quinta da confusão

160
Quinta da Confusão – O nascimento de um império 1 Quinta da Confusão 1 – O nascimento de um império (Dias 1 – 13)

Upload: goncalo-cruz

Post on 23-Mar-2016

220 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

k.ssetyscbstyr

TRANSCRIPT

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

1

Quinta da Confusão

1 – O nascimento de um império

(Dias 1 – 13)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

2

Cronologia do volume

Época inicial

Época da fundação do império

I Revolução dos Transportes

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

Os animais de dezenas de quintas em todo o mundo tornam-se racionais

Invenção da carroça, o primeiro transporte

Descoberta da Mina de Ferro da Quinta da Confusão

Inauguração do primeiro edifício da Quinta da Confusão

Invenção do machado e da espada de ferro

Invenção do barco a remos

Descoberta do fogo

Início da captura animal

Dia 7 Dia 6 Dia 8

Esgotamento do ferro na Quinta da Confusão

Invenção da carruagem

Fundação da indústria da uva

Descoberta da Mina de Ouro da Quinta da Perfeição

Partida de um grupo de 3 cartógrafos numa expedição

Descoberta da Mina de Carvão da Quinta da Perfeição

Início da queda da produção de ouro no império

Descoberta do Rio Douro

Invenção da pólvora

Dia 9 Dia 10 Dia 11

I Guerra dos Animais Despovoamento II Guerra dos Animais

Dia 6 III Guerra dos

Animais

Dia 5 III Guerra dos

Animais

Despovoamento da Quinta da Confusão

Guerra contra a Quinta da Perfeição

Guerra contra a Herdade dos Ovos

Invenção do comboio hipomóvel

Invenção da estrada empedrada

Descoberta da Mina de Carvão da Herdade dos Ovos

Inauguração da Linha Azul

Guerra contra a Quinta do Douro

A Mina de Carvão da Quinta da Perfeição torna-se a única activa do império

Abertura do Porto Além - Cascata

Surgimento do primeiro ladrão do império

Inauguração das Salinas da Foz do Douro

Construção da primeira casa do império

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

3

Época do aparecimento da república

Continuação no volume 2, «Uma terrível guerra civil»

Dia 12 Dia 13

Fundação da indústria dos ovos

Invenção do carro a vapor

Morte do ladrão pela polícia

Fundação do Jornal da Confusão

Regularização da produção de ouro do império

Implantação da república na Quinta da Confusão

Fundação da indústria automóvel

Fundação da indústria dos morangos

Invenção dos navios de corrida a vapor

11:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

4

Prólogo

A fundação da Quinta da

Confusão

17 de Fevereiro de 1954

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

5

Estava a ser um Inverno especialmente rigoroso em Trás-os-Montes, o de 1954. As temperaturas rondavam os -10 graus Célsius. A neve caía desde o dia anterior, e tinha coberto os campos todos. Por causa disso, quase não se via ninguém nas estradas transmontanas. Os únicos veículos que circulavam pelas vias eram carros de bois carregados de lenha, cujo destino eram as lareiras dos seus proprietários. Poucos eram os carros que andavam pelas estradas cobertas de neve. Um deles andava na estrada que ia do Porto a Freixo de Espada à Cinta, paralela do Rio Douro. A bordo, seguia António Gomes, dono de uma loja com sucesso no Porto até há 5 dias atrás. De origem transmontana e filho de agricultores, abandonara a quinta dos pais quando atingira a maioridade e criara uma loja de produtos agrícolas no Porto, que vendia os produtos da quinta dos pais a baixos preços. Como eram totalmente biológicos, crescendo apenas com adubos naturais, a loja rapidamente conseguira grande reputação na zona. Mas, em 1953, António quis regressar à vida rural, onde vivera em criança. Para isso, vendeu a sua loja ao irmão e comprou um terreno perto de Carrazeda de Ansiães, no sudoeste do distrito de Bragança, e lá fundou a sua quinta, a Quinta da Confusão. Quando a sua nova casa ficou pronta, vendeu a que tinha no Porto e dirigiu-se à Quinta da Confusão, com a mulher e os filhos. Agora, a viagem estava quase a chegar ao fim, pouco faltava para o carro alcançar a quinta ainda em construção. -Pai, falta quanto tempo para chegarmos? – perguntou um dos filhos de António Gomes -Já falta pouco, filho. Daqui a mais alguns km, vamos entrar num caminho de terra e chegaremos à Quinta da Confusão. -Estou ansioso por chegar à quinta. Quero ver como ela é. Deve ser giro viver no meio do campo, acordar com o cantar do galo, tratar dos animais… Vai ser bom – disse o outro filho -Ah, sinto-me tão feliz por voltar à região onde passei a infância. Foram 19 belos anos na quinta dos meus pais, com muito ar puro, comida biológica, carne fresquíssima de vacas e porcos acabados de matar, essas coisas. Ganhámos bastante dinheiro com a loja, mas chegou a hora de voltarmos para o campo – disse António Gomes Poucos minutos depois, o carro saía da estrada principal para seguir por uma estrada de terra batida. Estava coberta de neve, pelo que o carro não ia muito depressa. Por fim, entrou pelo portão da Quinta da Confusão e imobilizou-se, pondo fim à viagem de António Gomes e da família.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

6

A quinta, naquele momento, estava numa grande azáfama. Vários trabalhadores circulavam de um lado para o outro, carregando tábuas de madeira, sacos de cimento e outros materiais entre os camiões carregados e as construções da quinta: o celeiro, as cavalariças, a pocilga, a vacaria e a casota. A casa para António Gomes e a família era a única a estar pronta. Tinha sido concluída ainda no dia anterior, e ainda cheirara ligeiramente a tinta fresca no seu interior. Um dos homens da quinta, ao ver o carro de António Gomes chegar, aproximou-se, e este reconheceu-o de imediato. Era o engenheiro que tinha projectado todas as construções da Quinta da Confusão, incluindo a casa para ele e a família. António saiu do carro e cumprimentou-o. -Olá, António. Vieste mesmo para ficar, certo? – disse o engenheiro -Exacto – respondeu António Gomes – E trouxe a minha família comigo. A Quinta da Confusão é a nossa nova residência. -Pai, quem é este senhor? – perguntou um dos filhos de António, que entretanto tinha saído do carro -Este, filho, é o engenheiro que projectou todas as construções da Quinta da Confusão. Sem ele, não teríamos aqui nada para além de um terreno descampado – virou-se para o engenheiro – Este é o Afonso, o mais velho, com 12 anos. Dentro do carro está o Aníbal, com 10 anos. -Muito bem, estou a ver – respondeu ele – Bom, a Quinta da Confusão está quase acabada. Os operários deverão acabar as obras antes do pôr-do-sol. A seguir, ficarão com a quinta só para vocês. -Isso é óptimo, pois iremos viver cá a partir de hoje – disse António Gomes – Não nos queres mostrar a quinta, a mim, à minha mulher e aos meus filhos? -Claro. Venham, que eu mostro-vos a Quinta da Confusão. António Gomes e a família seguiram, então, o engenheiro, que os levou até à sua casa nova. Tinha dois andares. No rés-do-chão, ficava a sala, a cozinha e uma despensa, para além de uma casa de banho e uma arrecadação para se guardarem instrumentos agrícolas, lenha e outras coisas. No 1º andar ficavam os quartos: um para António e a mulher, outro para Afonso e Aníbal e ainda um terceiro quarto. António queria fazer dele um escritório, mas a mulher argumentava que ele podia perfeitamente tratar dos seus assuntos na sala, enquanto que o quarto extra seria o quarto dos hóspedes. Também havia uma outra casa de banho, para não ter que se descer as escadas a meio da noite para se ir à casa de banho.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

7

A casa, por segurança, ficava a 100 metros da ribeira, para no caso de esta transbordar, não a atingir. Ainda assim, era da nascente da ribeira que vinha a água potável da casa. Depois, o engenheiro mostrou à família Gomes as cavalariças. Os operários estavam a montar o tecto, a única parte inacabada do espaço. Tinham espaço para 50 cavalos, pois como a Quinta da Confusão era grande (1.000 metros de comprimento por 500 de largura, estando numa posição este – oeste), teria muitos animais. -Muito interessante. Nem te esqueceste da palha nem nada – observou António Gomes -Temos que dar algum conforto aos animais. Ainda pensei em pôr aquecimento central dentro das suas habitações, mas como eles não o conseguiriam ligar e desligar, acabaria por ser inútil. Mais vale deixá-los só com a palha – disse o engenheiro -E as outras construções? Como são? – perguntou Aníbal -Não são muito diferentes destas cavalariças – respondeu ele – Em conjunto, conseguem comportar 50 vacas, 50 porcos e 50 cães. A contar com os 50 cavalos deste espaço, dá um total de 200 animais. E por falar em animais, os camiões devem estar a chegar.

Ilustração 1 - Mapa da Quinta da Confusão entre 1954 e 2009. Vermelho – Celeiro;

Laranja – Casa da família Gomes; Castanho – Ponte de madeira que cruza a ribeira;

Roxo – Cavalariças; Rosa – Vacaria; Verde-escuro - Casota

-Quais camiões? – perguntou Afonso -Os que irão trazer os animais comprados pelo teu pai, para povoar a Quinta da Confusão. Vamos ao portão, para ajudarmos a desembarcar os animais.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

8

-Fico bastante feliz por ver tudo isto pronto – disse António Gomes – Até chegar a este ponto, foi uma enorme complicação. De facto, António Gomes vivera momentos complicados para conseguir construir a Quinta da Confusão. Fora em Setembro de 1953, no ano anterior, que decidira mudar-se para o campo. Encontrar e comprar um terreno fora fácil, comprara o local onde agora estava a quinta no próprio mês. O pior fora encontrar quem lhe comprasse a loja e quem lhe construísse a quinta. O engenheiro seu amigo prontificara-se logo a fazer o projecto, mas as empresas de construção civil recusavam-se a construir a Quinta da Confusão segundo esse projecto, alegando que as obras iriam durar para lá do Outono e, em Trás-os-Montes, o Inverno era bastante rigoroso, o que dificultaria bastante as deslocações e o trabalho. Nem mesmo pagando bem António Gomes conseguiu encontrar uma empresa que aceitasse fazer a quinta. Só em Novembro é que as coisas se resolveram. A empresa onde trabalhava o seu amigo engenheiro, como estava bastante ocupada anteriormente, não podia atender o pedido de António, mas em Novembro de 1953disse-lhe que aceitava construir a Quinta da Confusão sem lhe cobrar mais do que o previsto por se ir trabalhar durante o Inverno. As obras da quinta iniciaram-se nesse mês. Faltava agora vender a sua loja. Quando soube que a Quinta da Confusão começara a ser construída e que ficaria pronta em Fevereiro de 1954, António Gomes tentou vender a sua loja no Porto, convencido de que a sua boa fama lhe traria rapidamente vários compradores. O problema era que a loja, mesmo sendo conhecidíssima no bairro onde ficava, fora dele era totalmente desconhecida. Mesmo fazendo vários anúncios em jornais regionais e nacionais, em 2 meses apenas surgiu um comprador, um empresário de Coimbra, que recusou a proposta. Já desesperado, pois precisava do dinheiro da venda da loja para pagar as obras da Quinta da Confusão, em Janeiro de 1954 António tentou vender a loja a familiares. Dessa vez, teve sucesso. O irmão aceitou a sua proposta e comprou-lhe a loja. Devido às dificuldades que sofreu para poder fundar a quinta, António Gomes decidiu dar-lhe o nome de Quinta da Confusão. Ao passarem pela ponte de madeira que cruzava a ribeira, de 5 metros de largura, o engenheiro viu que os camiões já tinham chegado à quinta. Com a ajuda dos operários, os motoristas estavam a desembarcar os animais. -Venham, filhos. Estão ali mais de 50 animais, temos de os ajudar a desembarcá-los – disse António Gomes

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

9

Com a ajuda da família Gomes, todos os 60 animais foram retirados dos camiões, que se foram embora depois disso. -Pronto. Agora, a Quinta da Confusão está devidamente povoada – disse o engenheiro – Resta esperar que os operários a acabem para ficarem com a quinta só para vocês. Precisamente nesse momento, o chefe da equipa dos operários dirigiu-se ao engenheiro: -Sr. Engenheiro, acabámos a Quinta da Confusão. Conforme está escrito no contrato, queremos receber o pagamento do trabalho. -O pagamento? Certo – disse António Gomes, retirando do casaco um cheque – Muito bem… Aqui está. Todo o dinheiro que tenho de pagar da minha parte. -Sim, de facto está o valor todo – respondeu o chefe da equipa – Bom, vou andando, eu e a minha equipa. Pouco depois, todos os operários tinham abandonado a Quinta da Confusão, juntamente com os seus materiais e equipamentos. -Bom, parece-me que o trabalho está terminado – disse o engenheiro – Despeço-me e até à próxima. -Adeus – respondeu António Gomes – Vemo-nos quando precisar de uma nova construção. -Pai, está a ficar frio cá fora. Vamos para dentro – pediu Afonso -Também acho, filho. Ainda bem que mandámos vir a nossa mobília aos poucos do Porto. Agora, temos uma casa totalmente mobilada. Antes de entrarem em casa, observaram a sua nova quinta. A casa deles, o celeiro, as cavalariças, a vacaria, a pocilga e a casota, tudo dava a sensação de ser novo e moderno. As paredes, acabadas de pintar, reforçavam ainda mais essa sensação. A cerca da quinta e o portão, ambos com 2 metros de altura, delimitavam a quinta, a relva nova demonstrava que aquele espaço estava a ter uso, e a ponte sobre a ribeira, em madeira clara, tinha um aspecto resistente. Era assim a Quinta de Confusão de 1954.

Cinquenta e cinco anos após estes acontecimentos, em 2009, a Quinta da Confusão estava bastante mudada. António Gomes, agora com 90 anos, voltara para o Porto com a mulher, deixando a quinta aos filhos, Afonso e Aníbal Gomes, respectivamente com 67 e 65 anos. Eles

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

10

eram agora dois idosos gordos e preguiçosos, e passavam os dias em casa a ver televisão. Pouco faziam pela Quinta da Confusão, como dar comida aos animais e regar a relva. Uma coisa que faziam frequentemente era capturarem animais da quinta para os irem vender ao Porto, que vendiam a alto preço por serem grandes e saudáveis. Quando regressavam, vinham sempre com novos animais para reporem a população da quinta, que agora tinha 115 animais. O estado da Quinta da Confusão em nada se comparava ao de há 55 anos atrás. A cerca, velha e enferrujada, não era cuidada há anos, e o portão de ferro, igualmente enferrujado, não era fechado há tanto tempo que tinham crescido ervas ao pé dele. A ponte de madeira que cruzava a ribeira tinha desaparecido há vários anos, apodrecida pelos numerosos nevões e chuvadas que enfrentara ao longo da sua existência. O mesmo acontecia às casas dos animais. As paredes de madeira tinham perdido numerosas tábuas deixando entrar correntes de ar, e parte do telhado desabara, pelo nenhum animal se atrevia a dormir ali, dormindo todos ao relento. O celeiro estava em melhor estado, mas ainda assim era preciso cuidado ao se andar no 1º andar, pois o piso estava velho e enfraquecido. A casa dos donos estava ainda num estado razoável. É nesta situação que os 115 animais da Quinta da Confusão, alguns descendentes dos que foram habitar a quinta em 1954, se vão racionalizar e construir a sua civilização, dentro da quinta. Nesta quinta, velha e abandonada, surgirá o Império da Quinta da Confusão.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

11

«Querer impedir a marcha da humanidade é como tentar parar uma locomotiva com um palito»

In «O Fantasma da Torre Eiffel», por BLEYS, Olivier

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

12

Dia 1

O início da civilização

Época inicial

1 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

13

7:00 Habitantes: 115 Densidade populacional: 23 hab.\km2

• Após acordar, uma vaca da Quinta da Confusão encontrou, ao pé da casa dos donos, o local onde se tinha feito a festa do Ano Novo, na noite anterior. Tinham lá estado todos os familiares e amigos próximos de Afonso e Aníbal Gomes, 30 pessoas, algo que os animais da quinta só viam muito raramente.

• Nesse local onde a vaca estava, tinha sido feito o churrasco da festa, pelo que haviam vários ossos espalhados pelo chão. Se fosse na noite anterior, a vaca não teria dado importância aos ossos, por não serem comestíveis. Mas, como a vaca já era racional, pegou no maior deles todos e, usando uma pedra, talhou uma espada no osso, como tinha visto no interior da casa dos donos. Depois, para comprovar a sua eficácia, matou um animal com a espada. Surgia assim a espada de osso, o primeiro instrumento da Quinta da Confusão.

Índice da Tecnologia:

• Militar -1 (espada de osso) • Transportes-0 • (Aéreos-0) • (Marítimos-0) • (Terrestres-0) • Civil -0 • Construções-0

• De imediato, a novidade espalhou-se pela Quinta da Confusão. Houve um animal que fez mais 5 espadas com os ossos do churrasco da noite anterior e estabeleceu a feira, o local de comércio da quinta, ao pé de uma árvore cortada. O problema era que o animal queria dinheiro, 50 euros por cada espada, e só os donos tinham dinheiro na quinta.

• O problema resolveu-se de um modo arrojado. Houve animais que se atreveram a entrar por uma janela na casa dos donos e, com cuidado, puseram-se a vasculhar pela casa em busca de dinheiro. Naturalmente que os donos não estavam à espera de que os seus animais os fossem roubar, pelo que o dinheiro da casa estava na mesa-de-cabeceira do quarto deles. Os animais descobriram o dinheiro e, aos poucos, foram-no retirando do móvel. Os donos, que estavam na sala a ver televisão, não se aperceberam de nada. Foi

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

14

dessa forma que as espadas da feira foram vendidas, e o animal que a fundara se tornou o animal mais rico da Quinta da Confusão.

• Mas, ao mesmo tempo, esse animal tinha estabelecido o centro de comércio da Quinta da Confusão, onde seriam comercializadas todas as mercadorias da quinta. Dessa forma, surgia o primeiro tipo de economia da Quinta da Confusão, baseada na produção de mercadorias e no seu comércio na feira. Não existiam postos de trabalho, pelo que os animais ganhavam dinheiro fabricando produtos e vendendo-os à feira. Como depois tinham que ir comprar outros à feira, a moeda circulava constantemente entre a feira e os animais. Esse tipo de economia manter-se-ia até ao Dia 3.

7:30

Habitantes: 114 (-1) Densidade populacional: 22,8 hab.\km2 (-0,2) • A maioria dos animais da Quinta da Confusão começou a acordar ao

som do galo mecânico, que estava no telhado da casa dos donos. No entanto, outra vaca, farta de o ouvir, subiu ao telhado da casa e despedaçou-o com uma espada de osso. Na feira, já haviam 20 espadas, custando cada uma 40 euros.

• Um porco, após ter comprado uma espada de osso, matou um cavalo e fez um escudo com os seus ossos, o primeiro da quinta.

Índice de Tecnologia:

Militar -2 (espada de osso e escudo de osso) Transportes-0 (Aéreos-0) (Marítimos-0) (Terrestres-0) Civil -0 Construções-0

Tecnologia Militar :

Espada de osso-30 unidades (35 €) Escudo de osso-5 unidades (75 €)

• A invenção do escudo de osso fez com que houvesse mais lutas entre os animais, porque estes já se podiam defender dos golpes das espadas.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

15

8:30

Habitantes: 113 (-1) Densidade populacional: 22,6 hab.\km2 (-0,2)

• Devido à descida do preço das armas, as 4 espécies da quinta (o porco, o cavalo, a vaca e o cão) começaram a querer governar a Quinta da Confusão. Numa questão de minutos, dezenas de animais foram à feira comprar armas, o que enriqueceu bastante o seu proprietário, e prepararam-se para lutar com as outras espécies. Por isso, vários animais foram à casa dos donos buscar mais dinheiro, aumentando a quantidade de moeda em circulação na quinta (cerca de 20.000 euros).

• Por fim, por volta das 8:30, as dezenas de animais de cada lado da guerra gritaram «Para que a nossa espécie governe a Quinta da Confusão!» e iniciaram uma guerra civil, a I Guerra dos Animais. Começava assim a primeira guerra da Quinta da Confusão.

• Como o número de animais mortos rapidamente aumentou, a matéria-prima para fazer armas também aumentou, diminuindo assim o seu preço e aumentando a sua produção.

Tecnologia Militar :

Espada de osso-150 unidades (15 €) Escudo de osso-50 unidades (40 €)

• Apesar de cada espécie animal querer comandar a quinta, havia animais que se mantinham fora do combate, cultivando ervas para vender na feira quando estivessem crescidas, daí a algumas horas; pensando sobre outros instrumentos que se podiam fazer com ossos ou fabricando armas por conta própria para vender na feira e enriquecer. Mas a maioria dos animais, cerca de 90, combatia na I Guerra dos Animais ou então fabricava armas para auxiliar os soldados da sua espécie. Era evidente que a grande maioria dos animais estava disposta a combater para que a sua espécie governasse a Quinta da Confusão.

11:00

Habitantes: 83 (-30) Densidade populacional: 16,6 hab.\km2 (-6)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

16

• Duas horas e meia depois do seu início, a I Guerra dos Animais já tinha reduzido bastante a população da Quinta da Confusão. Dos 113 habitantes da quinta, 30 já tinham morrido em combate, e mais de metade dos restantes continuava a lutar dentro da quinta. Os donos, espantados, já tinham ido várias vezes à janela ver o que se estava a passar, mas acabaram por não sair de casa, visto saberem que, nas quintas vizinhas, estava a acontecer o mesmo. O que não sabiam era que não era só nas quintas vizinhas à Quinta da Confusão que os animais combatiam com armas primitivas, mas também em dezenas de quintas em todo o mundo.

• Os esforços dos cientistas da Quinta da Confusão, os animais que em vez de combaterem na guerra se dedicavam à pesquisa tecnológica, foram compensados, pois um deles conseguiu construir o cinto de ossos. O cientista concebeu-o com duas ranhuras para se enfiar uma espada e a pega de um escudo. Outro cientista, entretanto, conseguiu fabricar o primeiro machado igualmente de osso, a primeira invenção civil. O cinto de osso rapidamente começou a ser fabricado pelos animais que auxiliavam os soldados.

Índice da Tecnologia:

Militar -3 (espada de osso, escudo de osso e cinto de osso) Transportes-0 (Aéreos-0) (Marítimos-0) (Terrestres-0) Civil -1 (machado de osso) Construções-0

Tecnologia Militar :

Espada de osso-200 unidades (10 €) Escudo de osso-100 unidades (20 €) Cinto de osso-20 unidades (40 €)

16:30

Habitantes: 46 (-37) Densidade populacional: 9,2 hab.\km2 (-7,4) • Após 8 horas de combate, a I Guerra dos Animais acabou sem um

vencedor, quando os animais declararam a paz. Isso porque as 4 espécies envolvidas na guerra estavam sempre em igualdade, e ao fim

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

17

de 8 horas de guerra os soldados eram já menos de 20. Os sobreviventes juntaram-se aos civis que trabalhavam ora no cultivo de ervas ora na pesquisa tecnológica.

I Guerra dos Animais – 8 horas (67 vítimas)

• Um cientista descobriu a madeira quando derrubou acidentalmente uma pequena árvore com um machado. Era a primeira matéria-prima descoberta a seguir ao osso.

Índice de Tecnologia:

Militar -3 (espada de osso, escudo de osso e cinto de osso) Transportes-0 (Aéreos-0) (Marítimos-0) (Terrestres-0) Civil -2 (machado de osso e madeira) Construções-0

Tecnologia Civil:

Machado de osso-50 unidades (15 €) Madeira-20 kg (120 €\kg)

• A madeira era rara porque o machado de osso, o instrumento usado para cortar árvores, era pouco eficaz. Segundo os cálculos dos cientistas, levar-se-iam 2 horas para cortar uma árvore com 1 metro de diâmetro, e mais algum tempo para transformar a madeira em tábuas. Por isso, ela era bastante cara e só os mais ricos a podiam comprar. Apesar disso, ainda não havia nenhum uso para este material.

• Na casa dos donos da quinta, Afonso Gomes ouviu um ruído estranho enquanto saía da casa de banho, que vinha do seu próprio quarto. Intrigado, subiu as escadas e, quando entrou no quarto, partilhado com um irmão, viu a última coisa que esperava ver na vida: um cão de pé, apenas com duas patas no chão, a retirar um maço de notas da sua mesa-de-cabeceira, onde estava grande parte do seu dinheiro e do irmão. O cão, ao ver o dono, precipitou-se para as escadas com o dinheiro e saiu da casa por uma janela. Escusado será dizer que os dois irmãos passaram o resto da tarde a vigiar as janelas da sua casa armados com espingardas, para impedir mais roubos (tinham sido tirados 50.000 euros ao todo). Por sorte, já havia dinheiro suficiente em circulação na Quinta da Confusão.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

18

20:00

Habitantes: 46 Densidade populacional: 9,2 hab.\km2

• Quando a noite chegou, a produção de madeira teve que parar porque em toda a Quinta da Confusão, só havia iluminação na habitação dos donos. Isso fez com que a madeira ficasse mais cara, passando a custar 140€\kg.

• Ao mesmo tempo, um cientista descobriu as bainhas feitas com a pele dos animais, cosidas com fios de palha. Serviam que guardar melhor as espadas nos cintos de osso, mas acabaram por servir como mala para se guardar o dinheiro e algumas ervas com alimento.

Índice de Tecnologia:

Militar -4 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso e bainhas de couro) Transportes-0 (Aéreos-0) (Marítimos -0) (Terrestres-0) Civil -2 (machado de osso e madeira) Construções-0

Tecnologia Militar :

Espada de osso-220 unidades (10 €) Escudo de osso-105 unidades (20 €) Cinto de osso-40 unidades (35 €) Bainha de couro-70 unidades (20 €)

21:30

Habitantes: 46 Densidade populacional: 9,2 hab.\km2

• Sem iluminação, os animais tiveram que ir dormir, mas os mais arrojados foram para ao pé da casa dos donos, que tinha electricidade. Era uma noite bastante fria, mas os animais, habituados ao clima transmontano, não se importavam com isso. Não tardou para que todos estivessem a dormir, animais e pessoas.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

19

Saldo do Dia 1

População e densidade populacional

Saldo da população: -69 habitantes

Saldo da densidade populacional: -13,8 hab.\km2

115 114 113

83

46

0

20

40

60

80

100

120

140

07:00

08:00

08:3011:

00

16:30

População

23 22,8 22,6

16,6

9,2

0

5

10

15

20

25

07:00 08:00 08:30 11:00 16:30

Densidadepopulacional

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

20

Dia 2

O aparecimento dos

transportes

Época inicial

2 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

21

1:00

Habitantes: 45 (-1) Densidade populacional: 9 hab.\km2 (-0,2)

• Dois porcos rivais acordaram à 1 da manhã para irem lutar entre si. Pegaram nas armas e dirigiram-se para ao pé da ribeira, onde combateram durante mais de 10 minutos. Por fim, um dos animais partiu o escudo do oponente com um golpe certeiro e matou-o. Como a sua espada estava desgastada da luta, fez armas novas com os ossos do rival morto. Depois, deitou-se ali perto e adormeceu.

8:30

Habitantes: 45 Densidade populacional: 9 hab.\km2

• A maioria dos animais da Quinta da Confusão acordou, desta vez sem ser ao som do galo mecânico destruído no dia anterior. Então, continuaram a fazer o mesmo do Dia 1: produzir alguma coisa para vender na feira e enriquecer.

• O animal mais rico da Quinta da Confusão a seguir ao dono da feira (possuía cerca de 1.300 €) comprou 10 kg de madeira e fez uma carroça com 2 rodas. Era o primeiro veículo da quinta, mas não estava à venda por só haver uma unidade. O seu proprietário usou-a para transportar ao mesmo tempo mais mercadorias produzidas por si até à feira para as vender.

Índice de Tecnologia:

Militar -4 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso e bainhas de couro) Transportes-1 (Aérea-0) (Marítima-0) (Terrestre-1) (carroça de 2 rodas de madeira) Civil -2 (machado de osso e madeira) Construções-0

10:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

22

Habitantes: 8 (-37) Densidade populacional: 1,6 hab.\km2 (-7,4)

• Vários camiões passaram pelo portão da Quinta da Confusão e pararam dentro da quinta, para espanto dos animais. Os seus condutores saíram dos veículos, pegaram em cordas e coleiras que tinham lá dentro e, juntamente com os donos da quinta, lançaram-se em perseguição dos animais. O dono da feira ainda tentou apunhalar Aníbal Gomes, mas este puxou da espingarda e matou-o com dois tiros à queima-roupa.

