército e GNR, de modo a satisfazer lacunas que tenham de ser colmatadas de forma extra-curricular (entre outras, dificuldades em matemática, português e inglês).

Embora a construção dos currículos académicos esteja a cargo do corpo docente, o Comandante da AM aprova os conteúdos das diversas unidades curriculares, o CEME aprova os planos dos cursos, e o MDN e o MCTES aprovam a estrutura curricular.

O grau de qualidade das aulas pretende-se que seja assegurado por um observatório na dependência do comando e com os Directores de Curso.

2.1.7. Os Financiadores

A AM funciona quase exclusivamente com fundos do Estado Português (financiamento público de cerca de 99,5% dos custos). O Exército e a GNR são os principais órgãos financiadores da formação e da investigação e os empregadores dos diplomados, pelo que os objectivos definidos por estas instituições deverão ser eficazmente satisfeitos.

2.1.8. Relacionamento com a sociedade

A formação dos futuros oficiais não é um problema que concerne apenas às instituições militares, antes é um problema que diz respeito à sociedade no seu conjunto.

Tanto na formação académica como na socialização comportamental, a AM assume-se enquanto Escola de cidadania, no respeito pelas instituições e valores fundamentais da República Portuguesa, assim como pelas suas normas éticas.

No relacionamento exterior a AM procura assumir uma atitude de responsabilização visível na rentabilização dos recursos ao seu dispor e na abertura à sociedade civil. Nos domínios em que detém perícia especializada, a AM pretende ser um interlocutor privilegiado e um centro de produção de conhecimento socialmente útil.

2.2. Restrições e oportunidades

2.2.1. Autonomia institucional

A Instituição possui autonomia pedagógica mas um grau reduzido de autonomia financeira, estando dependente dos recursos que lhe são proporcionados pelo Comando do Exército.

A gestão destes recursos está sujeita às regras administrativas do Exército, tal como qualquer unidade militar.

Sendo a AM, por outro lado, considerada como um Estabelecimento de Ensino Superior Universitário, com as funções e as exigências associadas a tal estatuto e que são, em grande parte heterogéneas em relação ao de “unidade militar”, a compatibilização das regras que regem estas duas entidades nem sempre é fácil.

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2.2.1.1. Selecção, nomeação, promoção e dispensa do corpo docente e investigadores, e de

pessoal administrativo Corpo Docente A dependência de entidades exteriores, agravada pela dupla tutela, e a reduzida autonomia, cria

limitações a um adequado recrutamento do corpo docente. Em consequência temos:

Corpo docente civil

Restrições • À semelhança das outras Instituições do Ensino Superior o Corpo Docente civil da AM

apresenta alguma tendência de envelhecimento. • Graus académicos: 44% são licenciados, 25% mestres e 31% doutorados.

Oportunidades • Nos próximos dez anos passará à situação de reforma uma percentagem significativa do

actual corpo docente. • A actual estratégia de recrutamento deve ser continuada, prosseguindo-se com o incremento

do número de docentes jovens e com elevado perfil universitário. Corpo docente militar

Restrições

• O Corpo Docente militar está dedicado, principalmente, ao ensino das disciplinas militares; 19% possui qualificações académicas de grau “mestre” ou “doutor”.

• Por imperativos de gestão da carreira militar, a permanência na AM é de um modo geral curta (3 anos com prorrogação de dois anos, 1+1).

Oportunidades

• O nível de qualificação profissional do Corpo docente militar da AM é alto (a quase totalidade são Oficiais superiores, muitos deles com o CEM).

• Existe, no Exército português, um número importante de Oficiais com elevadas qualificações profissionais e experiência internacional, cuja colocação na AM tem constituído uma mais valia que se pretende incrementar.

Investigação

Restrições • À semelhança das outras Instituições do Ensino Superior não existe actualmente um quadro

de pessoal especialmente dedicado à investigação nem pessoal com essa definição exclusiva. • A parte das despesas referentes à AM consagrada à investigação é cerca de 1%.

Oportunidades • A transferência da investigação do Exército para o CINAMIL é um desafio para um reforço

significativo destas actividades, com a condição essencial de que os orçamentos aumentem de maneira significativa e a investigação tenha mais aplicação no concreto.

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Relatório de Autoavaliação

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Pessoal não docente

Restrições

• O pessoal civil ostenta uma média de idades elevada e um nível de qualificações baixo. • A admissão de pessoal administrativo está limitada pela tutela por questões de ordem

financeira e o processo de colocação está dependente de entidades externas, em concorrência com outros órgãos do Exército.

• Todo o pessoal (civis e militares) em serviço na AM, dispõe de fraca apetência e capacidade para utilizar as novas tecnologias de informação.

Oportunidades

• O facto de a média da idade das pessoas ser relativamente elevada possibilita, na oportunidade, renovação de pessoal em quantidade acentuada.

• Os funcionários manifestam grande apego à instituição que prezam em servir, em geral devotadamente, o que aliado à capacidade interna para alguma melhoria de qualificações, tem potenciado a resolução dos problemas do quotidiano.

• Há também a oportunidade de se recrutarem funcionários de outros ministérios que estejam no quadro de excedentes e tenham boas qualificações.

• O aparecimento de novas gerações com mais apetência para as novas tecnologias poderá facilitar a implementação de um bom Sistema de Gestão de Informação.

2.2.1.2. Selecção de alunos

Restrições • O universo dos candidatos ao Ensino Superior no qual a AM recruta os seus Alunos é

restringido pelos pré-requisitos das provas de selecção, médicas, físicas e psicotécnicas, num processo muito completo e já consolidado.

• A AM continua a recrutar para os cursos das armas do Exército apenas entre os candidatos das opções ditas “científicas”, com disciplinas específicas como a Matemática, a Física, etc. Este universo de potenciais candidatos revela-se restrito, se comparado ao da totalidade dos alunos que obtiveram aproveitamento no Ensino Secundário.

Oportunidades

• No futuro deverão ser equacionadas outras soluções como sejam o alargamento das condições de acesso aos cursos das armas do Exército.

2.2.1.3. Ensino e aprendizagem

Restrições • A dupla tutela externa agrava a lentidão e rigidez dos mecanismos administrativos, limita a

agilidade da adaptação das estruturas e a atribuição de graus académicos. • O recrutamento de novo pessoal docente é urgente para a garantia da percentagem mínima de

doutores e de pessoas de elevada competência e experiência profissionais, fundamentalmente para a atribuição dos 2º e 3º ciclos prescritos pela DB. Tal não foi ainda possível face às actuais restrições orçamentais.

• À semelhança das outras Instituições do Ensino Superior a criação e fecho de órgãos estão dependentes de aprovação superior e publicação de legislação específica o que torna o processo demasiado longo, burocrático e pouco flexível.

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Relatório de Autoavaliação

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Oportunidades • As novas missões, que tanto o Exército como a GNR cumprem, definem o perfil do “Oficial

do século XXI”. A partir desse perfil deve ser delineada e implementada uma estratégia de adaptação dos planos de estudos, especialidades, unidades curriculares e abordagens didácticas.

• A implementação de Bolonha e a adequação do Estatuto e Regulamento da AM criam um ambiente favorável à revisão dos constrangimentos legais e configuram oportunidades para os ultrapassar.

2.2.1.4. Investigação

Restrições • A investigação científica ocupa um espaço limitado nas actividades da AM, sendo-lhe

atribuída cerca de 1% das despesas anuais da AM. • A inexistência de instâncias especializadas na investigação de interesse e/ou de aplicação

militares e a falta de uma política de defesa estruturada de longo prazo, conduz a uma apreciação de projectos, assente, prioritariamente, nos custos previstos.

• O carácter multidisciplinar das actividades de Investigação desenvolvidas pelo CINAMIL, não se encaixando numa área científica actualmente reconhecida pela FCT assim como a ausência de massa crítica em qualquer das áreas, têm inviabilizado a sua acreditação por esta.

Oportunidades

• A transferência de toda a investigação do Exército para o CINAMIL abre espaço para um reforço destas actividades.

• Existem alguns elementos do corpo docente civil com elevadas capacidades de investigação que poderão ser mais orientados para estas actividades.

2.2.1.5. Finanças Restrições

• A AM não possui autonomia financeira, ou seja, gere somente verbas para as suas actividades normais (para aquisição de bens não duradouros e serviços), não tendo liberdade para gerar receitas adicionais de grande dimensão.

• Os fundos geridos pela AM são os do Estado para as actividades normais e os fundos próprios que só podem ser gerados no âmbito de actividades que decorrem da Missão da Instituição. Todos os outros são da responsabilidade dos respectivos Órgãos Logísticos do Exército, através de pedidos efectuados pela AM (quadro 2 do Apêndice 4).

Oportunidades

• As instâncias dirigentes do Exército e da GNR têm manifestado uma crescente sensibilidade em relação à importância da investigação, abrindo uma janela de oportunidade para um incremento do esforço financeiro e institucional nestas áreas.

2.2.2. Infra-estruturas

Restrições

• O acervo da Biblioteca da AM é limitado, no entanto é potenciado com o acesso à b-on e outras boas bibliotecas virtuais através do acesso on-line, permitindo uma consulta e investigação alargada.

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Oportunidades • A AM possui as infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento das suas actividades

continuando a decorrer o processo com vista à completa modernização das suas instalações no Destacamento da Amadora (Apêndice 7).

• A AM além de ter acesso Internet, está ligada à Intranet do Exército, ligação ao meio profissional, e possui uma Intranet própria que possibilita e desenvolve a troca de informação e constitui um meio de divulgação e de interacção que favorece a aprendizagem (com acesso a aulas e meios de estudo).

3. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1. Actividades académicas

3.1.1. Abordagens educativas e de investigação

O momento actual caracteriza-se pela tentativa de implementação das normas decorrentes do

processo de Bolonha, traduzindo-as em novas estruturas curriculares, novos planos de cursos e, deseja-se, novas metodologias. A missão institucional continuará a ser a de ajudar os estudantes a desenvolverem competências, atitudes e valores, o pensamento crítico, o saber como aprender, conscientes das suas responsabilidades cívicas e individuais, dotados de capacidade de comunicação oral e escrita, de auto-estima e de autoconfiança e da capacidade de reconhecer a sua competência, da capacidade de liderança e de trabalho em grupo.

As actividades de ensino e aprendizagem na AM têm carácter presencial obrigatório e ostentam uma componente “académica” e uma componente mais prática, de formação militar ministrada pelo CAl.

As actividades académicas apresentam características do ensino de cariz vocacional (orientada para a utilidade imediata após conclusão do curso) e do ensino de cariz universitário.

As vertentes fundamentais da formação do aluno são: Formação Científica de Base – serve de suporte quer ao desenvolvimento e compreensão das

matérias ministradas quer, futuramente, à aquisição de novos conhecimentos decorrentes da acelerada evolução do conhecimento, numa perspectiva de valorização profissional permanente.

Formação Militar – tem como principal objectivo, desenvolver nos alunos os atributos de carácter, alto sentido do dever, honra, lealdade, culto da ordem e disciplina, indispensável a quem se destina a funções de comando e chefia. Pretende-se que o aluno se torne num garante das tradições e Valores Pátrios, assumindo-se como cidadão como elevados padrões morais, conhecedor da realidade do País, da sua história e cultura.

Preparação Física – visa conferir ao aluno a aptidão e desembaraço físico indispensável ao cumprimento das suas futuras missões. Além do Treino Físico, o aluno desenvolve, em horário escolar, actividades como Judo, Equitação, Natação, Esgrima, Luta Militar e Boxe. Como actividades extra-curriculares, o aluno pode desenvolver ainda as seguintes actividades: Mergulho Amador; Orientação; Mesa Alemã; Artes Marciais. É de salientar, ainda, a participação em campeonatos universitários de diversas modalidades.

Adestramento Militar – engloba as várias disciplinas de Instrução Militar Geral visando conferir ao aluno o treino indispensável ao cumprimento das suas futuras missões. A Instrução Militar desenvolve-se durante o ano lectivo, tendo especial incidência em acções desenroladas no campo, em número elevado e realizada com frequência, em exercícios.

Boa parte da formação pessoal e comportamental é assegurada por uma integração intensiva resultante do regime de internato.

A vida em regime de internato tem sido entendida como comportando uma exigência de disponibilidade permanente perante solicitações imprevistas. Estas podem afectar tanto os tempos deixados livres no horário escolar, durante o dia, como no período nocturno.

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Quanto à organização do tempo, em termos simplesmente quantitativos, a reestruturação dos cursos com vista à adaptação ao formato de Bolonha conseguiu reduzir o número de horas de actividades escolares calendarizadas (obrigatórias) para um montante situado entre 28 e 36 horas por semana. Esta carga horária tem merecido reflexão e já resultou em reajustes, continuando a ser uma preocupação a sua redução.

Conforme se verifica nas outras IES o processo de aprendizagem tende, de modo natural, a ser orientado para a memorização acrítica de conteúdos, o estudo porventura a ser feito em função dos testes, e os trabalhos individuais ou de grupo realizados de modo rotineiro e pouco criativo, com qualidade final a necessitar de aperfeiçoamento.

