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É preciso coragem
Jornal sobre o ICS nº 4 Novembro de 2010
Entenda porqueo ICS entrou
em crise
Sindicatosrespondem
nota da AAPC
Somentemobilização
salva o ICS
Somentemobilização
salva o ICS
pág. 2 pág. 4
Servidores apresentam sua proposta de autarquia com
democracia e transparência. Mais na página 3.
Por que ser contraa privatização
do ICSpág. 4
Jornal sobre o ICSNovembro de 2010
EXPEDIENTE
2
Em julho deste ano a ANS
colocou um diretor fiscal para
analisar as contas do ICS.
Dependendo do seu parecer,
se não forem resolvidos os
Intervenção da ANS expõe a crise do ICS
Se há um déficit no ICS já declarado pela administra-
ção anteriormente, mantendo o desconto automático, o
que esperar daqui pra frente? Há o risco do aumento do
rombo financeiro ou até mesmo o fim do ICS”, questio-
na, Marcela Alves Bomfim, presidente do Sismuc.
Em julho deste ano a imprensa noticiou que a ANS
havia decretado intervenção branca no ICS. Divulgou tam-
bém que o instituto acumulara déficit de R$ 12 milhões
apenas em 2007 e 2008. De qualquer forma, não há como
saber exatamente qual o tamanho do rombo, pois a dire-
toria do ICS não apresenta as finanças do instituto aos sin-
dicatos. Não há transparência.
É função da Agência
Nacional de Saúde
(ANS) fiscalizar
planos de saúde
privados.
problemas do instituto até ju-
lho de 2011, o ICS corre ris-
co de ser fechado.
O modelo privado do ICS
O ICS fo i criado em
1999 como um serviço social
autônomo, de direito privado,
ao ser desvinculado do IPMC
(Instituto de Previdência). Já
nessa época, o Sismuc e o
Sismmac propunham que o
instituto fosse uma autarquia
Rombo financeiro
Você lembra?
O que (não) fez o prefeito
O prefeito Beto Richa
ignorou todas as propostas,
o que levantou suspeitas so-
bre seu interesse na priva-
tização do instituto ou sua li-
quidação.
A partir de 2005, a PMC
deixou de repassar recurso de
custeio, causando o rombo
financeiro no ICS. Em 2009,
propôs aumentar o desconto
dos ser vidores e, diante da
mobilização dos sind icatos,
voltou atrás.
Ação dos sindicatos
Com a omissão do pre-
feito, o Sismmac e o Sismuc
chamaram os ser vidores à
defender o ICS. Como resul-
tado de reuniões e seminário,
um pro jeto fo i elaborado
para remodelar o ICS. O do-
cumento fo i protocolado na
Câmara Municipal em 17 de
setembro de 2008. Isso de-
pois de entregar uma cópia ao
prefeito, juntamente com uma
mobilização, em agosto.
O projeto de lei propu-
nha a remodelação do ICS,
com base no tripé autarquia,
transparência e democracia.
Infelizmente, o projeto foi ar-
quivado.
Hoje o instituto é sustentado por dinheiro do servidor
(3,14% do salário) e da prefeitura (3,65%). Os sindicatos de-
fendem que o atendimento à saúde pelo ICS seja um benefí-
cio aos servidores. Acabaria a obrigatoriedade e seu financi-
amento seria vinculado ao orçamento, o que representaria
um aumento de apenas 0,97% sobre a receita corrente líqui-
da do município, conforme estudo do Dieese. A medida
não causaria impacto significativo no orçamento municipal e
seria contabilizada como os demais benefícios aos servido-
res como vale-transporte ou auxílio-alimentação.
O Sismuc e o Sism-
mac conseguiram
que fosse formada
em 2006 uma comis-
são para estudar
soluções para o insti-
tuto não fechar.
Em defesa da gratuidade
pública.
