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1 FACULDADE CENTRO – MATOGROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE VARIEDADES DE CRISÂNTEMO DE CORTE MANTIDOS EM DIFERENTES SOLUÇÕES CONSERVANTES SOB CONDIÇÕES AMBIENTE MARIANE OLIVEIRA RODRIGUES SORRISO-MT 2014

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FACULDADE CENTRO – MATOGROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA

QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE VARIEDADES DE CRISÂNTEMO DE CORTE MANTIDOS EM DIFERENTES SOLUÇÕES

CONSERVANTES SOB CONDIÇÕES AMBIENTE

MARIANE OLIVEIRA RODRIGUES

SORRISO-MT 2014

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MARIANE OLIVEIRA RODRIGUES

QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE VARIEDADES DE CRISÂNTEMO DE CORTE MANTIDOS EM DIFERENTES SOLUÇÕES

CONSERVANTES SOB CONDIÇÕES AMBIENTE

Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso ao curso de Agronomia da Faculdade Centro Mato-Grossense FACEM para obtenção do titulo em bacharel em Agronomia sobre a orientação da Prof. Me. Alessandra Sinaidi Zandonadi.

SORRISO-MT

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2014

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada é possível. Aos meus pais por toda compreensão durante este período, em especial a meu pai Sadi

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José Rodrigues, que foi sem dúvida, meu maior incentivador.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a todos os professores e mestres que contribuíram durante estes cinco anos para minha formação e, em especial a minha orientadora Alessandra Zandonadi por sua paciência, dedicação e bom humor durante minhas orientações. A Maria Ivone, minha mãe, que não mediu esforços para que eu pudesse realizar este sonho, por sua compreensão nas horas que falhei e por zelar tanto por mim todas as vezes que estive ausente em minha casa. A minha família por todo o amor que me dedicaram sempre e o incentivo para que eu jamais desistisse e principalmente a minha irmã Simone que me ajudou de forma especial a elaborar este projeto.

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Ao Maycon Heidmann, pela sua companhia constante, seu carinho, apoio e compreensão durante a minha graduação. A todos meu muito Obrigada!

“Quando amamos e acreditamos do fundo de nossa alma em algo, nos sentimos mais fortes que o mundo e somos tomados de uma serenidade que vem da certeza

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de que nada poderá vencer a nossa fé. Essa força estranha faz com que sempre tomemos a decisão certa, na hora exata e quando atingimos nossos objetivos

ficamos surpresos com a nossa própria capacidade” (Paulo Coelho)

RESUMO

Este trabalho avaliou a conservação de crisântemos de corte submetidos a diferentes soluções conservantes nas condições climáticas da região de Sorriso-Mato Grosso, no intuído de avaliar qual solução apresentava maior eficiência na durabilidade das hastes de crisântemo, baseando-se principalmente na aparência e na longevidade das flores, utilizando alguns parâmetros e notas para cada situação. Foram utilizadas três variedades, com maior índice de comercialização na região, sendo elas Shenna, Dragon, Calábria. O experimento foi composto por cinco tratamentos (soluções de pulsing: água potável, solução de sacarose 2%, solução de ácido cítrico 250 mg/L, solução de sacarose 2% + hipoclorito de sódio 50 mg/L e solução de hipoclorito de sódio 50 mg/L) com quatro repetições e avaliadas individualmente. Este trabalho objetivou avaliar qual a melhor forma para aumentar a vida de prateleira desta flor de corte, pois metade de sua vida útil se passa durante o transporte porque é pouco produzida na região, porém é muito comercializada em uma determinada data do ano. A sacarose não foi tão eficiente comparada a outros autores, pois a porcentagem de concentração foi pequena e não suficiente para todas as hastes. Para a manutenção da aparência todas foram eficientes até o terceiro dia, porém para a variedade Dragon somente o tratamento cinco (Solução de Hipoclorito de sódio) se mostrou eficiente. O ácido cítrico se mostrou eficiente para a variedade Calábria que manteve sua aparência aceitável para comercialização até o sétimo dia. O tratamento com Hipoclorito de sódio foi mais eficiente para a variedade Shenna. Durante todos os tratamentos as variedades Calábria e Shenna obtiveram melhores notas comparadas com a variedade Dragon, que demostrou ser mais sensível, não obtendo notas de aparência e longevidade aceitáveis para comercialização. As soluções de pulsing são eficientes para a manutenção da qualidade pós-colheita de hastes de crisântemo de corte, armazenadas em condições ambiente para a região de Sorriso-MT. Palavras chave: Dendranthema grandiflora, longevidade, vida de vaso.

