questoes sobre modernismo 2 fase

7/21/2019 Questoes sobre Modernismo 2 Fase

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FORMAO CONTINUADA EM LNGUA PORTUGUESA

ROTEIRO DE ATIVIDADES Verso do Professor

1 ciclo do 1 bimestre da 3 srie

Eio bimestral! POESIA E ROMANCE NO MODERNISMO /

MANIFESTO E PANFLETO

Gerncia de Produ!o"#i$ %arbo$a

Coordena!o Acad"ica&erso' Rodri(#es

Coordena!o de E#ui$e%)rbara *ad#l

Con%eudi&%a&+arli Pereira

Edi!o On'Line Re(i&%a e A%ua)i*ada

Rio de +aneiro,-.


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TEXTO GERADOR 1

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O fragmento abaixo integra o Manifesto Regionalista. Seus ideais esto presentes em

um dos focos de estudo deste ciclo: o romance da 2 fase modernista. O Manifesto foi lido no

Primeiro Congresso Brasileiro de Regionalismo reunido na cidade do Recife durante o m!s

de fe"ereiro de #$2%. O texto foi di"ulgado em parte por &ornais da 'poca.

Manifesto Regionalista

(osso mo"imento no pretende seno inspirar uma no"a organi)a*o do Brasil. +ma

no"a organi)a*o em ,ue as "estes em ,ue anda metida a Rep-blica roupas feitas roupagens

ex/ticas "eludos para frios peles para gelos ,ue no existem por a,ui se&am substitu0das

no por outras roupas feitas por modista estrangeira mas por "estido ou simplesmente t-nica

costurada pac1orrentamente em casa: aos poucos e toda sob medida. ...3

Regionalmente de"e ser estudada sem sacrif0cio do sentido de sua unidade a cultura

brasileira do mesmo modo ,ue a nature)a4 o 1omem da mesma forma ,ue a paisagem.Regionalmente de"em ser considerados os problemas de economia nacional e os de trabal1o.

...3

Procurando reabilitar "alores e tradi*5es do (ordeste repito ,ue no &ulgamos estas

terras em grande parte 6ridas e 1eroicamente pobres de"astadas pelo canga*o pela mal6ria e

at' pela fome as 7erras Santas ou a Cocagne do Brasil. Procuramos defender esses "alores e

essas tradi*5es isto sim do perigo de serem de todo abandonadas tal o furor ne/filo de

dirigentes ,ue entre n/s passam por adiantados e 8progressistas8 pelo fato de imitarem cega

e desbragadamente a no"idade estrangeira. 9 no"idade estrangeira de modo geral. e modo

particular nos ;stados ou nas Pro"0ncias o ,ue o Rio ou So Paulo consagram como

8elegante8 e como 8moderno8: inclusi"e esse carna"alesco Papai (oel ,ue esmagando com

suas botas de andar em tren/ e pisar em ne"e as "el1as lapin1as brasileiras "erdes c1eirosas

de tempo de "ero est6 dando uma nota de rid0culo aos nossos natais de fam0lia tamb'm


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enfeitados agora com ar"ore)in1as estrangeiras mandadas "ir da ;uropa ou dos ;stados

+nidos pelos burgueses mais c1eios de re,uififes e de din1eiro.

7al"e) no 1a&a regio no Brasil ,ue exceda o (ordeste em ri,ue)a de tradi*5es

ilustres e em nitide) de car6ter. ...3

R; ?ilberto. Manifesto regionalista. @.ed. Recife: =+(9A ;d. Massangana #$$%.#

pac1orrentamentepacientemente lentamente. ne/filo

amor ou interesse pelo ,ue ' no"o. desbragadamente

desenfreadamente indecorosamente. re,uififesC

enfeitesadornos formalidades.

ATIVIDADES DE LEITURA

QUESTO 1

O Manifesto Regionalista d6 continuidade a alguns ideais defendidos na # fase

modernista. Considerando esses ideais recon1e*a se as afirmati"as abaixo so "erdadeiras


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d O Manifesto "alori)a a pluralidade do Brasil.

e O Manifesto e,ui"ale camadas mais populares como H IcaraJ do Brasil.


