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Introdução

Queime, meu Cosmo!É com muita felicidade que apresentamos a segunda adaptação do blog

Voo da Fênix: Cavaleiros do Zodíaco. É também a primeira adaptação que o Zalvin (Alvaro Waite) participa aqui com a gente. E a primeira adaptação de anime... E a primeira para Mutantes e Malfeitores. E a prime... Tá, deixa pra lá.

Escolhemos Cavaleiros do Zodíaco, principalmente por ter marcado nos-sa infância (e acreditamos ter marcado a de vocês também). Esse anime, mesmo que muitos digam que não, está no coração de muitos brasileiros (de muitas pessoas no mundo, na verdade). Escolhemos Mutantes e Malfeitores, porque ainda não vimos uma adap-

tação (não sabemos se existe, só não vimos) para esse sistema. Existem muitas adaptações de Cavaleiros por aí, pra diversos sis-temas. Porém, não para M&M, que é um sistema MUITO BOM para se jog-ar qualquer coisa. Recomendamos o uso do suplemento Mecha&Mangá para entender a adap-tação.Apesar de usar-

mos poucas regras vindas dele, são im-portantes. No Brasil, tanto o módulo de regras básicas quan-to o suplemento cit-

ado, são publicados pela Jambô.

Um outro ponto que queríamos deixar claro na adaptação, é que toda a história de CdZ, as sagas canônicas (e as não-canônicas, mas que entraram na cronologia), as batalhas... Todas elas tem buracos. Muita coisa (muita coisa mesmo) fica inexplicada nesses buracos. Não vamos procurar explicar. Isso seria criar algo em cima do que foi

criado por outros autores. É o tipo de coisa que a mesa de jogo de vocês deve fazer, não a nossa adaptação.

E por último, vale ressaltar que procuramos ao máximo ser fieis ao que ocorre nos mangás, e nos materiais oficiais divulgados. A única saga que ficou de fora, intencionalmente, foi a saga Ômega, por dois motivos: ainda está sendo lançada (o que torna compilá-la e trabalhá-la, um processo ainda mais difícil), e contradiz tudo o que foi mostrado anteriormente nas sagas. Por esses (e outros) motivos, resolvemos deixar a saga Ômega de

lado.

É isso. Esperamos que

vocês gostem do que vão ler por aí.

GKorn & Zalvin não aceitam, de for-

ma alguma, Sailor Cavs. Armaduras não são collant!

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História: O Hipermito

A Era da Criação do UniversoSabemos que o universo foi criado

através do Big Bang. No universo de CDZ, Cronos, pai de Zeus, é apon-tado como o grande responsável por essa criação, dando origem ao Universo. Ninguém sabe o que real-mente aconteceu ou como se deu essa criação em si... O Big Bang é um grande mistério e continua sen-do, e será por muitas eras... Mas sabemos que através do Big

Bang, as primeiras propagações de cosmos foram manifestadas: o “primeiro” sentido (na verdade, nono sentido) surgiu como fonte da criação. O Big Will ( Grande Vontade ou Vontade Divina ), surgiu como feixes de luz no universo que se espalharam por todo o espaço, cri-ando estrelas, planetas e tudo que conhecemos no cosmos. Através do Big Will, o planeta

terra ganhou três grandes enti-dades: Terra (Gaia), Céu (Urano) e os oceanos (Pontos). Mais tarde, a vida humana se criou também através da Big Will, povoando assim o planeta, com seres humanos. Di-ante disso tudo, começa então a era dos Deuses.

Após a criação dos humanos, os mesmos descobriram o poder do cosmo. Descobriram o sétimos sen-tido e sua relação com a Grande Vontade. Atingindo o sétimo, o oi-tavo e o nono sentido, os humanos passaram a se tornar deuses. Na realidade só três desses humanos chegou a tal nível de poder: Zeus, Hades e Poseidon.Agora chamados de deuses, os

três tomaram para si, seus reinos. Zeus na terra e no céu, Poseidon nos oceanos e Hades no submun-do. Dentro do universo de CDZ out-ras formas divinas também tiveram suas “explicações”, tais como Jesus Cristo, Buda e etc.: foram humanos que, assim como os Deuses, con-seguiram atingir o Big Will e ob-tiveram a vontade divina.Por isso, Mitologia Grega não é a

base total do universo de CDZ, mas ainda é a mais importante.