• Muitos dos restantes animais foram apanhados e metidos dentro dos camiões. Como estes estavam na margem esquerda da ribeira, os animais que ainda não tinham sido capturados e que lá estavam atiraram-se à água e nadaram para a outra margem, tal como faziam sempre que queriam atravessar o curso de água. Esperavam que os 5 metros de largura da ribeira os salvassem da captura, mas foi inútil. Os donos puxaram um barco a remos que tinham para a água, remaram até à outra margem e continuaram a prender animais.

• Além disso, os camionistas voltaram para os camiões, contornaram a ribeira por fora da Quinta da Confusão e, passando por uma abertura da velha cerca, voltaram a entrar na quinta, desta vez na outra margem. Dessa vez, quase ninguém escapou à captura. Os únicos 8 animais que escaparam, 2 vacas e 6 cavalos, tinham mergulhado na ribeira, e só vinham à superfície para respirar. Foi de lá que viram os camiões, carregando 36 animais (sem contar com o dono da feira morto), saírem da Quinta da Confusão para serem vendidos em Bragança ou no Porto. Os donos da quinta também seguiram com os camiões na sua carrinha, deixando a Quinta da Confusão completamente vazia.

• Os 8 animais, agora sozinhos, não perderam tempo. Reuniram-se e começaram a discutir formas de se deslocarem mais rapidamente para escaparem à captura sempre que os donos os queriam vender. Mas as pesquisas levariam tempo, por serem tão poucos.

12:30

Habitantes: 8 Densidade populacional: 1,6 hab.\km2

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

23

• As pesquisas tecnológicas deram resultados, pois dois dos cavalos inventaram a carroça de madeira com 4 rodas, mais estável do que a com 2 rodas. No entanto, precisava de 12 kg de madeira para ser feita, em vez dos 10 kg da carroça com 2 rodas.

Índice da Tecnologia:

Militar -4 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso e bainhas de couro) Transportes-2 (Aérea-0) (Marítima-0) (Terrestre-2) (carroça de 2 rodas de madeira e carroça de 4 rodas de madeira) Civil -2 (machado de osso e madeira) Construções-0

Transportes terrestres:

Carroça de 2 rodas de madeira-1 unidade (feira encerrada) Carroça de 4 rodas de madeira-1 unidade (feira encerrada)

14:00

Habitantes: 8 Densidade populacional: 1,6 hab.\km2

• Os donos da Quinta da Confusão voltaram a casa, mas os 8 animais tiveram o desgosto de verem que nenhum dos animais que partira para o mercado voltara a casa, incluindo o animal mais rico da quinta a seguir ao dono da feira. O seu dinheiro (1.300 euros) foi dividido pelos 8 animais, ficando 162 euros e 50 cêntimos para cada animal.

• Depois disso, os 8 animais continuaram as pesquisas, tanto para descobrirem novas formas de transporte como para obter novos instrumentos.

16:30

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

24

Habitantes: 8 Densidade populacional: 1,6 hab.\km2

• Os 8 animais conseguiram derrubar 5 árvores à conta de vários machados desgastados, que usaram para construir carroças com 2 e 4 rodas. O que faltava era descobrir uma maneira de as fazer andar, sem que tivesse que ser o condutor a puxar a carroça com os seus braços.

• Enquanto as carroças eram fabricadas, uma das vacas descobriu uma velha bicicleta dos donos da quinta. Levou-a para junto dos outros animais para se fazer uma igual em madeira, o que levou várias tentativas falhadas e alguma matéria-prima desperdiçada. Por fim, ficou pronta a primeira bicicleta da Quinta da Confusão. Os animais deram alguns passeios com ela, e acharam que dava um meio de transporte bastante bom. Por isso, fizeram-se mais 9 bicicletas.

Índice de Tecnologia:

Militar -4 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso e bainhas de couro) Transportes-3 (Aérea-0) (Marítima-0) (Terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil -2 (machado de osso e madeira) Construções-0

Transportes terrestres:

Carroça de 2 rodas de madeira-5 unidades (feira encerrada) Carroça de 4 rodas de madeira-3 unidades (feira encerrada) Bicicleta de madeira-10 unidades (feira encerrada)

20:30

Habitantes: 8 Densidade populacional: 1,6 hab.\km2

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

25

• Deu-se um desastre com uma das 3 carroças de madeira com 4 rodas: dois cavalos estavam a puxar uma carroça cheia de troncos de madeira quando pararam para descansar, no alto de uma pequena elevação que havia na quinta. Assim que largaram a carroça, esta começou a rolar pela elevação abaixo e, para horror dos animais, caiu na ribeira e afundou-se com a carga toda. Os cavalos ainda tentaram mergulhar na ribeira de 2 metros de profundidade para resgatar as mercadorias, mas os troncos eram tão pesados que não conseguiram resgatar um só. Além disso, como tinham caído em cima da carroça, era impossível tirá-la do fundo da ribeira.

• Exaustos e gelados, os dois animais foram forçados a bater à porta dos donos para se aquecerem. Estes ficaram surpreendidos por verem que a Quinta da Confusão ainda tinha animais, e mais surpreendidos ficaram quando os cavalos lhes disseram que tinham mergulhado na ribeira para resgatarem uma carroça carregada de troncos de madeira. Deixaram-nos entrar em casa e secarem-se na lareira. Pouco depois, já enxutos, os animais agradeceram a hospitalidade e saíram da casa. Os donos, ainda espantados com a cena, decidiram que no dia seguinte iriam ver se havia mesmo uma carroça carregada de troncos no fundo da ribeira, para verificarem se aquilo que tinham acabado de ver acontecera mesmo.

22:00

Habitantes: 8 Densidade populacional: 1,6 hab.\km2

• Desabou uma grande tempestade, com neve, vento e relâmpagos. Os 8 animais correram de imediato para o celeiro, como faziam sempre que desabava uma tempestade. Mas, perto da casa dos donos, repararam num buraco com 50 cm de diâmetro, rodeado por uma cerca em ferro. Era o escoadouro da Quinta da Confusão, construído para, no caso de a ribeira transbordar, recolher a sua água e impedi-la de chegar à casa dos donos. Os animais desconheciam o seu interior porque nunca nenhum animal entrara no escoadouro. Motivados pela curiosidade, foram ao celeiro buscar uma corda e um dos animais desceu 5 metros até ao fundo do escoadouro. Com a luz do luar, o animal pôde ver o lugar onde estava. Tratava-se de uma gruta pequena, de 2,5 metros de altura, 5 de largura e comprimento, com umas pedras estranhas no chão. Como parecia ser um bom abrigo, os outros animais desceram até à gruta e acabaram por ir dormir lá dentro.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

26

Saldo do Dia 2

População e densidade populacional

46 45

8

05

101520253035404550

0:00

1:00

10:0

0

População

9,2 9

1,6

0

2

4

6

8

10

0:00 1:00 10:00

Densidadepopulacional

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

27

Dia 3

A descoberta do ferro

Época inicial

3 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

28

8:00 Habitantes: 8 Densidade populacional: 1,6 hab.\km2

� Os 8 animais acordaram, e assim puderam ver melhor a gruta onde tinham passado a noite. Viram que havia uma série de aberturas de tubos por debaixo da entrada da gruta, cuja função era recolherem a água das chuvas e da neve após derreter e enviá-la para a ribeira. Como tudo o resto na Quinta da Confusão, os tubos estavam velhos e enferrujados, e tinham entupido há muitos anos.

� Antes de abandonarem a gruta, observaram mais atentamente as pedras estranhas que tinham visto, e descobriram que era minério de ferro. Tinham descoberto uma mina de ferro dentro do escoadouro da Quinta da Confusão. Mas, como não sabiam em que usar o ferro, os animais abandonaram a mina e foram cortar madeira.

9:00 Habitantes: 8 Densidade populacional: 1,6 hab.\km2

� Os 8 animais, em conjunto, tentaram resgatar a carroça e os troncos que estavam no fundo da ribeira. Conseguiram tirar os troncos mais leves, mas os troncos mais pesados e a carroça permaneceram no fundo da ribeira. Chegaram à conclusão de que podiam erguer os troncos se tivessem mais ar, pelo que inventaram pequenos reservatórios de madeira com tubos para respirar.

� O modo de funcionamento era simples: desenroscava-se a parte de cima das botijas para se encherem de ar, daí a algum tempo voltava-se a fechá-las e o ar que ficava lá dentro dava para que um animal respirasse debaixo de água por 2 minutos. Eram as botijas de ar de madeira, ou simplesmente botijas de ar.

Índice de Tecnologia

Militar -4 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso e bainhas de couro) Transportes-3

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

29

(Aérea-0) (Marítima-0) (Terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil -3 (machado de osso, madeira e botijas de ar de madeira) Construções-0

� Com esses aparelhos, os 8 animais já conseguiram retirar os troncos pesados do fundo da ribeira, e logo a seguir a própria carroça. As botijas de ar tinham sido um sucesso.

� Enquanto o resgate acontecia, os donos entraram na carrinha e saíram da Quinta da Confusão. Os animais não sabiam para onde iam, mas também não lhes interessava saber.

12:30

Habitantes: 260 (+252) Densidade populacional: 52 hab.\km2 (+50,4)

� Os donos da quinta voltaram a casa mas seguidos por vários camiões, ainda mais do que da vez anterior. Para alegria dos 8 animais, de dentro dos camiões saíram 252 novos animais, que foram povoar a Quinta da Confusão. Passava a haver 260 animais na quinta, sendo que um deles apoderou-se da feira e reabriu-a. Com a feira aberta, passou a haver gente que cultivava ervas, fabricava armas, cortava árvores, fabricava carroças e bicicletas e finalmente que transformava a madeira das árvores em tábuas de 100 gramas.

Transportes terrestres

Carroça de 2 rodas de madeira-10 unidades (200 €) Carroça de 4 rodas de madeira-5 unidades (300 €) Bicicleta de madeira-50 unidades (45 €)

14:00

Habitantes: 255 (-5) Densidade populacional: 51 hab.\km2 (-1)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

30

� Agora que a Quinta da Confusão estava novamente povoada, surgia um problema. O facto de haver muitos animais na quinta fez com que cada espécie animal quisesse governar a Quinta da Confusão. Os 8 animais que viviam na quinta antes de os outros chegarem ainda os tentaram avisar do que acontecera no Dia 1, com a I Guerra dos Animais, mas foi inútil. Como nesse dia, dezenas de animais foram à feira comprar armas e não tardou para que os primeiros soldados começassem a combater.

� Eram então 14 horas, segundo o relógio da casa dos donos. Iniciava-se assim a II Guerra dos Animais, agora com 160 soldados em vez de 70. Dessa vez, não havia nenhum animal a auxiliar os soldados com armas sem entrar na guerra, pois eram os próprios soldados que faziam as suas armas a meio do combate. Mas isso não diminuiu a violência da guerra, pois houve soldados que fixaram espadas de osso à frente e nos lados de algumas bicicletas, criando as temidas bicicletas de guerra.

Índice de Tecnologia

Militar -5 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-3 (Aérea-0) (Marítima-0) (Terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil -3 (machado de osso, madeira e botijas de ar de madeira) Construções-0

� A bicicleta de guerra foi devastadora no campo de batalha, pois permitia aos soldados atingirem violentamente os inimigos e fugir antes que fossem atacados. Mais de 50 soldados morreriam na II Guerra dos Animais devido à bicicleta de guerra. Apesar disso, só seriam mortos 35 animais em combate no Dia 3.

16:00

Habitantes: 245 (-10) Densidade populacional: 49 hab.\km2 (-2)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

31

� Enquanto a II Guerra dos Animais prosseguia, alguns dos 100 animais civis da Quinta da Confusão foram ao escoadouro trazer para a superfície algum minério de ferro, para que se pudesse descobrir um uso para ele. Os cientistas chegaram à conclusão de que o minério era mais resistente do que o osso, portanto o material ideal para se fabricarem instrumentos. Era preciso então explorar a Mina de Ferro da Quinta da Confusão, o nome dado à mina.

� Um dos animais mais ricos da quinta, possuindo uma fortuna de 2.000 euros, declarou que iria pagar 300 euros por dia aos primeiros 6 animais que se oferecessem para ir explorar a mina de ferro ao seu serviço. Seis animais, satisfeitos com o salário de 300 euros (o suficiente para comprarem uma carroça de 4 rodas), ofereceram-se para o trabalho e foram empregados. Rapidamente, os primeiros blocos de ferro eram vendidos à feira e o seu patrocinador enriquecia com isso. Foi assim que a mina de ferro começou a ser explorada, produzindo um bem civil e mais tarde, militar. Vários animais compraram a nova matéria-prima e fizeram pregos para as carroças.

Índice de Tecnologia

Militar -5 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-3 (Aérea-0) (Marítima-0) (Terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil -4 (machado de osso, madeira, ferro, botijas de ar de madeira e pregos) Construções-0

� Com o surgimento dos primeiros empregos, a velha economia baseada na produção de mercadorias era substituída pela economia que se baseava na exploração de recursos, cuja novidade eram os empregos. Quando surgia um novo recurso natural, ou então uma construção, havia um patrocinador que contratava animais e pagava por sua conta os salários dos trabalhadores, para que fizessem a construção ou que explorassem o recurso natural. Mas, como só havia 6 animais empregados, a velha economia ainda se mantinha.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

32

18:30

Habitantes: 235 (-10) Densidade populacional: 47 hab.\km2 (-2)

� Achando que já havia condições para se fazer uma construção em que os animais pudessem passar a noite, vários cientistas reuniram-se para decidirem como seria a tal construção. A primeira coisa que decidiram era que tinham de fazer o desenho da construção, com todas as medidas já inscritas. O problema era que os animais, mesmo sabendo ler e escrever, não tinham nenhum suporte para desenharem e escreverem nem nenhum instrumento para o fazer.

� Resolveu-se esse assunto de um modo arrojado. Os cientistas cortaram pedaços da casca de uma árvore e, riscando-os com a ponta de um machado de osso e fazendo as medições com uma régua dos donos, conseguiram desenhar o projecto do Abrigo Nocturno da Quinta da Confusão, algo totalmente inovador na quinta (tanto o projecto como a construção). Segundo o projecto, o abrigo nocturno teria 10 x 10 metros, com uma altura de 2,5 metros. O tecto e o chão seriam em madeira, e vigas igualmente em madeira reforçariam o tecto. Por fim, haveria uma porta virada a norte e uma janela em cada parede (seriam duas na parede da porta), com portadas de madeira e trancas. A construção, que durou das 18:20 às 18:40 (20 minutos), mobilizou todos os animais civis da Quinta da Confusão, criando um estaleiro no meio da quinta.

� As medições eram efectuadas com várias réguas dos donos, que estes emprestaram após ficarem admiradíssimos ao saberem que se ia fazer uma construção na quinta. Vários animais cortavam árvores cuja madeira era transformada em tábuas, e que eram depois levadas de carroça para o estaleiro. O ferro vindo da mina era comprado à feira pelo patrocinador da construção, um outro milionário da quinta, e era cortado em pregos no local da obra. Como as espadas de osso usadas na tarefa se desgastavam frequentemente, era preciso comprar outras à feira. O patrocinador da obra acabou por desembolsar 1.500 euros, mas valeu a pena porque a obra ficou acabada. Agora, os animais já tinham um local onde podiam ir dormir, apertados, 150 animais. Mas à custa de mais de 50% da madeira e do ferro, de 25%

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

33

do osso da Quinta da Confusão e da ruína financeira do patrocinador, que como financiara a obra sem que esta lhe desse algum dinheiro, perdera quase todo a fortuna. Por isso, ele foi logo cortar madeira para enriquecer após o fim da construção.

Ilustração 2 - Projecto da parede norte Abrigo Nocturno da Quinta da Confusão

Índice de Tecnologia:

Militar -5 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-3 (Aérea-0) (Marítima-0) (Terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil -5 (machado de osso, madeira, ferro, prego de ferro e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

Construções: Abrigo nocturno-1 edifício (capacidade para 150 animais)

20:00 Habitantes: 225 (-10) Densidade populacional: 45 hab.\km2 (-2)

� A chegada da noite não travou a II Guerra dos Animais, que prosseguia só com 125 soldados. Estes mal se viam uns aos outros com a luz do luar, o que fez com que alguns soldados atacassem

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

34

outros da mesma espécie, mas a confusão da batalha e a escuridão faziam com que ninguém desse por isso. Continuava-se a combater como se fosse dia.

� Os animais civis, cansados após um dia longo de trabalho, foram dormir ao abrigo nocturno. Eles eram só 100, de modo que ainda podiam ir para ali 50 soldados. No entanto, nenhum apareceu no abrigo durante a noite.

21:30

Habitantes: 220 (-5) Densidade populacional: 44 hab.\km2 (-1)

� A II Guerra dos Animais prosseguiu até a noite estar escura demais para se combater. Como não tinham conhecimento da existência do abrigo nocturno, os soldados deitaram-se no chão e adormeceram. Por poucas horas, pois a adrenalina da guerra faria com que acordassem de madrugada. Os animais mais arrojados continuaram a combater, mas rapidamente desistiram e foram dormir para ao pé dos soldados da sua espécie.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

35

Saldo do Dia 3

População e densidade populacional

8

260 255 245 235 225 220

0

50

100

150

200

250

300

08:0

012:3

0

14:0016:0

0

18:30

20:0

021:3

0

Popu lação

1,6

52 51 49 47 45 44

0

10

20

30

40

50

60

08:0

012

:30

14:0

016

:00

18:3

020

:00

21:3

0

Densidadepopulacional

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

36

Dia 4

O aparecimento do

transporte fluvial

Época inicial

4 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

37

1:30 � Com apenas 4 horas de sono, os soldados da II Guerra dos Animais

acordaram e começaram a combater sob a escuridão da madrugada. � Entretanto, os outros animais da quinta dormiam pesadamente no

abrigo nocturno, sem imaginarem que a guerra já tinha recomeçado.

7:30 � Os animais da quinta começaram a acordar, e assim que foram beber

água à ribeira, viram os soldados a combater ferozmente, perto dos limites da quinta.

� Entretanto, repararam num pedaço de areia que havia fora da quinta e quiseram ir buscá-lo, construindo a escada de madeira para subirem a vedação.

Militar-5 (espada de osso, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-3 (aérea-0) (marítima-0) (terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-6 (machado de osso, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

� Civil: � Machado de osso-250 unidades (10 €) � Madeira-60 kg (45 €\kg) � Ferro-35 kg (60 €\kg) � Prego de ferro-1.000 unidades (2 €\10 unidades) � Escada de madeira-1 unidade (não está à venda) � Botijas de ar de madeira-30 unidades (30 €)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

38

� Com a escada de madeira, conseguiram subir a vedação, apanhar um pouco da areia com as mãos, mas perderam-na no caminho. Tinham que inventar uma forma de transportar a areia sem a deixar cair.

9:00 � Às 9:00 horas, entraram de serviço 10 carregadores de madeira.

Foram buscá-la já cortada em tábuas e levaram-na nas carroças de 2 rodas. Mas de passagem, viram que a vedação que delimitava os limites da Quinta da Confusão estava cortada e os soldados da II Guerra dos Animais tinham desaparecido da quinta.

� Largaram a carroça e foram à procura dos soldados. Foram encontrá-los a 350 metros da quinta, mas já só eram 40 soldados, e a maioria eram vacas ou porcos.

� Voltaram para a quinta, pegaram na carroça e levaram-na carregada de tábuas para os vendedores.

10:30 � O porco 3 construiu o machado de ferro, que cortava melhor as

árvores. � Depois da invenção do machado de ferro, os machados de osso

foram retirados do mercado, e tiveram um grande sucesso. � Foram também construídas as primeiras espadas de ferro, que

cortavam melhor do que as espadas de osso, entretanto retiradas do mercado.

Militar-5 (espada de ferro, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-3 (aérea-0) (marítima-0) (terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-6 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

39

� Invenções extintas: � Militar: Espada de osso � Civil: Machado de osso

� Entretanto, as vacas estavam quase a vencer a guerra porque eram

30, enquanto os porcos eram 5, os cães eram 3 e os cavalos eram só 2.

12:00 � O fim da guerra chegou, com a vitória das vacas devido ao facto de

serem muitos e os outros serem muito poucos.

� II Guerra dos Animais-22 horas (188 vítimas).

� Vacas-28 � Cães-31 � Cavalos-7 � Porcos-6

� A II Guerra dos Animais deixou a Quinta da Confusão com apenas

72 animais, ou seja, a guerra deixou a população de animais em quase 4 vezes menos, quase menos 75%.

� Apesar disso, a produção de madeira aumentou quase 30%, de 5 kg por hora para 6,5 kg por hora.

14:30 � Os donos da Quinta da Confusão foram apanhar animais para vender

na feira, mas eles saltaram para cima das bicicletas e fugiram. Mas os donos perseguiram-nos na carrinha, apanharam-nos e além de os levarem a eles, levaram também as bicicletas.

� Os 50 animais que ficaram foram logo aumentar a produção de bicicletas e carroças e tentar construir novos meios de transporte.

16:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

40

� Os cães uniram várias tábuas com pregos e tentaram colocar rodas, mas as tábuas escaparam e caíram na ribeira, mas em vez de se afundarem, flutuaram em cima da água. Eles aperceberam-se disso, fizeram modificações e construíram remos. Estava inventado o barco movido a remos.

Militar-5 (espada de ferro, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-4 (aérea-0) (marítima-1) (barco de madeira a remos-Modelo 1) (terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-6 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

� Depois, cortaram a vedação na zona da ribeira, tanto de um lado como do outro e navegaram nessa zona. O barco funcionou perfeitamente, além de descobrirem que tinham uma capacidade máxima de 5 animais e 300 kg.

� Transportes marítimos: � Barco de madeira a remos para 5 animais e 300 kg-2 unidades (não

está à venda)

20:00 � É inventado o balde de madeira para transportar a areia que foi

encontrada fora da quinta. Militar-5 (espada de ferro, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-4 (aérea-0) (marítima-1) (barco de madeira a remos-Modelo 1)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

41

(terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-7 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

� Com a escada de madeira, os animais conseguiram buscar a areia sem a derramar no caminho, usando os baldes. Assim, a areia foi armazenada num contentor de madeira construído para o efeito, mas ninguém sabia que uso dar à areia.

22:00 � Chega ao fim mais um dia de trabalho, mas como a noite está fria, os

animais não tiveram outro remédio senão juntarem-se no abrigo nocturno para se aquecerem.

� Os cientistas do grupo juraram aos outros animais que haviam de encontrar uma forma de aquecimento à noite.

� No entanto, houve um desastre com o último carregamento de tábuas de madeira através de barcos na ribeira: um barco levou peso excessivo e afundou-se 20 metros depois de partir, perdendo-se assim o barco e as tábuas de madeira, que totalizavam 35 kg. Como já era noite, tiveram que deixar o salvamento para o dia seguinte.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

42

Dia 5

A descoberta do fogo

Época inicial

5 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

43

6:30 � Os animais são surpreendidos ao nascer-do-sol por uma súbita

tempestade eléctrica que não era nada bem-vinda. � No entanto, um dos relâmpagos abate-se sobre uma árvore,

deixando-a a arder. � Os animais descobrem assim aquilo que os donos têm sempre

acendido na lareira: o fogo. Eles tinham descoberto o fogo. � Só faltava uma maneira de o produzir. Mas como estavam com

muito sono, foram-se deitar.

8:00 � Começa o dia, depois da tempestade de relâmpagos. Os cientistas

procuram uma maneira de produzir fogo. � Encontram a maneira ideal esfregando 2 paus um no outro. Estava

iniciada a era do fogo. Militar-5 (espada de ferro, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-4 (aérea-0) (marítima-1) (barco de madeira a remos-Modelo 1) (terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-8 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

� O fogo permitiu a iluminação e o aquecimento nocturno, uma melhor preparação dos alimentos, além de permitir que o ferro fosse fundido em barras, facilitando o seu transporte.

� Com o fogo, o trabalho podia prosseguir pela noite fora, a produção de madeira e de ferro não ia ser interrompida, inventaram-se os turnos diurnos e nocturnos de trabalho.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

44

� A qualidade de vida melhorou em todos os aspectos. Ainda por cima, com a invenção das banheiras de ferro, o fogo podia ser usado para aquecer a água, mesmo durante uma noite fria.

Militar-5 (espada de ferro, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-4 (aérea-0) (marítima-1) (barco de madeira a remos-Modelo 1) (terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-9 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

10:00 � Apesar da existência das banheiras de ferro, tomar banho não era

uma coisa muito fácil. Para aquecer a água, colocavam-se 2 barras de ferro em V, faziam 4 coisas dessas, colocava-se barras de ferro em cima das barras em V, colocava-se a banheira cheia de água em cima, fazia-se uma fogueira por baixo e o animal podia tomar banho à vontade.

� Mas encher a banheira não era fácil. Era preciso levar os baldes de madeira, que muitas vezes deixavam escorrer água, da ribeira à banheira de ferro. Como tinham capacidade para levar 1000 litros da água, era uma tarefa muito demorada.

� Por isso é que foram construídas as primeiras canalizações de ferro que levavam a água da ribeira directamente para a banheira, o que poupava muito tempo, bastando para isso abrir a torneira.

Militar-5 (espada de ferro, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-4 (aérea-0) (marítima-1) (barco de madeira a remos-Modelo 1)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

45

(terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-10 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

� Civil: � Machado de ferro-700 unidades (5 €) � Madeira-1.500 kg (10 €\kg) � Ferro-500 kg (25 €\kg) � Prego de ferro-5.000 unidades (2 €\5 unidades) � Escada de madeira-1 unidade (não está à venda) � Balde de madeira-100 unidades (10 €) � Fogo � Banheira de ferro-10 unidades (100 €) � Canalizações de ferro-30 tubos (50 €) � Botijas de ar de madeira-70 unidades (15 €)

� As canalizações de ferro tiveram um grande sucesso por parte dos

animais mais ricos, que se apressaram a comprar banheiras e tubos de ferro para poderem tomar banhos de água quente, que era bastante rara.

12:30 � Foi construído um novo modelo de barco a remos, o Modelo 2. Esse

modelo era maior, tinha capacidade para levar 10 animais e 600 kg de carga, mas era bastante mais caro e difícil de construir, porque era maior. Mais uma vez, só os animais mais ricos compraram as poucas unidades que existiam.

Militar-5 (espada de ferro, escudo de osso, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2) (barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

46

(terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-10 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

� Transportes marítimos: � Barco de madeira a remos-Modelo 1-20 unidades (120 €) � Barco de madeira a remos-Modelo 2-5 unidades (250 €)

� Mas ainda não existiam locais para colocar os barcos dentro de água,

eles eram colocados em terra e enfiados na água quando navegavam.

14:00 � Os donos da Quinta da Confusão arranjaram um novo animal para a

quinta: um touro. Mas os animais viram que o novo animal não podia ter pior feitio quando ele matou 2 porcos com os chifres.

� Vacas-20 � Porcos-8 � Cavalos-10 � Cães-10 � Touros-1

� Assim, a III Guerra dos Animais foi declarada… ao touro. � Mas não resolveu nada. Logo no primeiro ataque, 6 soldados foram

mortos, ficando só 26 para vencerem o touro. � Os soldados diziam que a culpa era do escudo de ossos, que ele

partia-se em pedaços nas investidas do touro e deixava os soldados à mercê dos seus ataques.

� Por isso, o escudo de ossos foi substituído pelo escudo de ferro, mais resistente.

Militar-5 (espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

47

Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2) (barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2) (terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-10 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro e botijas de ar de madeira) Construções-1 (abrigo nocturno)

� Invenções extintas: � Militar: Espada de osso e escudo de osso � Civil: Machado de osso � O escudo de ferro revelou-se bastante eficaz. Graças a ele, os 26

soldados conseguiram sobreviver às investidas do touro e atacá-lo com a espada de ferro.

17:30 � Após 3 horas e meia de combate, finalmente o touro deu sinais de

cansaço, correndo cada vez mais devagar, até ao momento em que, completamente desnorteado, caiu no chão e começou a dormir.

