quantosainda morrer�o...deus , por�m, temos que levar em conta que o perdido, o alienado,...

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acesse www.sismuc.org.br O Sismuc promove o Baile do Servidor a ser rea- lizado no dia 30 de outubro. A festa é comemorativa ao dia do funcionário público (31 de outubro) e cerca de mil pessoas são aguardadas na Sociedade Univer- sal, local do evento, a partir das 22 horas. A banda Luna Nova será responsável pelo som e uma surpresa está sendo preparada para os participan- tes. Essa é a terceira edição do baile já realizado nos dois anos anteriores. Os convites são gratuitos para toda a categoria e devem ser retirados no Sismuc, com direito a um acom- panhante. A retirada também pode ser realizada com a apresentação de lista contendo nome e matrícula dos colegas. Informações pelo telefone 3322-2475 ENTRE VISTA DIREITO página 8 Convites para Baile do Servidor podem ser retirados no Sismuc até que a prefeitura tome providências? Quantos ainda morrerão Mauro Cesar Carvalho (24/10/1965 - 12/07/2009) - 43 anos Assassinado no cumprimento do dever. Deixou a esposa, 2 filhas e 3 netos. (a foto acima foi publicada com autorizaçã o da família) Sismuc garante gratificações no PSF PMC página 6 MOBILIZAÇÃO página 4 PCCS/SUS só sai com participação da cat egoria Richa quer ampliar terceirização na saúde Confira mais na página 5

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acesse www.sismuc.org.br

O Sismuc promove o Baile do Servidor a ser rea-

lizado no dia 30 de outubro. A festa é comemorativa

ao dia do funcionário público (31 de outubro) e cerca

de mil pessoas são aguardadas na Sociedade Univer-

sal, local do evento, a partir das 22 horas.

A banda Luna Nova será responsável pelo som e

uma surpresa está sendo preparada para os participan-

tes. Essa é a terceira edição do baile já realizado nos

dois anos anteriores.

Os convites são gratuitos para toda a categoria e

devem ser retirados no Sismuc, com direito a um acom-

panhante. A retirada também pode ser realizada com

a apresentação de lista contendo nome e matrícula dos

colegas.

Informações pelo telefone 3322-2475

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página 8

Convites para Baile doServidor podem serretirados no Sismuc

até que a prefeituratome providências?

Quantosainda

morrerãoMauro Cesar Carvalho

(24/10/1965 - 12/07/2009) - 43 anosAssassinado no cumprimento do dever.

Deixou a esposa, 2 filhas e 3 netos.(a foto acima foi publicada com autorização da família)

Sismuc garantegratificaçõesno PSF

PMC

página 6

MO

BILI

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ÃO

página 4

PCCS/SUS só saicom participaçãoda categoria

Richa quer ampliarterceirização nasaúde

Confira mais na página 5

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2 Outubro de 2009

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EXPEDIENTE

Editorial

Envie comentários, sugestõese opinião para [email protected].

Comunicação

Parabenizamos todos os servidores públicos municipais de Curitiba peloseu dia (28/10). A data comemorativa foi instituída no Estatuto do Servidor eserve para refletirmos sobre a nossa situação atual. Sobre como chegamosaté aqui e que futuro teremos.

Vivemos tempos de baixos salários, remunerações variáveis, auxílio-ali-mentação para poucos, condições insalubres, doenças ocupacionais. Traba-lhadores estão sendo assassinados em postos de trabalho. Em compensa-ção a propaganda da prefeitura cresce cada vez mais, assim como o saláriodos privilegiados cargos comissionados.

Olhando nosso passado, vemos muitos avanços que conquistamos comluta e greve. Entre eles o plano de carreira dos educadores, a luta contra aterceirização dos cmei’s, a correção salarial, a aposentadoria especial paraquem trabalha em ambiente insalubre e o não desconto dos LTS´s para ser-vidores da saúde que estão no programa saúde da família.

Contudo ainda temos vári os desafi os: construção de novos planos decarreira com a cara dos trabalhadores, redução da carga horária acabar coma competitividade para progressão, impedir a terceirização dos armazéns dafamília, efetivação da permanênc ia dos educadores, entre outras.

Destas lutas elencadas vamos destacar a terceir ização dos agentesadministrativos dos armazéns da família. Para onde eles irão? E quem serãoos próximos? São pergunta que devemos fazer. Temos para o nosso futurodois caminhos. Ou nos acomodamos e vemos o desmonte do serviço públicoe das nossas carreiras, ou unidos lutaremos por valorização.

Não se esqueça. Você constrói esta cidade! Parabéns pelo seu dia.

Diretoria do Sismuc

Dia do Servidor Público

Coluna do Leitor

A respeito das mortes acontecidas de guardas municipais em local de traba-

lho, em minha opinião, os guardas não devem permanecer finais de semana 24

horas no mesmo local. Isso é estressante e o estresse nos leva, com frequência, a

tomarmos atitudes não normais, até agressiva com os munícipes. Não conhece-

mos o que a mente dessas pessoas (usuários) e o que ela poderá vir a articular

contra nós. Portanto, devemos tomar muito cuidado e evitar essas escalas

massificantes que prejudicam a nossa saúde mental. Quanto às demais US bases

é de se lamentar. O guarda trabalha desarmado, somente com a proteção de

Deus, porém, temos que levar em conta que o perdido, o alienado, o psicopata,

não está nem aí com Deus e com a consequência de suas atitudes. Matar é só

matar. Eles não conseguem imaginar que por trás daquela farda existe um ser

humano ou uma família. Tomar precauções é necessário. Quanto às chefias, só

dizem se precisar: “ligue que vamos te dar apoio em caso de ocorrência”. Per-

gunto: será que eles não sabem que uma pessoa derruba uma porta com um

pontapé e entre o saque de uma arma e o disparo da mesma leva cerca de 10

segundos? É, apóiam o guarda, o que geralmente acontece é que levam 10 minu-

tos para apoiar o falecido guarda. Que covardia!

Jamir dos Anjos Jeremias

Guarda Municipal

Guardas em risco cotidiano

m novo informativo do

Sismuc foi inaugurado no

mês passado. O jornal

intitulado “Curitiba de ver-

dade” é destinado à popu-

lação em geral e visa chamar a atenção

da sociedade para os problemas enfren-

tados pelos trabalhadores da prefeitura

da capital. As duas primeiras edições fo-

ram distribuídas em setembro, na Con-

ferência Municipal de Saúde e na audi-

ência pública que debateu a Lei Orça-

mentária Anual.Os informativos tratam da pouca

valorização profissional da gestão Beto

Richa e apontam a ne-

cessidade de investir no

servidor como forma

de melhorar a quali-

da de d o serviço

prestado.

