r$ 3,20 batistas unidos em oração pela nação brasileira · para o local que desejo ir”, etc.,...

16
1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 15 Domingo, 10.04.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Batistas unidos em oração pela Nação brasileira OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA Estudos sobre a Igreja III – Como deve funcionar a Igreja? Já pudemos observar que a Igreja, além de organismo, tem um caráter “organizacional”, que a própria ideia da metáfora de Corpo de Cristo sugere. Ela precisa ser gerida, administrada, há nela diversas áreas de atuação. Mas como a Igreja deve ser administrada? Só alguns poucos deverão trabalhar na Igreja? Existe grau de importância nos diversos trabalhos da Igreja?; Confira o texto completo na página 15. Confira a programação completa da 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que acontecerá entre os dias 15 e 19 de abril na cidade de Santos - SP. O tema escolhido para este ano é “Transformados pelo Poder do Reino de Deus”, e divisa: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (I Coríntios 4.20). Página 09 Programa da 96 a Assembleia da Convenção Batista Brasileira

Upload: dangduong

Post on 08-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1o jornal batista – domingo, 10/04/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 15Domingo, 10.04.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Batistas unidos em oração pela Nação brasileira

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Estudos sobre a Igreja III – Como deve funcionar a Igreja?

Já pudemos observar que a Igreja, além de organismo, tem um caráter “organizacional”, que a própria ideia da metáfora de Corpo de Cristo sugere. Ela precisa ser gerida, administrada, há nela diversas áreas de atuação. Mas como a Igreja deve ser administrada? Só alguns poucos deverão trabalhar na Igreja? Existe grau de importância nos diversos trabalhos da Igreja?; Confira o texto completo na página 15.

Confira a programação completa da 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que acontecerá entre os dias 15 e 19 de abril na cidade de Santos - SP.

O tema escolhido para este ano é “Transformados pelo Poder do Reino de Deus”, e divisa: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (I Coríntios 4.20). Página 09

Programa da 96a Assembleia da Convenção Batista

Brasileira

2 o jornal batista – domingo, 10/04/16 reflexão

E D I T O R I A L

Um condutor chamado Jesus

Um dia desses, em uma das minhas idas à minha ci-dade natal, Ar-

raial do Cabo, município da Região dos Lagos do Rio de Janeiro, observei algo curioso e que Deus pôde claramente falar ao meu coração. Eu acredito e cos-tumo enfatizar que Deus fala conosco através de tudo o que está a nossa volta. Cada detalhe que nos cerca é uma estratégia de Deus para chamar a nossa atenção para Ele. Basta, apenas, que estejamos atentos e sensíveis à voz do Pai.

E nesse dia, Deus usou algo bem rotineiro para mim para trazer as respostas que meu coração necessitava naquela hora. Usou a pró-pria viagem, que faço regu-larmente. Quando entrei no ônibus reparei que o mo-torista chamava-se “Jesus”, e aquilo chamou a minha

atenção. Ao longo da viagem fui pensando, ministrada pelo Espírito Santo, a res-peito daquele motorista na condução do ônibus. Pensa-mentos como “Ele não pode dormir, senão provocará um acidente”, “Ele precisa estar atento na estrada, pois já está à noite”, “Eu não sei o que pode acontecer na estra-da, mas estou confiando que chegarei bem”, “Tenho cer-teza do destino que chega-rei, pois comprei a passagem para o local que desejo ir”, etc., passaram pela minha cabeça.

Foi então que comecei a fazer uma analogia en-tre o motorista do ônibus e o condutor da minha vida que, ironicamente, também chama-se Jesus. Eu não sei nada a respeitos dos planos de Deus para minha vida, para qual propósito Ele está direcionando-me, mas posso ter plena certeza de que Ele

está na condução, Ele está no controle de tudo. Assim como o motorista tinha o compromisso de levar to-dos os passageiros de forma segura até Arraial do Cabo, o nosso Jesus também tem compromisso conosco de conduzir a nossa vida, se assim O permitirmos. Pode-mos plenamente confiar nas providências de Deus, pois Ele, como um condutor na estrada, vê o que não pode-mos ver e nos livra de situa-ções que até mesmo nunca saberemos. O papel dEle é cuidar dos seus filhos, que foram resgatados com preço de sangue, derramado pelo Unigênito.

Nós, seres humanos, temos muita dificuldade em confiar plenamente em Deus, falo por mim. É fácil clamarmos ao Senhor, cantarmos lou-vores, expressando a nossa confiança. Contudo, na prá-tica, viver “de fé em fé” não

é assim tão fácil. Precisamos esforçar-nos para aprender a descansar nos braços do Pai. Descansar verdadeiramente, assim como fazemos em uma viagem após um dia cansativo de trabalho. Te-mos certeza de que o nosso Deus amoroso está cuidando de tudo e que nos levará pelo caminho que lhe apraz, se estivermos debaixo da Sua vontade. Então, não há porque ficarmos ansiosos e preocupados. A condução da nossa vida não está nas nossas mãos. Ou não deve-ria estar. O lugar mais segu-ro para estarmos é no colo do Pai, lugar de descanso e voz suave, que responde a todos com carinho, zelo e atenção. Ore, confie e es-pere. Deus está no controle de tudo!

Paloma Furtado,jornalista, secretária de

Redação de OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 10/04/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Esse era o nome da classe de juniores na Escola Bíblica Domi-nical (EBD). O grupo

se reunia sob a sombra de árvore frondosa ao lado da Congregação de taipa, na fazenda do meu avô mater-no. No outono, as frutinhas vermelhas da árvore, uma vez amassadas, ofereciam material para colar as roupas dos colegas no banco de madeira. A pobre profes-sora só via o resultado. Os mais afoitos eram levados “sob orelhas” aos pais que participavam da EBD no sa-lão. Claro que a vara seria aplicada quando chegassem ao lar. Não havia desculpa. Primeiro, pelo desrespeito à professora. Segundo, por dano ao patrimônio da Con-gregação. Durante a semana, as frutinhas eram usadas para “pegar” passarinhos. Tempo bom. Não havia Ibama na fazenda.

Levir Perêa Merlo, colaborador de OJB

“Vós, pois, amados, preve-nidos como estais de an-temão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria fir-meza; antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cris-to. A Ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno” (II Pe 3.17-18).

O material didático usado tinha o mesmo nome da clas-se. A cada domingo a lição seguinte era distribuída com a orientação de guardá-la até terminar o trimestre. Ao final do trimestre o aluno recebia a capa para “encadernar” as lições. Havia orgulho em portar as lições agrupadas. Assim era a Escola Bíblica Dominical naqueles bons tempos. Estudava-se a Bí-blia e aprendia-se a Palavra de Deus. Memorizar tex-tos bíblicos era desafio que alegrava. Especialmente o texto áureo da lição. Havia a abertura da EBD realizada pelo diretor, ocorria o encer-ramento, Os relatórios eram lidos, o número de visitantes nas classes era contabilizado, a oferta era levantada. Havia a pergunta: “Quantos leram a Bíblia durante a semana?”, e também “Quantos estudaram a lição em casa?”. A classe que não apresentava ausen-

No mês de abril a ênfase é o ensi-no, e é dedicado a Escola Bíblica

Dominical (EBD). O apren-dizado é base para qualquer sociedade que deseja se de-senvolver. Sem o ensino não há crescimento, não há ma-turidade, não há desenvolvi-mento espiritual, ou seja, o ensino é fundamental.

Quando anal isamos o Novo Testamento, percebe-mos que tudo gira em torno do ensino e aprendizado: No nascimento de Jesus Cristo;

tes era destaque para todos. Cada classe era chamada nominalmente. Orgulhosos os alunos repetiam de cor o versículo escolhido pelo pro-fessor. Os visitantes recebiam atenção especial. Recebiam um cartão de boas vindas. Eram vistos como potenciais membros da Igreja no futuro. Os aniversariantes da semana eram chamados à frente e saudados com alegria. Ao chegar a determinada idade, o aluno era promovido à outra classe, que o recebia com abraços. O dia da pro-moção era dia de festa para os pequenos que estavam crescendo. Isso alimentava o desejo de ser grande.

A Escola Dominical era leva-da a sério por todos os mem-bros da Igreja. Era inadmissível ser membro da Igreja e não ser aluno da EBD. A Igreja crescia alimentada pela EBD. Em números, esta era sempre maior que a Igreja, por agregar

Jesus no meio dos doutores aos doze anos; na chamada dos discípulos pelo Senhor; no famoso “Sermão do Mon-te”; nos ensinos escatológi-cos de Jesus; nas Cartas de Paulo, Lucas, Pedro, João, Tiago e Judas, etc. Ainda que lembremos com mais intensi-dade dos ensinos da EBD no mês de abril, não significa que vamos negligenciar essa importante ferramenta de tra-balho chamado “ensino” ao longo do ano. Na verdade, os estudos, os ensinos e o apren-dizado só vão cessar quando

os familiares dos membros. Havia o dia do rumo, último domingo de abril. Um clavi-culário era colocado ao lado do púlpito. Cada chefe de família pendurava a chave da casa como testemunho de que toda a família estava presente na Igreja naquele domingo. E estava.

O tempo e o desinteresse dos salvos pelo estudo da Bíblia foram eliminando aos poucos o romantismo santo da EBD. As desculpas para não participar da EBD são incontáveis, desde professores despreparados à literatura que não atende as necessidades dos alunos; assuntos fora do contexto da vivência diária dos salvos. Tudo é pretexto para não participar. Os auto-res das lições se revelam inca-pazes em atender a demanda da sociedade moderna. As lições são escritas com um ano de antecedência. Quando chegam às Igrejas estão desa-

estivermos na presença do Pai, ali só haverá louvores!

