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RAAI 2016 RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 12º CICLO (RELATÓRIO APROVADO PELA CPA EM MARÇO DE 2017)

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RAAI 2016

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

12º CICLO

(RELATÓRIO APROVADO PELA CPA EM MARÇO DE 2017)

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2

_______________________________________________________________________

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Relatório de autoavaliação institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul:

12º Ciclo: 2016 / Comissão Própria de Avaliação; Secretaria de Avaliação Institucional.

Porto Alegre: UFRGS, 2017.

2 v. : il., tabs.

ISBN 978-85-9489-049-8 (Relatório)

ISBN 978-85-9489-048-1 (Anexos)

1.UFRGS –Avaliação institucional.2. Educação superior. I. UFRGS. Secretaria de

Avaliação Institucional. II. UFRGS. Comissão Própria de Avaliação. III.RAAI 2016. IV. Título.

CDU 378.4(047)

Catalogação-na-publicação: Biblioteca Central/UFRGS

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3

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO

SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Reitor

Rui Vicente Oppermann

Vice-Reitora

Jane Fraga Tutikian

Chefe de Gabinete

João Roberto Braga de Mello

Pró-Reitora de Coordenação Acadêmica

Jane Fraga Tutikian

Pró-Reitor de Graduação

Vladimir Pinheiro do Nascimento

Vice Pró-Reitora de Graduação

Andrea dos Santos Benites

Pró-Reitor de Pós-Graduação

Celso Giannetti Loureiro Chaves

Vice Pró-Reitora de Pós-Graduação

Marcia Langeloh

Pró-Reitor de Pesquisa

Luis da Cunha Lamb

Vice Pró-Reitor de Pesquisa

Bruno Cassel Neto

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4

Pró-Reitora de Extensão

Sandra de Fátima Batista de Deus

Vice Pró-Reitora de Extensão

Cláudia Porcellis Aristimunha

Pró-Reitor de Gestão de Pessoas

Maurício Viegas da Silva

Vice Pró-Reitora de Gestão de Pessoas

Vânia Cristina Santos Pereira

Pró-Reitor de Planejamento e Administração

Hélio Henkin

Vice Pró-Reitor de Planejamento e Administração

Luis Roberto da Silva Macedo

Pró-Reitora de Assuntos Estudantis

Suzi Alves Camey

Vice Pró-Reitor de Assuntos Estudantis

Élton Luís Bernardi Campanaro

Secretário de Educação a Distância

Lovois Miguel

Vice-Secretário de Educação a Distância

Laura Wunsch

Secretário de Desenvolvimento Tecnológico

José Luis Duarte Ribeiro

Secretário de Relações Internacionais

Nicolas Bruno Maillard

Vice-Secretária de Relações Internacionais:

Emilse Maria Agostini Martini

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5

Secretária de Avaliação Institucional

Claudia Medianeira Cruz Rodrigues

Vice-Secretária de Avaliação Institucional

Ana Karin Nunes

Secretário de Comunicação Social

André Iribure Rodrigues

Vice-Secretária de Comunicação Social

Édina da Rocha Ferreira

Superintendente de Infraestrutura

Edy Isaias Junior

Vice-Superintendente de Infraestrutura - Obras

Andrea Loguercio

Coordenador de Segurança

Daniel Augusto Pereira

Procurador Geral

Francisco de Paula Rocha dos Santos

Auditor Interno

Celso Anversa

Presidente da Comissão Permanente de Seleção

Maria Adélia Pinhal de Carlos

Diretora da Biblioteca Central

Leticia Strehl

Diretor do Centro de Processamento de Dados

Leandro Fortes Rey

Ouvidora

Ana Maria e Souza Braga

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6

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: 12º CICLO

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA

SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - SAI

COORDENAÇÃO GERAL

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO

SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

COORDENAÇÃO DE EXECUÇÃO

SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

SECRETÁRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL CLÁUDIA MEDIANEIRA CRUZ RODRIGUES VICE-SECRETÁRIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ANA KARIN NUNES

EQUIPE SAI:

ASSISTENTES EM ADMINISTRAÇÃO:

RONISE DIAS MACHADO

MANOELA GUERRA LEAL

ESTATÍSTICO:

GILBERTO MÜLLER BEUREN

ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO:

JORDÁRIO RECK BEHENCK

TÉCNICOS EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS:

CLAUDETE LAMPERT GRUGINSKIE

FERNANDA BRASIL MENDES

FLÁVIA RENATA PINTO BARBOSA

NARA MARIA EMANUELLI MAGALHÃES

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7

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO

MEMBROS REGIMENTAIS:

PRESIDENTE:

PROFª. DRª. CLÁUDIA MEDIANEIRA CRUZ RODRIGUES

VICE-PRESIDENTE:

PROFª. DRª. ANA KARIN NUNES

REPRESENTAÇÃO DOCENTE

MAURO ROESE

JOÃO CESAR NETTO

CÍNTIA BOLL

CLÁUDIA GIACOMONI

MARCIA ECHEVESTE

CHRISTIANE WETZEL

REPRESENTAÇÃO DE TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS

EMERSON DOUGLAS NEVES

JULIAN DE CAMARGO MILONE

RUBEN LADWIG

ALEXANDRA MACEDO

REPRESENTAÇÃO DISCENTE DA PÓS-GRADUAÇÃO

BERNARDO SFREDO MIORANDO

REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA

MARCIA HELENA BARBIAN

RENATO MACHADO DE BRITO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO

SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

RAAI 2016

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

2016

12º Ciclo

(RELATÓRIO APROVADO PELA CPA EM MARÇO DE 2017)

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9

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – MISSÃO, VALORES E VISÃO UFRGS .................................................. 38

FIGURA 2 - CONVÊNIOS EM VIGÊNCIA DOS SETORES DA UFRGS COM INSTITUIÇÕES

EXTERNAS ................................................................................................................ 79

FIGURA 3 - CONTRATOS EM VIGÊNCIA DOS SETORES DA UFRGS COM

INSTITUIÇÕES EXTERNAS. ...................................................................................... 79

FIGURA 4 - PROTOCOLOS DE INTENÇÕES/COOPERAÇÃO EM VIGÊNCIA DOS

SETORES DA UFRGS COM INSTITUIÇÕES EXTERNAS. ....................................... 80

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10

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE AVALIAÇÃO

INSTITUCIONAL ............................................................................................................. 33

QUADRO 2: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO

TECNOLÓGICO .............................................................................................................. 52

QUADRO 3: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO PARQUE CIENTIFICO E TECNOLOGICO

ZENIT.............................................................................................................................. 57

QUADRO 4: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA EXTENSÃO ................................................ 62

QUADRO 5: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA COORDENADORIA DE AÇÕES

AFIRMATIVAS ................................................................................................................ 66

QUADRO 6: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA POLITICA DE ACESSIBILIDADE - NÚCLEO

INCLUIR (PROGESP) ..................................................................................................... 72

QUADRO 7: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE RELAÇÕES

INTERNACIONAIS .......................................................................................................... 77

QUADRO 8: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO SETOR DE CONVÊNIOS .......................... 81

QUADRO 9: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA ASSESSORIA DE GESTÃO AMBIENTAL

(AGA) .............................................................................................................................. 89

QUADRO 10: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO SETOR DE PATRIMÔNIO

HISTÓRICO/SUINFRA .................................................................................................... 98

QUADRO 11: RESUMO AUTOAVALIATIVO MUSEU UFRGS (PROREXT) ....................... 103

QUADRO 12: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLÍTICAS ACADÊMICAS DA

GRADUAÇÃO ............................................................................................................... 116

QUADRO 13: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADEMICAS DO ENSINO À

DISTANCIA ................................................................................................................... 127

QUADRO 14: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADEMICAS DE

EXTENSÃO................................................................................................................... 153

QUADRO 15: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADÊMICAS DE PÓS-

GRADUAÇÃO ............................................................................................................... 162

QUADRO 16: RESUMO AUTOAVALIATIVO SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO ............. 171

QUADRO 17: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA OUVIDORIA ........................................... 176

QUADRO 18: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA EDITORA ............................................... 180

QUADRO 19: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO

ESTUDANTE - PRAE .................................................................................................... 202

QUADRO 20: RESUMO AUTOAVALIATIVO GESTÃO PESSOAS .................................... 213

QUADRO 21: RESUMO AUTOAVALIATIVO COMISSAO PERMANENTE DE PESSOAL

DOCENTE .................................................................................................................... 217

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QUADRO 22: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA

INSTITUIÇÃO ............................................................................................................... 222

QUADRO 23: RESUMO AUTOAVALIATIVO INFRAESTRUTURA PARQUE ZENIT .......... 234

QUADRO 24: RESUMO AUTOAVALIATIVO SUPERINTENDÊNCIA DE

INFRAESTRUTURA ...................................................................................................... 246

QUADRO 25: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO CENTRO DE PROCESSAMENTO DE

DADOS ......................................................................................................................... 260

QUADRO 26: RESUMO AUTOAVALIATIVO CAMPUS LITORAL NORTE ......................... 267

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: FINOVA - INSCRITOS POR ÁREAS ...................................................... 43

TABELA 2: TOTAL DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO (PRESENCIAL) * .................... 120

TABELA 3: TOTAL DE CANDIDATOS NO VESTIBULAR 2016 ............................... 120

TABELA 4: TOTAL DE FORMANDOS NA GRADUAÇÃO 2016 ............................... 120

TABELA 5: TOTAL DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO ESTRANGEIROS ................... 120

TABELA 6: BOLSAS PESQUISA CONCEDIDAS 2016 ............................................ 136

TABELA 7: ATENDIMENTOS PROGRAMA DE FOMENTO 2016 ........................... 136

TABELA 8: PARTICIPANTES SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2016 ................ 136

TABELA 9: PARTICIPANTES SALÃO UFRGS JOVEM ............................................ 137

TABELA 10: PROGRAMA DE APOIO À EDITORAÇÃO DE PERIÓDICOS .............. 137

TABELA 11: NUMERO GRUPOS DE PESQUISA UFRGS NO DIRETORIO CNPQ . 137

TABELA 12: NUMERO DE BOLSISTAS PRODUTIVIDADE EM PESQUISA DO CNPQ137

TABELA 13: ATIVIDADES DO DEDS EM 2016 ........................................................ 145

TABELA 14: ATIVIDADES DO SALÃO DE ATOS EM 2016 ..................................... 150

TABELA 15: DEMANDAS ENVIADAS PELO SISTEMA ELETRÔNICO DA OUVIDORIA DA

UFRGS .............................................................................................................. 173

TABELA 16: DEMANDAS ENVIADAS PELO E-SIC PARA A UFRGS 2012-2016 .... 174

TABELA 17: BENEFICIÁRIOS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL............................. 182

TABELA 18: RECURSOS PNAES DESDE 2010 ...................................................... 183

TABELA 19: NÚMERO DE BOLSAS PAGAS DE 2010 A 2016 (REFERÊNCIA MÊS

OUTUBRO) ....................................................................................................... 188

TABELA 20: RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS REFEIÇÕES E BENEFICIÁRIOS190

TABELA 21: Nº DE VAGAS NAS CASAS DE ESTUDANTE UFRGS ....................... 193

TABELA 22: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA UFRGS POR FONTE DE RECURSOS

2016 .................................................................................................................. 225

TABELA 23: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA UFRGS: FONTE TESOURO (0100/0112)226

TABELA 24: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA UFRGS ........................................ 226

TABELA 25: RELATÓRIO DE INFRAESTRUTURA FÍSICA DE UFRGS (EM²) ........ 236

TABELA 26: ÁREA FÍSICA E CONSTRUÍDA DA UFRGS ........................................ 237

TABELA 27: ACERVO BIBLIOGRÁFICO DO SBUFRGS POR TIPO DE MATERIAL EM

2016 .................................................................................................................. 248

TABELA 28: LIVROS BIBLIOTECA - TRANSAÇÕES DE CIRCULAÇÃO, 2015-2016250

TABELA 29: BIBLIOTECA 2016 ............................................................................... 250

TABELA 30: NÚMERO NO LUME, 2015-2016 ......................................................... 251

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13

SUMÁRIO

I - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16

II - METODOLOGIA.................................................................................................... 19

III, IV e V - DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE DOS DADOS E AÇÕES COM BASE NA

ANÁLISE .................................................................................................................... 21

AVALIAÇÃO DOS EIXOS E DIMENSÕES INSTITUCIONAIS ................................... 21

EIXO 1: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL................................ 21

DIMENSÃO 8: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO .............................................. 21

Responsável: Secretaria de Avaliação Institucional (SAI) .............................. 21

EIXO 2: DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL .................................................. 34

DIMENSÃO 1: MISSÃO E PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL34

Responsável: Gabinete ..................................................................................... 34

DIMENSÃO 3: RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO .................... 40

3.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL) – SEDETEC ............................................................... 40

Responsável: SEDETEC .................................................................................... 40

3.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO ...................................... 53

Responsável: PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO ZENIT....................... 53

3.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (INCLUSÃO SOCIAL) –

PROREXT ........................................................................................................... 58

Responsável: PROREXT ................................................................................... 58

3.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (INCLUSÃO SOCIAL) .. 63

Responsável: COORDENADORIA DE AÇÕES AFIRMATIVAS ........................ 63

3.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (INCLUSÃO SOCIAL) .. 67

Responsável: PROGRAMA INCLUIR (PROGESP) ........................................... 67

3.6 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO ...................................... 73

Responsável: RELINTER ................................................................................... 73

3.7. RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO: Setor de Convênios .. 78

3.8 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (DEFESA DO MEIO

AMBIENTE) ......................................................................................................... 82

Responsável: ASSESSORIA DE GESTÃO AMBIENTAL (AGA)....................... 82

3.9 RESPONSABILIDADE SOCIAL (PATRIMÔNIO CULTURAL) ...................... 90

Responsável: SETOR DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO / SUINFRA .................... 90

3.10 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (MEMÓRIA CULTURAL)99

Responsável: MUSEU (PROREXT) ................................................................... 99

EIXO 3: POLÍTICAS ACADÊMICAS ........................................................................ 104

DIMENSÃO 2: A POLÍTICA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PÓS-GRADUAÇÃO E

A EXTENSÃO ................................................................................................... 104

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14

2.1. ENSINO DE GRADUAÇÃO ........................................................................ 104

Responsável: PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO (PROGRAD) ..................... 104

2.2. ENSINO A DISTÂNCIA .............................................................................. 121

Responsável: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD) ........... 121

2.3. ENSINO BÁSICO ....................................................................................... 128

Responsável: COLÉGIO DE APLICAÇÃO ...................................................... 128

2.4. PESQUISA ................................................................................................. 134

Responsável: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA (PROPESQ) ........................... 134

2.5. EXTENSÃO ................................................................................................ 138

Responsável: PRÓ- REITORIA DE EXTENSÃO (PROREXT) ......................... 138

2.6. PÓS-GRADUAÇÃO (STRICTO E LATU SENSU) ...................................... 154

Responsável: PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO (PROPG) .................. 154

DIMENSÃO 4: COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE .................................... 163

4.1 A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE ................................................... 163

Responsável: SECOM ..................................................................................... 163

4.2 A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE ................................................... 172

Responsável: OUVIDORIA .............................................................................. 172

4.3 A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE ................................................... 177

Responsável: EDITORA .................................................................................. 177

DIMENSÃO 9: POLÍTICA DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES ................... 181

Responsável: PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS (PRAE) .......... 181

EIXO 4: POLÍTICAS DE GESTÃO ........................................................................ 203

DIMENSÃO 5: POLÍTICAS DE PESSOAL ........................................................ 203

5.1. AS POLÍTICAS DE PESSOAL, AS CARREIRAS DO CORPO DOCENTE E DO

CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ............................................................. 203

Responsável: PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS (PROGESP) ...... 203

5.2. AS POLÍTICAS DE ACOMPANHAMENTO DA CARREIRA DOCENTE – . 214

Responsável: COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE (CPPD)214

DIMENSÃO 6: ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO ....................... 218

6.1 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO ....................................... 218

Responsável: GABINETE DO REITOR............................................................ 218

DIMENSÃO 10: SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA ...................................... 223

Responsável: PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO (PROPLAN) ................ 223

EIXO 5: INFRAESTRUTURA FÍSICA ................................................................... 230

DIMENSÃO 7: INFRAESTRUTURA FÍSICA ..................................................... 230

7.1. INFRAESTRUTUTA: PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO ............. 230

Responsável: PARQUE ZENIT ........................................................................ 230

7.2. INFRAESTRUTURA FÍSICA ...................................................................... 235

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15

Responsável: SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (SUINFRA) .... 235

7.3. INFRAESTRUTURA FÍSICA ...................................................................... 247

Responsável: BIBLIOTECA CENTRAL ........................................................... 247

7.4. INFRAESTRUTURA FÍSICA: RECURSOS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

.......................................................................................................................... 253

Responsável: CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS (CPD) .............. 253

7.5. INFRAESTRUTURA FÍSICA ...................................................................... 261

Responsável: CAMPUS LITORAL NORTE ..................................................... 261

VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 268

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16

I - INTRODUÇÃO

Este Relatório de Autoavaliação Institucional (RAAI) da UFRGS tem como

objetivo apresentar as principais ações da Universidade nas suas diversas dimensões

no ano de 2016, a partir de uma abordagem crítico-reflexiva, no sentido de contribuir

para com a cultura de avaliação institucional. Além disso, visa atender determinação

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) que estabelece a

apresentação de relatórios de autoavaliação institucional anuais das Instituições de

Ensino Superior (IES).

O ano de 2016 foi um ano atípico no cenário nacional. Considerando que a

Universidade é um agente ativo na relação com a sociedade, vale destacar que a

conjuntura política nacional foi marcante para a Instituição. Em especial, a UFRGS se

viu afetada pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/55, que limita o gasto

público, incluído o investimento governamental em universidades públicas, por vinte

anos; pela Reforma do Ensino Médio, que segmenta itinerários formativos e impacta

tanto a formação de professores quanto o acesso à educação

superior; pelo projeto de lei “Escola sem Partido”, que leva a um comprometimento da

liberdade de ensino e aprendizagem quando estabelece uma censura na abordagem

de fatos e seu contexto nas diversas atividades de ensino. Diante desses

acontecimentos, boa parte da comunidade acadêmica envolveu-se na discussão

dessas medidas.

Nesse contexto, a UFRGS, como outras universidades públicas brasileiras, foi

palco de ocupações estudantis, que se mobilizaram contra as proposições

governamentais destacadas. Estudantes tomaram a maior parte dos prédios de salas

de aula da instituição e interromperam as atividades regulares, organizando variadas

atividades formativas e intervenções públicas, demandando o engajamento da

sociedade na discussão política. As ocupações, às quais se somaram greves docente

e de técnicos-administrativos, impactaram no calendário acadêmico e em diversos

processos institucionais, entre os quais as visitas de avaliação no âmbito do Sinaes.

Ao mesmo tempo, marcaram uma posição histórica de reflexividade, resistência e

protagonismo na vida política nacional.

O RAAI 2016 da UFRGS é uma Versão Parcial do Relatório de Autoavaliação

Institucional, conforme solicita Nota Técnica Nº 65/2014. Contempla as ações

desenvolvidas pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) no ano de referência citado,

Page 17: RAAI 2016 RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO  · PDF filetabela 28: livros biblioteca - transaÇÕes de circulaÇÃo, 2015-2016250 tabela 29: biblioteca 2016

17

bem como os trabalhos desenvolvidos pelos diversos órgãos e agentes da

Universidade.

O trabalho de construção do RAAI foi realizado por diversas instâncias da

Instituição, sob coordenação da Secretaria de Avaliação Institucional (SAI) e

supervisão da CPA da UFRGS. Vale destacar o empenho dos órgãos da

Administração Central da Universidade na reunião dos dados, bem como dos Núcleos

de Avaliação das Unidades (NAUs), os quais puderam promover uma reflexão

descentralizada acerca dos resultados obtidos pela UFRGS ao longo do ano. Os

Relatórios dos Núcleos de Avaliação das Unidades (NAUs) fazem parte deste

documento, com o título “ANEXOS RAAI 2016 UFRGS”.

As práticas de autoavaliação desenvolvidas pela UFRGS tem seus

fundamentos no plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o qual, em sua versão

2011-2015, enfatiza:

Será importante integrar, no âmbito da Universidade, as atividades de planejamento demandadas pela Avaliação Institucional, pela Avaliação de Desempenho e pelo Relatório de Gestão, tendo em vista a otimização do planejamento institucional. O planejamento das Unidades Administrativas e Acadêmicas, buscando excelência das suas ações, objetivos e metas, deverá estar pautado pelos indicadores de desempenho/ mensuração que, por sua vez, resultarão na avaliação institucional interna e externa.

Um aspecto importante, do ponto de vista organizacional, é a consolidação de instâncias de avaliação autônomas, fortalecendo a pratica avaliativa e auto avaliativa, tanto da instituição, como de cada um dos cursos da Universidade. Nesse espírito, e visando às crescentes demandas por excelência, crescimento e inserção internacional, a Universidade deverá caminhar na direção de adotar critérios próprios de avaliação, em consonância com suas ações de planejamento, e colocar-se em interação com avaliadores externos de sua eleição, incluindo aí a interação com marcos avaliativos coerentes com seu desejo de maior inserção no cenário internacional de produção e conhecimento. (UFRGS/PDI 2011-2015, pág. 46).

Já o PDI de 2016-2026 preconiza que a avaliação institucional deve fazer parte

de todos os processos de gestão e ser base para o planejamento:

(...) todos os níveis do processo de gestão devem ser avaliados de forma constante, contínua e permanente, evidenciando a trajetória e permitindo ajustes e direcionamentos, se necessários. Sendo assim, a avaliação institucional deverá estar consoante com as diretrizes do planejamento, analisando os indicadores de desempenho internos e externos, observando também o disposto na legislação vigente. (UFRGS/PDI 2016-2026, p. 37)

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Com base nestas diretrizes gerais, a CPA tem desenvolvido seu trabalho, com

o propósito de auxiliar na qualificação das práticas institucionais, nas mais variadas

dimensões que comportam a vida acadêmica. Um desafio, nessa direção, diz respeito

à consolidação de um Projeto Institucional de Avaliação, o qual constitui-se como meta

do Plano de Gestão 2016-2020 e consta no PDI 2016-2026.

É importante reportar ainda que, além deste Relatório aqui apresentado,

existem outros documentos internos que trazem elementos avaliativos de importância

para a compreensão do contexto institucional. Cumpre destacar os relatórios anuais

de gestão apresentados à Controladoria Geral da União (CGU), também baseados

em legislação específica.

Estes documentos visam, sobretudo, tornar transparente para a sociedade o

cumprimento da missão e dos objetivos da UFRGS, os quais tem como princípio a

busca pelo reconhecimento como uma Universidade que desenvolve educação

superior com excelência e compromisso social.

Diante do compromisso da UFRGS com o processo de autoavaliação

institucional e das singularidades que marcaram a Universidade no ano de 2016, este

Relatório de Autoavaliação Institucional busca sintetizar as principais ações levadas à

efeito pela comunidade acadêmica na perspectiva de subsidiar estratégias futuras.

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II - METODOLOGIA

A metodologia para elaboração deste Relatório foi definida pela SAI e pela CPA

durante o ano de 2016. Cabe destacar que, objetivando comparabilidade entre

documentos, optou-se por dar sequência à metodologia adotada no ano de 2015.

Para a confecção do Relatório, a SAI organizou reuniões de orientação com

dois grupos. No primeiro grupo estavam os órgãos da Administração Central da

Universidade, tais como Gabinete do Reitor, Pró-Reitorias, Secretarias,

Superintendências, entre outros, conforme a organização administrativa da

Instituição. Já no segundo grupo estavam os coordenadores dos NAUs, os quais

constituem-se como importantes instâncias avaliativas nas diversas unidades da

UFRGS.

As reuniões de sensibilização com os Órgãos da Administração Central e com

os NAUs tiveram como propósito possibilitar a construção coletiva deste Relatório.

Ainda como forma de orientação para a coleta e envio de dados, foram elaborados

documentos e roteiros disponibilizados de várias maneiras: presencialmente, durante

as reuniões já destacadas; através de correio eletrônico, com roteiros em anexo, e

através de um Espaço Virtual criado especificamente para o RAAI 2016, na Plataforma

Moodle Colaboração da UFRGS, a qual permite postagens e edições coletivas de

textos.

As diversas instâncias que participaram da construção do RAAI 2016 foram

orientadas a organizar as informações atendendo à Nota Técnica N° 65/2014,

reagrupando as dez dimensões propostas pelo SINAES, em cinco Eixos, quais sejam:

Eixo 1: Planejamento e Avaliação Institucional

Dimensão 8: Planejamento e Avaliação

Eixo 2: Desenvolvimento Institucional

Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional

Dimensão 3: Responsabilidade Social da Instituição

Eixo 3: Políticas Acadêmicas

Dimensão 2: Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão

Dimensão 4: Comunicação com a Sociedade

Dimensão 9: Política de Atendimento aos Discentes

Eixo 4: Políticas de Gestão

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Dimensão 5: Políticas de Pessoal

Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição

Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira

Eixo 5: Infraestrutura Física

Dimensão 7: Infraestrutura Física

Sendo assim, o RAAI 2016 da UFRGS apresenta, em sua macroestrutura,

informações por eixos/dimensões, organizadas pelos órgãos da Administração

Central da Universidade. Cada dimensão de avaliação possui ao final um quadro-

resumo que aponta os itens/quesitos de avaliação, as fragilidades, as potencialidades

e as ações e estratégias na busca de melhorias. Seguindo o mesmo formato e

orientações, foram elaborados os Relatórios de Autoavaliação dos Núcleos de

Avaliação das Unidades (NAUs), os quais trazem dados específicos das Unidades

universitárias da UFRGS.

A revisão geral do RAAI 2016 foi realizada pela CPA. Este trabalho envolveu a

leitura crítica dos dados enviados pelos órgãos da Administração Central. Naqueles

casos em que a CPA julgou conveniente solicitar informações adicionais ou mesmo

aprofundar aspectos no sentido de produzir um relatório com características

avaliativas, foram realizados novos contatos com os responsáveis. Esse processo foi

determinante que para que se chegasse a um documento institucional, com olhar

coletivo.

O trabalho de elaboração do RAAI da UFRGS teve início no mês de novembro

de 2016, com a revisão dos aspectos metodológicos e com a realização de reuniões

de sensibilização. A coleta de dados estendeu-se até fevereiro de 2017. Durante todo

o mês de março de 2017 a CPA esteve debruçada na leitura, análise e organização

deste Relatório, que também está disponível em: http://www.ufrgs.br/cpa/.

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III, IV e V - DESENVOLVIMENTO, ANÁLISE DOS DADOS E

AÇÕES COM BASE NA ANÁLISE

AVALIAÇÃO DOS EIXOS E DIMENSÕES INSTITUCIONAIS

EIXO 1: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

DIMENSÃO 8: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

Responsável: Secretaria de Avaliação Institucional (SAI)

A Secretaria de Avaliação Institucional (SAI) é um órgão da Administração

Central responsável por coordenar e articular as diversas ações de avaliação e

regulação desenvolvidas na Instituição. A criação do SAI foi uma consequência do

longo processo de constituição e consolidação de uma política institucional de

avaliação. A SAI é o órgão executivo da Comissão Própria de Avaliação (CPA),

conforme determina seu Regimento, aprovado pelo CONSUN.

Entre as ações no âmbito institucional da avaliação, durante o ano de 2016

destaca-se a realização da segunda edição da “Semana de Avaliação na UFRGS”.

Neste evento foram apresentados pela CPA os resultados das avaliações internas e

externas referentes ao ano anterior à Administração Central (Reitor, Vice-Reitor, Pró-

Reitores, Secretários, etc.), assim como foram apresentados os resultados das

avaliações das Unidades Universitárias pelos NAUs aos gestores das Unidades

(Direções, Chefes de Departamentos, Coordenadores de Comissões, Colegiados,

etc.). Quanto aos resultados da Semana de Avaliação, verifica-se a necessidade de

criar formas de acompanhamento dos resultados das ações das Pró-Reitorias

referente aos dados da avaliação entregues à Administração Central e de divulgação

das mesmas à comunidade acadêmica e externa, uma vez que há grande expectativa

da comunidade quanto às avaliações realizadas.

Outro evento de destaque realizado no ano de 2016 foi o 2º Simpósio Avaliação

da Educação Superior (AVALIES), o qual envolveu ativamente todo o quadro da SAI

na sua organização. O evento contou com apoio do Gabinete, Pró-Reitoria de

Planejamento e Administração, Pró-Reitoria de Extensão, Secretaria de Comunicação

(SECOM), Gráfica da UFRGS e Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio

Grande do Sul (FAURGS). Estiveram presentes aproximadamente 250 participantes,

de diferentes lugares do país, como Acre, Rio Grande do Norte, Pará, Ceará,

Pernambuco, Paraíba, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Roraima, Mato Grosso,

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Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná,

Santa Catarina, e também do exterior, destacando-se Estados Unidos, Portugal,

Colômbia, Argentina, Uruguai e Paraguai. O evento contou com duas conferências,

uma nacional com a Presidente do INEP, Profª Maria Inês Fini e uma internacional,

com o Prof. Lawrence Gene Jones da Instituição ABET dos Estados Unidos, além de

6 painelistas, entre eles Luis Lamb (UFRGS), Cláudio Anjos (British Council), Renato

Pedrosa (Unicamp), Vahan Agopyan (Vice-reitor USP), Lívio Amaral (UFRGS) e

Wagner Bandeira Andriola (UFC). Todos painelistas são referência nacional e

internacional, qualificando o debate a respeito da temática da educação Superior e

seus processos avaliativos. No mesmo evento, 22 (vinte e dois) trabalhos foram

apresentados no formato oral e 27 (vinte e sete) em pôsteres. A promoção e

organização do evento em suas duas primeiras Edições pela UFRGS contribuíram

para construir uma nova tradição de debates na área, conforme os propósitos para a

qual foi criado. Ao final do evento, foram acordadas duas propostas de realização das

próximas edições: o AVALIES 2017, em sua terceira edição, será realizado na

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o AVALIES 2018, em sua quarta

edição, será realizado na Universidade Federal do Ceará (UFC).

A ampliação e especialização das atividades de avaliação tem demandado

novas frentes de atuação, entre elas a Autoavaliação, que vem se consolidando

gradativamente como um novo setor de trabalho. É uma área de atuação que inclui a

reflexão institucional sobre o planejamento da avaliação, sua execução e projeção

futura, apontando as fragilidades e potencialidades. Assim como os outros setores da

SAI, assessora o trabalho da CPA; contribui para uma maior especialização na

elaboração do Relatório de Autoavaliação Institucional; desenvolve um trabalho de

apoio mais efetivo aos Núcleos de Avaliação das Unidades, visando seu

fortalecimento e estimulando um trabalho mais integrado com a CPA. A atuação da

área contribui para a reflexão sobre a produção de séries históricas de dados,

procurando conhecer a avaliação da UFRGS como processo, no seu acontecer, e

contribuir para que o trabalho coletivo avance em direção a uma consolidação da

cultura de avaliação.

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Departamento de Avaliação

Em 2016, o Departamento de Avaliação da SAI continuou desenvolvendo as

seguintes atividades: (i) atualização de dados do Painel da Qualidade; sistematização

e publicação do relatório de autoavaliação institucional (RAAI); (ii) implementação dos

instrumentos de avaliação aprovados pela CPA (Avaliação discente e autoavaliação

docente do Colégio de Aplicação, (iii) migração do instrumento de Avaliação do

Docente pelo Discente para nova plataforma e melhorias implementadas em todos os

instrumentos), e (iv) logística de preparação à realização do ENADE, assessorando

os cursos para garantir o sucesso na realização deste Exame.

Também realizou o acompanhamento e tabulação de rankings nacionais e

internacionais. Vale destacar que foram encontradas algumas dificuldades no que diz

respeito a obtenção de dados para fornecimento aos rankings internacionais. Em

alguns casos, por questões de prazo ou de indisponibilidade de informações,

indicadores não puderam ser informados, comprometendo a posição da universidade.

Para sanar este problema, nesta nova gestão da Reitoria está sendo criada uma

comissão especial para tratar da participação da UFRGS em rankings.

No ano de 2016, houve a implementação dos novos questionários de avaliação

do Colégio de Aplicação, aprovados pela CPA. Os dois instrumentos já tiveram sua

primeira aplicação realizada no semestre 2016/1. Neste ano, também foram

implementados os Relatórios de Avaliação Docente Quantitativo e Qualitativo do

Colégio de Aplicação. Esses relatórios apresentam os resultados das avaliações

discentes e os comentários atribuídos a cada docente do Colégio de Aplicação. Esse

relatório poderá, futuramente, ser utilizado para fins de progressão docente na carreira

do ensino básico, técnico e tecnológico.

Os instrumentos de avaliação ganharam melhorias tanto na estrutura quanto

na interface para preenchimento trazendo mais benefícios à comunidade acadêmica.

Em razão da natureza de algumas atividades e da diferença no calendário, o

instrumento de avaliação discente para o curso de Medicina foi ajustado. Com isso,

os alunos deste curso têm agora um período diferenciado de avaliação, de acordo

com seu respectivo calendário acadêmico. Também foram implementadas melhorias

no portal utilizado pela Secretaria e no sistema utilizado para informações do Projeto

Pedagógico do Curso (PPC).

O sistema ENADE foi aprimorado para contemplar alterações determinadas

pelo INEP e para facilitar o processo de inscrição, consulta e dispensa dos alunos.

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Entretanto, enfatiza-se a necessidade de reforçar a atenção à inscrição dos alunos a

e aos sistemas internos dos cursos, tomando ações que evitem que alunos não sejam

inscritos no ENADE.

O Departamento de Avaliação atuou fortemente nas atividades de apoio para a

criação do II AVALIES, especialmente no que se refere ao desenvolvimento do site do

evento, sua atualização constante, a edição dos Anais eletrônicos, o

acompanhamento dos trabalhos inscritos e a recepção e inscrição dos participantes

in loco.

O Departamento atuou prestando suporte ao Departamento de Regulação

desta Secretaria, fornecendo informações para os processos de avaliação de curso.

Neste intento, foi criada uma ferramenta que automatiza a extração de informações

que servem de base para o processo de avaliação de cursos. Com isso, o processo

de obtenção de informações passa a ser bem mais ágil e independente para o

Departamento de Regulação.

Quanto às fragilidades nos processos de trabalho, pode-se citar, entre outras,

a necessidade de expansão do quadro de servidores, visando agilidade na

implementação, análise de resultados e manutenção de sistemas utilizados por toda

a SAI. Essa expansão também se faz necessária devido ao aumento do número de

instrumentos de avaliação (questionários), por consequência exige atividades

relacionadas à manutenção, criação de relatórios e extração de informações. Alguns

instrumentos de avaliação planejados, como o questionário do egresso, ainda não

foram implementados. Da mesma forma, os indicadores para composição do RAAI os

quais precisam ser revistos, atualizados e automatizados.

Constata-se que é necessário dar continuidade ao mapeamento e

documentação dos processos de trabalho em que este departamento atua, em

especial o funcionamento dos instrumentos de avaliação, resultados de avaliação

(como IGC, CPC e Painel da Qualidade), ranqueamentos nacionais e internacionais,

entre outros.

Além do mapeamento e documentação dos processos de trabalho, é

necessário tomar medidas para implementar melhorias nos pontos de fragilidades

detectados nesses processos. Isto porque, o mapeamento de processos como o do

ENADE e RAAI deveria impulsionar efetivas melhorias nos pontos de fragilidade

detectados.

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Como futura tarefa para este departamento está o acompanhamento e registro

dos alunos que participam da Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina

(ANASEM), visto a necessidade que a UFRGS tem em fazer estes registros.

Departamento de Regulação

Durante o ano de 2016 o Departamento de Regulação da SAI coordenou,

juntamente com as unidades acadêmicas e os cursos envolvidos, diversas ações junto

à comunidade universitária para receber as visitas de avaliação externa referentes aos

processos de Reconhecimento dos seguintes cursos: Serviço Social (conceito 5);

Museologia (conceito 4), e Renovação de Reconhecimento dos cursos de: Medicina

(conceito 4); Biblioteconomia (conceito 5); Relações Públicas (conceito 5). Nos cursos

avaliados, ressalta-se que as dimensões 1- Organização didático-pedagógica; 2-

Corpo Docente e 3-Instalações físicas, foram, em geral, bem avaliadas. Entretanto, a

Dimensão 1- Organização didático-pedagógica em um dos cursos, apresentou

conceito 3. Ainda, os requisitos legais e Normativos foram, em sua grande maioria,

atendidos, destacando que, em um dos cursos, não foram atendidos dois requisitos:

acessibilidade e transtorno do espectro autista. A preparação e acompanhamento

dessas visitas envolveram atividades como a realização de reuniões com as

COMGRADs, Direção das Unidades e Núcleos de Avaliação das Unidades (NAUs),

bem como a organização de documentos institucionais a serem apresentados à

comissão de Avaliadores, entre os quais o Plano de Desenvolvimento Institucional,

Plano de Gestão, Estatuto, Regimento e Relatório de Autoavaliação Institucional e

demais documentos solicitados pelos avaliadores.

Em relação aos processos regulatórios de cursos de graduação, destacam-se

as seguintes atividades: coordenação e orientação do preenchimento do formulário

eletrônico de avaliação para Reconhecimento do curso de Bacharelado Interdisciplinar

em Ciência e Tecnologia; preenchimento do processo de Autorização dos cursos de

Engenharia de Gestão de Energia, Engenharia de Serviços e Desenvolvimento

Regional. Ainda, foram prestadas orientações à 19 COMGRADs em relação ao

preenchimento dos Projetos Pedagógicos no Portal do servidor da UFRGS.

Atendendo ao sistema de registro dos cursos de pós-graduação latu sensu

estabelecido pelo MEC, o departamento manteve atualizado o cadastro dos cursos de

Especialização da UFRGS.

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O Departamento de Regulação tem trabalhado no aprimoramento dos fluxos

de processos (autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento) no

intuito de melhor organizar as tarefas realizadas no setor, buscando delinear sua

identidade e possibilitar que no futuro outros servidores acompanhem as atividades

da Regulação na UFRGS.

Em relação à estrutura organizacional da SAI, faz-se necessário reforçar a

presença do Departamento de Regulação, articulado ao Departamento de Avaliação.

Assim, a Regulação ocupa-se das comissões de avaliação externas relativas aos

processos regulatórios dos cursos. Os processos Regulatórios de Renovação de

Reconhecimento, em que se encontram a maioria dos cursos da UFRGS, estão

vinculados aos ciclos avaliativos do SINAES, que pressupõe a participação de cursos

por área de conhecimento no exame ENADE a cada três anos. Atividade essa cujo

acompanhamento é de responsabilidade do Departamento de Avaliação. Isto requer

um diálogo permanente entre Avaliação e Regulação. Outro aspecto que demonstra

a interação entre as atividades dos Departamentos é o fato de que o Relatório de

Autoavaliação da Instituição (RAAI) depositado no sistema e-MEC provém de

informações organizadas pelo departamento de Avaliação e compõem os documentos

oficiais das visitas de avaliação de cursos, utilizados pelo departamento de

Regulação. Assim, é importante seguir a estrutura atual da SAI, fortalecendo sempre

mais o diálogo entre seus Departamentos. Ainda, sustentando a articulação entre

Avaliação e Regulação, a Universidade conta intensamente com os NAUs, como

extensões avaliativas da Comissão Própria de Avaliação nas unidades acadêmicas,

nos processos de visita de avaliação in loco dos cursos de graduação.

Questões que ainda configuram como fragilidades são: a comunicação entre

Regulação/UFRGS e o sistema e-MEC, tendo em vista que o canal de comunicação

disponibilizado pelo Ministério da Educação, o fale conosco, por vezes, não atende

com clareza, objetividade e rapidez às demandas enviadas por este Departamento,

proporcionando dificuldades na atualização de informações do cadastro de cursos.

Com base nestas demandas, há necessidade de pelo menos mais um servidor

para auxiliar nas atividades do Departamento de Regulação, devido à grande

demanda dos processos de trabalho não só de regulação, mas também de

acreditação, os quais estão igualmente sob responsabilidade deste departamento.

No âmbito institucional percebe-se a necessidade de que os Projetos

Pedagógicos dos Cursos- PPCs estejam adequados às legislações internas, externas

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e Diretrizes Curriculares Nacionais, levando em conta os processos regulatórios dos

cursos, bem como com aprovação de todas as instâncias da Universidade. Desta

forma, criando uma cultura de atualização permanente dos PPCs. Destaca-se,

também, a necessidade de maior aproximação com setores da UFRGS que tratam de

assuntos relativos aos processos regulatórios, definindo conceitos importantes para o

andamento dos processos.

Como fragilidade aponta-se, ainda, a necessidade de agilizar o trabalho de

extração de cópias dos documentos dos docentes para preparação às visitas de

avaliação dos Cursos de Graduação. Atualmente o processo de extração de

documentos digitalizados de cada docente é lento, por ser feito manualmente um

documento por vez, impossibilitando a extração conjunta dos documentos de cada

docente. Há necessidade, portanto, de adequar o sistema informatizado, de modo que

este possibilite salvar em documento único (PDF) os comprovantes da titulação do

docente.

Em relação ao cadastro dos cursos de Especialização, considerando a

necessidade de atualização permanente dos dados, faz-se necessário um módulo no

portal do servidor, integrado com a PROPG, para atualização dos cursos de

especialização no sistema e-MEC, de modo a agilizar este processo e evitar perdas

de informações.

Secretaria Administrativa

Em 2016, a Secretaria Administrativa da SAI contribuiu para o bom atendimento

das demandas da SAI como um todo, apoiando administrativamente os

Departamentos de Regulação e Avaliação. Também atuou em diversas tarefas

referentes a assuntos da CPA e dos NAUs. A Secretaria atendeu demandas dos

NAUs, entre elas, destaca-se: o gerenciamento dos termos de bolsas, reuniões de

trabalho da CPA, assim como atendeu demandas administrativas de competência

desta secretaria. Além disso, colaborou na organização do segundo ano da Semana

de Avaliação na Universidade. Auxiliou na organização e promoção dos VIII e IX

Fóruns dos NAUs.

Atuou significativamente no planejamento, organização e realização do 2º

Simpósio Avaliação da Educação Superior (AVALIES), promovido pela UFRGS. O

resultado deste evento foi considerado de alta qualidade, tanto por parte dos

participantes que avaliaram o evento através de fichas e formulário on line, quanto por

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parte da avaliação do comitê diretivo e da organização local. Os participantes

destacaram como excelente a organização.

A fim de otimizar o trabalho a Secretaria Administrativa iniciou o mapeamento

de suas atividades. Com isso, os processos de trabalho serão conhecidos por todos

servidores e bolsistas envolvidos nas atividades da secretaria.

Em relação às fragilidades que envolvem o trabalho da secretaria, cita-se que

no acompanhamento às reuniões da CPA, não há um espaço adequado para as

reuniões, uma vez que são semanais e esta não tem espaço próprio para realização

das mesmas. Quanto ao trabalho de apoio aos NAUs, apesar da secretaria ter

realizado um levantamento de necessidades dos mesmos quanto a equipamentos de

informática, não foi possível a secretaria dar encaminhamento aos pedidos para a Pró-

Reitoria de Planejamento e Administração, em razão das contingências orçamentárias

de nível nacional.

A secretaria permaneceu gerenciando as atualizações dos sites CPA, NAUs e

Fórum dos NAUs com o intuito de deixar as informações sobre avaliação institucional

disponíveis à comunidade acadêmica e externa.

Estes apontamentos objetivam contribuir para o debate sobre a organização

das atividades de avaliação institucional dentro da UFRGS e sua otimização, a fim de

promover o fortalecimento da consciência coletiva sobre avaliação, visando a melhoria

da qualidade da UFRGS.

Comissão Própria da avaliação (CPA)

De acordo com a Lei Nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que instituiu o Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), a Comissão Própria de

Avaliação (CPA), tem como atribuições na Universidade a condução dos processos

de avaliação internos da instituição, a sistematização e a prestação das informações

solicitadas pelo INEP, obedecendo diretrizes específicas. A UFRGS possui uma CPA

que respeita as orientações da legislação do SINAES, com estrutura e regimento

construídos e debatidos junto à comunidade acadêmica. Na página da CPA da

UFRGS estão disponíveis seu histórico, atribuições, Regimento, publicações, entre

outras informações relevantes. Para conhecê-los, clique no link:

http://www.ufrgs.br/cpa

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A CPA é responsável pela coordenação e pela articulação das diversas ações

de avaliação desenvolvidas pela Instituição, sejam elas demandas internas ou

externas.

A CPA atua no âmbito da Universidade como um todo, enquanto os Núcleos

de Avaliação das Unidades (NAUs) atuam nas Unidades Regionais e Acadêmicas. A

CPA aprova os instrumentos de consulta ao corpo discente e docente de graduação

e pós-graduação, bem como aprova o Relatório de Autoavaliação Institucional.

Foram realizadas, durante o ano de 2016, um total de 21 reuniões de trabalho,

com debate e aprovação de vários instrumentos de avaliação, resultando em 6

Decisões da CPA, referentes aos seguintes temas: Instrumento de Avaliação do

Colégio de Aplicação, aprovação do Relatório de Autoavaliação Institucional 2015,

aprovação do Instrumento de Autoavaliação Docente do Colégio de Aplicação,

alteração de uma Questão do Instrumento Autoavaliação Docente do Colégio de

Aplicação, aprovação do Instrumento Piloto de Avaliação das Atividades de Ensino

de Cursos de Graduação a Distância e aprovação do Instrumento Piloto de Avaliação

das Atividades de Ensino a Distância em Cursos Presenciais.

Para melhor desenvolvimento das atividades da CPA, foi criado um ambiente

virtual no Moodle Colaboração, com a participação de todos os membros. Trata-se de

um ambiente virtual compartilhado, no qual são disponibilizados os arquivos com a

legislação pertinentes à Avaliação, além de documentos auxiliares às pautas das

reuniões.

Uma demanda institucional de melhoria é a necessidade de um espaço próprio

para a CPA, espaço este que atenda às necessidades de reunir-se periodicamente

como Comissão Superior da Universidade e, além disso, para garantir um espaço para

seus representantes se envolverem efetivamente na produção de conhecimento

científico sobre avaliação. Outro fator de fragilidade é a vigência do mandato de um

ano dos membros da CPA. Esse prazo é considerado curto para garantir um processo

de continuidade dos debates e propostas amadurecidas na Comissão, a fim de

consolidar uma cultura de avaliação.

Fórum dos NAUs (Núcleos de avaliação das Unidades)

O Fórum dos Núcleos de Avaliação das Unidades (FORNAU) é uma instância

de integração entre os 29 Núcleos de Avaliação das Unidades da UFRGS, um espaço

para troca de experiências, debates e intercâmbios, que tem por finalidade contribuir

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para o constante aperfeiçoamento e desenvolvimento da cultura de avaliação

institucional. Foi formado em 2013, a partir do crescimento dos Núcleos de Avaliação

das Unidades e uma necessidade de maior comunicação entre os mesmos, como um

espaço de compartilhamento de “boas práticas” entre Núcleos com diferentes graus

de experiência.

O NAU tem as competências da Comissão Própria de Avaliação (CPA)

aplicadas à escala da Unidade. Os NAUs são "braços" da CPA nas Unidades. Assim,

as normas e decisões produzidas pelo Fórum são homologadas pela CPA. Até o

momento, foram realizadas nove edições do fórum dos NAUS. Maiores informações

podem ser obtidas no site: http://www.ufrgs.br/forumnaus

Durante o ano de 2016, um ponto positivo foi a organização do conteúdo do

evento conforme demandas próprias dos Núcleos, bem como a formação de Grupos

de Trabalho para dar andamento e agilidade a assuntos emergentes, como foi o caso

do formato do Relatório de Autoavaliação Institucional, e que teve como resultado uma

produção recorde de relatórios, entregues por 27 dos 29 Núcleos.

Algumas ações para incrementar a comunicação com os NAUs têm sido

implantadas pela SAI, entre elas: Moodle Colaboração, site do Fórum dos NAUs, lista

de discussão do Fórum dos NAUs e lista dos NAUs. No entanto, verifica-se

necessidades de melhorias, entre elas: o espaço Moodle Colaboração do Fórum dos

NAUs poderia ser um espaço de compartilhamento de documentos e instrumentos,

proporcionando reflexões e melhorias para as ações de avaliação, mas esteve ocioso

e inativo durante o ano de 2016

Uma recomendação é o planejamento da reestruturação por parte dos NAUs

para organização do Fórum, como a indicação de um coordenador ou uma comissão

que conduza os trabalhos, anualmente ou semestralmente, a fim de que o Fórum seja

fortalecido e mantenha sua realização periódica.

Uma demanda solicitada pelos NAUs é a necessidade de ampliar capacitações,

na geração de relatórios estatísticos para uma avaliação quantitativa e com softwares

como o Nvivo para análise qualitativa dos comentários em espaços abertos dos

instrumentos de avaliação, e outros temas de interesse da avaliação.

Uma fragilidade detectada é a grande rotatividade dos membros dos NAUs.

Este é um ponto de extrema relevância, que precisa ser enfrentado coletivamente.

Evitar uma rotatividade muito alta é condição para que de fato a cultura de avaliação

se consolide e o trabalho tenha continuidade.

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Como potencialidades a serem destacadas, percebe-se que os NAUs mais

atuantes são aqueles que:

- Trabalham na Unidade em parceria com as outras instâncias, como Direção,

Chefias de Departamento, Comissões de Extensão e Pesquisa, contam com a

participação ativa e a produção de técnicos administrativos, além de manter uma boa

comunicação e diálogo com representações estudantis;

-Trabalham em equipe, coletivamente, contando com a colaboração e

participação ativa até mesmo de membros suplentes;

- O trabalho desenvolvido vai além dos materiais produzidos e entregues pela

SAI a respeito da avaliação do ensino, procuram abarcar outras dimensões do

SINAES, como a pesquisa, a extensão, a gestão, a infraestrutura, entre outras;

- A avaliação é considerada como estímulo para buscar maior competência no

planejamento de todas atividades da Unidade, e pode significar maior visibilidade de

uma qualidade que existe, mas muitas vezes é desconhecida.

Outra potencialidade envolve um trabalho coletivo para fazer com que todos os

Fóruns dos NAUs sejam operantes e tenham um bom desempenho em práticas de

avaliação, ou seja, que funcionem de modo a desenvolver habilidades nas equipes

para entender do processo avaliativo e suas consequências, desenvolvendo

competências na temática da avaliação.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

ITENS - ASPECTOS /QUESITOS

POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE MELHORIAS

Espaço para CPA (Comissão Própria de Avaliação).

Garantia de um espaço para os representantes da CPA poderem exercer seu papel de produtores de conhecimento sobre avaliação.

A CPA carece de um espaço que atenda às necessidades de reuniões coletivas periódicas, e para seus membros se dedicarem a estudos e análises.

Disponibilizar um espaço para a Comissão Própria de Avaliação.

Mandato da CPA Mandato maior poderia garantir continuidade e fortalecimento de atividades de avaliação.

Mandato de um ano não permite concluir processos iniciados de debates e atividades de avaliação.

Revisão do regimento da CPA - ampliar o mandato permitiria acompanhar e concluir os processos avaliativos, a fim de fortalecer a cultura de avaliação.

Recursos Humanos Demanda pelo desenvolvimento e implementação de instrumentos de avaliação informatizados (questionários). Demandas por Avaliações de Cursos. Demandas do novo setor de Autoavaliação.

Aumento da demanda de trabalho no sistema informatizado de questionários. Aumento das demandas de Regulação e Acreditação, e de Autoavaliação.

Ampliar número de servidores na área de tecnologia da informação e estatística. Aumento em pelo menos dois servidores Técnico em Assuntos Educacionais, para a Regulação e a Autoavaliação

Processos de trabalho Dar continuidade ao mapeamento e documentação dos processos de trabalho em que os departamentos atuam, em especial o funcionamento dos instrumentos de avaliação, resultados de avaliação (como IGC, CPC e Painel da Qualidade), ranqueamentos nacionais e internacionais, entre outros. Pontos de fragilidade detectados nos processos da SAI, em especial do RAAI e ENADE já mapeados.

Quando os processos de trabalho são assumidos por apenas um servidor, na ausência deste, o processo é interrompido (motivo férias, saúde, licença estudos ou outros). Necessidades de melhoria não enfrentadas.

Mapear todos processos de trabalho do setor, de modo que as tarefas possam ser conhecidas e executadas por todos. Tomar medidas efetivas para implementar melhorias em fragilidades já apontadas nos processos da SAI, em especial RAAI e ENADE.

Comunicação entre Regulação/UFRGS e o sistema e-MEC

Necessidade de melhoria na comunicação entre MEC e Regulação.

Fale conosco do MEC por vezes, não atende com clareza, objetividade e rapidez às demandas enviadas pelo departamento.

Ampliação e mais eficiência nos canais de comunicação com o MEC, para atendimento imediato às demandas do Departamento de Regulação.

Atualização dos Projetos Pedagógicos dos Cursos

Criação de uma cultura de atualização dos Projetos Pedagógicos dos Cursos que atendam os aspectos regulatórios.

Os Projetos Pedagógicos dos Cursos apresentados nem sempre atendem os requisitos legais e/ou estão aprovados em todas as instâncias da universidade.

Aproximação com setores da UFRGS que tratam de assuntos relativos aos processos regulatórios de modo que os processos cheguem ao Departamento

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QUADRO 1: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

de Regulação de forma adequada para os processos de avaliação.

Documentos digitalizados dos docentes

Agilizar o trabalho de extração de copias dos documentos dos docentes para preparação às visitas de avaliação dos Cursos de Graduação.

Atualmente o processo de extração de documentos digitalizados de cada docente é lento, por ser feito manualmente (um a um), impossibilitando a extração conjunta dos documentos de cada docente.

Adequação do sistema informatizado, com otimização do processo de extração dos documentos digitalizados dos docentes, de modo a salvar em documento único (PDF) os comprovantes de sua titulação.

Cadastro dos cursos de Especialização

-Necessidade de atualização permanente dos dados no cadastro de Especializações no sistema e-MEC.

- Atualmente o envio das informações pela PROPG se dá via e-mail ou pen-drive.

- Criação de um módulo no portal do servidor, integrado com a PROPG, para atualização dos cursos de especialização no sistema e-MEC, de modo a agilizar este processo e evitar perdas de informações.

Fortalecimento dos NAUS - Importância do trabalho dos NAUs para consolidar a avaliação na Universidade.

- Necessidade de apoiar de modo mais efetivo o trabalho dos NAUS.

- Reforço de recursos humanos e infraestrutura. - Criação de um novo setor/ departamento para tratar especificamente com os NAUs.

Realização de 02 Fóruns dos NAUs durante o ano de 2016

- Organização do conteúdo do Fórum dos NAUs conforme demandas próprias dos Núcleos. - Criação de Grupos de Trabalhos para aprofundar assuntos específicos tratados no Fórum. - Fóruns dos NAUs precisam ser operantes e ter um bom desempenho em práticas de avaliação.

- Necessidade de maior participação dos NAUS na promoção de Fóruns, para tornar essa instância coletiva de fato. - As temáticas dos Fóruns precisam ser motivadoras, contribuindo para desenvolver nas equipes as habilidades para entender do processo avaliativo e suas consequências

Reforço e melhoria na comunicação entre NAUs, CPA, SAI, unidades universitárias e comunidade em geral. - Os Fóruns dos NAUs podem funcionar de modo a desenvolver competências na temática da avaliação.

Rankings nacionais e internacionais

- Melhoria na coleta dos dados pode expressar melhor a realidade da UFRGS.

- Dificuldade na coleta de dados, que não estão centralizados e/ou organizados

- Participação da SAI na criação de um Grupo de Trabalho Inter setorial para manter um banco de dados permanente que possa fornecer informações atualizadas para os rankings

Egressos - Necessidade de estabelecer uma política de avaliação institucional sobre o egresso.

- Dificuldade para conhecer dados sobre atuação e empregabilidade dos egressos.

- Participação da SAI em um grupo de trabalho visando o desenvolvimento e implementação de estratégias de acompanhamento e avaliação do egresso.

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EIXO 2: DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

DIMENSÃO 1: MISSÃO E PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Responsável: Gabinete

HISTÓRICO DA UFRGS

A história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) começou

com a fundação, em Porto Alegre, da Escola de Farmácia e Química em 1895, seguida

da Escola de Engenharia, em 1896. Essas primeiras escolas profissionais iniciaram,

também, a educação de nível superior no Estado do Rio Grande do Sul. Ainda no

século XIX, foram fundadas a Faculdade de Medicina de Porto Alegre e a Faculdade

de Direito, cuja fundação, em 1900, marcou o início do oferecimento de cursos

humanísticos no Estado.

Do agrupamento dessas unidades isoladas e autônomas, colocadas sob a

tutela do Estado pelo Decreto nº 5.758, de 28 de novembro de 1934, foi criada a

Universidade de Porto Alegre, com a finalidade de "dar uma organização uniforme e

racional ao ensino superior no Estado, elevar o nível da cultura geral, estimular a

investigação científica e concorrer eficientemente para aperfeiçoar a educação do

indivíduo e da sociedade".

CONDIÇÃO JURÍDICA

A UFRGS goza do status jurídico de Universidade a partir da edição do Decreto

Estadual nº 5.758/1934 e passou à categoria de Instituição Federal a partir da Lei nº

1.254/1950. Como Instituição Federal, a mantenedora da UFRGS é o Ministério da

Educação.

MISSÃO, PRINCÍPIOS E VALORES INSTITUCIONAIS

O Estatuto e o Regimento Geral da Universidade estabelecem sua missão,

seus princípios e seus valores. A missão é estabelecida através do Art. 5º, título II do

Estatuto: “A Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem por finalidade precípua

a educação superior e a produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e

tecnológico integradas no ensino, na pesquisa e na extensão”.

A par dessa definição, a Universidade, pelo seu próprio histórico de formação,

forjado a partir da união de diferentes faculdades em períodos diversos, buscou

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constituir, ao longo do tempo, um conjunto de regramentos de convívio entre as suas

unidades baseado no respeito à diversidade e à autonomia acadêmica. Isto pode ser

inferido a partir de um sólido conjunto de resoluções internas que disciplinam as

diversas matérias inerentes a aspectos da vida acadêmica e administrativa da

Instituição, pautados pela observância de padrões de qualidade exigentes.

Da análise do Estatuto da Universidade é possível abstrair princípios e valores

que permeiam a sua cultura institucional e que configuram o norteamento dos seus

processos decisórios internos, os quais são listados a seguir:

- Compromisso com a ética;

- Compromisso com os interesses públicos;

- Compromisso com a produção de conhecimento inovador e crítico;

- Compromisso com a formação em bases científicas sólidas;

- Compromisso com a formação integral (e não apenas tecnicista) do indivíduo;

- Compromisso com o respeito à diversidade, à heterogeneidade, à pluralidade

de ideias;

- Compromisso com o exercício da cidadania através do desenvolvimento de

uma consciência ética na comunidade universitária;

- Vinculação entre pesquisa, extensão e ensino, em caráter de

indissociabilidade;

- Desvinculação ao balizamento de ordem político-ideológico ou religioso;

- Foco na visão interdisciplinar do conhecimento científico;

- Compromisso com o desenvolvimento regional e nacional, bem como com a

qualidade da vida humana;

- Compromisso com a articulação entre as diversas Unidades da Universidade

e as entidades públicas e privadas de âmbito regional, nacional e internacional;

- Liberdade de ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

- Gratuidade do ensino;

- Gestão democrática;

- Valorização dos profissionais do ensino;

- Garantia de padrão de qualidade;

- Respeito à dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais.

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Além desses, a própria existência de determinadas estruturas administrativas

já consagradas na Universidade, tais como a Coordenadoria de Meio Ambiente,

configura seu compromisso com as questões ambientais e com a universalização e

democratização do ensino superior público, gratuito e de qualidade.

Ainda, da análise do Estatuto e Regimento Geral, observa-se à configuração

de uma organização acadêmico-administrativa baseada na separação hierárquica e

funcional entre suas instâncias legislativas-avaliativas, executivas e jurídicas.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI – é um instrumento de gestão

institucional, proposto por legislação específica e deve ser construído pela

comunidade acadêmica da instituição.

O PDI, na sua elaboração, levou em conta, seu histórico de atuação, as

características de seu funcionamento (missão, valores, princípios e fundamentos) e a

maneira como se relaciona com a sociedade na qual está inserida, bem como com as

demais instituições de ensino superior. Foi considerado na elaboração do PDI os

princípios que regem a Universidade, sendo eles: Autonomia universitária;

Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; Ética; Pluralidade e democracia;

Respeito à dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais; Liberdade

acadêmica; Excelência; Diversidade; Sustentabilidade; Compromisso social;

Valorização de seus docentes, técnico-administrativos e discentes. Além dos

princípios, também os valores da UFRGS nortearam a estruturação do PDI, sendo

eles: Responsabilidade social; Transparência; Inclusão; Responsabilidade ambiental;

Promoção do bem-estar social; Inovação; Internacionalização e Interdisciplinaridade.

Para a UFRGS, como instituição de excelência no ensino, na pesquisa e na

extensão, o PDI é um instrumento de aferição de suas realizações e uma oportunidade

de projeção de suas atuações no futuro.

O PDI 2011-2015 foi o primeiro construído com ampla participação da

comunidade universitária. Dessa forma, além de um instrumento que atende a marcos

legais, ele se tornou uma referência para a gestão da Universidade nos seus mais

variados níveis. A melhor demonstração quanto à relevância do PDI para a UFRGS é

o resultado geral da avaliação feita pela comunidade no final de 2014. Ficou claro o

seu reconhecimento como um documento norteador para gestão acadêmica e

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administrativa da UFRGS. Nesse sentido, o relatório de avaliação também orientou a

elaboração deste PDI na medida em que a experiência adquirida propiciou que se

estabelecessem metodologias de trabalho e de consulta direcionadas para atender as

necessidades de melhoria apontadas no processo avaliativo. Além disso, ficou

evidente na avaliação do PDI anterior e nas proposições para a construção do atual

PDI que deve haver uma continuidade entre ambos. Dessa forma, entende-se que a

implementação deste PDI deve se dar através de um processo de transição gradual e

harmônico tendo como característica fundamental a evolução continua de atividade

própria da UFRGS valendo-se da experiência acumulada no período do primeiro PDI

e as novas proposições do atual. Os pilares do PDI anterior – excelência, expansão,

eficiência e inserção, ganham força neste PDI atual, assim como as intenções de

crescimento e evolução constantes. Este PDI renovou e ampliou a importância da

busca pela excelência e qualidade de ensino através de novas práticas de

aprendizagem, novas iniciativas de internacionalização, expansão do conceito de

interdisciplinaridade para o conceito de multidisciplinaridade, buscando integração

entre as áreas de atuação e áreas de conhecimento. Os conceitos de expansão e

eficiência foram ampliados para o conceito de desenvolvimento institucional, que inclui

a criação de novos espaços multidisciplinares, a implementação de novos cursos e

ampliação de vagas, ou ainda pela criação de novos campi. Além disto, é estimulada

a continuidade da implementação de melhores práticas de gestão através de

redistribuição de infraestrutura física e tecnológica e também da reforma da estrutura

organizacional e institucionalização da gestão. O pilar inserção na sociedade ganha

destaque com a ampliação do conceito de responsabilidade institucional que passa a

incluir objetivos de impacto social estimulando a inserção local, regional, nacional e

internacional. Também, as ações de inclusão passam a abranger não somente ações

inclusivas acadêmicas, mas também, culturais, esportivas, artísticas e para a

promoção da diversidade.

