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#003

A Mulher da (e na) Publicidade

Page 3: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

ROTEIRO

Tema: A Mulher e a Publicidade

Duração: 60 a 90 minutos

ORDEM

- Apresentação/Intro: 10min

- A Mulher retratada pelas campanhas publicitárias: 20min

- A Mulher no Mercado de Trabalho: 20min

- Projeções para o futuro: 20min

- Fechamento/Conclusões: 10min

- Anota Aí (dicas): 10min - Pelo menos duas indicações de mídias diferentes (vale jabá) para a audiência.

Page 4: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Apresentação

Page 5: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

A Mulher nas

Campanhas

Publicitárias

Page 6: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Um olhar sobre as representações da mulher na publicidade

adage.com/article/news/a-back-portrayals-women-advertising/294756/

Page 7: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Debate sobre a imagem da mulher nas propagandas mobiliza

cada vez mais gente (ClicRBS / Zero Hora)

— Não creio que um dia vamos escapar da mulher retratada como objeto de conquista ou representação do prazer,

não necessariamente prazer sexual — diz Fábio Bernardi, diretor de criação e sócio da Morya Comunicação. —

Em uma propaganda de cerveja, por exemplo, o publicitário que pretende atingir o público masculino pensará em

assuntos que unem os homens em uma mesa de bar. E a mulher, assim como o futebol, se fará presente.

— O que precisa ficar claro é que a publicidade é o espelho da sociedade em que ela está. Ela não cria hábitos, ela

retrata hábitos. Não é papel dela mudar tendências, condutas ou costumes, mas sim reproduzi-los. A publicidade tem

30 segundos para provocar uma identificação com o consumidor. Ela dificilmente criará um movimento: vai sempre

retratar um movimento — afirma Selma Felerico, professora de Marketing, Comunicação e Consumo da ESPM

de São Paulo.

— Há uma propaganda de cueca em que um homem sarado, cerca de 35 anos, aparece seminu com um bebezinho

no colo. Não é um comercial dirigido aos homens. É dirigido às mulheres: elas vão comprar aquela cueca para os

maridos — esclarece a professora Rosana Schwartz, da ESPM de São Paulo.

zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2015/03/debate-sobre-a-imagem-da-mulher-nas-propagandas-mobiliza-cada-vez-mais-gente-4713742.html

Page 8: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

RECLAMAR DE PROPAGANDA NÃO É COISA DE FEMINISTA CHATA

escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/02/guest-post-reclamar-de-propaganda-nao-e.html?showComment=1424033454835#c8187183366774535045

“Outra coisa bastante dita é para conhecermos o público-alvo, saber com quem estamos falando. É aí que mora o

perigo: normalmente isso se baseia em estereótipos de classe e gênero. Um dos exemplos na aula era, justamente,

propaganda de cerveja. Por que as propagandas de cerveja são do jeito que são? Porque o público-alvo é de classe

baixa e... homem. Isso me foi dito há 6 ou 7 anos e tudo continua igualzinho. “

“Quando fui rebater, meu chefe apenas me olhou e disse: ‘Faz o que ele quer, ele tá pagando’. Acho que esse

diálogo resume bem a ideia que eu quis passar. O cliente paga e entregamos a ele o que ele quer, não o que

julgamos melhor.”

“Se conseguimos vender produtos que as pessoas não precisam, por que não podemos influenciar comportamentos

positivos? A resposta está logo acima: falta inovação e quem aposte na ideia, quem financie. Há medo do novo.”

“Por essas e outras que temos visto com frequência tantas propagandas problemáticas, vide a lata da Conti Beer

com a moça que fica de biquíni quando a bebida está gelada, vide a propaganda do Ministério da Justiça do "Bebeu,

Perdeu" e, semana passada, a da Skol com “Esqueci o Não em casa”. Essas propagandas sempre existiram, a

diferença é que agora nós estamos problematizando, questionando e nos revoltando com isso.“

Page 9: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

RECLAMAR DE PROPAGANDA NÃO É COISA DE FEMINISTA CHATA

escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/02/guest-post-reclamar-de-propaganda-nao-e.html?showComment=1424033454835#c8187183366774535045

“Em tempo, um ponto que pode explicar bastante coisa: 99% das pessoas com quem já dividi a criação são.... sim,

homens, brancos, cis e héteros. Junte isso a um mercado que valoriza o ego e o ganho acima de tudo e temos a

fórmula do desastre. Nenhum desses colegas se interessa em saber se milhares de estupros ocorrem no carnaval

(ocorrem o ano todo, mas no carnaval esse número é potencializado), se existe um movimento que combate o slut

shaming. Isso, pra eles, é apenas coisa de ‘feminista chata’, ‘ninguém vai enxergar essa peça com esses olhos, você

está exagerando’, ‘todo mundo faz desse jeito e nunca deu nada.’”

