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O Sismuc promove o Baile do Servidor a ser rea-
lizado no dia 30 de outubro. A festa é comemorativa
ao dia do funcionário público (31 de outubro) e cerca
de mil pessoas são aguardadas na Sociedade Univer-
sal, local do evento, a partir das 22 horas.
A banda Luna Nova será responsável pelo som e
uma surpresa está sendo preparada para os participan-
tes. Essa é a terceira edição do baile já realizado nos
dois anos anteriores.
Os convites são gratuitos para toda a categoria e
devem ser retirados no Sismuc, com direito a um acom-
panhante. A retirada também pode ser realizada com
a apresentação de lista contendo nome e matrícula dos
colegas.
Informações pelo telefone 3322-2475
ENT
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página 8
Convites para Baile doServidor podem serretirados no Sismuc
até que a prefeituratome providências?
Quantosainda
morrerãoMauro Cesar Carvalho
(24/10/1965 - 12/07/2009) - 43 anosAssassinado no cumprimento do dever.
Deixou a esposa, 2 filhas e 3 netos.(a foto acima foi publicada com autorização da família)
Sismuc garantegratificaçõesno PSF
PMC
página 6
MO
BILI
ZAÇ
ÃO
página 4
PCCS/SUS só saicom participaçãoda categoria
Richa quer ampliarterceirização nasaúde
Confira mais na página 5
2 Outubro de 2009
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EXPEDIENTE
Editorial
Envie comentários, sugestõese opinião para [email protected].
Comunicação
Parabenizamos todos os servidores públicos municipais de Curitiba peloseu dia (28/10). A data comemorativa foi instituída no Estatuto do Servidor eserve para refletirmos sobre a nossa situação atual. Sobre como chegamosaté aqui e que futuro teremos.
Vivemos tempos de baixos salários, remunerações variáveis, auxílio-ali-mentação para poucos, condições insalubres, doenças ocupacionais. Traba-lhadores estão sendo assassinados em postos de trabalho. Em compensa-ção a propaganda da prefeitura cresce cada vez mais, assim como o saláriodos privilegiados cargos comissionados.
Olhando nosso passado, vemos muitos avanços que conquistamos comluta e greve. Entre eles o plano de carreira dos educadores, a luta contra aterceirização dos cmei’s, a correção salarial, a aposentadoria especial paraquem trabalha em ambiente insalubre e o não desconto dos LTS´s para ser-vidores da saúde que estão no programa saúde da família.
Contudo ainda temos vári os desafi os: construção de novos planos decarreira com a cara dos trabalhadores, redução da carga horária acabar coma competitividade para progressão, impedir a terceirização dos armazéns dafamília, efetivação da permanênc ia dos educadores, entre outras.
Destas lutas elencadas vamos destacar a terceir ização dos agentesadministrativos dos armazéns da família. Para onde eles irão? E quem serãoos próximos? São pergunta que devemos fazer. Temos para o nosso futurodois caminhos. Ou nos acomodamos e vemos o desmonte do serviço públicoe das nossas carreiras, ou unidos lutaremos por valorização.
Não se esqueça. Você constrói esta cidade! Parabéns pelo seu dia.
Diretoria do Sismuc
Dia do Servidor Público
Coluna do Leitor
A respeito das mortes acontecidas de guardas municipais em local de traba-
lho, em minha opinião, os guardas não devem permanecer finais de semana 24
horas no mesmo local. Isso é estressante e o estresse nos leva, com frequência, a
tomarmos atitudes não normais, até agressiva com os munícipes. Não conhece-
mos o que a mente dessas pessoas (usuários) e o que ela poderá vir a articular
contra nós. Portanto, devemos tomar muito cuidado e evitar essas escalas
massificantes que prejudicam a nossa saúde mental. Quanto às demais US bases
é de se lamentar. O guarda trabalha desarmado, somente com a proteção de
Deus, porém, temos que levar em conta que o perdido, o alienado, o psicopata,
não está nem aí com Deus e com a consequência de suas atitudes. Matar é só
matar. Eles não conseguem imaginar que por trás daquela farda existe um ser
humano ou uma família. Tomar precauções é necessário. Quanto às chefias, só
dizem se precisar: “ligue que vamos te dar apoio em caso de ocorrência”. Per-
gunto: será que eles não sabem que uma pessoa derruba uma porta com um
pontapé e entre o saque de uma arma e o disparo da mesma leva cerca de 10
segundos? É, apóiam o guarda, o que geralmente acontece é que levam 10 minu-
tos para apoiar o falecido guarda. Que covardia!
Jamir dos Anjos Jeremias
Guarda Municipal
Guardas em risco cotidiano
m novo informativo do
Sismuc foi inaugurado no
mês passado. O jornal
intitulado “Curitiba de ver-
dade” é destinado à popu-
lação em geral e visa chamar a atenção
da sociedade para os problemas enfren-
tados pelos trabalhadores da prefeitura
da capital. As duas primeiras edições fo-
ram distribuídas em setembro, na Con-
ferência Municipal de Saúde e na audi-
ência pública que debateu a Lei Orça-
mentária Anual.Os informativos tratam da pouca
valorização profissional da gestão Beto
Richa e apontam a ne-
cessidade de investir no
servidor como forma
de melhorar a quali-
da de d o serviço
prestado.
“Nosso objeti-
vo é tornar público
os problemas que a
categoria vem en-
frentando pela ges-
tão atual da prefei-tura, que precariza
as condições de
trabalho e que re-
fletem em queda
na qualidade de
vida dos trabalha-
dores d evid o a
complicações re-
lacionadas com o
trabalho. Entre as
principais causas
estão o arrocho
salarial, políticas
de aumento deprodutividade,
baseadas em metas e remunerações va-
Sismuc investe na(in)formação pública
riáveis, terceirizações e falta de concur-
sos públicos para atendimento da cres-
cente demanda por serviços públicos
municipais”, explica Alessandra Cláudia
de Oliveira, secretária de comunicação
do Sismuc.
Um gráfico apresentado nos dois
veículos demonstra que Curitiba detém o
quarto maior orçamento das capitais do
país, mas fica em sexto lugar no que se
refere a gasto com pessoal. Outro dado
publicado é a média salarial dos servido-
res de Curitiba, que fica em sétimo lugar,atrás de Porto Alegre e Florianópolis,
ambas com menor arrecadação que a ca-
pital paranaense.
