quatro homens, um destino - hernandes dias lopes

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E-book digitalizado com exclusividade para o site: www.bibliotecacrista.com.br e www.ebooksgospel.com.br Digitalizao e Reviso: Levita Digital 07/02/2011 Por gentileza e por considerao no alterem esta pgina.Aviso: Os e-books disponiveis em nossa pgina, so distribuidos gratuitamente, no havendo custo algum. Caso voc tenha condies financeiras para comprar, pedimos que abenoe o autor adquirindo a verso impressa.QUATRO HOMENS, UM DESTINOHernandes Dias Lopes 2007 por Hernandes Dias Lopes RevisoLena Aranha Josemar de Souza Pinto Capa Douglas Lucas Diagramao Atis Design Gerente editorial Juan Carlos Martinez Coordenador de Produo Mauro W. Terrengui 1a edio - maro 2007 Reimpresso - maro 2008 Impresso e acabamento Imprensa da F Todos os direitos reservados para: Editora Hagnos Av. Jacinto Jlio, 620 04815-160 - So Paulo - SP -Tel/Fax: (11) 5668-5668 [email protected] - www.hagnos.com.br Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)_ Lopes, Hernandes Dias Quatro homens, um destino / Hernandes Dias Lopes So Paulo: Hagnos, 2007. ISBN: 978.85.7742.005-6 1. Abro (Patriarca Hebreu) 2. Isaque (Patriarca Hebreu) 3. Jac (Patriarca Hebreu) 4. Jos (Patriarca Hebreu) 5. Patriarcas (Bblia) Biografia 6. Vida Crist - Ensinamento Bblico I. Ttulo. II. SrieDEDICATRIADedico este livro ao presbtero Domcio Bonifcio Vieira, homem de Deus, varo valoroso, servo fiel de Cristo Jesus, amigo e companheiro de jornada, e sua dedicada e fiel esposa, Neuse Torres Vieira.SUMRIOPrefcio 1. No desista de esperar (Rm 4.17-21) 2. Olhe para o cu e conte as estrelas (Gn 15.1-6) 3. Como passar pelas provas vitoriosamente (Gn 22.1-19) 4. O triunfo da f (Gn 22.1-19) 5. Quando um casamento doce se torna amargo (Gn 24.63-67; 25.20-21; 26.7-11; 27.1-46) 6. Como transformar a crise em triunfo (Gn 26.1-33) 7. Uma escolha soberana, um amor incondicional (Gn 28.10-17; 32.22-30; 35.1-7) 8. Um homem a quem Deus no desiste de amar (Gn 32.22-32; Os 12.3,4) 9. Quando Deus e o Senhor que nossos sonhos 10. A triunfante providncia de Deus na vida de um homem (Gn 49.22; 50.20; At 7.8-16)PREFCIOAbrao, Isaque, Jac e Jos formam um quarteto singular na histria da humanidade. Jamais um av, filho, neto e bisneto foram to conhecidos na Histria. Mesmo separados de ns h quatro mil anos, ainda esto vivos em nossa memria e ainda se constituem modelos para aqueles que querem andar com Deus. Esses quatro homens tiveram um destino traado por Deus. Abrao foi chamado para ser o pai de todos os que crem. Deus o tirou de uma cidade idolatra e do meio da sua parentela. Ele obedeceu a Deus e andou pela f, construindo tendas, levantando altares e aguardando a promessa. Seus olhos estavam fitos em Deus, seu corao apegado ao cu e, dessa forma, caminhou neste mundo, como amigo de Deus, sem jamais ser seduzido pelas riquezas terrenas. Isaque foi prometido por Deus. Era o filho da promessa. Seu nascimento foi um milagre. Nasceu num lar temente a Deus e bebeu, desde a infncia, o leite da piedade. J homem feito, deleitava-se na orao e na meditao. Foi um homem manso a quem Deus fez prosperar. Foi pai de duas naes, pois seus filhos se tornaram o tronco de dois povos: o israelita e o edomita. Jac foi um homem escolhido por Deus antes de nascer. Seu destino foi traado na eternidade. Sua agenda foi comandada pelo cu. Nessa trajetria, viveu altos e baixos. Seus filhos foram a base da nao de Israel, o povo escolhido de Deus, a quem ele deu sua revelaoespecial e por meio de quem veio ao mundo o Messias. Jos foi o filho amado de Jac. Foi escolhido por Deus, preparado na urdidura das lutas mais renhidas para ser o maior lder do seu tempo. Jovem piedoso e comprometido com Deus. Fiel a Deus na adversidade e na prosperidade. Suportou com pacincia as maiores provas e sofreu na pele as maiores injustias. Mas Deus foi com ele no vale e tambm no cume dos mais altos montes. Deus foi com ele na priso e tambm no palcio. Porque ps sua confiana em Deus, foi bno no meio de seu povo e esparramou sua influncia alm-fronteiras. A histria desses quatro homens ainda nos desafia. O tempo mudou, mas Deus no. O mesmo Deus que os fez triunfar nas adversidades Aquele que pode nos tomar pela mo, nos guiar com Seu conselho eterno e, depois, receber-nos na glria. Leia este livro com o corao aberto, e sua alma certamente ser abenoada com o orvalho do cu! O autor1NODESISTA DE ESPERAR(Rm 4.17-21) Uma das maiores dificuldades do ser humano esperar. Nossa pacincia curta. Queremos que tudo acontea de nosso modo e no nosso tempo. Gostamos de cantar a msica que expressa esse imediatismo: Bem, vamos embora, porque esperar no saber. Quem sabe, faz a hora, no espera acontecer. O sculo 21 o sculo do imediatismo. Pacincia parece ser uma virtude em extino. Esperar produz em ns estresse. Somos a gerao do fast-food, da comunicao virtual, da Internet banda larga, da celeridade. Alcanamos o mundo na ponta de nossos dedos. Trazemos o universo para o recesso de nossa sala. Em tempo real, assistimos concomitantemente ao que se passa no planeta terra, essa pequena aldeia global. E imperativo que tudo funcione dentro das leis do imediatismo. Esperamos que at mesmo Deus se enquadre dentro desse cronograma. No temos pacincia para esperar. Esperar um dia, uma semana, um ms, um ano, parece-nos uma eternidade. Neste mundo de impacincia, desespero e desesperana, muitos tm uma esperana que no se desespera. A lenda grega de Ulisses ePenlope retrata esse fato. Na Guerra de Tria, Ulisses foi para a peleja e no voltou. Muitos anunciaram sua morte. Os pretendentes instavam com Penlope para que lhes desse uma chance. Ela dizia aos que a cortejavam: "Quando eu terminar de bordar essa colcha, pensarei em sua proposta". S que Penlope trabalhava durante o dia e, noite, desfazia o que havia feito. Ela jamais desistiu de esperar a volta de Ulisses. Ela jamais desistiu do sonho de ter de volta seu amor. Ela esperou contra a esperana e alcanou seu desejo, pois Ulisses, quando todos apostavam em sua morte, retornou para casa. O grande evangelista americano Dwight L. Moody, que durante sua vida anunciou a gloriosa esperana em Cristo, na hora de sua morte disse aos que estavam ao seu redor: "Afasta-se a Terra, aproxima-se o cu, estou entrando na glria". Ao cruzar a cortina do tempo e entrar na sala da eternidade, seus ps estavam pisando o firme solo da esperana. Um dos maiores pastores do sculo 20, o mdico gals Martyn Lloyd-Jones, depois de uma batalha contra o cncer, disse a sua famlia e a seus paroquianos: "No orem mais por minha cura. No me detenham da glria". Para ele, a morte no era uma viagem rumo ao desconhecido, mas a entrada no cu, no paraso, na casa do Pai, na ptria celestial. Paulo, o grande apstolo aos gentios, na ante-sala do martrio, afirmou com inefvel alegria: "Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele e poderoso para guardar o meu deposito ate aquele dia" (2Tm 1.12). A esperana da glria manteve esse bandeirantedo cristianismo de p nas lutas mais renhidas. Ele tombou na terra, pelo martrio, mas ergueuse no cu para receber a recompensa. Muitos, porm, desesperam-se antes de esperar. Li algures a histria de um mdico francs cujo filho, vitimado por uma doena incurvel, ao ver que todos os esforos haviam fracassado, aplicou em seu filho a eutansia. Ao retornar do cemitrio, onde havia depositado o corpo do filho amado, recebeu um telegrama de um mdico amigo: "Acabamos de descobrir um remdio eficaz para a cura do seu filho. Segue pelo correio a dose que lhe salvar a vida". Infelizmente, era tarde demais. Aquele pai no teve a capacidade de esperar, levantou-se contra a esperana e apressou a morte do prprio filho. H ainda aqueles que vivem o prprio desespero, sem esperana. Jesus foi ao tanque de Betesda, na cidade de Jerusalm, onde havia cinco pavilhes com uma multido de enfermos, cegos, coxos e paralticos. Os enfermos se aglomeravam ali por nutrirem uma vaga esperana de cura. Segundo uma crena comum, um anjo descia do cu, em certo tempo, e agitava a gua do tanque. O primeiro que conseguisse a faanha de pular na gua era curado de qualquer doena. Naquele tanque de Betesda, cujo significado Casa de Misericrdia, havia um paraltico deitado numa esteira havia 38 anos. Aquele homem era a maquete da desesperana. Seu corpo estava surrado pela doena. Suas emoes estavam turvas pelas circunstncias adversas. Sua alma estava doente pela auto-estima aniquilada. Quando Jesus o viu,perguntou-lhe: "Queres ficar so?". Ele respondeu com uma evasiva. Ele no foi direto, no disse sim nem no. Em vez de responder pergunta objetiva de Jesus, saiu pela tangente e acentuou sua dor emocional: "Senhor, no tenho ningum...". O desprezo era uma doena mais avassaladora na vida daquele paraltico do que a paralisia. O abandono doa-lhe mais do que a incapacidade de andar. A falta de solidariedade naqueles longos anos era como farpas cravadas em seu peito que envenenavam sua alma. A mgoa havia aberto feridas cheias de pus em seu corao. No entanto, Jesus Se compadece desse homem fazendo-lhe uma pergunta maravilhosa: "Queres ficar so?" (Jo 5.6). Dandolhe uma ordem maravilhosa: "Levanta-te, toma o teu leito e anda" (Jo 5.8). O resultado dessa pergunta e dessa ordem foi maravilhoso: "Imediatamente, o homem ficou so; e, tomando o seu leito, comeou a andar" (Jo 5.9). Mas, h ainda aqueles que esperam contra a esperana. Esses esperam quando parece loucura nutrir na alma qualquer expectativa. Esses compreendem que o Deus eterno se recusa a agir dentro das presses de nossa agenda. Esses aceitam o fato de que Deus, muitas vezes, trabalha de forma artesanal e sem pressa para alcanar os melhores fins. A vida de Abrao, o Deus de Abrao, o relacionamento de Deus com Abrao e a espera de Abrao so tnicos para nossa alma, remdio para nosso corao. Observaremos esse patriarca e aprenderemos sobre a esperana que no se desespera.S pode ter uma esperana que no se desespera quem cr no Deus dos impossveis Quero destacar quatro fatos importantes sobre Abrao: Em primeiro lugar, Abrao comeou a ouvir a palavra de Deus com 75 anos de idade (Gn 12.4). Aos 75 anos, pensamos mais em "dependurar as chuteiras", em nos aposentar, em entrar num pijama, comprar uma cadeira de balano e encerrar a carreira. Abrao, aos 75 anos, comeava seu caminhar com o Senhor, recebia o maior desafio de sua vida. Aos 75 anos, ele estava em pleno vigor, engendrava pianos, fazia arrojadas caminhadas, aceitava grandes desafios de Deus. No h hora, no h tempo, no h idade para Deus chamar e desafiar voc; e tambm para comear um novo projeto em sua vida. Deus pode comear uma obra extraordinria com pessoas de cabelos brancos e com a face marcada pelas rugas que o tempo esculpiu. Moiss comeou seu ministrio aos 80 anos. Winston Churchill tornou-se primeiro-ministro da Inglaterra, no turbulento perodo da Segunda Guerra Mundial, aos 70 anos de idade. Foi sua liderana firme que livrou a Inglaterra da avassaladora invaso de Hitler. Em segundo lugar, Abrao constitudo pai de muitas naes sem ter um descendente (Gn 12.2). Aos 75 anos, Deus prometeu a Abrao que ele seria pai de uma grande nao. Abro significa grande pai, mas Abrao significa pai de uma grande nao. Ele tinha nome, mas