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ABSTRACT

This work evaluated the conservation of ccrisântemo submitted to different preservation solutions in climatic conditions of the region of Sorriso-Mato Grosso, intuited to evaluate which solution was most efficient in durability of the rods of chrysanthemum, mainly based on appearance and longevity of the flowers, using some parameters and notes for each situation. We used three varieties, with the highest rate of marketing in the region, and they Shenna, Dragon, Calabria. The experiment was composed of five treatments (solutions of pulsing: drinking water, sucrose solution 2 %, citric acid solution 250 mg/L, sucrose solution 2% + sodium hypochlorite 50 mg/L and sodium hypochlorite solution 50 mg/L) with four repetitions and assessed individually. This study aimed to evaluate what is the best way to increase the shelf life of this cut flower, because half of their useful life is happening during transport because it is not produced in the region, however it is very marketed at a given date in the year. The sucrose was not so efficient compared to other authors, because the percentage of concentration was small and not enough for all the rods. For the maintenance of appearance all were efficient until the third day, however, for a variety Dragon only treatment five proved to be efficient. The citric acid proved to be efficient for the variety Calabria that maintained its appearance acceptable to marketing until the seventh day. The treatment with sodium hypochlorite was more efficient for the variety Shenna. During all treatments a variety Calabria and Shenna obtained better notes compared with the variety Dragon, which proved to be more sensitive, not getting notes of appearance and longevity acceptable for marketing. The solutions of pulsing are effective for the maintenance of quality post-harvest stem chrysanthemum cutting, stored at ambient conditions for the region of Sorriso-MT. . Key words: Dendranthema grandiflora, longevity, vase life.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de

água potável, em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). .................. 22

Figura 2 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose (2%), em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). ............... 23

Figura 3 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de ácido cítrico (250 mg/L), em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). . 24

Figura 4 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose (2%) + hipoclorito de sódio (50 mg/L), em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). ................................................................................... 24

Figura 5 - Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em hipoclorito de sódio (50 mg/L), em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). ....... 25

Figura 6 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas água Potável em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). ........................................ 26

Figura 7 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose a 2% em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). ............... 26

Figura 8 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em solução ácido citrico (250 mg/L) em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). .. 27

Figura 9 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose a (2%) + Hipoclorito de sódio (50 mg/ L) em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). ............................................................................. 27

Figura 10 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em soluão de Hipoclorito de sódio (50 mg/ L) em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR). ............................................................................................................ 28

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11

1 REVISÃO DE LITERATURA ........................... ...................................................... 13 1.1 CRISÂNTEMO: ORIGEM, CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA, CUL TIVO. ........... 13 1.1.1 Importância Econômica ....................... .......................................................... 13 1.2 TIPOS DE INFLORESCÊNCIA ....................... .................................................... 14 1.2.1 Inflorescência Simples ...................... ............................................................. 14 1.2.2 Anêmona ..................................... .................................................................... 14 1.2.3 Pom-Pom ..................................... .................................................................... 15 1.2.4 Decorativo .................................. ..................................................................... 15 1.2.5 Inflorescência Grande ....................... ............................................................. 15 1.2.5.1 Reflexa .......................................................................................................... 15 1.2.5.2 Espider .......................................................................................................... 15 1.2.6 Inflorescência Pequena ...................... ........................................................... 15 1.3 CICLO DO CRISÂNTEMO E EXIGÊNCIAS PARA O CULTIVO ........................ 16 1.4 SENSIBILIDADES DA CULTURA AO FOTOPERÍODO ...... .............................. 16 1.5 COLHEITA ...................................... .................................................................... 16 1.6 QUALIDADES DO CRISÂNTEMO ...................... ............................................... 17 1.7 SOLUÇÕES CONSERVANTES ......................... ................................................ 17 1.7.1 Compostos Químicos Utilizados Na Conservação Pós-Colheita De Flores

