quinta do frade vimeiro. localização a actual quinta do vimeiro, antigamente chamada de quinta do...
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Quinta do FradeQuinta do Frade
Vimeiro
LocalizaçãoLocalização
• A actual Quinta do Vimeiro, antigamente chamada de Quinta do Frade
e originalmente de Granja do Vimeiro, situa-se no concelho de
Alcobaça tendo a sua entrada principal a 750 m da povoação do
Vimeiro.
• Não se sabe os limites da antiga Granja, mas a actual Quinta do
Vimeiro ocupa uma parte da antiga, sendo a sua área superior a 30 ha
(Carta Militar na escala de 1/25000), é limitada a Norte pela estrada
Vimeiro/Caldas da Rainha e a nascente e sul pela estrada
Vimeiro/Alcobaça.
• As granjas foram criadas com duas finalidades:
– uma orientada para a produção agrícola;
– Uma para constituir um pólo de fixação da população dando
origem a pequenos povoados.
• Segundo Frei Fortunato de S. Boaventura, esta granja existia em 1269,
data em que “ por ordem do Bispo de Lisboa D. João Martins
Soalhães se fez a delimitação dos coutos, passando a Granja do
Vimeiro a ficar incluída na freguesia de Alvorninha.
• No âmbito produtivo, esta terá sido uma Granja muito importante, e
uma das grandes escolas agrícolas da Idade Média.
HistóriaHistória
HistóriaHistória
• As estruturas que hoje se observam na Quinta do Vimeiro indicam que
uma parte da primitiva granja se manteve sob um só proprietário, até à
data da exclaustração das ordens religiosas em 1834 o que justifica as
suas dimensões.
• Pode-se concluir que a área de implantação dos edifícios é
significativa e que correspondeu em tempos, a uma actividade
agrícola de apreciável dimensão.
• Esta actividade decresceu substancialmente e, hoje em dia, quase se
pode dizer que, além dos pomares ainda em exploração, já só se
desenvolve uma agricultura de subsistência para o pessoal que ainda
trabalha na quinta.
Descrição
• Pelas suas características arquitectónicas, trata-se de uma edificação
(re)construída nos séculos XVII/XVIII; da fase medieval não se
observam quaisquer elementos.
• Os lagares de azeite e vinho estão há muito desactivados e ainda
conservam muitas peças do seu equipamento.
• Ainda estão em curso na Direcção Geral de Edifícios e Monumentos
Nacionais (DGEMN) estudos sobre o conjunto desta antiga granja, mas
não foram ainda ultimados.
• Para tornar mais claro a descrição dos edifícios, a cada um deles
atribui-se uma letra, e cuja observação se pode fazer na figura do
diapositivo seguinte.
HistóriaHistória
FiguraFigura
Edifício AEdifício A• Pode-se considerar inserido num rectângulo, de 85 m X 65 Pode-se considerar inserido num rectângulo, de 85 m X 65
m que se integra na propriedade primitivamente cercada m que se integra na propriedade primitivamente cercada
por um muro bastante alto, encimado por um por um muro bastante alto, encimado por um
gradeamento.gradeamento.
• Este era rematado por um portão, que actualmente Este era rematado por um portão, que actualmente
se encontra retirado do lugar, deixando se encontra retirado do lugar, deixando
livre o acesso à quinta.livre o acesso à quinta.
• Encontra-se este conjunto orientado segundo o eixo Encontra-se este conjunto orientado segundo o eixo
nordeste – sudoeste.nordeste – sudoeste.
• Do lado direito de quem entra no recinto, situa-se oDo lado direito de quem entra no recinto, situa-se o
edifício (letra A), de dimensões grandes, de plantaedifício (letra A), de dimensões grandes, de planta
rectangular, de dois pisos, onde funcionaram actividades rectangular, de dois pisos, onde funcionaram actividades
diferenciadas, desde a estabulação de animais,diferenciadas, desde a estabulação de animais,
ao armazenamento de alfaias agrícolas.ao armazenamento de alfaias agrícolas.
DescriçãoDescrição• O primeiro piso não apresenta pavimentos, O primeiro piso não apresenta pavimentos,
que ruíram, pelo que o interior do edifício está amplo.que ruíram, pelo que o interior do edifício está amplo.