� Os soldados apressaram-se a colocar uma argola de couro no pescoço dele, com uma corda de couro presa a uma das paredes do abrigo nocturno. Tinham inventado 2 inventos para prender animais perigosos.

Militar-5 (espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2) (barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2) (terrestre-3) (carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-12 (machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro canalizações de ferro, argola e corda de couro e botijas de ar de madeira)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

48

Construções-1 (abrigo nocturno)

� O touro não sentiu a argola de couro no seu pescoço. Continuou a dormir, de tão cansado que estava de ter corrido tanto durante 3 horas e meia.

19:30 � Quando o touro acordou, estava rodeado de 20 soldados, prontos a

atacar e a vencer a III Guerra dos Animais. Claro que o touro tentou, com todas as suas forças, romper a corda que o prendia e atacar os soldados, mas não conseguiu. E tentou até estar bastante cansado, mas não deixava de estar furioso por estar preso.

� Entretanto, na mina de ferro, deu-se conta que havia falta de animais, pois só estavam 10 animais a trabalhar na mina de ferro e a levá-lo para a feira (assim se chamava o local onde eram vendidos todo o ferro e a madeira produzidos, para além dos instrumentos construídos. Era uma espécie de loja onde se vendia todo o tipo de coisas).

� Assim, os trabalhadores da mina compraram armas e saíram da Quinta da Confusão pela ribeira, num barco de Modelo 1 pago por todos (claro que iam à vez, pois não cabiam todos no barco), com a intenção de apanharem animais para aumentarem a população da Quinta da Confusão e a mão-de-obra na mina de ferro. Encontraram 2 vacas.

� As vacas ainda tentaram resistir, mas como não tinham armas não tiveram ouro remédio senão deixarem-se levar. Foram levadas no barco de Modelo 1 juntamente com 3 trabalhadores e foram para a mina de ferro trabalhar.

� Vacas-18 � Porcos-8 � Cavalos-8 � Cães-10 � Touros-1

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

49

� Assim, a população da Quinta da Confusão passou de 42 para 44 animais, o que não era suficiente. Organizou-se outra expedição por parte dos trabalhadores da mina de ferro, que resultou na captura de 4 cavalos, 3 vacas, 5 cães e 1 porco. Foram 13 os animais capturados e levados para aumentar a população da Quinta da Confusão e a mão-de-obra na mina de ferro. A população passou de 44 para 57 animais, e a mão-de-obra da mina de ferro passou de 12 para 25 animais, o que era excelente. Só numa hora, a mão-de-obra da mina de ferro aumentou 250%, de 10 para 25 animais.

� Mas os mineiros da mina de ferro deram início a uma época da história da Quinta da Confusão: a captura de animais vindos de fora para aumentar a população da quinta e a mão-de-obra nos diferentes trabalhos. Por isso é que os soldados passaram de 20 para 30 animais para combater o touro, o que era bom. as os mineiros da mina de ferro deram início a uma época da história da Quinta da Confusão: a captura de animais vindos de fora para aumentar a população da quinta e a mão-de-obra nos diferentes trabalhos. Por isso é que os soldados passaram de 20 para 30 animais para combater o touro, o que era bom.

22:30

� Com a moda da captura de animais de fora lançada na Quinta da Confusão, quase todos os que não era soldados foram capturar animais para aumentar a população e a mão-de-obra, o que enriqueceu bastante o comércio das armas (que na verdade era feito apenas na feira). A população da Quinta da Confusão ficou então dividida assim:

� 30 animais vigiavam o touro � 22 foram capturar animais � 5 faziam outras actividades, como a fundição do ferro e o corte de

árvores

� Embora quase todos os animais civil tenham ido capturar animais, a quinta beneficiou bastante, pois os animais capturados vinham às

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

50

dezenas, com paus a arder a iluminar o caminho. Mas os soldados também foram buscar animais, deixando o touro com cada vez menos gente a vigiá-lo.

� Vacas-40 � Porcos-30 � Cavalos-55 � Cães-25 � Touros-1

� A população da Quinta da Confusão passou de 57 para 150 animais sem contar com o touro, que não era considerado habitante da quinta por não fazer nada, só matar animais com os chifres e a força.

� Entretanto, o touro puxava a corda com tanta força que a parede começou a ranger.

23:30

� Como já não encontravam animais e porque também começou a chover, os capturadores tiveram que voltar à quinta para se deitarem, se bem que agora, a população da quinta chegue ao limite da capacidade do abrigo nocturno, que era de 150 animais. O touro, como estava a dormir, foi imperdoavelmente deixado sozinho, o que seria fatal, mais tarde.

� Entretanto, lá fora, a chuva aumentava de intensidade, o que iria provocar uma surpresa bastante desagradável de manhã.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

51

Dia 6

A fundação do Império da

Quinta da Confusão

Época da fundação do

império

6 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

52

7:30

� Quando os animais acordaram, deparam-se com uma coisa bastante desagradável: os terrenos todos enlameados, havia poças por todo o lado e a ribeira tinha transbordado, inundando as margens e por pouco não chegava ao Armazém ao ar livre, onde eram colocados todos os produtos a vender na feira, delimitado por uma cerca.

� Mas o pior de tudo foi o facto da mina de ferro estar inundada por causa das fortes chuvas e do transbordo da ribeira, de modo que a entrada estava inundada e a mina estava imprópria para se lhe extrair ferro.

� Então, os mineiros pegaram nas botijas de ar de madeira e mergulharam na mina de ferro inundada. Permaneceram lá durante 10 minutos, e saíram com 2 barras de ferro que não tinham sido levadas na noite anterior, mas não trouxeram o equipamento de fundição de ferro (que era constituído por uma panela de ferro onde se derretiam as pedras de ferro, uma caixa de ferro onde se colocavam as pedras derretidas pelo fogo para arrefecerem com uma tampa e uma estrutura em ferro para colocar a panela, a caixa e a fogueira que derretia o ferro, para além de uma pinça para pegar na panela e na barra de ferro quente acabada de fundir.). Isso porque as águas estavam lamacentas demais para se abrirem os olhos debaixo de água e verem onde estão as coisas.

� Mas os cientistas não tinham nada para ver debaixo de água. Assim, todo o ferro disponível para uso na Quinta da Confusão resumia-se ao que estava no Armazém da feira, que eram cerca de 700 kg.

� Claro que os preços subiram em flecha, passando de 20 €\kg para 50 €\kg.

� Entretanto, o touro acordou e ao notar que estava sozinho, começou logo a puxar a corda para ver se soltava. Ao princípio não obteve resultados, mas o terreno, como estava lamacento, fazia com que a parede não estivesse totalmente presa ao chão. Assim, a parede foi-se esticando, esticando até o touro se cansar e parar de puxar.

8:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

53

� Sem ninguém saber como, a verdade é que a venda do ferro aumentou imenso desde a noite passada, fazendo com que houvesse cada vez menos ferro. Dos 700 kg que haviam no Armazém da feira, 620 já tinham sido vendidos às 8:00. E tudo isto quando a mina de ferro ficou inundada. É que os animais tinham medo de uma nova inundação e por isso compraram montes de ferro para se protegerem. Assim, a feira ganhou mais de 30.000 € em apenas meia hora.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6

Vendido

Existente

Ilustração 3 - Gráfico com o ferro vendido e existente em kg nos Dia 3,4,5 e 6 na

Feira da Quinta da Confusão

� Quanto ao touro, esse tentava a todo o custo libertar-se e fugir.

9:00

� É vendida a última barra de ferro que havia na feira. O ferro esgotou-se na Quinta da Confusão e os cofres da feira já tinham mais 35.000 €. Isso era mais dinheiro do que tinham todos os animais da Quinta da Confusão.

� Feira:

36.500 € no cofre.

� Assim, já não havia ferro para fazer armas. O único ferro que havia estava na forma de instrumento.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

54

� Assim, 90 animais armados saíram da Quinta da Confusão para encontrarem mais minas de ferro.

� E os cientistas tentam inventar algo que permita ver debaixo de água, para retirarem os instrumentos de fundição de dentro da mina de ferro inundada.

� A Quinta da Confusão fica situada no distrito de Bragança. O lado oeste (a quinta é rectangular) fica a 500 metros do distrito de Vila Real e o lado este a 1500 metros. O lado sul fica a 500 metros do distrito da Guarda e o lado norte a 1000 metros.

� A quinta é rectangular, tem 1 km de comprimento, no sentido este-oeste e vice-versa e 500 metros de largura, no sentido norte-sul e vice-versa.

10:30 � Dá-se um desastre: o touro consegue puxar a parede com tanta força

que a arranca do sítio e rompe a argola de couro que o prendia. Mata logo 7 animais em apenas 2 minutos.

� Entretanto, fora da quinta, os 90 animais que saíram em busca de ferro descobrem uns frutos desconhecidos, que são redondos, tem casca roxa, interior sumarento e contêm sementes. São as uvas. Eles descobriram as uvas. Dá-se o primeiro avanço na gastronomia.

� Gastronomia (2): � Alimentos (2): Ervas e uvas

� Antes da descoberta das uvas, os animais só comiam ervas que

cresciam espontaneamente em toda a quinta. Agora, também tinham as uvas. Provaram-nas, acharam-nas deliciosas e assim apanharam algumas para levar para a quinta.

� Na quinta, o touro já tinha morto 30 animais, e os que sobraram pegaram nas armas e foram continuar a III Guerra dos Animais.

� Os 90 animais que foram procurar ferro dividiram-se em 2 grupos de 45 animais cada:

Um grupo ia procurar ferro. O outro ia voltar à quinta para apanhar baldes para colher as uvas e vendê-las à feira.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

55

� Mas assim que o segundo grupo voltou à quinta, viram o touro a

perseguir e matar mais animais da quinta. Pegaram nas armas e foram-se juntar aos soldados da III Guerra dos Animais.

� Quanto ao primeiro grupo, esses andaram tanto que acabaram por sair do distrito de Bragança e entraram no distrito de Vila Real. Aí, encontraram 10 animais, que foram logo capturados e levados para a quinta, onde a Guerra estava no auge, com 60 soldados a combater contra o touro.

13:00 � Já tinham chegado à quinta mais 104 animais, e a maioria deles

foram combater na III Guerra dos Animais, contra o touro. De tal maneira que a população da quinta estava dividida assim:

� 104 animais lutavam contra o touro � 46 tinham ido capturar mais animais � 72 estavam a trabalhar noutras actividades

� A população de 222 animais estava então dividida assim. E cada vez

chegavam mais. � Mais tarde, chegaram os capturadores com mais 6 animais. A

população passou de 222 para 228 animais. � Entretanto, os animais que foram colher uvas chegaram à quinta e

foram-nas vender à feira, por 100 €\kg. Como tinham colhido 4,5 kg, o dinheiro dado era de 450 €, ou seja 10 € para cada animal. Claro que foram logo apanhar mais uvas.

14:30 � O porco 5 acendeu uma tocha ver se evaporava as águas que

enchiam a mina de ferro. Mas, no caminho, o touro arremessou-o para cima da ribeira e a tocha caiu, acesa, em cima do contentor onde estava toda a areia recolhida e à espera de ser usada para alguma coisa.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

56

� Claro que os animais foram logo apagar o fogo com baldes cheios de água. Mas assim que o fogo foi apagado, o cavalo 8 descobriu uma coisa transparente e quebradiça no local do fogo. Era o vidro. Tinham descoberto o vidro e a maneira de o preparar.

Militar-5(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2) (terrestre-3)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira e bicicleta de madeira) Civil-13(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira e vidro) Construções-1(abrigo nocturno)

� O vidro foi preparado colocando areia dentro de uma moldura de madeira (mais tarde seria de ferro), e faziam uma fogueira em cima, fazendo assim o vidro. Depois era colocado numa janela de madeira, e a janela era colocada onde era precisa. Foi assim que se fizeram as primeiras carruagens com tecto, portas e janelas, com capacidade para 6 pessoas.

Militar-5(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2) (terrestre-4)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira e carruagem de madeira) Civil-13(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira e vidro) Construções-1(abrigo nocturno)

� Transportes terrestres:

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

57

� Carroça de 2 rodas de madeira-50 unidades(100 €) � Carroça de 4 rodas de madeira-25 unidades(150 €) � Bicicleta de madeira-120 unidades(70 €) � Carruagem de madeira-2 unidades(400 €)

17:00 � Os animais que foram procurar ferro já estavam a mais de 1,5 km da

quinta quando um deles tropeçou numa coisa. Era uma barra de ferro. Isso significava que havia uma mina de ferro nas proximidades, pois eles eram os primeiros animais da Quinta da Confusão a irem para aqueles sítios.

� Não demorou muito tempo para encontrarem a mina de ferro. Mas estava ocupada. Estavam outros animais a trabalhar e a extrair ferro da mina. Mas não tinham as armas dos animais da Quinta da Confusão. Voltaram para trás para comunicarem que tinham achado uma mina de ferro ocupada, com gente a extrair ferro lá dentro.

� Na quinta, o touro foi finalmente morto, dando fim à III Guerra dos Animais.

� III Guerra dos Animais -1 dia e 3 horas(50 vítimas).

� Assim, os 228 animais da Quinta da Confusão dividiram-se assim:

� 128 animais iam conquistar a mina de ferro que encontraram fora da

quinta � 72 iam capturar animais de fora para aumentar a população � Os restantes 28 iam trabalhar nas actividades da quinta

� Para ajudar a conquista, a feira ofereceu armas ao grupo que ia

conquistar a mina de ferro do exterior. � Assim, os 228 animais da Quinta da Confusão começaram a

trabalhar nas suas tarefas.

17:30

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

58

� Os 128 animais que se dirigiam à mina desconhecida chegaram ao destino. E escusado será dizer que mal entraram começaram logo a matar todos os mineiros e trabalhadores que encontraram na frente. A conquista foi rápida e fulminante. Os poucos sobreviventes fugiram a sete pés dali para fora, para a quinta onde viviam.

� Assim, a Quinta da Confusão já tinha uma mina de ferro para substituir aquela que foi inundada. Só faltava era enviar trabalhadores para extrair o ferro, que estava esgotado e fazia tanta falta na Quinta da Confusão.

� Assim, 28 animais voltaram à Quinta da Confusão para trazerem carroças e mais trabalhadores para trabalhar na nova mina. Os outros 100 ficariam a explorar e a guardar a mina de ferro descoberta de outras quintas, nomeadamente aquela que estava a trabalhar na mina antes da chegada dos animais da Quinta da Confusão.

� Entretanto, na quinta, a população subiu de 228 para 255 animais, e foram os recém-chegados que foram levados para a nova mina de ferro, juntamente com 5 carroças.

� De volta à mina, os animais que estavam lá viram que se aproximavam 50 animais, provavelmente vindos da quinta a que pertencia a mina, enviados para expulsar os intrusos e recuperar a mina.

� A batalha foi ganha facilmente pelos soldados da Quinta da Confusão, por serem mais e por terem melhores armas, de tal maneira que nenhum dos animais da Quinta da Confusão sofreu um único arranhão, ao contrário dos outros animais, que foram quase todos mortos.

18:00 � Chegaram à nova mina as carroças e os trabalhadores que se puseram

ao trabalho imediatamente (usando os instrumentos que os antigos donos da mina deixaram na fuga). Rapidamente, as barras ficaram prontas para serem levadas para a Quinta da Confusão e serem vendidas na feira.

� Na quinta, a população já chegava aos 290 animais, um novo recorde, batido graças aos capturadores, que levavam animais às dezenas para a Quinta da Confusão.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

59

� Entretanto, na antiga mina, aquela que foi inundada, os animais conseguiram tirar água suficiente da mina para que fosse possível retirar os instrumentos de fundição das barras, que foram deixadas ao ar livre para secar.

� Voltando à nova mina, 50 animais foram encarregados de encontrar a quinta dos antigos donos da mina, e descobrir que quinta era.

� Não foi preciso andar muito. Cerca de 500 metros depois da mina, lá estava ela, a quinta onde viviam os antigos donos da mina. Voltaram para trás para comunicar aos outros a localização da quinta.

19:00 � É planeado um ataque à quinta dos antigos donos da mina.

Aproveitando o facto de a população da quinta ser de 310 animais (graças aos capturadores, que faziam muito bem o seu trabalho), cerca de 200 animais partiram armados até aos dentes (a feira já vendia o ferro vindo da nova mina, por isso é que era possível comprar tantas armas), na intenção de atacarem a quinta dos antigos donos da mina.

� Puseram-se a caminho, ao mesmo tempo em que chegava mais uma carroça carregada de barras de ferro vindos da nova mina.

� Quanto aos capturadores, esses elevaram a população até aos 320 animais, mas depois não encontraram mais animais na zona. Era preciso ir mais longe para descobrir mais animais.

� Quanto às uvas, os animais trouxeram sementes de parreiras para semear nos terrenos da Quinta da Confusão, para não ser necessário ir tão longe para colher uvas.

� Entretanto, 5 dos animais que descobriram as uvas tornaram-se cada vez mais ricos, ao venderem-nas à feira por 300 €\kg. Já tinham uma fortuna de 8.500 €, e continuavam a enriquecer.

� Na Quinta da Perfeição (assim se chamava a quinta dos antigos donos da nova mina), cuja população é de 250 animais, também planeavam um ataque à Quinta dos Confusão, embora não soubessem o nome. Chamavam-lhe «a quinta onde vivem os novos donos da nossa antiga mina».

� Planeavam usar 150 soldados. Mas de armas, só tinham a espada de ferro e o escudo de osso, ainda, porque eles eram muito forretas.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

60

Queriam tudo pelo mínimo de esforço, e foi por isso que não conseguiram expulsar os animais da Quinta da Confusão da mina. Sim, porque eles eram muito ricos.

� O animal mais rico tinha 70.000 €, quase o dobro do dinheiro da feira da Quinta da Confusão.

19:30 � As tropas da Quinta da Confusão chegaram à Quinta da Perfeição, no

distrito de Vila Real. E o ataque foi tão violento que nenhum dos sobreviventes o esquecerá tão cedo.

� Incendiaram-se várias construções, morreram mais de 150 animais, a Casa da Perfeição (assim se chamava o local onde eram armazenados e vendidos todos os produtos da Quinta da Perfeição. Era como o armazém e a feira juntos, na Quinta da Confusão) foi saqueada e os prejuízos ultrapassaram os 20.000 €.

� O animal mais rico, como era o presidente da quinta (naquela quinta, é o presidente que governa a quinta, a seguir aos donos, claro), teve que pagar todos os prejuízos do ataque do seu bolso. Ele ficou furioso ao saber que tinha de pagar tudo sozinho e jurou que havia de destruir a Quinta da Confusão até ao último prego, ou então preferia morrer e deixar toda a sua riqueza aos animais da Quinta da Confusão.

� Quanto aos atacantes, voltaram cobertos de glória para a Quinta da Confusão, com muitas riquezas que nem em 3 dias seriam produzidas.

� Na Quinta da Perfeição, a situação era bastante má. Dos 250 habitantes, apenas 85 sobreviveram à violência do ataque, dos 20 edifícios, apenas 3 permaneciam inteiros, a Casa da Perfeição foi saqueada em mais de 60% das suas riquezas, a maioria delas eram difíceis de conseguir e os prejuízos atingiam 25.000 €, sem contar com o que fora saqueado à Casa da Perfeição, que totalizava 30.000 €.

� As riquezas foram muito bem aproveitadas na Quinta da Confusão, ao contrário da Quinta da Perfeição. Foram construídos mais 2 abrigos nocturnos, que tinham capacidade para 100 animais cada, foi construído um edifício para substituir o Armazém ao ar livre, outro

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

61

para abrigar a feira, com janelas, portas e tudo o resto, foram construídas mais armas, etc.

� A norte da quinta foram capturados mais animais, além de descobrirem uma enorme quantidade de árvores que podiam alargar a indústria da madeira.

� A população passou de 320 para 345 animais. Os 5 animais que descobriram as uvas passaram a ser os directores da indústria da uva, que já tinha metade da riqueza da feira. A indústria da uva incluía:

� 4 terrenos quadrados com 50 metros de lado para cultivar as uvas. � 10 animais para tirar as uvas do cacho e enfiá-las nas caixinhas de

madeira. � Uma pequena cerca que era onde se vendiam as uvas. Aquele local

chamava-se Loja da uva. � Outra cerca, maior, para armazenar as caixinhas com 10 uvas cada.

Aquele local chamava-se Armazém da uva ao ar livre. � 20 animais para tratarem da plantações da uva. � 2 animais para vender as uvas. � 15.000 € que pertenciam aos directores da indústria da uva.

� Entretanto, na Quinta da Perfeição, eram muitos os planos para

atacar a Quinta da Confusão, mas nenhum era posto em prática.

21:00 � Ficaram concluídas as construções que foram pagas com o dinheiro

saqueado à Casa da Perfeição. Ainda assim, ainda sobraram 5.000 € que foram para o cofre da feira.

� Feira: � 41.500 € no cofre

Militar-5(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

62

(terrestre-4)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira e carruagem de madeira) Civil-13(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira e vidro) Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Construções: � Abrigo nocturno-3 edifícios(350 animais) � Armazém-1 edifício(10 toneladas-Capacidade máxima) � Edifício da feira(20 clientes)

� Entretanto, como já era noite, os animais decidiram formar um

exército com 245 soldados para destruir a Quinta da Perfeição, capturar os seus habitantes e saquear as riquezas que lá estavam.

� Apesar de tudo, os donos da Quinta da Confusão saíram na carrinha sem repararem no aumento da população e nas novas construções que fizeram. O cavalo 35 disse aos outros animais que ouvira os donos dizerem que iam para o Porto e passavam lá a noite, por um motivo que só eles sabiam.

� Isso motivou mais animais a irem combater para a Quinta da Perfeição. Acabaram por ir 250 animais. Os outros ficaram à espera que voltassem, cobertos de glória, carregados de riquezas até cima e com a Quinta da Perfeição nos seus domínios.

21:30 � Os 85 animais da Quinta da Perfeição usaram o dinheiro

generosamente cedido pelo presidente da quinta para se armarem para irem destruir a Quinta da Confusão. Mas afinal quem chegou foram os soldados da Quinta da Confusão. A batalha deu-se na própria quinta, resultando na vitória da Quinta da Confusão.

� Dos 85 animais da Quinta da Perfeição, 35 foram capturados e levados por 100 soldados para a Quinta da Confusão. Os outros 50 foram mortos, incluindo o próprio presidente da quinta, que deixou bem claro que ou destruía a Quinta da Confusão ou morria e dava todos os seus bens à Quinta da Confusão. Foi a segunda hipótese que

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

63

aconteceu, visto que todos os bens dele foram levados para a Quinta da Confusão.

� Assim, a Quinta da Perfeição foi dominada pela Quinta da Confusão, e todos os bens que possuía passaram a pertencer à Quinta da Confusão. Os donos não notaram, pois os animais eram sempre iguais, mesmo pertencendo a outra quinta.

� Claro que vários animais da Quinta da Confusão foram logo para a Quinta da Perfeição festejar a primeira conquista no exterior da quinta.

� Mas era preciso construir abrigos nocturnos, reparar os edifícios que foram destruídos no ataque anterior, etc.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

64

Dia 7

O domínio dos dois touros

Época da fundação do

império

7 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

65

0:30 � Foi concluído o 1º abrigo nocturno da Quinta da Perfeição. Tinam

capacidade para 200 animais.

� Construções: � Abrigo nocturno-4 edifícios(550 animais) � Armazém-1 edifício(10 toneladas-Capacidade máxima) � Edifício da feira(20 clientes)

� Escusado será dizer que mal o abrigo nocturno foi acabado, os

animais deitaram-se logo dentro dele, mesmo não havendo espaço para todos.

8:00 � Quando os animais acordaram, trataram logo de defender a nova

propriedade que tinham conquistado no dia anterior de possíveis ataques. Podia haver mais territórios que pertencessem à quinta que tivessem gente pronta a atacar e a expulsar os intrusos.

� Foi criada uma carreira de carruagem que ia da Quinta da Confusão para a Quinta da Perfeição. Estavam criados os primeiros transportes públicos.

� Carreiras de transportes terrestres(1): � Quinta da Confusão - Quinta da Perfeição-30 minutos(2 km)

� Dos 345 animais da Quinta da Confusão, 145 voltaram à Quinta da

Confusão nas carruagens, e os outros 200 ficaram na Quinta da Perfeição para a colonizarem.

� Imediatamente, 50 animais partiram para capturarem animais de fora.

� Os outros continuaram a construir e a reparar edifícios.

9:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

66

� Quando os 50 animais que iam capturar outros animais voltaram, traziam notícias óptimas: tinham descoberto uma mina 1 km a norte da quinta que continha um metal amarelo e brilhante. Era uma mina de ouro que pertencia à Quinta da Perfeição quando ainda não tinham sido destruída.

� E o melhor é que estava vazia, ninguém mais tinha lá entrado desde a conquista da quinta. Escusado será dizer que 100 animais dirigiram-se logo para essa mina em passo de corrida, para ver se enriqueciam com o novo metal: o ouro.

Militar-5(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2) (terrestre-4)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira e carruagem de madeira) Civil-14(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro e ouro) Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Na Quinta da Confusão, começou a ser explorado o sítio onde se tinham descoberto muitas árvores, 1,5 km a norte da Quinta da Confusão. Isso permitiu que alguma da madeira que fora produzida ali fosse levada em carroças para a Quinta da Perfeição.

� Mas o caminho era longo, eram 3,5 km a percorrer em terrenos cheios de pedras, raízes de árvores e mais. Os carregamentos de madeira levavam 1 hora para ir do local de produção para a Quinta da Perfeição.

� Mas as várias riquezas permitiram aos cientistas desenvolverem uma maneira de fazerem uma estrada entre as duas quintas, o que permitiria levar a madeira mais facilmente e as carruagens podiam andar melhor.

10:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

67

� Os cientistas tentam alisar um pouco da estrada com terra molhada. Como viram que funcionava como o alcatrão nas estradas, foram em frente. Contrataram 40 animais para fazerem a estrada entre as duas quintas com terra molhada, que ao secar ficava dura e funcionava como o alcatrão.

� Entretanto, as carroças que traziam madeira vinda do novo local descoberto chegou à Quinta da Perfeição, ao mesmo tempo que chegavam mais 30 animais capturados, o que aumentava a população de 345 para 375 animais, o que era muito. Assim, as carroças foram usadas para irem buscar o ouro à mina que pertencia à Quinta da Perfeição.

� 2 cartógrafos partiram de carruagem para a mina de ouro descoberta, para fazerem mapas da mina com um tipo de papel feito de couro que fora inventado pelos cientistas enquanto construíam o abrigo nocturno, na noite anterior.

� A tinta era simplesmente sumo de uva, descoberto também pelos cientistas, quando comiam uvas para matar a fome.

Militar-5(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro e bicicleta de guerra em madeira) Transportes-5 (aérea-0) (marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2) (terrestre-4)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira e carruagem de madeira) Civil-16(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro e tinta de uva) Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Entretanto, os donos da Quinta da Confusão voltaram a casa. Mas, mal ouviram uns rugidos de fúria que tão bem conheciam, os habitantes que lá estavam, ou seja, cerca de 145, dividiram-se:

� 100 pegaram logo em todos os transportes que tinham à mão e

fugiram da quinta

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

68

� 45 pegaram em armas, na argola e na corda de couro e prepararam-se para o pior.

� Todos estavam à espera de um novo touro, mas verificaram com

horror que os donos tinham trazido não um, mas dois touros furiosos e corpulentos. Foi o fim. Gerou-se o pânico geral, todos tentaram fugir, enquanto os touros começar a matar gente.

� No final, só conseguiram escapar 5 animais que milagrosamente chegaram à Quinta da Perfeição, deixando a outra quinta sob o comando dos dois touros. Era necessário fazer um plano para vencer os touros.

11:00 � Os capturadores descobriram vários animais a sul da Quinta da

Perfeição, e não hesitaram em capturá-los a todos. � Assim, a população da quinta passou de 375 para 410 animais. Mas

não chegava. Era necessário um exército de pelo menos 500 animais para derrotar os dois touros. Os cientistas também trabalhavam para descobrirem novas armas que permitissem matar os touros com segurança.

� Entretanto, a estrada construída já atingia 300 metros. Só faltavam 1,7 km para ligar as duas quintas. Isso iria ajudar à movimentação dos soldados quando forem derrotar o touro.