De Corte .......................................... ................................................................. 18 1.7.1.2 Hipoclorito De Sódio ...................................................................................... 18 1.7.1.3 Sacarose ....................................................................................................... 18 1.7.1.4 Acido Cítrico .................................................................................................. 19

2 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 20

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................... .................................................. 22

CONCLUSÕES ......................................................................................................... 29

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30

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INTRODUÇÃO

A floricultura é a atividade agrícola responsável pelo cultivo de flores e

plantas ornamentais com variadas finalidades, desde as utilizadas em jardins às

flores de corte, que são as favoritas das floriculturas e também o cultivo de flores de

grande porte (CASTRO, 1998).

A floricultura oferece muitas vantagens, grande quantidade de mão de obra

disponível, retorno de investimento rápido, elevada produtividade por área, ou seja,

é possível obter lucro em pequenas propriedades, se tornando um incentivo para o

homem do campo, diminuindo assim o êxodo rural (AGUIAR, 2004).

É por essa quantidade de vantagens que o mercado da floricultura vem

expandindo e se encontra fortemente aquecido em todo o mundo. O Brasil se tornou

um produtor importante, pois está entre os principais consumidores e produtores

neste ramo, sendo que o abastecimento interno é feito pela sua própria produção,

segundo anuário da agricultura brasileira (AGRINUAL, 2013).

Isso se deve a grande importância que as pessoas dão aos ambientes

naturais, paisagens ecológicas e contato com a natureza, trazendo esse ambiente

para suas próprias casas e ainda podemos imaginar um aumento muito maior tanto

em áreas cultivadas como em produtividade, pois o país possui um grande potencial

devido às condições climáticas favoráveis ao cultivo, como a disponibilidade de água

e a grande variedade de tipos de solos e de relevos, os quais permite a produção de

inúmeras espécies.

O crisântemo é uma das flores de corte com grande preferencia dos

floricultores, devido ao seu ciclo curto, é produzido durante todo o ano obtendo

retorno econômico rápido e também pela grande variedade de cores e tipos de

inflorescências além de ser cultivada tanto em ambiente protegido como no campo

(SCHMIDT et al., 2003).

É cultivada pela beleza e durabilidade de suas inflorescências, possui

grande valor comercial e é uma das culturas ornamentais com maior aceitação no

mercado.

Um grande problema dentro da floricultura é a falta de cuidados durante a

colheita, transporte e armazenamento das flores de corte, esta falta de cuidados

específicos acarreta na perda de qualidade e consequentemente perda de lucros.

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O esgotamento das reservas de carboidratos, através do processo de respiração da

planta, assim como a clorose das folhas, são fatores que afetam a longevidade e

qualidade pós-colheita de flores de corte (BRACKMANN et al., 2005).

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1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 CRISÂNTEMO: ORIGEM, CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA, CUL TIVO.

Conhecida a mais de 2000 anos, essa planta pertence ao gênero

Dendranthema, Família Asteraceae. Originada no extremo oriente, mais

precisamente na China, é considerada símbolo nacional do Japão desde que foi

introduzida no ano 386 e adaptada a aquela região. Depois de ter sido introduzida

na Europa foi distribuída para os demais países (BARBOSA, 2003).