“Não entrarei no mérito de como é ser mulher e trabalhar na criação de uma agência, senão esse guest se

estenderia até 2025, mas apenas um aperitivo: dias atrás estava discutindo uma ideia com meu diretor de criação

quando, no meio de uma frase minha, ele vira as costas e sai andando. Quando o repreendi por me deixar falando

sozinha ele me responde: ‘Tu é mulher, deve estar acostumada a ser rejeitada’. Esperar o que das campanhas que

vão pra rua quando o machismo tá entranhado na espinha das agências? E dos clientes, e da sociedade...”

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RECLAMAR DE PROPAGANDA NÃO É COISA DE FEMINISTA CHATA

escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/02/guest-post-reclamar-de-propaganda-nao-e.html?showComment=1424033454835#c8187183366774535045

Page 11: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Ciranda de Blogs: Dove, a Real Beleza e o Marketing de Causa - Publicifique

publicifique.com/ciranda-de-blogs-dove-a-real-beleza-e-o-marketing-de-causa/

Page 12: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

6 campanhas publicitárias que quebram o estereótipo sobre ser mulher

- Always #LikeAGirl

- Inspire Her Mind - Verizon Commercial

- #GirlsCan: Women Empowerment | COVERGIRL

- GoldieBlox & Rube Goldberg "Princess Machine“

- Dove Retratos da Real Beleza

- Not Sorry | #ShineStrong Pantene

mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/claudia/6-campanhas-publicitarias-que-quebram-o-esteriotipo-sobre-ser-mulher

Page 13: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

facebook.com/meiacincodez

Page 14: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

facebook.com/meiacincodez

Page 15: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Muita gente nos pergunta porque escolhemos o nome Feminista para a cerveja.

Deixamos a resposta para a autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie:

"Algumas pessoas me perguntam: 'por que usar a palavra feminista? Por que não dizer que você acredita nos direitos

humanos ou algo parecido?'. Porque seria desonesto. O feminismo faz, obviamente, parte dos direitos humanos de uma

forma geral - mas escolher uma expressão vaga como 'direitos humanos' é negar a especificidade e particularidade do

problema de gênero. Seria uma maneira de fingir que as mulheres não foram excluídas ao longo dos séculos. Seria negar

que a questão de gênero tem como alvo as mulheres. Que o problema não é ser humano, mas especificamente um ser

humano do sexo feminino. Por séculos, os seres humanos eram divididos em dois grupos, um dos quais excluía e oprimia o

outro. É no mínimo justo que a solução para esse problema esteja no reconhecimento desse fato."

facebook.com/meiacincodez

Page 16: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

O QUE É UMA CERVEJA PARA MULHER?

SEM PRECONCEITO, SEM RÓTULO, SEM COLEIRA.

EM REFERÊNCIA A UMA DATA DE LUTA, ESCOLHEMOS PELEAR POR UN MUNDO SEM COLEIRA. NÃO

ACREDITAMOS EM UM TIPO DE CERVEJA PARA HOMEM OU PARA MULHER, PARA DIFERENTES TIPOS

DE PESSOAS OU ORIENTAÇÕES. ACREDITAMOS NA CERVEJA QUE VOCÊ GOSTA

perrolibre.com.br/803

Page 17: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Representações das mulheres nas propagandas na TV

agenciapatriciagalvao.org.br/concurso1minuto/pesquisa-mulher-e-propaganda.html

Page 18: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Representações das mulheres nas propagandas na TV

http://agenciapatriciagalvao.org.br/wp-

content/uploads/2012/05/representacoes_das_mulheres_nas_propagandas_na

_tv.pdf

Page 19: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

A Mulher no

Mercado

Publicitário

Page 20: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

PESQUISAS/INFOGRÁFICOS - TRAMPOS

Edição 2 – 2015: tutano.trampos.co/mulheres-no-trampos-2015

Edição 1 – 2014: tutano.trampos.co/mulheres-no-trampos-2014

Page 21: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

PUBLICITÁRIAS COMENTAM O PAPEL DA MULHER NO MERCADO

Para um dos grandes nomes da publicidade brasileira, Christina Carvalho Pinto, presidente do Grupo Full Jazz, há

muito mais mulheres hoje em cargos de alto nível, porém isso não se reflete, especificamente, na Criação.

"De forma geral, a presença feminina é gigante hoje na propaganda, pelo que se nota ao entrar numa agência. No

entanto, vejo-as mais em Atendimento, Planejamento e Mídia do que em Criação e Internet", analisa.

Segundo Joanna Monteiro, diretora executiva de criação da Giovanni+Draftfcb, para avaliar o desempenho

feminino no mercado publicitário, é preciso observar o cenário com olhos mulheris. "Na mídia, no planejamento e

no atendimento tem muitas mulheres talentosas, com carreiras sólidas e ótimos cargos. A criação tem

menos mulheres. A fama do trabalho sem horário para acabar, da pressão e da necessidade da eterna

juventude são menos atraentes. Concorrer nesse ambiente é mais complicado", explica.

exame.abril.com.br/carreira/noticias/publicitarias-comentam-o-papel-da-mulher-no-mercado

Page 22: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

WHERE ARE ALL THE WOMEN CREATIVE DIRECTORS?

February 26, 2013 BY LYDIA DISHMAN - jornalista de negócios que abrangem inovação, empreendedorismo e

estilo.

“Apesar do fato de que as mulheres controlam 80% dos gastos do consumidor, apenas 3% dos diretores de criação

(e não estamos falando das celebridades) são do sexo feminino.”

"A maioria das pessoas presume que Mad Men é uma cápsula do tempo pitoresca“ [...] "O guarda-roupa mudou e

não há mais cigarro ou whisky, mas se você realmente chegar até o âmago da questão, quase não fizemos o

progresso que deveríamos.“ - Kat Gordon, fundadora e diretora de criação da Maternal Instinct, uma agência de

marketing focada em ajudar marcas a se conectarem com as mães.

Isso é apenas “bad business”, diz Gordon, considerando-se que as mulheres estão impulsionando a economia,

sendo responsável por mais da metade da renda em 55% dos lares norte-americanos e dominando as redes

sociais. "Há um estudo em que as consumidoras “do sexo feminino” foram perguntadas se as marcas a entendiam

e 90% disseram que não“

"Todas nós coçamos nossas cabeças e dizemos como isso pode ser ‘o caso’ em uma indústria focada na

comunicação eficaz com o público", diz Gina Grillo, presidente e CEO da Advertising Club of New York. "As

mulheres têm o desafio de equilíbrio de uma forma que os nossos colegas do sexo masculino não são", acrescenta

ela.

fastcompany.com/3006255/where-are-all-women-creative-directors

Page 23: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

A mídia tende a focar o hiato de gênero na indústria de tecnologia, onde há uma escassez de mulheres a partir da entrada

para cargos de nível superior. De acordo com Gordon, homens e mulheres começam em igual número na publicidade. Mas, o

momento de avançar para cargos de chefia muitas vezes coincide com a começar uma família para muitas mulheres. Embora

tenha fundado sua própria agência para melhor equilibrar as demandas de maternidade com a sua carreira, mesmo as

mulheres sem filhos não avançam, em parte, Gordon diz que, por causa de uma falta de orientação.

"Na verdade eu sou uma das sortudas", diz Kathy Delaney, diretora de criação da Saatchi & Saatchi Wellness. A partir do

momento que ela era um estudante na Escola de Artes Visuais, Delaney diz que teve um amentora. Ela credita a Lynn

Giordano (agora na Ogilvy & Mather) a ajuda para obter a sua primeira posição como diretora de arte, mas Delaney diz que

ela teve mentores do sexo masculino, também. "Eu sempre trabalhei para as pessoas que ‘focavam menos no old school’ e

mais nos resultados e no trabalho", ela observa. Delaney não tem filhos, mas ela foi casada por quase 20 anos. "Eu acredito

que as grandes ideias não acontecem enquanto você está sentado no escritório. Normalmente meu momento mais criativo é

quando estou a cozinhar ou a fazer academia.“[...]

Infelizmente, diz ela, a indústria da publicidade não progrediu o suficiente para promover uma vida equilibrada para muitas

mulheres com as famílias. "Eu vejo um monte de mulheres brilhantemente talentosas impedidas de compartilhar sua visão e

forçadas a fazer essa escolha [entre família e trabalho].“

Delaney acredita que os clientes estão “se perdendo", quando as equipes criativas faltam com a visão e o ponto de vista

feminino. "É uma pena, na verdade", diz ela. "Quando os clientes pensam sobre a contratação de uma agência de que

necessitam para estar se perguntando quem vai trabalhar em seu negócio, quem é a pessoa para ser a voz para a minha

marca tendo como alvo as mulheres.“

fastcompany.com/3006255/where-are-all-women-creative-directors

Page 24: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

These Are The 30 Most Creative People In Advertising Under 30 (9 dos 32 citados são mulheres)

businessinsider.com/30-most-creative-in-advertising-under-30-2015?op=1

Katrina BekessyDirector of Technology and Design at R/GA

Soyeon YooDesigner

at JWT New York

Lauren FerreiraSenior Copywriter

at Leo Burnett Chicago

Lauren PerlowArt Director

at TBWA\Media Arts Lab

Courtney Pulver, copywriter

at David&Goliath

Bianca Guimarães, senior art director

at BBDO

Avery Oldfield, art director at Venables Bell & Partners

Rebecca Nadilo, head of engagement planning at BBDO.

Jenna Livingston, copy director at R/GA New York

Page 25: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

wacl.info

Women in Advertising

and Communications, London

Page 26: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Women in Advertising and Communications, London (WACL) já existe desde 1923. Atualmente, é composto

por 150 das mulheres mais experientes das áreas de publicidade e comunicação, marketing, mídia e

organizações/associações profissionais.

Os membros atuais incluem: Roisin Donnelly, Diretora Corporativa de Marketing da P&G, Nicola Mendelsohn, VP

Facebook Europe, Middle East and Africa e Cilla Snowball, presidente da AMV/BBDO Europa, entre outros.

Para ser considerada para adesão ao grupo, as candidatas devem ter experiência mínima de três anos no

conselho de sua empresa e fazer parte da equipe de gerenciamento sênior.

A adesão é apenas por convite, e resulta de uma nomeação por membros existentes, o que é então analisado

por uma Comissão de Sócios e do Comitê Executivo da WACL. Infelizmente, não podemos aceitar aplicações pessoais,

mas qualquer membro dos Comitês Executivos ou filiação ficaria feliz em conhecê-lo para conversar sobre a aderir ao clube.

Exigências da sociedade são para atender a um mínimo de três eventos por ano, mas buscamos membros que

gostariam de fazer mais do que isso - para participar de uma comissão, assistir a outros eventos - para realmente se

envolver com o clube para tirar o máximo proveito dela.

A maioria dos eventos são para sócios e seus convidados apenas, mas nós também executar eventos a cada ano

por mais jovem, vem para cima e membros das indústrias de comunicação de marketing. Estes são divulgados aqui no

nosso site e, geralmente, também em revistas comerciais relevantes.

wacl.info

Page 27: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

MACHISMO É A REGRA DA CASA

“Publicitárias denunciam abusos de que são vítimas no trabalho e afirmam: os anúncios que indignam as

mulheres nascem da cultura interna das próprias agências”

“’Não existem muitos casos de propagandas machistas no Brasil porque a publicidade brasileira é madura

para perceber que a pior coisa que pode fazer é irritar o consumidor, seja ele mulher, homem ou criança. De

qualquer forma, nós não temos uma declaração oficial a respeito desse assunto’. Essa foi a resposta da

assessoria de imprensa do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), por telefone, à

pergunta da Pública referente a algumas peças publicitárias lançadas no Carnaval e no Dia Internacional da Mulher,

rechaçadas nas redes sociais por serem consideradas machistas – algumas inclusive retiradas de circulação.”

“Das 18 denúncias de machismo em propaganda recebidas em 2014 (pesquisadas pela Pública no site do

Conselho), 17 foram arquivadas, e apenas uma, da cerveja Conti, que dizia em sua página do Facebook “tenho

medo de ir no bar pedir uma rodada e o garçom trazer minha ex” terminou com um pedido de suspensão e

advertência da agência que realizou a campanha.”

apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa

Page 28: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

“A visão do Conar parece ser compartilhada pela maioria das agências, criadoras das peças publicitárias.

Chamada a dialogar sobre a campanha “Verão” em que uma mulher chamada Vera é impedida de passar por um

homem na praia, ela tentando correr e ele barrando sua passagem com o slogan “não deixe o Verão passar” ou em

uma que ela leva e traz cervejas para os homens só de biquíni enquanto eles olham para seu corpo e chamam

“vem Verão, vai Verão” ou ainda uma terceira em que a moça aparece de biquíni com uma lata e uma garrafa de

cerveja na mão com o slogan “faça sua escolha” com a indicação de 300, 350 ou 600 ml – estes em uma alusão ao

silicone do seio da modelo, a agência preferiu se pronunciar apenas por e-mail de sua assessoria de imprensa. “A

Y&R, agência que criou a campanha, respeita, bem como seu cliente, todas pessoas e em especial as

mulheres. Em momento nenhum faz qualquer tipo de alusão para desmerecer ou agredir quem quer que

seja e considera que o humor utilizado não tem tom de agressividade ou qualquer juízo de valor”.

“vem Verão, vai Verão”:

youtube.com/watch?v=64kqOYkfCsk

apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa

Page 29: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade
Page 30: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

“As entrevistas também foram negadas pela agência F/Nazca Saatchi & Saatchi, responsável pela campanha

da Skol para o Carnaval que teve que mudar a campanha depois que seus cartazes de “Deixei o não em casa”

foram pichados com a frase complementar “mas trouxe o nunca” por duas garotas de São Paulo, e pela Ajinomoto

do Brasil, fabricante da Sopa Vono, que teve sua fanpage no Facebook invadida por reclamações por peças

consideradas machistas e também teve de tirá-las do ar. Via assessoria de imprensa a F/Nazca Saatchi & Saatchi

e a Ajinomoto disseram que lamentam o ocorrido, respeitam as mulheres, que o objetivo da peça era

humorístico e que estão repensando suas estratégias.”

apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa

Page 31: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

“’Antes de falarmos sobre publicidade machista, temos que falar sobre machismo na publicidade’

argumenta a diretora de criação Thaís Fabris, idealizadora do projeto 65|10 que discute o papel da mulher na

publicidade. ‘O ‘65’ vem do dado de uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão que aponta que 65% das

mulheres brasileiras não se identificam com a publicidade e com a forma com que são retratadas pela

publicidade. O número ‘10’ é de uma pesquisa que nós fizemos que mostrou que apenas 10% dos criativos

dentro das agências brasileiras são mulheres. E é na criação que as campanhas são feitas’”.

apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa

Page 32: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

“Como diretora de criação, Thaís diz que, para fazer parte do grupo, muitas mulheres também acabam se

masculinizando e até reproduzindo esse machismo. ‘É a maneira que encontram de preservar suas carreiras.

Emudecem e não questionam ou entram na lógica e reproduzem’.

“’Trabalhei para marcas como Brahma, Skol e Budweiser, em que o machismo impera em qualquer peça de

comunicação. Por mais que tentássemos abrandar ou mostrar um novo viés para a campanha, sempre éramos

obrigadas a seguir os conceitos e o lugar-comum das marcas de cerveja em que a mulher é só mais um ser

criado para satisfazer e obedecer o homem’. R.J. 32”

“’Existe quase uma ordem natural de colocar as mulheres nas áreas de atendimento e gerenciamento de

projeto do que em qualquer outra. existe uma série de piadas extremamente machistas e misóginas que

‘brincam’ com essa relação de mulher sempre virar atendimento’. F.B, 32”

“’O diretor da agência onde eu trabalhava diversas vezes insinuava que eu (por ser lésbica) queria ficar com

as meninas da equipe dele. Quando tinha Happy Hour da agência, ele me fazia perguntas constrangedoras a

respeito da minha vida pessoal e ainda ficava perguntando o que eu gostaria de fazer com as meninas da

equipe dele se elas me dessem bola. Isso tudo é pouco. Diversas vezes esse diretor insinuou coisas pra mim,

fazia aqueles “elogios” desconfortáveis sobre roupa, corpo, olhar. Dizia que se eu conhecesse como ele era, eu

não seria lésbica’. P.R, 29”

apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa

Page 33: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

“’Cansei de contar quantas infinitas vezes tive que dizer em voz alta para os diretores e supervisores o quanto

eles estavam sendo machistas com determinadas peças. Às vezes, nem só nas campanhas mas também na

conversinha de cozinha. Por eu sempre me posicionar firmemente, eles me chamavam de feminazi e sempre

que podiam, faziam piadas machistas perto de mim para me ver reagir”. T.B. 29”

“E essa violência pode ser incentivada pela publicidade como observa Thaís Fabris. ‘Nós publicitários temos que

perceber a responsabilidade que temos enquanto criadores de comunicação em massa. Não é porque uma

coisa funciona, que as pessoas compram, que a gente pode reforçar estes estereótipos muito perigosos.

Quando a gente fala em ‘mulher objeto’, essa mulher está lá na outra ponta, com o homem se achando dono

dela e acreditando que se aquele brinquedo não funcionar do jeito que ele quer, ele pode quebrar. E você

tem uma mulher morrendo a cada 90 minutos no Brasil. A gente está sim reforçando e habilitando esse

comportamento. A propaganda que pergunta ‘você está pronta pra ir pra praia?’ tem responsabilidade sobre

a mulher que está morrendo em mesa de cirurgia ou morrendo de anorexia! A propaganda é feita pra isso, pra

influenciar decisões e gerar a compra de produtos. Mas eu já disse e repito: antes de falar sobre publicidade

machista, precisamos falar sobre machismo na publicidade. Porque ela existe, é real, acontece todos os dias

dentro das agências’”.

apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa

Page 34: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

E agora?

E o futuro?

Page 35: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

“Esse machismo dentro e fora da publicidade começa a criar novos nichos de atuação para as mulheres que se

levantam contra ele. A Think Eva, é uma empresa criada pelas amigas Juliana de Faria (Jules), Maíra Liguori, e

Nana Lima para prestar consultoria para marcas, agências, instituições, ONGs e órgãos públicos que

queiram dialogar com as mulheres de um “jeito não ofensivo, mais efetivo e respeitoso”. Jules é a

idealizadora do Think Olga, site sem fins lucrativos que promove o empoderamento feminino e responsável pela

campanha Chega de Fiu Fiu. “As mulheres não estão mais deixando passar. Muito porque hoje elas mesmas

falam de suas angústias e não dependem mais de uma revista feminina pra isso, por exemplo. A gente vive um

momento de transição e existe gente querendo entender isso. Nós trabalhamos com essas pessoas” explica Jules.

Apesar de ter sido lançada há pouco mais de um mês, a empresa já recebeu vários pedidos inclusive de palestras

para funcionários de agências e revistas.

O 65|10 da Thaís Fabris também oferece serviços de consultoria criativa para empresas e coaching profissional

para criativos.

apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa

Page 36: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

MULHERES GANHAM MAIS ESPAÇO NA CRIAÇÃO

“há pouquíssimas mulheres nos departamentos de criação das agências. “É um fato. Não dá para discordar. Se

você ligar e perguntar quantas mulheres tem no quadro de criação, você percebe isso facilmente”, afirma

Fernanda Romano, sócia e diretora-geral de criação da Naked Brasil.”

“’O cenário vem mudando. Hoje o mundo corporativo pede comportamentos mais femininos até mesmo para

os homens, como ter sensibilidade, pensamento mais coletivo e delegar atividades sem medo.” A VP de criação

da FCB acredita que, com a melhoria nas condições de desempenho da função, o aumento da participação

de mulheres é um efeito natural. “O que manda na criação é o bom trabalho. Hoje as mulheres estão em

condições iguais de se dedicar à profissão de um jeito interessante.’”.

“Para Sophie Schonburg, vice-presidente de criação da Pereira & O’Dell e vencedora de mais de 20 Leões de

Cannes, entre outras premiações importantes, uma das principais características femininas que contribuem

positivamente no processo criativo é o feeling de identificar mensagens desrespeitosas contra a mulher ou

mesmo outros grupos da sociedade – aspecto cada vez mais importante com o fortalecimento das redes sociais.

Além disso, uma capacidade mais inata de navegar por universos diferentes.”

propmark.uol.com.br/agencias/52404:ublicidade-abre-espaco-para-mulheres-na-criacao

Page 37: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

SERIA O FREELA O JEITO DAS MULHERES CONTORNAREM UM

MERCADO DE TRABALHO POUCO FLEXÍVEL?

“Uma pesquisa entre freelancers norte-americanos mostra que o interesse feminino no modelo de trabalho

freelancer em tempo integral – e não apenas aquele frila pra fazer um extra – é grande. Dentre 2 mil

profissionais freelancers entrevistados, 53% eram mulheres.”

“[...] Próximo dos 30 anos, elas são por vezes preteridas do ambiente de trabalho por estarem em uma época

em que querem ser mães, ou por que precisam ficar alguns dias da semana em casa para cuidar de um filho

doente ou algo do tipo; aos 40, elas estão indignadas com a falta de promoções ou aumentos; depois disso, é

ladeira abaixo, e entre os 50 e 60, elas acabam majoritariamente ignoradas pelo mercado.

“’Elas [que não valorizam as mães no mercado de trabalho] não conseguem compreender que a cultura

corporativa exclui as mulheres porque, no geral, elas são feitas para funcionarem para os homens. Essas

mulheres podem ajudar a pavimentar o caminho para os seus próprios futuros se passarem a agir mais como

aliadas do que negar que essa situação existe. Ao invés de sorrir e dizer que sente muito que aquela mãe não

possa se juntar ao Happy Hour do escritório, pergunte a ela se ela aceita almoçar com vocês. Se você ouvir

alguém comentando que ela saiu cedo do trabalho porque não estava na sua mesa às 7 da noite, lembre que ela

estava presente desde as 8:30 da manhã, e que ela ainda pode participar através do Skype ou Slack’ argumenta

Katherine Zaleski, da PowerToFly, em artigo na Fortune. Ela é a presidente de um serviço que conecta empresas

com mulheres dispostas a trabalhar remotamente.”

b9.com.br/55895/opiniao/seria-o-freela-o-jeito-das-mulheres-contornarem-um-mercado-de-trabalho-pouco-flexivel

Page 38: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

“O serviço de alocação de freelancers People Per Hour descobriu que dentro da sua base de cadastrados, as

mulheres arrematavam 58% dos trabalhos, e recebiam até 22% mais por hora do que os seus colegas

homens.”

“Ainda assim, ou pelo menos até que as empresas consigam se adequar às demandas dos seus

funcionários, têm sido uma das melhores opções para manter um equilíbrio entre vida pessoal e profissional,

sem que tenhamos que fazer decisões tão difíceis como a do CTO do Google (deixar o cargo para passar mais

tempo com a família). É possível sim ter um pouco dos dois mundos. Mas parece que ainda estamos no

começo dessa revolução no mercado de trabalho.”

b9.com.br/55895/opiniao/seria-o-freela-o-jeito-das-mulheres-contornarem-um-mercado-de-trabalho-pouco-flexivel

Page 39: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

E-BOOK – HOMENS SÃO ANALÓGICOS, MULHERES SÃO DIGITAIS (WALTER LONGO)

http://www.grey.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Livro-Mulheres-Digitais-

Portug%C3%AAs_crop2.pdf

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CANNES LIONS: NOVO PRÊMIO PARA O TRABALHO QUE QUEBRA

ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO – GLASS LION: THE LION FOR CHANGE

WHAT IS GLASS LION - THE LION FOR CHANGE?

“O Glass Lion reconhece o trabalho que, implícita ou explicitamente, aborda questões de desigualdade de gênero

ou preconceito através da representação consciente de gênero na publicidade. As inscrições podem ser para

qualquer produto ou serviço e projetado para qualquer meio de comunicação, mas, de alguma forma representam

uma mudança em relação à comunicação mais positiva, progressiva e sensível ao gênero.”

“Como ponto de encontro global para qualquer pessoa envolvida na comunicação da marca, Cannes Lions está

singularmente posicionada para trazer ambos os problemas da indústria e globais para a pauta. Há uma onda de

comentários sobre a representação de gênero e o impacto negativo que isso tem sobre a sociedade. A

mudança institucional e da reforma política por si só não vai resolver as desigualdades de gênero; a

solução é a mudança cultural. Marketing não é apenas o resultado dessa cultura - que também reforça e o

molda. Reconhecemos o poder da criatividade para impactar positivamente não apenas as empresas e

marcas, mas também no mundo em geral. Este Leão vai premiar o trabalho criativo que rejeita os

estereótipos de género e enfrenta preconceito e desigualdade representando a sexualização dos indivíduos

as pessoas de uma forma progressiva ou socialmente consciente.

canneslions.com/cannes_lions/news/1015/cannes_lions_new_award_for_work_that_shatters_gender_stereotypes

Page 41: Publicicast - Pauta #003 - A Mulher e a Publicidade

Considerações

Finais

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Dicas