Já no ano de 2016, o Comitê responsável pela apresentação de uma proposta

de PDI para a UFRGS no período de 2016-2026, sob a coordenação da PROCAD,

acompanhou as discussões e debates com relação à proposta de PDI enviada ao

Conselho Universitário (CONSUN) para aprovação e efetiva implementação. A

Decisão nº 179, de 24 de junho de 2016, aprovou o Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI 2016-2020), cujo objetivo caracteriza-se por orientar, ordenar e

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coordenar os esforços desta Universidade, em prol de uma gestão estratégica,

harmônica, orgânica e flexível, respeitando a autonomia de cada um – discente,

técnico-administrativo ou docente. Da Decisão aprovada, originou-se um livro (ISBN

978-85-9489-004-7) que foi amplamente divulgado e distribuído nas Unidades

Acadêmicas, Comunidade Universitária, ou seja, todos os órgãos e setores

integrantes da Universidade.

Figura 1 – Missão, Valores e Visão da UFRGS

Um planejamento eficaz necessita identificar as oportunidades de crescimento

de uma organização, compreender os recursos necessários para as gerir, conhecer a

disponibilidade desses recursos e a capacidade de os obter. A utilidade do

planejamento pode resumir-se em seis aspectos: analisar e gerir a mudança; traçar

as vias de desenvolvimento coerente; melhorar os resultados; permitir a integração

entre áreas e unidades; servir de instrumento de aprendizagem; e servir de

instrumento de análise global dos caminhos trilhados pela Instituição.

O modelo de planejamento estratégico prevê duas grandes fases para o

processo: a elaboração e a execução do PDI. Na fase de elaboração foi construído o

relatório com as propostas de objetivos estratégicos para a UFRGS, originadas da

consulta pública às comunidades interna e externa. Esta proposição demonstra os

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anseios da comunidade para a UFRGS para os próximos 11 anos. Na fase de

execução, o modelo pressupõe que a administração central e as unidades

acadêmicas identifiquem objetivos táticos para seus planos de gestão, que estejam

alinhados aos objetivos estratégicos. A partir disto, metas deverão ser identificadas

para o cumprimento dos objetivos institucionais estratégicos e táticos, bem como

devem ser criados indicadores de acompanhamento para os mesmos. O

desdobramento dos objetivos estratégicos mantém o formato democrático do

processo e garante a autonomia das unidades acadêmicas, permitindo a elaboração

de objetivos táticos e metas reais, em conformidade com as suas necessidades,

possibilidades e disponibilidades.

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DIMENSÃO 3: RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO

3.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL) – SEDETEC

Responsável: SEDETEC

A responsabilidade social da UFRGS, presente nas suas diversas atividades,

manifesta-se nas ações da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico. O Plano de

Desenvolvimento Institucional 2011-2015 incorpora inovação como compromisso da

Universidade, contemplando uma mudança na sistemática corrente das diretrizes de

inovação, focando na adequação ao novo cenário de maior interação da universidade

com a sociedade.

Com o desenvolvimento de pesquisas nas mais diversas áreas, e com o intento

de promover a interação da Universidade com a sociedade, estimulando e apoiando

atividades de desenvolvimento tecnológico e inovação, a SEDETEC fornece as

condições necessárias à valorização e à transferência do conhecimento científico e

tecnológico gerado pela UFRGS, constituindo o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT)

da UFRGS, conforme a Lei de Inovação de 2004. Com este foco, o trabalho da

SEDETEC engloba diferentes ações:

Intermediação e transferência do conhecimento científico e tecnológico gerado

pela UFRGS para a sociedade, por meio do apoio ao encaminhamento de soluções

na interação universidade-empresa com análise especializada dos instrumentos

legais para prestação de serviços e acordos de parceria entre a Universidade e a

sociedade; desde a aproximação até a formalização dos processos de interação

universidade-empresa, bem como compatibilizando as ofertas tecnológicas existentes

na UFRGS com as demandas empresariais;

Promoção de eventos de difusão e estímulo ao empreendedorismo e inovação,

em parcerias com outras entidades nacionais e internacionais;

Gestão da propriedade intelectual;

Oferta de bolsas de iniciação tecnológica;

Fortalecimento de alianças com as organizações que atuam junto às empresas,

gestores de inovação e empreendedorismo, federações e associações industriais,

promovendo interações e alianças estratégicas com outras universidades e

organizações de pesquisa científica e tecnológica de renome para a realização de

projetos de cooperação com foco em ciência, tecnologia e inovação;

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Disponibilização de ferramentas de gestão que facilitem atividades e tarefas no

ambiente de trabalho, inserção na formação continuada para os servidores e apoio à

capacitação de servidores e na participação em eventos relacionados à inovação e

empreendedorismo.

INTERAÇÕES ACADÊMICAS

A SEDETEC oferece uma estrutura especializada em propriedade intelectual,

analisando e aplicando a política de inovação e desenvolvimento tecnológico da

UFRGS fundamentada nas legislações vigentes e normas internas da Universidade

(Portarias 349/2002, 493/2002, 2679/2011, 6869/2013, e Decisão CONSUN

193/2011).

Em relação às atividades realizadas com empresas, convênios, contratos,

acordos, etc. visando à transferência de conhecimento de natureza tecnológica, o

setor de Interações Acadêmicas da SEDETEC apreciou em 2016, 87 contratos com

Fundações de Apoio para realização de projetos referentes a prestação de serviços

tecnológicos e extensão, 24 contratos referentes à realização de cursos de

especialização, 12 contratos de pesquisa, 89 acordos e protocolos em geral e 77

convênios e termos de cooperação, além de 92 ações de Transferência de Tecnologia

analisadas pelo setor visando atender às demandas específicas de diversos setores

industriais e da comunidade em geral. Estas interações, no seu conjunto,

representaram uma captação de R$ 60 milhões pela universidade em 2016.

EMPREENDEDORISMO

O Programa de Empreendedorismo da SEDETEC realizou a Maratona de

Empreendedorismo, com a capacitação de 36 participantes empreendedores e o

desenvolvimento de 18 projetos de startups, sendo que os 14 projetos finalistas foram

apresentados para uma banca. Com base na pesquisa com os egressos das edições

anteriores da Maratona, construiu-se um portal com a vitrine das startups, criadas a

partir do curso (www.ufrgs.br/startups).

O Programa de Empreendedorismo da UFRGS foi selecionado no edital

SEBRAE de Educação Empreendedora, onde a SEDETEC, juntamente com o Parque

Zenit, a Escola de Engenharia e o Núcleo de Empreendedorismo, realizou três

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workshops voltados a carreiras do futuro e o mundo das startups, abrangendo um

público de aproximadamente 300 participantes.

Fez parte da coordenação da primeira edição da disciplina transversal de

empreendedorismo da UFRGS, que foi realizada como atividade de extensão e

intitulada “Introdução ao Empreendedorismo e Inovação”, capacitando 25 alunos de

graduação de mais de 15 cursos distintos.

A SEDETEC foi responsável pela coordenação da RedEmprendia na UFRGS,

divulgando e selecionando projetos de alunos e startups oriundos da Universidade.

Apoiou a participação de duas startups da Universidade no evento Spin 2016.

Em 2016, realizou o evento “Conexões que Inspiram” em parceria com a

PUCRS, apresentando seus ecossistemas de empreendedorismo e inovação, bem

como cases de empresas incubadas nas Incubadoras das duas Instituições.

Participou de bancas de Pré-Incubação do CEI/UFRGS.

A SEDETEC consolidou parceria com a empresa de tecnologia educacional

DremShaper e aprimorou parcerias internas – principalmente com o Núcleo das

Empresas Juniores – e externas buscando fortalecer o ecossistema de

empreendedorismo e inovação da UFRGS e, paralelamente, o ecossistema

empreendedor e inovador de Porto Alegre.

PROPRIEDADE INTELECTUAL

A SEDETEC é responsável institucional pela gestão da propriedade intelectual,

que inclui procedimentos para o registro, proteção e comercialização das tecnologias

desenvolvidas na UFRGS. Referente à Propriedade Intelectual, a UFRGS conta com

25 cultivares, que geraram um número total de 328 contratos de Transferência de

Tecnologia. Além disto, conta também com 19 registros de desenho industrial, registro

de 56 programas de computador, dos quais quatro possuem licenciamento vigente e

um em negociação. Dos 377 pedidos de patentes, conta com 14 licenciamentos

vigentes e dois em negociação, resultando em R$ 2.155.962,48 em royalties no

período de 2012-2015. Dos 377 pedidos de patentes, 124 são em co-titularidade com

empresas, compreendendo resultados da interação universidade-empresa, além de

72 depósitos no exterior e 19 PCT (Tratado de Cooperação de Patentes), sempre em

parceria com as empresas.

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Em 2016 foram também realizadas ações para a conscientização sobre a

proteção de inventos e a transferência das tecnologias para empresas,

empreendedorismo e iniciação científica. A SEDETEC realizou cursos e palestras na

área de atuação como:

Seminário: “O interesse coletivo e individual sobre patentes de fármacos”;

Curso: “Noções Gerais de PI e Redação de Patentes”;

Curso: “Invenções e a construção de Pedidos de Patentes, considerando o

interesse público nacional”;

Workshop: “O mundo em transformação: as atuais tendências globais de

consumo e o fenômeno das startups”.

PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO TECNOLÓGICA E INOVAÇÃO

No âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica foi

concedido um total de 117 bolsas em 2016.

A Feira de Inovação Tecnológica (FINOVA) ocorre anualmente, durante o Salão

UFRGS e prevê uma sistemática de acompanhamento direcionada a todos os

bolsistas do Programa de Iniciação Tecnológica da UFRGS, através da apresentação

e divulgação das atividades desenvolvidas durante o período da bolsa. Na sua última

edição, em 2016, a FINOVA contou com a apresentação de 128 trabalhos inscritos

nas seguintes áreas:

Tabela 1 - FINOVA - Inscritos por Áreas

Áreas Nº trabalhos

Ciências Agrárias 16

Ciências Biológicas 9

Ciências da Saúde 21

Ciências Exatas E Da Terra 29

Ciências Humanas 7

Ciências Sociais Aplicadas 4

Engenharias 42

Total 128

Os trabalhos são avaliados durante a feira por Comissão de Avaliação

composta por 26 docentes das diversas áreas, considerando os seguintes critérios de

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avaliação: o caráter inovador ou impacto de transformação social do trabalho; e o

envolvimento do autor no trabalho apresentado; se o tema do trabalho é colocado de

forma clara e acessível, se o trabalho apresenta consistência teórica e metodológica

e se o vídeo vai além do convencional e apresenta o conteúdo de forma inovadora,

surpreendendo o expectador; se a linguagem é adequada ao público-alvo, se o

estudante responde com desenvoltura às questões propostas pela Comissão

Julgadora, demonstrando domínio do tema.

A Comissão Julgadora, composta por seis docentes, selecionou os trabalhos

para destacá-los com 5 (cinco) Prêmios UFRGS TALENTO INOVADOR (troféu), e 7

Menções Honrosas (placas), com base nas notas atribuídas pela Comissão de

Avaliação.

O evento recebeu dois consultores externos, que avaliaram o evento, conforme

critérios estabelecidos pelo CNPq. De forma genérica, os participantes somaram 537

pessoas, sem computar o público geral que circula durante o Salão, entre os vários

eventos. Mais informações sobre as apresentações, prêmios e destaques podem ser

vistas em: https://vifinova.wordpress.com/

APROXIMAÇÃO TECNOLÓGICA E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

A SEDETEC mantém sua participação ativa em conselhos, programas e ações

nacionais e internacionais voltadas para inovação, empreendedorismo e tecnologia,

tais como: RedEmprendia, FORTEC, Fórum das Instituições de Ensino Superior,

COMCET e CITEC – FIERGS, COMDEFESA, além de coordenar a Rede Gaúcha de

Propriedade Intelectual – RGPI nos últimos 5 anos. Realizou diversas atividades em

parceria, tais como:

i) Com relação à RedEmprendia foram captados 29 inscritos para o programa

BoosterWE (Programa de aceleração de talento empreendedor universitário), dos

quais dois projetos foram selecionados; a RedEmpredia apoiou a Maratona de

Empreendedorismo, oferecendo duas bolsas para o programa BoosterWE aos

vencedores da Maratona; captados nove inscritos para o programa Model2Market

com dois pré-selecionados e um selecionado para Spin2016; duas startups inscritas

para o programa SmartMoney4Stars e um selecionado para Spin2016 sendo que a

SEDETEC participou de duas reuniões técnicas da RedEmprendia (La Plata e

Madrid).

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ii) Representou a UFRGS no Fórum das IES - vinculado ao Gabinete de

Inovação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Participou do GT de Planejamento

Estratégico do Fórum das IES, coordenou duas apresentações em eventos

internacionais sobre a atuação do Fórum em Porto Alegre.

iii) Presidiu o COMCET (gestão 2015-2017) e coordenou os trabalhos da

câmara técnica do COMCET referente às Diretrizes para “Políticas Públicas de

Ciência, Tecnologia e Inovação”. Apoiou a coordenação dos eventos vinculados à

Câmara Técnica de Meio Ambiente e Tecnologias Sustentáveis.

iv) Junto ao CITEC-FIERGS, integrou o grupo de trabalho para a elaboração

do Painel de Indicadores de Inovação para o RS, manteve atuação junto ao Comitê

de Defesa e Segurança do RS (COMDEFESA) realizando três apresentações de

projetos com potencial de interação com as Forças Armadas.

Ampliou a participação de bolsistas para a área de prospecção tecnológica e

avaliação de patentes, com criação de uma vitrine tecnológica, disponível na web

(www.ufrgs.br/vitrinetecnologica). Junto com o Parque ZENIT, realizou a Feira de

Mapeamento Tecnológico, resultado da atuação do grupo de pesquisa Prospecção

Tecnológica e Transferência de Tecnologia.

PROJETOS E QUALIFICAÇÃO EQUIPE

Continuamente, a equipe da SEDETEC promove e participa de eventos e

cursos internos e externos oferecidos juntamente com parceiros nas áreas de

empreendedorismo, propriedade intelectual, transferência de tecnologia e inovação.

Consolidou as ações previstas no projeto aprovado na Chamada Pública

MCTI/SETEC/CNPq Nº 92/2013 que tem como objetivo apoiar a implantação e

capacitação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) para promover a gestão de

políticas de inovação, o fortalecimento de atividades de proteção da propriedade

intelectual e de transferência de tecnologia. No caso específico deste projeto, há a

necessidade de especialistas na área técnica para a avaliação mercadológica dos

pedidos de patente que a UFRGS mantém. Assim, a expectativa é que sejam

aprimorados os processos de transferência de tecnologia, com a melhoria das rotinas

e procedimentos na área de proteção da propriedade intelectual.

No âmbito deste projeto, foram realizados dois cursos na área de propriedade

intelectual, uma mesa redonda sobre patentes de fármacos, dois workshops sobre

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atuais tendências globais de consumo e o fenômeno das startups. Além disto, foi

ampliada a participação de bolsistas para a área de prospecção tecnológica e

avaliação de patentes, resultando na criação de uma vitrine tecnológica

(www.ufrgs.br/vitrinetecnologica).

Em parceria com o Parque ZENIT, realizou a segunda Feira de Mapeamento

Tecnológico – MAPTEC, na qual as oportunidades tecnológicas da UFRGS foram

apresentadas para profissionais da indústria, auxiliando na criação de um ambiente

de imersão nas temáticas de inovação, mapeamento tecnológico e transferência de

tecnologia, resultado da atuação do grupo de pesquisa Prospecção Tecnológica e

Transferência de Tecnologia.

ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA

A promoção das interações com as empresas e outros mecanismos para a

viabilização do desenvolvimento comercial de invenções constituem-se em focos de

estratégias e políticas de investimentos no Brasil e no mundo, conforme refletido no

PDI 2011-2015 desta universidade. A SEDETEC procurou, no escopo de suas

atividades, ampliar as ações de difusão e transferência de tecnologia, visando reforçar

a cultura empreendedora e inovadora na UFRGS.

O PDI 2016-2026 da UFRGS aponta para a “necessidade do aperfeiçoamento

da gestão universitária, renovação das práticas acadêmicas e pedagógicas e avanços

na inovação científica e tecnológica bem como na inserção internacional. Solicita,

enfim, potência no impacto social”.

O novo marco legal da inovação, lançado no início de 2016, reforça este papel,

ao afirmar que os NITs devem desenvolver estudos de prospecção tecnológica e de

inteligência competitiva no campo da propriedade intelectual, desenvolver estudos e

estratégias para apoio à transferência de conhecimento gerado pela ICT. Entre os

temas tratados pela própria Lei de Inovação de 2004 (Lei No. 10.973), grande peso é

dado ao estabelecimento de mecanismos de incentivo à interação ICTs-empresas e

ao fortalecimento dos agentes intermediadores dessa relação (NITs).

O panorama de transferência tecnológica e empreendedorismo da UFRGS

ainda não é o ideal: requer melhorias na cultura para inovação e maior articulação

entre a UFRGS e a sociedade, entre outras ações. Indica que a SEDETEC deve atuar

não apenas registrando propriedade intelectual ou no estabelecimento de contratos e

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convênios formais de cooperação Universidade-empresa, mas também coordenando

as ações de gestão do processo de transferência de tecnologia, promovendo e

apoiando o desenvolvimento tecnológico, o empreendedorismo e a inovação.

A SEDETEC no final de 2016 realizou o seu planejamento estratégico

identificando uma série de ações que abordam diretamente o que foi apresentado no

parágrafo anterior. Assim, foram delineadas ações visando ampliar a definição de

universidade inovadora e empreendedora, incorporar os avanços do novo marco legal

da ciência tecnologia e inovação nas rotinas da UFRGS e implementar uma

plataforma de aproximação universidade-sociedade que possa contribuir para o

desenvolvimento regional e nacional.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

1. Transferência de

conhecimento e

importância social das

ações universitárias e

impactos das atividades

científicas, técnicas e

culturais, para o

desenvolvimento

regional e nacional.

- A Sedetec tem papel fundamental no

desenvolvimento de ações para a

transferência do conhecimento científico e

tecnológico gerado na universidade, junto às

organizações externas.

- Na promoção do empreendedorismo

inovador, realiza atividades de educação

empreendedora que estimulam a criação de

negócios inovadores.

- Oferece Bolsas de Iniciação Tecnológica e

Inovação para aluno de graduação,

impactando na sua formação.

- Para realizar as ações de transferência do

conhecimento, tecnologias e competências

tecnológicas da UFRGS para a sociedade,

demanda-se ações em parceria. Em geral, a

secretaria possui rede de parceiros e

apoiadores, contudo, necessita maior

empenho em captar empresas que possam

contribuir com a visão de mercado na

interação.

- Paralelamente, há dificuldade em acessar

determinadas áreas de conhecimento que não

enxergam a interação com a sociedade, a

inovação e o empreendedorismo como temas

inerentes às suas ações.

- Implementação de ações de comunicação

que possam reforçar a cultura empreendedora

e inovadora na UFRGS.

- Constante aprimoramento das ações para a

promoção da interação da universidade com a

sociedade. Identificação de pessoas

estratégicas nas unidades acadêmicas da

UFRGS que possam atuar como agentes de

inovação, identificando conhecimentos,

tecnologias e competências para contribuir

com o desenvolvimento.

- Instituído o Programa IT Voluntário com

objetivo de incentivar a participação de maior

número de estudantes na pesquisa.

2. Natureza das

relações com o setor

público, com o setor

produtivo e com o

mercado de trabalho e

com instituições sociais,

culturais e educativas de

todos os níveis.

- A Sedetec representa a UFRGS em

diferentes órgãos e mecanismos de interação

entre a universidade e os setores público e

privado, na promoção da ciência, tecnologia

e inovação (Fórum das Instituições de Ensino

Superior de Porto Alegre - Fórum das IES,

Conselho de Inovação Tecnológica CITEC-

FIERGS, Conselho Municipal de Ciência e

Tecnologia)

- Constrói também parcerias com setores

educativos que visam estimular o

empreendedorismo universitário, como

IEL/FIERGS, Sebrae, Endeavor, Anjos do

Brasil, Semente Negócios, entre outros.

- Ainda é necessário construir mecanismos

mais eficientes para a aproximação entre os

pesquisadores e despertar o interesse destes

na aplicação dos conhecimentos em temas e

desafios reais da sociedade, reforçando a

expectativa de contribuir com avanços

científicos e tecnológicos para a sociedade, o

mercado e as instituições públicas e privadas.

- Identifica-se a dificuldade de sensibilizar

setores que estão envolvidos com demandas

diversas e de ampliar o engajamento de

docentes para trabalhar com inovação e

empreendedorismo.

- Desenvolvimento de uma plataforma de

aproximação universidade-sociedade, que

permita à sociedade visualizar a oferta

tecnológica da UFRGS e permita à UFRGS

visualizar as demandas da sociedade.

- Reforço da participação em espaços e

oportunidades de ampliação das interações

entre a universidade e a sociedade.

- Participação em grupos de trabalho e comitês

técnicos que preveem a organização de

eventos, reuniões técnicas e a proposição de

projetos, bem como o desenvolvimento de

atividades empreendedoras em parceria.

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3. A instituição contribui

com a criação de

conhecimentos para o

desenvolvimento

científico, técnico ou

cultural da nação?

- A Sedetec realiza a gestão dos ativos

intangíveis da UFRGS, os bens relacionados

a propriedade industrial, envolvendo pedidos

de invenção (patentes), marcas, cultivares,

softwares, etc.

- A transferência destes resultados por meio

de licenciamentos, são formas de

disponibilizar os conhecimentos científicos e

tecnológicos gerados a partir das pesquisas

acadêmicas.

- Contribui na redação de contratos e

convênios de transferência de conhecimento

UFRGS-Sociedade.

-Fomenta o Programa de Bolsas de Iniciação

Tecnológica e Inovação

- Realiza a Maratona de Empreendedorismo

há 17 anos, com foco na criação de startups

nas áreas de Biotecnologia, Engenharia,

Física e TI.

- Faz parte da coordenação da disciplina

transversal de empreendedorismo na

UFRGS, no formato de atividade de

extensão, envolvendo 15 cursos distintos.

- É um dos setores responsáveis pelo Edital

Sebrae de Educação Empreendedora na

UFRGS.

- Dentre as principais fragilidades neste

quesito, destaca-se a falta de compreensão

por parte de muitas organizações privadas da

necessidade de investimento em pesquisa e

desenvolvimento.

- Paralelamente, as tecnologias criadas na

universidade, muitas vezes, carecem de

adequação ao uso mercadológico, industrial,

sendo necessário estreitar os objetivos das

pesquisas acadêmicas a sua aplicabilidade no

mercado.

- As ações de comunicação visando reforçar a

cultura empreendedora e inovadora na

UFRGS e a plataforma de aproximação

universidade-sociedade, já mencionadas

anteriormente, são as ações que podem

mitigar e eliminar as fragilidades identificadas.

- Destaca-se também a ampliação de

capacitações e ferramentas didáticas aos

docentes que pretendem inovar em sala de

aula apontando, igualmente, benefícios aos

servidores de outros setores engajados com

empreendedorismo e inovação.

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50

4. Existem atividades

institucionais em

interação com o meio

social? Em qual (is)

área (s) (educação,

saúde, lazer, cultura,

cidadania,

solidariedade,

organizações

econômicas e sociais,

meio ambiente,

patrimônio cultural,

planejamento urbano,

desenvolvimento

econômico, entre

outras)? Caracterização

das atividades.

- Realiza atividades em espaços sociais,

especialmente com organizações

econômicas e sociais, de planejamento

urbano e desenvolvimento econômico.

- A Sedetec, junto com o Gabinete de

Inovação da Prefeitura Municipal de Porto

Alegre, coordenou o Eixo das Diretrizes para

“Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e

Inovação” da 9º Conferência Municipal de

Ciência, Tecnologia e Inovação.

- Em atuação junto ao Fórum das IES de

Porto Alegre, participa de grupos de trabalho

específicos, dentre eles, atua na

coordenação do Seminário sobre 4º Distrito:

Sociedade, Inovação e Desenvolvimento.

- Junto à FIERGS, integra o grupo de trabalho

para a elaboração de Painel de Indicadores

de Inovação para o RS.

Atua, ainda, na aproximação junto ao Comitê

de Defesa e Segurança do RS, identificando

e apresentando competências tecnológicas

na área.

- A Maratona de Empreendedorismo, reforça

a criação de negócios inovadores em todas

as áreas de conhecimento (tendo como foco

principal as áreas das Incubadoras da

UFRGS).

As atividades de interação com cunho social

ainda são modestas, considerando o tamanho

e potencial da UFRGS.

Participação e realização de ações específicas

em parceria com entidades e instituições

sociais. Inclusão do empreendedorismo social

na Maratona de Empreendedorismo.

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5. Existe uma avaliação

sobre a forma em que as

atividades de vinculação

com o meio favorecem o

desenvolvimento das

finalidades da

instituição? Como ela é

feita?

- As atividades do Programa de

Empreendedorismo são avaliadas através de

pesquisa com os egressos da Maratona com

o intuito de dimensionar o impacto do curso

na criação de startups e, consequentemente,

na construção de conhecimento, sendo todas

as atividades realizadas avaliadas no seu

término, tanto pelos participantes quanto pela

equipe de realização.

- No programa de bolsas de Iniciação

tecnológica, a participação dos estudantes é

avaliada e premiada em evento específico.

- Os dados e resultados de cada setor são

monitorados pela equipe, atentos ao

cumprimento de metas.

A cultura de planejamento baseada em

indicadores ainda precisa ser reforçada.

- Estabelecimento de reuniões mensais de

alinhamento, rotina de relato de experiências.

- Estabelecimento da gestão à vista,

permitindo a constante avaliação das

atividades da SEDETEC frente à universidade

e à sociedade.

- Consolidação de políticas, manuais e fluxos

de processo constituem instrumento de

tomada de decisões para que as ações

possam atender as finalidades da instituição.

- Com base na pesquisa com os egressos das

edições anteriores da Maratona, construiu-se

um portal com a vitrine das startups, criadas a

partir do curso (www.ufrgs.br/startups)

6. Quais as relações

estabelecidas pela

instituição com o setor

público, com o setor

produtivo e com o

mercado de trabalho?

- Relações de parceria com a participação em

conselhos, grupos de trabalho, comitês

técnicos, eventos e projetos conjuntos na

área de ciência, tecnologia e inovação.

- Desenvolvimento de projetos de educação

empreendedora em prol do Ecossistema de

Empreendedorismo e Inovação da Região

Metropolitana, construção de rede de

mentores para apoio ao desenvolvimento de

startups.

Falta de recursos humanos para a realização

de maior volume de ações.

Explorar o uso de bolsistas para atividades de

caráter temporário.

Reforço do quadro de servidores permanentes

da SEDETEC.

7. Existem ações que

visem à promoção da

cidadania e de atenção

a setores sociais?

Na promoção da interação entre a

universidade e empresas, a SEDETEC

desempenha uma função social que vincula a

transferência dos resultados de pesquisa

com as demandas sociais que visem ao

desenvolvimento regional e nacional.

As atividades de cidadania e interação com

cunho social ainda são modestas,

considerando o tamanho e potencial da

UFRGS.

Inserção do empreendedorismo social na

Maratona de Empreendedorismo.

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QUADRO 2: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

8. Existem ações para

promover iniciativas de

incubadoras de

empresas, empresas

juniores, captação de

recursos

- O Programa de Empreendedorismo realiza

atividades em parceria com as Incubadoras,

visando estimular a criação de futuros

projetos incubados. Desenvolve cursos em

parceria com as empresas juniores, auxilia na

criação de novas empresas juniores e

oferece eventos com foco em captação de

recursos.

- A SEDETEC integra o Núcleo de

Empreendedorismo Inovador, responsável

por disseminar a cultura empreendedora

internamente, através de atividades de

ensino e extensão. Além disso, todas as

ações e notícias relacionadas ao mundo

empreendedor são divulgadas no site

(http://www.ufrgs.br/empreendedorismo/) na

fanpage

(https://www.facebook.com/empreendedoris

moufrgs) e na vitrine de startups da UFRGS

(www.ufrgs.br/startups).

- Existem muitos setores na UFRGS que

fazem parte do Ecossistema Empreendedor e

Inovador. Esse ecossistema desenvolve uma

grande demanda de ações de

empreendedorismo e inovação, porém, em

muitos casos, não há uma comunicação

eficaz entre os setores, gerando a realização

de ações parecidas e/ou repetidas e o não

conhecimento do calendário geral do

empreendedorismo na UFRGS.

- A política de Inovação da UFRGS precisa ser

atualizada, de forma a atender o que está

previsto no novo marco legal da inovação,

aprovado em 2016.

- Aprimorar a comunicação entre os setores do

Ecossistema de Empreendedorismo e

Inovação da UFRGS, através do site, e-mail,

fanpage e acesso semanal dos canais de

comunicação de cada setor.

- Desenvolver o programa INOVAÇÃO

UFRGS, visando reforçar, na UFRGS, a

cultura da inovação e empreendedorismo.

Desenvolver a Política de Inovação da

UFRGS, alinhada ao novo marco legal da

inovação.

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3.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO

Responsável: PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO ZENIT

Responsabilidade Social – Avanços e Resultados

O Parque Zenit no ano de 2016 obteve grandes avanços no desempenho de

suas atividades, implementando seu portfólio de serviços baseado em quatro grandes

áreas: conexão, inovação, capacitação e incubação.

O portfólio do Zenit inclui os seguintes serviços: rede de parceiros internos; rede

de parceiros externos; rede de laboratórios tecnológicos associados; NAGI – Núcleo

de Apoio à Gestão da Inovação; CMPR – Centro Multiusuário de Prototipação Rápida;

série de eventos Quartas da Inovação; oficina de elaboração de projetos para

prospecção de recursos; programa de empresas associadas não residentes; e

programa de desenvolvimento de empreendedores incubados e associados.

O Núcleo de Empreendedorismo da UFRGS, vinculado ao Parque e à

SEDETEC, implementou uma disciplina transversal de empreendedorismo para os

alunos de graduação, já finalizada no segundo semestre de 2016. Também foi feita a

tramitação interna do projeto de disciplina transversal para os alunos de pós-

graduação.

Em relação à área de comunicação, o Zenit implantou o plano de comunicação

planejado para 2016, que tem como objetivo principal divulgar o Zenit para a

comunidade interna e externa à UFRGS, tornando-o conhecido entre os públicos de

interesse. As ações foram fundamentadas na implementação de processos de

comunicação online, como alimentação da página do Facebook

(https://www.facebook.com/parquezenit/) e do site institucional

(https://www.ufrgs.br/zenit/). Além disto, o Zenit enviou mensalmente para mailing

específico, por e-mail, uma newsletter que contém notícias sobre o Zenit e as

incubadoras. Foram criados e impressos os materiais de comunicação e de

divulgação do Zenit, como flyers, folders, canetas, adesivos, envelopes, cartões de

visita, cartazes e apresentações institucionais, respeitando a nova identidade visual

do Zenit, apresentada à sociedade em dezembro de 2015. Além disso, a equipe

realizou a implementação da identidade visual da série de eventos Quartas de

Inovação, que consiste em palestras mensais sobre inovação e empreendedorismo.

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Cabe salientar a representação do Parque em eventos e missões no Brasil e

exterior, consolidando sua visibilidade e integração com os demais Parques

Tecnológicos e instituições afins.

A REINTEC - Rede de Incubadoras Tecnológicas, vinculada ao Parque

Científico e Tecnológico, realizou reuniões periódicas nas quais houve a participação

de coordenadores acadêmicos e gerentes das incubadoras da UFRGS, objetivando

contato pessoal entre os integrantes das diversas incubadoras e a disseminação e

discussão das atividades que são por elas realizadas, além da identificação dos

serviços prestados por estas.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DO PARQUE CIENTIFICO E TECNOLOGICO ZENIT

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Transferência de conhecimento e importância social das ações universitárias e impactos das atividades científicas, técnicas e culturais, para o desenvolvimento regional e nacional.

O Zenit possui grande relevância na transferência de conhecimento da UFRGS para a sociedade. Através de sua interação junto aos diferentes agentes do ecossistema de empreendedorismo e inovação, ele proporciona ações com vistas ao fomento de empreendimentos inovadores e assim promove o desenvolvimento regional e nacional.

A demanda de recursos humanos, físicos e financeiros e uma rede de parceiros ainda pequena ocasionam uma certa dificuldade na realização da transferência de conhecimento. Cabe também mencionar o fato de que em algumas áreas ainda não existe um olhar empreendedor na transferência dos saberes.

Os laboratórios da Universidade estão sendo mapeados de modo que os portfólios de serviços destes possam ser ofertados á comunidade. Está prevista a ampliação da rede de parceiros vinculados ao Zenit de modo que assim consigamos tanto apoiar quanto disseminar novos conhecimentos. Será iniciada a atividade de mapeamento nos trabalhos acadêmicos da UFRGS a fim de identificar quais destes apresentam potencial para gerarem novos empreendimentos.

Natureza das relações com o setor público, com o setor produtivo e com o mercado de trabalho e com instituições sociais, culturais e educativas de todos os níveis.

O Zenit como Parque Científico e Tecnológico da UFRGS tem a natureza de articular atores de Ciência, Tecnologia e Inovação. Sua atuação em ações próprias ou conjuntas está voltada ao fomento do empreendedorismo interno e externo da Universidade.

Articular as atividades de um modo conjunto, na busca para conscientizar e aproximar os diferentes setores da sociedade, ainda tem se mostrado um desafio, tendo em vista os diferentes objetivos, modos de atuação e políticas organizacionais.

O Zenit busca estar presente em diferentes fóruns de discussão e eventos de entidades representativas das áreas de empreendedorismo e inovação para ser atuante, influente e decisivo nas políticas de gestão em andamento bem como na formulação de políticas futuras.

A instituição contribui com a criação de conhecimentos para o desenvolvimento científico, técnico ou cultural da nação?

O Zenit tem em sua gênese o desenvolvimento e a transferência de tecnologia a partir de projetos Universidade-Empresa. Além disso, a partir do apoio prestado às incubadoras, o parque incentiva a criação de spin-offs, que

Muitos conhecimentos desenvolvidos não possuem um potencial mercadológico ou não têm foco na aplicação, o que acaba inviabilizando maior transferência de conhecimentos. Diversos setores da Universidade

O Zenit tem promovido a análise das tecnologias desenvolvidas na UFRGS de modo a verificar as possíveis implementações para o mercado. A realização, em conjunto com a SEDETEC, da Feira de Mapeamento e

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conceitualmente são empresas que surgem de estudos e pesquisas acadêmicas e encontram potencial de mercado e passam este conhecimento para a sociedade a partir de produtos ou serviços. O apoio e os serviços prestados às incubadoras são formas de incentivar a criação de conhecimentos capazes de gerar o desenvolvimento tecnológico e econômico da nação.

não têm uma cultura voltada para o conhecimento científico que gere inovação.

Avaliação Tecnológica - MapTec tem o objetivo de divulgar para as indústrias as oportunidades de aplicações tecnológicas ofertadas pela Universidade, promovendo uma maior interação entre universidade e empresa, visando à transferência tecnológica.

Existem atividades institucionais em interação com o meio social? Em qual (is) área (s) (educação, saúde, lazer, cultura, cidadania, solidariedade, organizações econômicas e sociais, meio ambiente, patrimônio cultural, planejamento urbano, desenvolvimento econômico, entre outras)? Caracterização das atividades.

O Zenit, como membro importante no fomento de atividades empreendedoras, participa de discussões relacionadas ao desenvolvimento de uma área de inovação prevista para o 4º Distrito de Porto Alegre, juntamente com a Prefeitura Municipal e outras instituições de ensino e pesquisa, como a PUCRS. Uma outra forma de interação é através da série Quartas de Inovação, na qual são ofertadas à comunidade diferentes palestras com os mais relevantes temas.

Os resultados das interações podem demorar a produzir efeitos visto que algumas atividades e diretrizes políticas estão fora da alçada da UFRGS e atreladas a situações políticas conjunturais.

Em seus ramos de atividade, o Zenit atua conjuntamente e frequentemente com diferentes entes da sociedade.

Existe uma avaliação sobre a forma em que as atividades de vinculação com o meio favorecem o desenvolvimento das finalidades da instituição? Como ela é feita?

Faz parte das atribuições da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor do Zenit a contínua avaliação e aperfeiçoamento das interações com a sociedade. Nas Quartas de Inovação, especificamente, ao final de cada evento é realizada uma pesquisa de satisfação através do preenchimento de um questionário pelos participantes.

O estágio ainda inicial de implantação do portfólio de serviços do Zenit e a ausência de área física para hospedagem de empresas dificultam as interações com a sociedade.

O Zenit procura participar da forma mais ativa possível de todas as atividades do ecossistema local, regional e nacional de inovação, assim compensando suas atuais fragilidades.

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Quais as relações estabelecidas pela instituição com o setor público, com o setor produtivo e com o mercado de trabalho?

Formação de parcerias, participação em eventos, conselhos e projetos ligados às áreas de inovação, parques tecnológicos e empreendedorismo.

Algumas questões legais e burocráticas dificultam o estabelecimento das relações com o mercado e com o setor produtivo. O estágio inicial de implantação do Zenit também dificulta o estabelecimento de relações mais aprofundadas com o mercado.

Apesar do estágio inicial de implantação do Zenit, tem-se procurado estabelecer relações com o setor público, entidades e empresas, de modo a estabelecer uma base de cooperação que poderá ser aprofundada no futuro.

Existem ações para promover iniciativas de incubadoras de empresas, empresas juniores, captação de recursos

Do Zenit faz parte a REINTEC (rede de incubadoras tecnológicas da UFRGS), através da qual são articuladas e apoiadas todas as iniciativas e serviços das incubadoras. Uma oficina para captação de recursos está sendo elaborada para ser ofertada aos empreendedores para fortalecer a atuação das incubadoras e dos empreendedores nos editais de fomento, incrementando renda e abrindo possibilidades de atuação. Em parceria com a SEDETEC e com o Núcleo de Empreendedorismo Inovador, o Zenit tem se aproximado de todas as Empresas Juniores da Universidade, promovendo sinergias.

Falta de padronização nos processos das incubadoras e alguma dificuldade na realização de ações conjuntas entre elas, em função de suas respectivas autonomias.

Foi estabelecido que todos os contratos das incubadoras e as minutas de editais devem ser remetidos ao Zenit para controle e monitoramento dos dados. O Zenit dá apoio administrativo à REINTEC e promove reuniões regulares com os gestores das incubadoras.

QUADRO 3: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO PARQUE CIENTIFICO E TECNOLOGICO ZENIT

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3.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (INCLUSÃO SOCIAL) –

PROREXT

Responsável: PROREXT

Responsabilidade Social na Extensão

A responsabilidade social faz parte das diretrizes da extensão universitária

brasileira, definidas no Fórum de Pró-reitores de Extensão (FORPROEX), sendo um

importante pilar da extensão na UFRGS e um dos norteadores das atividades de

extensão desenvolvidas, através do que se busca o impacto e a transformação social.

Ela está presente nas diversas atividades, abrangendo diferentes públicos e setores

internos e externos à UFRGS, que se voltam às necessidades especiais da sociedade,

buscando o desenvolvimento social e regional, sendo promovida, especificamente,

pelos departamentos da Pró-Reitoria de extensão.

O Plano de Desenvolvimento Institucional incorpora a expansão e a inclusão

como compromissos da Universidade. No exercício da extensão, o trabalho é guiado

pela responsabilidade social com os participantes e grupos envolvidos, num

movimento dialógico entre o aspecto social e a construção do conhecimento.

Ao longo de 2016, a Pró-Reitoria de Extensão deu seguimento ao apoio às

atividades de extensão através dos programas de Bolsas e de Fomento à Extensão,

desenvolvidos pelo Departamento Administrativo e de Registro de Extensão (DARE).

Desta forma, a PROREXT possibilita a efetiva participação dos alunos de graduação

nas atividades de extensão, contribuindo para a qualificação da sua formação

acadêmica. Além disso, através de seus departamentos, desenvolveu ações de cunho

social voltadas à comunidade interna e externa.

As ações vinculadas ao planejamento organizacional do Departamento e

consonantes com o PDI buscaram estimular relações inter e transdisciplinares com

setores da Universidade e da sociedade; promover o estreitamento de laços com os

egressos e com a comunidade em geral; contribuir para o fortalecimento dos núcleos

interdisciplinares; fortalecer a relação dialógica entre Universidade e sociedade e a

realização de ações que incentivem a participação de estudantes, docentes e técnico-

administrativos. Dentre as atividades desenvolvidas, destaca-se o Programa

Convivências, o qual é realizado junto à comunidade urbana Quilombo dos Alpes e

que reuniu 33 estudantes de 15 cursos de graduação. Alguns já egressos, juntamente

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com os integrantes da comunidade e professores de Agronomia, Medicina, Saúde

Coletiva e Geografia, desenvolveram ações educativas, culturais e científicas

articulando o ensino, a pesquisa e a extensão. Além disso, através do projeto

Conversações Afirmativas, realizaram-se rodas de conversas tendo como temas a

memória e o patrimônio das populações negras e povos indígenas. A atividade é

voltada à educação para a diversidade e possibilita espaço e voz para estudantes,

comunidade, pesquisadores e, em parceria com a PROGESP, constitui ação de

formação para servidores técnicos e docentes da Universidade.

Além das ações acima, o Departamento de Educação e Desenvolvimento Social

tem mantido representação em grupos de trabalho da UFRGS e de outras

instituições. No âmbito da Universidade, atualmente, compõe o Conselho Local de

Acompanhamento e Avaliação do Programa de Educação Tutorial da UFRGS, o

Conselho Consultivo da Coordenadoria Acompanhamento da Política de Ações

Afirmativas, o Comitê contra a Intolerância e também tem representação no Grupo de

Trabalho GT 26-A coordenado pelo Tribunal de Contas do Estado do RS.

Em constância à sua atribuição institucional, em 2016, o Departamento de

Difusão Cultural da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS esteve estritamente

envolvido na colaboração e organização de eventos mais amplos na Universidade,

fortalecendo a presença de ações culturais como forma de mediação sensível e

reflexível entre agentes. Através de realizações concebidas pela equipe ou daquelas

construídas através de parcerias internas ou externas à Universidade, o

Departamento buscou por aprimorar cada vez mais espaço para a cultura,

relacionando diferentes ações que possibilitem a união entre o sensível e o inteligível,

entre o científico e o poético na formação de cada indivíduo, de forma a constituir a

certeza de que arte e cultura são compromissos inalienáveis da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul. Entre os diversos projetos desenvolvidos, destaca-se o Projeto

Unifoto através do qual foram realizadas oito exposições internas e duas externas,

além de ter sido articulada internamente a mediação cultural do UFRGS Portas

Abertas com o coletivo “Feira de Hip Hop de Porto Alegre”.

Apesar das restrições impostas pelo cenário político-econômico nacional,

seguiu-se o trabalho para que a participação da arte e cultura evolua no sentido de

ampliar a mobilização da comunidade acadêmica e estimular os diálogos mediados

através de ações culturais múltiplas. É desta forma que as ações concebidas e

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60

produzidas buscam propiciar a vivência e a experiência da cultura ao público,

despertando na comunidade o interesse e a reflexão sobre as mais diversas

manifestações artísticas, com vistas à constituição de um ambiente em que o próprio

público possa inventar seus próprios fins na arte e na cultura.

O Museu da UFRGS soma esforços com outros setores da Universidade para

a efetiva consecução de uma política de ações afirmativas e de formação continuada,

priorizando as relações interculturais. Em 2016, assumindo o respeito à diferença

como um dos eixos norteadores da realização de seu trabalho buscou soluções

adequadas para desenvolver a cultura da inclusão como parte vital de sua missão e

de suas funções. A diversidade do público desafia cotidianamente a equipe a

corresponder às suas expectativas e, antes de tudo, às suas necessidades.

Para atender à pretensão de ser um ambiente acessível, aberto a todos os

cidadãos, é indispensável o emprego de recursos para acessibilidade na

comunicação, informação e fruição dos espaços e das peças neles contidas. A

experiência demonstra que a acessibilidade ultrapassa a realização de adaptações

necessárias e vem associada ao pleno acesso no sentido de eliminar barreiras menos

visíveis, tais como as atitudinais, políticas, culturais, financeiras, intelectuais,

comunicacionais, entre outras.

Em relação às questões de infraestrutura, o Museu elaborou em parceria com

SPH/SUINFRA um Projeto de Acessibilidade Arquitetônica, que já foi aprovado pelos

setores competentes. Sua execução não foi possível em 2016 devido à falta de

recursos financeiros destinados a esse fim. O Projeto contempla a viabilização de:

portas com sensor, a serem instaladas na entrada do prédio e, internamente, no

espaço que permite o acesso aos banheiros; piso tátil; balcão da recepção com altura

adequada ao atendimento de cadeirantes; e alteração na abertura das portas e

adaptações internas dos banheiros.

Além de incorporar as preocupações relativas à acessibilidade em suas

práticas e atividades gerais, tais como projeto expográfico, projeto educativo,

formação de mediadores, o Museu da UFRGS mantém parcerias com o Curso de

Design e com o INCLUIR (Núcleo de Inclusão e Acessibilidade) para a realização de

algumas ações. Como fruto dessas parcerias, foi possível concretizar iniciativas

importantes, como a possibilidade de agendamento de intérpretes de LIBRAS para

acompanhamento de visitação de grupos, elaboração e impressão dos textos das

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61

exposições em Braille e fonte ampliada; caixa educativa acessível para empréstimo a

escolas, com materiais tridimensionais, vídeos com audiodescrição, entre outros

materiais.

O Planetário Professor José Baptista Pereira deu continuidade, em 2016, às

Sessões na Cúpula destinadas a grupos escolares e ao público em geral. De março a

dezembro, foram realizadas 78 sessões dominicais voltadas tanto ao público infantil

quanto ao jovem e adulto, em que os ingressos foram alimentos não perecíveis,

posteriormente recolhidos por entidades filantrópicas.

Em 2016 foi realizada a oficina “Terra como um grão de pimenta” para 23 alunos

e três assistentes sociais do grupo Geração PoA, um projeto que integra as políticas

de Saúde Mental e Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde da

Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A oficina representa o Sistema Solar, em escala,

permitindo uma noção do tamanho do Sol e dos planetas e, também, das distâncias

entre os astros no espaço, utilizando grãos de diferentes tamanhos (pimenta,

gergelim, amendoim, avelã, noz, chia). Ademais, essa oficina, que é adaptada para

públicos diversos (crianças, terceira idade, cegos, surdos, pessoas com deficiências

mentais e/ou cognitivas, etc.), possibilita a conscientização da responsabilidade

humana com a delicada harmonia do Universo. Em 2016 essa oficina foi realizada

com mais três grupos da terceira idade e um grupo da educação infantil, totalizando a

participação de 133 pessoas.

O Quadro a seguir resume as fragilidades e potencialidades sobre a

responsabilidade social da extensão da UFRGS.

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62

QUADRO 4: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA EXTENSÃO

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA EXTENSÃO - RESPONSABILIDADE SOCIAL

Itens Resultados Alcançados Recomendações

Potencialidades Fragilidades

Responsabilidade

Social da Extensão da

UFRGS

Reconhecimento da responsabilidade social

da extensão desenvolvida pela UFRGS.

Ainda há pequena participação de alunos de

graduação como executores em atividades

que salientem a responsabilidade social da

extensão.

Incentivar os coordenadores de atividades

de extensão a incluírem alunos,

especialmente de graduação, nas

respectivas equipes de trabalho.

Diretrizes da Extensão Utilização pela PROREXT das diretrizes da

extensão universitária nacional, em suas

atividades e processos de avaliação,

considerando assim o impacto social das

atividades.

Continuar o trabalho de divulgação destas

diretrizes entre os extensionistas.

Diversidade e

abrangência

Diversidade de modalidades apresentadas e

de públicos a que se destinam,

contemplando todas as áreas do

conhecimento e com envolvimento de

diferentes agentes.

Setores da PROREXT Desenvolvimento de atividades de extensão

pelos setores e departamentos da

PROREXT em parceria com unidades

acadêmicas da UFRGS, evidenciando a

responsabilidade social.

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63

3.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (INCLUSÃO SOCIAL)

Responsável: COORDENADORIA DE AÇÕES AFIRMATIVAS

A CAF - Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações

Afirmativas, foi criada em 2012, através da Decisão 268/2012 do Conselho

Universitário, a qual renovou a vigência do Programa de Ações Afirmativas por mais

10 anos, consolidou as responsabilidades institucionais de qualificar a execução e

avaliação dessa política de Inclusão, já referenciado no PDI - Plano de

Desenvolvimento Institucional da Universidade.

Ações voltadas para a inclusão e assistência: Até 2016, 50% do total de

vagas foram reservadas para candidatos cotistas. Com ênfase na gestão político-

administrativa, no acompanhamento pedagógico e na avaliação, a Coordenadoria em

2016 completou um ciclo de seu planejamento estratégico para o período de 4 anos.

Perseguindo a Missão de “Promover o Acesso, permanência e pleno desenvolvimento

acadêmico dos estudantes cotistas, visando contribuir para a redução das

desigualdades, a valorização da diversidade étnico-racial e social no ambiente

universitário, consolidando a política de ações afirmativas na UFRGS”, a

Coordenadoria empreendeu um conjunto de ações que operacionalizaram o

cumprimento de algumas dessas metas. Com ênfase nas ações voltadas ao aumento

do ingresso na Universidade de estudantes cotistas, foi desenvolvido o projeto “Como

entrar na UFRGS”, constituindo-se em divulgação direta junto as Escolas Públicas de

periferia, culminando com intensas atividades de informação no “Portas Abertas”.

Outras atividades “extramuros” de natureza educacional, cultural e formativa foram

desenvolvidas, de modo a promover interações sistemáticas junto à comunidade

indígena e ao movimento social negro.

Ações voltadas para o desenvolvimento da democracia: Ao longo de 2016

a CAF protagonizou o aprimoramento do debate público com a proposta de criação

do “Comitê contra a Intolerância” no sentido de dar resolutividade às situações de

conflito, enfatizando a capacidade de diálogo e interdisciplinaridade na compreensão

do valor da diversidade no âmbito da universidade. Outra ação visando o

desenvolvimento da capacidade institucional foi o engajamento da CAF em grupo de

estudos para a elaboração de critérios e procedimentos para valorização da auto

declaração no momento de ingresso na Universidade.

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64

Ações voltadas para interação com o meio social e promoção da

cidadania: No ano de 2016 a premiação de trabalhos relativos a Ações Afirmativas

passa a ser transversal a todo o Salão UFRGS. Cabe destacar que o Salão de Ações

Afirmativas tem como característica a receptividade aos trabalhos empreendidos pela

comunidade na área de educação para as relações étnico-raciais bem como e

reconhecimento de ações de promoção da cidadania.

Ações voltadas para o desenvolvimento institucional: Através de

convergência institucional com outros órgãos foram consolidadas políticas

institucionais em conjunto com a PROREXT, PROGESP, PRAE, PROGRAD,

RELINTER. No que tange à igualdade de oportunidades ao acesso de estudantes

cotistas e indígenas aos benefícios de assistência estudantil, conjuntamente com a

PRAE, destinamos bolsas específicas e auxílios financeiros para participação e

eventos de natureza acadêmica, indispensável a melhoria da integração e

desenvolvimento escolar dos estudantes em vulnerabilidade social. Atendendo às

finalidades da CAF de valorização da diversidade e sensibilização de técnico-

administrativos atuamos com o MUSEU e o DEDs, constituindo uma agenda de

atividades desenvolvidas ao longo de todo o ano.

Ações voltadas para inclusão de estudantes: Em 2016, a Coordenadoria

deu continuidade ao apoio à participação dos estudantes indígenas nos Encontro

Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI) e Encontro Nacional de Estudantes Negros

Cotistas no Rio de Janeiro. Cumprindo com as responsabilidades anuais da CAF foi

elaborado um novo relatório que se deteve no estudo e análise das singularidades do

perfil socioeconômico dos diferentes segmentos contemplados pela política de

reserva de vagas. Tal leitura propiciou aquilo que consideramos um novo ciclo das

Ações Afirmativas. Nesse momento, as ações visando a permanência, com

hegemonia para as políticas de assistência estudantil, serão um desafio compartilhado

por todos envolvendo uma ampla escuta às COMGRADs, visando o alcance dos

níveis de sucesso da política de inclusão social e diplomação dos estudantes

beneficiados pela política.

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65

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA COORDENADORIA DE AÇÕES AFIRMATIVAS

ASPECTOS/itens/quesitos POTENCIALIDADES FRAGILIDADE AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE MELHORIAS

Realização de eventos:

06 Capacitações em AA

01 Assembleia com lideranças

indígenas

01 Acolhimento dos

ingressantes indígenas

06 Atividades no Salão UFRGS

01 UFRGS Portas Abertas

02 eventos em escolas públicas

na Semana da Consciência

Negra

01 Fórum de AA da Região Sul

Intensificação das parcerias na

realização eventos.

Receptividade de técnico-

administrativos inscritos nas

capacitações.

Incremento da cooperação com a

CEPI e com lideranças indígenas.

Incremento da cooperação com

MUSEU/PRAE/DECORDI/COMGR

AD

Receptividades dos professores em

atender convites da CAF;

cooperação com a PROREXT;

ampliação da procura externa pelo

Salão UFRGS.

Apoio presencial de bolsistas nos

eventos

Solicitação espontânea das escolas

por eventos dessa natureza

Liderança da UFRGS na formulação de agendas no Fórum da Região Sul

Dificuldades de compatibilizar

agendas

Dificuldades de logística para

reunir lideranças indígenas de

diferentes pontos do estado.

Dificuldades de acolhimento

continuado aos ingressantes

indígenas ao longo do

semestre.

Dificuldades de atendimento

pleno das demandas das

escolas em uma única

semana

Projetar ferramentas para compatibilizar eventos

em AA.

Adesão às dinâmicas e agendas da CEPI com

relação às lideranças indígenas.

Elaboração de calendário de acolhimento de

cotistas e ingressantes indígenas ao longo do

semestre.

Projetar ferramentas de agendamento de

escolas ao longo do ano.

Realização de reuniões 03 reuniões com o CEPI para

preparação da escolha de cursos

para indígenas

02 do Grupo do GT de

Acompanhamento dos Indígenas

Consolidação de uma via de

comunicação por meio do da

cooperação com a CEPI e com

lideranças indígenas.

Envolvimento de professores

orientadores, técnicos

administrativos das COMGRAD no

Dificuldades de compatibilizar

agendas e sobreposição de

diferentes modalidades de

atividades.

Dificuldades acesso direto a

dados pertinentes aos

relatórios coletados e

Cooperar para a elaboração de um sistema de

leitura dos dados em tempo real, aprimorando

formas de acompanhamento discente.

Intensificar agendas de trabalho com as COMGRAD sobre Ações Afirmativas

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66

QUADRO 5: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA COORDENADORIA DE AÇÕES AFIRMATIVAS

08 reuniões com COMGRAD

03 reuniões Conselho Consultivo

CAF

04 com equipes do CPD

10 reuniões internas de equipe

04 reuniões gerais com bolsistas

PRAE e bolsistas do programa de

extensão

04 reuniões

PROGRAD/PRAE/CAF

02 reuniões com PROGRAD

02 reuniões com PRAE

01 reunião com a Relinter

acompanhamento e fomento de

atividades junto aos estudantes

indígenas.

Interesse das COMGRAD em

apropria-se dos resultados do

relatório CAF sobre cursos de

graduação UFRGS.

Envolvimento de professores e

técnicos administrativos com a

temática.

agregados em tempo real e

continuamente.

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67

3.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (INCLUSÃO SOCIAL)

Responsável: PROGRAMA INCLUIR (PROGESP)

Para atender as demandas e garantir o acesso aos serviços, produtos e

instalações da Universidade pelas pessoas com deficiência, o Núcleo de Inclusão e

Acessibilidade - Incluir - atua na articulação, fomento e consolidação da política de

inclusão e acessibilidade, e no acompanhamento e apoio técnico às pessoas com

deficiência. Desenvolve estratégias de inclusão, acessibilidade e permanência de

pessoas com deficiência, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) ou com alguma

condição de saúde que necessite de atendimento especial, dentro da comunidade

universitária, no âmbito de ensino, pesquisa, extensão e gestão administrativa.

Considerando os resultados do relatório de avaliação do PDI 2011-2015, cujos

indicadores demonstraram que a maioria dos consultados não tem conhecimento das

ações de inclusão executadas pela UFRGS, o Núcleo, em 2016, concentrou esforços

na divulgação e na comunicação com a comunidade universitária quanto às ações e

serviços desenvolvidos. Neste sentido, trabalhou-se na consolidação de uma

logomarca e, com isso, uma identidade visual, consequência de vários estudos e

análises. A partir da aprovação da identidade visual, foi desenvolvido um novo site

contemplando a acessibilidade. O site foi estruturado para dar maior visibilidade aos

serviços oferecidos pelo Núcleo e oferecer informações a respeito de inclusão e

acessibilidade.

Ainda nesta linha, foram elaborados materiais de divulgação como folders,

cartazes e panfletos, com distribuição em todas as unidades e setores estratégicos da

Universidade. Também houve a participação no evento Portas Abertas, no Salão

EDUFRGS III e na Semana da Pessoa com Deficiência, com a exposição dos

materiais adaptados, tecnologias assistivas e a materiais de divulgação do setor.

Essas ações deram visibilidade ao Núcleo junto à comunidade acadêmica, resultando

num expressivo crescimento do número de pessoas atendidas: de 38, em 2015/2,

para 60, em 2016/1, ampliando as demandas em 57%.

O Incluir conta com uma equipe interdisciplinar que realiza o acolhimento de

estudantes, técnicos administrativos e docentes. Além disso, também são acolhidos

os setores aos quais as pessoas atendidas estão vinculadas, com o objetivo

de mapear as demandas individuais e coletivas relacionadas ao apoio técnico, bem

como prestar orientações.

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O acompanhamento e apoio técnico a alunos e servidores com deficiência é

realizado por meio de atividades especializadas, que buscam dar condições de

acesso e igualdade ao ensino-aprendizagem e ao desempenho profissional,

respectivamente. Com vistas à promoção da autonomia das pessoas nessa condição,

foram disponibilizados serviços de ledor e escrevente; produção de materiais didáticos

em Braille, áudios ampliados e táteis; guia vidente; acompanhamento em sala de aula

e estudos extraclasse; tradução e interpretação de Língua Brasileira de Sinais

(Libras); acesso a softwares ledores, ampliadores de tela, lupas eletrônicas, linha

Braille, scanner e fusora. Também foram adquiridos equipamentos de tecnologia

assistiva: licenças de softwares Zoom Text e Infinity Reader, além de tablets e lupas

eletrônicas.

Ainda, o Núcleo conta com nove tradutores e intérpretes de linguagem de sinais

(sendo que um exerce suas atividades no Campus Litoral Norte) para atender as

demandas advindas de concursos, processos seletivos, aulas, orientações, defesas

de graduação e pós-graduação, reuniões, tradução de vídeos, capacitações,

palestras, formaturas, acompanhamento de servidores e de alunos de comissões,

seminários, sessões de estudos e outros eventos institucionais. A demanda pelo

serviço de tradução e interpretação tem sido acompanhada pelo crescente ingresso

de alunos e docentes surdos na universidade, com um acréscimo de 39% comparado

ao ano de 2013.

O Núcleo também é responsável pela articulação junto aos demais órgãos

administrativos e acadêmicos da UFRGS. Neste sentido, promoveu ações de

inclusão, acessibilidade e permanência abrangendo a acessibilidade nos canais de

comunicação da UFRGS (rádio e TV); sistemas de informações (CPD); atividades de

ensino, pesquisa e extensão (PROGRAD, PROPESQ, PROREXT); projetos, reformas

e infraestrutura, em consonância com as legislações de acessibilidade, coordenados

pela Superintendência de Infraestrutura (SUINFRA).

Neste seguimento, o Incluir trabalhou junto ao CPD (Centro de Processamento

de Dados) para a implantação de um sistema de mapeamento que, basicamente,

pretende ofertar às pessoas vinculadas à UFRGS (servidores e estudantes) a

possibilidade de se autodeclararem como sendo uma pessoa com deficiência. Essa

funcionalidade possibilitará também que essas pessoas expressem suas

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necessidades e façam a solicitação dos serviços disponíveis. O mapeamento via

sistema está previsto para ser implantado em fevereiro de 2017.

Considerando que a formação continuada à comunidade universitária é

fundamental para oferecer à sociedade recursos e serviços acessíveis, qualificando-

os sistematicamente, bem como eliminando barreiras de cunho atitudinal e

informacional, foram promovidas ações de capacitação. Neste sentido, a programação

do III Salão EDUFRGS contemplou temas relacionados à inclusão e acessibilidade:

Os Movimentos Sociais e Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência, A

Acessibilidade nos Espaços Culturais, O Transtorno do Espectro Autista e

Especificidade na Aprendizagem, Libras na UFRGS, Literatura Surda, Políticas

Públicas de Inclusão e Contribuição da Terapia Ocupacional na Atenção à Pessoa

com Deficiência.

Também foram realizadas capacitações, em parceria com a EDUFRGS, de

Libras e Libras-tátil, que têm o objetivo de capacitar os servidores, mesmo que em

noções básicas, a se comunicarem com as pessoas com deficiência auditiva; e de

Braille para os bolsistas e servidores do setor. Outra ação de formação foram os

projetos de extensão em parceria com instituições externas, como o COEPEDE

(Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência), que fomenta a

participação da comunidade universitária nas mesas redondas mensais que abordam

temáticas da inclusão. Também foi realizada uma capacitação direcionada para a

prova do vestibular em parceria com Comissão Permanente de Seleção, Coordenação

de Acessibilidade do Processo Seletivo e EDUFRGS, que consistiu em uma

capacitação que abrange noções básicas de audiodescrição de imagens destinada

aos fiscais da área de acessibilidade que atuam como ledores e fazem a descrição de

imagens aos candidatos com deficiência visual.

Além disso, foi desenvolvido o Projeto para a Criação e Registro de Sinais de

Libras, visto que os profissionais que atuam nessa área vêm percebendo a

necessidade de aprimorar seu trabalho devido à grande variedade de disciplinas,

áreas temáticas, linhas de pesquisa e perspectivas teóricas com que se deparam no

dia a dia de sua atuação na pós-graduação. Neste sentido, também em parceria com

a EDUFRGS, foi construído um espaço para a investigação, criação de vocabulários

e registros em Libras para que a acessibilidade das pessoas surdas atendidas

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70

(professores, alunos, público externo) seja mais adequada às necessidades e

especificidades.