O crisântemo é uma das principais espécies de flores cultivadas, possui

cerca de 100 espécies identificadas e 800 diferentes híbridos e variedades, que são

comercializadas mundialmente. Uma planta de origem subtropical, de dias curtos

que possui uma grande variedade de cores e formas. Essa planta pode ser cultivada

em diferentes condições, em ambiente protegido ou mesmo no campo aberto desde

que o ambiente seja favorável. Um dos motivos para sua grande utilização é que

pode ser comercializada em vaso e também como flor de corte (OLIVETTI et al.,

1994).

O crisântemo é composto por inflorescências, com pequenas flores

desenvolvidas a partir de um capítulo, apresenta inflorescência simples onde estão

localizadas as flores externas que são consideradas como pétalas, e possui apenas

aparelho feminino, porém a flor interna conhecida como o olho da margarida possui

aparelho feminino e masculino (BARBOSA, 2003).

1.1.1 Importância Eeconômica

O mercado da floricultura está em expansão no mundo todo, cada vez mais

novas regiões estão se firmando nessa área acompanhando a globalização,

principalmente nas regiões em que as condições climáticas são extremamente

favoráveis a produção de flores. O Brasil está entre os países que passaram a se

destacar neste mercado de trabalho, sendo que nos últimos anos tem movimentado

milhões na economia do Brasil (UPNMOOR, 2003).

Devido a este grande crescimento e expansão têm se tornando um setor

competitivo, exigindo novas tecnologias e um sistema rápido de comercialização e

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distribuição, pois as flores de corte possuem uma vida pós colheita relativamente

pequena (MATSUNAGA, 1995).

A floricultura se tornou uma alternativa de produção, pois demanda menor

de área e também por possuí um ciclo curto, proporcionando ciclos de cultivo

sucessivos.

O crisântemo é uma das culturas de maior aceitação no mercado, isto se

deve a sua beleza, durabilidade pós-colheita e diversidade de formas e cores. No

Brasil é a segunda flor de corte mais produzida, pois possui um retorno financeiro

rápido (BELLÉ, 2008).

No Brasil o principal produtor de crisântemo é o estado de São Paulo, com

131 municípios produtores, principalmente em Holambra, Campinas, Atibaia

(ARRUDA et al., 1996).

A cultura ainda se destaca no plano sócio econômico na geração de

empregos diretos e indiretos e na demanda de insumos relacionados. Como o

sistema de produção e comercialização é eficiente e de qualidade, tornou-se comum

a produção de crisântemo em diversas regiões do Brasil.

1.2 TIPOS DE INFLORESCÊNCIA

A cultura do crisântemo pode ser classificada de várias formas, como pelo

seu Fotoperíodo ou pela sua finalidade comercial, pela resposta a temperatura, pela

indução floral ou ainda pelo tipo de inflorescência. ou capitulo (TEIXEIRA, 2004).

Segundo Teixeira (2004), os tipos de inflorescências são:

1.2.1 Inflorescência Simples

A inflorescência simples ou tipo margarida, como é mais conhecida, possui

uma ou mais camadas de flores liguladas, tendo no centro do capítulo flores

tubulares curtas com cores diferentes das lígulas que são as flores principais, este

grupo é conhecido como o grupo das margaridas, onde as pétalas são em forma de

quilha ou colher.

1.2.2 Anêmona

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Muito similar à inflorescência simples porem o capitulo é mais volumoso

com flores tubulares e alongadas, a cor pode possuir dois tons, por isso é conhecida

como olho de gato.

1.2.3 Pom-Pom

São inflorescências globulares, as lígulas são todas do mesmo tamanho, o

disco fica escondido, com forma esférica, as pétalas são de tamanho pequeno.

1.2.4 Decorativo

Muito parecidas aos Pom-Pom, composta de flores pistiladas. As lígulas

decrescem das bordas para o centro, conhecida como grupo polaris. As pétalas

internas são maiores que as externas dando a sensação de que a pétala esta

achatada.

1.2.5 Inflorescência Grande

A inflorescência grande pode ser subdividida em dois grupos.

1.2.5.1 Reflexa

Forma convexa abrindo a inflorescência.

