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PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL - PROINFO INTEGRADO CURSO DE REDES DE APRENDIZAGEM – 40 h Turma: RAD.C03.1 Unidade: 03 – Mídias Sociais e Escola – Caminhos para cidadania Ferramenta (local): Portfólio Tutor: Roberto Marquedonen M. dos Santos ([email protected] ) Atividade: 1.3: Diretrizes da Escola frente ao uso das mídias sociais (versão 1) Escola: EEM Professora Marieta Santos Cursistas: Francisco Fabiano Araujo, Francisco Marques e Vongesse Júnior Para a realização desse trabalho um encontro com os professores da área de Linguagens e Códigos se fez necessário. Nele pudemos discutir sobre os impactos, desafios e vantagens da utilização das redes sociais em sala. A partir do debate foi possível criar o relato abaixo: 1. Contextualização do uso de Mídias Sociais na Escola Quando me lembro de avanços tecnológicos, penso logo na música de Lulu Santos. Porém poderia fazer uma mudança em uma pequena estrofe. Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia. Trocaria o “nada” por “somente a sala de aula”. Sei que o discurso é velho, porém muito presente, ainda. Veio quadro negro com giz, veio quadro branco e seus pincéis, lousas digitais, multimídia, Internet et cetera. E a escola, em sua grande maioria, permanece com salas de aulas caracterizadas com práticas as quais nossos pais estudaram. As redes sociais (dia a dia do nosso aluno) estão presentes e devem ser vistas não como uma ameaça, mas sim como aliadas no processo de construção do conhecimento. Existe uma disparidade enorme entre a forma de utilização real e ideal, a qual tento descrever citando características de cada uma. 1. Realidade – A escola não dispõe de Internet de qualidade para um trabalho com redes sociais, sem comentar nos computadores. Em minha escola, por exemplo, trabalhamos com computadores de 2007, o que chega a ser irônico, visto que as novidades tecnológicas duram cada vez menos. Computadores ultrapassados colaboram para uma insatisfação dos nossos alunos, já que seus celulares com Android e outros sistemas

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PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃOCONTINUADA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL - PROINFO INTEGRADO

CURSO DE REDES DE APRENDIZAGEM – 40 hTurma: RAD.C03.1

Unidade: 03 – Mídias Sociais e Escola – Caminhos para cidadania

Ferramenta (local): Portfólio

Tutor: Roberto Marquedonen M. dos Santos ([email protected])

Atividade: 1.3: Diretrizes da Escola frente ao uso das mídias sociais (versão 1)

Escola: EEM Professora Marieta Santos

Cursistas: Francisco Fabiano Araujo, Francisco Marques e Vongesse Júnior

Para a realização desse trabalho um encontro com os professores da área de

Linguagens e Códigos se fez necessário. Nele pudemos discutir sobre os impactos, desafios e

vantagens da utilização das redes sociais em sala. A partir do debate foi possível criar o relato

abaixo:

1. Contextualização do uso de Mídias Sociais na Escola

Quando me lembro de avanços tecnológicos, penso logo na música de Lulu Santos.

Porém poderia fazer uma mudança em uma pequena estrofe. Nada do que foi será, de novo,

do jeito que já foi um dia. Trocaria o “nada” por “somente a sala de aula”. Sei que o discurso

é velho, porém muito presente, ainda. Veio quadro negro com giz, veio quadro branco e seus

pincéis, lousas digitais, multimídia, Internet et cetera. E a escola, em sua grande maioria,

permanece com salas de aulas caracterizadas com práticas as quais nossos pais estudaram.

As redes sociais (dia a dia do nosso aluno) estão presentes e devem ser vistas não

como uma ameaça, mas sim como aliadas no processo de construção do conhecimento.

Existe uma disparidade enorme entre a forma de utilização real e ideal, a qual tento

descrever citando características de cada uma.

1. Realidade – A escola não dispõe de Internet de qualidade para um trabalho com redes

sociais, sem comentar nos computadores. Em minha escola, por exemplo, trabalhamos

com computadores de 2007, o que chega a ser irônico, visto que as novidades

tecnológicas duram cada vez menos. Computadores ultrapassados colaboram para uma

insatisfação dos nossos alunos, já que seus celulares com Android e outros sistemas

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CURSO DE REDES DE APRENDIZAGEM – 40 hbem mais avançados. Então é só utilizar o celular, correto? Não. A utilização de

celulares na escola não é permitida. Existem leis que proíbem esses recursos em sala.

Afinal, proibir é mais fácil do que sensibilizar. A maioria dos professores, em

conversas com colegas, pode-se afirmar que 95% deles, defendem essa proibição, já

que no contrário, não seria mais possível dar aula, a lousa iria ser substituída pelo

visor do celular, canetas e lápis, trocados por teclados. Nunca gostei de criar pássaros,

porque para isso precisaria prendê-los; quando criava cachorro, esse tinha livre arbítrio

para transitar e voltar na hora que bem entendia/sentia necessidades. E o que isso

implica em nossos questionamentos? Professores adeptos a essa proibição são

criadores de pássaros presos, que vivem com medo de soltá-los e eles não voltarem.