Sendo servos discípulos transformados pelo poder do Reino de Deus, nosso desejo deverá ser sempre de crescer na Graça e no Conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Como bem diz o apóstolo Pedro: “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimen-to para salvação” (I Pe 2.2).

Sim, queridos, não pode-mos nos descuidar nessa área

tualizadas. Alguns extrapolam com sementes de heresias, desconectadas da realidade do momento. Isto exige do professor vigilância constante.

Ao desistir da EBD, o mem-bro da Igreja torna-se presa fácil das heresias que pulu-lam diariamente no rádio e TV. Perde a oportunidade de lapidar a fé, firmar relacio-namentos saudáveis com os demais membros do Corpo de Cristo. As discussões, dis-cordâncias e confrontos no estudo da Bíblia, na classe da EBD, são fundamentais ao aperfeiçoamento da ca-minhada cristã. O sucesso da Igreja Primitiva se deve a prática do estudo bíblico em grupos. A Escola Bíblica ministrada por Paulo na casa de Tito Justo alcançou toda a Ásia com a mensagem do Evangelho, de acordo com Atos 18.7-11. Razão simples: A EBD é agência de evange-lização.

importante da vida, de apren-der, de ler e de ensinar. E, certamente, fazendo isso, ja-mais seremos enganados pela astúcia de homens maus.

Vamos perseguir esse alvo de crescermos e continuar ajudando na expansão da obra maravilhosa do Senhor. Também não vamos deixar a EBD morrer, façamos da nossa Escola bíblica um ver-dadeiro pequeno grupo que trabalhe com vibração, di-nâmica, responsabilidade e muita alegria no Senhor. Avante!

Transformados pelo poder do Reino, crescei na

graça e conhecimento

Joias de Cristo

4 o jornal batista – domingo, 10/04/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Nosso cansaço e Jesus

reflexão

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).

Após declarar a inti-midade dEle, Filho, com o Pai celeste, Jesus revela Seu

poder divino de causar res-tauração na vida dos Seus discípulos. “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos e Eu vos alivia-rei” (Mt 11.28).

Viver a vida cristã é ta-refa cansativa. Ela exige as maiores energias dos discí-pulos. Com a continuidade das provações causadas pelo mundo, o corpo se ressente, a alma se afl i -ge. Por mais que procure-mos demonstrar amor, há respostas injustas que nos ferem, nos oprimem, nos

cansam. Neste contexto, o Senhor Jesus bondosamen-te nos convida: Vinde a mim, trazendo vosso can-saço e opressão.

Apesar de sabermos do convite de Jesus, nem sempre tomamos a decisão de aceitar as condições do descanso oferecido. Porque permitir que Cristo administre nossa mente, nosso corpo, nossa alma, exige uma atitude de fé. O Senhor cumpre Sua pro-messa. Nós, outros, porém, nem sempre temos coragem de permitir em nós as inter-venções do Cristo. Até quan-do insistiremos em adotar as condições humanas? Adote-mos a coragem humilde de permitir entregarmos a Cristo nosso cansaço e opressão. Ele sempre nos alivia e nos restaura.

Jeferson R. Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Nossos d ias são marcados pela desesperança. As pessoas que nos

circundam já perderam a esperança e, até mesmo, nós, cristãos, por vezes ficamos desesperançosos. Isso não pode acontecer conosco, pois carregamos a mensagem de Jesus, que é a esperança. A mensagem do Evangelho é puramente repleta de es-perança. Paulo diz que “Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de to-dos os homens” (I Co 15.19). Nossa esperança em Cristo é transcendente, e rompe as questões dessa terra. Nossa esperança em Cristo foca na salvação e na vida eterna, e por isso somos desafiados a levar essa esperança para aqueles que estão desespe-rançosos e mortos, espiritu-almente falando. Jesus é a esperança que transcende as

situações dessa vida. Nossa esperança em Cristo está para além das coisas dessa terra, mas nossa esperança em Cristo que nos dá paz e alegria para viver é a vida eterna e a ressurreição.

É comum ouvirmos pessoas dizendo que não têm mais esperança em várias instân-cias da vida. As inúmeras quantidades de informações sobre a violência promovida pelo ser humano nos quatro cantos do mundo faz com que as pessoas não acredi-tem mais umas nas outras. As atrocidades e brutalidade como o ser humano lida com seu semelhante provoca um esfriamento nos corações daqueles que insistem crer em um mundo melhor. A violência e truculência do cenário religioso mundial com ataques terroristas e com o aliciamento da juventude pelos extremistas religiosos, e os escândalos de líderes religiosos no tocante a di-nheiro e sexo esfriam a fé das pessoas, e a desesperança na

religião cresce. A crise hu-manitária, visualizada pelos milhares de refugiados das guerras locais de seus países revelam a maldade e o egoís-mo do coração humano.

A esperança vai sendo su-focada nessa sociedade pós moderna, mas a Bíblia, atual a todas as épocas, ensina que a nossa esperança é Jesus de Nazaré. Na profecia do Servo Sofredor, narrada pelo Isaías, diz que o Messias esperado seria a luz dos povos, de acordo com Isaías 42. As nações do mundo precisam conhecer ao Senhor e Sal-vador Jesus: A esperança. As nações precisam colocar a esperança no nome de Jesus, por isso precisamos orar, contribuir e enviar recursos para que os missionários che-guem com o Evangelho aos quatro cantos da terra, como descreve Mateus 12.21. Só Jesus desfaz a desesperança, pois Ele é a nossa esperança, não somente para essa vida, mas principalmente para a vida eterna. Leve esperança!

Jesus: Nossa esperança

5o jornal batista – domingo, 10/04/16reflexão

por capacete a esperança da salvação” (I Ts 5.8).

No Deus Eterno temos pos-to a nossa confiança. Afinal, como já se disse, “Os extre-mos do homem são as opor-tunidades de Deus”.

Só Deus é autoexistente. Nós existimos por meio dEle, para Ele vivemos e nEle esperamos. Podemos, assim, afirmar que essa esperança imorredoura vem do Senhor mesmo, é dá-diva sublime do céu.

Ela não está na ciência do homem, mas na sabedoria de Deus; não está na fatuidade dos projetos humanos, mas na segurança das promessas divinas; não está nos ofus-

Servos do Senhor de todos os lugares, não desanimem, nem se cansem de buscar a santificação dia após dia em suas vidas. O mundo se tornou muito cruel, mas nós vivemos para honra e glória do Senhor e, em razão disso, somos alegres, temos paz e devemos viver relacionamen-tos discipuladores em meio a tantas atitudes enganosas e más.

O amor, assim como é a essência de Deus, também deve ser a parte principal do nosso ser. Quando aprende-mos a amar o nosso próximo, nossa vida se torna melhor e passamos a entender e dese-jar “Que eu diminua e que Cristo cresça por meio da minha vida”.

Há uma missão para cada um de nós, crentes em Jesus Cristo, e um propósito segun-do o qual devemos honrar a Deus com a vida que Ele nos concedeu e com a confiança que Ele depositou em cada um de nós, para testemunhar do amor tão grande dEle para conosco, que nos tirou das trevas e colocou em Seus caminhos eternos.

Será que, como cristão que diz ser, você está vivendo os

cantes tesouros deste mundo, mas na alentada riqueza do céu. É uma esperança que não chora sobre a sepultu-ra, mas sorri e canta pelos caminhos de Emaús, pelas estradas singelas da Galileia, pelas sendas da vida.

“Não devemos imaginar que as estrelas estejam mor-tas só porque o céu está nu-blado”, diz o provérbio ára-be. Os ossos podem secar-se de repente e, circunstancial-mente, nos embates duros da vida. Mas a esperança em Deus se renova, como se renovam em nós, cotidiana-mente, a Sua graça e a Sua misericórdia.

propósitos designados por Deus para sua vida? Será que você está tirando almas que caminham a passos largos para o inferno deste rumo, por meio do seu testemunho de vida, de seu trabalho na Obra do Senhor, mediante o “Ide” de Jesus Cristo? Ou você pensa que cumpre o sacrifício de Cristo na cruz simplesmente indo aos cul-tos domingo à noite? Isto é, quando dá.

O cristão cheio do Espírito Santo não se cala, ele se doa. O mundo está carente de Je-sus e, nós, cristãos, O temos. Disponha-se a manter um relacionamento com aqueles que ainda não conhecem ao Senhor, a agregar pessoas para conviver em união, ca-minhando juntos, formando discípulos para continuar e trabalhar na Obra do Senhor.

As gerações vindouras e todos que ainda se encon-tram vivendo em trevas pre-cisam conhecer a Jesus e viver como Ele, para que nós todos possamos aguar-dar Sua segunda vinda até que Ele volte. E busque uma multidão, “A Sua Igreja”. “Eis que venho sem demora” (Ap 3.11).

Edgar Silva Santos, pastor da Primeira Igreja Batista de Jardim Mauá – Manaus – AM

“...Eis que dizem: Os nos-sos ossos se secaram e pe-receu a nossa esperança; estamos de todo extermina-dos” (Ez. 37.11). Este quadro, pintado com cores fortes pelo profeta Ezequiel, parece pro-jetar as suas sombras sobre a nação brasileira, que vive um momento crítico de sua história.

As palavras profét icas soam demasiadamente atu-ais quando nos fixamos, de modo mais amplo, no pano-

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

“Ma l d i t o o h o m e m que con-fia no ho-

mem” (Jr 17.5a). Não tem algo pior do que ser traído! Quantas mulheres sofrem porque passaram por uma traição, quantos maridos so-frem também por isso. A quebra da confiança é algo muito triste. Famílias são devastadas por traições. Em muitos casos, acontecem a separação, o divórcio. Os filhos ficam sem rumo.