1.2.5.2 Espider

São inflorescências similares as decorativas, porém mais achadas. As

lígulas são tubulares e menores no centro, pétalas externa bastante longa e alguns

casos alternados entre mais longas e mais curtas.

1.2.6 Inflorescência Pequena

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Conhecido como mini-crisântemo, por ter tamanho reduzido e tem diferentes

formas.

1.3 CICLO DO CRISÂNTEMO E EXIGÊNCIAS PARA O CULTIVO

O ciclo do crisântemo é relativamente curto, do plantio ao corte em geral

possui em torno de 12 a 15 semanas, podendo esse período diminuir durante o

verão quando se tem temperaturas muito elevadas e no inverno ocorrer o inverso,

aumentando assim o período do ciclo (TEIXEIRA, 2004).

O solo ideal é aquele que possui grande quantidade de matéria orgânica e

pH mediano entre 5.5 e 6.5, com solos de textura leve e que não sejam suscetíveis

a possíveis encharcamento. É uma cultura extremamente sensível ao Fotoperíodo,

por isso a temperatura ideal deve se manter na faixa de 23 a 25 C, temperaturas

maiores podem causar problemas fitossanitários, podem interferir na cor e na

floração (TEIXEIRA, 2004).

1.4 SENSIBILIDADES DA CULTURA AO FOTOPERÍODO

O crisântemo é uma planta altamente afetada pelo fenômeno chamado foto

período, que é a capacidade da planta reconhecer o amanhecer e o anoitecer, ou

seja, o comprimento do dia em relação à quantidade de horas luz. É um fator

extremamente importante nessa cultura já que esse fenômeno pode determinar o

momento da floração ou até mesmo inibi-la (TEIXEIRA, 2004).

O fitocromo é um pigmento e um complexo de proteína que tem a

capacidade de absorver a luz na faixa vermelha, um comprimento de onda de 660

nanômetros, ou vermelho distante com 730 nanômetros, isso explica o porquê as

plantas são sensíveis ao comprimento do dia (TEIXEIRA, 2004).

1.5 COLHEITA

A durabilidade da haste do crisântemo depende de diversos fatores durante

o cultivo do mesmo, a forma como será feito o manejo contribuirá para que a haste

se mantenha com características desejadas o maior tempo possível. A escolha da

cultivar, por exemplo, é um ponto importante a ser observado, hastes finas serão

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suscetíveis a dobramento, enquanto hastes grossas serão armazenas com mais

facilidade e serão mais resistentes durante o transporte e também o armazenamento

(TEIXEIRA, 2004).

As inflorescências de crisântemo, ao contrario do que ocorre com a maioria

das espécies cultivadas para corte de flor, são colhidas antes da abertura total da

inflorescência.

A luminosidade, temperatura, são de grande importância associadas a uma

boa adubação e controle fitossanitário, através da luminosidade ocorrerá a

fotossíntese. Boa luminosidade aumentara a eficiência da mesma acumulando uma

maior quantidade de reservas energéticas pelas plantas (TEIXEIRA, 2004).

A inflorescência tem ligação direta com a colheita, deve ser observado a

distancia do campo até o lugar de comercialização, pois se essa distancia for longa

as hastes devem ser retiradas antes que as inflorescências estejam totalmente

abertas, ou seja, de 50 a 60% abertas. Caso contrário elas poderão ser retiradas

com 70% da inflorescência aberta, essas medidas ajudarão no prolongamento da

vida útil da planta (TEIXEIRA, 2004).

1.6 QUALIDADES DO CRISÂNTEMO

A qualidade pode ser definida através de características como cor, tamanho,

e aparência relacionada a sanidade, que tornem o produto agradavelmente aos

olhos do consumidor. Fatores tais como população de plantas, fatores ambientais e

genéticos de cada cultivar são determinantes para a qualidade. Essa qualidade pode

ser avaliada através do tamanho da inflorescência, comprimento, rigidez, sanidade

da haste e grau de abertura das flores (FARIAS, 2006).