Temos que entender que quando o aluno, no lugar de estar assistindo as nossas aulas,

está mexendo em um celular, não se trata de uma ofensa, mas sim, um pedido de

socorro. POR FAVOR, EU PRECISO DE AJUDA. NÃO POSSO MAIS CONVIVER

COM LOUSA E PINCEL COMO ÚNICOS RECURSOS, JÁ QUE A SOCIEDADE

COBRA-ME BEM MAIS DO QUE ISSO.

2. Ideal – Começamos com Internet para todos e de qualidade. Uma escola toda coberta

por wi-fi, alunos e professores sensibilizados para uma utilização correta. Professores

conscientes da importância da utilização da informática em sala como meio de atrair

seus alunos, e esses, conscientes que há momento para tudo. Conversa, brincadeiras e

paqueras é bom, porém instrução se faz necessário.

Como que a escola trabalhará a formação do cidadão dessa forma? Como

conseguiremos conquistar os nossos alunos por meios que não funcionam mais? Até quando

ficaremos nessa situação cômoda acreditando que essas transformações são coisas de

pedagogos que não sabem o que é uma sala de aula?

2. Justificativa para o uso das Mídias Sociais na Escola

É preciso sensibilizar nossos alunos e professores para essa prática. Dentre os

principais problemas citados pelos professores está a falta de controle dos professores no

número e horário de acesso dos alunos. Acreditam que com a liberação desse recurso, não

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CURSO DE REDES DE APRENDIZAGEM – 40 hserá mais possível dar aula. Não é fácil. A utilização de recursos, como esse, requer

planejamento e estudo. E como isso exige tempo, acaba sendo um fator determinante para o

descaso real.

Enquanto não nos sensibilizarmos para a importância dessa prática, como forma de

atrair nossos alunos para as nossas aulas, estaremos fadados ao fracasso. Constantemente

veremos alunos mexendo em celular. Esse comportamento, frente a algo que não é

interessante, já é velho. As tecnologias só substituíram os bilhetinhos que corre de mão em

mão entre alunos. O maior desafio do professor em sala é o de conquistar o aluno para sua

aula, então, procuremos o que desperta sua atenção. Temos que vender nosso peixe e na

maioria das vezes não percebemos que existem várias ferramentas ao nosso redor que

facilitariam nosso trabalho

3. Diretrizes

Percepção, Integração, Planejamento e Criatividade devem ser diretrizes norteadoras

do processo de utilização de redes sociais em sala de aula. Percepção porque é a partir daí que

o professor sentirá a necessidade de sair da zona de conforto e modificar suas estratégias de

ensino; Integração, pois é bem melhor ver as tecnologias como aliadas e não, como rivais em

um processo; Planejamento é sempre exigido quando se busca sucesso e em menos tempo,

pode-se dizer que quanto melhor a fase de planejamento, menos tempo de perde buscando a

realização de um objetivo; Criatividade, não só na escola, mas em todas as outras profissões

tem ajudado no “desenrolar” das atividades. Não seria diferente em uma escola, onde a

principal meta do professor é despertar o interesse do aluno em sua aula. Diria até que

Audácia deveria compor as diretrizes, pois estaremos propondo uma atividade aos nossos

alunos onde, na maioria das vezes, sabem mais do que a gente.

4. Considerações Finais

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CURSO DE REDES DE APRENDIZAGEM – 40 hNossos professores, escola e sistema não estão preparados, é preciso pensar e repensar

essa prática. Em uma conversa que tive com um aluno sobre o uso “descontrolado do celular”,

seja na hora de dormir (debaixo do travesseiro), seja no banheiro, um aluno surpreendeu-me a

dizer que para mim, era fácil viver sem utilizá-lo dessa forma, mas para ele, isso já era mais

difícil. Existe um descontrole, contradição quanto à utilização das redes sociais em sala. Uma

turbulência que nos obriga a sair do estágio de conforto, o que é bom, pois, isso é um sinal

que existe aprendizagem.

5. Registros

6. Referências Bibliográficas

CASTELLS, M. A sociedade em rede – v. 1, 4. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

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CURSO DE REDES DE APRENDIZAGEM – 40 h

GREENFIELD, Patrícia M. O desenvolvimento do raciocínio na era eletrônica: os efeitos da TV, computadores e videogames. São Paulo: Summus, 1988.

YAGER, T O M. Inf orm ation’s Human Dimention: Multimedia technologies can improve presentations today. Byte, p. 153-160, dez. 1991.