“Nosso objeti-

vo é tornar público

os problemas que a

categoria vem en-

frentando pela ges-

tão atual da prefei-tura, que precariza

as condições de

trabalho e que re-

fletem em queda

na qualidade de

vida dos trabalha-

dores d evid o a

complicações re-

lacionadas com o

trabalho. Entre as

principais causas

estão o arrocho

salarial, políticas

de aumento deprodutividade,

baseadas em metas e remunerações va-

Sismuc investe na(in)formação pública

riáveis, terceirizações e falta de concur-

sos públicos para atendimento da cres-

cente demanda por serviços públicos

municipais”, explica Alessandra Cláudia

de Oliveira, secretária de comunicação

do Sismuc.

Um gráfico apresentado nos dois

veículos demonstra que Curitiba detém o

quarto maior orçamento das capitais do

país, mas fica em sexto lugar no que se

refere a gasto com pessoal. Outro dado

publicado é a média salarial dos servido-

res de Curitiba, que fica em sétimo lugar,atrás de Porto Alegre e Florianópolis,

ambas com menor arrecadação que a ca-

pital paranaense.

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3Outubro de 2009

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Congresso 151

Convenção 151 no Senado projeto de decreto que

ratifica a Convenção 151

da Organização Interna-

cional do Trabalho (OIT)

tramita no senado fede-

ral, após aprovação no plenário da

Câmara dos Deputados. A medida re-

presenta um passo importante rumo à

regulamentação da negociação coleti-

va de trabalho no setor público brasi-

leiro e defesa de direitos sindicais. Caso

também seja aprovada pelos senado-

res, bastará apenas a assinatura do presi-

dente Lula para que o Brasil seja o 45º

país do mundo a ratificar a convenção.

Se não resolve os problemas do

sindicalismo no setor público, a Conven-

ção 151 consagra um patamar mínimo

de direitos aos servidores públicos que

devem ser respeitados. Por este motivo,

esta é uma das bandeiras históricas do

sindicalismo cutista que vem conquistan-

do avanços significativos no serviço

público desde a Constituinte de 1988.

Confira o que diz o art. 8ºA resolução dos conflitos surgidos a propósito da fixação das condições de

trabalho será procurada de maneira adequada às condições nacionais, atravésda negociação entre as partes interessadas ou por um processo que dê garan-tias de independência e imparcialidade, tal como a mediação, a conciliação oua arbitragem, instituído de modo que inspire confiança às partes interessadas.

ma pesquisa realizada

pela Secretaria de Im-

prensa e Comunicação

do Sismuc durante o 10º

Congresso Nacional da

CUT, rea lizado em agosto , revela

pontos positivos e negativos no de-

senvolvimento da central. A pesquisa

tinha por objetivo principal descobrir

o que os delegados do congresso pen-

sam sobre a representação sindical.

Foram entrevistados 80 delegados ale-

atoriamente.

A maior parte entende que os sin-

dicatos brasileiros são representativos,

sendo que essa capacidade se confere

pela quantidade de trabalhadores sin-

dicalizados e pelas negociações cole-

tivas de trabalho. Apenas 17% enten-

dem que a representatividade é asse-

gurada pela legislação sindical brasi-

leira. Sobre a posição da CUT no

sindicalismo brasileiro, a pesquisa re-

vela que 36% dos delegados enten-

dem que a CUT também representa

a sociedade. Parte disso se explica pelo

papel ampliado de representação que

a CUT ganha nos últimos anos, em

Pesquisa revela avançose desafios da CUT

decorrência de uma atuação política

mais propositiva, no que diz respeito

a governos e políticas públicas.

A respeito do governo Lula, os

delegados compreendem a necessida-

de de manter independência sindical

em relação ao governo. Porém, os

dados também apontam uma relação

de proximidade com o governo, que

conta com credibilidade por parte dos

delegados sindicais. A maioria dos en-

trevistados avalia positivamente o go-

verno federal.

Um dos pontos a se avançar ain-

da é sobre o perfil dos delegados. A

maior parte ainda é de homens. 74%

são homens, contra 26% de mulhe-

res. A idade média também é um fa-

tor preocupante, próximo dos 44

anos. No 5º Concut, por exemplo,

realizado em 1994, somente 28,6%

dos participantes tinham mais de 40

anos, enquanto que agora, seriam 65%

de delegados acima dos 40 anos. Es-

ses dados, de certa forma, demons-

tram uma dificuldade na renovação e

rejuvenescimento de delegados sindi-

cais no congresso da CUT.

Fessmuc prega uniãoiretores de sindicatos de

servidores municipais, re-

presentando 12 cidades

do estado, se reuniram no

último final de semana (9

a 12/10) para uma plenária da Federa-

ção dos Sindicatos de Servidores Mu-

nicipais do Paraná (Fessmuc). Um ca-

lendário de ações foi aprovado pelos

representantes, visando a preparação do

Congresso da Federação previsto para

ocorrer em agosto de 2010.

Dentre as principais iniciativas a

serem tomadas está o levantamento de

informações das condições da catego-

ria em todo o estado e organização de

trabalhadores em cidades onde ainda

não há sindicatos atuantes.

A secretária geral da Fessmuc e

servidora da prefeitura de Curitiba

Federação

Marilena Silva entende que a unificação

das campanhas fortalece as lutas dos tra-

balhadores. “A federação, como ente

maior, tem mais aderência na sociedade

ao representar o conjunto dos servido-

res municipais do Paraná”, aponta.

Além da plenária, também foi rea-

lizado um curso de formação sobre

negociação coletiva no serviço público

dirigido aos diretores dos sindicatos pre-

sentes. O curso foi promovido pela

Fessmuc em conjunto com a Internaci-

onal de Serviços Públicos (ISP), organi-

zação sindical que agrupa 635 sindicatos

filiados em 156 países.

Pelo Sismuc participaram Sueli Sou-

za, Marcela Bomfim, Patrick Batista, Irene

Rodrigues, Delurdes Franco, Daniel

Mittelbach, Juliano Soares, Alessandra

Oliveira e Salvelina Borges.

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4 Outubro de 2009

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Participação

Direito

Plano de carreiras adequado no SUSsó sai com participação da categoria

elaboração do plano de

cargos, carreiras e salári-

os (PCCS) próprio dosservido res do Sistema

Único de Saúde (SUS) é,

hoje, o principal desafio dos trabalha-dores da saúde da prefeitura de Curitiba.