O Nascimento de Athenae a Era dos Cavaleiros

Na mitologia , Athena nasceu da cabeça de Zeus, mas isso assim como a criação do universo pelas mãos de Cronos, não é explicado. Sabe-se que a deusa nasceu com sua armadura, portando o escudo e uma lança. Sabe-se também que seu cetro é a representação da deu-sa da vitória, Nikki.

Não se cansando de mistérios na história, temos então o desapare-cimento de Zeus: o grande Deus dos Deuses sumiria, partindo para partes profundas dos céus. Por que partiu? Pra onde foi exatamente? Qual motivo de deixar a terra para sua filha? Nada disso é explicado (até por que Zeus nunca voltou).Com Zeus sumido, seus irmãos em

cobiça de poder resolvem então que eles poderiam tomar o reino de Zeus para si. Poseidon foi o primeiro a se manifestar: o Deus dos Oceanos preparava-se para dominar o reino deixado para a jovem Deusa Athe-na. Poseidon sempre cobiçou a terra, e ele era o Deus com o dom para criar toda e qualquer classe de ser vivo. Daí podemos explicar a criação das Scales (Escamas), as ar-maduras de Oricalco criadas para os sete guerreiros mais poderosos dos

setes mares, nomeados pelo seu Deus protetor como Os Sete Gener-ais Marinas.Com seus guerreiros mais fortes,

o Deus do Mar invade a terra es-tabelecendo sua base numa ci-dade em meio ao oceano atlântico, Atlântida. Nenhum dos guerreiros da terra conseguia parar os Mari-nas, com a construção de Atlântida os guerreiros se concretizavam no reino terreno. Atlântida era enorme, forte, impenetrável, cheia de solda-dos, uma fortaleza sem igual.

Com os ataques constantes dos generais de Poseidon, os homens que ainda podiam lutar caíam um a um. Não tendo outra forma, jovens e crianças agora eram preparados para batalhar. Athena, como guardiã deles, os proibiu de usar armas - já que não gostava do uso das mes-

Uma galáxia, como o Cosmo

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mas. Assim seus jovens guerreiros usavam os punhos, capazes de ras-gar os céus e as pernas, capazes de abrir fendas no solo. Temendo pela vida de seus guerreiros, Athena cri-ou armaduras para os jovens: assim nasciam os Cavaleiros de Athena. De acordo com o desejo da Deusa, 88 constelações surgiram no céu e cada uma deu vida a uma arma-dura, assim, os jovens cavaleiros só podiam vestir armaduras referentes à sua constelação protetora.As armaduras em si, foram forja-

das pelo sábio povo do continente de Um: eles criaram as armaduras (usando Oricalco, Gemanio e pó das estrelas), e uma Caixa de Pandora –a “Urna” – que era capaz de regen-erar pequenos danos nas mesmas.A criação das armaduras, e os for-

çados jovens cavaleiros mudou o rumo da guerra. Athena agora ten-tava convencer Poseidon a deixar a terra e voltar à seu reino submerso. Poseidon recusou e, em sua fúria, começou a criar maremotos, ter-remotos e o dilúvio. Athena, hor-rorizada com a destruição causada, decidiu que Poseidon precisava ser detido. Mandou 8 de seus cavalei-ros até a Atlântida, e, depois de uma enorme batalha, os cavaleiros de Athena saíram vitoriosos. Atlântida foi destruída, vindo a ser afundada.Após a derrota de Poseidon, a De-

usa da Sabedoria selou a alma do deus dos mares e a enviou ao polo norte, designando alguns cavalei-ros para vigiar o selo de Poseidon, esses depois de muito tempo es-tabeleceram ali um reino e renun-

ciaram sua fidelidade ao santuário, denominando-se Blue Warriors.Sete gerações de paz vieram após

a derrota de Poseidon. Nesse meio tempo, Athena estabeleceu seu santuário próximo a cidade de At-enas. Doze casas zodiacais foram construídas e o local se tornou a enorme moradia para os cavaleiros que protegiam sua amada deusa.Porém, mesmo em tempo de

paz, algo inexplicável aconteceu. O grande continente de Mu afun-dou em meio ao oceano, e com ele grandes ferreiros morreram e arma-duras se perderam. Ninguém sabe o que aconteceu, mas o continente desapareceu. Somente alguns poucos remanescentes da raça so-breviveram, ainda possuindo a ca-pacidade de construir e reparar ar-maduras, e todos vivem em Jamiel.