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QUESTO '

+ma descri*o pode ser sub&eti"a contendo express5es ,ue retratem o ponto de "ista

do autor acerca do al"o descrito. (o Manifesto Regionalista ao criticar a imita*o da

no"idade estrangeira o autor descre"e um exemplo consagrado como moderno nos grandes

centros: o Papai (oel. Lue express5es re"elam o ponto de "ista negati"o do autor diante desse

exemplo

Habiliae t!abal"aa# Relacionar os modos de organi)a*o da linguagem Hs escol1as do

autor H tradi*o liter6ria e ao contexto sociocultural de cada 'poca.

Res$osta %o&entaa#

(esta ati"idade para recuperar a opinio negati"a do autor acerca de Papai (oel os

alunos podem apontar express5es como carna"alesco esmagando rid0culo ar"ore)in1as

estrangeiras etc.. N interessante "oc! estimular a turma a perceber a importncia da sele*o

"ocabular para se recuperar determinado ponto de "ista. Outra sugesto ' propor uma reflexo

sobre a cr0tica feita H imita*o de 16bitos estrangeiros. Doc! pode organi)ar uma discussosobre a perman!ncia desse 16bito e a opinio deles diante da cr0tica feita no Manifesto.

TEXTO GERADOR '

O fragmento abaixo foi extra0do do romance Didas Secas de ?raciliano Ramos ,ue

integra a segunda fase do Modernismo brasileiro. 9 obra narra a 1ist/ria de uma fam0lia deretirantes nordestinos ,ue atingida pela seca ' obrigada a perambular pelo serto em busca

de mel1ores condi*5es de "ida. So ,uatro os membros da fam0lia: =abiano sin16 Dit/ria o

menino mais "el1o e o menino mais no"o. +ma cac1orra c1amada Baleia e um papagaio os

acompan1am em suas andan*as pelo serto. O trec1o abaixo foi retirado do cap0tuloFabiano:


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(abiano

=abiano uma coisa da fa)enda um traste seria despedido ,uando menos esperasse.

9o ser contratado recebera o ca"alo de f6brica perneiras gibo guardapeito e sapat5es de

couro cru mas ao sair largaria tudo ao "a,ueiro ,ue o substitu0sse.

Sin16 Ditoria dese&a"a possuir uma cama igual H de seu 7omas da bolandeira. oidice. (o

di)ia nada para no contrari6la mas sabia ,ue era doidice. Cambembes podiam ter luxo ;

esta"am ali de passagem. Lual,uer dia o patro os botaria fora e eles gan1ariam o mundo

sem rumo nem teriam meio de condu)ir os cacarecos. Di"iam de trouxa arrumada dormiriam

bem debaixo de um pau.

Ol1ou a caatinga amarela ,ue o poente a"ermel1a"a. Se a seca c1egasse no ficaria

planta "erde. 9rrepiouse. C1egaria naturalmente. Sempre tin1a sido assim desde ,ue ele se

entendera. ; antes de se entender antes de nascer sucedera o mesmo anos bons misturados

com anos ruins. 9 desgra*a esta"a em camin1o tal"e) andasse perto. (em "alia a pena

trabal1ar. ;le marc1ando para casa trepando a ladeira espal1ando seixos com as alpercatas

ela se a"i)in1ando a galope com "ontade de mat6lo.

Dirou o rosto para fugir H curiosidade dos fil1os ben)euse. (o ,ueria morrer. 9inda

tenciona"a correr mundo "er terras con1ecer gente importante como seu 7omas da

bolandeira. ;ra uma sorte ruim mas =abiano dese&a"a brigar com ela sentirse com forca

para brigar com ela e "enc!la. (o ,ueria morrer. ;sta"a escondido no mato como tatu.

uro lerdo como tatu. Mas um dia sairia da toca andaria com a cabe*a le"antada seria

1omem.