Trair é enganar, é agir de forma desonesta, é desapon-tar o próximo. A traição não acontece só no contexto do casamento, mas também acontece entre vizinhos, en-tre colegas de trabalho e em diversos lugares.

A pessoa traída sofre muito, porque fica sem acreditar no que a outra pessoa foi capaz de fazer. Porque acontece a traição, não podemos mais confiar em ninguém? De for-ma alguma, podemos e deve-

rama mundial, extrapolando a situação do Brasil, isolada-mente.

O famoso intelectual ita-liano Umberto Eco, no Livro ”Em que creem os que não creem?”, faz uma acertada radiografia do mundo em que vivemos e assinala algumas de suas deprimentes carac-terísticas: “A multiplicação de depósitos nucleares in-controlados e incontroláveis, as chuvas ácidas, a floresta amazônica que desaparece, o buraco na camada de ozônio, as migrações de deserdados que batem à porta dos países ricos, a fome em continentes inteiros, novas e incuráveis

mos confiar nas pessoas. Não é porque você encontrou no pacote de dinheiro uma nota falsa, que concluirá que todas são falsas. Infelizmente há falsos, mas o que nos alegra é que há muita gente séria, comprometida com a verda-de, que é transparente.

Encontro nas Escrituras uma recomendação: “Olhan-do para Jesus, Autor e Consu-mador da fé” (Hb 12.2a).

Diante de tantas coisas ruins, diante de problemas de relacionamentos, não po-demos deixar de olhar para Je-sus. Ao olhar para Ele vemos a perfeição, o Verbo encarnado, o Salvador da humanidade. Jesus veio com o propósito de salvar a humanidade dos seus pecados. Jesus veio res-taurar o homem. Jesus veio ligar o homem a Deus. Veio restaurar relacionamentos rompidos e, através dEle, o homem pode perdoar e viver uma nova vida.

Convido você a olhar para Jesus sempre, não fixe o seu olhar em outra coisa. Fixe o seu olhar no Autor e Consu-mador da nossa fé.

pestilências, a destruição in-teressada do solo, os climas que se modificam, o degelo das regiões glaciais, a enge-nharia genética que ameaça clonar os seres humanos e o suicídio ecológico do pla-neta”.

Sem dúvida, são situações alarmantes. E não podemos desconsiderar o recrudes-cimento da violência nas grandes e até nas pequenas cidades, a inversão dos va-lores e a falta de referenciais para a nossa juventude.

Mas, apesar de tudo, há esperança. A Bíblia diz que “Em esperança somos salvos” (Rm 3.24a) e que “Temos

Érika Efigênio Januário, diaconisa na Igreja Batista Vida Nova – Osvaldo Cruz - SP

A condição do ser humano, no mundo em que vivemos, é única: Ser servo.

Precisamos fazer um check up em nossas vidas, a fim de saber bem a quem e como estamos servindo. Se a Deus, em espírito e em verdade, como diz em João 4.23-24, ou se ao diabo, por meio da carne, de acordo com Gála-tas 5.19-21.

O tempo é curto e caminha-mos para o fim; nossa “Vida passa como a erva que pela manhã nasce e a tarde murcha e seca”. O verdadeiro cristão é diferente e faz a diferença onde quer que se encontre, pois ele nasceu do Espírito e agora vive em espírito.

Quando me converti, há 12 anos, fiquei maravilha-da com tamanho amor pela humanidade e, por meio do texto da crucificação de Jesus (Lucas 23.26-49), foi que meus olhos se abriram e eu disse “sim” ao Senhor Jesus, para que Ele fosse também o Senhor da minha vida.

Ossos secos e falta de esperança

Olhe para Jesus

Sou cristão! Então, como estou agindo?

6 o jornal batista – domingo, 10/04/16

HOTÉISTotal aptos = 1.380Total leitos = 3.107

APTOS LEITOS

1

ATLÂNTICO GOLDENRua Jorge Tibiriçá, 40 - Gonzagawww.atlanticogolden.com.brTel. (13) 3285-4700 / (13) [email protected]

90 206

2

ATLÂNTICO HOTELAv. Pres. Wilson, 01 - Gonzagawww.atlantico-hotel.com.brTel. (13) 3289-4500Fax (13) [email protected]

120 320

3

ATLÂNTICO INN HOTELRua Jorge Tibiriçá, 04 - Gonzagawww.atlanticoinn.com.brTelefax (13) [email protected]

64 132

4

AVENIDA PALACEAv. Pres. Wilson, 10 - Gonzagawww.avenidapalace.com.brTel. (13) [email protected]

94 216

5

CAIÇARA HOTELPraça dos Expedicionários, 07 - Gonzagawww.caicarahotel.com.brTel. (13) 3284-6798 / (13) [email protected]

38 85

6

CANTINHO DA PRAIAAv. Bernardino de Campos, 637 - Campo Grandewww.pousadacantinhodapraia.com.brTel. (13) [email protected]

12 35

7

CARAVELASAv. Pinheiro Machado, 1.023 - José Meninowww.hotelcaravelas.com.brTelefax (13) 3237-2645 / (13) [email protected]

40 90

8

CASARÃO HOTELAv. Almirante Cochrane, 21 - Embaréwww.casaraohoteldolitoral.com.brTel. (13) 3231-8684Fax (13) [email protected]

21 60

9

IBISAv. Washington Luiz, 565, Torre II – Boqueirãowww.accorhotels.comTel. (13) [email protected]

160 320

10

IMPERADOR (antigo Fenícia)Av. Pres. Wilson, 184 - José Meninowww.hotelimperadorsantos.com.brTel (13) 3237-1955 / (13) 3394-1955 / (13) 3394-1956

42 114

11

INDEPENDÊNCIAAv. Mal. Floriano Peixoto, 206 - Gonzagawww.independenciahotel.com.brTelefax (13) [email protected]

18 56

APTOS LEITOS

12

PARQUE BALNEÁRIO HOTEL Av. Ana Costa, 555 - GonzagaTel. (13) 3285-6900Fax (13) 3284-0475www.parquebalneario.com.brreservas@parquebalneario.com.br

119 189

13

MENDES PLAZA HOTELAv. Mal. Floriano Peixoto, 42 - GonzagaTel. (13) 3208-6400Fax (13) [email protected]

105 209

14

MENDES PANORAMA HOTELRua Euclides da Cunha, 15 - GonzagaTel. (13) 3208-6400Fax (13) [email protected]

135 277

15

MERCUREAv. Washington Luiz, 565, Torre I – BoqueirãoTel. (13) [email protected]

95 190

16

MONTE SERRAT COMFORT HOTELRua Bittencourt, 130 – CentroTel. (13) 3232-6624www.monteserrathotel.com.brreservas@monteserrathotel.com.br

92 250

17

NATALAv. Mal. Floriano Peixoto, 104 - GonzagaTel. (13) 3284-2732Fax (13) [email protected]

24 61

18

NOVO HOTEL DE SANTOSPça Washington, 31 - José MeninoTel. (13) 3225-1853www.novohoteldesantos.com.bratendimento@novohoteldesantos.com.br

20 74

19

PRAIANOAv. Barão de Penedo, 39 - José MeninoTel. (13) 3237-4033Fax (13) [email protected]

51 143

20

RITZ HOTELAv. Mal. Deodoro, 24 - GonzagaTel. (13) 3284-1171www.hotelritz.com.br

40 80

FLATS Total aptos = 181Total leitos = 398

APTOS LEITOS

1

CARINA FLAT HOTELRua Ministro João Mendes, 271 - AparecidaTel. (13) 3278-2000Fax (13) [email protected]

60 140

2

COSMOPOLITAN PRAIA FLATRua Bahia, 174 - GonzagaTel. (13) 2102-9493Fax (13) 2102-9415www.cosmopolitanpraiaflat.comreservas@cosmopolitanpraiaflat.com

49 113

3

GONZAGA FLATRua Jorge Tibiriçá, 41 - GonzagaTelefax (13) 2102-5800 Fax (13) [email protected]

72 145

Hotéis e flats em Santos

7o jornal batista – domingo, 10/04/16missões nacionais

A equipe de Missões Nacionais se reu-niu em clamor pelo Brasil. A vigília, que

foi realizada no dia 31 de março, aconteceu ao longo do dia no Seminário do Sul, na Tijuca – RJ, e foi dirigida pelas diversas organizações da denominação.

Missionários, radicais e voluntários da JMN conduzi-ram o período da manhã com orações específicas de cunho social, político e econômico que a sociedade brasileira

tem enfrentado. Além dos momentos de intercessão, aconteceram também perí-odos de louvor e adoração, pois sabemos que o Senhor habita no meio dos louvores, de acordo com Salmos 22.3.

Espalhados pelos campos, outra equipe de missionários também esteve unida em oração pela mesma causa. De joelho, clamamos pela transformação espiritual do nosso país.

Nas palavras de exortação que Paulo deu ao seu filho na

fé Timóteo, ele recomenda que, antes de tudo, haja sú-plicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por to-dos os que exercem autorida-de, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Pois isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salva-dor, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, como descreve I Timóteo 2.1-4)

No Relatório Mun-dial sobre Drogas 2015, o Escritório das Nações Uni-

das sobre Drogas e Crime (UNODC) revela que cerca de 246 milhões de pessoas, ou um pouco mais de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos de idade, usaram drogas ilícitas em 2013.