• Os vãos do primeiro piso são todos idênticos e Os vãos do primeiro piso são todos idênticos e
rectangulares, horizontais, com excepção dos vãos rectangulares, horizontais, com excepção dos vãos
situados no alçado orientado a Sudeste, em que situados no alçado orientado a Sudeste, em que
os três primeiros vãos são rectangulares, os três primeiros vãos são rectangulares,
com o lado maior na vertical.com o lado maior na vertical.
• O alçado paralelo àquele que se acabou de descrever O alçado paralelo àquele que se acabou de descrever
apresenta três vãos rectangulares, horizontais, apresenta três vãos rectangulares, horizontais,
distribuídos segundo um eixo de simetria, no primeiro distribuídos segundo um eixo de simetria, no primeiro
piso, apresentando os mesmos vãos no piso, apresentando os mesmos vãos no
piso térreo, com excepção da porta que piso térreo, com excepção da porta que
se situa centralmente neste alçado. se situa centralmente neste alçado.
DescriçãoDescrição
• O alçado Nordeste deste edifício, que sugere, quando nos
aproximamos do conjunto, o aspecto de uma fortaleza,
apresenta vãos apenas no primeiro piso, de natureza
idêntica aos do alçado que lhe é paralelo.
• A cobertura do edifício é feita com telhado de quatro
águas em telha tipo Marselha, assente numa estrutura de
asnas, madres e varas. Curiosamente, é a parte melhor
conservada do conjunto, e atesta uma intervenção
recente, motivada por um grande incêndio, que deflagrou
há vários anos, afectando principalmente o edifício a que
nos referimos e um outro que lhe é perpendicular.
• O rés-do-chão do edifício, funcionou como armazém de
cereais ou de outro tipo, função que ainda conserva em
parte deste.
• Os materiais de construção utilizados não mudariam muito.
• Os vãos que vamos encontrar no piso térreo alternam
janelas rectangulares, definidas por blocos de calcário,
com portões, também de molduras de calcário.
Os lintéis são em arcos abatidos.
• Do lado esquerdo do edifício, situa-se um vão rectangular,
horizontal, e abre-se uma porta, idêntica à que se situa à
sua direita, e que foi parcialmente destruída,
certamente para dar acesso às camionetas
que entram no edifício.
DescriçãoDescrição
Edifício B e CEdifício B e C
• Este edifício liga-se ao edifício principal de habitação, Este edifício liga-se ao edifício principal de habitação,
por uma construção (letra B), sem grande interesse por uma construção (letra B), sem grande interesse
arquitectónico, que funciona como um alpendre.arquitectónico, que funciona como um alpendre.
• O edifício (letra C), serve de habitação. É um edifício de O edifício (letra C), serve de habitação. É um edifício de
dois pisos, com a parte térrea reservada para funções dois pisos, com a parte térrea reservada para funções
relacionadas com a actividade agrícola, ficando o relacionadas com a actividade agrícola, ficando o
primeiro piso para habitação, neste piso rasgam-se primeiro piso para habitação, neste piso rasgam-se
cinco vãos: duas janelas e uma porta com ombreiras de cinco vãos: duas janelas e uma porta com ombreiras de
calcário, e duas janelas de menores dimensões, calcário, e duas janelas de menores dimensões,
bastante mais recentes, o acesso é por uma escadaria bastante mais recentes, o acesso é por uma escadaria
de dois lanços de degraus, de dimensão mais elegante, de dois lanços de degraus, de dimensão mais elegante,
e que conduz a um alpendre. e que conduz a um alpendre.
• As aberturas rasgadas nesta fachada estão organizadas de
uma forma assimétrica, já que os quatro vãos que têm
varandas estão mais próximos do início do edifício, do que
os restantes.
• No telhado, e próximo do alpendre, situa-se um pequeno
arco com uma sineta.
• Numa das bases dos pilares que sustentam o telhado
encontramos a data de 1852. A encimar um lintel dos vãos
deste alpendre, encontramos a data de 1636.
DescriçãoDescrição
Edifício DEdifício D
• O alçado nordeste apresenta no piso térreo dois vãos geminados,
em arcos abatidos, e uma escada de acesso ao piso superior, de
construção mais recente que o resto do edifício.
• O alçado sudeste, apresenta no piso térreo, seis grandes vãos
rectangulares, horizontais, e dois verticais tendo uma passagem
coberta por abóbada de berço.