CenárioJá demos uma bela passada pela história do universo de CdZ. Ag-ora, vamos falar sobre seu cenário – como as coisas “acontecem” em CdZ.Pra começar, temos que lembrar que CdZ é dividido em Eras, cada uma representada por uma saga no Mangá. Assim, vamos tentar trabalhar as sagas, e explicar qual o ponto forte de cada uma, em uma aventura de RPG.

Saint SeiyaSaga Clássica

Em 1986, cem órfãos do Japão são enviados para diversas partes do mundo para que se tornem lend-ários guerreiros conhecidos como “Santos” (Cavaleiros, como foi tra-duzida a palavra “Saint” para o resto do mundo), soldados sob o comando da deusa grega Atena. Cada um desses guerreiros é prote-gido por uma constelação presente na abóboda celeste. O foco da história é um dos ór-

fãos chamado Seiya. Enviado para o Santuário na Grécia para se tornar o Cavaleiro de Pegaso, ele cumpre sua missão após seis anos de trei-namento e retorna ao Japão para rever sua irmã mais velha, Seika. Entretanto, Seika havia desapare-cido no mesmo dia em que Seiya havia viajando para o Santuário. Durante a série, Seiya se torna ami-go e aliado de outros Cavaleiros de Bronze: Shun de Andrômeda, Shiryu de Dragão, Ikki de Fênix e Hyoga de Cisne. Juntos, eles lutam para prote-ger a deusa Atena de qualquer per-igo, assim como seus antecessores fizeram desde Eras Mitológicas.

Sabemos que o universo de CDZ se passa em tempos “atuais”, porém abrangendo a influência da antiga mitologia grega ainda nos dias de

O Santuário de Poseidon: Atlântida e os Sete Pilares

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hoje. Como vimos lá no inicio, cada Deus tem seu domínio: Athena na terra, Poseidon no mar e Hades no submundo. Para uma aventura de CDZ “clássico”, o passo inicial é esse: determinar o domínio do Deus gre-go que você pretende utilizar.Sabemos que cada deus tem seus

protetores, Cavaleiros, Marinas, Es-pectros e etc. Como a série clássica é a original, temos nela apresen-tações, cavaleiros novos surgindo e mistérios ainda não desvendados, como muita coisa na mitologia. Os deuses tem uma “política” rígida e regras em seus domínios, o que difere cada cavaleiro e até mesmo seu modo de pensar: Athena por ex-emplo não permite o uso de armas e preza a vida humana, enquanto que Poseidon permite uso de armas e enxerga que a raça humana está impura e etc...

A série clássica parece seguir um padrão onde a Deusa Athena sofre constantes atentados, raptos ou se vê obrigada a ir para confrontos di-retos, mas tudo sempre girando em torno do perigo que a vida da Deusa corre.Assim que sua deusa está em

perigo, seus nobres cavaleiros par-tem até o território inimigo para salvá-la. Eles tentaram mudar isso algumas vezes, criando alguns contextos diferentes ou buscando

contextos antigos e ditos ao longo da série, como “guerra” (ou pelo menos tentando reviver uma guer-ra), mas tudo acabou em nada mais nada menos no que a mesma coisa de sempre...No final, Athena se viu entre a vida

e a morte e seus cavaleiros partiram para salvá-la.

Concluindo: Criar algo em cima da série clássica, é mais para aventuras curtas, em que o contexto se ba-seia em invadir o território do outro Deus por algum motivo que: 1- irá salvar a humanidade ao se salvar a vida da Deusa/Deus ou 2- irá salvar a vida da Deusa/Deus que se pro-tege por que tal está sendo ataca-do por um Deus/Deusa que o julga mais fraco.

O Santuário de Athena, na Grécia. O berço dos protetores da humanidade.

Saint SeiyaThe Lost Canvas

A história narra as batalhas entre os Cavaleiros de Athena e os Espec-tros de Hades na época em que os lendários Dohko de Libra e Shion de Áries possuíam 18 anos, em 1743. Os eventos narrados focam o jovem Tenma de Pegasus que, após pro-teger seu vilarejo descobrindo o cosmo sozinho, é levado para o san-tuário pelo Cavaleiro de Libra. Ao mesmo tempo, seu melhor amigo, o jovem Alone – que, separado de sua irmã Sasha desde pequeno, cresceu ao lado de Tenma – acaba se tornando Hades, criando o Lost Canvas: uma pintura que, quando ficar completa, extinguirá com toda a vida humana. Atena e seus cava-

leiros lutam contra Hades e seus espectros para poder impedir o fim da humanidade, desenrolando uma das maiores batalhas contadas em Saint Seiya.

Lost Canvas é o enredo da batalha de 273 anos atrás, ou seja, 1743, quando Dohko e Shion ainda eram jovens cavaleiros de ouro. LC rev-ela e corrige muitas inconsistências da série clássica, tanto em enredo, quanto em ação.A saga mostra um lado dos cavaleiros, onde eles mostram mais habilidades físicas, e abraça de forma maior o mundo, para dentro do enredo proposto por CDZ.Temos uma ligação com as primei-

ras eras dos cavaleiros, a visão de diferentes cenários com relação a grande guerra entre os deuses gregos. Por exemplo, as batalhas não são restristas aos santuários dos deuses, elas ocorrem em locais comuns como cidades pequenas, campos, florestas, montanhas, ci-dades perdidas e etc. Também ve-mos em que necessariamente um santuário não precisa ser o mesmo sempre: Alone, por exemplo, criou os templos demoníacos dentro de sua pintura – Lost Canvas. Ao invés de batalhar no submundo como ocorre na série clássica, algo como um novo santuário, só que na terra. Poseidon uma vez também já fez

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isso, é aíi que temos Atlântida. Em LC vemos que os cavaleiros

não se limitam a ficar somente dis-parando técnicas um nos outros até que um caia, eles partem para confronto corporal utilizando-se dos atributos físicos elevados pelo poder da cosmo energia.

Usar o enredo de Lost Canvas como base para uma aventura, ou até mesmo mestrar uma aventura de Lost Canvas, obrigará o mestre a pensar em uma história mais lon-ga e mais complexa, voltada para os prazeres e desprazeres de uma história de guerra... Batalhas Épicas, numerosas, a abrangente utilização do conhecimento em mitologia apli-cados nas artimanhas das guerras.

Uma coisa nos enredos de CDZ que deve ser bem abordado, é o fato de que: em nenhuma das eras os 88 cavaleiros de Athena estiveram pre-sentes. Isso se dá, pois, em algumas eras não nasce o cavaleiro prometi-do para determinada armadura. Exemplo: Na era Y, não nasceu um cavaleiro digno de vestir a arma-dura de Dragão. Assim naquela era, não haverá um cavaleiro de Dragão: a armadura ficará lá, intacta, até que apareça alguém digno de sua proteção.Em LC vemos esse conceito com o

espectro Kagaho de Bennu: ao final

de sua vida, se arrepende e recon-hece o valor dos cavaleiros de Athe-na, assim desejando reencarnar como protetor da Deusa da Sabedo-ria. Com isso, toma a forma de uma Fênix, e é ai que na era seguinte temos o PRIMEIRO cavaleiro de Fê-nix, pois em nenhuma era anterior houve um cavaleiro digno da arma-dura da ave lendária.O fato é que: não se precisa usar

os 88 cavaleiros. Apenas use os que serão importantes. (Apesar de o conselho estar na parte destinada à Lost Canvas – por conta da relação Kagaho e Ikki - , é válido para todas as possíveis eras.)

Athena e seus Cavaleiros de Ouro, em Lost Canvas.

Saint SeiyaEpisódio G

O titulo Episodio G vem do fato que a historia foca os cavaleiros de ouro, ou seja, G seria igual a Gold. O per-sonagem principal nesse enredo é o Cavaleiro de Leão Aiolia e a história aborda um pouco do enredo clás-sico, mas focando os cavaleiros de ouro.A história se passa treze anos an-

tes da jornada de Seiya e dos de-mais Cavaleiros de Bronze. Saga de Gêmeos tenta assassinar a bebê que é a reencarnação da deusa At-ena. Seus planos são frustrados pelo aparecimento de Aiolos de Sagitário, que salva a criança.

Sagitário é então acusado de ser um traidor e é morto por Shura de Capricórnio.Aiolia de Leão, irmão de Aiolos,

cresce em sua sombra, sofrendo todo tipo de humilhação e repudio por ser irmão do traidor. Para mos-trar seu verdadeiro valor, Aiolia, está sempre à frente das batalhas. Seis anos após a morte de Aiolos, uma poderosa força maléfica cai sobre a terra. Os seres mitológicos conheci-dos como Titãs, deuses antigos que antecederam o reinado de Zeus, são libertados de sua prisão por Pontos e lutam contra os Cavaleiros de Ouro para conseguir a arma de seu líder, a foice Megas Drepanon pert-

encente à Cronos, que está lacrada no Santuário, aos pés da estátua de Atena. Os cavaleiros de ouro então mostram toda a sua força para lu-tar contra os mais temíveis inimigos dos deuses gregos, na mitologia.