3Outubro de 2009
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Congresso 151
Convenção 151 no Senado projeto de decreto que
ratifica a Convenção 151
da Organização Interna-
cional do Trabalho (OIT)
tramita no senado fede-
ral, após aprovação no plenário da
Câmara dos Deputados. A medida re-
presenta um passo importante rumo à
regulamentação da negociação coleti-
va de trabalho no setor público brasi-
leiro e defesa de direitos sindicais. Caso
também seja aprovada pelos senado-
res, bastará apenas a assinatura do presi-
dente Lula para que o Brasil seja o 45º
país do mundo a ratificar a convenção.
Se não resolve os problemas do
sindicalismo no setor público, a Conven-
ção 151 consagra um patamar mínimo
de direitos aos servidores públicos que
devem ser respeitados. Por este motivo,
esta é uma das bandeiras históricas do
sindicalismo cutista que vem conquistan-
do avanços significativos no serviço
público desde a Constituinte de 1988.
Confira o que diz o art. 8ºA resolução dos conflitos surgidos a propósito da fixação das condições de
trabalho será procurada de maneira adequada às condições nacionais, atravésda negociação entre as partes interessadas ou por um processo que dê garan-tias de independência e imparcialidade, tal como a mediação, a conciliação oua arbitragem, instituído de modo que inspire confiança às partes interessadas.
ma pesquisa realizada
pela Secretaria de Im-
prensa e Comunicação
do Sismuc durante o 10º
Congresso Nacional da
CUT, rea lizado em agosto , revela
pontos positivos e negativos no de-
senvolvimento da central. A pesquisa
tinha por objetivo principal descobrir
o que os delegados do congresso pen-
sam sobre a representação sindical.
Foram entrevistados 80 delegados ale-
atoriamente.
A maior parte entende que os sin-
dicatos brasileiros são representativos,
sendo que essa capacidade se confere
pela quantidade de trabalhadores sin-
dicalizados e pelas negociações cole-
tivas de trabalho. Apenas 17% enten-
dem que a representatividade é asse-
gurada pela legislação sindical brasi-
leira. Sobre a posição da CUT no
sindicalismo brasileiro, a pesquisa re-
vela que 36% dos delegados enten-
dem que a CUT também representa
a sociedade. Parte disso se explica pelo
papel ampliado de representação que
a CUT ganha nos últimos anos, em
Pesquisa revela avançose desafios da CUT
decorrência de uma atuação política
mais propositiva, no que diz respeito
a governos e políticas públicas.
A respeito do governo Lula, os
delegados compreendem a necessida-
de de manter independência sindical
em relação ao governo. Porém, os
dados também apontam uma relação
de proximidade com o governo, que
conta com credibilidade por parte dos
delegados sindicais. A maioria dos en-
trevistados avalia positivamente o go-
verno federal.
Um dos pontos a se avançar ain-
da é sobre o perfil dos delegados. A
maior parte ainda é de homens. 74%
são homens, contra 26% de mulhe-
res. A idade média também é um fa-
tor preocupante, próximo dos 44
anos. No 5º Concut, por exemplo,
realizado em 1994, somente 28,6%
dos participantes tinham mais de 40
anos, enquanto que agora, seriam 65%
de delegados acima dos 40 anos. Es-
ses dados, de certa forma, demons-
tram uma dificuldade na renovação e
rejuvenescimento de delegados sindi-
cais no congresso da CUT.
Fessmuc prega uniãoiretores de sindicatos de
servidores municipais, re-
presentando 12 cidades
do estado, se reuniram no
último final de semana (9
a 12/10) para uma plenária da Federa-
ção dos Sindicatos de Servidores Mu-
nicipais do Paraná (Fessmuc). Um ca-
lendário de ações foi aprovado pelos
representantes, visando a preparação do
Congresso da Federação previsto para
ocorrer em agosto de 2010.
Dentre as principais iniciativas a
serem tomadas está o levantamento de
informações das condições da catego-
ria em todo o estado e organização de
trabalhadores em cidades onde ainda
não há sindicatos atuantes.
A secretária geral da Fessmuc e
servidora da prefeitura de Curitiba
Federação
Marilena Silva entende que a unificação
das campanhas fortalece as lutas dos tra-
balhadores. “A federação, como ente
maior, tem mais aderência na sociedade
ao representar o conjunto dos servido-
res municipais do Paraná”, aponta.
Além da plenária, também foi rea-
lizado um curso de formação sobre
negociação coletiva no serviço público
dirigido aos diretores dos sindicatos pre-
sentes. O curso foi promovido pela
Fessmuc em conjunto com a Internaci-
onal de Serviços Públicos (ISP), organi-
zação sindical que agrupa 635 sindicatos
filiados em 156 países.
Pelo Sismuc participaram Sueli Sou-
za, Marcela Bomfim, Patrick Batista, Irene
Rodrigues, Delurdes Franco, Daniel
Mittelbach, Juliano Soares, Alessandra
Oliveira e Salvelina Borges.
4 Outubro de 2009
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Participação
Direito
Plano de carreiras adequado no SUSsó sai com participação da categoria
elaboração do plano de
cargos, carreiras e salári-
os (PCCS) próprio dosservido res do Sistema
Único de Saúde (SUS) é,
hoje, o principal desafio dos trabalha-dores da saúde da prefeitura de Curitiba.
Uma comissão composta por mem-
bros do Sismuc e representantes da se-cretaria de rh e de saúde é responsável
pela formalização de um projeto a ser
enviado para votação na câmara.A construção do PCCS/SUS, no
entanto, deve ser uma tarefa coletiva,
defende a secretária de assuntos jurídi-
cos Irene Rodrigues. Sem a participa-ção dos trabalhadores, que conhecem
o cotidiano e a realidade dos locais de
trabalho, não há como construir umaproposta que contribua para resolver
os problemas da categoria. “A tendên-
cia é que a administração haja sem o con-sentimento dos trabalhadores, impondo
um plano sem atender as principais de-
mandas dos trabalhadores”, diz.A PMC está irregular perante a lei
federal 8.124/1990 ao incluir os servi-
dores do SUS no plano geral, previstona le i municip al 11.000. Além da
inadequação às necessidades específicas
desses servidores, o plano atual promo-
ve competição entre os trabalhadores,ao invés da solidariedade. Modelos
como esse são prejudiciais para os tra-
balhadores, que passam a trabalhar emambientes com péssimo clima social, in-
fluenciando, sobretudo, na saúde e no
rendimento desses profissionais.