ainda no tinha filhos. Ele tinha a promessa, mas no a realidade. Abrao enfrenta quatro problemas para esperar: sua idade avanada; a esterilidadede sua mulher (Gn 11.30); a demora de Deus, pois haviam passado onze anos desde que Deus fizera a promessa do filho, e a escolha precipitada aos 86 anos, quando por sugesto de Sara, sua mulher, ele arranja um beb com a escrava Agar (Gn 16.1-4). Talvez sua angstia seja a mesma que assaltou o corao de Sara. Voc espera h muito tempo o cumprimento de uma promessa. Voc espera h anos a converso de seu marido, de sua esposa, de seus filhos, de seus pais. Os anos correm, e nada! Aquele problema que aflige sua alma fica cada vez pior. O filho da promessa parece cada vez mais distante. Cada regra, cada menstruao de Sara era uma espera impaciente, at que ela entrou na menopausa, e Deus no cumpriu a promessa. Assim, Sara perdeu a pacincia. Ismael, o filho de Abrao com Agar, foi a gestao da impacincia de Sara, e no a procura de Abrao. Em terceiro lugar, Abrao tinha 100 anos de idade quando Isaque nasceu (Gn 21.5). O apstolo Pulo diz que Deus "chama as coisas que no so, como se j fossem" (Rm 4.17). O corpo de Abrao j estava amortecido. J havia passado para Sara a idade prpria de ser me. Se isso no bastasse, Sara ainda era estril. O bom senso dizia: "Impossvel!". A razo gritava: "No pode ser!". Mas a f diz: "Tudo possvel!". Abrao esperou 25 anos desde a promessa at Isaque nascer. Ser que teramos condies de esperar uma promessa de Deus tanto tempo? Ser que no teramos sepultado essa promessa no tmulo de nossa incredulidade e desesperana? Abrao acreditava que apromessa de Deus no podia falhar. Ele confiava no carter de Deus. Sua f estava plantada no solo firme da promessa, e sua esperana estava posta no Deus que no pode mentir. O apstolo Paulo escreve sobre Abrao: "No vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na f, dando glria a Deus" (Rm 4.20,21). Em quarto lugar, Abrao chamado a sacrificar Isaque quando este j tem 14 anos (Gn 22.1-27). Ao todo, so 39 anos desde o dia da promessa at o dia em que Deus pede Isaque de volta a Abrao. Agora, Abrao, de posse da promessa, escuta Deus lhe falando: "Abrao, agora desista; d-me seu filho; renuncie-o; entregue-o a mim em sacrifcio". Havia uma pacincia to grande em Abrao que ele acreditava que a promessa de Deus no poderia ser frustrada, que Deus ressuscitaria seu filho. Ele acreditava que nem a morte podia colocar limites ao poder de Deus. Acreditava que, quando andamos com Deus, a morte no tem a ltima palavra. S pode ter esperana que no se desespera quem descansa na providncia divina Trs fatos merecem destaque sobre Isaque: Em primeiro lugar, Isaque esperou vinte anos o nascimento dos filhos (Gn 25.20-26). Isaque esperou vinte anos o nascimento de seus filhos, e a Bblia diz que Rebeca, sua mulher, era estril, e ele orou por ela todos esses anos. Quantas noites ele orou por Rebeca! Quantas vezes ele colocou aquele problema diante de Deus! Quantas vezes Satans colocou dvidasem sua mente! Mas, por sua esperana, Deus ouviu suas oraes e tornou sua mulher frtil, e ela concebeu e deu luz dois filhos: Esa e Jac. Voc tem pacincia para orar pela cura de seu cnjuge e pela restaurao de seu casamento? Voc tem pacincia para orar vinte anos por uma causa? Em segundo lugar, Isaque demonstrou pacincia para resolver conflitos com os filisteus (Gn 26.16-25). Os filisteus ficaram com inveja da prosperidade de Isaque, e, assim, todos os poos que ele cavava, os filisteus os enchiam de terra. Mais do que isso, alguns poos que Isaque cavava, os filisteus vinham, e contendiam, e tomavam esses poos. Isaque, em vez de brigar pelos seus direitos, seguia em frente e cavava novos poos. Onde ele colocava a mo, Deus abenoava. Em vez de gastar suas energias brigando, Isaque investia seu tempo trabalhando e abrindo novas clareiras para o futuro. Porque teve pacincia, Deus o fez prosperar e reconciliou com ele seus inimigos. Em terceiro lugar, Isaque esperou vinte anos para que Jac voltasse para casa (Gn 31.41). Isaque morreu com 180 anos (Gn 35.28,29). Jac, para salvar sua vida, sara de casa e voltou vinte anos mais tarde. Seu pai teve pacincia para esperar vinte anos por sua volta. Isaque esperou vinte anos a reconciliao de Esa e Jac. H quanto tempo voc espera seu filho ou sua filha voltar para casa? H quanto tempo voc espera a converso de seus filhos? H quanto tempo voc espera a paz em seu lar? H quanto tempo voc espera a reconciliao com aquela pessoa que est brigada com voc?S pode ter esperana que no se desespera quem cr no Deus das grandes transformaes Destaco quatro fatos importantes sobre Jac: Em primeiro lugar, Jac casou-se aos 73 anos. Jac morreu aos 147 anos (Gn 47.28). Ele foi para o Egito com 130 anos (Gn 47.9). Quando Jac foi para o Egito, Jos tinha 37 anos (Gn 4146,47). Portanto, quando Jos nasceu, Jac tinha 93 anos. Jac ficou vinte anos em Pad-Ar, na casa de Labo (Gn 31.38), quatorze deles servindo, a seu sogro para casar-se com Raquel. Logo, Jac casou-se com 73 anos. Que alento! Isso eqivale a algum que vive 70 anos e fica solteiro 35 anos. Muita gente j teria perdido a pacincia! Em segundo lugar, Jac namorou um ms e ficou noivo sete anos (Gn 29.14-18). Jac nos ensina que devemos ter pacincia na maneira de amar. Jac nos ensina que o amor um investimento de vida. Ou seja, quando voc ama uma pessoa, esse amor merece um investimento de sua vida. A primeira marca do amor a pacincia (ICo 13.4). Em terceiro lugar, Jac esperou vinte anos a reconciliao com seu irmo (Gn 33.4). Ele esperou vinte anos at que a ira de Esa se abrandasse. Vinte anos em que seu relacionamento com Esa ficou estremecido. Vinte anos de silncio entre ele e seu nico irmo. Vinte anos de afastamento total. Mas, depois de vinte anos, em vez de contenda e vingana, houve abrao, beijo e lgrimas de reconciliao. Talvez voc espere por umareconciliao. H quanto tempo voc espera? Uma coisa Jac fez: ele se humilhou. Ele caminhou na direo de seu irmo. Ele buscou reconciliao. Ele no desistiu de curar aquela ferida e, por isso, morreu em paz. Em quarto lugar, Jac ficou vinte anos sem saber o paradeiro de seu filho Jos (Gn 37.35; 45.25-28). Jos, o filho amado de Jac, ficou vinte anos desaparecido. Seus irmos o venderam para o Egito e inventaram uma mentira para Jac. Para Jac, era como se Jos estivesse morto. Mas, no tempo de Deus, e segundo o seu Soberano propsito, Jos reviveu e renasceu diante dos olhos de Jac. Deus levou Jos ao Egito e depois o ps no trono. H quanto tempo voc espera que o seu filho, ou sua filha, renasa diante de seus olhos? H quanto tempo voc espera que suas lgrimas sejam convertidas em jbilo? H quanto tempo voc espera que seu vale rido seja transformado num manancial? H um ditado popular que diz que "a esperana a ltima que morre". Para muitos, a esperana j morreu. Mas, se voc cr no Deus de Abrao, de Isaque e de Jac, ento pode ter esperana do tipo que no se desespera, pois Deus aquele que vivifica os mortos, chama existncia as coisas que no existem e faz a mulher estril ser alegre me de filhos; Ele pode fazer o impossvel. Deus jamais falha, quanto a Si mesmo e quanto a Suas promessas! Ele pode restaurar sua sorte. Ele pode salvar aquele a quem voc ama. Ele pode ressuscitar os seus sonhos e trazer existncia as coisas que no existem.S pode ter esperana que no se desespera quem cr que Deus est no controle de todas as coisas Destaco quatro pontos importantes sobre Jos: Em primeiro lugar, ele era governado por princpios, e no pelas circunstncias. Jos foi fiel a seu pai, a seu patro Potifar e a Deus, mesmo quando as circunstncias pareciam conspirar contra sua f. Alimentado por seus sonhos, estribado em seu carter sem mcula e firmado numa f inabalvel de que Deus estava no controle de todas as coisas, jamais deixou seu corao turbar-se diante das adversidades. Jos jamais transigiu com os valores absolutos por que as circunstncias lhe eram desfavorveis. Ele jamais abandonou suas convices, ou seu compromisso, por que sofria injustias. Ele manteve-se firme, Em segundo lugar, ele tinha plena conscincia de que por trs de toda providncia carrancuda esconde-se uma face sorridente. Foi o poeta ingls William Cowper que, numa msica imortal, disse que por trs de toda providncia carrancuda esconde-se uma face sorridente. Jos, quando se revelou a seus irmos no Egito, disse-lhes: "... eu sou Jos, vosso irmo, a quem vendestes para o Egito [...]. Agora, pois, no vos entristeais, nem vos aborreais por me haverdes vendido para c; porque para preservar a vida que Deus me enviou adiante de vs [...]. Deus enviou-me adiante de vs, para conservar-vos descendncia na terra, epara guardar-vos em vida por um grande livramento. Assim no fostes vs que me enviastes para c, seno Deus, que me tem posto por pai de Fara, e por senhor de toda a sua casa, e como governador sobre toda a terra do Egito" (Gn 45.4-8). Depois que Jac morreu no Egito, seus filhos temeram Jos, pensando que ele se vingaria deles. Mas, novamente, Jos revela a eles sua firme confiana na providncia divina, dizendo-lhes: "Vs, na verdade, intentastes o mal contra mim; Deus, porm, o intentou para o bem, para fazer o que se v neste dia, isto , conservar muita gente com vida" (Gn 50.20). Jos entende com clareza que os cus governam a Terra. Ele sabe que as mesmas mos que governam o cu e a Terra dirigem sua vida. Ele cr na soberania de Deus e descansa em sua providncia. Em terceiro lugar, ele tinha disposio de perdoar mesmo quando tinha oportunidade para retaliar. Jos sofreu injustia nas mos de seus irmos e nas mos de Potifar. Ele foi vendido como escravo por aqueles e lanado na priso por este. Agora, elevado ao poder, no se vinga dos irmos nem de Potifar. Jos entrega sua causa a Deus por compreender que at mesmo os atos maus desferidos contra ele faziam parte de um plano maior, traado pelo Eterno, para seu bem e a salvao de outros. A vingana pertence a Deus (Rm 12.19). Aqueles que tomam em suas mos a vingana se insurgem contra Deus, usurpam Sua posio e atormentam a simesmos com muitos flagelos. O perdo o nico caminho para uma vida saudvel. Quem no perdoa no tem paz. Quem no perdoa no pode orar nem adorar. Quem no perdoa no pode ser perdoado. Quem no perdoa adoece fsica, emocional e espiritualmente. Jos no s perdoou seus irmos, mas ergueu um monumento vivo ao perdo ao dar o nome de Manasses a seu primognito, cujo significado esquecimento das aflies, perdo. Jos no s perdoou a dvida de seus irmos, mas fez novos investimentos na vida deles, colocando-os na melhor terra do Egito. Jos no s suspendeu a possibilidade de retaliao, mas canalizou para eles uma bno abundante e superlativa. Em quarto lugar, ele soube aguardar o tempo de Deus para ver seus sonhos realizados. Jos esperou treze anos at que seus sonhos se tornassem realidade. Esses sonhos no o conduziram por caminhos fceis, mas por veredas crivadas de espinhos. Ele no foi aplaudido ao compartilhar seus sonhos, mas odiado e perseguido. Seus sonhos no o levaram ao pdio, mas cisterna. Seus sonhos no o fizeram um vencedor, mas um escravo. Seus sonhos no o levaram de imediato ao trono, mas priso. Jos, porm, soube esperar pacientemente o tempo de Deus. Ele sabia que aqueles sonhos no eram fruto de sua adolescncia irrequieta, mas da