+m 1omem =abiano.

Co*ou o ,ueixo cabeludo parou reacendeu o cigarro. (o pro"a"elmente no seria

1omem: seria a,uilo mesmo a "ida inteira cabra go"ernado pelos brancos ,uase uma r!s na

fa)enda al1eia.


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Mas depois =abiano tin1a a certe)a de ,ue no se acabaria to cedo. Passara dias sem

comer apertando o cinturo encol1endo o estmago. Di"eria muitos anos "i"eria um s'culo.

Mas se morresse de fome ou nas pontas de um touro deixaria fil1os robustos ,ue gerariamoutros fil1os.

7udo seco em redor. ; o patro era seco tamb'm arreliado exigente e ladro

espin1oso como um p' de mandacaru.


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Habiliae t!abal"aa# Caracteri)ar o Modernismo brasileiro.

Res$osta %o&entaa#

(esta ati"idade os alunos percebero ,ue esse romance regionalista de segunda fase

utili)ou como cen6rio o ambiente sub1umano do serto nordestino para denunciar as agruras

do brasileiro afastado dos grandes centros. Doc! pode acrescentar ,ue na obra se re"ela um

outro Brasil assim como no poema I9calanto ao seringueiroJ estudado no ciclo anterior. O

romance de ?raciliano conta com trec1os em ,ue as personagens so retratadas da mesma

forma ,ue a nature)a assim como proposto no fragmento do Manifesto Regionalista. Os

alunos podem destacar trec1os como Iuro lerdo como tatu. Mas um dia sairia da tocaandaria com a cabe*a le"antada seria 1omem.J ou I7udo seco em redor. ; o patro era seco

tamb'm arreliado exigente e ladro espin1oso como um p' de mandacaru.J.

QUESTO ,

O Texto Gerador 2 faz parte da gerao regionalista da segunda fase modernista, que

procurou denunciar as pssimas condi!es de "ida do #omem brasileiro fora dos grandes

centros$ %ecupere, no texto, trec#os que e"idenciem:

a 9 paisagem natural:

b 9s condi*5es sub1umanas:

Habiliae t!abal"aa# Caracteri)ar o Modernismo brasileiro.

Res$osta %o&entaa#

(o item


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como ICambembes podiam ter luxoJ IDi"iam de trouxa arrumada dormiriam bem debaixo

de um pau.J I9 desgra*a esta"a em camin1o tal"e) andasse perto.J I(o pro"a"elmente

no seria 1omem: seria a,uilo mesmo a "ida inteira cabra go"ernado pelos brancos ,uaseuma r!s na fa)enda al1eia.J para e"idenciar as p'ssimas condi*5es de "ida do sertane&o.

QUESTO 5

9pesar de ter dado continuidade aos ideais da primeira fase modernista a segunda fase

tril1ou outros camin1os. 9ssinale a alternati"a ,ue apresente uma caracter0stica da segundafase ,ue difere dos ideais defendidos na primeira:


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#T#T

primeira fase. Os artistas da segunda fase ,ue &6 conta"am com a consolida*o dos ideais

defendidos na primeira experimentaram uma liberdade tanto de criar ,uanto de manter

inclusi"e a obedi!ncia a normas gramaticais e uso da "ariedade padro to combatidosdurante a primeira fase. (esse aspecto as alternati"as


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semel1ante H do patro o ,ue =abiano considera IdoidiceJ. O U apresenta a perspecti"a de

=abiano diante da paisagem sertane&a ,ue ' a ideia principal do par6grafo. 9ssim a se,u!ncia

,ue preenc1e ade,uadamente os par!nteses '


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guardapeito


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TEXTO GERADOR +ATIVIDADES DE LEITURA

O texto abaixo ' um fragmento do poema'os de Carlos rummond de 9ndrade um

dos poetas mais representati"os da segunda fase modernista. (este texto retratase a ang-stia

e a solido de um personagem diante do mundo.