O que defendemos- redução da jornada para 30 horas semanais
- recuperação das perdas salariais
- Instituição de piso e quadro salarial próprio
- incorporação das remunerações variáveis
- crescimento de níveis automáticos nas carreiras
- eleição direta para chefias- concursos públicos para contratação de servidores
Calendário dereuniões para
debate do plano
21/10 - 19 hrs , no Sismuc04/11 - 19 hrs , no Sismuc18/11 - 19 hrs , no Sismuc02/12 - 19 hrs , no Sismuc
Participe e ajude a construir o
Plano que nós queremos.
s avaliações de desempe-
nho do Sistema de Ur-
gência e Emergência de
Curitiba (Suec), revisadas
após quase um mês de
trabalhos, deve alterar a nota dos mais
de 40 servidores de Cmum’s prejudi-
cados. Dessa vez, uma comissão com-
posta também pelas diretoras do Sismuc
Irene Rodrigues e Sueli Araújo tratou
de averiguar a documentação que justi-
ficaria as notas dos trabalhadores abai-
Auditoria das avaliações do Suec está em fase finalxo de 6,9 pontos e que resultariam no
desligamento do Suec.
“Na grande maioria dos casos não
foram encontradas provas que justifi-
cassem às más avaliações” – diz Sueli
Araújo. “Entendemos que os servido-
res não podem ser prejudicados por
um processo viciado como foi esse que
estava em desacordo com o que prevê
o decreto 744/2007”, complementa.
Quando os resultados foram di-
vulgados, no final de agosto, o Sismuc
orientou os servidores para que entras-
sem com recurso, solicitando uma re-
visão dos processos. Do total, 17 con-
testaram os resultados formalmente.
Dentre os principais problemas esta-
vam ausência dos representantes dos
trabalhadores na pré-avaliação, fichas
preenchidas antecipadamente, sem a
presença do servidor, e inexistência de
reclamações de usuários. A pressão do
sindicato e dos trabalhadores fez com
que a prefeitura voltasse atrás e garan-
tisse uma auditoria nas avaliações do
Suec com a participação de represen-
tantes do Sismuc.
O relatório final da comissão deve
ser publicado até o final de outubro e
será encaminhado para a superintendên-
cia da Secretaria Municipal de Saúde, res-
ponsável por um parecer final. Após isso,
os servidores que se sentirem prejudica-
dos terão mais 30 dias para contestações.
Até lá, os efeitos punitivos das avaliações
de desempenho ficam em suspenso.
5Outubro de 2009
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terceira morte de guar-
da municipal de Curitiba,
assassinado por motivos
relacionados à atividade
profissional, nos últimos
quatro meses, levanta questões sobre as
condições de trabalho desses servido-
res. São vidas que se perdem devido
ao cumprimento do dever deixando
famílias desoladas, amigos estarrecidos
e colegas em pânico.
Essa, aliás, tem sido a palavra uti-
lizada pela categoria para descrever o
sentimento sobre a atividade profissi-
onal. No relato desses trabalhadores,
durante assembleia realizada no último
dia 14, no Sismuc, o que se percebe é
uma série de condicionantes que aju-
dam a explicar a razão dos assassina-
tos. E não é acidente, infelicidade, nem
tampouco responsabilidade do próprio
guarda que foi assassinado como que-
rem fazer crer algumas chefias da se-
cretaria de defesa social.
“Na minha rua todos sabem que
eu sou guarda municipal. Eu sou um
alvo para o bandido, o marginal. Eu
trabalho 24 horas por dia, porque quan-
do coloco o pé na rua, para ir ao tra-
balho, eu já estou trabalhando, estou
fazendo um trabalho de proteção so-
cial, porque estou com a farda. Sem
falar das ameaças de bandidos, com as
quais temos que conviver todos os
dias”, disse um guarda presen te à
assembleia.
Tudo isso, aliado á baixa remune-
ração, uma das menores de todos os
segmentos da prefeitura, jornadas ex-
tenuantes, ampliadas pelas horas extras
e plantões, à falta de capacitação e trei-
namento e às péssimas instalações e
condições as quais são submetidos os
guardas. Um deles chegou a relatar que
Em defesa daprópria vida
Basta
Assassinatos de guardas municipais colocam condições e a gestão de trabalho em questão
não aguenta ficar em pé, às três horas
da manhã, sem lugar próprio para des-
canso, material de higiene, sem alimen-
tação ou lugar para comer e sujeito à
ação de ladrões.
Trocas de tiro são comuns para
esses profissionais que tem que enfren-
tar grupos de bandidos ou conflitos nos
equipamentos públicos em dupla ou,
às vezes, sozinho.
Intransigência
Na regional do CIC, um dos lo-
cais mais perigosos, onde o guarda
Aparecido José de Souza recentemen-
te foi assassinado, houve uma reunião
convocada pelo Sismuc com represen-
tantes da guarda e da polícia militar, na
semana passada. O objetivo era resol-
ver o problema emergencial de servi-
dores que estão sendo ameaçados por
bandidos. Por isso, solicitou-se que a PM
intensifique as rondas na região e que
os assassinos sejam presos. A diretoria
do sindicato tem consciência que essa
medida não resolve o problema da vi-
olência no bairro, mas ressalta a neces-
sidade de construção de políticas pú-
blicas e fóruns de debate que envolva
comunidade, pm´s, guardas e demais
funcionários dos equipamentos públi-
cos.
Intransigente, Cubas afirmou que
o assassinato teria sido culpa do pró-
prio guarda, por “negligência”. Esse,
aliás, tem sido o argumento utilizado
pela administração municipal e pela PM
para se desresponsabilizar de um pro-
blema grave que tem custado a vida de
trabalhadores.
“Isso é inaceitável, porque a pre-
feitura não dá condições adequadas de
trabalho e quando acontece uma tra-
gédia afirma que a culpa é do trabalha-
dor”, diz Alessandra Cláudia de Oli-
veira, diretora do Sismuc.
Parte dos problemas também de-
corre das imposições das chefias aos
trabalhadores. Qualquer reclamação ou
sugestão dos guardas tem sido encara-
da de forma ofensiva pelas chefias, que
respondem com punições, como trans-
ferências para locais mais perigosos. A
“mordaça” tem obrigado os trabalha-
dores a “mendigarem” por melhores
condições de trabalho, competindo en-
tre si para evitar situações ainda piores.
