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Quando eu não desejo Deus.pmd 15/05/2018, 09:343

Piper, John 1946 –

P665q Quando eu não desejo Deus / John Piper; [tradução Sandra Salum]. São Paulo:

Cultura Cristã, 2018.

240p.; 16x23 cm.

Tradução de When I don’t desire God

ISBN: 978-85-7622-739-7

1. Deus – Adoração. 2. Desejo por Deus. 3. Alegria – Religião – Cristianismo.

4. Louvor a Deus. I. Piper, J. II.Título.

CDD – 248.4

Quando eu não desejo Deus, © 2010 Editora Cultura Cristã. Traduzido de When I Don’t

Desire God, Copyright © 2004 by Desiring God Foundation, publicado por Crossway

Books, uma divisão de Good News Publishers. Wheaton, Illinois 60187, USA. Edição em

português autorizada por Good News Publishers. Todos os direitos são reservados.

1ª edição – 2010 – 3.000 exemplares

2ª edição – 2018 – 3.000 exemplares

Produção Editorial

Tradução:

Sandra Salum

Revisão:

Sandra Couto

Mariana Muniz Silvestre da Rocha

Editoração:

Zenaide Rissato

Capa:

Magno Paganelli

Conselho Editorial

Antônio Coine

Carlos Henrique Machado

Cláudio Marra (Presidente)

Filipe Fontes

Heber Carlos de Campos Jr

Marcos André Marques

Misael Batista do Nascimento

Tarcízio José de Freitas Carvalho

A posição doutrinária da Igreja Presbiteriana do Brasil é expressa em seus “símbolos de fé”, que apresentam o modo

Reformado e Presbiteriano de compreender a Escritura. São esses símbolos a Confissão de Fé de Westminster e seus

catecismos, o Maior e o Breve. Como Editora oficial de uma denominação confessional, cuidamos para que as obras

publicadas espelhem sempre essa posição. Existe a possibilidade, porém, de autores, às vezes, mencionarem ou mesmo

defenderem aspectos que refletem a sua própria opinião, sem que o fato de sua publicação por esta Editora represente

endosso integral, pela denominação e pela Editora, de todos os pontos de vista apresentados. A posição da denominação

sobre pontos específicos porventura em debate poderá ser encontrada nos mencionados símbolos de fé.

EDITORA CULTURA CRISTÃRua Miguel Teles Júnior, 394 – CEP 01540-040 – São Paulo – SP

Fones 0800-0141963 / (11) 3207-7099 – Fax (11) 3209-1255

www.editoraculturacrista.com.br – [email protected]

Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas

Editor: Cláudio Antônio Batista Marra

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AKARSTEN E SHELLY,

cujo coração“experimentou grandes promessas e esperanças”

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SumárioPREFÁCIO E ORAÇÃO ........................................................................ 9

1 POR QUE ESCREVI ESTE LIVRO

Mantendo o sacrifício de amor .............................................. 11

2 QUAL A DIFERENÇA ENTRE DESEJO E DELEITE?Descubra como nenhum dos dois é o alvo ............................... 21

3 O CHAMADO PARA LUTARMOS PELA ALEGRIA EM DEUS

Levando a sério a ordem de Deus para nos deleitarmos nele ... 31

4 A ALEGRIA EM DEUS É UMA DÁDIVA DE DEUS

Fazendo nós mesmos o que deve ser feito para nós ................... 44

5 A LUTA PELA ALEGRIA É UMA LUTA PARA VER

Tributando valor a Deus com os olhos do coração e com osouvidos da mente ................................................................ 53

6 LUTANDO PELA ALEGRIA COMO PECADOR JUSTIFICADO

O segredo da culpa ousada ................................................... 66

7 O VALOR DA PALAVRA DE DEUS NA LUTA PELA ALEGRIA

Observando a dimensão dessa arma poderosa ......................... 89

8 COMO MANEJAR BEM A PALAVRA NA LUTA PELA ALEGRIA

A reflexão, a memorização e a mensagem de Deus ................. 109

9 A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NA LUTA PELA ALEGRIA

Desejando tudo o mais só porque desejamos Deus ................... 132

10 A PRÁTICA DA ORAÇÃO NA LUTA PELA ALEGRIA

Manhã, tarde e noite sem cessar ........................................... 149

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11 COMO USAR O MUNDO NA LUTA PELA ALEGRIA

Usando os cinco sentidos para ver a glória de Deus ................ 168

12 QUANDO AS TREVAS NÃO SE DISSIPAM

Fazendo o que está ao nosso alcance enquanto esperamos porDeus – e pela alegria .......................................................... 201

NOTAS ........................................................................................ 227

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Espero que não se importe se eu começar este livro orando porvocê. Há uma razão. Depois de todos os nossos esforços dedizer e fazer o que é preciso, apenas Deus pode criar a alegria

em Deus. Por isso que os antigos santos não só buscavam a alegria comotambém oravam por ela: “Alegra-nos por tantos dias quantos nos tensafligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade” (Sl 90.15).A satisfação com a beleza de Deus não chega de forma natural para aspessoas pecadoras. Por natureza, temos mais prazer nas dádivas de Deus doque nele mesmo. Sendo assim, este livro é um chamado para uma mudançaprofunda e radical – que apenas Deus pode efetuar.