Os processos de implementação de Bolonha e de um plano de qualidade constituem desta forma uma janela de oportunidade para a mudança para um modelo baseado no desenvolvimento de competências, onde se incluem quer as de natureza genérica – instrumentais, interpessoais e sistémicas – quer as de natureza específica associadas à área de formação, e onde a componente experimental e de projecto desempenham um papel importante. O grande desafio será transformar o ensino presencial, centrado na exposição pelo professor, num sistema de aprendizagem centrado mais no esforço individual, voltado para o desenvolvimento das competências dos cadetes, do saber e do saber fazer.

No final dos cursos os alunos efectuam um trabalho de investigação que segue as normas gerais e boas práticas comummente aceites na área científica, pugnando a AM pela continuação da melhoria deste processo.

3.1.2. Desenho dos programas educacionais e organização das actividades de investigação

Os programas educacionais traduzem-se, no que concerne à AM, em planos de estudos, organização curricular dos Cursos que incluem uma componente formativa de adestramento militar, treino físico e comportamental.

A enunciação dos objectivos dos cursos (que são os objectivos de formação que a estrutura dos cursos é destinada a preencher), estabelece a adequação da formação ao exercício de funções pelos futuros militares. As competências para o exercício destas funções ainda que estabelecidas de forma heurística, assentam nas experiências vividas por gerações de militares no passado, em vários teatros de operações e múltiplas situações. Um trabalho de investigação, recentemente concluído, já permitiu estabelecer cientificamente as competências que os Oficiais devem possuir e que servirá de base para a definição dos novos “curricula” a implementar.

As actividades de investigação estão centralizadas no CINAMIL e a sua interligação com o ensino pode ser incrementada. Os Estudos Pós-graduados potenciam uma excelente conexão entre o Ensino e a Investigação, cuja manifestação pode ultrapassar os trabalhos científicos de dissertação.

3.1.3. Avaliação de como os programas educacionais e unidades organizacionais

reflectem a missão e os objectivos

Se considerarmos estritamente a missão da AM (preparar oficiais para desempenho de funções de subalterno durante 5 anos e a médio-longo prazo para funções de maior responsabilidade, sendo a formação inicial complementada com formação ao longo da vida) podemos afirmar que os programas educacionais e unidades organizacionais reflectem a missão e os objectivos.

Por haver necessidade de uma maior recolha de informação sobre as expectativas dos discentes e da satisfação dos empregadores (unidades militares) de forma a possibilitar uma efectiva reflexão sobre a real conexão do desempenho à formação, começou a ser desenvolvido um processo de inquérito aos Comandantes dos Oficiais diplomados pela AM.

A existência simultânea de um director de curso (preocupado com a vocação do curso) e de uma estrutura departamental (preocupada com os diversos domínios do conhecimento) constitui um mecanismo suficientemente fluído para assegurar o cumprimento dos objectivos e da missão.

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3.2. Outras actividades relacionadas com as actividades académicas

3.2.1. Transferência de Investigação e de Tecnologia

As transferências de Investigação e Tecnologia (I&T) em relação à sociedade civil são

enquadradas pelos Objectivos de Força determinados pelo Comando do Exército. O principal fluxo de transferências para a sociedade civil, longe de ser de todo desprezível, é

fruto das actividades individuais dos oficiais formados pela AM, em paralelo com a actividade profissional, ou após a sua saída da carreira em postos intermédios.

Outra forma de transferência, também importante, é a realização de cursos de curta duração, em colaboração com diversas instituições externas nomeadamente universitárias, e das pós-graduações que constituem uma transferência privilegiada para a sociedade civil do conhecimento, nomeadamente o militar.

A definição de uma estratégia clara, actualizada e em ligação com os problemas da vida real em geral e da instituição militar em particular, dotada de meios adequados e objecto de consenso por parte do colectivo de investigadores é um objectivo prioritário. Tal estratégia deveria centrar-se nas questões de Segurança e Defesa, entendidas de modo abrangente para incluir os novos aspectos destas problemáticas, domínio em que a AM detém um reconhecido capital de competências.

Ela deveria visar obter o reconhecimento destes domínios enquanto Área Científica Especializada junto das instâncias competentes do MCTES e sobretudo da FCT.

3.2.2. Formação contínua, continuação de estudos

O sistema de formação do pessoal do Exército e da GNR interliga diversos níveis de ensino, formação e instrução ao longo da vida profissional (Apêndice 9). Estes incluem nomeadamente a instrução elementar, as formações técnicas curtas para pessoal subalterno, as formações de carácter politécnico, as formações universitárias iniciais dos oficiais e por fim as formações profissionais ao longo da carreira, quer se trate de cursos de especialização, de promoção aos postos seguintes ou de qualificação. Alguns dos cursos são de âmbito conjunto e com a participação de oficiais estrangeiros. Também os Oficiais portugueses participam em cursos similares no estrangeiro, obtendo em alguns deles equivalências aos nacionais.

O Exército e a GNR, mediante concurso, seleccionam ainda alguns oficiais para a frequência, em universidades civis, de cursos de interesse para o serviço.

3.2.3. Prestação de serviços comunitários e regionais

A AM presta alguns serviços comunitários relevantes, nomeadamente de apoio aos hospitais de

Lisboa com um heliporto para transporte de doentes urgentes. As suas boas instalações desportivas também são utilizadas para diversos fins por variadas

entidades públicas e privadas. O acervo histórico da Biblioteca é disponibilizado para a consulta de entidades exteriores. A capela está aberta ao público.

3.2.4. Análise dos serviços de apoio aos alunos

Dos serviços de apoio aos alunos que podem ser considerados variados, completos e de

qualidade, ressaltam-se: • Instalações para os alunos (alojamentos, zona de refeições, de estudo e de convívio,

enfermarias e salas informáticas); • Equipamentos para educação física e prática desportiva (incluindo ginásios cobertos e

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descobertos, piscina coberta, picadeiros, campos de obstáculos, pistas de atletismo, carreiras de tiro e campos para várias outras actividades desportivas);

• Duas Bibliotecas, reprografias e Internet nos alojamentos; • Apoio de serviços de saúde com médico, de psicologia, fisioterapia, estomatologista e

capelão.

3.3. Finanças

O financiamento da AM provém de duas fontes distintas: fundos governamentais e fundos não governamentais. A gestão dos fundos governamentais destinados a vencimentos, alimentação, fardamento e equipamentos duradouros, é da responsabilidade dos órgãos de apoio do Exército, cabendo à Ama administração das verbas para as actividades normais.

Iniciou-se no corrente ano a introdução de um novo processamento contabilístico, semelhante aos adoptados pelas entidades privadas, que vai permitir a utilização da contabilidade analítica.

O regime de aquisição de bens e serviços do Estado encontra-se regulamentado por diplomas legais, estabelecendo procedimentos rígidos a cumprir pelas instituições do Estado e impondo limites para a autorização de despesas às entidades públicas, que no caso do Comandante da AM é de 249.399 €, existindo ainda uma subdelegação de competências interna no Director dos Serviços Gerais. Todos os anos é efectuado o Plano Geral de Actividades que indica as necessidades orçamentais para o ano seguinte.

As verbas para as actividades normais (quadros 3 e 4 Apêndice 4) controladas centralmente pelo Comando, são as únicas que poderão ser utilizadas na implementação de novas actividades. As verbas aprovadas nos projectos de Investigação e Desenvolvimento financiados, no âmbito do CINAMIL, são da responsabilidade dos respectivos Directores dos Projectos, sendo efectuados somente pela AM a respectiva aquisição, contabilização e pagamentos (Quadro 5 do Apêndice 4). As restantes verbas são controladas pelos diversos órgãos logísticos.

As únicas verbas utilizadas pelos diversos departamentos são as relativas a aquisição de bens não duradouros, nomeadamente expediente, sendo as restantes geridas pelas entidades com competência para efectuar despesas, através de requisições internas dos Departamentos.

3.4. Actividades de Administração

3.4.1. Práticas de administração

3.4.1.1. Papéis desempenhados pela administração central, pelas várias repartições e

departamentos A Direcção dos Serviços Gerais (DSG), dependente directamente do Comandante da AM,

planeia, organiza, assegura e superintende no apoio logístico e administrativo geral da AM, de acordo com as directivas de comando em estreita coordenação com a DE e com o CAl. Planeia, organiza e superintende as actividades de manutenção e conservação das instalações, materiais e equipamentos e garante a gestão financeira.

A DE dependente, através do 2º Comandante, do Comandante da AM, planeia, coordena e controla as actividades de ensino, instrução e investigação, sendo constituída pelos departamentos de ensino e pelos órgãos de apoio (Apêndice 1).

Os departamentos de ensino da AM são órgãos estruturais da direcção de ensino que congregam os meios humanos e materiais de índole científica e pedagógica, agrupados de acordo com as suas afinidades, tendo em vista a sua gestão nas melhores condições de economia e funcionalidade, para melhoria do ensino, da investigação e da prestação de serviços.

Cada departamento de ensino engloba grupos de disciplinas afins e deverá corresponder a uma área fundamental e consolidada do saber, delimitada em função de

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objectivos e metodologias próprias. Os órgãos de apoio são constituídos pelas Repartição de Planeamento e Coordenação (RPC),

Repartição de Administração Escolar (RAdmE) e Repartição de Apoio Escolar (RApE). À RPC compete acções de planeamento, coordenação e avaliação de acordo com as directivas recebidas. A RAdmE desenvolve as necessárias acções de gestão, controlo dos recursos humanos (corpos docente e discente) e apoio à admissão de alunos. A RApE desenvolve as necessárias acções de planeamento das necessidades logísticas e gestão, manutenção e limpeza dos recursos materiais de apoio ao ensino.

Os directores de curso são os elementos da estrutura de ensino responsáveis pela coordenação vertical dos projectos de ensino da AM e o elo de ligação entre os alunos, a DE, e o CAL, sendo o principal agente da garantia da qualidade dos Cursos.

O CAL depende directamente do Comandante da AM e tem por missão enquadrar militar e administrativamente os alunos dos cursos de formação de oficiais e ministrar-lhes adequada preparação militar, moral, cívica e física.

3.4.1.2. Coordenação entre departamentos

A coordenação entre departamentos é assegurada pelo Director de Ensino (cumulativamente 2º

comandante da AM). Formalmente, são coordenados inter departamentalmente através das reuniões do Conselho Pedagógico, em que estão presentes para além dos chefes de departamento, os directores de cursos e os coordenadores dos grupos disciplinares, a quem compete dar parecer sobre a orientação pedagógica, a avaliação dos cursos e o rendimento escolar.

3.4.1.3. Forma como o Comando controla e decide

O processo de tomada de decisão na AM é claramente hierarquizado e centralizado,

mecanismo que apesar de bem definido e estruturado limita a autonomia. É um contraste nítido, pela positiva, com o sucedido nas demais IESU, onde as decisões são geralmente tomadas por um colectivo que, forçosamente, dilui a responsabilização dos seus membros.

Ao Comandante da AM compete dirigir superiormente todas as actividades da AM e em especial estabelecer directivas e superintende na sua execução, designadamente nas áreas do ensino e da formação dos alunos e nos aspectos relacionados com a disciplina e a segurança do pessoal e das instalações. Delega no 2° comandante as competências que entender necessárias (é o director de ensino e chefia a respectiva Direcção), convoca o conselho académico sempre que se afigure conveniente ouvi-lo sobre assuntos relacionados com a orientação superior do ensino na AM, convoca o conselho de disciplina, aprova o calendário anual de actividades e os planos de trabalhos escolares, propostos pelo director de ensino e controla e coordena a sua execução. Define e controla ainda, de acordo com directivas superiores, a gestão do pessoal e as actividades logísticas, incluindo a prestação de informações individuais relativas ao pessoal.

Na selecção e promoção do corpo docente e pessoal o Comandante da AM propõe ao CEME, para aprovação, as propostas de abertura dos concursos públicos para recrutamento e selecção de docentes, bem como as propostas de contratação de docentes civis. Apresenta ao CEME, para homologação, os resultados dos concursos de docentes e celebra e renova os contratos dos docentes civis.

Relativamente à selecção de alunos obtida a autorização do CEME, o Comandante da AM nomeia a comissão de recrutamento e admissão de alunos aos cursos da AM para preenchimento do número de vagas, fixado anualmente por despacho do Ministro da Defesa Nacional, e abre os concursos de admissão de alunos aos cursos.

Quanto a Finanças o Comandante da AM define, de acordo com directivas superiores, os programas que hão-de servir de base à elaboração das propostas orçamentais e controla a execução das actividades financeiras.

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Nas actividades académicas e políticas de investigação o Comandante da AM promove o desenvolvimento da acção educacional e, bem assim, o aperfeiçoamento da organização do ensino. Celebra convénios e protocolos com as universidades e outras instituições de ensino superior ou de investigação para os fins consignados no Estatuto da AM. A estrutura curricular e o número de anos dos cursos são aprovados por despacho conjunto do MDN e do MCTES, os planos dos cursos são aprovados pelo General CEME e o Comandante da AM aprova os conteúdos das diversas unidades curriculares.