interveno de Deus em sua vida. Ele sabia que seus sonhos no foram gerados no tero de sua megalomania, mas no corao do Deus todopoderoso. Ele compreendia que Deus era o Senhor de seus sonhos, por isso aguardou compacincia o cumprimento da promessa. Depois do choro, vem a alegria. Depois das lgrimas, vem o consolo. Depois do deserto, vem a terra prometida, depois da humilhao, vem a exaltao. Depois da cruz, vem a coroa. Depois da priso, vem o trono. Jos confiou em Deus, e seus sonhos foram realizados. No eram seus irmos nem mesmo Potifar os protagonistas na vida desse jovem sonhador, mas o Deus eterno. O sofrimento no foi um acidente, mas uma agenda de Deus na vida de Jos. Deus trabalhou nele antes de trabalhar por meio dele. Vida precede ministrio. A vida o alicerce do ministrio, e Deus o arquiteto da vida.2OLHEPARA O CU E CONTE AS ESTRELAS(Gn 15.1-6)Deus falou e ainda fala; fala de forma to eloqente que impossvel deixar de ouvir Sua voz. Deus falou no passado e ainda fala no presente. Os liberais dizem que Deus no fala mais; os msticos dizem que Deus fala, mas fala diretamente, sem a instrumentalidade de Sua Palavra. Cremos, entretanto, que Deus fala, mas fala por meio da Sua Palavra. A Palavra de Deus a voz de Deus. Essa palavra viva, poderosa e eficaz. Gnesis 15 diz que, "depois destas coisas", Deus apareceu a Abrao e falou com ele. A pergunta que precisamos fazer : depois de que acontecimentos? O texto no responde. Ento, precisamos ver a resposta nos captulos anteriores. Observando o contexto, verificamos que aconteceram coisas boas e ruins. Em primeiro lugar, vejamos as coisas ruins: Fome e fuga para o Egito (Gn 12.10) Mentira no Egito por causa de Sara (Gn 10.13) Briga dos seus servos com os servos de L (Gn 13.7) Separao de L (Gn 13.9) Guerra com os quatro reis (Gn 14.12-17). Em segundo lugar, vejamos as coisas boas: Promessa de uma terra (Gn 13.9) A bno de Melquisedeque quando Abrao paga a este o dzimo (Gn 14.18-24). Deus tambm fala com voc no meio dos acontecimentos normais da sua vida. No preciso um clima celestial ou mstico para Deus romper o silncio e falar. Deus nos fala pelos caminhos de Sua providncia. Precisamos ter olhos para ver, ouvidos para ouvir e corao para perceber. Talvez, antes de comear a ler este livro, voc tenha enfrentado circunstncias difceis, ouvido insultos, sofrido prejuzos financeiros, sentido a dor da solido, se decepcionado com um amigo, se frustrado com o cnjuge e at esteja passando pelo vale escuro da depresso. Talvez voc tenha acabado de chegar ao mdico, e ele, ao observar seus exames, lhe tenha dado ms notcias sobre sua sade. Talvez, voc tenha perdido o emprego, e o mundo tenha desabado sobre a sua cabea. Talvez voc tenha visto com tristeza seu casamento acabar depois de muitas lgrimas. Mas no meio desses acontecimentos que as coisas podem mudar. E no centro da tempestade que Jesus pode aparecer a voc de forma inusitada. no fragor da crise que a porta da esperana pode se abrir para voc. E dentro da fornalha acesa que o Quarto Homem pode aparecer para livr-lo de suas amarras. Comece a olhar para a frente. Aprenda a caminhar na vida. No fique agarrado ao passado. Depois desses acontecimentos, Deus pode falar com voc. Depois da noite, vem a luz do dia. Olhepara a frente. Tem coisa nova pela frente. Aprenda a virar a pgina. Depois do desemprego, da crise financeira, do problema no casamento, da reprovao no vestibular, da porta fechada do emprego, voc pode se encolher na caverna e ficar deprimido, ou pode ouvir a voz de Deus. H pessoas que depois desses acontecimentos ficam amargas, revoltam-se contra Deus e fogem da igreja. H aqueles que fazem como Pedro, e voltam a pescar. Todavia, depois desses acontecimentos que as coisas mais sublimes podem comear a acontecer. No meio desses acontecimentos, Deus fala com voc (Gn 15.1) Depois desses acontecimentos, Deus pode falar com voc! Depois desses acontecimentos, Deus Se manifesta. Primeiro Ele deixa a situao se agravar, mas depois Ele fala. Depois desses acontecimentos, Deus Se manifesta. Voc que confia em Deus tambm passa por problemas: bate o carro, enfrenta fila no banco, recebe crtica dos colegas, perde o emprego, fica doente e at briga com a esposa. Depois desses acontecimentos, Deus tem uma palavra especfica. Deus falou com Abrao, e no com L ou com Sara. Deus tem uma palavra para voc. Essa uma palavra especfica. Deus se revela a quem d ouvidos a essa palavra. Essa palavra especfica de Deus a Abrao revelou trs coisas: Em primeiro lugar, revelou o cuidado de Deus. O Senhor disse a Abrao: "No temas". Elediz a voc: "No tenha medo". Podemos erguer nossa voz e cantar o hino imortal: "No desanimes, Deus provera. Deus cuidar de ti". Voc no tem de temer, pois seu cuidado descansar em Deus. H mais de 365 no temas na Bblia. Para cada dia, Deus tem uma palavra para voc. Lance fora o medo (l Jo 4.18). A Bblia diz que a presena do amor lana fora todo o medo. Tem muita gente atormentada na igreja: Oh, vida! Oh, azar! Oh, dia! Oh, segundafeira! Oh, meu Deus! Espere com pacincia no Senhor. Pare de murmurar. Pare de reclamar. Olhe para a vida na perspectiva de Deus. Muitos indivduos se auto flagelam com perguntas recheadas de dvidas e prenhes de incredulidade: Ser que conseguirei? Ser que me casarei? Ser que passarei no concurso? Ser que serei classificado no vestibular? Largue a dvida. Confie. Creia! Deus cuida de voc melhor do que cuida das aves e do lrio do campo. Em segundo lugar, a proteo de Deus. Deus o seu escudo. Sua vida est escondida com Cristo em Deus. Voc est assentado com Cristo nas regies celestes. Aqueles que so de Deus, Ele os guarda, e o Maligno no os toca. Voc a herana de Deus, a menina-dos-olhos de Deus. Voc est seguro nas mos de Jesus, e de Suas mos ningum pode arranc-lo. Nada neste mundo nem no vindouro pode separar voc do amor de Deus que est em Cristo Jesus. Na mente e nos decretos de Deus, voc j est no cu (Rm 8.30). No importa se aqui o caminho estreito e juncado de espinhos, o Deus a Quem voc serve o toma pela mo direita, o guia com seu conselho eterno e depoiso recebe na glria. A maior preocupao do povo brasileiro com a segurana. Vivemos acuados pelos criminosos. Os cidados de bem vivem trancados como prisioneiros dentro de casas amuralhadas, ou dentro de apartamentos cheios de trancas e alarmes. Muitos perguntam: Ser que d para andar seguro nesses dias em que todos os governantes prometem mais segurana e o ndice de criminalidade cresce ainda mais? O crente tem de andar confiando na promessa de Deus: "No prosperar nenhuma arma forjada contra ti" (Is 54.17). Deus seu escudo. Ele cerca voc por trs e por diante. Sua vida est nas mos do Deus vivo. Porque voc a meninados-olhos de Deus, quem tocar em voc mexe com Deus e arranja uma grande encrenca. Deus o seu Pai. Ai de quem tentar mexer na sua vida. Ai de quem tentar pr a mo em voc. Deus seu escudo. Isso no significa que voc no ter problemas ou adversidades na vida, mas significa que Deus ser glorificado em voc, quer na vida, quer na morte (Fp 1.20). Algumas vezes, Ele o livrar da morte, at o dia em que Deus o livrar atravs da morte. Em terceiro lugar, ns servimos ao Deus da vitria. Deus disse a Abrao: "O teu galardo ser sobremodo grande". Deus tem uma bno grande, uma batalha grande e uma vitria grande. Aqueles que esperam com pacincia recebem a bno do Senhor. Deus galardoa, e esse galardo muito grande. Saiba que nenhum olho viu nem ouvido ouviu o que Deus preparou para voc. Deus o seu Pai. Jesus o seu irmo mais velho, seu amigo, seu Senhor eRei. O Esprito Santo o seu consolador. Sua ptria o cu. Voc filho do Rei dos reis, coherdeiro com Cristo. Voc tem uma herana muito linda. Ela imarcescvel e gloriosa. Sua vida no caminha para o ocaso. Voc no est descendo uma ladeira. Voc caminha para um fim glorioso, para o amanhecer da ressurreio, para a posse da herana. Voc foi destinado para a glria. Sua ptria est no cu. Seu lar a Casa do Pai. Sua cidade a Jerusalm celeste. A limitao humana (Gn 15.2,3) Em vez de Abrao ouvir a voz de Deus e deleitar-se em Suas promessas, ele apresentou alguns obstculos. Destacamos aqui alguns pontos: Em primeiro lugar, Abrao pe barreiras. Deus promete, mas ele no cr. Ele incrdulo. Ele diz a Deus que no tinha filhos, e o seu herdeiro era Eliezer. Abrao ergueu as muralhas da incredulidade e ps barreiras promessa. No somos diferentes de Abrao. Deus nos promete vitria, mas ns nos assentamos num cantinho, amargurados, dizendo: "Est vendo a, Deus, eu estou sozinho. No tenho filhos. Para que essa herana toda?" Voc se encolhe e revela limitao. A Bblia diz que Jesus deixou de fazer maravilhas em Nazar por causa da incredulidade do povo. A incredulidade nos priva de bnos especiais. O paraltico do tanque de Betesda ao ser perguntado por Jesus: "Queres ficar so?", respondeu: "Senhor, no tenho ningum que [...] me ponha no tanque". Com uma ponta de amargura, ele disse a Jesus: Sempre algum chega na minha frente. Ningumme ama, ningum liga para mim. Talvez esta seja sua queixa: ningum se importa comigo, ningum me ama nesta igreja. Isso revela as barreiras que voc coloca s promessas de Deus. Voc tambm continua dizendo a Deus como Abrao: "Eu no tenho filho. No tenho sonho. No tenho projeto. Eu quero, mas eu no tenho". E tempo de vencer sua limitao. Enfrente seus medos interiores. Ouse crer na Palavra de Deus. No olhe as circunstncias. No tente justificar seus fracassos. No ensarilhe as armas. No jogue a toalha. No desista de esperar um milagre. Quantas limitaes voc j colocou diante de Deus, dizendo: "No conseguirei vencer. No conseguirei ver minha famlia aqui na igreja. Queria tanto, mas falta dinheiro, falta gente, falta apoio". Ser que voc no percebe que agindo assim, levanta barreiras e limita o poder de Deus? Em segundo lugar, revelou como Deus trata esse problema da limitao. Quatro fatos nos chamam a ateno. Primeiro, Deus remove as limitaes (Gn 15.4). Deus fala objetivamente. Ele poderoso para responder claramente s suas mais profundas indagaes. Segundo, Deus conduz voc para fora (Gn 15.5). Abrao estava dentro de uma tenda. Ele estava cercado por paredes de lona. Ele olhava para o cho e via apenas um tapete surrado. A viso dele estava limitada por aquelas circunstncias. Voc tambm olha e s v problema. Ento, Deus toma voc pela mo e o retira da sua tenda.Terceiro, Deus lhe ordena levantar a cabea. Abrao saiu da tenda e no ficou olhando para baixo. Ele olhou para o cu. Abra os olhos tambm. Erga sua cabea. Voc ver que seu problema no to grande como voc pensava. Seu Deus maior do que seu problema. Voc comear a ter uma viso mais clara da vida. Quarto, Deus manda Abrao erguer a cabea e comear a contar as estrelas (15.5). Os astrnomos dizem que h tantas estrelas no firmamento quantos os gros de areia nas praias do mar. Abrao comeou a contar as estrelas do cu, mas percebeu que era impossvel cont-las todas. Voc, tambm, nunca conseguir contar o que Deus far em sua vida. Deus tem muito mais do que voc pode contar. Deus pode fazer muito mais do que sua capacidade de receber. Assim como voc no consegue contar as estrelas, de igual forma no poder contar as muitas bnos provindas do Eterno. Saia de sua tenda. Comece a contar as estrelas. Assim ser a sua descendncia. Deus far voc multiplicar. Deus