No contexto do Episódio G, os cava-leiros possuem muito mais técnicas do que já vimos. Aiolia por exemplo mostra novas habilidades ao utilizar os Photons, isso numa aventura nos dá a liberdade para criar novas téc-nicas para os cavaleiros de ouro já existentes, sem falar que tira o que parecia um “limite” de técnicas para cada cavaleiro. Vemos também uma interação dos cavaleiros com outras

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culturas, assim como em LC: por ex-emplo quando Aiolos parte numa missão contra deuses Egípcios.Vemos também Aiolia interagir

mais humanamente, usando roupas casuais para suas missões, interag-indo com um policial num atentado terrorista a uma usina nuclear. Esse ponto de vista, onde os cavaleiros aparecem em situações diferentes de batalhas “mitológicas”, aproxi-ma o enredo do “mundo comum” dando a possibilidade de incluir cavaleiros em locais normais e em situações “normais” onde eles não deixariam de cumprir o papel de protetores da Terra. Mas fica claro que a intervenção sempre é relacio-nada aos elementos próprios dos cavaleiros, por exemplo: o ataque a usina foi causado por um inimigo que se utilizava de cosmo. Não seria “normal” e nem coerente por algo como, o Shaka evitando um assalto a banco. Em questão de cenário Episodio

G aproxima muito o universo mi-tológico dos cavaleiros ao mundo real que não é tão abordado na sé-rie clássica, já que a mesma se lim-ita muito em batalhas dentro dos próprios santuários dos deuses.

Os Cavaleiros de Ouro da saga Clássica, mostrando seu real poder no traço característico da saga G.

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Cavaleiros emMutantes&MalfeitoresApós essa passagem pela história

e pelas eras retratadas no mangá, já demos dicas de como transferir as atmosferas de CdZ para sua aventu-ra. Agora, vamos falar de outro pon-to muito importante: Personagens.

Escolhemos o sistema de Mu-tantes e Malfeitores, pelo motivo de que ainda não havia se adap-tado Cavaleiros do Zodíaco para esse sistema, e com o suplemento Mecha&Mangá, ficou ainda mais fácil. Antes de mostrar como fic-aram os arquétipo de cada tipo de Cavaleiro de Athena (apenas os de Athena, não fizemos dos Marinas ou dos Espectros – basta o narrador nivelar com os cavaleiros de Athena e realizar as modificações que achar corretas), vamos dar uma olhada nas decisões que foram tomadas para chegarmos à esses conceitos.(Vale lembrar que, como nos mod-

elos pré-definidos do livro de M&M, está tudo generalizado. Cabe ao narrador e aos jogadores acertarem as coisas e “customizarem” seus personagens.)

ArmadurasAs armaduras são a principal pro-

teção de um cavaleiro. Com seus poderosos golpes capaz rachar a terra e cortar os céus, seus corpos humanos pouco podem resistir.Em M&M, adaptamos essas ar-

maduras como Dispositivos, da seguinte forma:

Armadura de BronzeDispositivo de 5 pontos- Carisma Aumentado 2- Proteção 10 (Normal 5, Impen-

etrável 5 – contusivo)- Imunidade 10 (contusivo – A

imunidade é válida apenas contra golpes que visem acertar especifi-camente a armadura)Feitos de Poder: Invocável, Restrito

– Apenas Cavaleiros

Armadura de PrataDispositivo de 8 pontos- Carisma Aumentado 4- Proteção 15 (Normal 8, Impen-

etrável 7 – contusivo)- Imunidade 10 (contusivo – A

imunidade é válida apenas contra golpes que visem acertar especifi-camente a armadura)Feitos de Poder: Invocável, Restrito

– Apenas Cavaleiros

Armadura de OuroDispositivo de 10 pontos

- Carisma Aumentado 8- Proteção 20 (Normal 10, Impen-

etrável 10 – contusivo)- Imunidade 10 (contusivo – A

imunidade é válida apenas contra golpes que visem acertar especifi-camente a armadura)Feitos de Poder: Invocável, Restrito

– Apenas Cavaleiros

Obviamente que casos específicos, como a Armadura de Libra, devem ter suas habilidades trabalhadas à parte. (Quando usadas como ferra-menta de trama, não precisam pas-sar por todo esse processo.)

Tenma de Pégasus descobrindo o poder do Cosmo.