No Brasil, o número de usu-ários de crack ultrapassa a 370 mil pessoas. Isso corresponde a 0,8% da população das capi-tais do país. Além disso, 14% do total são crianças e adoles-centes, o que equivale a mais de 50 mil usuários.

Uma pesquisa realizada com alunos dos sete estados do Brasil onde a Cristolândia possui Unidades, números reveladores nos auxiliaram na definição dos caminhos para disseminação do Movimento Nacional de Prevenção ao uso de Drogas, o Viver.

Focando os esforços na pre-venção, a proposta é tratar de forma profunda, buscando trabalhar o fortalecimento da autoestima e caráter de nossos adolescentes e jovens. A ideia é que estejam aptos a realizar escolhas saudáveis e sejam influenciadores na visão do movimento Viver. A propos-ta é organizar uma corrente

gigantesca de proteção que envolva a nova geração em uma visão de prevenção.

Nossa visão é que o Viver, Movimento Nacional de Pre-venção ao Uso de Drogas, seja referência para os Batistas Brasileiros, associado à praticas preventivas que alcancem, atra-vés da Igreja local, as famílias, comunidades ou instituições. A Junta de Missões Nacionais capacitará as Igrejas por meio de congressos locais, oficinais e material de apoio, tornando--as capazes e responsáveis pela aplicação do Projeto.

O movimento Viver deverá ser permanente e motivador. Será a criação de uma identi-dade que gere um forte senti-mento de pertença. Pretende-mos que seja uma “selo” a ser usado por nossos adultos, jo-vens, adolescentes e crianças.

O lançamento será marcado pelas ações nas escolas da cidade de Santos e pela ‘Cami-nhada Viver’ que acontecerá na 96ª Assembleia da Con-venção Batista Brasileira, em Santos - SP, no dia 14 de abril, saindo às 16h30 do Mendes Convention Center.

Encoraje sua Igreja ou ins-tituição a receber o selo do Movimento Viver! Mais infor-mações no www.movimento-viverjmn.org.br

“Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai” (Ef 3.14)

Equipe de Missões Nacionais conduzindo o período de oração

Batistas brasileiros em Clamor pela Nação

8 o jornal batista – domingo, 10/04/16 notícias do brasil batista

Jorge Vinicius Vargas Machado, pastor de Jovens e Adolescentes da Igreja Batista Fonte Carioca – São João de Meriti - RJ

No último dia 23 de março, a Igre-ja Batista Fonte Carioca, em São

João de Meriti - RJ, se reuniu, como faz todas as quartas-fei-ras. Porém, o motivo dessa vez era mais do que especial: Comemorar os 35 anos de posse do pastor Jonatas Soa-res à frente da Igreja. Empos-

sado em 21/03/1981, pastor Jonatas é o quarto obreiro a pastorear àquela Igreja que, em fevereiro, completou 58 anos.

O culto de aniversário foi norteado pelo Salmo 126.6, e foi trazido à memória que em 35 anos de ministério não foram poucas as adver-sidades e dificuldades, mas grandes também foram as alegrias e frutos colhidos. Em dado momento do cul-to, a juventude da Igreja foi perguntada sobre quantos dos que hoje são jovens na

Igreja foram dedicados ao Senhor enquanto bebês pelo pastor Jonatas. Era a maio-ria. E, quando perguntado a Igreja sobre quantos foram batizados por ele, quase a totalidade dos membros são frutos desse ministério.

O corpo diaconal, o coro da Igreja (Que tem o nome de Coro Pastor Jonatas So-ares), a Associação Batista Meritiense - Representada por seu diretor executivo, Elias Theóphilo - e a OPBB – Subsecção Fluminense, na pessoa do presidente pastor

Salvador Soler, pastor

Em 07 de fevereiro deste ano, no culto vespertino, inspiran-do a todos os presen-

tes, cantou o coro principal da Primeira Igreja Batista do Brás - SP, sob a regên-cia do maestro Prado Benfi-ca. Toda a Igreja estava em comemoração pelo quinto aniversário de pastorado do querido pastor Marcos Peres. Em seguida, o irmão diácono, Reinaldo Berzins, emocionado e agradecido, falou com alegria do homem que Deus está usando com

Marcos Lopes, que também foi o orador da noite, presta-ram homenagens com placas, quadros e flores registrando o momento histórico. A men-sagem trazida nos lembrou a excelência do ministério pastoral, e foi destacado que pastor Jonatas é sempre lem-brado como uma referência de ministério e de caráter por onde passa.

Ao longo desses 35 anos, muitos pastores foram ove-lhas do pastor Jonatas. Muitos batismos foram celebrados (Não há números exatos, mas

unção do Espírito Santo na PIB do Brás, bem como sua família: Magali, sua esposa, e André, seu filho.

A Igreja registrou frases em seu boletim que mani-festaram o quanto os mem-bros da Igreja e seus depar-tamentos estão reconheci-dos e respeitosos apoiando toda orientação do seu pas-tor e seu ministério. Nestes cinco anos a membresia foi edificada segundo a Palavra de Deus, além de ser atendi-da pelas áreas eclesiásticas, administrativas, teológicas, e do cuidado pastoral com dedicação.

as estimativas passam de mil batismos). Milhares de casa-mentos e muitas centenas de bebês que foram dedicados. É o legado que se tem até aqui destes 35 anos. E, como muita coisa o nosso Deus há de fazer ainda através do pastor Jonatas Soares, é certo de que muito mais gente ain-da será abençoada pela vida desse servo de Deus.

“Aquele que leva a preciosa semente, andando e choran-do, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126.6).

Após as oportunas pala-vras do diácono Berzins, foi convocada a presença ao púlpito do pastor Salvador Soler para orar agradecendo e pedindo a Deus que conti-nue abençoando o aniversa-riante na sua linda trajetória ministerial.

Não devemos cessar de render graças ao nosso Deus pelo obreiro que nos enviou. A nossa oração é para que o Senhor conti-nue usando o seu servo por muitos e muitos anos e que tudo redunde para a Glória de Jesus Cristo, nosso Senhor.

O homem que Deus está usando na Primeira Igreja

Batista do Brás - SP

Pastor Jonatas Soares celebra Jubileu de Coral Ministerial

9o jornal batista – domingo, 10/04/16

Tema 2016: Transformados pelo Poder do Reino de DeusDivisa 2016: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder”.1 Coríntios 4.20

1ª SESSÃOSexta-feira - Dia 15 - 8h30 às 12h0008h30 - Composição da mesa08h40 - Instalação da 96ª Assembleia - (Tema, Divisa e Hino) 08h50 - Aprovação do Programa Provisório 08h55 - Louvor e Adoração09h15 - Momento cívico - “Hino Nacional Brasileiro” 09h25 - Momento de Oração e Louvor09h45 - Mensagem do Presidente: Pr. Vanderlei Batista Marins 10h30 - Oração pela Pátria10h35 - Nomeação das Comissões e Diretoria das Câmaras Setoriais10h55 - Louvor e Adoração11h15 - Momento de Oração pela Denominação e sua liderança11h20 - Louvor e Adoração11h45 - Aprovação da agenda para 2ª Sessão12h00 - Oração e Encerramento

2ª SESSÃOSexta-feira - Dia 15 - 14h00 às 17h3014h00 - Instalação da 2ª sessão 14h05 - Expediente 14h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino)14h25 - Relatório do Conselho Geral – Apresentação, deliberação e apro-vação 16h30 - Inspiração Musical16h35 - Relatório do Conselho Fiscal17h25 - Aprovação das agendas das reuniões 3ª e 4ª Sessões17h30 - Encerramento

3ª SESSÃOSexta-feira - Dia 15 - 19h30 às 21h30 19h30 - Instalação da 3ª sessão19h40 - Apresentação das Autoridades e Visitantes19h50 - Saudação aos Batistas Brasileiros 20h00 - Mensagem aos Batistas, autoridades e visitantes – Presidente da CBB20h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino)20h30 - Mensagem Oficial: Transformados pelo Poder do Reino de Deus Pr. Roberto Amorim de Menezes21h15 - Inspiração musical e Oração21h30 - Encerramento

4ª SESSÃOSábado - Dia 16 - 08h30 às 12h0008h30 - Instalação da 4ª Sessão 08h35 - Expediente08h40 - Adoração e Louvor – Tema, Divisa e Hino09h00 - Mensagem: Pr. Gilvan Barbosa - PI09h50 - Orientações sobre funcionamento da Câmaras Setoriais 10h00 - Adoração e Louvor 10h25 - Comissão de Programa 11h45 - Aprovação das agendas das reuniões 5ª, 6ª e 7ª Sessões12h00 - Encerramento

5ª SESSÃOSábado - Dia 16 - 14h00 às 17h30•Câmara Setorial de Missões•Câmara Setorial de Educação Religiosa•Câmara Setorial de Educação Teológica•Câmara Setorial de Ação Social

6ª SESSÃO Sábado - Dia 16 - 19h30 às 21h30 – Noite Missionária 19h30 - Instalação da 6ª Sessão 19h35 - Programação Missionária - Missões Mundiais & Nacionais21h30 - Encerramento

DOMINGO - DIA 17 08h30 às 12h30 – Programa nas Igrejas locais14h00 às 17h30 - CÂMARAS SETORIAS – Segundo Momento (Se Necessário)19h30 – Noite Evangelística

7ª SESSÃOSegunda-feira - Dia 18 - 8h30 às 12h00 08h30 - Instalação da 7ª Sessão 08h35 - Expediente 08h50 - Tema, Divisa e Hino Oficial09h00 - Louvor e Adoração09h30 - Mensagem: Eliane Salgado - DF10h15 - Oração e Louvor10h30 - Momento Literário – Convicção Editora 11h00 - Comissão de Programa12h00 - Aprovação da agenda da 8ª Sessão e Encerramento