lhe dar vitrias maiores do que sua capacidade de contabilizar. Abrao estava acostumado a viver dentro de uma barraca, mas Deus o tirou dela para falar-lhe ao corao. Saia tambm de sua barraca. Levante sua cabea. Comece a contar as estrelas. Creia na vitria de Deus. Creia na possibilidade de Deus fazer coisas grandes. Creia na possibilidade de sua igreja crescer. Creia na salvao de sua casa. Creia na bem-aventurana de seus filhos.Volte a contar as estrelas. Ore por algo grande. Ore por um milagre. Conte suas estrelas. Deus disse aAbrao: "Vai ver se voc pode contar estrelas, meu filho". Voc passar sua vida contando o que Deus far em sua vida. Saia da sua tenda e comece a contar as estrelas. Abrao venceu seus limites e creu em Deus. Abrao creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justia (Gn 15.6) Destaco duas verdades importantes: Em primeiro lugar, Abrao creu em Deus. Ele j era muito velho e no podia mais ser pai. Sara j era idosa e estril. Mas para Deus no h impossveis. Ele chama existncia as coisas que no existem. Abrao esperou contra a esperana. Ele creu no impossvel. Abrao venceu seus limites. Ele saiu da tenda. Ele saiu da incredulidade. Ele transportou seu monte. Ele viu o invisvel. Nada impossvel ao que cr. O segredo da vitria de Abrao que ele creu em Deus incondicionalmente. Marta, angustiada pela morte do seu irmo Lzaro e pela ausncia de Jesus na aldeia de Betnia, disse a Ele diante do tmulo do irmo: "Senhor, j cheira mal". Agora no tem mais jeito. Mas Jesus lhe respondeu: "Se creres, vers a glria de Deus". Abrao j estava com 99 anos, e ainda o filho da promessa no tinha nascido. Seu corpo estava amortecido, mas a promessa de Deus estava viva. Aos 100 anos, Abrao tornou-se pai de Isaque e, por meio dele, pai de uma grande nao. O damasceno Eliezer no foi seu herdeiro, mas algum gerado dele mesmo. Deixe de olhar para seus problemas. Comece a olhar para Deus. Ele maior do queseus problemas. Voc ver o deserto se transformar num manancial. Ele transformar sua dor em fonte de consolo. Saia de sua tenda. Depois desses acontecimentos, Deus falar com voc. Levantar sua cabea e far voc contar as estrelas. Ele tem uma palavra de vitria para voc! Depois desses acontecimentos, Deus comeou a escrever uma nova histria na vida de Abrao. Talvez, at este momento, voc tenha sido um colecionador de derrotas. Voc s v problemas. Voc olha para a vida e s enxerga as paredes da tenda. Saia dessa cabana. Saia desse buraco existencial. Levante a cabea. Comece a contar as estrelas. Em segundo lugar, a f lhe foi imputada para justia. Abrao foi justificado por Deus por meio de sua f. Abrao, o pai de todos os que crem, foi salvo do mesmo jeito que ns o somos, quatro mil anos depois. Ele creu, e foi salvo. Voc, quando deposita sua confiana na Pessoa e na obra de Cristo, tambm salvo. Por causa dos mritos de Cristo, Deus perdoa seus pecados, cancela sua dvida e deposita em sua conta a infinita e perfeita justia de Cristo (2Co 5.21). Ento, voc ser verdadeiramente vencedor na Terra e aceito no cu. Deus poderoso para quebrar seus limites. Oua a Palavra de Deus, e as promessas dEle se cumpriro em sua vida. Seu corpo ser fortalecido. Sua cabea se levantar. Voc no mais olhar para os problemas, mas para o cu. Talvez voc esteja amargurado, pensando: "Eu no tenho filhos. As coisas no acontecem em minha vida. Meu marido no consegue ir para afrente. Minha mulher no me entende. Meus filhos s me do dor de cabea". Se voc est assim, saia de sua tenda e comece a contar as estrelas. Talvez voc, ainda, esteja desanimado, triste, decepcionado, frustrado com a igreja, com o ministrio, com o trabalho, com a famlia, com voc mesmo. Erga sua cabea e conte as estrelas. O Criador das estrelas o seu Deus. Ele est assentado sobre um alto e sublime trono. Ele est na sala de comando do Universo. Ele poderoso para transformar seu vale num manancial, e seu sofrimento, em fonte de consolo. Talvez voc esteja pensando em largar tudo, parar de estudar, abandonar sua profisso, desistir de seu casamento, sair da igreja. Ento, saia de sua tenda. Conte as estrelas. Um tempo novo raiar na sua vida. Depois destes acontecimentos: mentira, fome, brigas, divises na famlia, decepo, traio, frustrao, um novo horizonte pode estar surgindo em sua vida. O projeto de Deus maior do que o seu. Levante a cabea e d um passo de f para vencer suas dificuldades. Saia de sua tenda e conte as estrelas. No olhe para trs; olhe para cima. Seu socorro vem do Senhor que fez o cu e a Terra. Creia que ele o conduzir em triunfo. Voc dar luz muitos filhos espirituais. Voc ser pai de uma grande descendncia. Um tempo novo est surgindo em sua vida. A vitria sua pela f, em nome de Jesus! As bnos sero maiores do que sua capacidade de contar! Comece a contar as estrelas!3COMOPASSAR PELAS PROVAS VITORIOSAMENTE(Gn 22.1-19)Um relgio de uma famosa catedral trazia a seguinte inscrio: "Quando voc criana, o tempo se arrasta. Quando voc jovem, o tempo anda. Quando voc adulto, o tempo corre. Quando voc velho, o tempo voa. S mais um pouco, e o tempo ter ido embora". Aos 75 anos de idade, Abrao matriculouse na escola da f. Agora, aos 100 anos, ainda enfrenta tremendas provas e desafios na vida. Voc nunca velho demais para enfrentar novos desafios, travar novas batalhas e aprender novas verdades. Quando paramos de aprender, paramos de crescer; e, quando paramos de crescer, paramos de viver. Arthur Schopenhauer disse que a vida, nos primeiros quarenta anos, d-nos o texto e, nos prximos trinta anos, o comentrio do texto. Para o crente, o texto Romanos 1.17: "O justo viver da f". O comentrio do texto escrito medida que ouvimos a Palavra de Deus e obedecemos sua direo dia a dia. triste que muitas pessoas, por no entenderem nem o texto nem o comentrio, terminam a vida sem mesmo comear a viver. Gnesis 22 nos mostra a maior de todas as provas que Abrao enfrentou. Pela f, ele triunfou e pode nos ensinar a passar pelasprovas vitoriosamente. Vejamos algumas instrues prticas: Espere testes da parte de Deus (Gn 22.1,2) Na escola da f, teremos testes ocasionais, ou jamais saberemos onde estamos na caminhada espiritual. Abrao enfrentou vrios testes na caminhada com Deus: Em primeiro lugar, o teste da famlia, quando Deus lhe ordenou a sair do meio de sua parentela para uma terra desconhecida (11.2712.5). Em segundo lugar, o teste da fome, quando ele fracassou, porque duvidou de Deus e desceu ao Egito para buscar ajuda (12.10-13.4). Em terceiro lugar, o teste da comunho, quando ele precisou apartar-se de seu sobrinho L e deu a este a oportunidade de fazer a escolha primeiro, abrindo mo de sua preeminncia e preferncia (13.5-18). Em quarto lugar, o teste da luta, quando ele derrotou os reis confederados que seqestraram L (14-1-16). Em quinto lugar, o teste da riqueza, quando ele disse no s riquezas de Sodoma (14-17-24). Em sexto lugar, o teste da conscincia, quando ele fracassou em ceder as presses de Sara, arranjando um filho com a escrava Agar (16.1-16). Em stimo lugar, o teste do maior amor. Esse teste foi o maior que Abrao enfrentou na jornada da vida (Gn 22.1-19). Nem toda situao difcil que vivemos um teste de Deus. As vezes, sofremos por causa de nosso prprio pecado. Abrao sofreu no Egito eem Gerar por seu prprio pecado. Mas as provas enviadas por Deus so para o nosso bem (Tg 1.24). Precisamos distinguir entre provao e tentao. As tentaes vm dos desejos pecaminosos que esto dentro de ns (Tg 1.1216), enquanto as provaes vm do Senhor. As tentaes so usadas pelo diabo para arrancar o pior que est em ns; as provaes so usadas por Deus para levar-nos ao melhor. Muitas vezes, as tentaes parecem lgicas, e as provaes, sem sentido: Por que Abrao esperaria 25 anos por um filho? Por que Deus daria um filho a Abrao para depois pedir-lhe a que o sacrificasse num altar? Joo Crisstomo disse que, nesse caso, parece que as coisas de Deus lutavam contra as coisas de Deus; a f, contra a f; e o mandamento, contra a promessa. Ponha seus olhos nas promessas, e no nas explicaes (Gn 22.3-5) Madame Guyon disse que nossa f no ser realmente testada at que Deus nos pea que suportemos o que parece insuportvel, faamos o que parece exagerado e esperemos o que parece impossvel. Se voc olhar para Abrao caminhando para Mori com seu filho Isaque; para Jos na priso, para Moiss e Israel diante do mar Vermelho; para Davi na caverna de Adulo; ou para Jesus no Calvrio, a lio a mesma: vivemos pelas promessas, e no pelas explicaes. Considere quo desarrazoado era o pedido de Deus: 1) Isaque era o filho nico de Abrao, ofilho da promessa em quem descansava o futuro do pacto; 2) Abrao amava Isaque e tinha construdo todo o seu futuro ao redor dele; 3) quando Deus pediu Isaque a Abrao, Ele estava testando no apenas sua f, mas tambm sua esperana e seu amor. Deus parecia tirar tudo o que Abrao amava na vida. Quando Deus nos envia uma prova, nossa primeira reao perguntar: DEUS, POR QU? POR QUE COMIGO? Queremos explicaes. Deus tem razes, j expostas em Sua Palavra: 1) Purificar nossa f (lPe 16-9); 2) aperfeioar nosso carter (Tg 1.2-4); 3) proteger-nos do pecado (2Co 12.7-10). Abrao ouviu a palavra de Deus e, imediatamente, a obedeceu a ela pela f. Ns sabemos que a vontade de Deus jamais contradiz Sua promessa. Abrao j tinha escutado: "Porque em Isaque ser chamada a tua descendncia" (Gn 21.12). Hebreus 11.17-19 nos informa que Abrao se disps a sacrificar seu filho na certeza de que Deus o ressuscitaria dentre os mortos. A f no exige explicaes; a f descansa nas promessas. As caractersticas da f adulta de Abrao Abrao o pai da f. Ele teve uma f robusta e adulta. Vejamos suas caractersticas: Em primeiro lugar, sua f responde ao chamado de Deus (22.1). Deus o chamou desde o cu: "Abrao!". Ele respondeu imediatamente: "Eis-me aqui!". Abrao bateu continncia para Deus antes de saber para que Deus o chamava. Em segundo lugar, sua f se dispe aobedecer a Deus prontamente, sem questionamentos (22.2). A f de Abrao triunfou porque ele se recusou a ver a incoerncia ou infidelidade da parte de Deus. O Senhor no queria Isaque; queria o amor de Abrao. Em terceiro lugar, sua f revela-se pela ao e pela direo (22.2,3). A f de Abrao no especulativa, do tipo que quer saber onde, por que, para qu. Ele age e caminha na direo dada por Deus. Em quarto lugar, sua f uma f que no adia a ao (22.3). Quando se sabe o que Deus quer, no h razo para divagaes, testes, perguntas, para ficar parado. A procrastinao um convite runa. Protelar aquilo que sabemos a vontade de Deus um lao perigoso. Em quinto lugar, sua f capaz de transformar as provas em adorao (22.5). Abrao disse a seus dois servos: "Eu e o mancebo iremos at l; depois de adorarmos, voltaremos a vs" (Gn 22.5). Porque Abrao cria em Deus, ele no tinha a inteno de trazer de volta um cadver. Abrao fez da prova um ato de adorao. Ele esperava nada menos do que um milagre, o milagre da ressurreio. Ele sabia que Deus totalmente confivel. Em sexto lugar, sua f v a ressurreio de todas as promessas de Deus (Gn 22.5). Abrao disse a seus servos, antes de subir o monte Mori para sacrificar o seu filho: "Voltaremos". Em Hebreus 11.19, lemos que Abrao cria que Deus ressuscitaria Isaque, o filho da promessa. Deus nos prova no para nos derrubar, mas para nos fortalecer. Abrao j tinha