3.4.2. Envolvimento dos alunos na Administração

Os alunos não estão envolvidos na Administração da Academia Militar. O seu sentir é

auscultado sobretudo pelo Director de Curso (canal de Ensino) e o Comandante de Companhia (canal de Comando).

3.4.3. Forma como as práticas administrativas reflectem a missão e os objectivos

As práticas administrativas estão direccionadas quase em exclusivo para a missão fundamental

da Academia Militar, a de formar os futuros Oficiais dos Quadros Permanentes do Exército e da GNR.

3.4.4. Adequação dos recursos humanos

Os recursos humanos são globalmente adequados para o exercício da missão da AM, verificando-se a necessidade de melhorar a percentagem de mestrandos e doutorados do corpo docente. Nalgumas áreas específicas há um rácio docente/alunos relativamente elevado, merecendo reflexão tal inevitabilidade e um melhor aproveitamento de recursos.

3.4.5. Pontos fortes e fracos e propostas de remediação

Pontos fortes:

• Os serviços de apoio aos alunos são variados, completos e de qualidade; • Capacidade de ligação directa do desempenho profissional à formação adquirida, facilitando

a construção das competências necessárias; • O sistema de Comando da AM, estruturado hierarquicamente e com centralização das

tomadas de decisão, permite direccionar com facilidade toda a estrutura para os objectivos garantindo capacidade de resposta face à mudança;

• Processo de selecção de alunos consolidado e bastante completo; • Quantidade, qualidade e diversidade de infra-estruturas; • Reconhecimento de competências nucleares por entidades relevantes, permitindo parcerias

com vantagens competitivas; • Pessoal e discentes disciplinados, motivados, dedicados e com espírito de missão; • Boa cultura institucional de discentes, docentes e pessoal não docente. Identificam-se com os

valores da instituição; • Crescente número de professores e oficiais da AM a frequentar doutoramentos e mestrados.

Pontos fracos e propostas de remediação: • Grau de autonomia muito limitado a nível administrativo e financeiro – será difícil a

correcção desta limitação dada a sujeição a regras em vigor da contabilidade pública, que impedem outro modelo de gestão.

• Gestão de curto prazo, sem possibilidade de planeamento coerente – a implementação do

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Sistema Integrado de Gestão e uma consequente Contabilidade Analítica poderão ser o instrumento que assegure a sustentação de uma melhor gestão, nomeadamente a médio prazo.

• Dificuldades de coordenação e de compatibilização do ensino e instrução militares com o ensino universitário civil – a implementação de Bolonha e a consequente necessidade de repensar os objectivos dos cursos em termos de competências e traduzir esses objectivos em meios e metodologias, trabalho já a desenvolver-se, pode ser o contributo para a resolução adequada.

• Recursos humanos insuficientes em qualidade – continuar a política de privilegiar o recrutamento de docentes jovens e com elevado perfil universitário, dando prioridade à competitividade interna e externa; estabelecer o reconhecimento de uma situação especial ao docente militar na AM, promovendo a colocação de oficiais superiores com elevadas qualificações profissionais e experiência internacional; assegurar a renovação de pessoal não docente em quantidade e qualidade, nomeadamente à custa de excedentes de outros ministérios e formação interna dos actuais.

• Bases de Dados não integradas e Sistema de Informação limitado – alterar os condicionalismos de segurança e proceder à melhoria do sistema, implicando necessariamente investimento.

• Investigação limitada – é desejável a redefinição das actuais linhas de investigação e a elaboração de uma estratégia realista e consensual de desenvolvimento científico que tenha em conta os objectivos estratégicos da instituição (Exército e AM), cuja definição se torna urgente; tal poderá passar por aprofundar conexões com o Exército, a GNR e as Indústrias de Defesa e orientar mais o pessoal docente da AM com elevadas capacidades de investigação, qualificações e currículo que os habilitem, para funções de enquadramento e prática da investigação.

• Carga horária escola excessiva – continuar os esforços de redução da carga horária.

4. MONITORIZAÇÃO E GESTÃO DA QUALIDADE

4.1. Construção de uma política de qualidade

4.1.1. Antecedentes

A qualidade esteve sempre presente nas preocupações da AM, não só por razões de dignidade institucional mas ainda pela especial responsabilidade ligada à exigência na preparação dos alunos, cuja insuficiência poderia ser dramática em situações de solicitação extrema, potencialmente inerentes à condição militar.

A inclusão explícita dessa preocupação no fluir normal da actividade só teve verdadeiramente início, em termos formais e organizados, a partir de 1997, quando a AM se candidatou à acreditação dos seus quatro cursos de Engenharia pela Ordem dos Engenheiros.

Em 2000 entrou-se em fase mais alargada, com a submissão desses e de todos os restantes cursos à avaliação então iniciada ao nível do sistema universitário português.

Ambos os tipos de processo tiveram como ponto de partida uma auto-avaliação, continuada pela acreditação ou avaliação externa e tudo rematado por uma reflexão final no seio da Instituição.

Com efeito, a elaboração e análise dos relatórios de avaliação interna e externa originaram desde logo nos agentes da AM uma consciência mais organizada e profunda quanto à sua realidade e aos seus problemas.

Foi então criada, na estrutura da AM, a Secção de Qualidade, órgão cuja tarefa inicial foi a de apoiar as auto-avaliações, mas cuja missão actual abrange a permanente apreciação e posterior incremento da qualidade na Instituição.

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4.1.2. A estruturação de uma política

A política de qualidade em estruturação na AM procura questionar, de forma abrangente, as estruturas orgânicas, os processos e os comportamentos que nela se desenvolvem e os resultados do seu desempenho. As áreas a observar devem conduzir a uma imagem completa desses resultados (objectivos organizacionais) e dos meios organizacionais (RH, materiais e financeiros) usados para atingir aqueles.

Esses questionários têm vários públicos alvo: docentes, alunos, funcionários, empregadores (UEO) e parceiros (Universidades, Indústrias de Defesa).

A sua temática, quanto aos meios, abrange governação, processos pedagógicos e de administração e gestão, políticas e estratégias, planeamento de ensino e aprendizagens, recursos humanos, materiais e financeiros e parcerias.

Quanto aos resultados, orientam-se para o grau de realização dos objectivos em cada domínio de actividade: resultados escolares, medidas de percepção, pessoas, investigação, empregadores.

Através da mesma política pretende-se estabelecer consensos (Grupos de Trabalho ou comissões que estudem e apoiem decisões do Comando) sobre quais as áreas de melhoria mais importantes.

Neste âmbito, está em fase de estudo a implementação de um Plano de Qualidade Total na AM, com base e em ligação com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (FPCE/UL), e usando a técnica do Benchmarking em parceria com o Instituto Geográfico do Exército, órgão da Administração Pública mais avançado na área da certificação da Qualidade.

4.2. A Secção de Qualidade

Esta Secção assegura o apoio constante às revisões periódicas da organização e do desempenho da Instituição e dos seus vários órgãos, com a missão já atrás referida e que inclui, designadamente, as seguintes preocupações:

• Preparar gradualmente uma Base de Dados da Qualidade na AM; • Efectuar os trabalhos conducentes às avaliações de qualidade determinadas; • Melhorar a informação interna, inclusive por processos informáticos; • Procurar interessar todos os docentes, discentes e demais pessoal no sistema; • Identificar regularmente os pontos fracos e propor a sua correcção ou melhoria;

Alguns procedimentos são independentes da existência de qualquer programa de avaliação para efeitos externos, destinando-se apenas a dar adequada informação para decisões do Comando.

É da maior importância a consideração e exploração dos processos de avaliação de âmbito mais amplo, nacionais ou internacionais.

4.3. Monitorização da Qualidade: intervenientes e processos

Os procedimentos instituídos para avaliação da qualidade são sistemáticos e regulares, procurando obter informação permanente sobre a estrutura da AM e os seus ex-alunos, relativamente ao seu desempenho e qualidade, no curto, médio e longo prazo.

Actualmente, a respectiva monitorização envolve os Corpos Docente e Discente e a estrutura administrativa da AM.

Como complemento quanto à correspondência com os requisitos profissionais próprios do Exército e da GNR, são também solicitados a colaborar os oficiais subalternos daquelas duas Instituições (dois anos após a conclusão dos seus cursos) e os respectivos Comandantes.

Os processos de monitorização em funcionamento ou em preparação estão esquematizados no Apêndice 8.

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4.4. Gestão da Qualidade: o aproveitamento das avaliações

Desde o início, com a implementação da autoavaliação para a acreditação e avaliação externa, as respectivas conclusões foram objecto de reflexão a todos os níveis, tendo muitas delas originado imediatas acções correctivas dos defeitos encontrados e outras, pelo seu alcance e natureza, levaram a desencadear processos mais longos de inovação e melhoria.

O planeamento estratégico institucional passou a ter sempre em conta as avaliações internas e externas, estando o Comando da AM preocupado com a definição duma política de qualidade e de mecanismos que a promovam.

Nomeadamente no respeitante à exploração da informação obtida, releva-se: • Pelos inquéritos aos candidatos, identificam-se as regiões mais propensas às candidaturas,

bem como as maiores dificuldades no processo de selecção e no ano seguinte a intensidade do marketing terá em conta esses elementos;

• Pelos inquéritos aos alunos, identificam-se opiniões sobre o funcionamento das disciplinas e actividades, a qualidade pedagógica dos docentes e responsáveis, as expectativas quanto aos cursos e a ligação destes ao tirocínio; tudo isto motivará adequados procedimentos ao nível dos Departamentos ou do Comando;

• Pelos inquéritos aos ex-alunos e seus Comandantes, apura-se a adequação da formação ao desempenho inicial da função; no caso de disfunções há reestruturações internas;

• Pelos inquéritos aos docentes, identificam-se lacunas quanto ao apoio pedagógico, às condições de trabalho e ao desenvolvimento profissional, proporcionando a eventual tomada de medidas ao nível apropriado;

• Relativamente ao pessoal não docente, identificam-se condições de trabalho e as características dos processos em que intervêm, para eventual melhoria funcional e preparação;

• Relativamente à parte financeira, pretende-se identificar a distribuição de custos, despesas e proveitos, de forma que possibilite uma gestão mais sustentada, no mínimo com visão de médio prazo;

• Relativamente às relações externas, identificam-se a percepção e as expectativas dos envolvidos quanto à cadeia de valor dos convénios/parcerias, de modo a tirar partido das oportunidades e eliminar ou reduzir as fragilidades.

5. GESTÃO ESTRATÉGICA E CAPACIDADE PARA A MUDANÇA

5.1. Capacidade de resposta da AM face às exigências, ameaças e oportunidades apresentadas pelo seu ambiente externo

Os contextos nos quais se insere a actividade da AM estão submetidos a um processo rápido de

mudança que, em certos aspectos, altera radicalmente as condições nas quais se desenvolve a sua missão e gera elevada incerteza.

A nível internacional, particularmente ao nível europeu, a situação é caracterizada pela multiplicação das novas formas de intervenção das forças militares em situações complexas, que não as de guerra no sentido clássico e pelas consequentes exigências de combinações flexíveis entre Ramos, Armas e as colaborações internacionais (operações combinadas), acarretando exigências de competência nos domínios tecnológico, dos sistemas de informação e da comunicação inter-cultural.

A nível nacional tem-se verificado uma tendência para a reavaliação do lugar e da importância das funções das Forças Armadas, uma melhor compreensão da utilidade das despesas de natureza militar e da necessidade de investir em dispositivos altamente revalorizados, tanto do ponto de vista das tecnologias como dos recursos humanos.

À escala dos sistemas de formação, a progressiva inserção da AM no sistema de Ensino

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Superior Universitário Nacional (ESU-N) veio impor orientações e constrangimentos que culminam actualmente com o processo, complexo e ainda relativamente indefinido, de Bolonha.

O maior impacto imediato é a implementação de Bolonha pois exige uma alteração de paradigmas. O primeiro a alterar é o de que a formação inicial não esgota o processo formativo. A formação inicial é apenas uma etapa da formação ao longo da vida, o que obriga a uma redefinição dos objectivos, da duração, das metodologias e dos conteúdos da formação inicial. Tendo o Exército e a GNR do antecedente um sistema integrado e consolidado de formação ao longo da vida este desafio, nestes termos, não constitui problema complicado. Em segundo lugar, impõe uma alteração radical de todo o processo de ensino-aprendizagem, de organização das actividades no espaço-escola, dos papéis dos intervenientes e do desenho do currículo. A formação dos cadetes é vista como um todo em que o internato e a formação militar ministrada pelo Corpo de Alunos estão enquadrados e dão contributo significativo para a aprendizagem. No entanto, é necessário dirimir possíveis dificuldades práticas de compatibilização e aperfeiçoar significantemente todo o sistema de forma a responder aos novos desafios.