6os7

; agora Aos'

9 festa acaboua lu) apagou

o po"o sumiu

a noite esfriou

e agora Aos'

e agora "oc!

"oc! ,ue ' sem nome

,ue )omba dos outros"oc! ,ue fa) "ersos

,ue ama protesta

e agora Aos'

Com a c1a"e na mo

,uer abrir aporta

noexiste porta4

,uer morrer no mar

mas o mar secou4

,uer ir para Minas

Minas no 16 mais.

Aos' e agora

Se "oc! gritassese "oc! gemesse

se "oc! tocasse

a "alsa "ienense

se "oc! dormisse

se "oc! cansasse

se "oc! morresse...

Mas "oc! no morre

"oc! ' duro Aos'V

So)in1o no escuro

,ual bic1odomato

sem teogonia

sem parede nua

para se encostarsem ca"alo preto

,ue fu&a a galope

"oc! marc1a Aos'V

Aos' para onde


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QUESTO 1:Te*to %o&$le&enta! 1

O Aos' sem sobrenome sem origem definida parece simboli)ar a perda da

indi"idualidade num momento 1ist/rico tenso no ,ual se busca um significado para a "ida. N

a s0ntese do 1omem num beco sem sa0da. Obser"e os "ersos retirados do 7exto ?erador e

mar,ue a op*o ,ue mel1or exemplifica a ideia de um Aos' sem norte:


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O texto a seguir ' composto por excertos do sambaenredo da +nio da Kl1a do

?o"ernador de #$@Q O aman#2. 9 m-sica se populari)ou com a gra"a*o de Simone em

#$Q. 9t' os dias atuais O aman# fa) parte do repert/rio de in-meros m-sicos brasileiros.

O AMA.H

9 cigana leu o meu destino

;u son1ei

Bola de cristal &ogo de b-)ios cartomante

;u sempre perguntei

O ,ue ser6 o aman1

Como "ai ser o meu destino

A6 desfol1ei o malme,uer

Primeiro amor de um menino

...3

Como ser6 o aman1

Responda ,uem puder

O ,ue ir6 me acontecer

O meu destino ser6 como eus ,uiser.

2 ispon0"el em 1 tt p : EE le tr a s .m u s .b rE un iao d a il 1a r&E W @ W%X#E
http://letras.mus.br/uniao-da-ilha-rj/474651/http://letras.mus.br/uniao-da-ilha-rj/474651/


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QUESTO 11

O 7exto ?erador intensifica a problem6tica existencialista ao abordar a ang-stia

decorrente da falta de sa0da para Aos'. O 7exto Complementar # apesar de tamb'm retratar

d-"ida em rela*o ao futuro apresenta uma postura final diferente perante a "ida.

Considerando essas informa*5es...

a retire do 7exto Complementar # uma passagem em ,ue tamb'm se expresse a inexist!ncia

de um destino certo.

b compare a postura em rela*o ao destino no 7exto ?erador e no 7exto Complementar #.

Habiliae t!abal"aa# ;stabelecer rela*5es intertextuais entre os textos liter6rios lidos e

outras formas de manifesta*o art0stica.

Res$osta %o&entaa#

(o item


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comunidade ou conclam6la a uma a*o determinada. (a segunda fase modernista 1ou"e

uma apresenta*o de obras ,ue re"elaram uma retomada da consci!ncia da realidade

brasileira ampliando e aprofundando os ob&eti"os da primeira gera*o. O romance de T porexemplo com seu car6ter regionalista expandiu a "iso de um Brasil muito al'm dos grandes

centros denunciando ainda o abandono do serto nordestino.

9gora ' a sua "e) de en


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#$

a proposta de reda*o da +nicamp 2T#2W. 9ssim eles entrariam antes em contato com

aspectos funcionais e estruturais do g!nero manifesto.

W ispon0"el em1 tt p :E E FF F . c o m" e s t. un ic a m p.br E" e s t2T#2 E= # Ef #2T# 2 7 ] .pd f

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