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12 de Novembro a 12 de dezembro/16Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.2

CNPJ - 16.505.554/0001-80IE - 002.088.863-0042Praça Amador Álvares, 12235.620-000 - Abaeté - MGGeral: (37) [email protected]

COOPERABAETÉ

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Eustáquio Márcio de OliveiraDiretor Administrativo:José Soares dos SantosDiretor Comercial: Rogério Lage de OliveiraConselheiros Vogais: Adelson E. de Campos RamiroEugênio Antônio da Costa Filho Geraldo Magela de Carvalho Jr.Guilherme A. Pereira Mendes

CONSELHO FISCAL

Abaeté - R. Francisco Antônio Rodrigues, 90 - (37) 3541-5456

Paineiras - R. Orestes Cordeiro, 69 Fone (37) 3545-1014

Biquinhas - R. Goiás, 1015 Fone (37) 3546-1145

Morada Nova de MinasAv. Arnaldo Xavier Cordeiro, 231Fone (37) 3755-2119R. João Dayrell P. Ferreira, 518 B Fone (37) 3755-1273

FILIAIS:

Jornalista Responsável: Christiane Ribeiro - MTb 4815/MGIMPRESSÃO: Fumarc TIRAGEM: 2.800 exemplares

Publicação da Cooperativa dos Produtores Rurais de Abaeté e

Região Ltda.

João Mendes Souza FilhoSilvano Lourenço da SilvaMauri Soares da SilvaSuplentes:Júlio Ricardo FerrãoMaria Matilde de SalesElismar Noronha de Lima

Ao fazer suas compras na Loja de Insumos da Cooperabaeté, Mar-cos Gomes Ferreira (foto) achou a seladinha premiada e ganhou um Kit de Suplemento Mineral Cooperabaeté 85 contendo 2 sacos de 25kg. No Su-permercado de Abaeté, Aline Alves do Nascimento ganhou um vale compras no valor de R$ 200,00.

Também já foram premiados: José Ramos da Silva (vale compras no valor de R$ 100,00, no Supermercado de Bi-quinhas), José Maria de Oliveira Mora-to (1 Kit de Suplemento Mineral Coope-rabaeté, na Loja de Insumos Paineiras) e Maria Lúcia da Silva (1 vale compras no valor de R$ 100,00, no Supermerca-do de Abaeté).

O próximo ganhador pode ser você.

Os primeiros ganhadores da Promoção NATAL PREMIADO COOPERABAETÉ

A cada múltiplo de R$ 100,00 em com-pras de produtos de supermercados, postos de combustíveis, loja de conveniência e in-sumos (exceto na compra de ração, milho e suplementos minerais) na Cooperabaeté, você ganha um cupom pra concorrer a MOTO HON-DA CG 125i Fan, TV 32 P LCD LED, Lavadora

Sthil, Tablet Samsung Galaxy, Microon-das Panasonic 25L.

E a cada múltiplo de R$ 500,00 na compra de Rações Cooperabaeté, Suplemento Mineral Cooperabaeté e Milho Moído, nas lojas de insumos de Abaeté, Paineiras, Biquinhas e Morada Nova de Minas, você ganha um cupom para concorrer a uma PICK UP STRA-DA Fiat, uma Roçadeira Sthil e uma TV 32 Polegadas LCD LED.

Além disso, você concorre a prê-mios instantâneos com a seladinha premiada. São 15 vales compras nos valor de R$ 100,00, 5 vales compras no valor de R$ 200,00 e 10 Kits de Suple-mento Mineral 85 Cooperabaeté.

O SORTEIO SERÁ REALIZADO DIA 30/12/2016.

Grande Família Cooperabaeté: 88 anos impulsionando o crescimento da

economia regional e a integração dos associados

Dia 19 de novembro, a Coo-perabaeté completa 88 anos de vida e prestação de serviços, especialmente às comunidades de Abaeté, Paineiras, Biqui-nhas, Morada Nova de Minas.

Esta é a idade do Sr. Ber-nardo Mendes Filho (Dade), um dos associados mais antigos, que ainda produz 150 litros de leite/dia, em sociedade com o filho Roberto, na Fazenda Olhos d’Água, em Paineiras.

Ao lado da esposa, Dona Celina Pinto da Fonseca, e dos filhos Carlos, Dirceu, Ro-berto, Márcia, Dirce, Nivaldo e Magela, ele representa, nesta ocasião especial, cada coope-rado, cliente, família, pessoa - que são a razão de ser desta empresa.

A COOPERATIVA SOMOS TODOS NÓS. Parabéns a cada um que ajuda a construir essa gran-de história de cooperação e união de forças em prol do desenvolvimento comum, na valorização do indivíduo em prol do coletivo e na certeza de que ninguém perde quando todo mundo sai ganhando.

Maria Eni

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3Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de Novembro a 12 de dezembro/16

Marcos Rodrigues

A Cooperabaeté e o Sicoob Credioeste, em mais uma ação de intercooperação, promo-vem, no dia 04 de dezembro, o I Encontro de Jovens e Mulhe-res Cooperativistas.

A integração será o tema principal deste encontro, em uma nova proposta de evento, que irá oportunizar a troca de experiência entre os grupos, em uma metodologia que vai proporcionar a construção co-letiva do conhecimento, tendo como objetivo construir conjun-tamente um planejamento de ações para o próximo ano.

A programação do evento inclui uma apresentação da Co-operabaeté, com os seus princi-pais projetos realizados em prol dos associados e uma visão de governança cooperativista, pro-movida pelo presidente Eustá-quio Márcio de Oliveira. Assim será também com o SicoobCre-dioeste, onde um representante apresentará a sua abordagem

Cooperabaeté e SicoobCredioeste promovem o I Encontro de Jovens e Mulheres Cooperativistas

sobre o ramo crédito. Em um segundo momento,

através de um convênio com o Sistema OCEMG/Sescoop-MG, será ministrada uma palestra e uma oficina de trabalho coleti-vo, com o tema: Perspectivas e Cenários do Cooperativismo, proferida pela consultor Marcos Ozanam.

Através da oficina, será

construído o planejamento das ações para o ano de 2017. Por fim, através de uma parceria com o SEBRAE MG, será rea-lizada a palestra motivacional “Seja o protagonista da sua história e construa lealdade nas relações”, conduzida por Mad-son Trindade.

Este evento é uma das ações em comemoração aos

88 anos da Cooperabaeté. É um orgulho para nós realizá-lo, por sua reconhecida importân-cia na aproximação entre as co-operativas e seu quadro social e de colaboradores.

A Cooperabaeté promove este encontro há cinco anos, ininterruptamente, sempre com temas relevantes e profissio-nais de destaque no ramo do

Cooperativismo. Há três anos, ele é promovido em parceira com o Sicoob Credioeste.

Lembramos que as inscri-ções serão limitadas ao núme-ro de 100 participantes, sendo 50 por Cooperativa. E, destes 50 participantes, são 25 para cada grupo. Faça sua inscrição e participe deste evento de des-taque na região.

O 1º Encontro de Jovens e Mulheres Cooperativistas será dia 04 de dezembro, domingo, de 8 às 19 horas, na Chácara Luar da Mata, em Abaeté.

Fotos dos Encontros de 2015, que reuniram dezenas de jovens e mulheres em um clima de muita alegria e integração, no mais puro espírito cooperativista.

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12 de Novembro a 12 de dezembro/16Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.4

A Cooperabaeté, o Sicoob Credioeste e a Embrapa – CNPMS estão desenvolvendo, na região de Abaeté, o Projeto de Agricultura Tecnificada como suporte à pecuária leiteira. Nes-te primeiro ano de execução, foram abordados vários temas relacionado à agricultura. Um deles aborda as técnicas de manejo integrado de pragas, mais precisamente o controle biológico de pragas nas cultu-ras de milho e sorgo.

O controle biológico aplica-do de insetos e pragas através da liberação, na área alvo, de organismos benéficos como a vespa Trichogramma é uma realidade no Brasil, pela efi-ciência já demonstrada pelos resultados de pesquisa e pela disponibilidade comercial.

Obviamente, deve-se consi-derar que a tecnologia baseada no controle biológico já é, há tempos, reconhecida como tec-nologia limpa, tanto em relação ao ambiente como em relação à vida humana.