No entanto, se não acreditasse que Deus usa meios para despertar aalegria nele, eu não teria escrito este livro. Espero que você o leia e que osolhos de seu coração se abram a Deus, que é infinitamente desejável. Ele sefez conhecer em seu Filho, Jesus Cristo, que é “o resplendor da glória e aexpressão exata do seu Ser” (Hb 1.3). Ver e desfrutar dessa glória é a fontede toda alegria infinda.

Uma pessoa me perguntou por que não coloquei o capítulo 12 noinício para depois discutir a solução do problema. O título do capítulo 12é “Quando as trevas não se dissipam”. A razão é que sou incapaz desolucionar esse problema. Deus, porém, pode fazê-lo. Em seu devidotempo, ele o fará, para todos os que experimentaram sua graça salvadora.“Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5).E quando vem, ela vem de Deus e não deste livro. O capítulo 12 está nofinal porque, quando termino de fazer tudo o que consigo, as trevas aindapodem permanecer. Espero que você não se desespere, mas que se voltepara Deus em oração. É isso o que eu faço agora por você:

Prefácioe

oração

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10 D Quando eu não desejo Deus

Pai, oro para que todos que leram até aqui tenham a motivação e aforça de continuarem a ler pelo menos até onde seja útil a sua fé.Oro para que leiam com inteligência e tenham discernimento a fimde, se eu falhar, eles o perceberem e não me seguirem. Protege-os domaligno que distorce a verdade e engana. Dá-lhes o auxílio mara-vilhoso do teu Espírito para que vejam mais verdade do que eumesmo vi. Ah, que os olhos do coração dessas pessoas se iluminemcom a glória de Cristo por meio destas páginas! Remove cada obstáculoque possa cegá-las e mostra-lhes a tua glória! E assim, concede-lhesmais alegria do que toda a alegria que o mundo pode dar. E poressa alegria em Jesus Cristo, prepara-as para amar, servir e sacrifi-car-se. Por meio dessa alegria, com a qual suporta cada um a suacruz, Senhor, faze com que o mundo saiba como tu és verdadeira-mente digno. Em nome de Jesus, eu oro. Amém.

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1Por que escrevi este livro

Mantendo o sacrifício de amor

Dd

OHedonismo Cristão é uma doutrina libertadora e reveladora.Ela prega que o valor de Deus brilha de forma mais radian-te na alma de quem encontra satisfação mais profunda nele.

Assim sendo, é libertadora porque confirma o nosso desejo inato de ale-gria. É reveladora porque mostra que ninguém deseja Deus com a paixãoque ele exige. Paradoxalmente, muitas pessoas experimentam as duas ver-dades. Sem dúvida, essa tem sido minha própria experiência.

A DESCOBERTA LIBERTADORA E REVELADORA

Quando percebi a verdade de que Deus é mais glorificado quandoestamos mais satisfeitos nele, libertei-me da prisão não-bíblica do medode que é errado buscar a alegria. A busca pela satisfação da minha alma,que parecia inevitável, mas imperfeita, agora torna-se algo não só permiti-do, porém necessário. A glória de Deus estava em jogo. Era quase bomdemais para ser verdade – que a minha busca pela alegria e o meu dever deglorificar a Deus não estavam em conflito. Na verdade, eles eram um.Buscar alegria em Deus era uma forma inegociável de honrá-lo. Era essen-cial. Essa foi uma descoberta libertadora. Liberou a energia da minha mentee do meu coração para buscar com fervor toda a alegria de alma que Deusé para mim em Jesus.

No entanto, com a libertação veio o sentimento revelador. Eu estavalivre para buscar a minha alegria completa em Deus sem culpa. Na verda-de, houve uma ordem para eu buscá-la. Ser indiferente à busca da alegria

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12 D Quando eu não desejo Deus

em Deus é o mesmo que não fazer caso da sua glória, o que é pecado.Assim, minha busca pela alegria assumiu uma solenidade, uma seriedade,uma gravidade que nunca havia imaginado que fariam parte dela. E então,quase que imediatamente, percebi que o pecado que habita em mim im-pede minha completa satisfação em Deus. Ele se opõe à minha busca porDeus e a perverte. Opõe-se fazendo com que outras coisas pareçam maisdesejáveis do que Deus. E a perverte fazendo com que eu pense que estoubuscando a alegria em Deus quando, na verdade, amo o que ele me dá.