Três mortes em quatro meses
O guarda municipal Aparecido José
de Souza, 57 anos, foi executado den-
Guardas reu nidos em assemb leia organizam ações d a categ oria
tro do Cmum da Vila Barigui, Cidade
Industrial, no dia 24 de setembro. Os
guardas Mauro César Carvalho e Re-
nato César Rodrigues do Nascimento
foram assassinados em junho e julho,
respectivamente. O primeiro morreu no
cumprimento do serviço e o segundo
foi assassinado em casa com suspeitas
de represálias pela atividade profissio-
nal.
Mobilização
Intitulada “Ato em defesa da vida
dos trabalhadores”, uma manifestação
ocorre dia 17, às 11 horas, na Boca
Maldita.
O Sismuc vem realizando reuniões, a partir do coletivo dos guardas
municipais, para debate do plano de cargos, carreiras e salários próprio
para esses profissionais. A proposta vem sendo elaborada com o intuito
de apresentá-la à secretaria de defesa social, conforme definido em mesa
de negociação. Questões salariais, condições de trabalho, atribuições da
profissão, entre outros fazem parte da pauta. A próxima reunião ocorre
no dia 28 de outubro, às 19 horas, no Sismuc. Informações 3322-2475.
Reuniões do coletivo da guarda
6 Outubro de 2009
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Irresponsabilidade
m meio a um debate po-
lêmico e a uma votação
apertada, a prefeitura de
Curitiba garantiu a anu-
ência da maioria do Con-
selho Municipal de Saúde (CMS) para
assinatura de con vênios com pres-
tadoras de serviços. A decisão foi to-
mada em setembro e dá sinal verde
para a administração manter a tercei-
rização de atendimento médico e hos-
pitalar. Dentre os principais problemas
está o fato de que os conselheiros não
tiveram acesso às minutas dos contra-
tos, ou seja, aos detalhes e à redação
dos documentos que serão assinados.
O diretor do serviço de urgência
e emergên cia da secretaria Mateus
Chomatas foi um dos que mais defen-
deu a terceirização. Quando questiona-
do sobre os valores dos reajustes dos
contratos a serem assinados, disse que
ficariam em torno de 10 ou 12%. So-
bre os novos contratos, ainda não há
valor definido, revelando que a prefei-
tura não tem um controle exato dos
gastos financeiros com a terceirização.
Richa ganha cheque em brancopara terceirização na saúde
Convênios com prestadoras de serviços saem mais caro do que a contratação direta
Mas não foi apenas o acesso às
minutas o que foi negado. A conselheira
Juliana Mittelbach, representante dos
trabalhadores pelo Sindsaúde, solicitou
que constasse nos novos convênios a
obrigatoriedade de disposição de infor-
mações à população sobre direitos dos
usuários e deveres das prestadoras. La-
mentavelmente, ouviu de Chomatas que
os conselheiros não poderiam propor
alterações nos contratos.
Estudo realizado pela diretoria do
Sismuc, em conjunto com o Dieese,
aponta que a terceirização dos serviços
sai mais caro do que o investimento
direto da prefeitura em serviços de saú-
de. O contrato com o Hospital Cajuru,
por exemplo, para a cessão de médi-
cos ao Cmum Boqueirão (o equivalen-
te a 252 horas médicas diárias no ano),
custou aos cofres públicos R$ 6 mi-
lhões, em 2007. Se a prefeitura contra-
tasse a mesma quantidade de médicos
para cumprir as mesmas 252 horas
médicas por dia, por meio de concur-
so público, o gasto, naquele ano ficaria
próximo de R$ 2,5 milhões, contando
as contribuições previdências e remu-
nerações variáveis. Ou seja, neste caso a
terceirização custou 140% a mais do que
a contratação direta para o município.
Ainda não há prazo definido para
a assinatura dos convênios. Segundo in-
formações da secretaria de saúde, os
contratos serão primeiramente negoci-
ados com as prestadoras.
Richa na mira dajustiça por Caixa 2
Os R $ 5,6 milh ões a qu e
Curitiba tem direito para investir na
área da segurança podem não en-
trar nos cofres públicos. A verba vem
do Programa Nacional de Seguran-
ça de Cidadania (Pronasci). O pro-
blema é que se a prefeitura não mos-
trar resultados práticos do progra-
ma nos próximos meses, o governo
federal vai cancelar o investimento
na cidade.
Preocupados com essa possibi-
lidade, alguns vereadores já haviam
convocado uma reunião com secre-
tários municipais na semana passa-
da. Eles garantiram que os vereado-
res estavam enganados e que o di-
nheiro do Pronasci já é utilizado em
alguns projetos. De acordo com o
vereador Pedro Paulo, do PT, esse
argumento não convenceu.
Os vereadores da comissão de
segurança pediram mais uma reu-
nião. Dessa vez o convidado foi o
coordenador nacional do Pronasci
Francisco Rodrigues. Ele garantiu que
não existe uma pressão em cima das
cidades, mas que se o dinheiro não
for bem utilizado, Curitiba pode sim
perder o investimento.
Para não correr riscos de ficar
sem o dinheiro do Pronasci, Curitiba
precisa apresentar resultados práti-
cos dos investimentos do programa
até o começo de novembro.
Fonte: CBN
Investigação
denúncia realizada em
junho, de que a campa-
nha de Beto Richa teria
realizado Caixa 2, isto é,
não teria declarado di-
nheiro utilizado na campanha eleitoral,
está ganhando atenção da justiça. No
parecer do procurador regional eleito-
ral Néviton Guedes as investigações
apontam a prática irregular no financi-
amento do Comitê Lealdade. Nesse
mesmo local foram gravadas imagens
de compra de apoio de ex-candidatos
do PRTB à candidatura de Richa.
Dent re a s qu estõ es a serem
investigadas está a origem do dinheiro
que aparece nos vídeos, utiliza-
do para a compra dos ex-can-
didato s. Em ma térias p u-
blic adas n as semanas sub-
sequ en te s à d ivulgação d os
vídeos, declaração de gastos de cam-
panha de Richa, assinado por seu ir-
mão José Richa Filho, apontava para
um valor muito parecido com o que
havia sido gasto no Comitê Lealdade
para compra dos ex-candidatos.
O parecer de Guedes foi encami-
nhado ao Ministério Público do
Paraná, que agora investiga a re-
alização do Caixa 2 na campa-
nha de Beto Richa.
Administraçãoerra e podeperder verbafederal
PatinandoCompare*
Terceirizar émais caro
R$ 6.012.000,00É quanto foi pago ao HospitalCajuru, em 2008, para atendi-mento no cmum Boqueirão.
R$ 2.558.559,40É quanto a prefeitura gastariase contratasse funcionário por
concurso, em 2008.
7Outubro de 2009
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Posição
m reunião na Fiesp, em
setembro, Beto Richa di-
vulgou seu modelo de
gestão pública neoliberal.
Como carro-che fe da
política de intensificação do trabalho
aplicado na prefeitura, ele apresentou
o “contrato de gestão”, um planeja-
mento para cumprimento de metas
visando redução de investimentos com
trabalho. O que o prefeito não fala é
que para atingir suas metas precisou
aumentar a carga de trabalho sobre os
servidores, terceirizar serviços, arro-
chando salários e negando a abertura
de concu rsos públicos p ara con-
tratação de pessoal, apesar do aumen-
to da demanda. Ou seja, mesmo com
o empenho dos trabalhadores, o pre-
feito não reconhece o esforço da cate-
goria, os principais interessados no ser-
viço público.
A reunião em que Richa se pro-
nunciou foi organizada pelo Movi-
Prática de exploração dotrabalho da PMC vira exemplopara classe patronal
Não adianta tentar esconderPesquisa
Pesquisa revela contradições na gestão de pessoal
ma pesquisa divulgada
pelo Departamento In-
tersindical de Estatísticas
e Estudos Sócio-Econô-
micos (Dieese), no último
dia 14, abre a caixa preta de informa-
ções da atual administração e traça o
perfil dos servido res municipais de
Curitiba. O acesso às informações do
quadro geral dos servidores é uma das
principais dificuldades da diretoria do
Sismuc. Apesar dos insistentes pedidos
de informação e da cobrança por mai-
or transparência e participação na ges-
tão, não houve boa vontade da PMC.
Por esse motivo, pesquisas como essa,
ainda que não contenham todos os
dados necessários para que se conheça
detalhadamente a realidade, são impor-
tantes mecanismos de informação para
a elaboração da estratégia sindical e da
construção das lutas por melhores con-
dições de trabalho.
Somando os profissionais em edu-
cação e as demais ocupações, a prefei-
tura conta com 31.415 funcionários.
Desse total, a maioria, 52,73% possu-
em ensino superior completo e outros
34,28% possuem ensino médio com-
pleto.
A maior parte da categoria, 7.667
trabalhadores, estão enquadrados como
escriturários em geral, agentes, assisten-
tes e auxiliares administrativos. A média
salarial desse pessoal é de R$ 1.944,20,
somando-se as remunerações variáveis
e benefícios.
Outro dado que surpreende é a fe-
minilidade do serviço público e, ao mes-
mo tempo, as discrepâncias quando o
assunto é a remuneração entre pessoas
de sexos difernetes. O estudo do Dieese
revela que 77,43% da categoria são mu-
lheres com uma média salarial de R$
2.197,95. Enquanto que o sexo oposto,
(22,57%) mantém uma média salarial
bem superior, na faixa de R$ 2.631,99.
Os quase R$ 500,00 a menos pagos às
mulheres apontam para a necessidade
de igualdade de direitos que também
não é praticado no serviço público mu-
nicipal curitibano.
Os dados utilizados pelo Dieese
são da Relação Anual de Informações
Sociais (Rais), portanto, deve-se levar em
consideração que algumas informações
como as remunerações variáveis, que
compõem até 50% dos salários não es-
tão discriminadas e são contabilizadas
como salários.
mento Brasil Competitivo, fortemente
ligado ao PSDB. Trata-se de uma orga-
nização empresarial que visa difundir
práticas com o objetivo de aumentar a
produtividade com redução de custos.
Richa também mentiu quanto dis-
se que sua administração ouve todos os
segmentos da sociedade. Não há regis-
tro, por exemplo, de reuniões para de-
bate do planejamento político para
Curitiba, em que o Sismuc ou os servi-
dores tenham sido convidados. No mês
passado a PMC divulgou planos de in-
vestimentos para 2010, mas em nenhum
momento é citado o plano de gasto
com pessoal.
Rodrigo da Rocha Loures, presi-
dente do Sistema Fiep, organização que
representa o empresariado paranaense,
é um dos que declarou seu apoio fer-
voroso a Richa. Ele defendeu as parce-
rias público-privadas e as políticas de
precarização do serviço público, reves-
tidas de “modernização”.
Junto com o presidente da Fiesp. De que lado Beto Richa está?
8 Outubro de 2009
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Justiça
juiz João Henrique
Coelho, da segunda
va ra d a fa zend a,
acatou o pedido do
Sismuc e decidiu
pela manutenção da gratificação
dos servidores do PSF afastados
por mais de 90 dias por proble-
mas de saúde. A decisão, publicada
no dia 23 de setembro, vai contra
o decreto municipal 1.271/2008,
assinado por Beto Richa, que vi-
sava o corte dessas gratificações
Sismuc garante pagamentodas gratificações no PSF
nos casos de licença para tratamen-
to de saúde.
Na avaliação da diretoria do
Sismuc, a decisão é também um
reconhecimento ao direito de li-
cença-saúde sem o corte de remu-
nerações variáveis. A medida pode
ser u m argument o a mais p ara a
luta dos servid ores munic ipais
pelo direito ao afastamento sem
perdas nos ganhos mensais, como
ocorre na maioria das secretarias
da PMC.
Contas do Sindicato
O Sismuc buscou a negoci-
ação com a administração desde
maio deste ano, mas não houve
disposição dos representantes da
PMC para isso.
Imposições como essas tem
obrigado servidores, mesmo do-
entes, a trabalhar, implicando em
uma piora nas condições de saú-
de da categoria. Parte do proble-
ma é potencializado pelos baixos
salários complementados com as
remunerações variáveis.
Por que a presidência dificulta o trabalhodos representantes dos servidores?
Projeto
Avança PL que obriga informar tentativas de suicídio
assessoria jurídica
do Sismuc proto-
colou, no último dia
15, um pedido de
providências à Or-
dem dos Advogados do Brasil
(OAB) devido à intransigência do
presiden te do IPM C Walmor
Trentini. Nas últimas reuniões do
conselho de administração o ad-
vogado Ludimar Rafanhim tem
sido impedido de participar e,
assim, exercer seu papel integral
como assessor sindical.
“Ocorre que a presença do
assessor jurídico nas reuniões nun-
ca foi questionada até o momen-
to em que surgiram divergências
quanto ao conteúdo de alguns con-
tratos e demais atos da Diretoria
Executiva do IPMC”, diz o do-
cumento.