Uma comissão composta por mem-

bros do Sismuc e representantes da se-cretaria de rh e de saúde é responsável

pela formalização de um projeto a ser

enviado para votação na câmara.A construção do PCCS/SUS, no

entanto, deve ser uma tarefa coletiva,

defende a secretária de assuntos jurídi-

cos Irene Rodrigues. Sem a participa-ção dos trabalhadores, que conhecem

o cotidiano e a realidade dos locais de

trabalho, não há como construir umaproposta que contribua para resolver

os problemas da categoria. “A tendên-

cia é que a administração haja sem o con-sentimento dos trabalhadores, impondo

um plano sem atender as principais de-

mandas dos trabalhadores”, diz.A PMC está irregular perante a lei

federal 8.124/1990 ao incluir os servi-

dores do SUS no plano geral, previstona le i municip al 11.000. Além da

inadequação às necessidades específicas

desses servidores, o plano atual promo-

ve competição entre os trabalhadores,ao invés da solidariedade. Modelos

como esse são prejudiciais para os tra-

balhadores, que passam a trabalhar emambientes com péssimo clima social, in-

fluenciando, sobretudo, na saúde e no

rendimento desses profissionais.

O que defendemos- redução da jornada para 30 horas semanais

- recuperação das perdas salariais

- Instituição de piso e quadro salarial próprio

- incorporação das remunerações variáveis

- crescimento de níveis automáticos nas carreiras

- eleição direta para chefias- concursos públicos para contratação de servidores

Calendário dereuniões para

debate do plano

21/10 - 19 hrs , no Sismuc04/11 - 19 hrs , no Sismuc18/11 - 19 hrs , no Sismuc02/12 - 19 hrs , no Sismuc

Participe e ajude a construir o

Plano que nós queremos.

s avaliações de desempe-

nho do Sistema de Ur-

gência e Emergência de

Curitiba (Suec), revisadas

após quase um mês de

trabalhos, deve alterar a nota dos mais

de 40 servidores de Cmum’s prejudi-

cados. Dessa vez, uma comissão com-

posta também pelas diretoras do Sismuc

Irene Rodrigues e Sueli Araújo tratou

de averiguar a documentação que justi-

ficaria as notas dos trabalhadores abai-

Auditoria das avaliações do Suec está em fase finalxo de 6,9 pontos e que resultariam no

desligamento do Suec.

“Na grande maioria dos casos não

foram encontradas provas que justifi-

cassem às más avaliações” – diz Sueli

Araújo. “Entendemos que os servido-

res não podem ser prejudicados por

um processo viciado como foi esse que

estava em desacordo com o que prevê

o decreto 744/2007”, complementa.

Quando os resultados foram di-

vulgados, no final de agosto, o Sismuc

orientou os servidores para que entras-

sem com recurso, solicitando uma re-

visão dos processos. Do total, 17 con-

testaram os resultados formalmente.

Dentre os principais problemas esta-

vam ausência dos representantes dos

trabalhadores na pré-avaliação, fichas

preenchidas antecipadamente, sem a

presença do servidor, e inexistência de

reclamações de usuários. A pressão do

sindicato e dos trabalhadores fez com

que a prefeitura voltasse atrás e garan-

tisse uma auditoria nas avaliações do

Suec com a participação de represen-

tantes do Sismuc.

O relatório final da comissão deve

ser publicado até o final de outubro e

será encaminhado para a superintendên-

cia da Secretaria Municipal de Saúde, res-

ponsável por um parecer final. Após isso,

os servidores que se sentirem prejudica-

dos terão mais 30 dias para contestações.

Até lá, os efeitos punitivos das avaliações

de desempenho ficam em suspenso.

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5Outubro de 2009

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terceira morte de guar-

da municipal de Curitiba,

assassinado por motivos

relacionados à atividade

profissional, nos últimos

quatro meses, levanta questões sobre as

condições de trabalho desses servido-

res. São vidas que se perdem devido

ao cumprimento do dever deixando

famílias desoladas, amigos estarrecidos

e colegas em pânico.

Essa, aliás, tem sido a palavra uti-

lizada pela categoria para descrever o

sentimento sobre a atividade profissi-

onal. No relato desses trabalhadores,

durante assembleia realizada no último

dia 14, no Sismuc, o que se percebe é

uma série de condicionantes que aju-

dam a explicar a razão dos assassina-

tos. E não é acidente, infelicidade, nem

tampouco responsabilidade do próprio

guarda que foi assassinado como que-

rem fazer crer algumas chefias da se-

cretaria de defesa social.

“Na minha rua todos sabem que

eu sou guarda municipal. Eu sou um

alvo para o bandido, o marginal. Eu

trabalho 24 horas por dia, porque quan-

do coloco o pé na rua, para ir ao tra-

balho, eu já estou trabalhando, estou

fazendo um trabalho de proteção so-

cial, porque estou com a farda. Sem

falar das ameaças de bandidos, com as

quais temos que conviver todos os

dias”, disse um guarda presen te à

assembleia.

Tudo isso, aliado á baixa remune-

ração, uma das menores de todos os

segmentos da prefeitura, jornadas ex-

tenuantes, ampliadas pelas horas extras

e plantões, à falta de capacitação e trei-

namento e às péssimas instalações e

condições as quais são submetidos os

guardas. Um deles chegou a relatar que

Em defesa daprópria vida

Basta

Assassinatos de guardas municipais colocam condições e a gestão de trabalho em questão

não aguenta ficar em pé, às três horas

da manhã, sem lugar próprio para des-

canso, material de higiene, sem alimen-

tação ou lugar para comer e sujeito à

ação de ladrões.

Trocas de tiro são comuns para

esses profissionais que tem que enfren-

tar grupos de bandidos ou conflitos nos

equipamentos públicos em dupla ou,

às vezes, sozinho.

Intransigência

Na regional do CIC, um dos lo-

cais mais perigosos, onde o guarda

Aparecido José de Souza recentemen-

te foi assassinado, houve uma reunião

convocada pelo Sismuc com represen-

tantes da guarda e da polícia militar, na

semana passada. O objetivo era resol-

ver o problema emergencial de servi-

dores que estão sendo ameaçados por

bandidos. Por isso, solicitou-se que a PM

intensifique as rondas na região e que

os assassinos sejam presos. A diretoria

do sindicato tem consciência que essa

medida não resolve o problema da vi-

olência no bairro, mas ressalta a neces-

sidade de construção de políticas pú-

blicas e fóruns de debate que envolva

comunidade, pm´s, guardas e demais

funcionários dos equipamentos públi-

cos.

Intransigente, Cubas afirmou que

o assassinato teria sido culpa do pró-

prio guarda, por “negligência”. Esse,

aliás, tem sido o argumento utilizado

pela administração municipal e pela PM

para se desresponsabilizar de um pro-

blema grave que tem custado a vida de

trabalhadores.

