quilombolas: criados no mato. enraizados na história

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Livro-Reportagem do Projeto Experimental II, Jornalismo, UNOESC Joaçaba (SC) 2011

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Cristiane StöcklGisiane Cordeiro AgostiniFrancieli ParentiOrli Ricardo Pereira

Jornalismo Literário

Professores Orientadores:Gustavo DeonPaulo Ricardo dos Santos

Apresentação:Ancelmo Pereira de Oliveira

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A persistência é o caminho do êxito.

Charles Chaplin

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SUMÁRIO

Apresentação..........................................................................39A força das crias do mato.......................................................45Conhecendo suas origens.......................................................49A conquista dos solos de Campos Novos...............................53O destino da herança..............................................................57As marcas do tempo...............................................................61O tempo deixa marcas............................................................65A terra escolhida. E que escolha bem feita.............................69Infraestrutura e condições de moradia....................................73Políticas públicas caminham a passos lentos..........................77No caminho da religiosidade..................................................79Casamento entre primos.........................................................83Monge João Maria e suas professias......................................85As Visagens............................................................................87Teco Lima o Predestinado......................................................89

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Apresentação

tema que trata dos descendentes de africanos em nosso país é recorrente na literatura nacional. Constantemente notamos o aparecimento de distintas formas de aborda-gem, demarcando novos olhares, que aumentam nossas possibilidades de criarmos um responsável campo de lu-

cidez, no trato do emblemático contexto que acompanha a presença da população negra no cenário social brasileiro. As distintas tradições históricas, sociológicas e antropológi-cas se revezam na busca dialética das raízes, sempre rizomáticas, do processo que configura a situação de negros e negras na interação com outros grupos, que de forma solidária ou não, determinam o jeito de ser do povo em nosso território. No que tange ao debate envolvendo a negritude no Brasil, po-demos dizer, também, que é comum encontrarmos um embate acentua-do entre as posturas de ordem Positivista e aquelas erigidas no ceio do Materialismo Histórico. Em qualquer um destes dois encaminhamentos teóricos, é possível destacar o crescente papel da História, da Sociolo-gia, do Direito e, recentemente, da Comunicação, como subsidiários de elementos que qualificam as necessárias leituras que devemos fazer sobre esta realidade. Com relação à influência do Positivismo não há como negar

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que ele, ajudou na preservação de fontes históricas, dentro do padrão clássico do culto ao herói, da linearidade e da valorização das fontes oficiais. Também fez com que pudéssemos ter na atualidade, uma lei-tura dos diferentes contextos que demarcaram as interações grupais no Brasil. Sendo assim, podemos atribuir a esta corrente, a recuperação dos complexos sociológicos pelos quais passaram os grupos étnicos, com destaque para a população de afrodescendentes. Num sentido oposto, o Materialismo assegurou-nos uma lei-tura de ordem crítica voltada a entender os revezes vivenciados pela comunidade negra num país pluriétnico, permeado por um descompas-so social em função de convivências históricas determinadas por proce-dimentos sustentados numa ordem hegemônica, responsável pela atual definição dos papéis sociais vivenciados por brancos e afro descenden-tes em nosso território. No momento em que consideramos estas duas abordagens, queremos destacar uma terceira. Enquanto o Positivismo e o Materia-lismo depositaram seu olhar epistemológico na macroestrutura, esta terceira teoria manteve seu acento nos parâmetros da interculturalidade. Indubitavelmente, a intercultura tem o poder de assegurar, enquanto diretriz teórica, um olhar minucioso sobre o que podemos considerar de ethos cultural do povo negro com um destaque significativo para a questão da sua cotidianidade e da alteridade. Ao apresentar Quilombolas: Criados no Mato Enraizados na História, obra, de Cristiane Stöckl, Francieli Parenti, Gisiane Cordeiro Agostini e Orli Ricardo Pereira é mister destacar a forma inteligente com que os autores conjugaram tríade: alteridade, cultura e cotidiani-dade. Tudo isso foi feito, em uníssono com os diferentes contextos da história do povo negro presente na diversidade cultural e geográfica da nação, mas tendo como foco a realidade regional. O livro Quilombolas: Criados no Mato Enraizados na História,

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ao fazer uma leitura pontual da situação do negro no Estado de Santa Catarina, representa para nós a possibilidade de contarmos com uma leitura consubstanciada das formas simbólicas e dos mecanismos prá-ticos pelos quais a população negra mantém seu patrimônio histórico, cultural e econômico, no contexto descrito no livro bem como no mode-lo de convivência assimétrico que perpassa as articulações sociais dos grupos que delimitam o atual quadro demográfico do Estado. Em uma linguagem poética, os autores nos fazem pensar e vi-venciar uma situação específica vivida por remanescentes de escravos que ganharam de seu senhor uma considerável gleba de terra. A “dá-diva”, muito bem destacada no livro, produziu nos “agraciados” um sentimento de euforia por acenar para um mundo novo capaz de negar as marcas da escravidão vivenciadas por estas pessoas. Neste sentido, a obra aparece em uma boa hora e, da forma com que chega até nós, passa a desempenhar uma função motivadora para quem se propõe retomar o necessário debate teórico referente à questão da história do negro no Oeste Catarinense, em seus distintos contextos.

Ancelmo Pereira de Oliveira

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); especialista em História do Brasil pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC); graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras D. Bosco; foi Diretor Re-gional de Ensino na 9ª Coordenadoria Regional de Educação de Santa Catarina. Atualmente, é professor na Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba, dos cursos de Comunicação Social, Direito e Licenciaturas. Ministra cursos e palestras nas áre-as de Educação Intercultural, História e Preconceitos, Educação e Motivação, Ética e Educação e Diversidade Cultural. As pesquisas desenvolvidas bem como o campo de atuação como professor no Ensino Superior direcionam-se aos temas: educação, ensino su-perior, história, intercultura, preconceito e inclusão social, ética e sociedade e ética nas organizações.

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A FORÇA DAS CRIAS

DO MATO

Março de 2011...

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O sol está impiedoso. Já é mês de março, finalzinho de verão. No interior de Campos Novos a temperatu-ra castiga. A sensação térmica passa dos 35°C. Nada que iniba o trabalho das crias do mato e muito menos

impeça que o serviço ao relento aconteça. Afinal, o povo que habita esse local tem raiz africana, é forte como as plantas de ervas dani-nhas. Sol algum é o bastante para acanhá-los e afastá-los do trabalho. No campo de poucas capoeiras sobreviventes, seu Francisco de Souza faz força; não vai ser fácil, mas sua meta é exterminar o vassoural. O decorrer da empreitada fica comprometido. Nos seus 70 anos, o velho é presa fácil. O suor começa a incomodar, o calor o domina. Logo, surgem as sensações de cansaço, a enxaqueca, a exaustão. Lembra que não é mais um jovem de 20 anos e, tampouco, tem a idade do neto que o acompanha. O sorriso fácil é uma marca registrada desse velho. Ora está concentrado na foice, ora está esbanjando simpatia. Sorrin-do, brincando, divertindo-se com os outros. Um jeito de ser ou uma maneira de driblar os diversos momentos de sofrimento que a vida lhe reservou? Um acidente, que poderia ter sido fatal, foi o que mais deixou vestígios na vida desse “boa praça”. Tinha tudo para acabar com a sua vida, mas felizmente não era a sua hora.

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