Há cerca de 10
anos a ANS multou
e notificou o ICS
para se ajustar à lei
que regulamenta os
planos de saúde. A
prefeitura contestou,
mas perdeu. A justi-
ça entendeu que por
causa do seu mode-
lo privado, o institu-
to deveria ser sub-
metido à ANS.
A ação do MP
Em 2005 o Mi-
nistério Público Esta-
dual entrou com ação civil
fazendo dois questionamen-
tos contra o ICS. O MPE
também considerou que o ins-
tituto atende a um segmento
fechado, o dos servidores. Por
isto, contestou o suposto uso
de recursos da saúde pública
no ICS e a contribuição obri-
gatória.
Ana Luisa Schneider, atual
presidente do ICS.
Jornal sobre o ICSNovembro de 2010 3
AutarquiaVocê lembra como era o IPMC? Adotando o modelo de
autarquia, o ICS se tornaria uma instituição pública, não um
serviço privado, como é hoje. Desta forma, deixa de ser
considerado um plano de saúde privado pela Agência Na-
cional de Saúde (ANS) e se livra de problemas jurídicos. Só
agora que a situação se tornou insustentável é que a prefei-
tura começa a falar em transformar o ICS em autarquia. A
questão é qual modelo será elaborado. O que reduz servi-
ços e aumenta a alíquota a ser paga ou o que devolverá o
ICS aos seus verdadeiros donos, ou seja, os servidores.
TransparênciaA falta de acesso à informação é um evidente exemplo da
falta de transparência no ICS. A diretoria pode fazer o que
bem entender com os recursos pagos pelos servidores e
ninguém fica sabendo.
Para piorar a situação, desde março deste ano não acontece
nenhuma reunião do Conselho Fiscal. Tudo para evitar que
os servidores tomem conhecimento do tamanho do pro-
blema. Por isso, é necessário que todas as informações, in-
clusive as financeiras, sejam de conhecimento de todos os
servidores.
DemocraciaPela lei atual do ICS, o Sismmac e o Sismuc, juntos, têm
apenas uma vaga no Conselho de Administração (CA) e
outra vaga no Conselho Fiscal (CF). O Sismuc indica o
membro titular no CA e o suplente no CF. O Sismmac
indica o suplente no CA e o titular no CF. Os demais mem-
bros votam quase sempre com a PMC.
Portanto, em todas as votações, o representante dos servi-
dores é vencido. Os pedidos de informações que apresen-
tam são normalmente rejeitados. É preciso que os conse-
lhos do ICS sejam paritários para que os ser vidores te-
nham poder de decisão e condição de fiscalizar.
mostrou o descontentamen-
to e preocupação dos traba-
lhadores com a situação do
instituto. Como resultado uma
mesa de negociação foi reali-
zada com secretários munici-
pais, na qual uma comissão
dos sind icatos (ser vidores,
aposentados, dirigentes sindi-
cais) entregou cópia do pro-
jeto elaborado em 2008 para
remodelar o ICS.
Há pelo menos dez anos
os sindicatos vêm propondo
a transformação do ICS em
autarquia. Agora, preocupan-
te é qual modelo de assistên-
cia à saúde será desenvolvido.
Sobre esse ponto a prefeitura
Servidores reafirmamimportância do ICS
A mobilização em
favor do ICS, realiza-
da no dia 20 de outu-
bro, com centenas
de servidores
se comprometeu a agendar
um calendário de negociação
até o próximo dia 8, quando
serão concluídos os estudos
sobre o caso.
Uma das maiores preo-
cupações dos sindicatos é a
forma como a prefeitura vem
lidando com os problemas
do ICS. A proposta que aca-
ba com a contribuição auto-
mática ao instituto, enviada
pelo prefeito Luciano Ducci
à câmara, pode representar
um sério risco para a manu-
tenção financeira do ICS. A
própria presidente do ICS
Ana Luiza Schneider confes-
sou em reunião com direto-
res dos sindicatos que a pre-
feitura não tem um estudo
sobre as consequências que a
medida possa causar, como
por exemplo, a quantidade de
servidores que deixarão de
contribuir.