“Isso é inaceitável, porque a pre-

feitura não dá condições adequadas de

trabalho e quando acontece uma tra-

gédia afirma que a culpa é do trabalha-

dor”, diz Alessandra Cláudia de Oli-

veira, diretora do Sismuc.

Parte dos problemas também de-

corre das imposições das chefias aos

trabalhadores. Qualquer reclamação ou

sugestão dos guardas tem sido encara-

da de forma ofensiva pelas chefias, que

respondem com punições, como trans-

ferências para locais mais perigosos. A

“mordaça” tem obrigado os trabalha-

dores a “mendigarem” por melhores

condições de trabalho, competindo en-

tre si para evitar situações ainda piores.

Três mortes em quatro meses

O guarda municipal Aparecido José

de Souza, 57 anos, foi executado den-

Guardas reu nidos em assemb leia organizam ações d a categ oria

tro do Cmum da Vila Barigui, Cidade

Industrial, no dia 24 de setembro. Os

guardas Mauro César Carvalho e Re-

nato César Rodrigues do Nascimento

foram assassinados em junho e julho,

respectivamente. O primeiro morreu no

cumprimento do serviço e o segundo

foi assassinado em casa com suspeitas

de represálias pela atividade profissio-

nal.

Mobilização

Intitulada “Ato em defesa da vida

dos trabalhadores”, uma manifestação

ocorre dia 17, às 11 horas, na Boca

Maldita.

O Sismuc vem realizando reuniões, a partir do coletivo dos guardas

municipais, para debate do plano de cargos, carreiras e salários próprio

para esses profissionais. A proposta vem sendo elaborada com o intuito

de apresentá-la à secretaria de defesa social, conforme definido em mesa

de negociação. Questões salariais, condições de trabalho, atribuições da

profissão, entre outros fazem parte da pauta. A próxima reunião ocorre

no dia 28 de outubro, às 19 horas, no Sismuc. Informações 3322-2475.

Reuniões do coletivo da guarda

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6 Outubro de 2009

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Irresponsabilidade

m meio a um debate po-

lêmico e a uma votação

apertada, a prefeitura de

Curitiba garantiu a anu-

ência da maioria do Con-

selho Municipal de Saúde (CMS) para

assinatura de con vênios com pres-

tadoras de serviços. A decisão foi to-

mada em setembro e dá sinal verde

para a administração manter a tercei-

rização de atendimento médico e hos-

pitalar. Dentre os principais problemas

está o fato de que os conselheiros não

tiveram acesso às minutas dos contra-

tos, ou seja, aos detalhes e à redação

dos documentos que serão assinados.

O diretor do serviço de urgência

e emergên cia da secretaria Mateus

Chomatas foi um dos que mais defen-

deu a terceirização. Quando questiona-

do sobre os valores dos reajustes dos

contratos a serem assinados, disse que

ficariam em torno de 10 ou 12%. So-

bre os novos contratos, ainda não há

valor definido, revelando que a prefei-

tura não tem um controle exato dos

gastos financeiros com a terceirização.

Richa ganha cheque em brancopara terceirização na saúde

Convênios com prestadoras de serviços saem mais caro do que a contratação direta

Mas não foi apenas o acesso às

minutas o que foi negado. A conselheira

Juliana Mittelbach, representante dos

trabalhadores pelo Sindsaúde, solicitou

que constasse nos novos convênios a

obrigatoriedade de disposição de infor-

mações à população sobre direitos dos

usuários e deveres das prestadoras. La-

mentavelmente, ouviu de Chomatas que

os conselheiros não poderiam propor

alterações nos contratos.

Estudo realizado pela diretoria do

Sismuc, em conjunto com o Dieese,

aponta que a terceirização dos serviços

sai mais caro do que o investimento

direto da prefeitura em serviços de saú-

de. O contrato com o Hospital Cajuru,

por exemplo, para a cessão de médi-

cos ao Cmum Boqueirão (o equivalen-

te a 252 horas médicas diárias no ano),

custou aos cofres públicos R$ 6 mi-

lhões, em 2007. Se a prefeitura contra-

tasse a mesma quantidade de médicos

para cumprir as mesmas 252 horas

médicas por dia, por meio de concur-

so público, o gasto, naquele ano ficaria

próximo de R$ 2,5 milhões, contando

as contribuições previdências e remu-

nerações variáveis. Ou seja, neste caso a

terceirização custou 140% a mais do que

a contratação direta para o município.

Ainda não há prazo definido para

a assinatura dos convênios. Segundo in-

formações da secretaria de saúde, os

contratos serão primeiramente negoci-

ados com as prestadoras.

Richa na mira dajustiça por Caixa 2

Os R $ 5,6 milh ões a qu e

Curitiba tem direito para investir na

área da segurança podem não en-

trar nos cofres públicos. A verba vem

do Programa Nacional de Seguran-

ça de Cidadania (Pronasci). O pro-

blema é que se a prefeitura não mos-

trar resultados práticos do progra-

ma nos próximos meses, o governo

federal vai cancelar o investimento

na cidade.

Preocupados com essa possibi-

lidade, alguns vereadores já haviam

convocado uma reunião com secre-

tários municipais na semana passa-

da. Eles garantiram que os vereado-

res estavam enganados e que o di-

nheiro do Pronasci já é utilizado em

alguns projetos. De acordo com o

vereador Pedro Paulo, do PT, esse

argumento não convenceu.

Os vereadores da comissão de

segurança pediram mais uma reu-

nião. Dessa vez o convidado foi o

coordenador nacional do Pronasci

Francisco Rodrigues. Ele garantiu que

não existe uma pressão em cima das

cidades, mas que se o dinheiro não

for bem utilizado, Curitiba pode sim

perder o investimento.

Para não correr riscos de ficar

sem o dinheiro do Pronasci, Curitiba

precisa apresentar resultados práti-

cos dos investimentos do programa

até o começo de novembro.

Fonte: CBN

Investigação

denúncia realizada em

junho, de que a campa-

nha de Beto Richa teria

realizado Caixa 2, isto é,

não teria declarado di-

nheiro utilizado na campanha eleitoral,

está ganhando atenção da justiça. No

parecer do procurador regional eleito-

ral Néviton Guedes as investigações

apontam a prática irregular no financi-

amento do Comitê Lealdade. Nesse

mesmo local foram gravadas imagens

de compra de apoio de ex-candidatos

do PRTB à candidatura de Richa.

Dent re a s qu estõ es a serem

investigadas está a origem do dinheiro

que aparece nos vídeos, utiliza-

do para a compra dos ex-can-

didato s. Em ma térias p u-

blic adas n as semanas sub-

sequ en te s à d ivulgação d os

vídeos, declaração de gastos de cam-

panha de Richa, assinado por seu ir-

mão José Richa Filho, apontava para

um valor muito parecido com o que

havia sido gasto no Comitê Lealdade

para compra dos ex-candidatos.

O parecer de Guedes foi encami-

nhado ao Ministério Público do

Paraná, que agora investiga a re-

alização do Caixa 2 na campa-

nha de Beto Richa.

Administraçãoerra e podeperder verbafederal

PatinandoCompare*

Terceirizar émais caro

R$ 6.012.000,00É quanto foi pago ao HospitalCajuru, em 2008, para atendi-mento no cmum Boqueirão.

R$ 2.558.559,40É quanto a prefeitura gastariase contratasse funcionário por

concurso, em 2008.

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7Outubro de 2009

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Posição

m reunião na Fiesp, em

setembro, Beto Richa di-

vulgou seu modelo de

gestão pública neoliberal.

Como carro-che fe da

política de intensificação do trabalho

aplicado na prefeitura, ele apresentou

o “contrato de gestão”, um planeja-

mento para cumprimento de metas

visando redução de investimentos com

trabalho. O que o prefeito não fala é

que para atingir suas metas precisou

aumentar a carga de trabalho sobre os

servidores, terceirizar serviços, arro-

chando salários e negando a abertura

de concu rsos públicos p ara con-

tratação de pessoal, apesar do aumen-

to da demanda. Ou seja, mesmo com

o empenho dos trabalhadores, o pre-

feito não reconhece o esforço da cate-

goria, os principais interessados no ser-

viço público.

A reunião em que Richa se pro-

nunciou foi organizada pelo Movi-

Prática de exploração dotrabalho da PMC vira exemplopara classe patronal

Não adianta tentar esconderPesquisa

Pesquisa revela contradições na gestão de pessoal

ma pesquisa divulgada

pelo Departamento In-

tersindical de Estatísticas

e Estudos Sócio-Econô-

micos (Dieese), no último

dia 14, abre a caixa preta de informa-

ções da atual administração e traça o

perfil dos servido res municipais de

Curitiba. O acesso às informações do

quadro geral dos servidores é uma das

principais dificuldades da diretoria do

Sismuc. Apesar dos insistentes pedidos

de informação e da cobrança por mai-

or transparência e participação na ges-

tão, não houve boa vontade da PMC.

Por esse motivo, pesquisas como essa,

ainda que não contenham todos os

dados necessários para que se conheça

detalhadamente a realidade, são impor-

tantes mecanismos de informação para

a elaboração da estratégia sindical e da

construção das lutas por melhores con-

dições de trabalho.

Somando os profissionais em edu-

cação e as demais ocupações, a prefei-

tura conta com 31.415 funcionários.

Desse total, a maioria, 52,73% possu-

em ensino superior completo e outros

34,28% possuem ensino médio com-

pleto.

A maior parte da categoria, 7.667

trabalhadores, estão enquadrados como

escriturários em geral, agentes, assisten-

tes e auxiliares administrativos. A média

salarial desse pessoal é de R$ 1.944,20,

somando-se as remunerações variáveis

e benefícios.

Outro dado que surpreende é a fe-

minilidade do serviço público e, ao mes-

mo tempo, as discrepâncias quando o

assunto é a remuneração entre pessoas

de sexos difernetes. O estudo do Dieese

revela que 77,43% da categoria são mu-

lheres com uma média salarial de R$

2.197,95. Enquanto que o sexo oposto,

(22,57%) mantém uma média salarial

bem superior, na faixa de R$ 2.631,99.

Os quase R$ 500,00 a menos pagos às

mulheres apontam para a necessidade

de igualdade de direitos que também

não é praticado no serviço público mu-

nicipal curitibano.

Os dados utilizados pelo Dieese

são da Relação Anual de Informações

Sociais (Rais), portanto, deve-se levar em

consideração que algumas informações

como as remunerações variáveis, que

compõem até 50% dos salários não es-

tão discriminadas e são contabilizadas

como salários.

mento Brasil Competitivo, fortemente

ligado ao PSDB. Trata-se de uma orga-

nização empresarial que visa difundir

práticas com o objetivo de aumentar a

produtividade com redução de custos.

Richa também mentiu quanto dis-

se que sua administração ouve todos os

segmentos da sociedade. Não há regis-

tro, por exemplo, de reuniões para de-

bate do planejamento político para

Curitiba, em que o Sismuc ou os servi-

dores tenham sido convidados. No mês

passado a PMC divulgou planos de in-

vestimentos para 2010, mas em nenhum

momento é citado o plano de gasto

com pessoal.

Rodrigo da Rocha Loures, presi-

dente do Sistema Fiep, organização que

representa o empresariado paranaense,

é um dos que declarou seu apoio fer-

voroso a Richa. Ele defendeu as parce-

rias público-privadas e as políticas de

precarização do serviço público, reves-

tidas de “modernização”.

Junto com o presidente da Fiesp. De que lado Beto Richa está?

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8 Outubro de 2009

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Justiça

juiz João Henrique

Coelho, da segunda

va ra d a fa zend a,

acatou o pedido do

Sismuc e decidiu

pela manutenção da gratificação

dos servidores do PSF afastados

por mais de 90 dias por proble-

mas de saúde. A decisão, publicada

no dia 23 de setembro, vai contra

o decreto municipal 1.271/2008,

assinado por Beto Richa, que vi-

sava o corte dessas gratificações

Sismuc garante pagamentodas gratificações no PSF

nos casos de licença para tratamen-

to de saúde.

Na avaliação da diretoria do

Sismuc, a decisão é também um

reconhecimento ao direito de li-

cença-saúde sem o corte de remu-

nerações variáveis. A medida pode

ser u m argument o a mais p ara a

luta dos servid ores munic ipais

pelo direito ao afastamento sem

perdas nos ganhos mensais, como

ocorre na maioria das secretarias

da PMC.

Contas do Sindicato

O Sismuc buscou a negoci-

ação com a administração desde

maio deste ano, mas não houve

disposição dos representantes da

PMC para isso.

Imposições como essas tem

obrigado servidores, mesmo do-

entes, a trabalhar, implicando em

uma piora nas condições de saú-

de da categoria. Parte do proble-

ma é potencializado pelos baixos

salários complementados com as

remunerações variáveis.

Por que a presidência dificulta o trabalhodos representantes dos servidores?

Projeto

Avança PL que obriga informar tentativas de suicídio

assessoria jurídica

do Sismuc proto-

colou, no último dia

15, um pedido de

providências à Or-

dem dos Advogados do Brasil

(OAB) devido à intransigência do

presiden te do IPM C Walmor

Trentini. Nas últimas reuniões do

conselho de administração o ad-

vogado Ludimar Rafanhim tem

sido impedido de participar e,

assim, exercer seu papel integral

como assessor sindical.