aprendido a crer em Deus eobedecer ao Senhor mesmo quando ele no sabia onde (Hb 11.8); no sabia quando (Hb 11.9-10,13-16), no sabia como (Hb 11.11-12), e no sabia por que (Hb 11.17-19). Dependa totalmente da proviso de Deus (Gn 22.6-14) Duas expresses revelam a nfase desta passagem: "Deus provera para si o cordeiro para o holocausto, meu filho" (Gn 22.8) e: "No monte do Senhor se provera" (Gn 22.14). A medida que subia o monte Mori, Abrao estava seguro de que Deus proveria sua necessidade. Quatro fatos merecem destaque: Em primeiro lugar, Abrao no podia depender de seus sentimentos. A Bblia no nos informa em nenhum momento o sofrimento de Abrao; apenas nos diz de sua prontido para obedecer sem discutir e da confiana na proviso divina. Em segundo lugar, Abrao no podia depender das pessoas. Sara ficara em casa. Os dois servos estavam agora aguardando no campo. Somente Abrao e Isaque caminham rumo a Mori. Agradecemos a Deus os amigos e a famlia, mas haver provas que teremos de enfrentar sozinhos, no monte do Senhor. Somente nessas horas, podemos experimentar o que Deus pode fazer por ns! Em terceiro lugar, Abrao aprendeu a depender totalmente da promessa e da proviso de Deus. Ele j tinha experimentado o poder da ressurreio de Deus em seu corpo (Rm 4.1921). Por isso, ele j sabia que Deus era poderoso para levantar Isaque da morte (Hb 11.19). Nohavia ainda registro de ressurreio na Histria, mas Abrao cria no impossvel, via o invisvel e tomava posse do intangvel. Quando estivermos no monte Mori, nas provas mais profundas, precisamos saber que para Deus no h impossveis, e que podemos todas as coisas nAquele que nos fortalece. Em quarto lugar, Deus proveu o Cordeiro, e este tomou o lugar de Isaque (Gn 22.13). Assim Abrao descobriu um novo nome para Deus: JEOV-JIRE. Esse nome de Deus nos ajuda a entender algumas verdades sobre a proviso do Senhor: Primeiro, onde o Senhor prove s nossas necessidades? Deus prove s nossas necessidades no lugar em que Ele determinar. Abrao estava no lugar em que Deus mandou que estivesse. Do jeito que Deus mandou. Na hora que Deus mandou. Por isso, Deus proveu para ele. A estrada da obedincia a porta aberta da proviso. No temos o direito de esperar a proviso de Deus se no estivermos no centro da vontade de Deus. Segundo, quando o Senhor prove s nossas necessidades? Exatamente quando ns temos a necessidade, e no um minuto antes. Do ponto de vista humano, isso pode parecer muito tarde, mas Deus nunca chega atrasado. O relgio de Deus no se atrasa. Terceiro, como o Senhor prove s nossas necessidades? Por caminhos naturais e tambm sobrenaturais. Deus no enviou um anjo com um sacrifcio, mas mostrou um cordeiro preso pelos chifres. Abrao s precisava de um cordeiro, por isso Deus no lhe mostrou um rebanho. Mas, aomesmo tempo, Abrao ouviu a voz de Deus. O natural se mistura com o sobrenatural. Quarto, a quem Deus d sua proviso? A todos os que confiam nEle e obedecem a Suas instrues. Quando voc est onde Deus o mandou estar, fazendo o que Deus o mandou fazer, ento pode esperar a proviso de Deus em sua vida. Quando a obra de Deus feita do jeito que Deus manda, nunca falta a Sua proviso. O Senhor no tem obrigao de abenoar minhas idias e meus projetos. Mas Deus fiel para cumprir Suas promessas. Quinto, por que Deus prove s nossas necessidades? Para a glria de Seu prprio nome. Deus foi glorificado no monte Mori porque Abrao e Isaque fizeram a vontade de Deus. Esse episdio uma antecipao da expresso mais profunda do amor de Deus por ns: a entrega de seu Filho unignito para morrer em nosso lugar. Deus poupou Isaque, mas no poupou Seu prprio Filho. A Bblia diz que Deus no poupou Seu prprio Filho, antes O entregou por todos ns (Rm 8.32). Diz ainda que Deus prova Seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por ns, sendo ns ainda pecadores (Rm 5.8). Nas provaes, procure glorificar ao Senhor Em tempos de provaes, muito fcil pensarmos apenas em nossas necessidades e em nossos fardos, em vez de focarmos nossa ateno em trazer glria ao nome de Cristo. Normalmente, perguntamos: "Como posso sair dessa situao de provao?". Em vez disso, deveramos perguntar: "Como posso trazer glriaao nome do Senhor nessa situao?". Se existe um fato que revela a glria de Deus no Antigo Testamento a histria de Abrao e Isaque. Essa experincia de Abrao e Isaque o mais belo tipo da Bblia sobre a caminhada do Pai e do Filho ao Calvrio. Jesus disse aos Judeus: "Abrao, vosso Pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se" (Jo 8.56). No miraculoso nascimento de Isaque, Abrao viu o dia do nascimento de Cristo. No casamento de Isaque, ele viu o dia da vinda de Cristo para Sua noiva, a igreja. Mas no monte Mori, quando Isaque foi colocado no altar, Abrao viu o dia da morte e da ressurreio de Cristo. Vrias verdades sobre a expiao so vistas nesse texto: Em primeiro lugar, o Pai e o Filho agiram juntos (Gn 22.2,8). Em Gnesis 22.2,8, somos informados duas vezes que Pai e Filho andaram juntos. A Bblia diz que Deus amou o mundo (Jo 3.16), e Jesus amou aqueles por quem morreu (l Jo 3.16). Mas a Bblia tambm diz que o Pai amava o Filho, e o Filho amava o Pai (Mt 3.17; Jo 14.31). Abrao no negou seu nico filho (Gn 22.16), e o Pai no poupou o Seu prprio Filho, mas O entregou por todos ns (Rm 8.32). Em segundo lugar, o Filho tinha de morrer. Abrao pegou o cutelo e o fogo, os dois instrumentos de morte. No caso de Isaque, houve um substituto, mas ningum pode tomar o lugar de Cristo na cruz. S Ele poderia morrer por ns na cruz. Apenas Ele poderia oferecer um sacrifcio perfeito em nosso lugar. S Ele o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O fogo smbolo da santidade e do juzo de Deus.Na cruz, Jesus experimentou mais do que a morte; experimentou o juzo de Deus pelos pecados do mundo. Isaque no suportou nem o cutelo nem o fogo, mas Jesus suportou ambos. O pai de Isaque estava l, mas o Pai de Jesus O desamparou na cruz, quando Ele Se fez pecado por ns. Que tremendo amor! Em terceiro lugar, o Filho teve de carregar o fardo do pecado sobre Seus ombros. A lenha mencionada cinco vezes nesse texto. O versculo 6 diz que Abrao colocou sobre Isaque, seu filho, a lenha do holocausto. Deus fez cair sobre Jesus a iniqidade de todos ns. Ele foi transpassado pelas nossas transgresses. Jesus carregou o lenho maldito sob os apupos da multido enlouquecida. Foi pregado no lenho e exposto ao vituprio pblico. Carregou a cruz e na cruz morreu. Em quarto lugar, o Filho foi levantado da morte. Isaque morreu apenas em sentido figurado (Hb 11.19), mas Jesus realmente morreu e ressuscitou. O texto no diz que Isaque retornou com Abrao aos seus dois servos (Gn 22.19). A prxima vez que ouvimos falar em Isaque quando ele se encontra com sua noiva (Gn 24.62). Isso mostra-nos que o prximo glorioso evento no calendrio de Deus o retorno de Jesus Cristo para encontrar-se com a Sua noiva, a igreja. O Calvrio no apenas o lugar em que Cristo morreu, mas tambm o lugar onde o Senhor santifica nosso sofrimento e o transforma em glria. Nas provas, olhe para a frente, para o que Deus tem para voc (Gn 22.15-19)Existe sempre um fim glorioso depois das provas de Deus. Ele no disperdia sofrimento. J disse: "Mas ele sabe o caminho por que eu ando; provando-me ele, sairei como o ouro" (J 23.10). Abrao recebeu vrias bnos de Deus por causa de sua f obediente. Em primeiro lugar, ele recebeu uma nova aprovao de Deus (Gn 22.11,12). Abrao descreveu toda aquela dramtica experincia como ADORAO (Gn 22.5). Ele obedeceu vontade de Deus e procurou agradar a Deus. Deus lhe disse: "Agora sei que temes a Deus" (Gn 22.12). Ele um homem aprovado pelo cu. Em segundo lugar, ele recebeu de volta um novo filho. Abrao e Isaque tinham estado no altar juntos, mas Isaque era agora um sacrifcio vivo. Deus deu Isaque a Abrao, e Abrao deu Isaque de volta para Deus. Precisamos ter cuidado para que os dons de Deus no tomem o lugar do Doador. Em terceiro lugar, Deus deu a Abrao uma nova segurana (Gn 22.16-18). Abrao j tinha ouvido essas promessas, mas agora elas tm um toque especial para ele. Charles Spurgeon disse que as promessas de Deus jamais so to brilhantes como na fornalha da aflio. Em quarto lugar, Abrao aprendeu um novo nome de Deus (Gn 22.14). No monte Mori, Abrao conheceu Deus como aquele que prove na hora da aflio, por isso O chamou de JeovJir, O Senhor Provera; "no monte do Senhor, se provera". Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Deus O proveu para voc e para mim. Deus prove o que voc precisa, sempre! Hudson Taylor colocou na porta da suacasa: EBENZER E JEOV-JIR. Quando olha para trs, voc v a mo de Deus. Quando olha para frente, v a promessa de Deus. Portanto, no precisa temer! Quando Jesus estava, na cruz, o Pai no enviou nenhum cordeiro substituto para Seu Filho, nem houve nenhuma voz do cu para salvar Seu Filho. A f obediente de Abrao agradou de tal forma a Deus que Este abriu a cortina do tempo e mostrou a Abrao o dia de Cristo: o Cordeiro de Deus que nos substituiu e nos deu eterna redeno. Abrao chamado o pai da f. Voc filho de Abrao? Como est a sua f? Voc cr em Deus a ponto de obedecer a Ele e colocar no altar o seu Isaque?4O TRIUNFO DA F (Gn 22.1-19)A f prevalece com Deus, vence o pecado, derrota Satans e triunfa sobre as dificuldades. Deus tirou Abrao da masmorra de Satans, chamando-o de uma terra idolatra para ser o pai da f. O captulo 22 de Gnesis relata um episdio que constitui a experincia mxima de Abrao como homem de f. Deus lhe promete um filho, demora 25 anos para cumprir a promessa. Agora que o filho j um adolescente, Deus pede esse filho a Abrao em holocausto. Abrao obedece prontamente, sem questionar, por entender que Deus era poderoso para ressuscitar seu filho. Sem f, esse ato loucura e parania. Sem f, o gesto de Abrao um atentado criminoso. Sem f, Abrao um homem senil, e no um heri; um carrasco sem rao, e no um gigante de Deus. Esse episdio revela a grande batalha da f Trs verdades podem ser destacadas para retratar essa batalha da f: Em primeiro lugar, a f que suporta a maior prova (Gn 22.1,2). A f verdadeira sempre provada. Ela no se enfraquece nas provas, mas torna-se ainda mais robusta e combativa. Vejamos algumas lies: Primeiro, a f no testada f insegura. O que Abrao revela no crendice, no f infantil, imatura, mas f adulta, guerreira. A qualidade do metal comprovada por aquilo que pode suportar. A coragem do soldado se evidencia na luta. S uma casa edificada sobre a rocha enfrenta a fria da tempestade semdesabar. Deus pede a Abrao seu filho amado, o melhor que ele tem. Pede tudo. Pede mais do que sua vida. Pede seu amor. Pede seu filho em sacrifcio. Segundo, as provas no s testam a f, mas a revigoram. Os msculos exercitados tornam-se mais rijos. O corredor bem treinado tem melhor desempenho na corrida. As tribulaes produzem pacincia, e esta conduz a ricas e profundas experincias. Terceiro, o autor da prova o prprio Deus. Abrao cr em Deus e Lhe obedece porque sabe que a loucura [aos olhos dos homens] de Deus sabedoria ainda no descoberta. Deus o prova no para envergonh-lo ou derrot-lo, mas para elev-lo. Em segundo lugar, a f que vence dificuldades para obedecer. H sete dificuldades que Abrao deve ter enfrentado para obedecer a Deus nesse assunto: Primeiro, a ordem de