8ª SESSÃOSegunda-feira - Dia 18 - 14h00 às 17h30 14h00 - Instalação da 8ª Sessão 14h05 - Expediente 14h10 - Inspiração Musical14h25 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Ministerial15h05 - Relatório da Comissão de Assuntos Especiais15h15 - Comissão de Programa 15h55 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Religiosa16h45 - Representação Denominacional17h00 - Aprovação da agenda da 9ª e 10ª Sessões e Encerramento

9ª SESSÃOSegunda-feira - Dia 18 - 19h30 às 21h3019h30 - Instalação da 9ª Sessão19h35 - Tema, Divisa e Hino Oficial19h45 - Louvor e Adoração20h10 - Mensagem: Pr. Carlos Trindade - RS20h55 - Inspiração Musical e Oração21h15 - Filme promocional da 97ª Assembleia da CBB21h30 - Encerramento

10ª SESSÃOTerça-feira - Dia 19 - 8h30 às 12h0008h30 - Instalação da 10ª Sessão 08h35 - Expediente 08h50 - Adoração e Louvor09h15 - Mensagem: Pr. Ramon Márcio – MG 10h00 - Adoração e louvor 10h20 - Representação denominacional – ABM, UBLA, AIBBAM11h10 - Inspiração Musical e Oração11h15 - Comissão de programa11h55 - Aprovação da agenda da 11ª Sessão12h00 - Encerramento

11ª SESSÃOTerça-feira - Dia 19 - 14h00 às 17h3014h00 - Instalação da 11ª Sessão 14h10 - Expediente 14h15 - Relatório da Câmara Setorial de Missões14h55 - Parecer da Comissão de Renovação do Conselho16h20 - Relatório da Câmara Setorial de Ação Social 17h00 - Comissão de Programa17h20 - Aprovação da agenda da 12ª Sessão e Encerramento

12ª SESSÃOTerça-feira – Dia 19 - 19h30 às 21h3019h30 - Instalação da 12ª Sessão 19h40 – Mensagem Musical - AMBB20h30 - Mensagem: Pr. Carlos Water Marques da Silva - SP21h20 - Agradecimentos 21h30 - Oração de Encerramento da 96ª Assembleia da CBB

Programa da 96a Assembleia da Convenção Batista Brasileira

10 o jornal batista – domingo, 10/04/16 notícias do brasil batista

Francisca Farias, professora, líder do Ministério de Educação Religiosa da Segunda Igreja Batista/São Luís - MA

No dia 20 de julho de 1969, quando se tornou o pri-meiro homem a

pisar na lua, Neil Armstrong eternizou uma frase célebre: “Este é um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade”, e é com esse sentimento de conquista que inicio com os leitores uma partilha do que aconteceu na nossa cidade, São Luís do Maranhão. Nos dias 22 e 23 de janeiro deste ano, a Educação Religiosa deu um pequeno passo para um ministério e um salto gi-gante para o Reino de Deus.

A partir dos sonhos e dese-jos de três pessoas: Professora Maria do Socorro Coelho Raposo – Ministra de Missões da Segunda Igreja Batista em São Luís, professora Maria Luzia – Educadora Religiosa, membro da Primeira Igreja Batista de Rosário – MA, e Samuel Assumpção – Educa-dor e membro da Igreja Ba-

Adriana Salgado, jornalista, líder de jovens da Primeira Igreja Batista de Bauru – SP

Desde de 07 de março de 1920, quando os mem-bros fundadores

celebraram o primeiro culto, a Primeira Igreja Batista de Bauru - SP vem marcando a história de sua região e também do povo Batista. A princípio, formada por 24 membros, hoje a Igreja já conta com mais 500 irmãos em sua membresia, sob a liderança do pastor Jeferson Cristianini.

Além desses irmãos, que fazem parte da atual história, muitos outros já passaram pela PIB contribuindo de alguma forma para o cresci-mento da Igreja, que no mês de março completou seus 96 anos. Conhecida pelo traba-lho evangelístico na região e pela organização de novas Igrejas, a PIB de Bauru tem permanecido perseverante em seu propósito de procla-mar o Evangelho.

Por isso, as celebrações do aniversário não pode-riam deixar de ser marca-das pela alegria, gratidão e entrega de vidas ao Senhor

tista do COHATRAC em São Luís, foi pensado, planejado e executado um Encontro de Educadores Cristãos. Este não foi um primeiro encontro como pensaram alguns. Nos anos 90 e no início dos anos 2000, tivemos uns três encon-tros com ênfase em Educação, com palestrantes como o edu-cador Lucas Pereira Barbosa, a Educadora Terezinha Brito e a educadora Dalva Malheiros.

Os anos passaram e a chama parecia apagada. Sem uma liderança estadual na área, poucas Igrejas com ministros ou ministras de Educação Re-ligiosa, o curso de Educação sendo extinto do Seminário Teológico Batista de São Luís,

Jesus. Na abertura das ce-lebrações, o pastor Jarbas Antônio Valetim, pastor missionário itinerante da Convenção Batista do es-tado de São Paulo, trouxe mensagens que refletiram sobre uma Igreja que vive a sombra da cruz. Para com-pletar a festa, os irmãos do Quarteto Sonância estive-

todos esses fatores e uma vi-são turva de como se dá o real crescimento da Igreja, contribuíram para um silêncio incômodo da Educação, dos educadores e educadoras.

Movidos pela paixão ao ministério da Educação nas nossas Igrejas do campo é que foi realizado, sob a liderança destes irmãos sonhadores e realizadores, o Encontro dos dias 22 e 23 de janeiro. O mesmo aconteceu no templo da Segunda Igreja Batista de São Luís, com o tema “A im-portância da educação cristã no fortalecimento da Igreja”. Muitos irmãos e irmãs envolvi-dos no Ministério de Educação de suas Igrejas ou envolvidos

ram presentes entoando lou-vores de entrega e gratidão.

No final de semana se-guinte, toda a Igreja esteve em festa comemorando a profissão de fé e a celebra-ção do batismo de 16 novos irmãos, resultado do inten-so trabalho de anúncio do Evangelho e do investimento em vidas. E para encerrar as

no Ministério do Ensino atra-vés da EBD se fizeram presen-tes e fomos todos abençoados pela mensagem de abertura do pastor Willeam Campelo, educador religioso e, atual-mente, pastor da Primeira Igre-ja Batista da Cidade Operária São Luís, e pelas mensagens edificantes e desafiadoras da educadora, professora Samya Vanessa Soares de Araújo, presidente dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil, que, amorosamente, veio à Ilha de São Luís do Maranhão ajudar a reacender a chama da Edu-cação Religiosa.

Um momento marcante foi a troca de experiências, quando os presentes compar-tilharam suas experiências e desafios, podendo, assim, ajudar e serem ajudados. Em cada depoimento era confir-mado que a Igreja obedeceu a ordem de ensinar. “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus; e o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idô-neos para também ensinarem os outros” (II Tm 2.1-2).

Como servos do Deus Altís-simos escolhidos para assumir

festividades, o pastor Nelson Nunes de Lima esteve pre-sente trazendo a mensagem, junto com o Conjunto de Flautas e Violões da Igre-ja Batista Nova Esperança. Além disso, outros cinco ir-mãos do Projeto Cristolândia estiveram entregando suas vidas e descendo as águas do batismo.

um chamado e um ministério que vem do Pai, fomos desafia-dos e comissionados ao servi-ço, em cada mensagem, cada depoimento, cada pergunta, cada momento de conversa informal. Sabemos que quando aceitamos o chamado de servir através do ensino, não pode-mos esquecer do princípio bí-blico “O que ensina, esmere-se em fazê-lo” (Rm 12:7b).

O ministério de Educação determinará o rumo daque-le que aprende e, por isso, afirmamos que tal ministério é de grande relevância. Prio-rizar a Educação Religiosa em nossas Igrejas é priorizar o ensino da Palavra de Deus, ensino esse que tem que ser verdadeiro no meio do Seu povo, pois “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a edu-cação na justiça” (II Tm 3.16).

Nossa gratidão aos ideali-zadores, aos participantes, aos preletores, e que este encontro seja o primeiro de um novo tempo que se mul-tiplicará em muitos outros en-contros. Que o Eterno Mestre nos capacite e nos ajude a servi-lO sempre e melhor.

Muitos são os motivos de gratidão ao Senhor ao longo desses 96 anos de história. A PIB propõe-se a ser uma Igreja viva, que proclama a Glória do Deus Vivo e quer continuar trabalhando para a expansão do Evangelho. Para conhecer a PIB de Bauru e os trabalhos realizados, acesse: fb.com/pibbauru

Primeira Igreja Batista de Bauru - SP completa 96 anos

Um encontro que se multiplicará

11o jornal batista – domingo, 10/04/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Em 2016, Mi s sões Mundiais completa 20 anos de atuação oficial em uma ilha

no Caribe fechada ao Evan-gelho; o trabalho começou com o envio de sustento a 17 missionários da terra. Porém, essa história teve início muito antes de 1996.

Nesta ilha, existem duas Convenções Batistas, a de-nominada Ocidental, apoia-da pela Convenção do sul dos Estados Unidos até que um evento político inviabili-zou a parceria, e a Oriental, apoiada pelos americanos do norte.

No anos 1970, em uma reu-nião da Aliança Batista Mun-dial, o então presidente da Convenção Ocidental encon-trou o pastor Nilson Fanini, na época presidente da Conven-ção Batista Brasileira (CBB), e lhe fez um apelo para que os Batistas brasileiros, através de Missões Mundiais, visitas-sem seu país. O pastor Fanini transmitiu o apelo ao então diretor executivo da JMM, pastor Waldemiro Tymchak, que apenas em 1992 fez sua primeira tentativa de viagem à ilha com um grupo de pas-tores brasileiros. Porém, eles tiveram seus pedidos de visto negados.

Dois anos depois , em 1994, a Convenção da ilha deu entrada em outro pedido

Cláudio Elivan – Coordenador do Voluntários Sem Fronteiras da JMM

A Bíblia está repleta de exemplos sobre como devem ser tratados os refu-

giados, aqueles que fogem de sua terra por conta de guerras e que, perseguidos, temem morrer em virtude de sua escolha religiosa, posição política ou simples-mente por estar em meio ao fogo cruzado. A própria família de Jesus, quando ele ainda era uma criança, teve que sair como refugiada para o Egito (Mateus 2.13-21).

Fico pasmo ao ver “se-guidores de Jesus” fazendo declarações sem nenhum amor com relação a estas pessoas – precisamos lem-brar que são pessoas, não

de visto para que um grupo de pastores visitasse as Igrejas do país, e apenas em 1995 foi autorizada a visita de 26 pastores.

O pastor Antonio Galvão, mais antigo missionário da JMM em atividade, liderou a caravana ao lado do pastor Helio Lima, então presidente de Missões Mundiais, cargo que hoje não existe mais.

“Como resultado, em uma semana tivemos mais de 350 decisões por Cristo e cente-nas de consagrações e recon-ciliações de pessoas que, por causa da revolução na ilha, tinham deixado a Igreja”, conta o pastor Galvão, no-meado missionário da JMM em 1972.

A visita à ilha foi aprovei-tada para negociar com o governo, que interfere inclu-sive no direito a culto dos cidadãos da ilha, a autoriza-ção de envio de missionários brasileiros, o que foi negado enfaticamente, segundo o pastor Galvão, mas que seria possível ajudar pastores lo-cais, o que aconteceu no ano seguinte, 1996, com o envio de sustento de 17 obreiros nacionais, sendo 12 na con-venção ocidental e cinco na oriental.

“Ali elaboramos o convê-nio e o assinamos com o presidente de cada conven-ção, que passou a vigorar a partir de março daquele mesmo ano”, lembra o pastor Galvão.

são “muçulmanos”, não são “terroristas”, não são “opor-tunistas”.

Em uma das viagens pelo programa Voluntários Sem Fronteiras, ouvi a fala de um jovem refugiado que disse: “Estamos apenas em busca de um lugar onde ninguém

Uma realidade que vem mudando há 20 anos

Em 1995, ano da primeira visita da JMM à ilha, havia 145 Igrejas e quase nenhu-ma casa-culto em quatro províncias no oeste do país. Havia também cerca de 50 pastores para atender es-sas igrejas, ou seja, alguns pastoreavam de três a cinco Igrejas.

No leste, eram 157 Igrejas e apenas 60 pastores para atendê-las. Algumas casas--culto funcionavam sem autorização do governo, po-rém a visão missionária des-sa região era mais apurada, segundo o pastor Galvão.

A situação dos templos era precária, muitos sem janelas e mobiliário, pois não havia recursos financeiros nem autorização do governo para reformas.

nos machuque, onde nin-guém nos humilhe, onde ninguém nos mate”. Estas pessoas estão em busca de tão pouco, e nós, que temos tanto, temos feito menos ainda por eles.

Estive em alguns campos de refugiados no Oriente

“A alimentação era muito precária, o povo não tinha acesso à carne bovina há anos; esta era apenas para turistas nos hotéis. Quando tinha carne de frango ou suí-na, o povo não tinha dinheiro para comprar, por isso fomos orientados a levar ajuda para a família que nos hospeda-ria para que ela pudesse ter uma alimentação melhor e adquiri-la em local onde o governo comercializava em moeda americana”, relata o pastor Galvão.

A permissão do governo da ilha para enviar ajuda aos missionários da terra em acordo com as duas con-venções permitiu também o repasse de recursos para as Igrejas dos obreiros de forma que pudessem comprar ca-deiras, bancos, fazer reformas quando encontrassem mate-

Médio, visitei as tendas de sírios que estão vivendo em situação miserável. Suas crianças agora trabalham, e não conseguem vagas nas escolas, não têm acesso ao sistema público de saúde.

Estive com um pastor em um dos países com maior concentração de refugiados no mundo. Ele contava que ainda criança aprendeu a odiar seus inimigos sírios, aos 15 anos aprendeu a as-sassiná-los, vingando todos os males que lhes haviam feito. Depois de crescer e se tornar pastor, sua Igre-ja orava constantemente para que Deus os vingasse, levando o mal aos sírios. Hoje, Deus trabalhou tanto no seu coração e da sua comunidade de fé que sua Igreja se tornou um local de socorro para seus antigos inimigos. Muçulmanos ou

rial e até bicicletas para que o pastor melhor atendesse às comunidades.

“O que nos impressionou foi descobrir que vários des-ses obreiros repartiam o sus-tento que mandávamos com um ou dois outros obreiros que não tinham sustento”, destaca o pastor Galvão.

A rigidez do regime na ilha influenciava demais no avan-ço do Evangelho.

“Em todas as reuniões, ha-via ‘espias do governo’, só que os pastores locais não sabiam quem eram. Não se podia abordar pessoas na rua, só podíamos falar dentro das casas-culto e nem sequer entregar folhetos, pois se fôssemos pegos, seríamos en-viados de volta no primeiro voo. Ou seja, naquele tempo, o trabalho estava confinado dentro das casas”, resume.

“Hoje a situação é total-mente diferente, pois o go-verno tem permitido pouco a pouco uma abertura e au-torização a imigração de seus cidadãos para outros países, e estes ajudam suas famílias com o envio de recursos”, conta.

Atualmente, Missões Mun-diais mantém mais de 200 missionários nesta ilha do Caribe e, em 2015, quase duas décadas depois que pas-tores brasileiros pisaram pela primeira na ilha, foi enviado o casal Augusto e Kenya, bra-sileiros, que apoiam a capaci-tação dos obreiros nacionais.

cristãos, não importa qual seja a religião, eles agora os veem como pessoas e os amam por meio de ações. Ao invés de vingança, le-vam amor a eles. Muitos, vendo este amor, estão en-tregando suas vidas a Cris-to. Que obra incrível que o Espírito Santo faz!

Como diz em Provérbios 31.8, “Erga a voz em favor dos que não podem se de-fender”. Encontre maneiras de defender o direito destas pessoas, interceda, doe e faça parte de grupos de Mis-sões Mundiais, que é uma das organizações sérias que estão trabalhando para que o Evangelho chegue até eles de maneira integral, dando--lhes abrigo, comida, atendi-mento médico, educação e salvação. Não fique parado apenas olhando as notícias, faça parte da mudança!

Caminhando com refugiados

Duas décadas levando esperança ao Caribe

Maioria dos povos refugiados está concentrada no Oriente Médio

Pastor da primeira caravana à ilha durante visita a um lar em 1995

12 o jornal batista – domingo, 10/04/16

13o jornal batista – domingo, 10/04/16ponto de vista

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Um náufrago foi encontrado dez anos depois em u m a p e q u e n a

ilha. Quando o capitão do navio de resgate chegou ao local, notou que havia três cabanas de bambu cobertas com folhas de coqueiro. “Por que três cabanas? Você não ficou aqui sozinho por dez anos?”, perguntou o capitão. “Sim, fiquei”, res-pondeu o náufrago. E com-pletou: “Aquela primeira cabana é a minha casa e, aquela segunda, é a minha Igreja”. “E o que é aquela terceira cabana ali adiante?”, insistiu o capitão. O magro e barbudo homem, com olhar de desprezo respondeu: “É a minha ex-Igreja”.

Tenho um profundo res-peito por cada cidadão de Presidente Venceslau e re-gião. Não quero interferir em crença de ninguém. No entanto, a minha preocupa-ção transcende estas linhas. Sinceramente: O que está acontecendo com o Brasil?

Que tipo de gente tem con-duzido esta Nação? Que podridão sem fim é essa? Quem consegue ficar tran-quilo quando vê o futuro sendo destruído? Que esgoto é esse? Tenho a convicção de que muitos leitores deste Jornal, além de seus muitos outros desejos particulares, fizeram o compromisso ao final do ano de 2015 de também dar maior atenção à vida espiritual em 2016. Isso significa estar mais próximo do Criador. Nada que te possa acontecer, até mesmo um acidente gravíssimo, o levará mais perto do Mestre do que quando você estiver dentro de um templo, oran-do e ouvindo a sua Palavra. As pessoas têm mil sugestões para resolver a desgraça em que o país entrou. Ninguém quer admitir o óbvio: Isso ocorre pelo desprezo das coisas divinas. E a mão de um Deus justo é pesada.

Nosso crescimento só ocorrerá quando houver um confronto com a verdade. A mensagem de hoje é esta: Tornamo-nos o povo que tem a obrigação de enganar

uns aos outros. Passar o outro para trás. Assim, optamos sempre por frequentar a Igre-ja na qual nos sentimos bem e chegamos aonde chega-mos. Religião boa é aquela que coloca o dedo na nossa ferida. A instrução do Mestre é para que “repudiemos a nós mesmos”. De crentes nos transformamos em “clientes” das Igrejas e queremos sem-pre um sermão rápido e indo-lor, bem ao “estilo miojo”. A verdade, não, machuca.