Nas últimas reuniões do ins-
tituto uma série de questões vêm
sendo levantadas pelos represen-
IPMC
comissão de cons-
tituição e justiça e de
cidadania (CCJ) do
congresso nacional
aprovou o projeto
de lei 498/07, que obriga os hos-
pitais da rede pública e privada a
informar ao órgão público de saú-
de - estadual ou municipal - os ca-
sos de atendimento a pessoas com
diagnóstico de tentativa de suicí-
dio.
Apresentada pelo deputado
Dr. Rosinha (PT-PR), a proposta
foi aprovada em caráter conclusi-
vo e, se não houver recurso, segui-
rá para o Senado.
O texto determina que a no-
tificação seja feita em 72 horas,
contadas a partir do atendimen-
to médico, sob pena de respon-
sabilidade administrativa, civil e
criminal.
Fonte: Imprensa Dr. Rosinha
Denúncia c hega à OAB
tantes dos trabalhadores (Sismuc e
Sismmac). Algumas delas apontam
suspeitas de irregularidades que
merecem investigações. Diante dis-
so, o conselho administrativo, no
qual a maioria é indicada pela ad-
ministração municipal, vem dificul-
tando os trabalhos de representa-
ção sindical.
Um dos argumentos utiliza-
dos pelos sindicatos para questio-
nar a decisão do Trentini é que o
regimento interno do IPMC não
poderia contrariar as leis muni-
cipais, estatuto do IPMC e jamais
o artigo 7º da Lei Federal 8906/
1994, que trata dos direitos dos
advogados.
Os sindicatos aguardam re-
torno da OAB e se mantém fir-
mes na apuração de informa-
ções.
9Outubro de 2009
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LGBT
Quais são os principais desaf ios
hoje para o movimento LGBT’s?
Eu creio que nós temos que focar to-
das as energias do moviment o no
Legislativo. Precisamos de leis munici-
pais, estaduais e federais que garantam
a plena cidadania de lésbicas, gays, tra-
vestis, transsexuais, não importando a
identidade de gênero ou orientação
sexual, porque só com essas garantias
no Legislativo é que poderemos co-
brar políticas efetivas do executivo.
Quer dizer, é uma via
institucional.
Exatamente. E outro de-
safio para o movimento
LGBT’s é um que nós já
começamos a quebrar.
Era a grande muralha
que existia entre os diver-
sos movimentos sociais:
o movimento feminista,
o movimento sindical, o movimento
negro, que por mu ito tempo foram
fecha do s p ara o moviment o
LGBT’s. E o comb ate à homofobia,
transfobia e lesbofobia é dever de to-
das e todos. Essa integração entre os
movimentos não va i ser boa apenas
para o movimento LGBT’s, e la vem
a fortalecer vários outros, como o de
mulheres e o sindical. Usando aquele
ditado mais do que gasto, eu creio que
a união faz a força e quando começar-
Ativista dosdireitos humanosdefende de leispara barrardiscriminação
oordenador Estadual da Associação Paranaense daParada da Diversidade (APPAD), o ativista do movi-
mento Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT’s)Marcio Marins, fala dos desafios em busca de cidadania.Natural do Rio de Janeiro, onde atuou em defesa dos
direitos humanos, foi perseguido pelo exército e foi obrigado a serefugiar por cerca de 6 meses. Em Curitiba desde 2006, Marins, aos37 anos, fala dos desafios e conquistas do movimento LGBT’s.
mos a caminhada mais unidos tendemos
a conquistar espaço com mais facilida-
de.
Você já foi vítima de preconceito.
De que forma se elimina isso da so-
ciedade?
Nós sabemos que Curitiba é uma cida-
de muito tradicional, muito conserva-
dora. O estado do Paraná vem a rebo-
que. Apesar desse conservadorismo da
sociedade curitibana, nós já temos al-
gumas boas parcerias com determina-
dos setores, porém, no
que diz respeito à segu-
rança pública, nós pre-
cisamos urgentemente
de qualificação profissi-
onal. Eu creio que o úni-
co caminho são oficinas
de direitos humanos na
guarda municipal e com
todas as suas nuances,
com o direito do negro, da mulher, do
jovem e do adolescente, dos gays, lés-
bicas, travestis e transexuais. Para que
ninguém passe por cima de direitos, que
são fundamentais.
Num campo mais amplo, da socie-
dade em geral, como a gente com-
bate o preconceito, quer dizer, como
você rompe algumas barreiras que
ainda persistem? Você acredita na
educação, por exemplo?
Acredito na educação, estamos em um
ponto que ainda tem salvação. Eu creio
que a educação e a cultura são grandes
ferramentas que devem ser utilizadas
para banir de uma vez por todas qual-
quer tipo de preconceito e discrimina-
ção, mas, se políticas públicas não fo-
rem aliadas a leis que garantam esses
direitos, eu creio que vai faltar um
“cumpra-se”. São duas ferramentas
que devem ser utiliza-
das na defesa dos di-
reito s humano s, no
combate de qualquer
tipo de discriminação
ou preconceito, mas,
aqui em Curitiba, pre-
cisamos urgentemente
de leis municipais. Ver-
go n h o s a m en t e ,
Curitiba está fora das
17 c ap it ais qu e
proibem discriminar qualquer cidadão.
E não é por falta de movimentação ou
por falta de atuação da sociedade civil
organizada.
Essa questão da lei foi abordada na
Parada da Diversidade, realizada no
mês passado.
O tema da parada desse ano foi “Seus
direitos, nossos direitos, direitos huma-
nos”. É um tema amplo baseado nos
direitos humanos que é previsto na nos-
sa constituição, garantido em qualquer
carta de princípios e tratados internaci-
onais. Nós precisamos, de fato, ter um
caráter político na parada, porque é a
maior manifestação de visibilidade que
nosso movimento tem. Tem muita fes-
ta, mas é ali que dizemos: nós exis-
timos, estamos aqui e temos direito. A
parada curitibana já tem essa caracterís-
tica de ser muito politizada e na qual a
so ciedad e em gera l vai. A fa mília
curitibana vai à parada. O que é um
paradoxo. Nós temos uma sociedade
que é muito conservadora, mas temos
um grupo que vai à parada da diversi-
dade despida de qual-
quer preconceito ou dis-
criminação. São famílias
inteiras, gerações e gera-
ções. Avós com avôs,
filh os, ca rrin ho s de
bebê . A pa ra da d e
Curitiba tem essas duas
características que são
mu it o marca nte s. É
politizada e familiar.
Como está esse debate da lei contra
homofobia?