Deus parece contrria lei antecedente de Deus (Gn 9.5,6). H momentos em que a palavra de Deus parece contraditria, pois ele nos pede coisas que parecem estar na contramo de sua prpria verdade revelada. Mas essa contradio apenas aparente, pois Deus luz, e no h nele treva nenhuma. Segundo, a ordem de Deus era contrria grande afeio que Abrao tinha pelo filho. Isaque representava o maior bem que Abrao possua. Isaque era seu prprio corao pulsando em seu peito. Entregar Isaque era dar tudo, dar a si mesmo. Terceiro, a ordem de Deus era contrria aobom senso. Sacrificar Isaque frustraria todos os sonhos de Abrao. Mas ele levou sua razo cativa obedincia da f e entregou seu filho amado. Quarto, a ordem de Deus era contrria promessa de Deus. O Senhor havia dito a Abrao: "Em Isaque ser chamada a tua descendncia". Quando Deus parece entrar em conflito Consigo mesmo e Sua ordem, em conflito com Sua promessa, precisamos descansar em Sua soberania e obedecer sem duvidar. Quinto, Deus no lhe deu nenhum motivo para ele cumprir essa ordem. Deus, simplesmente, deu-lhe uma ordem sem dar-lhe qualquer justificativa. A f no busca razes; ela se contenta em obedecer. Ela no olha para a plausibilidade da ordenana, mas para aquele que ordena. Abrao conhecia Deus, por isso confiava nele. Sexto, como ele poderia olhar novamente para o rosto de Sara? Aquela deciso atingia diretamente Sara. Isaque tambm pertencia a ela. Sua confiana em Deus afastou dele todo o temor de uma crise conjugai. Ele no caminhou inseguro nem nutriu nenhuma dvida em seu corao. Ele no trabalhava com a possibilidade da tragdia, mas com a certeza do milagre. Stimo, como ficaria sua reputao diante dos egpcios e dos cananeus? Isso seria uma eterna reprovao a Abrao e seus altares. Mas porque agiu por f, seu testemunho tem iluminado o caminho de milhes de pessoas em todo o mundo h sculos. Em terceiro lugar, a f que d vriospassos rumo obedincia. Abrao d nove passos na direo da obedincia quando submetido maior de todas as provas. J abordamos esse ponto no captulo anterior, mas o aprofundaremos agora um pouco mais. Primeiro, Abrao discerne a voz de Deus e responde ao seu chamado (Gn 22.1). Deus bradou: "Abrao!". Ele respondeu, imediatamente: "Eis-me aqui". Porque Abrao discerniu a voz de Deus, responde a seu chamado mesmo antes de saber o que era. Abrao estava sempre no centro da vontade de Deus, onde Deus queria, fazendo o que Deus queria, na hora em que Deus mandava. Segundo, Abrao confia no carter de Deus, por isso Lhe obedece sem demora e sem reservas (Gn 22.3). Ele no questionou Deus. No duvidou de sua palavra. Ele no esperou at Deus mudar de idia. Ele no ficou decepcionado com Deus nem entrou na caverna da depresso. Abrao obedeceu ainda que a ordem de Deus tenha parecido sem sentido. A procrastinao um convite runa. Protelar um lao astucioso do diabo. As ordens desatendidas so um caminho para a perdio. Abrao levantou-se de madrugada. Ele obedeceu rapidamente. Terceiro, Abrao preparou todas as coisas para o sacrifcio. Abrao obedece no apenas de imediato, mas integralmente. Ele leva todos os ingredientes para o sacrifcio: lenha, fogo, cutelo e o cordeiro. Ele tem disposio para obedecer. Deus no aceita obedincia parcial, pois isso desobedincia total. Quarto, Abrao obedece, em vez de especular. A f demonstrada por Abrao no fespeculativa que quer saber onde, por que, para que, mas a f que quer ir para onde Deus manda. Abrao age de forma oposta ao profeta Jonas. Deus mandou este ir para Nnive, e ele foi para Trsis. Deus mandou Abrao oferecer seu filho em holocausto, e ele caminhou resolutamente na direo apontada por Deus. Se quisssemos fazer a vontade de Deus mais do que sab-la, no haveria ningum que no a soubesse. Deus mandou Abrao para o monte Mori, e para l que ele foi. Mori significa "manifestao de Iav". E no monte da obedincia que Deus Se manifesta. Quinto, Abrao foi persistente em obedecer a Deus (Gn 12.4). Ele caminhou trs dias, tempo suficiente para dvidas assaltarem sua mente. Tempo suficiente para buscar rotas de fuga. Tempo suficiente para entregar-se a racionalizaes e desculpas. Trs dias foi tempo bastante para que a incredulidade sussurrasse em seus ouvidos muitos pensamentos dissuasivos. Foi tempo bastante longo para que o amor pelo filho suplantasse o amor a Deus. Mas Abrao persiste, persiste em obedecer. Sexto, Abrao deixou seus servos a distncia (Gn 12.5). Ele no queria que ningum o impedisse de obedecer a Deus integralmente. Ele est determinado a levar Deus a srio. Ele no compreende, mas est certo de que Deus sabe o que faz. Stimo, Abrao capaz de transformar a tragdia em adorao (Gn 22.5). Abrao disse a seus servos: "... depois de adorarmos, voltaremos". Ele no mataria seu filho: ele o sacrificaria. Ele levantaria um altar. Ele adoraria.Abrao compreendeu que devemos obedecer a Deus ainda que Ele parea contraditrio. Parece que Deus luta contra Deus; a verdade, contra a verdade; e o mandamento, contra a promessa. Abrao compreende que Isaque pode morrer, mas Deus no pode deixar de ser Deus fiel, e no pode deixar de cumprir Sua promessa. Deus no procura pessoas que argumentem, mas as que adorem e obedeam! Oitavo, Abrao, pela f, cr na ressurreio de todas as promessas de Deus (Gn 22.5). Abrao ainda diz a seus servos: "... voltaremos". Em Hebreus 11, lemos que Abrao creu que Deus ressuscitaria Isaque. As promessas de Deus no morrem. Para Deus, nunca haver impossibilidades no cumprimento de Suas promessas. Abrao esperava um milagre. Ele vislumbrava a ressurreio! Nono, Abrao cr na proviso divina (Gn 22.7,8). Ali, Abrao proferiu pela primeira vez este nome de Deus: Jeov-Jir. Ele sabia que Deus nunca falha, nunca decepciona. Ele sabia que os caminhos de Deus, mesmo na tormenta, so seguros. Nas horas das trevas mais espessas, Deus sempre acende uma luz em nosso caminho. Quando estamos na estrada da obedincia, Ele sempre provera! no monte do Senhor, na terra da obedincia sacrificial, que o Senhor prove! Esse episdio revela a recompensa da f Trs verdades benditas emanam dessa experincia de Abrao: Em primeiro lugar, o livramento (Gn 22.11,12,14). O livramento de Deus pode servisto de duas maneiras gloriosas: Primeiro, Isaque poupado. O mesmo Deus que ordena Abrao sacrificar Isaque o Deus que probe Abrao de imolar o filho. O mesmo Deus que pede Isaque em sacrifcio providencia o substituto. O mesmo Deus que pede o filho providencia o cordeiro. Deus no queria Isaque, mas a obedincia de Abrao. Segundo, Abrao exaltado. Deus diz: "Agora sei...". No que Deus no soubesse. A firmeza de Abrao no surpreendeu Deus, mas foi um testemunho para o mundo. Deus provou Abrao para que seu exemplo se tornasse uma fonte de encorajamento para milhes de outras pessoas. Porque Abrao obedeceu, Deus o exaltou e fez dele o pai e o paradigma de todos os que crem. Em segundo lugar, o substituto (Gn 12.13). O cordeiro, smbolo de Cristo, providenciado para substituir Isaque. No monte Mori, Deus poupou Abrao e Isaque. Poupou o pai e o filho. Todavia, dois mil anos depois, Deus no poupou a Si mesmo nem a Seu prprio Filho, antes por todos ns o entregou (Rm 8.32). Aquele cordeiro sacrificado em lugar de Isaque apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). A Bblia diz que Abrao exultou por ver o dia de Cristo, "viu-o e alegrou-se" (Jo 8.56). Em terceiro lugar, a promessa (Gn 22.1619). Deus faz meno da obedincia de Abrao como considerao do pacto (Gn 22.16). Deus agora confirma a promessa do pacto (Hb 6.13). Deus promete a Abrao uma numerosa descendncia. Ele no perde o filho e aindaganha milhares de milhares de outros filhos. Esse episdio revela o glorioso exemplo da f que aponta para o maior acontecimento da Histria Como nenhum outro episdio, este aponta para o amor do Pai e o sacrifcio de Jesus na cruz. A entrega de Isaque um farol a apontar o amor eterno e sacrificial do Pai que deu Seu Filho para morrer por ns, pecadores. Algumas semelhanas entre esse gesto de Abrao e o amor do Pai podem ser aqui identificadas. Em primeiro lugar, assim como Abrao, Deus no poupou Seu prprio Filho (Hb 11.17; Rm 8.32). Abrao entregou seu filho a Deus, e Deus entregou Seu Filho para morrer pelos pecadores. Em segundo lugar, Isaque foi o filho do corao como Jesus foi o Filho amado (Gn 22.2; Jo 3.16). Assim como Isaque era o filho da promessa, o filho amado de Abrao, Jesus o Filho amado, em Quem Deus tem todo o prazer. Em terceiro lugar, Isaque foi a Mor sem reclamar; Jesus, como ovelha muda, foi obediente at a morte, e morte de cruz- A lana luz sobre a atitude de Jesus caminhando para o Calvrio, sem abrir a boca e sem lanar maldio sobre seus exatores. Em quarto lugar, Isaque foi filho de profecias; Jesus o Filho de profecias. Isaque foi prometido por Deus. Seu nascimento foi profetizado. Seu nascimento veio por uma interveno miraculosa de Deus, no tempo oportuno de Deus. Assim, tambm, Jesus veio ao mundo para cumprir um propsito do Pai. Suavinda foi prometida, preparada. Ele nasceu para cumprir um plano perfeito do Pai. Em quinto lugar, Isaque teve seu sacrifcio preparado (Gn 22.2,3); o sacrifcio de Jesus foi planejado na eternidade (Ap 13.8). Assim como Deus estabeleceu os detalhes do sacrifcio de Isaque, tambm planejou desde a eternidade a entrega, o sacrifcio e a morte viaria de Seu Filho na cruz. Em sexto lugar, Abrao e Isaque caminham ss para o Mori; Jesus tambm bebeu o clice sozinho, mas conversando com o Pai. Os servos de Abrao ficaram no sop do monte Mori. Os homens abandonaram Cristo, inclusive Seus discpulos. Jesus, quando suou sangue no Getsmani, estava s. Ele, s Ele, e o Pai travaram aquela batalha de sangrento suor. Jesus marchou para a cruz sob os apupos da multido e tendo como nico refgio a intimidade com o Pai. Em stimo lugar, Isaque carregou a madeira para o sacrifcio; Jesus carregou a cruz. Assim como Isaque levou a lenha para o sacrifcio no monte Mori, Cristo carregou a cruz para o Glgota, onde morreu por nossos pecados. Em oitavo lugar, Abrao e Isaque caminham sempre juntos; o Pai e o Filho fizeram na eternidade um pacto de sangue para salvar o homem e andaram sempre juntos. Sempre houve comunho perfeita entre o Pai e o Filho. Sempre andaram juntos nesse glorioso propsito de remir-nos. Quando caminhamos pela f, mostramos ao mundo no s nossa fidelidade a Deus, masrevelamos ao mundo o prprio corao de Deus, Deus poupou Abrao e Isaque, mas no poupou Seu Filho. Ele no providenciou um cordeiro substituto para Jesus. Ele viu Seu clamor e no O amparou. No topo do Calvrio, h uma bandeira que drapeja e proclama: "Deus provera". Ele providenciou para ns perdo e salvao. Olhe para o Cordeiro de Deus. Olhe para Jesus, com f, e seja um filho de Abrao, seja um filho de Deus!5QUANDO UM CASAMENTO DOCE SE TORNA AMARGO (Gn 24.63-67; 25.20-21; 26.7-11; 27.1-46) Casaram-se e foram felizes para sempre." Essa pode ser uma frase de impacto, mas no verdadeira. Combina com um filme romntico, mas no com a vida real. No existe casamento perfeito. No existe felicidade automtica. A felicidade conjugai precisa ser construda com renncia e investimento. Cerca de 50% das pessoas que vo sorrindo para o altar no dia do casamento passam o resto da vida chorando porcausa do casamento. Cerca de 70% das pessoas que se divorciam e se casam de novo descobrem