Descobri o que crentes melhores do que eu descobriram antes demim: o contentamento completo em Deus é meu lar definitivo, mas ain-da estou longe; apenas a caminho. Agostinho escreveu o seguinte a esserespeito em uma das suas orações:

... surpreendi-me com o fato de, apesar de amar-te agora, não terpermanecido em tua alegria. Tua beleza me cativou, mas logo fui arras-tado para longe de ti por meu próprio peso e, consternado, lancei-menovamente às coisas do mundo... como se tivesse sentido o aroma dacomida, mas ainda não fosse capaz de prová-la.1

COMO A VIDA CRISTÃ TORNOU-SE IMPOSSÍVEL

Essa descoberta foi esmagadora. E ainda é. Fui criado para conhe-cer a Deus e ter prazer nele. Fui liberto pela doutrina do HedonismoCristão para buscar esse conhecimento e essa alegria de todo o meu cora-ção. E então, para o meu desalento, descobri que essa não é uma doutri-na fácil. O Hedonismo Cristão não é um rebaixamento do padrão.Como se fosse do nada, percebi que o padrão havia sido elevado. O cristia-nismo que se baseia na força de vontade, que se prima em obrigações edecisões, que é controlável, agora parecia fácil, enquanto o cristianismoverdadeiro havia se tornado impossível. As emoções – ou afetos, comoas antigas gerações costumavam chamá-las – que eu agora tinha a liber-dade de desfrutar, ficaram além do meu alcance. A vida cristã ficou im-possível. Isto é, tornou-se sobrenatural.

Só havia uma única esperança – a graça soberana de Deus. Deus teriade transformar meu coração para fazer o que um coração não pode fazerpor si só, isto é, desejar o que deve ser desejado. Apenas Deus pode fazer ocoração depravado desejá-lo. Certa vez, quando os discípulos de Jesus

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indagavam sobre a salvação de um homem que desejava dinheiro mais doque Deus, ele lhes disse: “Para os homens é impossível; contudo, não paraDeus, porque para Deus tudo é possível” (Mc 10.27). Buscar o que quere-mos é possível. É fácil. É um tipo de liberdade prazerosa. No entanto, aúnica liberdade que perdura é buscar o que queremos quando queremosaquilo que devemos querer. E é terrível descobrir que não queremos e nãoconseguimos fazê-lo.

A PERGUNTA MAIS COMUM QUE AS PESSOAS ME TÊM FEITO

É por isso que a pergunta mais comum e desesperada que as pessoasme têm feito nas últimas três décadas é: O que posso fazer? Como possotornar-me a pessoa que a Bíblia espera que eu seja? A pergunta surge deuma dor no coração causada pela esperança de grande alegria. As pessoasouvem os argumentos bíblicos que apoiam o Hedonismo Cristão ouleem Desiring God: Meditations of a Christian Hedonist2 e muitas sãoconvencidas. Percebem que a verdade, a beleza e o valor de Deus brilhamcom mais intensidade na vida dos santos que estão tão satisfeitos em Deus,que podem sofrer por causa do amor sem murmuração. No entanto, elasdizem: “Não sou assim. Não tenho em Deus esse tipo de satisfaçãoque liberta, que corre riscos e que produz amor. Desejo o conforto e asegurança mais do que desejo Deus”. Muitas choram e tremem ao di-zerem isso.

Alguns são suficientemente honestos para dizer: “Não sei se já sentiesse tipo de desejo na vida. Nunca me apresentaram um cristianismoassim. Nunca soube que o anseio por Deus e o deleite em Deus eramessenciais. Sempre ouvi dizer que os sentimentos não tinham importân-cia. Agora encontro na Bíblia toda evidência de que o interesse em teralegria em Deus e o despertamento de todos os tipos de sentimentosespirituais são parte da essência do coração do crente recém-convertido.Essa descoberta me anima e me assusta também. Isso é algo que eu que-ro, mas não estou certo de que o tenha. Na verdade, até onde consigocompreender, alcançar tal coisa ultrapassa minha capacidade. Como po-demos ter o desejo que não possuímos e não conseguimos produzir?Ou como podemos transformar a centelha em chama para que tenha-mos a certeza de que é fogo puro?”

Por que escrevi este livro d

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