13:00 � A população já chegava aos 490 animais. Isso porque os

capturadores tinham encontrado bastantes animais. A Quinta da Perfeição não devia capturar animais de fora, caso contrário já tinham fugido. Entretanto, os cientistas descobriram uma nova arma que matava à distância, o arco de madeira e a flecha de ferro.

Militar-7(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira e flecha de ferro) Transportes-5 (aérea-0)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

69

(marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2) (terrestre-4)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira e carruagem de madeira) Civil-16(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro e tinta de uva) Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Escusado será dizer ninguém quis esperar. Foram logo 400 soldados para a Quinta da Confusão para matarem os touros, apenas tendo o arco e a flecha para os derrotar.

� Enquanto isso, foi construída uma nova feira na Quinta da Perfeição, que já vendia o ouro vindo da mina de ouro.

13:30 � Finalmente os soldados chegaram à Quinta da Confusão, para se

defrontarem com os touros. Tendo apenas o arco e a flecha, um soldado disparou ao acaso, mas a flecha quase acertou no dono, que ficou logo furioso e foi buscar uma espingarda para matar o animal responsável. Escusado será dizer os 400 soldados voltaram logo a correr para a Quinta da Perfeição.

� Na Quinta da Perfeição, 3 cartógrafos decidiram fazer uma viagem de reconhecimento numa carruagem para fora da quinta, para este, para melhorarem os mapas e saberem o que havia a este da Quinta da Confusão.

� Na Quinta da Confusão, os touros começaram a partir o maior dos abrigos nocturnos. Como não havia ninguém para matar, descarregavam as fúrias nas construções que lá estavam.

18:00 � Os 3 cartógrafos já tinham partido à 4 horas e meia e ainda não

tinham voltado. Uma equipa de 100 animais foram encarregados de descobrirem onde estavam, seguindo para este da Quinta da Confusão. Partiram, na esperança de os encontrarem e verem que mapas tinham feito.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

70

� Entretanto, os capturadores já tinham elevado a população de 490 para 515 animais. Assim, 115 partiram para descobrirem o que havia a este da quinta.

� Os 2 cartógrafos que tinham partido de carruagem para a mina de ouro às 10 horas voltaram à Quinta da Perfeição carregados de mapas da mina de ouro. Foram feitas várias cópias dos mapas para que os mineiros se pudessem orientar dentro da mina. Mas os cartógrafos partiram para a mina de ferro na mesma carruagem para fazerem mapas da mina de ferro.

21:30 � Os animais encarregados de encontrarem os cartógrafos voltaram à

Quinta da Perfeição. Todos esperavam que eles viessem atrás, mas não tinham sido encontrados.

� Tinham andado mais de 3 km para este da Quinta da Confusão, tinham procurado em todos os locais possíveis e impossíveis num raio de 3 km a este da Quinta da Confusão, até tinham descoberto uma nova quinta, só não encontraram os cartógrafos.

� De carruagem, tinham entrado em territórios totalmente desconhecidos dos animais da Quinta da Confusão, tinham feito alguns mapas, mas não tencionavam voltar tão cedo.

� Todos achavam que foram os animais da quinta descoberta a 3,5 km da Quinta da Confusão que os tinham morto. Assim, planearam um ataque a essa quinta.

� Entretanto, os animais que tinham ido descobrir o que havia a este da quinta voltaram com notícias maravilhosas: tinham descoberto uma mina de carvão 1 km a este da quinta. Era a última das 3 minas que pertencia à Quinta da Perfeição.

� Os outros animais ficaram radiantes porque já conheciam o carvão e as suas propriedades. Já tinham visto carvão na casa dos donos, mas agora já o podiam usar e comerciar.

� Foram enviadas 5 carroças e 50 trabalhadores para extraírem o carvão da mina.

23:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

71

� Chega ao fim mais um dia de trabalho na Quinta da Confusão. Todos os 515 animais da Quinta da Confusão voltam a casa, menos os 3 cartógrafos que pensam terem sido mortos pela quinta descoberta durante as buscas para os encontrarem.

� Entretanto, na Quinta da Confusão, os touros acabam por derrubar o maior dos abrigos nocturnos, e adormecem logo a seguir.

23:30 � Um animal fugiu da Quinta da Perfeição para matar os touros que

despovoaram a Quinta da Confusão. Armado com um arco e 10 flechas de ferro, vai para ao pé dos touros que estão a dormir e atira-lhes flechas. As flechas matam um dos touros mas apenas ferem o outro.

� O animal pega nos touros, coloca-os em cima de uma carroça e leva-os para a Quinta da Perfeição. Pena que não saiba que apenas matou um dos touros.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

72

Dia 8

A descoberta da pólvora

Época da fundação do

império

8 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

73

8:00 � Assim que os animais acordam, vêem logo os dois touros, um deles

morto, o outro apenas ferido. Descobrem logo o autor da façanha e felicitam-no por ser tão corajoso. Dão-lhe 10.000 € como recompensa. Mas o touro que estava ferido saltou da carroça e começou a andar em direcção aos animais, cambaleando por estar ferido.

� É imediatamente morto pelos animais, que ficam logo radiantes por terem acabado com os touros que estavam a destruir as construções da Quinta da Confusão. Cerca de 265 animais dirigem-se logo para a Quinta da Confusão para repararem todos os estragos. Os touros apenas tinham morto 40 animais.

9:00 � Na Quinta da Confusão, o abrigo nocturno derrubado pelos touros

começa a ser reparado. � Os capturadores conseguem elevar a população de 515 para 530

animais. O suficiente para ser organizado um exército com 450 animais que partem em direcção à quinta descoberta durante as buscas aos 3 cartógrafos.

� O que não impede que os capturadores deixem de fazer o seu trabalho.

10:00 � Os 450 soldados chegam à quinta descoberta, 3 km a este da Quinta

da Confusão. Como sabiam que a fadiga podia ajudar à derrota, decidem descansar antes do ataque.

� Na Quinta da Perfeição, chegam os primeiros carregamentos de carvão do dia, que têm um grande sucesso, sobretudo por parte dos animais ricos, como os 5 directores da indústria da uva.

� Na Quinta da Confusão, os animais conseguem, à força dos músculos e dos baldes, retirar os últimos litros de água que estavam dentro da mina de ferro do interior da Quinta da Confusão. Vêm logo vários trabalhadores para extraírem ferro da mina.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

74

10:30 � Os soldados preparam as armas para o ataque e atacam logo a seguir.

Mas viram com horror que a quinta era muito maior do que pensavam e a população de animais ultrapassava os 1.000 animais.

� Começou uma batalha terrível. Havia mortes nos dois lados do combate. Ouviam-se o ruído das espadas, os escudo a levaram com pancadas violentas e muito mais.

� Chegaram os primeiros carregamentos de carvão à Quinta da Confusão. O carvão foi levado para a Casa da Confusão (era o novo nome do armazém ao ar livre da feira, desde que foi construído um edifício para o armazém.), que depois era vendido na feira a preços altos.

� De volta à quinta descoberta, os soldados da quinta desconhecida possuíam uma arma desconhecida que era terrivelmente eficaz. Consistia num cilindro de madeira oco, cheio de pólvora, que tinha um rastilho feito de couro que se acendia e depois explodia. Finalmente, os soldados da Quinta da Confusão pediram tréguas. Os soldados da quinta desconhecida aceitaram na condição de nunca mais voltarem. Os soldados da Quinta da Confusão voltaram a correr para casa.

11:30 � Os soldados chegam à Quinta da Confusão. Tinham morto 100

animais da quinta desconhecida, mas apenas chegaram vivos à quinta 150 animais.

0

100

200

300

400

500

600

Dia 1

Dia 3

Dia 5

Dia 7

População

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

75

Ilustração 4 - Gráfico com a população do Império da Quinta da Confusão dos Dias 1

ao 8 (valores do final do dia)

� Assim, a população baixou de 530 para 230 animais.

12:00

� Cerca de 30 animais reuniram-se para prepararem algo que lhes permitisse fazer frente aos soldados da quinta desconhecida.

� Enquanto isso, deu-se uma boa notícia: a estrada entre as duas quintas estava finalmente completa. As carruagens já podiam ir de uma quinta à outra em apenas 30 minutos. Os soldados já podiam chegar mais depressa ao local de combate. As carroças carregadas de mercadorias já podiam chegar mais depressa ao local de venda. E muito mais.

� Na mina de ouro, os mineiros começam a ter dificuldades em encontrar ouro. Isso porque os antigos donos já a exploravam à 6 dias atrás.

13:30

� Finalmente, os 30 animais que se reuniram fizeram um plano para conquistarem a nova quinta. Cerca de 200 soldados iriam de noite à quinta e roubariam toda a pólvora que encontrassem e levavam-na para a Quinta da Confusão, para depois se analisar e descobrir o modo de fabrico da pólvora.

� Entretanto, os conquistadores elevaram a população de 230 para 265 animais.

� Na mina de ouro, as jazidas de ouro descobertas baixavam de minuto para minuto. Rapidamente, a falta de ouro fez os preços subirem em flecha nas 2 feiras.

� Mas, ao mesmo tempo, o preço do carvão e do ferro descia de hora para hora, porque as jazidas eram cada vez mais.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

76

14:30

� São descobertos os ponteiros de madeira, que servem para escrever melhor com a tinta de uva. Molha-se o ponteiro e escreve-se no papel de couro. Quando a tinta acabar, volta-se a molhar o ponteiro na tinta de uva.

� Como o ponteiro de madeira era bastante pequeno, fizeram-se várias centenas logo de início, e o preço manteve-se sempre baixo, o que fez com que a procura fosse grande.

Militar-7(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira e flecha de ferro)

Transportes-6

(aérea-0)

(marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2)

(terrestre-4)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira e carruagem de madeira)

Civil-17(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva e ponteiro de madeira)

Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Assim, escrever passou a ser bastante mais fácil. Antes, espremia-se a uva directamente para o papel de couro, agora molhavam-se os ponteiros de madeira na tinta de uva e escrevia-se directamente no papel de couro.

� Entretanto, houve um desastre numa carruagem que ia para a Quinta da Perfeição. Os cavalos assustaram-se, começaram a andar para fora da estrada, a carruagem tombou para o lado, o eixo dianteiro partiu-se e 2 dos passageiros ficaram feridos. Era o primeiro desastre das carruagens.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

77

� Claro que os cientistas puseram-se ao trabalho para descobrirem uma maneira de evitarem que as carruagens saíssem do trilho para não provocarem desastres.

� As carroças que saem da mina de ouro com ouro para ser vendido na feira são cada vez menos e as poucas que se mantêm transportam cada vez menos ouro. Uma carroça chegou a transportar apenas 5 kg de ouro, ao contrários dos habituais 50 kg.

� Era urgente encontrar uma nova mina de ouro, antes que este se esgotasse na mina e nas feiras.

16:00

� A mina de ouro fica com cada vez menos ouro. Os animais, desencorajados pela falta de ouro, abandonam a mina. Os poucos mineiros que sobram não são suficientes para encontrarem novas jazidas de ouro, que já são raras.

� A certa altura, já só saem 5 carroças com ouro por hora da mina, e apenas com 5 kg de ouro cada uma.

� Mas a população já chegava aos 305 animais, graças aos capturadores.

� Os carregamentos de madeira, ferro e carvão não param de aumentar, o que faz com que os preços desçam de hora para hora. A certa altura, os preços eram tão baixos que 1 kg de ferro custava apenas 80 cêntimos, 1 kg de madeira custava 65 cêntimos e 1 kg de carvão custava apenas 55 cêntimos. Era tudo muito barato.

� Mas o ouro não parava de aumentar. Um kg de ouro já custava 70 €, e os aumentos não paravam.

18:00

� Passam-se mais de 30 minutos desde que chegou o último carregamento de ouro à feira da Quinta da Perfeição e mais de 1 hora e meia desde que chegou o último carregamento de ouro à feira da

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

78

Quinta da Confusão. Isso aconteceu porque já só havia 5 kg de ouro na mina escavados nas últimas 2 horas.

� Os carregamentos de madeira, ferro e carvão não param de aumentar. São tantos carregamentos que por vezes chegam a chegar 3 carroças ao mesmo tempo às 2 feiras dos domínios da Quinta da Confusão.

� Os primeiros a chegar à Quinta da Confusão são os carregamentos da mina de ferro, porque como fica a meio-caminho entre as duas quintas, tem entrada directa para a estrada, o que facilita bastante as movimentações das carroças. Também a mina que existe dentro da Quinta da Confusão produz bastante ferro.

� Entretanto, os animais notam que sabem o que existe a norte, a este e a oeste das quintas, mas que não sabem o que há para sul das vedações. Ninguém sabe onde fica a foz da ribeira que atravessa a Quinta da Confusão.

� Assim, 2 cartógrafos começam a navegar para sul da ribeira num barco de Modelo 2, com mais de 100 folhas de papel de couro, 15 ponteiros de madeira e 50 litros de tinta de uva. Não vão muito longe.

� Cerca de 500 metros depois da quinta, chegam à foz da ribeira e vêm pela primeira vez o enorme rio onde desagua a ribeira, entretanto baptizada por Ribeira da Confusão, para festejar a descoberta da foz da ribeira, por passar pela por dentro da Quinta da Confusão. Esse rio era o rio Douro. O mesmo que nasce em Espanha e desagua depois do Porto.

� E os 2 cartógrafos ficam logo assustados, pois vêm passar um barco feito de ferro com uma chaminé a deitar fumo carregado de animais de outras quintas. Os 2 cartógrafos tentaram seguir o barco a vapor no barco a remos, mas ele distanciou-se e os cartógrafos tiveram que voltar para trás. Mas antes disso, seguiram em direcção à foz do Douro para descobrirem de onde vinha o barco a vapor.

� Ainda era longe, mas resultou, pois 2,5 km mais à frente viram 2 barcos a vapor a andarem devagar. Ultrapassaram-nos, deixando os tripulantes bastante surpreendidos por verem outros animais no rio

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

79

Douro. Rapidamente chegaram à quinta a que pertencia o barco visto na foz da Ribeira da Confusão.

� Tinha uma grande ponte em ferro a ligar as duas margens. Havia animais a circular tanto num lado como no outro. Também havia um grande porto feito de madeira onde estavam atracados 5 barcos a vapor. Atracaram o barco a remos no porto e desembarcaram.

� Viram uma carroça a levar ferro para dentro de um dos barcos a vapor. Havia também uma feira onde se vendia ferro, madeira e carvão. Também havia armas, e entre elas estava a tão desejada pólvora. Não resistiram. Compraram 5 cilindros de pólvora, voltaram para o barco e remaram em direcção à Quinta da Confusão.

18:30

� Os 2 cartógrafos regressaram à Quinta da Confusão. Contaram aos outros animais que, a sul da Quinta da Perfeição havia uma pequena quinta, mas que tinha um enorme e movimentado porto onde circulavam barcos a vapor que usavam o carvão como combustível.

� Disseram também que tinham uma ponte em ferro a ligar as duas margens do rio, que era onde desaguava a Ribeira da Confusão. Uma carruagem partiu para a Quinta da Perfeição para ser confirmado aquilo que os cartógrafos disseram. Levaram a pólvora que trouxeram para tentarem descobrir o segredo do seu fabrico.

� Na Quinta da Perfeição, foram capturadas 2 galinhas que estavam dentro dos ninhos. Como o ninhos continham ovos, coisa desconhecida para os animais da Quinta da Confusão, trouxeram também os ninhos com os ovos. Na quinta, partiram os ovos e provaram-nos.

� Como viram que eram deliciosos, autorizaram os capturadores a trazerem também galinhas com os seus respectivos ninhos e ovos.

� Gastronomia(3):

� Alimentos(3): Ervas, uvas e ovos

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

80

� Os ovos foram vendidos imediatamente na feira, para evitar o aparecimento de uma nova indústria, já que a indústria da uva já tinha 85% do dinheiro da feira.

19:00

� É criada uma expedição ao sul da Quinta da Perfeição para ver se a quinta descoberta estava ali, tal como os cartógrafos disseram. Cerca de 100 animais saíram armados para o caso de haver combate.

� É declarado o esgotamento da mina de ouro. A última carroça a sair de lá trazia apenas 1 kg de barras de ouro. O preço do ouro chegou aos 250 €\kg, mas isso não impediu os animais mais ricos de correrem para as feiras para comprarem a maior quantidade de ouro possível.

� O segredo da preparação da pólvora é descoberto. Rapidamente, são preparadas mais de 1 centena de cilindros. Como a população já era de 420 animais, cerca de 300 dirigiram-se para a quinta desconhecida, para a conquistarem. Como já tinham pólvora, a conquista seria mais fácil.

� Mas esperariam até ao anoitecer, pois eles eram apenas 300, e na quinta desconhecida ultrapassavam os 1.000.

19:30

� A expedição de 100 animais chega à nova quinta para verem que tudo o que os cartógrafos disseram era verdadeiro. Havia mesmo um porto movimentado nas margens do rio Douro com vários barcos a vapor. Não resistiram.

� Cerca de 10 soldados entraram às escondidas dentro de um dos navios, que partiu no mesmo minuto. Os outros 80 viram um barril carregado de pólvora, tiraram-no às escondidas e levaram-no para a Quinta da Perfeição.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

81

� Como já estava a anoitecer, os animais acenderam as tochas para poderem trabalhar com luz. Mas uma das tochas caiu no chão, provocando um pequeno incêndio que foi apagado de imediato. Os cientistas puseram-se ao trabalho para descobrirem uma maneira de se iluminarem sem haver risco de incêndio.

� A antiga mina de ouro, agora esgotada, foi usada para os capturadores estarem mais próximos dos animais a capturar. Esse acto levou a população aos 465 animais.

20:00

� Assim que o barco a vapor deixou o porto, os 10 soldados atacaram todos os tripulantes. Mataram todos, incluindo o capitão, que indicava o rumo ao piloto do barco. Agora, sem ninguém que soubesse mexer no barco para o fazer parar, os soldados entraram em pânico.

� Um deles empurrou uma alavanca, mas só fez pior, pois o barco em vez de parar, acelerou pelo rio acima. O velocímetro do barco, que eles desconheciam, indicava 30 km\h. Foi o fim. Entraram em pânico total.

� Já era noite quando os 300 soldados chegaram à quinta desconhecida. Esperaram que se fossem embora daquela zona, e quando o fizeram, acenderam o pavio dos cilindros e arremessaram-nos para uma construção em madeira com 3 andares.

� A pólvora explodiu, o edifício ficou com a estrutura danificada, acabando por desabar, matando mais de 200 animais.

� Os restantes foram logo para o local do desastre. Como viram restos de cilindros no chão, concluíram que fora a pólvora que tinham que explodira. Conclusão errada. Os soldados arremessaram mais cilindros com o pavio aceso para cima da população espantada, que explodiram imediatamente. Só sobraram 140 animais vivos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

82

� Os soldados nem esperaram. Atacaram logo a população espantada que nem teve tempo para fugir. Foram todos mortos. Os soldados abandonaram a quinta para contarem a notícia aos outros animais.

21:00

� Após 40 km de terror, o carvão da caldeira do barco a vapor esgotou-se. O barco foi andando cada vez mais devagar até se deixar ir ao sabor da maré. Os soldados viram então com horror que tinham ido parar a zonas totalmente desconhecidas, mesmo para a quinta dona do barco. Foi o fim.

� Alguns saltaram borda fora, para se afogarem devido ao peso das armas. Os restantes tentaram encontrar carvão para porem o barco a navegar. Encontraram carvão, colocaram-no dentro da caldeira e puseram o barco a andar. Não andaram muito. Dois km depois, encalharam na margem sul.

� Repararam também que o vapor accionava uns mecanismos que faziam mover umas pás que estavam fora do barco e o movimento destas fazia o barco andar. Mas, como não sabiam virar o barco, deixaram-no andar até acabar o carvão. Adormeceram rapidamente.

� Foi construída uma ponte de madeira entre as duas margens da Ribeira da Confusão, o que facilitava as deslocações das carroças e dos animais. Consistia apenas em várias tábuas com pregos, colocadas quase ao nível da água, o que impediria o tráfego marítimo.

22:00

� Descobriu-se que a quinta descoberta quando procuravam os 3 cartógrafos chamava-se Herdade dos Ovos, porque a herdade possuía galinhas bastante poedeiras. Descobriu-se também que a quinta onde viram os barcos a vapor chamava-se Quinta do Douro.

� Como já era noite e também porque começou a chover, os animais recolheram aos abrigos nocturnos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

83

Dia 9

Estradas, navios e comboios

I Revolução dos Transportes

9 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

84

6:30

� Os 4 soldados acordaram quando ouviram um estrondo dentro do barco. Viram com horror que um barril de pólvora que estava dentro do navio caíra dentro da caldeira acesa, explodira e fizera um grande rombo no casco que agora deixava entrar água.

� Os 4 soldados fugiram logo. Os 2 que se atiraram à água afogaram-se devido ao peso. Os outros 2 procuraram um modo de salvação para regressarem à Quinta da Confusão, o que era praticamente impossível, pois estavam a 42 km da quinta. Nenhum meio de transporte da Quinta da Confusão chegara tão longe.

� Então viram um barco a remos semelhante ao de Modelo 1 e não hesitaram. Atiraram o barco à água e atiraram-se eles também, mesmo antes do barco a vapor se afundar nas águas do Douro. Então aconteceu o impossível: apareceu uma carruagem na margem norte e de lá de dentro saíram nada mais, nada menos do que os 3 cartógrafos que tinham partido 2 dias atrás, para descobrirem novas terras a este.

� Viram os 2 soldados da Quinta da Confusão, explicaram-lhes que tiveram muita sorte em não terem avançado mais, pois 1 km à frente estava uma barragem de produção de electricidade e ofereceram-lhes boleia na carruagem para a Quinta da Confusão, que ficava a 42 km de distância.

� Eles aceitaram logo, e rapidamente se puseram a caminho da Quinta da Confusão. A viagem era um pouco complicada, pois tinha chovido durante a noite e estava tudo enlameado.

� Nas duas quintas, estavam todos os animais horrorizados. As chuvas da noite anterior tinham destruído a estrada de terra batida, que agora estava coberta de lama. Os cientistas puseram-se logo ao trabalho para descobrirem uma maneira de fazer estradas facilmente e sem o risco de as chuvas estragarem tudo.

8:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

85

� Foi descoberta uma maneira de fazer com que as carruagens não se desviassem do trilho. Consistia simplesmente em tábuas de madeira juntas por pedaços de ferro, que tinham dois sulcos escavados nos dois lados da tábua, tal e qual como o comboio.

� Foi construída uma carruagem que tinha as rodas preparadas para andar no carris de madeira. A construção de uma rede entre as duas quintas começou nesse instante. Iria ter dois sentidos, como no comboio, e teria paragem também na mina de ferro, para que o ferro pudesse chegar às feiras mais rapidamente.

� A este tipo de transporte deu-se o nome de comboio hipomóvel.

Militar-7(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira e flecha de ferro)

Transportes-8

(aérea-0)

(marítima-2)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2)

(terrestre-6)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel e linha de madeira para o comboio)

Civil-17(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva e ponteiro de madeira)

Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Os comboios não estão à venda, são transportes unicamente públicos que começarão a funcionar assim que a linha chegar à mina de ferro. Eles são maiores do que as carruagens, levam até 20 pessoas, são puxados por parelhas de 10 cavalos e podem levar até 100 kg de mercadorias, que estarão noutro vagão, mais pequeno.

� Terá janelas, portas que se abrem apenas quando o comboio chegar à estação e bancos com cobertura de couro, para serem mais confortáveis. A linha terá 3 km de comprimento. A novidade será os

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

86

comboios terem um velocímetro para o maquinista poder controlar a velocidade e a distância percorrida.

� A média esperada será de 9-10 km\h, o que permitirá ir de uma quinta à outra em apenas 20 minutos ou menos.

10:00

� Chegam os primeiros animais à Herdade dos Ovos. A quinta está totalmente deserta, pelo que 50 animais foram logo consertar o edifício que fora demolido durante o ataque da noite passada. A Quinta da Confusão já possuía 2 quintas nos seus domínios.

� A linha do comboio atinge 0,2 km. Só faltam 0,3 km para chegar à mina de ferro e ser aberta ao público. Começa a construção da estação da Quinta da Perfeição, no este da quinta.

Ilustração 5 - Mapa da Linha Azul no Dia 9, a primeira linha ferroviária do império

13:00

� Descobre-se que a Herdade dos Ovos tem 1 km de comprimento, na direcção norte-sul, e apenas 100 metros de largura, na direcção este-oeste. O sul da herdade atingia a margem norte do Douro, e até havia um porto com 3 barcos a vapor, mas não havia passagem para o lado sul do rio.

� Os cientistas entram logo dentro dos barcos a vapor para descobrirem o segredo do seu fabrico.

� A construção da linha do comboio já ultrapassava os 0,4 km. A estação da Quinta da Perfeição já estava pronta, e até tinha uma placa em madeira com o nome da estação, pintado com tinta de uva, na zona de embarque. Os bilhetes eram em papel de couro e eram escritos à mão.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

87

� Na Quinta da Confusão, 50 soldados foram para o sul da quinta. Encontraram o rio Douro, um bom local para fazer um porto, outro cheio de ervas e nada mais.

14:30

� Os 3 cartógrafos chegam à Quinta da Confusão, após 2 dias e 1 hora de viagem, com os 2 soldados que levaram um barco a vapor a mais de 40 km do local onde partira. Todos felicitaram-nos pela coragem, ousadia e atrevimento que os 3 cartógrafos tiveram ao viajarem mais de 120 km ao longo do distrito de Bragança.

� Tinham ultrapassado Freixo de Espada à Cinta e chegado ao Douro Internacional, a zona em que o Douro faz a fronteira entre Portugal e Espanha. Mas, como não havia ponte para passar para Espanha, tiveram que voltar para trás.

� Ainda assim, trouxeram vários mapas sobre os melhores caminhos a percorrer para chegar ao Douro Internacional, a Freixo de Espada à Cinta e a algumas quintas que se encontravam no caminho.

� Entretanto, a população já chegava aos 590 animais, devido ao facto de haverem vários animais ao redor da herdade dos Ovos.

� A linha do comboio entre a Quinta da Perfeição e a mina de ferro estava concluída. Só faltava construir a estacão da mina de ferro e uma maneira de fazer os comboios voltarem para trás, para regressarem à Quinta da Perfeição na outra linha.

15:00

� Os cientistas descobrem o modo de fabrico dos barcos a vapor. Cerca de 150 trabalhadores são contratados para trabalharem na construção de barcos a vapor, entretanto baptizados de navios a vapor.

� A tarefa de arranjar novos materiais para a construção de estradas parecia impossível. Mas acabaram por descobrir uma maneira. Consistia em retirar todos os obstáculos, alisar a estrada, cobrir com uma camada de areia molhada, outra de pedras pequenas e outra de

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

88

pedras grandes. Imediatamente, 20 trabalhadores começaram a construir a estrada entre as duas quintas. Se a técnica resultasse, estenderiam a estrada até à Herdade dos Ovos e às minas.

� Começam a ser construídos 2 abrigos nocturnos na Herdade dos Ovos, cada um com capacidade para 200 animais.

� Construções: � Abrigo nocturno-6 edifícios(950 animais) � Armazém-2 edifícios(20 toneladas-Capacidade máxima) � Edifício da feira-2 edifícios(40 clientes)

� Os capturadores levaram a população até aos 615 animais, graças ao facto de terem encontrado vários animais 500 metros a este da Herdade dos Ovos.

16:00

� A estação da mina de ferro é finalmente concluída. Os trabalhadores começam então a construírem o troço Mina de ferro - Quinta da Confusão, que eram cerca de 2,5 km.

� Foram concluídos cerca de 0,2 km de estrada, que são imediatamente usados pelas carruagens velozes que se dirigem à estação da Quinta da Perfeição para assistirem à inauguração do comboio hipomóvel.

� Na Herdade dos Ovos, é lançado à água o 1º navio a vapor feito pela Quinta da Confusão. No rio, atingiu a velocidade de 55 km\h. Era o mais rápido meio de transporte que a Quinta da Confusão possuía. Dois navios levaram os trabalhadores para perto da Quinta do Douro, onde desembarcaram e correram para a estação da Quinta da Perfeição.