Mobilização em defesa do ICS reuniu centenas
de ser vidores em frente à PMC.
Jornal sobre o ICSNovembro de 20104
Ao contrário daqueles
que procuram distorcer os
fatos, fazendo acusações in-
d iretas, as d iretorias do
Sismuc e do Sismmac vêm
a público para se posicionar
d iretamente contrária ao
conteúdo da “Nota de es-
clarecimento”, publicada no
jornal da Associação dos
Aposentados da Prefeitura
(AAPC), de outubro de
2010.
Infelizmente, o ICS, que
é dos servidores, não é ad-
ministrado por nós. Os di-
retores são nomeados pelo
prefeito e nos conselhos ad-
ministrativo e fiscal o Sismuc
e o Sismmac têm direito a
apenas um voto. As demais
Independência e autonomia devem ser princípiospara representar os servidores
vagas são ocupadas por pes-
soas indicadas pelo prefeito e
uma vaga, a que seria destina-
do a aposentados, foi conce-
dida pela prefeitura à AAPC.
Acontece que repetidamente
o conselheiro da AAPC vota
favoravelmente a todas as
medidas propostas pela pre-
feitura. Um exemplo foi o seu
apoio mainfestado pelo au-
mento da alíquota no final do
ano passado, apresentada pelo
ex-presidente José Lupion
Neto e que foi barrada devi-
do à pressão dos servidores.
Por isso, como se vê, os ver-
dadeiros representantes dos
aposentados são o Sismuc e
o Sismmac e não a AAPC,
que não tem poder de nego-
ciação co letiva
com a prefeitura.
Independência e
autonomia
O Sismuc e o
Sismmac não são
a favor deste ou
daquele candidato
político ou parti-
do, mas está do
lado dos trabalha-
dores. Quando
um prefeito ou
qualquer outro
gestor ameaça os
interesses dos ser-
vidores, ele passa a ser consi-
derado um inimigo de classe.
Por isso, todo aquele que de-
fender a redução do atendi-
mento, o aumento do valor
da alíquota paga pelos ser-
vidores, ou for contrário à
democratização da gestão
do ICS estará em lado
oposto ao dos trabalhado-
Porque ser contra a privatização do ICS
Isto se deve ao fato de que os
planos de saúde funcionam
pela lógica empresarial, ou
seja, visam lucratividade, en-
quanto que o ICS não tem fins
lucrativos e deveria prezar
pelos interesses dos seus usu-
ários e dependentes.
O ICS atende uma
série de especialida-
des que qualquer
plano de saúde
oferece, por um
preço muito menor.
Em um plano de saúde
comum, em Curitiba, um
adulto, de aproximadamente
30 anos, sem problemas de
saúde, paga caro para ter aces-
so à saúde privada. Sem falar
que em muitos casos o segu-
rado ainda deve pagar uma
porcentagem ou integralmen-
te a realização de alguns exa-
mes ou consultas. Além disso,
se o ICS virar um plano de
saúde, deve se adequar às nor-
mas da ANS. Isto per mitiria
a cobrança por serviços, por
dependentes e por faixa etária.
A for ma como o ICS
tem sido gerido está levando
à precarização dos ser viços,
como o corte de atendimen-
tos em algumas especialidades,
redução de profissionais mé-
d icos. Ou, ainda, pode au-
mentar a alíquota paga pelos
servidores. Essa inclusive é
uma das med idas cogitadas
pela atual diretoria do ICS.
Para o Sismuc e o Sism-
mac qualquer mudança que
caminhe neste sentido repre-
senta a perda de direitos dos
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Serviços oferecidos pelo ICS
servidores. Por este motivo,
defende-se a manutenção de
todos os serviços e com qua-
lidade. Confira o rol de servi-
ços oferecidos hoje pelo ICS
e do que os ser vidores não
devem abrir mão: