qo obra de um instante - 05
DESCRIPTION
Por Allan Hebert Lima Por Ana Amélia Lima dente afegão Hamid Karzai. Essa não seria a primeira vez que os Estados Unidos tentam mani- pular algum país em seu benefício. A política imperialista americana, de ex- pansão territorial, cultural e econômica que uma nação exerce sobre a outra à força é algo visível. Pode-se constatar Por Kíssila Machado QQQ u e s t ã o d euestãodeuestãode OOO r d e mrdemrdem Foto: DivulgaçãoTRANSCRIPT
Apesar do presidente ameri-
cano Barack Obama ter decidido en-
cerrar formalmente as operações de
combate e retirar completamente as
tropas americanas do Iraque até 2011,
parece que o imperialismo americano
não acabou junto com o governo Bush.
Isso é percebido em posicionamentos
tomados frente ao ataque à faixa de
Gaza em Israel e a decisão de reforçar
a caçada a terroristas militantes do
Talibã.
Depois dos ataques terroristas
ocorridos no dia 11 de setembro de
2001, as tropas americanas invadiram
o Afeganistão, onde permanecem até
hoje. Apesar da justificativa de "guerra
ao terrorismo", dada pelo governo
estadunidense, existe outros interesses
para a ocupação do Afeganistão, a
descoberta feita por geólogos norte-
americanos e oficiais do Pentágono de
recursos minerais inexplorados no
país.
Segundo declarações do gene-
ral David H. Petraeus, chefe do Co-
mando Central dos EUA, feitas ao The
New York Times, existe grande poten-
cial mineral no país. Foram encon-
trados US$ 1 trilhão em depósitos de
minerais, incluindo ferro, cobre,
cobalto, ouro e metais industriais como
o lítio, dados confirmados pelo presi-
dente afegão Hamid Karzai.
Essa não seria a primeira vez
que os Estados Unidos tentam mani-
pular algum país em seu benefício. A
política imperialista americana, de ex-
pansão territorial, cultural e econômica
que uma nação exerce sobre a outra à
força é algo visível. Pode-se constatar
isso na relação dos Estados Unidos
com Cuba.
Nos primeiros meses do regime
de Fidel Castro, os norte-americanos
acreditavam que ele seria apenas um
ditador latino com o qual não teriam
problemas em lidar, mas quando o
governo de Castro começou a im-
p l em en t a r m ed id as p o l í t i c a s
semelhantes às da União Soviética, os
Estados Unidos começaram com as
sanções econômicas à Cuba. “Ele ini-
ciou uma extensa reforma agrária,
nacionalizou fazendas, usinas de açú-
car, indústrias e propriedades urbanas,
medidas quase inacreditáveis, dentro
da área de influência direta dos Esta-
dos Unidos”, diz a historiadora Cla-
udia Furiati, autora do livro “Fidel,
uma Biografia Consentida”.
Os Estados Unidos usam Israel,
seu aliado político, para "reestruturar"
o Oriente Médio, apoiando os ataques
israelenses ao seus vizinhos palestinos,
libaneses entre outros. O tratamento
favorável dado a Israel em detrimento
dos países árabes é algo visto em fatos
como o acontecido em maio deste ano,
quando ativistas turcos tentaram furar
o bloqueio de Israel à Gaza para levar
ajuda humanitária e foram atacados
por militares israelenses em águas in-
ternacionais.
Sobre o acontecido, a Casa
Branca apenas declarou que sentia
muito pelas perdas e que analisaria as
circunstâncias nas quais o ataque foi
realizado.
Por Ana Amélia Lima
Após o atentado terrorista de
2001, a primeira medida da defesa
americana foi aprovar o chamado
Ato Patriota, lei aprovada pelos
governantes dos Estados Unidos
para intensificar a segurança inter-
na do país, que gerou polêmica por
parte da mídia e da população em
geral. Apesar disso, essa lei não
sofreu nenhum tipo de oposição em
grande escala dentro do Governo.
De fato, apenas um senador votou
contra a ementa, o democrata Russ
Feingold (saiba mais detalhes sobre
esta lei na matéria da página 2).