“Ocorre que a presença do

assessor jurídico nas reuniões nun-

ca foi questionada até o momen-

to em que surgiram divergências

quanto ao conteúdo de alguns con-

tratos e demais atos da Diretoria

Executiva do IPMC”, diz o do-

cumento.

Nas últimas reuniões do ins-

tituto uma série de questões vêm

sendo levantadas pelos represen-

IPMC

comissão de cons-

tituição e justiça e de

cidadania (CCJ) do

congresso nacional

aprovou o projeto

de lei 498/07, que obriga os hos-

pitais da rede pública e privada a

informar ao órgão público de saú-

de - estadual ou municipal - os ca-

sos de atendimento a pessoas com

diagnóstico de tentativa de suicí-

dio.

Apresentada pelo deputado

Dr. Rosinha (PT-PR), a proposta

foi aprovada em caráter conclusi-

vo e, se não houver recurso, segui-

rá para o Senado.

O texto determina que a no-

tificação seja feita em 72 horas,

contadas a partir do atendimen-

to médico, sob pena de respon-

sabilidade administrativa, civil e

criminal.

Fonte: Imprensa Dr. Rosinha

Denúncia c hega à OAB

tantes dos trabalhadores (Sismuc e

Sismmac). Algumas delas apontam

suspeitas de irregularidades que

merecem investigações. Diante dis-

so, o conselho administrativo, no

qual a maioria é indicada pela ad-

ministração municipal, vem dificul-

tando os trabalhos de representa-

ção sindical.

Um dos argumentos utiliza-

dos pelos sindicatos para questio-

nar a decisão do Trentini é que o

regimento interno do IPMC não

poderia contrariar as leis muni-

cipais, estatuto do IPMC e jamais

o artigo 7º da Lei Federal 8906/

1994, que trata dos direitos dos

advogados.

Os sindicatos aguardam re-

torno da OAB e se mantém fir-

mes na apuração de informa-

ções.

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9Outubro de 2009

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LGBT

Quais são os principais desaf ios

hoje para o movimento LGBT’s?

Eu creio que nós temos que focar to-

das as energias do moviment o no

Legislativo. Precisamos de leis munici-

pais, estaduais e federais que garantam

a plena cidadania de lésbicas, gays, tra-

vestis, transsexuais, não importando a

identidade de gênero ou orientação

sexual, porque só com essas garantias

no Legislativo é que poderemos co-

brar políticas efetivas do executivo.

Quer dizer, é uma via

institucional.

Exatamente. E outro de-

safio para o movimento

LGBT’s é um que nós já

começamos a quebrar.

Era a grande muralha

que existia entre os diver-

sos movimentos sociais:

o movimento feminista,

o movimento sindical, o movimento

negro, que por mu ito tempo foram

fecha do s p ara o moviment o

LGBT’s. E o comb ate à homofobia,

transfobia e lesbofobia é dever de to-

das e todos. Essa integração entre os

movimentos não va i ser boa apenas

para o movimento LGBT’s, e la vem

a fortalecer vários outros, como o de

mulheres e o sindical. Usando aquele

ditado mais do que gasto, eu creio que

a união faz a força e quando começar-

Ativista dosdireitos humanosdefende de leispara barrardiscriminação

oordenador Estadual da Associação Paranaense daParada da Diversidade (APPAD), o ativista do movi-

mento Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT’s)Marcio Marins, fala dos desafios em busca de cidadania.Natural do Rio de Janeiro, onde atuou em defesa dos

direitos humanos, foi perseguido pelo exército e foi obrigado a serefugiar por cerca de 6 meses. Em Curitiba desde 2006, Marins, aos37 anos, fala dos desafios e conquistas do movimento LGBT’s.

mos a caminhada mais unidos tendemos

a conquistar espaço com mais facilida-

de.

Você já foi vítima de preconceito.

De que forma se elimina isso da so-

ciedade?

Nós sabemos que Curitiba é uma cida-

de muito tradicional, muito conserva-

dora. O estado do Paraná vem a rebo-

que. Apesar desse conservadorismo da

sociedade curitibana, nós já temos al-

gumas boas parcerias com determina-

dos setores, porém, no

que diz respeito à segu-

rança pública, nós pre-

cisamos urgentemente

de qualificação profissi-

onal. Eu creio que o úni-

co caminho são oficinas

de direitos humanos na

guarda municipal e com

todas as suas nuances,

com o direito do negro, da mulher, do

jovem e do adolescente, dos gays, lés-

bicas, travestis e transexuais. Para que

ninguém passe por cima de direitos, que

são fundamentais.

Num campo mais amplo, da socie-

dade em geral, como a gente com-

bate o preconceito, quer dizer, como

você rompe algumas barreiras que

ainda persistem? Você acredita na

educação, por exemplo?

Acredito na educação, estamos em um

ponto que ainda tem salvação. Eu creio

que a educação e a cultura são grandes

ferramentas que devem ser utilizadas

para banir de uma vez por todas qual-

quer tipo de preconceito e discrimina-

ção, mas, se políticas públicas não fo-

rem aliadas a leis que garantam esses

direitos, eu creio que vai faltar um

“cumpra-se”. São duas ferramentas

que devem ser utiliza-

das na defesa dos di-

reito s humano s, no

combate de qualquer

tipo de discriminação

ou preconceito, mas,

aqui em Curitiba, pre-

cisamos urgentemente

de leis municipais. Ver-

go n h o s a m en t e ,

Curitiba está fora das

17 c ap it ais qu e

proibem discriminar qualquer cidadão.

E não é por falta de movimentação ou

por falta de atuação da sociedade civil

organizada.

Essa questão da lei foi abordada na

Parada da Diversidade, realizada no

mês passado.

O tema da parada desse ano foi “Seus

direitos, nossos direitos, direitos huma-

nos”. É um tema amplo baseado nos

direitos humanos que é previsto na nos-

sa constituição, garantido em qualquer

carta de princípios e tratados internaci-

onais. Nós precisamos, de fato, ter um

caráter político na parada, porque é a

maior manifestação de visibilidade que

nosso movimento tem. Tem muita fes-

ta, mas é ali que dizemos: nós exis-

timos, estamos aqui e temos direito. A

parada curitibana já tem essa caracterís-

tica de ser muito politizada e na qual a

so ciedad e em gera l vai. A fa mília

curitibana vai à parada. O que é um

paradoxo. Nós temos uma sociedade

que é muito conservadora, mas temos

um grupo que vai à parada da diversi-

dade despida de qual-

quer preconceito ou dis-

criminação. São famílias

inteiras, gerações e gera-

ções. Avós com avôs,

filh os, ca rrin ho s de

bebê . A pa ra da d e

Curitiba tem essas duas

características que são

mu it o marca nte s. É

politizada e familiar.

Como está esse debate da lei contra

homofobia?

Já foi apresentada uma vez. Não pas-

sou. Ela vai ser rea presentada. Se ti-

rarmos como parâmetro a última pro-

posiçã o de projeto de lei que tinha

como temática LGB T´s, nós temos 8

vereadores, sendo que precisamos de

19 votos.

E quanto ao apoio, quem são os prin-

cipais vereadores?

Olha, qu em tem estado co nosco: a

vereadora Josete, o Stica, o Pedro Pau-

lo, o Algaci Tulio, a Julieta Reis, o Tico

Kusma e o Jair Cesar. Mas ainda tem

muito que se fazer.

no que diz respei-to à segurança

pública, nós pre-cisamos urgente-mente de qualifi-

cação profissional

educação e a cultu-ra são grandes

ferramentas quedevem ser utiliza-das para banir deuma vez por todasqualquer tipo de

preconceito ediscriminação

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10 Outubro de 2009

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Curtas

Greve bancáriosMesmo diante de uma das maiores mobilizações nacionais já vistas em sua

história, a Caixa Econômica Federal não se movimentou para a apresentação

de uma nova proposta aos trabalhadores. Com isto, já são mais 20 dias de

greve em todo o país.

Para os dirigentes sindicais, a empresa se movimenta na direção contrária de

qualquer possibilidade de consenso, pois permanece calada, mantendo a pro-

posta insuficiente e sua postura irresponsável.

Fonte: Imprensa Seeb/Ctba

Greve correiosOs trabalhadores dos Correios no Paraná participaram do movimento

grevista que chegou a todo o país. O movimento garantiu um reajuste de

9%, mais R$ 100 de abono, 4% a mais do que havia sido oferecido inicial-

mente pela empresa. O Sindicato dos Correios do Paraná defendia a

continuação da greve, pois não houve recuperação salarial e o acordo é por

dois anos.

Fonte: Imprensa Sintcom-PR

IBGE: desigualdade no campoDe acordo com dados do Censo Agropecuário 2006, divulgado pelo Institu-

to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desigualdade na distribuição

de terras permaneceu inalterada nos últimos 20 anos.

Enquanto as unidades rurais com até 10 hectares ocupam menos de 2,7% da

área total dessas unidades, a fatia ocupada pelas propriedades com mais de

mil hectares concentram mais de 43% da área total.

Essa realidade é a mesma indicada nos Censos Agropecuários de 1985, 1995-

1996 e 2006.

Fonte: Imprensa IBGE

ais de 100 pessoas, re-

presentando 30 entida-

des, participaram, no úl-

timo dia 6, no Espaço

Cultural dos Bancários,

da Conferência Livre de Comunica-

ção de Curitiba. Diretores do Sismuc

também estavam presentes.

Foram aprovadas moções em

defesa do diploma para o exercício

do Jornalismo e da criação do Con-

selho Federal de Jornalismo como

meio de garantir o contraditório na

imprensa. Foram aprovadas, ainda,

teses em defesa do controle social da

mídia, do acompanhamento demo-

Dia 11, em Brasília, tem luta pela redução da jornada40 Horas

Curitiba realiza ConferênciaLivre de Comunicação

Democratização

crático e transparente das concessões

de radiodifusão, a regulamentação da

norma co nstitucional da comple-

mentaridade dos sistemas estatal, pú-

blico e privado, da regulamentação

dos serviços de banda larga, para que

o acesso a eles não fique submetido

tão-somente às variáveis econômicas.

As proposições serão apresenta-

da na Conferência Estadual de Co-

municação, marcada para ocorrer en-

tre os dias 6 a 8 de novembro, no Canal

da Música. Mais informações no en-

dereço www.proconferenciaparana.

com.br.

Fonte: Imprensa CUT-PR

CUT e as centrais sindi-

cais realizam no dia 11 de

novembro a 6ª Marcha

da Classe Trabalhadora -

principal mobilização do

movimento sindical brasileiro desde

2004, quando foi realizada a 1ª Mar-

cha Nacional do Salário Mínimo.

Neste ano de 2009, a 6ª marcha

tem como principal bandeira a redu-

ção da jornada de trabalho sem redu-

ção de salários. A mobilização visa pres-

sionar o congresso nacional para que

aprove ainda este semestre o projeto de

lei que reduz de 44 para 40 horas sema-

nais a jornada de trabalho.

Uma caravana de sindicatos para-

naenses deve seguir de Curitiba à Bra-

sília. Interessados entrar em contato pelo

telefone 3322-2475.

Desigualdade

Fome atinge mais de 1 bilhãoais de um bilhão de pes-

soas, cerca de um sexto

da população mundial,

sofre com a subnutrição

de acordo com o relató-

rio anual da ONU.

O número de pessoas que sofre

com a fome estava crescendo antes

mesmo da crise econômica mundial,

mas depois a situação piorou mais.

“A FAO estima que 1,02 bilhão de

pessoas estão subnutridas no mundo

todo em 2009”, diz o documento, di-

vulgado na sede da organização, em

Roma. “Isto representa mais pessoas

com fome do que em qualquer outra

época desde 1970 e uma piora das ten-

dências que já estavam presentes antes

mesmo da crise econômica”.

Fonte: BBC Brasil

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11Outubro de 2009

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Coletivo de Saúde Coletivo de Educação

O que somos

Mesa de abertura da Conferência deSaúde: muito gestor, pouco trabalhador.

Os conselhos municipais são espaços conquistados pela sociedade.São instrumentos da democracia participativa que podem capacitartécnica e politicamente os representantes da sociedade e dos governos.Ajudam a superar as práticas clientelistas e burocráticas, além de terpotencial para assumir um papel propositivo. É neste intuito quetrabalhadores/as da saúde estiveram presentes na 10ª ConferênciaMunicipal da Saúde de Curitiba, realizada no dias 27, 28 e 29 desetembro, no Colégio Estadual do Paraná.

Infelizmente não foi o caráter democrático e popular que prevale-ceu nesta conferência, mas os interesses eleitoreiros que fazem desseespaço cada vez mais institucionalizado. “Perguntamos a nós mesmoaté quando vamos permitir que esse fórum seja uma comédia? Ocontrole e social é coisa séria, principalmente na Saúde. É preciso queos usuários abram os olhos, pois há representantes no conselhovotando contra os princípios do SUS!”, alerta Sueli Souza, diretora doSismuc.

Um dos debates realizados pelo sindicato é de que trabalhadorese usuários estão do mesmo lado. As dificuldades dos usuários sãotambém as dificuldades dos trabalhadores que, para oferecer umserviço com o mínimo de qualidade no atendimento têm que “tirarleite de pedra”. Um dos principais problemas atualmente é o assédiomoral das chefias que não valorizam o trabalho dos servidores dasaúde por um lado e, de outro, intervêm na democracia da Conferên-cia para não aprovarem nada que beneficie os trabalhadores.

“Foi evidente a cooptação, as manobras nas falas, sempre colo-cando obstáculos nas nossas propositivas de grupo, cujo objetivo foidesconstruir nossa luta em prol de um SUS mais efetivo e de qualida-de”, avalia Suely. Exemplo claro disso foi quando a gestora Ana PaulaPenteado fez a defesa da não incorporação das remunerações variá-veis, alegando que os prêmios são uma forma de quantificar o traba-lho dos servidores/as e mensurar suas capacidades.

Por mais autonomia noConselho Municipal de Saúde

Coletivo de Aposentados

Em reunião realizada no último dia 28, no Sismuc, o Coletivo de

Aposentados teve a oportunidade de debater e tirar dúvidas sobre o

IPMC e o ICS.

A diretora do Sismuc Irene Rodrigues, que representa os traba-

lhadores no Conselho de Administração do IPMC, abordou o tema

e esclareceu dúvidas dos servidores. Na reunião ficou claro que a

partir da lei 9.626 de 1999 houve uma separação entre assistência à

saúde dos servidores e sua previdência. O IPMC foi criado com a

missão de cuidar da aposentadoria e pensão dos servidores munici-

pais, que contribuem com 11% de seus vencimentos para o fundo

previdenciário, enquanto que o ICS ficou com a responsabilidade de

atenção à saúde da categoria, que tem desconto atualmente de 3,14%

para o instituto.

O Coletivo convida todos e todas os/as aposentadas/os para a

próxima atividade, marcada para dia 26 de outubro, às 14 horas, no

Sismuc. O tema principal é o intercâmbio com outros coletivos de

aposentados de vários sindicatos. Essa é uma oportunidade não

apenas para fazer novos amigos, mas também de conhecer a luta de

outros trabalhadores pela melhoria da qualidade de vida.

Esclarecimentos eencaminhamentos

Veias que correm com alegria

Nesse corpo dilascerado pela injustiça

Antes de tudo busco cidadania

Em Curitiba que se faz mestiça.

Luto por um melhor ordenado

Busco saúde, respeito e dignidade

Queria ver você do meu lado

Pois construimos esta cidade.

De pequenos futuros cidadãos

Ou da família sem nenhum tostão

Vamos lá!

Vamos dar as mãos

E mostrar que todos somos irmãos.

Quem luta faz mais que a história

Faz muito mais que vencedores

Por isso irá ficar gravado na memória

Que somos todos EDUCADORES.

Uma homenagem do Sismucaos educadores curitibanos.

16/10 Dia do Educador

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12 Outubro de 2009

Resenha:

Coluna Cultural

Agende-se

17/10 - Ato em defesa da vi dados tr abalhador esHor ário: a partir das 11 horasLocal: Boca M aldi ta

21/10 - Reunião do PCC S/SUSHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc

26/10 - C oleti vo de aposentadosHor ário: 14 hor asLocal : Sismuc

27/10 - R eunião der epresentantesHor ário: 9 e 14 hor asLocal : Sismuc

29 a 30/10 - IX C ongr esso doSi smmacLocal: Colégi o Estadual Bar ãodo Rio Branco

30/10 - Baile dos Servi dor esHor ário: a partir das 22 horasLocal : Soc iedade Universal

04/11 - R euni ão do PC CS/SUSHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc

acesse www.sismuc.org.br

Sinopse: Para entendermelhor o Brasil Sindicalismo no

setor público mais badalada obra brasileira das

ciências humanas do início do sécu-

lo passado, o livro “Casa grande e

senzala”, lançado em 1933, garantiu reconhecimento mundial a

um dos maiores sociólogos brasileiros. O pernambucano Gil-

berto Freyre descreveu melhor do que ninguém a miscigenação dos povos

que consolidaram a nação brasileira. O livro e a vida de Gilberto Freyre são

retratados em um documentário di-

rigido por Nelson Pereira dos San-

tos, dividido em três partes. Ao con-

trário de uma compreensão natura-

lista sobre a mistura de raças, Freyre

mostra um país marcado pela vio-

lência cultural dos europeus sobre ín-

dios e negros. Seus críticos, no en-

tanto, apontam que ele não teria

apresentado de forma incisiva o pro-

cesso de imposição física europeu,

tendo sido acusado como defensor

de um conceito de democracia raci-

al. Ainda assim, é uma obra impres-

cindível para responder questões atu-

ais do Brasil, sobretudo para a com-

preensão do desenvolvimento cul-

tural popular.

liberdade desfigurada” é, possivelmente, o primeiro estudo pu-

blicado no Brasil exclusivamente sobre o sindicalismo no setor

público. A obra de Arnaldo Nogueira traz uma análise comple-

ta das políticas neoliberais que impactaram sobre os trabalha-

dores e sindicatos durante o governo FHC. Mas, antes disso,

também apresenta um estudo histórico significativo sobre a organização dos

trabalhadores do setor público que, até 1988, eram impedidos de se sindicali-

zar e de criar seus próprios sindicatos. Trata-se de um livro fundamental que

toma o estudo de vários casos de sindicatos de servidores públicos, com

ênfase na realidade de São Paulo. O estudo é base

para qualquer debate, seja acadêmico ou político,

sobre concepções de sindicato nessa área. Sua lei-

tura já é uma atividade de formação completa.

Ficha:

NOGUEIRA, Arnaldo. A Liberdade desfigura-

da: a trajetória do sindicalismo no setor público

brasileiro. São Paulo: Expressão Popular, 2005.

Este livro po de ser ad quirido pelo end ereço

www.expressaopopular.com.br, ao custo de R$

13,00.

06 a 08/11 - Conferênc ia Estadualde C omunicaçãoLocal: Canal da Mús ica

07 a 10/11 - 3ª Etapa do curso deag ente multi plicadores do dir eito àsaúdeLocal : Passo Fundo- RS

09/11 - Coletivo de SaúdeHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc

11/11 - 6ª Mar cha em BrasíliaLocal: Br asíl ia

18/11 - R euni ão do PC CS/SUSHor ário: 19 hor asLocal : Sismuc

23/11 - C oleti vo de aposentadosHor ário: 14 hor asLocal : Sismuc

24/11 - R eunião der epresentantesHor ário 9 e 14 horasLocal : Sismuc

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