Militar-7(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de osso, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira e flecha de ferro)

Transportes-9

(aérea-0)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

89

(marítima-3)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2 e navio a vapor movido a pás)

(terrestre-6)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel e linha de madeira para o comboio)

Civil-17(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva e ponteiro de madeira)

Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� O navio a vapor teve um grande sucesso para levar todos os animais da Herdade dos Ovos para a estação da Quinta da Perfeição pelo preço de 1 € por animal.

16:30

� Finalmente o comboio é inaugurado. Apareceu um comboio vindo da terminal com uma carruagem e um vagão, puxados por 10 cavalos. Tomaram lugar os 20 animais que conseguiram bilhete. Todos os outros aplaudiram e felicitaram o comboio. A viagem durou apenas 3 minutos.

� O comboio chegou à mina de ferro, os passageiros saíram, enfiaram-se 50 kg de carvão no vagão e o comboio arrancou em direcção à Quinta da Perfeição. Durante a viagem atingiu 11,3 km\h, o que era um recorde de velocidade. Houve logo quem pensasse em fazer um comboio a vapor.

� Carreiras de transportes terrestres(2): � Carruagem(1): � Quinta da Confusão-Quinta da Perfeição-30 minutos(2 km) � Comboio Hipomóvel(1): � Quinta da Perfeição-Mina de ferro-3 minutos(0,5 km)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

90

� Apesar das festas da inauguração, os trabalhadores continuaram o seu trabalho. Já tinham feito 0,2 km de linha.

� Um navio a vapor tentou bater um recorde de velocidade. Saiu do porto da Herdade dos Ovos em direcção à foz do Douro, acelerou e manteve-se assim vários km. O que o capitão não sabia é que 10 km a este da Quinta da Confusão havia uma cascata, conhecida e evitada pelos marinheiros da Quinta do Douro.

� Devido à forte corrente, o navio atingiu 68 km\h. Foi um acto fatal. Só se aperceberam da corrente quando já era tarde demais. O navio caiu de uma altura de mais de 50 metros para se esborrachar no fundo da cascata. Todos os tripulantes morreram quando o navio se desintegrou no fundo da cascata.

� O capitão só não morreu porque já estava dentro do barco salva-vidas, mas também se afogou porque a força da água a cair empurrava o barco para o fundo do rio.

18:00

� Já tinham sido construídos 0,7 km de linha. Faltavam 1,8 km. Ainda assim, os trabalhadores continuavam a trabalhar.

� A população já chegava aos 640 animais. Foi por isso que a construção da linha do comboio acelerou imenso. Também a construção da estrada progrediu imenso, tendo já chegado aos 1,3 km.

� Foram finalizados os abrigos nocturnos da Herdade dos Ovos. Agora, a população podia subir até aos 950 animais.

� Em apenas 1 hora e meia, o comboio hipomóvel já tinha tido mais de 200 passageiros, quase sempre lotados.

� Apesar de se estar num tempo de paz, houve um animal que fez um cinto de ferro, para substituir o cinto de osso.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

91

Militar-7(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira e flecha de ferro)

Transportes-9

(aérea-0)

(marítima-3)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2 e navio a vapor movido a pás)

(terrestre-6)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel e linha de madeira para o comboio)

Civil-17(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva e ponteiro de madeira)

Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Invenções extintas: � Militar: Espada de osso, escudo de osso e cinto de osso � Civil: Machado de osso

� Os barcos a vapor também tinham um grande sucesso por parte dos capturadores, porque podiam percorrer mais distância mais rapidamente e levar os animais capturados mais facilmente para a Quinta da Confusão.

19:30

� É descoberta, na Herdade dos Ovos, uma mina de carvão. Os animais ficam radiantes, porque em todo o império da Quinta da Confusão, o local onde se precisava mais de carvão era na Herdade dos Ovos, por causa dos barcos a vapor. A mina é logo explorada.

� Império da Quinta da Confusão: � Quintas(3)-Quinta da Confusão, Quinta da Perfeição e Herdade dos

Ovos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

92

� Minas(5) � Carvão(2)-Produção de 980 kg\dia � Ferro(2)-Produção de 1,12 toneladas\dia � Ouro(1)-Esgotada

� Assim, os navios podem ir mais longe, pois o carvão já demora menos tempo a chegar e a carregar dentro dos navios.

� Os comboios partem de 10 em 10 minutos, mas os animais decidiram fazer com que o último comboio partisse às 21 horas da Quinta da Perfeição.

� A estrada já tinha 1,1 km de comprimento e a linha do comboio tinha 1,8 km. Faltavam 1,9 km de estrada e 1,2 km de linha do comboio.

20:30

� Um navio a vapor consegue navegar mais de 30 km em direcção à nascente do rio Douro com uma média superior a 55 km\h. Estava lançada a era das corridas de navios. Faltava era construir um navio próprio para corridas. Navio esse que os cientistas conceberam, porque tiveram a mesma ideia.

� A novidade era estar equipado com luzes para poder navegar à noite. Era a mais recente tecnologia de iluminação. O candeeiro de vidro e ferro. Era a resposta ao problema do risco de incêndio quando se acendiam tochas.

Militar-7(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira e flecha de ferro)

Transportes-9

(aérea-0)

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-6)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel e linha de madeira para o comboio)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

93

Civil-18(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira e candeeiro de vidro e ferro)

Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� A linha do comboio já tinha 2,1 km e a estrada já tinha 1,6 km. Faltava 0,9 km à linha do comboio e 1,4 km à estrada.

21:00

� Dá-se um desastre com o último comboio do dia: os cavalos assustaram-se a meio do caminho e começaram a galopar como loucos. O maquinista ainda accionou os travões, mas os cavalos iam com tanta velocidade que os travões partiram-se e o comboio avançou desgovernado pela linha do comboio, em direcção à zona em construção.

� O maquinista viu com horror a velocidade de 16,3 km\h estampada no velocímetro. Foram minutos de terror para o maquinista, que tiveram um fim ainda pior. A certa altura, o comboio chegou à zona em construção, atropelou e matou 2 operários, saiu da linha, caiu para o lado, os cavalos ficaram feridos e o único passageiro caíra pela janela e ficara esmagado pelo vagão vazio.

� O maquinista atirara-se pouco antes do desastre, mas caiu na linha e o comboio atropelou-o, matando-o no mesmo instante. Assim acabou a viagem do último comboio do dia da inauguração.

� Dois navios de corrida começam uma corrida de 30 km a subir o Douro, em que ganha não quem chegar primeiro mas quem atingir maior velocidade. Um atinge 62,4 km\h. O outro atinge 65,8 km\h. Nenhum deles atingiu a velocidade que levava o navio a vapor que se desintegrou no fundo de uma cascata, matando todos os ocupantes.

� Mas nenhum deles chegou a ganhar a corrida porque de repente os candeeiros apagaram-se. Sem visibilidade, os dois navios acabam

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

94

por chocar um contra o outro, e foi o fim da corrida. Acenderam o candeeiro e voltaram para o porto da Herdade dos Ovos.

22:30

� Um navio de corrida avançou a toda a velocidade para a foz do Douro. Para equilibrar o barco, apesar de não ser necessário, colocaram-se 10 barris de pólvora em cada lado do navio. Cada barril tinha pólvora para encher 20 cilindros. Ali estavam 200 cilindros de pólvora. Se o navio balançasse, os barris podiam cair dentro da caldeira e provocar uma enorme explosão.

� Mas infelizmente, o candeeiro caiu no rio, o barco ficou sem visibilidade e seguiu a mais de 60 km\h em direcção ao porto da Quinta do Douro. Acabou por chocar contra os navios desse porto. Tal como temiam, alguns barris de pólvora caíram na caldeira e explodiram. A explosão foi tão forte que até a ponte entre as duas margens do rio ficou danificada, acabando por desabar.

� Todos os navios do porto foram ao fundo, incluindo o navio que transportava toda a pólvora. O próprio porto ficou parcialmente destruído. Mas, como era em madeira, incendiou-se. Escusado será dizer que os ocupantes de todos os navios morreram na explosão.

� A Quinta do Douro nunca chegou a saber o que provocara aquele desastre terrível. Só a Quinta da Confusão sabia.

� Chegara ao fim mais um dia de trabalho. A população já chegava aos 660 animais. Os capturadores voltaram para casa nos navios a vapor. Os trabalhadores da linha do comboio e da estrada voltaram apara casa. A linha do comboio serviu para os mineiros da mina de ferro se orientarem na viagem para a Quinta da Perfeição.

� A estrada ficou aos 1,9 km e a linha do comboio ficou-se pelos 2,7 km. Faltavam 1,1 km à estrada e 0,3 km à linha do comboio.

23:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

95

� Quando todos estavam a dormir, um animal roubou um navio a vapor de corrida e foi a toda a velocidade para a nascente do Douro. Ele queria fundar uma quinta só para ele, e por isso fugiu. A sua fuga não durou muito. Viajou 12 km quando algo bloqueou a chaminé.

� A pressão aumentou de tal forma que a caldeira explodiu, fazendo um grande rombo no casco. O animal nem teve tempo de reacção. Poucos minutos depois, já o navio estava no fundo do rio, e o animal estava morto, ainda dentro do navio.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

96

Dia 10

O esgotamento dos metais

vitais do império

I Revolução dos Transportes

10 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

97

7:30

� Assim que os animais da Herdade dos Ovos acordaram, deram logo pela falta de um navio de corrida. Viram um pedaço de papel pendurado num prego, no sítio onde estava atracado o barco desaparecido. Nunca descobriram o que acontecera ao navio, nem que havia um traidor na Quinta da Confusão.

� Rapidamente foi construído outro navio para substituir o navio desaparecido.

� A construção da estrada e da linha do comboio continuou. Os operários puseram-se ao trabalho. Mas um obstáculo colocou-se aos 2,2 km de estrada: havia um monte na fronteira do distrito que começava ali. O que fazer? Os operários reuniram-se para decidirem o que fazer.

� O mesmo problema não se colocou na construção da linha do comboio, pois o monte não chegava lá. Enquanto não se resolvia o problema, a construção da estrada ficou suspensa. Para passarem, o trânsito tinha que subir o monte.

� Dois navios a vapor foram carregados com 50 kg de ferro cada um para se fazer uma vedação no outro lado do rio Douro, em frente à Herdade dos Ovos. Quando chegaram, a construção da vedação iniciou-se.

9:00

� A linha do comboio fica finalmente concluída. A construção da estação da Quinta da Confusão iniciou-se entretanto.

� Dois cientistas constroem um motor a vapor e colocam-no numa carroça. O resultado: um desastre. O motor explodiu de imediato, a carroça desfez-se em chamas e os dois cientistas morreram queimados. O motor a vapor ainda não estava suficientemente aperfeiçoado para se aplicar a carroças e carruagens.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

98

� A vedação na margem sul do Douro fica finalmente concluída. Tem 10 metros de largura no sentido este-oeste e 50 metros de comprimento no sentido norte-sul. É criada uma carreira de barco a vapor a ligar as duas margens. A vedação é baptizada de Herdade dos Ovos da margem sul.

� Transportes marítimos(1): � Barco a vapor(1): � Herdade dos Ovos-Herdade dos Ovos da margem sul-1 minuto(70

m)

� Em apenas 10 minutos, mais de 100 animais viajaram para a Herdade dos Ovos da Margem Sul. Estavam noutro distrito, o distrito da Guarda. Rapidamente, a vedação foi alargada para dar espaço a todos os animais. Ficou com 50 metros de largura e 200 de comprimento.

� Rapidamente, alguns cientistas reuniram-se para fazerem o projecto da ponte sobre o rio Douro. Teria que ter os pilares em terra, para não prejudicar o tráfego marítimo.

� Os capturadores viram vários animais, alguns quase em cima da vedação, não hesitando em capturá-los. Rapidamente, a população subiu para 690 animais.

� Um navio de corrida tenta bater o recorde de velocidade marítima, que é de 68 km\h, atingido pelo navio que se despenhou na cascata. Atinge 67,4 km\h. Os tripulantes ainda avisaram o capitão de que havia uma barragem mais à frente, mas o capitão só queria bater o recorde de velocidade.

� Chega aos 67,9 km\h, e só não teve tempo de acelerar mais ainda porque a barragem abriu-se à frente do navio, pronta para o engolir quando este encalhasse. Só então o capitão viu o perigo que corria. Ainda tentou recuar o navio, mas entretanto o carvão esgotou-se e o navio foi arrastado para dentro dos engenhos de produção de energia.

� Dos ocupantes só sobraram ossos esmigalhados e do navio sobraram pedaços de metal. Mesmo assim, foram os que mais subiram o rio. Estavam a 43 km da Quinta da Confusão, e nenhum deles voltou a ver a quinta.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

99

10:30

� Foi concluída a estação da Quinta da Confusão, terminando assim a ligação ferroviária entre a Quinta da Perfeição e a Quinta da Confusão. A inauguração ficou marcada para as 11:00.

� Finalmente descobriu-se uma maneira fazer a estrada por dentro do monte. Consistia num túnel feito de ferro, o material mais duro que havia na Quinta da Confusão. O problema era como escavar o túnel. Foram inventadas pás de ferro com cabo de madeira para ajudar as escavações.

Militar-7(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira e flecha de ferro)

Transportes-10

(aérea-0)

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-6)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel e linha de madeira para o comboio)

Civil-19(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira, candeeiro de vidro e ferro e pá de ferro)

Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� As construções iniciaram-se imediatamente. Os operários começaram a trabalhar com as pás de ferro. À medida que o túnel ia sendo escavado, fazia-se uma cobertura em ferro, para evitar desabamentos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

100

� A estrada ia sendo feita da mesma maneira do que fora do túnel. Pouco tempo depois já tinham 1,5 metros de túnel escavado, e 70 cm já tinham cobertura de ferro.

� Com receio dos ataques da Quinta da Confusão, os animais da Quinta do Douro bloquearam a rio a oeste do porto da Herdade dos Ovos. Apesar de isso não significar qualquer problema no tráfego marítimo e no comércio, os animais da Quinta da Confusão ficaram furiosos e decidiram atacar a Quinta do Douro depois da inauguração da linha do comboio entre as duas quintas.

11:00

� Finalmente foi inaugurada a ligação ferroviária entre as duas quintas. Mais uma vez, tomaram lugar no comboio os 20 animais que conseguiram comprar bilhete. A viagem durou 20 minutos. O comboio parou na estação da Mina de ferro para carregar ferro no vagão para levar para a Quinta da Perfeição.

� Voltaram a partir. Chegaram à Quinta da Perfeição 3 minutos depois. Os passageiros desembarcaram, o comboio dirigiu-se ao local onde se muda de linha, voltou à estação, outros passageiros embarcaram e 5 minutos depois o comboio partiu.

� A Quinta do Douro reuniu todos os seus 350 animais para combaterem a Quinta da Confusão. Mas eles já estavam à espera e cerca de 450 animais foram para sul da Quinta da Perfeição.

� Mal os viram, os soldados da Quinta do Douro voltaram logo para trás, mas os inimigos foram mais rápidos e alcançaram-nos a 150 metros da Quinta do Douro. Foi uma batalha curta mas eficaz.

� Dos 350 animais, 50 foram capturados. Os outros 300 foram mortos. A captura elevou a população para 750 animais. Assim, 50 soldados regressaram à Quinta da Perfeição para contar o sucedido. Os outros 400 foram para a Quinta do Douro, agora desabitada.

� Não encontraram nada que não houvesse no Império da Quinta da Confusão. Apenas a ponte em ferro que ligava as duas margens, mas estava a ser construída uma igual na Herdade dos Ovos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

101

� Império da Quinta da Confusão: � Quintas(4)-Quinta da Confusão, Quinta da Perfeição, Herdade dos

Ovos e Quinta do Douro � Minas(5) � Carvão(2)-Produção de 1.040 kg\dia � Ferro(2)-Produção de 1,27 toneladas\dia � Ouro(1)-Esgotada

� Imediatamente foi iniciada a construção de uma estrada que ligasse a Quinta da Perfeição à Quinta do Douro. Alguns soldados atravessaram a ponte e foram para um novo distrito: o distrito de Viseu.

� Mas, na mina de ferro da Quinta da Confusão, os mineiros deixaram de encontrar novas jazidas. De um momento para o outro, o número de carroças a sair da mina baixou para menos de metade.

� Os preços do ferro na feira subiram em flecha. Isso também aconteceu nas outras minas do Império da Quinta da Confusão. Era o fim da prosperidade que a quinta vivia desde o fim do dia 6. Apesar disso, os animais não ficaram muito prejudicados.

� A exploração dos domínios da Quinta do Douro continuou, apesar da falta do ouro, do ferro e do carvão. A madeira continuava a existir com fartura. As uvas e os ovos também não faltavam.

11:30

� Meia hora depois da inauguração do comboio entre as duas quintas, já tinham sido transportados mais de 100 animais. Começou a construção da linha do comboio entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos, apesar de as minas terem reduzido a produção em mais de 90%.

� Isso porque a madeira existia com fartura. Mas as árvores começavam a rarear. Apesar disso, continuavam a chegar o mesmo número de carroças às feiras, com o mesmo peso em madeira.

� O túnel já tinha 9 metros, graças ao facto de haverem mais operários a trabalhar na construção da estrada.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

102

� A estrada entre a Quinta da Perfeição e a Quinta do Douro já tinha 0,1 km. Só faltavam 0,4 km.

14:00

� Foi declarado o esgotamento a todas as minas de ferro e à mina de carvão da Herdade dos Ovos. A única mina que ainda não está esgotada é a mina de carvão que fica a oeste da Quinta da Confusão.

� Essa mina ficava a 9 km da Herdade dos Ovos, o que prejudicava imenso a navegação dos navios a vapor. Ainda por cima, a única estrada que havia na rota para levar o carvão estava incompleta, e ainda era necessário levar as carroças por cima do monte.

� Ainda houve a hipótese de se levar o carvão para a Quinta do Douro e daí seguia para a Herdade dos Ovos de barco, mas essa hipótese revelou-se impossível enquanto não chegasse carvão suficiente à Herdade dos Ovos para mover os barcos.

� Ainda por cima, os animais da Quinta do Douro tinham atirado todo o carvão ao rio, antes da batalha, para que os inimigos não tivessem como mover os barcos.

� Os 3 cartógrafos decidem fazer outra viagem, desta vez para oeste. A intenção era descobrirem um caminho que ultrapassasse a cascata. Levaram a mesma carruagem. Não vão muito longe.

� Cerca de 7 km a oeste da Quinta da Perfeição, chegam à cascata. Mas ao contrário dos marinheiros que ali chegaram, os cartógrafos descobrem que as margens começam a descer logo depois da cascata.

� Cerca de 500 metros depois, as margens já estavam ao nível do rio. Como não havia nenhuma quinta nas proximidades, os cartógrafos concluíram que aquele era o local ideal para fazer um porto, permitindo assim explorar o rio Douro para oeste.

� O túnel já tinha 16 metros. Ainda assim, era pouco. Mas deu-se um desastre na obra: apesar de a estrada estar fechada pouco antes do túnel, houve uma carruagem que vinha a toda a velocidade para a Quinta da Confusão.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

103

� O condutor viu a placa que indicava o desvio, mas ia tão depressa que não conseguiu virar nem parar a carruagem. Não havia travões nas carruagens. Eram os próprios cavalos que paravam a carruagem, o que não aconteceu. Rapidamente, a carruagem desgovernada atingiu o túnel.

� Não havia luz lá dentro, nem na carruagem, pelo que os cavalos chocaram contra o interior do monte, levando com a carruagem em cima. Assim, 4 operários morreram, 14 ficaram feridos, os 4 cavalos morreram todos, a carruagem ficou destruída e o próprio condutor perdeu a vida.

� Foi o maior desastre rodoviário que se dera até esse momento.

16:00

� Os 3 cartógrafos ainda andavam a passear pela zona da cascata quando descobriram uma mina de carvão. Foram ver, radiantes, para constatarem que era simplesmente a única mina de carvão do Império da Quinta da Confusão que não estava esgotada.

� Uma carroça preparava-se para sair, com destino à Herdade dos Ovos. Curiosamente, a mina, em vez de ter cada vez menos carvão, mantinha a mesma quantidade por hora. Isso era bom para a navegação marítima.

� Na Herdade dos Ovos, um capitão reunira 10 tripulantes para tentarem uma proeza louca: conseguirem passar a cascata num navio a vapor sem se afundarem. Essa proeza nunca fora conseguida, e mesmo que conseguissem não conseguiram voltar para trás.

� De nada serviram os protestos dos animais. O capitão carregou o navio com 100 kg de carvão, apesar da falta de carvão, embarcou juntamente com os 10 tripulantes e partiu mesmo. Os animais juntaram-se no porto para verem partir um navio que sabiam que não voltaria.

� O navio começou a acelerar ao máximo, pois o capitão achava que era mais fácil passar a cascata se fossem a uma velocidade elevada.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

104

Passaram os 13 km que separavam a Herdade dos Ovos da cascata num instante, com uma média superior a 65 km\h.

� Chegaram até a bater o recorde de velocidade marítima, atingindo 68,4 km\h. Mas a cascata aproximava-se. Os tripulantes já estavam perto da borda com o barco salva-vidas à mão. O navio ainda deu um salto antes de cair na cascata.

� Mas sobreviveu. Quase se afundou, mas voltou à superfície, apesar de ter enfiado imensa água. Nenhum dos tripulantes chegou a saltar do navio. Apesar de o navio estar cheio de água quase ao ponto de afundar, permaneceu à superfície, deixando a cascata para trás.

� Isso só foi possível porque as pás estavam a girar a uma velocidade louca. Se não fossem as pás do navio, que era um navio de corrida, o navio tinha-se afundado. Mas o movimento das pás empurrou o navio para a superfície. Os 3 cartógrafos, que andavam nas imediações, assistiram a tudo.

� Voltaram logo para trás para contarem a notícia aos outros animais, que achavam que o navio se tinha despenhado.

� Os restos da carruagem, os mortos e os feridos já tinham sido evacuados do túnel. A construção do túnel começou no mesmo instante.

� A estrada entre a Quinta da Perfeição e a Quinta do Douro foi finalmente concluída. Em apenas 10 minutos, mais de 50 carruagens, carroças e animais a pé usaram a estrada.

� Foi descoberta uma nova jazida na mina de carvão da Herdade dos Ovos. Imediatamente, o tráfego marítimo intensificou e o preço do carvão baixou na feira da Herdade dos Ovos. Rapidamente, a notícia de que a mina de carvão da Herdade dos Ovos já não estava esgotada espalhou-se pelo resto do império.

� Era espectacular o número de carruagens, carroças e animais a pé que se dirigiam para a Herdade dos Ovos na esperança de conseguirem carvão mais barato. Não faltavam as bicicletas, que como eram mais leves conseguiam atingir maior velocidade.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

105

18:30

� Foi concluída a ponte em ferro que ligava as duas margens do Douro na zona da Herdade dos Ovos. Assim, a carreira de barco que servia as duas margens passou a transportar essencialmente carvão e mais raramente madeira.

� Também servia para ajudar a descongestionar a ponte, quando esta ficava muito congestionada.

� Os 3 cartógrafos voltaram a casa, após algumas horas no exterior. Não traziam grandes novidades. Apenas que era possível ultrapassar a cascata por terra, que havia um bom local para fazer um porto e que tinham visto um navio de corrida vencer a cascata, obstáculo natural que já tinha ceifado 1 navio e várias vidas.

� De imediato, 50 trabalhadores dirigiram-se a esse local para construírem o porto, trazendo consigo carroças carregadas de madeira, ferro caríssimo e os instrumentos de trabalho de que necessitavam. Esse local estava a 7 km e 500 metros da Quinta da Perfeição.

� Já à 2 horas e 30 minutos que tinham vencido a cascata. Os tripulantes e o capitão faziam todos os esforços para poderem parar o navio numa das margens, mas a forte corrente fazia com que todos os esforços para fazerem o navio atracar na margem fossem inúteis.

� Já estavam a mais de 55 km da Quinta da Confusão. Ainda havia algum carvão. A caldeira servia como aquecimento. Mas comida é que não havia. Ainda ninguém tinha fome, mas era necessário arranjar comida antes de haver necessidade. Para piorar a situação, partiu-se o manípulo da velocidade.

� O navio acelerou como nunca se tinha visto antes. Os tripulantes viram a velocidade de 70 km\h estampada no velocímetro. Rapidamente chegaram à zona do Douro que faz a fronteira entre os distritos do Porto e de Aveiro. Mas o Douro começou a ter muitas curvas.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

106

� O condutor do navio não tinha mãos a medir, porque à velocidade de 70 km\h qualquer curva pode-se tornar num inferno. Entretanto, o Douro enfiou-se pelo distrito do Porto adentro.

19:00

� Foi iniciada ao mesmo tempo a construção da estrada e da linha do comboio entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos. Mas a construção da linha do comboio apenas durou 10 metros. O ferro estava demasiado caro. Estava a 300 €\kg.

� Em média, um km de linha consome 10 kg de ferro e 50 de madeira. As despesas eram demasiado elevadas. Só a estrada pôde continuar, porque as matérias-primas - pedra e areia – existam com fartura, e além disso não estavam à venda nas feiras.

� Eram apanhados directamente da Natureza para a estrada em construção.

� A falta de ferro obrigou à paralisação da construção do túnel da estrada Quinta da Perfeição – Quinta da Confusão. Os trabalhadores acabaram por deixar a obra, deixando o túnel com 23 metros, 19 deles já com a cobertura de ferro.

� O animal que pagava as despesas da construção do túnel e da estrada saiu na sua carruagem em busca de uma mina de ferro.

� A população já chegava aos 795 animais. Apesar disso, as minas de carvão tinham poucos mineiros, fundidores e carregadores. Assim, foram chamados alguns dos recém-chegados para as minas de carvão.

� Essa atitude resultou. A produção de carvão aumentou de hora para hora, o que baixava os preços do carvão nas feiras.

� A madeira, apesar de chegar com alguma frequência às feiras das quintas, estava a faltar. Essa falta sentia-se por todo o império, principalmente na construção do porto do rio Douro depois da cascata.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

107

� Essa zona tinha algumas árvores. Foi quanto bastou para que vários lenhadores fossem para essa zona para cortar as árvores. Mas, como a construção do porto estava mesmo ali ao pé, algumas carroças foram directamente para a zona da construção, com madeira que seria gratuitamente fornecida aos trabalhadores para que fizessem o porto mais depressa.

21:00

� Já estavam à 5 horas a navegar no Douro. Já tinham passado a cascata há imenso tempo. Como já estava a escurecer, foi aceso um candeeiro na parte da frente do navio. Os 10 tripulantes do navio estavam fartos da viagem, incluindo o capitão.

� Mas, entretanto, chegaram a uma cidade cheia de luzes que se acendiam por um processo desconhecido. Tinham chegado à cidade do Porto, após 130 km de viagem. Claro que as pessoas ficaram espantadíssimas por verem um navio a vapor a andar no rio Douro, pois os navios a vapor pertenciam ao século XIX.

� Mas como o navio a vapor já tinha sido um meio de transporte das pessoas, deixaram o navio ir embora. Os 10 tripulantes quiseram logo sair no barco salva-vidas para terra, mas o capitão não deixou, desculpando-se com o facto de as pessoas poderem reagir mal.

� Os tripulantes aceitaram e mantiveram o rumo do navio, que continuava a 70 km\h.

� A construção da estrada entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos já atingia 0,9 km. Só faltavam 2,1 km. Apesar de ser noite, ninguém se foi embora para um abrigo nocturno. Acenderam candeeiros e continuaram a trabalhar.

� Finalmente o porto no rio Douro a seguir à cascata ficou completo. Mas ainda faltavam navios para navegarem. De imediato, foi construído um barco a remos de Modelo 1 e outro de Modelo 2.

� Os dois barcos foram lançados à água e os operários navegaram, à vez, no rio Douro, a oeste da cascata. Eram os primeiros barcos a

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

108

remos a navegarem nas águas a oeste da cascata. Os passeios prolongaram-se pela noite fora.

� O patrocinador da construção do túnel já estava a escavar na mina de ferro a este da Quinta da Perfeição há mais de uma hora. A mina estava esgotada, mas ele sabia que existiam mais jazidas de ferro. O tempo deu-lhe razão.

� Pouco passava da 21:00 quando descobriu ferro na mina. Escavou até ter 10 kg de ferro, ele próprio fundiu-os em barras e levou-as na sua carruagem para a Quinta do Douro. Aí, levou as barras de ferro para dentro do seu navio e partiu em direcção à Herdade dos Ovos. Chegou lá, vendeu as barras à feira e recebeu como pagamento 3.000 €. Depois, foi-se deitar num abrigo nocturno da Herdade dos Ovos.

23:00

� O navio acabara de passar a foz do rio Douro. O capitão estava a dormir na sua cabina quando foi acordado por duas ondas. Os tripulantes e o capitão perceberam de imediato que tinham passado a foz do Douro, e que estavam agora num grande oceano com milhares de km. Era o Oceano Atlântico.

� Eles eram os primeiros animais a chegarem ao Oceano Atlântico, juntamente com o navio. Mas o balançar do navio trouxe o capitão e os tripulantes de volta à realidade. Estavam a 140 km de casa. Não havia comida. Só havia 10 kg de carvão no navio. E o pior de tudo é que estava uma forte ondulação que dificultava as manobras.

� E rapidamente perceberam porquê. Aproximava-se uma tempestade. O navio balançava ao sabor das ondas. Depressa começou a chover e a soprar um vento terrível. Um vento que arrastava o navio cada vez mais para o mar alto, para cada vez mais longe da costa portuguesa e da Quinta da Confusão. Os tripulantes estavam aterrorizados.

� Tinham cometido um feito histórico, mas que parecia acabar na desgraça. O próprio capitão tinha consciência de que tinha ido longe demais. Também começou a fazer frio. Ninguém sabia onde iriam parar, mas todos tinham consciência de que a viagem ia acabar com o afundamento do navio e com a morte dos ocupantes.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

109

� A certa altura, a costa portuguesa resumia-se a um fio de luz, que rapidamente desapareceu. Estavam já a 150 km de casa.

� Os trabalhadores finalmente pararam a construção da estrada entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos. Tinham já 1,7 km construídos. Só faltavam 1,3 km. Um dos motivos era porque começara a chover. O outro era porque começava a fazer frio.

� Além disso, os trabalhadores já tinham bastante sono, pelo que se foram deitar.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

110

Dia 11

Um temível ladrão

I Revolução dos Transportes

11 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

111

5:30

� Os tripulantes mal tinham dormido durante a noite. Assim que a noite começou a desvanecer-se, os tripulantes correram para os seus postos. Um conduzia o navio. Outro dava indicações sobre o caminho a fazer. Os restantes colocavam-se nos locais mais altos do navio para avistarem terra.

� A tempestade, embora mais fraca, tinha-os arrastado durante mais de 200 km ao longo do Oceano Atlântico. Água, havia com fartura, pois o navio quase se tinha afundado com o peso da água que apanhara quando saltara a cascata. Já estavam a 350 km da Quinta da Confusão e a 200 km da costa portuguesa.

� Nenhum dos tripulantes sabia onde estavam. O carvão, resumia-se a 2 kg, pois o capitão ordenou que se colocasse bastante carvão na caldeira para se fazer frente à tempestade. Gasto inútil. A tempestade arrastou o navio para sudoeste. Mas todos os tripulantes, incluindo o capitão, tinham bastante fome.

� A solução foi terem que comer o couro que havia na cabina do capitão. Mas essa solução era apenas temporária. Apesar de o navio estar a navegar, os tripulantes notaram que havia uma corrente que estava a levar o navio para terras desconhecidas.

� Como não havia hipótese de voltarem para trás, mantiveram o rumo.

8:00

� O dia começa na Quinta da Confusão. Os trabalhadores dirigem-se para os postos de trabalho. Mas os animais notam que falta um navio no porto da Herdade dos Ovos. Era o navio onde viajavam os animais que conseguiram vencer a cascata. Todos os julgavam mortos, pois já tinham partido à 16 horas atrás.

� Um navio ainda partiu do porto da Quinta do Douro para descobrir os restos do navio, mas acabou por se despenhar na cascata. Então, esse assunto foi definitivamente largado.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

112

� A construção da estrada entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos já atingia 2,3 km. Isso graças ao empenho e esforço dos trabalhadores.

� A população já chegava aos 830 animais, graças aos capturadores, que tinham descoberto vários animais a sul da Quinta do Douro da Margem Sul.

9:00

� As últimas gramas de carvão foram deitadas na caldeira do navio. Assim, a fonte de combustível do navio esgotou-se. Rapidamente o navio abrandou, até já só andar ao sabor das ondas. Estavam a 400 km de casa. Era impossível voltarem a casa.

� Mas mesmo assim, os 10 tripulantes fizeram questão de saírem do navio no barco salva-vidas, juntamente com o capitão. Pouco depois de saírem, o navio explodiu, devido a um barril de pólvora que tinha caído na caldeira. Mas, entretanto, apareceu um enorme navio das pessoas.

� Os animais não se fizeram rogados e subiram logo para uma plataforma que havia à altura da água. Até levaram o navio danificado atrás, preso por uma corda de couro. Rapidamente percorreram mais de 200 km.

� A estrada entre a Quinta da Confusão e Herdade dos Ovos já tinha 2,8 km. Só faltavam 0,2 km.

� A mina de ferro a este da Quinta da Perfeição foi explorada no mesmo minuto. Rapidamente, descobriram que a jazida era enorme. Em apenas 10 minutos, saíram 6 carroças cheias de ferro para todo o império.

� Como já havia ferro, a construção do túnel e da linha dos comboios entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos começou no mesmo instante. Só faltava haver ouro e mais madeira.

10:30

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

113

� Foi acabada a estrada entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos. Com cerca de 3 km, essa estrada rapidamente se tornou um importante meio de comunicação, devido ao carvão que ia da Herdade dos Ovos para a Quinta da Confusão e aos animais que faziam a viagem inversa, para navegarem nos navios a vapor, que também tiveram um grande êxito.

� A construção da linha do comboio entre a Quinta da Confusão e a Herdade dos Ovos já tinha 0,9 km. Só faltavam 2,1 km.

Ilustração 6 - Mapa do troço da Linha Azul entre a Quinta da Confusão e a Herdade

dos Ovos no Dia 11

� Nas obras do túnel, aconteceu um desastre que acabou por facilitar as obras. Um desabamento devido ao facto de a terra estar empapada pelas chuvas da noite anterior fez com que, removido o entulho, houvesse mais de 100 metros de espaço livre. Assim, houve 3 tarefas a fazer.

� Uns animais iam escavar para terem mais túnel, tarefa facilitada pelo facto de a terra estar mais mole e mais fácil de escavar. Outros construíam o tecto do túnel na zona de desabou, tarefa dificultada por causa de a terra estar molhada e mole.

� Os restantes colocavam a cobertura de ferro no túnel. Isto sem contar com os que andavam a construir a estrada.

� Um navio a vapor decidiu subir o curso da Ribeira da Confusão. Os animais disseram que a tarefa era impossível, devido ao facto de haverem imenso barcos a remos na ribeira, para além da ponte que ligava as duas margens. E ainda havia a ponte da futura linha de comboio.

� O capitão não ligou e subiu mesmo o curso da ribeira. O resultado: um desastre. As pás sugavam vários barcos a remos com os seus ocupantes, que não escapavam com vida. A ponte que era usada por carroças, carruagens e animais a pé foi destruída, fazendo com que vários animais, carroças e carruagens se afundassem nas águas da

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

114

Ribeira da Confusão, e alguns ainda foram esmagados pelo navio e pelas pás.

� Todos os ocupantes da ponte morreram afogados, esmagados ou desfeitos pelas pás do navio. Para piorar a situação, os restos da ponte desabaram em cima da ribeira, arrastando com ela os pilares ou os seus restos, que caíram em cima de várias carroças, carruagens e animais que tinham sobrevivido à passagem do navio, matando-os imediatamente.

� Mas o navio continuou o seu caminho, e rapidamente chegou à ponte da futura linha do comboio. Destruiu-a também, e com ela morreram também mais de 10 operários, esmagados, afogados ou desfeitos pelas pás do navio.

� Ele continuou o seu caminho, deixando atrás de si um vendaval de destruição total. Pouco depois, a ribeira começou a ficar mais estreita, cada vez mais estreita, até o navio encalhar por falta de espaço. O capitão quis parar o navio, mas viu um monte de gente furiosa atrás de si.

� Ele nem quis saber. Acelerou o navio ao máximo, apesar de não avançar. As pás começavam a partir-se. De tal forma que as pás partiram-se, caíram e arrastaram parte das paredes do navio. O navio continuou a andar, apesar de já não ter as pás e de estar a enfiar bastante água. Rapidamente afundou-se.

� O capitão apeou-se logo e fugiu, para escapar à população furiosa. Correu durante vários km, tal era o medo de ser apanhado. Escondeu-se até a população se ir embora. Foi para a Quinta do Douro, onde ainda não sabiam o que se passara na Quinta da Confusão.

� Comprou bastante pólvora, uma carruagem e decidiu roubar por conta própria, para mostrar à população que um animal podia fazer muita coisa.

12:00

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

115

� Os marinheiros que estavam no porto a seguir à cascata preparavam-se para lançarem um navio ao rio, quando viram o impossível. Eram os marinheiros que tinham vencido a cascata no dia anterior. Estavam todos apertados num barco a remos de Modelo 1, capitão e tripulantes.

� O coitado do barco mal se aguentava à superfície. E atrás traziam o mesmo navio que fizera a proeza histórica, embora com um grande rombo no casco. Foram recebidos com grande festejo por parte dos trabalhadores, e os próprios ocupantes do navio choravam de alegria por voltarem a casa, quando chegaram a estar a 400 km da Quinta da Confusão.

� A proeza histórica acabou por se suceder a outra proeza histórica: terem conseguido navegar 800 km no rio e no oceano sem se afundarem. Rapidamente, enquanto o navio era reparado, os ocupantes do navio eram felicitados por todo o império, e foi oferecido a cada tripulante 5.000 €.

� O capitão do navio que subiu a Ribeira da Confusão foi na sua carruagem até à feira da Quinta da Perfeição. Aí, matou o animal que estava de serviço, roubou mais de 100 kg em valores e fugiu na carruagem.

� De nada serviu os esforços da população, que foi a correr para alcançarem o ladrão. Mas o ladrão fugiu para longe dali. Passou o porto a seguir à cascata, foi para norte e, com a madeira que roubou, construiu o seu esconderijo, 2 km a norte do porto a seguir à cascata.

� O império não chegava ali, além de que havia tantas árvores que não era muito fácil passar por ali. Deitou as riquezas que roubara à feira da Quinta da Perfeição e foi na carruagem para roubar outro sítio.

� A construção da linha do comboio já tinha 1,2 km. Além disso, a construção da estação da Mina de ferro (Quinta da Confusão) já ia a meio. Quando fosse completada, serviria para levar mais facilmente o ferro para a feira da Quinta da Confusão, que ficava ao pé da respectiva estação.

� Ainda assim, o ferro vinda da mina de ferro da Quinta da Perfeição já chegava mais depressa à feira da Quinta da Confusão.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

116

� Já havia carvão suficiente para se pôr em prática a ideia de se levar o carvão para a Quinta do Douro e daí seguir num navio a vapor para a Herdade dos Ovos. Graças a isso, a Quinta do Douro tornou-se num importante ponto de comércio de carvão, visto que 60% do carvão que chegava ia para a feira da Quinta do Douro.

� Assim, bastantes animais passaram a ir para a Quinta do Douro para comprarem carvão, visto que lá era mais barato. O tráfego de navios a vapor também aumentou mais de 45%, devido a esta medida.

14:30

� O ladrão, sabendo que a Quinta do Douro era o melhor local para se comprar carvão, foi para lá com a sua carruagem. Com a pólvora, matou 10 clientes da feira e o próprio animal de serviço.

� Depois, entrou dentro de um navio que estava quase a partir, matou todos os ocupantes, levou o carvão para dentro da carruagem, roubou mais algum à feira, juntamente com ferro, madeira e a última pepita de ouro que restava naquela feira, que custava 1.000 € e fugiu na carruagem para o seu esconderijo.

� Quando os animais chegaram, era tarde. Um deles ainda foi a correr atrás da carruagem, mas o ladrão atirou-lhe pólvora a arder, que ao explodir matou-o. Foi então criada a polícia, cujo objectivo era prender aquele ladrão e todos os que viessem a seguir. A polícia, que era constituída por 50 animais, não encontrou nenhum vestígio do ladrão.

� Na Herdade dos Ovos, foi inventada por dois cientistas uma pistola, que lançava as balas através de uma mola, accionada puxando um gatilho.

Militar-9(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira, flecha de ferro, pistola e balas de ferro)

Transportes-10

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

117

(aérea-0)

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-6)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel e linha de madeira para o comboio)

Civil-20(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira, candeeiro de vidro e ferro, pá de ferro e molas)

Construções-3(abrigo nocturno, armazém e edifício da feira)

� Os polícias levaram logo bastantes dessas armas, depois de verificarem que uma bala conseguia atravessar uma árvore grossa, para matarem o ladrão.

� A população já chegava aos 890 animais, graças aos capturadores, mas desceu para 820, devido aos ataques do ladrão, principalmente quando subiu a Ribeira da Confusão num navio a vapor.

� Matou 46 animais, destruiu 21 barcos a remos, afundaram-se 6 carruagens, 8 carroças, mais de 100 kg de carvão, ferro e madeira. Aos poucos, os animais iam-se armando melhor para vencerem o ladrão.

� A reconstrução da ponte da futura linha do comboio foi finalizada. Também foi acabada a outra ponte, que servia o tráfego rodoviário. Entretanto, a linha do comboio já atingia 1,6 km. Também foi finalizada a estação da Mina de ferro (Quinta da Confusão).

� Não houve nenhuma cerimónia de inauguração. Simplesmente o percurso do comboio alargou meio km, e já permitia o transporte de ferro até à Quinta da Perfeição em total segurança. De tal forma que apenas 12 animais compraram bilhete para irem de comboio até à mina de ferro.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

118

16:00

� Foi organizada uma expedição de 12 navios de corrida a vapor, para descobrirem o que havia na foz do Douro e na costa que pudesse ser aproveitado para a população da Quinta da Confusão.

� Cada navio tinha 10 tripulantes e 1 capitão. Partiram do Porto Além-Cascata, nome dado ao porto construído a seguir à cascata. Como não foram muito depressa, ainda levaram algum tempo a chegarem à foz do rio.

� Não encontraram nada para além de uma pequena quinta, com pouco mais de 10 animais. Um cientista que ia num dos navios recolheu água do mar para analisar na Quinta da Confusão. Mas, a meio do caminho de regresso, a água recolhida evaporou, deixando um pouco de sal em cima da mesa.

� O cientista provou o sal, achou-o bom para pôr na comida e decidiu voltar à foz do Douro para recolher mais sal. Estava descoberto o sal.

� Gastronomia(4): � Alimentos(4): Ervas, uvas, ovos e sal

� Enquanto o cientista ia para terra para analisar melhor o sal, partiram 20 navios, em que viajavam 10 soldados em cada um, com pólvora, pistolas, balas, escudos e outras armas. Traziam também bicicletas de guerra em madeira. Rapidamente chegaram à pequena quinta que viram antes.

� Era constituída por uma pequena casa, que estava vazia, uma cerca pequena e 15 animais, de aspectos tristes e um pouco esfomeados, com ar de quem nunca tinha visto alguma tecnologia. Os soldados nem quiseram saber de mais nada.

� Pegaram fogo a vários barris de pólvora, arremessaram-nos para cima da quinta e esperaram. Os barris explodiram de imediato, destruindo quase toda a quinta. A própria casa dos donos ficou com as paredes negras e frágeis.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

119

� Os animais da quinta fugiram de imediato, mas os soldados desembarcaram, de pistolas em punho. Perseguiram os animais da quinta, dispararam e mataram logo 7 animais. Os outros 8 atiraram-se ao rio, na esperança de escaparem, mas os navios avançaram para cima deles, desfazendo-os com as pás.

� Tinham agora um novo território no Império da Quinta da Confusão. Era uma ex-quinta, que fora destruída com pólvora a arder. Os soldados, ao verem que a casa dos donos ainda se mantinha de pé, rodearam-na com 20 barris de pólvora e pegaram-lhe fogo. A casa não resistiu à segunda explosão.

� Acabou por se desfazer em cinzas, embora ainda houvessem alguns objectos com volume. Foi tudo arrasado com uma terceira explosão. As cinzas foram enterradas na terra. Tinham agora um bom local para recolherem o sal da água.

� Construíram quadrados junto à margem, junto ao mar, encheram-nos com água do mar e esperaram. O sol fez o seu trabalho. Rapidamente apareceu sal dentro dos quadrados. Àquele local chamou-se Salinas da Foz do Douro, por estarem junto ao mar, mas dentro do rio Douro, na sua foz.

� Cerca de 10 navios partiram para a Quinta da Confusão, carregados com 25 kg de sal dentro de um barril. Cada barril lava 200 kg da sal. A primeira feira a vender o sal foi a da Quinta da Perfeição, onde teve um enorme sucesso. Vendeu-se o sal a 200 €\kg.

� Ainda assim, foi um enorme sucesso que deu ainda mais dinheiro aos cofres da feira da Quinta da Perfeição.

� Império da Quinta da Confusão: � Quintas(4)-Quinta da Confusão, Quinta da Perfeição, Herdade dos

Ovos e Quinta do Douro � Minas(5) � Carvão(2)-Produção de 945 kg\dia � Ferro(2)-Produção de 1,36 toneladas\dia � Ouro(1)-Esgotada � Salinas(1)-Salinas da Foz do Douro-Produção de 738 kg\dia

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

120

17:00

� Já chegaram mais de 150 kg de sal à feira da Quinta da Perfeição. E, à medida que iam chegando, algum desse sal era levado em barris para o vagão de um comboio, que ia para a Quinta da Confusão.

� Aí, era descarregado e levado para a feira da Quinta da Confusão, onde era vendido a altos preços. Também começava a chegar às outras quintas, embora em muito pouca quantidade.

� O ladrão, ao saber que tinha chegado um novo produto ao Império, decidiu entrar em acção. Assaltou 2 carroças carregadas de sal, matou os animais que a puxavam, levou o sal para dentro da carruagem, pegou fogo às carroças e partiu em direcção ao seu esconderijo.

� Mas 2 polícias perseguiram-no na carruagem da polícia (que na verdade só tinha um letreiro a dizer «Polícia», de diferente das outras carruagens). O ladrão acelerou a carruagem, serpenteou por dentro do tráfego e quase que fugia. Mas a polícia foi-lhe no encalço, e ao fim de algum tempo já eram 4 carruagens.

� Mas o ladrão não mostrou medo. Atirou uma tábua de madeira a arder para cima de um animal, que morreu queimado. Como resposta, um dos polícias deu um tiro na carruagem, partindo a janela de trás.

� As pistolas levam uma bala de cada vez, pelo que é preciso colocar uma bala dentro da pistola sempre que se disparar, pois a capacidade da pistola é de apenas 1 bala.

� O ladrão, ao ver que a polícia tinha uma arma desconhecida e potente, saltou para cima de uma bicicleta abandonada e acelerou. Apesar de ter perdido o produto do roubo, o ladrão avançou por dentro do tráfego e conseguiu fugir.

� A polícia devolveu o roubo de sal à feira da Quinta da Perfeição, que era o sítio onde se destinavam as carroças roubadas. Mas a perseguição ainda não acabou. Um polícia conseguiu continuar a

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

121

seguir o ladrão na sua bicicleta, com uma pistola e 3 balas. Disparou-as todas.

� A última acertou no ladrão, que embora ferido conseguiu chegar ao seu esconderijo sem ninguém a segui-lo. A polícia acabou por pegar fogo à carruagem e à bicicleta usadas pelo ladrão. Os cientistas passaram a procurar um meio de transporte rápido, que permitisse apanhar o ladrão.

� A linha do comboio já tinha 2,3 km. Mas houve um desastre com um comboio. Dois animais andaram aos tiros para testarem a eficácia da pistola. Dispararam várias balas. Uma delas atingiu o maquinista de um comboio que passava ao lado no momento dos disparos, que caiu morto do comboio, deixando os cavalos a andarem sozinhos.

� Foi pouco antes da estação da Quinta da Confusão. Os cavalos, habituados a receberem ordens do maquinista para parar, passaram a estação sem abrandarem. Fizeram o mesmo com a estação da Mina de ferro (Quinta da Confusão).

� De repente, começaram a acelerar. Como não havia maquinista para os parar, avançaram livremente. Chegaram à zona das obras, onde atropelaram 7 operários. O patrocinador das obras ainda deu vários tiros nos cavalos para se salvarem os operários, mas era tarde demais. Apesar de 3 dos 4 cavalos terem morrido devido aos disparos, quase todos os operários morreram.

� Numa última tentativa, o patrocinador atirou pólvora a arder para cima do comboio, que explodiu imediatamente. Todos os 15 passageiros e o cavalo sobrevivente morreram. As chamas foram apagadas imediatamente, foram contratados mais operários e as obras continuaram.

18:30

� Os animais costumavam passar a noite num abrigo nocturno, construções existentes em todos os pontos do império menos na Quinta do Douro. Nenhum animal tinha uma casa própria. No entanto, o porco 34, um dos animais mais ricos da Quinta da Confusão, construiu uma pequena casa só para ele na Herdade dos

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

122

Ovos, ao pé do local da futura estação, para melhor vigiar o tráfego marítimo do maior e mais importante porto do Império da Quinta da Confusão.

� Essa casa tinha um andar, três divisões (a cozinha, o quarto e a sala) e ainda uma pequena cave, escavada pelo próprio dono da casa, onde guardava os produtos que comprava às diversas feiras do império. Não ficou lá muito tempo.

� Partiu na sua carruagem para o Porto Além-Cascata, onde apanhou um navio para as Salinas da Foz do Douro, na esperança de comprar sal acabado de recolher.

� A linha do comboio chegou finalmente ao seu destino, a Herdade dos Ovos. A construção da estação começou nesse instante.

� O túnel da estrada entre a Quinta da Perfeição e a Herdade dos Ovos já tinha 470 metros. Isso devido ao facto de os trabalhadores terem desabado com o resto do túnel para terem o trabalho facilitado.

� Até à época, apenas um navio conseguiu vencer a cascata. Esse navio estava a ser usado para transportar carvão da Quinta do Douro para a Herdade dos Ovos.

� Mas outros navios queriam também fazer a proeza. Então, foi organizada uma expedição com 10 navios para vencerem a cascata. O resultado: 6 navios afundaram-se. Os outros 4 sobreviveram, e chegaram inteiros ao Porto Além-Cascata.

� Eram os primeiros navios a vapor a passarem a cascata (o outro navio era um navio de corrida). Os 4 navios que sobreviveram passaram a ser utilizados para irem buscar sal às Salinas da Foz do Douro.

� A população já chegava aos 905 habitantes, devido aos capturadores.

� Os cientistas chegam à conclusão de que só o motor a vapor conseguia fazer os veículos terrestres andarem mais depressa. Assim, foi lançada a moda do motor a vapor entre os cientistas da polícia.

� Mais de 2 dezenas de veículos com um motor a vapor foram apresentados. Um arrancava através de um empurrão. Andou 3

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

123

metros, mas depois parou e ninguém o conseguiu fazer andar outra vez, nem com vários empurrões.

� Outro era guiado através de uma alavanca, e quase que vencia o concurso, mas a alavanca partiu-se e o carro a vapor foi-se afundar na Ribeira da Confusão. Houve um que atingia a velocidade de 30 km\h, segundo o cientista que o fez, mas quando chegou aos 5 km\h parou, devido à falta de carvão.

� O cientista dizia que eram precisos 50 kg de carvão para que o carro chegasse aos 30 km\h. Foi logo excluído. Todos os carros tinham algum defeito, que por qualquer motivos os impedia de andar como deve ser.

� Um dos últimos a ser apresentado chegou aos 25 km\h, mas só não foi escolhido porque só levava 5 kg de carga máxima. Havia muito trabalho pela frente para se descobrir o carro a vapor ideal.

� Cerca de 10 animais tentam uma proeza louca: irem até à barragem hidroeléctrica, 43 km a este da Quinta da Confusão, e aí desembarcarem e irem numa carruagem levada num navio, ultrapassarem a barragem, arrastando o navio atrás, passarem a barragem, colocarem o navio de novo na água e irem para o Douro Internacional.

� Os 3 cartógrafos que lá foram anteriormente também foram com eles, para lhes indicarem o caminho. Rapidamente chegaram à barragem. O pior foi levar o navio para cima da barragem. Acabaram por o deixar cair, mas ainda tinham o barco salva-vidas. Mas, lá em cima, havia uma estrada.

� Havia pessoas na barragem que viram os animais. Foram a correr, e para horror dos animais voltaram cada um com uma espingarda na mão, não hesitando em disparar. O primeiro tiro partiu as janelas da carruagem. O segundo furou as 4 rodas da carruagem e partiu os eixos. O terceiro matou todos os ocupantes, menos os 3 cartógrafos, que conseguiram voltar para o navio a vapor e partir para a Quinta da Confusão.

� As pessoas ainda destruíram o barco salva-vidas, esquecido a meio do caminho, mas não apanharam o navio onda viajavam os 3

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

124

cartógrafos que já tinham feito 2 viagens de reconhecimento à volta da Quinta da Confusão. Conclusão: a viagem foi um desastre.

� O ladrão, apesar de ter sido baleado no último roubo que fizera, fez uma nova tentativa. Foi a pé, às escondidas, à feira da Quinta da Confusão. Mas os polícias viram-no logo e perseguiram-no, com as pistolas prontas a disparar.

� O ladrão, sentindo a morte tão próxima, agarrou num carro a vapor construído pelos cientistas e fugiu. Apenas chegou à estação dos comboios. Mas as carruagens da polícia já lá vinham, a toda a velocidade.

� Entrou dentro de um comboio, matou os passageiros e o condutor e acelerou em direcção à Quinta da Perfeição. A polícia ainda disparou algumas balas, mas apenas partiram as janelas do comboio e furaram as portas.

� Um polícia consegui atirar-se em voo para cima da porta do comboio. Tentou abri-la, mas viu que estava trancada. Destruiu-a a tiro e entrou. Mas o ladrão estava à espera de tudo e, assim que o polícia entrou, com um arco atirou-lhe 3 flechas de ferro. Todas acertaram no polícia, que caiu morto do comboio.

� Entretanto, o comboio chegou à Quinta da Perfeição. O ladrão, ao saber que a linha acabava ali, em vez de parar, acelerou ao máximo. O comboio ainda deu um salto, antes de cair para o lado.

� O ladrão, num tempo recorde, desapertou a correia de couro de um dos cavalos e fugiu a cavalo para o seu esconderijo. Quando estava a menos de 50 metros do esconderijo, o cavalo foi atingido por uma bala, sendo morte instantânea. Como último recurso, foi a correr para o esconderijo.

� Várias balas rasparam na pele do ladrão. A sua sorte foi que o arvoredo estava demasiado denso para as carruagens avançarem à velocidade que iam. Uma delas partiu uma roda numa raiz de uma grande árvore.

� Os polícias não tiveram outra solução senão soltarem os cavalos e perseguirem o ladrão a cavalo. Mas, quando deram conta, tinham-no

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

125

perdido. Apesar de estarem a poucos metros do seu esconderijo, o arvoredo escondia-o.

� Mas o ladrão, vendo a sua vida em perigo, disparou mais de 10 flechas de ferro. Todas acertaram em polícias, que caíram mortos no chão. Mas os restantes avançaram e descobriram o esconderijo do ladrão. Estava cheio de riquezas. Madeira, ferro, carvão e o raríssimo ouro.

� Não tiveram tempo de reagir porque o ladrão atirou espadas, escudos, arcos, flechas e tudo o que encontrou para cima dos polícias. Os polícias tiveram que fugir, mas já sabiam onde encontrar o ladrão.

� Um ainda deu um tiro, mas apenas atingiu uma das traves principais do esconderijo do ladrão. Foram para as carruagens e fugiram.

20:00

� A população já chegava aos 920 animais. Apesar destes números, os capturadores continuaram o seu trabalho.

� A polícia, como já sabia o local onde se refugiava o ladrão, decidiu entrar em acção. Levaram apenas pistolas, pois todos queriam ver o ladrão morto à bala. Mas, quando chegaram lá, viram com horror que o ladrão tinha fugido, e tinha levado todas as riquezas na fuga.