Já foi apresentada uma vez. Não pas-
sou. Ela vai ser rea presentada. Se ti-
rarmos como parâmetro a última pro-
posiçã o de projeto de lei que tinha
como temática LGB T´s, nós temos 8
vereadores, sendo que precisamos de
19 votos.
E quanto ao apoio, quem são os prin-
cipais vereadores?
Olha, qu em tem estado co nosco: a
vereadora Josete, o Stica, o Pedro Pau-
lo, o Algaci Tulio, a Julieta Reis, o Tico
Kusma e o Jair Cesar. Mas ainda tem
muito que se fazer.
no que diz respei-to à segurança
pública, nós pre-cisamos urgente-mente de qualifi-
cação profissional
educação e a cultu-ra são grandes
ferramentas quedevem ser utiliza-das para banir deuma vez por todasqualquer tipo de
preconceito ediscriminação
10 Outubro de 2009
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Curtas
Greve bancáriosMesmo diante de uma das maiores mobilizações nacionais já vistas em sua
história, a Caixa Econômica Federal não se movimentou para a apresentação
de uma nova proposta aos trabalhadores. Com isto, já são mais 20 dias de
greve em todo o país.
Para os dirigentes sindicais, a empresa se movimenta na direção contrária de
qualquer possibilidade de consenso, pois permanece calada, mantendo a pro-
posta insuficiente e sua postura irresponsável.
Fonte: Imprensa Seeb/Ctba
Greve correiosOs trabalhadores dos Correios no Paraná participaram do movimento
grevista que chegou a todo o país. O movimento garantiu um reajuste de
9%, mais R$ 100 de abono, 4% a mais do que havia sido oferecido inicial-
mente pela empresa. O Sindicato dos Correios do Paraná defendia a
continuação da greve, pois não houve recuperação salarial e o acordo é por
dois anos.
Fonte: Imprensa Sintcom-PR
IBGE: desigualdade no campoDe acordo com dados do Censo Agropecuário 2006, divulgado pelo Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desigualdade na distribuição
de terras permaneceu inalterada nos últimos 20 anos.
Enquanto as unidades rurais com até 10 hectares ocupam menos de 2,7% da
área total dessas unidades, a fatia ocupada pelas propriedades com mais de
mil hectares concentram mais de 43% da área total.
Essa realidade é a mesma indicada nos Censos Agropecuários de 1985, 1995-
1996 e 2006.
Fonte: Imprensa IBGE
ais de 100 pessoas, re-
presentando 30 entida-
des, participaram, no úl-
timo dia 6, no Espaço
Cultural dos Bancários,
da Conferência Livre de Comunica-
ção de Curitiba. Diretores do Sismuc
também estavam presentes.
Foram aprovadas moções em
defesa do diploma para o exercício
do Jornalismo e da criação do Con-
selho Federal de Jornalismo como
meio de garantir o contraditório na
imprensa. Foram aprovadas, ainda,
teses em defesa do controle social da
mídia, do acompanhamento demo-
Dia 11, em Brasília, tem luta pela redução da jornada40 Horas
Curitiba realiza ConferênciaLivre de Comunicação
Democratização
crático e transparente das concessões
de radiodifusão, a regulamentação da
norma co nstitucional da comple-
mentaridade dos sistemas estatal, pú-
blico e privado, da regulamentação
dos serviços de banda larga, para que
o acesso a eles não fique submetido
tão-somente às variáveis econômicas.
As proposições serão apresenta-
da na Conferência Estadual de Co-
municação, marcada para ocorrer en-
tre os dias 6 a 8 de novembro, no Canal
da Música. Mais informações no en-
dereço www.proconferenciaparana.
com.br.
Fonte: Imprensa CUT-PR
CUT e as centrais sindi-
cais realizam no dia 11 de
novembro a 6ª Marcha
da Classe Trabalhadora -
principal mobilização do
movimento sindical brasileiro desde
2004, quando foi realizada a 1ª Mar-
cha Nacional do Salário Mínimo.
Neste ano de 2009, a 6ª marcha
tem como principal bandeira a redu-
ção da jornada de trabalho sem redu-
ção de salários. A mobilização visa pres-
sionar o congresso nacional para que
aprove ainda este semestre o projeto de
lei que reduz de 44 para 40 horas sema-
nais a jornada de trabalho.
Uma caravana de sindicatos para-
naenses deve seguir de Curitiba à Bra-
sília. Interessados entrar em contato pelo
telefone 3322-2475.
Desigualdade
Fome atinge mais de 1 bilhãoais de um bilhão de pes-
soas, cerca de um sexto
da população mundial,
sofre com a subnutrição
de acordo com o relató-
rio anual da ONU.
O número de pessoas que sofre
com a fome estava crescendo antes
mesmo da crise econômica mundial,
mas depois a situação piorou mais.
“A FAO estima que 1,02 bilhão de
pessoas estão subnutridas no mundo
todo em 2009”, diz o documento, di-
vulgado na sede da organização, em
Roma. “Isto representa mais pessoas
com fome do que em qualquer outra
época desde 1970 e uma piora das ten-
dências que já estavam presentes antes
mesmo da crise econômica”.
Fonte: BBC Brasil
11Outubro de 2009
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Coletivo de Saúde Coletivo de Educação
O que somos
Mesa de abertura da Conferência deSaúde: muito gestor, pouco trabalhador.
Os conselhos municipais são espaços conquistados pela sociedade.São instrumentos da democracia participativa que podem capacitartécnica e politicamente os representantes da sociedade e dos governos.Ajudam a superar as práticas clientelistas e burocráticas, além de terpotencial para assumir um papel propositivo. É neste intuito quetrabalhadores/as da saúde estiveram presentes na 10ª ConferênciaMunicipal da Saúde de Curitiba, realizada no dias 27, 28 e 29 desetembro, no Colégio Estadual do Paraná.
Infelizmente não foi o caráter democrático e popular que prevale-ceu nesta conferência, mas os interesses eleitoreiros que fazem desseespaço cada vez mais institucionalizado. “Perguntamos a nós mesmoaté quando vamos permitir que esse fórum seja uma comédia? Ocontrole e social é coisa séria, principalmente na Saúde. É preciso queos usuários abram os olhos, pois há representantes no conselhovotando contra os princípios do SUS!”, alerta Sueli Souza, diretora doSismuc.