Cosmo

Cosmo é a energia dos cavaleiros. Em sistemas que possuem pontos de energia, ou pontos de magia, estes se refeririam ao cosmo.M&M não é assim, mas pensamos

em uma maneira de simular esses

acontecimentos: Esforço Extra ou o modificador Cansativo para os po-deres.Assim, as cenas em que os heróis

precisam alcançar àquele nível es-pecífico de cosmo (“o sétimo sen-tido”, ou o que seja) para lançar um poder oculto, ou ainda criar algum efeito específico, utilize-se das regras mencionadas acima.

Sobre usos em geral do cosmo, os Feitos (Contragolpe Chi) e Poderes (Sentir Chi, e o Feito de Poder: In-vocável) citados nas fichas, consulte o suplemento Mecha&Mangá, na parte sobre Artistas Marciais. Lá tá bem mais explicado.

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Golpes (Poderes)

Verão que nas fichas temos apenas Raio e/ou Golpe (Penetrante) como poderes combativos dos cavaleiros. Isso se dá, porque, se olhar para os ataques, das duas uma: ou são golpes físicos que utilizam Cosmo, ou ataques à distância que utilizam Cosmo.Assim, para facilitar a “customi-

zação”, resolvemos adaptar apenas como Raio e/ou Golpe. Também permitimos a escolha de 2 Feitos de Poder, como descrito no módulo básico de Mutantes e Malfeitores.(Mais uma vez, é super aconsel-

hado a remoção desses poderes e a alocação de seus pontos em outras habilidades. Os arquétipos são para serem customizados. Brinquem com eles.)

Nível de Poder

O último ponto antes de apresen-tar as fichas dos arquétipos, é falar um pouco sobre os níveis de poder.Dividimos os níveis de poder,

para os Cavaleiros de Athena, da seguinte forma:

Cavaleiro de Bronze – Nível de Poder 8Cavaleiro de Prata – Nível de poder

12Cavaleiro de Ouro – Nível de Poder

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Isso coloca os cavaleiros de Ouro bem acima dos demais (eles são os homens mais fortes da terra – ou quase isso), e os de prata relativa-mente acima dos de bronze. Essa escolha de níveis se dá em base nas sagas Lost Canvas e Episódio G, onde a força dos Cavaleiros de Ouro e de Prata é realmente mostrada.O narrador tem toda a liberdade

de modificar os níveis de poder dos cavaleiros, para ajustá-los à sua campanha.

(Uma dica: Caso queira criar uma campanha com base na saga clás-sica, com os Cavaleiros de Bronze evoluindo e vencendo Cavaleiros de Ouro, comece com os personagens em NP10, dando o arquétipo Cava-leiro de Bronze, e mais 30 Pontos de Poder para distribuir.)

Arquétipos de Personagem

Vamos aos modelos de persona-gens, para facilitar o uso dos joga-dores e dos narradores.

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Eu não vou me dar por vencido!Mesmo que eu seja um Cavaleiro

de Bronze, não vou perder pra você!

Eu vou proteger Athena!

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Essa pedra, eu, você...Tudo no mundo é composto de

átomos.

Use seu cosmo, e aprenda a destruir os átomos.

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Você acredita mesmo que um deus pode fazer o que bem entender com os humanos? Acha que só para mostrar o

quanto é poderoso, Deus pode pisotear os mais fracos!!!?

Fique sabendo... A gente não é tão idiota a ponto de glo-rificar um imbecil desses como Deus.Eu não te considero

deus. Você não é gente nem deus.

Você não passa de um monstro.

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Conclusão The Soldier DreamÉ com muita honra que termina-

mos essa matéria sobre CdZ, que é, sem falsa modéstia, a mais fo-cada em história e ambientação com a qual já tivemos contato. Muitas pesquisas foram feitas, mui-tas noites dormindo mal (são 2:15 da manhã, quando termino de es-crever isso) para conseguir pensar e adaptar regras, criar arquétipos do zero e etc...Espero que tenham gostado, e que

muitas aventuras sejam narradas com essa matéria.

Pesquisa: Alvaro “Zalvin” WaiteTexto: Alvaro “Zalvin” Waite & Guilherme Korn

Adaptação de Regras: Guilherme KornRevisão: Guilherme Korn

Diagramação: Guilherme Korn

Essa adaptação é um oferecimento do Blog Voo da Fênix.

Saint Seiya é uma criação de Masami Kurumada.Todos os direitos reservados.

Mutantes e Malfeitores é um jogo publicado (no Brasil) pela Editora Jambô.Todos os direitos reservados.