que o segundo casamento mais problemtico que o primeiro. As feridas abertas pelo rompimento do casamento sangram e doem muito. Doem, sobretudo, nos filhos, as maiores vtimas do divrcio dos pais. O impacto do divrcio na vida de algumas crianas mais forte do que a morte de um dos pais. Ao atender uma jovem senhora em prantos, com a palma da mo rasgada numa briga conjugai, perguntei-lhe: "Quantos anos voc tem de casada?". Ela me respondeu: "Dois meses". Um detalhe, ela era filha de pastor, e o marido, filho de presbtero. O doce ficara amargo ainda na lua-de-mel. Outra mulher, com seis meses de casamento, disse-me: "Eu no sei o que ser feliz no casamento". Como est seu casamento? Quo feliz voc em seu relacionamento conjugai? O que voc poderia fazer para melhorar seu relacionamento com seu cnjuge? No casamento, possvel comear bem e terminar mal. E possvel comear na dependncia de Deus e perder o temor de Deus no meio do caminho. E possvel comear em harmonia e terminar com feridas e mgoas. E possvel fazer um casamento dentro da vontade de Deus e destru-lo com as prprias mos. E possvel comear com intenso amor e afogar o casamento no mar da indiferena, da amargura e da separao. Como est seu casamento? E aquilo que voc sonhou? Como est sua famlia? E o que voc planejou? Vejamos agora um casal quecomeou bem e terminou mal, uma famlia que tinha tudo para dar certo e sofreu reveses terrveis. Uma famlia que tinha tudo para dar certo O casamento de Isaque com Rebeca tinha tudo para dar certo. Eles formavam o que chamamos de um par perfeito. Vejamos as qualidades de Isaque, um excelente partido, um jovem cobiado por qualquer me como genro, Isaque tinha bero, tinha dinheiro e era um jovem crente. Ele reunia condies fsicas, sociais e espirituais para agradar a mais exigente das candidatas ao matrimnio. Vejamos alguns de seus predicados: Em primeiro lugar, Isaque era jovem. Ele casou-se com 40 anos (Gn 25.20). Tendo em vista que ele morreu com 180 anos (Gn 35.28,29), casou-se muito moo. Isso eqivale a um homem que chega aos 80 anos casar-se com vinte anos. Ele estava no auge de seu vigor fsico. Em segundo lugar, Isaque era herdeiro nico de uma grande fortuna. Isaque era o filho da promessa, o herdeiro nico da grande fortuna de Abrao (Gn 24.35,36). Isaque era aquilo que poderamos chamar de um excelente partido. Era um jovem rico, membro de uma famlia importante, depositrio de grandes promessas e alvo de grandiosas esperanas. Sua vida financeira estava garantida. Ele no precisaria desgastar-se para granjear riquezas, mas apenas administrar o grande legado recebido do pai. Em terceiro lugar, Isaque era herdeiro de um futuro espiritual glorioso. A descendnciaespiritual de Abrao viria por intermdio dele (Gn 21.12). Isaque seria pai de uma multido. A bno da aliana passava por ele. Ele era a semente bendita da qual uma multido haveria de nascer para conhecer e andar com Deus. Em quarto lugar, Isaque era um homem espiritual. Isaque tinha o hbito de meditar nas coisas de Deus (Gn 24.63). Ele era um homem de orao. Temia a Deus. Aprendeu isso aos ps de seu pai, Abrao. Veremos, agora, que Rebeca foi escolhida especialmente por Deus para ser esposa de Isaque. Enquanto Isaque meditava e orava, possivelmente pedindo a Deus uma esposa, Deus preparou para ele uma mulher extraordinria. Enquanto Abrao se dedicou a buscar uma esposa para seu filho, Deus lhe deu uma nora com qualidades magnficas. Destacamos aqui algumas iniciativas de Abrao, pai de Isaque, em relao ao casamento do seu filho. Em primeiro lugar, Abrao entendeu que Isaque precisava casar-se com uma jovem fiel a Deus (Gn 24-3). Abrao sabia que Isaque no podia casar-se com uma cananita (Gn 24.3). Eles no serviam ao mesmo Deus. Eles adoravam outros deuses. Abrao estava decidido a orientar seu filho nessa rea vital da vida. Os pais precisam ser mais participativos no processo da escolha do cnjuge para seus filhos. Abrao mandou buscar uma jovem dentre seu povo. Abrao estava convencido de que Deus quem d a esposa prudente (Pv 19.14; 18.22). Em segundo lugar, Abrao procurou o seu servo mais velho para procurar uma jovem comquem Isaque deveria se casar (Gn 24-2). E relevante que Abrao no chamou um jovem, um playboy, um garoto, mas seu servo mais velho, mais experiente, para escolher uma esposa para seu filho. Os jovens precisam ouvir os conselhos dos mais velhos na rea do casamento. Em terceiro lugar, Abrao e seu servo buscaram a direo divina na escolha da esposa de Isaque (Gn 24.7,14). Precisamos orar a Deus pelo casamento de nossos filhos. A vontade de Deus precisa ser feita nessa importante rea da vida. Algum j disse que, se no pedirmos a Deus o nosso cnjuge, o diabo pode nos dar um. Quando o servo de Abrao encontrou Rebeca, ele no teve dvidas de que ela era a resposta de suas oraes e de que estava diante daquela que o prprio Deus preparara para Isaque. Rebeca tinha qualidades extraordinrias. Tinha o perfil ideal para ser a esposa de Isaque. Vejamos suas qualificaes: Em primeiro lugar, Rebeca era uma jovem bonita (Gn 24.16). Ela era uma moa graciosa, bela e encantadora. Bela por fora e bela por dentro. Tinha aparncia fsica agradvel e tambm uma vida interior com contedo. Em segundo lugar, Rebeca era uma jovem trabalhadora (Gn 24.15). Ela era pastora, e no uma pea de porcelana, frgil, indefesa e mimada. Ela no cresceu numa redoma de vidro, numa estufa familiar, mas na arena do trabalho. Seu carter foi forjado na urdidura da luta. Era uma jovem preparada para os desafios da vida, e no uma donzela frgil e sem tempera para os combates da vida. Em terceiro lugar, Rebeca era uma jovemprestativa (Gn 24.20). Logo que Rebeca viu Eliezer com seus camelos, providenciou gua, tirando-a do poo para o peregrino e seus animais. Rebeca tinha fora nos braos, destreza nas atitudes e generosidade no corao. Em quarto lugar, Rebeca era uma jovem amada pelos pais (Gn 24.55). Tinha sade emocional. No precisava se entregar ao primeiro aventureiro nem tinha carncias afetivas. Era uma jovem bem resolvida emocionalmente, com uma auto-estima saudvel. Em quinto lugar, Rebeca era uma jovem decidida (Gn 24.57,58). Logo que ela entendeu o propsito de Deus para sua vida, disps-se a deixar pai e me e unir-se quele que Deus havia preparado para ela. Sair do ninho dos pais antes da hora, prematuramente, pode ser um desastre, mas deixar de sair na hora certa tambm pode ser uma fonte de desalento. Rebeca tinha deciso prpria. Ela sabia fazer suas prprias escolhas com segurana. Em sexto lugar, Rebeca era uma jovem recatada (Gn 24.65). Quando ela viu Isaque, cobriu o rosto com o vu. Ela, em vez de despirse e se mostrar insinuante, buscou o recato. Hoje, muitas jovens tentam atrair seu pretendente, seduzindo-o pelos encantos do corpo, vestindo-se provocantemente, mas a jovem sbia recatada e busca ressaltar os predicados morais, mais do que os dotes fsicos. O resultado desse conjunto de medidas que Isaque, ao ver Rebeca, amou-a primeira vista (Gn 2467). Foi um encontro curto, mas eficaz por causa da longa preparao. Hoje,temos relacionamentos vulnerveis, porque eles comeam sem nenhum planejamento, sem nenhuma preparao espiritual. O casamento de Isaque e Rebeca aconteceu no tempo de Deus, dentro do projeto de Deus, conforme a vontade de Deus. Rebeca era estril. Por ela, Isaque orou vinte anos, e Deus ouviu sua orao. Ela foi curada, e concebeu, dando luz dois filhos gmeos, Esa e Jac (Gn 25.21,26). Uma famlia ameaada pela imprudncia Isaque era um homem de Deus, mas cometeu alguns erros graves em seu casamento. Listaremos alguns deles: Em primeiro lugar, a falta de transparncia (Gn 26.7-11). Ele imitou os erros de seu pai, Abrao. Abrao mentiu sobre Sara, sua mulher, para poupar sua vida. Ele enfraqueceu o mais estreito dos laos humanos para livrar sua pele. Ele acovardou-se acerca do assunto mais sagrado do casamento, a fidelidade conjugai, e, assim, exps Sara a uma situao de profundo constrangimento. Isaque, de igual forma, exps Rebeca, sua mulher, ao perigo (Gn 26.7), colocando-a na vitrina da cobia e do desejo. A beleza de Rebeca tornou-se um fator de crise no casamento. Isaque teve trs atitudes reprovveis nessa falta de transparncia: Primeiro, a mentira. O mesmo Isaque que tivera tantas vitrias com Deus fracassa, agora, na rea moral. Ele, que j vencera provas maiores, agora cai diante de uma prova menor. Israel venceu Jerico e caiu diante de Ai. Davi venceu um leo e caiu na teia da impureza.Sanso matou mil filisteus com uma queixada de jumento, mas caiu no colo de uma filistia. Isaque, para poupar a sua vida, afirma que Rebeca sua irm. Ele nega o mais estreito dos relacionamentos. Para salvar sua pele, pe sua mulher em risco. Ele expe sua mulher na vitrina dos desejos. Em vez de am-la e proteg-la, Isaque a expe. Mas a mentira tem pernas curtas: a mentira contada (Gn 26.7) torna-se mentira descoberta (Gn 26.8). Isaque era marido dentro do quarto e irmo na rua. Ele estava vivendo uma mentira. A mentira descoberta torna-se mentira reprovada (Gn 26.10,11). Isaque havia feito um grande mal a si mesmo, esposa e ao povo filisteu. Sua mentira era uma loucura consumada que abalou os alicerces da confiana de seu casamento. Segundo, o egosmo. Isaque pensou s em si mesmo. Ele olhou sua mulher como um objeto que podia ser usado para sua proteo. Em vez de proteger sua mulher, fez dela seu escudo. Ele abusou de Rebeca, sem respeitar seu carter e sua dignidade. Sua mentira e seu egosmo eram uma negao de seu amor e de seu romantismo. Ele acaricia sua mulher no recesso do quarto e nega seu casamento em pblico. Sua covardia maior do que o seu amor. H cnjuges que s conseguem ter intimidade na cama, mas no expressam mais a harmonia conjugai nas suas palavras e atitudes. A partir daquele momento, Rebeca no dialoga mais com Isaque. Eles fingem uma harmonia que no mais existe. O dilogo morreu na vida daquele casal. Quem planta egosmo colhe solido. Terceiro, o medo. O amor lana fora todo omedo. O amor tudo sofre, tudo cr, tudo suporta. O medo de Isaque foi desamor esposa e descrena em Deus. Isaque conseguiu grandes vitrias na vida profissional. Tornou-se um homem riqussimo, mas fracassou no casamento. O pecado malignssimo. Isaque aprendeu a mentira com seu pai. Rebeca aprendeu a mentir com seu marido. Jac, com a sua me. Em segundo lugar, a falta de confiana e de comunicao entre o casal (Gn 27.5). O tempo e a rotina comearam a desgastar aquele lar. O relacionamento de Isaque e Rebeca ficou estremecido. A comunicao morreu entre eles. No havia mais dilogo. A harmonia do casamento era coisa do passado, esse casal que comeou de maneira to bonita, agora chega a velhice sem intimidade, sem comunho, sem dilogo. Agora Rebeca escuta os comentrios do marido detrs da porta. Isaque no partilha com ela os desejos de seu corao. Um silncio impera entre eles. Eles no confiam mais um no outro. Em terceiro lugar, a falta de sabedoria na criao dos filhos (Gn 25.28; 26.5-8). Dois erros graves so cometidos por Isaque e Rebeca na criao dos filhos gmeos: Primeiro, eles tm preferncia por um filho em detrimento do outro (Gn 25.28). Eles ficaram vinte anos sem ter filhos, e, agora, os filhos so transformados em problemas. Eles transformaram uma bno num problema. Os filhos, em vez de unir, separam