� Mas deixara as marcas das carroças usadas para transportar as riquezas. Os polícias seguiram as marcas, e foram parar ao Porto da Quinta do Douro. O ladrão tinha fugido de navio. Mas ainda se viam as marcas do navio a vapor na água, pois ele ia muito depressa.

� Os polícias perseguiram o navio do ladrão noutro navio. Depressa o alcançaram. Mas não viram o ladrão. Via-se o esforço que a caldeira fazia para avançar. O ladrão, vendo que não tinha hipótese de escapar vivo dali, virou o navio para dentro da Ribeira da Confusão.

� Mas os dois navios iam tão depressa que subiram a margem e acabaram por parar, ao pé da estrada. Todos estavam confusos. O

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

126

ladrão fugiu imediatamente, mas foi seguido por mais de 200 animais furiosos, ansiosos por acabarem com a vida do ladrão.

� Conseguiu voltar ao esconderijo, apesar de ter perdido todas as riquezas. Ainda por cima, a ferida feita quando fora baleado estava a infectar. Ele não sabia o que era pior. Morrer às mãos de uma população enfurecida ou com uma infecção. O tempo diria a resposta.

� A indústria da uva era a maior (e a única) indústria da Quinta da Confusão. Tinha 5 chefes. Importa dizer que todos os pretextos eram bons para armar uma zaragata. Todos queriam ser os únicos a governar a indústria da uva. Mas um dos chefes pegou numa pistola e disparou sobre outro. Morreu imediatamente.

� Já só havia 4 chefes na indústria da uva. Escusado será dizer que os 4 chefes envolveram-se numa enorme tareia. Um deles acabou por ser atirado com toda a força para a linha do comboio, mesmo à frente de um comboio veloz.

� Foi atropelado e não escapou com vida. Os restantes 3 chefes fizeram tudo para se matarem uns aos outros.

� A estação da Herdade dos Ovos foi finalmente completa. Já havia ligação ferroviária entre a Quinta da Perfeição e a Herdade dos Ovos. Mas como já era noite, apenas 5 animais pagaram bilhete.

� Já era possível levar o ferro das Minas de Ferro para a Herdade dos Ovos em total segurança e em tempo recorde.

21:30

� Os 3 chefes da indústria da uva já estavam à tareia à 1 hora e meia. Nenhum dava sinais de cansaço, mas um deles estava cada vez mais fraco. Um dos chefes reparou nisso e pregou-lhe uma rasteira. O animal foi cair no chão, sem sentidos.

� O outro chefe, ao ver que ele estava distraído, empurrou-o com toda a força. O chefe caiu em cima do outro chefe, e ficaram os dois no chão. O terceiro chefe, ao ver que a ribeira estava próxima, arrastou

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

127

os outros chefes para a Ribeira da Confusão e deixou-os afogarem-se, ficando com a indústria da uva só para si.

� A sua primeira medida foi vender mais de 50 kg de uvas à feira da Quinta da Confusão. Ganhou 15.000€. Comprou a feira da Quinta da Confusão por 40.000€, comprometendo-se a ficar com 80% dos lucros e dando o resto às outras feiras.

� A sua intenção era ter o monopólio de todas as feiras do império. Havia de conseguir, nem que fosse à bala.

� Finalmente o túnel da estrada Quinta da Perfeição – Quinta da Confusão ficou totalmente construído. Assim, enquanto alguns trabalhadores faziam o resto da estrada, outros penduravam candeeiros acesos na parte de cima do túnel, pois o túnel era muito escuro e as carruagens e as carroças não tinham luzes.

� Apesar de ser noite cerrada, nenhum dos trabalhadores parou de trabalhar. Só faltavam 300 metros para a estrada estar concluída. Numa estrada com 3 km, já tinham sido feitos 2,7 km. A pior parte, o túnel, já fora ultrapassada. Agora era só uma questão de tempo.

� Como já era de noite, os capturadores tiveram alguma dificuldade em encontrar animais. Estavam ao pé da Herdade dos Ovos da Margem Sul, um sítio onde costumavam estar muitos animais. Ainda assim, a população já chegava aos 930 habitantes.

� Os abrigos nocturnos existentes apenas abrigavam 950 animais. Era urgente construir mais abrigos nocturnos. O melhor local era a Quinta do Douro, que ainda não tinha nenhum abrigo nocturno.

23:00

� Chegara ao fim mais um dia de trabalho. Os animais recolhiam aos abrigos nocturnos. Os navios voltavam para os portos. Os barcos a remos também. As carroças eram deixadas dentro das minas ou nos seus locais de trabalho. Os capturadores voltavam para as partes do império mais próximas.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

128

� Os construtores da estrada pararam, aos 2,8 km de estrada. Enfim, os animais recolhiam aos abrigos nocturnos. O único animal que não foi para lá foi o porco 34. Voltara das Salinas da Foz do Douro com mais de 85 kg de sal na sua carruagem.

� Guardou-o na cave da sua casa. Deixou a carruagem ao pé da porta de entrada e foi-se deitar no seu quarto, na sua casa. Era o único que tinha uma casa própria. Os restantes animais dormiam nos abrigos nocturnos, cheios ao máximo.

� Um polícia foi numa carruagem da polícia para o esconderijo do ladrão, na esperança de o apanhar. Mas isso revelou-se impossível, pois nem a carruagem nem a estrada tinham luzes. Assim, ele teve que voltar para trás e recolher aos abrigos nocturnos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

129

Dia 12

Da anarquia à república

Época do aparecimento da

república

12 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

130

8:00

� Nasceu um belo dia na Quinta da Confusão. Os animais, aos poucos, saíam dos abrigos nocturnos e iam trabalhar ou fazer outras coisas. Era assim desde sempre. Quando nascia o dia, os animais acordavam. E não era preciso nenhum galo para isso.

� Em todo o império, o local onde se encontravam mais ovos era na Herdade dos Ovos. Essa herdade merece bem o seu nome, pois é lá que se encontram as galinhas mais poedeiras do império. Aliás, cerca de 85% das galinhas do Império da Quinta da Confusão encontravam-se na Herdade dos Ovos.

� Era por isso que os ovos eram mais baratos na feira da Herdade dos Ovos do que nas outras feiras. Mas não havia nenhuma indústria que controlasse as galinhas e os ovos. O chefe da indústria da uva apercebeu-se disso e, com o dinheiro que ganhou com a feira da Quinta da Confusão, construiu as instalações para se criarem as galinhas e se recolherem os ovos, contratou vários animais e assim passou a existir a indústria dos ovos, da qual também era chefe.

� Essa indústria ficava na herdade dos ovos. Rapidamente, as galinhas da Herdade dos Ovos passaram todas para a indústria dos ovos. Com o dinheiro que fez, o chefe comprou a feira da Herdade dos Ovos. Já tinha 2 feiras nos seus domínios. Mas a opinião dos animais dividia-se.

� Uns achavam que ele se podia tornar demasiado poderoso e passar a governar o império. Outros achavam que ele era apenas um rico inofensivo, que não fazia mal nenhum à quinta.

� Os cientistas puseram-se ao trabalho para encontrarem o carro a vapor ideal, que permitisse alcançar o ladrão antes que se evadisse de

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

131

vez. Alguns construíam novos carros, outros reparavam os seus carros, que construíram no dia anterior.

9:30

� A polícia elegeu o carro a vapor ideal, aquele que serviria para perseguir o ladrão.

� Carro a vapor: � Velocidade máxima-20 km\h � Peso-120 kg � Peso máximo que aguenta-100 kg � Autonomia-15 km (caldeira cheia de carvão) � Passageiros-1 animal (apenas o condutor) � Observações - O espaço para bagagens é quase nulo. Apenas dá para

levar algumas armas na frente do carro.

Ilustração 7 - Esquema do carro a vapor eleito pela polícia, o novo veículo do império

10:00

� Foram feitos alguns testes ao carro a vapor da polícia. Verificaram que era um óptimo carro. Mas só havia um carro. Não houve tempo para se fazerem mais porque um animal veio a correr dizendo que tinha visto o ladrão na Quinta da Perfeição. Ninguém quis esperar mais.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

132

� Acendeu-se a caldeira do carro e um polícia partiu a toda a velocidade, deixando marcas fundas na terra. Levava apenas uma pistola, 6 balas e uma espada para apanhar o ladrão.

Militar-9(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira, flecha de ferro, pistola e balas de ferro)

Transportes-11

(aérea-0)

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-7)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel, linha de madeira para o comboio e carro a vapor)

Civil-20(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira, candeeiro de vidro e ferro, pá de ferro e molas)

Construções-6(abrigo nocturno, armazém, edifícios das feiras, casas, portos e pontes)

� Mas, como não sabia conduzir, teve alguma dificuldade para não bater contra as carruagens ou carroças, ou mesmo contra animais que andavam a pé. Então no túnel é que ia batendo contra uma carruagem.

� Mas aguentou-se e conseguiu chegar à Quinta da Perfeição em apenas 12 minutos, com uma média de 15 km\h, no exacto momento em que o ladrão partia de carruagem para a Quinta do Douro. Iniciou-se uma curiosa perseguição. Um carro a vapor a perseguir uma carruagem puxada por 2 cavalos.

� O polícia acelerou o carro e conseguiu ficar ao lado da carruagem. Mas o ladrão, com uma espada, cortou a correia de couro de um dos cavalos, saltou para cima dele e conseguiu distanciar-se. Mas o

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

133

polícia acelerou o carro ao máximo e conseguiu chegar bem perto dele. O polícia teria agarrado o ladrão se não tivessem chegado à Quinta do Douro.

� O ladrão apeou-se de tal forma que o cavalo caiu ao rio porque não parara a tempo. Por pouco o mesmo não acontecia ao carro a vapor. O ladrão enfiou-se num navio a vapor vazio e zarpou no mesmo instante. O polícia perseguiu-o na margem, mas o navio a vapor era 2 vezes e meia mais rápido do que o carro a vapor.

� Após 100 metros, perdeu de vista o navio. Esteve a correr durante 3 km, quando viu a Ribeira da Confusão à sua frente. Virou para norte, para a Quinta da Confusão, pois era o único sítio onde havia pontes para atravessar a Ribeira da Confusão. Chegou lá, e daí partiu para a Herdade dos Ovos, sítio onde achava que o ladrão teria parado.

� Na viagem, fez uma média de 17 km\h. Chegou à Herdade dos Ovos, e daí seguiu para o porto. Chegou lá, para ver que o navio do ladrão estava lá, mas o ladrão tinha-se evadido. Um animal disse que ele fugira de carruagem para a Quinta do Douro. O polícia concluiu que ele teria que passar pela Quinta da Confusão para atravessar a Ribeira da Confusão.

� Já tinha feito 11,5 km no carro. A Quinta da Confusão ainda ficava a 3,5 km. Partiu a toda a velocidade, chegando à Quinta da Confusão após 12 minutos de caminho. Quando já via os seus companheiros de profissão, o carro parou, porque já não tinha carvão na caldeira e as chamas extinguiram-se, deixando o carro parado.

� Tinha feito 15 km, a autonomia do carro a vapor. Não tiveram tempo para o acender de novo porque já lá vinha a carruagem do ladrão, tal como o polícia previra. Assim que ele saiu da carruagem, crivaram-no de balas, sob o olhar de mais de 350 animais.

� O ladrão caiu morto no chão, e os animais cometeram verdadeiras atrocidades, dando largas à raiva que tinham pelo ladrão. A seguir, foram ao seu esconderijo e pegaram-lhe fogo, despejando várias dezenas de barris com pólvora em cima. A explosão foi tão forte que se viu o clarão até na Herdade dos Ovos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

134

� Todas as árvores à volta ficaram queimadas pela explosão. As mais próximas até ficaram carbonizadas, ficaram em cinzas. As chamas foram tão altas que ultrapassavam 3 metros de altura. A zona à volta do ex-esconderijo do ex-ladrão estava um inferno de chamas.

� Mas os animais até se sentiam contentes por terem destruído assim o esconderijo do ex-ladrão. Um animal foi buscar o seu corpo e atirou-o para dentro das chamas. Sentiu-se logo um cheiro a carne cozida.

� Quando tudo à volta já só era cinzas, os animais foram buscar água para apagar as chamas. Levou-se bastante tempo, mas as chamas foram extintas. As cinzas foram enterradas na terra, plantaram-se algumas sementes ali e os animais abandonaram o local.

11:30

� Foram feitos imensos festejos por todo o império, para agradecerem à polícia o seu bom funcionamento e o facto de os terem livrado de um ladrão terrível. Foram oferecidos 10.000€ ao polícia que seguira o ladrão no carro a vapor.

� E, para comemorar, foi criada uma corrida de carros a vapor, seguindo o percurso que o polícia fizera no carro a vapor. Foi-lhe dado o nome de Corrida do Império, por abranger as 4 quintas do Império da Quinta da Confusão.

� Foram construídos 5 carros a vapor para a corrida, que se realizaria às 12:00. As caldeiras foram carregadas com carvão. Na Quinta da Confusão, pendurou-se uma grande placa de madeira a dizer «Partida».

� Na Herdade dos Ovos, foi construído um pequeno posto de abastecimento, para os carros se abastecerem de carvão. A corrida teria 3 voltas, pelo que os corredores percorreriam 45 km ao longo do império, e teriam que abastecer os carros 3 vezes na corrida, ou não chegariam ao final. O percurso seria o seguinte:

� Quinta da Confusão» Quinta da Perfeição» Quinta do Douro» Foz da Ribeira da Confusão» Quinta da Confusão» Herdade dos Ovos» Porto da Herdade dos Ovos» Quinta da Confusão

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

135

� Os concorrentes teriam que fazer 3 vezes este percurso. Ganha quem chegar primeiro à meta.

� Dois animais tiveram a ideia de fazerem um jornal com papel de couro, chamado Jornal da Confusão. O primeiro jornal ficou assim:

Jornal da Confusão - Dia 12, 11:30, Nº1

� Hoje, foi destruída a ameaça do ladrão. Os polícias abateram-no a tiro na Quinta da Confusão, perante uma assistência de mais de 350 animais. Em seguida, pegaram fogo ao seu esconderijo e atiraram-lhe pólvora para cima. As chamas foram tão grandes que se viam a mais de 2 km de distância.

� Também foi criada a Corrida do Império, em homenagem a um polícia que seguira o ladrão no carro a vapor por todo o império, percorrendo 15 km. A corrida seguia esse percurso, dando cerca de três voltas. Os participantes terão que fazer 45 km no carro a vapor. A partida e a chegada ficam na Quinta da Confusão.

� Já é possível andar num novo tipo de transporte: o carro a vapor. Desenvolvido pela polícia, este carro anda durante 15 km sem ninguém a puxá-lo. Muito em breve, haverá mais carros a vapor do que carruagens nas estradas do Império da Quinta da Confusão.

� Levaram algum tempo para fazerem 5 exemplares. Mas, mal os puseram à venda, foram comprados instantaneamente. Isso motivou os dois animais, que se puseram ao trabalho e em breve já tinham feito 10 exemplares.

� Mas escrever em grande quantidade era complicado. Assim, eles inventaram a imprensa, que permitia escrever jornais em grande quantidade em pouco tempo.

Militar-9(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira, flecha de ferro, pistola e balas de ferro)

Transportes-11

(aérea-0)

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

136

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-7)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel, linha de madeira para o comboio e carro a vapor)

Civil-22(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira, candeeiro de vidro e ferro, pá de ferro, molas, jornais e imprensa)

Construções-6(abrigo nocturno, armazém, edifícios das feiras, casas, portos e pontes)

� Rapidamente, fizeram 150 exemplares, que se esgotaram em pouco tempo. Continuaram a fazer exemplares, que se iam vendendo em pouco tempo. Rapidamente, arranjaram uma fortuna de 2.500€.

� Usaram esse dinheiro para construírem a sede do Jornal da Confusão. Era apenas um edifício com 1 piso, com uma divisão para os 2 animais estarem à vontade e outro onde estavam os equipamentos de impressão de jornais.

� O jornal foi um sucesso, e os dois animais tornaram-se os chefes do Jornal da Confusão, mas ao contrário da indústria da uva, eles eram muito amigos. Rapidamente ficaram ricos.

12:00

� Mais de 800 animais juntaram-se na Quinta da Confusão para assistirem ao início da Corrida do Império, com 5 carros prontos a correr. Os cientistas calcularam que a corrida durasse aproximadamente 2 horas e 15 minutos, se fossem a uma média de 20 km\h.

� A corrida começou. Cerca de 5 carros arrancaram a todo o vapor, deixando atrás de si apenas fumo e marcas na terra. A corrida seria

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

137

protegida pela polícia, que afastaria os outros condutores da estrada quando os corredores passassem.

� Em menos de 12 minutos puseram-se na Quinta da Perfeição. Mas, no momento de virar para sul, para a Quinta do Douro, um dos carros derrapou demasiado e chocou contra o edifício da estação dos comboios na traseira, ficando com a caldeira um pouco amolgada.

� Mas isso não o travou. Acelerou ao máximo para sul, como se não tivesse acontecido nada. Mas a caldeira estava amolgada. Quais seriam os riscos? O tempo diria.

� Minutos antes do início da corrida, a estrada Quinta da Confusão – Quinta da Perfeição tinha sido acabada. Os trabalhadores foram ver o início da corrida. Os corredores seriam os primeiros a passarem pela estrada finalizada.

� Já havia ligação entre as 4 quintas do Império da Quinta da Confusão. E os corredores teriam o prazer de andarem por todas as estradas.

� Após a passagem dos corredores, duas carroças com carvão dirigiram-se para o porto da Quinta do Douro. Descarregaram-no dentro de um navio, que partiu para a Herdade dos Ovos.

� Aí, o carvão foi descarregado e levado numa carroça para o posto de abastecimento da Corrida do Império, que estava a poucos metros do porto. Esta acção foi repetida várias vezes.

13:00

� Após mais de 45 minutos de corrida, viram-se, ao longe, os carros a correrem a uma velocidade louca. Havia um que levava bastante vantagem, mas apenas porque não parara para abastecer de carvão a caldeira do carro.

� Foi o que não devia ter feito. O carro parou a poucos metros da linha do início da 2ª volta, os outros carros ultrapassaram-no, e só passou a meta empurrado pelo próprio condutor, que terminava a sua primeira

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

138

(provavelmente a última) corrida automóvel. Os outros continuaram a corrida.

� O primeiro fez um tempo de 46 minutos e 24 segundos. Era a volta mais rápida. Mas, à entrada do túnel, um carro derrapou, perdeu o controlo e acabou a subir o monte. Mas havia uma elevação mais inclinada e o carro deu um pulo enorme. Voou mais de 5 metros antes de se despenhar pelo monte abaixo.

� O condutor atirou-se em voo do automóvel, que ao cair espatifou-se em pedaços que começaram a arder, graças ao facto de a caldeira se ter partido em três. Era o fim da corrida para o condutor e o fim da carreira para o carro, que ainda por cima era o mesmo que tinha danificado a caldeira quando chocara contra a estação dos comboios da Quinta da Perfeição. Os outros continuaram a corrida, mais velozes que qualquer outro transporte terrestre.

� Um animal escapulira-se para a antiga mina de ouro antes do início da corrida, na esperança de encontrar ouro e ficar rico. Não encontrou nada, mas não desistiu. Continuou até já ter escavado imenso.

13:30

� Nas indústrias dos ovos e das uvas, todos os trabalhadores tinham pedido permissão para saírem e irem ver a Corrida do Império. Até era bom para o chefe, que assim podia ver todos os seus domínios em paz e sossego.

� Visitou, calmamente as indústrias dos ovos e das uvas e ainda se deslocou para as feiras que possuía. Deslocou-se para a Quinta da Perfeição, comprou a sua feira e em seguida foi ver a Corrida do Império na Quinta da Confusão, contente por ter mais uma feira nos seus domínios.

� Na sede do Jornal da Confusão, os 2 animais observavam a corrida, calmamente à porta da sede, isso porque a sede do Jornal da Confusão ficava num bom local para se observar a passagem da Corrida do Império.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

139

� Quando os carros se iam embora, eles voltavam para dentro da redacção do jornal e iam, calmamente, fazerem mais exemplares de jornais. Devido à corrida, pouca gente os comprava, mas quando ela acabasse as vendas do jornal subiriam em flecha.

� Ao fim de pouco tempo, já tinham 300 exemplares feitos e prontos a vender. E esse número ia subindo cada vez mais, graças à imprensa, inventada pelos 2 animais para imprimirem vários jornais em pouco tempo.

� Após mais de 30 minutos de corrida, os corredores da Corrida do Império chegaram ao sítio onde se abasteceriam de carvão, no porto da Herdade dos Ovos. Mas nem tudo correu bem. Ao pararem os carros, um deles travou bruscamente, e o condutor, sem nada onde se segurar para além do volante, foi atirado para a frente, rebolou pelo chão e caiu no Rio Douro.

� Os outros condutores levantaram-se de imediato e ajudaram o terceiro condutor a levantar-se e a voltar para o carro. Quando partiram, o condutor que caiu ao rio foi o que estava à frente.

14:00

� Já eram mais de 850 animais a esperarem a passagem dos corredores da Corrida do Império. Não tiveram que esperar muito. Eles já lá vinham a toda a velocidade, após 45 minutos e 15 km de corrida.

� O que caíra ao rio estava no segundo lugar, muito próximo do primeiro. Estavam os dois a 18 km\h. Já na Quinta da Confusão, o condutor que caíra ao rio acelerou ao máximo o seu automóvel e passou a meta em primeiro lugar.

� Graças ao facto de ter acelerado ainda mais, retirara 2 segundos ao recorde da volta mais rápida, passando de 46 minutos e 24 segundos para 46 minutos e 22 segundos. Mas ainda havia mais uma volta pela frente. Então, teve uma ideia.

� Bloqueou temporariamente o tubo de escape da caldeira, deixando a acumular pressão. Depois, libertou o tubo de escape. A pressão acumulada fez com que o carro acelerasse bastante, chegando aos

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

140

28,4 km\h, batendo o recorde de velocidade num carro. Assim, ficou a mais de 50 metros do segundo lugar, o que era bastante.

� Mas isso teve consequências que podiam acabar em acidente. Pouco depois, dentro do túnel, o condutor perdeu o controlo do seu veículo por estar a andar demasiado depressa para esse carro. Subiu ligeiramente as paredes curvas do túnel e manteve-se assim até sair de lá.

� Mas como estava em cima das paredes do túnel, e não na estrada, deu um grande salto. Isso podia acabar com a sua prova, com o carro e talvez com a sua vida. Mas safou-se. O carro ainda deu uma cambalhota em pleno ar depois de ter batido no chão, mas chegou ao chão e continuou a correr com o condutor ainda no seu lugar, embora estivesse danificado.

� Tinha perdido um farol e partido o outro. Uma das rodas dianteiras tinha-se partido, ficando só com a cobertura em ferro nas zonas partidas. O velocímetro fora arrancado do sítio. O volante estava partido.

� Até o tubo de escape da caldeira estava esmagado. Mas o condutor escapou ileso, para além do susto. Mas viu que o tubo de escape da caldeira estava esmagado, o que impedia a saída dos gases.

� Então, antes que a caldeira explodisse, arrancou o tubo de escape partido e continuou a corrida, embora muito danificado. Apesar de tudo, ainda estava em primeiro.

15:00

� Após mais de 2 horas e meia de corrida, os animais juntaram-se na meta para verem o vencedor da 1ª Corrida do Império. Na verdade, houve problemas a pouco mais de 1 km da meta. O carro que estava muito danificado ia à frente, com um avanço superior a 50 metros apesar de ter parado para abastecer como os outros.

� Mas, quando já estava a 1 km da meta, uma das rodas saltou do carro e saiu da estrada a rolar. Apesar de ser a que estava partida, fazia imensa falta. O carro avançava com dificuldade, e o condutor viu a

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

141

velocidade descer para menos de 15 km\h e os outros carros a aproximarem-se.

� Então, ele levantou, com as patas, a zona do carro sem rodas e conseguiu voltar a conduzir normalmente, ou quase, pois estava com uma pata no volante, a outra a levantar o eixo partido e tinha o olhar a oscilar entre a estrada e o eixo que levantava.

� As patas de baixo estavam todas em cima do pedal do acelerador, como se isso fizesse o carro andar mais depressa. A menos de 20 metros da meta, largou o eixo e concentrou-se na estrada por completo. Ia a 20 km\h. Mas o eixo partido, ao raspar na estrada, ia-se desgastando e fazendo faíscas. Como era de madeira, rapidamente pegou fogo.

� E o fogo ia passar para o resto do carro, se não fosse uma pedra traiçoeira bater no carro. O eixo a arder partiu-se, voou a mais de 2 metros e atingiu a placa da meta, pegando-lhe fogo no momento exacto em que o condutor do carro passava a linha da meta, ganhando a corrida.

� Enquanto o fogo era apagado, o condutor foi homenageado e presenteado com 10.000€, sendo considerado o melhor condutor de sempre. Fez a volta em 46 minutos e 17 segundos, a mais rápida de sempre, e a corrida em 2 horas, 19 minutos e 4 segundos.

� O segundo classificado fez mais 6 segundos do que ele e o terceiro mais 8 segundos. O quarto e o quinto foram eliminados a meio da prova por motivos técnicos. E os festejos continuaram.

� Já estava à 2 horas a escavar na antiga mina de ouro, sem encontrar nada. De súbdito, a sua pá bateu numa coisa dura que não era terra. Escavou melhor e viu que era uma pequena pepita de ouro. OURO! O ouro que estava perdido desde o dia 8, altura em que escasseou na mina e no resto do império.

� Escavou mais, encontrou imenso ouro, fundiu-o em barras, vendeu-o na feira da Quinta da Perfeição a preço de ouro e ficou rico. Voltou para a mina, mas a notícia espalhara-se. A mina de ouro voltara a ter ouro.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

142

� Vários animais foram para lá carregados de pás e cilindros de pólvora, na esperança de ficarem ricos. Entre eles estava o animal mais rico da Quinta da Confusão, o porco 34. Mais esperto que os outros, foi num atalho e chegou à mina ao mesmo tempo do que os animais da Quinta da Perfeição.

� Quem saiu da mina com mais ouro foi o mineiro que descobrira ouro na mina, mas o porco 34 não lhe ficou atrás. Com o ouro que arranjou, comprou a feira da Quinta do Douro e ficou com o monopólio do comércio da Quinta da Confusão.

� Em seguida, voltou para sua casa, na Herdade dos Ovos e contou todo o dinheiro que tinha. Contou 113.650€, para além do dinheiro que havia nos cofres das feiras, que lhe passaram a pertencer com todo o seu dinheiro. A sua riqueza era cada vez maior, e ninguém o podia evitar.

15:30

� Na Quinta da Confusão, não havia ninguém a governar o império. As obras faziam-se conforme a vontade da população. Não havia leis nem regras. Enfim, não havia política. Mas, nos últimos tempos, as opiniões dividiam-se.

� Uns achavam que o porco 34 era bom para governar. Outros diziam que sempre estiveram assim e seria assim que estariam. Mas, para acabar com tudo, os animais favoráveis a se criar um governo na quinta entregaram as rédeas do poder ao porco 34, que passou a ser assim o presidente da Quinta da Confusão.

� Fora iniciado um novo regime político na Quinta da Confusão, o regime republicano. A sua primeira medida foi mandar construir uma linha do comboio entre a Quinta da Perfeição e a Quinta do Douro. Mas 2 cientistas dissera que era impossível porque impedia a passagem de animais e mercadorias pela Quinta da Perfeição.

� Então, o presidente mandou que a linha fosse construída no subsolo. As obras começaram no mesmo instante. Foi escavado um enorme buraco 10 metros a norte da estação da Quinta da Perfeição. Mas isso

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

143

levou tempo. A linha teria 2,1 km de comprimento, ligando a Quinta do Douro à mina de ouro.

� Como já havia 2 linhas na rede, deram-se nomes de cores às linhas. À que estava a ser construída, entre a Quinta do Douro e a Mina de Ouro, deu-se o nome de Linha Amarela. A outra, entre a Quinta da Perfeição e a Herdade dos Ovos, passou-se a chamar Linha Azul.

� A construção da linha permitirá uma maior rapidez no transporte de mercadorias para todas as quintas e herdades do império.

