miolo-habitosparaumavidaeficaz.indd 1 5/23/2016 12:45:05 am€¦ · esperamos que, ao folhear estas...

1

miolo-habitosparaumavidaeficaz.indd 1 5/23/2016 12:45:05 AM

1ª edição

Rio de Janeiro | 2016

Tradução Carolina Simmer

Revisão técnicaRenato A. Romero


Introdução 9

O início 12

Capítulo 1 - Deixe a natureza lhe ensinar sobre as leis naturais 19 Capítulo 2 - Deixe a natureza aumentar seu nível de autoconhecimento 41

Capítulo 3 - Deixe a natureza lhe ensinar sobre como cuidar de relacionamentos 67

Capítulo 4 - Deixe a natureza guiar suas escolhas 97

Capítulo 5 - Deixe a natureza lhe mostrar como se deve celebrar a diversidade 125

Diário pessoal 147A experiência de uma vida mais eficaz

SUMÁRIO


9

Stephen R. Covey era um professor magistral.

Milhões de pessoas sabem disso. Não é exatamente um segredo. Mas o que as pessoas talvez não compreendam completamente é que Stephen R. Covey era um professor magistral porque, primei-ro, foi um aluno magistral. Ele não nasceu sendo o Dr. Stephen R. Covey. Quando pequeno, brincando com os coleguinhas, não fazia discursos sobre os princípios da sinergia durante uma partida espe-cialmente intensa de futebol. Mais velho, não dava palestras aos ami-gos que lhe visitavam sobre como é preciso priorizar as coisas mais importantes, enquanto guardavam os seus brinquedos antes de de-vorar o lanche da tarde. É uma ideia interessante. Mas não foi assim.

O Dr. Covey prestava atenção no mundo ao seu redor. Fazia pergun-tas. Buscava informações novas. E, quando descobria um princípio de conhecimento que o ajudaria a se tornar uma pessoa melhor, se agarrava a ele. Isso fica claro quando se lê Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. As pessoas sempre lhe perguntavam: “Como? Como criou Os 7 hábitos?”

Ao ouvir isso, ele simplesmente sorria, levava um instante pensando, e então, no momento certo, respondia: “Eu não criei nada.” É claro que o autor da pergunta ficava confuso com essa afirmação. Mas, antes que uma nova dúvida pudesse ser levantada, ele terminava de explicar.

“Eu escrevi o livro”, respondia. “Mas os princípios já eram conhecidos muito antes de mim. Eles são como leis naturais”, dizia. “Tudo que fiz foi juntá-los e sintetizá-los para as pessoas.”

As conversas eram a sua sala de aula. Ao conhecê-lo, a pessoa era en-volvida por seu forte aperto de mão, por sua presença convidativa. Independentemente de ser um parente, um amigo próximo ou um conhecido — mesmo que só tivesse dado de cara com ele na rua por acaso —, ela passaria as próximas horas imersa numa conversa profunda sobre família, amizade, trabalho... Sobre a vida.

INTRODUÇÃO


10

Os ensinamentos que compartilhou são eternos. Ele passou mais de trinta anos estudando, praticando e incrementando os princípios apresentados em Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. Sem-pre queria ensinar esses princípios, torná-los mais compreensíveis e práticos.

Por ele ter compreendido isso, o mundo se expandiu de forma im-pressionante. A próxima geração terá oportunidades diferentes de tudo que já vimos. Mas o mundo também diminuiu. A tecnologia nos conecta de maneira poderosa e, às vezes, perigosa. O conhe-cimento ao alcance de nossos dedos é ilimitado. E esse excesso de informações torna cada vez mais difícil diferenciar o certo do errado.

Ao interagir com o mundo, que perguntas você faz? As básicas são as primeiras a vir à mente, como, por exemplo: “Por que essa pessoa na faixa esquerda está dirigindo tão devagar?”

Essa pergunta parece surgir com frequência, especialmente durante a manhã e o fim da tarde. Naturalmente, uma das favoritas dos pais tende a ser: “No que você estava pensando?”

Não devemos nos prender muito a esse tipo de questionamento, principalmente porque suas respostas nunca são boas.

• Que perguntas você pode fazer para continuar aprendendo?

• Que conhecimento pode obter ao fazer as perguntas certas?

• Que mudanças você pode promover quando aceitar os novos conhecimentos que descobrir?

• Que tipo de disciplina é necessária para fazer com que essas mudanças virem parte do seu caráter verdadeiro?


11

Não existe eficácia sem disciplina, e não existe disciplina sem caráter. E não existe caráter sem antes pensar em perguntas e fazê-las.