o casal. Isaque tem preferncia por Esa, e Rebeca, por Jac. Tm favoritismos. Eles fizeram dos filhos um motivo de tropeo para o casamento. Eles cometem umgrave pecado contra os filhos. Eles tm preferncia por um filho em prejuzo do outro. Jac aprendeu esse erro com os pais e o comete mais tarde, amando mais a Jos que seus irmos. Segundo, eles semeiam o cime, a competio e o dio no corao dos filhos (Gn 27.5-8). Eles lanaram no corao dos filhos o cime, a inveja, a disputa e a competio. Em vez de amigos, os filhos cresceram como concorrentes e rivais. Eles se esqueceram de que, na famlia, primeiro vem o cnjuge e, depois, os filhos. Rebeca ensina Jac a mentir. Esa passa a odiar seu irmo e a desejar sua morte (Gn 27.34,36,41). Jac precisa fugir de casa para salvar sua vida. Esa, para vingar-se dos pais, pune-se a si mesmo, casando-se com mulheres filistias, que se tornam amargura de esprito para seus pais. Em terceiro lugar, a falta do temor a Deus nas decises (Gn 27.13). Quatro fatos nos chamam a ateno nesse episdio: Primeiro, a atitude pecaminosa de Isaque. Isaque peca contra Deus e contra seus filhos ao querer inverter o propsito de Deus (Gn 25.23). Deus escolhera Jac, mas Isaque queria abenoar Esa. Isaque queria interferir no e inverter o projeto de Deus. Ele queria desfazer a obra de Deus, mudar os decretos de Deus. Lutar contra Deus abraar uma luta inglria. Ningum pode lutar com Deus e sair vitorioso. Os planos de Deus no podem ser frustrados. Segundo, a atitude pecaminosa de Rebeca. Rebeca tenta dar uma mozinha a Deus usando o expediente da traio e da mentira. Rebecaqueria fazer a coisa certa de forma errada. Mas Deus no precisa de nossa ajuda. Ele poderoso para fazer tudo quanto ele mesmo estabeleceu. Rebeca estava fraca espiritualmente e comeou a duvidar do cumprimento da promessa de Deus a Jac. Isaque estava prestes a dar a bno que Deus prometera a Jac a Esa. Ento, ela tomou o destino dos filhos em suas prprias mos. Ela no acreditou em Deus. Ela duvidou de Deus. Ela passou frente de Deus. Ela fez as coisas do seu modo. Ela no aproveitou o momento para conversar com o marido. Ela decidiu enganar o marido e trair o filho Esa. Ela instigou Jac a mentir, a enganar e a trapacear. A mentira vem do Maligno. Mas Rebeca estava to cega e to longe de Deus que chegou a ponto de perder o temor a Deus (Gn 27.13). Terceiro, Esa, ao ver o seu lar vivendo de aparncias, desprezou Deus. Esa passou a desprezar as coisas de Deus. Tornou-se um profano. Ele menosprezou os dons de Deus. Ele vendeu seu direito de primogenitura. Esa, ao perceber que seus pais viviam apenas uma coreografia de espiritualidade, casou-se com mulheres pagas. Esse casamento foi uma tragdia em sua vida e na de seus pais (Gn 26.34-35). Quarto, Jac aprendeu a ser um enganador dentro da casa de seus pais. Jac, movido pela vontade inflexvel de sua me, enganou seu velho pai. Mentiu, forjando sua identidade. Passou-se por Esa. Blasfemou contra Deus e deu um beijo de mentira em seu pai (Gn 27.1820,24,26,27). Ele aprendeu com a me e, da para a frente, viveu como um suplantador, um enganador. O lar um campo de semeadura.Ns escolhemos o que plantamos. Refletimos quem somos em nossos filhos. Bebemos o refluxo de nosso prprio fluxo. Ns nos multiplicamos e nos reproduzimos na vida de nossos filhos. Porque Isaque e Rebeca plantaram a falta de dilogo, seus filhos cresceram sem amizade. Porque Isaque e Rebeca tinham preferncias, seus filhos cresceram como rivais. Porque Isaque e Rebeca semearam competio entre os filhos, eles colheram o dio de Esa por Jac. Porque eles no cultivaram amizade entre os filhos, passaram a velhice na solido, longe dos filhos. Uma famlia que colhe os tristes resultados de sua imprudncia Quem semeia colhe. Colhe o que planta, colhe mais do que planta e colhe o que no quer ceifar. Destacamos dois pontos para nossa reflexo. Em primeiro lugar, Isaque e Rebeca no aprenderam com os erros e permitiram que a famlia fracassasse pouco a pouco. Todo casal precisa aprender a reconhecer as falhas e se corrigir. O fracasso s fracasso quando no aprendemos com ele. O fracasso no pode ser nosso coveiro; precisa ser nosso pedagogo. Isaque e Rebeca no faziam correo de rota. Eles no discutiam os problemas, nem se perdoavam. Eles deixavam as coisas acontecer. O divrcio comea com a falta de dilogo dentro de casa. H casais divorciados vivendo debaixo do mesmo teto. Eles empurram a vida com a barriga e jogam os problemas debaixo do tapete. O que destri um casamento, uma famlia,normalmente, no so os grandes problemas, mas os pequenos problemas no resolvidos em tempo oportuno. Salomo alerta sobre as raposinhas que devastam as vinhas em flor. Os maiores seres vivos do Planeta so as sequias, as rvores gigantes no sul da Califrnia. Elas so maiores rvores do mundo. So necessrios dezoito homens para abraar o caule de uma sequia. Um dia, uma dessas rvores gigantescas foi tombada ao cho. Os especialistas curiosos foram pesquisar a causa desse colapso. Descobriram que besouros pequenos, como cupins, haviam minado, solapado, aquela rvore, roendo-a at que ela fosse completamente destruda por dentro. O casamento uma sequia que pode ser derrubada pelos besouros das pequenas coisas. A Bblia ordena a no deixarmos o sol se pr sobre nossa ira. Ou seja, no podemos adiar a soluo de um problema. No podemos ir para a cama com pendncias. No prudente dormir e acordar com o corao empapuado de mgoa. Isso gera raiz de amargura e envenena a alma. Em segundo lugar, a famlia toda sofreu as inevitveis conseqncias dos erros cometidos por Isaque e Rebeca. Porque Isaque e Rebeca se afastaram dos princpios de Deus, toda a famlia sofreu os reveses. Ningum ficou ileso. Ningum escapou de sofrer os esbarros do colapso dessa famlia que comeou to bem e agora estava caminhando para a falncia. Vejamos o que aconteceu a cada membro dessa famlia que tinha tudo para ser um referencial de felicidade. Primeiro, Isaque. O nome dele significa RISO, mas nunca mais Isaque teve motivo pararir. Em certo sentido, ele perdeu os seus dois filhos num nico dia. Um saiu de casa fugido. O outro saiu para vingar-se dos pais, punindo-se a si mesmo, casando-se com mulheres estrangeiras que foram amargura de esprito para eles (Gn 28.9). Segundo, Esa. Ele perdeu o respeito pela me. Ficou revoltado, amargo. Desgostou-se com seu lar. Passou a alimentar um dio assassino por Jac. Rebeca armou uma guerra dentro de sua prpria casa. Seus filhos se tornaram inimigos mortais. Terceiro, jac. Ele precisou fugir de casa. Sai como mentiroso, traidor, embusteiro. Sai com a conscincia culpa protetora fracassada. Quarto, Rebeca. Ela prometera a Jac: "Refugia-te na casa de Labo, meu irmo, [...] e demora-te com ele alguns dias [...]; ento mandarei trazer-te de l" (Gn 27.42-45). Vinte anos se passaram, e Jac no voltou. Rebeca nunca mais viu seu filho. Ela morreu sem cumprir a promessa. Viveu amargamente sua velhice, ao ver o seu lar desmoronado pelas suas prprias mos. Rebeca, na verdade, foi incapaz de prever todo o alcance de seus atos. O dio despertado no corao de Esa continuou por geraes futuras. Durante muitos sculos, os edomitas, descendentes de Esa, seriam inimigos de Israel. Os edomitas jamais cessaram de odiar os israelitas. O livro do profeta Obadias descreve com cores fortes esse dio dos edomitas a ponto de sentirem prazer com a desgraa de seus irmos israelitas. Herodes, o Grande, o homem que quis matar Jesus em Belm, e seu filho, Herodes Antipas, o homemque ridicularizou Jesus durante seu julgamento, eram edomitas, descendentes de Esa. Toda a famlia sofreu as conseqncias da imprudncia de um casal que comeou bem, mas no soube resolver os assuntos familiares com sabedoria. ISAQUE ficou s, envergonhado, sem sorriso, um grande homem, um grande empresrio, um homem rico, mas um marido descuidado e um pai parcial. REBECA perdeu seu filho predileto, perdeu o respeito de Esa, traiu seu marido, no levou Deus a srio. JAC perdeu a casa, perdeu a me protetora, perdeu o amor do irmo e a conscincia tranqila. ESA puniu a si mesmo para vingar-se dos pais (Gn 28.6-9). Esperou o pai morrer para vingar-se do irmo. Como est sua famlia? Como est seu relacionamento conjugai? H transparncia? H amor comprometido? H fidelidade? H brigas e mgoas dentro de seu lar? Como os seus filhos se relacionam? Eles so amigos? Vocs os tratam de forma justa e imparcial? Como est a comunicao em seu lar? Como est a reverncia pelas coisas de Deus? Nossos lares precisam urgentemente de um avivamento espiritual. Consagre hoje seu lar ao Senhor. Consagre seus filhos ao Senhor. Deposite seu casamento no altar. Vinte anos depois, Deus restaurou a amizade de Jac e Esa. Mas Rebeca no viu isso, e o pai estava muito velho para alegrar-se nessa restaurao. Pea a Deus que faa vocver um milagre em sua famlia!6COMOTRANSFORMAR A CRISE EM TRIUNFO(Gn 26.1-33)A crise uma encruzilhada, onde uns colocam os ps na estrada da vitria, e outros descem a ladeira do fracasso. A crise revela os verdadeiros heris: uns ficam esmagados debaixo da bota dos gigantes, e outros olham por sobre os ombros dos gigantes para os horizontes largos. Na crise, uns fracassam, e outros triunfam. E no ventre da crise que surgemos grandes vencedores. A crise um tempo de oportunidade: uns olham para a ela como a porta da esperana, e outros a vem como a sepultura dos sonhos. John Rockefeller disse que "o futuro no acontece simplesmente; ele criado por homens de viso". Os Estados Unidos esto no terceiro padro residencial. No comeo, o pas era agrcola. O florescimento da industrializao e o leque dos servios pblicos levaram o pas a ser predominantemente urbano. Hoje, a nao suburbana; a maioria da populao concentra-se na periferia das grandes cidades. O grande idealizador desse deslocamento das pessoas, dos centros congestionados, para os subrbios foi William Levitt. Ele inovou o sistema de construo, criou financiamento para aquisio de casas prprias e desenvolveu um novo modelo de comunidade. Depois da Segunda Guerra Mundial, o pas experimentou uma crise residencial. O nmero de casamentos aumentou assustadoramente com o retorno dos soldados combatentes. Houve uma exploso demogrfica, e, assim, milhes de pessoas viviam inadequadamente em garagens e barraces. William Levitt, portanto, aproveitando a crise de habitao, deu corpo a seu sonho, comprando enormes lotes no subrbio de Nova York, onde as propriedades eram baratas, e enviou suas equipes para construir casas. A idia explodiu no pas. Em pouco tempo, os Estados Unidos estavam semeados de reas semelhantes, e a crise habitacional foi eliminada. Foi uma revoluo na indstria de moradias. A crise umtempo de semeadura. A crise gera medo, insegurana e instabilidade. Isaque quer fugir, pois h fome em sua terra. Mas a crise tempo de oportunidade e da interveno sobrenatural de Deus. Vejamos, luz desse texto, cinco princpios para transformar a crise em triunfo. Na crise, siga a orientao de Deus, em vez de fugir (Gn 26.1-6) H quatro atitudes que precisamos tomar em tempos de crise: Em primeiro lugar, na crise somos desafiados a lutar pela prpria sobrevivncia (Gn 26.1). A fome assola a terra onde est Isaque. E tempo de escassez, de desemprego, de conteno drstica de despesas, de recesso. Isaque, porm, no ficou lame