O sistema de Comando da AM, estruturado hierarquicamente, permite direccionar com facilidade toda a estrutura para os objectivos delineados garantindo capacidade de resposta face à mudança. Todavia, a sua limitada autonomia e dupla tutelas (Defesa e Ensino Superior), criam algumas dificuldades e barreiras aos processos de mudança.

Porém, se se juntar à característica de disponibilidade permanente e total dos seus servidores a inevitabilidade da inovação, traduzida na flexibilidade e no aparecimento de novas ideias, salvaguardada a coesão militar e não comprometida a essência dos valores institucionais é possível traçar os rumos para a adaptação à mudança sem sobressaltos.

Face à importância do desafio da implementação de Bolonha foi criado um grupo de trabalho específico para preparar a sua execução e envolvida toda a Instituição.

Em geral, a AM tem que garantir que os procedimentos administrativos e de planeamento são os ajustados, com novas bases de dados, que os currículos são construídos baseados nas competências requeridas, que os métodos pedagógicos usados pelos docentes são os adequados e que os cadetes têm as condições para realizarem a aprendizagem exigida.

É neste enquadramento que a AM definiu os seus objectivos estratégicos abrangendo a estrutura institucional, tipos de diplomas e de ensino e a perspectiva de Qualidade Total em toda a sua actividade (Apêndice 6).

5.2. Envolvimento de representantes do ambiente externo na gestão estratégica

A AM é um Estabelecimento Militar de Ensino Superior cuja missão primordial é formar oficiais para o Exército e GNR. Neste contexto, são interlocutores externos o Comando do Exército (e indirectamente o MDN), que tutela, e o Comando da GNR, porque entidades directamente interessadas e que definem o perfil desejado para os seus futuros oficiais.

Por outro lado, o facto de ser IESU, obriga-a a cumprir a legislação proveniente do MCTES e proporciona o contacto privilegiado com a FUP (onde é membro), CNAVES (a que se sujeita nas avaliações), FCT (para tentar acreditar a sua investigação), Universidades parceiras na cooperação/protocolos e empresas vocacionadas para a Industria de Defesa (parceiras na Investigação).

O Exército e a GNR, de modo directo afectam o Comando da AM e todo o seu funcionamento ao dar-lhe directivas relativas à formação dos seus oficiais. Todavia, as outras entidades transmitindo orientações, conselhos, pareceres, avaliações (como o caso do CNAVES) constituem um espaço de intervenção/interlocução próprio que interessa à AM. Dele emanam recomendações que influenciam, através das suas unidades organizacionais (Repartições/gabinete de estudos/…) as orientações da AM.

Pese embora não haver um órgão de Gestão Estratégica, todos os inputs externos, de entidades relevantes, chegam ao Comando que, posteriormente, ainda que de forma “ajustada”, os fará escoar

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pelas suas estruturas. Talvez o maior efeito imediato que importa relevar seja o impacto de Bolonha, por via do

MCTES. À cultura institucional das Forças Armadas não será estranho o espírito de Bolonha, motor da mudança e das preocupações de ordem estratégica na gestão dos próximos tempos, nomeadamente, na implementação da capacidade legal para atribuição de graus académicos.

Sublinha-se que é crítica a necessidade de se ter um órgão de prospectiva e aconselhamento estratégico, incluindo representantes do ambiente externo, para que, com devida antecedência, se possam perspectivar as mudanças necessárias a implementar.

5.3. Possíveis alterações aos objectivos da AM

Os principais objectivos da instituição são ministrar Cursos de Licenciatura em Ciências Militares para os oficiais destinados aos quadros permanentes do Exército e da GNR e realizar Cursos ou estágios para ingresso nos QP do Exército a Licenciados não formados na AM. A evolução das tecnologias e das envolventes da Defesa Nacional justifica um acompanhamento académico e científico dos oficiais, o que implica para a AM ministrar formação de 2º ciclo ou, de acordo com Bolonha, Mestrado Integrado. A ocorrência de um 3º ciclo na AM, não sendo uma inevitabilidade, pode-se traduzir em grandes ganhos directos em estudos para a organização militar. Tal situação poderia verificar-se num contexto de parceria com outras IES nacionais e/ou estrangeiras.

A transferência do saber residente na AM para os quadros das Forças Armadas (com possibilidade de frequência por elementos civis) também é concretizado através de cursos ou estágios de especialização, actualização e qualificação, em áreas de interesse, nomeadamente para a Segurança e Defesa, possibilitando que a instituição alargue o seu leque de actuação como elemento do Sistema de Aprendizagem ao Longo da Vida arquitectado para o Exército.

A possibilidade da I&D do CINAMIL ser utilizada para actividades de consultoria ao Exército e à GNR e de ser aplicada na Industria de Defesa credibiliza-a como um potencial objectivo da AM.

A identificação de competências de excelência no estado-da-arte, em áreas científicas nucleares, propicia o reconhecimento externo e motiva o interesse de outras instituições pelo estabelecimento de cooperações/parcerias para obterem transferência de tais saberes, posicionando a AM na vanguarda como geradora desses saberes.

5.4. Optimização entre missões e objectivos actuais e futuros e as actividades

Para se conseguir uma melhor optimização entre as missões e objectivos actuais e futuros e as actividades será necessário:

• Criar a capacidade de antecipação e prospectiva; • Maior objectivação nas metas a atingir; • Exigir uma maior cultura de planeamento e estruturação de processos; • Uma melhor recolha de informação e confiança num Sistema de Informação integrado; • Maior mobilização dos Recursos Humanos e a identificação pelo próprio do seu contributo

para a Gestão Estratégica; • A exigência de uma maior qualidade; • Uma maior abertura à inovação; • Uma comunicação mais fluida entre as unidades organizacionais (entre Departamentos,

Repartições, Corpo de Alunos e Directores de Curso); • Uma maior rapidez na identificação e gestão de lacunas; • Maior autonomia financeira.

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5.5. O papel da monitorização e gestão da qualidade

Ao nível do Comando, a informação produzida pela monitorização da qualidade é analisada e as directivas são de âmbito global. Ressalva feita para a resolução de situações mais sensíveis ou preocupantes em que o Comando age de forma particular. Esta actuação resulta provavelmente de haver implícita uma cultura de qualidade (aliás típica da instituição militar, notória no rigor, exigência e disciplina/excelência), embora não explicitada numa verdadeira política de qualidade.

A AM tem vindo a construir uma política de Qualidade que permita identificar o que de melhor se faz na instituição, quais os seus pontos fortes e, complementarmente, quais são as suas fragilidades, quais as áreas de actuação e quais os padrões mínimos de aceitação, sempre em conformidade com a estratégia da instituição. O modelo em que assenta essa política pretende abranger, de forma integrada, as actividades e processos desenvolvidos na Instituição, em especial os de natureza pedagógica e os associados à governação (administração e gestão) e, os proveitos que são desenvolvidos na interacção com o contexto envolvente/externo (empresas, parcerias com Universidades, UEO, …), implementando uma qualidade total como garante de uma optimização das actividades desenvolvidas e dos objectivos e missão da Instituição.

6. UNIDADES E ÊNFASE ESPECIAIS

6.1. Trabalhando com os intervenientes e/ou parceiros

A AM, como já mencionado oportunamente, é uma IESU-M. Os seus intervenientes / parceiros / partes interessadas (stakeholders) que actualmente participam nos processos são:

A nível militar Estado-maior General das Forças Armadas; Estado-maior do Exército; Instituto de Estudos

Superiores Militares; Unidades Operacionais do Exército e da Guarda Nacional Republicana; Escolas Práticas, Escola Naval e Academia da Força Aérea.

A nível Governamental Ministério da Defesa; Ministério da Saúde; Ministério da Administração Interna; Ministério da

Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A nível civil Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas; Universidade Técnica de Lisboa;

Instituto Superior Técnico; Universidade do Minho; Universidade de Évora; Escola Superior de Medicina Veterinária; Universidade de Lisboa; Faculdade de Ciências; Universidade Nova de Lisboa; Faculdade de Ciências Médicas; Universidade dos Açores; etc.

Uma vez que estatutariamente a AM se encontra na dependência directa do CEME, a intervenção dos seus parceiros na sua gestão, organização e política interna, passa inevitável e superiormente pela figura do CEME, nomeadamente no respeitante à celebração e execução de Trabalhos a nível militar com as Parcerias. Isto não significa que a AM se encontre isolada das demais IESU, quer nacionais quer internacionais. A sua participação no CRUP permite-lhe acompanhar e participar no evoluir do ensino superior. De igual modo, e porque os cursos com equivalências externas, como os das Engenharias, têm de ser articulados com outras IESU nacionais a AM tem de se manter informada, acompanhando aquelas nas suas modificações e actualizações curriculares. Também têm sido estabelecidos protocolos com a Universidade do Minho, a Universidade de Évora e o IST para intercâmbio de formação de alunos: a AM ministra cursos de Liderança e as universidades cursos complementares de interesse para a formação dos Cadetes. Por outro lado, e talvez o mais importante, sendo as UOE e UOG os principais «empregadores» dos

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formandos saídos da AM, é de realçar o facto de que os Comandantes da AM, tendo servido e comandado essas mesmas UO, trazerem para a AM as suas necessidades em termos da formação dos recursos humanos que recebem. Desta forma, se bem que indirecta, as UOE e as UOG posicionam-se no evoluir da AM. Acrescente-se ainda que, na figura do CEME, se concentra o sentir das UO, pelo que este fica na posse de toda a informação relevante para melhor conduzir e/ou sugerir alterações ou (re)ajustes nos curricula dos cursos da AM.

Tal como os intervenientes militares, os seus congéneres civis embora não tenham assento directo nos órgãos de gestão da AM, exercem a sua influência pela necessidade da adequação dos cursos da AM ao evoluir do conhecimento e dos programas externos. Esta situação é resultante da «dupla licenciatura» nos cursos das engenharias.

6.2. Implementação de Bolonha

A actual transformação do ESU europeu no sentido da adopção do estipulado na DB tem sido acompanhada atentamente pelos órgãos de gestão da AM. Este acompanhamento tem sido efectuado aos níveis interno e externo.

Ao nível interno, a adopção da DB ditou um projecto de reformulação dos vários cursos ministrados na Academia Militar, sendo que nos cursos das Engenharias, tem havido uma intenção de acompanhamento das estruturas curriculares do IST e das orientações difundidas pela Ordem dos Engenheiros sobre a temática de Bolonha. A sua implementação, encontra-se condicionada à publicação do regime jurídico referente ao Ensino Superior Militar, conforme o referido no Artº 2 do DL 74/2006.

Decorrente de todo este processo de mudança é intenção adaptar todo o regime jurídico da AM – Estatuto e Regulamento – de acordo com os diplomas reguladores publicados pelo Estado Português.

Neste âmbito, decorre ainda no ano lectivo 2006/2007 todo um processo de adaptação de acordo com os conteúdos formais da DB, nomeadamente, a implementação da escala europeia da comparabilidade de classificações, o boletim de registo académico, o guia informativo e a construção do suplemento ao diploma

Ao nível externo, o processo de implementação da DB tem vindo a decorrer através do acompanhamento e da participação em diversas comissões, palestras e encontros informativos.

No tocante à questão central do Processo de Bolonha que passa essencialmente pela mudança do paradigma de ensino de um modelo passivo, baseado na aquisição de conhecimentos, para um modelo baseado no desenvolvimento de competências, onde a componente experimental e de projecto desempenham um papel importante, tem sido desenvolvido um esforço continuado ao nível do corpo docente

Na AM, uma prática mais centrada no aluno acaba por decorrer mais facilmente do menor número de discentes. A estreita relação professor/aluno tem permitido um ensino muito dirigido, quase personalizado. Contudo, ao nível dos elementos de estudo há ainda muito caminho a percorrer, em especial na disponibilização de conteúdos e apoios ao ensino na Intranet da AM. Esta será um excelente veículo para apoio ao estudo nos períodos não lectivos, permitindo ainda formas de avaliação mais imediatas.

Já no que respeita à questão do ensino não presencial, convém recordar que é condição do aluno na AM a obrigatoriedade presencial nas aulas. As faltas estão previstas apenas em casos de força maior ou quando decorrentes de decisões do Comando. A não comparência às aulas é encarada como um factor negativo na aprendizagem, uma vez que o ensino e a correspondente avaliação são encaradas, ao contrário das restantes IESU numa óptica de continuidade. Todas estas questões impõem uma mudança de mentalidade dos alunos (com envolvimento determinante da parte dos docentes), que deverão preocupar-se mais com a qualidade da sua aprendizagem e evolução dos conhecimentos, despertando-lhes desde logo o gosto e a necessidade pela pesquisa e investigação.

É importante assegurar que os processos de candidatura, inscrição, lançamento de notas,

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avaliação e repositório da informação respeitante à docência (sumários das aulas, programação das matérias, elementos de estudo e outros) são e se mantenham adequados à nova realidade criada por Bolonha. Consequentemente, os fluxos de informação (decisões, directivas e outras) deverão permitir uma evolução positiva nos processos internos de tomada de decisões. Concretamente, a coordenação das actividades de avaliação entre as diferentes disciplinas e os diferentes cursos sairá muito beneficiada. A implementação destes processos passa também por uma adequação das qualificações e das mentalidades de todos os intervenientes.