Stephen R. Covey morreu em 2012. Mas ele nunca vai parar de ensinar. O que você encontrará nas próximas páginas é uma compilação dos seus pensamentos sobre assuntos relacionados a ter uma vida eficaz.

Ele acreditava de verdade que, se todos vivessem de acordo com Os 7 hábitos, o mundo seria um lugar melhor. Jim Collins disse alguns anos atrás que “nenhuma pessoa dura para sempre, mas livros e ideias so-brevivem”.

Esperamos que, ao folhear estas páginas, você descubra a mensagem que vai além de uma simples lição.

Esperamos que a mensagem que ele transmitiu há tantos anos conti-nue a tocar você, seus amigos e sua família.

— Os colegas de Stephen Covey


12

O INÍCIO

Inspire. Respire. Repita.

Geoff ia fazer aquilo. De verdade. Por alguns minutos, ia se desco-nectar. Ia aproveitar aquele clima maravilhoso. Ia sentar no banco ridiculamente desconfortável. Ia se deleitar com os sons da filha, Molly, brincando no parquinho.

Ele não ia checar o celular. Não ia manter o ouvido em constante alerta para o PING! que anunciava uma mensagem nova. Não ia...

PING!

Bem, só porque o ouvira não queria dizer que precisava verificá--lo. Ou até mesmo responder. A menos que fosse sua esposa. A menos que a esposa precisasse de alguma coisa. A menos que fosse urgente. Não queria se meter numa encrenca por não res-ponder. Talvez devesse apenas olhar...


13

Geoff parou a mão na metade do caminho até o bolso quando ouviu uma voz baixinha sussurrar por cima de seu ombro: “Papai! Papai!”

Ele se virou para ver por que Molly sussurrava. Estava falando de Molly, afinal de contas. Ela achava que sussurrar era o mesmo que gritar deva-gar e cuspindo. Alguma coisa com certeza estava acontecendo.

“Papai, olha! Uma joaninha!”

E, de fato, se arrastando pelas mãos da menina estava uma joaninha pintadinha, procurando uma saída de sua prisão côncava temporária.

“Papai, conta as manchinhas para a gente descobrir quantos anos ela tem!”

“Pelas manchinhas?”, perguntou o papai. “Não acho que isso seja verdade.”

“Papai! Minha professora disse para contar as manchas. As joaninhas ganham uma manchinha nova de aniversário todo ano!”

Geoff estava pronto para insistir, com um pouco mais de firmeza, que isso simplesmente não era verdade. Mas foi poupado da briga — na qual Molly insistiria mais uma vez que sua professora era um gênio, ao contrário do pai — quando a joaninha finalmente lembrou que tinha asas e voou para longe das mãozinhas de Molly.


14

“Por que será que elas fazem isso?”, perguntou Geoff.

“Fazem o quê?”

Ele sorriu. “Por que as joaninhas demoram tanto para lembrar que têm asas? Elas ficam presas. Podem voar a qualquer momento, mas não voam. Provavelmente pelo mesmo motivo que as pessoas também esquecem às vezes.”“Esquecem o quê, papai?”

“Que temos um poder dentro de nós. Tipo voar.”Molly riu. “Papai, você não voa.”

Geoff suspirou. Não, não voava. Mas isso seria maravilhoso. E com certeza tornaria o seu trajeto até o trabalho mais rápido.

“Srta. Molly, não sabe que mamães e papais conseguem fazer coisas extraordinárias? Talvez não possamos voar. Mesmo assim, somos bem legais. Mas, às vezes, nos esquecemos disso.”

“Por que esquecem?”

“Acho que nos perdemos um pouco”, respondeu Geoff. “Lembra como a joaninha ficava indo para a frente e para trás, sem parar, na sua mão? As pessoas também fazem isso. Elas ficam um pouco empacadas. E acham que isso é normal, porque veem outro inseto fazendo exata-mente a mesma coisa. Mas nós não ficamos passeando pela mão de uma garotinha. O que fazemos se chama trabalho, e reuniões, e video-conferências, e até mesmo jogos de futebol dos filhos.


15

“É ruim ter que ir nos meus jogos?”, perguntou Molly.

“Não, porque quando você joga eu lembro que tenho asas. Vejo você jogar e ser tão talentosa, e me lembro delas. Lembro que posso voar. Porque tive você. E você é fantástica.”

“Papai”, sussurrou Molly. Num tom de voz bem alto e cuspindo bastante. “Papai, você acha que eu também tenho asas?”

O desafio é enxergar.As lições estão ao nosso redor.