Ilustração 8 - Mapa da Linha Amarela no Dia 12

� Enquanto isto tudo acontecia, houve um desastre na margem sul do Douro. Estavam os animais muito bem sossegados a trabalhar quando irromperam por ali adentro, na Herdade dos Ovos da Margem Sul, vários animais desconhecidos armados com chicotes e metralhadoras, coisas desconhecidas para a Quinta da Confusão.

� As rajadas sucessivas de tiros mataram dezenas de animais, enquanto as chicotadas puxavam e magoavam outras dezenas. No final, cerca de 34 animais tinham sido mortos e outros 32 tinham sido levados pelos invasores.

� O presidente ficou furioso e mandou um exército com 150 animais armados seguirem os invasores e destruírem-nos e, se possível, apoderarem-se das armas desconhecidas que possuíam.

� O exército actuou de imediato e, avançando rapidamente, já viam ao longe os invasores desconhecidos. Viram também muitos outros, e entre eles estavam os 32 animais capturados na Quinta da Confusão. Viram que os invasores eram 5. Dispararam ao longe e abateram-nos imediatamente.

� Todos os animais, excepto os animais da Quinta da Confusão, fugiram para as suas quintas. A metralhadora e o chicote foram levados para a Quinta da Confusão, onde foram estudados por 4 cientistas.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

144

� Os 32 animais voltaram aos seus postos de trabalho. Só foi pena ter havido 34 mortos. Mas os capturadores faziam muito bem o seu papel.

17:00

� Foi concluída a escavação do buraco quem representaria o início da construção da linha amarela da rede dos comboios. Com cerca de 5 metros de profundidade e 2 metros de diâmetro, tinha o tamanho ideal para se começar a escavar no subsolo.

� A linha estaria a 5 metros de profundidade. Por meio de cordas de couro, desceram-se os trabalhadores e todo o equipamento até ao fundo do buraco e a construção da linha começou.

� Enquanto isso, na estação da Quinta da Perfeição, mudaram a placa para «Gare da Quinta da Perfeição», por ser a única estação que também teria estação na futura Linha Amarela. Enquanto isso, os comboios hipomóveis iam circulando pela Linha Azul carregados de passageiros.

� Era a melhor opção no transporte de passageiros e mercadorias, mais de mercadorias. Ferro, carvão e madeira iam circulando nos vagões dos comboios que percorriam grande parte do império, à excepção da Quinta do Douro.

� O próprio ouro era transportado de comboio até aos pontos mais distantes do império. Era levado em carroças para a Gare da Quinta da Perfeição e daí seguia para o resto do império. Se fosse para a Quinta do Douro seguia de carroça directamente da mina de ouro.

18:00

� O presidente da Quinta da Confusão mandou os mesmos 150 animais irem descobrir o local de onde vieram os invasores. Não tiveram que andar muito. Cerca de 500 metros a sul da Herdade dos Ovos da Margem Sul, descobriram uma grande construção em madeira e ferro, com uma grande caldeira, um tubo de escape.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

145

� Tinha 6 rodas, 3 eixos, várias janelas de vidro e uma porta de vidro com rebordos de ouro. Ouro cunhado com as seguintes palavras «Quinta da Confusão-Dia 7». Aquele ouro fora roubado à mina de ouro do Império da Quinta da Confusão no mesmo dia em que fora descoberta. Não resistiram.

� Rebentaram com a porta e entraram. Viram vários bancos forrados a couro e, junto à entrada, uma série de equipamentos parecidos com os que havia nos carros a vapor. Viram que estavam num autocarro a vapor.

� Um dos soldados puxou uma alavanca e o autocarro começou a andar. Mas todos viram no velocímetro a velocidade máxima do autocarro a vapor: 60 km\h. Era muito. Mas não andou muito. Acabou por bater num rochedo ao pé das margens do rio Douro.

� Apesar de danificado, os soldados conseguiram faze-lo contornar o rochedo a avançar. Claro que foi bastante difícil. Ainda não existia a marcha-atrás nos carros. O autocarro, desta vez, conseguiu chegar à Herdade dos Ovos da Margem Sul.

� Atravessou a ponte sobre o rio Douro e chegou à casa do presidente da Quinta da Confusão. Ele saiu de casa, viu o autocarro e mandou chamar 3 cientistas para descobrirem o segredo daquele autocarro a vapor.

� Os cientistas disseram que a técnica de construção era a mesma dos carros a vapor, mas que necessitava de uma caldeira maior e (muito) mais carvão. O presidente até ficou com os cabelos em pé (mas os animais alguma vez tiveram cabelo?) quando os cientistas lhe disseram que seriam precisos 50 kg de carvão para encher a caldeira, quando os carros a vapor só precisavam de 10 kg.

� Também lhe disseram que os autocarros foram feitos para o transporte público, por terem 30 assentos, fora o condutor. Ainda assim, o presidente ordenou que fossem construídos vários autocarros iguais a esse. Ele próprio forneceria gratuitamente os materiais necessários.

� A construção da linha amarela da rede já atingia 5 metros para sul e outros 5 para norte. Isso porque a maioria dos trabalhadores

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

146

participara na construção do túnel da estrada Quinta da Perfeição-Quinta da Confusão e assim eles já sabiam as melhores técnicas para escavarem a terra.

� Mas, como as escavações já estavam debaixo da Gare da Quinta da Perfeição, alguns trabalhadores voltaram à superfície e foram para a Gare da Quinta da Perfeição, não para apanharem o comboio mas sim para começarem a escavar a estação subterrânea, aquela que serviria a Linha Amarela.

� Os 25 animais que estavam na estação estranharam um pouco, mas rapidamente viram que era o crescimento da rede ferroviária da Quinta da Confusão, que permitiria, entre outras coisas, levar com toda a segurança o ouro da mina de ouro directamente para a Quinta do Douro.

� Como a linha era totalmente subterrânea, não haveria o risco de assaltos. O progresso tinha chegado à Quinta da Confusão. E todos, sem excepção, estavam contentes.

� A Quinta da Confusão tinha cerca de 940 habitantes. Desses 940 animais, cerca de 530 tinham carruagem puxada por cavalos. E já cerca de 95 animais possuíam carro a vapor. É que o cientista que construíra o carro a vapor ideal construiu vários carros iguais e vendeu-os por 200€ cada.

� O carro a vapor tivera um sucesso louco. Com o dinheiro ganho, o cientista contratou vários animais para construírem carros, fundando assim a indústria automóvel, passando a ser o chefe da indústria.

� O presidente, em vez de tentar a todo o custo apoderar-se daquela indústria, organizou uma campanha na Quinta da Confusão para que os animais comprassem e andassem nos carros a vapor, em parceria com o chefe da indústria automóvel.

� Para ajudar, baixou os preços dos carros de 200 para 100€. Foi quanto bastou para que mais de 50 animais corressem para as feiras para comprarem os carros a vapor. Surgiram postos de abastecimento nas quintas e os primeiros sinais de estrada, com indicações muito simples.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

147

� Por exemplo, à entrada da Herdade dos Ovos, foi colocada uma placa na estrada que dizia «Bem-vindo à Herdade dos Ovos» e depois, uma indicação do que havia naquela quinta. Na Herdade dos Ovos dizia: «Porto no Rio Douro, Indústria dos Ovos, Ponte sobre o rio Douro, Estação dos comboios».

� Também havia placas a indicar a distância, que era medida em km ou metros. Por exemplo, à entrada do túnel da estrada Quinta da Perfeição – Quinta da Confusão está uma placa que diz: «Km 2,2». E à saída do túnel há outra placa que diz: «Quinta da Confusão-0,3 km. Herdade dos Ovos-4,3 km.».

� Em relação aos postos de abastecimento, também existem placas sobre isso. Quem vem da Quinta do Douro, ao chegar à Quinta da Perfeição encontra uma placa que diz: «Posto de abastecimento da Quinta da Perfeição a 50 metros. Próximo posto a 4 km. Verifique combustível.».

� Para verificar o combustível, os animais geralmente calculavam a distância que já tinham percorrido no seu carro a vapor desde o último abastecimento. Se a distância fosse igual ou superior a 12 km, era altura de abastecer.

� Os postos de abastecimento, construídos pelo presidente, tiveram um grande sucesso. Mesmo pagando 40% dos lucros à indústria automóvel, os cofres do presidente iam ficando cada vez mais cheios.

� Apesar disso, ele não gastava muito para além do essencial. Não era forreta, mas também não tinha necessidade para gastar muito dinheiro. Comprara o carro quando ainda custava 200€. Mas o presidente viajava bastante no seu carro a vapor, por vezes bastante veloz.

� Era um dos seus passatempos preferidos. Viajar por todo o império no seu carro a vapor. Chegava a abastecer o carro 2 vezes num só dia. Mas, como não havia limites de velocidade, frequentemente acelerava acima dos 15 km\h, por vezes chegava aos 18 e mesmo aos 20 km\h. E assim conhecia bastante bem cada canto do seu império, desde as salinas da foz do Douro até à Herdade dos Ovos.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

148

19:00

� Foi concluída a escavação da parte subterrânea da Gare da Quinta da Perfeição. A entrada para o estaleiro da obra passou a ser feito através da Gare da Quinta da Perfeição e não pelo buraco que serviu de base às escavações.

� O buraco foi tapado e o túnel foi concluído naquela zona. Mas, antes de começarem a tapar o buraco, surgiu um carro a vapor a uma velocidade louca. Já estava a escurecer, pelo que os trabalhadores apenas se aperceberam do carro quando já era tarde.

� O condutor do carro, pelo contrário, vira muito bem que ia cair no buraco, devido aos faróis. Atirou-se pouco antes do desastre. O carro caiu dentro do buraco, atirando-se de uma altura de 5 metros. Os trabalhadores que estavam à superfície conseguiram desviar-se.

� Os que estavam debaixo do chão também escaparam porque nenhum estava debaixo do buraco na altura do desastre. O carro caiu e ficou bastante danificado. Mas foi só isso. Nada mais. Antes que a caldeira se desmanchasse e pegasse fogo à linha do comboio, o carro foi retirado por meio de cordas e tábuas de madeira dali.

� O dono do carro, assim que viu o carro fora do buraco, entrou nele e foi-se embora, apesar de ter o carro bastante danificado. Apenas conseguiu chegar ao posto de abastecimento da Quinta da Perfeição, onde o carro se desmanchou em pedaços.

� Foi a pé até à feira da Quinta da Perfeição, comprou outro carro e foi-se embora. E os trabalhadores continuaram a trabalhar para taparem o buraco e continuarem a construir a linha do comboio.

� O presidente andava nas suas viagens, muito calmamente e (nada) devagar. Mas, quando estava a 200 metros da Quinta do Douro, viu um carro a vapor ir a uma velocidade louca. A certa altura, apareceu-lhe à frente uma carruagem lenta.

� Deu uma guinada brusca para a esquerda, mas o carro derrapou na estrada, o condutor perdeu o controlo do veículo e acabou por bater

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

149

contra outro carro a vapor, que ia no sentido contrário, também a uma velocidade igualmente alta.

� Era costume conduzir-se no lado direito da estrada e, apesar de não ser obrigatório, todos os condutores, sejam de carruagens, carroças, carros, bicicletas ou mesmo pedestres iam sempre pelo lado direito da estrada.

� Mas os dois carros acabaram por ficar muito mal, também porque o condutor do carro que nada tivera a ver com o assunto foi expulso do carro, voou mais de 5 metros e caiu em cima de uma carruagem, e ali ficou. Não se magoara no desastre, mas até porque se estava bem ali.

� Quanto ao outro condutor, também fez um voo para fora da estrada, só que o carro foi atrás dele e caiu-lhe em cima. A caldeira soltou-se em pleno voo e espatifou-se no meio das ervas, expondo as chamas às ervas secas.

� Foi quanto bastou para que começasse um incêndio. Embora apagado rapidamente, esse incêndio queimara e reduzira a cinzas o carro e o seu condutor. O presidente viu tudo e concluiu que a causa do acidente fora o excesso de velocidade, uma conclusão correcta.

� Abrandou imediatamente o seu carro e, assim que chegou à Quinta do Douro entrou num navio com o próprio carro e foi para a Herdade dos Ovos de barco. Depois, foi para a sua casa e implantou uma lei.

� Uma lei que regulamentava o limite de velocidade nas estradas do Império da Quinta da Confusão. Era cerca de 10 km\h no interior das quintas e 15 km\h no exterior delas, nas estradas que ligam quintas, minas e outras coisas. Assim, em vários locais das estradas e das quintas foram colocados cartazes de madeira com indicações simples mas eficazes.

� Diziam: «Limite de velocidade-10 km\h», nas quintas e «Limite de velocidade-15 km\h», fora delas. Também diziam que a pena para quem não cumprisse o limite era uma multa de 20€, dinheiro esse que tinha de ser entregue ao presidente da indústria automóvel. Havia placas que indicavam os limites de velocidade dentro e fora das quintas.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

150

� Para carros cuja velocidade máxima era 20 km\h, até que não era mau. Foram dadas instruções à polícia para vigiarem as estradas e multarem todos os carros que fossem acima do limite de velocidade.

� Foram construídos radares, que usavam as propriedades magnéticas de um íman para detectarem a velocidade de um automóvel. O íman, quando nas proximidades de ferro, como o de um carro em movimento, fazia força para o atrair.

� Claro que não conseguia, mas durante esse período activava uns mecanismos que depois indicam a velocidade do carro num conta-quilómetros. Quanto menor for o tempo que o íman detectar o ferro dos carros, maior é a sua velocidade.

Militar-9(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira, flecha de ferro, pistola e balas de ferro)

Transportes-11

(aérea-0)

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-7)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel, linha de madeira para o comboio e carro a vapor)

Civil-24(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira, candeeiro de vidro e ferro, pá de ferro, molas, jornais, imprensa, radares de velocidade e ímanes)

Construções-7(abrigo nocturno, armazém, edifícios das feiras, casas, portos, pontes e postos de abastecimento)

� Logo em 10 minutos, a polícia multou mais de 50 carros. A indústria automóvel lucrou imenso com isso, e o risco de acidentes baixou imenso. Era mais uma etapa na modernização da Quinta da Confusão.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

151

20:30

� Na Herdade dos Ovos, os cientistas acabaram de construir o autocarro a vapor. Também construíram outro, para haver logo dois em acção. O presidente observou-os, andou dentro deles, conduziu um pouco com eles e achou-os aptos para servirem o Império da Quinta da Confusão.

� Mas havia um problema. A velocidade máxima dos autocarros era 60 km\h, e nas estradas o limite máximo era 15 km\h. Então, o presidente deu autorização para que os autocarros andassem a 30 km\h dentro das quintas e a 45 km\h fora delas.

� Os dois autocarros foram usados para carreiras diferentes. Foi dado o número 1 a um deles e o número 2 ao outro.

� Carreiras de autocarros: � 1-Quinta do Douro-Herdade dos Ovos (via Quinta da Confusão) � 2-Quinta da Confusão-Herdade dos Ovos da Margem Sul (via

Herdade dos Ovos)

� Foram escolhidos 2 motoristas para os respectivos autocarros. E assim, o nº1 partiu, com lotação esgotada, em direcção à Quinta do Douro. O nº2 foi para a Quinta da Confusão sem recolher passageiros.

� Quando chegou, também teve lotação esgotada. Partiu em direcção à Herdade dos Ovos da Margem Sul, com passageiros ansiosos por verem o autocarro a andar. Isto porque cada bilhete custava 1 euro, não importa o percurso do autocarro. Seria sempre 1 euro.

� Nas obras da Linha Amarela da rede de comboios, foram concluídas as instalações da parte subterrânea da Gare da Quinta da Perfeição. Ou seja, a plataforma de embarque, os acessos para a estação subterrânea e outras coisas.

� Foram penduradas nos dois lados da estação umas placas que diziam: «Gare da Quinta da Perfeição-Linha Amarela». Enquanto isso, as escavações da linha já chegavam aos 0,74 km da Linha Amarela, quando estivesse completa.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

152

� No outro lado da linha, os trabalhadores já chegavam aos 1,02 km de linha, quando esta estivesse completa. Para iluminar a linha, foram colocados vários candeeiros de vidro acesos, para iluminarem a linha.

� Esse candeeiros seriam os mesmo que, quando a linha entrasse em funcionamento, iluminariam o caminho dos comboios que por ali passassem. Já faltava pouco. Só faltavam 0,64 km no lado da Quinta do Douro e 1,08 km no lado da Mina de Ouro. No dia seguinte a linha deveria entrar em funcionamento. Era só uma questão de tempo.

� De volta à Herdade dos Ovos, outros cientistas descobriram o modo de construção dos chicotes e das metralhadoras. Isso beneficiaria tanto a tecnologia militar como a civil.

Militar-10(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira, flecha de ferro, pistola, balas de ferro e metralhadoras)

Transportes-11

(aérea-0)

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-7)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel, linha de madeira para o comboio e carro a vapor)

Civil-25(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro, argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira, candeeiro de vidro e ferro, pá de ferro, molas, jornais, imprensa, radares de velocidade, ímanes e chicotes)

Construções-7(abrigo nocturno, armazém, edifícios das feiras, casas, portos, pontes e postos de abastecimento)

� Os chicotes não tiveram muito sucesso, mas as metralhadoras foram vendidas de imediato, principalmente aos animais que já tinham

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

153

participado em alguma das três guerras dos animais. Até havia 1 que tinha participado nas 3 guerras.

� O processo de disparo era simples. O manípulo accionava uns mecanismos que faziam com o ar dentro da arma exercesse tal pressão que a pólvora da bala explodia, e era a explosão que disparava as balas. Mas não saía uma, mas várias balas.

� Cada disparo lançava uma rajada de até 20 balas, que faziam imensos estragos. Um animal disparou uma rajada contra um carro a vapor e destruiu-o completamente. Se estalasse uma nova guerra, com as novas armas que existiam, a Quinta da Confusão ficaria muito danificada. Mas ninguém estava a pensar numa guerra.

� O sal, um alimento que chegou à Quinta da Confusão no dia 11, fez um enorme sucesso. Apesar de no início ser bastante caro e quase todo estava na feira da Quinta da Perfeição, agora já se encontrava em todas as feiras por um preço razoável. Uma caixa de sal custava 10€, e um barril custava 50€. Importa dizer que um barril leva o mesmo que 10 caixas de sal. Como cada barril leva 200 kg de sal, uma caixa leva 20 kg.

� Rapidamente o sal passou a fazer parte da alimentação diária dos animais. Importa dizer que esta pouco variava ao longo das 2 refeições diárias, o almoço e o jantar. Comiam 1 ou 2 ovos, às vezes com a própria casca, juntavam um pouco de sal das caixas que compravam e às vezes juntavam ervas, que se vendiam em caixas de 1 kg por 5€ cada.

� Depois comiam algumas uvas e era o fim da refeição. Mesmo os animais mais ricos faziam esta ementa, porque não haviam outras coisas para comer, para além de ervas, ovos, uvas e sal. Mas ninguém se queixava disso. Até que um trabalhador viu uns frutos vermelhos numa árvore que não conhecia.

� Era hora de jantar, pelo que o soldado não hesitou em encher o estômago com os frutos desconhecidos, mas muito saborosos. Depois mostrou-os a um cientista que chegou à conclusão de que eram morangos. Estava descoberto o morango.

� Gastronomia(4):

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

154

� Alimentos(4): Ervas, uvas, ovos, sal e morangos

� Esse trabalhador, antes que outro o fizesse, fundou a indústria do morango. Comprometeu-se a vender os seus morangos nas feiras, ficando com 60% dos lucros. E que lucros. Ricos ou menos ricos, todos correram para as feiras para se apoderarem dos morangos. Claro que o trabalhador, agora presidente da indústria da uva, ficou radiante.

22:00

� A linha Amarela da rede de comboios hipomóveis já chegava aos 0,48 km da linha completa no lado da Quinta do Douro e 1,23 km no lado da Mina de Ouro. Só faltava 0,38 km no lado da Quinta do Douro para chegar à próxima estação e 0,87 km no lado da Mina de Ouro.

� Com mais algumas horas de trabalho haveriam de conseguir chegar lá. Mas tinham perdido um trabalhador. O actual chefe da indústria do morango. Ainda assim, o trabalho continuou.

� Após algum tempo de trabalho, foram construídos mais 3 autocarros. 2 foram para a carreira nº2, e os outros 3 foram para a carreira nº1. Mas o êxito dos autocarros foi só no momento.

� O facto de ser noite contribuiu para que alguns animais mais cansados apanhassem o autocarro para o abrigo nocturno mais próximo. Mas a curiosidade tinha desaparecido. Apesar de o autocarro ser um veículo mais rápido do que o carro a vapor, muita gente preferia o carro a vapor ao autocarro a vapor, apesar de assim as estradas ficarem mais congestionadas e a atmosfera mais carregada de fumos e gases poluentes. Mas o ambiente era um tema quase desconhecido aos cientistas.

� As minas do Império da Quinta da Confusão já chegavam aos picos da produção mineira. Apesar disso, o número de carroças a saírem das minas era cada vez menor. Porquê? Porque era mais fácil, económico e seguro levar os produtos de comboio hipomóvel.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

155

� As únicas excepções eram a mina de ouro e a mina de carvão entre o porto Além-Cascata e a Quinta da Perfeição, que ainda não tinham estação de comboios. Mas os produtos eram levados em carroças para a estação ferroviária mais próxima, neste caso a Gare da Quinta da Perfeição.

� Mas pôs a ideia de se colocarem porta-bagagens nos carros a vapor para que estes pudessem substituir as carroças no transporte de mercadorias. Os carregadores, que puxavam as carroças, passavam a conduzir os carros a vapor.

� Mas, como cada carroça era puxada por 2 animais, o outros passavam a trabalharam nas minas ou nos locais onde trabalhavam. Qualquer mão-de-obra era sempre bem-vinda na Quinta da Confusão.

23:30

� Era o fim de mais um dia de trabalho. Os animais recolhiam aos abrigos nocturnos, como sempre. Iam de carro, autocarro, a pé, de bicicleta ou de carruagem, ou mesmo no navio a vapor, mas todos recolhiam aos abrigos nocturnos.

� Na construção da Linha Amarela da rede dos comboios, os trabalhadores também se foram embora. Deixaram a obra entre os 0,29 e os 1,45 km de linha completa, a 190 metros da futura estação da Quinta do Douro e a 650 metros da futura estação da Mina de Ouro.

� Alguns trabalhadores pensavam em usar o carro a vapor para acelerar a construção, visto que as pás de ferro não serviam de muito. Mas ainda não havia nenhum mecanismo desse tipo.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

156

Dia 13

A expulsão dos donos das

quintas

Época do aparecimento da

república

10 de Janeiro de 2009

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

157

7:30

� Começa um novo dia na Quinta da Confusão, mas esse dia não era um dia de sol sem nuvens, mas sim um dia muito nublado, um pouco frio. Apesar disso, os animais lá iam para os seus afazeres diários.

� Era muito agradável estar a conduzir nos carros a vapor com as caldeiras acesas, que como estavam acesas produziam calor, bastante agradável. Mas nem por isso o ritmo diário abrandou.

� Os capturadores, que saíram mais cedo, procuraram, em vão, mais animais para irem para a Quinta da Confusão. Tinham fugido durante a noite, para escaparem dos capturadores.

9:30

� A linha Amarela da rede dos comboios chegou finalmente ao local onde seria construída a futura estação da Quinta do Douro. Os trabalhadores começaram a fazer o interior da estação, que seria totalmente subterrânea.

� Alguns começaram a fazer a saída para a rua. No outro lado da linha, a linha já chegava aos 1,69 km de linha completa. Só faltavam 410 metros de linha. Era pouco. No lado da Quinta do Douro, quando a estação fosse finalizada, só faltariam 100 metros para acabar aquele lado da linha.

� O dono da indústria automóvel dominava uma indústria que produzia carros a vapor. E os autocarros a vapor? Esses estavam a ser construídos por cientistas ao serviço do presidente.

� Então, pagou aos cientistas para que construíssem os autocarros para a indústria automóvel. Assim, a indústria automóvel passou a ser responsável pela construção de veículos a vapor, que eram o carro e o autocarro.

� Os cientistas acabaram mais 3 autocarros, que foram colocados nas 2 carreiras que existiam. Assim, ficaram 5 autocarros para cada carreira.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

158

� A produção de madeira aumentou 23% desde o dia 11. Mas não havia nenhuma via de comunicação que ligasse as zonas de produção de madeira à Quinta da Confusão. Não havia uma única estrada ou estação de comboios que fosse dar às zonas de produção de madeira.

� As 2 carreiras de autocarros não paravam ali. Foi o que um pequeno grupo de trabalhadores disse ao presidente. Ele achou estranho e prometeu tentar solucionar o assunto. Mal os trabalhadores saíram da sua casa, perguntou aos cientistas qual a melhor forma de ligar as zonas de produção de madeira ao resto do império.

� Os cientistas responderam que o melhor seria criar uma carreira de autocarros que também levasse a madeira para o império. Então, o presidente encomendou 5 autocarros que conseguissem levar a madeira transformada em tábuas. A indústria automóvel prometeu responder ao pedido.

11:00

� Um cientista construiu um navio a vapor diferente, com pás nos lados, mas também atrás do navio. Isso permitia tornar o navio mais rápido, mas também era necessário mais carvão. Estava inventado o navio de corrida a vapor.

Militar-10(espada de ferro, escudo de ferro, cinto de ferro, bainhas de couro, bicicleta de guerra em madeira, arco de madeira, flecha de ferro, pistola, balas de ferro e metralhadoras)

Transportes-11

(aérea-0)

(marítima-4)(barco de madeira a remos-Modelo 1 e 2, navio a vapor movido a pás e navio de corrida a vapor)

(terrestre-7)(carroça de 2 rodas de madeira, carroça de 4 rodas de madeira, bicicleta de madeira, carruagem de madeira, comboio hipomóvel, linha de madeira para o comboio e carro a vapor)

Civil-25(machado de ferro, madeira, ferro, prego de ferro, escada de madeira, balde de madeira, fogo, banheira de ferro, canalizações de ferro,

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

159

argola e corda de couro, botijas de ar de madeira, vidro, ouro, papel de couro, tinta de uva, ponteiro de madeira, candeeiro de vidro e ferro, pá de ferro, molas, jornais, imprensa, radares de velocidade, ímanes e chicotes)

Construções-7(abrigo nocturno, armazém, edifícios das feiras, casas, portos, pontes e postos de abastecimento)

� Na verdade, já existia um navio de corrida a vapor, mas apenas tinham a proa mais aguçada, para aumentar um pouco a velocidade. O novo navio de corrida a vapor tinha a proa igual aos navios normais, mas também tinha pás atrás, o que aumentava imenso a velocidade, segundo o cientista que o construiu.

� De facto, atingiu 92 km\h, numa viagem de testes no rio Douro. Mas, por serem mais «comilões», passaram a ser usados apenas quando era preciso atingir uma velocidade mais elevada, como por exemplo para chegar rapidamente aos locais onde estavam animais selvagens, no caso dos capturadores.

� A estação da Quinta do Douro, na Linha Amarela, foi finalmente completa. Mas o presidente achou melhor só inaugurar a linha quando todo o percurso estivesse completo. Assim, a linha continuou, em direcção ao seu término, na estação do Porto da Quinta do Douro.

� No outro lado da linha, eles já chegavam aos 1,85 km de linha completa. Só faltavam 250 metros para o fim da linha.

Quinta da Confusão – O nascimento de um império

160

Índice

Cronologia………………………………………………………………..2-3 Prólogo………………………………………………………………….4-10 Citação do livro…………………………………………………………...11 Dia 1 – O início da civilização………………………………………...12-19 Dia 2 – O aparecimento dos transportes………………………………20-26 Dia 3 – A descoberta do ferro…………………………………………27-35 Dia 4 – O aparecimento do transporte fluvial…………………………36-41 Dia 5 – A descoberta do fogo………………………………………….42-50 Dia 6 – A fundação do Império da Quinta da Confusão………………51-63 Dia 7 – O domínio dos dois touros……………………………………64-71 Dia 8 – A descoberta da pólvora………………………………………72-82 Dia 9 – Estradas, navios e comboios…………………………………..83-95 Dia 10 – O esgotamento dos metais vitais do império……………….96-109 Dia 11 – Um temível ladrão………………………………………...110-128 Dia 12 – Da anarquia à república…………………………………...129-155 Dia 13 – A expulsão dos donos da quintas…………………………156-159 Índice…………………………………………………………………….160