A abertura dos cursos da AM a alunos externos é já uma realidade, mas limitada ao nível de estudos de pós-graduação.

6.3. Orgânica Geral

A actual organização da AM passa pela articulação de vários órgãos e departamentos internos superiormente coordenados pelo Comandante da AM. A sua orgânica, de acordo com os Estatutos da AM, é expressa no Apêndice 1.

Chama-se a atenção para que estatutariamente o «Conselho Científico» na AM é designado por Conselho Académico, onde têm assento os professores regentes ou responsáveis de disciplinas, oficiais superiores com actividades docentes, a Direcção de Ensino e, naturalmente, o Comando.

A estes órgãos adiciona-se ainda um órgão de «Gestão da Informação» (CIAM) na dependência directa do Comando da AM. A Secção de Qualidade é, na AM, uma realidade relativamente recente e é nela que se tem apoiado a avaliação dos cursos e dos resultados escolares. O suporte informático a estes órgãos tem sido prestado pelo Centro de Informática da AM. Uma melhoria da coordenação entre o Departamento de Instrução e Treino e os restantes Departamentos pode ser conseguida colocando aquele na DE. A DE deve funcionar na dependência directa do Comandante da AM e a DSG deve depender do Comandante da AM através do 2º Comandante.

6.4. Políticas de Internacionalização

Como a AM tem como principal finalidade a formação de oficiais para os QP das Armas e Serviços do Exército Português e da GNR, a internacionalização dos seus formandos é, na melhor das hipóteses, um objectivo acessório. No entanto, tal não significa que a AM se encontre isolada das suas congéneres estrangeiras. Efectivamente, a AM tem, desde 1990, participado na formação de quadros das Forças Armadas dos PALOP’s e, mais recentemente (desde 2002), de Timor-Leste. As actividades de cooperação da AM não se têm resumido exclusivamente à formação, alargando-se ainda ao apoio aos Estabelecimentos Militares de Ensino, designadamente à Academia Militar em Nampula, Moçambique, e ao Instituto Superior de Ensino Militar, em Luanda, Angola.

Para além destas acções, existe um programa de visitas de estudo e de intercâmbio de alunos/cadetes entre diversas instituições de ESM estrangeiras (Brasil, França, Espanha, Estados Unidos da América do Norte, etc.) que permite a um grupo seleccionado dos respectivos alunos deslocarem-se às instituições congéneres por curtos períodos de tempo. Saliente-se que, por vezes, durante estas deslocações os Cadetes da AM têm a oportunidade de participar em exercícios militares em Instituições Militares estrangeiras. De modo semelhante, os Cadetes estrangeiros têm participado em exercícios e treinos militares em Portugal, integrados com os Cadetes da AM. No âmbito do programa Erasmus, parece interessante que alunos do último ano das suas licenciaturas na AM possam frequentar IESU estrangeiras para a realização dos seus Trabalhos Finais de Curso e/ou Teses de graduação.

Independentemente da internacionalização decorrente da adopção da DB, a evolução das políticas de Segurança da UE impõe novos desafios às Academias Militares dos respectivos estados membros. Efectivamente, tem vindo a ser assumido por alguns estados da UE a necessidade de os seus cadetes e oficiais cursarem nas Academias e Escolas Militares dos outros estados europeus.

No que respeita aos estudos pós-graduados, a AM tem procurado estabelecer protocolos de

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cooperação com outras IESU estrangeiras. Em especial, cite-se a celebração de um protocolo de colaboração entre a AM e a Universidade das Forças Armadas Alemãs de Munique e que passa pelo intercâmbio de docentes e alunos nas áreas do ensino graduado e pós-graduado e a realização conjunta de projectos de I&D. Destaque-se ainda a colaboração com a Universidade de Bordéus (Université Victor Segalen Bordeaux 2), França, através de um mestrado conjunto em «Sciences de la Cognition».

Independentemente da internacionalização decorrente da adopção da DB, a evolução das políticas de Segurança da UE impõe novos desafios às Academias Militares dos respectivos estados membros. Efectivamente, tem vindo a ser assumido por alguns estados da UE a necessidade dos seus cadetes e oficiais cursarem nas Academias e Escolas Militares dos outros estados europeus.

7. CONCLUSÕES

7.1. Desafios e estratégia da AM

A AM pretende afirmar-se como IES-U de excelência, a nível nacional e internacional, com a finalidade essencial de formar oficiais para os QP das armas e serviços do Exército e da GNR.

A vida académica dos seus alunos (cadetes) é assim marcada pelo facto de serem simultaneamente estudantes e militares.

O Exército e a GNR, como accionistas e empregadores dos diplomados, deverão ver satisfeitos eficazmente os seus objectivos previamente definidos. Por isso a prioridade da AM é a formação inicial dos oficiais do Exército e da GNR, com as suas inerentes especificidades, adequando a capacidade de estar no ensino superior e a razão de ser da instituição.

A AM insere-se assim num sistema de formação que se define num duplo plano, como Ensino Superior Universitário Português e Europeu, tutelado pelo MCTES e como Sistema de Instrução do Exército Português, tutelado pelo MDN.

É neste duplo enquadramento que a AM tem que definir o seu posicionamento estratégico, de forma a salvaguardar a sua capacidade para evoluir e inovar, garantindo a sua especificidade e perenidade.

Os contextos nos quais se insere a actividade da AM estão submetidos a um processo rápido de mudança que gera elevada incerteza. Dois factores-chave impulsionarão a mudança na AM, as alterações das regras do Ensino Superior e os requisitos específicos de formação.

As novas missões, que tanto o Exército como a GNR cumprem, definem o perfil do “Oficial do séc. XXI”, o qual deve determinar a estratégia de adaptação dos planos de estudos, especialidades, unidades curriculares e abordagens didácticas.

O momento actual caracteriza-se pela preparação de implementação das novas normas decorrentes do processo de Bolonha, traduzindo-as em novos planos curriculares, novas metodologias e novas práticas. A missão institucional continuará a ser a de ajudar os estudantes a desenvolverem competências, atitudes e valores, o pensamento crítico, o saber como aprender, conscientes das suas responsabilidades cívicas e individuais, dotados de capacidade de comunicação oral e escrita, de auto-estima e de autoconfiança e da capacidade de reconhecer a sua competência, da capacidade de liderança e de trabalho em grupo.

A AM deve também ser um exemplo/referência de abertura ao conhecimento, pondo ao dispor de todos os interessados, nomeadamente a comunidade científica, a sua capacidade de produção de saber e de aprofundamento do conhecimento. É dever da AM a procura constante dos melhores padrões de exigência, sendo fundamental a consciência de todos os agentes do ensino da AM na cultura da qualidade.

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7.2. Pontos Fortes e Fracos e plano de acção para implementar necessárias melhorias

Pontos fortes: • Os serviços de apoio aos alunos são variados, completos e de qualidade; • Capacidade de ligação directa do desempenho profissional à formação adquirida, facilitando

a construção das competências necessárias; • O sistema de Comando da AM, estruturado hierarquicamente e com centralização das

tomadas de decisão, permite direccionar com facilidade toda a estrutura para os objectivos garantindo capacidade de resposta face à mudança;

• Processo de selecção de alunos consolidado e bastante completo; • Quantidade, qualidade e diversidade de infra-estruturas; • Reconhecimento de competências nucleares por entidades relevantes, permitindo parcerias

com vantagens competitivas; • Pessoal e discentes disciplinados, motivados, dedicados e com espírito de missão; • Boa cultura institucional de discentes, docentes e pessoal não docente. Identificam-se com os

valores da instituição; • Crescente número de professores e oficiais da AM a frequentar doutoramentos e mestrados.

Pontos fracos:

• Fraco Grau de autonomia a nível administrativo e financeiro; • Gestão de curto prazo, afectando a possibilidade de planeamento coerente; • Dificuldades de coordenação e de compatibilização do ensino e instrução militar; • Necessidade de melhoria dos graus académicos do corpo docente; • Bases de Dados não integradas e Sistema de Informação limitado; • Investigação limitada; • Carga horária escolar excessiva.

Plano de acção para implementar necessárias melhorias:

Os processos de implementação de Bolonha e de um plano de qualidade constituem uma janela

de oportunidade para a mudança para um modelo baseado no desenvolvimento de competências, onde se incluem quer as de natureza genérica – instrumentais, interpessoais e sistémicas – quer as de natureza específica associadas à área de formação, e onde a componente experimental e de projecto desempenham um papel importante. O grande desafio será transformar o ensino, centrado no professor, num sistema de aprendizagem mais centrado no esforço individual, voltado para o desenvolvimento das competências dos cadetes, do saber e do saber fazer.

Decorrente de todo este processo de mudança é intenção adaptar todo o regime jurídico da AM – Estatuto e Regulamento – de acordo com os diplomas reguladores publicados pelo Estado Português.

Melhorias a implementar: • Criar um órgão de aconselhamento estratégico com os representantes do seu ambiente

externo para ter maior capacidade de antecipação e prospectiva. • Obter maior grau de autonomia a nível administrativo e financeiro conseguindo inserção

plena da componente investigação no sistema de ensino e a capacidade legal da AM para ministrar graus académicos pós-licenciatura.

• Conseguir que, na parte financeira, a dotação inicial já incorpore os reforços atribuídos hoje à posteriori, elaborando-se um planeamento coerente sustentado no Sistema Integrado de

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Gestão e na Contabilidade Analítica, obtendo maior cultura de planeamento, estruturação de processos e maior objectivação nas metas a atingir.

• Melhorar a comunicação interna, criar bases de dados integradas e aperfeiçoar o actual Sistema de Informação.

• Implementar a Qualidade Total na AM, elaborando um Plano de Qualidade e um Gestor do mesmo, conseguindo maior mobilização dos Recursos Humanos, a identificação dos contributos individuais para a Gestão Estratégica, uma comunicação mais fluida entre as unidades organizacionais (Departamentos, Repartições, Corpo de Alunos e Directores de Curso) e uma maior rapidez na identificação e gestão de lacunas.

• Através da formação e do recrutamento obter a melhoria do pessoal docente e administrativo (identificando-os com o processo de Bolonha) e continuar a colocar na AM oficiais superiores com elevadas qualificações profissionais e experiência internacional.

• Reforçar as relações externas, assumindo-se como Escola de referência, através do binómio ensino/investigação, visível na produção científica em temáticas mais inovadoras, como é o caso da Pós-graduação Guerra da Informação/ Competitive Intelligence (GICI) e continuar com as relações de troca de experiências, transferência de conhecimentos e intercâmbios de grupos de alunos e professores, em visitas recíprocas de realização de actividades concretas (participação em exercícios, actividades culturais e de investigação) com instituições congéneres a nível mundial, apresentando uma maior abertura ao diálogo e à inovação.

• Afirmar a Academia Militar como uma instituição geradora de saber, em áreas onde se estruturam projectos de I&D e se geram competências em domínios científicos em que se situam as necessidades operacionais do Exército e da GNR, incentivando a participação do corpo docente nas actividades de investigação a desenvolver e na produção de publicações e realização de Seminários, redefinindo as actuais linhas de investigação e elaborando uma estratégia realista e consensual de desenvolvimento científico compatível com os objectivos estratégicos das instituições.

• Criar um observatório na dependência do comando para acompanhar o grau de qualidade das aulas e reforçar o papel do Director de Curso como agente activo do ensino e da Qualidade do Curso, continuando os esforços de redução da carga horária excessiva.

O grande mérito desta avaliação é, precisamente, a tomada colectiva de consciência dos pontos

fracos, limitações ou constrangimentos da AM como instituição de Ensino Superior Militar. Mas não menos importante, é o consolidar dos seus méritos e pontos fortes que, com este processo, se tornarão mais claros aos olhos da Comunidade Académica. A definição de uma estratégia para remediar os pontos fracos e potenciar os pontos fortes, conhecida, compreendida e assumida por todos, é uma mais valia que vai permitir que a AM continue a inovar e a cumprir a sua missão no futuro.

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APÊNDICES

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Apd 1 – Orgânica da AM.

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Apêndice 1

Organigrama 1 – Academia Militar

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS GERAIS

CORPO DE

ALUNOS

DIREC ÇÃO DE

ENSINO

2º COMANDANTE

CONSELHO

ACADÉ MICO

CONSELHO DE

DISCIPLINA

CINAMIL

(Centro de ção)

Gabinete de Apoio ao Comando

Sec PsicologiaSec Qualidade

SIIRPACCIAM

(Centro de Informá )

COMANDANTE

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOSGERAIS CORPO DE ALUNOSDIRECÇÃO DE ENSINO

2º COMANDANTE2º COMANDANTE

CONSELHO

ACADÉ MICOCONSELHO ACADÉMICO

CONSELHO DE

DISCIPLINACONSELHO DE DISCIPLINA

CINAMIL

GABINETE DE APOIOAO COMANDO

Sec. PsicologiaSec. Qualidade

SIIRPACSIIRPAC Sec Estudos e Planaeamento

CIAM

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Apd 1 – Orgânica da AM.