1.7 SOLUÇÕES CONSERVANTES

Podemos usar nas soluções conservantes carboidratos, inibidores de

etileno, reguladores de crescimento, germicidas, utilizados separadamente, ou ainda

associados, que poderão afetar a qualidade aumentando sua longevidade,

conservando sua cor, e também induzindo a abertura de botões florais (NOWAK E

RUDNICKI, 1990).

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Os conservantes florais geralmente possuem em sua formulação três

componentes: substrato energético, uma substancia conservante básica que pode

ser um agente biocida que iniba o crescimento de microrganismos, uma substancia

conservante auxiliar (MATTIUZ, 2003).

As soluções conservantes podem ser divididas em quatro tipos, são estas:

solução de condicionamento, pulsing, de manutenção e indução a abertura floral.

Segundo Halevy e Mayak (1979) a solução de condicionamento restaura a

turgescência, e deve ser utilizada logo depois da colheita, transporte ou

armazenamento. Ainda segundo o mesmo autor a solução de manutenção pode

conter sacarose, nitrato de prata, reguladores de crescimento.

Segundo Halevy e Mayak (1979), um dos tipos de soluções de

armazenamento é o “pulsing” considerado um tratamento rápido que utiliza açucares

e ou outros compostos químicos. Ainda segundo o mesmo autor esta solução de

pulsing hidrata e nutre os tecidos florais. O principal constituinte desta solução é a

sacarose, em concentrações que variam de 2 a 20%. A Solução deve encobrir

somente a base da haste (HALEVY et al., 1978).

A solução para indução floral é parecida com a solução pulsing, porem com

dosagens menores de sacarose, e o tempo de tratamento deve ser maior que o da

solução pulsing.

1.7.1 Compostos Químicos Utilizados Na Conservação Pós-Colheita De Flores

De Corte

1.7.1.2 Hipoclorito De Sódio

Desinfetantes ou germicidas podem ser misturados nas soluções, pois a

agua pura é um veiculo rápido e indefeso para o acumulo de fungos e bactérias que

induz a produção de tanino que bloqueiam os vasos das hastes florais essa ação

pode ser impedida pela ação do Hipoclorito de sódio.

1.7.1.3 Sacarose

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Os processos bioquímicos e fisiológicos ocorrem graças a reservas de

carboidratos presentes nas flores e nas inflorescências. Os açúcares fornecem

energia para a respiração, transpiração atuando no metabolismo das plantas de

corte. Também influenciam na abertura e no fechamento dos estômatos. O

tratamento com sacarose é muito simples e pode ser utilizada por floristas e

vendedores aumentando assim a vida de vaso das flores (NOWAK E RUDNICKI,

1990).

Segundo Gonzaga (2001), durante um experimento observou que o uso de

conservação de açúcares a 4% de concentração pode aumentar a vida útil das

plantas até cinco dias a vida de vaso de inflorescências de girassol.

1.7.1.4 Ácido Cítrico

Também pode ser utilizado para aumentar a longevidade da vida de vaso de

inflorescências de vários tipos, pois aumenta a acidez da solução reduzindo a

deterioração das hastes florais. Entretanto em algumas variedades o acido cítrico

não é benéfico, podendo até mesmo reduzir a vida útil (NOWAK E RUDNICKI,

1990).

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi realizado no Laboratório da Faculdade Centro Mato-

grossense no município de Sorriso, com temperatura ambiente na média 30ºC,

utilizou-se três variedades de crisântemos de corte, sendo elas Calábria, Dragone

Sheena, com inflorescências totalmente abertas.

Para padronização das hastes, realizou-se a eliminação da folhagem basal e

corte da haste floral dentro d’água, com aproximadamente 50 cm de comprimento e

selecionadas quanto ao ponto de colheita (flores totalmente abertas).