• Adjacente a este edifício encontra-se uma construção
(letra D), orientada a nordeste, sem grande
relevância arquitectónica.
• Encontramos, através do acesso ao alçado principal, um lagar
de vinho, com enormes tanques de pedra,
de planta quadrangular, e onde se encontram
as cubas e uma prensa.
DescriçãoDescrição
• A cobertura é sustentada por grandes arcos abatidos,
onde repousam vigas de madeira encastradas nas
paredes, dando origem a um espaço bastante amplo, no
mesmo edifício, mas noutra dependência anexa,
encontramos um lagar, e ainda um espaço destinado à
guarda do azeite em depósitos.
• No piso térreo do alçado sudoeste, abrem-se dois
pequenos vãos quadrados. No primeiro piso abre-se uma
varanda coberta e quatro vãos,
com varanda à face da parede.
• Adjacente a este alçado encontra-se um muro, bastante
alto, quase destruído, e que devia ser
um dos limites da cerca da granja.
Edifício G
• O alçado noroeste, não apresenta interesse arquitectónico,
mostrando vãos rectangulares, verticais, disseminados, e
sem aparente critério compositivo.
• No piso superior abrem-se um número significativo de vãos,
alguns dos quais deram origem a uma varanda de sacada.
• Do lado esquerdo de quem entra na quinta, situa-se um
edifício (letra G), de planta rectangular, com dois pisos, e
de grande dimensão, e certamente de construção mais
recente, talvez de finais do século XVIII ou de inícios do
século seguinte.
• O lado maior da planta encontra-se orientado segundo o
eixo nordeste – sudoeste.
• O alçado noroeste apresenta regras de composição que se
ordenam em torno de um eixo de simetria central.
Alternam, nos dois pisos, vãos rectangulares, verticais,
com portões rematados por arcos abatidos, encimados no
primeiro piso por óculos ou janelas rematadas superior e
inferiormente por arcos abatidos.
• Trata-se de uma composição mais cuidada e elegante, da
que se encontra no resto do conjunto. Este edifício, foi
atingido por um grande incêndio, que deixou sequelas,
tendo as divisórias entre dependências desaparecido;
restam apenas algumas paredes e
um espaço, no topo do edifício.
DescriçãoDescrição
Edifício F e EEdifício F e E
• Podem ver-se duas grandes manjedouras, que fazem Podem ver-se duas grandes manjedouras, que fazem
supor tratar-se das cavalariças. A cobertura é feita por supor tratar-se das cavalariças. A cobertura é feita por
telhado de quatro águas, cujo estado de conservação é telhado de quatro águas, cujo estado de conservação é
razoável, contrariamente ao restante, que é deplorável.razoável, contrariamente ao restante, que é deplorável.
• Adjacente a este edifício encontra-se um fontanário Adjacente a este edifício encontra-se um fontanário
(letra F), de grande dimensão. Que devia fazer parte do (letra F), de grande dimensão. Que devia fazer parte do
sistema hidráulico da quinta. Próximo deste fontanário sistema hidráulico da quinta. Próximo deste fontanário
situa-se um edifício (letra E), de um piso, que serve de situa-se um edifício (letra E), de um piso, que serve de
arrecadação. Por este edifício, coberto por um telhado arrecadação. Por este edifício, coberto por um telhado
de duas águas tem-se acesso a um pátio de construção de duas águas tem-se acesso a um pátio de construção
relativamente recente e sem grande interesse.relativamente recente e sem grande interesse.
FontesFontes
• Dados recolhidos da fonte:
Arquitectura das granjas monásticas
do Mosteiro de Alcobaça
• Fotografia de: Maria Pereira
• Música: Enigma
• Trabalho elaborado por: Maria Pereira
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Análise EstatísticaAnálise Estatística
• Podemos concluir que o maior número de inquiridos são do
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aproximadamente 36 anos e a mediana de 37 anos.
• Podemos ainda verificar que a maioria dos inquiridos acha que
o monumento não está devidamente valorizado, e gostaria de
ter mais informações acerca do mesmo.
Análise EstatísticaAnálise Estatística
Quinta do FradeQuinta do Frade
Vimeiro
Escola Secundária D. Inês de Castro - Alcobaça
Curso de Educação e Formação de Adultos - B3
Instalação e Operação de Sistemas Informáticos
- Nível 2
Maio 2008