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Organigrama 2 – Direcção de Ensino

DIRECTOR

ADJUNTOS

CONSELHOPEDAGÓ GICO

CONSELHOSDE CURSO

DIRECTOR

ADJUNTOS

CONSELHO PEDAGÓGICO

CONSELHOSDE CURSO

ÓRGÃOS DEAPOIO

ÓRGÃOS DE APOIODE ENSINO

DEPARTAMENTOSDE ENSINO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

CIÊNCIAS EXACTAS E NATURAIS

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE

ENGENHARIA

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

Ç

MATÉMÁTICA, INFORMÁTICA E

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

ENGENHARIA CIVIL REPARTIÇÃO

PLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

ECONOMIA, GESTÃO E

ADMINISTRAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

FÍSICA E QUÍMICA

REPARTIÇÃO

PLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

ENGENHARIA MECÂNICA REPARTIÇÃO

PLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

CIÊNCIAS SOCIO-COMPORTAMENTAIS

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

CIÊNCIAS DO ESPAÇO E DA

TERRA

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

MILITARES

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

ORGANIZAÇÃO, TÁCTICA E LOGÍSTICA

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

MATERIAL E TIRO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

COMANDO E ESTRATÉGIA

MILITAR REPARTIÇÃO

PLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

CIÊNCIAS JURÍDICAS

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

MOTRICIDADE HUMANA

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

CIÊNCIAS DA SAÚDE

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

REPARTIÇÃO DE PLANEAMENTO E COORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

REPARTIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO

ESCOLAR

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

REPARTIÇÃO DE APOIO ESCOLAR

REPARTIÇÃOPLANEAMENTOCOORDENAÇÃO

REPARTIÇÃOPLANEAMENTO

ÇÃO

BIBLIOTECAS E MUSEU

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Apd 1 – Orgânica da AM.

Pág. 3 de 3

Organigrama 3 – Corpo de Alunos

Organigrama 4 – Direcção dos Serviços Gerais

COMANDANTE

DE INSTRUÇÃOE TREINO

SERVI ÇOSDE

APOIO

BATALHÕES DE

ALUNOS

COMPANHIASDE ALUNOS

COMANDANTE

DEPARTAMENTO DE INSTRUÇÃO E

TREINO

SERVIÇOS DE APOIO

BATALHÕES DE

ALUNOS

BATALHÕES DE ALUNOS

COMPANHIASDE ALUNOS

COMPANHIAS DE ALUNOS

DIRECTOR

BATALHÃODE COMANDO

E SERVIÇ OS

SECÇÃODE

PESSOAL

SECÇÃO

LOG Í

DIRECTOR

SECÇÃO DE PESSOAL

SECÇÃO DE LOGÍSTICA

BATALHÃO DE COMANDO E SERVIÇOS

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Apêndice 2 - ALUNOS

Quadro 1 - Distribuição de Alunos e % no ano lectivo 2005-06 por curso e ano

Cursos Ano Lectivo 2005-06 1º Ano % 2º Ano % 3º Ano % 4º Ano % 5º Ano % 6º Ano % TPO % Total %

Armas (1º Ano) 57 34,34 57 8,43 Infantaria 27 22,88 33 24,26 22 22,22 22 21,36 104 15,38 Artilharia 12 10,17 15 11,03 13 13,13 11 10,68 51 7,54 Cavalaria 11 9,32 14 10,29 6 6,06 7 6,80 38 5,62 Engenharias (1º Ano) 34 20,48 0,00 34 5,03 Engenharia 3 2,54 6 4,41 4 4,04 3 10,71 4 15,38 4 3,88 24 3,55 Transmissões 3 2,54 3 2,21 2 2,02 3 10,71 2 7,69 6 5,83 19 2,81 Material Mecânica 2 1,69 4 2,94 2 2,02 5 17,86 2 7,69 2 1,94 17 2,51 Material Electrotécnica 1 0,97 1 0,15 Administração Militar 17 10,24 9 7,63 18 13,24 7 7,07 2 1,94 53 7,84 Medicina 8 4,82 8 6,78 10 7,35 8 8,08 10 35,71 9 34,62 13 12,62 66 9,76 Veterinaria 1 0,60 1 0,85 1 0,74 2 2,02 2 7,14 3 11,54 3 2,91 13 1,92 Farmácia 1 0,60 3 2,21 2 2,02 2 7,14 3 11,54 1 0,97 12 1,78 Dentária 1 0,85 2 2,02 1 0,97 4 0,59 GNR-Armas (1º Ano) 33 19,88 33 4,88 GNR-Infantaria 26 22,03 19 13,97 19 19,19 16 15,53 80 11,83 GNR-Cavalaria 7 5,93 6 4,41 5 5,05 5 4,85 23 3,40 GNR-Transmissões 1 0,85 1 0,15 GNR-Administração 11 6,63 4 3,39 2 1,47 2 2,02 3 2,91 22 3,25 GNR-Medicina 2 1,20 2 1,69 2 1,47 2 2,02 2 7,14 3 11,54 4 3,88 17 2,51 GNR-Veterinaria 2 1,20 1 0,85 1 1,01 1 3,57 2 1,94 7 1,04 Total 166 100,00 118 100,00 136 100,00 99 100,00 28 100,00 26 100,00 103 100,00 676 100,00

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Apd 2 – Alunos

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Quadro 2 - Distribuição de Alunos e % por curso

Cursos Ano Lectivo

2000-01 2001-02 2002-03 2003-04 2004-05 Alunos % Alunos % Alunos % Alunos % Alunos %

Armas (1º Ano) 63 10,6 63 10,6 49 8,2 77 12,9 68 10,1 Infantaria 77 12,9 80 13,5 84 14,1 84 14,1 103 15,4 Artilharia 36 6,1 36 6,1 39 6,6 42 7,0 50 7,5 Cavalaria 27 4,5 26 4,4 27 4,5 24 4,0 36 5,4 Engenharias (1º Ano) 13 2,2 10 1,7 13 2,2 18 3,0 24 3,6 Engenharia 39 6,6 38 6,4 33 5,5 30 5,0 28 4,2 Transmissões 31 5,2 32 5,4 32 5,4 30 5,0 21 3,1 Material Mecânica 9 1,5 12 2,0 12 2,0 15 2,5 15 2,2 Material Electrotécnica 7 1,2 6 1,0 6 1,0 5 0,8 3 0,4 Administração Militar 51 8,6 40 6,8 34 5,7 25 4,2 43 6,4 Medicina 39 6,6 51 8,6 57 9,6 55 9,2 74 11,0 Veterinaria 5 0,8 8 1,4 10 1,7 10 1,7 12 1,8Farmácia 6 1,0 6 1,0 9 1,5 9 1,5 11 1,6 Dentária 2 0,3 2 0,3 3 0,5 4 0,7 5 0,7 GNR-Armas (1º Ano) 37 6,2 25 4,2 26 4,4 27 4,5 35 5,2 GNR-Infantaria 98 16,5 102 17,2 102 17,1 90 15,1 83 12,4 GNR-Cavalaria 32 5,4 30 5,1 31 5,2 26 4,4 25 3,7GNR-Administração 12 2,0 12 2,0 12 2,0 10 1,7 15 2,2 GNR-Medicina 8 1,3 9 1,5 11 1,8 11 1,8 15 2,2 GNR-Veterinaria 3 0,5 4 0,7 5 0,8 4 0,7 5 0,7 GNR-Farmácia - - - - - - - - - - Total 595 100,0 592 100,0 595 100,0 596 100,0 671 100,0

Quadro 3 - Distribuição e % de Alunos por Cursos Exército/GNR

Cursos Ano Lectivo

2000-01 2001-02 2002-03 2003-04 2004-05 Alunos % Alunos % Alunos % Alunos % Alunos %

Exército-Armas 203 34,1 205 34,6 199 33,4 227 38,1 257 38,3 GNR-Armas 167 28,1 157 26,5 159 26,7 143 24,0 143 21,3 Exército-Engenharias 99 16,6 98 16,6 96 16,1 98 16,4 91 13,6 Exército-Administração Militar 51 8,6 40 6,8 34 5,7 25 4,2 43 6,4 GNR-Administração 12 2,0 12 2,0 12 2,0 10 1,7 15 2,2 Exército-Saúde 52 8,7 67 11,3 79 13,3 78 13,1 102 15,2 GNR-Saúde 11 1,8 13 2,2 16 2,7 15 2,5 20 3,0 Total Exército 405 68,1 410 69,3 408 68,6 428 71,8 493 73,5 Total GNR 190 31,9 182 30,7 187 31,4 168 28,2 178 26,5Total 595 100,0 592 100,0 595 100,0 596 100,0 671 100,0

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Quadro 4 - Nº de Alunos Licenciados

Cursos Ano Lectivo2000-01 2001-02 2002-03 2003-04 2004-05

Infantaria 23 19 17 13 25 Artilharia 13 8 9 6 12 Cavalaria 10 6 7 4 8 Administração Militar 16 9 10 7 7GNR-Infantaria 26 15 29 28 28GNR-Cavalaria 8 5 9 8 9 GNR-Administração 3 1 4 1 4 Engenharia 6 8 7 8 6 Transmisões 3 - 9 6 4 S Material Mecânica - 3 - 3 -S Material Electrotécnica 1 - 1 3 1Medicina - - - - 12 Dentária - - - - 1 Total 109 74 102 87 117 Total - Exército 72 53 60 50 76Total - GNR 37 21 42 37 41

Quadro 5 - Taxa média para finalização dos cursos

Cursos e Duração Ano Lectivo 5 Anos 2000-01 2001-02 2002-03 2003-04 2004-05

Infantaria 5,34 5,21 5,58 5,15 5,24Artilharia 5,15 5,12 5,12 5 5,66 Cavalaria 5,6 5,33 5,42 5,75 5,5 Administração Militar 5,25 5,11 5,3 5,57 5,14 GNR-Infantaria 5,38 5 5,1 5,03 5,18 GNR-Cavalaria 5,25 5 5,44 5,25 5,33GNR-Administração 5 5 5 5 5Média Geral 5,2 5,06 5,1 5,11 5,33

7 Anos Engenharia 7,5 7,37 7 7,12 7 Transmisões 7,33 - 8 7,83 7,5 S Material Mecânica - 7,33 - 7 7S Material Electrotécnica 8 - 8 8,33 7Medicina - - - - 7 Dentária - - - - 7 Média Geral 7,5 7,36 7,59 7,5 7,7

Quadro 6 - Número de Alunos a frequentar pós-graduações na Academia Militar

Formação

Ano Lectivo Alunos Mestrado em História Militar

Pós-graduação em Guerra de

Informação/Competitive Intelligence

2002-03 Militares - - 7 25 Civis - 18

2003-04 Militares - - - - Civis - -

2004-05 Militares - - 13 30 Civis - 17

2005-06 Militares 10 14 10 18 Civis 4 8

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Apêndice 3 - DOCENTES POR DEPARTAMENTO

Quadro 1 - Ano Lectivo 2000 - 2001

Departamentos Disciplinas % Docentes % Doutores % Mestres % Licenciados % Ciências Exactas e Naturais 32 18 26 19 8 36 4 16 14 16 Civis 27 84 20 77 8 100 3 75 9 64Militares 5 16 6 23 0 0 1 25 5 36Ciências e Tecnologias Militares 43 25 39 28 3 14 5 20 31 34 Civis 1 2 1 3 1 33 0 0 0 0Militares 42 98 38 97 2 67 5 100 31 100Engenharia 37 21 20 15 5 23 3 12 12 13Civis 31 84 15 75 4 80 2 67 9 75Militares 6 16 5 25 1 20 1 33 3 25Ciências Sociais e Humanas 57 33 43 31 6 27 13 52 24 27 Civis 33 58 25 57 4 67 13 100 8 33Militares 24 42 19 43 2 33 1 8 16 67Línguas Estrangeiras 4 2 9 7 0 0 0 0 9 10 Nota: Existem professores em mais de umDepartamento

Quadro 2 - Ano Lectivo 2001 - 2002

Departamentos Disciplinas % Docentes % Doutores % Mestres % Licenciados % Ciências Exactas e Naturais 33 21 27 20 6 33 6 21 15 16 Civis 24 73 19 70 5 83 5 83 9 60Militares 9 27 8 30 1 17 1 17 6 40Ciências e Tecnologias Militares 36 23 37 27 2 11 3 11 32 35 Civis 1 3 1 3 1 50 0 0 0 0Militares 35 97 36 97 1 50 3 100 32 100Engenharia 38 24 24 18 5 28 4 14 15 16 Civis 31 82 18 75 5 100 2 50 11 73Militares 7 18 6 25 0 0 2 50 4 27Ciências Sociais e Humanas 45 29 40 29 5 28 15 54 20 22 Civis 32 71 25 63 4 80 14 93 7 35Militares 13 29 14 35 1 20 1 7 12 60Línguas Estrangeiras 4 3 9 7 0 0 0 0 9 10 Nota: Existem professores em mais de umDepartamento