Diferentemente dos outros métodos tradicionais de contro-le de insetos pragas, que são essencialmente voltados para as lagartas, a vespa Tricho-gramma atua especificamente sobre os ovos. Ou seja, sua alta eficiência impede o apa-recimento de lagartas e, con-sequentemente, os danos na lavoura.

Nos outros métodos de con-trole via pulverização, para que haja eficiência, os agentes de mortalidade da praga (como os agrotóxicos, por exemplo) precisam ser colocados direta-

Aprenda e aplique o controle biológico de pragas nas culturas de milho e sorgo

mente sobre a lagarta ou sobre o alimento (folha, frutos, etc.) a ser consumido. Ou seja, devem ser aplicados em todas as plan-tas

No caso da vespa Tricho-gramma, quando liberada na área em pontos predetermina-dos, os insetos adultos ime-diatamente iniciam o processo

de busca da praga. Portanto, a vespa não necessita ser co-locada onde a praga de encon-tra. Também não exige, como na pulverização, o trânsito de máquinas pesadas acopladas a pulverizadores, combustível e água.

Independentemente do mé-todo de controle, ou seja, pulve-

rização ou liberação da vespa Trichogramma, a eficiência do processo depende da determi-nação precisa da população da praga com potencial de causar dano econômico ao produtor. Este nível é determinado pela pesquisa.

Para a lagarta do cartucho, este nível é entre 10-15% de

plantas atacadas / infestadas. Portanto, é fundamental a de-terminação da infestação em nível de campo. Ou seja, é fun-damental o monitoramento da praga.

Atualmente, o melhor méto-do de monitoramento da lagarta do cartucho é através de uso de armadilha contendo feromônio sexual sintético. O feromônio atrai a mariposa, que fica apri-sionada dentro da armadilha.

A captura acumulada de três mariposas na armadilha significa que a praga, se não for eficientemente controlada, vai reduzir a produtividade do agricultor.

Significa apenas que a pra-ga chegou na área do agricultor e que iniciará a colocação dos ovos. É este o momento apro-priado para soltar as vespinhas no campo.

A vespinha não elimina in-setos benéficos como faz os agrotóxicos. Assim sendo, com o passar do tempo, outros inse-tos benéficos vão aumentando em qualidade e quantidade dentro da lavoura, ajudando no controle da lagarta e no contro-le de outras pragas.

Palestra TécnicaComo reconhecer as pra-

gas e seus agentes de controle biológico será o assunto a ser apresentado na palestra de Ivan Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo, Doutor em Insetos e muitos anos trabalhando com controle biológico.

A palestra será dia 13 de dezembro, terça-feira, às 19 horas, na Câmara Municipal de Abaeté.

Saiba como reconhecer as pragas e seus agentes de controle biológico na palestra de Ivan Cruz, da Embrapa Milho e sorgo, dia 13 de dezembro, às 19 horas, na Câmara Municipal de Abaeté.

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5Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de Novembro a 12 de dezembro/16

Com mais de 30 anos de de-dicação e serviços prestados, três colaboradores recebem uma homenagem especial nes-te mês de aniversário da Coo-perabaeté.

Coincidentemente, todos começaram na recepção de leite e, encerrando uma bonita trajetória na cooperativa, pas-saram a trabalhar como fren-tistas nos postos de Abaeté, Paineiras e Biquinhas.

Luiz Carlos Gontijo de Var-gas, Carlinhos, hoje com 67 anos, destaca que sua vida foi sempre de muito trabalho e só de cooperativa foram três dé-cadas. “Nasci na roça e saí de lá com 32 anos. Quando minha filha mais velha tirou o 4º ano, precisava vir pra cá continuar os estudos. Foi quando o Ba-lena, diretor da Cooperativa na época, me ofereceu serviço para descarregar latões. Come-cei ali e fiquei até hoje”, recor-da. “Criei meus três filhos traba-lhando lá e fazendo uns ‘bicos’ na rua. Tem 25 anos que lavo caixa d’água. Não tenho nada não, mas o que tenho é tirado dos braços mesmo”, completa.

Com quatro netos e um bis-neto, Carlinhos se aposentou há dois anos, mas só agora vai deixar o trabalho. “Gosto do serviço, dos companheiros, do chefe, dos encarregados, mas chega um determinado tempo que a gente tem que fazer o que precisa. Foi bom ter tra-balhado lá. As amizades foram muito importantes”, finaliza.

Para Antônio Paulino Da-masceno, Tunico, de 64 anos e 35 de cooperativa, a empresa teve e tem grande importância em sua história. “Passei mais da metade da minha vida lá, é

muito tempo. Tratei da família toda. Tenho três filhos e três ne-tos. Então, só tenho que agra-decer à diretoria e aos colegas de serviço”, contou.

Há 12 anos como frentista, ele presenciou grandes trans-formações desde quando co-meçou a trabalhar no posto de Paineiras. “Na recepção de leite era pesado, mas foi muito bom. Depois, no posto, ficou mais fá-cil. Vi muitas mudanças, melho-rou demais”, ressaltou.

Depois de 11 anos de sua aposentadoria, agora Antô-nio prepara-se para sair em definitivo, mas já com muitas

saudades. “Vou descansar um pouco, mas vou sentir falta, te-nho certeza. Os companheiros de trabalho, os cooperados, os clientes, todos gostam demais de mim, graças a Deus, foi mui-to bom”, contou.

No posto de Biquinhas, des-de sua inauguração, está José Pinto Sobrinho, Zico, de 71 anos de idade e quase 37 de cooperativa. Com uma bonita trajetória na empresa, ele ainda não pensa em parar. “Fui o pri-meiro frentista do posto. Estou precisando parar, mas fico com dó porque gosto de tudo, do

serviço, dos colegas, de encon-trar com os amigos”, ressaltou.

Quanto às mudanças, fo-ram várias. “Era bem devagar no início. Diminuíram umas escritas que a gente fazia, tudo passou para o computador. Não aprendi a mexer, só me acostu-mei, porque aprender é custoso depois de certa idade”, destaca.

Para ele, a empresa “é uma família. Passaram muitos por lá e somos sempre amigos. A co-operativa sempre foi uma mãe pra gente, ajudou muito. Criei meus três filhos e estou ajudan-do a criar um neto, com tudo de lá”, finaliza.

Colaboradores em Destaque

Carlinhos, Tunico e Zico: da recepção de leite a frentistas, em mais de 30 anos de trabalho na Cooperabaeté.

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12 de Novembro a 12 de dezembro/16Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.6

Quando iniciei minhas ati-vidades de produtor rural, eu levava o leite, diariamente, até a rodovia principal da re-gião, onde passava o cami-nhão que fazia o transporte, em latões, para a Cooperati-va. Não havia tanque de res-friamento, todos os produto-res procediam assim.

Para facilitar o transporte, resolvi trocar a velha carro-ça de bois por uma moderna charrete. Para isso, comprei um cavalo já treinado, bem manso, chamado Gaúcho.

O tal cavalo era tão bom que, poucos meses depois, o Marquinho, meu empregado, colocava os latões na charre-te e o mandava sozinho para a rodovia. Ele ia tranquila-mente, passava por duas por-teiras que já ficavam abertas, esperava pelo caminhão e, quando percebia que as latas cheias haviam sido retiradas e trocadas pelas vazias, ele voltava para casa, devagar e desviando dos buracos.

Ao chegar, ele manobrava a charrete e a colocava numa garagem pequena, bem aper-tada, de marcha à ré e ficava

esperando que o empregado viesse soltá-lo, porque ele não conseguiu aprender a ti-rar a arreata, infelizmente.

Tempos mais tarde, quan-do já não era preciso levar o leite até a rodovia, porque o caminhão leiteiro, ainda de latão, buscava na porta, eu aluguei um pasto do Geraldo Romualdo, para colocar umas novilhas.

Para facilitar a lida com o gado, eu levei para esse pas-to o cavalo Gaúcho, aprovei-tando, principalmente, a sua melhor qualidade, que era a de ser muito dócil.

Por muitos meses, o Ge-raldo Romualdo, José Lúcio, irmão dele, e eu íamos até aquela propriedade para jun-tar o gado, o meu e o deles, com o apoio do cavalo gaú-cho.

Algumas vezes, eu levava só um cabresto. Era só gritar o Gaúcho e mostrar o cabres-to que ele vinha em minha direção, com a cabeça baixa, para facilitar a colocação da corda.

Mas a influência das más companhias pode afetar a to-

dos, inclusive ao Gaúcho. Ele acabou aprendendo algumas manhas com os bezerros ne-lores do José Lúcio.

Numa bela manhã ensola-rada de domingo, depois da missa das dez, fomos nós, os três amigos já nominados, le-var sal e contar o nosso gado.

Eu desci do carro, andei um pouco pelo pasto e vi o Gaúcho no meio da boiada nelore. Ergui o cabresto e gritei: “Gaúcho, venha cá”. O nosso herói levantou a ca-beça, lançou um olhar desa-fiador, colocou o rabo sobre o lombo e partiu em alta ve-locidade acompanhando os nelores.

Eu levei um susto, porque aquele não era um procedi-mento normal do Gaúcho, não consegui entender os motivos dele.

De repente, o que era ruim ficou pior. O Gaúcho se emba-raçou numa moita de cipó cor-da de viola e se esborrachou no chão, com as pernas para o ar. Minha reação foi apenas gritar: GAÚCHO, você me mata de vergonha, na presen-ça dos meus amigos.

João César da Cunha Lemos (João Singué)

Quando foi fundada a Cooperativa de Produção, nós le-vávamos o leite até a plataforma em cima do cavalo, porque não tinha transporte. O leite era tão pouco, que cabia em duas latinhas. Tudo no início é muito difícil, e nós tínhamos que pagar uma porcentagem para manter as despesas da Cooperativa.

Uma vez, recebemos um comunicado do Dr. Melo, di-zendo que, além dos descontos, teríamos que pagar mais cinco dias de leite, porque a situação estava muito difícil.

Um vizinho meu pegou a folha do leite e ficou nervoso demais quando viu o desconto. Começou a reclamar: “Isso é um roubo! Tiram a nossa porcentagem e ainda querem descontar mais cinco dias.”

Ele foi lá na Cooperativa e chamou a atenção do Dr. Melo. Como o Dr. Melo era muito esperto, perguntou assim: - Senhor, qual gado é o seu?- Meu gado é gir, ele respondeu.- O senhor tira leite desse gado gir e traz para a Coo-

perativa?- É, uai, pois é o que eu tenho.Com muito bom humor, o Dr. Melo disse:- Então não tem importância a Cooperativa tirar do senhor

não, porque o senhor também está roubando dos bezerros. A vaca gir dá leite só pelo bezerro. O senhor rouba o leite deles lá e vem vender para nós.

Esse produtor voltou, abriu a porteira do curral e falou: “Não tiro mais leite, vou deixar pra esses bezerros. Já que é deles mesmo, deixa eles mamarem”.

Mas como a condição financeira era difícil, dez dias depois ele voltou a matutar: “Mas sem esse dinheirinho do leite como é que eu vou sobreviver? Vou voltar a tirar leite outra vez e dar lá pra Cooperativa!”. E assim foi por muitos anos, até ele falecer.

*Publicado em Novembro 2009

Histórias dos Primeiros Cooperados

Gaúcho, o cavalo inteligenteEustáquio Márcio de Oliveira

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7Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de Novembro a 12 de dezembro/16

Quando o Rodolpho Mourão começou a namorar minha prima Eunice Josefa de Sousa, eu era a “vela”. Eles ficavam um em cada canto do alpendre, eu tinha seis anos e era obrigado a ficar no meio dos dois, quietinho, tomando conta. Naquele tempo era assim. Só trinta dias depois do início do namoro é que podia pegar na mão. Mais um tempo, e era per-mitido passar o braço em cima do ombro. Beijar só um ano depois.

O “tio” Mourão sempre foi muito esperto, bom de negócio. Ele tirava uma pratinha e falava assim: “Vai lá na pracinha, no bar do Vandinho, compra picolé e dá umas voltas”. E eu ia. Quando voltava, minha tia avó Maricota descobria. Ela era brava e falava: “menino, você não tem juízo, vai apanhar”. E a minha outra tia avó, Adigina, mais calma, intercedia: “não, Maricota, você é que não tem juízo. Esse menino não tem idade para saber o que ele está fazendo”. Essa intervenção me evitava umas boas chineladas.

Passado o tempo, na época certa, em 1943, o Mourão se casou. Ele já era fazendeiro, trabalhava muito, começou a progredir, comprou uma casa muito boa na cidade, uma fazen-da, caminhonete. Mas entrou no negócio do zebu, uma raça hindu de boi muito bonita, que fez uma fama danada no Brasil e quebrou muito fazendeiro. Inclusive o Mourão. Para se ter uma idéia, um boi zebu custava 100 mil, quando um boi comum era 100 “mirréis”.

Um dia, em Uberaba, pergun-taram ao então presidente Vargas, que era um grande criador de gado, quanto valia um boi zebu. O presidente respondeu: “pelo que eu sei, um boi sempre vale

A Herança do MourãoDr. Fernando Soares*

Rodolpho de Oliveira Mourão (16/08/1917 - 06/01/2004), foi o primeiro Diretor de Laticínios da Cooperativa de Produção de Leite (de

1965 a 1971) e Presidente da Cooperativa por quatro mandatos (de 1971 a 1983)

o peso que dá no guincho depois de morto. É o preço da carne”. E isso acabou com o negócio, desvalorizou tudo. O Getúlio ficou com pena e resolveu ajudar os fazendeiros, inventou uma tal moratória, o governo pagava um tanto, o fazendeiro pagava muito pouco e tal. Mas com o Mourão não teve disso. No dia seguinte, ele começou a vender a fazenda, a caminhonete, a casa onde ele morava. Ficou sem nada e foi tra-balhar como capataz na fazenda do Ministro da Justiça, Francisco Campos, em Pompéu. Por lá, ele ficou muito tempo, melhorou de vida outra vez e, já sem dívida nenhuma, voltou a Abaeté e co-meçou a negociar de novo. Esse gesto do Mourão foi o único em toda a região.

O Mourão realmente tinha a confiança do povo, tinha credibili-dade. Ele falava muito pouco, mas quando falava, o povo acreditava. Ele não passava fuchico. Gostava de aparecer muito pouco, ficava sempre à noite em casa vendo te-levisão, torcendo pelo Fluminense e pelo Abaeté Atlético Clube, onde jogou como lateral direito durante uns 20 anos. E onde ele se ma-

chucou, num jogo contra o Atlético Mineiro, e teve um problema muito grave na coluna.

A partida foi em Abaeté. O Mourão era apaixonado pelo fu-tebol e recebeu um drible fabuloso do ponta esquerda do Galo, Nívio. O jogador saiu correndo, o Mou-rão disparou atrás, caiu, entortou a espinha, teve que ser operado duas ou três vezes, e nunca mais consertou a espinha direita. O en-graçado é que, quando o Mourão caiu, o Nívio falou: “O moço, por que você faz isso? Fica correndo igual vaca brava. Eu larguei a bola lá atrás. Eu tô correndo e você correndo atrás de mim...” E tinha sido assim mesmo...

O Mourão não era político, mas foi vice-prefeito durante quatro anos. Foi o melhor vice--prefeito de Abaeté, não enchia o saco de ninguém, só trabalhava. Oito anos depois, ele teve uma surpresa. Apareceu outro vice--prefeito tão bom quanto ele: cum-pria a obrigação e não aborrecia ninguém. Era o Paulo Andrade. Então, se houvesse uma eleição do melhor vice-prefeito que Aba-eté já teve, daria empate entre o Mourão e o Paulo Andrade. Os

dois foram ótimos. No enterro do Mourão, houve

um incidente: não coube o tanto de parente e amigo importante que veio se despedir dele. E ali estava, principalmente, aquele povo que tanto gostava dele e de quem ele tanto gostava, que é o que ele foi a vida inteira: um típico fazendeiro.

Todos aqueles fazendeiros que estavam lá são como era o Mourão: gostam de ouvir a melo-dia do leite puxado da mama da vaca batendo no balde. Gostam de ouvir o barulho do balde cheio sendo virado na braúna. Gostam de ouvir as braúnas viradas no tanquinho. E o leite do tanquinho enchendo aquele carretão. Aque-la turma que estava lá gosta do cheiro da grama molhada depois que cai a primeira chuva depois da estiagem. Esse é o cheiro da vida. Eles gostam mais desse cheiro do que de um perfume de mulher. Ver aquele pasto seco rebrotando, o verde crescendo, é a alegria do fazendeiro.

Os fazendeiros gostam muito de ver o ipê amarelo florindo, como uma mensagem de Deus, a dizer: “ainda gosto de vocês”. O

amarelo vem primeiro, depois vem o roxo. E os dois têm uma caracte-rística em comum, eles jogam as flores na poeira. Eles dão flores, ficam bonitos e secam antes de chover. Apenas anunciam: “Deus vai mandar chuva”.

Todos os fazendeiros que estavam ali gostam de plantar, gostam de ver o milho virando es-piga. Quando uma espiga aparece de repente, todos os fazendeiros levam a mão e apertam para ver se ali tem milho. Eles gostam muito de ver o soro, gostam de ver o arroz dando cacho, as flores aparecendo em setembro. Todo fazendeiro é louco por uma rosa vermelha, porque é a mais bonita. Assim era o Mourão.

Tem uma outra coisa. Junto com o Dr. José de Melo Campos e o Osvaldo Luiz de Oliveira, o Mou-rão deixou para os fazendeiros e o povo de Abaeté uma grande herança: a Vaquinha. E deixou uma tarefa: não deixem essa Va-quinha se enfraquecer. É preciso dar as mãos e conversar, para que os cooperados continuem donos do seu próprio leite. Se um dia a Cooperativa acabar, essas empresas que estão aí pagando um preço até melhor que a Itambé põem um pé no pescoço dos pro-dutores e pagam o que quiserem. Os produtores não podem perder o direito de gerir a si próprios.

Outra herança do Mourão foi o seu exemplo, algo que falta muito em Abaeté e no mundo inteiro: a honra. O Mourão viveu e morreu com honra. Ele atraves-sou nevasca, chuva, tempestade, tufão, ciclone. Mas também teve momentos de vida muito boa. Ele voou em ares de brigadeiro. E navegou em mar de almirante.

*Publicado na edição de Janeiro de 2004

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12 de Novembro a 12 de dezembro/16Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.8

Silvana de Sousa Lino*

oão Ferreira de Sousa, João do Retiro, era dinâ-mico, antenado, amante do progres-

so, exigente com as pessoas à sua volta. Era inovador e em-preendedor. Amigo sincero e honesto. Casou-se aos vinte e dois anos, quando iniciou a for-mação de uma grande família.

D. Florinda de Paula Assis, a esposa, foi sempre seu por-to seguro. Moça prendada, fi-lha de um vizinho de fazenda, Florinda conheceu João aos 15 anos, mas não se encantou pelo rapaz. Achou o cavalo mais bonito que o dono. E quando o encontrou pela segunda vez foi para se casar com ele, em 30 de julho de 1907. Foram morar na fazenda.

Simplesmente Fazenda. Localizada numa região

plana, muito bonita, de terras férteis e abundantes em água, propícia à plantação de cana, milho, café e ideal para a cria-ção de gado leiteiro. Um local dos sonhos. Muitos ali realiza-dos. O paraíso dos filhos e um doce espaço para muitos ne-tos. Assim era a Fazenda...

Distante 7 km de Abaeté, margeada pela estrada Abaeté--Quartel Geral, a aproximada-mente 200 metros do trevo de Cedro do Abaeté, à esquerda ficava a casa sede da Fazenda.

Simplesmente Fazenda... Era como todos se referiam

a ela. Sem grandes elevações, ao longe se avistava a cerca da frente da casa. Uma cerca baixa, de madeira, contornan-do um pátio cimentado com um murinho de 50 centíme-tros, onde os filhos, visitantes e camaradas passavam tardes frescas e encantadas.

No pátio, se ouvia música de sanfona ou violão e conta-vam-se casos. Ou apenas se aguardava a vez de entrar na sala de visitas e resolver pro-blemas com o Sô João, ou ain-da receber dele o salário.

Sobressaiam neste pátio dois pés de jasmim que perfu-mavam o ambiente, um pé de laranjas lisas, um pé de mag-nólia e um pé de sempre lus-trosa. Também no pátio havia dois tanques, à esquerda da porta da sala ou porta principal, que eram usados para a higie-ne dos pés e das mãos antes de se ter acesso ao interior da casa grande.

A casa grande. Construída conforme a arquitetura da épo-ca: paredes altas, teto forrado com esteira, cômodos grandes, piso assoalhado em madeira, janelas e as portas confeccio-nadas em madeira de lei.

Um quintal enorme com árvores frutíferas era banhado por três regos d’água. Mais distante, um poção com águas profundas, límpidas e trans-parentes testemunhava as

aventuras das crianças e dos jovens. Nele, longe dos olhos dos pais, os filhos do casal faziam suas peripécias, uns aprendiam a nadar outros não. Alguns se afogavam e eram salvos pelos irmãos.

Muitos cômodos compu-nham a casa. A sala de visitas, espaçosa, mobiliada com sofá e duas cadeiras com assen-to e encosto em palhinha. Ao centro, uma mesa redonda. À direita da porta principal, no canto, ficava a escrivaninha, onde vovô João fazia toda a sua escrita e as anotações do movimento da fazenda.

As paredes laterais da sala possuíam, cada uma delas, uma porta para dois quartos. O quarto que ficava à direita destinava-se aos hóspedes mais cerimoniosos. O outro à esquerda, número 2, era desti-nado às pessoas da família, de caráter mais íntimo, que pas-savam temporadas na fazen-da. Ligando a sala de visitas à sala de jantar, um corredor de aspecto assombreado, pois nenhum quarto abria-lhe as portas, embora houvesse esta possibilidade.

A sala de jantar era enorme, com paredes recortadas por portas de mais quatro quartos e uma porta de acesso a cozi-nha. Na sala de jantar, ficavam alguns objetos inusitados. Uma rede sempre pronta para o ba-lanço. Um banco, uma pia com água encanada, um armário

embutido, onde vovó Florinda guardava os remédios. Ficava sempre trancado para que as crianças não mexessem, pois naquela época já havia crian-ças levadas.

Fixado à parede, imponen-te, além de seu tempo – o te-lefone. Conforme a quantidade de toques, comunicava-se com a fazenda Retiro, com a casa do Zicão ou com a casa do Chi-co Cocão.

Ocupando outra parede, o guarda louça. Além das louças mais finas, guardava também geleias, compotas e outras gu-loseimas feitas pelas prenda-das mãos de D. Florinda.

No centro da sala, circunda-da por oito cadeiras, reinava a grande mesa. Não havia toalha que a cobrisse ponta a ponta. Assim, as toalhas usadas ti-nham colchetes para acrescen-tar partes de renda ou de outro tecido, com intuito de cobri-la

por inteiro. Foi esta a inteligen-te solução que vovó encontrou.

Através de uma escada descia-se à cozinha. Espaço-sa. Paredes altas, chão ba-tido. Com mesa de madeira, bancos em volta, um fogão a lenha com seis bocas e onde o fogo não apagava em nenhum momento. Em noites frias, seu assento azulejado era sempre disputado pelas crianças.

Nesta cozinha, duas portas, uma de cada lado, conduziam a regos d’água, cujas serven-tias diversificavam-se. Um ser-via para lavar vasilhas e aguar a horta. O outro para receber e levar para longe os dejetos da casinha da privada - ele passa-va sob a casinha.

Ainda outra porta levava à dispensa, onde grandes tuias armazenavam os mantimentos. Prateleiras em todas as pare-des ficavam cobertas por quei-jos e rapaduras. Deste quarto

“A história humana não se desenvolve apenas em amplas batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também

nos quintais, entre plantas e galinhas...” Ferreira Gullar

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9Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de Novembro a 12 de dezembro/16

de dispensa, descia-se alguns degraus e havia o cômodo de banho com água encanada e serpentina, o que a tornava quentinha.

A luz, provinda de um gera-dor movido a água, era o que mais motivava as constantes visitas de pessoas à Fazenda, para apreciar os feitos de vovô João e se fartar das deliciosas guloseimas de vovó Florinda. As irmãs de vovô João diziam: “As coisas de João parecem do capeta. Na Fazenda, a luz acende sem querosene e nem pavio”.

Mais parecia uma cidade aquele local, tal o movimento. As lavouras, o gado, o engenho de madeira puxado por bois, a confecção de polvilho e man-dioca, na roda de madeira. O engenho grande e o poderoso monjolo movido a água, que corria em abundância na bica vinda do volumoso açude.

Os filhos eram muitos, de-zessete, ajudavam um pouco. Os empregados eram mais, porque o movimento da Fazen-da era enorme.

O feijão colhido na roça era guardado na tuia. Para conser-vá-lo, nada de produtos quími-cos. D. Florinda o “curava” com banha ou com terra. O arroz colhido e pilado. O milho servia para o assado, para o mingau, a pamonha, o angu e os bolos e biscoitos e até para a farinha.

Da mandioca também tira-vam a farinha e o polvilho, da cana a rapadura, o melado e a cachaça. Esta feita pela velha alquimia através da fermenta-ção, destilação, envelhecimen-to por processos naturais. En-fim, fabricada com cuidados artesanais.

O café também se planta-va. Depois de seco e torrado, era moído para o consumo. A carne proveniente do gado,

dos porcos, ou de aves criadas ali. Para o cozimento de todo e qualquer alimento, usava-se banha ou gordura de porco.

Verduras e frutas em profu-são vinham da horta e do po-mar do quintal. Somente o sal e o querosene eram compra-dos na cidade. Os doces ca-seiros eram feitos conforme a colheita das frutas: de cidra, de goiaba, de banana, de laranja, de mamão e muitas mais. Uma época de estações acentuadas e mais equilibradas do que hoje em dia proporcionava planeja-mento das atividades.

Além de porcos, gado leitei-ro, cavalos e aves, a criação de ovelhas, cabritos também fa-ziam parte da vida na Fazenda.

O azeite extraído da mamo-na era utilizado para untar as correias e “peias” de vacas, as juntas dos carros de bois e tudo que de lubrificação necessitas-se.

Casa grande, casas meno-res, casa de engenho, de picar cana, dos boiadeiros, de guar-dar café, do moinho, e até do gerador. A coberta de tirar leite possuía, anexada a ela, um cô-modo para abrigar os bezerri-nhos e para guardar arreios.

Conjugado ao paiol, havia uma sala que servia como sala de aula. Equipada com lousa, carteiras, tudo providenciado por vovô João. Aí foram alfabe-tizados alguns dos filhos do ca-sal e os filhos dos agregados. Eram contratadas professoras e também os dentistas Sr. Ata-balipa e Sr. Santinho, que com-pareciam à Fazenda sempre que necessário.

Além das casas com ser-ventias diversas, havia mais casas onde moravam as fa-mílias dos camaradas. Mais parecia uma pequena cidade. Formavam o chamado rua-do, onde moravam os traba-lhadores que desfrutavam da companhia, da confiança, das festas, enfim da vida daquele lugar. Muito contribuíram com seu serviço, sua amizade e sua consideração para com a famí-lia. Totalizavam umas quinze casas no local.

Foi neste pedacinho de céu que os filhos e muitos netos nasceram e viveram muitos momentos de alegria e chega-ram bem perto da felicidade.

Com a partida de Vovô João, as coisas mudaram. As terras foram partilhadas com os 17 filhos, que, criados de forma benevolente e diante das transformações do mundo, venderam-nas quinhão por qui-nhão...

Hoje, a Fazenda está divi-dida e tem mais de vinte pro-prietários. Entre eles, os des-cendentes de Lamounier, de Sr Aguinaldo Andrade, de Dr. Guido, de Osvaldir de Paula e ainda Dr Orestes, Newton Lino, Lourimar César, Enzimar Cé-sar, Madalena Soares, Vargas, Betinho e outros.

Já não se ouvem mais as batidas do monjolo, fonte pode-rosa de fartura dos longínquos tempos. Os bois não giram mais aquele engenho e o açú-car ficou amargo de saudade. Já não vibram mais pelo inte-rior da vivenda os risos dos que ali viveram e lutaram por aque-las terras.

Abandono e tristeza joga-ram a casa grande no chão. Um lugar que abrigou uma enorme família e lhe deu o sustento e a fartura de outrora... Permanece apenas na memória, pois quem a conheceu nunca dela poderá se esquecer.

Dos 17 filhos do casal so-breviveram 110 netos, 250 bisnetos, 260 trinetos e 40 te-tranetos, formando uma das maiores famílias do Centro Oeste de Minas Gerais. Seus descendentes ocupam as mais variadas profissões e buscam realizações pessoais e profis-sionais.

Muitos não conheceram Sr. João e nem D. Florinda, mas têm certeza de que sua ener-gia permanece e faz brotar em nossos corações tributos de respeito, carinho e amor.

(Resumo do 4º Capítulo do livro Simplesmente Fazenda, de Silvana de Sousa Lino)

D. Florinda, Sr. João do Retiro e alguns objetos interessantes da Fazenda: telefone, desnatadeira, gramofone

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12 de Novembro a 12 de dezembro/16Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.10

Bruna LeonelSupervisora de Projetos e Qualidade da CCPR/Itambé

A ordenha é a atividade que mais demanda mão de obra numa fazenda produtora de leite. O aumento do número de vacas em lactação nos rebanhos au-menta a necessidade de mão de obra qualificada e acarreta em maior tempo de ordenha. Para otimizar esse tempo de ordenha, é comum o produtor instalar uni-dades de ordenha adicionais. Porém, nos sistemas de orde-nha sem extratores automáticos de teteiras, em que o número de conjuntos de ordenha ultrapassa o potencial de trabalho dos or-denhadores, o risco de ocorrer a sobreordenha é maior.

A sobreordenha é a perma-nência do conjunto de ordenha acoplada nos tetos das vacas mesmo depois que já finalizou o fluxo de leite. O principal efeito da sobreordenha é o aumento das células somáticas, pois a so-breordenha afeta negativamente a condição dos tetos e a ocorrên-cia de mastite.

Após a ordenha, o esfíncter do teto (orifício por onde sai o leite) continua aberto durante um tempo e depois se fecha forman-do uma barreira física que pro-tege o interior do úbere contra a invasão de microrganismos cau-

Você sabe o que é sobreordenha e quais os seus efeitos?

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sadores de mastite que estão presentes no ambiente. Quan-do acontece a sobreordenha, as teteiras continuam nos tetos das vacas por um tempo sem ter fluxo de leite, e isso pode afetar a integridade da pele dos tetos, causando lesões e prejudicando o fechamento do esfíncter do teto. O resultado é o maior risco de infecções intra-mamárias.

As lesões, quando crônicas, causam o que chamamos de hiperqueratose, que é a calo-sidade na ponta dos tetos. Isso facilita muito a entrada de bac-térias causadoras de mastite no teto e em partes superiores do úbere. Outro ponto negativo da sobreordenha é que duran-te o período de baixo fluxo de

leite, pode haver transferência de bactérias dos quartos infec-tados para os quartos sadios, o que aumenta mais ainda a inci-dência de mastite.

Produtor, fique atento para que o tempo de sobreordenha não ultrapasse dois minutos. É necessário adequar a duração do tempo de ordenha com a ro-tina de trabalho dos ordenhado-res. Ações como o treinamento de mão de obra, instalação de extratores automáticos de tetei-ras e a adequação do número de conjuntos de ordenha con-forme a capacidade de trabalho dos ordenhadores são práticas que podem auxiliar na manu-tenção da integridade dos tetos e da sanidade da glândula ma-mária do rebanho.

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11Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de Novembro a 12 de dezembro/16

Contagem de Células SomáticasPRODUTOR (MATRÍCULA) CCS

Contagem BacterianaPRODUTOR (MATRÍCULA) CBT PRODUTOR (MATRÍCULA) % PROTEÍNA

Porcentagem de Proteína Total Porcentagem de Matéria GordaPRODUTOR (MATRÍCULA) % GORDURA

Geraldo Evando Pereira (0242)Elizete C. Nogueira e Outros (0255)João Carlos de Oliveira (0670)Marcelo José Oliveira Maciel (1714)Paulo Roberto F Andrade (2066)Sebastião José de Freitas (3573)Valdir Vicente de Sousa (3078)Alexandre de Souza Valadares (0276)Higino Cunha Valadares (0782)Luiz Carlos de Araújo (0683)Adelino José C. Sobrinho (1611)Geraldo José Correa (3656)Antônio do Carmo Fróes (0301)Elismar Noronha Lima (3459)Geraldo Magela de Carvalho Jr (3592)Eustáquio Márcio de Oliveira (0797)Guilherme A. Pereira Mendes (0962)Júlio Ricardo Ferrão (2117)Márcio Túlio de Avelar e Outro (0813)Alicimar Andrade da Silva (0819)Telesmar Oliveira de Faria (1707)Gilmar Sousa Machado (3138)Lacerdino Barbosa da Silva (3559)Eugênio Antonio da Costa Filho (0351)Diany Alves Mendonça (0430)Ismenia de Oliveira Martins (0190)Dirceu de Oliveira Gomes (0468)Judith Maria Ferreira Mendes (0473)Iraci Oliveira da Costa (0561)Ildefonso Gonçalves de Oliveira (0296)

2.0002.0002.0002.0002.0002.0002.4492.8282.8283.0003.0003.0003.1623.1623.1623.1623.4643.4643.8734.0004.0004.0004.0004.2434.2434.5834.5834.8994.8995.292

37.49737.49740.00045.00052.00058.99259.02563.00086.94890.00092.00092.80695.724

101.578105.442119.000135.724149.419151.918153.987156.375159.000174.000189.000194.160194.160200.000202.650210.000211.733

Marcelo José Oliveira Maciel (1714)Geraldo Donizete Mendes (4638)Elismar Noronha Lima (3459)Geraldo Magela de Carvalho Jr (3592)Ricardo Assis Santos (0114)Felipe Alberto Xavier de Oliveira (0358)Luiz Alberto de Oliveira (0811)Ildeu José Ferreira (0235)Aluísio Pereira Dayrell (0356)José Maria da Silva (3522)Fabio Eugenio Lemos Costa 0441Ismênia de Oliveira Martins (0190)Maristene Teixeira Costa (0270)Sílvio Antônio da Costa (0588)Vilma Cândida de Oliveira (3509)Valdir Vicente de Sousa (3078)Luiz Antônio Arruda Filho (1725)Cerenita Cézar da Cunha (0402)Newton de Sousa Lino Filho (1700)Judith Maria Ferreira Mendes (0473)Luismar Rodrigues Bueno (4645)José Edivaldo de Faria (0439)Geraldo Mendes Morato Filho (0452)Iraci Oliveira da Costa (0561)Atamir Ramiro de Campos (3452)Dilermando Oliveira Gomes (2536)Ataide Ramiro Campos (1127)Geraldo Evando Pereira (0242)Antonio José de Barros Neto (0589)Torquato Barbosa Tavares (0537)

3,603,603,563,563,533,513,513,493,493,483,473,463,453,453,453,453,443,433,423,423,423,353,353,353,343,333,333,333,333,32

Cerenita Cézar da Cunha (0402)Ildeu José Ferreira (0235)José Maria da Silva (3522)Ismenia de Oliveira Martins (0190)Elismar Noronha Lima (3459)Geraldo Magela de Carvalho Jr (3592)Marcelo José Oliveira Maciel (1714)Agroville Agric. e Empreend. Ltda (4641)Edi Ferreira da Silva (0284)Geraldo Gilmar C Toledo (3483)Alexandre de Souza Valadares (0276)Geraldo Donizete Mendes (4638)Carlos Antônio de Andrade (3125)Helvécio Alexandrino Arruda (2605)Guilherme A. Pereira Mendes (0962)Antônio Noronha de Lima (4447)João Eustaquio de Lima (3130)Felipe Alberto Xavier de Oliveira (0358)Luiz Alberto de Oliveira (0811)João Carlos de Oliviera (0670)Ricardo Assis Santos (0114)Daniel Gonçalves Rios (3137)Maristene Teixeira Costa (0270)Silvio Antônio da Costa (0588)José Vieira de Moura (3657)Vilma Candida de Oliveira (3509)Newton de Sousa Lino Filho (1700)Paulo Roberto F Andrade (2066)Fabio Eugenio Lemos Costa (0441)Ronaldo Antonio Silva e Outro (4111)

4,354,294,274,274,204,204,164,144,144,134,114,104,104,104,084,084,074,074,074,064,054,034,034,033,993,963,943,933,933,93

Adelino José C Sobrinho (1611)Geraldo José Correa (3656)João Leivindo da Cunha (1518)João Mendes Souza Filho (4393)Altivo Rodrigues Pereira (4234)Valdir Vicente de Sousa (3078)Efren de Sousa Machado (2018)Evandir Ferreira (1556)Carlos César Correa (3117)Lucimar Gonçalves de Souza (4694)Isaelmon César Damasceno (4110)Ivair César Damasceno (4113)Marcelo Francisco da Costa (0362)José Nazareno Soares (3007)Valdir Ferreira de Andrade (2003)Aloísio Antônio Cunha (3429)João César da Cunha Sobrinho (1574)Paulo Roberto F Andrade (2066)Julio Ricardo Ferrão (2117)João Carlos de Oliveira (0670)Levi Altivo de Paula (1597)José Eustaquio Marcelino (3479)Valdemar Pereira da Silva (3520)Geraldo Donizete Mendes (4638)Ricardo Macedo Valadares (0406)Francisco e Valadares (3764)José Pereira Ribeiro (2120)José Maria da Silva (3522)Francisco Brandão (0205)Enivaldo M de Sousa e Outra (4464)

MELHORES NA QUALIDADE DO LEITE - OUTUBRO 16MELHORES EM QUALIDADE DO LEITE - JANEIRO 15

Dia 1º de novembro, come-çou a segunda etapa de vaci-nação anual do rebanho mineiro contra a febre aftosa. Os pro-dutores rurais terão até 30 de novembro para vacinar bovinos e bubalinos de sua propriedade com idade de zero a 24 meses. A primeira etapa ocorreu em maio deste ano.

A vacinação é obrigatória e é a forma mais eficiente de se pro-teger os animais contra a doen-ça. O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Esta-do de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 75,27 por cabeça.

O Instituto Mineiro de Agro-pecuária (IMA) estima que deve-

rão ser vacinados, nesta etapa, cerca de 9,6 milhões de animais.

Para comprar a vacina o pro-dutor deve apresentar CPF e identidade nas lojas de revenda de produtos veterinários.

Cuidados para vacinarO diretor-geral do IMA Marcílio

de Sousa Magalhães lembra que o produtor deve adotar alguns cui-dados para garantir a eficiência da vacina. Entre eles, o transporte e

armazenamento corretos deste produto.

“Do momento em que forem adquiridas na loja, durante o trans-porte e até o momento da aplica-ção, as vacinas deverão permane-cer em ambiente refrigerado.

É fundamental mantê-las em geladeiras ou em caixas térmicas com muito gelo, de forma que estejam armazenadas em tem-peratura entre 2 e 8 graus centí-grados, inclusive no momento da aplicação.

Além disso, deve-se agitar o frasco da vacina antes da utiliza-ção e administrar a dose correta, que é de 5 mL. São cuidados que irão garantir a eficiência da vacina-ção e a imunização dos animais”, ressalta.

Comprovação no siteA legislação prevê como obri-

gatório que os produtores rurais comprovem a vacinação dos ani-mais de sua propriedade junto ao IMA.

“Basta que o produtor acesse o endereço www.ima.mg.gov.br, onde terá um link para o Formu-lário de Declaração de Vacina-ção, também conhecido como Carta Aviso de Vacinação, onde ele poderá fazer essa comprova-ção”, informa o diretor-geral do IMA.

Para fazer essa comprovação, será necessário que o produtor te-nha em mãos as notas fiscais de compra da vacina, informações necessárias para se comprovar a vacinação.

Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa

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12 de Novembro a 12 de dezembro/16Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12

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IOGURTE CASEIRO

Ingredientes:- 2 litros de leite morno (não pode ser quente)- 1 copo de iogurte natural sem sabor- 1 copo e meio de açúcar (americano)- 2 copos de Quic de morango

Amorne o leite e misture o io-gurte natural. Espere coalhar. Quando estiver bem coalha-do, bata no liquidificador com o Quic e o açúcar. Coloque na geladeira em uma vasilha gran-de e espere gelar.

SORVETE CASEIRO

- 2 litros de leite- 1 colher e meia de liga neutra para sorvete- 3 colheres de sabor a esco-lher (uva, creme, morango etc.)- 2 copos americanos de açúcar- 1 colher e meia de emustab (emulsificante e estabilizante

para sorvete).

Bata o leite, a liga neutra, o açú-car e o sabor no liquidificador. Leve ao congelador até endure-cer. Depois, coloque o emustab e leve ao congelador novamen-te até ficar no ponto de sorvete.

BROA DE FUBÁ DE CANJICA

- 3 ovos- 3 colheres de açúcar- 1 copo de leite- 1 pitada de sal- 3 copos de fubá de canjica- Queijo para colocar em tirinhas no meio

Bata o ovo, o açúcar, o óleo, o leite, o sal e, por último, o fubá de canjica. Amasse até ficar no ponto de enrolar as broas. De-pois, faça bolinhas e coloque uma tira de queijo por dentor quando estiver enrolando. Asse em forno médio por uns 40 mi-nutos.

Parabéns aos Campeões em Qualidade do Leite do mês

Na Contagem Bacteriana, empataram em 1º lugar, com 2.000 ufc/ml: Geraldo Evando Pereira (0242), Elizete C. Nogueira e Outros (0255, representados pelo vaqueiro Alexandre), João Carlos de Oliveira (0670), Marcelo José Oliveira Maciel (1714), Paulo Roberto F Andrade (2066) e Sebastião José de Freitas (3573). Na Contagem Bacteriana, os campeões de outubro foram o Sr. Adelino José C Sobrinho (1611) e seu filho Geraldo José Correa (3656), com 37.497 ccs/ml.

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13Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de Novembro a 12 de dezembro/16

“Uma cooperativa chegar aos 88 anos é fruto do trabalho de várias equipes, de muitos produtores, colaboradores e pessoas que acreditaram nes-se projeto. É preciso valorizar muito essa instituição, porque permanecer no mercado por tantos anos não é fácil. Dentre outras vantagens, a Cooperati-va é uma balizadora de preços na região, faz com que eles fi-quem mais competitivos”. Com esse depoimento, o cooperado e ex-diretor da Cooperabaeté, José Eustáquio Marcelino, des-taca a grande importância da empresa para toda a região, ao longo dessas quase nove déca-das de vida.

Retomando a atividadeApós um período longe da

produção rural, quando atuou como diretor do Sicoob São Francisco, ele está de volta à atividade, com muito entusias-mo e dedicação, ao lado da esposa Celgis César Correia, Nega, e agora mais perto do so-gro, Osvaldo César da Cunha (Zada).

Na Fazenda Capão dos Neres, em Cacimbas, o casal produz cerca de 80 litros/dia e, mesmo com as dificuldades im-postas pelo momento, a alegria do recomeço é grande. “Estou me preparando, trabalhando muito e ganhando pouco, mas feliz. Não perco o entusiasmo, porque estou fazendo o que gosto. A primeira coisa é gostar do que se faz, e a atividade ru-ral sempre me atraiu, faço com gosto. Preciso do retorno finan-ceiro para minha sobrevivência, mas, não vindo, a gente vai driblando a crise e chega lá”, ressalta.

Assim, José Eustáquio e

Nega mantêm a tradição rural iniciada por seus antepassa-dos.

Filho do agricultor João Mar-celino, Eustáquio nasceu na Fa-zenda Extrema, a seis quilôme-tros de Biquinhas. “Quando fui pra cidade estudar, ficava louco pra chegar o fim de semana pra voltar pra roça. Com oito anos, já ia pra fazenda a pé”, recorda.

Depois da formatura no Ma-gistério, ele até tentou se adap-tar em Brasília para trabalhar e continuar os estudos, mas não aguentou. Voltou um ano e meio depois.

Em 1986, teve o primeiro contato profissional com as sa-las de aula, quando substituiu a professora Maria Alves na es-cola de Cacimbas... e começou a namorar com Nega. Casou-se em 1991, mais tarde se tornou diretor da escola e assumiu a Secretaria de Educação de Mo-rada Nova.

Em 1995, Marcelino se as-sociou à “Cooperativa Mista de Abaeté Ltda” (atual Cooperaba-eté) e forneceu o primeiro leite, com apoio do sogro, que cedeu um pedaço de terra ao casal.

Em 2003, integrou o Con-selho de Administração da Cooperabaeté e, em 2010, foi convidado para participar da diretoria. “Foi uma época de grande aprendizado. Trabalhei com duas pessoas extraordiná-rias, o Henrique e o Eustáquio Márcio. Foi um período muito bom na minha vida”, avalia.

Ao fim do mandato como diretor comercial da Coope-rabaeté, Marcelino recebeu o convite para ajudar a dirigir o Sicoob São Francisco, em Morada Nova. Atendendo ao pedido do novo presidente da Cooperabaeté, Eustáquio Már-cio, ficou mais um mandato no Conselho de Administração. Foi nesse período que ele precisou

se desvincular um pouco da produção de leite. “O que me deixou bem contrariado”, diz.

Este ano, José Eustáquio encerrou suas atividades na cooperativa de crédito para se dedicar novamente à produção rural. E desta vez, em proprie-dade própria, uma vez que, em dezembro do ano passado, os sogros fizeram uma doação das terras aos filhos.

Sempre presente em even-tos, cursos e palestras técnicas, ele pretende ingressar agora no Projeto Educampo, para traba-lhar com mais tecnologia e pro-fissionalismo.

Parabenizando a Coopera-baeté pelos 88 anos de vida, Marcelino cita como uma gran-de realização a organização do quadro social em Núcleos Cooperativistas. E ele fala com muita propriedade. “O primeiro núcleo criado foi o de Cacim-bas/Poções, até pela nossa

experiência com associação. Uma coisa interessante é que um dos objetivos dos Núcleos é encontrar e formar novas li-deranças para as cooperativas. E eu fui o primeiro frequentador de Núcleo que se tornou dire-tor da Cooperabaeté, o que eu acho muito válido”, ressalta.

Marcelino também teve uma participação direta na criação do Núcleo de Jovens Cooperati-vistas. Durante sua experiência como diretor da Cooperabaeté, ele fez uma pós-gradução em Educação do Campo, na Uni-versidade Estadual de Montes Claros, finalizada com um TCC sobre a falta de sucessão na atividade rural.

“Na época, eu e o Marcos visitamos um grupo de Jovens Cooperativistas em Patrocínio, e o meu trabalho se concluiu com a criação do grupo de Aba-eté. Fico muito feliz em saber que os encontros de jovens continuam, no objetivo de valo-rizar essa questão da sucessão do trabalho que os pais reali-zam, mostrando que é possível viver no campo hoje, utilizando de novas tecnologias, além de preparar novas lideranças para as cooperativas”.

Segundo ele, nas pesquisas realizadas durante o estudo, somente 12% dos jovens filhos de produtores entrevistados em Abaeté, Paineiras, Biqui-nhas e Morada Nova preten-diam seguir a atividade rural. “Com esse trabalho de núcleos, mesmo que o produtor não te-nha filhos interessados na ativi-dade, ele pode preparar alguém pra sucedê-lo, com acompa-nhamento dos filhos que estão exercendo atividades urbanas. É importante investir na educa-ção nesse sentido”, finaliza.

José Eustáquio e Nega: mantendo a tradição familiar de amor à produção rural.

Marcelino: “o amor ao trabalho faz toda a diferença”.

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12 de Novembro a 12 de dezembro/16Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.14

José Eustáquio Marcelino

Desde 2014, a pior seca da história assola Morada Nova e grande parte das Minas Gerais. O lado bom deste episódio é a reeducação das pessoas em relação ao meio ambiente, uma vez que ninguém acreditava que uma região que armazenava o maior volume de água pudesse ter sua economia abalada por falta deste precioso líquido.

Outro fator positivo deste período que vivenciamos é o resgate do passado, devido às lembranças que afloram ao ver ressurgir das profundezas da represa remanescentes de construções, pontes, cercas, ca-minhos antigos e a famosa Es-tação da Barra do Paraopeba.

Na semana passada, em um bate papo com meu so-gro Osvaldo César da Cunha (Zada), tive uma excelente aula de história. Ele instalou-se na região de Cacimbas na década de 40, quando ainda era soltei-ro. Ali desbravou mato e cerra-do para praticar a agricultura de

subsistência, criação de gado e engorda de porcos, base da economia daquela época.

O Sr. Zada, como é conhe-cido por todos, casou, adquiriu família e, com muita garra e esforço, conseguiu ampliar em muitas vezes o patrimônio que seu pai lhe confiara. De forma que, na década de 90, já era possuidor das terras da Fazen-da Congonhas. Fazenda que se localiza entre os Povoados de Cacimbas e Poções, tornan-do-se ponto de referência na localidade.

Sua popularidade deve-se ao carisma e à receptividade. Quando alguém chega à sua casa, logo é convidado para en-trar na humilde cozinha, onde possui uma mesa rústica com algumas guloseimas em cima.

Ali sempre tem um pote com doces, um queijinho, um prato de biscoitos e a tradicional ra-padura de mamão, iguaria que ele mesmo fabrica e não tem igual na redondeza.

Naquela cozinha, outra cena que chama a atenção é o fogão

a lenha. Ali a chama não se apaga, uma vez que, às 9 horas da manhã, o almoço já está ser-vido e as panelas permanecem aquecidas a fogo baixo para os retardatários que chegam ao longo do dia para “serrotar um almoço”, inclusive eu.

Seu Zada é uma pessoa de pouca ambição. Raramente viaja ou participa de grandes festas. Sua maior diversão é um jogo de truco com os ami-gos e a reunião familiar.

Quando ele percebe que a família está dispersando, com-pra logo três sacos de milho verde e liga para cada um, di-zendo que precisa da turma no dia seguinte para fazer umas pamonhas. Essa estratégia fun-ciona muito bem, pois a labuta dura o dia inteiro. Suas filhas e sua esposa Dona Irani, que são exímias cozinheiras, se reve-zam. Umas vão para a cozinha, outras vão fazer doces e os de-mais descascar o milho, ralar, temperar a massa, amarrar e cozinhar as pamonhas, numa verdadeira linha de produção.

De forma que, ao final do dia, os potes estão cheios de doce, as peneiras cheias de pamo-nhas, os tabuleiros cheios de bolo e as barrigas empanturra-das de tanta comilança.

Desculpe! Empolguei e não falei sobre a aula de história. O fato relatado por ele foi que, antes da construção da barra-gem de Três Marias, o comér-cio da região era feito através da Via Férrea que tinha uma estação na chamada Barra do Paraopeba, próximo ao Distrito de Frei Orlando, que na época se chamava Junco. Segundo o Sr. Osvaldo, os fazendeiros da região de Cacimbas vendiam o excedente da produção na-quela estação e ali compravam ferramentas, sal, tecidos e al-gumas novidades que vinham dos grandes centros.

Outro produto fornecido pelos cacimbenses eram os dormentes, toras de madeira lavradas a machado para rece-ber os trilhos de ferro em cima. Durante semanas, o Sr. Zada, juntamente com um amigo e

colaborador, adentrava no cer-rado, escolhia a madeira, apa-rava, lavrava e arrastava com uma junta de bois para o ponto de recolhimento.

O trabalho, além de pesa-do, era difícil, pois havia muito gravatás, tocos e espinhos. Mas todo esse cansaço era compensado quando chega-va o dia do transporte. Nessa ocasião, dezenas de carros de bois juntavam-se em comitiva para transportar as pesadas toras até a Barra do Paraope-ba, transformando as estradas esburacadas no palco da mais linda sinfonia: o canto dos car-ros de bois.

Estes fatos explicam o gran-de sucesso da Festa do Carrei-ro de Cacimbas. Ela só tornou tradicional porque foi criada em bases fundamentadas, ou seja, por pessoas que reviveram e revivem uma importante página de nossa história. Dentre elas, está este personagem vivo da história de Morada Nova, Os-valdo César da Cunha, ou sim-plesmente Zada.

Com reverência e orgulho, Zada guarda a foto da família de seu avô, Tibúrcio César da Fonseca, e repete a história de união familiar e amor à terra. Uma grande alegria é ver seis dos sete filhos morando com suas famílias nas terras doadas por ele e a esposa, como um legado de uma vida de amor e muito trabalho. “Estamos sempre

juntos. O Carlinhos, que mora e trabalha em Abaeté, vem aqui toda semana”, conta Zada, entre os filhos Celina, Celislene, Celgis, Carlos, Calbes, Célia e Selma.

Sr. Zada: lições de história, amor e vidaLu RaquelChristiane Ribeiro

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15Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de Novembro a 12 de dezembro/16

Há cerca de seis anos, o co-operado Arnon José de Araújo vem investindo na atividade ru-ral, mas a paixão pela vida no campo surgiu bem antes disso. “Meu pai é produtor. Vivi a vida toda com ele e adoro isso. Sinto que a roça é meu lugar”, reco-nhece.

Além de produtor rural, ele atua, na cidade de Biquinhas, como professor de Geografia e vice-diretor. “Trabalho na escola e gosto de dar aula, mas o lugar onde me sinto à vontade é lá na roça. Se Deus me der saúde, pretendo continuar trabalhando lá a vida toda”, planeja.

Na fazenda Catas Altas, em Biquinhas, Arnon produz cerca de 400 litros/dia, com o objetivo de incrementar essa produção. “Às vezes, o pessoal fica falan-do para vender as vacas, que o negócio não dá lucro, mas a gente fazendo o que gosta, mesmo que dê um pouquinho só, já vale a pena... Comecei com 9 vacas, hoje tenho mais de 50. Então, de certa forma, é um investimento que está dan-do certo, estou crescendo”, co-memora.

Seu objetivo é manter a quantidade do rebanho, até pelo tamanho da propriedade, e aumentar sua produtividade. “Estou investindo nessa parte de insumos, dando uma ali-mentação de qualidade para o gado para que, com menos quantidade de animal, eu con-siga produzir mais leite”, diz.

Para o trabalho na fazenda, ele conta com um ajudante fixo, mas nunca deixa de partici-par diretamente da lida diária.

Produtor e Professor Arnon, com os filhos César e Sofia, o ajudante José Maria e alguns alunos de Geografia.

“Acordo às quatro horas todo dia, vou direto para o curral e às 9:30 horas, já estou na escola dando aulas”, explica.

Durante a semana, seu tem-po fica dividido entre a escola e a fazenda, mas aos sábados e domingos, ele aproveita para matar a saudade da família. “É muito apertado. Só encontra-mos no final de semana, por-que vivem em Morada Nova. Minha esposa dá aula o dia todo e trabalha em duas esco-las lá”, conta.

Espírito CooperativistaAtualmente, um grande

empecilho que dificulta, e mui-to, a vida de todos é a falta de água, mas, com o espírito co-

operativista dos produtores da região onde vive, no Barreiro Vermelho, ele vem sendo, ao menos, minimizado. “Os córre-gos secaram todos, mas temos um poço artesiano comunitário que ajuda todo mundo. Às ve-zes, a prefeitura pega água do meu poço para socorrer algum outro produtor. Nessa hora, um tem que ajudar o outro, porque a situação está feia mesmo”, analisa. “Na região, são pe-quenos produtores, quase to-dos trabalham com leite. E lá ainda existe essa questão de dar cana, capim. Grande parte das pessoas não vendem, elas doam”, completa.

Além dos aprendizados que a vida no campo e na educação

lhe proporcionam cotidiana-mente, Arnon destaca que foi importantíssima sua participa-ção como conselheiro da ad-ministração da Cooperabaeté na gestão anterior. “Foi uma experiência muito boa. Adorei trabalhar lá. Fiquei um perío-do de três anos e foi bom até aqui para dentro da escola”, destacou. “É uma turma muito competente e o pessoal leva as coisas muito a sério. Não é fácil administrar uma empresa daquele tamanho”, reconhece.

Em sua avaliação, a coope-rativa é uma empresa de suma importância para toda a comu-nidade, além de ser um local onde se recebe um atendimen-to diferenciado. “Quando a loja

de Biquinhas pegou fogo, a ci-dade toda sentiu e viu o quanto precisava dela. Os preços dos outros mercados subiram bas-tante, porque não tinham mais a cooperativa como referência. Foi um transtorno muito grande para toda a sociedade”, recor-da.

Para ele, o grande diferen-cial da cooperativa é que “tudo que a gente solicita, a diretoria analisa se tem ou não condição de fazer. É muito bom quando você vai num local onde os di-rigentes conversam com você. Esse é o lado cooperado, eles sempre têm uma porta aberta”, finaliza, parabenizando a Co-operabaeté pelos 88 anos de vida e prestação de serviços.

Uma aula de cooperativismo e amor ao trabalhocom o Professor e Produtor Arnon Araújo.