O Brasil ruma para o caos pelo abandono das Igrejas. Veja o que eu ouvi em uma pregação: “O último cen-so populacional revelou a existência de cerca de 27,2 milhões de evangélicos. Se ex-irmãos que foram evan-gelizados realmente per-manecessem nas Igrejas brasileiras, esse montante seria de aproximadamente 70 milhões de crentes. An-tes de ser vista como uma ‘ameaça’, a desistência do Evangelho desse enorme contingente deve ser com-preendida por líderes de todo o Brasil como um sinal de alerta de que algo não vai

bem”. Já o escritor Ronald Eyre afirmou: “Você não pode encontrar o conheci-mento, reorganizando sua ignorância”. Em um sermão que ouvi do pastor Josemar Bessa, houve um esclareci-mento importante sobre isso: “Você nunca vai encontrar a santidade reorganizando o pecado da sociedade”. E o que nós temos visto? Ain-da que possa ser chocante, penso, sinceramente, que há grupos empenhados no fim das Igrejas. Será possí-vel isso? Infelizmente, aos poucos estão querendo im-putar às Igrejas as mazelas do mundo.

Mas, prestem atenção! Há um alerta mais grave nisso: Quem não dá atenção ao Es-pírito de Deus, dá atenção a Satanás. As divergências, as brigas, os assassinatos, tanto entre os poderosos como en-tre as pessoas comuns nesta Nação, têm uma origem cla-ra: Ninguém mais quer ouvir o que o Criador tem a dizer. O brasileiro caminha a pas-sos largos com ira, rancores, falsidades e desobediências para o naufrágio. Como já

afirmei aqui, de outra parte o governo se tornou literal-mente inimigo da população e está aplicando ipsis litteris, uma lei de que poucos se dão conta: “Eu concordo que o povo passe fome, desde que trabalhe”. Assim, já há pessoas vivendo até sem energia elétrica em casa.

Estando na Igreja, ouvindo a Palavra de Deus já está dificílimo, imagine sem. A minha esperança, felizmen-te, vai além do que estamos vendo. A tempestade que passamos agora é terrível. A pior de todas! Já há quem diga sobre uma recupera-ção em 20 ou 30 anos. O que podemos fazer é não abandonar o barco. As águas repletas de tubarões estão invadindo a embarcação. Estamos sendo açoitados por ondas e ondas de políticos corruptos, mas isso vai pas-sar. O governo de Brasília é interino. O governo de Deus é perene. Eu creio! O Cria-dor sempre levanta alguém para consertar o que está errado. Precisamos orar, e é na Igreja, de joelhos! Fora dela, jamais virá a bonança.

Não abandone a Igreja!

14 o jornal batista – domingo, 10/04/16 ponto de vista

Essa é uma pergunta que nos leva a uma profunda reflexão. Tem-se, hoje em dia,

uma percepção muito rasa do significado de ser cristão. Ser cristão é uma questão, primariamente, de novo nas-cimento (João 3.1-8; Colos-senses 3.1-4). Ninguém pode ser cristão a não ser pela via da regeneração, da mudança do coração, da mudança de natureza. O cristão é alguém que estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. O cristão recebeu a natureza de Cristo. Houve uma re-conciliação promovida pelo Senhor como o Autor da nossa redenção (II Coríntios 5.18-20). Por isso, ser cris-tão é estar em Cristo como nova criatura, pois as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo (II Coríntios 5.17). O cristão anda em novidade de vida. Deixou para trás a

Juvenal Mariano de Oliveira Netto, colaborador de OJB

Muitas pessoas já ouviram falar acerca de Jesus Cristo e do pla-

no de Deus para salvar a humanidade, entretanto, a reação de grande parte destas pessoas ao serem arguidas se querem entregar-se a Ele, é “não”. As pessoas têm uma ideia muito equivocada em relação ao cristianismo, pois veem como algo muito labo-rioso. Pensam sempre no que terão que deixar e nunca no que conquistarão. Eis alguns motivos, dentre os milha-res existentes, pelos quais o homem deve se render total-mente a Cristo.

1) - Toda a raça humana possui no seu DNA a neces-sidade de uma divindade, de um ser superior para se relacionar e adorar. O gran-de problema é que muitos buscam a um deus errado, inexistente. O apóstolo João começa a falar sobre Jesus em seu livro, dando ênfase que Ele não é qualquer um, afirmando o seguinte: “No princípio (Ele) era o Verbo,

velha vida, escrava, perdida e iníqua.

A natureza do cristão está visceralmente ligada à Obra de Cristo na cruz e na res-surreição. Jesus morreu para a nossa justificação e, por isso, temos paz com Deus (Efésios 5.1-2). Ser cristão não é simplesmente uma escolha religiosa, mas uma profunda experiência com Cristo, identificando-se com Ele na Sua morte e na Sua ressurreição. À semelhança de Paulo, aquele que está em Cristo está disposto a sofrer todas as implicações da sua experiência de forma vívida. Para Paulo, o viver é Cristo e o morrer é lucro (Filipenses 1.21). O Senhor Jesus salvou Paulo por graça e misericór-dia. Todo o mérito foi do Redentor.

A razão de ser cristão é o fato incontestável de Cristo estar na vida fazendo toda a

e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Jesus é o único Deus dig-no de ser adorado. João, ao utilizar a palavra “Verbo”, queria mostrar para toda a humanidade que Jesus tinha, tem e sempre terá o poder da “Palavra” - logos no grego -, quando ele fala todas as coisas terão que se submeter a sua autoridade e somente um Deus com “D” maiúsculo possui tal atributo (Mateus 8.27; 28.18).

2) - Só Ele pode oferecer ao homem a verdadeira paz (Isaías 9.6; João 14.27). A paz que o mundo oferece é momentânea e baseada em eventualidades, não obs-tante, a paz que Ele oferece independe de circunstân-cias, ou seja, poderei dizer como Davi: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois Ele está comigo” (Sl 23.4).

3) - Só Ele pode, definiti-vamente, oferecer o amor perfeito. O seu amor é in-condicional, prova disso é o relato feito por Lucas em seu Evangelho, de um ladrão que estava sendo

diferença. O autentico cris-tianismo é Cristo em nós, a esperança da glória (Colos-senses 1.27). É o fato histó-rico e também doutrinal da nossa crucificação, morte e ressurreição com Ele (Gála-tas 2.20; Romanos 6.1-11). Há um comprometimento da pessoa que está em Cris-to com todas as implicações dessa experiência histórica e teológica. Por esta razão, Jesus ensinou que os que estão nEle são perseguidos, humilhados e maltratados, mas que devem se alegrar porque é grande o seu ga-lardão nos céus (Mateus 5.11-12).

Ser cristão é possuir a sufi-ciência de Cristo Jesus. A sua vida é Cristo. O seu maior prazer é Cristo Jesus. Ele aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação (Filipenses 4.10-20). Está con-tido no contentamento de

crucificado ao lado de Cris-to; que se arrependera nos últimos momentos de vida e Jesus o amou, perdoando os seus pecados e lhe con-cedendo o direito de estar com Ele no paraíso (Lucas 23.39-43). O apóstolo Paulo diz que Jesus provou esse amor (Ágape no grego) para com toda a humanidade, quando se ofereceu para morrer na cruz em resgate dos pecadores redimidos (Romanos 5.8).

4) - Ele jamais deixará os seus seguidores sozinhos, garantiu que estaria com eles todos os dias até a consu-mação dos séculos, sempre presente em toda e qualquer situação (Mateus 28.20), por isso o profeta o chamou de Emanuel, o Deus conosco (Isaías 7.14).

5) - Prometeu que não per-mitiria que fossem tentados além daquilo que poderiam suportar, ou seja, a vitória, com Ele, estaria sempre ga-rantida (I Coríntios 10.13).

6) - Prometeu que sempre renovaria as suas forças e o seu ânimo a fim de poderem cumprir com a sua missão (Mateus 11. 28-30).

Cristo. Tem prazer em viver os ensinos do seu Redentor em todo o tempo. É ser sal da terra e luz do mundo, cum-prindo responsavelmente a missão que o Mestre deixou (Mateus 5.13-16). O cristão está engajado no cumpri-mento da Grande Comissão (Mateus 28.18-20). O seu único interesse é glorificar o Pai obedecendo a Cristo. O advogado cristão norte--americano Horatio Gates Spafford, após perder suas filhas em um naufrágio no Mar do Norte, compôs o Hino 398 do Cantor Cristão, testemunhando como sua convicção: “Sou feliz com Jesus, meu Senhor”.

É somente pela Graça de Deus que a pessoa é torna-da cristã, nascida de novo e regenerada. Vivendo pela fé, ela obra em todo o tem-po (Efésios 2.8-10). A sua fé produz obras maravilhosas

7) - Afirmou que trans-formaria toda a tristeza em alegria, quis dizer com isso que, apesar dos momentos de pranto e de dor que, por-ventura, viessem a ter que passar neste mundo, no final de tudo, Ele enxugaria dos seus olhos toda a lágrima para sempre (João 16.20; Apocalipse 21.4).

8) - Garantiu fidelidade a todos o que nEle creem, ain-da que em algum momento se tornassem infiéis para com Ele (II Timóteo 2.13). Com isso, Ele está afirmando que as suas mãos sempre estariam estendidas para reerguê-los quando tropeçarem e caírem, sempre disposto a lhes con-ceder uma segunda chance.

9) - Empenhou a sua pala-vra em que todo aquele que O buscasse, jamais O des-prezaria ou O lançaria fora (João 6.37).