Considerando a avaliação das ações de 2016, verifica-se a necessidade de

reforçar a articulação com unidades acadêmicas e administrativas por ser tratar de

uma temática transversal que permeia todos os espaços da Universidade.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA POLITICA DE ACESSIBILIDADE - NÚCLEO INCLUIR (PROGESP)

ITENS/ASPECTOS/QUESI

TOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES

AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE

MELHORIAS

Divulgação e comunicação

das ações e serviços de

inclusão e acessibilidade

- Criação de identidade visual;

- Novo site contemplando a

acessibilidade;

- Participação em eventos;

- Parceria com a EDUFRGS.

- O relatório do PDI 2011-2015 demonstrou

a falta de conhecimento das ações de

inclusão executadas pela UFRGS.

- Ampliar as ações com interação com o

usuário para divulgação e qualificação dos

serviços prestados.

Acompanhamento e apoio

técnico a alunos e

servidores

- Aquisição de equipamentos de

tecnologia assistiva;

- Disponibilidade de materiais;

- Criação de uma equipe multidisciplinar

para qualificação do atendimento.

- Quantitativo de servidores frente à

crescente demanda;

- Os tradutores e intérpretes de linguagem

de sinais, na sua atuação na pós-

graduação, têm a necessidade de

aprimorar o trabalho devido à grande

variedade de disciplinas, áreas temáticas,

linhas de pesquisa.

- Reforçar a articulação com unidades

acadêmicas e administrativas por se tratar de

uma temática transversal;

- Executar o projeto: Criação e Registro de

Sinais de Libras;

- Aprimorar um espaço para a investigação,

criação de vocabulários e registros em Libras

para que a acessibilidade das pessoas

surdas atendidas seja mais adequada à

necessidade e especificidade.

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Ações de formação junto à

comunidade universitária

- Auxílio na eliminação das diversas

barreiras existentes, principalmente a

barreira atitudinal e informacional;

- Oferta de capacitações de Libras e

Libras-tátil, para os servidores;

- Oferta de capacitação em Braille para os

bolsistas e servidoras do setor;

- Parceria com Instituições externas;

- Parceria com a COPERSE para tornar o

concurso vestibular mais acessível.

- O concurso vestibular ainda apresenta

muitas questões a serem melhoradas, no

que se refere à acessibilidade.

- Desenvolver, nos próximos anos, uma

formação continuada visando atender

diversas áreas a fim de institucionalizar

diversos serviços e recursos de

acessibilidade.

QUADRO 6: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA POLITICA DE ACESSIBILIDADE - NÚCLEO INCLUIR (PROGESP)

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73

3.6 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO

Responsável: RELINTER

O Plano de Gestão da Reitoria, desde o período de 2008-2012, colocou a

internacionalização da UFRGS como um dos pilares de sustentação para a expansão

com qualidade da UFRGS. Em 2016, essa política teve continuidade, através de

diversas ações. A principal meta da gestão da Reitoria para este setor foi: estabelecer

políticas e ações estratégicas de cooperação internacional, condizentes com os

interesses da UFRGS, levando em conta as mudanças globais de ordem política,

econômica, social, educacional e cultural. Essa meta colocou diante da Secretaria de

Relações Internacionais (RELINTER) a responsabilidade de expandir,

estrategicamente e com qualidade, as ações de cooperação internacional da UFRGS.

Esta expansão se deu apoiada através de ações de ordem logística e financeira

(infraestrutura, pessoal capacitado para o setor e destinação de verba orçamentária)

para que a Relinter pudesse responder às demandas de gestão para a

internacionalização da UFRGS.

Em termos de mobilidade estudantil, 2016 foi um ano difícil do ponto de vista

da RELINTER: por um lado, o programa nacional Ciência Sem Fronteiras entrou em

sua fase final, o que levou a uma diminuição do volume de alunos “outgoing”

gerenciados pelo departamento de mobilidade, como se pode verificar a partir dos

dados apresentados em Relatórios de Autoavaliação Institucional anteriores. Foi feito

o acompanhamento da volta dos alunos na UFRGS, em particular através da sua

participação no Salão de Iniciação Científica UFRGS 2016. Em compensação, as

outras opções para mobilidade “out” oferecidas e geridas pela RELINTER (bolsas

Erasmus+ e Erasmus Mundus, Programa “Campus Internacional”, Programa

Santander ou ainda diversos Programas da AUGM) tiveram uma procura muito grande

da parte dos alunos de graduação, resultando em um trabalho seletivo concentrado,

muito intensivo. Do lado da mobilidade “incoming”, os números têm sido relativamente

constantes, e em 2016 houve o ingresso de 150 alunos internacionais por semestre.

A atuação no setor foi marcada pela reorganização da equipe em dois turnos

complementares de 6h (regime flexibilizado) para melhor atender os alunos

estrangeiros, sem interrupção na hora do almoço e no fim da tarde. O setor organizou

as tradicionais sessões informativas e de acompanhamento dos alunos estrangeiros.

No Departamento de Mobilidade (DEMOB) é possível destacar a capacitação dos

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74

Servidores Técnico-Administrativos, tanto no exterior (UPC - Barcelona, CTU - Praga)

quanto nacional (Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal de Minas

Gerais). Também cabe destacar o acompanhamento da delegação de 30 alunos da

UFRGS nas Jornadas de Jovens Pesquisadores AUGM em outubro. Por fim, foi

marcante a mudança física do DEMOB para o prédio do Chateau, envolvendo

reformas estruturais e de mobiliário, que contribuiu para o melhor desempenho das

atividades de internacionalização.

Da parte da Secretaria que não trata de mobilidade, houve um aumento

qualitativo da importância das ações: foram recebidas delegações que representam

maior impacto nas relações internacionais da universidade (por exemplo, o

Embaixador da França com comitiva de seis autoridades em setembro; visita de

delegação do DAAD para verificar as condições de recepção de um centro de

pesquisa Alemanha/Brasil); a coordenação de convênios promoveu a assinatura de

acordos muito inovadores, como o primeiro acordo de dupla diplomação em

Engenharia Hidrológica na América Latina; ampliou-se o leque de convênios de

mobilidade estudantil para amparar melhor as vagas oferecidas pela UFRGS a alunos

estrangeiros, e aos alunos da UFRGS por IES parceiras; e ainda se destaca a

capacidade ampliada em termos de gestão financeira, tendo conseguido otimizar

recursos orçamentários escassos para manter a presença internacional da UFRGS

com financiamento reduzido. O ano foi marcado pelo aceite pela Alemanha da criação

de um Centro de Pesquisa na UFRGS e na PUCRS, resultado de dois anos e meio

de trabalho liderado pela RELINTER.

Em conclusão, 2016 tem sido um ano de transição na RELINTER, onde se

começou a notar uma diminuição relativa das atividades de gestão da mobilidade

estudantil devido a fatores nacionais, conjuntamente com uma capacitação ampliada

da equipe e de condições de trabalho melhoradas (com novo espaço físico e regime

de trabalho flexibilizado), que levaram a melhor eficácia. Em paralelo, houve uma

ênfase maior, aumentada ainda no segundo semestre, em atividades internacionais

de cunho estratégico e inovador: Centro de Pesquisa instalado na UFRGS com

fomento Alemão; participação reforçada na rede latino-americana AUGM e nos

projetos Erasmus com a Europa; ingresso da UFRGS em novas redes internacionais

como a Magna Charta Universitatum. Esta evolução corresponde com o

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75

amadurecimento da equipe da Secretaria e também com o papel crescente da UFRGS

em termos de liderança no Brasil no que tange à internacionalização.

Page 76: RAAI 2016 RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO  · PDF filetabela 28: livros biblioteca - transaÇÕes de circulaÇÃo, 2015-2016250 tabela 29: biblioteca 2016

76

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ITENS/ ASPECTOS/

QUESITOS

POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE

MELHORIAS

Mobilidade estudantil

internacional outgoing

Aumento do fomento europeu

para mobilidade, de forma muito

concentrada em algumas IES.

Aumento da demanda para

mobilidade na América Latina

(AUGM). Transferência da

mobilidade da graduação para a

pós-graduação.

O fomento da mobilidade estudantil só

pode vir de programas governamentais,

devido ao seu custo. O encerramento do

programa CsF na graduação cria um

vácuo que impacta em grande escala

nos alunos da UFRGS, e em escala

menor no pessoal do Departamento de

Mobilidade da Relinter, cuja atividade era

baseada no CsF.

Presença reforçada da UFRGS/Relinter nos

fóruns europeus, reforço das parcerias

europeias, participação em projetos europeus

para captar fomento. Capacitação reforçada dos

Servidores Técnico-Administrativos da Relinter

para que possam evoluir em suas funções e

gerenciar (por exemplo) mobilidade na pós-

graduação.

Mobilidade estudantil

internacional incoming

A UFRGS tem sido uma das

universidades brasileiras que

mais recebeu alunos

estrangeiros nos últimos anos.

Por ter enviado muitos alunos ao

exterior, a demanda por nos

visitar aumentou. Nossa posição

geográfica é boa para atrair

candidatos europeus (alemães,

franceses, espanhóis) e do

Mercosul.

A insegurança crescente em Porto

Alegre, a situação de instabilidade

econômica e política no país em 2016 e

a imagem passada no exterior estão

desestimulando os estrangeiros a vir

estudar no país. A greve do segundo

semestre e a alteração de calendário

acadêmico pode levar muitos

estrangeiros a não arriscar a perda de

um semestre de estudos.

É difícil compensar em nível da UFRGS fatores

que dependem cada vez mais de parâmetros

externos. A situação de risco é generalizada no

país. A criação de um centro de pesquisa com

Alemanha deveria levar alemães e demais

europeus a confiar mais na UFRGS. Precisamos

comunicar melhor sobre nosso calendário

acadêmico e o impacto de greves eventuais no

ensino.

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77

Parcerias internacionais

para pesquisa e pós-

graduação

1/3 dos PPGs da UFRGS têm

conceitos 6 ou 7. Nossa

pesquisa tem alta visibilidade

internacional e muitos parceiros

nos procuram especificamente

por isso.

O risco principal é a dificuldade em

organizar a gestão e dar visibilidade a

nossa pesquisa, em uma estrutura tão

complexa e grande como é a UFRGS.

Aproximação RELINTER/PROPESQ para

buscar fomento internacional, capacitar nossos

pesquisadores para isso, dar suporte maior a

convênios e projetos internacionais.

Gestão de parcerias

internacionais

O quadro técnico-administrativo

da Relinter é um dos mais

capacitados do Brasil em termos

de relações internacionais.

Iniciativas únicas no país como o

centro de pesquisa com a

Alemanha, a presença da

UFRGS na AUGM ou em

projetos Erasmus, a recepção de

centenas de alunos estrangeiros

na UFRGS ou de 2.500 alunos

outgoing nos 4 anos de CsF, só

foi possível graças à

competência do corpo técnico.

O principal risco em 2017 é um cenário

externo à UFRGS que limite fortemente

o potencial de ação de um grupo

competente e motivado pelo seu sucesso

em empreitadas originais e inovadoras.

Reposicionamento da atuação de parte do grupo,

aproveitando-se de um novo plano de gestão,

para que os servidores possam evoluir em

função de sua experiência prévia, continuar a se

capacitar e a ampliar qualitativamente suas

ações, se o quantitativo for diminuindo.

QUADRO 7: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA SECRETARIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

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78

3.7. RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO: Setor de Convênios

Responsável: SETOR DE CONVÊNIOS DO GABINETE DO REITOR

O Núcleo de Convênios tem como função e/ou atividade auxiliar na relação do

Gabinete do Reitor com as Unidades Acadêmicas, visando às assinaturas das

Interações Acadêmicas, isto é, promovendo a relação Universidade/Sociedade no que

tange a execução de projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento

científico e tecnológico por meio de Convênios, Protocolos e Contratos e outros

instrumentos congêneres praticados no âmbito da Universidade.

Quanto às relações da IES com a sociedade, setor público, setor privado e

instituições estrangeiras, pode-se dizer que a UFRGS vem interagindo com a

sociedade envolvendo diferentes setores da coletividade, seja por interesse das

instituições externas, demandas espontâneas ou por editais no atendimento às

políticas públicas. Nesse sentido, as relações com a sociedade têm sido aprofundadas

em função das demandas existentes e o interesse na continuidade da solução de

problemas e o bem-estar da comunidade, assim como na busca do desenvolvimento

nacional e regional do país e, sobretudo no desenvolvimento do Estado do RS, objetos

das parcerias das Unidades Acadêmicas, assim como através de parcerias com

diversas Universidades estrangeiras.

Sendo assim, as Interações Acadêmicas apontam como estratégia de atuação

positiva da Universidade com a aproximação dos setores e dos atores da sociedade,

consolidando seu compromisso social com a geração do conhecimento acadêmico,

científico e tecnológico e com a formação de recursos humanos de qualidade para

atuação eficaz na sociedade.

Essas interações com a sociedade ocorrem por meio de instrumentos jurídicos

próprios de acordo com a legislação vigente e com as instruções normativas da

Universidade efetuadas através de Acordos e/ou Termos de Cooperação, como forma

de disciplinar a relação de cooperação entre a UFRGS e outras instituições públicas

ou privadas, nacionais e internacionais.

Os tipos de instrumentos balizadores da relação podem ser Acordos ou Termos

de Cooperação, Protocolos de Intenções/Cooperação, Convênios, Contratos e outros

instrumentos. Os Protocolos de Intenções são de natureza gerativa e prévia,

caracterizada pela ausência do rigor formal e propõem atividades futuras a serem

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79

formalizadas através de Convênios e/ou de Contratos mais específicos nas execuções

de projetos de ensino, pesquisa ou de extensão.

No Convênio vislumbra-se um acordo de cooperação firmado entre duas ou

mais instituições públicas ou privadas, que visam a realização de objetos definidos e

interesse comuns entre as partes envolvidas na relação. O Contrato de Prestação de

Serviços é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades em que haja um acordo

de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações e direitos

recíprocos devendo estabelecer com clareza e precisão a atividade que se propõe.

O levantamento dos Convênios, Contratos e Protocolos de

Intenções/Cooperação da UFRGS, em vigência no ano de 2016, pode ser visualizado

nas figuras a seguir.

Figura 2 - Convênios em vigência dos setores da UFRGS com instituições externas

(Somam 392 Interações Acadêmicas. Fonte: Núcleo de Convênios do Gabinete do

Reitor, jan. 2017)

.

Figura 3 - Contratos em vigência dos setores da UFRGS com instituições externas. (Somam 50 Interações Acadêmicas. Fonte: Núcleo de Convênios do Gabinete do Reitor, jan.

2017)

0

50

100

150

200

250

232

160

Unidades Administração Central

0

20

40

37

13

Unidades Administração Central

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80

Figura 4 - Protocolos de Intenções/Cooperação em vigência dos setores da UFRGS com instituições externas.

(Somam 388 Interações Acadêmicas, na sua maioria com Universidades estrangeiras. Fonte: Núcleo

de Convênios do Gabinete do Reitor, jan. 2017)

Essas Interações Acadêmicas, totalizando 830 Protocolos, Convênios e

Contratos, em vigência, contemplando as diferentes esferas do governo municipal,

estadual e federal, assim como instituições brasileiras e estrangeiras de ensino e

empresas privadas, expõem a importância do conhecimento gerado no âmbito da

UFRGS e a sua diversidade na relação Universidade/Sociedade.

Frente às questões acima e à forte demanda das Interações Acadêmicas, faz-

se necessário apontar alguns aspectos, que seguem no quadro autoavaliativo a

seguir.

0

50

100

150

200

250

300

104

284

Unidades Administração Central

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81

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DO SETOR DE CONVÊNIOS

ITENS/ASPECTOS

QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES

AÇÕES e ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE

MELHORIAS

Capacitação para

servidores técnico-

administrativos e

docentes

- Despertar nas Unidades

Acadêmicas a necessidade de

criação de um Setor específico

responsável pelas Interações

Acadêmicas.

- Servidores que usam a carga horária do

curso apenas para obter promoção por

capacitação e não para aprendizagem e

aplicação do conhecimento adquirido.

- Orientar os técnico-administrativos e docentes

coordenadores de projetos sobre as leis e demais

regramentos da Universidade na formalização das

Interações Acadêmicas.

Recursos humanos - Servidores qualificados para

atender a demanda das Interações

Acadêmicas.

- Recursos humanos qualificados

nas Unidades Acadêmicas para

atender, orientar e acompanhar a

demanda das Unidades e dos

Departamentos acerca das

questões que envolvem as

Interações Acadêmicas.

- Falta de servidores com formação na

área específica.

-Insuficiência de servidores dedicados

às tarefas acerca do preparo,

conhecimento e acompanhamento das

questões que envolvem as Interações.

- As celebrações e prorrogações das

Interações são agitadas em função de

prazos e demais diligências necessárias,

que demandam monitoramento contínuo

por parte das Unidades Acadêmicas.

- Orientar o setor da Universidade responsável pela

capacitação de servidores sobre a necessidade de

cursos e treinamentos, assim como dar amplo

conhecimento sobre a UFRGS e como é seu

funcionamento, visto ser uma instituição pública.

- Observa-se que poucos conhecem a Universidade.

- Confecção de Cartilha explicativa sobre as

Interações Acadêmicas, contendo os tipos de

documentos, regramento e demais itens

relacionados à formalização dos instrumentos

jurídicos próprios.

QUADRO 8: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO SETOR DE CONVÊNIOS

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82

3.8 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (DEFESA DO MEIO

AMBIENTE)

Responsável: ASSESSORIA DE GESTÃO AMBIENTAL (AGA)

A Assessoria de Gestão Ambiental (AGA) da UFRGS, que está diretamente

vinculada ao Gabinete do Reitor, é responsável pela elaboração, pela implementação

e pelo acompanhamento do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), pautado pela

Política Ambiental da UFRGS.

A UFRGS, através de sua Administração Centralizada e da Direção de seus Órgãos, se compromete com a melhoria contínua de seu desempenho ambiental e com a prevenção à poluição, adotando procedimentos e práticas que visem à prevenção de impactos ambientais negativos, em conformidade com os requisitos legais, gerando alternativas que propiciem a sustentabilidade da comunidade universitária e de toda a sociedade, desenvolvendo uma estratégia de mudança cultural por meio de uma política pedagógica ambiental. (Fonte: Política de Gestão Ambiental, disponível em: http://www.ufrgs.br/sga/SGA/politica)

A AGA assumiu (a partir do final de 2012), algumas atividades que eram de

competência da Coordenadoria de Gestão Ambiental, dando continuidade à função

de gerenciar todos os programas e projetos que contemplam as atividades ambientais,

bem como implantar atividades de educação ambiental relativas ao Sistema de

Gestão Ambiental.

Dentro da sistemática de discussão do atual Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI2016-2026), que teve como um dos Eixos Estratégicos a

sustentabilidade, se consolidou tendo como um dos seus princípios a Sustentabilidade

e um dos valores a Responsabilidade Ambiental, a atuação da UFRGS na área de

Gestão Ambiental, conforme seu Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI, em

vigor a partir de 2016, se dá através de ações internas e externas, no sentido de

aumentar a sustentabilidade de seu funcionamento, através de Objetivos

Organizacionais que envolvem a Infraestrutura, as Pessoas e a Inclusão, sendo a

sustentabilidade um Objetivo específico em si, visando:

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83

1. Promover a cultura da sustentabilidade na comunidade universitária

2. Incentivar a captação e o aporte de recursos tecnológicos, humanos e

financeiros em benefício da Universidade como um todo

3. Possibilitar a aplicação das tecnologias desenvolvidas na Universidade em

seu próprio benefício

4. Fortalecer a política de sustentabilidade econômica e financeira da

Universidade

Dando continuidade ao que fixava o PDI 2011-2015, potencializou a sua ação

pela permanência de propósitos e fortalecimento de status ao passar a ser um

princípio.

Na área da Gestão Ambiental, a atuação da UFRGS concretiza-se através de ações internas e externas, no sentido de aumentar a sustentabilidade de seu funcionamento. Pretende-se estabelecer um sistema de certificação ambiental, estruturar o licenciamento ambiental, diagnosticar e monitorar os índices de impacto ambiental, racionalizar o uso de material de consumo e otimizar o sistema de gerenciamento de resíduos recicláveis e não recicláveis da Universidade. Pretende-se também manter o Programa de Educação Ambiental, baseado na capacitação do quadro de gestores ambientais das unidades universitárias e exigir a capacitação dos trabalhadores terceirizados pelas empresas contratadas. (Fonte: PDI/UFRGS 2011-2015, Capítulo VI – Responsabilidade Social, disponível em: http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/plano-de-desenvolvimento-institucional)

Dessa forma, as ações práticas que compõem o PDI da Universidade,

fortalecendo o seu Sistema de Gestão Ambiental (SGA), são desenvolvidas ou

monitoradas pela AGA, entre as quais: certificação ambiental dos espaços físicos,

diagnóstico e monitoramento dos aspectos e impactos ambientais, sistema de

gerenciamento de resíduos e o programa de educação ambiental.

O SGA é estruturado em quatro programas, que levantam os problemas

ambientais da UFRGS - Educação Ambiental, Levantamento de Aspectos e Impactos

Ambientais, Certificação Ambiental e Licenciamento Ambiental -, e 16 projetos, que

resolvem esses problemas, dentre eles: Coleta Seletiva, Gestão de Resíduos

Químicos, Gestão de Resíduos Biológicos, Gestão de Resíduos Compostáveis,

Segurança e Proteção Radiológicas, Gestão Ambiental de RUs, Refúgio de Vida

Silvestre (REVIS/UFRGS). Atua, ainda, em parceria com diversas instituições,

públicas, privadas e organizações da sociedade civil na elaboração e execução das

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84

propostas contidas na Política Ambiental da UFRGS. Assim, no decorrer de 2016,

buscou-se realizar as metas previstas para o ano, atuando por meio de diversas

atividades que envolviam os programas e projetos.

O Programa Educação Ambiental, em mais um ano de atuação, envolveu o

meio acadêmico e a comunidade, difundindo os conhecimentos sobre a questão

ambiental, dentro de uma lógica que busca o gerenciamento das atividades

acadêmicas. Ele não se restringiu às questões de preservação e de uso sustentável

dos recursos naturais, mas realizou um trabalho mais amplo de conscientização e

mobilização da sociedade, pois envolveu tanto os acadêmicos universitários, como

também, os professores e alunos da rede pública municipal e seus familiares.

Para atender este programa, a AGA atuou em diferentes setores, como

Escolas Municipais da cidade de Viamão, desenvolvendo os projetos “As Questões

Ambientais - Divulgação de seus Aspectos Científicos e Tecnológicos” e “Educação

Ambiental na Bacia Hidrográfica da Barragem Mãe D’Água - 2016”, que consistem em

aulas e atividades extraclasse, ministradas por bolsistas da AGA (estudantes de

diferentes cursos de graduação da UFRGS), para turmas do quinto ano do Ensino

Fundamental da Escola Municipal Alberto Pasqualini. Estes projetos contaram com a

participação de 09 alunos bolsistas da UFRGS que atenderam diretamente 120 alunos

da rede pública municipal de Viamão.

Os projetos têm demonstrado resultados positivos tanto em relação ao

aprendizado dos alunos do Ensino fundamental quanto dos estudantes da UFRGS, o

que pode ser denotado pela realização do curso de extensão “Educação Ambiental

para Conservação e Gestão de Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio

Gravataí” realizado pela UFRGS, nos anos de 2014 e 2015, concluído em 2016,

contando com a participação das oito Prefeituras da Bacia Hidrográfica do Rio

Gravataí (Santo Antônio da Patrulha, Glorinha, Gravataí, Canoas, Cachoeirinha, Porto

Alegre, Viamão e Alvorada). Neste ano de 2016 houve a conclusão e a impressão de

um livro “EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Contribuição para a Gestão Socioambiental na

Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí”, ISBN 978-85-67589-43-5, sobre a temática da

educação ambiental e todos os segmentos possíveis de serem abordados nas salas

de aula, bem como 08 vídeos dirigidos para o ensino na área ambiental na Bacia do

Rio Gravataí, sendo que todos poderão ser amplamente utilizados em disciplina de

graduação da UFRGS. Todo este material foi disponibilizado aos participantes do

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85

referido curso de extensão, assim como os participantes do III Workshop de Educação

Ambiental, organizado pela UFRGS.

Em conjunto com a Gerência de Serviços de Terceiros, visando a compreensão

da Política Ambiental pelos trabalhadores terceirizados, foram realizadas 6 plenárias,

atingindo todos trabalhadores de empresas contratadas pela UFRGS, nas quais foi

apresentada a Política Ambiental e as orientações sobre a sua implantação através

da coleta seletiva.

A AGA manteve as ações do programa Levantamento de Aspectos e Impactos

Ambientais, envolvendo mais de 10 estudantes, na continuidade ao levantamento dos

aspectos e impactos ambientais dos prédios da Universidade para recomendar ações

corretivas, visando à redução desses impactos, ocasionando uma fiscalização

constante. Pode-se afirmar que 100% dos prédios possuem levantamento dos

aspectos e impactos ambientais, sendo que algumas Unidades já estão no quinto ciclo

de utilização do Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA), com

redução de seus Índices de Riscos Ambientais Totais (IRAT) em mais de 60%, se

contabilizado desde o início de sua aplicação.

Visando testar a ferramenta de Gestão Ambiental, foi mantido o apoio aos

Sistemas de Gestão Ambiental do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul

(SENGE) e do Vila Ventura Hotel, contribuindo para o desenvolvimento das atividades

sustentáveis dessas organizações, o vínculo com essas instituições permaneceu,

ocasionando parcerias para programas de estágio. Essa ação faz parte do programa

Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais, ambos operados através de Termo de

Cooperação assinados entre as entidades e a UFRGS, como Projeto de Extensão.

Aprofundando o processo de gestão foi estruturado um Sistema de registro e

controle, estruturando os Planos de Resíduos Sólidos, de Unidades como o Instituto

de Pesquisas Hidráulicas, Instituto de Biociências, incluindo o Ceclimar, Faculdade de

Arquitetura, Escola de Administração, Centro de Tecnologia, Laboratório de

Metalurgia Física, passando a UFRGS a cumprir o requisito legal de possuir um Plano

de Gestão de Resíduos, bem como passando a possuir uma ferramenta de gestão e

avaliação quanto a implantação do Plano. Esta ferramenta também está sendo

testada no SENGE e Vila Ventura Hotel.

Dentro dos projetos, a AGA continua atuando, sendo responsável pelo

fornecimento das etiquetas de conscientização quanto à separação dos resíduos na

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86

fonte, bem como das etiquetas dos projetos Uso Racional de Energia, Uso Racional

de Água e Coleta Seletiva de Resíduos.

Através do Projeto de Compras Ecoeficientes, foi mantida a aquisição de

papel reciclado pelo Almoxarifado, instituindo essa prática de consumo consciente em

praticamente toda a Universidade, com o monitoramento quanto à qualidade dos

mesmos. O núcleo que debate as Compras Ecoeficientes, junto ao Departamento de

Patrimônio da UFRGS continuou o debate sobre os materiais adquiridos pela UFRGS

e, junto com a AGA, está analisando como incluir os critérios da logística reversa nas

compras da UFRGS, bem como a aplicação de metodologias de Análise de Ciclo de

Vida.

Foi mantida a inserção da AGA nas redes sociais, buscando interação e

agilidade nas informações, ao mesmo tempo em que ampliou seu alcance aos

diferentes públicos com interesse no assunto. Ocorreram também algumas ações da

Rede Ambiental da UFRGS, a qual integra professores que trabalham ou apresentam

interesse na área ambiental na UFRGS, no âmbito físico e virtual, gerando discussões

e determinações para representações em órgãos e entidades, quando solicitados ao

setor. No mesmo sentido, o grupo virtual “Gestão Ambiental em Instituições de Ensino

Superior”, que reúne professores de diversas instituições de ensino do Brasil, se

manteve neste ano de 2016, sendo um dos Fóruns que ajudou a divulgar o III ELAUS,

em Tucuman.

A participação da AGA no Programa "Portas Abertas" da UFRGS, tem sido um

importante contato com a sociedade, pois oportuniza que os futuros alunos conheçam

o trabalho que está sendo realizado na área ambiental, pela Universidade.

Além dessas atividades, a AGA realizou a divulgação científica, com a

publicação de mais de 15 artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais

e apresentações de trabalhos técnicos em Seminários/Congressos, atuando ainda na

organização de eventos (AGAPAN Debates, Dia Interamericano de Limpeza e

Cidadania - Diadesol, entre outros), nos quais representa a UFRGS. Houve também

a participação no Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização -

Gespública, no XXXV Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e

Ambiental, XVII Simpósio Luso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, XII

Seminário nacional de Resíduos Sólidos e no III Encontro Latino Americano de

Universidades Sustentáveis.

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87

A AGA tem sido referência para os alunos de alguns cursos de graduação da

UFRGS como: Engenharia Ambiental, Biologia, Geografia, Psicologia, etc., pois no

decorrer dos programas e projetos, nos quais os estudantes se envolvem, existe a

possibilidade de se desenvolver tanto academicamente, representado em mais de 15

trabalhos apresentados e publicados em Congressos, quanto no mercado de trabalho,

pelos convênios já citados. Este trabalho extrapolou o território brasileiro, pois no

biênio 2015-2016 recebemos a Professora Maria Rocío Dip Maderuelo, da

Universidade Nacional de Tucumán, Argentina, para um período de seu mestrado

sanduíche, onde desenvolveu o estudo sobre a gestão dos resíduos sólidos do

Ceclimar, Arquitetura e Biociências, apresentado em 2016 no Congresso Argentino

de Engenharia Sanitária e Ambiental, em Buenos Aires e no III Encontro Latino

Americano de Universidades Sustentáveis, organizado pela Universidade de

Tucumán na Argentina.

Pelo trabalho desenvolvido no ano de 2016, buscou-se, por meio de programas,

projetos e eventos executados, alcançar o objetivo da Assessoria de Gestão

Ambiental, o qual procura desenvolver ações de gestão ambiental, visando à redução

de riscos, através da implementação e consolidação do Sistema de Gestão Ambiental

da UFRGS e com a aplicação da Política Ambiental da Universidade.

Todos os programas e projetos descritos e o detalhamento de outras ações da

Assessoria de Gestão Ambiental estão disponíveis em: http:// www.ufrgs.br/sga.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA ASSESSORIA DE GESTÃO AMBIENTAL (AGA)

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Transferência de conhecimento da UFRGS para Escolas Municipais de Ensino Fundamental, através do Projeto “As Questões Ambientais: Divulgação de seus Aspectos Científicos e Tecnológicos”.

Desenvolvimento e aplicação de metodologia de ensino voltada à Educação Ambiental com base a uma bacia hidrográfica.

Poucas bolsas de pesquisa e extensão por projeto.

Incentivo aos alunos de graduação a utilizar as ações como parte de estágios ou créditos complementares

Fortalecimento de relações institucionais entre a UFRGS e a Secretaria Municipal de Educação de Viamão.

Abertura das Escolas próximas ao Campus do Vale para execução de projetos e estágios em Educação Ambiental.

Difícil acesso e falta de estrutura nas escolas municipais.

Busca de novos parceiros no projeto visando visitas com os alunos em locais próximos a área de abrangência do projeto.

Projetos de Educação Ambiental com Escolas Municipais com Palestras e Feira aberta à comunidade.

Desenvolver ações educativas que envolvam pais, alunos e a comunidade das Escolas participantes do projeto.

Falta de maior participação dos pais.

Palestras com os pais e comunidade em alguns sábados letivos nas Escolas.

O Projeto de Educação Ambiental aplicado pela AGA/UFRGS é avaliado através de questionários e avaliações de aprendizado dos alunos.

Os resultados mostram que há uma crescente conscientização dos alunos inseridos no projeto com relação às questões ambientais.

Dificuldade dos alunos das Escolas Municipais na leitura, escrita e compreensão de texto.

Atendimento dos alunos com diversos professores em sala de aula.

Contato entre UFRGS e Secretária de Educação de Viamão e Direções das Escolas da região, além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, da Unidade Triagem da Vila Pinto.

Participação dos alunos de graduação nas reuniões entre as entidades.

Restrição de horários para as atividades fora das Escolas.

Contato permanente com estas instituições.

Transferência de conhecimento adquirido pelo Sistema de Gestão Ambiental para outras entidades (Sindicato dos Engenheiros, Vila Ventura Hotel).

A ferramenta, desenvolvida para uso dentro da UFRGS, está sendo utilizada em Entidades públicas e privadas com comprovada eficácia.

Dificuldade de encontrar bolsistas da UFRGS com disponibilidade de carga horária para estagiar em outros municípios. Troca de Direções de órgãos públicos com troca de diretrizes

Para a primeira fragilidade a persistência na busca de um bolsista tem sido a única alternativa e na segunda também, pois as diretorias duram 4 anos e quando troca, sempre há uma possibilidade de retorno da Diretriz ambiental retornar a ser importante.

As atividades de gestão ambiental são desenvolvidas como forma de projeto de extensão, gerando trabalhos técnicos apresentados em Congressos, bem como TCCs, principalmente para o curso

O tema é muito demandado em termos conjunturais, tendo forte apoio nos acadêmicos do curso de engenharia ambiental.

Variação da prioridade da gestão ambiental quando da troca de dirigentes das entidades parceiras.

Incentivo a produção de artigos em Congressos por parte dos estudantes desde o início das atividades

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de Engenharia Ambiental, já foram orientados 3 TCCs, 2 artigos publicados em revistas e mais de 20 trabalhos apresentados em Congressos.

A gestão ambiental realiza contatos com os catadores, principalmente os que atuam em associações para a destinação dos materiais seletivos.

Os órgãos trabalhados possuem um resíduo muito rico, constituído de papel, no caso da UFRGS e do Senge e de PET e alumínio, no caso do Vila Ventura, o que permite ser um elemento atrativo para a parceria com os catadores.

O nível de consciência dos usuários das instituições ainda não nos dá um grau de 100% de qualidade na segregação dos resíduos.

Desenvolvimento de Programa de Educação Ambiental dos usuários e trabalhadores das instituições.

A implantação da Gestão Ambiental é monitorada através Ada avaliação do Índice de Risco Ambiental do local que está sendo analisado, permitindo o acompanhamento e análise do desempenho ambiental e sua melhoria.

Muitas ações são de fácil realização para a melhoria do desempenho ambiental.

A maioria das ações depende do nível de consciência ambiental dos envolvidos.

Criação de um Programa de Educação Ambiental em Resíduos Sólidos para dar mais consciência aos usuários das instituições envolvidas sejam as internas como as externas à UFRGS.

O Projeto de Gestão Ambiental desenvolvido atua principalmente na qualificação dos estudantes da UFRGS para um mercado forte de atuação, na implantação de gestores ambientais, também na geração de renda no setor de reciclagem, com os materiais recicláveis recuperados.

O mercado demanda profissionais com experiência na área de gestão ambiental. Com a crise de emprego a reciclagem tem sido historicamente a alternativa de renda para a população mais carente

O mercado de profissionais em gestão ambiental é muito influenciado pela crise econômica. A mão de obra na reciclagem é muito instável, principalmente pelas condições reais de trabalho.

Tentar colocar os estudantes em condições cada vez mais próximas da condição profissional, durante várias etapas de sua vida acadêmica. Desenvolver o contato entre a pesquisa e o mercado de reciclagem, tanto de materiais recicláveis, como compostáveis.

QUADRO 9: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA ASSESSORIA DE GESTÃO AMBIENTAL (AGA)

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3.9 RESPONSABILIDADE SOCIAL (PATRIMÔNIO CULTURAL)

Responsável: SETOR DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO / SUINFRA

O Setor de Patrimônio Histórico coordena o “Projeto Resgate do Patrimônio

Histórico e Cultural da UFRGS” que tem como objetivo a restauração dos prédios

históricos da Universidade e a sua adaptação à acessibilidade universal. O SPH

também desenvolve ações educativas para sensibilização das comunidades interna e

externa à Universidade quanto à importância da preservação dos prédios históricos,

além de fomentar discussões vinculadas à área do patrimônio cultural em geral.

As ações do SPH estão contempladas no PDI 2011-2015 da UFRGS, no

Capítulo VI – Responsabilidade Social, que considera a preservação, a conservação

e a manutenção do patrimônio histórico da UFRGS, atividades de relevo e de

responsabilidade para com a comunidade gaúcha, bem como para com sua própria

história. Prossegue afirmando que para tanto, além de preservar seu acervo

arquitetônico, é dever da Universidade implantar projetos que viabilizem a condução

desse processo, oferecendo ações que ampliem a consciência de sua comunidade

acerca da importância do resgate e preservação do seu patrimônio. Mais adiante inclui

outra preocupação do SPH que é a adaptação dos prédios à acessibilidade universal.

O acervo edificado citado acima é composto por duas gerações históricas e

artísticas de edificações dos séculos XIX e XX. O primeiro grupo reúne 12 edifícios

construídos entre 1898 e 1928 (Prédio Centenário da Escola de Engenharia,

Faculdade de Agronomia, Antigo Prédio do Instituto de Química, Antigo Prédio da

Faculdade de Medicina, Faculdade de Direito, Observatório Astronômico, Château,

Castelinho, Instituto Parobé, Instituto Eletrotécnico, Rádio da Universidade, Museu da

UFRGS).

A Capela de São Pedro, embora não faça parte da Primeira Geração de Prédios

Históricos da UFRGS, por ter características arquitetônicas diferentes dessas

edificações, é contemporânea a elas e foi incorporada ao patrimônio da Universidade

em 1960.

O segundo grupo compreende 15 edifícios construídos entre 1951 e 1964

(Reitoria, Anexo 1 da Reitoria, Salão de Atos, Sala Redenção e Sala Qorpo Santo,

Instituto de Artes, Escola de Engenharia, Faculdade de Arquitetura, Faculdade de

Biblioteconomia e Comunicação, Faculdade de Economia, Faculdade de Educação,

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91

Faculdade de Farmácia, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Psicologia,

Planetário e Centro Natatório da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança).

O processo de restauro dos prédios históricos é constituído pelas seguintes

etapas: Gestão Documental, Projetos de Intervenção, Captação de Recursos (via Lei

nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, conhecida também como Lei Rouanet),

Execução de Obras, ações de Educação Patrimonial e de Comunicação.

Nome da Ação: Gestão Documental

Resumo e objetivos: O SPH realiza pesquisas históricas e iconográficas,

visando a realização dos trabalhos de recuperação e restauro dos prédios históricos.

Para tanto, pesquisa dados e informações relativos à memória, à identidade e à

história do fazer da UFRGS, objetivando a identificação e a sustentação de técnicas,

de materiais e de usos nas intervenções. Complementarmente, mantém e gerencia

um acervo de documentos (físico e digital) formado por imagens, projetos e

bibliografias de referência, referente à história e evolução dos prédios e da própria

instituição. O setor reúne ainda a documentação da obra contemporânea,

preocupando-se em registrar as intervenções e os critérios técnicos adotados.

Desempenho em 2016: Analisamos, diagnosticamos e catalogamos 1.781

documentos, incluindo exemplares da biblioteca do setor, imagens e documentos do

acervo físico. Além disso, desenvolvemos procedimentos visando à sistematização da

catalogação do acervo, agilizando o processo e proporcionando maior e mais fácil

acesso às informações.

Coordenador e equipe envolvida: Renata Manara Tonioli, Diego Speggiorin

Devincenzi, Sonia Maria Piccinini e bolsistas

Data e local: Ação permanente do SPH

Comunidade atingida: Comunidade interna e externa à Universidade

Nome da Ação: Projetos de Intervenção

Resumo e objetivos: O SPH elabora os projetos de intervenção no patrimônio

edificado da UFRGS e seus espaços abertos adjacentes, que envolvem ações de

readequação, revitalização, restauro e/ou manutenção, incluindo soluções para

adequação dos espaços às condições de acessibilidade universal e segurança dos

usuários. A etapa inicial do processo de projeto de intervenção em um bem edificado,

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92

que constitui os levantamentos histórico, dimensional e de estado de conservação –

patologias –, também é realizada pela equipe do SPH, bem como o desenvolvimento

e/ou fiscalização dos projetos executivos arquitetônicos e complementares,

juntamente com os memoriais descritivos e planilhas orçamentárias necessários à

execução das obras. Além disso, o SPH presta consultorias internas no que se refere

a ações nas edificações e demais áreas consideradas patrimônio cultural da

Universidade e é responsável pela tramitação das aprovações dos projetos do

patrimônio histórico junto aos órgãos públicos.

Desempenho em 2016: Referente à elaboração de levantamentos, projetos

arquitetônicos, projetos complementares, memoriais descritivos e planilhas

orçamentárias, foi executada uma área que totaliza quase 11.000m2,

compreendendo, entre outros, o levantamento dimensional das esquadrias no prédio

do Instituto Eletrotécnico, o levantamento patológico do prédio da Faculdade de

Direito, o projeto de prevenção contra incêndios do prédio do Observatório

Astronômico, o projeto executivo completo para adaptação à acessibilidade do prédio

da Rádio da Universidade e os memoriais descritivos e planilhas orçamentárias para

as intervenções no Museu da UFRGS e na Capela da Estação Agronômica. Além

disso, foram desenvolvidos nove estudos para intervenções pontuais, e emitidos 33

pareceres de consultorias internas.

Coordenador e equipe envolvida: Renata Manara Tonioli, Igara Miranda

Paquola e bolsistas

Data e local: Ação permanente do SPH

Comunidade atingida: Comunidade interna e externa à Universidade

Nome da Ação: Captação de Recursos

Resumo e objetivos: Uma das maiores fontes de recursos do Projeto Resgate

do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS é a Lei Federal de Incentivo à Cultura

(Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), conhecida também como Lei Rouanet, que

possibilita às empresas e aos cidadãos aplicarem uma parte do Imposto de Renda

devido em ações culturais. O SPH realiza campanhas anuais para captação de

recursos destinados à restauração e à conservação dos prédios históricos da

Universidade.

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93

Desempenho em 2016: Arrecadamos os recursos necessários para o restauro

e a adaptação à acessibilidade universal da Capela de São Pedro, que é o prédio mais

antigo do conjunto edificado da Universidade. Acreditávamos que começaríamos a

campanha de captação de recursos para o projeto da acessibilidade da Rádio da

Universidade, que encaminhamos para o MinC, no início de 2016, mas devido às

alterações envolvendo o Ministério da Cultura, nossa proposta ainda não foi aprovada.

Coordenador e equipe envolvida: Dóris Maria Demingos Oliveira, Diego

Speggiorin Devincenzi e bolsistas

Data e local: Ação permanente do SPH

Comunidade atingida: Comunidade interna e externa à Universidade

Nome da Ação: Execução de Obras

Resumo e objetivos: O SPH fiscaliza a execução das obras de restauração

dos prédios históricos e de seu entorno, nos diversos campi da UFRGS. Muitos dos

elementos utilizados para embasar as decisões de projetos somente são identificados

durante o desenvolvimento dos trabalhos de restauração, dado que os prédios

permanecem em uso até o seu início, o que impede a realização de sondagens mais

aprofundadas. Por esse motivo, durante o processo de execução das obras

planejadas, os diversos projetos necessitam ser constantemente reavaliados e

adaptados. A área de obras do SPH promove essa reavaliação, aproximando a obra

da área de projetos, na busca das melhores soluções para os impasses surgidos.

Também atua, por consulta, em apoio a outros setores da UFRGS, principalmente às

Prefeituras, buscando qualificar os processos de manutenção dos prédios históricos,

e no treinamento para funcionários terceirizados da área de limpeza e manutenção

dos prédios históricos.

Desempenho em 2016: A área de obras teve seu foco dirigido à restauração

do Antigo Prédio do Instituto de Química, obra iniciada em agosto de 2015 e que está

com aproximadamente 52% do contrato executado, tendo recuperado o atraso inicial,

motivado pelo repasse descontínuo de recursos do Governo ocorrido no final de 2015,

estando hoje com um mês à frente do cronograma da obra.

Coordenador e equipe envolvida: Luiz Francisco Perrone, Paulo Osvandre

Maas (funcionário FAURGS) e bolsistas

Data e local: Ação permanente do SPH

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Comunidade atingida: Comunidade interna e externa à Universidade

Nome da Ação: Educação Patrimonial

Resumo e objetivo: O SPH desenvolve ações educativas para sensibilização

das comunidades interna e externa à Universidade quanto à importância da

preservação, da conservação e da manutenção de seus prédios históricos, bem como

para o fomento de discussões vinculadas à área do patrimônio cultural em geral.

Desempenho em 2016: Realizamos as seguintes ações: Ciclo de Palestras

sobre Técnicas de Investigação e Intervenção em Prédios Históricos, IV Seminário

Comemorativo ao Dia do Patrimônio Histórico, Colóquio Os Desafios Enfrentados na

Restauração de Prédios Históricos (em duas edições), Treinamento para Funcionários

Terceirizados das Áreas de Limpeza e Manutenção dos Prédios Históricos da UFRGS

(em duas edições). Realizamos, também, três Caminhadas Orientadas, seis Visitas

Guiadas Teatralizadas e lançamos o livro Château, pioneiro da série “Preservação do

Patrimônio Edificado da UFRGS”.

Coordenador e equipe envolvida: Diego Speggiorin Devincenzi e bolsistas

Data e local: Ação permanente do SPH

Comunidade atingida: Comunidade interna e externa à Universidade

Nome da Ação: Comunicação

Resumo e objetivos: O SPH realiza campanhas para a captação de recursos

para o restauro dos prédios históricos, bem como para a divulgação do andamento

das obras de restauração, da entrega de prédios e das ações de Educação Patrimonial

que realiza. Nossos canais de comunicação são: o programa Momento do Patrimônio

(veiculado, semanalmente, na Rádio da Universidade), o informativo eletrônico

Patrimônio Cultural em Foco, um canal no Youtube (com vídeos do programa

Momento do Patrimônio e do SPH na TV UFRGS) e uma página no Facebook. Temos,

também, uma página no Flickr, na qual são publicadas fotos dos prédios históricos da

UFRGS e das ações promovidas pelo SPH, todas disponíveis para download.

Desempenho em 2016: Veiculamos 40 edições do programa Momento do

Patrimônio, publicamos quatro edições do informativo eletrônico Patrimônio Cultural

em Foco (que foram enviadas ao nosso mailing, o qual inclui 5.421 membros), fizemos

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171 postagens na página do SPH no Facebook. E atualmente temos 1.372 fotos

disponíveis no Flickr.

Coordenador e equipe envolvida: Maria Augusta Carvalho Teixeira, Diego

Speggiorin Devincenzi e bolsistas

Data e local: Ação permanente do SPH

Comunidade atingida: Comunidade interna e externa à Universidade

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DO SETOR DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO/SUINFRA

Itens/

Aspectos/ Quesitos

Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de

melhorias

Gestão Documental O emprego de bolsistas da área de

biblioteconomia e/ou arquivologia alia

tecnologia à experiência da equipe

permanente, o que possibilitou o

aprimoramento do sistema de

catalogação nesse ano.

Oscilações de produtividade,

vinculadas ao reduzido corpo técnico

que atua primordialmente em outras

funções no setor; e carência de

espaço para armazenamento do

acervo, que possui crescimento

constante.

Estabelecer carga horária semanal fixa para

as atividades vinculadas à gestão

documental; e aprimorar os critérios de

armazenamento do acervo, visando reduzir o

acúmulo de documentos irrelevantes.

Projetos de Intervenção A multidisciplinaridade da equipe

permite maior agilidade dos serviços

com mais qualidade dos resultados,

como o exemplo do projeto executivo

completo de adaptação à acessibilidade

da Rádio da Universidade, encaminhado

ao MinC nesse ano visando captação de

recursos via Lei Rouanet, desenvolvido

internamente.

O sistema de contratações de obras

públicas é bastante limitador para as

intervenções em patrimônio histórico,

que necessitam de ações específicas

e fora do padrão atual construtivo e

disponível no mercado, gerando

maior tempo de dedicação e às vezes

retrabalho de projeto.

Aprimorar o planejamento e discussão de

encaminhamentos, procedimentos e metas,

bem como analisar os acertos e erros para

correção nos próximos casos.

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Captação de Recursos A campanha para arrecadação de

recursos para o restauro da Capela de

São Pedro encerrou com sucesso.

Encaminhamos para o MinC o

projeto da acessibilidade da Rádio

da Universidade, mas devido às

alterações no Ministério, a proposta

ainda não foi aprovada. Em função

disso, não conseguimos começar a

captação.

Tão logo seja aprovada a captação do

projeto da acessibilidade da Rádio,

iniciaremos uma campanha para

arrecadação de recursos junto à comunidade

universitária.

Execução de Obras A qualidade dos projetos e o elevado

grau de detalhamento atingido tem

possibilitado realizar obras com um

número menor de paradas para

reavaliação das ações a serem

desenvolvidas, tornando viável seguir

os cronogramas planejados.

Como a continuidade da execução

das obras depende da

disponibilidade de recursos, este

vem sendo o maior problema

enfrentado.

A constante necessidade de

reavaliação dos diversos projetos,

característica das obras de

restauração, é dificultada pela atual

forma de execução de projetos

complementares, que são

contratados junto a profissionais não

pertencentes ao quadro da UFRGS.

A integração com a área de Projetos é a

principal ação a ser continuamente

desenvolvida, pois ela possibilita uma

resposta rápida aos desafios que surgem

constantemente nas obras realizadas em

edifícios antigos.

Educação Patrimonial Destaque para a realização da 4ª

edição do Seminário Comemorativo ao

Dia do Patrimônio Histórico, para a

criação de dois novos eventos: Ciclo de

Palestras sobre Técnicas de

Em relação aos eventos,

destacamos duas fragilidades:

espaços disponíveis para a

realização das atividades, devido a

alta demanda dentro da

Buscar um espaço físico permanente para a

realização dos eventos. E aquisição dos

equipamentos, para evitar a dependência de

empréstimo desses materiais por outras

unidades.

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Investigação e Intervenção em Prédios

Históricos e Colóquio Os Desafios

Enfrentados na Restauração de Prédios

Históricos (em duas edições) e para o

lançamento do primeiro livro da série

“Preservação do Patrimônio Edificado

da UFRGS”.

Universidade. E recursos

eletrônicos, em especial caixas de

som, microfones e pedestal.

Comunicação Destaque para a série de quatro

programas com o historiador Sérgio da

Costa Franco, no programa Momento

do Patrimônio. E para os dois

programas especiais em homenagem

aos 120 anos da Escola de Engenharia

com três dos seus diretores: José

Carlos Ferraz Hennemann, Renato

Machado de Brito e Luiz Carlos Pinto da

Silva Filho.

Não ocorreram. Procuraremos manter a qualidade dos

serviços.

QUADRO 10: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO SETOR DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO/SUINFRA

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3.10 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO (MEMÓRIA CULTURAL)

Responsável: MUSEU (PROREXT)

Memória Cultural - Museu da Universidade (PROREXT)

A Extensão, como parte essencial da finalidade e missão da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul, diretamente vinculada ao compromisso e responsabilidade social

da instituição, baseada na abrangência e diversidade das suas ações se apresenta com

um viés naturalmente voltado para a relação Universidade/Sociedade.

Assim como o anterior, o Plano de Desenvolvimento Institucional, incorpora a

expansão e a inclusão como compromissos da Universidade e, no exercício da extensão,

o trabalho é guiado pela responsabilidade social com os participantes e grupos

envolvidos, num movimento dialógico entre o aspecto social e a construção do

conhecimento.

A extensão realizada na UFRGS, além das normativas locais, atua em

consonância com as diretrizes da extensão universitária brasileira, definidas pelo Fórum

de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras

– FORPROEX: a) interação dialógica; b) interdisciplinaridade e inter profissionalidade; c)

indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão; d) impacto na formação do estudante; e)

impacto e transformação social.

Com essas premissas incorporadas em seu fazer cotidiano nos departamentos e

setores, em especial o Museu da UFRGS, a Pró-Reitoria de Extensão estabelece

relações sociais e culturais com diversos segmentos da sociedade, realizando um

importante aspecto da sua tarefa de formação, uma vez que suas atividades enquanto

envolvem a atenção aos grupos marginalizados, o diálogo com as comunidades, o

respeito aos saberes e à preservação de memórias e patrimônios culturais,

proporcionam, ao mesmo tempo, o fortalecimento destes grupos/comunidades e

apontam novas demandas e discussões na formação de discentes e nos próprios

currículos.

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Museu da UFRGS

O Museu da UFRGS - Órgão suplementar da Universidade vinculado à Pró-

Reitoria de Extensão - busca potencializar a interação da sociedade com a história da

instituição e com sua produção técnica, científica e cultural. Além disso, devido à vocação

educativa, privilegia ações com grupos escolares, apoiando educadores e grupos na

visitação aos espaços do Museu, promovendo ações educativas e de formação

continuada de professores, desenvolvendo e disponibilizando recursos didático-

pedagógicos em sua maioria, trazendo temas que os materiais didáticos correntes não

apresentam.

O Museu da UFRGS compreende seu compromisso social abrangendo vários

aspectos. Entre eles, prioriza o trabalho com a memória de forma bastante ampla. Isso

inclui o acolhimento e o respeito à diversidade de saberes, culturas e práticas como tarefa

diária necessária à construção da possibilidade de participação das pessoas na

sociedade em condições de igualdade e sem discriminação. Dessa forma, o

conhecimento produzido ou tematizado pela Universidade é visto como patrimônio

científico-cultural, portanto passível de cuidado, preservação e democratização de seu

acesso. As vivências individuais e coletivas na Instituição também constituem as ações

de promoção e preservação da Memória da UFRGS e de seu processo histórico.

Em relação à Memória e à História da Universidade, o Museu da UFRGS

permanece desempenhando o papel de Coordenador da Rede de Museus e Acervos

Museológicos da UFRGS (REMAM), hoje com mais de vinte e cinco espaços de memória,

que pesquisam, conservam e divulgam conhecimentos produzidos nas diferentes

Unidades Acadêmicas e Setores da UFRGS. Além da articulação entre esses segmentos,

destaca-se o projeto Seminário Grandes Mestres dos Mestres da UFRGS, que pretende

dar visibilidade às trajetórias – vida e obra – de professores pioneiros na introdução de

cursos e estudos nesta Instituição. Através do percurso de seus grandes mestres, o

Seminário descortina memórias vividas no processo de construção da Universidade,

trazendo lições de pioneirismo científico e institucional, história das ciências, artes e

técnicas na UFRGS.

Assumindo o respeito à diferença como um dos eixos norteadores da realização

de seu trabalho, o Museu da UFRGS busca encontrar as soluções adequadas para

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desenvolver, de forma cooperativa com diferentes comunidades e setores da

Universidade, ações que priorizem as relações interculturais e possibilitem a troca de

saberes acadêmicos e empíricos. Dessa forma, o Museu acredita contribuir para a efetiva

consecução de uma política de ações afirmativas e de formação continuada,

proporcionando a construção e apropriação de memórias e patrimônios culturais que

incluam essas diferenças e visibilizem o que foi constantemente apagado da história.

Nesse sentido, em 2016, o Museu manteve a parceria com o coletivo Mbyá

Guarani, sendo uma das atividades resultantes desta parceria a IV Semana com a Cultura

Guarani Mbyá. Fortaleceu os laços naturais com o Departamento de Educação e

Desenvolvimento Social (DEDS), apoiando atividades, tais como encontros, lançamentos

de livros e com a Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas

na recepção aos calouros indígenas, entre outras ações que reuniram grupos étnico-

culturais atendidos pela CAF. Na perspectiva de identificar, divulgar e preservar

identidades culturais, sediou o II Seminário de Hip Hop na UFRGS, apoiou o encontro de

estudantes angolanos por ocasião dos 41 anos da independência de Angola.

Foi parceiro no oferecimento da primeira turma da disciplina “Encontros de

Saberes”, oferecida pelo Departamento de Música, mas constituída interdisciplinarmente

entre os departamentos de Música, Letras/Literatura, Educação, Antropologia,

Agronomia, Museologia, e com a incorporação, de maneira inédita nesta instituição, de

mestres de saberes (indígenas, músicos populares e griôs) como ministrantes de

disciplinas.

Ainda na perspectiva de preservar as memórias e democratizar o acesso a

patrimônios culturais iniciou em parceria com o Programa de Extensão: Observatório

Educativo Itinerante do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS, o

Encontro Astronomia nas Culturas, que reuniu na academia não só pesquisadores

astrofísicos e antropólogos da UFRGS, de diferentes estados brasileiros e de outros

países, como também griôs, mestres de saberes de cultura negra, indígenas Mbyá

Guarani e Kaingang, trocando saberes e cosmovisões entre si e com o público formado

por professores e alunos da Educação Básica, graduandos e pesquisadores da área.

Essa iniciativa terá desdobramentos, além de outras edições do encontro, a possível

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formação na UFRGS de um grupo de extensão e pesquisa nesta temática e a possível

participação na disciplina “Encontros de Saberes”.

Aliado a essas atividades, permanece trabalhando na preservação da memória e

da identidade da UFRGS e da cidade de Porto Alegre, incorporando novos olhares e

saberes por meio de exposições, produções gráficas, publicações nas redes sociais,

pesquisa no acervo foto documental, cursos/palestras/seminários e participação em

atividades gerais da UFRGS.

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103

QUADRO 11: RESUMO AUTOAVALIATIVO MUSEU UFRGS (PROREXT)

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO MUSEU (PROREXT)

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de

melhorias

Responsabilidade Social do

Museu da UFRGS - Educação

Vocação Educativa do Museu –

ações educativas e de formação

continuada.

Espaço físico insuficiente e, por

vezes, pouco adequado para a

realização das ações.

Ampliar a consolidação de parcerias.

Executar o projeto de ampliação do Museu,

acrescentando espaço específico para

ações educativas (projeto elaborado,

dependendo de recursos financeiros).

Responsabilidade Social do

Museu da UFRGS – Diálogos

Interculturais

Acolhimento e respeito à

diversidade de saberes.

Acolhimento e respeito à diversidade

de saberes ainda não estão

incorporados pela totalidade da

Universidade.

Reforçar e ampliar as parcerias com outros

setores para ações que reafirmem os

diálogos interculturais como tarefa diária na

Universidade.

Responsabilidade Social do

Museu da UFRGS - Memória e

História da UFRGS

Desenvolvimento de ações de

ensino-extensão-pesquisa,

considerando o conhecimento e as

vivências produzidas pela/na

UFRGS como patrimônio científico-

cultural.

Envolver mais setores e públicos da

UFRGS nas três categorias (docentes,

técnico-administrativos e discentes).

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EIXO 3: POLÍTICAS ACADÊMICAS DIMENSÃO 2: A POLÍTICA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PÓS-GRADUAÇÃO E

A EXTENSÃO

2.1. ENSINO DE GRADUAÇÃO

Responsável: PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO (PROGRAD)

O Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI (2016-2026) definiu que “o

ambiente acadêmico institucional da UFRGS traz consigo o conceito de transversalidade

acadêmica” (p. 27) abrangendo ensino, pesquisa e extensão. Mantém-se o objetivo do

permanente esforço para alcançar a excelência por meio da busca de “inovações

curriculares que proporcionem flexibilidade na formação, inclusive com a oferta de

atividades de caráter interdisciplinar e a promoção de programas e projetos que integrem

alunos em todos os níveis e ambientes acadêmicos” (p. 27). Para atingir tais objetivos, o

PDI orienta a manter o foco na “garantia da qualidade de suas ações acadêmicas e

pedagógicas e, principalmente, estar em conformidade com as diretrizes e metas

orientadoras”. Entretanto, as diretrizes e metas “requerem a incorporação dos princípios

do respeito aos direitos humanos, a sustentabilidade socioambiental, a valorização da

diversidade e da inclusão e a valorização dos profissionais que atuam na educação” (p.

27).

A UFRGS oferece à comunidade 96 opções de cursos de Graduação (94

presenciais e 02 à distância)1 nas mais diversas áreas do conhecimento, nas

modalidades de licenciaturas e bacharelados. As formas de ingresso dos alunos na

Graduação ocorrem através de Concurso Vestibular, Sistema de Seleção Unificada

(SiSU), Processo Seletivo Unificado (PSU), Ingresso de Diplomado, Programa de

Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), Indígenas e Transferências Compulsórias.

Na UFRGS a Graduação é regida pela Resolução 11/2013 do CEPE, NORMAS BÁSICAS

DA GRADUAÇÃO, bem como sobre o controle e o registro de suas atividades

acadêmicas, disponível em

1 O total de 96 cursos foi obtido a partir do Edital do Vestibular 2016 e incluídos os Programas Especiais

de Graduação: Presenciais: a) Ciências Biológicas: Ênfases Biologia Marinha e Costeira, e Gestão Ambiental Marinha e Costeira; b) Curso Licenciatura em Educação do Campo – Campus Porto Alegre; c) Curso Licenciatura em Educação do Campo – Campus Litoral Norte; A distância: Pedagogia- PEAD e Bacharelado em Desenvolvimento Rural- PLAGEDER.

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https://plone.ufrgs.br/cepe/legislacao/resolucoes-normativas/resolucoes-

normativas

Em 2013 a Universidade aprovou, através de seu Conselho Universitário

(CONSUN), que o ingresso de estudantes na UFRGS poderá ser através do Sistema de

Seleção Unificada – SiSU, a partir de 2015, estabelecendo que esta forma de ingresso

abrangerá 30% do total das vagas ofertadas para cursos de graduação presencial. O

preenchimento das demais vagas no percentual de 70% permanece por meio do

Concurso Vestibular UFRGS. Caracteriza-se, assim, mais uma forma de democratização

do acesso à Universidade. Decisão do CONSUN N° 518/2013 disponível em

http://www.ufrgs.br/consun/legislacao/documentos/decisao-no-518-2013/

A Universidade busca articulação entre os diversos âmbitos de sua organização

acadêmico-administrativa, visando desenvolver processos pedagógicos de gestão dos

Cursos de Graduação de forma planejada e integrada, o que se constitui em um desafio

permanente.

A Pró-Reitoria de Graduação está estruturada da seguinte forma: Núcleo de

Processos Judiciais (NuPJGrad), ligado diretamente ao gabinete do Pró-Reitor;

Coordenadoria de Planejamento da Graduação (CoorGrad); Departamento de

Consultoria e Registros Discentes (DECORDI) e Departamento de Cursos e Políticas de

Graduação (DCPGrad). Há também duas coordenadorias de área dos cursos vinculadas

à PROGRAD: a Coordenadoria das Licenciaturas (CoorLicen) e Coordenadoria da Saúde

(CoorSaúde).

O Núcleo de Processos Judiciais é um setor da PROGRAD cuja necessidade de

criação se estabeleceu no momento em que houve um incremento de processos judiciais

na Universidade referentes a questões acadêmicas e de ingresso, sendo responsável por

recepcionar e responder as demandas encaminhadas pela Procuradoria da

Universidade.