Dos dois partidos principais
que compõem a administração dos
Estados Unidos, o Republicano e o
Democrata, nenhum é um partido
de esquerda, embora exista uma
crença, principalmente por parte
dos não-americanos, de que esse
último o seja. O partido Democrata,
apesar de fazer oposição ao Repu-
blicano e ter ideias um pouco mais
liberais, não se encaixa no conceito
de esquerda que nós brasileiros
conhecemos.
A esquerda nos Estados Uni-
dos é praticamente inexistente, não
havendo um partido com represen-
tatividade significativa. Segundo a
jornalista canadense e ativista de
esquerda Naomi Klein, autora do
best seller “A doutrina do choque –
A ascensão do capitalismo do
desastre”, “a esquerda americana é
extremamente fraca, como conse-
quência do período do governo
Bush, pois antes nós víamos o sur-
gimento de uma esquerda inde-
pendente".
Ela também alega que, após
o 11 de setembro, esse movimento
ficou com medo de ser associado ao
terrorismo e considerado anti-
americano. "Depois que esse medo
inicial acabou, viram-se grandes
manifestações contra o governo,
mas isso também acabou, e o que
veio depois foi uma espécie de
mania, onde as pessoas achavam
que o mais importante era se livrar
de Bush, que era republicano",
conta Naomi. "Então, a solução foi
se aliar ao Partido Democrata para
ganhar a eleição”.
Por Kíssila Machado
A maneira maniqueísta das pes-
soas verem o mundo nunca foi novi-
dade. Eles estão sempre tentando defi-
nir quem é bom e o que está certo, e
quem é mal e precisa ser contido. Os
Estados Unidos sempre fizeram questão
de serem “heróis” do mundo ocidental,
contra os cruéis “vilões” do oriente.
Desde a época da Segunda Guer-
ra, eram comuns expressões bilaterais
que remetiam ao "Eixo", formado por
Alemanha, Itália e Japão, que os ameri-
canos chamavam de "Império do Mal".
Este termo também foi usado pelo pre-
sidente Ronald Reagan, em 1982, para
definir a então União Soviética.
Vinte anos depois, em um dis-
curso anual sobre o estado da União,
proferido diante do Congresso norte-
americano, em 29 de janeiro de 2002,
George W. Bush usou o termo "Eixo do
Mal" pela primeira vez para definir três
países que, segundo ele, constituíam
uma ameaça real à estabilidade global.
O "Eixo do Mal", formado por
Coréia do Norte, Irã e Iraque, foi com-
siderado perigoso à segurança ame-
ricana, pois possuíam, segundo Bush,
armas de destruição em massa e patro-
cinam o terrorismo regional e mundial.
Ele dizia que a Coréia do Norte, Irã e
Iraque faziam parte de uma categoria
superior dentre os "Estados vilões",
onde também estavam inseridos Cuba,
Líbia, Egito entre outros.
Os norte-americanos, mais do
que ninguém, atacaram e destruíram,
mas sempre em nome de um “bem
maior”, o deles, talvez. Só na história
recente, eles derrubaram muitos gover-
nos democráticos e colocaram ditado-
res em países como Irã, Guatemala,
Chile, El Salvador, Nicarágua, Pana-
má, entre outros. Deram US$ 3 bilhões
para treinar terroristas, entre eles Bin
Laden, para lutarem contra a União
Soviética. Em 1982, deram a Saddam
Hussein armas para matar iranianos, e,
em 1983, deram secretamente armas ao
Irã para matar iraquianos.
Qualquer país que produzir ar-
mas nucleares e não for necessariamen-
te aliado aos Estados Unidos sempre
aterroriza os governos estadunidenses,
eles sabem que sempre serão os prin-
cipais alvos, mas o curioso é que eles
nunca se perguntam o porquê.
Por Allan Hebert Lima
QQQu e s t ã o d e u e s t ã o d e u e s t ã o d e OOOr d e mr d e mr d e m
Barack Obama: novo presidente, mesma política imperialista, reforça tropas americanas no Afeganistão
Foto: Divulgação