10) - Curou muitos enfer-mos e fez muitos milagres, sempre dando ênfase que a fé e a perseverança destas pessoas teriam sido cruciais para que Ele atendesse as suas súplicas (João 11.40; Hebreus 11.6; Mateus 9.22; Lucas 18.42).

que honram o seu Salvador. A Graça de Deus é operante em sua vida tornando-a santa em todo o seu procedimento. Há uma mudança radical na sua cosmovisão. Não é possível, é uma incoerência, o cristão não ser relevante neste mundo. Ele não ama o mundo como sistema, mas ama as pessoas que estão no mundo e deseja vê-las trans-formadas (I João 2.15-17). O autêntico cristão tem prazer na adoração ao Senhor, no aprendizado da Sua Palavra, na comunhão dos santos e no testemunho fidedigno do evangelho. Está comprome-tido com o serviço ao pró-ximo. Como Jesus, anda por toda a parte fazendo o bem (Atos 10.38). Por que sou cristão? Por causa de Cristo, o único Redentor. Graças a Deus pelo Seu dom inefável em Cristo Jesus (II Coríntios 9.15).

11) - Somente através dEle o homem pode ser reconci-liado com Deus (João 3.18, 14.6; I Timóteo 2.5; II Co-ríntios 5.18-19), ter todos os seus pecados cancelados (Colossenses 2.13-14) e a oportunidade de ter os seus nomes escritos no Livro da Vida, que é a garantia de estarem com Ele nos céus (Apocalipse 22.14). Paulo, se referindo aos cristãos, afir-ma que nenhum sofrimento do mundo presente poderia ser comparado com a glória que haveria de ser revelada a cada um deles (Romanos 8.18).

É bem verdade que o cris-tão nunca receberá um ates-tado de imunidade ao sofri-mento, à dor, ou receberá um tratamento diferenciado das demais pessoas por es-tarem com Ele, mas tem a garantia de que, assim como Ele sofreu, morreu, mais ao terceiro dia ressuscitou, todo aquele que crer nele tam-bém ressuscitará com Ele no último dia (I Coríntios 15). Portanto, quero afirmar com toda a convicção do mundo: “Vale a pena ser um seguidor de Cristo”.

Por que sou cristão?

Por que seguir a Cristo?

15o jornal batista – domingo, 10/04/16ponto de vista

Não é nossa inten-ção repetir o que poderá facilmente ser estudado em

compêndios de Eclesiologia (Parte da Teologia que estu-da a doutrina da Igreja), mas abordar o assunto dentro de uma perspectiva mais prática e assim torná-la assimilável. Eu chamaria essa abordagem de “Eclesiologia Funcional”.

Já pudemos observar que a Igreja, além de organismo, tem um caráter “organiza-cional”, que a própria ideia da metáfora de Corpo de Cristo sugere. Ela precisa ser gerida, administrada, há nela diversas áreas de atua-ção. Mas como a Igreja deve ser administrada? Só alguns poucos deverão trabalhar na Igreja? Existe grau de impor-tância nos diversos trabalhos da Igreja?

No artigo anterior procurei demonstrar que a Igreja exis-te para cumprir a missão que Deus para ela deu (“missio Dei”), ao que chamei de mis-são integral ampla, para não confundirmos com o movi-mento da Teologia da Missão Integral (TMI), que focaliza mais o lado sócio-político da missão da Igreja. Essa Missão Integral Ampla nos presenteia com uma visão “tridimensio-nal”, de modo a demonstrar que a Igreja possui diver-sos ministérios ou esferas de ação.

Esses diversos ministérios aparecem muito cedo, tanto em Jerusalém quanto no de-senrolar dos primeiros passos da Igreja em sua expansão, principalmente entre os gen-tios, aqui temos o que pode-mos chamar de dons de ser-viços (Para não confundirmos com dons de sinais, que no futuro vamos tratar).

Segundo o livro de Atos (Atos 6.1-12) os 12 eram assistidos pelos sete a fim de que pudessem se consagrar à oração e à ministração da Palavra, enquanto aqueles se encarregariam da assistência social da Igreja.

Em Jerusalém (Atos 11.30), temos também a existência

de presbíteros, mesmo antes de Paulo apresentar as suas qualificações a Tito e a Ti-móteo. Neste trecho de Atos, os apóstolos nem são men-cionados, talvez por estarem fora em viagem missionária, e assim a liderança da Igreja ficaria sob o comando dos presbíteros.

É interessante notar aqui dois fatos. (1) Não há um só presbítero na liderança da Igreja local no NT, mas presbíteros, indicando des-centralização de poder. (2) Os “presbíteros” de Éfeso (Atos 20.28) são chamados de “bispos” e se continuar-mos analisando o texto tam-bém encontraremos aqui a ideia da função “pastoral”. O que poderemos concluir disso é que presbítero, bis-po e pastor são três palavras que descrevem três facetas diferentes de uma só ativi-dade.

“Presbítero” era o ancião e dá a ideia de alguém com experiência na vida. “Bispo”, do grego “epíscopos”, que significa superintendente, gerente, indicando o aspecto administrativo. “Pastor” é al-guém que cuida de ovelhas, indicando o cuidado pastoral pelo desenvolvimento dos crentes.

Na Igreja do Primeiro Sécu-lo já é possível notar a exis-tência de líderes e liderados e o texto chave que indica esse fato é Efésios 4.11-16: “E ele deu uns como apósto-los, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11-16).

Para que, então, deve exis-tir o apóstolo, o profeta, o evangelista, o pastor-mestre (Um só dom, na forma gre-ga)? A partir do versículo 12 encontramos a resposta:

Para o aperfeiçoamento (No grego katartismos: pre-paro, equipamento, conserto de redes, tornar algo no que deve ser) dos santos;

Para que os santos, depois de devidamente preparados, possam desempenhar seu serviço;

E, assim, ocorra a edifica-ção da Igreja.

E os liderados, quem são? Paulo, em Romanos 12.6-8, menciona representativamen-te alguns deles: “Ministério” (gr. diakonia, que é a tarefa do diácono ou de qualquer outra pessoa que executa ser-viços na Igreja, não ligados diretamente à Palavra, à ora-ção), “ensino”, “exortação” (aconselhamento), “exercício da misericórdia” (assistência social), etc.

Já falamos da missão “ho-lística” (integral ampla) da Igreja, e aqui poderemos dar um caráter prático a isto se relacionarmos as diversas tarefas da igreja à sua própria missão e assim poderemos ilustrar essa integração mi-nistérios/dons de serviços/missão com a seguinte fi-gura:

Veja na cor verde como os dons de serviços que te-mos no Novo Testamento se encaixam perfeitamente, dando oportunidades para que cada crente desempenhe o seu ministério de modo que se cumpra o que está em Efésios 4.15-16: “Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efe-

tua o seu próprio crescimento para edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.15-16).

Não podemos deixar de mencionar que, infelizmente, temos caído na desventura de achar que só devemos trabalhar na Igreja se formos eleitos para algum cargo. “Esse ano vou descansar, não quero ser eleito”, é o chavão.

Não há prática mais desa-gregadora que essa. Todos os crentes são chamados para exercer funções específicas dentro da Igreja por meio dos dons de serviços que Deus lhes concede (I Co 12.11). Alguns são escolhidos para liderar, mas isso não significa que os outros sem o dom de liderar deverão, em um berço esplêndido, apenas contem-plar as atividades da Igreja sem qualquer comprometi-mento. Talvez por isso é que o domingo, dia do descanso, tem se tornado um dia de cansaço para muitos crentes que, sentindo a importância

e necessidade da Obra de Deus, se empenham com afinco no trabalho tendo de fazer a sua parte e a de outro que não quer se comprome-ter. Até quando isso ocorrerá em muitas Igrejas?!

Outro aspecto preocupante é o conceito de distinção entre “clero” e “leigos” que muito temos feito ao crer-mos, ainda que inconscien-temente, que nós pastores somos mais importantes que nossas ovelhas. No NT não

há essa distinção que quere-mos fazer. Podemos estar na liderança do povo de Deus, mas isso não nos faz melho-res. Aliás, a palavra “leigo” vem do grego “laikos” (Que vem de “laos”, povo) que sig-nifica “Alguém do povo”. Se a Igreja é o “Povo de Deus” (I Pe 2.9,10), todos nós somos leigos, isto é, pertencentes ao povo de Deus.

Sobre isso é bom citarmos Ray C. Stedman, em seu Li-vro “A Igreja – Corpo Vivo de Cristo” (p. 79, 80):

“... Veio uma transferência gradativa de responsabilida-de do povo para o que foi denominado de clero... O conceito bíblico de que todo crente é um sacerdote dian-te de Deus foi se perdendo aos poucos, surgindo um corpo especial de supercris-tãos que eram procurados praticamente para todos os fins e assim acabou sendo chamado de ministério (ou o pastorado). Agora, Efésios 4 deixa bem claro que todos os cristãos estão nos ministérios. A tarefa própria dos quatro ministérios de apoio que exa-minamos é treinar, motivar e servir de suporte às pessoas no trabalho do seu próprio ministério. Quando o minis-tério foi, portanto, relegado aos profissionais, não sobrou nada para as pessoas fazerem a não ser vir à igreja e ficar escutando. Dizia-se-lhes que era sua responsabilidade tra-zer o mundo para dentro do edifício da igreja, a fim de ou-vir o pastor pregar o evange-lho. Em breve o cristianismo se tornou nada mais, nada menos do que um esporte de espectadores, muito parecido com o futebol: 22 homens em campo, desesperadamente precisando de descanso, e 20 mil nas arquibancadas, deses-peradamente precisando de exercício!”.

Para concluir, como sua Igreja tem concebido a sua missão, a sua finalidade em existir, cada membro conhe-ce os dons de serviços que Deus tem lhes dado e os tem exercido?

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Estudos sobre a Igreja III – Como deve funcionar a Igreja?