Os tratamentos que utilizados:

1. Água potável;

2. Solução de sacarose (2%);

3. Solução de ácido cítrico (250 mg.L¯¹);

4. Solução de sacarose (2%) + hipoclorito de sódio (50mg.L¯¹);

5. Solução de hipoclorito de sódio (50mg.L¯¹).

As soluções serão substituidas após 24 horas por água potável e trocadas a

24 horas até o término do experimento.

O experimento foi conduzido em DBC, delineamento em blocos

casualizados, esquema fatorial 3x5 (três variedade e cinco tratamentos), sendo

cinco tratamentos e quatro repetições, uma haste por repetição.

As hastes foram avaliadas diariamente até a inviabilização para comercialização

segundo Silva & Silva (2010), adaptado. Os parâmetros a serem observados serão:

A) Longevidade (nota de 1-5): tomando-se como referência o número de dias, a

partir da realização dos tratamentos, nos quais não apresentaram abscisão

ou morte de pétalas.

1 – 0% de abscisão ou morte de inflorescências;

2 – 15% de abscisão ou morte de inflorescências;

3 – 30% de abscisão ou morte de inflorescências;

4 – 50% de abscisão ou morte de inflorescências;

5 - ≥ 50% de abscisão ou morte de inflorescências;

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B) Aparência (1-9):

1- Inaceitável;

3 - Ruim;

5 - Regular;

7 - Bom;

9 - Excelente.

Onde:

1- Senescência completa da flor, com murchamento, escurecimento

pronunciado das pétalas, senescência completa das pétalas, haste

escurecida, imprestável para comercialização;

3- Murchamento acentuado, presença de manchas nas pétalas e hastes,

injúrias pronunciadas, enrugamento e escurecimento evidente das pétalas;

4- Indica o limite de aceitação da flor quando era observada perda do valor

ornamental e comercial;

5- Início de murchamento, aparência ligeiramente atrativa, ausência de

manchas e injúrias e/ou enrugamento;

7- Flor fresca, túrgida, ligeiro murchamento, ausência de manchas e injúrias,

ausência de enrugamento;

9- Flor fresca, túrgida, isenta de injúrias, muito atrativa, perfeita para

exposição em vasos.

Os dados serão submetidos a Análise de Variância (ANOVA),

utilizando o Programa Genes (CRUZ, 2013). Os tratamentos foram avaliados

através da análise descritiva dos dados, utilizando gráficos obtidos através do

Programa Excel.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A aparência das hastes florais não apresentou diferença significativa entre

os tratamentos até o terceiro dia, para a variedade Calábria e Shenna todas as

soluções foram eficientes na manutenção da aparência desejável para

comercialização (Figuras 1-5). Já para a variedade Dragon, somente a solução cinco

manteve a aparência desejada para comercialização por maior número de dias

(Figura 5).

Figura 1 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de água potável, em

condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

As hastes armazenadas em água potável (controle) tiveram durabilidade de

cinco dias. Resultado semelhante foi obtido por Silva et al. (2010), trabalhando com

conservação de hastes de crisântemo branco com diferentes soluções de

armazenamento, observaram que a solução de sacarose proporciona manutenção

da qualidade das flores de crisântemos brancos e melhor aparência, por até 17 dias,

com qualidade comercial.

Notou-se que as hastes mantidas apenas em água potável obtiveram nota

sete até o quarto dia de armazenamento, indicando que a imersão somente em água

não é suficiente para prolongar a vida de vaso de hastes de crisântemo na região de

Sorriso.

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Figura 2 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose (2%),

em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

Silva et al. (2010), trabalhando com armazenamento de crisântemos brancos

em diferentes soluções conservantes, obtiveram melhor aparência das

inflorescências nas soluções de sacarose 15 e 10%, promovendo vida de vaso de 15

e 17 dias, respectivamente. No presente trabalho, a solução de sacarose (2%)

promoveu aparência acima do limite de conservação por apenas cinco dias de

armazenamento, pois o aporte de substrato não foi eficiente para abastecer

adequadamente a demanda das hastes.