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Apd 3 – Docentes

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Quadro 3 - Ano Lectivo 2002 - 2003

Departamentos Disciplinas % Docentes % Doutores % Mestres % Licenciados % Ciências Exactas e Naturais 34 21 25 18 6 29 4 14 15 17 Civis 26 76 18 72 5 83 3 75 10 67Militares 8 24 7 28 1 17 1 25 5 33Ciências e Tecnologias Militares 35 22 36 26 2 10 4 14 30 34 Civis 1 3 1 3 1 50 0 0 0 0Militares 34 97 35 97 1 50 4 100 30 100Engenharia 44 28 24 18 7 33 4 14 13 15 Civis 39 89 19 79 7 100 3 75 9 69Militares 5 11 5 21 0 0 1 25 4 31Ciências Sociais e Humanas 42 26 42 31 6 29 15 54 21 24 Civis 27 64 21 50 5 83 12 80 4 19Militares 15 36 21 50 1 17 3 20 17 81Línguas Estrangeiras 4 3 9 7 0 0 1 4 8 9Nota: Existem professores em mais de umDepartamento

Quadro 4 - Ano Lectivo 2003 - 2004

Departamentos Disciplinas % Docentes % Doutores % Mestres % Licenciados % Ciências Exactas e Naturais 33 22 30 22 8 35 6 21 16 18 Civis 25 76 21 70 7 88 4 67 10 63Militares 8 24 9 30 1 13 2 33 6 38Ciências e Tecnologias Militares 34 22 40 29 2 9 6 21 32 37 Civis 1 3 1 3 1 50 0 0 0 0Militares 33 97 39 98 1 50 6 100 32 100Engenharia 46 30 25 18 6 26 5 17 14 16 Civis 39 85 18 72 6 100 3 60 9 64Militares 7 15 7 28 0 0 2 40 5 36Ciências Sociais e Humanas 35 23 35 25 7 30 11 38 17 20 Civis 25 71 18 51 6 86 8 73 4 24Militares 10 29 17 49 1 14 3 27 13 76Línguas Estrangeiras 4 3 9 6 0 0 1 3 8 9 Nota: Existem professores em mais de umDepartamento

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Apd 3 – Docentes

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Quadro 5 - Ano Lectivo 2004 - 2005

Departamentos Disciplinas % Docentes % Doutores % Mestres % Licenciados % Ciências Exactas e Naturais 33 20 34 20 9 36 5 15 20 18 Civis 25 76 22 65 8 89 4 80 10 50Militares 8 24 12 35 1 11 1 20 10 50Ciências e Tecnologias Militares 41 25 56 33 2 8 9 26 45 41 Civis 2 5 1 2 1 50 0 0 0 0Militares 39 95 55 98 1 50 9 100 45 100Engenharia 45 28 27 16 8 32 5 15 14 13 Civis 38 84 20 74 8 100 3 60 9 64Militares 7 16 7 26 0 0 2 40 5 36Ciências Sociais e Humanas 38 24 43 25 6 24 14 41 23 21 Civis 26 68 19 44 5 83 10 71 4 17Militares 12 32 24 56 1 17 4 29 19 83Línguas Estrangeiras 4 2 9 5 0 0 1 3 8 7 Nota: Existem professores em mais de umDepartamento

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Apd 3 – Docentes

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Quadro 6 - Docentes Civis

Grau Académico 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Doutoramento 16 22,9 12 19,7 16 25,0 19 28,4 15 25,4 Mestrado 20 28,6 18 29,5 17 26,6 16 23,9 15 25,4 Licenciatura 34 48,6 31 50,8 31 48,4 32 47,8 29 49,2 Total 70 100,0 61 100,0 64 100,0 67 100,0 59 100,0

Quadro 7 - Docentes Militares

Grau Académico 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Doutoramento 3 5,1 2 3,6 3 5,4 3 5,0 1 1,5 Mestrado 8 13,6 7 12,5 6 10,7 10 16,7 12 18,5 Licenciatura 48 81,4 47 83,9 47 83,9 47 78,3 52 80,0 CEM 10 18,2 Total 59 100,0 56 100,0 56 100,0 60 100,0 65 100,0

Quadro 8 - Docentes Civis

Categoria 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Professor Catedrático 6 8,6 5 8,2 6 9,4 7 10,4 5 8,5 Professor Associado c/ Agregação 19 27,1 19 31,1 19 29,7 23 34,3 20 33,9 Professor Associado 9 12,9 8 13,1 12 18,8 9 13,4 11 18,6Professor Auxiliar 13 18,6 9 14,8 9 14,1 10 14,9 4 6,8 Assistente 12 17,1 9 14,8 9 14,1 9 13,4 10 16,9 Leitor 9 12,9 9 14,8 8 12,5 8 11,9 8 13,6 Outros * 2 2,9 2 3,3 1 1,6 1 1,5 1 1,7 Total 70 100,0 61 100,0 64 100,0 67 100,0 59 100,0* Procurador Geral Adjunto da República * Prof. Ensino Secundário (reformou-se em 2002)

Quadro 9 - Docentes Militares

Posto 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Coronel 10 16,9 9 15,8 8 14,3 10 16,7 5 7,7 Tenente Coronel 15 25,4 19 33,3 19 33,9 18 30,0 20 30,8 Major 17 28,8 18 31,6 16 28,6 17 28,3 27 41,5 Capitão 15 25,4 9 15,8 9 16,1 14 23,3 9 13,8 Tenente 2 3,4 2 3,5 4 7,1 1 1,7 4 6,2 Total 59 100,0 57 100,0 56 100,0 60 100,0 65 100,0

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Apêndice 4 – FINANÇAS

Quadro 1 – Financiamento dos Encargos da AM em 2005

Origem do Financiamento Montante % Fundos

Governamentais Actividades de Vida Corrente 13.602026 98,39 Investigação e Desenvolvimento 157.940 1,14

Fundos Não Pós-Graduações 45.325 0,33 Governamentais Outras Origens 19.445 0,14

Unidade: EURO Total dos encargos globais 13.824.736

Quadro 2 – Financiamento por entidades gestoras

Quadro 3 – Orçamento destinado às actividades normais

Financiamento 2005 Montante %

Dotação Orçamental 872.171 31 Fundos GovernamentaisConvénios 1.116.729 40

Fundos Próprios (act normal) 710.899 26 Pós - Graduações 45.325 2 Fundos não

Governamentais Outras 19.445 1 Unidade: EURO Total Financiamento 2.764.169

Quadro 4 – Orçamento da despesa para actividades normais

Tipo de despesas Montante %

Despesas fixas 457.160 17 Formação alunos 425.000 15 Convénios (a) 1.116.729 40 Consumíveis 122.600 4 Limpeza Instalações 200.000 7 Pós-Graduações 40.000 1 Alimentação GNR 352.680 13 Outras 50.000 2

Unidade: EURO Total 2.764.169 (a) Pagamento de propinas de alunos de medicina e engenharia e

vencimentos de professores de outras faculdades

Entidade Gestora Financiamento 2005 Montante % AM Actividade Normal 1.988.500 14

Fundos Governamentais

AM Fundos Próprios (act normal) 710.899 5 CINAMIL Investigação e Desenvolvimento 157.940 1

Orgão Logístico Vencimentos 8.518.196 62 Orgão Logístico Alimentação Exército 1.712.515 12Orgão Logístico Fardamento 644.143 5 Orgão Logístico Equipamento 27.773 0

AM Pós - Graduações 45.325 0 Fundos não Governamentais AM Outras 19.445 0

Unidade: EURO Total Financiamento 13.824.736

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Apd 4 – Finanças

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Quadro 5 – Verbas de Investigação e Desenvolvimento

Projectos 2005 Montante EXCEL - AM 10.000 CMSM - Impacto ambiental 25.000 Redução resíduos e equipamentos em fim vida 19.000 LIDER - Capacidade Comando e Estilo de Liderança 5.500 Virtual and Pharmacological Treatment of Stress War 10.000 DSMDM 17.000 Perfis de competência do Cadete da Academia Militar 11.000 IxBox - Segurança em redes dados 30.000 Os Generais do Exército 30.440

Unidade: EURO Total I&D 157.940

Quadro 6 – Evolução do Orçamento do Estado

Financiamento Estado 2003 2004 2005 Dotação Orçamental 709.757 599.791 872.171 Fundos Próprios 538.442 1.161.830 775.669 Convénios 1.303.221 1.194.563 1.116.729 Unidade: EURO Total 2.551.420 2.956.184 2.764.169

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Apd 5 – Resumo Histórico da AM

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Apêndice 5 – RESUMO HISTÓRICO DA ACADEMIA MILITAR

Desde as origens mais remotas até à actualidade, a Academia Militar passou em síntese pelas seguintes fases: “Aula de Artilharia e Esquadria”, (1641-1647), criada pelo rei D. João IV “Aula de Fortificação e Arquitectura Militar” e “Academia Militar da Corte” (1647- 1779) “Academia Real de Marinha” (1779-1837), a qual, para além de preparar os alunos voluntários da Armada, deveria também ministrar os conhecimentos que até ali eram professados na “Academia Militar da Corte”. “Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho” (1790-1837), em cujo âmbito havia qua-tro cursos para oficiais do Exército (Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Engenharia). “Escola do Exército” (1837-1911), criada em conjunto com a Escola Politécnica, sendo então instituídos os seis seguintes cursos:

EPol/EE - 1837 Cursos

Preparatório na Escola Politécnica (EPol)

Curso professado na Escola do Exército (EE)

Estado-Maior 4 2

Engenharia Militar 4 3

Engenharia Civil 4 2

Artilharia 3 3

Infantaria e Cavalaria 1 1 Unidade: ANO

Os cursos preparatórios vieram, a breve prazo, a ser também ministrados na Faculdade de Matemática de Coimbra e, mais tarde, na Academia Politécnica do Porto. Em 1897, e após várias reformas, a organização dos cursos ministrados na Escola do Exercito era a seguinte:

EE – 1897 Cursos

Cursos comuns Curso Específico Engenharia/Artilharia Infantaria/Cavalaria

Engenharia Militar 1 3 Artilharia 1 2 Infantaria ou Cavalaria 1 1 Administração Militar 1 Estado-Maior 2 Engenharia Civil e de Minas 3

Unidade: ANO

“Escola de Guerra” (1911-1919) Esta Escola passou a destinar-se exclusivamente ao estudo das ciências militares. Todos os cursos tinham agora uma duração de 2 anos e suprimiu-se o curso de Engenharia Civil por ter sido criado o Instituto Superior Técnico (IST). “Escola Militar” (1919-1938) De 1919 a 1938, em resultado dos ensinamentos retirados do então recente conflito, a

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Apd 5 – Resumo Histórico da AM

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Escola manteve, em linhas gerais, o esquema dos cursos da Escola de Guerra, mas com acréscimo de 2 anos na duração dos cursos de Engenharia e Artilharia a Pé e de 1 ano nos restantes. Em 1926, uma reorganização da mesma Escola, retirou desta o Curso de Estado-Maior. “Escola do Exército” (1938-1959), designação reassumida, com a criação de um curso de Aero-náutica e uma nova estrutura dos cursos. “Academia Militar” (desde 1959), adiante designada por AM, em que o ensino ministrado passou a abranger mais vincadamente a formação de todos os oficiais para o Exército e Força Aérea, não só das armas, mas também os destinados aos quadros técnicos e especializados daqueles ramos. Os cursos passaram a ser ministrados integralmente até ao 4.º ano na AM, sendo o 1.º Ano comum a todos. O Tirocínio Para Oficial (TPO) decorria depois de concluída a parte escolar de cada curso e era considerado como parte integrante deste. Nos vários cursos de engenharia, cuja parte escolar passara a ter a duração de 7 anos, os 5.º a 7.º anos eram frequentados no IST com uma ou duas cadeiras técnicas de aplicação militar ministradas por docentes da AM. Em esquema, a situação dos cursos, era agora a seguinte:

AM – 1959 Cursos Ramo de destino AM

IST (ou outra Escola de

Engenharia)

Anos de duração Tirocínio

Infantaria Artilharia Cavalaria Transmissões

Exército 4 1

Aeronáutica Militar Força Aérea 4 1 Engenharia Aeronáutica Militar 4 A definir 1 Administração Militar

Exército e Força Aérea

4 1Engenharia Militar Engenharia Electrotécnica Militar Engenharia Mecânica Militar

4 3 1

Unidade: ANO

Em 1970, foi atribuída à AM a totalidade do ensino dos cursos de Engenharia Militar (Exército e Força Aérea), passando gradualmente a própria Academia a ministrar as cadeiras até então professadas no IST. Analogamente, o curso de Transmissões passou a ser designado por Engenharia Electrotécnica Militar para o Exército (Transmissões) e a ter a mesma duração que os restantes cursos de Engenharia. Mais tarde, pelo Decreto-Lei n.º 678/76, de 1Set76, e outros diplomas complementares, foram introduzidas alterações nas estruturas orgânica e académica da AM, passando esta a conferir formalmente, através dos cursos de formação de oficiais nela ministrados, o grau de licenciado em Ciências Militares (artigo 32.º do citado decreto-lei). Entre 1978 e 1982, com a criação da Academia da Força Aérea, foram sendo transferidos para esta os cursos que na AM respeitavam àquele ramo das Forças Armadas. Pelo Decreto-Lei n.º 48/86, de 13Mar86, foi definido o quadro legal que regula o relacionamento institucional das escolas militares do ensino superior com os

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Apd 5 – Resumo Histórico da AM

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estabelecimentos que integram o sistema universitário português. Na sequência do diploma anterior, foram publicados o Estatuto da AM, através do Decreto-Lei n.º 302/88, de 2Set88, e o Regulamento da AM, pela Portaria n.º 425/91, de 24Mai91. Entretanto, foram criadas em 1991 na AM as licenciaturas em Ciências Militares nas especialidades de GNR-Armas e GNR-Administração, ambas para formação de oficiais da Guarda Nacional Republicana (GNR). Desde 1996, foi retomada gradualmente a orientação de, nos cursos de engenharia da AM, os anos posteriores ao 4.º serem frequentados no IST, situação agora consolidada. Actualmente, as 10 licenciaturas professadas na AM, destinadas à formação de oficiais para o Exército e para a GNR – algumas frequentadas também por alunos de países lusófonos – são as indicadas no quadro seguinte, em que se explicitam as durações da sua frequência na AM, nas EP (TPO) e no IST (no caso dos 4 cursos de engenharia) ou nas faculdades de Medicina, Medicina Dentária, Veterinária e Farmácia (no caso dos cursos de medicina, dentária, veterinária e farmácia).

Licenciaturas Especialidades Destino (Exército ou GNR) AM (a) EP

TPO

Ciências Militares

Infantaria Artilharia Cavalaria

GNR- Armas Adm. Militar GNR - Adm

Exército Exército Exército

GNR Exército

GNR

9 9 9 8 9 9

1 1 1 2 1 1

Engenharia Militar Engenharia Exército

9 4 1 Engenharia Electrotécnica Militar

Transmissões Material

Exército Exército

Engenharia Mecânica Militar Material Exército

Ciências da Saúde

Medicina M. Veterinária

M. Dentária Farmácia

Exército e GNR Exército e GNR

Exército Exército

2 10 2

Unidade: SEMESTRE

(a) IST no caso das licenciaturas em Engenharia e Faculdades de Medicina, Medicina Dentária, Veterinária e Farmácia no caso das licenciaturas de Saúde

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Apêndice 6 – ESTRATÉGIA DA ACADEMIA MILITAR

Missão

A Academia Militar (AM) é um estabelecimento militar de ensino superior universitário que desenvolve actividades de ensino, de investigação e de apoio à comunidade, com a finalidade essencial de formar oficiais para os quadros permanentes das armas e serviços do Exército e da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Visão

Afirmar a AM como instituição de ensino superior universitário de excelência, preocupação que partilha com as outras instituições de ensino superior universitário nacionais, europeias e internacionais. A especificidade militar da Instituição, comum à AM e às congéneres nacionais (Escola Naval e Academia da Força Aérea), determina uma ênfase na formação dos “valores” e da “liderança”. Garantir a preparação de elites para dirigirem as Forças Armadas e as Forças de Segurança e desempenharem funções dirigentes na sociedade e no Estado. Construir e transferir conhecimento para a sociedade via formação (inicial e ao longo da vida) e actividades de investigação e desenvolvimento e através da prestação de serviços à comunidade nas áreas do saber, em particular, as que se relacionam com a Segurança e a Defesa.

Consequências A) Quanto ao perfil de formação:

A.1 Quadro geral: Formação de quadros para as áreas da segurança e da defesa, - Preparar elites (civis ou militares) para dirigirem as Forças Armadas, em especial o

Exército e as Forças de Segurança, e desempenharem funções de liderança na sociedade e no Estado

- Formação inicial de base visando a preparação, a curto prazo, dos oficiais subalternos que integram os Quadros Permanentes das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana e, a médio e longo prazo, dos futuros capitães, oficiais superiores e generais das duas instituições, dando resposta às necessidades decorrentes dos desempenhos profissionais em cada momento da carreira e em qualquer contexto, nacional ou internacional.

- Complementar a formação inicial .

A.2 Especificação – Características da formação inicial: cursos de banda larga • Vertente científica de base: aquisição de competências com sólidas bases teóricas

nas diversas áreas do conhecimento • Vertente científica técnica e tecnológica: aquisição de competências teórico-

aplicativas • Vertente cultural: aquisição de cultura geral garantindo a integração das vertentes

precedentes e a compreensão dos contextos internos e globais, complexos, dinâmicos.

• Vertente comportamental: preparação para a liderança de carácter deontológico e ético.

• Vertente militar: preparação física e de adestramento militar

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B) Quanto à produção de conhecimento:

- Estruturar projectos de I&D para gerar competências em áreas científicas em que se situem as necessidades operacionais do Exército e da GNR, e da segurança e da defesa em geral.

- Participar nas redes de investigação, nacionais e internacionais, preferencialmente no domínio da defesa e da segurança.

Objectivos Estratégicos

1. Objectivos estratégicos respeitantes à estrutura institucional - Salvaguardar a posição da AM no ensino superior militar. - Garantir a eficiência do funcionamento da AM, nomeadamente no que concerne às

actividades de ensino, de investigação e de apoio à comunidade; - Adequar a estrutura orgânica da AM de forma a garantir mais flexibilidade e rapidez de

actuação, melhorando os processos de decisão, de execução e de avaliação das acções; 2. Objectivos estratégicos respeitantes aos graus académicos que a AM pode conferir

- Ministrar cursos de 2º Ciclo (Masters) em ciências militares para os oficiais destinados aos quadros permanentes do Exército e da Guarda Nacional Republicana;

- Realizar cursos ou estágios de formação de oficiais para os quadros permanentes das armas e serviços do Exército e da Guarda Nacional Republicana, não inclusos no ponto anterior, relativamente aos quais não existam cursos de formação militar (em ciências militares);

- Ministrar e apoiar outros cursos (1º e/ou 2º Ciclo), de pós-graduação (sem direito a grau académico) ou doutoramento (3º Ciclo);

- Realizar e apoiar cursos ou estágios de especialização, actualização e de qualificação, em áreas de interesse institucional, nomeadamente, no domínio da segurança e da defesa;

- Obter a capacidade legal para atribuição dos graus académicos. 3. Objectivos estratégicos respeitantes à perspectiva da qualidade total

3.1 Objectivo global: Garantir a melhoria contínua de processos, produtos e serviços, respondendo com eficiência à exploração dos recursos (humanos, físicos, financeiros e técnicos) ao dispor, numa óptica de sistema de qualidade total;

3.2 Ao nível dos “inputs”: - Assegurar os meios necessários para a melhoria das infra-estruturas, dos processos e

das actividades - Melhorar o nível de qualidade do corpo docente e não docente; - Melhorar o nível de qualidade dos candidatos admitidos, revendo o processo de

admissão dos alunos da AM de modo a alargar a base de recrutamento e diversificar as vias de admissão;

3.3 Ao nível dos processos 3.3.1 Num plano geral:

- Ministrar ensino e produzir investigação de qualidade. - Promover e alargar as relações externas, no âmbito da colaboração científica com

instituições de ensino superior universitário e instituições de investigação, nacionais, europeias e internacionais.

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3.3.2 Em particular: - Garantir uma sólida formação de base, de banda larga e de perspectiva longa; - Exaltar a vertente comportamental, através da “educação pelos valores”, a

formação para a “liderança” e a promoção de visão estratégica tendo em vista a formação de elites;

- Melhorar a capacidade de gestão do tempo pelos cadetes, com vista ao exercício da autonomia e da responsabilidade.

3.4 Ao nível dos produtos (“output e outcome”) - Construir e transferir conhecimento para a sociedade via formação (inicial e ao longo

da vida) e actividades de investigação através da prestação de serviços à comunidade nas áreas do saber, em especial, no âmbito da segurança e da defesa.

- Proporcionar condições que garantam a satisfação e motivação da comunidade académica (corpo discente, corpo docente e não docente) para que desenvolvam as suas actividades num ambiente académico estabilizado e profissionalmente motivador;

- Garantir a satisfação das expectativas do Exército e da Guarda Nacional Republicana quanto às competências adquiridas pelos futuros oficiais das duas instituições para o seu desempenho profissional;

- Assegurar o reconhecimento pela sociedade civil da qualidade da formação adquirida pelos diplomados na AM para o exercício das funções que lhes forem cometidas.

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Apêndice 7 – INSTALAÇÕES DA AM

Sede Amadora

Salas de Aulas Quantidade 13 34 Área total 498 m2 2862,95 m2

Laboratórios Quantidade 2 7 Área total 109,44 m2 891,35 m2

Gabinetes Professores Quantidade 5 24 Área total 151,9 m2 414,20 m2

Gabinetes Directores de Curso

Quantidade - 6 Área total - 220,00 m2

Sala de reuniões Quantidade 2 2 Área total 39,38 m2 66,60 m2

Auditórios Quantidade 1 2 Nº Lugares 108 154 e 396 lugares

Bibliotecas Quantidade 11 1 Área 247,2 m2 452 m2

Índice 1 (m2 / aluno) = 7,34 m2/aluno Índice 2 (m2 / docente) = 12,84 m2/aluno

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Apêndice 8 - MONITORIZAÇÃO / CONTROLO DE QUALIDADE

Inputs Processos / Actividades Frequência Vastidão e

profundidade dos dados

Outputs

Candidatos

Caracterização Sócio-demográfica dos candidatos à AM. Análise estatística das classificações de

candidatura. Análise estatística do processo de selecção.

Anual

Universo total, Últimos 5 anos/Micro (Género e Cursos)

Comando da AM e 1ª Companhia de Alunos.

Alunos

Aplicação/tratamento/análise estatística de inquéritos por questionário sobre: Disciplina (Funcionamento da disciplina; apreciação do docente; alunos perante a disciplina), Curso (Funcionamento, expectativas, regime de avaliação, infraestruturas) Trabalhos Finais de Curso (Funcionamento) e Estágio/Tirocínio (Funcionamento, coordenação entre a componente académica leccionada na AM e a componente académica e aplicada ministrada nas Escolas Práticas). Análise estatística das classificações

(aproveitamento escolar)

Sem/ Anual

Universo total/Micro (Ano /Cursos/ Departamentos/GrDisciplinar/ Disciplina)

Comando; CAl; Directores de Curso; Chefes de Departamento e Docentes.

Ex-alunos e Comandantes

Aplicação/tratamento/análise estatística de inquéritos por questionário sobre a relação entre a formação inicial e o desempenho profissional.

Anual

Universo total/Micro (Ano /Cursos/ Disciplina)

Comando; DE; CAl; EP.

Docentes AM

Caracterização do corpo docente. Aplicação/tratamento/análise estatística de

inquéritos por questionário sobre aspectos pedagógico-institucionais (Actividade docente, Investigação, Condições de trabalho). Análise qualitativa de relatórios por

disciplina.

Anual

Últimos 5 anos/ Departamentos/GrDisciplinar

Comando; Chefes de Departamentos; Docentes.

Docentes Escolas Práticas

Aplicação/tratamento/análise estatística de inquéritos por questionário sobre. Aspectos pedagógico-institucionais (Funcionamento do tirocínio, Actividade docente, Investigação, Condições de trabalho).

Anual

Comando; Chefes de Departamentos; Docentes, das EP.

Pessoal não docente

Caracterização do pessoal não docente, directamente e indirectamente ligado ao ensino. Anual

Últimos 5

anos

Comando

Financeira Custos e despesas de investimento Anual Comando Relações Externas Avaliação dos protocolos e convénios Anual Comando

Os resultados dos cursos da

AM vs os resultados dos

cursos de outras

universidades

Benchmarking (Relatórios de avaliação externa dos cursos homólogos aos cursos da AM)

Final do ciclo de avaliação

Comando

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Apêndice 9 – CURSOS DE PROMOÇÃO E DE QUALIFICAÇÃO

Quadro 1 – Cursos de Promoção dos Oficiais dos Quadros Permanentes

Curso Duração Anos após a saída da AM Tirocínio para Oficial 1 ano Curso de Promoção a Capitão 6 meses Cerca de 5 anos Curso de Promoção a Oficial Superior 1 ano Cerca de 10 anos Curso de Promoção a Oficial General * 1 ano Cerca de 25 anos

Quadro 2 – Curso de Qualificação

Curso Duração Anos após a saída da AM Curso de Estado-Maior * 2 anos Cerca de 12 anos

* Com Oficiais estrangeiros e dos 3 Ramos das FA, só para Oficiais seleccionados