Na Coordenadoria de Planejamento da Graduação (CoorGrad) estão situadas: a

Secretaria desta, responsável pela assessoria às Direções no que tange ao planejamento

e gerenciamento das ações acadêmico-administrativas da Pró-Reitoria; a Gerência

Administrativa, responsável pela aquisição e controle de materiais e equipamentos,

diárias e passagens, gerenciamento das folhas de pagamento de bolsas de monitoria, de

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106

bolsas PROMISAES2, acompanhamento financeiro de projetos de apoio à graduação,

análise de prestação de contas do Programa de Educação Tutorial (PET) e outros

pagamentos gerenciados pela PROGRAD; e a Gerência de Prédios, responsável pelo

acompanhamento do uso diário das instalações e manutenção dos equipamentos geridos

pela PROGRAD.

As Coordenadoria das Licenciaturas (COORLICEN) e a Coordenadoria da

Saúde (COORSAÚDE) estão vinculadas à Pró-Reitoria de Graduação e atuam de forma

colegiada. A COORLICEN tem como principal objetivo articular o Projeto Institucional da

Universidade no que se refere à formação de professores com os Projetos Pedagógicos

específicos dos 17 cursos de licenciatura da UFRGS. Já a COORSAÚDE é responsável

por coordenar ações referentes à formulação, à execução e à avaliação do Projeto

Político Institucional de Formação de Profissionais da Área da Saúde na UFRGS, base

para os Projetos Político-Pedagógicos específicos dos cursos. Além disso, articula cursos

da área da saúde com as áreas de ciências humanas, exatas, sociais e outras áreas que

formam profissionais com potencial para desenvolver ações junto ao Sistema Único de

Saúde.

O DECORDI e o DCPGrad são os segmentos que se envolvem com a toda a

Graduação, razão pela qual estão detalhadas as ações que desenvolvem.

O Departamento de Consultoria em Registros Discentes (DECORDI) tem como

principal objetivo gerenciar a vida acadêmica dos cerca de 30 mil alunos de Graduação

da UFRGS. Nessa direção, o DECORDI é responsável pelo Ingresso de todos os alunos

(Concurso Vestibular, Sistema de Seleção Unificada (SiSU), Processo Seletivo Unificado

(PSU), Ingresso de Diplomado, Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-

G), Ingresso de indígenas e Transferências Compulsórias, pela guarda da documentação

de todos os alunos e ex-alunos, pela emissão de diplomas e pelos sistemas de matrícula

e registros que a Universidade utiliza atualmente além de outras atividades de rotina. O

DECORDI possui quatro Divisões: Divisão de Emissão, Registro e Revalidação de

2 A bolsa destinada a alunos do Programa de Estudante Convênio da Graduação (PEC-G), intitulada Projeto

Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (PROMISAES), regularmente matriculados em cursos de graduação de instituições federais de Ensino Superior, serve como suporte financeiro a estes estudantes durante o curso.

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Diploma (DERD); Divisão de Documentação e Arquivo (DIDA), Divisão da Vida

Acadêmica (DIVA) e Divisão de Análise Socioeconômica (DIAS).

A DERD lida com a expedição de diplomas de graduação da UFRGS, além do

registro de Diplomas de Graduação de mais de 50 instituições de ensino superior e a

expedição de apostilas de revalidação de diplomas estrangeiros de graduação.

A DIDA é responsável pela guarda dos documentos referentes à graduação da

UFRGS. É realizada também a preparação, digitalização e indexação de documentos de

alunos e ex-alunos dos cursos de graduação da UFRGS. É nesta divisão que são

expedidos documentos acadêmicos não disponibilizados no Portal do Aluno e Conteúdos

Programáticos anteriores a 2010. Tem-se trabalhado também na informatização destes

últimos para estender a consulta eletrônica a períodos anteriores a 2010.

A DIVA realiza as análises de documentação acadêmica para os candidatos

classificados nos processos seletivos de Vestibular e SiSU e acompanha uma série de

processos relacionados à vida acadêmica dos alunos. A Divisão é responsável pelos

registros de afastamentos para realização de estudos, para complementar estudos. É

também pela DIVA que são feitos registros fora de prazo, matrícula de alunos visitantes,

desistência do curso, licenças (à exceção da licença saúde). A DIVA também é o principal

canal de consultoria às COMGRADs sobre registros discentes.

A DIAS é responsável pelo acompanhamento das análises socioeconômicas para

ingresso nos processos seletivos do Vestibular e SiSU.

O Departamento de Cursos e Políticas de Graduação (DCPGrad) tem como

principais objetivos: a) assessorar o planejamento e desenvolvimento dos processos

pedagógico-administrativos dos Cursos de Graduação existentes, bem como a

implementação dos novos Cursos ou aqueles que estão em processo de revisão dos

seus Projetos Pedagógicos; b) propor e acompanhar programas que visem qualificar os

processos pedagógicos e a formação acadêmico-profissional do estudante.

O Departamento atua em dois focos: um, nos cursos de graduação e o outro nos

programas e políticas de graduação. Operacionaliza suas atividades por meio de três

Divisões: Divisão de Cursos (DCGRAD), Divisão de Políticas (DPGRAD) e Divisão de

Estágios (DEMA).

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O DCGRAD desenvolve suas ações por meio de assessorias para promover

cursos de capacitação para apropriação de novos sistemas, processos e planejamento

da Graduação (Ex.: Módulo Turmas, Portal do Candidato, Oficinas de Planejamento da

Graduação, Planos de Ensino, Acompanhamento de estudantes, entre outros);

acompanhar os processos de criação de novos cursos; analisar a viabilidade técnica das

reestruturações propostas, do ponto de vista dos requisitos fundamentais para o

cumprimento do percurso curricular; revisar Planos de Ensino e atualização destes no

Sistema de Graduação; implementar currículos dos novos cursos e das alterações

curriculares propostas pelos cursos existentes; esclarecer dúvidas em relação aos

aspectos específicos da legislação de ensino de graduação; atualizar continuamente

informações referentes aos Atos Legais dos Cursos de Graduação.

Realiza, ainda, serviços pontuais, especialmente no registro e controle do espaço

físico compartilhado por diversas Unidades Acadêmicas nos prédios gerenciados pela

PROGRAD. Ainda, disponibiliza as salas não ocupadas pela graduação para atividades

diversas – aulas de pós-graduação, atividades extraclasse, eventos organizados pela

comunidade acadêmica da UFRGS, atividades de extensão, dentre outros. Há também

o acompanhamento do oferecimento de Turmas em cada semestre letivo da graduação

via Sistema “Módulo Turma”, implementado no primeiro semestre de 2015.

A DPGRAD tem como objetivo a sistematização, o planejamento e o

acompanhamento da execução dos Programas Acadêmicos que visam a melhoria da

Graduação, bem como o fomento de novos Programas e a manutenção dos já existentes,

em consonância com a política de ensino da UFRGS prevista no PDI, 2016-2026. Como,

por exemplo, Programa de Apoio a Graduação, Programa de Monitorias Acadêmicas,

Programa de Educação Tutorial (PET) /SESu-MEC; Programa de Mobilidade Acadêmica

Nacional ANDIFES, além das mobilidades específicas dos Internatos do curso de

Medicina, bem como fornece apoio à Coordenação Institucional do Programa de

Estudantes Convênio da Graduação (PEC-G).

No que tange à gestão do Programa de Monitorias Acadêmicas, A Divisão atua

juntamente com a Secretaria de Educação à Distância (SEAD). Tal Programa se constitui

como um espaço de aprendizagem que qualifica a formação dos estudantes na

graduação. Já o Programa de Apoio à Graduação da UFRGS (PAG), regulamentado pela

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Portaria 799, de 05 de fevereiro de 2014 – Gabinete do Reitor, se estrutura em duas

vertentes: a) formação discente, no qual são previstas as ações de Monitor de

COMGRAD, Inovações Pedagógicas, Reforço Acadêmico e Atendimento

Psicopedagógico do discente, com a finalidade de minimizar e sanar as dificuldades no

processo de aprendizagem; e, b) formação docente, que prevê ações de capacitação

docente para qualificação do ensino na graduação, via o Programa de Atividades de

Aperfeiçoamento Pedagógico (PAAP).

A DEMA é responsável pelo registro dos estágios não-obrigatórios no Sistema de

Estágios da UFRGS, assinaturas dos Termos de Compromisso e acompanhamento dos

Convênios de estágios realizados com as instituições. Também atua na assessoria da

gestão do Sistema de Estágios da UFRGS (SEU) junto às Comissões de Graduação.

Para o planejamento, desenvolvimento e efetivação de políticas e ações

institucionais, ou seja, para a gestão da Graduação, o constante aprimoramento dos

aspectos didático-pedagógico-administrativos se dá no trabalho das Comissões de

Graduação dos Cursos - COMGRADs articulado com a Pró-Reitoria de Graduação. Tal

articulação precisa, em primeiro lugar, acontecer internamente. Por isso, desde o

segundo semestre de 2015 houve intensificação na integração dos procedimentos entre

DCPGRAD e DECORDI. Uma das primeiras realizações conjuntas foram as Oficinas de

Planejamento da Graduação em novembro de 2015, voltadas para os servidores para

preparar o semestre letivo de 2016/1, 2016/2, 2017/1 com os temas tais como: previsão

de vagas entre COMGRADs e Departamentos; Planos de Ensino, Acompanhamento de

estudantes, sistema de estágios da UFRGS, Matrícula WEB; Portal do Candidato,

Matrícula Fora de Prazo e Diplomação, dentre outros. A avaliação dos participantes e

das equipes do DECORDI e DCPGrad, durante e após os eventos, evidenciou que os

objetivos propostos foram atingidos e há extrema necessidade de continuidade das

oficinas de capacitação e de integração entre as ações.

A integração interna tem como meta a melhoria do cotidiano guiada por dois eixos

- planejamento e comunicação - e focaliza em ações como: compartilhamento das

informações sobre fluxos e processos para que, no mínimo, dois servidores saibam

realizar as mesmas tarefas; conhecimento dos procedimentos e encaminhamentos para

evitar retrabalho; implementação de melhorias a partir das sugestões dos próprios

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servidores para fluidez das ações; reuniões de trabalho semanais/quinzenais para

organização das ações previstas no calendário acadêmico que, em determinados

períodos, intensificam o cotidiano dos diferentes serviços, entre outras.

Com vistas a dar continuidade à qualificação da Graduação destacam-se algumas

potencialidades e fragilidades identificadas, bem como ações e estratégias na busca de

melhorias que estão sendo implementadas pelo Departamento de Cursos e Políticas da

Graduação (DCPGrad) e pelo Departamento de Consultoria e Registros Discentes

(DECORDI).

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADÊMICAS DE GRADUAÇÃO

Aspectos

Fragilidades

Potencialidades

Ações e estratégias na busca de melhorias

Projetos Pedagógicos dos Cursos - PPC

- Dificuldade na articulação entre as Diretrizes Curriculares Nacionais, as mudanças contemporâneas da realidade do Ensino Superior (Ações Afirmativas) e a necessária Atualização dos Projetos Pedagógicos dos Cursos – PPC para refletir essas novas demandas.

- Disponibilidade dos coordenadores de curso e Técnicos na promoção de Fóruns e Grupos de Trabalho para encontrar soluções para as fragilidades apresentadas - Existência de espaços para formação continuada docente no Ensino Superior.

- Continuidade da promoção de Fóruns de COMGRAD, incluindo a PROGRAD, com periodicidade mensal para afinar processos técnico- pedagógicos, diminuindo as fragilidades apontadas - Criação do Fórum de Departamentos para afinar processos específicos relativos à essa instancia. - Manutenção e otimização do Serviço de Assessoramento aos cursos para revisão dos Projetos Pedagógicos dos Cursos – PPC – oferecendo capacitações aos cursos sobre o tema a fim de atingir um maior número de interessados

Atividades de Ensino na graduação e seu registro nos Planos de Ensino

- Dificuldades na atualização dos registros nos Planos de Ensino e por vezes pouco conhecimento técnico-pedagógico dos docentes na organização do processo de ensino para desenvolver os conhecimentos e habilidades necessárias à formação profissional a serem trabalhadas nas Atividades de Ensino específicas no decorrer de cada etapa da formação discente. - Necessidade de clareza dos critérios de avaliação e recuperação de conhecimentos das diferentes áreas.

- Maior clareza da interação dos conhecimentos e competências trabalhados nas diferentes Atividades de Ensino que compõe a formação profissional para alcançar o Perfil do Egresso almejado no Projeto Pedagógico do Curso.

- Continuidade da implementação da Resolução 11/2013 – Normas Básicas da Graduação, subsidiando a revisão dos Planos de Ensino e diminuído as fragilidades apontadas. - Continuidade do oferecimento de capacitações e oficinas, ampliando-as para incluir também oficinas específicas de enfoque prático e ofertadas para grupos pequenos por área de conhecimento, orientando sobre a importância e as possíveis formas de elaboração de Planos de Ensino para atingir os objetivos para o qual se destinam. - Acompanhamento dos Planos de Ensino existentes para assessorar na atualização e atendimento as legislações vigentes.

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- Ampliação de Atividades de Ensino Interdisciplinares como uma estratégia para concretizar o principal objetivo do PDI – transversalidade acadêmica, inter-relacionando diferentes áreas de conhecimento para qualificar a formação acadêmica.

Metodologias de Ensino-Aprendizagem e Avaliação

- Necessidade de metodologias voltadas à ressignificação de aprendizagens, especialmente nas Atividades de Ensino de Graduação com alto índice de reprovação. - Necessidade de ampliar o uso das ferramentas digitais na Graduação. - Pouca Articulação entre COMGRADS e PROGRAD.

-Existência e disponibilidade da Escola de Desenvolvimento de Servidores –EDUFRGS/PROGES, para Institucionalizar as ações do Programa de Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico – PAAP – e de Capacitações para os servidores docentes e técnicos. Parceria PROGRAD-SEAD para melhor divulgação das plataformas virtuais disponíveis para uso nos cursos de Graduação

- Articulação entre os eixos de apoio à formação acadêmica discente e a formação docente no ensino superior e dos técnicos administrativos para fortalecer o ensino da graduação. Em especial no Programa de Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico – PAAP – e do Programa de Capacitações da PROGESP, que está organizado com opções flexíveis de temas de formação, contemplando diferentes necessidades de formação dos professores e técnicos ingressantes. - Planejamento e oferta de seminário de Formação Docente Universitária para todos os professores da UFRGS. - Intensificação do uso de ferramentas digitais para qualificar o ensino e a aprendizagem na Graduação. - Continuidade de ações de capacitação técnico-pedagógicas com servidores docentes e técnicos que atuam nas COMGRADs para diminuir a retenção e a evasão, colaborando para a elevação do índice de sucesso acadêmico, apoiando a permanência discente na Universidade

Gestão e Planejamento da Graduação

- Necessidade de maior integração entre PROGRAD, COMGRADs e Departamentos nas ações referentes aos cursos de Graduação.

- Encontros/capacitações que permitam a troca de experiências entre os diferentes órgãos envolvidos na Graduação no que diz respeito a

- Fortalecimento das ações de integração entre PROGRAD, COMGRADs e Departamentos para qualificação dos

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- Pouca clareza e publicidade do fluxo das ações e processos da Graduação, além da pulverização das informações disponíveis. - Necessidade de ampliação da infraestrutura (tanto nas Unidades quanto internamente nos ambientes físicos de trabalho do DCPGRAD) e recursos humanos adequados para a realização das atividades de acompanhamento técnico-pedagógico aos cursos de graduação.

questões técnico-pedagógicas referentes aos Planos de Ensino, às Alterações Curriculares e Projetos Pedagógicos dos Cursos. - Promoção de assessoramento técnico-pedagógico às COMGRADs e NDEs para que adequações de seus currículos e projetos pedagógicos à legislação e às Diretrizes Curriculares Nacionais.

fluxos e processos pertinentes a Graduação. - Continuidade do mapeamento, definição conceitual e informatização de questões afetas aos currículos da graduação como, por exemplo, atividades de saída de campo, estágios, etc., iniciado em 2016 entre DCPGRAD/ PROGRAD e Escritório de Processos. - Continuidade da articulação entre PROGRAD e Câmara de Graduação a fim de definir os termos da legislação da graduação em consonância com a legislação federal, definição de fluxos e informatização dos processos implicados. - Continuidade das Oficinas de planejamento da Graduação, iniciadas em 2015/2 com objetivo de qualificar servidores, docentes e técnicos, que atuam em COMGRADs e Departamentos a fim de sistematizar e otimizar o fluxo dos procedimentos envolvidos na Graduação. - Sistema Módulo Turmas: mapeamento do fluxo de ações do sistema de oferecimento de turma a fim de otimizar seus recursos e simplificar sua utilização. - KIT GRADUAÇÃO: ampliação do escopo de trabalho do KIT COMGRAD para incluir, além mapeamento dos fluxos e ações realizadas pelas COMGRADs, as que são de competência dos Departamentos no que tange à Graduação. A ação objetiva registrar o trabalho desenvolvido e subsidiar os novos servidores, docentes e técnicos com informações sobre fluxos e do passo a passo da realização de suas atividades.

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- Continuidade do Grupo de Trabalho para atualização e implementação das legislações na Graduação

Estágios - Falta de legislação interna da Universidade para regrar os estágios obrigatórios e a UFRGS como campo de estágio para alunos de outras IES. - Número reduzido de servidores e necessidade de ampliação do espaço físico para o atendimento aos discentes, COMGRADs e empresas. - Dificuldade em ações de planejamento e aprimoramento dos fluxos e rotinas em razão do reduzido número de servidores no setor.

- Elaboração de um banco de dados dos estágios, obrigatórios e não obrigatórios, realizados pelos alunos de graduação. - Elaboração de normativa para os estágios obrigatórios para que se adequem às legislações vigentes e que se permita o efetivo acompanhamento institucional. - Planejamento das ações desenvolvidas pelo setor de estágio a fim de organizar e otimizar os recursos disponíveis.

- Organização e realocação de recursos humanos para suprir a demanda de trabalho das Divisões. - Reorganização interna da metodologia de trabalho das equipes visando maior eficiência e produtividade. - Assessoria e acompanhamento dos Núcleos Docentes Estruturantes - NDE, para atuar no processo de concepção, consolidação e contínua atualização do Projeto Pedagógico do Curso – PPC –Res. CEPE 22/2012.

Mobilidade ANDIFES Nacional

- Escassas oportunidades de intercâmbio nacional com bolsas acadêmicas.

- Interesse dos estudantes na qualificação da formação profissional e pessoal.

- Criação de um sistema on-line de gestão da Mobilidade Acadêmica Nacional.

Programas de Apoio à Graduação (Monitorias, PAG, PEC – G e PET)

- Necessidade de ampliação de recursos financeiros para manutenção e ampliação do número de bolsas de apoio à graduação, monitorias acadêmicas e para acompanhamento dos alunos PEC-G. - Necessidade de ampliação de infraestrutura e recursos humanos adequados para o acompanhamento discente que, atualmente realiza algumas ações em conjunto com o Núcleo de Apoio ao Estudante.

- Realização de capacitações para servidores, docentes e técnicos, e monitores promovendo o intercâmbio de boas práticas realizadas pelos atores envolvidos.

- Ampliação das capacitações para servidores, docentes e técnicos, e monitores sobre as ações dos diferentes programas de apoio à graduação a fim de aperfeiçoar e potencializar suas ações. - Criação e institucionalização Projeto de Institucionalização do Acompanhamento Estudantil (AcompanhE) com disponibilização de servidores.

Atendimento ao público - DECORDI

-O atendimento ao público é feito, na maior parte dos casos, por bolsistas.

- Tem enorme alcance junto ao corpo discente. - Canal de comunicação com o aluno.

- A partir de outubro de 2016 foram implementadas algumas mudanças organizacionais com vistas à qualificação do atendimento ao aluno:

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- Há muita rotatividade de bolsistas, que ficam alguns meses e são substituídos. - Muitas vezes verifica-se que falta conhecimento técnico dos processos da Graduação que envolvem o aluno. - Falta de padronização e qualificação no atendimento ao aluno.

- Potente fortalecedor da uniformização dos procedimentos de consulta e aquisição de documentação e históricos junto aos alunos.

- Ações de capacitação para bolsistas abordando temas relacionados às suas rotinas de trabalho; - Reformulação do processo de seleção de bolsistas: a publicação e descrição de vagas para atuar como bolsista passou a ficar a cargo de duas servidoras, que fazem a seleção de currículos e entrevistas para seleção focada na vaga disponível. - Reuniões de equipe para alinhar procedimentos.

Custódia de Documentação dos alunos

Inexistência de uma política de gestão documental para a melhoria da preservação, consulta e arquivamento.

- Possui acervo rico de documentos para a pesquisa e preservação da história dos registros discentes.

- Continuidade e aprimoramento do Grupo de Trabalho (GT) estruturado para o gerenciamento e disponibilização do acervo.

Registro de Diplomas de outras Instituições Ensino Superior

- Alguns diplomas destas universidades chegam à UFRGS com erros de preenchimento, falta e/ou equívoco de informações e em desacordo com a legislação.

- Prestação de um serviço de responsabilidade legal das Universidades Públicas. Registro da conclusão de cursos de nível superior em atendimento à demanda social da oferta de acesso à educação.

- A prestação do serviço de registro de diplomas para outras IES está sendo reformulada.

Emissão dos Diplomas de Conclusão dos Cursos de Graduação da UFRGS.

- Não cumprimento, por parte dos prováveis formandos, dos prazos estabelecidos pela Prograd para solicitação de colação de grau, o que gera atraso e retrabalho na expedição de diplomas.

- A UFRGS é pioneira na entrega dos diplomas na cerimônia de colação de grau, seguindo de modelo para outras Universidades.

- Aprimoramento do sistema informatizado de expedição de diplomas e continuidade das capacitações às COMGRADS para aprimorar o relacionamento. - Melhorar a comunicação e divulgação entre os alunos sobre a solicitação de colação de grau. - Mapeamento dos fluxos do processo de emissão de diplomas, otimizando as etapas deste serviço.

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Matrícula de alunos calouros - Morosidade e complexidade do processo de análise da documentação de renda e chamamentos. - As principais formas de ingresso – Concurso Vestibular e SiSU possuem particularidades em suas regras, o que deixa o processo mais complexo. - Vestibular e SiSU com cronogramas diferentes, pois são geridos por instituições diferentes (Vestibular/UFRGS, SiSU/MEC). - Número inadequado de servidores na Prograd para atender a grande demanda de análises que o processo de ingresso e matrícula de calouros envolve.

- Facilidade no ingresso de alunos na UFRGS e no processo de ocupação de vagas.

- Capacitações para servidores sobre processos que envolvem ingresso e matrícula. - Aprimoramento do Portal do candidato, que informatizou o processo de recebimento da documentação dos candidatos. - Revisão permanente dos editais para diminuir os problemas de interpretação quanto às regras para ingresso. - Articulação com a Secretaria de Comunicação para veicular informativos e notícias no site e redes sociais. - Promover uma ação de sensibilização institucional junto à comunidade acadêmica (Unidades) visando ampliar a participação de servidores nas atividades que envolvem a análise socioeconômica dos estudantes que ingressam pela reserva de vagas, visando o cumprimento dos prazos estabelecidos.

Matrícula de alunos veteranos

- Dificuldade de organizar o calendário de datas acadêmicas de forma que facilite o processo de matrícula. - Pouco espaço de tempo para a realização do processo de matrícula (encomenda e ajustes). - Dificuldade de ocupação das vagas ociosas por parte dos calouros.

- Aprimoramento dos indicadores das disciplinas que auxiliam os alunos no planejamento da matrícula com informações referentes às mesmas como retenção, pré-requisitos.

- Continuidade e aprimoramento das formações com as COMGRADs. - Implementação de melhorias no sistema de matrícula. - Mapeamento dos fluxos do processo de matrícula, oportunizando o conhecimento, melhoria e simplificação das etapas do trabalho por cada setor.

QUADRO 12: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLÍTICAS ACADÊMICAS DA GRADUAÇÃO

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Observações pontuais

Greve dos servidores: No último trimestre de 2016 ocorreu greve por parte dos

servidores das diversas Divisões, o que gerou atrasos e acúmulos de processos

administrativos.

Revisão dos Currículos dos Cursos: As COMGRADs, com assessoria do

Departamento de Cursos e Políticas de Graduação, são responsáveis pela

atualização dos Cursos, entretanto em alguns, a periodicidade de revisão é longa,

podendo ser abreviada. As revisões são motivadas por necessidade identificada pelo

próprio curso; alteração nas Diretrizes Curriculares Nacionais das áreas, ou por

legislações emanadas pela própria instituição; indicações de comissões externas de

avaliação; algumas vezes mobilizadas pelos conselhos profissionais. O Fórum de

Coordenadores do Curso de Graduação tem sido a instância importante para a

discussão das políticas e estratégias de revisão dos cursos; já a COMGRAD ou as

Coordenadorias (Licenciaturas, Saúde, Engenharias - não vinculada à Pró-Reitoria)

têm assumido a responsabilidade para estudar e discutir as Diretrizes Curriculares

Nacionais das respectivas áreas.

Infraestrutura. Em que pese o alto investimento na readequação dos espaços

de ensino, como climatização, substituição de carteiras e instalação de equipamentos

de informática, bem como a disponibilização da rede sem fio, há necessidade de

significativos investimentos em melhoria da infraestrutura na UFRGS. As ações

contínuas da PROGRAD, em relação ao acompanhamento das alocações de turmas,

constatam que em breve a quantidade de salas de aula se tornará insuficiente. Além

disso, não há uma política clara na disponibilização dos espaços pelas Unidades,

ocasionando um mau aproveitamento das salas, com horários congestionados e

outros subaproveitados, salas superlotadas e outras com ocupação muito aquém de

sua capacidade. Tal situação reflete-se também dificuldade para implementação de

atividades pedagógicas inovadoras, pois não há espaços adequados para, por

exemplo, as ações dos monitores ou de estudos coletivos além das salas de aula, o

que se torna impossível em determinados horários.

Desde 2014/2 até o momento, o prédio de salas de aulas do Campus Centro

continua interditado, o que tem ocasionado a alocação de turmas de graduação em

salas de aula de outras unidades e espaços externos (escolas estaduais). Em especial

a alocação nas escolas estaduais gera transtornos, pois em 2016 houve momentos

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em que as escolas estaduais tiveram Ocupações e Greves docentes, inviabilizando a

utilização dos espaços físicos pela UFRGS.

No que tange aos laboratórios, há necessidade de revisão e ampliação para

abarcar a ampliação de estudantes gerada pelo REUNI nas Unidades Acadêmicas.

Já as bibliotecas normalmente têm espaços adequados, embora, em várias haja

problemas quanto ao horário de funcionamento, especialmente para atendimento de

cursos noturnos. Para tanto, deve haver continua negociação da gestão da UFRGS

junto às Unidades para a ampliação do horário de atendimento das Bibliotecas, o que

certamente repercutirá em uma reestruturação interna de pessoal das Unidades

Acadêmicas.

Oportunidades na graduação: Os estudantes da UFRGS, desde seu ingresso,

têm a sua disposição uma gama de oportunidades para experienciar em sua trajetória

acadêmica na Universidade, por meio de programas tais como: Monitoria Acadêmica,

Educação Tutorial, Iniciação à Docência, Programa de Mobilidade Acadêmica

Nacional e Internacional, Programa de Licenciaturas Internacionais, Programa de

Dupla Diplomação (reformulado e ampliado recentemente através da Resolução nº

21/2013 do CEPE, disponível http://www.ufrgs.br/cepe/legislacao/resolucao-no-21-

2013-de-26-06-2013), Estágios, Representação Discente (participação de alunos

eleitos por seus colegas em todas as instâncias colegiadas da UFRGS, como

CONSUN, CEPE, Conselho da Unidade, Comissão de curso, etc.), Atividades

Complementares, Programa de Monitoria Especial, Programa de Apoio à Graduação

(reforço acadêmico, monitorias de COMGRADs), Ações Afirmativas, Iniciação

Científica, Empresas Junior, Incubadoras, Bolsas Acadêmicas e Programa Bolsa

Permanência, Extensão, além do Núcleo de Apoio ao Estudante

(http://www.ufrgs.br/nae/) e Programa de Benefícios Estudantis (bolsas, casas de

estudantes, colônia de férias, restaurantes Universitários, programas de benefícios,

auxílios e bolsas) disponíveis em http://www.ufrgs.br/prae/sae.

A incorporação de novos perfis de estudantes na Universidade gera grandes

desafios e apresenta fragilidades em relação à permanência dos mesmos, em

especial, no que diz respeito às questões financeiras e às questões de ensino e de

aprendizagem. Estratégias para tentar sanar essas dificuldades têm sido adotadas

com a disponibilização de auxílios, bolsas, moradia estudantil, entre outros. Mesmo

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com corte de recursos há expectativa que a Universidade mantenha suas ações para

beneficiar um maior número possível de estudantes.

Mobilidade Acadêmica Nacional: os números demonstram uma baixa procura

em especial por não haver bolsas que propiciem esta movimentação entre os Estados.

Atualmente, o único incentivo são as bolsas disponibilizadas pela

ANDIFES/SANTANDER, destinando para a UFRGS um número limitado de bolsas:

apenas 5 bolsas por ano. Em função da demanda de 2016, após tratativas com a

ANDIFES foi possível a ampliação de mais 10 vagas para a UFRGS em função da

não utilização de bolsas por parte de outras IFES.

Ampliação do atendimento ao público: devido à ampliação da comunidade

acadêmica, desde o aluno do Ensino Fundamental e Médio até os Programas de Pós-

Graduação, que já ultrapassa 50.000 alunos, há necessidade de ampliar o horário do

atendimento de outros setores e não apenas da Divisão de Vida Acadêmica, para

atender aos alunos dos cursos noturnos.

É importante ressaltar que, considerando a expansão universitária, a UFRGS

necessita criar uma Central de Atendimento ao Aluno (Campus Centro e Campus do

Vale), a qual deverá ter uma amplitude maior, congregando todos os órgãos

envolvidos nos processos acadêmicos.

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DADOS da GRADUAÇÂO 2016

Tabela 2. Total de alunos de Graduação (presencial) *

1º Semestre 2º Semestre Ao longo do ano de 2016

33575 33230 35602**

* Estudantes cujas vagas não tem registro de Desligamento no período; **Ocorre que a maioria dos estudantes “vinculados” no segundo semestre também tinham “vínculo” no primeiro semestre e o total do ano não é a soma dos semestres, mas sim cada aluno “vinculado”, ao longo do ano, contado apenas uma vez.

Tabela 3. Total de candidatos no vestibular 2016 Separados nas diferentes modalidades de ingresso (universal, L1, L2, L3 e L4)

Vestibular 2016 (Dados publicados em

http://www.ufrgs.br/vestibular/cv2016/densidade_2016.htm)

Candidatos Vagas

Acesso Universal (AC) 21300 1987

Ensino Público com Renda Superior a 1,5 Salários

Mínimos (L3)

7858 467

Ensino Público com Renda Superior a 1,5 Salários

Mínimos e Autodeclarado Preto/Pardo/Índio (L4)

1726 524

Ensino Público com Renda Igual ou Inferior a 1,5 Salários

Mínimos (L1)

5737 500

Ensino Público com Renda Igual ou Inferior a 1,5 Salários

Mínimos e Autodeclarado Preto/Pardo/Índio (L2)

1803 539

Total Geral 38424 4017

Tabela 4 - Total de formandos na Graduação 2016

1º Semestre 2º Semestre

1057 1460

Tabela 5 - Total de alunos de Graduação estrangeiros

1º Semestre 2º Semestre

155 155

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2.2. ENSINO A DISTÂNCIA

Responsável: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD)

A Secretaria de Educação a Distância (SEAD) fomenta, assessora e coordena

ações de educação a distância (EaD) para apoiar o desenvolvimento da educação

superior com excelência e compromisso social, por meio da inserção de tecnologias

nos processos de ensino e de aprendizagem promovendo atividades com diferentes

níveis de presencialidade no âmbito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS).

As ações realizadas pela SEAD refletem o Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI) 2011 – 2015 e também o PDI para o período 2016-2026, que

considera a EaD como política permanente de oferta de cursos de graduação, de pós-

graduação e de extensão, devendo estar integrada à oferta presencial dos cursos nos

diferentes níveis e áreas de conhecimento, assim como à política nacional de

formação de professores (PNE 2014-2024). Busca-se a inserção de recursos,

processos e metodologias de EaD dentro de uma perspectiva de inclusão social e

educacional, inovando e integrando espaços pedagógicos e tecnológicos para

qualificar o ensino, a pesquisa e a extensão. Em consonância com o PDI e o Plano de

Gestão 2012-2016, as ações da SEAD em 2016 estão vinculadas a três projetos:

Fomento à Educação a Distância; Qualificação da divulgação ao público interno e

externo da UFRGS e Qualificação pedagógica do ensino de graduação.

A SEAD realiza suas atividades em consonância com os Referenciais de

Qualidade para a Educação Superior a Distância do Ministério da Educação (MEC),

conjugando esforços para a constante melhoria da qualidade do ensino. Nesse

ínterim, presta assessoria às ações e a projetos de cursos na modalidade a distância,

orientando e estimulando o uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) e

sistemas institucionais. A gestão de atendimento dos AVAs institucionais (Moodle

Acadêmico, Moodle Colaboração, Moodle TelessaúdeRS, ROODA e NAVI), e dos

sistemas: Sala de Aula Virtual (SAV) e Webconferência (Mconf), com o apoio do

Centro de Processamento de Dados (CPD) da Universidade, visa dar suporte a

currículos e a projetos pedagógicos cada vez mais inovadores. No decorrer de 2016,

a SEAD prestou 5.004 atendimentos por e-mail e 1.540 por telefone, para comunidade

UFRGS e usuários externos, expandindo o número de atendimentos em relação ao

ano de 2015. Os atendimentos por e-mail foram avaliados por aproximadamente 500

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usuários, sendo que 87% foram considerados como "Muito bom" e "Bom",

demonstrando boa qualidade do atendimento.

Ao longo de 2016 foram produzidos 10 vídeos tutoriais, com orientações para

professores, técnicos e alunos da Universidade que utilizam o ambiente virtual Moodle

Acadêmico para atividades de Graduação, Pós-graduação, Extensão ou o Moodle

Colaboração, para os cursos de capacitação e de gestão. Contando com o apoio do

CPD, a SEAD avaliou aproximadamente 60 objetos de aprendizagem para compor o

acervo de Recursos Educacionais, no Repositório Digital da UFRGS.

As ações técnicas e pedagógicas realizadas pela SEAD criaram condições para

a inclusão tecnológica por meio da oferta de atividades de ensino na modalidade a

distância nos níveis de graduação e pós-graduação e para incentivar a convergência

entre as modalidades a distância e presencial. Dessa forma, em 2016 a SEAD ampliou

a articulação de ações com as Unidades de Ensino e órgãos da Administração Central

para a oferta de 2 cursos de graduação, 51 de pós-graduação e 98 de extensão. Para

isso foram realizadas 18 visitas institucionais às Unidades Acadêmicas e

departamentos divulgando os editais de fomento, a monitoria a distância, os eventos,

as capacitações para práticas na modalidade a distância e as demais ações de

assessoria técnica e pedagógica realizadas pela SEAD.

A SEAD ofereceu assessoria pedagógica para o curso de Graduação a

Distância de Licenciatura em Ciências da Natureza que está em tramitação nas

instâncias da Universidade para oferecimento de 300 vagas em 2017 e para três

cursos de Pós-Graduação a distância: Gestão Pública, Gestão da Saúde e Relações

Internacionais: Geopolítica e Defesa. Foram oferecidas 13 consultorias a docentes,

orientando aspectos pedagógicos e normativos envolvidos na EaD, como: construção

de práticas educacionais, avaliação, construção de materiais educacionais digitais,

mediação e comunicação, sempre considerando a normatização vigente. Os

atendimentos contemplaram as seguintes unidades/setores: Faculdade de

Odontologia, Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências Básicas da Saúde (2

grupos), Faculdade de Engenharia, Faculdade de Ciências Econômicas, Faculdade

de Educação, Curso PEG Ciências da Natureza, Instituto de Letras, Escola de

Administração, EDUCA Saúde, EDUFRGS.

Visando o apoio aos cursos, a SEAD revisou editais para seleção de tutores e

discentes dos cursos Farmacêuticos na Atenção Básica/Primária à Saúde:

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trabalhando em rede e Relações Internacionais: Geopolítica e Defesa. Além disso,

foram elaborados 5 módulos do Programa de Atividades de Aperfeiçoamento

Pedagógico da UFRGS (PAAP) e realizado o planejamento e implementação do curso

de formação “Moodle para além de um repositório”. A assessoria atendeu um total de

479 e-mails, e 58 telefonemas no que se refere a informações sobre cursos a

distância.

Ao longo do ano de 2016 a SEAD estabeleceu parceria com a Escola de

Desenvolvimento de Servidores da Universidade (EDUFRGS), planejando e

organizando ações de Formação Continuada para a EaD, a fim de proporcionar

orientações pedagógicas com os recursos das tecnologias da informação e

comunicação. Foram ofertadas 315 vagas, obtendo um total de 255 inscritos em 15

capacitações realizadas, sendo 10 capacitações planejadas e ministradas pela SEAD.

As temáticas abordadas pela SEAD nas capacitações são oriundas das demandas

levantadas nas visitas às Unidades Acadêmicas e nos atendimentos realizados.

A SEAD trabalhou na busca contínua da manutenção do fomento à EaD e por

meio do Sistema UAB apoiou em 2016 a continuidade de projetos de oferta de cursos

de graduação a distância. A saber, o curso de Licenciatura em Pedagogia a distância

(PEAD), em execução desde 2014, com 213 alunos distribuídos em três polos de

apoio presencial: Vila Flores, Imbé e Porto Alegre. O curso de Bacharelado em

Desenvolvimento Rural (PLAGEDER), também iniciado em 2014 e atualmente com

195 alunos, tem atividades em 12 polos: Cachoeira do Sul; Camargo; Constantina;

Picada Café; Quaraí; Santa Vitória do Palmar; Santo Antônio da Patrulha; São

Francisco de Paula; São Lourenço do Sul; Tapejara; Três de Maio e Três Passos.

Ainda no âmbito da política de Fomento à EaD, a SEAD promoveu o Edital

UFRGS EaD 23, cujo objetivo foi incentivar o desenvolvimento da EaD na

Universidade, abrangendo servidores docentes, técnico-administrativos e alunos de

19 Unidades por meio das linhas de ação financiadas, quais sejam: Oferta de

disciplinas na modalidade a distância em cursos presenciais de graduação; Pesquisas

em Educação a Distância e Construção de Objetos de Aprendizagem. Dentre os

projetos submetidos, 51 receberam apoio através de bolsas para alunos de graduação

e pós-graduação, com recursos oriundos da própria Universidade. Além disso, o

número de bolsas de monitoria acadêmica a distância se manteve estável desde 2015,

executando o total de 1.171 bolsas para alunos da graduação.

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A SEAD, como espaço de apoio à produção de materiais didáticos digitais para

uso no ensino presencial e a distância, desenvolveu objetos de aprendizagem (24

vídeos, 1 animação e 02 jogos educativos) e 08 livros (e-books), envolvendo

professores, técnicos e alunos da UFRGS. Acerca das publicações, em 2016, a SEAD

lançou a Série Ensino, Aprendizagem e Tecnologias, em substituição a antiga Série

EaD, fazendo parte do catálogo da Editora da UFRGS. A nova Série propõe a

publicação de obras no campo de conhecimento da EaD e domínios correlatos com

temas e discussões que perpassem, dialoguem, se articulem, problematizem e se

tornem objeto de interesse, de pesquisa e de (re) elaboração de todos quanto se

interessarem pela temática mais ampla do ensino e sua vinculação com a inserção

das tecnologias nas práticas educacionais. Foram publicadas 06 obras em formato

digital (e-book) que serão posteriormente impressas, são eles: Operacionalização da

atividade discente na EaD; Introdução às teorias do desenvolvimento; Introdução à

gestão de organizações; Temáticas rurais: do local ao regional; Desenvolvimento,

agricultura e sustentabilidade; Psicopedagogia e TICs.

No que tange os cursos online, a SEAD implementou a plataforma de MOOCs

(Massive Open Online Courses) denominada LÚMINA. Foram produzidos 06 cursos,

dos quais 03 já foram disponibilizados na plataforma e os demais encontram-se em

fase final de elaboração. Tais cursos foram desenvolvidos por seis servidores

docentes, três técnicos administrativos e 12 bolsistas de Graduação da UFRGS. A

UFRGS ao disponibilizar uma plataforma como o LÚMINA conecta a Universidade a

diferentes regiões do Brasil e do Mundo, possibilitando à comunidade a realização de

cursos de forma gratuita, livre e com possibilidade de auto-organização dos seus

estudos. A proposta inovadora para a região promove a visibilidade da UFRGS e a

coloca junto a grandes universidades brasileiras como pioneiras no oferecimento dos

cursos no formato massivo e online.

Buscando qualificar a comunicação com o público interno e externo à UFRGS,

em 2016, a SEAD promoveu cinco eventos para debater temáticas contemporâneas

referentes à modalidade a distância, bem como participou na organização e

coordenação do Salão de Ensino UFRGS em parceria com outras duas Pró-Reitorias

(PROGRAD e PROPG) e na comissão executiva. Tal evento teve 43 sessões de

apresentação, contando com um total de 371 trabalhos apresentados, proporcionando

espaços de divulgação e compartilhamento de conhecimentos e experiências

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produzidos no âmbito da Universidade. Também, articulou institucionalmente junto ao

Projeto Incluir (PROGESP) a promoção de acessibilidade na EaD, testando com

usuários de baixa visão o plugin de acessibilidade da versão 2.9 do MOODLE

institucional, com a finalidade de direcionar as adequações a serem realizadas nesse

campo. Os usuários participantes foram indicados pela equipe do Projeto Incluir.

Ao longo do ano de 2016, a Secretaria trabalhou para atingir com excelência

as metas previstas em seu planejamento anual, fechando o ano com um balanço

positivo, por meio do aprimoramento dos processos e otimização dos fluxos de

trabalho desde a fase de desenvolvimento, passando pela execução e culminando na

avaliação dos resultados. Busca-se não somente atingir as metas propostas, mas

trabalha-se para o aperfeiçoamento das ações de educação a distância oferecidas na

Universidade, visando à expansão inclusiva com a qualificação da comunidade

universitária e o aperfeiçoamento da infraestrutura institucional.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADEMICAS DO ENSINO À DISTANCIA

ASPECTOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE

MELHORIAS

Assessoria Pedagógica e apoio à realização de cursos a distância

Qualificação e ampliação da oferta de cursos de graduação, pós-graduação e extensão.

Dificuldade de acompanhamento e análise dos resultados. Preconceito e resistência da comunidade acadêmica às atividades de ensino a distância.

Desenvolvimento de relatórios, disponíveis no Portal do Servidor, para visualização e acompanhamento dos dados dos cursos. Reuniões, consultorias, fóruns, oficinas e capacitações para a comunidade acadêmica visando a ampliação da oferta de atividades de ensino a distância.

Fomento no âmbito UAB Oferta de cursos de graduação e especialização para público localizado fora dos grandes centros urbanos, especialmente em áreas estratégicas como Educação. Otimização de recursos através do uso das tecnologias. Incremento de vagas ofertadas na graduação e na pós-graduação.

Parâmetros de fomento dinâmicos e instáveis; Financiamento por meio de descentralização orçamentária, dificultando a oferta continua de cursos; Imprevisibilidade de repasse dos recursos; Descumprimento das metas financeiras por parte do órgão financiador; Resistência de Unidades de Ensino da UFRGS para oferta de novos cursos.

Acompanhar e assessorar os Coordenadores dos cursos UAB no uso dos recursos humanos, financeiros e de infraestrutura; Melhorar fluxos internos dos processos de controle de convênios e execução financeira; Incentivar Unidades de Ensino na proposição de novos cursos para ampliar vagas ofertadas via UAB na UFRGS.

Editais EaD/UFRGS Ampliação da inserção das tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem.

Dificuldade de acompanhar e divulgar os produtos dos projetos apoiados.

Estudo sobre os relatórios dos projetos já concluídos; Criação de estratégias de divulgação dos produtos desenvolvidos pelos projetos apoiados.

Monitoria a distância Apoio às atividades didáticas dos professores no ensino de graduação Incentivo à iniciação dos alunos da graduação na docência com o uso das tecnologias.

Acompanhamento do reflexo da atuação dos monitores sobre a retenção e aproveitamento dos alunos.

Propor, em conjunto com a PROGRAD, um processo de acompanhamento da atuação dos monitores.

Produção de materiais didáticos digitais

Apoio aos docentes e técnicos para a produção de recursos

Manutenção da equipe de produção (falta de pessoal

Capacitação de pessoal e articulação junto à PROGESP para inclusão de novos cargos

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QUADRO 13: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADEMICAS DO ENSINO À DISTANCIA

educacionais digitais e utilização no ensino presencial e a distância.

técnico especializado) e de recursos tecnológicos atualizados.

técnicos; e Captação de recursos financeiros para aquisição de novos equipamentos e softwares.

Formação continuada para EaD Promoção das potencialidades da EaD e qualificação do pessoal (técnico e docente).

Conciliar o planejamento e a construção de cursos com a rotina de atividades da equipe de Assessoria Pedagógica.

Reestruturação da equipe da SEAD e busca de parceiros para integrar a equipe de desenvolvimento de cursos.

Suporte Pedagógico às Plataformas Apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Dificuldade na manutenção da equipe de atendimento com conhecimentos técnicos especializados para desenvolvimento de novos recursos tecnológicos.

Busca de recursos financeiros para manutenção e qualificação da equipe de atendimento.

Eventos SEAD Ampliação dos espaços de divulgação e compartilhamento de conhecimentos e experiências produzidos no âmbito da Universidade utilizando tecnologias digitais e EaD.

Mobilização da comunidade interna e externa para participação nos eventos; Articulação dos setores necessários para execução das ações.

Verificar assuntos de interesse da comunidade acadêmica, identificando os formatos de evento mais atrativos; Estabelecer parcerias internas e externas para realização das ações.

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2.3. ENSINO BÁSICO

Responsável: COLÉGIO DE APLICAÇÃO

A base curricular do Ensino Fundamental e Médio, segundo consta nos marcos

de referência utilizados no Colégio de Aplicação, objetiva a estruturação das diversas

áreas de conhecimento, por meio da especificidade de cada disciplina. Objetiva,

também, a ação e a reflexão - ação pressupondo o estudo teórico, a pesquisa

interdisciplinar e a seleção de conteúdos/contextos complexos que permitam ao aluno

aprender por meio de suas próprias experiências, construindo suas categorias de

pensamento, ao mesmo tempo em que organiza seu mundo.

O referencial epistemológico do Ensino Fundamental e Médio tem como

pressupostos da sua prática a permanente releitura e ressignificação de sua base

teórica, buscando contemplar teorias que irão auxiliar no encaminhamento de suas

propostas curriculares. O aluno é o centro do processo educativo: é incentivado a

investigar, perguntar e não apenas a responder, de forma a ser valorizado em seus

diferentes estilos cognitivos e culturais.

Ao professor cabe fazer da sala de aula um campo de pesquisa e de seu campo

de trabalho um laboratório.

A Portaria nº 959, de 27/09/2013 do Ministério da Educação, estabelece as

diretrizes e as normas gerais de funcionamento dos Colégio de Aplicação vinculados

às Universidades Federais, em seu Art. 2º "Para efeito desta Portaria, consideram-se

Colégios de Aplicação, as unidades de educação básica que têm a finalidade de

desenvolver, de forma indissociável, atividades de ensino, pesquisa e extensão com

foco nas inovações pedagógicas e na formação docente".

A visibilidade do caráter experimental se dá por meio dos projetos de ensino

que reestruturam a grade curricular tradicional. São eles:

•Projeto Unialfas, que se refere à integração entre as séries iniciais;

•O Projeto Amora objetiva a reestruturação curricular caracterizada pelos novos

papéis do professor e do aluno demandados pela construção compartilhada de

conhecimentos a partir de projetos de aprendizagem e integração das tecnologias de

informação e comunicação ao currículo escolar. O projeto atualmente envolve alunos

do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da UFRGS. Esse

projeto está em funcionamento desde 1996.

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•O Projeto Pixel visa criar uma identidade nas séries finais do Ensino

Fundamental, considerando a continuidade do trabalho realizado nas Séries Iniciais e

no Projeto Amora, ao mesmo tempo em que permite a integração de alunos novos,

preparando-os para o ingresso no Ensino Médio. Para tanto, pretende-se colocar em

prática atividades multidisciplinares que permitam ir além do conhecimento específico

de cada disciplina, não explorando apenas os pontos comuns entre elas, mas

possibilitando experiências reais de interação com o mundo.

•O projeto do Ensino Médio se justifica pelo reconhecimento das redes de

cognição que definem o cotidiano dos planejamentos e das práticas aplicadas. Este

estudo define um processo de contínuos amparos interdisciplinares, não

necessariamente temáticos, mas baseados na essência de uma competência a ser

desenvolvida. Para esse referencial, o entendimento de competências e habilidades

é de fundamental importância. Não são conceitos originários da educação nem

mesmo de seu total domínio, porém são conceitos aplicados para a cognição há mais

de uma década com a reformulação dos parâmetros curriculares. Entendem-se por

habilidade e competência, no contexto desta justificativa teórica, as relações internas

do processo de aprendizagem.

•Disciplinas Eletivas: o aluno escolhe uma disciplina que compõe a parte

diversificada do currículo, no Ensino Médio.

•Projeto do Ensino Fundamental e Médio para Jovens e Adultos.

•Programa de Monitoria Acadêmica do CAp/UFRGS, visando aproximar os

estudantes dos cursos de licenciatura da UFRGS da prática docente do Colégio de

Aplicação em atividades que envolvam tanto a preparação de materiais quanto o

desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas às diferentes áreas de

conhecimento no Ensino Fundamental e Médio.

•Programas de Intercâmbio, cujo objetivo é favorecer o intercâmbio com países

de Línguas Inglesa, Língua Espanhola e Língua Alemã, línguas estrangeiras

obrigatórias no currículo do CAp, ampliando as possibilidades de interação com

culturas que contribuíram e contribuem na formação da identidade nacional e

facilitando as possibilidades de trocas e intercâmbio entre diferentes culturas na busca

da mútua compreensão como referência para o entendimento, na diversidade, entre

as pessoas de outros países. Há três convênios firmados, nos quais os alunos são

enviados por um período que varia de 15 dias a um ano a uma das instituições

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parceiras, que se localizam em Weston (Estados Unidos), Córdoba (Argentina) e

Alemanha (parceria com o Instituto Goethe). Além desses, há o intercâmbio com o

Colégio de Aplicação de Santa Catarina (Projeto Tchê-Mané), cujo objetivo é

estabelecer parceiras pedagógicas e a troca de experiências entre os CAps.

O Colégio de Aplicação ao desenvolver suas ações no ano de 2016, realizou

mais uma vez o evento “UFRGS PORTAS ABERTAS”, que tem a finalidade de receber

nas diversas Unidades de Ensino, Órgãos e Setores da Universidade, os alunos das

escolas de Ensino Médio do Rio Grande do Sul bem como visitantes em geral visando

divulgar as atividades de ensino, pesquisa e extensão que são desenvolvidas na

Universidade. O público visitou e participou das inúmeras atividades oferecidas aos

visitantes.

Destaca-se, o projeto instalado e funcionando na sua plenitude o Projeto CTAJr

- que abre portas para avanços pedagógicos no que diz respeito às práticas e às

teorias relacionadas ao ensino e a aprendizagens escolares fortemente baseadas no

uso dos recursos de comunicação e interação digitais hoje disponíveis. Busca com

isto atingir a qualidade pretendida pela educação contemporânea, quanto ao

desenvolvimento de habilidades e competências requeridas ao cidadão atual, requer

atualizações constantes das estratégias que permitem aprender e atuar

responsavelmente no mundo.

Projetos de Ensino em Andamento no Colégio de Aplicação

- Do papel à película: a transposição da narrativa literária à fílmica por

estudantes do Ensino Médio – Coordenação do Prof. Dr. Adauto Locatelli Taufer.

Projeto de Pesquisa realizado com os estudantes do 3º Ano do Ensino Médio. A partir

da leitura de contos das Literaturas Brasileira e Universal, os estudantes desenvolvem

um estudo aprofundado: 1) dos elementos da narrativa (espaço, estudo do conto

tradicional, linguagem, narrador, personagens, tempo, entre outros); 2) da escritura

do roteiro de cinema e; 3) da transposição do texto literário ao roteiro de cinema. Após

tais estudos, os estudantes realizam a escritura do roteiro, ou seja, transpõem o texto

literário narrativo à linguagem cinematográfica: a roteirização dos contos lidos. Depois

que os roteiros produzidos pelos estudantes são assessorados com o professor

orientador do projeto, inicia-se a etapa final do projeto: a filmagem dos roteiros,

baseados na leitura dos contos lidos.

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- Meteorologia e climatologia urbana: favorecendo o desenvolvimento de

conceitos e competências por parte de estudantes do ensino médio do CAp-UFRGS.

Coordenação: Prof. Dr. Rafael Vasques Brandão. O objetivo desse projeto é favorecer

o desenvolvimento de conhecimentos (conceitos e competências) associados à

modelagem de sistemas, processos e fenômenos que ocorrem na atmosfera da Terra

por parte de estudantes do ensino médio do Colégio de Aplicação da UFRGS.

- Modelagem computacional no ensino de física: favorecendo competências

e concepções por parte de estudantes do ensino médio do CAp-UFRGS.

Coordenação: Prof. Dr. Rafael Vasques Brandão. Este projeto tem como objetivo

oportunizar a aquisição de competências e concepções associadas à modelagem

computacional no ensino de física por parte dos estudantes do ensino médio do

Colégio de Aplicação da UFRGS, à luz da teoria dos campos conceituais de Gérard

Vergnaud.

- Implementação do método de instrução pelos colegas nas aulas de

Física do CAp da UFRGS. Coordenação: Prof. Dr. Rafael Vasques Brandão. Este

projeto tem como objetivo favorecer a aprendizagem significativa de conceitos físicos

por meio da implementação da metodologia de ensino "instrução pelos colegas" nas

aulas de física das turmas de terceiro ano do ensino médio do CAp-UFRGS.

- O Ensino da Língua Espanhola Por Meio da Literatura Infantil.

Coordenação: Profª. Laura Nelly Mansur Serres. A pesquisa tem como propósito

indagar em que medida os contos maravilhosos em língua espanhola podem contribuir

no desenvolvimento da produção oral e escrita dos aprendizes na aula de espanhol

como língua estrangeira, bem como verificar se o seu uso pode favorecer a

participação ativa dos estudantes e despertar o interesse em aprender. O estudo

contribuirá para valorizar estratégias que possibilitem trabalhar textos literários infantis

em língua espanhola, na Educação Básica, favorecendo a familiarização com a língua

estrangeira de modo lúdico e aproveitando o interesse natural que a criança tem pelos

contos maravilhosos. O desenho de dinâmicas com produção de jogos, bonecos e

livros por parte dos alunos poderá servir como recurso para que, após a leitura do

conto, eles continuem pensando na história, resultando em duas vantagens para o

aprendizado: a primeira, a de mantê-los ligados à simbologia do conto, tendo como

consequência ajudá-los na construção de seu equilíbrio interno; a segunda, a de levá-

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los a explorar a língua espanhola com vistas a adquirir elementos que lhes subsidiem

o desenvolvimento da escrita e da oralidade.

- O gênero debate a serviço da capacidade de análise crítica, da

autonomia e do posicionamento eficaz. Coordenação: Profª. Daniela Favero Netto.

Por meio de uma metodologia de trabalho que privilegia a construção do texto

argumentativo oral e escrito, este trabalho pretende colaborar com o desenvolvimento

de habilidades que permitam ao aluno aprimorar a capacidade crítica, a autonomia e

o posicionamento eficaz a respeito dos diversos temas contemplados nos debates que

serão realizados durante a execução do projeto de pesquisa.

- Componente Curricular Expressão e Movimento: cultura digital,

educação física, educação musical e teatro para Jovens e Adultos na

modalidade EJA. Os professores integrantes do Componente Curricular Expressão

e Movimento compreendem que suas ações na EJA oportunizam um espaço de

educação diferenciado, onde se propõe que cada estudante possa desenvolver a

independência das formas de pensar e compreender o mundo e a capacidade de

exercer um olhar crítico sobre as manifestações das sociedades e sobre nós mesmos

enquanto agentes dessas manifestações. Através de trabalho transdisciplinar, busca

fomentar a construção da identidade artística.

- Aplicações e Reflexões em Música Ubíqua na Educação Musical

Curricular. Coordenadora: Profª. Maria Helena de Lima. A Música Ubíqua está

trazendo para o foco da pesquisa a atividade de criação musical como uma das

potencialidades proporcionadas pelo uso de tecnologias da informação e

comunicação (TICs). A partir da concepção de Música Ubíqua, objetivamos

compreender como potencialmente o público está apropriando-se das novas

ferramentas tecnológicas para criar/compor/modificar suas próprias trilhas sonoras,

dentro do seu nicho ecológico sonoro. Desde esta perspectiva estamos

desenvolvendo técnicas que permitem fundamentar os trabalhos em educação

musical que enfatizando a importância do processo criativo e composicional na

educação musical e o aproveitamento da infraestrutura tecnológica existente. Uma

das metas do grupo constitui as aplicações no campo educacional do conceito de

Música Ubíqua relacionada à criação sonora, composição, Ecocomposição, e das

possibilidades do uso de tecnologias cotidianas para estes fins (Composições

coletivas a distância utilização de novas tecnologias e internet no trabalho

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composicional; Composição de Paisagens Sonoras; Ecocomposição). O trabalho de

pesquisa em Música Ubíqua constitui um campo novo e fértil e congrega várias áreas

de atuação, e um campo que tem muito a proporcionar para a Educação.

- Música, Mídia e Composição. Novos modelos em Educação Musical com a

utilização de softwares de composição em sala de aula. Esta pesquisa tem como

objetivo investigar/observar/propor novas formas e modelos de atuação da Educação

Musical, da Música e da composição musical em sala de aula no CAp, a partir da

experiência da aplicação prática de uma proposta em música e mídia na atividade de

Disciplina Eletiva, oferecida aos alunos das turmas do Ensino Médio.

- Rede Jovem Paz. Contribuir para a modelização, testagem e ajustes de

experiências educativas desequilibradoras em rede (EDRs), fundadas na visão

sistêmica de "solidariedade a partir da complexidade", desenvolvidas com a

participação de crianças, jovens e educadores da América Latina interconectados por

redes presenciais e digitais, tendo em vista os aprendizados das noções de

solidariedade e de justiça indispensáveis à educação para a compreensão

internacional entre povos e culturas. Constituir uma base de dados que permita o

exame sistemático dos processos de complexificação sócio cognitiva de indivíduos e

grupos participantes das EDRS, evidenciados nas aprendizagens relativas à

solidariedade e à justiça; b) incorporar ajustes aos modelos das primeiras experiências

educativas desequilibradoras executadas (EDRs iniciais), tendo em vista utilizá-los em

futuras propostas nas quais a modelização sistêmica em foco seja estendida a

práticas pedagógicas em diferentes latitudes.

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134

2.4. PESQUISA

Responsável: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA (PROPESQ)

A Pró-Reitoria de Pesquisa integra a estrutura da Universidade. A PROPESQ

ocupa destacada posição no organograma da UFRGS e tem como atribuição

coordenar, fomentar, organizar e supervisionar as políticas e as atividades de

pesquisa, em conformidade com as previsões de normas, Estatuto e Regimento da

Universidade.

A Pró-Reitoria de Pesquisa tem como atribuição coordenar, estimular, fomentar

e supervisionar as atividades e políticas de pesquisa, conforme as disposições do

Estatuto e do Regulamento Geral da UFRGS.

São objetivos da PROPESQ a correta execução dessas tarefas e contribuir de

forma direta nas atividades-fim da UFRGS, quais sejam o ensino, a pesquisa e a

extensão. Desta forma, observa-se a relevância das atividades da PROPESQ, haja

vista a posição de destaque da Universidade, que atinge níveis de grandezas

nacionais e internacionais. Assim, as atividades da Pró-Reitoria de Pesquisa incidem

nos resultados obtidos pela UFRGS no cenário interno e externo do país. A PROPESQ

procura, pelo permanente aperfeiçoamento de seus serviços, gerar um impacto

positivo nas atividades de pesquisa no âmbito da UFRGS.

A Universidade Federal do Rio Grande Sul elaborou, em 2016, um novo Plano

de Desenvolvimento Institucional (PDI) para vigência de 2016 a 2026. No PDI,

constam como metas da UFRGS garantir agilidade, exatidão e qualidade dos serviços

prestados à comunidade interna e externa, e a racionalização dos processos de

trabalho, que deverão se pautar na eficácia das ações, no uso de ferramentas de

inovação tecnológica e na tomada ágil de decisões nas rotinas de gerência. Para

tanto, a organização administrativa da instituição requer a aplicação de novos

processos de gestão administrativa e acadêmica, com adoção de procedimentos de

eficiência e informatização. A Pró-Reitoria de Pesquisa aderiu a tais procedimentos.

O Plano de Gestão registra a necessidade de modernização e otimização dos

processos administrativos, a necessidade de implementar a informatização dos

diversos órgãos da Universidade, a revisão da estrutura administrativa com a

introdução de novos procedimentos, rotinas e serviços. De acordo com o Plano de

Gestão, a PROPESQ se estruturou em 01 (uma) Gerência Administrativa, 01 (um)

Departamento e 07 (sete) Divisões, além de dar apoio a uma secretaria que atende

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aos comitês de ética da Universidade, contando com uma força de trabalho de 14

servidores do quadro da Universidade e mais bolsistas.

A PROPESQ recebe, anualmente, um montante de recursos orçamentários

para ser aplicado em diversas áreas necessárias para o desenvolvimento das

atividades de pesquisa. Estes recursos são distribuídos para os Programas de

Fomento, Iniciação Científica, Apoio à Editoração de Periódicos e realização do Salão

de Iniciação Científica, Salão UFRGS Jovem e Feira de Popularização e Ensino de

Ciências. Uma parte destes recursos é utilizada para aquisição de materiais de

consumo e permanente para realização e qualificação das atividades de rotina da

PROPESQ.

Além disso, a PROPESQ recebe recursos do CNPq e da FAPERGS na forma

de concessão de cotas de bolsas de Iniciação Científica que são distribuídas,

mediante Edital, aos docentes pesquisadores da UFRGS.

A estrutura é composta por: Departamento de Incentivo à Pesquisa, Divisão de

Fomento, Divisão de Iniciação Científica, Divisão de Divulgação Científica, Divisão de

Difusão da Pesquisa, Divisão de Projetos e Grupos de Pesquisa, Gerência

Administrativa da PROPESQ, Setor Financeiro, Setor de Informática, Secretaria de

atendimento aos Comitês de Ética, Secretaria da Coordenação dos Fóruns de

Pesquisa, Secretaria do projeto CT Infra.

No Anexo 1, apresentamos os números registrados nas atividades de

competência da PROPESQ durante o ano de 2016. Destacamos que em todas

atividades as metas foram atingidas nos indicadores de gestão.