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Figura 3 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de ácido cítrico (250

mg/L), em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

A aparência das inflorescências ficaram acima do limite de aceitação para a

variedade Calábria mantidas em solução de ácido cítrico, com aparência melhor em

relação aos demais tratamentos até o sétimo dia de armazenamento.

Figura 4 – Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose (2%) +

hipoclorito de sódio (50 mg/L), em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

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Figura 5 - Notas para aparência de hastes de crisântemo mantidas em hipoclorito de sódio (50

mg/L), em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

Até o oitavo dia de armazenamento, as hastes das variedades Calábria e

Shenna, mantidas em solução de sacarose (2%) apresentavam boa aparência

comercial. A partir deste dia apresentaram indícios de necrose e perda de qualidade,

inviabilizando a comercialização das mesmas.

A longevidade das flores até o sexto dia não apresentou diferença

significativa entre os tratamentos. Porém a partir do sexto dia as flores mantidas nas

soluções de sacarose a 2% (Figuras 6-10).

As variedades Calábria e Shenna obtiveram melhor nota de longevidade para

todos os tratamentos quando comparadas a variedade Dragon, permanecendo com

viabilidade comercial até o oitavo dia após a realização dos tratamentos. Dragon

atingiu a nota de descarte da haste (nota 3), ao sétimo dia.

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Figura 6 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas Água Potável em condição

ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

Bellé et al. (2004), avaliando a abertura floral e vida de vaso de hastes

crisântemo de corte, variedade Bronze Repin, após armazenamento à frio, seguido

de solução de pulsing, obtiveram resultado semelhante para as hastes armazenadas

em água potável, com longevidade de aproximadamente sete dias.

Figura 7 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose a 2%

em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

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Figura 8 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em solução ácido citrico (250

mg/L) em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

Figura 9 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em solução de sacarose a (2%)

+ Hipoclorito de sódio (50 mg/ L) em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

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Figura 10 - Notas para longevidade de hastes de crisântemo mantidas em soluão de Hipoclorito de

sódio (50 mg/ L) em condição ambiente (30 ±2°C e 85± 2% UR).

O tratamento utilizando hipoclorito de sódio (50 mg/L) proporcionou maior

longevidade as hastes de crisântemo da variedade Sheena durante o período de

armazenamento, onde as inflorescências apresentaram maior vida de vaso e

floração mais prolongada. Quando comparadas com as hastes mantidas em água

potável (testemunha), a longevidade aumentou em 1,5 dias. Bellé et al. (2004),

encontrou que solução de pulsing com tiosulfato de prata e 8-hidroxiquinolina

proporcionaram melhor vida de vaso para hastes de crisântemo da variedade

Bronze Repin.

Não existe produção comercial de crisântemo de corte em Sorriso, as hastes

utilizadas neste experimento foram adquiridas em Holambra-SP, levando

aproximadamente 10 dias para chegar até o comerciante, fato este que promove

redução significativa na vida de vaso das flores de corte, inviabilizando sua

comercialização.

Assim, os resultados obtidos neste trabalho fornecem técnicas de

conservação pós-colheita que permite aos comerciantes locais a comercializar as

hastes por maior período de tempo, com manutenção de qualidade, podendo

contribuir para que as inflorescências sejam disponibilizadas com melhor aparência

e maior longevidade.

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CONCLUSÕES

Conclui-se com este experimento que todas as soluções foram eficientes

para duas variedades conservando a aparência por mais tempo da variedade

Shenna e Calábria. Porém, para a variedade Dragon somente a solução cinco foi

eficiente.

O ácido cítrico manteve a aparência da Calábria viável para comercialização

até o sétimo dia, sendo maior tempo em relação às outras soluções.

As variedades Calábria e Shenna responderam melhor aos tratamentos,

mostrando serem mais resistente que a Dragon.

O tratamento com Hipoclorito de sódio foi mais eficiente para a variedade

Shenna.

As soluções de pulsing são eficientes para a manutenção da qualidade pós-

colheita de hastes de crisântemo de corte, armazenadas em condições ambiente

para a região de Sorriso-MT.

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