– STEPHEN R. COVEY

Stephen R. Covey acreditava que as melhores lições podem ser aprendidas simplesmente ao observar a natureza. Ele costumava dar seminários sobre liderança ao ar livre, inclusive, e prometia às pessoas presentes:

Se você abrir sua mente para a natureza, para as pessoas ao seu redor e para os princípios eternos, vai descobrir

respostas pessoais e específicas para os desafios e as oportunidades de liderança que enfrenta.


16

Ele chamava isso de a Promessa de Sundance, em homenagem ao resort Sundance, de Robert Redford, em Utah, localização de muitos retiros de liderança.

Assim como Geoff ensinou a Molly uma rápida lição baseada nas peculiaridades de uma joaninha, o Dr. Covey acreditava que a na-tureza sempre ensina grandes verdades, se estivermos dispostos a abrir nossas mentes para aprender.

As páginas a seguir contêm princípios eternos e verdadeiros ditos pelo Dr. Covey, relacionados especialmente às verdades sobre a vida que todos podem aprender com a natureza. Cada mensagem é uma citação direta dele e ensina uma lição fundamental sobre como levar uma vida mais eficaz.

Porém, independentemente da força e da beleza da mensagem, ela será inútil se não for posta em ação. Será inútil se não for adotada. Como o Dr. Covey gostava de dizer: “Saber e não fazer na verdade é não saber.”

Ter uma vida mais eficaz não é o mesmo que ter uma vida mais eficiente. Este livro não é sobre ter uma vida melhor com o míni-mo de esforço pessoal possível. Este livro ensina a viver uma vida mais eficaz ao optar por:

• Deixar a natureza lhe ensinar sobre as leis naturais: Reconheça e siga princípios encontrados nas leis da natureza;


17

• Deixar a natureza aumentar seu nível de autoconheci-mento: Examine paradigmas pessoais para se tornar mais ciente deles e aceitar responsabilidade por suas ações;

• Deixar a natureza lhe ensinar sobre como cuidar de relacionamentos: Busque oportunidades para ser um líder na sua vida pessoal e nos seus relacionamentos ao voltar seu foco diário para pessoas, não para coisas;

• Deixar a natureza guiar suas escolhas: Encontre poder ao tomar as decisões corretas;

• Deixar a natureza lhe mostrar como se deve celebrar a diversidade: Celebre as diferenças ao seu redor.

Este livro não foi projetado para ser simplesmente lido, mas para ser sentido. A mensagem é poderosa, prática e imediatamente aplicá-vel e comunicada através de citações, experiências e infográficos.

Ao final do livro, você encontrará o Diário pessoal: A experiência de uma vida mais eficaz. Se desejar aplicar tudo o que leu, o diário pessoal poderá ajudar. Ao fazer perguntas introspectivas, espera-mos lhe fornecer uma ferramenta capaz de esculpir os degraus que levarão à mudança desejada. Por favor, tire proveito de cada uma das páginas.

Todo este livro foi escrito para ajudar os leitores no rumo para uma vida mais eficaz. Caminhe conosco.


18


19

CAPÍTULO 1Deixe a natureza lhe ensinar sobre as leis naturais


20

SUCESSO

Não importa o quão bem-sucedido ou rico você se torne ou quantas conquistas alcance, o melhor sentimento que se pode ter é ser capaz de voltar à forma mais pura da natureza, caminhar pela grama, estar cercado por árvores.

A natureza o tira do estresse, das atribulações que você mes-mo cria na sua vida ao ir para todos os lugares e chegar a lugar nenhum.

Você se torna capaz de pensar e de ser mais introspectivo.

Você se torna capaz de olhar para dentro de si, de criar um am-biente calmo.

E, sem esses momentos de calmaria, você não consegue ter pen-samentos profundos.

Você não consegue elaborar planos de verdade.Você simplesmente reage, então passa o tempo todo tentando resolver crises, e comete erros.


21

Você toma decisões rápidas sem planejamento ou preparo.

Você não pensa de fato sobre a visão do que deseja e sobre as consequências de suas escolhas.

A realidade é que a natureza é onde mais nos sentimos em casa.

É lá que as realidades mais básicas da vida se tornam claras.

Quando tentamos nos sentir à vontade num mundo artificial, pensando que estamos no controle, olhando para a vida através de paradigmas mecânicos, tentando “consertar” outras pessoas e encontrar realização ao cumprir itens das nossas listas de afazeres é que nos tornamos cínicos e amargurados, correndo cada vez mais rápido — como um rato numa roda.

É como dizem: “O peixe sempre descobre a água por último.”


miolo-habitosparaumavidaeficaz.indd 1 5/23/2016 12:45:05 am€¦ · esperamos que, ao folhear estas...

Documents