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INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ – 2016

Tabela 6 – BOLSAS PESQUISA CONCEDIDAS 2016

INTERNO UFRGS (BIC-UFRGS e BIC-REUNI) 633

IC Voluntárias 1280

PIBIC-CNPq/UFRGS 564

PIBIC-AF/CNPq-UFRGS 14

CNPq e bolsas IC de órgãos externos concedidas direto aos pesquisadores 527

PROBIC-FAPERGS/UFRGS 355

Programa Bolsa Primeira Ciências/UFRGS 21

PIBIC EM/CNPq 17

BIPOP 31

BIENC 21

PREMIUM 40

TOTAL 3503

Observação: As modalidades Programa Bolsa Primeira Ciências/UFRGS e PIBIC-EM/CNPq-UFRGS são para alunos do Ensino Médio do Colégio de Aplicação/UFRGS FONTE: SISTEMA PESQUISA/UFRGS Tabela 7 - ATENDIMENTOS PROGRAMA DE FOMENTO 2016

Participação em Eventos no País – Docentes e Técnicos-administrativos Participação em Eventos no Exterior – Docentes e Técnico-Administrativos Participação Alunos de Graduação em Eventos no País Participação de Alunos de Graduação em Eventos no Exterior Participação Alunos de Pós-Graduação em Eventos no País Participação de Alunos Pós-Graduação em Eventos no Exterior Participação de Pós-Doutorandos em Eventos no País Participação de Pós-Doutorandos em Eventos no Exterior

241

221

204 22

553 206

20 16

Emergência a Pesquisa Modalidade: Apoio Emergencial à Pesquisa

154

Organização de Eventos /Professor convidado 67

Apoio à Qualificação Técnica 4

TOTAL 1708

FONTE: SISTEMA PESQUISA/UFRGS Tabela 8 – PARTICIPANTES SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2016

Apresentadores de trabalhos 2458

Participantes como ouvintes e visitantes 2922

Membros das Comissões Julgadoras 888

Professores Orientadores Participantes 1096

FONTE: SISTEMA EVENTOS/UFRGS

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137

Tabela 9 – PARTICIPANTES SALÃO UFRGS JOVEM

Trabalhos apresentados 410

Membros das Comissões Julgadoras 48

Professores Orientadores Participantes 103

Alunos da Educação Básica envolvidos na apresentação dos trabalhos 3.300

FONTE: SISTEMA EVENTOS/UFRGS 2016 Tabela 10 - PROGRAMA DE APOIO À EDITORAÇÃO DE PERIÓDICOS

Renovações Solicitadas 32

Renovações Atendidas 31

Novos Periódicos Apresentados 3

Novos Periódicos Atendidos 2

FONTE: PROGRAMA DE APOIO À EDIÇÃO DE PERIÓDICOS UFRGS 2016 Tabela 11- NUMERO GRUPOS DE PESQUISA UFRGS NO DIRETORIO CNPQ

Certificados 894

Aguardando certificação 4

Em atualização 29

Em preenchimento 13

TOTAL 940

FONTE: DIRETÓRIO DE GRUPOS DE PESQUISA/CNPQ 2016 Tabela 12 - Nº DE BOLSISTAS PRODUTIVIDADE EM PESQUISA DO CNPQ

Nível Sênior 11

Nível 1 A 70

Nível 1 B 80

Nível 1 C 89

Nível 1 D 115

Nível 2 296

TOTAL 669

FONTE: SISTEMA CNPq 2016

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2.5. EXTENSÃO

Responsável: PRÓ- REITORIA DE EXTENSÃO (PROREXT)

A Extensão na UFRGS

A extensão alinha-se ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),

constituindo, juntamente com o ensino e a pesquisa, o alicerce da formação

acadêmica. As atividades de extensão se realizam na articulação entre a universidade

e a sociedade, numa relação bidirecional, em que, ao mesmo tempo, oportuniza ao

aluno integrar saberes da realidade e realiza o compromisso de integração social. O

caráter acadêmico e o caráter social são intrínsecos à extensão universitária,

independente da modalidade que se apresente à prática extensionista.

A extensão desenvolvida na UFRGS segue as diretrizes da extensão

universitária brasileira, pautada pela indissociabilidade entre ensino, pesquisa e

extensão; pela interdisciplinaridade; por seu impacto na formação dos alunos; pelo

impacto e transformação social e pela interação dialógica junto aos demais setores da

Universidade e a segmentos da sociedade. Essas diretrizes, decididas pelo Fórum de

Pró-Reitores de Extensão (FORPROEX), reafirmam-se na definição de extensão

apresentada na Resolução nº 17/2015-CEPE, das Normas Gerais para Atividades de

Extensão Universitária na UFRGS.

As principais instâncias da extensão são as Comissões de Extensão nas

unidades, responsáveis pela análise, acompanhamento e avaliação das atividades

extensionistas no âmbito da unidade; a Câmara de Extensão, órgão do CEPE,

deliberativo da extensão; e a Pró-Reitoria de Extensão, órgão da administração central

responsável pelo registro, apoio e também proposição de atividades, seja pela

realização de eventos gerais de promoção e divulgação da extensão, seja através de

programas e projetos desenvolvidos por seus setores e departamentos. As atividades

de extensão desenvolvidas pela PROREXT prezam pela atuação em parceria com

outros setores e unidades da UFRGS, assim como com parceiros externos,

promovendo a interdisciplinaridade e a indissociabilidade com projetos de pesquisa e

de ensino.

O sistema de registro da extensão permite que a PROREXT acompanhe os

dados estatísticos da extensão ao longo do ano. Através deste, em 2016, constatou-

se a inserção de cerca de 1.700 atividades acadêmicas de extensão, distribuídas entre

programas, projetos e ações de extensão. O número geral de participações internas

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e externas foi de 25.734 pessoas, sendo que 9.028 foram de alunos da UFRGS.

Verificou-se também a presença de 2.092 docentes e 271 técnico-administrativos da

Universidade nas equipes de trabalho das atividades de extensão desenvolvidas.

Ações de promoção e divulgação da extensão

Ao longo de 2016, a Pró-Reitoria de Extensão deu continuidade às ações que

visam a qualificar e divulgar a extensão realizada na UFRGS. Através do

Departamento Administrativo e de Registro da Extensão (DARE), foram executadas

ações de apoio, promoção, qualificação e divulgação da extensão, prosseguindo o

auxílio administrativo aos projetos contemplados pelo Edital PROEXT/MEC-SESu em

2015 para realização em 2016.

Através do Programa de Bolsas foram concedidas 600 bolsas a alunos de

graduação com atuação de 20h semanais nas equipes de trabalho, totalizando 300

atividades de extensão. Já o Programa de Fomento contemplou um total de 287

atividades de extensão, por meio de diferentes tipos de benefícios, como bolsa evento

e auxílio financeiro para alunos de graduação, entre outros.

A análise dos projetos inscritos no Programa de Bolsas é feita por uma

comissão interdisciplinar, nomeada por portaria específica, com a participação de

representantes das COMEX das unidades acadêmicas, CAMEXT e PROREXT, sendo

que cada projeto é avaliado por dois pareceristas. A avaliação se dá anualmente por

meio de um formulário eletrônico com pontuação específica para cada item, em

conformidade com o estabelecido pela comissão para revisão dos critérios de

distribuição das bolsas.

O Programa de Fomento, embora seja estabelecido por edital anual, não se faz

por avaliação em um único momento do ano. À medida que os coordenadores de

atividades de extensão inscrevem-se no Programa, a Pró-Reitora de Extensão junto

com a equipe da PROREXT analisa as solicitações apresentadas, visando ao

atendimento das necessidades para o desenvolvimento dos projetos. Têm prioridade

de atendimento as atividades que não possuem arrecadação financeira. Não raro são

solicitadas informações adicionais aos projetos e, em alguns casos, com

agendamento de reunião para discussão sobre a execução da atividade.

É importante ressaltar que os processos avaliativos das atividades de extensão

da UFRGS propostos pela PROREXT são fundamentais para o desenvolvimento de

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ações institucionais como: o Programa de Bolsas, o Programa de Fomento, a

identificação dos destaques das Tertúlias no Salão de Extensão e a seleção de

projetos para composição das Delegações de Extensão.

O Salão de Extensão destaca-se entre as ações de promoção e divulgação da

extensão e, neste ano, mais uma vez confirmou-se como uma importante instância de

reflexão, debate, divulgação e avaliação da extensão feita na UFRGS. Entre as

modalidades que constituíram a sua última edição (Mostra Interativa, Oficina,

Encontro de Extensão e Tertúlia), as Tertúlias ressaltam-se como momento de

avaliação da extensão desenvolvida pela Universidade. Este ano, foram inscritos 494

trabalhos, reunindo 1.287 extensionistas e um público de 3.647 pessoas. Os trabalhos

foram avaliados pelos apreciadores e mediadores (membros da CAMEXT, da

PROREXT, do Comitê Sênior, extensionistas, membros das COMEX e pelos

integrantes de cada projeto participante das Tertúlias), visando à identificação do

destaque da sessão. Finalizando, o Comitê Sênior da Extensão analisou a

documentação de cada sessão, identificando os oito projetos destaques do Salão de

Extensão. Os critérios de pontuação são: a relação da atividade de extensão com a

comunidade; a contribuição da atividade à formação acadêmica; e a sua relação com

o ensino, com a pesquisa e com outras áreas do conhecimento.

A promoção e divulgação da extensão também foram incrementadas através

da realização do UFRGS Portas Abertas 2016. A PROREXT, através do seu

Departamento Administrativo e de Registro da Extensão vem se responsabilizando

pela organização do UFRGS Portas Abertas, enquanto os demais setores da Pró-

Reitoria se destacam ao oferecer atividades voltadas aos alunos de Ensino Médio de

todo o estado. Em 2016 o evento recebeu um público de 12.500 visitantes que

prestigiou as atividades de ensino, pesquisa e extensão oferecidas pela Universidade.

Outro evento que também teve destaque foi o Diálogos da Extensão. Em suas

quatro edições, foi palco da discussão de importantes temas da extensão. Através

dele, conduziu-se o debate sobre a certificação dos alunos extensionistas da UFRGS

e a inclusão dos dez por cento do total de créditos curriculares em programas e

projetos de extensão, recomendados pelo Plano Nacional de Educação 2014-2024.

Departamento Administrativo e de Registro da Extensão

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Além de ações administrativas e de gestão da PROREXT, em 2016, o DARE

continuou desenvolvendo as ações de apoio às atividades de extensão através do

Programa de Bolsas de Extensão e do Programa de Fomento. Também manteve o

suporte administrativo às atividades com recursos financeiros do PROEXT/MEC-

SESu.

Em termos de instrumentalização das COMEX, houve o prosseguimento da

ação, esclarecendo sobre registro e legislação que norteiam a extensão na UFRGS.

No que concerne à divulgação da extensão, em 2016, destacou-se a

reformulação do website do Salão de Extensão. O Núcleo de Divulgação continuou a

publicação de boletins eletrônicos com matérias sobre os projetos de extensão

desenvolvidos pelas diferentes unidades acadêmicas, incrementando o diálogo com

o público formado por mais de quatro mil pessoas. Além disso, o Núcleo manteve a

elaboração de materiais de identidade visual institucional.

Dentre as ações realizadas, destaca-se ainda a participação em comissões da

extensão na UFRGS e em nível nacional, a participação em fóruns temáticos de

instituições públicas, a análise de processos de interação acadêmica e a elaboração

de pareceres técnicos, relatórios e outros documentos relativos às atividades de

extensão. Também teve lugar o gerenciamento dos recursos humanos no âmbito da

PROREXT, o gerenciamento e execução orçamentária da PROREXT, as providências

quanto à manutenção e melhorias de infraestrutura da PROREXT, a atualização de

bancos de dados e o gerenciamento da agenda de compromissos da Pró-Reitora de

Extensão/UFRGS.

Departamento de Educação e Desenvolvimento Social

As ações realizadas pelo Departamento de Educação e Desenvolvimento

Social (DEDS) evidenciam a responsabilidade social da extensão, abrindo canais de

diálogo com a sociedade sobre o respeito à diversidade e à igualdade de direitos e

acesso à educação pública de qualidade.

Essas ações tiveram como foco o compromisso de trabalhar, conjugando

recursos humanos de diferentes setores para um mesmo fim, com incremento de

parcerias e ampliação da articulação com os mais diversos segmentos, como

representantes de grupos, organizações, órgãos públicos, além de parcerias internas

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contemplando as temáticas prioritárias de trabalho no ano, memória e patrimônio, por

meio da organização de eventos e da sistematização em publicações.

Seguindo o planejamento anual, foram trabalhadas questões voltadas ao

fortalecimento do programa de ações afirmativas, das tecnologias sociais e

movimentos sociais. O Departamento tem alocado suas ações nas temáticas a seguir:

tempos e territórios, educação na diversidade, fronteiras no desenvolvimento social e

memória e patrimônio cultural. A seguir, são destacadas algumas ações realizadas

em 2016.

- Fortalecimento do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Africanos

NEAB/UFRGS com apoio a suas atividades: a) lançamento de site com observatório

de estudos e pesquisas realizadas na Universidade nas temáticas concernentes ao

Núcleo; b) realização do I Encontro de NEAB´s do RS, com a participação de Núcleos

de outras instituições de ensino superior do Estado; c) realização do Ciclo de Cinema

Mundos Africanos, no auditório do ILEA e d) apoio à publicação do livro O Pensamento

Africano no Século XX.

- Realização da IV Semana da África na UFRGS, consolidando a parceria DEDS,

PROGRAD e RELINTER, com o objetivo de promover uma melhor interlocução entre

estudantes africanos, comunidade acadêmica e sociedade em geral. As atividades

formativas foram conduzidas por estudantes africanos e professores pesquisadores,

potencializando o conhecimento dos estudantes e configurando-se como um espaço

de desfazimento de preconceitos e compartilhamento de saberes. Na oportunidade foi

lançada a 3ª edição da publicação Revista Semana da África, numa tiragem de 1.000

exemplares, mas também disponível em meio virtual em

https://plone.ufrgs.br/deds/programas-e-acoes/semana-da-africa-na-ufrgs.

- Realização da ação Conversações Afirmativas com foco em temas relacionados à

memória e patrimônio de negros e indígenas, compondo com outros segmentos da

Universidade e parcerias externas, visando ao fortalecimento do programa de ações

afirmativas e à valorização da cultura das comunidades negra, indígena e periférica.

Neste ano, realizamos também o Conversações Afirmativas no Campus Litoral Norte,

por solicitação daquela comunidade. Nesta oportunidade abordamos o tema Escrita e

Identidade, espaço onde identificamos demanda e potencial para articulação de novas

ações conjuntas.

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- Realização do Ciclo de Cinema Cultura de Periferia, com o objetivo de utilizar o

cinema como ferramenta didática acessível ao público interno e externo à UFRGS, e

dar a oportunidade de se refletir sobre preconceitos e invisibilidades, e sobre a

importância do respeito e do reconhecimento das diferenças expressas em realidades

que desconhecemos. A atividade foi voltada para o público escolar e acadêmico com

agendamento de escolas e participação de debatedores convidados.

- Projeto Rondon: a partir do assessoramento a professores interessados em

participar dos Editais do Projeto em 2016 e os que advirão, o Departamento apoiou a

criação do Núcleo Interdisciplinar Projeto Rondon. Além disso, está assessorando na

seleção e treinamento de estudantes para as próximas edições.

- Continuidade do apoio financeiro e pedagógico ao Cursinho Pré-Vestibular

Esperança Popular Restinga, dentro do Programa de Apoio ao Acesso ao Ensino

Superior. Publicação de seis edições do Jornal Tamo Lá, informativo do Curso Pré-

Vestibular Esperança Popular da Restinga, voltado para educadores, educandos e

comunidade do Bairro Restinga, numa tiragem de 3.000 exemplares.

- Proposição e apoio à articulação de diferentes unidades acadêmicas para a criação

e implementação da disciplina de graduação Encontro de Saberes que tem como

objetivo propiciar um espaço de experimentação pedagógica e epistêmica no ensino

capaz de inspirar resgates de saberes e inovações que beneficiem a todos os

envolvidos – estudantes, mestres e professores, com a proposta de um diálogo entre

o mundo acadêmico e o mundo dos saberes tradicionais acumulados durante séculos

no Brasil.

- Lançamento da 1ª edição da DEDS em Revista, publicação anual do Departamento

onde serão sistematizadas ações desenvolvidas através de relatos e artigos. A

primeira edição compreendeu as ações dos cursos Lideranças negras e identidade

étnica no Rio Grande do Sul (Séculos XIX-XX) e Lideranças Negras Femininas:

reflexões sobre gênero, cor e classe, realizadas em 2013 e 2014 respectivamente. A

publicação teve uma tiragem de 1.000 exemplares.

- Lançamento do Livro Da África aos Povos Indígenas, realizado em parceria com o

NEAB/UFRGS, trazendo contribuições para a inclusão da diversidade étnico-racial

nos currículos escolares e acadêmicos.

- Estação Cidadania: programa apresentado na Rádio da Universidade, produzido

pelo DEDS com a participação de estudantes de jornalismo e colegas jornalistas, para

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informar e divulgar ações de extensão realizadas pela UFRGS a partir das relações

interinstitucionais e sociais, com foco em Educação, Direitos Humanos e Cidadania.

Neste ano foram realizados 38 programas.

Disponíveis em https://www.youtube.com/channel/UC48depG1I_RcNygktuSj7QA.

- Promoção de atividade cultural anual – voltada a escolares: foi oferecido o

espetáculo Histórias Negras para Crianças de Todas as Cores. Foram recebidas 11

escolas de Porto Alegre e de Alvorada.

- Iniciado processo de articulação junto à Gerência de Serviços Terceirizados

(GERTE) para a realização de ações de extensão de formação para trabalhadoras

terceirizadas, visando seu fortalecimento nas questões de gênero e identidade. Foram

realizadas reuniões e oferecido aos terceirizados convites para o espetáculo teatral

Qual a diferença entre o charme e o funk, no teatro do SESC, em parceria com o

coletivo artístico Pretagô.

- Continuidade de representação do DEDS junto ao GT 26-A: o Grupo de Trabalho

26-A foi formado em 2012, por representantes da Defensoria Pública da União do

Estado do Rio Grande do Sul, Tribunal de Contas do Estado, Comissão de Direitos

Humanos da OAB-RS, Movimento Negro e UFRGS, com a intenção de tomar

providências para o cumprimento do dispositivo legal definido no Artigo 26-A da Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dispõe o que segue: “Nos

estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,

torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena”.

Houve ainda a continuidade de representação do DEDS junto ao CLAAPET:

Conselho Local de Acompanhamento e Avaliação do Programa de Educação Tutorial

da UFRGS; CAF: Conselho Consultivo da Coordenadoria de Acompanhamento do

Programa de Ações Afirmativas da UFRGS e representação do DEDS junto ao Comitê

Contra a Intolerância.

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Tabela 13: Atividades do DEDS em 2016

*Materiais produzidos: 42. Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2016.

Departamento de Difusão Cultural

Em 2016 o Departamento de Difusão Cultural (DDC) desenvolveu projetos e

ações com a intenção de promover a cultura em diferentes vertentes – música,

cinema, artes visuais, entre outras. Dessa forma, o setor aliou esforços não só com

os demais setores pertencentes à própria Universidade, como também com agentes

culturais da capital e do estado, visando a uma maior aproximação entre campo

cultural e população.

Apesar das restrições impostas pelo cenário político-econômico nacional e a

necessária efetivação de movimentos de adequações diversas, foi possível realizar

grande parte das ações planejadas. Na área do cinema, através da Sala Redenção -

Cinema da Universidade e demais instituições parceiras, foram oferecidos ao público,

de março a dezembro, diversos ciclos e mostras. No campo da música e concebidos

pela equipe do DDC, destacaram-se a realização dos projetos Vale! Vale! e

Unimúsica. Tendo, respectivamente, seis e cinco edições ao longo do ano, a produção

musical esteve representada tanto no campus do Vale, quanto no Centro. Ressalta-

se o caráter comemorativo relacionado aos 35 anos do Projeto Unimúsica que, entre

outras características, introduziu a doação de um livro como contrapartida pelo

ingresso. Ainda na música, o DDC atuou em parceria com outros setores da

Universidade, como exemplifica o 8º Festival de Violão e o Simpósio de Filosofia e

Estética da Música, e com agentes externos, contribuindo na realização e facilitação

do acesso do público em eventos como as apresentações do grupo Teatro Mágico,

Eleomar e Liniker e os Caramelows. Nas artes visuais, salienta-se a manutenção do

Módulo I da exposição Presença da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo nos 80 Anos

Temáticas Atividades Público

Educação na Diversidade 49 1.631

Tempos e Territórios 68 1.040

Fronteiras no Desenvolvimento Social 9 849

Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas 33 1.454

Memória e Patrimônio Cultural* 34 1.226

Núcleos Interdisciplinares 218 3.717

Total 10.277

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da UFRGS, a produção do Módulo II (realizado no Museu da UFRGS), a parceria junto

ao Instituto de Artes e o Instituto Goethe para apresentar a exposição “Um olhar de

Berlim sobre a arte impressa em Porto Alegre (1960 - 2015). Articulando artes visuais

e reflexão, o DDC promoveu o seminário “Os olhares de curadores e críticos sobre as

coleções universitárias”. Na área da reflexão, o DDC esteve diretamente envolvido na

organização do III Encontro de Cidades e Universidades (em parceria interna com a

Secretaria de Relações Internacionais) e no projeto O Brasil do Raízes – Leituras.

Entre outras atividades realizadas durante o ano, ainda se destaca a participação na

organização do evento UFRGS Criança e na confecção e lançamento da publicação

da memória dos 80 Anos da UFRGS.

Em sua proposta de 2016, dando sequência aos anos anteriores, mobilizamos

a equipe do DDC com o propósito de constituir um espaço de oxigenação da mente e

do corpo, articulando diferentes agentes da Universidade, integrando professores,

alunos e técnicos em consultoria, experimentação artística, produção cultural e

facilitadores e viabilizadores da ação cultural. As atividades e produções artístico-

culturais não apenas ofereceram oportunidades para complementar a formação

acadêmica do corpo discente, mas, através da gratuidade e possibilidade de subsídio

na redução de custos, operamos diretamente na acessibilidade e ampliação do

público. Assim, constituiu-se o acesso à arte e cultura enquanto um direito elementar

à cidadania e à consolidação de uma sociedade mais justa e plural e compreende-se

o compromisso social desenvolvido no âmago do departamento.

Planetário da UFRGS

Em 2016, enfatizaram-se as obras de reforma dos banheiros e da área

administrativa do Planetário, iniciadas em fevereiro de 2015, interrompidas em abril

daquele ano, e reiniciadas em agosto de 2016. Para que o Planetário pudesse

retomar suas atividades de atendimento à comunidade escolar e ao público em geral,

foram locados banheiros químicos.

Em janeiro foram realizadas 19 sessões de férias para um total de 2.116

crianças e quatro sessões especiais para entidades de assistência social (CPCA Porto

Alegre, Cras Canoas, Ibramex, Amandir, Associação Comunitária do Campo da Tuca

e Geração POA), que atenderam um público de 312 pessoas.

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147

Em fevereiro foi realizada a oficina Terra como um grão de pimenta para 23

alunos e três assistentes sociais do grupo Geração PoA, um projeto que integra as

políticas de Saúde Mental e Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde

da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A oficina foi realizada com mais três grupos

da terceira idade e um grupo da educação infantil, totalizando 133 pessoas.

Em maio o Planetário foi uma das sedes do evento Noite nos Museus, sendo

realizados três shows musicais, quatro oficinas de identificação do céu e três sessões

Caminho das Estrelas, atendendo um público de 2.885 pessoas.

Dentre as ações de formação acadêmica em Astronomia e ciências afins,

destacam-se as cinco aulas ministradas na cúpula do Planetário das disciplinas

Explorando o Universo: dos quarks aos quasares e Astrofísica para um total de 330

alunos e seis professores. Também foram realizados uma assessoria no Planetário

de Goiânia (cinco pessoas) e três treinamentos de um grupo teatral com cinco

apresentações da peça As Aventuras do Pequeno Príncipe na cúpula do Planetário,

totalizando um público de 368 pessoas.

No tocante a ações de divulgação científica propriamente dita, foram realizadas

seis palestras para um público de 370 pessoas. Dentre estas, três foram

comemorativas dos 55 anos do primeiro voo orbital tripulado e dos 44 anos do

Planetário e outras três referentes ao evento Astronomia nas Culturas, oferecidas

especialmente para professores de ciências. Esse evento teve como foco a pesquisa

e valorização do patrimônio cultural dos variados grupos étnicos e culturais do Brasil

e países da América Latina e contou com a participação ativa de diversos grupos

(indígenas, afrodescendentes, etc.). Também foi realizada a oficina O Eclipse Solar

de 1996 no Rio Grande do Sul, seguida de observação do Sol, para 37 pessoas.

Além disso, foram realizados dois shows musicais, o Concerto de Inverno e o

Concerto de Primavera, em parceria com o grupo Astronomusic, com a utilização de

recursos audiovisuais e identificação do céu na cúpula do Planetário, para um total de

134 pessoas.

De março a dezembro, foram realizadas 78 sessões dominicais na cúpula

(sessões infantis às 16h, e para jovens e adultos às 18h) para 5.887 pessoas. Cabe

mencionar que o ingresso das sessões dominicais é um quilo de alimento não

perecível, que é recolhido por entidades filantrópicas previamente cadastradas no

Planetário. Foram recolhidos 5.816 kg de alimentos. Durante esse mesmo período,

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foram realizadas 353 sessões para a comunidade escolar, que receberam 23.788

estudantes e professores. A mostra A Terra no Universo permaneceu como recurso

pedagógico para a comunidade escolar e público em geral. No plano geral, alcançou-

se um público de 32.380 pessoas.

Museu da Universidade

O Museu da UFRGS, visando a inserir suas ações dentro do Plano de

Desenvolvimento Institucional 2016-2026 e do Plano de Gestão 2012-2016, realizou

projetos seguindo a premissa de que somos “uma Instituição pública a serviço da

sociedade e comprometida com o futuro e com a consciência crítica, respeita as

diferenças, prioriza a experimentação e, principalmente, reafirma seu compromisso

com a educação e a produção do conhecimento, inspirada nos ideais de liberdade e

solidariedade”.

Neste ano, foram desenvolvidas atividades que se destacam pela importância

social e impacto científico, técnico e cultural para o desenvolvimento regional e

nacional. Possibilitou-se o compartilhamento de conhecimentos por meio de ações

socioeducativo-culturais com linguagens diferenciadas, objetivando atingir diferentes

grupos sociais e culturais. A diversidade esteve presente na perspectiva da

interculturalidade e nas ações afirmativas. Além disso, o Museu foi frequentado por

público variado, recebido por alunos de diversos cursos da UFRGS.

Foram promovidas exposições e ações, tais como cursos de formação

continuada para professores da Educação Básica, palestras, oficinas, debates e

apresentações artístico-culturais, com a participação de docentes, discentes e

técnicos da Universidade e convidados. Tiveram prosseguimento as atividades

vinculadas à exposição “As meninas do Quarto 28”, que apresentou conteúdo inédito

e um público visitante numeroso. Os conteúdos priorizaram a democracia, o respeito

à diversidade e às diferentes culturas, bem como questões ligadas à Ética, Educação,

Memória e Filosofia. O Museu também se dedicou ao trabalho já consolidado da Rede

de Museus e Acervos Museológicos – REMAM, em cooperação com os diferentes

setores e unidades acadêmicas da UFRGS. Outro destaque foi a continuidade do

Seminário Grandes Mestres dos Mestres da UFRGS, parceria do Museu com o ILEA-

Rede Episteme e REMAM, que trouxe à tona memórias das pessoas que construíram

e constroem a UFRGS.

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Contudo, por conta dos problemas políticos e econômicos pelos quais passou

e passa o Brasil, a exposição programada para inaugurar em julho deste ano não

recebeu a verba do Ministério dos Esportes a tempo. Como o financiamento chegou

no mês de dezembro, a exposição será produzida em 2017. Mesmo assim, o Museu

não paralisou suas atividades e apresentou três exposições em seu prédio: duas

mostras com acervos do próprio setor e da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo (em

parceria com o DDC/PROREXT) e a terceira com fotografias produzidas por grupo

interdisciplinar de Pesquisa da Escola de Administração. Também continuou

realizando a itinerância de mostras na UFRGS e em instituições externas. Além disso,

o Museu realizou atividades institucionais em interação com o meio social,

principalmente nas áreas de educação, cultura, cidadania, meio ambiente e patrimônio

cultural.

Quanto ao seu acervo, o Museu da UFRGS foi ponto de referência e colaborou

na execução de diversos materiais promocionais ou científicos, aumentando

sensivelmente a procura e a divulgação do mesmo pelas redes sociais e pela pesquisa

local. No cumprimento de sua missão social e de avanço do conhecimento, o Museu

da UFRGS articula ensino-extensão-pesquisa. Todas as suas ações têm entrada

franca e contemplam a acessibilidade e o acolhimento.

Salão de Atos

No ano de 2016 foram realizadas diversas atividades de cunho científico-

acadêmico e as mais variadas atividades culturais, desenvolvidas na sua maioria por

órgãos internos da Universidade. As atividades produzidas por órgãos externos, tanto

da esfera pública quanto da iniciativa privada aconteceram em números quantitativos

inferiores às atividades internas da Universidade. O ano também foi marcado pelo

grande número de atividades, sejam elas acadêmicas, científicas ou culturais, que

foram canceladas, após estarem asseguradas as suas reservas de espaço.

Os objetivos traçados para a realização do Projeto Som no Salão foram

cumpridos com a realização de quatro espetáculos de artistas que foram selecionados

através de edital que teve mais de cem trabalhos inscritos.

A parceria OSPA/UFRGS teve novamente aumento no número de público, com

grande participação da comunidade universitária nos concertos, uma vez que os

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convites disponibilizados para a comunidade se esgotaram em todos os eventos

promovidos.

Foi possível manter o espaço em condições ideais de utilização, tanto no que

se refere às questões de infraestrutura, segurança patrimonial e dos os usuários do

espaço (público, equipes de produções, conferencistas, artistas), garantindo conforto

e segurança durante os mais diversos eventos que foram sediados no Salão de Atos.

Tabela 14 - Atividades do Salão de Atos em 2016

Indicadores de gestão - 2016

Salão de Atos

Colação de Grau Nº de eventos 66

Nº de reuniões 70

Parceria UFRGS-OSPA Nº de eventos 09

Público 5.881

Projeto Som no Salão Nº de eventos 04

Público 2.440

Público Total 8.321

Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2016.

De acordo com os resultados aqui descritos, o Quadro a seguir resume as

fragilidades e potencialidades para a área de extensão da UFRGS.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADÊMICAS DE EXTENSÃO

Itens Potencialidades Fragilidades Recomendações

Extensão na

UFRGS

Continuidade da consolidação da

extensão desenvolvida pela UFRGS, com

número expressivo de atividades que

alcançam diversos públicos.

Naturezas

acadêmica e

social da

Extensão

Reconhecimento da natureza acadêmica

e social da extensão desenvolvida pela

UFRGS.

Ainda há pequena participação de

alunos de graduação como executores

em atividades de interação acadêmica,

prevista na Decisão nº 193/2011-

CONSUN.

Incentivar os coordenadores de atividades de

extensão a incluírem alunos, especialmente de

graduação, nas respectivas equipes de

trabalho.

Diversidade e

abrangência

Diversidade da extensão desenvolvida na

Universidade (de modalidades

apresentadas e de público a que se

destina) e abrangência (contemplando

todas as áreas do conhecimento e com

envolvimento de diferentes agentes).

Apoio às

atividades de

extensão

Continuidade de apoio às atividades de

extensão através do desenvolvimento do

Programa de Bolsas de Extensão e do

Programa de Fomento da Extensão.

Edital

PROEXT-MEC

Trabalho junto aos coordenadores da

UFRGS no Edital PROEXT-MEC, com

acompanhamento e execução financeira

das atividades contempladas para

realização em 2016. Até o momento não

foi lançado pelo MEC novo edital do

PROEXT 2017.

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Trabalho com

COMEX e

extensionistas

Continuidade do trabalho de reflexão e

debate sobre a extensão, em especial

através de encontros com COMEX nas

unidades e de edições temáticas dos

Diálogos da Extensão.

Eventos de

Extensão

Parceria com diversas unidades e setores

da UFRGS na realização de eventos da

extensão promovidos pela PROREXT,

como UFRGS Portas Abertas e Salão de

Extensão.

Avaliação da

extensão

Realização de processos de avaliação da

extensão fundamentados em critérios

concordes com as diretrizes da extensão

universitária brasileira: Programa de

Bolsas, Programa de Fomento,

identificação de destaques do Salão de

Extensão.

Dar continuidade ao processo de divulgação e

reflexão sobre as diretrizes da extensão

universitária junto aos atores e instâncias

relativas à extensão na UFRGS.

Setores da

PROREXT

Desenvolvimento de atividades de

extensão pelos setores e departamentos

da PROREXT em parceria com unidades

acadêmicas da UFRGS, evidenciando o

caráter multidisciplinar da extensão e sua

relação com o ensino e com a pesquisa.

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QUADRO 14: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADEMICAS DE EXTENSÃO

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154

2.6. PÓS-GRADUAÇÃO (STRICTO E LATU SENSU)

Responsável: PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO (PROPG)

A posição central que a pós-graduação ocupa na UFRGS foi confirmada no

Plano de Desenvolvimento Institucional 2011-2015 ao afirmar que ”a maturidade do

desenvolvimento acadêmico da UFRGS passa necessariamente pela pós-graduação,

ainda mais tendo presentes o papel histórico e a contribuição atual da Universidade

ao ensino de pós-graduação no Brasil”. Na estrutura da UFRGS, a pós-graduação

está ligada à Pró-Reitoria de Pós-Graduação, à qual compete, segundo o artigo 36 do

Regimento Geral, formular diagnósticos, elaborar propostas e coordenar as atividades

da sua área respectiva.

Na consecução de suas competências, a PROPG coordena as atividades

acadêmicas e a política de pós-graduação na UFRGS. Para tanto, a sua dinâmica de

funcionamento é construída a partir da interlocução direta com instâncias internas da

Universidade e com instâncias externas à instituição. São instâncias mais próximas

de interlocução interna: os programas de pós-graduação, a Câmara de Pós-

Graduação do Conselho de ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) e o Fórum de

Coordenadores da Pós-Graduação; são instâncias mais próximas de interlocução

externa: a CAPES, principal agência de avaliação e fomento da pós-graduação

brasileira, e o CNPq. Na discussão da política de pós-graduação a PROPG integra o

Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pós-Graduação (FORPROF), participando dos

seus encontros anuais, de caráter nacional, e semestrais, de caráter regional.

A PROPG informa e discute as normativas nacionais da pós-graduação com os

programas de pós-graduação, através da Câmara de Pós-Graduação (CAMPG), do

Fórum de Coordenadores e de comunicações pontuais e periódicas com os

programas; cabe também à PROPG propor à CAMPG as atualizações legislativas

necessárias, com vistas à sua normatização, quando necessário, pelos conselhos

superiores da Universidade (CEPE e CONSUN). Esta rede de interlocução tem

favorecido a existência de um ambiente propício para a manutenção da qualidade da

pós-graduação da UFRGS, num esforço (1) de incentivo à criação de cursos de pós-

graduação em áreas estratégicas para a Universidade e para a sociedade; (2) de

manutenção da avaliação dos programas pela CAPES em curva ascendente ou, no

mínimo, em um nível constante, sem descensos; (3) de prosseguimento de iniciativas

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continuadas de elevação dos conceitos dos cursos que tenham sido avaliados como

medianos (conceito 3) por aquela agência; e (4) de otimização dos recursos

disponíveis para os fins mais apropriados ao incentivo à pós-graduação – mobilidade,

intercâmbio, condições de funcionamento, qualificação de bancas, interação com a

pesquisa e diálogo com a graduação.

Em 2016, o apoio técnico da PROPG aos cursos de pós-graduação se deu

mediante (1) o fomento e cooperação nacionais e internacionais; (2) a articulação para

submissão e implementação de projetos dos editais de bolsas; (3) a orientação para

elaboração do relatório de avaliação CAPES; (4) a articulação e o apoio técnico para

a utilização dos Sistemas de Controle Acadêmico POSGRAD e demais Sistemas

internos da UFRGS, além do SAC-IES, COLETA/Plataforma Sucupira/Relatório

Coleta. Em termos mais gerais, a PROPG atuou (1) na implementação de convênios

de cooperação e intercâmbio nacionais e internacionais; (2) na interação com

unidades acadêmicas e programas de pós-graduação na assessoria técnica na

proposição de cursos de especialização e seu controle, acompanhamento, execução,

bem como relatórios e expedição de certificados; (3) na expedição de diplomas de

mestrado e doutorado de programas da UFRGS e no apostilamento de diplomas de

pós-graduação stricto sensu expedidos por universidades estrangeiras.

A PROPG tem uma política institucional de apoio à criação de novos cursos,

especialmente stricto sensu, que venham a abarcar áreas ainda não atendidas pela

instituição e que possam trazer contribuição aos âmbitos social, acadêmico e de

conhecimento. Neste sentido, a UFRGS chancelou, encaminhou e teve aprovados

pela CAPES, em 2016, o mestrado em Ensino de Matemática (conceito 3), o mestrado

em Nutrição (conceito 3), o mestrado em Museologia e Patrimônio (conceito 3) e os

Cursos de doutorado e mestrado em Engenharia Civil: Construção e Infraestrutura

(conceito 5). Em dezembro de 2015 havia sido aprovado, para início de atividades em

2016, o mestrado em Controladoria e Contabilidade (conceito 3). Há duas propostas

submetidas em 2016 que ainda estão pendentes de apreciação final pela CAPES:

Assistência Farmacêutica e Segurança Cidadã, ambas no nível mestrado, com início

previsto para 2017. Neste processo de apreciação final, a PROPG tem auxiliado na

resposta às diligências feitas pela agência, bem como tem participado ativamente

junto às comissões de visita que aqui vem para investigar, in loco, as reais condições

de implantação do curso proposto, como foi o caso da visita com vistas aos novos

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PPGs em Engenharia Civil: Construção e Infraestrutura (da Escola de Engenharia) e

em Segurança Cidadã (do IFCH).

A aprovação pela CAPES de seis propostas da UFRGS para cursos novos

atesta que a pós-graduação da Universidade segue em expansão. Em 2016 foram

aprovadas as seguintes propostas: o mestrado na área de Nutrição (“Nutrição,

Alimentação e Saúde”), o doutorado na área de Farmácia (“Assistência

Farmacêutica”), o mestrado na área de Administração (“Controladoria e

Contabilidade”), o mestrado em Ensino de Matemática, o mestrado na área de

Comunicação e Informação (“Museologia e Patrimônio”) (ME), e os Cursos de

Mestrado e Doutorado na área de Engenharia Civil (“Engenharia Civil: Construção e

Infraestrutura”). A UFRGS tem hoje em funcionamento, na pós-graduação stricto

sensu, 73 cursos de doutorado, 77 de mestrado acadêmico e 10 de mestrado

profissional. Na pós-graduação lato sensu, foram aprovados 55 cursos de

especialização e de residências uni e multiprofissionais para funcionamento em 2016.

São 12.201 alunos matriculados em cursos stricto sensu e 4.411 os alunos

matriculados em cursos lato sensu. Confirmando sua vocação para a capacitação

altamente qualificada de recursos humanos nas diversas áreas de conhecimento, a

pós-graduação da UFRGS titulou, em 2016, 1.463 mestrandos e 932 doutorandos;

neste mesmo período foram expedidos 1.844 certificados de especialização. Em

2016, houve 3.437 credenciamentos ativos para docentes na pós-graduação; o

sistema de pós-graduação stricto sensu contou com 2.468 disciplinas oferecidas.

A PROPG gerenciou 631 bolsas de mestrado e 812 bolsas de doutorado

Demanda Social/Capes e 37 bolsas de pós-doutorado do PNPD Institucional. Os

programas de pós-graduação da UFRGS gerenciaram 181 bolsas do PNPD/CAPES.

A PROPG gerenciou também 203 bolsas de Desenvolvimento Institucional, que

servem prioritariamente ao apoio às atividades da pós-graduação da Universidade.

A expansão da pós-graduação na UFRGS está associada a dados significativos

da avaliação dos cursos e programas pela CAPES. Ao final de 2016, a avaliação indica

a seguinte realidade: 13 cursos com conceito 7 e 19 com conceito 6 – sendo os

conceitos 6 e 7 indicadores de excelência e internacionalização; 28 cursos com

conceito 5 – o estrato mais numeroso na UFRGS, embora comparável em quantidade

à soma dos cursos de excelência (6 e 7); os estratos mais baixos, 4 e 3, reúnem,

respectivamente, 18 e 10 programas. A média da UFRGS na Pós-Graduação é 5,21,

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assim pormenorizada: 5,23 para os programas acadêmicos – mestrado acadêmico;

5,22 para os cursos de mestrado acadêmico e 5,38 para os cursos de doutorado; a

média dos mestrados profissionais é 3,90, o que – a se somarem os MP com os

mestrados acadêmicos, diminui a média dos mestrados na UFRGS para 5,08.

A UFRGS, através da PROPG, tem como uma de suas prioridades a

internacionalização, pois, conforme afirma o PDI 2011-2015, a Universidade deve

“ampliar [sua] perspectiva internacional, no momento histórico em que o Brasil

conquista um espaço importante de liderança na economia, na ciência, na política e

na cultura do mundo”. Em 2016, foram desenvolvidas as seguintes ações de

internacionalização: (1) execução do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-

Graduação (PEC-PG) de CAPES e CNPq, gerenciando 06 bolsas PEC-PG de

mestrado e 04 bolsas CNPq/MCT-Mz de mestrado; (2) aprovação de 20 cotutelas,

sendo uma na Argentina, seis na França, quatro na Escócia, quatro na Espanha, e

uma cada na Austrália, na Holanda, na Itália, em Portugal e na Suécia; (3) admissão

de três doutorandos e seis mestrandos no Programa de Alianças para a Educação e

Capacitação – PAEC OEA/GCUB (Edital CGUB/OEA 001/2015), promovido pelo

Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras; (4) prosseguimento do Programa Escala

de Estudantes de Pós-Graduação do Grupo Montevideo; acolhendo cinco pós-

graduandos estrangeiros e enviando quatro pós-graduandos da UFRGS em

mobilidade; (5) continuação dos Programas MCT/MZ/CNPq, com seis pós-

graduandos estrangeiros, e Bolsas da Universidade Autônoma de Madrid – Banco

Santander, com dois pós-graduandos estrangeiros em mobilidade na UFRGS.

A PROPG tem prosseguido seus programas e convênios acadêmicos, embora

alguns tenham atendido, em 2016, menos pós-graduandos do que em anos

anteriores. Tanto assim que, em 2016, a PROPG gerenciou apenas seis bolsas do

Programa Institucional de Bolsas de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da

CAPES contra 179 bolsas desse mesmo Programa em 2015.

O esforço de nucleação acadêmica é contínuo na pós-graduação da UFRGS,

o que é comprovado por três Mestrados Interinstitucionais (MINTER) e seis

Doutorados Interinstitucionais (DINTER) em funcionamento em 2016. Estes

programas são ou foram desenvolvidos, respectivamente, com a Universidade

Federal do Acre, a Faculdade La Salle e a Universidade de la Republica; e com a

Faculdade Católica de Rondônia, a Fundação Universidade Federal de Roraima, a

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UDESC, o IFET/Espírito Santo; a Universidade Federal do Maranhão e a Escola de

Música e Belas Artes do Paraná. Além do MINTER e do DINTER, a UFRGS participa

como polo em dois mestrados profissionais, dois mestrados acadêmicos / doutorados,

e um doutorado. O Campus Litoral da UFRGS acolhe, como polo, o curso de mestrado

profissional em Ensino de Física.

Os recursos de custeio do Programa de Apoio à Pós-graduação - PROAP, o

principal recurso executado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) e cuja

origem é a CAPES, totalizaram R$ 2.340.863,62, que, somados aos recursos PNPD,

da ordem de R$ 144.150,00 e utilizado por bolsistas PNDP/CAPES, atingem o valor

de R$ 2.485.013,62. Isto representa um incremento de 112% em relação ao

orçamento de 2015.

No entanto, estes recursos chegaram a UFRGS apenas no segundo semestre

de 2015, o que fez com que o Edital 001/2015 – Apoio às atividades de Pós-

Graduação da UFRGS, com início em outubro de 2015 e encerramento em julho de

2016, tivesse que dar conta das necessidades do primeiro semestre do ano. O Edital

001/2015 teve valor concedido, acrescido de rendimentos, na ordem de R$

2.753.049,86; este valor foi utilizado para custeio e capital pelos PPG, sendo que a

PROPG utilizou R$ 60.238,80 com a Biblioteca Central e R$ 34.886,80 com a Gráfica

da UFRGS.

Os recursos PROAP do ano de 2016 foram utilizados para fazer frente a

despesas essenciais para o andamento das atividades de ensino e pesquisa dos

Programas. Houve auxílio de diárias e passagens aéreas especialmente para os

PPGs recém autorizados, além de utilizações com o Almoxarifado Central UFRGS e

com a Biblioteca Central (renovação de assinaturas da Revista dos Tribunais, do UDC

on line e da Base de Dados HS Talks on line).

A PROPG prosseguiu com o seu apoio aos programas de pós-graduação

através de uma média mensal, entre janeiro e dezembro de 2016, de 203 bolsas de

Desenvolvimento Institucional (DI) – um investimento da Universidade no valor total

de R$ 1.225.420,00 arrecadado diretamente através dos cursos de especialização.

Os recursos do Tesouro originários do Programa Escala de Estudantes de Pós-

Graduação/AUGM totalizaram R$ 4.800,00 como auxílio deslocamento (04 pós-

graduandos da UFRGS beneficiados) e R$ 30.403,14 em bolsas para alunos

estrangeiros (05 pós-graduandos estrangeiros beneficiados).

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Na configuração atual, 43 programas de pós-graduação pertencem ao PROAP

e seus recursos são gerenciados pela PROPG e 32 programas de pós-graduação são

financiados pelo PROEX, com gerenciamento dos recursos pelo próprio programa,

além de dois cursos em rede. Há ainda recursos financeiros oriundos da contribuição

para o desenvolvimento institucional realizada pelos cursos de especialização

oferecidos pelas unidades acadêmicas, cujo montante arrecadado permite o

pagamento de bolsas de apoio aos programas e financiamento de outras atividades

previamente aprovadas por Comissão constituída especificamente para este fim.

Todas as atividades da pós-graduação da UFRGS estão ligadas às demais

atividades acadêmicas da universidade. A atividade na graduação para o docente de

pós-graduação é exigida pela CAPES em seu Relatório de Avaliação. Isto garante a

inserção dos docentes nos dois principais níveis acadêmicos. Da mesma forma,

conta-se a atuação dos pós-graduandos no ensino de graduação, como parte dos

seus estágios docentes orientados os quais, na UFRGS, são facultados a todos os

alunos de pós-graduação e não só aos bolsistas CAPES ou CNPq.

Num âmbito mais filosófico, assinale-se que as áreas nas quais são oferecidos

os cursos de pós-graduação coincidem e ultrapassam as áreas oferecidas na

graduação. Se na maioria das vezes os cursos de pós-graduação são oriundos de

grupos de docentes e pesquisadores atuantes na graduação, também é verdade que

– uma vez em funcionamento – o curso de pós-graduação passa a beneficiar a

graduação através da atuação de seus docentes em ambos os níveis acadêmicos,

bem como com o compartilhamento das pesquisas em andamento. Deve-se ressaltar,

ademais, que a integração acadêmica se deu também através do XII Salão de Ensino

(Salão UFRGS 2016), evento organizado conjuntamente pela PROPG, PROGRAD e

SEAD, realizado no período de 12 a 16 de setembro de 2016, no Campus do Vale da

UFRGS. Este é um esforço de diálogo entre atividades-fim da Universidade que ainda

oferece espaço para fortalecimento.

As iniciativas da pós-graduação na UFRGS para a formação de pesquisadores

e de profissionais para o magistério superior se consubstanciam em premiações,

destacando-se o Prêmio CAPES de Teses, reconhecimento da agência

financiadora/avaliadora e da comunidade científica à excelência da formação nas

diversas áreas em que atua a pós-graduação brasileira e na UFRGS. No ano de 2016,

a Pós-Graduação da UFRGS mais uma vez recebeu esse reconhecimento nacional:

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o Prêmio CAPES de Teses premiou 04 de nossos doutorandos: Eduardo Rigon

Zimmer do PPG Ciências Biológicas – Bioquímica; Fernanda Fiegerbaum do PPG

Ciência dos Materiais; Márcio Barcelos do PPG Sociologia; Márcia Veiga da Silva do

PPG Comunicação e Informação. Por seu lado, o Prêmio UFRGS de Tese, que em

anos anteriores atuava como uma pré-seleção às candidaturas ao Prêmio CAPES de

Teses foi descontinuado por ausência de recursos.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADÊMICAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Manutenção da avaliação dos programas

em curva ascendente ou, no mínimo, em

um nível constante, sem descensos

Manutenção dos resultados da

avaliação do triênio anterior para o

quadriênio (2013-2016) em

avaliação pela CAPES em 2017

O preenchimento do Coleta

CAPES na Plataforma Sucupira

pode apresentar distorções, na

origem, que prejudiquem a

correta avaliação pelos comitês

técnicos da CAPES

Verificação da consistência dos relatórios da

avaliação, antes do envio à CAPES

Incentivo à criação de cursos de pós-

graduação em áreas estratégicas para a

Universidade e para a sociedade

Ampliação da pós-graduação

através da criação de novos

cursos de pós-graduação

A tramitação lenta dos processos

de criação de cursos novos

(APCN-CAPES) pode prejudicar

sua submissão dentro dos

prazos estabelecidos pela

CAPES

Ação junto aos programas ou grupos

proponentes para agilização na submissão

dos APCN, favorecendo sua apreciação

pelas instâncias universitárias

Otimização dos recursos disponíveis para o

incentivo à pós-graduação

Utilização de recursos para os fins

de incentivo à pós-graduação -

mobilidade, intercâmbio,

condições de funcionamento,

qualificação de bancas, interação

com a pesquisa e diálogo com a

graduação.

Excessiva dependência de

recursos externos para o

incentivo à pós-graduação

Gestão junto às instâncias financiadoras para

a retirada de restrições orçamentárias

Internacionalização Através dos seus programas,

convênios e editais, a UFRGS tem

condições de incrementar a sua

internacionalização

Restrições orçamentárias

poderão vir a prejudicar a

implementação de programas,

convênios e editais

Busca de recursos e gestão junto às agências

de fomento por garantias orçamentárias

Política de bolsas Garantir a continuidade da política

de bolsas da PROPG,

incentivando o seu incremento

Restrições orçamentárias

poderão vir a prejudicar a

continuidade da política de

bolsas da PROPG

Pleitear junto aos órgãos financiadores a

manutenção e o incremento às bolsas

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162

QUADRO 15: RESUMO AUTOAVALIATIVO DAS POLITICAS ACADÊMICAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

Integração entre atividades-fim da

Universidade

Fortalecimento do Salão UFRGS

como fórum de integração das

atividades-fim

Diminuição de condições de

apoio financeiro e de espaço

físico

Participação em reuniões preparatórias do

Salão UFRGS, com vistas a incentivar sua

ampliação.

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163

DIMENSÃO 4: COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

4.1 A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

Responsável: SECOM

O Plano de Desenvolvimento Institucional 2011-2015 remete ao Estatuto da

Universidade ao apresentar a missão, objetivos e metas da instituição. Assim,

apresenta a seguinte definição quanto à finalidade precípua da Universidade: “a

educação superior e a produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e

tecnológico, integradas no ensino, na pesquisa e na extensão”. O texto do PDI

registra, ao comentar a extensão universitária, que os processos de interação com a

sociedade se inserem na produção de conhecimento que contribui para o

desenvolvimento cultural, social, econômico e ambiental.

Sobre a temática da comunicação social, o Plano de Desenvolvimento

Institucional 2011-2015 apresenta, no tópico “Organização administrativa da

instituição”, a seguinte proposição:

A comunicação social é uma área estratégica para o desenvolvimento institucional. Através dos meios já existentes (jornal, rádio, TV, portal), e da incorporação de outros, a comunicação deverá ser um espaço de manifestação institucional, como também de expressão da comunidade acadêmica e da sociedade em geral. Nessa perspectiva, faz-se necessário o incremento da divulgação das ações desenvolvidas na Universidade ou fora dela, como também da inserção ativa da UFRGS no cenário da divulgação científica, cultural e artística, com participação dos alunos, docentes e técnicos-administrativos. A comunicação interna lançará mão dos meios tecnológicos disponíveis para alcançar todos os membros da comunidade acadêmica da forma mais abrangente e eficaz. (PDI UFRGS 2011-2015)

Durante o ano de 2016, a Secretaria de Comunicação Social (SECOM) atuou

nesse sentido através dos canais de comunicação existentes até o momento e da

criação de uma nova Plataforma UFRGS Ciência, cujas atividades do último ano são

comentadas abaixo.

A SECOM mantém atualmente 11 canais de comunicação com as

comunidades interna e externa: assessoria de imprensa, portal UFRGS; portal

UFRGS Ciência; redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram); Jornal da

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Universidade; Rádio da Universidade; UFRGS TV; Gráfica; mídias de apoio e

materiais impressos.

Em relação às atividades desenvolvidas pela Assessoria de Imprensa, cumpre

destacar a cobertura específica e direcionada a eventos, entre eles o Vestibular, o

Portas Abertas, o UFRGS Criança e o Salão UFRGS. Ressalta-se aqui o trabalho

realizado para a divulgação do Vestibular, que começa com a disponibilização das

informações até a publicação da lista de classificados.

Em 2016, a Assessoria de Imprensa, em parceria com o Departamento de

Difusão Cultural, realizou uma festa de recepção aos aprovados, com apresentações

musicais, festa das tintas e molduras para os calouros tirarem suas fotos com o logo

do perfil UFRGS Notícias. A ação foi voltada à integração dos calouros ao ambiente

da Universidade. Nas redes sociais, desde os momentos que antecederam às provas,

a Assessoria trabalhou a personagem “Tia UFRGS”, aproximando-se da linguagem

usada pelos jovens internautas e repassando dicas importantes aos vestibulandos, de

modo a criar um vínculo de afeto entre a instituição e seus futuros alunos.

Tendo em vista a mudança realizada nos procedimentos de ingresso na

graduação, que passou a contar com um Portal do Candidato para envio da

documentação necessária à primeira fase da matrícula dos calouros, a equipe da

Assessoria manteve um fluxo de comunicação constante com o Departamento de

Consultoria em Registros Discentes (DECORDI) e Pró-Reitoria de Graduação

(PROGRAD), para divulgar as informações aos estudantes, incluindo os

chamamentos extras de selecionados no SiSU e no Concurso Vestibular.

A busca de aproximação com a Divisão de Alimentação (DAL) da Pró-Reitoria

de Assuntos Estudantis (PRAE) permitiu a divulgação antecipada de modificações no

funcionamento dos restaurantes universitários, prestando amplo esclarecimento aos

usuários dos estabelecimentos.

A SECOM, por meio da Assessoria de Imprensa, participou ativamente da

divulgação das ações do combate aos focos de Aedes Aegypti nos campi. Foram

produzidas matérias sobre os trabalhos de equipes de limpeza e sobre a importância

da conscientização sobre os perigos das doenças transmitidas pelo mosquito, além

de mostrar pesquisas e ações da Universidade nessa área. Na mesma direção,

salienta-se o trabalho da Assessoria junto ao Comitê Contra a Intolerância, para o qual

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foram desenvolvidos desde a sua logomarca até um manual de aplicabilidade para

diferentes ferramentas.

Ao terminar o período reitoral 2008-2016, a Assessoria produziu o relatório de

gestão dos dois mandatos. A SECOM contribuiu, ainda, para a elaboração do livro

“UFRGS – 80 anos”, em parceria com o Departamento de Difusão Cultural, e para a

produção de vídeos institucionais sobre o Hospital Odontológico e sobre a

Universidade, este em Alemão para receber a comitiva responsável pela instalação

do Centro de Estudos Alemães e Europeus. Também foi empreendido grande esforço

e mobilização na criação de peças publicitárias e de notícias para o Colóquio do

Ensino Médio, evento realizado em novembro e que contou com transmissão da

UFRGS TV para 11 universidades federais da Região Sul.

Também faz parte da Assessoria de Imprensa a Divisão de Fotografia, que

possui atualmente um banco de imagens de acesso livre, com cerca de 100 mil

fotografias das Unidades, das pessoas e de eventos ocorridos na Universidade. O

setor é responsável por registrar as principais atividades realizadas pela reitoria e seus

resultados no âmbito da instituição; documentar ações relacionadas à vida acadêmica

como o processo seletivo do vestibular, simpósios, seminários, salões, cerimônias de

nomeações e posse, homenagens, mostras, exposições, debates e outros encontros,

além de colaborar com a atualização das imagens para notícias veiculadas no site da

UFRGS.

Em atenção à diretriz do PDI 2011-2015 que indica o incremento da divulgação

das ações desenvolvidas na UFRGS, durante os anos de 2015 e 2016, foi idealizado

e lançado o portal UFRGS Ciência3. O site tem como objetivo aproximar a comunidade

de atividades científicas e grupos de pesquisa e apresentar o conhecimento produzido

por professores, por alunos e por técnico-administrativos. A publicação ocorre em site

específico, sendo também destacado no Portal da UFRGS e no perfil da Universidade

no Facebook e no Twitter. O portal foi lançado no mês de março de 2016 e registrou

43.887 acessos e 32.608 usuários até o fim desse ano.

Em relação à comunicação através das redes sociais, em 2016, foram

realizadas, no Facebook, mais de 1.600 postagens entre textos, links, fotos e vídeos.

Houve o crescimento do número de usuários “seguidores” da página da UFRGS na

quantia de 21.214, indo de 63.556 em janeiro para 84.770, em dezembro. Vale

3 Disponível em http://www.ufrgs.br/secom/ciencia/, acessado em 20 de janeiro de 2017.

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registrar que o perfil da UFRGS figura entre as cinco páginas de IFES mais

acompanhadas nessa plataforma. No Twitter, foram 2.197 postagens (tweets), 3.952

milhões de visualizações dessas postagens, 140.000 visitas à página e 3.192 novos

seguidores, subindo de 9.850 em janeiro em 2016 para 13.042 em dezembro do

mesmo ano. Entre as redes sociais, a conta pouco atualizada pela equipe neste

período foi a do Instagram, o que ocorreu especialmente porque o site é gerenciável

a partir de dispositivos móveis e o setor não manipula diariamente essas ferramentas.

O Jornal da Universidade, com periodicidade mensal e tiragem de 14.000

exemplares, produziu reportagens envolvendo ensino, produção científica, extensão

acadêmica, música, dança, artes visuais, esportes, e outros tantos temas relacionados

à vida universitária. O Conselho Editorial, formado por docentes, pelo editor e pelo

Secretário de Comunicação, reuniu-se mensalmente para avaliar a edição produzida

no mês e discutir possíveis pautas para a próxima.

Atualmente, o Jornal conta com quatro bolsas para orientação e formação de

estudantes de Jornalismo na rotina de reportagem em veículo impresso. No ano de

2016, foi criada uma oficina de reflexão linguística e análise textual, ministrada pelo

servidor revisor de textos, para esses bolsistas do Jornal. Para 2017, a equipe do

periódico planeja formular, a partir de um grupo de estudos com demais servidores

interessados na área da Comunicação, um projeto editorial para o Jornal da UFRGS

a fim de orientar os rumos da publicação e manter a qualidade de seu conteúdo ao

longo do tempo.

A Rádio da Universidade manteve programação com ênfase na dimensão

cultural da Universidade, mantém a oferta de programação de qualidade ao longo dos

365 dias do ano, com transmissão 24 horas por dia, por ondas eletromagnéticas/AM

e via internet.

A UFRGS TV é transmitida pelo canal Unitv (15 da NET), por seu site e pelo

site da Unitv4. A grade de programação conta com 17 programas entre produções de

conteúdo próprias e coberturas de eventos da Universidade, como o Simplifísica e o

Unimúsica. Também disponibiliza a programação completa no canal UFRGSTV no

site Youtube, que atualmente conta com 12.414 usuários inscritos e 2.104.019

visualizações de vídeos desde sua criação no ano de 2007.

4 Disponível em www.unitv.tv.br e www.tv.ufrgs.br, acessados em 20 de janeiro de 2017.

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No segundo semestre de 2016, foi retomado o projeto de implantação do

Parque Técnico e Operacional da UFRGS TV no Campus Centro. Provavelmente, o

espaço disponibilizado deverá ser no prédio da Faculdade de Química, em fase final

de restauração. Já existe projeto arquitetônico, e prevê-se a necessidade de licitação

para reforma de adequação do local às atividades da TV.

O setor de Design manteve, ao longo do ano de 2016, a prestação de serviços

de design gráfico para diversos eventos da Administração Central, incluindo Gabinete

do reitor, Pró-Reitorias e Secretárias, tais como: Salão UFRGS (colaboração que vai

desde a criação do conteúdo dos materiais de divulgação, desenho e supervisão da

confecção dos prêmios até a sinalização dos locais de atividades durante o evento);

Aula Magna e o calendário de mesa distribuído à comunidade universitária. Em 2016,

o setor de Design, em parceria com o setor de Comunicação do Campus Litoral Norte,

reforçou a divulgação do Concurso Vestibular com ênfase nos cursos ministrados

nesse Campus.

A Gráfica da UFRGS manteve seu propósito de atender a comunidade

acadêmica com qualidade e rapidez. Em 2016, especificamente, houve a expansão

dos setores digital e acabamento, o que demandou ampliação do espaço físico. Nesse

ano ainda, foram projetados dois novos setores para a Gráfica: o Setor de Tratamento

de Imagens e de Criação de Livros Digitais. Esses projetos estão nas etapas iniciais

de capacitação de funcionários, aquisição de equipamentos e planejamento de

espaço físico. Até o momento, foram adquiridos computadores, programas para E-

Book, mesas digitalizadoras, móveis e cadeiras. Também foi realizada uma licitação

para implantação da NR12 (adequação de segurança nas máquinas da Gráfica) em

atendimento a exigências governamentais.

A Gráfica readequou melhor os setores de acabamento, almoxarifado e

impressão digital, promovendo o aumento de serviços executados. Ao longo do último

ano, foram impressas 3.041 ordens de serviços.

Considerações autoavaliativas SECOM

Avaliamos que os números apresentados nesse relatório indicam o bom

aproveitamento e utilização dos canais existentes, demonstrando maturidade dos

processos comunicacionais na SECOM. Por outro lado, percebe-se a predominância

de matérias jornalísticas em detrimento de outras formas de comunicação estratégica.

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Diante dessa constatação, vislumbra-se o potencial de integração de conteúdo nesses

canais sob a perspectiva da Comunicação Integrada.

É relevante ponderar que, em vista do papel das atividades de comunicação na

divulgação da produção do conhecimento, as diversas atividades da Universidade têm

uma relação estreita com as ações de comunicação institucional e de serviços com os

respectivos públicos da UFRGS. Portanto, uma fragilidade identificada no PDI 2011 –

2015 é a brevidade com que o tema da comunicação é contemplado, o que sugere a

necessidade de fortalecimento do papel da comunicação, a definição de suas políticas

e o fomento de seu protagonismo na gestão da instituição.

Além disso, identificou-se a necessidade de incrementar a comunicação interna

da Universidade. Com vistas a minimizar essa carência, foi desenvolvido um projeto

piloto de colocação de murais digitais em locais de grande circulação da comunidade

interna com conteúdo de interesse da mesma. Atualmente, o projeto encontra-se em

fase de testes.

Cabe salientar que o PDI 2016-2026 apresenta mudanças na abordagem da

temática da comunicação. Entre os fatores considerados relevantes para o futuro da

Universidade, é destacada a “comunicação interna e externa”. No subitem “Projeto

Pedagógico Institucional”, encontra-se a projeção da comunicação para o período:

A comunicação é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento institucional. Dessa forma, faz-se necessária a criação de um Plano de Comunicação que direcione o incremento da divulgação das ações desenvolvidas na Universidade ou fora dela, como também da inserção ativa da UFRGS no cenário da divulgação científica, cultural e artística, com participação de docentes, discentes e técnico-administrativos. A comunicação interna deverá estar focada na disseminação das ações como forma de integração entre as diversas áreas e da comunidade em geral, utilizando-se para isso de meios tecnológicos disponíveis para alcançar todos os membros da comunidade acadêmica da forma mais abrangente e eficaz, garantindo a transparência e a visibilidade das ações da Universidade. (UFRGS/PDI 2016-2026)

Com vistas a introduzir mudanças na gestão da comunicação, foi desenvolvido

um plano de gestão em 2016 que contempla a Comunicação Integrada das áreas de

Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo, nas diferentes

plataformas, perpassadas pela sustentabilidade e acessibilidade. Nessa direção, a

SECOM estrutura-se conceitualmente no contexto da Comunicação Integrada,

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priorizando a comunicação social em sua dimensão informativa pelo Jornalismo; de

divulgação e comunicação persuasiva pela Publicidade e Propaganda; e de

comunicação institucional pelas Relações Públicas.

Além de sua competência técnica, a SECOM pautará sua produção pelas

dimensões da Sustentabilidade – inspirada no Triple Bottom Line, em seus caráteres

econômico, ambiental, social – e da Acessibilidade e Inclusão. Ao atender a demanda

de dar visibilidade às ações executadas na (e pela) Instituição, a proposta da SECOM

busca desenvolver uma comunicação com a intenção de gerar, além de impactos, o

engajamento de seus públicos. Nessa perspectiva, espera-se superar uma

comunicação da sustentabilidade, ao incorporar a premissa de uma comunicação para

a sustentabilidade, posicionando a Universidade como agente transformador da

sociedade.

A perspectiva adotada visa, em nível estratégico, articular Jornalismo,

Publicidade e Relações Públicas para, a partir dessa articulação, apropriar-se das

diferentes mídias e canais disponíveis, propondo e realizando ações para a gestão da

imagem e da identidade da UFRGS. Entende-se que, dessa forma, a comunicação

cumprirá seu papel, de atender o Programa do Reitorado e às orientações do PDI -

que estabelece a comunicação como instância estratégica para o desenvolvimento

institucional.

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170

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO

Itens/ Aspectos/

Quesitos

Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na

busca de melhorias

Criação de Projeto Editorial do

Jornal da Universidade.

Equipe de técnicos administrativos

capacitada para desenvolver o

projeto.

Possível acúmulo de trabalho da

equipe da redação do Jornal.

Formação de um grupo de estudos

com a finalidade, dentre outras, de

redigir o documento.

Criação de dois novos setores

para a Gráfica: o Setor de

Tratamento de Imagens e de

Criação de Livros Digitais.

Até o momento, foram adquiridos

computadores, programas para E-

Book, mesas digitalizadoras,

móveis e cadeiras.

Possível falta de espaço físico. Capacitação de bolsistas e servidores.

Divulgação do projeto junto à

comunidade acadêmica.

Implantação da NR12

(adequação de segurança nas

máquinas da Gráfica) em

atendimento a exigências

governamentais.

Licitação para compra e instalação

de itens de segurança nas

máquinas da gráfica e capacitação

dos funcionários para o correto uso

desses equipamentos.

Possível falta de recursos

financeiros para conclusão do

serviço licitado.

Finalização da licitação.

Incrementar a comunicação

interna da Universidade.

Equipe de técnicos-administrativos

capacitada para manutenção do

canal de comunicação.

Disponibilidade de vagas de bolsas

para alunos de áreas correlatas

(Design e Comunicação).

Possível fragilidades de

infraestrutura: necessidade de

aparelhos que atendam o projeto

de mural eletrônico e tecnologia

para distribuir o conteúdo

(modem).

Criação de projeto piloto de colocação

de murais digitais em locais de grande

circulação da comunidade interna. Em

fase de testes.

Page 171: RAAI 2016 RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO  · PDF filetabela 28: livros biblioteca - transaÇÕes de circulaÇÃo, 2015-2016250 tabela 29: biblioteca 2016

171

QUADRO 16: RESUMO AUTOAVALIATIVO SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO

Necessidade de fortalecimento do

papel da comunicação, a

definição de suas políticas e o

fomento de seu protagonismo na

gestão da instituição com a

integração das áreas de

Jornalismo, Publicidade e

Relações Públicas.

Equipe atual da SECOM já conta

com pequeno número de servidores

da publicidade e criação gráfica

para dar início ao projeto de

integração, além dos jornalistas.

Solicitação de novas vagas de RP,

Programação Visual e Produção

Cultural.

Risco de sobrecarga da equipe de

servidores atual pelo aumento de

demandas nas áreas de PP e RP.

Necessidade de novas vagas

nessas áreas.

Foi desenvolvido, no fim do ano de

2016, um plano de gestão que

contempla a Comunicação Integrada

nas áreas de Publicidade e

Propaganda, Relações Públicas e

Jornalismo para articulá-las

estrategicamente. A partir disso,

apropriar-se ainda mais das mídias e

canais disponíveis, propondo e

realizando ações para a gestão da

imagem e da identidade da instituição.

Implantação do Parque Técnico e

Operacional da UFRGSTV no

Campus Centro.

Em negociação com a atual gestão.

Projeto de reforma do espaço físico.

Possível falta de recurso

financeiros. Possível falta de

espaço físico, na hipótese do

espaço atualmente previsto não

ser destinado ao Parque Técnico e

Operacional da UFRGS TV.

Finalização de projeto arquitetônico;

licitação e reforma das instalações;

teste dos equipamentos e início de

produção (2017-2018).

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172

4.2 A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

Responsável: OUVIDORIA

A Ouvidoria da UFRGS é um canal privilegiado de comunicação entre o cidadão

e a instituição. Tem a função de receber, examinar e encaminhar, aos setores

competentes, todas as sugestões, reclamações, elogios e denúncias que lhe sejam

enviadas. Além disso, é sua competência acompanhar as providências adotadas e

garantir que o cidadão receba a resposta à sua manifestação. Sua missão é ouvir o

cidadão, registrar, encaminhar e acompanhar as demandas, além de mediar conflitos

e aperfeiçoar o processo de trabalho dentro da Instituição. Tem por valores a ética, a

transparência, o comprometimento e a equidade. A Ouvidoria não atua como

auditoria, corregedoria ou comissão de ética.

A Ouvidoria da Universidade cumpriu o papel que lhe coube na Gestão 2011-

2016, identificando demandas na comunidade interna e externa, atendendo-as dentro

do possível e, promovendo assim o aprimoramento institucional, pautado na ética, na

transparência, no compromisso e na equidade de suas ações.

Os canais de acesso ao cidadão, disponibilizados pela Ouvidoria da UFRGS

são os atendimentos a seguir:

1.Através do site da Ouvidoria na página eletrônica da UFRGS;

2.Pessoal;

3.Por e-mail;

4.Por telefone;

5.Por carta.

O registro de dados gerenciais e estatísticos sobre a quantidade de

solicitações, reclamações, denúncias, sugestões recebidas e sobre o atendimento/

encaminhamento das demandas apresentadas, é realizado através do Sistema

Eletrônico de Ouvidoria da UFRGS.

O referido Sistema apresenta um formulário para que o cidadão encaminhe sua

demanda (mesmo que o primeiro contato tenha sido feito através de outro canal),

oferecendo a possibilidade de que a mesma seja considerada sigilosa. Através do

mesmo Sistema, a demanda é encaminhada ao responsável maior pelo órgão em

questão, que a deve responder para a Ouvidoria, dentro do prazo estipulado pelo

próprio Sistema. Após análise da resposta, a Ouvidoria aceita como está ou solicita

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173

maiores elementos, antes de retornar ao demandante. Também existe a possibilidade

de que mais de um órgão auxilie na resposta.

O Sistema também é elaborado para oferecer relatórios estatísticos das

diferentes demandas, incluindo gráficos, o que é realizado anualmente ou a qualquer

momento em que for necessário.

A tabela abaixo mostra a evolução das diferentes demandas encaminhadas à

Ouvidoria da UFRGS, no período 2010-2016:

Tabela 15: Demandas enviadas pelo Sistema Eletrônico da Ouvidoria da UFRGS 2010

SET/DEZ 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pedidos de Informação

17 448 485 513 470 466 572

Reclamações 26 224 193 396 440 512 505

Denúncias 12 92 78 158 197 308 483

Sugestões 02 35 30 45 49 48 31

Elogios 05 10 01 10 22 14 16

TOTAIS 62 809 787 1.122 1.178 1.348 1.607

Fonte: Ouvidoria da UFRGS, 2016.

O aumento dos diferentes tipos de demanda é uma informação importante que

a tabela oferece. Tal constatação pode sugerir que as comunidades, interna e externa

à UFRGS, confiam cada vez mais na lisura do processo empreendido pela Ouvidoria

da UFRGS.

O aumento das demandas também propicia, cada vez mais, transformar

transparência passiva em transparência ativa, ampliando as informações

disponibilizadas voluntariamente no portal da UFRGS. (A Ouvidoria da UFRGS pode

ser acessada pelo endereço: www.ufrgs.br/ouvidoria).

O mesmo ocorre com os resultados do Relatório Qualitativo do Serviço de

Informação ao Cidadão – e-SIC, criado através da Lei de Acesso à Informação – LAI,

em maio de 2012, igualmente sob a responsabilidade da Ouvidoria na UFRGS.

O e-SIC acontece com dinâmica semelhante à do Sistema de Ouvidoria da

UFRGS. A maior diferença está no fato de que esse é acionado através do Sistema

da LAI, que atende a todas as instituições públicas federais brasileiras. A Ouvidoria

recebe as demandas da LAI através de aviso por mensagem eletrônica, envia para o

órgão interno através deste mesmo canal e, ao receber a resposta, analisa-a e solicita

complementação ou insere a resposta para o demandante no Sistema da LAI.

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174

O e-SIC também permite que o cidadão impetre recurso, caso se considere

insatisfeito com a resposta oferecida. A instituição, então, deve complementar a

resposta ou argumentar por não o fazer. Em última instância, a Corregedoria Geral da

União interfere na relação instituição-demandante, atuando como intermediadora.

A tabela abaixo demonstra que o total de demandas encaminhadas à UFRGS

tem aumentado ao longo dos anos.

Tabela 16: Demandas enviadas pelo e-SIC para a UFRGS 2012-2016

Mai/dez 2012

2013 2014 2015 2016

Pedido de Informação

75 116 154 170 254

Fonte: Ouvidoria da UFRGS, 2016.

A similitude entre a evolução crescente dos atendimentos entre as tabelas 1 e

2, permite concluir que o cidadão, já habituado ao Sistema Eletrônico de Ouvidoria,

não teve maiores dificuldades para aceitar e compreender o funcionamento do e-SIC,

mostrando semelhante trajetória de aumento de demanda ano após ano.

Ainda, vinculada à LAI, está a Carta de Serviços ao Cidadão da UFRGS,

constante no Portal da UFRGS. A mesma indica 15 serviços que a instituição oferece

à sociedade, sendo que encaminha o demandante para o link do serviço desejado

para maiores informações.

A UFRGS apresenta neste documento os serviços mais demandados, que

oferece à comunidade, e todas as informações necessárias aos cidadãos que queiram

acessá-los. Dentro do que propõe o Programa Nacional da Gestão Pública e

Desburocratização (GesPública), a Carta de Serviços do Cidadão da UFRGS também

divulga os compromissos de atendimento e qualidade. Ao apresentar de forma clara

e precisa a totalidade dos serviços disponíveis, a Universidade facilita o acesso a eles

e estimula a participação dos usuários no processo de melhoria contínua, contribuindo

para a formação de cidadãos agentes de mudanças na gestão pública. Os índices de

excelência alcançados pela UFRGS no ensino, na pesquisa e na extensão são,

também, resultado do relacionamento que a Universidade mantém com a comunidade

desde a fundação dos seus primeiros cursos. A Carta de Serviços ao Cidadão pode

ser acessada no link Acesso à Informação no Portal da UFRGS, tendo em vista que a

Lei de Acesso à Informação instituiu a obrigatoriedade de publicação de seus serviços

mais relevantes das instituições públicas, à qualquer cidadão, facilitando a localização

de informações.

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175

A UFRGS implementou medidas para garantir a acessibilidade aos produtos,

serviços e instalações, localizando a Ouvidoria da UFRGS no térreo do Anexo I da

Reitoria. Tanto a entrada no prédio quanto a entrada no setor, comportam cadeirantes

e outros portadores de necessidades especiais. Existe um computador à disposição

de quem precisar usar para registrar sua demanda, e também é possível que algum

servidor da Ouvidoria o faça para a pessoa em questão, se a mesma solicitar.

A seguir, apresenta-se o Quadro Resumo da Avaliação da Ouvidoria.

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176

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA OUVIDORIA

QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE MELHORIAS

Atendimento no Sistema de Ouvidoria

Sistema Eletrônico eficaz, que comporta atualizações

Alguns usuários respondentes ainda têm dificuldades para trabalhar com os sistemas

Aperfeiçoamento quando possível e necessário

Atendimento no Sistema de Acesso à Informação

Atendimento pessoal e por telefone

A fragilidade existente é a falta de mais uma servidora técnica

Complementação do quadro de servidores da Ouvidoria, repondo a Técnica em Administração que foi cedida

compulsoriamente para o Tribunal Eleitoral do Estado do RS

Grupos de Trabalho criados para atender exigências da LEI de Acesso à Informação

Pessoas aptas a tratar dos assuntos

Necessidade de criação de processos, até então inexistentes

Oferecimento de condições adequadas para o trabalho dos grupos de trabalho.

QUADRO 17: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA OUVIDORIA

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177

4.3 A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

Responsável: EDITORA

Em 2016, a Editora da UFRGS desenvolveu suas atividades com foco no

alcance das metas e dos objetivos gerais previstos no planejamento organizacional e

com intuito de continuar atendendo as diretrizes apontadas à gestão pela Pró-Reitoria

de Coordenação Acadêmica, da qual a Editora é um órgão suplementar. Os resultados

obtidos demonstram que os objetivos gerais e as metas previstas foram

satisfatoriamente atingidos. Durante o ano, a Editora manteve-se focada no

desenvolvimento das mudanças necessárias, identificadas no ano de 2015, e no

aperfeiçoamento dos ajustes já realizados.

Entre as diretrizes mencionadas destacam-se quantidade, pois foram

produzidas 55 novas obras (incluindo livros físicos, eletrônicos e coedições), e

qualidade dos títulos editados, o que corresponde a uma Universidade de padrão

internacional. Foram mantidos os procedimentos regulares de atendimento aos

autores e organizadores de obras, com reuniões que possibilitaram o

aprimoramento da relação autor/editora. Rea l izou -se a otimização dos processos

editoriais, de modo a garantir maior agilidade nas diversas etapas envolvidas na

produção e distribuição do livro, seja ele impresso ou digital. Ainda em relação aos

projetos editoriais, finalizou-se a reorganização do catálogo de Séries e Coleções,

totalizando 9 séries: Cenários do Conhecimento; Estudos Rurais; Entremeios;

Desafios do Envelhecimento; Sul Global: Relações Internacionais e Desenvolvimento

no Século XXI; Psicanálise: Clínica e Cultura; Centro de Estudos Internacionais sobre

Governo (CEGOV); Patrimônio Histórico; Estudos Sociais Cabo-Verdianos.

Ao longo do ano, efetivou-se a reestruturação da secretaria da Editora, visando

ao melhor gerenciamento no processo de admissão de nova obras. Quanto ao quadro

funcional, foram admitidos três novos servidores (1 revisor, 1 técnico-administrativo e

1 profissional de relações públicas), em substituição aos servidores aposentados no

decorrer do ano. Cabe ressaltar o acolhimento e o empenho demonstrados pelos

servidores da Editora e a fundamental participação do Conselho Editorial no período,

atuando por vezes muito além das suas meras atribuições regimentais ─ funcionando

até mesmo como um Conselho Curador ─, preocupado com a qualidade de catálogo,

a sequência das publicações em Séries e Coleções, entre outras contribuições.

Prosseguiram-se ações de melhoria no espaço físico e na infraestrutura (realocação

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178

de computadores, manutenção de máquinas, estruturação de rede). Promoveu-se a

melhoria das condições físicas de trabalho na sede com o estabelecimento e

fiscalização de rotina de limpeza mensal de calhas junto à Superintendência de

Infraestrutura (SUINFRA) e à Prefeitura Campus Saúde. Foram adquiridos extintores

de incêndio da categoria ABC para atender ao plano de prevenção de incêndio

desenvolvido para a Editora.

A Editora manteve sua participação em vários programas de bolsas para

estudantes de graduação de distintas áreas, com a finalidade de oferecer

conhecimentos e experiência em processos específicos da produção, divulgação e

distribuição de livros. Os bolsistas deram apoio à Editora em eventos que aconteceram

ao longo do ano. Optou-se também pela inclusão de cinco bolsistas para auxiliar no

Centro de Distribuição (CD) para manuseio da máquina seladora (plastificadora),

oferecendo proteção individual aos livros do estoque, e para organização e envio das

obras comercializadas.

Na área de distribuição, divulgação e comercialização, além da manutenção do

convênio firmado com a BookPartners, houve um aumento nos canais de distribuição

por meio de parcerias firmadas com livrarias locais: Bamboletras, Palavraria e

Londres. Ademais trabalhou-se a imagem da editora, marcando presença em eventos

internos da Universidade, como UFRGS Portas Abertas e Salão UFRGS; em feiras

locais, como a já tradicional Feira do Livro de Porto Alegre (com a realocação do

estande para uma área mais nobre da praça) e em feiras nacionais junto à Associação

Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU). Realizaram-se eventos de lançamento

de obras. A Editora conquistou quatro troféus em premiações ao longo do ano: três

no Prêmio Açorianos e um no Prêmio ABEU. Por fim, intensificou-se a exposição de

marca nas redes sociais, promovendo-a institucionalmente e buscando maior

aproximação e interação com seus diferentes públicos.

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179

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA EDITORA

Itens / Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de

melhorias

Estratégias, recursos e qualidade da

comunicação interna e externa

Apoio de um profissional de relações

públicas que permite a adequação da

comunicação aos diferentes públicos da

editora e a facilidade de acesso aos

veículos de comunicação externos.

As linhas de comunicação ainda não estão

bem definidas.

Os canais de comunicação não são

plenamente explorados.

Melhorar utilização dos meios de

comunicação da Universidade: Jornal e

Rádio.

Fortalecer da presença nas mídias

sociais, com a participação nas

principais redes sociais: Instagram e

Twitter, além Facebook.

Imagem pública da instituição nos

meios de comunicação social

A editora possui uma imagem forte e

reconhecida no meio acadêmico.

Baixa interação com o usuário final, pois

não temos livraria física - que é um

importante ponto de contato com a marca.

Maior de participação em feiras e em

eventos e realização de ações

promocionais junto aos canais de

divulgação interno e externos

Quais são os meios de

comunicação utilizados pela IES?

Jornal da Universidade, Rádio da

Universidade, Facebook

Dificuldade de acesso aos veículos de

comunicação externos.

Desenvolver um trabalho de

aproximação aos veículos de

comunicação com a ajuda da

profissional de relações públicas.

A comunicação interna da

instituição é frequente? Quais os

canais de comunicação utilizados?

A comunicação interna acontece por

demanda. Os principais canais de

comunicação são murais, e-mail e

reuniões

Os novos servidores não têm

conhecimento pleno de todo processo

editorial.

Desenvolver um plano de treinamento

de servidores e colaboradores.

Implementar o programa gestão que

permite acompanhamento total do

processo por parte dos servidores.

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180

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA EDITORA

Itens / Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de

melhorias

Existe uma adequada comunicação

entre os membros da instituição?

A maior parte dos membros encontra-se

no mesmo espaço físico o que facilita a

comunicação e evita possíveis ruídos.

Grande número de servidores novos. A

editora teve 25% do seu quadro renovado

em 2016.

Incentivar a interação da equipe em

todo o processo editorial.

Promover reuniões e treinamentos dos

servidores.

A informação entregue aos usuários

da instituição é completa, clara e

atualizada?

Já existem canais para a comunicação

direta aos principais usuários.

Os canais não são usados de forma plena. Desenvolver ferramentas de

comunicação com os autores.

Utilização da ferramenta de mala direta

para ampliar divulgação das novas

obras e projetos aos usuários finais.

QUADRO 18: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA EDITORA

Page 181: RAAI 2016 RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO  · PDF filetabela 28: livros biblioteca - transaÇÕes de circulaÇÃo, 2015-2016250 tabela 29: biblioteca 2016

181

DIMENSÃO 9: POLÍTICA DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES

Responsável: PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS (PRAE)

POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

O PDI Institucional 2016-2026 define como missão da instituição “Desenvolver

educação superior com excelência e compromisso social, formando indivíduos,

gerando conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico, capazes de

promover transformações na sociedade”. Dentre os valores ali instituídos, estão a

responsabilidade social e a promoção do bem-estar social.

A assistência estudantil na UFRGS é composta por um conjunto de obrigações,

responsabilidades e ações destinadas a promover condições objetivas para que os

alunos regularmente matriculados na Universidade, prioritariamente os ingressantes

pelas políticas de ações afirmativa com baixa renda e vulnerabilidade social, tenham

garantia de permanência e diplomação. Como o principal recurso hoje aplicado na

Assistência Estudantil é oriundo do PNAES, as ações desta natureza são basicamente

para este público. Atualmente uma importante ação para alunos fora deste recorte de

renda é o acesso subsidiado aos Restaurantes Universitários.

A PRAE é a instância institucional responsável pela execução de parte das ações

de assistência ao estudante, principalmente com relação à aplicação dos recursos do

Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, instituído pelo Decreto Nº

7.234, de 19 de julho 2010. A Consolidação, em 2012 da estrutura da assistência

estudantil como Pró-Reitoria, refletiu o reconhecimento institucional da importância

das suas ações e, consequentemente, a necessidade de uma institucionalização cada

vez maior do Programa de Assistência Estudantil e da criação da Política de

Assistência Estudantil da UFRGS. É neste sentido que dentre os Objetivos de Impacto

Social do PDI 2016-2026, nos aspectos de inclusão, está definido o aperfeiçoamento

da política de assuntos estudantis

EXECUÇÃO DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL EM 2016

Em 2016, a assistência estudantil, conduzida pela Pró-Reitoria de Assuntos

Estudantis, vivenciou a consolidação da Política Nacional de Reserva de Vagas,

instituída pela Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012 que dispõe sobre o ingresso

nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio

(regulamentado pelo Decreto nº 7.824, de 11 de outubro de 2012).

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182

Na UFRGS esta consolidação faz com que 25% das vagas de vestibular, ou seja,

1004 dos ingressantes já acessem a Universidade, anualmente, com o perfil para

atendimento pelos benefícios da assistência estudantil. Há ainda de se acrescer a

este número os estudantes que acessam pelo critério Universal e que também se

enquadram neste perfil. Conforme a tabela abaixo, 21% dos alunos beneficiários são

oriundos do critério de ingresso universal.

Tabela 17: Beneficiários de Assistência Estudantil

Forma de Ingresso Nº de beneficiários

em 2016

PEC-G ou Mobilidade Acadêmica 32 Ampla Concorrência *47 indígenas incluídos 885 Egresso de Escola Pública 460 Egresso de Escola Pública - Renda Inferior 1188 Egresso de Escola Pública Autodeclarado PPI 261 Egresso de Escola Pública Autodeclarado PPI - Renda Inferior 890

O SISU, embora ainda não utilizado como única possibilidade de acesso na

UFRGS, representa também uma mudança no perfil de ingressantes, cujo impacto

age diretamente nas ações da assistência estudantil. Isto tudo representará, nos

próximos anos, um aumento significativo no número de estudantes com perfil para

acesso às ações da assistência estudantil, numa ordem não proporcional ao

acréscimo dos investimentos do PNAES, tornando-se o grande desafio da assistência

estudantil.

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183

Tabela 18: Recursos PNAES desde 2010 Ano Recursos

PNAES (R$)

Reajuste % Nº de

beneficiários

Aumento de beneficiários

com relação ao ano

anterior %

2010 7.735.805,00 1.590

2011 10.908.977,00 41,02% 1.637 2,95%

2012 13.891.192,00 27,35% 1.889 15,39%

2013 14.130.505,00 1,72% 2.215 17,25%

2014 15.046.735,00 6,48% 2.426 9,52%

2015 17.963.284,00 19,39% 2.819 16,19%

2016 18.941.439,00 5,44% 4.116 46,00%

Fonte: PROPLAN e Sistema de Benefícios

Em 2016 tivemos também uma mudança de gestão institucional, o que sempre

significa uma revisão de objetivos e metas, tendo-se trabalhado neste período e em

especial no segundo semestre, nas suas redefinições e estabelecimento de novos

indicadores para o atual plano de gestão e do planejamento.

Em 2016, pela primeira vez, tivemos a publicação de Editais específicos para os

alunos oriundos do Programa PEC-G, que passaram a poder concorrer a vagas nas

Moradias Estudantis, receber o benefício da isenção no Restaurante Universitário, do

Auxílio Moradia e do Auxílio Transporte.

Os estudos de reavaliação das ações da assistência estudantil terão impacto

maior no Programa de Benefícios para 2017, onde alterações significativas deverão

ocorrer, principalmente no que se refere a linha de investimentos dos Restaurantes

Universitários, que priorizarão os investimentos do PNAES no público beneficiário.

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184

ACESSO, SELEÇÃO E PERMANÊNCIA

Acesso e Seleção

O processo seletivo para o Programa de Benefícios foi absorvido parcialmente

pela análise de renda para ingresso, exigido pela Lei 12.711/2012, que determina a

avaliação de renda como critério de ingresso na modalidade de egresso do ensino

público com renda bruta mensal familiar per capita de até 1,5 salários mínimos. Os

alunos que ingressam por este sistema de reserva de vagas, já estão aptos a

ingressarem diretamente no Programa de Benefícios da PRAE.

Para aqueles alunos que ingressam pelo Sistema Universal do Vestibular, a

avaliação socioeconômica se inicia pela confecção dos Editais semestrais. Por

padrão, são publicados dois Editais por semestre: um para regular a distribuição dos

benefícios em geral e outro para regular a distribuição para as vagas disponíveis nas

moradias estudantis. O conteúdo de cada Edital, incluindo documentação mínima

necessária para a avaliação de cada solicitação, é sempre elaborado por equipe

técnica multidisciplinar (assistentes sociais, psicólogos e pedagogos), levando em

consideração estudos de casos precedentes. Todo estudante beneficiário é obrigado

a renovar sua solicitação a cada nova matrícula semestral. A solicitação somente é

disponibilizada pelo sistema para aqueles estudantes que possuem matrícula/vínculo

ativo em curso de graduação no semestre vigente. A análise técnica verifica a

compatibilidade entre os benefícios solicitados e a situação socioeconômica ilustrada

pela documentação apresentada pelo estudante. Se a situação socioeconômica

familiar do estudante é compatível com o perfil prioritário estabelecido no art. 5º do

Decreto n° 7.234/2010, os benefícios solicitados são concedidos/deferidos para o

semestre em vigência.

Permanência

Ainda não há uma avaliação sistemática específica da PRAE com relação às

implicações do PNAES. Em 2014 a Associação Nacional dos Dirigentes das

Instituições Federais de Ensino Superior – ANDIFES, através do FONAPRACE,

realizou uma nova pesquisa com o objetivo de mapear a vida social, econômica e

cultural dos estudantes de graduação presencial das Universidades Federais

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Brasileiras, complementando e parametrizando informações obtidas na pesquisa de

2010. Em 2016 foi publicado o resultado desta pesquisa.

Este estudo apresenta um cenário particular, com indicadores comprobatórios de

que o ensino superior federal se tornou mais acessível, popular e inclusivo. Os dados

apresentados neste estudo são compilados de forma regional. Algumas

considerações podem ser destacadas:

No conjunto das IFES 47,57% dos estudantes são negros. Na região Sul este

índice é de 19,54%.

Na região Sul, 60,37% dos alunos fazem parte de famílias com renda per

capita de até 1,5 salários mínimos. O índice nacional é de 66,19%. A renda

per capita média dos alunos das IFES da região Sul é de R$ R$ 1.032,20.

Os cursos das áreas de ciências biológicas são os de menor renda per capita

e os das áreas de engenharia os de maior.

O estudo comprova que deve extirpar-se o velho mito de que as IFES são redutos

da elite brasileira. A UFRGS, não se excetuando à regra geral, tem vivenciado uma

alteração substancial no perfil socioeconômico de seus alunos, motivo do aumento

constante no número de alunos beneficiários dos programas da assistência estudantil

(ver tabela anterior).

Uma das dificuldades na avaliação das ações da assistência estudantil é o

necessário rompimento de limites da atuação da PRAE e a necessidade de uma

intersecção e atuação conjunta com outros agentes acadêmicos institucionais, em

especial as Comissões de Graduação - COMGRADs, a Pró-Reitoria de Graduação -

PROGRAD e a Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações

Afirmativas – CAF.

Em 2012, a UFRGS instituiu a Coordenadoria de Acompanhamento do Programa

de Ações Afirmativas - CAF, através da Decisão nº 268/2012-CONSUN (Anexo I).

Dentre as ações afirmativas estão as ações da assistência estudantil como

instrumento de contribuição com a permanência dos alunos ingressantes pelas

políticas de reserva de vagas. Esta Comissão, em 2015, emitiu um Relatório Anual do

Programa de Ações Afirmativas com uma série de informações que estão servindo de

embasamento para discussões da Assistência Estudantil. A PRAE utiliza-se desta

avaliação, em relação ao desempenho dos estudantes cotistas como forma de balizar

seu trabalho, uma vez que compartilha o público alvo das políticas. Como definido no

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relatório, a vigência da política de ações afirmativas e também das ações do PNAES

é muito pequena para avaliar se houve impacto no desempenho dos estudantes que

são usuários destas políticas, mas é possível verificar que não há diferenças

significativas entre as taxas de evasão e retenção entre alunos cotistas e de ingresso

universal. Assim, podemos pensar que as políticas de assistência estudantil têm sido

efetivas para a permanência na universidade.

Ainda com relação à permanência, o desafio atual é a implementação de critérios

e limites de permanência nos programas de benefícios, para que as suas ações não

contribuam com a retenção. Em 2016 iniciamos discussões a este respeito e, em

2017, pretende-se iniciar a construção de medidas neste sentido.

Sabemos que a permanência e /ou a retenção dos estudantes não pode ser

atribuída apenas à falta de políticas assistenciais, e sim a um conjunto de ações que

busque enfrentar as dificuldades encontradas para que o aluno consiga dar

continuidade aos seus estudos. É resultado de uma ação integrada. A UFRGS ainda

não tem uma ação conjunta de suas diferentes instâncias sob este viés. Este é um

dos desafios a serem enfrentados pela instituição.

Acompanhamento Psicopedagógico

O acompanhamento psicopedagógico ainda é um desafio que a Universidade

precisa enfrentar de uma maneira sistêmica. De maneira muito insipiente a PRAE tem

se dedicado, através de sua equipe de psicologia, pedagogia e assistência social, no

acompanhamento de seus beneficiários, na tentativa de identificar as dificuldades

enfrentadas pelos alunos nas suas atividades acadêmicas e encaminhar, dentro de

suas possibilidades, para outras instâncias institucionais quando a atenção necessita

da interação com outras interfaces institucionais. A CAF também tem se dedicado a

estas ações. É preciso que estas ações sejam ampliadas e que tenham o caráter

sistêmico consolidado, pois um efetivo acompanhamento pedagógico necessita da

ação de agentes de todos os segmentos que atuam nas interfaces acadêmicas e

principalmente pedagógicas, desde os docentes em salas de aula, passando pelas

Comissões de Graduação, Unidades de Ensino e todas as Pró-Reitorias envolvidas

em ações acadêmicas e de assistência. Somente assim, poderá ser alcançada a

articulação das políticas de ensino com as políticas de assistência estudantil, já

almejada no PDI Institucional 2011-2015, mas ainda não alcançada.

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Em 2016, a PRAE implementou um posto de atendimento e acompanhamento no

Campus do Vale, na tentativa de aproximar aquela comunidade, bastante

representativa no segmento discente da UFRGS.

Uma das ações que a PRAE considera importante e que complementa o

acompanhamento pedagógico é o seu Programa de Atenção à Saúde, que por meio

do Auxílio Saúde propicia tratamentos em saúde mental para aqueles alunos

identificados nos atendimentos psicológicos.

Atualmente, o acompanhamento pedagógico é concentrado no recorte de

bolsistas do Programa PRAE e parcialmente com os moradores das casas de

estudante, devido à capacidade de atendimento da equipe PRAE. Um dos objetivos é

a proposição de uma ação que amplie os agentes institucionais neste

acompanhamento, principalmente as Comissões de Graduação que atuam

diretamente durante a vida acadêmica dos alunos nos cursos de graduação.

Quanto ao acompanhamento psicológico, há uma questão técnica de que sua

ação deve ser por demanda do próprio usuário e não uma “intervenção” institucional.

Em 2016 receberam auxílio saúde para tratamento psicológico, 121 alunos. Além

destes, 44 alunos já foram avaliados pela equipe técnica e estão na fila para

recebimento deste auxílio e outros 137 estão no aguardo de avaliação.

Participação Estudantil

A consolidação da política de reserva de vagas e suas consequências diretas no

aumento do público elegível de usuários das ações de assistência estudantil em

dissonância com os aumentos dos recursos disponibilizados pelo PNAES demandará

uma revisão do Programa já consolidado. Neste momento, a participação estudantil e

também de outros agentes institucionais, que impactam diretamente nas ações da

assistência, são de extrema importância, por isto a necessidade da participação

estudantil neste processo.

O grande desafio, que permaneceu em 2016, é a identificação de uma

interlocução representativa, uma vez que os movimentos estudantis e sociais estão

cada vez mais segmentados, especificamente no público da assistência estudantil.

No que se refere à participação estudantil em atividades complementares de

ensino, iniciação científica, extensão e bolsas permanência, também há uma

discussão já iniciada em 2015, que em 2016 se concretizou numa proposta

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apresentada a um grupo de alunos representados pela Defensoria Pública, no sentido

de que a participação de estudantes beneficiários possa ser ampliada nas áreas da

iniciação científica e de extensão, transformando as atuais bolsas treinamento em

atividades que contribuam diretamente com o aperfeiçoamento pedagógico.

Tabela 19: Número de bolsas pagas de 2010 a 2016 (referência mês outubro)

Bolsa

PRAE

Bolsa

Permanência

Bolsa

Treinamento

PRAE

Bolsa

Treinamento

Bolsa

Reuni Total Exc

Não

Exc

Valor

R$

out/10 154 237 212 264 867 418 449 360

out/11 147 259 201 211 818 358 460 380

out/12 212 243 135 131 721 343 378 400

out/13 3 212 326 195 103 839 318 521 400

out/14 222 311 185 111 829 333 496 400

out/15 204 310 188 100 802 304 498 400

Out/16 241 309 194 128 872 369 503 400

Fonte: Sistema de Bolsas PRAE

Programa de Benefícios PRAE

Em 2016, o Programa de Benefícios da PRAE incluiu os seguintes benefícios:

Isenção no Restaurante Universitário; Programa Saúde; Auxílio Transporte;

Auxílio Creche; Auxílio Material de Ensino. (Linha PNAES: Alimentação, Transporte,

Atenção à Saúde, Creche e Apoio Pedagógico).

Edital do Benefício da Moradia Estudantil (base Decreto nº 7234/2010) – CEU:

Vaga na Casa do Estudante da UFRGS e Auxílio Moradia para estudantes

selecionados e ainda não contemplados com a vaga física. (Linha PNAES: Moradia

Estudantil).

Edital de Benefícios PEC-G (base Decreto nº 7948/2013): Isenção no Restaurante

Universitário; Auxílio Transporte; Auxílio Moradia PEC-G. (Linha PNAES:

Alimentação, Transporte e Moradia).

Exceção é o Auxílio Alimentação Final de Semana, não incluso nos editais,

concedido automaticamente para moradores das casas de estudante da UFRGS,

integrantes do programa de benefícios, que foi uma demanda dos moradores.

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Alimentação

Existem duas modalidades básicas de benefícios nesta área: a isenção nos

restaurantes universitários e o Auxílio Alimentação Final de Semana para moradores

de casas de estudante integrantes do programa de benefícios, no valor de R$ 120,00

mensais em pecúnia. Para a obtenção da Isenção nos restaurantes universitários o

aluno faz sua opção através do Portal do Aluno, mediante as regras estabelecidas no

edital semestral específico do Programa de Benefícios e do Programa de Benefícios

PEC-G, sendo este último implementado em 2015. Para concessão deste benefício é

considerado a análise de corte de renda do ingresso, ou de análise socioeconômica

para ingressantes em outras modalidades.

De caráter universal, o ingresso subsidiado a todos os alunos da UFRGS ao preço

de R$ 1,30, embora não em pecúnia, também pode ser considerado auxílio

alimentação.

A UFRGS mantém seis restaurantes universitários (RUs): RU1, Campus Centro;

RU2, Campus da Saúde; RU3, Campus do Vale; RU4, Campus do Vale/Agronomia;

RU5, Campus Olímpico e RU6, Campus do Vale II, abertos aos alunos, professores e

técnicos administrativos. Os restaurantes funcionam no sistema de buffet com

variações diárias de cardápios, estabelecidos por nutricionistas, a partir de critérios

que atendam às exigências de uma dieta equilibrada. Os restaurantes do Centro,

Saúde, Vale II e Olímpico oferecem almoço e janta, os do Vale e Agronomia apenas

almoço. Os restaurantes do Centro, Saúde e Agronomia oferecem café da manhã para

os moradores das Casas de Estudantes.

A seguir apresentam-se alguns dados referentes a este benefício.

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Tabela 20: Restaurantes Universitários Refeições e Beneficiários Restaurantes Universitários 2013 2014 2015 2016

Refeições Servidas (Total) 1.772.774 1.733.578 1.449.868 1.838.665

Média Mensal de Refeições (período

letivo) 181.940 158.079 127.045 197.205

Nº de alunos beneficiários da

isenção nos Restaurantes

Universitários

- 2.943 3.622

Fonte: Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil

A dimensão que os serviços de alimentação vêm tomando na Universidade, a

complexidade do gerenciamento destes processos e a não vocação institucional de

assumir os encargos que hoje se aproximam muito de uma grande indústria de

alimentos, fez com que em 2016 tenham-se iniciado os processos para remodelagem

dos restaurantes Universitários, tornando-os refeitórios e não mais áreas de produção

de alimentos. A partir de 2017, em caráter de experiência piloto, três dos restaurantes

passarão a receber comida transportada, transformando-se em refeitórios.

Transporte

Este benefício é concedido na forma de auxílio financeiro. Para a obtenção do

Auxílio-Transporte, o aluno faz sua opção através do Portal do Aluno, mediante as

regras estabelecidas no Edital semestral específico do Programa de Benefícios e do

Programa de Benefícios PEC-G. O valor deste benefício é de R$ 93,75

(correspondente ao valor de 50 passagens escolares por mês) para estudantes dos

campi Porto Alegre e de R$ 187,50 (correspondente ao valor de 50 passagens da

região metropolitana) para estudantes do campus do Litoral Norte e Ceclimar. O

benefício é pago até no máximo 10 meses ao ano. Para concessão deste benefício é

considerado a análise de corte de renda do ingresso, ou de análise socioeconômica

para ingressantes em outras modalidades.

Nº de alunos beneficiários do Auxílio Transporte 2016: 3.625

(Fonte: Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil)

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Creche

Este benefício, concedido na forma de auxílio financeiro, tem o objetivo custear

parte das despesas dos estudantes no acompanhamento de seus dependentes até a

idade de 3 anos, inclusive. Para a obtenção do Auxílio Creche, o aluno faz sua opção

através do Portal do Aluno, mediante as regras estabelecidas no Edital semestral

específico do Programa de Benefícios. O valor deste benefício é de R$ 90,00 mensais,

mediante comprovação documental de necessidade e de prestação de contas do uso

dos recursos. Após homologação no Banco de Dados da Assistência Estudantil, a

folha de pagamento é montada pelo Técnico em Informática, fazendo o filtro do

benefício homologado.

Nº de alunos beneficiários do Auxílio Creche 2016: 175

(Fonte: Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil)

Material de Ensino

Este benefício é concedido através de auxílio financeiro e tem o objetivo de

custear parte das despesas dos alunos com material de ensino pedagógico e com

participações em eventos que contribuam com a qualificação pedagógica. As ações

de apoio pedagógico estão inclusas tanto no Edital do Programa de Benefícios, na

modalidade de Auxílio Material Escolar, quanto no Edital de Financeiro para

Participação em Eventos, cada um com suas regras específicas de concessão. O

Auxílio Material Escolar é pago uma vez por semestre, no valor de R$ 180,00 por

estudante para custear parte das despesas com material de ensino (consumo, cópias

reprográficas, luvas, jalecos...). Após homologação no Banco de Dados da

Assistência Estudantil, a folha de pagamento é montada pelo Técnico em Informática,

fazendo o filtro do benefício homologado. No caso do Auxílio via Participação em

Eventos, segue as regras daquela área.

Nº de alunos beneficiários do Auxílio Transporte 2016: 3.620

(Fonte: Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil)

Atenção à Saúde

O Programa Saúde dispõe de atendimento odontológico (Faculdade de

Odontologia) e médico–ambulatorial em algumas especialidades, bem como exames

laboratoriais, encaminhados pelo Departamento de Atenção à Saúde

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(DAS/PROGESP/UFRGS). O uso destes benefícios é mediante opção de ingresso no

Programa via Edital semestral. Neste caso não há concessão de pecúnia, apenas

utilização de serviços.

Também existe dentro do Programa Saúde, a concessão do Auxílio-Saúde, no

valor de R$ 250,00. Este Auxílio não está dentro dos Editais da Assistência Estudantil,

mas está implementado dentro do rol de benefícios. Ele não é por edital, pois não é

de acesso por opção, e sim pela triagem feita pela equipe de acompanhamento das

DSSPRAE. São identificados casos que necessitam de atendimento clínico na área

da psicologia e psiquiatria. O auxílio-financeiro recebido é para custear as despesas

para o tratamento profissional e medicamento quando o caso. Este benefício é

concedido mediante a necessidade de acompanhamento da equipe DSSPRAE e

prestação de contas da aplicação dos recursos.

Nº de alunos usuários do Programa Saúde 2016: 2.795

Nº de alunos usuários do Auxílio-Saúde 2016: 121

(Fonte Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil)

Moradia Estudantil

A UFRGS possui três casas de estudantes: Casa do Estudante Universitário

(CEU), no Campus Centro; Casa do Estudante da Faculdade de Agronomia e

Veterinária (CEFAV), Campus do Vale; Casa do Estudante da UFRGS (CEUFRGS),

no Campus da Saúde. A CEU é administrada pela PRAE e as outras duas são

gerenciadas pelos moradores.

As casas são destinadas a estudantes de famílias residentes em cidades fora da

grande Porto Alegre que comprovem situação econômica desfavorável. Todas as

casas dispõem de vagas masculinas e femininas e, para candidatar-se, o aluno deve

atender aos critérios dos processos seletivos. Cada casa tem seu regimento próprio e

processo de seleção específico, cujas datas são divulgadas por meio do Edital de

Seleção. A CEU é exclusiva para alunos de graduação.

A tabela a seguir apresenta a situação de ocupação por Casa de Estudante.

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Tabela 21: Nº de Vagas nas Casas de Estudante UFRGS Nº de Vagas nas Três Casas de Estudante UFRGS

Casa/Ano 2013 2014 2015 2016

Apto. Aloj. Apto. Aloj. Apto. Aloj. Apto. Aloj.

CEU 396 20 396 20 396 20 396 20

CEUFRGS 42 4 42 4 42 4 42 4

CEFAV 104 6 104 6 104 6 105 6

Total 542 30 542 30 542 30 542 30

Fonte: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis/DME, 2016.

Além das vagas em Casa de Estudante, há o Auxílio Moradia, cujo número de

beneficiários em 2016 chegou a 202 (Fonte Portal do Servidor/Dados da Assistência

Estudantil).

Está em fase de aprovação a Licença de Implantação para a Construção de mais

uma Casa do Estudante, que será instalada no Campus do Vale. Esta casa deverá

disponibilizar mais 252 vagas.

Em 2016 o Centro de Lazer de Tramandaí, embora não caracterizado como

moradia estudantil, passou também a atender demandas de alojamento de estudantes

em atividades no Campus do Litoral Norte. Em 2016 foram atendidos 852 alunos,

sendo 142 no alojamento para atividades acadêmicas.

Programa de Acompanhamento Psicossocial e Pedagógico aos Moradores

das Casas de Estudante

Tem por objetivo prestar acompanhamento aos estudantes moradores da CEU

quanto às suas necessidades no que diz respeito à convivência grupal, etapa de

desenvolvimento pessoal e relação com a moradia estudantil. O benefício da moradia

estudantil assegura o acesso à vaga nas Casas de Estudantes e a vivência coletiva

que este ambiente propicia.

O Programa de Acompanhamento é desenvolvido pelas equipes técnicas da

Divisão de Moradia Estudantil (DME) e Divisão de Seleção e Acompanhamento

Pedagógico e Social (DSSSAE). Das intervenções realizadas destacam-se àquelas

vinculadas à prevenção e restauração de vulnerabilidades psicológicas e emocionais,

relações familiares, desorientação, abuso de álcool e outras drogas e conflitos

interpessoais. Os atendimentos desses casos, embora direcionados para os

moradores das casas, estendem-se a todos os estudantes da Universidade.

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O programa de acompanhamento permanece como um desafio que ainda precisa

ser aperfeiçoado. Ele só será efetivo quando puder ser construído com a inclusão no

processo de todos os agentes integrantes da vida acadêmica dos estudantes.

Precisamos ampliar a interface de agentes, incluindo uma ação direta dos docentes,

departamentos, comissões de graduação e demais Pró-Reitorias Acadêmicas, na

construção de uma política institucional de acompanhamento.

O universo e a diversidade de moradores interpõem no dia-a-dia das casas de

estudantes conflitos que perpassam a ação administrativa, muitas vezes inclusive

apenas a ação institucional, algumas vezes necessitando inclusive de ações judiciais

para solução. Neste sentido a PRAE tem tentado cooptar outros agentes institucionais

na tentativa de implementar ações de prevenção e educação que possam contribuir

como instrumentos mais eficazes de mediação.

Com a mudança de gestão, iniciou-se diálogo com os moradores das casas de

estudantes no sentido de iniciar um novo caminho de diálogo e construção de

regramentos que permitam consolidar processos e ações efetivos de convivência

humanitária e cidadã.

Análise de Desempenho Acadêmico

Em 2016, o procedimento de Análise de Desempenho Acadêmico conseguiu

apenas o controle do rendimento escolar dos alunos que requerem ou renovam o

programa de benefícios e que solicitam especificamente moradia universitária. A

análise é realizada sendo observado o atendimento de todos os pré-requisitos do

comprovante de matrícula e histórico escolar e, quando necessário, é realizada

entrevista com o aluno.

O controle do desempenho acadêmico é instrumento indispensável à adoção das

medidas preventivas e corretivas necessárias à manutenção de uma trajetória escolar

compatível com o alcance da diplomação, atuando, sobretudo, sobre os fatores

responsáveis pela retenção e evasão. Aos estudantes com insuficiência de

desempenho acadêmico, dentro dos padrões estipulados, são sugeridas e

acompanhadas ações especificadas para cada caso, objetivando a superação das

dificuldades. Nesse sentido, cada vez mais o controle do desempenho acadêmico

exerce o papel de apoio pedagógico, posto a sua natureza de oportunizar aos alunos

com vulnerabilidade a oportunidade de retomarem o adequado desenvolvimento

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escolar. O estreitamento das relações com as Comissões de Graduação dos Cursos

se torna cada vez mais necessário, indicando ser a assistência estudantil aliada

estratégica dos esforços desenvolvidos pela área acadêmica.

A utilização desses controles, não obstante a observância de outros, destina-se a

valorização dos custos das matrículas do sistema federal de ensino, buscando a

legitimação dos objetivos de suas políticas de inclusão.

As atividades estão integradas ao desenvolvimento do trabalho do SAM da CEU,

fornecendo informações acadêmicas (desempenho acadêmico, conclusão de curso,

permanência no curso, matrícula e trancamento de matrícula) e sobre tempo de

permanência. Faz parte do trabalho o acompanhamento dos moradores da CEU,

mesmo fora do período de solicitação de benefícios, no que se refere ao desempenho

acadêmico (reprovações, trancamento, mudança de curso) e ao tempo de

permanência na EU. Essas ações resultaram numa ocupação das vagas existentes

por alunos que têm um bom rendimento escolar.

O grande desafio desta análise de acompanhamento é que hoje as informações

sobre a participação acadêmica dos estudantes são obtidas somente ao final dos

semestres letivos, quando são incluídos os conceitos finais das disciplinas,

impossibilitando uma ação direta na tentativa de reverter alguma dificuldade no

decorrer do semestre letivo.

A concessão de bolsas para alunos em acompanhamento pedagógico tem

passado por uma análise mais técnica do grupo de profissionais da DSSPRAE, no

intuito de promover ações que contribuam efetivamente com o aproveitamento escolar

e diminuam as taxas de retenção.

Auxílio Financeiro Participação em Eventos (Apoio Pedagógico, Esporte e

Cultura)

Concedido através de critérios estabelecidos no Edital de Auxílio Financeiro e

Participação em Eventos (base Decreto nº 7948/2013): nas modalidades “individual”,

“coletivo” e “diretórios e centros acadêmicos”. (Linha PNAES: Cultura, Esporte e

Apoio Pedagógico).

É um auxílio financeiro de caráter universal, para custear parte das despesas de

participação em eventos

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É concedido a estudantes dos cursos de graduação da UFRGS, com

desempenho acadêmico suficiente. O auxílio é concedido nas modalidades coletivo e

individual. Em 2016 esta modalidade antes universal, passou a ser oferecida apenas

para os integrantes do Programa de benefícios da PRAE. Os valores dependem da

disponibilidade financeira, sendo que em 2015 ficaram limitados na média de R$

250,00 por participante.

A PRAE concede auxílios financeiros direcionados à representação estudantil

(Diretórios e Centros Acadêmicos) que garantem a execução de suas atividades

regulares e viabilizam a formulação ou participação em eventos culturais e de

interesse acadêmico. Anualmente esses centros e diretórios recebem auxílio de R$

2.000,00 para subsidiar a infraestrutura de funcionamento. Além desse valor ordinário,

também recebem auxílio para apoio em outras atividades de relevância acadêmica,

como encontros e simpósios.

A PRAE atua de modo cooperativo com as unidades de ensino e as

representações estudantis nas atividades de recepção aos calouros, que ocorre no

âmbito de todas as unidades de ensino na primeira semana letiva. A Decisão nº

02/2001 do Conselho Universitário estabeleceu normas relativas ao trote universitário,

reconhecendo este como um ritual de iniciação às atividades universitárias que

expressa tanto a alegria dos novos alunos, como a satisfação da instituição em ver-

se mais uma vez renovada pelos novos integrantes. O atendimento do princípio de

que sejam evitadas nas atividades de trote práticas que envolvam violência sob as

formas física, de gênero, sexual e psicológica, bem como atentem contra a dignidade

humana, encontra na PRAE, o estímulo aos denominados “trotes solidários”,

experiências já disseminadas em várias unidades, onde práticas assistenciais e de

doações são efetivadas.

Programa de Bolsas PRAE

A definição do número de vagas e o valor das bolsas são feitos pela Comissão de

Bolsas, que, sob a Coordenação da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração -

PROPLAN, faz reuniões anuais para estas definições. Cabe à PRAE o gerenciamento

do sistema de bolsas.

Cabe à PROPLAN a definição dos recursos alocados. A linha do PNAES

considerada é o apoio pedagógico, uma vez que dentro de seus objetos estão:

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“complementação à formação acadêmica”, no caso das bolsas PRAE e REUNI e

“atividades de apoio pedagógico” no caso das Bolsas Treinamento e Treinamento

PRAE (informações da página abaixo). A UFRGS entende que todas as bolsas do

Programa de Bolsas são instrumentos de contribuição à permanência de estudantes

na Universidade, seja pelo caráter de contribuição em pecúnia para alunos, seja pelo

caráter de inserção do aluno em atividades de vínculo acadêmico programático ou de

vivência no ambiente acadêmico. Isso auxilia no custeamento do estudante ao longo

do curso, evitando que tenham que recorrer precocemente ao mercado de trabalho, o

que normalmente compromete o desempenho acadêmico, principalmente quando as

atividades não têm relação com a área do curso e a carga horária de trabalho é

pesada.

Está sendo fomentada, por demanda de movimento estudantil e intervenção da

Defensoria Pública, discussão a respeito do modelo de contrapartida atual das bolsas

destinadas aos estudantes beneficiários. Em 2016 foi apresentada proposta

institucional de remodelagem das bolsas do Programa PRAE, com base na premissa

de objeto de apoio acadêmico.

Existem quatro modalidades de bolsas neste programa: Bolsa PRAE e Bolsa

REUNI, que são exclusivas para os integrantes do Programa de Benefícios. Bolsas

Treinamento PRAE; e Bolsa Treinamento e Bolsa Treinamento PRAE, não são

exclusivas de integrantes do Programa de Benefícios, mas também podem ser

ocupadas por estes.

Bolsa PRAE

A Bolsa PRAE é de uso exclusivo de beneficiários do Programa de Benefícios da

PRAE. É concedida no valor mensal de R$ 400,00 e vigência de 11 meses.

Bolsa REUNI

Foi estabelecida a partir do decreto nº 6096, de 24 de abril de 2007, que instituiu

o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades

Federais – REUNI. Busca, entre outras mudanças de nível acadêmico, reduzir as

taxas de evasão nas universidades públicas. A partir disso, foi criada a Bolsa REUNI,

com o objetivo de garantir aos alunos carentes a permanência qualificada na

Universidade, por meio da assistência estudantil. Têm acesso à Bolsa REUNI

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somente alunos da Graduação e participantes do Programa de Benefícios da PRAE.

É concedida no valor mensal de R$ 400,00 e vigência de 11 meses.

Bolsa Treinamento e Bolsa Treinamento PRAE

Fazem parte do acervo quantitativo das bolsas permanência, possuindo a mesma

natureza, contudo estão disponibilizadas para acesso daqueles estudantes não

contemplados na seleção socioeconômica, mas que possuem o perfil acadêmico

requerido para o desenvolvimento de atividades especiais e/ou projetos estratégicos.

A criação dessa modalidade de bolsa, não apenas tem atendido as demandas dos

diversos órgãos e projetos da Universidade, como produzem a ocupação integral de

todo o quantitativo de bolsas disponíveis.

São oferecidas em caráter universal, para alunos de graduação, com Taxa de

Integralização Média de créditos do estudante (TIM) igual ou superior a 50% da TIM

do curso). Não é necessário estar incluído no Programa de Benefícios PRAE. Carga

horária: 20 horas semanais. Valor: R$ 400,00 e período de vigência de 11 meses.

Dentro desta Modalidade há a Bolsa de Apoio à Informática, com valor

diferenciado de R$ 500,00 e vigência de 12 meses.

Lazer

São dois os Centros de Lazer, o de Tramandaí e o de Capão Novo. Em 2016

esteve disponível para utilização apenas o de Tramandaí. Podem ser utilizados pelos

servidores, docentes e técnico-administrativos ativos, inativos e pensionistas,

discentes regularmente matriculados na UFRGS e seus acompanhantes. São

organizados calendários com a distribuição dos locais e os períodos de férias, feriados

e finais de semana.

Os meses de janeiro a março (alta temporada) são de uso preferencial da

comunidade acadêmica e seus acompanhantes e a ocupação feita por sorteio, por

meio de Edital PRAE específico. Nos demais meses do ano, grupos externos à

comunidade universitária podem utilizá-los, desde que previamente autorizados pela

PRAE e a ocupação feita por agendamento.

As instalações do Centro de Lazer de Tramandaí constituem-se de apartamentos

e alojamentos. Os apartamentos são de um e dois dormitórios que comportam quatro,

cinco ou sete pessoas. Os alojamentos são divididos em masculino, com capacidade

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para 45 pessoas, e feminino, com capacidade para 90 pessoas. Possui área com

churrasqueira, cancha de bocha coberta, futebol de areia, quadra de vôlei gramada,

quadras de futsal e basquete de cimento, mesa de pingue-pongue e sinuca, piscinas

adulto e infantil, jogos recreativos, sala de TV e vídeo.

Programa Bolsa Permanência MEC

São Bolsas fornecidas pelo MEC e que complementam as ações da assistência

estudantil. Este Programa foi criado em 2013, oferecido para estudantes dos cursos

com carga horária semanal mínima de 5 horas, indígenas e quilombolas. Na UFRGS

são quatro os cursos dentro deste critério: Medicina, Odontologia (diurno), Nutrição e

Biomedicina.

A análise socioeconômica e documental, bem como a gestão de cadastro e

acompanhamento destas bolsas é feita pela PRAE, sendo o MEC responsável pelo

pagamento.

AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO

As ações da PRAE integram uma política de assistência comprometida com

qualidade de ensino, humanização das relações pessoais e de transformação social,

visando não apenas propiciar condições de permanência do aluno sócio vulnerável na

Universidade, mas consolidar no ambiente universitário a cultura da diversidade e o

respeito a todas as representações sociais.

A política de assistência estudantil é entendida como responsabilidade

institucional, comprometida com a democracia, o pleno exercício da cidadania e

articulada a outras ações no âmbito do ensino, pesquisa e extensão, garantido uma

formação integral a todos os alunos da Universidade.

A consolidação da política de reserva de vagas transformou o perfil

socioeconômico da comunidade discente das instituições federais de ensino superior.

Na UFRGS esta transformação foi bastante significativa. Os desafios decorrentes

deste novo perfil, aliado aos recursos PNAES que não acompanham

proporcionalmente esta nova realidade, tem suscitado a rediscussão constante dos

auxílios e benefícios. As expectativas do público da assistência acabam, muitas

vezes, exigindo da instituição ações que muitas vezes são de responsabilidade de

outros agentes públicos, fazendo com que o papel institucional educativo seja

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200

tencionado para dimensões incapazes de atingir. É neste sentido que a

implementação de uma Política Institucional de Assistência Estudantil está cada vez

mais premente, estando sendo incluída no Plano de Gestão 2016-2020.

O Quadro a seguir apresenta, de modo sucinto, a avaliação desta dimensão.

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201

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE - PRAE

Itens/Aspecto/Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Mudanças Normativas Aperfeiçoamento do Programa de

Benefícios da PRAE

Aprovação pelo Congresso e pelo

Senado desta Lei, em consonância

com as experiências já consolidadas

na execução do PNAES pelas IFEs

brasileiras

Discussões no FONAPRACE/ANDIFES

Sensibilização de representantes políticos

Consolidação de uma Política de

Institucional de Assistência Institucional

Atualmente esta política se restringe

basicamente a ações de assistência

estudantil através do Programa de

Benefícios da PRAE e atuações da

CAF

Inclusão no plano de gestão 2016-2020 da aprovação

pelo CONSUN de uma Política Institucional de

Assistência Estudantil

Inclusão Social e

Política de Reserva de

Vagas

Consolidação do processo de

democratização da universidade e da

própria sociedade brasileira;

Consolidação da cultura da diversidade

no ambiente acadêmico;

Mudança de Perfil x Mudança de

Cultura Institucional

Aumento do número de usuários

elegíveis x recursos da assistência

estudantil

Revisão das ações de assistência para adaptação ao

novo cenário de disponibilidade financeira

Ampliação dos canais de discussão com agentes

institucionais externos à PRAE e usuários, para

legitimação de uma Política Institucional de Assistência

Estudantil e consequentemente das suas ações

Permanência Redução de Taxas de evasão

Desenvolvimento de um programa de

ações efetivas para contribuir com a

permanência de ingressos com

vulnerabilidade social

Dificuldades de transformação do

acompanhamento psicopedagógico

num processo institucional sistêmico

e abrangente

Desenvolver ações de assistência

que não acabem por contribuir com a

retenção

Fomento de discussões para ampliar a inserção das

diversas instâncias institucionais acadêmicas e

pedagógica no acompanhamento dos alunos

Rediscussão das ações de assistência e dos critérios de

concessão e limites de uso

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202

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE - PRAE

Itens/Aspecto/Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Avaliação do PNAES na

UFRGS

Conhecimento efetivo dos efeitos das

ações de assistência estudantil

possibilitadas pelos recursos do PNAES

na permanência de alunos com

vulnerabilidade social

Disponibilidade e temporalidade de

dados.

Ampliação dos limites de ação dos

agentes institucionais na avaliação

da evolução acadêmica dos

beneficiários das ações da

assistência

Definição de parâmetros de avaliação.

Disponibilização da evolução acadêmica dos beneficiários

das ações da assistência

QUADRO 19: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE - PRAE

Page 203: RAAI 2016 RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO  · PDF filetabela 28: livros biblioteca - transaÇÕes de circulaÇÃo, 2015-2016250 tabela 29: biblioteca 2016

203

EIXO 4: POLÍTICAS DE GESTÃO

DIMENSÃO 5: POLÍTICAS DE PESSOAL

5.1. AS POLÍTICAS DE PESSOAL, AS CARREIRAS DO CORPO DOCENTE E DO

CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

Responsável: PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS (PROGESP)

As políticas de carreira dos servidores docentes e técnico-administrativos da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são regidas pela legislação

federal respectiva e por decisões normativas de âmbito interno.

O Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal é normatizado pela lei nº

12.772/12. A admissão de docentes para o quadro permanente se dá por meio de

concursos públicos conforme legislação vigente, sendo que, em 2016, foram

publicados 7 editais de abertura de concursos para docentes.

Conforme Decisões nº 113/1988 e nº 124/1991 do CONSUN, cabe à Comissão

Permanente de Pessoal Docente apreciar assuntos concernentes a: alteração de

regime de trabalho de docentes; Avaliação de Desempenho para progressão e

promoção funcional dos docentes; processos de promoção funcional por titulação;

solicitação de afastamento para aperfeiçoamento, especialização, mestrado,

doutorado ou pós-doutorado; e gratificações decorrentes de titulação.

A admissão e a progressão de servidores técnico-administrativos têm como

base os princípios estabelecidos na Lei nº 11.091/2005, que dispõe sobre a

estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação

(PCCTAE). Em 2016 ingressaram 119 servidores técnico-administrativos advindos

dos bancos de aprovados em concursos anteriores a 2016. Além disso, foram

publicados 3 editais de concurso de técnico-administrativos para

admissões/nomeações a serem realizadas em 2017.

Desde 2010, as Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da

Educação contam com um instrumento de gestão do seu quadro de pessoal instituído

pelo Decreto Nº 7.232/2010, que estabeleceu o Quadro de Referência dos Servidores

Técnico-Administrativos em Educação – QRSTA, fixando o quantitativo de vagas a

serem ocupadas nos cargos de nível C, D e E, com autorização para reposição

automática das suas vacâncias. Assim, desde 2010, as reposições de vacâncias

estavam previamente autorizadas, considerando o limite estabelecido pelo Decreto.

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204

Em relação ao quadro de pessoal docente, há o Banco de Professor-

Equivalente das Universidades Federais vinculadas ao Ministério da Educação,

constituído pelo Decreto nº 7.485/2011 – alterado pelo Decreto nº 8.259/2014, e o

Banco de Professor-Equivalente da Educação Básica, Técnica e Tecnológica, dos

Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia vinculados ao Ministério da

Educação, instituído pelo Decreto nº 7.312/2010 – alterado pelo Decreto nº

8.259/2014, os quais dotaram as Instituições Federais de Ensino de um instrumento

de gestão do seu quadro de pessoal docente, possibilitando sua reposição

automática.

No entanto, em 2016, o governo federal passou a condicionar a realização de

concursos públicos e a reposição do quadro de pessoal técnico-administrativo e

docente às prioridades estabelecidas na Lei Orçamentária Anual (LOA),

suspendendo, com isso, o efeito automático dos dispositivos legais mencionados

anteriormente. As IFEs passam, assim, a depender, novamente, de autorização para

realizar novos concursos públicos e reposição de seus quadros, dentro daqueles

limites fixados. As autorizações para admissões a partir de concursos realizados até

31/08/2016 e reposições referentes ao exercício 2016 e 2017 constam da Lei de

Diretrizes Orçamentárias N° 13.408, de 26/12/2016.

Atualmente, o quadro de servidores da UFRGS é composto por 2.822

servidores docentes de carreira e 2.662 servidores técnico-administrativos (conforme

dados do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE,

posição em 01/02/2017). Mesmo com a manutenção dos concursos públicos e das

reposições das vacâncias, o número de servidores não é suficiente para suprir todas

as necessidades de pessoal, apesar da expansão das vagas oportunizadas por meio

do Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades

Federais (REUNI), do Ministério da Educação, instituído pelo Decreto nº 6.096/2007.

Os recursos advindos do REUNI foram, desde sua origem, associados à expansão

das atividades decorrentes do plano de reestruturação e não à recuperação das

defasagens históricas de pessoal, ocorridas ao longo de décadas, frutos de um longo

período em que não havia possibilidade de reposição do quadro de pessoal técnico-

administrativo e docente.

Com o intuito de lidar com as limitações do quadro de servidores, a

Universidade busca incentivar o desenvolvimento dos mesmos, a fim de tornar a força

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205

de trabalho ainda mais qualificada para atender as demandas institucionais. Desta

forma, a UFRGS vem desenvolvendo um conjunto de ações que estimulam a

qualificação dos servidores e dão suporte à aprendizagem organizacional. Neste

sentido, o quadro de servidores destaca-se por sua qualificação: sendo que 67% dos

servidores técnico-administrativos possuem nível superior e, destes, 21% possuem

pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado e 5% possuem pós-graduação

stricto sensu em nível de doutorado. Quanto ao corpo docente, 89% possui pós-

graduação stricto sensu em nível de doutorado e 87% dos docentes estão em regime

de trabalho de dedicação exclusiva.

A Escola de Desenvolvimento de Servidores da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul (EDUFRGS) tem o objetivo de promover a capacitação de servidores,

por meio da promoção e da orientação de um conjunto de atividades de aprendizagem

interdependentes, que promovam o desenvolvimento pessoal e profissional do

servidor. Isto ocorre como resultado do desenvolvimento de ações de ensino

diretamente relacionadas aos processos de trabalho específicos da instituição,

objetivando atender demandas, tanto institucionais quanto setoriais. Desta forma, as

ações ofertadas pela EDUFRGS constituem processos permanentes e deliberados de

aprendizagem realizados no e para o trabalho.

Neste sentido, foram publicados dois Editais de Apoio à Qualificação, onde

foram concedidos 375 incentivos educacionais voltados ao apoio à realização de

cursos de educação formal, nas modalidades Educação Básica (36), Graduação (204)

e Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado (135). Consoante ao Plano

de Desenvolvimento Institucional (PDI 2011-2015) da UFRGS, que preconiza a

instituição de uma política de capacitação com base no levantamento de

necessidades e prioridades das unidades, os incentivos possibilitaram a qualificação

de servidores em cursos, em sua grande maioria, relacionados diretamente aos seus

cargos e ambientes organizacionais. É importante mencionar também que 18

servidores se matricularam no Colégio de Aplicação com intuito de retomar os estudos

em nível de Educação Básica.

O Plano Anual de Capacitação da UFRGS, o qual é realizado segundo a

metodologia de formação integral modular, foi marcado pela oferta de 274 diferentes

ações de aperfeiçoamento e 401 turmas, planejadas com o intuito de atender as

necessidades de capacitação do quadro de servidores da Universidade, totalizando

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8700 vagas ocupadas e 2282 diferentes servidores capacitados, sendo, dentre esses,

771 docentes e 1511 técnico-administrativos.

Conforme o Plano de Formação Integral de Servidores, para progredir por

capacitação, o servidor precisa participar de cursos de capacitação que não sejam de

educação formal e completar a carga horária requerida de acordo com o nível de

classificação do seu cargo e com o nível de capacitação para o qual está progredindo.

A EDUFRGS encerra o ano de 2016 totalizando 555 concessões de Progressões

Funcionais por Capacitação e 327 concessões de Incentivos à Qualificação.

É importante salientar que o desenvolvimento de servidores é resultado de um

conjunto de ações que dão suporte à aprendizagem. Neste sentido, em 2016, houve

a concessão de: 425 processos de horário-especial para servidor estudante, o qual é

destinado aos servidores técnico-administrativos que estejam regularmente

matriculados em cursos de educação formal, desde que comprovada a

incompatibilidade entre o horário escolar e o da Unidade/Órgão; 44 licenças para

capacitação; 11 afastamentos parciais, modalidade destinada a servidores técnico-

administrativos quando há incompatibilidade parcial entre o exercício da jornada de

trabalho e a participação do servidor técnico-administrativo no curso de Pós-

Graduação Stricto Sensu; 84 afastamentos integrais no e do país para qualificação

dos servidores técnico-administrativos para mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Assim, o apoio institucional à aprendizagem organizacional constitui-se como uma

importante estratégia para reter e desenvolver o quadro funcional.

Na temática de desenvolvimento de gestores, foram trabalhados os seguintes

conteúdos por meio da realização de quatro ações de aperfeiçoamento: mediação de

conflitos; comunicação não-violenta; gestão e correntes sobre tomada de decisão;

conceito de gestão do trabalho; teorias da burocracia na administração; teoria geral

dos sistemas; racionalidade e pensamento estratégico; ação comunicativa; gestão por

competências; design thinking voltado para gestores; empreendedorismo voltado ao

serviço público; pensamento inovador e método colaborativo. Estas ações estão de

acordo com o previsto no PDI 2011-2015 da Universidade no que se refere à

capacitação direcionada aos gestores, visando à preparação e qualificação para o

exercício das atividades de gestão acadêmico-administrativas nos termos da Política

Nacional de Desenvolvimento de Pessoas.

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207

Outro momento importante foi a realização do III Salão EDUFRGS, evento que

se constitui em um espaço de divulgação e discussão de projetos, experiências e

pesquisas desenvolvidos por servidores docentes e técnico-administrativos da

UFRGS. O foco temático do Salão foram produções que contribuíram para a

qualificação das atividades desenvolvidas na UFRGS, seja pelo desenvolvimento dos

servidores e/ou pela melhoria dos processos de trabalho na Universidade. O evento

contou com a apresentação de 69 trabalhos na modalidade Apresentação Oral e

diversas atividades (oficinas e palestras) na área de Inclusão e Acessibilidade,

resultando em 487 participações de servidores.

Conforme o PDI 2011-2015 da UFRGS, que preconiza a instituição de uma

política de capacitação com base no levantamento de necessidades e prioridades da

gestão, foi realizado o planejamento do Censo de Desenvolvimento de Servidores. O

projeto consiste em uma pesquisa anual com o intuito de conhecer o perfil profissional

dos servidores da Universidade, substituindo o Levantamento de Necessidades de

Capacitação (LNC).

Em 2016, por meio da Secretaria de Educação a Distância e da Escola de

Desenvolvimento de Servidores, a Universidade participou do Edital N° 22/2015

CAPES/Universidade Aberta do Brasil (UAB) /Programa Nacional de Formação em

Administração Pública (PNAP), que oportunizaria financiamento para a oferta de um

curso de especialização em gestão pública com vagas reservadas a Técnico-

Administrativos em Educação, portadores de diploma de curso superior e que

exercem atividades na UFRGS. Antes do envio do projeto à CAPES, de 29/02/2016 a

20/03/2016, foi realizada uma pesquisa para verificar qual seria o número de

servidores interessados em realizar o curso de Especialização Lato Sensu Gestão

Pública no ano de 2016. A enquete foi realizada no Portal do Servidor, através do

Sistema de Gerenciamento de Questionários. No total, 246 servidores da UFRGS

demonstraram interesse em realizar o referido curso, entretanto, sua realização foi

adiada devido ao atual contexto de cortes no orçamento da Universidade por parte do

Governo Federal.

Com relação ao acompanhamento de servidores, a PROGESP, por meio da

Divisão de Ingresso, Mobilidade e Acompanhamento (DIMA), em 2016, desenvolveu

diversas ações e projetos relacionados ao ingresso de servidores, às mobilidades, ao

Estágio Probatório, ao Programa de Avaliação de Desempenho dos Servidores

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208

Técnico-Administrativos, e à prevenção e combate ao assédio na UFRGS. Quanto ao

ingresso, foi desenvolvida a capacitação "Bem-Vindo à UFRGS”, que objetiva

proporcionar um espaço de acolhimento aos servidores ingressantes (docentes e

técnico-administrativos em educação), bem como fornecer informações a respeito da

Universidade e dos procedimentos funcionais pertinentes ao momento do ingresso na

instituição. A respeito das mobilidades, além do acompanhamento das solicitações de

mobilidades internas (remoção) e externas (redistribuição, colaboração técnica e

exercício provisório), foi aprimorado o fluxo das mobilidades externas, através da

elaboração de um novo controle para centralização das informações do processo. Em

2016, foram realizadas 119 remoções (117 técnicos e 2 docentes) e 23 mobilidades

externas (16 redistribuições, 3 exercícios provisórios e 4 colaborações técnicas).

O processo de Avaliação de Estágio Probatório dos servidores técnico-

administrativos é realizado em conformidade com a legislação federal (Lei 8.112/90)

e a regulamentação interna do programa de avaliação de estágio probatório dos

servidores técnico-administrativos da UFRGS. Além do processo avaliativo em si, o

programa prevê uma série de ações de acompanhamento individuais e em grupo,

tanto para os servidores em estágio quanto para chefias. Em 2016, as ações

relacionadas ao Estágio Probatório centraram-se na promoção da capacitação

"Encontro de Acompanhamento de Servidores em Estágio Probatório” e no

acompanhamento das avaliações dos servidores, que envolveu a análise de 1630

avaliações.

O Programa de Avaliação de Desempenho dos Servidores Técnico-

Administrativos da UFRGS, instituído pela Decisão nº 939/2008 do CONSUN e

alterado pelas Decisões do CONSUN nº 328/2010 e nº 417/2014, além de atender às

exigências da Lei nº 11.091/2005, constitui-se como um instrumento gerencial que

permite mensurar os resultados obtidos pelo servidor e pela equipe de trabalho. A

avaliação de desempenho também tem como objetivo a aferição de mérito para

progressão funcional. Em consonância com o PDI 2011-2015 da UFRGS, o Programa

integra uma política de gestão que inclui apoio permanente a ações de capacitação

que visem ao desenvolvimento institucional e profissional, à melhoria das condições

de trabalho, ao dimensionamento de necessidades de pessoal, às ações de saúde

ocupacional, de estímulo ao trabalho coletivo e à maior participação dos servidores

técnico-administrativos no planejamento institucional.

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209

Ainda, de acordo com o PDI 2011-2015 da UFRGS, que apresenta o objetivo

de uma comunicação interna abrangente e eficaz, e dando continuidade ao

movimento de publicização dos resultados da Avaliação, no ano de 2016 investiu-se

na ampliação das ações de divulgação, com a apresentação dos resultados do último

ciclo avaliativo para a nova gestão da UFRGS, para a Comissão Permanente de

Avaliação (CPA), para Assessores e Gerentes das unidades, para a Pró-Reitoria de

Planejamento de Administração (PROPLAN) e para a Superintendência de

Infraestrutura (SUINFRA). Além disso, foram realizadas diversas ações para o

aprimoramento da divulgação do Programa, como a elaboração de um novo manual

para os servidores, a criação de um folheto direcionado aos servidores ingressantes,

além da reformulação da webpage destinada ao Programa.

No projeto “Prevenção e combate ao assédio na UFRGS”, cujo propósito

consistiu em aprimorar o fluxo interno de atendimento de supostas situações de

assédio, foi constituído um grupo propositivo com servidores de diferentes setores da

PROGESP. Ponderou-se sobre os espaços de acolhimento para estas questões na

UFRGS atualmente e sobre estratégias para abordar o tema na Instituição. Outro

projeto relacionado ao acompanhamento de servidores, priorizado em 2016, foi o de

reformulação da capacitação “Pensando a Carreira na Estabilidade”. Para isso,

buscou-se parceria com o Instituto de Psicologia para a realização dessa atividade

pela relevância no acompanhamento e desenvolvimento dos servidores em final de

estágio probatório.

Quanto às ações de atenção à saúde, a PROGESP, por meio do Departamento

de Atenção à Saúde (DAS), investiu em 2016 no incremento de iniciativas voltadas à

promoção da saúde e à prevenção de agravos e acidentes. Destaca-se a proposição

de um projeto para implantação de protocolos de segurança em relação à aquisição,

manuseio e descarte de produtos químicos no âmbito da Universidade. O projeto está

sendo elaborado com a participação de representantes dos Departamentos de

Atenção à Saúde (DAS) e de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (DDGP) da

PROGESP e do Escritório de Processos da PROPLAN. Em relação à segurança nos

ambientes de trabalho, visando garantir uma permanente vigilância dos mesmos,

investiu-se na assessoria e qualificação dos membros das Comissões de Saúde e

Ambiente de Trabalho (COSAT), por meio de orientações individuais e coletivas e da

realização de encontros com Unidades Acadêmicas. Também foram produzidos

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210

materiais educativos visando à prevenção de doenças, aderindo a campanhas

nacionais como combate ao mosquito Aedes Aegypti, Outubro Rosa e Novembro Azul.

Em relação à perícia oficial em saúde, com a aposentadoria de dois

odontólogos e quatro médicos que atuavam como peritos, foi necessária readequação

das agendas dos peritos que permaneceram executando esta atividade, o que exigiu

uma significativa ampliação dos horários disponibilizados para agendamentos. Além

disso, no início de 2016, o Serviço de Atendimento em Saúde Bucal foi transferido

para a Faculdade de Odontologia, com o objetivo de oferecer à comunidade da

UFRGS um espaço físico mais adequado e uma maior amplitude na oferta de

procedimentos. Assim, em 2016, contabilizou-se a realização de 4.546 perícias

médicas a servidores e alunos; a realização de 510 vistorias aos ambientes de

trabalho, com a emissão de 479 laudos periciais; o acompanhamento psicossocial a

78 servidores; e a realização de 537 consultas médicas e nutricionais. Destaca-se

ainda a negociação realizada para o realinhamento das mensalidades do Plano de

Assistência à Saúde dos servidores, dependentes e pensionistas da Universidade,

visando à manutenção de um plano viável e devidamente equilibrado. Atualmente, o

plano conta com 11.659 beneficiários.

Para atender as demandas e garantir o acesso aos serviços, produtos e

instalações pelas pessoas com deficiência na Universidade, o Núcleo de Inclusão e

Acessibilidade – INCLUIR, vinculado à PROGESP, atua na articulação, fomento e

consolidação da política de inclusão e acessibilidade. O INCLUIR também fornece

acompanhamento e apoio técnico às pessoas com deficiência, desenvolvendo

estratégias de inclusão, acessibilidade e permanência de pessoas com deficiência,

Transtorno do Espectro do Autismo ou com alguma condição de saúde que necessite

de atendimento especial, dentro da comunidade universitária, no âmbito do ensino,

pesquisa, extensão e gestão administrativa. O detalhamento das ações de 2016 do

INCLUIR pode ser verificado no item 3.5 Responsabilidade Social da Instituição

(Inclusão Social) do relatório.

Com relação à gestão dos serviços terceirizados, avançou-se na qualificação

dos processos de trabalho e dos serviços prestados, com o desenvolvimento de uma

nova metodologia de medição de qualidade de serviços terceirizados e com a

realização dos encontros de Gestão Ambiental, orientados aos prestadores de

serviços que atuam na UFRGS. Ademais, para embasar e padronizar as atividades

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211

de fiscalização foi desenvolvido um novo guia do fiscal. Em 2016, foram gerenciados,

concomitantemente, 22 contratos de serviços terceirizados contínuos.

Em continuidade ao desenvolvimento do modelo de Gestão por Processos, em

2016, a Pró-Reitoria também realizou diversas ações visando à melhoria contínua da

gestão administrativa e da qualidade dos serviços prestados, dentre as quais

destacam-se: a automação de documentos oficiais por meio do Sistema de

Documentos Eletrônicos (SDE), gerando maior confiabilidade dos dados, celeridade,

transparência, sustentabilidade e economicidade do processo; a implantação do

módulo de consulta pública dos atos oficiais da Universidade no site da UFRGS; a

inserção de processos da área de gestão de pessoas no Sistema Eletrônico de

Informações (SEI); o aperfeiçoamento do Sistema de Ponto Eletrônico, com a

implantação de novas funcionalidades, possibilitando maior confiabilidade e precisão

nos registros; o desenvolvimento do sistema de controle de efetividades de

terceirizados para gerenciamento e fiscalização dos contratos; e o aprimoramento dos

controles de vagas de pessoal. Além disso, a Pró-Reitoria, em parceria com o Centro

de Processamento de Dados, está desenvolvendo funcionalidades para o

aprimoramento do controle de apuração de acumulação funcional e de entrega das

declarações de bens e rendas, além de dois sistemas: para os concursos públicos

docentes e para o mapeamento de pessoas com deficiência na instituição. Tais ações

seguem as diretrizes do PDI 2011-2015 da Universidade, o qual aponta para a

reestruturação da gestão administrativa, buscando a racionalização e a centralização

dos processos administrativos, de forma a torná-la proativa e ágil em suas decisões.

Dessa forma, a PROGESP encerra o ano de 2016 com importantes avanços e

ações nas mais variadas esferas da gestão de pessoas da UFRGS, contribuindo, cada

vez mais, para uma prestação de serviço de qualidade aos servidores e à comunidade.

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212

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO GESTÃO PESSOAS

Itens/Aspectos/Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de

melhorias

Admissão de servidores e gestão de vagas

- Aprimoramento do controle de vagas pelo Quadro de Referência dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação – QRSTA e pelo Banco de Professor-Equivalente do Magistério Superior e do EBTT.

- Quantitativo atual ainda não é suficiente para suprir todas as demandas institucionais;

- Investimento em ações de incentivo ao desenvolvimento dos servidores, a fim de tornar a força de trabalho ainda mais qualificada para atender às demandas institucionais.

- Autorização para realização de novos concursos e reposição do quadro passou a ser condicionada às prioridades da LOA, impactando na reposição automática.

Desenvolvimento de servidores

- Ações que estimulam a qualificação dos servidores e dão suporte à aprendizagem organizacional: oferta de incentivos educacionais (bolsas); concessão de incentivos à qualificação; concessão de progressões por capacitação; concessão de afastamentos para realização de pós-graduação stricto sensu; oferta de ações de aperfeiçoamento; concessão de licença-capacitação; realização do Salão EDUFRGS.

- Levantamento de Necessidades de Capacitação.

- Realização do Censo de Desenvolvimento de Servidores.

- Ações de aperfeiçoamento para desenvolvimento de Gestores.

- Criação de um Programa de Desenvolvimento de Gestores.

Acompanhamento de servidores

- Elaboração do projeto de capacitação “Bem-Vindo à UFRGS”, em parceria com diversos setores da PROGESP;

- Dificuldade dos setores responsáveis pelos processos de acompanhamento em desenvolver novos projetos devido à sobrecarga de trabalho;

- Buscar mais parcerias para o desenvolvimento de novos projetos, com a formalização dos grupos/comissões formadas.

- Desenvolvimento do projeto “Prevenção e combate ao assédio na UFRGS” com a colaboração de servidores de diferentes setores da PROGESP, para discussão sobre os espaços de acolhimento para estas questões na UFRGS;

- A execução de algumas ações de capacitação foi impactada pelas paralisações dos servidores e ocupações das salas de aula.

- Reformulação da capacitação “Pensando a Carreira na Estabilidade”, em parceria com o Instituto de Psicologia;

- Ampliação das ações de divulgação do Programa de Avaliação de Desempenho de

- Realizar mais ações de divulgação do Programa de Avaliação de

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213

TAEs: apresentação para nova gestão da UFRGS, CPA, PROPLAN e SUINFRA; além da elaboração de outros materiais de divulgação.

Desempenho junto aos servidores e não somente com unidades específicas.

Atenção à saúde

- Incremento de ações voltadas à promoção da saúde e prevenção de agravos e acidentes.

- Permanente reforma do espaço físico ocupado pela sede do Departamento de Atenção à Saúde (DAS), o que gerou o contínuo remanejamento dos espaços de trabalho utilizados pelas equipes para que pudesse ser efetuada a reforma;

- O Serviço de Atendimento em Saúde Bucal foi transferido para a Faculdade de Odontologia, com o objetivo de oferecer à comunidade da UFRGS um espaço físico mais adequado e uma maior amplitude na oferta de procedimentos.

- Aposentadoria de dois odontólogos e quatro médicos que atuavam como peritos.

- Readequação das agendas dos peritos que permaneceram executando a atividade, com significativa ampliação dos horários disponibilizados para agendamentos.

- Desenvolvimento do projeto de implantação de protocolos de segurança com relação a produtos químicos, numa parceria entre PROGESP (DAS, DSMT e NPG) e PROPLAN (Escritório de Processos);

- A abrangência do projeto, uma vez que contempla a elaboração de protocolos com relação à aquisição, manuseio e descarte de produtos químicos no âmbito da Universidade.

- Buscar parcerias com os setores e/ou unidades que se envolvem nos processos de aquisição, manuseio e descarte para o desenvolvimento do projeto.

Gestão de Terceirizados - Desenvolvimento de nova metodologia de medição de qualidade de serviços terceirizados.

Implementação do modelo de Gestão por Processos na PROGESP

- Automatizações de processos realizadas: SDE, Consulta de atos oficiais da UFRGS, Sistema de Ponto Eletrônico, Controle de Efetividades de Terceirizados.

- Automatizações que já estão em desenvolvimento, mas com implantação prevista para 2017: controle de apuração de acumulação funcional, controle de entrega das declarações de bens e rendas, sistema de concurso público docente, mapeamento de pessoas com deficiência.

QUADRO 20: RESUMO AUTOAVALIATIVO GESTÃO PESSOAS

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214

5.2. AS POLÍTICAS DE ACOMPANHAMENTO DA CARREIRA DOCENTE –

Responsável: COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE (CPPD)

A CPPD – Comissão Permanente de Pessoal Docente é um órgão que, de

acordo com seu Planejamento Anual, tem como atribuições prestar assessoramento

ao Conselho Universitário e ao Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa,

desenvolvendo estudos e análises que permitam fornecer subsídios para a formulação

ou alteração da política de pessoal docente da UFRGS, bem como atender as

demandas docentes naquilo que compete a esta Comissão: Progressões e

Promoções funcionais, Avaliação de Estágio Probatório docente, Alterações de

Regime de Trabalho e Afastamentos do e no País. O atendimento compreende os

docentes das Unidades da UFRGS como também os docentes do Colégio de

Aplicação (EBTT). As legislações que regem estas alterações funcionais dos

docentes são provenientes dos órgãos superiores e ratificadas pelo

CONSUN/UFRGS.

Para a construção do presente relatório, realizamos reuniões com a equipe

envolvida nas atividades diárias da CPPD, visando uma avaliação mais

pormenorizada dos possíveis indicadores do órgão. Uma vez que novamente não

entendemos que os indicadores propostos no RAAI (soma das notas na avaliação

interna de desempenho docente / Total de docentes) contemplem nossas atividades,

pensamos em alguns pontos de extrema importância para o dia-a-dia da Comissão

que, assim como no período que compreendeu o relatório anterior, continua sendo o

foco do trabalho da CPPD.

Em primeiro lugar, continuamos destacando o fluxo de processos que tramitam

na CPPD. O fluxo de processos e sua consequente aprovação seriam facilitadores

das solicitações docentes. Em 2016, tramitaram pela Comissão 1201 processos,

tendo sido aprovados 1159 após a ocorrência de 510 diligências. Alguns processos

continuam em fluxo, ou por ainda não terem sido analisados ou devido à antecipação

do envio dos mesmos em relação à data de interstício docente. Acreditamos que, com

um maior preparo dos órgãos envolvidos na solicitação (secretaria das unidades,

gerência administrativa da unidade, comissões de avaliação, bancas examinadoras e

corpo docente) em relação às práticas e legislações que regem a elaboração dos

processos, seria possível a diminuição significativa destes retornos agilizando a

finalização das solicitações.

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215

Ainda, ressaltamos que desde meados de abril de 2016 estamos tramitando os

processos via SEI – Sistema Eletrônico de Informação, plataforma de tramitação

eletrônica que visa, além de agilizar as solicitações docentes, deixar o fluxo mais

transparente aos interessados. Gradativamente, a partir de 04 de abril de 2016, os

novos processos relativos às alterações funcionais dos docentes da UFRGS

passaram de processos físicos (com documentação em papel) para processos

abertos no meio eletrônico, com os documentos digitalizados e/ou apropriados do

próprio sistema interno da UFRGS ou, ainda criados dentro da plataforma. Os

processos físicos abertos até essa data em questão ainda são encaminhados à

CPPD, continuando com os procedimentos anteriores até seu arquivamento.

Diferentemente do sistema anterior, em que o fluxo do processo físico

demandava tempo em função da circulação do processo por vários setores, como o

Protocolo Geral que era responsável pela chegada do processo ao seu destino, no

novo sistema eletrônico a circulação fica restrita aos interessados dentro das unidades

e departamentos, agilizando a chegada às comissões de avaliação ou bancas

examinadoras e, consequentemente, à CPPD. É importante ressaltar que procuramos

ao longo desse período esclarecer aos envolvidos que essa etapa não se trata de uma

informatização dos processos, apenas de uma tramitação eletrônica.

Esta mudança foi e continua sendo acompanhada pela área administrativa da

CPPD através de sua secretaria, que por considerar a nova sistemática e as

consequentes dúvidas dos envolvidos, procurou se qualificar para tornar o trabalho

mais ágil para todos. Atualmente a CPPD percebe uma maior apropriação das

ferramentas do sistema por parte dos atores participantes dos procedimentos:

considerando ser uma sistemática nova e gerar muitas dúvidas em todos os atores

participantes dos procedimentos: gerentes administrativos, assistentes

administrativos, secretários (as), gestores e os próprios docentes.

Em segundo, precisamos destacar o fluxo do processo após sua aprovação

pela Comissão, até a saída do mesmo da CPPD para o setor seguinte. Durante essa

etapa, tão logo o relator designado para avaliação do processo refira que o mesmo foi

aprovado e, ao se tratar de um processo físico, a secretaria realiza a impressão do

parecer para que o relator verifique, assine e, assim, o processo seja montado e

encaminhado para o setor de competência. Caso o processo esteja tramitando em

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216

meio eletrônico, é inserido o parecer que tão logo é assinado pelo relator e, no mesmo

dia encaminhado à Divisão de Cadastro e Registro para a emissão das portarias.

Embora a forma de tramitação dos processos hoje seja mais ágil, ainda

verificamos erros nos preenchimentos dos pareceres, fazendo com que os processos

retornem à CPPD para retificação dos dados inseridos erroneamente. Buscando

minimizar o problema, implementamos algumas checagens, fazendo com que hoje os

processos sejam revisados por outros colegas da secretaria antes que o mesmo seja

enviado à PROGESP. Para minimizar o transtorno, mesmo sendo processos físicos

ou eletrônicos, é necessário que todos os membros da CPPD envolvidos na etapa,

tanto relatores quanto o pessoal administrativo, redobrem a atenção aos dados

inseridos nos pareceres, para que não ocorram atrasos no fluxo das solicitações.

Em terceiro, devemos citar o esforço de todos os envolvidos para a correta

apropriação das ferramentas do sistema. Foi de compreensão de grande parte dos

envolvidos que a transformação do modo de tramitação para um sistema eletrônico

trouxe maior agilidade na homologação das alterações solicitadas, uma vez que

extinguiu a necessidade do fator humano no deslocamento dos documentos, bem

como reduziu a possibilidade de erros na composição dos processos. No entanto, a

dificuldade de compreensão das etapas de elaboração dos processos por parte dos

envolvidos nas solicitações foi um grande obstáculo, fazendo com que fosse

necessário um esforço coletivo para sanar as dúvidas que foram surgindo ao longo do

caminho. Acreditamos que seria necessário oferecer mais ações de capacitação aos

envolvidos, tanto docentes quanto técnico-administrativos.

INDICADORES

Indicadores

Fluxo de processos

Redação dos pareceres

Alteração da forma de tramitação de processos

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217

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO COMISSAO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE

Itens/Aspectos/Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de

melhorias

Erros na elaboração dos

processos

Agilidade na finalização das

solicitações

Muitos erros de preenchimento e

composição dos processos

Maior conhecimento por parte dos

envolvidos sobre as legislações

pertinentes

Dificuldade de elaboração da

redação dos pareceres

Maior rapidez no segmento rumo

ao setor de competência

Erros de preenchimento dos pareceres e

consequente demora para efetivação da

solicitação

Membros e equipe da CPPD

revisando os pareceres

Apropriação do sistema pelos

membros envolvidos

Redução da possibilidade de

erros na composição dos

processos

Falta de apropriação das etapas de

elaboração e legislações.

Capacitação dos envolvidos na

elaboração dos processos.

QUADRO 21: RESUMO AUTOAVALIATIVO COMISSAO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE

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218

DIMENSÃO 6: ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO

6.1 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO

Responsável: GABINETE DO REITOR

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com sede em Porto

Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, sendo uma instituição pública a

serviço da sociedade e comprometida com o futuro e com a consciência crítica,

respeita as diferenças, prioriza a experimentação e, principalmente, reafirma seu

compromisso com a educação e a produção do conhecimento, inspirada nos ideais

de liberdade e solidariedade.

A gestão da Universidade é pautada no princípio da gestão democrática,

exercida responsavelmente pela coletividade de seus servidores, sendo que em cada

órgão da estrutura administrativa há representantes do corpo docente, discente e

técnico-administrativo.

A UFRGS tem sua organização administrativa pautada no respeito à

diversidade de seus elementos componentes, imperando a observância de um

complexo regramento de convívio, baseado na preservação e constante

aprimoramento da excelência acadêmica. Entre outros fatores, sua origem resultante

da união de diferentes faculdades, processo decorrido num longo período de tempo,

muito contribuiu para a consolidação desta estrutura.

O Estatuto e o Regimento Geral da UFRGS são os grandes balizadores da

estrutura de funcionamento em termos de sua Organização e Gestão.

O Plano de Desenvolvimento Institucional- PDI, instrumento principal de

planejamento das IES, o planejamento das ações institucionais na UFRGS, com base

na sua estrutura legislativa interna, é convencionalmente realizado através da

elaboração de planos de gestão para os períodos em que seus dirigentes máximos

ocupam cargos eletivos. Esse planejamento é balizado pelos limites do que é

expresso no conjunto de peças legislativas internas, para além da observância da

legislação externa. O plano de gestão deve ser proposto e aprovado pelo Conselho

Universitário da UFRGS, nos termos do Art. 29 do Regimento Geral da instituição.

A atuação da UFRGS, como órgão público federal, insere-se no âmbito das

políticas públicas governamentais e do programa de governo no que tange ao Sistema

Federal de Educação Superior, cujas orientações específicas chegam às IES através

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219

das normativas do MEC. Além dessas diretrizes, esta instituição detém de

competência acadêmica comprovada nas avaliações de seus cursos e projetos, tem

potencialidades para responder aos desafios socioeconômicos, políticos, científicos e

culturais do presente e do futuro, mediante o exercício pleno de sua autonomia e

seguindo diretrizes éticas e políticas orientadas pelo compromisso social.

Dentre as iniciativas de modernização da gestão, merece destaque a criação,

a partir de 2016, do Sistema Eletrônico de Informação - SEI, sistema de tramitação

eletrônica de processos administrativos adotado pelo PEN (Processo Eletrônico

Nacional). O PEN é uma iniciativa conjunta de órgãos e entidades de diversas esferas

da administração pública para a elaboração de uma infraestrutura pública de processo

administrativo eletrônico. O SEI foi desenvolvido e cedido pelo Tribunal Regional

Federal da 4ª Região e vem sendo implantado com sucesso em diversos órgãos

públicos.

Por ser uma evolução da tramitação manual para eletrônica, o SEI apresenta

diversos benefícios, sendo os principais:

Redução do consumo de papel (prática sustentável)

Maior agilidade na tramitação de processos

Melhor aproveitamento de espaços físicos (menos papel, mais espaço)

Mais segurança

Mais transparência

Na UFRGS, a fase piloto de implantação do SEI iniciou em junho de 2014 com

alguns processos de pagamento. Em 2015 foram incluídos todos os processos de

pagamento e, em 2016, expandiu-se para outros tipos de processos da Universidade,

incluindo processos de RH e compras.

Atualmente há 73 tipos de processos no SEI. Em 2016 foram 15.362 processos,

o equivalente a aproximadamente 35% dos processos gerados na Universidade. A

meta é inserir todos os processos da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - PROGESP

no primeiro semestre de 2017 e todos os processos públicos até o final do ano.

Ainda em 2016, coordenada pela Pró-Reitoria de Coordenação Acadêmica

(PROCAD), foi realizada a publicação e o lançamento do Livro com a memória das

comemorações dos 80 anos da UFRGS na qual objetivou a consolidação de um

registro a respeito das atividades artístico-culturais desenvolvidas. Sintetizando desta

forma, um trabalho árduo e ao mesmo tempo prazeroso de seleção criteriosa.

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Além disso foi realizada a elaboração do Relatório de Gestão 2008-2016, livro

que reúne ações realizadas pela Gestão 2008-2016 na Universidade. A publicação

apresenta uma síntese da gestão, enfocando o papel relevante e preponderante dos

gestores, docentes, técnicos administrativos, estudantes e parceiros de diferentes

segmentos.

Por fim, outra atividade que merece destaque é o Salão UFRGS 2016, que foi

realizado no Campus do Vale, no período de 12 a 16 de setembro, com a temática

“Paz no Plural”, tendo proporcionado uma integração entre a comunidade

universitária. O Salão UFRGS foi composto por seis salões, sendo eles: Salão de

Ensino, Salão de Extensão, Salão de Iniciação Científica, Finova, UFRGS Jovem e

Salão EDUFRGS. Foram realizadas 10 palestras/conferências/encontros, cinquenta e

nove oficinas, trinta e seis tertúlias, nove atividades culturais, vinte projetos da mostra

interativa, quarenta e nove sessões de trabalhos sobre o Ensino, trezentas e seis

sessões de trabalho sobre Pesquisa de Iniciação Científica no SIC, oito sessões de

trabalho do UFRGS Jovem, quinze sessões de trabalho do Salão EDUFRGS e

quatorze sessões de trabalho da Finova, perfazendo um total de quinhentas e vinte e

seis atividades.

Cabe ressaltar que as atividades no Campus Litoral Norte da UFRGS

consolidaram novas ações ligadas à gestão administrativa e acadêmica, entre elas a

inauguração do prédio Multiuso Estudantil, em 14 de outubro de 2016, que será a sede

dos Diretórios Acadêmicos dos cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e

Tecnologia e de Licenciatura em Educação do Campo.

Outra ação do Campus Litoral Norte está relacionada à gestão acadêmica. A

Universidade passou a integrar a rede do programa nacional de pós-graduação de

caráter profissional, voltado à capacitação de professores da Educação Básica quanto

ao domínio de conteúdos de Física e de técnicas atuais de ensino para aplicação em

sala de aula, com a criação do Polo 50, no Campus Litoral Norte, em Tramandaí, e a

efetiva realização do primeiro processo seletivo de ingresso para o Mestrado Nacional

Profissional em Ensino de Física (MNPEF), ocorrido em 2016.

Também em 2016 ocorreu a retirada do Comitê da Biblioteca do Campus do

Vale, integrante do Planejamento Anual, uma vez que o projeto foi finalizado em 2015

e, posteriormente, encaminhado à Pró-Reitoria de Planejamento de Administração

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221

(PROPLAN) para providenciar as questões administrativas relacionadas ao processo

licitatório.

Como instituição dedicada à formação de pessoas, à geração e à socialização

de conhecimento e de saberes, a interação acadêmica com outras universidades,

independentemente do país de origem, tornou-se fundamental no século XXI. A

economia do conhecimento, um bem que não conhece fronteiras, tem nas

universidades um ator fundamental.

Tem-se observado um avanço crescente na qualidade acadêmica, reconhecida

nas avaliações nacionais e internacionais, acompanhado de um fortalecimento dos

laços da UFRGS com a sociedade em geral. A UFRGS possui, hoje, mais de 600

instrumentos de interação com a sociedade, que envolvem boa parte da comunidade

universitária e movimenta mais de R$ 300 milhões, além dos recursos orçamentários

oriundos diretamente do governo federal. As metas foram estabelecidas de acordo

com os objetivos do Plano de Gestão 2012-2016 que foi o resultado de um trabalho

coletivo, que partiu de um diagnóstico da situação atual e do conceito de Universidade,

expresso na forma de sete eixos temáticos a saber: (1) Excelência Acadêmica e

Inovação, (2) Ampliação das Interações com a Sociedade, (3) Universidade de Classe

Mundial, (4) Qualificação da Gestão Acadêmica e Institucional, (5) Desenvolvimento

da Comunidade Universitária, (6) Qualificação da Infraestrutura e Habitabilidade dos

Campi e (7) Implantação do Campus do Litoral Norte.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO (GABINETE REITOR)

Itens/aspectos/Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Criação do Sistema Eletrônico de Informação- SEI

Redução do consumo de papel. Maior agilidade na tramitação de processos. Aumento de transparência ao cidadão.

Resistência dos servidores ao uso do SEI. Somente 35% dos processos gerados pela Universidade estão inclusos no SEI.

Incentivar os gestores das unidades a realizarem capacitação do SEI, para maior integração junto ao sistema.

Lançamento do Livro dos 80 anos da UFRGS

Registro das atividades artístico- culturais desenvolvidas através da programação em comemoração dos 80 anos da Universidade.

Limitação de acesso ao livro pelos servidores, pelo número reduzido de impressões.

Inclusão da versão online do livro para ampla divulgação.

Salão UFRGS 2016 Evento que articula os diferentes sujeitos e áreas de atuação da comunidade universitária, proporcionando a docentes, discentes e técnicos-administrativos a interação e intercâmbio de suas produções nas áreas de ensino, pesquisa e extensão.

Necessidade de aumento da participação da comunidade universitária.

Ampliação dos meios de divulgação do Salão UFRGS e necessidade de incentivo a docentes, gestores, discentes e técnicos administrativos da Universidade.

Campus Litoral Norte Realização da inserção do prédio Multiuso Estudantil. Inclusão na rede do programa nacional de pós-graduação de caráter profissional.

Necessidade de garantir espaços para pesquisa e estudos.

Consolidar o novo Campus e os seus espaços físicos e profissionais de atuação.

QUADRO 22: RESUMO AUTOAVALIATIVO DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO

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DIMENSÃO 10: SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA

Responsável: PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO (PROPLAN)

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA INSTITUIÇÃO E POLÍTICAS DE

CAPTAÇÃO E ALOCAÇÃO DE RECURSOS

No ano de 2016, as condições financeiras da UFRGS foram afetadas por uma

redução do orçamento liberado para empenho e executado, em relação ao orçamento

autorizado pela Lei Orçamentária de 2016. O contingenciamento afetou

principalmente as despesas de capital, as quais já estavam em nível baixo na proposta

orçamentária.

De modo geral, pode-se afirmar que em 2016 foi possível observar um

desalinhamento entre a trajetória das despesas e da receita, especialmente no que se

refere aos recursos provenientes do Orçamento Geral da União, considerando a Fonte

de Recursos do Tesouro Nacional a principal fonte de financiamento da UFRGS. Foi

necessário fazer uma contenção das despesas para que fosse possível arcar com os

compromissos contratuais, pois as demais fontes de recursos não tiveram

desempenho suficiente para compensar os problemas do contingenciamento dos

recursos da alocação do Orçamento Geral da União na UFRGS.

Tais fontes incluem: a) recursos provenientes de Emendas Parlamentares, de

bancada e/ou individuais; b) de Descentralizações Orçamentárias, destinadas a

atividades específicas e vinculadas a projetos; c) a captação direta de recursos

através de Convênios, Contratos e Interações Acadêmicas com órgãos da União,

Estado e Municípios, empresas Estatais e Privadas, direcionados ao financiamento

de projetos específicos nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento

institucional.

Estas fontes complementares de recursos são importantes para a sustentação

da UFRGS, mas elas não são direcionadas ao financiamento da manutenção da

UFRGS. De modo especial, despesas operacionais decorrentes da forte e destacada

atuação da UFRGS em pesquisa não são financiadas por recursos das fontes

complementares, e tendem a absorver de forma crescente parte do orçamento de

custeio da UFRGS.

Nesse contexto, 2016 pode ser considerado um ano de transição: por um

ângulo, a finalização de um período de gestão marcado pela substancial expansão

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224

da UFRGS, combinada com a busca da qualidade e da internacionalização, em

sintonia com o Plano de Desenvolvimento Institucional vigente no período 2005-2015;

por outro ângulo, a partir do mês de setembro, com a posse da nova administração, e

considerando a dinâmica orçamentária acima descrita, a elaboração de um novo plano

de gestão, para o período 2016-2020, em sintonia com o Plano de Desenvolvimento

Institucional aprovado para o período 2016-2026. A consolidação de uma UFRGS

mais ampla, mais inclusiva e ao mesmo tempo mais forte na sua posição de liderança

e excelência em ensino, pesquisa e extensão - este o desafio que passou a ser

incorporado na elaboração do plano de gestão.

Do ponto de vista organizacional, a sustentabilidade financeira da UFRGS

depende centralmente da atuação da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração

(PROPLAN), envolvendo a missão de coordenar e executar os processos de

planejamento, orçamento, sistematização de informações, racionalização de custos e

registro dos atos financeiros, contábeis e patrimoniais, bem como desenvolver ações

de melhorias em gestão de processos e projetos. As atividades cotidianas da

PROPLAN, de acordo com os processos que envolvem a despesa pública, abrangem

a gestão de documentos, publicações de Editais; gerenciamento das aquisições de

bens e serviços que envolvem a abertura e julgamento de Licitações; a elaboração de

contratos, o gerenciamento de contratos e convênios e a respectiva prestação de

contas; o acompanhamento e avaliação da execução de Programas e Projetos; o

fornecimento de informações institucionais, a coleta e patrimoniamento de bens; o

controle de uso e consumo de veículos; a gestão do almoxarifado central. A

execução orçamentária gerida pela PROPLAN contempla a alocação de recurso para

a atuação da administração central da UFRGS, no sentido de prover os serviços

necessários para as atividades de custeio e formação de capital físico. Além disso,

ocorre o aporte orçamentário a 27 Unidades Acadêmicas (Faculdades, Institutos e

Centros), através de um sistema de cotas que garanta o custeio básico destes órgãos.

A Universidade conta, também, com a colaboração de 4 (quatro) Fundações de Apoio

que, de acordo com a legislação federal da transparência e normativos internos,

contribui para financiamento e viabilização da execução de projetos.

A execução orçamentária da UFRGS em 2016 está apresentada na Tabela 1

abaixo, de acordo com as principais fontes de recursos. O valor total alcançado em

2016 foi de R$ 1.678.082.190,00, o que abrange o montante de recursos que

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ingressaram na UFRGS. Este valor não inclui os repasses provenientes de agências

de fomento, tais como CAPES, CNPq e FINEP, cujos valores são aportados

diretamente a pesquisadores ou alocados em fundações de apoio à UFRGS, em

determinados casos.

O amplo leque de fontes de recursos que garantem a sustentabilidade da

UFRGS exige da PROPLAN um perfil e um papel estratégico no processo decisório

de alocação de recursos em projetos e atividades. Este fato aumenta a complexidade

da programação orçamentária e financeira na busca pela adequação das demandas

das diferentes Unidades e da Administração Central a partir das suas priorizações no

que tange às despesas de custeio, à aquisição de equipamentos ou à realização de

obras (já que as despesas com pessoal têm fluxos próprios e específicos). A Pró-

Reitoria de Planejamento e Administração constitui-se em estrutura de grande porte,

compondo-se de oito Departamentos e conta com aproximadamente 100 servidores

estatutários. Sua formatação e competências podem ser encontradas no link

http://www.ufrgs.br/proplan/

Tabela 22 - Execução Orçamentária da UFRGS por Fonte de Recursos 2016

Orçamento Geral da União -Tesouro Fonte 112/0100 1.613.710.324

Orçamento Geral da União -Tesouro - Fonte 0250 16.944.944

Orçamento Geral da União -Tesouro - Fonte 0280 4.267.418

Recursos Descentralizados 43.159.504

TOTAL GERAL 1.678.082.190

Fonte: SIAFI

As tabelas a seguir mostram a evolução das despesas no âmbito da execução

orçamentária da UFRGS, atestando a expansão do orçamento e dos gastos, em

sintonia com a expansão das atividades acadêmicas da instituição, no contexto dos

objetivos estratégicos de excelência e inclusão.

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Tabela 23 - Execução Orçamentária UFRGS: Fonte Tesouro (0100/0112) Grupo da

despesa

2014

Executado

2015

Executado

2016

Executado

2017

Orçado

Pessoal 1.072.568.240 1.284.533.718 1.371.563.072 1.465.874.344

Benefícios 37.128.210 37.866.763 48.254.424 48.474.352

Custeio 150.029.943 147.599.854 184.550.493 165.508.156

Capital 39.892.181 22.821.770 9.342.335 12.883.067

Total 1.299.618.574 1.492.822.105 1.613.710.324 1.692.739.919

Fonte: elaborado na PROPLAN.

Tabela 24 - Execução Orçamentária da UFRGS: Fonte Recursos Próprios (0250/0280/0650)

Grupo da

despesa

2014

Executado

2015

Executado

2016

Executado

2017

Orçado

Custeio 20.662.821 16.694.190 19.084.270 27.445.454

Capital 13.715.885 26.932.233 2.128.093 8.000.000

Total 34.378.706 43.626.423 21.212.363 35.445.454

Fonte: elaborado na PROPLAN.

Políticas direcionadas à aplicação de recursos para programas de ensino,

pesquisa e extensão

A alocação dos recursos orçamentários da UFRGS busca contemplar as

condições de funcionamento da organização como um todo, a necessidades

específicas de atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como o seu plano de

obras e investimentos prioritários em máquinas e equipamentos. No que tange aos

recursos para custeio, os principais itens de despesa são os seguintes:

Despesas Compulsórias/Contratos;

Distribuição para as Unidades de Ensino;

Bolsas;

Assistência Estudantil

Reformas;

Diárias e Passagens;

Distribuição para os Órgãos Auxiliares, Órgãos Suplementares e Pró-

Reitorias.

Os recursos de custeio são principalmente absorvidos por contratos de serviços

terceirizados e pelas chamadas despesas compulsórias (energia elétrica,

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227

telecomunicações, água), que representaram cerca de 65% do total de despesas de

custeio em 2016. É importante observar que uma parcela dos recursos com contratos

de serviços de terceiros é destinada a serviços especializados vinculados a atividades

de pesquisa, para cuja manutenção não há recursos específicos destinados nos

projetos financiados por agências de fomento (por exemplo, os serviços específicos

de climatização e suprimento de ração para animais de experimentação, os serviços

limpezas para o hospital odontológico, entre outros). Este tipo de atuação está em

sintonia com o PDI da UFRGS, pois as atividades de pesquisa da Universidade são

essenciais aos objetivos de excelência acadêmica constantes no documento.

As despesas com prestação de serviços como segurança, limpeza, locação de

mão-de-obra, manutenção de equipamentos de informática, copiadoras e outros têm

sua execução controladas e empenhadas pela PROPLAN, SUINFRA e

GERTE/PROGESP. Com relação às despesas que não cabem nas cotas

disponibilizadas como, por exemplo, contratos de reformas de prédios, sala de aula e

laboratórios, a PROPLAN adota um procedimento de liberação de extra cotas. Tanto

as cotas normais como as distribuições de créditos via extra cotas sempre são

dimensionadas de acordo com as prioridades das atividades fim da Universidade,

ensino, pesquisa e extensão.

Quanto aos recursos de capital, os mesmos são alocados entre obras e

aquisições de equipamentos. As obras têm seus valores definidos a partir de

orçamentos submetidos, via editais, processos licitatórios e geralmente comprometem

dotações plurianuais. Os recursos destinados a equipamentos têm sua execução

centralizada na PROPLAN, que busca atender por demandas durante o exercício.

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228

A compatibilidade entre os cursos oferecidos e as dotações

orçamentárias

A maior parcela da alocação orçamentária de custeio e de capital da UFRGS

está direcionada ao suporte às atividades de ensino, no amplo rol de cursos

oferecidos, quer no que se refere a despesas operacionais básicas e gerais (como

infraestrutura de energia, telecomunicações e água, limpeza interna e externa,

manutenção de equipamentos, entre outros), quanto a gastos específicos que são

realizados de acordo com a especificidade dos cursos (por exemplo, saídas de campo

nos cursos de Agronomia e Geociências).

A compatibilidade entre os cursos oferecidos e as dotações orçamentárias e os

recursos disponibilizados pode ser constatada pelo bom desempenho das atividades

fins da Universidade. Isso pode ser constatado de acordo com as publicações de

avaliações do INEP, de acordo com o link: portal.inep.gov.br/educacao-

superior/indicadores/indice-geral-de-cursos-igc, o qual demonstra que a UFRGS,

além de ser considerada uma Universidade de grande porte, possui cursos em todas

as áreas de conhecimento, obtendo avaliação com nota máxima em pelo menos um

curso de cada área.

Controle entre despesas efetivas e as referentes a despesas correntes, de

capital e investimentos.

A UFRGS participa efetivamente dos programas instituídos pelo governo

federal no sentido de controle a evolução e/ou promover redução de alguns itens de

gastos.

Nesta direção informamos através do SIMEC e seus módulos de controle,

mensalmente, dados referentes a contratos de terceirizado, consumo de energia

elétrica, consumo de água e os principais itens de materiais. Anualmente são

levantados e analisados a evolução dos itens de despesas que compõem a chamada

UBC (Unidade Básica de Custeio) que mensura gastos de: limpeza e conservação,

telecomunicações, vigilância ostensiva, combustíveis, manutenção de imóveis,

manutenção de equipamentos, locações passagens e diárias, dentre outras.

As despesas com compra de equipamentos e obras (despesas de capital) pelo

seu volume, especificidade e montante financeiro tem seu processo de aquisição

centralizado na PROPLAN através do Departamento de Licitações. Este setor, no

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momento vem passando por uma reestruturação visando adequar-se às

recomendações do TCU com vistas a implantar um setor de Governança de Aquisição

de Bens e Serviços.

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230

EIXO 5: INFRAESTRUTURA FÍSICA

DIMENSÃO 7: INFRAESTRUTURA FÍSICA

7.1. INFRAESTRUTUTA: PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

Responsável: PARQUE ZENIT

Infraestrutura Física – Avanços e Resultados

O Parque Zenit implementou o Centro Multiusuário de Prototipação Rápida –

CMPR, cujo objetivo é proporcionar infraestrutura de prototipagem rápida 3D às

empresas associadas ao Parque e às incubadoras da UFRGS, assim como aos

grupos de pesquisa da Universidade, para realização de novos desenvolvimentos em

projetos próprios e/ou colaborativos. O laboratório entrou com seu projeto piloto em

operação em 2016 utilizando uma impressora 3D e uma fresadora, ambos novos e

recém-adquiridos. São equipamentos de última geração e grande capacidade. Há a

previsão de aquisição de novos tipos de equipamentos, para que o CMPR possa se

constituir num centro de prototipação padrão para a Região Sul do país. Está

tramitando na Universidade o Anexo III para que se permita o atendimento ao público

externo.

Com relação aos recursos financeiros, a operação do Zenit continuou a ser

mantida pelo convênio firmado com a Fundação de Apoio à UFRGS, baseado em

recursos orçamentários repassados pela UFRGS.

O Parque Zenit aguarda definições internas para seguir com as tramitações na

contratação dos projetos de infraestrutura urbanística, bem como dos projetos

complementares de seu prédio-sede. A partir dos projetos concluídos será submetida

à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) a

solicitação de licenciamento ambiental para implantação da área física do Parque,

com espaços para abrigar empresas startup e centros de P&D de empresas

consolidadas.

Também em 2016, na incubadora IECBiot, foi implementado o Laboratório de

Fermentadores – LAFER, que tem como objetivo proporcionar diferentes processos

de fermentação para as mais diversas análises.

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231

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO INFRAESTRUTURA PARQUE ZENIT

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Adequação da infraestrutura da instituição (salas de aula, biblioteca, laboratórios, áreas de lazer, transporte, hospitais, equipamentos de informática, rede de informações e outros) em função das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

14,19 hectares disponíveis destinado à área do Parque ZENIT na fase 1. Houve um avanço na parte de infraestrutura mediante o convênio firmado com a FAURGS. O Parque ZENIT conseguiu implementar um Centro Multiusuário de Prototipação Rápida - CMPR, o qual irá proporcionar infraestrutura de prototipagem rápida 3D às empresas associadas ao Parque e às incubadoras da UFRGS, assim como aos grupos de pesquisa da Universidade, para realização de novos desenvolvimentos em projetos próprios e/ou colaborativos.

Entraves burocráticos e falta de recursos financeiros estão atrasando bastante a implantação da área física do Parque. Falta de espaço físico disponível e adequado para a oferta de capacitações.

Elaboração do projeto de implantação física do Parque apenas com os recursos humanos e financeiros disponibilizados através do convênio FAURGS. São utilizadas salas cedidas pela Escola de Engenharia para oferecimento de capacitações, em especial vinculadas ao Núcleo de Empreendedorismo Inovador, direcionadas para públicos internos.

Políticas institucionais de conservação, atualização, segurança e de estímulo à utilização dos meios em função dos fins.

Não se aplica. O Parque ainda está numa fase inicial de implantação, com meios bastante reduzidos, que ainda não demandaram o desenvolvimento de políticas institucionais de conservação, atualização e segurança.

Não se aplica Não se aplica

Utilização da infraestrutura no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras

O Núcleo de Empreendedorismo Inovador, vinculado ao Parque e à SEDETEC, oferta disciplinas de Empreendedorismo, tanto de graduação como de pós-graduação, para estudantes de todos os cursos da UFRGS. No momento inicial, a única infraestrutura exigida será uma sala de aula. No futuro, com o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas, novas infraestruturas poderão ser demandadas.

Indisponibilidade de espaço físico para maiores ações

Ações desenvolvidas de acordo com a infraestrutura existente no momento.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO INFRAESTRUTURA PARQUE ZENIT

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

A quantidade de laboratórios é adequada para as necessidades da instituição em relação aos cursos e a quantidade dos estudantes?

Não se aplica, pois, o Parque ZENIT não depende de laboratórios para atendimento de estudantes.

Não se aplica ao Parque ZENIT no momento

Não se aplica ao Parque ZENIT no momento

O espaço é suficiente para que os estudantes desempenhem as atividades programadas?

Possibilidade de obter empréstimo de salas de aula junto a outras unidades. No momento atual, tais capacitações atendem um público reduzido, sendo suficiente a sala de aula mencionada. No futuro, de qualquer forma, o Núcleo de Empreendedorismo Inovador espera atender um número muito maior de estudantes, o que demandará um número maior de salas de aula e até laboratórios especializados, na medida do desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.

Perda de uma sala de aula anteriormente usada para oferecimento de capacitações, e ausência de espaço físico próprio do Parque.

Estão sendo analisados outros possíveis espaços a serem utilizados.

Qual o nível de funcionalidade dos laboratórios, bibliotecas, oficinas, espaços experimentais?

O CMPR (Centro Multiusuário de Prototipação Avançada) é um laboratório para uso de grupos de pesquisa da Universidade, cuja implantação foi concluída ao final de 2015 e entrará em plena operação em 2016.

Espaço físico limitado, porém, poderá atender o CMPR em sua fase inicial de operação.

Instalação provisória em sala na Incubadora Hestia, no Instituto de Física. Busca de recursos externos à Universidade para a construção de prédio onde o CMPR será instalado definitivamente e também para a expansão dos equipamentos.

Qual o estado de conservação dos laboratórios e bibliotecas e as carências mais relevantes?

Equipamentos do CMPR bastante novos e modernos, com alta capacidade. Espera-se que o CMPR se constitua em referência para a região.

O laboratório CMPR ainda carece de instalações elétricas adequadas, bem como de um sistema de refrigeração e climatização essencial para o funcionamento dos equipamentos. Outra carência do laboratório está na falta de pessoal

Utilização do convênio com a FAURGS para realizar a compra de equipamentos e contratação de serviços para o CMPR. Utilização de um funcionário cedido e dois bolsistas para a operacionalização do CMPR.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO INFRAESTRUTURA PARQUE ZENIT

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

permanente para operacionalização efetiva das atividades.

Os equipamentos dos laboratórios são adequados em quantidade e qualidade?

CMPR - Em termos de qualidade tem-se produtos de alto padrão.

Alto ônus decorrente da demanda por diferentes resinas utilizadas na prototipação de peças.

Elaborando o Anexo III do CMPR para conseguir operacionalizar as atividades de maneira mais ágil

Quais são as características dos laboratórios e bibliotecas quanto à iluminação, refrigeração, acústica, ventilação, mobiliário e limpeza?

Não se aplica. CMPR Iluminação - Rede elétrica não suficiente. Refrigeração - Inexiste, porém de extrema necessidade. Acústica - Sem grande interferência no funcionamento do laboratório. Ventilação - inadequada, tendo em vista a falta circulação de ar e de refrigeração. Mobiliário - Inapropriado. Estão sendo utilizados mobiliários cedidos por outros setores e com grande desgaste. Faltam também alguns móveis específicos. Limpeza – Dentro da regularidade.

Utilização do convênio com a FAURGS para realizar a compra de equipamentos e contratação de serviços para o CMPR. Utilização de mobiliário cedido por outra unidade da UFRGS.

Existem procedimentos claros para adquirir, manter, revisar e atualizar as instalações e recursos necessários?

Secretaria do Parque ZENIT - Sim. São utilizados recursos de convênio (PDI) FAURGS, assim como recursos disponibilizados pela PROPLAN, para manutenção e atualização das instalações e equipamentos do Parque. Os processos são realizados através de formulários padronizados. CMPR – Após entrada em operação plena do laboratório, espera-se que ele tenha funcionamento autossustentável, gerando os

Falta de recursos financeiros Parque ZENIT - Uso dos recursos do convênio (PDI) FAURGS. Demonstração e padronização do fluxo dos processos bem como os formulários a estes relacionados. Um Anexo III está em elaboração para gestão desses recursos.

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO INFRAESTRUTURA PARQUE ZENIT

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

recursos necessários a sua manutenção, atualização e expansão.

São suficientes a infraestrutura, as instalações e os recursos educativos? Justifique.

Infraestrutura/Instalações – O Parque ZENIT tem sua unidade administrativa no prédio Chateau, enquanto não é construída sua sede permanente no Campus do Vale. Para a fase atual de implantação do Parque, esse espaço provisório é suficiente. Mas o Parque depende da construção de área física de grande porte no Campus do Vale, para abrigar startups e centros de P&D de empresas parceiras. Na ausência desta área, o Parque está impossibilitado de cumprir completamente sua missão. Recursos educativos – Não se aplica.

Infraestrutura/Instalações – Parcialmente suficiente. O Parque ZENIT tem sua unidade administrativa no prédio Chateau, devendo ainda ser construída a sede no Campus do Vale. Recursos educativos – Não se aplica.

Utilização de salas cedidas pela Escola de Engenharia ou outras que possam ser ofertadas para oficinas e capacitações. O Parque ZENIT tem sua unidade administrativa provisoriamente no prédio Chateau, enquanto a sede definitiva não é construída.

Há coerência entre as bibliotecas, laboratórios, equipamentos de informática e as práticas pedagógicas dos docentes? Justifique

Não se aplica. Não se aplica. Não se aplica.

QUADRO 23: RESUMO AUTOAVALIATIVO INFRAESTRUTURA PARQUE ZENIT

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7.2. INFRAESTRUTURA FÍSICA

Responsável: SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (SUINFRA)

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul dispõe de uma área territorial de

2.270 hectares (ha), com uma área edificada de aproximadamente 400.000 metros

quadrados. Esta área distribui-se em quatro campi na cidade de Porto Alegre:

Campus5 Centro, Campus da Saúde e Olímpico e Campus do Vale. No município de

Tramandaí/RS encontra-se o Campus Litoral Norte. Possui ainda as seguintes

unidades isoladas: Transmissores da Rádio e Estação Experimental Agronômica em

Eldorado do Sul / RS; Centro de Lazer em Tramandaí / RS, Centro de Estudos

Costeiros Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR) em Imbé / RS e Centro de Lazer de

Capão da Novo / RS. Ao longo dos anos, tem havido a busca de qualificação e um

refinamento nos procedimentos de medição das áreas ocupadas pela Universidade.

Por seus mais de 400 prédios, circulam diariamente mais de 33 mil estudantes de

graduação e cerca de 12 mil de pós-graduação (incluindo stricto e lato sensu), além

de 1.700 estudantes de ensino fundamental, médio e técnico pós-médio.

Encontram-se distribuídos neste espaço físico mais de 850 laboratórios, 30

bibliotecas setoriais (especificadas para cada área), a Biblioteca Central e 646 salas

as quais podem atender, simultaneamente, aproximadamente 33.000 alunos.

O Campus Centro, incluindo a Reitoria e outros prédios históricos, está situado

em dois quarteirões no bairro Farroupilha, próximo ao centro de Porto Alegre. Nesse

entorno, localizam-se também ambientes culturais, tais como o Teatro, o Cinema e o

Museu, além de espaços comerciais.

Neste entorno estão, o Salão de Atos, com capacidade para 2 mil pessoas e o

Salão de Atos II, com capacidade para 200 pessoas, o Salão de Festa e a Sala

Fahrion, amplamente utilizados para feiras e exposições culturais e científicas. Além

do Plenário no andar térreo do prédio da Reitoria.

Este conjunto tem um potencial agregador para todas as atividades da

Universidade e vincula-se com a cidade pela proximidade com o centro.

Como apoio a todas as atividades, há quatro Prefeituras Universitárias que

fazem a manutenção geral, situadas nos Campus Centro, Saúde e Olímpico, Vale e

5 A denominação Campus é inadequada do ponto de vista legal, já que todas as áreas pertencentes a uma IES num mesmo

Município são consideradas como pertencentes a um Campus único.

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236

Litoral Norte, dispondo de marcenaria e serralheria através da Oficina de Produção. A

Prefeitura Universitária do Campus Litoral Norte atende além da sede do Campus

Litoral, o CECLIMAR, a Centro de Lazer de Tramandaí e o Centro de Lazer de Capão

Novo.

As Tabelas a seguir apresentam a relação da infraestrutura física da UFRGS,

especificando prédios e respectivas áreas distribuídas pelos vários campi.

Tabela 25: Relatório de Infraestrutura Física de UFRGS (em²)

Fonte: Superintendência de Infraestrutura, dez, 2016

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237

Tabela 26 - Área Física e Construída da UFRGS

Fonte: Superintendência de Infraestrutura, dez,2016.

Os recursos de informação e comunicação são disponibilizados através do

Centro de Processamento de Dados da Universidade e subsidiam as diversas áreas

- ensino, pesquisa e extensão - além de oferecer dados e informações relevantes para

a gestão e tomada de decisão.

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238

COERÊNCIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA COM O ESTABELECIDO EM

DOCUMENTOS OFICIAIS (especialmente a de Ensino e de Pesquisa, Biblioteca,

Recursos de Informação e Comunicação)

Para a execução de suas atividades, a UFRGS mantinha, até 2008, 27

unidades de ensino de graduação: 13 institutos centrais, 10 faculdades, 4 escolas,

além de uma escola técnica e uma escola regular de ensino fundamental e médio

(Colégio de Aplicação). Em todas as Unidades Acadêmicas existem estruturas

administrativas, de ensino, de pesquisa e de extensão. Esta descentralização faz com

que cada um de seus órgãos, a par de constituírem parte do todo, também tenha sua

identidade própria.

Em relação ao ensino, a infraestrutura física permite um adequado

desenvolvimento das atividades. As salas de aula estão sendo gradativamente

adequadas às novas tecnologias, em consonância com as mudanças das técnicas

utilizadas pelos professores; muitas delas possuem recursos de multimídia. Os

laboratórios são um aspecto muito importante da Universidade, porque são o ponto

de interação entre o ensino e a pesquisa. São de diversos tamanhos, desde pequenas

áreas até de mais de 1.000 m², segundo a demanda e financiamento da pesquisa.

É importante salientar que um conjunto de salas são gerenciadas pelas

Unidades Acadêmicas, e estão situadas nas proximidades das mesmas, mas outro

conjunto importante tem um gerenciamento centralizado da Pró-Reitoria de

Graduação, garantindo disponibilidade de salas de aulas a qualquer tempo. Nesta

última condição se tem prédios de salas de aulas nos Campi: Centro, Olímpico, Vale

e Litoral Norte.

Possui um Sistema de Bibliotecas integrado por 31 unidades que abrangem as

diversas áreas do conhecimento. As bibliotecas setoriais estão distribuídas em todos

os campi, situadas fisicamente junto às Unidades Acadêmicas às quais estão

vinculadas, ou seja, fornecem a possibilidade de consulta perto de onde o aluno está,

não impedindo a utilização de outras bibliotecas setoriais. São coordenadas,

tecnicamente, pela Biblioteca Central, situada no prédio da Reitoria. As informações

sobre os acervos, serviços e espaço físico das bibliotecas estão detalhadas na seção

7.4.

Investimentos em Infraestrutura

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239

Nos últimos anos a Universidade tem investido em infraestrutura para as

atividades de ensino, pesquisa e extensão. Em 2016, no Campus Centro foi

reformada a Sala na Ala Sul e Acessibilidade no Térreo do prédio do Chateau para

atender a Secretaria de Relações Internacionais – RELINTER, no Campus da Saúde

foi executada a reestruturação do espaço físico do 4º andar da Faculdade de Medicina

e inaugurado o Hospital de Ensino Odontológico da Faculdade de Odontologia, no

Campus Olímpico foi efetuada a regularização da pista de atletismo da ESEFID e no

Campus do Vale foram feitas a execução de Sistema de Aproveitamento de Água da

Chuva - prédio Setor Patologia Veterinária na Faculdade de Veterinária e a reforma

das fachadas do Centro de Combustíveis do Instituto de Química. Em 2016 foram

gastos mais aproximadamente R$ 8.000.000,00 em reformas.

Dentro da política de acessibilidade de tornar os prédios da UFRGS acessíveis

à portadores de necessidades especiais foram substituídos diversos elevadores, por

mais modernos, nos prédios da Faculdade de Educação, Instituto de Artes e Instituto

de Psicologia. Na ESEFID foram instaladas duas plataformas elevatórias na piscina

térmica.

Além das obras para as atividades de ensino, pesquisa e extensão é importante

ressaltar as obras de manutenção de infraestrutura como reformas em sanitários

públicos, subestações transformadoras, pinturas de prédios, troca de pisos, reformas

e ampliações de redes de telefonia, sistemas de refrigeração, impermeabilizações de

calhas e pavimentações e gradeamento de áreas visando uma maior segurança dos

prédios.

Encontram-se em andamento diversas obras de reformas (incluindo

acessibilidades) e ampliações, tais como: reforma e adaptação dos sanitários para

PNE e inserção de plataforma elevatória na Escola de Administração, substituição de

3 elevadores no prédio da Escola de Engenharia Nova, fornecimento e instalação de

plataforma elevatória na Sala Qorpo Santo, reforma do prédio do ex-Química no

Campus Centro, reforma das instalações elétricas da Escola de Enfermagem e do

Planetário, reforma do prédio do Instituto de Psicologia e construção do prédio do

ICBS Sul no Campus da Saúde, fornecimento e instalação de 2 plataformas

elevatórias para o prédio da Administração na ESEFID no Campus Olímpico, reforma

e adaptação dos sanitários, fornecimento e instalação de uma plataforma elevatória

para o Colégio de Aplicação, reforma e adaptação dos sanitários dos Institutos de

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240

Biociências e Informática, reforma elétrica, cabeamento estruturado e SPDA do

Instituto de Química, fornecimento e instalação de plataformas elevatórias para os

prédios do Setor de Patologia Veterinária na Faculdade de Veterinária, Restaurante

Universitário 3, Instituto de Letras e Bloco IV, Construção dos Depósitos do Patrimônio

e da subestação de 69kV/13,8kV no Campus do Vale.

Ainda em 2016 foram e estão sendo fiscalizados a execução de Projetos

Executivos elaborados por empresa terceirizadas.

As Prefeituras Universitárias dos campi da UFRGS executam manutenções

diversas, oriundas das solicitações das Unidades Acadêmicas e Administrativas.

A SUINFRA vem atuando na implementação dos Planos de Proteção e

Combate a Incêndio (PPCIs) dos seus prédios há alguns anos por meio de uma equipe

técnica, denominada Equipe de PPCI, e através de contratação de empresas

terceirizadas para atender a esta necessidade. A Equipe de PPCI atualmente pertence

ao Setor de Orçamentos e Prevenção Contra Incêndio - SOPI, ligado à

Superintendência de Infraestrutura de Obras, setor este criado em 29/09/2015, e conta

com 5 (cinco) servidores e um gestor.

Devido às inúmeras e recentes alterações de legislação de incêndio no estado

do Rio Grande do Sul, a Universidade tomou providências no sentido de realizar

estudo de classificação de risco das edificações no que se refere à prevenção e

combate a incêndio. Existindo um grande número de edificações a serem adaptadas

e pequena estrutura de servidores técnicos disponíveis para esta função, foi adotada

como estratégia a priorização de prédios de maior risco para seus usuários. Sendo o

maior risco relacionado à ocupação e ao número de pessoas que circulam na

edificação, sempre buscando garantir a segurança da comunidade.

Desde o início dos trabalhos o setor já atuou, e vem atuando, em 77 prédios.

Cabe salientar que estes 77 prédios não representam a totalidade de prédios que

necessitam de execução de PPCI.

Explicita-se que a fase de Plano de PPCI trata-se de etapa de projeto que

deverá ser aprovada por todos os órgãos fiscalizadores externos à UFRGS e, após

esta aprovação, segue então para a fase de execução, que implica muitas obras para

adaptações. Ou seja, não basta somente desenvolver o plano de PPCI, é obrigatória

sua aprovação nos órgãos competentes e a sua execução, que requer licitação e

contratos com empresas capacitadas. Somente após executada a obra de adequação

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241

poderá ser agendada a vistoria junto ao Corpo de Bombeiros, para então o

fornecimento do Alvará de PPCI – APPCI.

O APPCI, por sua vez, tem validade de máximo 3 (três) anos, devendo existir

um trabalho permanente para manter o APPCI vigente nas edificações. Agrega-se

ainda a obrigatoriedade legal da UFRGS disponibilizar quantitativo de pessoas

treinadas na utilização dos equipamentos de PPCI, em curso realizado pelo Corpo de

Bombeiros, sendo este quantitativo de acordo com o prédio.

Outra tarefa que a Universidade já vem atuando para atendimento dos PPCIs

é o treinamento da população permanente para fins de proteção contra incêndio, tal

exigência parte da nova legislação estabelecida pelo CBMRS e a UFRGS vem

atuando de acordo com a capacidade técnica da estrutura a Escola de

Desenvolvimento de Servidores – EDUFRGS. A legislação estabelece hoje que, no

mínimo, a Universidade deverá disponibilizar 2 (dois) servidores com treinamento de

brigada de incêndio por prédio e a EDUFRGS, que também possui limitação de

pessoal, vem realizando estes treinamentos. Estima-se uma necessidade,

considerando todos os prédios, de aproximadamente 870 brigadistas.

Infraestrutura para Atendimento a Portadores de Necessidades Especiais

Foram implementadas iniciativas para adequar a infraestrutura física da

UFRGS e possibilitar ou facilitar o acesso aos portadores de necessidades especiais,

através do Programa Acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência ou

Mobilidade Reduzida. Este Programa inclui obras como construção de rampas,

nivelamento de passeios, sanitários adaptados, além de estudos para diferentes

situações de acesso. Esta iniciativa está sendo contemplada nos Projetos de

Arquitetura para os prédios novos. Os prédios existentes, passeios públicos e áreas

externas estão sendo gradualmente reformados para atender tal necessidade através

do Setor de Acessibilidade (ACEINFRA) da SUINFRA responsável para fazer as

adequações nos espaços físicos existentes no que compete as questões envolvendo

a acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida.

Laboratórios

A UFRGS mantém uma rede de 856 laboratórios especializados para todas as

áreas do conhecimento, os quais servem à graduação, pós-graduação, pesquisa e

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extensão. Além disso, destacam-se diversas ações de expansão desta rede, dentre

elas:

a) a implantação, no Campus do Vale, do Parque Centro Tecnológico em

Energia (CENERG-UFRGS), com a construção de 10 prédios de laboratórios que

abrigarão a infraestrutura necessária para o desenvolvimento de pesquisas, bem

como a prestação de serviços e a realização de eventos. O referido Centro disporá de

32 ha de área física total e prevê a construção de 18.000 m2 na etapa inicial, para os

laboratórios de Pavimentação, Nano-polímeros, Sedimentologia, Geoquímica,

Metalurgia Física, Redes de Comunicação Industriais, Tecnologia Mineral e

Tratamento de Resíduos Oleosos, Polímeros, Modelagem de Craqueamento e Centro

de Treinamento, montados com os recursos da Rede Petrobrás e recursos

orçamentários da UFRGS. A SEDETEC participou na formatação do modelo de

inserção do Parque, o qual será a sede física dos novos investimentos decorrentes do

apoio obtido a partir das redes temáticas e dos núcleos de excelência implementados

em parceria com a Petrobrás. Cabe ao Secretário de Desenvolvimento Tecnológico a

coordenação da comissão que tem por objetivo assessorar a Administração Central

na implantação do CENERG. Em 2008 foi obtida a licença ambiental junto à Prefeitura

de Porto Alegre.

b) a ampliação do Instituto de Ciências e Tecnologia de Alimentos, com a

continuidade do projeto de utilização de seu espaço inferior e devida adequação,

permitiu a ampliação em 20% de laboratórios para o ensino de graduação;

c) a conclusão do Prédio de Laboratórios de Ensino em Saneamento abriu

espaço a ser destinado a aulas práticas para os cursos de engenharia civil e

ambiental;

d) a construção de uma nova ala no Hospital de Clínicas Veterinárias qualificou

o ensino, bem como permitiu um maior número de procedimentos diários e

e) a construção de vários laboratórios, como o de Inspeção e Tecnologia

Animal, o de Patologia Animal, que abrigou o futuro Crematório da Faculdade, o novo

Coelhário, assim como as novas salas da Suinocultura, qualificaram o ensino e a

pesquisa, bem como o oferecimento de cursos de extensão destas áreas.

Prevenção de Riscos Ambientais

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243

A UFRGS adotou desde 2010, com a criação do Departamento de

Licenciamento e Fiscalização Ambiental, uma política de planejamento ambiental para

as expansões da sua infraestrutura física e regularização e adequação dos espaços

existentes, realizando neste período a obtenção das Licenças Ambientais e de

construção de 100% das obras executadas e licitadas e, concomitantemente a adoção

de práticas ambientais protetivas como exigência de Plano de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil (PGRCC) em todas as obras e reformas, recolhimento

e destinação dos resíduos perigosos como lâmpadas, óleos, tintas, substâncias

químicos, resíduos biológicos, dentre outros.

A partir de 2012, houve a extinção da antiga Coordenadoria de Gestão

Ambiental, passando a existir o Departamento de Meio Ambiente e Licenciamento que

atualmente se ocupa, tanto das Licenças ambientais de Instalação e Operação (LIs e

LOs) dos espaços físicos existentes, como das atividades rotineiras: manejo e destino

de resíduos sólidos, programa de coleta seletiva, destinação óleos dos RUs, manejo

da vegetação existente e compatibilização da mesma com as atividades da

Universidade.

Encontra-se em andamento ainda na UFRGS um Grupo de Trabalho que busca

orientar e normatizar os procedimentos administrativos na Universidade no que tange

às licitações sustentáveis e a adequação da Universidade à Instrução Normativa n.

01/2010, à Portaria 41/2012 e à Instrução Normativa n. 10/2012 do MPOG (ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão, todas referentes às práticas de

sustentabilidade na Administração Pública. Destaca-se ainda que a Universidade é

integrante dos Programas A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) e

PROCEL (Eficiência Energética), ambos de âmbito federal.

A implantação do Departamento de Meio Ambiente e Licenciamento (DMALIC)

permitiu conhecer e organizar os diferentes sistemas de gestão e monitoramento

ambiental necessários de acordo com a legislação vigente; desse modo foi criado um

grupo interdisciplinar que se ocupa dos diferentes tipos de resíduos gerados: de

saúde, químicos, recicláveis, comuns, da construção civil, perigosos

(tais como pilhas, baterias, lâmpadas, óleos, etc.). Esse grupo vem criando diretrizes

para geração, descarte e reuso desses materiais, através da implantação de normas

e procedimentos internos, bem como mecanismos de controle

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244

de geração e disposição final. Também atuam na elaboração do Plano Institucional

de Resíduos Sólidos a ser finalizado até 2016.

O DMALIC, concomitantemente, vem se ocupando da regularização ambiental

dos espaços da Universidade, tendo sido obtida a Licença de Operação junto ao

IBAMA dos laboratórios que trabalham com materiais radioativos e/ou radiológicos no

Campus do Vale. Foi também obtida junto a FEPAM a Licença de Operação de todas

as atividades desenvolvidas no Campus do Vale. Tais licenças agora necessitam

da efetiva implantação de programas e projetos de monitoramento a fim de permitir o

pleno desenvolvimento das atividades da Universidade em consonância com

a legislação ambiental vigente.

Em busca de estabelecer novas práticas, de acordo com as diretrizes

de segurança ambiental neste momento, encontra-se estabelecido um Grupo de

Trabalho multidisciplinar, formado por servidores do DMALIC, de outros setores da

SUINFRA e da UFRGS e de docentes, o qual têm a missão de elaborar normativas

de segurança ambiental para o funcionamento dos laboratórios e demais espaços,

principalmente aqueles de uso acadêmico e de pesquisa. Esse sistema,

provisoriamente denominado de SIPA (Sistema Integrado de Proteção Ambiental),

servirá no futuro como mecanismo de monitoramento das atividades de maior impacto

ambiental desenvolvidas na UFRGS, nos moldes já existentes em Universidades de

Excelência em nível mundial.

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245

INDICADORES

20.986,85 m² de espaços de convivência para a graduação (¹) / 33.162 alunos de

graduação (²)

55.494,34 m² de salas de aula (³) / 33.162 alunos de graduação (²)

20.986,85 m² de espaços de convivência para a PG (4) / 2.634 docentes de PG (5)

55.494,34 m² de salas de aula (³) / 33.162 alunos de graduação (²)

20.986,85 m² de espaços de convivência para a PG (³) / 2.634 de docentes de PG (5)

25.417,56 m² de sala de professores (³) / 2.634 docentes (5)

65.284,65 m² de laboratório (³) / 33.162 alunos de graduação (²)

Prédios com plano de conservação estrutural (7)/ 400 prédios (³)

9 prédios com plano de prevenção de incêndio (³)/ 400 prédios (³)

R$ 54.955.370,86 em manutenção em manutenção predial de infraestrutura gasto no

ano (³)/ 93 cursos de graduação (²)

Avaliação qualitativa do estado de conservação dos prédios / Patrimônio Histórico

(¹) – Fonte SUINFRA (considerando áreas de circulação externa) – Dez 2016

(²) – Fonte PROGRAD – Dez 2016

(³) – Fonte SUINFRA – Dez 2016

(4) – Não há distinção para área convivência de alunos de graduação e pós

(5) – Fonte PROGESP

(6) – Segundo a PROGESP os docentes atuam tanto numa área ou outra sem distinções

(7) – Sem indicadores

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QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Redução das solicitações de serviços de infraestrutura no Campus do Vale

Realização de manutenção preventiva Implantar nas demais prefeituras. A Prefeitura está realizando manutenção preventiva do espaço físico, o que reduziu as demandas corretivas

Plano de Prevenção de Combate a Incêndio (PPCI)

Gradativamente estão sendo atingidos os prédios de maior necessidade

Grande número de edificações a serem adaptadas.

Priorização de prédios de maior risco para seus usuários

Plano de Prevenção de Combate a Incêndio (PPCI)

Equipe atual com conhecimento das Normas

Estrutura deficiente de servidores técnicos disponíveis para esta função

Ações externas à área de infraestrutura

Plano de Prevenção de Combate a Incêndio (PPCI)

Equipe atual se adapta ao conhecimento das Novas Normas

Inúmeras e recentes alterações de legislação de incêndio no estado do Rio Grande do Sul

Adaptação às novas Normas

Programa Acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência ou Mobilidade Reduzida

Contemplação nos Projetos de Arquitetura para os prédios novos

Grande número de prédios antigos e históricos

Construção de rampas, nivelamento de passeios, sanitários adaptados.

Acessibilidade geral Reforma gradual dos prédios antigos e históricos

Grande número de prédios antigos e históricos

Estudos para diferentes situações de acesso.

QUADRO 24: RESUMO AUTOAVALIATIVO SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

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247

7.3. INFRAESTRUTURA FÍSICA

Responsável: BIBLIOTECA CENTRAL

A UFRGS mantém um Sistema de Bibliotecas (SBUFRGS) formado pela

Biblioteca Central, 30 bibliotecas setoriais, uma biblioteca escolar e uma biblioteca

depositária da documentação da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Biblioteca Central é responsável pela coordenação técnica do SBUFRGS,

definindo políticas e procedimentos de desenvolvimento de acervos, de representação

de documentos no catálogo bibliográfico institucional e de atendimento de usuários.

No nível operacional, a Biblioteca Central é também responsável pela captação de

uma parte significativa dos recursos utilizados para aquisição de materiais

bibliográficos e de equipamentos para todas as bibliotecas da UFRGS.

A coordenação técnica do SBUFRGS pela Biblioteca Central é implementada

na gestão acadêmica pelo desenvolvimento de quatro tipos de atividades realizadas

com as equipes das bibliotecas: atendimento de dúvidas, manutenção de

documentação técnica, promoção de capacitação e realização de reuniões para

tomada de decisões conjuntas.

Em 2016, a Biblioteca Central respondeu a 1.329 solicitações de orientação

técnica encaminhadas pelas equipes das bibliotecas e promoveu 11 cursos de

capacitação para 299 técnicos.

Infraestrutura

As 33 bibliotecas que compõem o Sistema de Bibliotecas da UFRGS buscam

oferecer uma infraestrutura de apoio que atenda às atividades de ensino, pesquisa e

extensão da Universidade. Ao todo, são 14.174 m2 de área construída.

Atualmente, com o aumento tanto da interdisciplinaridade das áreas de

formação profissional e de pesquisa, quanto das ferramentas de acesso à informação

eletrônica, verifica-se uma tendência de modernização desta estrutura pela “paulatina

transformação do Sistema pela construção de bibliotecas centrais nos diversos campi

(Central, da Saúde, Olímpico e do Vale) ” (PDI 2011-2015). Neste sentido, em 2016,

foi licitado o projeto de construção da Biblioteca do Campus do Vale que se constituiria

pela junção de grande parte das bibliotecas setoriais das unidades acadêmicas deste

Campus.

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Entretanto, esse projeto foi novamente adiado, considerando o insucesso do

processo licitatório da construção desta Biblioteca. O orçamento proposto pela

empresa qualificada no processo foi incompatível com os recursos financeiros

disponíveis.

Acervo

A tabela a seguir apresenta a constituição dos acervos bibliográficos do

SBUFRGS em 2016, por tipo de material.

Tabela 27: Acervo bibliográfico do SBUFRGS por tipo de material em 2016

Acervo Bibliográfico

Tipo de Material 2016 Acréscimo em 2016

Livros (volumes) 747651 4604

E-books (títulos) 47691 810

Periódicos (títulos) 15761 89

Outros materiais 104723 3335

Os diferentes acervos são desenvolvidos de acordo com políticas específicas,

dependendo das necessidades de informação dos diferentes segmentos da

comunidade universitária. Em relação ao acervo de periódicos, além dos títulos que

constituem a coleção impressa identificados acima, a Universidade utiliza também

amplamente o Portal de Periódicos da CAPES. Em 2016, foram disponibilizados 37

mil títulos de periódicos e 126 bases de dados referenciais no Portal.

Com o propósito de melhorar a qualidade dos acervos de graduação, pós-

graduação e pesquisa, a Biblioteca Central investiu, em 2016, em 8.459 títulos de E-

books e 20 bases de dados eletrônicas, perfazendo um total de R$ 1.773.159,56.

No caso do acervo de livros utilizados em disciplinas dos cursos de graduação,

a Biblioteca Central desenvolve e adota um método denominado Bibliograd, que

possibilita um melhor planejamento da aquisição de material bibliográfico. Com a

utilização do Bibliograd, os acervos das diferentes bibliotecas são anualmente

avaliados de duas formas:

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a) qualitativamente: pela cobertura dos títulos dos livros citados nos planos de

ensino;

b) quantitativamente: pela relação entre número de exemplares destes títulos e

o número de matrículas oferecidas nas disciplinas.

Em 2016, foram adquiridos 4.528 exemplares de livros que constituem as

bibliografias de disciplinas de graduação, perfazendo um total de R$ 413.882, 92

investidos.

Considerando a importância dos planos de ensino para o desenvolvimento dos

acervos de graduação, um Grupo de Trabalho criado para o aperfeiçoamento do

Bibliograd ministrou oficinas sobre o preenchimento das informações de bibliografia

no Sistema de Planos de Ensino. Essas oficinas foram ministradas em parceria com

a PROGRAD e algumas COMGRADs específicas, tendo como público-alvo a

capacitação de docentes, técnicos em assuntos educacionais e bibliotecários.

Uma noção ampla da capacidade dos acervos para atendimento da demanda

de informação gerada pelas atividades de ensino de graduação é identificada pelos

seguintes indicadores:

a) 80% dos livros publicados no Brasil citados nos planos de ensino constituem

os acervos das bibliotecas;

b) 67 % dos livros publicados no exterior citados nos planos de ensino

constituem os acervos das bibliotecas;

c) existem 21 livros por aluno de graduação;

d) existe 1,3 e-book por aluno de graduação;

e) cada aluno fez em média, em 2016, 65 transações de circulação de material

bibliográfico (empréstimos, renovações ou reservas).

Serviços

Os horários e calendários de funcionamento da maioria das bibliotecas (88%)

atende às necessidades dos alunos nos turnos de aulas diurnos e noturnos;17 das 21

bibliotecas setoriais de unidades que possuem curso noturno estão abertas por 12 h

ou mais.

O SABi, catálogo on-line das bibliotecas da Universidade

<http://www.sabi.ufrgs.br>, está todo informatizado, disponibilizando a informação

sobre os acervos das 33 bibliotecas a partir de uma ferramenta, cuja interface de

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busca é simples e amigável. O SABi possibilita a localização das publicações e

permite aos seus usuários a realização de reservas de itens bibliográficos

emprestados e a renovação de empréstimos na web.

A tabela a seguir ilustra o número de transações de circulação realizadas em

2016.

Tabela 28: Livros Biblioteca - Transações de circulação, 2015-2016

Transações 2015 2016 Crescimento

Empréstimos 220.285 233.315 6%

Reservas Balcão 1.714 1.169 -32%

Internet 16.726 17.017 2%

Renovações Balcão 55.169 43.199 -22%

Internet 2.409.570 2.709.809 12%

Mobile* 0 100.439

Estatísticas de consulta 47.840 61.258 28%

Total 2.751.304 3.166.206 15%

*A renovação via Mobile foi implementada a partir de outubro de 2016.

A seguir, identifica-se na tabela as transações de circulação por categoria de

usuários do SABi.

Tabela 29: Biblioteca - Nº de usuários X Nº de empréstimos, renovação e reservas em 2016

Categorias Nº de usuários Nº de transações

Aluno de graduação 19.991 2.310.874

Aluno de pós-graduação 5.759 615.689

Docente 1.042 57.356

Servidor técnico 728 80.555

Aluno de ensino fund./médio/prof. 468 10.028

COMUT 3 26

Vínculo temporário 97 5.696

Biblioteca SBU 25 1.224

Funcionário HCPA 87 2.040

Aluno de extensão 88 2.051

Colaborador convidado 266 17.091

Biblioteca de outra instituição 7 140

Servidor técnico aposentado 15 1.594

Docente aposentado 25 329

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Categorias Nº de usuários Nº de transações

Membro de incubadora 4 39

Aluno de ensino infantil 1 15

Pólo EAD 1 39

Usuário empréstimo estendido=Órgãos

UFRGS

7 162

T o t a l 28.614 3.104.948

Além do SABi, a Universidade disponibiliza o Repositório Digital da UFRGS,

denominado Lume. O Lume é um projeto conjunto do SBUFRGS e do Centro de

Processamento de Dados que tem por objetivo dar acesso às coleções digitais de

documentos gerados no âmbito da Universidade e de outros documentos que, por sua

área de abrangência e/ou pelo seu caráter histórico, é de interesse da Instituição

centralizar sua preservação e difusão <http://www.lume.ufrgs.br>. A tabela a seguir

mostra o número de documentos incluídos, acessos e downloads no Lume em 2015

e 2016.

Tabela 30: Número de documentos incluídos, de acessos e de downloads no Lume, 2015-2016

Coleções

Itens incluídos Nº de acessos Nº de downloads

2015 2016 2015 2016 2015 2016

Acervos 6.013 5.193 262.092 406.726 460.103 580.499

Eventos UFRGS 7.062 3.979 978.886 1.648.466 1.618.924 1.803.575

Produção intelectual 6.356 4.432 1.258.959 2.137.070 1.708.649 1.982.387

REA 23 41 2.894 1.204 372 11.964

Teses/dissertações 2.631 2.982 3.344.765 3.349.489 7.406.330 6.392.652

Trabalhos Acadêmicos e

Técnicos

2.784 3.630 2.482.543 2.686.052 8.181.751 7.307.489

T o t a l 24.869 20.257 8.330.139 10.229.007 19.376.129 18.078.566

Obs.: O número de downloads diminuiu em relação a 2015 devido a uma série de implementações feitas no Lume, relacionadas

à segurança das informações, sobretudo a restrição de acesso a vários robôs/rastreadores de busca.

Dentre outros serviços oferecidos pelas bibliotecas destacam-se a comutação

de documentos, a realização de levantamentos bibliográficos,

orientação/normalização de trabalhos técnico-científicos e treinamento de

usuários/visitas orientadas. Foram realizados pela Biblioteca Central, em 2016, 10

cursos e seminários com o objetivo de desenvolver o domínio de técnicas de

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identificação e uso da informação em Ciência, Tecnologia e Inovação, dirigidos tanto

a alunos como a docentes e técnicos-administrativos da Universidade e público em

geral, no total de 1.681 vagas ofertadas.

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7.4. INFRAESTRUTURA FÍSICA: RECURSOS DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO

Responsável: CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS (CPD)

Cada vez mais as tecnologias de informação e comunicação são

absolutamente indispensáveis para o sucesso da Universidade. Ao mesmo tempo, o

custo do investimento em TI é significativo e deve ser contínuo. Portanto, é

fundamental para o melhor aproveitamento dos recursos públicos um bom

planejamento e o refinamento e aperfeiçoamento das equipes e processos envolvidos.

Dessa forma, nos últimos anos, o CPD tem trabalhado sempre alinhado com o Plano

de Desenvolvimento Institucional em vigor através do Plano Diretor de Tecnologia da

Informação - PDTI, sempre desenvolvido de forma alinhada com cada PDI em vigor,

através da colaboração com os mais importantes representantes da Universidade.

O ano de 2016 foi atípico dado que o PDTI 2011-2015 foi encerrado. Nesse

período, colocou-se a tarefa da execução do balanço dos quatro anos do Plano e

também da necessidade do desenvolvimento de um novo PDTI, já alinhado ao novo

PDI. Assim, os grandes marcos do ano de 2016 foram a elaboração do novo PDTI

para o período 2016-2021 e o avanço no projeto de Governança e Gestão de Serviços

de TI, que já vinha sendo desenvolvido pelo CPD há vários anos.

Em dezembro de 2015, a Universidade publicou o seu novo PDI, para o período

2016-2026, estabelecendo, em seu Projeto Pedagógico Institucional (PPI):

A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) desempenha um papel essencial para o desenvolvimento institucional, pela natureza transversal que permeia todas as atividades acadêmicas e de administração. Por isso, a Universidade deve, através de ferramentas tecnológicas, buscar desenvolver a gestão do conhecimento dos serviços prestados e dos processos de trabalho, para obter as informações necessárias que deverão ser base para a tomada eficiente de decisões. Tudo isto pautado em critérios que devem ser consolidados em legislação interna e em um Plano de Desenvolvimento de Tecnologia de Informação. (UFRGS/PDI 2016-2026)

O PDTI é o mais importante instrumento de priorização e de organização da TI

na UFRGS. Por decisão do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação - CGTI, a

metodologia utilizada para o processo de planejamento de TI seguiu a publicada no

Guia de PDTI do SISP (Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da

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Informação) versão 2.0, e foi designada uma comissão para coordenar a elaboração

do PDTI. Um Plano de Trabalho foi elaborado no mês de março e aprovado pelo CGTI

em abril, onde foram definidos Grupos de Trabalho das Áreas Temáticas (GTATs):

• Governança de TI (GTAT-GOV)

• TIC na Educação (GTAT-TIC)

• Serviços e Relacionamento com o Usuário (GTAT-Serviços)

• Recursos Humanos (GTAT-RH)

• Segurança da Informação (GTAT-SegInf)

• Computação de Alto Desempenho (GTAT-PAD)

• Processos, Sistemas e Informação (GTA T-PSI)

• Infraestrutura (GTAT-Infra)

A constituição dos grupos foi feita considerando o conhecimento dos

participantes e a abrangência de sua atuação. Os GTATs concluíram seu trabalho no

início de agosto; o material foi consolidado, aprovado pelo CGTI e encaminhado ao

Conselho Universitário, onde aguarda a aprovação.

O grande desafio da área de TI, exigência dos órgãos de controle e do Governo

Federal, é a adoção das boas práticas de gestão definidas no ITIL (Information

Technology Infrastructure Library) e a implantação dos conceitos de governança,

baseados no COBIT (framework para a governança de TI mantido pelo ISACA -

Information Systems Audit and Control Association).

No escopo do projeto de Governança e Gestão de Serviços de TI aconteceram

vários progressos. A comunidade UFRGS incrementou substancialmente o uso do

novo Catálogo de Serviços de TI (www.ufrgs.br/catalogoti). O índice de satisfação com

os atendimentos atingiu 94,12%, sendo que 90,04% se manifestaram também

satisfeitos com o tempo de atendimento. A Central de Serviços de TI (CSTI) se

modernizou, passando a utilizar painéis de avisos eletrônicos na divulgação de falhas,

procedimentos e informações úteis às Centrais de Atendimento dos campi, tornado

mais ágil e melhorando qualidade do atendimento. Foi consolidado o uso do novo

Software para Gerenciamento de Serviço (ITSM), aderente ao ITIL, tendo sido

estabelecido também o processo de Gerência de Problemas. A Gerência de Liberação

progrediu, com o estudo e escolha de um software livre para sua implementação e a

Gerência de Configuração seguiu o mesmo caminho, com a adoção de um software

livre que atende a todo o parque de ativos de rede da Universidade. Foram definidos

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indicadores para as áreas de Governança e Gestão de TI, e foram iniciados os estudos

que visam o uso de ferramentas de BI (business intelligence) na geração dos mesmos.

Na área de Gestão de Pessoas, foram utilizados conceitos de gestão por

competências, e realizada uma pesquisa abrangendo todo o corpo técnico do CPD.

Uma análise de “gaps” foi iniciada, servindo de base para as capacitações que serão

feitas em 2017. O site do CPD foi redefinido, agregando novas informações e

indicadores.

Todos esses avanços que competem à área de Governança de TI têm o intuito

de fortalecer e qualificar o atendimento do CPD, o que tem sido efetivado com muito

bons resultados. O refinamento dos processos internos e a progressiva adoção dos

mesmos pelas equipes são desafios já projetados para 2017.

Os esforços no aprimoramento da governança e no desenvolvimento do PDTI

não ocorreram de forma isolada, tendo sido permeados pela atuação no provimento

de serviços e soluções de TI em todas as áreas demandadas pela comunidade.

A grande dificuldade para atender às exigências de qualificação do

planejamento e gestão da área de TI e ao mesmo tempo ampliar os serviços prestados

à comunidade acadêmica é a limitação existente no quesito recursos humanos. O

atual quadro de vagas é insuficiente e com remuneração inferior à de outras carreiras

de TI do Governo, dificultando a contratação e retenção de técnicos qualificados. O

quantitativo necessário de servidores como força de trabalho da área de TI foi definido

pela Universidade como sendo 5% do total de servidores, incluindo docentes e

técnicos administrativos, sendo que a UFRGS possui apenas 50% do total previsto. A

ausência de cargos estruturados, em carreira própria, impossibilita a realização de

concursos públicos para áreas de conhecimento e atuação específicos, característicos

das atividades de TI. A imposição do MEC em definir que só graduados em cursos da

área de Ciência da Informação ou similares podem ocupar as vagas de Analistas de

TI limitam a interdisciplinaridade, a diversidade de conhecimento e as experiências

necessárias para o desenvolvimento da prestação de serviços de TI para uma

Universidade, cuja responsabilidade na UFRGS é do CPD. A falta de gratificações

para cargos de chefias não estimula o envolvimento dos técnicos nas atividades de

planejamento. Por fim, a inexistência de regulamentação para regime de plantões,

sobreavisos, trabalho remoto e para atividades desenvolvidas no regime 24 horas por

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dia e sete dias por semana impede que a operação dos serviços seja realizada de

acordo com as atuais necessidades da UFRGS.

Na área de infraestrutura de comunicação, a UFRGS está conectada com

velocidade de 10 Gb ao backbone da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) e

com seus campi na cidade de Porto Alegre, utilizando a Redecomep/MetroPOA. O

Campus Olímpico foi incluído nessa rede no ano de 2016. As unidades fora da sede,

Campus Litoral Norte, Ceclimar e a Estação Agronômica estão conectados através de

enlaces contratados pela RNP. Todos os prédios internos estão conectados por fibra

ótica, sem redundância. O projeto de criação de um anel ótico que possa prover

redundância a todos, ou pelo menos, às principais Unidades acadêmicas é um dos

desafios da TIC. Outra necessidade é a iluminação completa de todos os espaços da

Universidade pelo sinal da rede sem fio. Hoje, a UFRGS oferece as redes UFRGS

sem fio, EDUROAM e Unidade sem fio. Nas redes internas dos prédios existem, ainda,

muitos switches não gerenciáveis que deverão ser substituídos para atender às

necessidades atuais dos serviços. Embora o Comitê Gestor de TI tenha definido como

investimento prioritário a atualização e expansão da rede sem fio, e tenha havido

investimentos durante o ano, em função do corte orçamentário, não foi possível

realizar todo o projeto.

Na área de segurança da informação, o ano foi marcado pelo início do trabalho

efetivo do Comitê de Segurança da Informação. Após o desenvolvimento do PDTI, foi

iniciado o trabalho nas áreas que foram determinadas pelo próprio Comitê como

prioridades para os próximos cinco anos: a questão da capacidade de contingência

para os serviços de TI, a classificação da informação, que permitirá a identificação de

informações sensíveis ou sigilosas que possam atualmente estar em risco e o

desenvolvimento de uma Política de Uso de Recursos de TI para a Universidade que

esteja alinhada com uma Política para o Tratamento de Incidentes de Segurança. É

fundamental ressaltar a importância da mudança de paradigma na atuação em

segurança, provida pelo fato do Comitê ser um grupo representativo da Universidade.

As decisões em segurança passam a ser apreciadas em nível institucional, ao

contrário do que foi feito até o momento, quando o CPD tomava todas as decisões

monocraticamente. O desafio do Comitê para o ano de 2017 é apresentar propostas

de regulamentação para a Política de Segurança da Informação (Decisão nº 124/2014

do CONSUN).

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257

Questões técnicas de segurança da informação também foram enfrentadas. No

início do ano, foi instalado o novo firewall institucional em substituição a um dispositivo

de segurança antigo, limitado tecnologicamente, e completamente defasado quando

comparado com os equipamentos utilizados atualmente. A atualização, além de

aumentar significativamente a segurança e a capacidade de tráfego na conexão da

rede interna com a Internet, passou a prover uma capacidade de análise de tráfego

em nível de aplicações de Internet que antes não era possível. Seguindo o objetivo da

ampliação da capacidade tecnológica em segurança, foi instalado também um

segundo firewall, dedicado exclusivamente para as redes sem fio. Da mesma forma

que o tráfego da Internet, a atualização permite uma inspeção muito mais detalhada

dos problemas de segurança nas mesmas.

Na área de sistemas de informação, a UFRGS possui os seguintes sistemas:

graduação, pós-graduação, ensino médio e fundamental, ensino a distância,

pesquisa, extensão, biblioteca, vestibular, avaliação, recursos humanos, controle

patrimonial, de processos, de material, orçamentário, espaço físico, ouvidoria,

restaurante universitário, assistência estudantil, eleições, evento institucional, acervo,

Sala de Aula Virtual e Repositório Digital. Possui um sistema de aplicações de suporte

à gestão da informação baseada em tecnologia BI com modelos multidimensionais

em todas as áreas, mas seu uso ainda é restrito. Três plataformas para EAD são

mantidas: Rooda, Navi e Moodle, criando dificuldades no suporte e manutenção; em

2016, uma nova plataforma Moodle foi criada para oferta de MOOCs (Massive Open

Online Course). Novas funcionalidades foram desenvolvidas para os principais

sistemas, como melhorias no Portal do Candidato, no Sistema de Gestão de Recursos

da Capes, no Ponto Eletrônico, o sistema CATMAT - Início da vinculação dos

processos de Compras.

No ano de 2016 foi reorganizada e ampliada a equipe de desenvolvimento para

dispositivos móveis e os aplicativos desenvolvidos passaram por uma renovação

buscando se ater aos critérios de qualidade requeridos pelas respectivas lojas digitais.

Dentre as soluções desenvolvidas, destacam-se o SPEL (Sistema de Ponto Eletrônico

Livre), que foi disponibilizado para a Universidade Federal Fluminense, e o Tarsius,

software livre de interpretação de folhas ópticas, que supera em muito o desempenho

da solução paga utilizada anteriormente. Esses softwares também foram

disponibilizados no repositório público GitHub, maior e mais utilizada plataforma de

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desenvolvimento colaborativo online, o que posicionou a UFRGS como primeira

universidade brasileira a colaborar com a comunidade de software livre nessa

plataforma.

Há uma questão importante em relação à prática do Governo Federal: cada vez

mais, há a imposição de usos de sistemas e obrigatoriedade de registros de

informações de maneira unilateral, que não foram projetados para atender a realidade

administrativa e organizacional da Universidade, e sem a devida análise nas

repercussões na área acadêmica, causando retrabalho e consequente aumento da

necessidade de recursos humanos e financeiros.

Há vários serviços disponíveis para a comunidade universitária, como

conferência web, vídeo conferência, e-mail, hospedagem de site, nuvem, servidor de

arquivos, entre outros. Estes serviços são oferecidos de maneira centralizada, para

melhor aproveitamento da infraestrutura e melhor uso dos recursos computacionais.

No entanto, muitos setores da Instituição ainda mantêm serviços paralelos

subutilizando recursos que poderiam ser usufruídos por todos.

Os serviços de TI da Universidade são baseados no reconhecimento e

identificação de usuários, em seus diversos tipos de vínculos que podem manter com

a UFRGS, registrados na base de dados institucional e com credenciais replicadas

em outras plataformas como bibliotecas, RUs, e-mail, etc. A gestão de identidade é

uma preocupação da área de TI, mas os demais setores responsáveis da

Universidade precisam priorizar esta atividade.

A estrutura central de TI tem 100 TB de storage, estruturas de blade server e

solução de backup para prover os serviços de informações à comunidade. Em 2016,

foram realizados investimentos na infraestrutura de climatização do datacenter, cuja

estrutura tem mais de 30 anos. Está em construção um novo datacenter, iniciativa

conjunta da UFRGS com o HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que resolverá

os problemas enfrentados pelo atual datacenter. Todos os investimentos em

infraestrutura no atual datacenter foram dimensionados considerando a inauguração

do novo prédio ainda em 2015. O atraso na conclusão do prédio, atualmente prevista

para 2017, implica risco de esgotamento da capacidade do atual datacenter.

Em 2016, o CPD também teve forte presença fora do âmbito da Universidade,

com dois destaques. O primeiro foi a coordenação e organização do X Workshop de

Tecnologia da Informação e Comunicação das Instituições Federais de Ensino

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Superior do Brasil, no período de 2 a 5 de maio. Este é o evento mais importante da

área de TI das Ifes, que permite uma troca de informações, soluções e parcerias entre

as Instituições. O CPD, além de publicar diversos artigos, advindos do trabalho e das

atuações no dia a dia, teve a possibilidade de assistir e conhecer uma grande

diversidade de soluções de TI que são desenvolvidas todos os anos nas universidades

federais brasileiras. O CPD está determinado a manter e fortalecer os laços, que cada

vez mais são positivos, com as demais instituições de ensino. O segundo destaque

foi a participação na Sexta Conferencia de Directores de Tecnología de Información

da América Latina, TICAL2016, ocupando a Presidência do Comitê de Programa e

como integrante do grupo de criação da Red Universitaria de Directores de América

Latina de TIC (REDUALTIC).

Para ano de 2017, o CPD aguarda a aprovação final do PDTI 2016-2021 pelo

Conselho Universitário, de forma a começar a sua execução. É constante, também, a

busca por novos projetos que permitam cada vez mais prover a UFRGS dos requisitos

que a permitirão alcançar os objetivos traçados.

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QUADRO 25: RESUMO AUTOAVALIATIVO DO CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO DO CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS

Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

PDTI O PDTI é ferramenta fundamental de planejamento, fornece as diretrizes para priorizar os investimentos e soluções na área de tecnologia da informação na Universidade.

O PDTI deve ser um plano para toda UFRGS e não apenas para a área de TI. Necessidade de definir e realizar um processo para acompanhamento da execução das ações do PDTI

Atuação do Comitê Gestor de TI na consolidação do PDTI.

Governança de TI A melhoria na qualidade dos serviços de TI providos pelo CPD passa pela adoção de processos de gestão apropriados. Os processos baseados no padrão ITIL têm sido implementados no CPD com resultados muito positivos, e com claro impacto na qualidade dos serviços, evidenciado pelos próprios usuários.

O forte impacto na metodologia de trabalho dos técnicos cria resistências para a mudança. A escassez de recursos humanos obriga maior envolvimento de todos nas atividades operacionais, diminuindo o tempo dedicado às atividades de planejamento e gestão. Falta de gratificações para cargos de chefias.

Realização de atividades para envolvimento e motivação de toda equipe na adoção das boas práticas. Atuação junto à Administração Central na busca de alternativas para aumentar as vagas e as gratificações para cargos de chefia na área de TI.

Prestação de serviços de TI A oferta de serviços é ampla e abrangente. O CPD busca as melhores opções de solução, como desenvolvimento próprio, software livre ou serviços de terceiros, além de realizar investimentos contínuos para manter a infraestrutura atualizada.

Quadro de vagas continua insuficiente. Remuneração inferior à de outras carreiras de TI do Governo. Inexistência de regulamentação para regime de plantões, sobreavisos, trabalho remoto e para atividades desenvolvidas no regime 24 horas por dia e sete dias por semana. Indefinições orçamentárias.

Atuação junto a Administração Central na busca de alternativas para a gestão de pessoas na área de TI.

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261

7.5. INFRAESTRUTURA FÍSICA

Responsável: CAMPUS LITORAL NORTE

Com a criação prevista no Plano de Desenvolvimento Institucional da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul para o período de 2011 a 2015, o Campus

Litoral Norte completou, em 2016, dois anos de atividades.

Como primeiro Campus fora de sede da UFRGS, o Campus Litoral Norte

concretizou uma demanda antiga da região do Litoral Norte do Rio Grande do Sul,

qual seja: a falta de instituições de ensino superior com cursos voltados para as

necessidades da região. A datar de sua implantação, novembro de 2014, o CLN vem

recebendo inúmeros investimentos em logística e infraestrutura visando a efetiva

implantação dos Cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia

(BICT) e suas terminalidades: Desenvolvimento Regional, Engenharia de Gestão de

Energia, Engenharia de Serviços e Licenciatura em Geografia, os três primeiros

aprovados pelo Conselho Universitário em 2016, além do curso de Licenciatura em

Educação do Campo - Ciências da Natureza, o qual funciona em caráter de Programa

Especial de Graduação. Ainda no ano de 2016, o CLN foi escolhido pela Sociedade

Brasileira de Física para ser polo do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de

Física, o qual encontra-se em pleno funcionamento. Para atender a demanda dos

alunos dos cursos aqui desenvolvidos, a biblioteca do CLN recebeu, neste ano, um

acréscimo de 1860 itens no acervo.

No que se refere aos projetos de pesquisa e extensão, foram iniciados10

projetos de pesquisa e 09 projetos de extensão que vêm colaborando de maneira

relevante na inserção do Campus na região. Além desses projetos, em 2016, foi

constituída uma comissão de divulgação do Campus Litoral Norte que conta com

docentes e técnicos no desenvolvimento de ações junto à comunidade.

O processo de planejamento, em 2016, contou com uma nova metodologia que

buscou uma maior participação das equipes e integração entre os projetos tanto na

área acadêmica quanto na área administrativa. Foram desenvolvidas ações que

buscaram uma maior aproximação com a região no qual o Campus está inserido,

atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças, participação e

desenvolvimento de ações de capacitação além da criação e atualização dos fluxos

de diversos processos de trabalho.

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Mais especificamente, na área de comunicação, foi criado o Boletim de

Comunicação do Campus Litoral Norte “Comunica CLN” que teve 40 edições

divulgadas entre toda a comunidade interna do Campus com informações tanto

acadêmicas quanto administrativas. Além disso, as redes sociais das quais o CLN

participa passaram a ser utilizadas sistematicamente para a divulgação do Campus e

dos cursos, tendo um incremento no número de seguidores da ordem de 48%

(Facebook) além de ter sido criado perfil no Instagram. O contato com as escolas de

Ensino Médio e cursos pré-vestibulares da região foi ampliado, com visitas aos locais

e o convite para visitas guiadas no Campus Litoral Norte. Na área de desenvolvimento

de pessoal a equipe do CLN participou de um total de 92 ações de capacitação

organizadas pela Escola de desenvolvimento de Servidores - EDUFRGS sendo que

dessas, 15 foram realizadas nas dependências do CLN.

Como atuação na área de assistência estudantil, numa ação de busca pela

permanência dos alunos nos cursos do CLN, foram solicitadas e já recebidas cinco

bolsas treinamento e solicitadas, mas aguardando atendimento, quatro bolsas da

mesma modalidade. Neste ano, solicitamos ainda a disponibilização em edital de

auxílio moradia para os nossos alunos e temos a expectativa que seja concedido já

no próximo edital do programa de benefícios PRAE. Além disso, estamos trabalhando

no levantamento de dados junto aos alunos que servirá de subsídio para solicitação

de bolsa assistencial. O incremento no programa de benefícios para os alunos do CLN

é de fundamental importância já que as aulas são prioritariamente no turno diurno

além de termos alunos que estão morando longe da família e que necessitam de

recurso para se manter.

Ações de promoção de saúde também tiveram um importante incremento neste

ano. Várias atividades foram desenvolvidas no decorrer do ano atendendo toda a

comunidade do Campus. Algumas dessas atividades contaram com a participação da

Secretaria Municipal de Saúde como por exemplo atividades de combate ao mosquito

Aedes aegypti. Foram disponibilizados ainda, além de materiais informativos, numa

ação de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis, preservativos

femininos e masculinos. Em 2016, tivemos ainda a eleição da Comissão de Saúde e

ambiente de Trabalho – COSAT.

Atualmente, a necessidade de ampliação do espaço físico representa um dos

grandes desafios do Campus. Ainda em processo de finalização dos projetos da Fase

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II e com importantes restrições orçamentárias presentes no decorrer do ano, foram

realizadas diversas alterações no uso do espaço físico com o objetivo de adequar os

espaços já existentes às demandas. Entre elas, destacam-se a divisão de uma sala

de aula com capacidade para 80 alunos e a adequação de uma sala de uso

administrativo que possibilitaram a disponibilização de mais duas salas de aula que

foram utilizadas ainda em 2016. Além disso, no prédio que sedia a Prefeitura

Universitária, iniciou-se obras para disponibilizar mais duas salas que deverão ser

utilizadas no primeiro semestre de 2017. Além de salas de aula, no mês de outubro

foi entregue às coordenações dos Diretórios Acadêmicos um espaço de convivência

para os alunos dos cursos sediados pelo CLN.

Nessa mesma linha de ampliação e, de acordo com o PDI UFRGS 2011-2015

(p. 35) onde consta que “há que ampliar o espaço acadêmico, com obras destinadas

a atender à modernização e renovação de salas de aula, laboratórios e bibliotecas,

necessários à manutenção da qualidade e do crescimento do ensino, da pesquisa e

da extensão na Universidade”, no que se refere à tecnologia da informação tivemos

um aumento da largura de banda do link entre Campus Litoral e o Centro de

Processamento de Dados de 20 Mbps para 40 Mbps. Além disso, houve uma

importante ampliação da rede de dados do Campus através da instalação de fibra

óptica e infraestrutura interna com a instalação de diversos novos pontos lógicos tanto

em espaço em que havia a necessidade de adequação e ampliação quanto em

espaços em que era necessário disponibilizar o serviço de rede. Melhorias na

estrutura do serviço de rede sem fio no CLN também ocorreram com a instalação de

três novas bases sem fio, sendo duas bases internas e uma base sem fio externa.

Essas melhorias tem um impacto importante no melhor desempenho das atividades

acadêmicas e administrativas beneficiando a comunidade do Campus em todos os

seus segmentos.

Mesmo com os avanços realizados, ainda temos importantes desafios com

relação às questões de infraestrutura. No que se refere às atividades de ensino,

pesquisa e extensão, os ajustes de espaço físico têm possibilitado o oferecimento de

disciplinas conforme a necessidade existente. Além disso, em 2016 houve um

incremento na oferta de turmas no horário noturno para melhor aproveitamento das

salas já que as aulas costumam ocorrer prioritariamente durante o dia. No entanto, a

demanda por novas salas de aula se renova a cada semestre e, neste sentido, dando

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início a Fase II de implantação do Campus, para 2017 está prevista a construção de

mais um prédio de salas de aula além da disponibilização do prédio que hoje sedia a

Prefeitura Universitária. Outra questão relevante é quanto aos laboratórios. O Campus

Litoral Norte conta com dois laboratórios didáticos: Laboratório de Eletricidade e

Medidas Elétricas e Laboratório de Física, os quais têm como principal função atender

toda comunidade acadêmica bem como atendimento ao público externo através de

visitas guiadas pelas escolas da região. No ano de 2016, os laboratórios didáticos do

CLN tiveram um considerável aumento das demandas de agendamentos, fato que era

esperado com a progressão dos alunos nos cursos, porém não houve neste período

ampliação do espaço físico. Existe, para 2017, a perspectiva de construção de dois

prédios com novos laboratórios que atendam outras áreas de conhecimento.

Quanto à Biblioteca, cabe ressaltar que se trata de um local muito utilizado

pelos alunos já que antes da entrega do prédio para as coordenações dos diretórios

este era o único local destinado às atividades de estudo e lá também existe a

necessidade de ampliação do espaço físico. Essa demanda refere-se tanto a

necessidade de ampliação no número de assentos para usuários quanto

disponibilização de espaços de estudos individuais e em grupos, bem como

adequação do espaço para o acervo e do espaço de trabalho para os servidores em

exercício no local. A falta de espaço adequado é agravada pelo fato de muitos alunos

permanecerem por dois turnos no Campus, bem como a distância do CLN em relação

às demais bibliotecas e espaços de estudo do restante da Universidade. Na Fase II

de implantação do CLN há o projeto de construção de um novo prédio para a

Biblioteca que leva em consideração essas demandas, mas ainda não há previsão de

início.

Especialmente por conta da localização do Campus existe por parte dos alunos

a solicitação de que o CLN conte com serviço de impressão e fotocopiadora. Para

atender essa demanda solicitou-se a SUINFRA que disponibilizasse um espaço para

este fim. Com isso, será possível providenciar um processo licitatório para prestação

deste serviço dentro do Campus.

Em 2016 algumas adequações nos espaços de trabalho também foram

realizadas no intuito de otimizar o uso das salas de maneira que as equipes tenham

condições adequadas de trabalho. No entanto, uma importante demanda presente no

trabalho tanto das equipes que atendem alunos quanto das equipes que atendem

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servidores refere-se à necessidade de espaços para atendimento mais individualizado

já que as salas de trabalho são de uso coletivo. Neste sentido, a ampliação do espaço

físico é fundamental para atendimento dessa necessidade. Existe ainda a

necessidade de adequação de espaços de trabalho para algumas equipes como por

exemplo ambientes mais amplos para que uma mesma equipe possa estar em uma

única sala e ainda a separação de setores que ocupam o mesmo espaço físico.

As estratégias adotas pelo CLN na busca pela otimização do uso dos espaços

está em consonância com o PDI UFRGS para o período 2016 – 2026 ao referir na

página 38 que “a distribuição racional dos espaços e a otimização da sua utilização

devem ser almejadas por meio de um Plano de Infraestrutura, que contemple a

utilização dos espaços da Universidade sejam eles laboratórios, salas de aula,

bibliotecas, espaços administrativos e de atividades multiculturais. Isto permitirá a

racionalização dos recursos e o aumento do período de utilização pela comunidade

acadêmica. Deve-se também buscar a criação de áreas de convivência...” Além de

todas as adequações serem feitas em parceria com a Superintendência de

Infraestrutura, essas adequações acontecem de maneira muito dinâmica sempre que

se identifica alguma forma de melhorar a utilização dos espaços.

Os investimentos em tecnologia da informação e a busca por melhorias

permanentes nesta área que o Campus vem desenvolvendo também estão previstos

no PDI quando afirma que “a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

desempenha um papel essencial para o desenvolvimento institucional, pela natureza

transversal que permeia todas as atividades acadêmicas e administrativas” (p.37).

Assim, entende-se que o Campus Litoral Norte desde sua criação vem

encaminhando de maneira muito proativa e com foco na boa governança as

necessidades de infraestrutura para que ensino, pesquisa, extensão e a gestão

administrativa do Campus ocorra de maneira responsável e efetiva de modo a cumprir

seus objetivos junto à comunidade da região em que está inserido.

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266

QUADRO RESUMO AUTOAVALIATIVO CAMPUS LITORAL NORTE

Itens/Aspectos/

Quesitos

Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias

Salas de aula Otimização constante no uso dos

espaços existentes;

Aumento de oferta de turmas no

horário noturno

Necessidade de ampliação do espaço

físico

Demanda e acompanhamento junto à SUINFRA da

implantação da II Fase de implantação do CLN

Laboratórios Corpo técnico qualificado para

atender uma demanda maior

Espaço físico limitado e compartilhado com

aulas teóricas

Melhor planejamento dos agendamentos, reservas

com maior antecedência e melhor comunicação

com os usuários

Biblioteca Corpo técnico em quantidade e

qualificação para atender uma

demanda maior

Espaço físico limitado Ampliação de horários de atendimento,

especialmente para atender a turma do mestrado

aos sábados;

Demanda e acompanhamento junto à SUINFRA da

implantação da II Fase de implantação do CLN

Áreas de

convivência

Entrega de espaço às coordenações

dos Diretórios Acadêmicos para uso

dos alunos

Necessidade de ampliação de espaços de

convivência e estudo

Demanda e acompanhamento junto à SUINFRA da

implantação da II Fase de implantação do CLN

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267

Espaços de

trabalho

Otimização constante no uso dos

espaços existentes

Falta de salas de atendimento

individualizado;

Necessidade de salas com mais espaço

para alguns setores

Agendamento de salas de aula para atividades de

atendimento e/ou reuniões quando disponíveis;

Demanda e acompanhamento junto à SUINFRA da

implantação da II Fase de implantação do CLN

Serviços de TI Ampliação de serviços e da equipe Recursos de software insuficientes para as

necessidades do CLN;

Baixo nível de segurança da rede sem fio

do CLN;

Estudar possibilidade de disponibilizar softwares

livres para atender demandas do CLN, bem como a

possibilidade de desenvolvimento de software pela

DTINECLN;

Análise junto ao CPD/UFRGS quanto à viabilidade

de disponibilizar os serviços “Unidade sem fio” e

“EDUROAM” no CLN.

QUADRO 26: RESUMO AUTOAVALIATIVO CAMPUS LITORAL NORTE

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268

VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A trajetória da avaliação desenvolvida pela UFRGS, a qual desde seu início se

pautou pelo envolvimento e participação democrática da comunidade universitária nos

processos avaliativos, foi reforçada pelo que preconiza o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior (SINAES). A UFRGS tem conseguido, ao longo das

últimas décadas, caminhar em direção à consolidação de uma cultura própria de

avaliação.

O SINAES promove a avaliação em diferentes níveis, de instituições, de cursos

e de desempenho dos estudantes, lançando desafios para que as instituições de

educação superior sejam protagonistas no seu processo de autodesenvolvimento e

cumpram as exigências legais. Nesse aspecto, há que se considerar que, mesmo

resguardando o respeito à diversidade e a afirmação da autonomia e identidade das

instituições, uma legislação nacional encontra dificuldades de implementação e

operacionalização, considerando-se o tamanho do país e suas múltiplas diferenças,

em diversos aspectos.

Diante desse cenário, os resultados obtidos pela UFRGS nos processos

avaliativos externos demonstram a qualidade do ensino que ministra, em níveis de

graduação e de pós-graduação, a relevância das atividades de pesquisa e o

comprometimento social assumido pela via da extensão. Esse conjunto de fatores

situa a UFRGS entre as melhores Instituições de Ensino Superior no país, segundo

indicadores de qualidade da educação superior monitorados pelo Ministério da

Educação.

Este Relatório apresenta relatos autoavaliativos dos órgãos da administração

central da Universidade, bem como das instâncias responsáveis pela avaliação nas

Unidades universitárias, os quais estão organizados a partir das dez dimensões

preconizadas pelo SINAES. De forma geral, o documento revela a grande diversidade

de atividades desenvolvidas pela UFRGS na sua relação com a comunidade interna

e externa. O compromisso assumido pela missão da Instituição, como promotora de

transformações na sociedade por meio da excelência acadêmica e do compromisso

social se faz presente em todo o RAAI 2016.

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269

O documento reflete também a busca pela consolidação de uma cultura de

autoavaliação em toda a UFRGS. Em relação a isso, está claro à CPA da Universidade

o desafio da promoção de ações que estimulem o olhar alinhado entre objetivos de

desenvolvimento institucional presentes no PDI, metas de gestão, atividades das

unidades e setores e práticas autoavaliativas. Nessa direção, a consolidação de um

Projeto Institucional de Avaliação, o qual constitui-se como meta do Plano de Gestão

2016-2020 e consta no PDI 2016-2026, certamente será um passo importante para o

próximo ciclo avaliativo.

As ações desenvolvidas neste ciclo avaliativo mostram que a UFRGS busca

consolidar, gradativamente, o reconhecimento de que a autoavaliação, ao lado da

prática da avaliação externa, constitui-se em recurso permanente e indispensável para

a melhoria da qualidade.