Um dos debates realizados pelo sindicato é de que trabalhadorese usuários estão do mesmo lado. As dificuldades dos usuários sãotambém as dificuldades dos trabalhadores que, para oferecer umserviço com o mínimo de qualidade no atendimento têm que “tirarleite de pedra”. Um dos principais problemas atualmente é o assédiomoral das chefias que não valorizam o trabalho dos servidores dasaúde por um lado e, de outro, intervêm na democracia da Conferên-cia para não aprovarem nada que beneficie os trabalhadores.
“Foi evidente a cooptação, as manobras nas falas, sempre colo-cando obstáculos nas nossas propositivas de grupo, cujo objetivo foidesconstruir nossa luta em prol de um SUS mais efetivo e de qualida-de”, avalia Suely. Exemplo claro disso foi quando a gestora Ana PaulaPenteado fez a defesa da não incorporação das remunerações variá-veis, alegando que os prêmios são uma forma de quantificar o traba-lho dos servidores/as e mensurar suas capacidades.
Por mais autonomia noConselho Municipal de Saúde
Coletivo de Aposentados
Em reunião realizada no último dia 28, no Sismuc, o Coletivo de
Aposentados teve a oportunidade de debater e tirar dúvidas sobre o
IPMC e o ICS.
A diretora do Sismuc Irene Rodrigues, que representa os traba-
lhadores no Conselho de Administração do IPMC, abordou o tema
e esclareceu dúvidas dos servidores. Na reunião ficou claro que a
partir da lei 9.626 de 1999 houve uma separação entre assistência à
saúde dos servidores e sua previdência. O IPMC foi criado com a
missão de cuidar da aposentadoria e pensão dos servidores munici-
pais, que contribuem com 11% de seus vencimentos para o fundo
previdenciário, enquanto que o ICS ficou com a responsabilidade de
atenção à saúde da categoria, que tem desconto atualmente de 3,14%
para o instituto.
O Coletivo convida todos e todas os/as aposentadas/os para a
próxima atividade, marcada para dia 26 de outubro, às 14 horas, no
Sismuc. O tema principal é o intercâmbio com outros coletivos de
aposentados de vários sindicatos. Essa é uma oportunidade não
apenas para fazer novos amigos, mas também de conhecer a luta de
outros trabalhadores pela melhoria da qualidade de vida.
Esclarecimentos eencaminhamentos
Veias que correm com alegria
Nesse corpo dilascerado pela injustiça
Antes de tudo busco cidadania
Em Curitiba que se faz mestiça.
Luto por um melhor ordenado
Busco saúde, respeito e dignidade
Queria ver você do meu lado
Pois construimos esta cidade.
De pequenos futuros cidadãos
Ou da família sem nenhum tostão
Vamos lá!
Vamos dar as mãos
E mostrar que todos somos irmãos.
Quem luta faz mais que a história
Faz muito mais que vencedores
Por isso irá ficar gravado na memória
Que somos todos EDUCADORES.
Uma homenagem do Sismucaos educadores curitibanos.
16/10 Dia do Educador
12 Outubro de 2009
Resenha:
Coluna Cultural
Agende-se
17/10 - Ato em defesa da vi dados tr abalhador esHor ário: a partir das 11 horasLocal: Boca M aldi ta
21/10 - Reunião do PCC S/SUSHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc
26/10 - C oleti vo de aposentadosHor ário: 14 hor asLocal : Sismuc
27/10 - R eunião der epresentantesHor ário: 9 e 14 hor asLocal : Sismuc
29 a 30/10 - IX C ongr esso doSi smmacLocal: Colégi o Estadual Bar ãodo Rio Branco
30/10 - Baile dos Servi dor esHor ário: a partir das 22 horasLocal : Soc iedade Universal
04/11 - R euni ão do PC CS/SUSHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc
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Sinopse: Para entendermelhor o Brasil Sindicalismo no
setor público mais badalada obra brasileira das
ciências humanas do início do sécu-
lo passado, o livro “Casa grande e
senzala”, lançado em 1933, garantiu reconhecimento mundial a
um dos maiores sociólogos brasileiros. O pernambucano Gil-
berto Freyre descreveu melhor do que ninguém a miscigenação dos povos
que consolidaram a nação brasileira. O livro e a vida de Gilberto Freyre são
retratados em um documentário di-
rigido por Nelson Pereira dos San-
tos, dividido em três partes. Ao con-
trário de uma compreensão natura-
lista sobre a mistura de raças, Freyre
mostra um país marcado pela vio-
lência cultural dos europeus sobre ín-
dios e negros. Seus críticos, no en-
tanto, apontam que ele não teria
apresentado de forma incisiva o pro-
cesso de imposição física europeu,
tendo sido acusado como defensor
de um conceito de democracia raci-
al. Ainda assim, é uma obra impres-
cindível para responder questões atu-
ais do Brasil, sobretudo para a com-
preensão do desenvolvimento cul-
tural popular.
liberdade desfigurada” é, possivelmente, o primeiro estudo pu-
blicado no Brasil exclusivamente sobre o sindicalismo no setor
público. A obra de Arnaldo Nogueira traz uma análise comple-
ta das políticas neoliberais que impactaram sobre os trabalha-
dores e sindicatos durante o governo FHC. Mas, antes disso,
também apresenta um estudo histórico significativo sobre a organização dos
trabalhadores do setor público que, até 1988, eram impedidos de se sindicali-
zar e de criar seus próprios sindicatos. Trata-se de um livro fundamental que
toma o estudo de vários casos de sindicatos de servidores públicos, com
ênfase na realidade de São Paulo. O estudo é base
para qualquer debate, seja acadêmico ou político,
sobre concepções de sindicato nessa área. Sua lei-
tura já é uma atividade de formação completa.
Ficha:
NOGUEIRA, Arnaldo. A Liberdade desfigura-
da: a trajetória do sindicalismo no setor público
brasileiro. São Paulo: Expressão Popular, 2005.
Este livro po de ser ad quirido pelo end ereço
www.expressaopopular.com.br, ao custo de R$
13,00.
“
06 a 08/11 - Conferênc ia Estadualde C omunicaçãoLocal: Canal da Mús ica
07 a 10/11 - 3ª Etapa do curso deag ente multi plicadores do dir eito àsaúdeLocal : Passo Fundo- RS
09/11 - Coletivo de SaúdeHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc
11/11 - 6ª Mar cha em BrasíliaLocal: Br asíl ia
18/11 - R euni ão do PC CS/SUSHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc
23/11 - C oleti vo de aposentadosHor ário: 14 hor asLocal : Sismuc
24/11 - R eunião der epresentantesHor ário 9 e 14 horasLocal : Sismuc