Reflexões sobre a Atividade 3 Qual texto? Com queQual texto? Com queobjetivo pedagógico?objetivo pedagógico?

Nesta atividade, vimos que, durante o desenvolvimento de um projeto de aprendizagem, os textos podem ter funções diferentes, ser mais/menos centrais e mais/menos explorados em sala de aula. É importante que, para estudar o tema em pauta, os alunos possam ter acesso a uma variedade de gêneros do discurso, e que a seleção dos textos leve em conta, além do nível de complexidade do texto para a turma, os objetivos de cada etapa do projeto em desenvolvimento.

A leitura dos textos poderá, assim, criar oportunidades para que os alunos observem o mundo que os cerca, compreendam melhor esse mundo, reflitam sobre as relações que constroem com ele e avaliem como podem interferir para fazer mudanças em suas concepções e no seu entorno social. O compromisso da educação escolar é propor a aprendizagem nessas quatro dimensões, e a leitura tem papel fundamental em cada uma delas.

Compromisso do ensinoCompromisso do ensino

Fruir , observar,Fruir , observar,pesquisar, registrar o pesquisar, registrar o

que acontece no mundo que acontece no mundo em relação ao temaem relação ao tema

SensibilizaçãoComo é o mundo em que vivo?

IntervençãoQuem pode intervir para

fazer as mudanças que

queremos?

CompreensãoPor que o mundo é assim?

ResponsabilizaçãoQuem é responsável por este mundo ser assim?

Como se dá a relação Como se dá a relação indivíduo/sociedade com indivíduo/sociedade com

relação ao tema relação ao tema propostoproposto

Características, Características, conceitos,conceitos,

Transformações, Transformações, regulamentação e regulamentação e responsabilidades responsabilidades

em diferentes em diferentes contextoscontextos

Agentes e Agentes e possibilidades possibilidades

de açãode ação

Adaptado de Schlatter e Garcez (2012), p. 17. SCHLATTER, M. e GARCEZ, P. M. Línguas adicionais na escola: aprendizagens colaborativas em inglês. Erechim, RS: Edelbra, 2012.

Como vimos nas atividades anteriores e nesta, a proposta é partir do mais conhecido e familiar para esferas mais públicas, seguir de temas mais concretos para mais abstratos e de práticas de leitura mais conhecidas para textos que apresentem desafios que poderão ser enfrentados em conjunto e com a ajuda de leitores mais experientes, para gerar aprendizagens.

Organização da progressão curricularOrganização da progressão curricular

Esferas sociaisEsferas sociaisEsferas sociaisEsferas sociais Conhecidas e próximasMenos conhecidas e públicas

(exercício da cidadania)

TemasTemasTemasTemas Mais concretos Abstratos

TextosTextosTextosTextosQue já usam para

participar

Aperfeiçoar a participaçãoParticipar em novas esferas

sociais

SCHLATTER, M. E GARCEZ, P. M. Educação linguística e aprendizagem de uma língua adicional na escola. In: Rio Grande do Sul, Secretaria de Estado da Educação. Departamento Pedagógico. Referenciais Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: Linguagens Códigos e suas

Tecnologias. Porto Alegre: SE/DP, 2009. p. 127-172. Disponível em: http://www.educacao.rs.gov.br/dados/refer_curric_vol1.pdfSCHLATTER, M. e GARCEZ, P. M. Línguas adicionais na escola: aprendizagens colaborativas em inglês. Erechim, RS: Edelbra, 2012.

Nesse percurso, é importante buscar uma integração com os professores dos componentes curriculares implicados nas áreas de conhecimento dos textos focalizados e também com convidados especialistas ou atuantes nessas áreas, da comunidade local e mais ampla.

Vimos também que, em todas as etapas, a aprendizagem de conteúdos linguísticos e discursivos pode tornar-se significativa a partir de desafios de leitura, de resolução de problemas, de enfrentamento de questões relevantes para a turma e do convite para produzir textos (orais ou escritos) com propósitos e interlocutores específicos.

Organização da progressão curricularOrganização da progressão curricular

SCHLATTER, M. E GARCEZ, P. M. Educação linguística e aprendizagem de uma língua adicional na escola. In: Rio Grande do Sul, Secretaria de Estado da Educação. Departamento Pedagógico. Referenciais Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: Linguagens Códigos e suas

Tecnologias. Porto Alegre: SE/DP, 2009. p. 127-172. Disponível em: http://www.educacao.rs.gov.br/dados/refer_curric_vol1.pdfSCHLATTER, M. e GARCEZ, P. M. Línguas adicionais na escola: aprendizagens colaborativas em inglês. Erechim, RS: Edelbra, 2012.

O ciclo de aprendizagem move-se, assim, num movimento de alteridade: de problemas locais e cotidianos seguimos para visões de mundo distintas e diversificadas, incluindo tanto as perspectivas historicamente valorizadas quanto as construídas à margem do mainstream (com as quais os alunos podem se reconhecer fora da escola e que precisam de visibilidade e discussão também dentro da escola). A diversidade de perspectivas pode promover o estranhamento necessário para novas tomadas de decisão sobre a própria realidade e fundamentar participações criativas e autorais na sociedade mais amplamente.

Adaptado de Schlatter e Garcez (2012), p. 38. SCHLATTER, M. e GARCEZ, P. M. Línguas adicionais na escola: aprendizagens colaborativas em inglês. Erechim, RS: Edelbra, 2012.

Aulas de língua

Cabe lembrar que, para isso, é importante que os alunos tenham oportunidades, ao longo de sua trajetória escolar, de escolha dos textos que vão ler, com liberdade de exercer sua curiosidade e de fazer valer interesses individuais ou dos grupos com quem convivem ou querem conviver. Também é importante haver oportunidades de escolha pela turma ou por grupos de interesse para trabalhar por um objetivo compartilhado de um projeto de aprendizagem coletiva. Compreender as razões para as sugestões e propostas do professor e de outros participantes também faz parte da formação de leitores.

Aprender a traçar metas de aprendizagem, procurar, escolher, encontrar, aceitar sugestões, encarar textos mais difíceis, decidir quais partes do texto ler, compreender e decidir até onde é preciso ir para alcançar determinado objetivo, relacionar textos, usar textos para produzir seu próprio discurso são atividades que podem ser vivenciadas em sala de aula.

Se você quiser conferir o planejamento de outros projetos de aprendizagem ou quiser buscar outras ideias para o desenvolvimento de projetos no Ensino Fundamental (6º ano ao 9º ano) e para o Ensino Médio, acesse o Volume 1 dos Referenciais Curriculares do Rio Grande do Sul (2009).

Disponível em: http://www.educacao.rs.gov.br/dados/refer_curric_vol1.pdf

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2014