pttc readaptação 15 mar2011 (1)

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA GERAL SEÇÃO DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS PARECER N.º 010/2011 ASPAR/SAI PROPOSTA DE ALTERAÇÕES NA PTTC E DE APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA READAPTAÇÃO NA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

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Page 1: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA GERAL

SEÇÃO DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS

PARECER N.º 010/2011 – ASPAR/SAI

PROPOSTA DE ALTERAÇÕES NA PTTC E DE

APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA READAPTAÇÃO NA

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA GERAL

SEÇÃO DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS

PARECER Nº 10/2011 – ASPAR/SAI.

Referência: Decreto Nº 32.539 de 2010, Lei Nº 12.086 de 2009, Lei Nº 10.486

de 2002 e Lei Nº 7.289 de 1984.

Interessado: Polícia Militar do Distrito Federal – PMDF.

Assunto: Dispõe sobre a necessidade de alteração da legislação que

disciplinou a nomeação dos militares da reserva remunerada e dos

reformados para Prestação de Tarefa por Tempo Certo – PTTC no

âmbito da PMDF. Objetiva tornar efetivo o aproveitamento dos

reformados. Assim como aventar possível aplicação do instituto de

readaptação nos quadros de pessoal da PMDF, para discussão com

os órgãos técnicos e demais esferas institucionais.

PARECER

I – OBJETIVO

O presente estudo visa apresentar proposta de alteração do art. 114 da Lei N.º

12.086, de 06 de novembro de 2009, que trata da Prestação de Tarefa por Tempo Certo,

bem como de dispositivos do Decreto GDF n.º 32.539, de 02 de dezembro de 2010, que

regulamentou o referido dispositivo legal, visando tornar acessível aos policiais militares

reformados a nomeação para a prestação de tarefa nos moldes propostos.

No desenvolvimento das atividades, vislumbrou-se a possibilidade de

apresentação de proposta inicial de aplicação do instituto de readaptação nos quadros de

pessoal da Polícia Militar do Distrito Federal, para discussão com os órgãos técnicos e

demais esferas institucionais.

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II – HISTÓRICO

A discussão do tema proposto não é recente na PMDF, tendo sido alvo de várias

demandas por parte de setores da Corporação, órgãos de controle externo, parlamentares,

associações, levando ao desenvolvimento do consenso de que é possível a readaptação de

policiais militares que não se encontrem de posse de sua capacidade laborativa plena, mas

que tenham condições de executar funções inerentes à atividade meio. Tudo em

consonância com a supremacia do interesse público e com as diretrizes institucionais de

proporcionar melhor qualidade de vida e dignidade aos policiais militares do Distrito

Federal.

Ainda em 2005, o Tribunal de Contas do Distrito Federal exarou a Decisão

Normativa n.º 01/05 (Anexo I), considerando a necessidade de estabelecer orientação

para os jurisdicionados a respeito do procedimento a ser adotado nos casos de

aposentadoria por invalidez. Assim se dispôs:

Art. 1º A junta médica oficial antes de se manifestar sobre a

prorrogação da licença ou a concessão de aposentadoria por

invalidez, verificará se o servidor tem condições de reassumir o

exercício do cargo para o desempenho de atribuições

compatíveis com a deficiência constatada.

Após manifestação da então Diretoria de Saúde acerca do tema, solicitando ao

Exmo Senhor Comandante orientações quanto aos procedimentos a serem adotados, haja

vista a legislação castrense não regular a matéria em apreço, exarou-se o Parecer n.º

003/2006 – AEGCG (Anexo II). Neste restou esclarecida a reserva legal que permeia a

questão da readaptação no âmbito da PMDF, por força de previsão constitucional,

conforme se pode constatar no artigo 142, § 3º, inciso X, da CF/88, em que se estipula

que somente a lei poderá dispor sobre normas gerais acerca das condições de

transferência do militar para a inatividade, bem como outras situações especiais dos

militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades. Tal dispositivo é aplicado

aos militares do Distrito Federal por força do artigo 42, § 1º da Constituição Federal/88.

Ainda em conformidade com o parecer retro mencionado, apesar das

considerações expostas, em especial o princípio da reserva legal, consultou-se a

Procuradoria Geral do Distrito Federal, por se tratar de questão de ordem jurídica, com

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aplicação do Direito envolvendo interesse público, matéria de natureza técnico legislativa

e “pessoal” integrante da PMDF.

Por sua vez, aquela Casa Jurídica manifestou-se por meio do Parecer n.º

0097/2006 – PROPES/PGDF (Anexo III), com a seguinte conclusão:

“Em face das considerações acima expendidas, e tendo em

vista que a passagem do policial militar à situação de

inatividade, mediante reforma, e por motivo de incapacidade, só

se justifica quando a mesma for definitiva e para todo e

qualquer trabalho da Corporação (art. 94, inc. II, da Lei nº

7.289/84), somos pela aplicabilidade da Decisão Normativa nº

01/2005-TCDF, no âmbito da Polícia Militar do Distrito

Federal.”

Desde então, comissões foram nomeadas para estudos e propostas de forma de

aplicação da readaptação na Polícia Militar do Distrito Federal, entretanto, os resultados

não foram expressivos, exatamente pela ausência de previsão em lei do referido instituto.

Atualmente, a Portaria n.º 522, de 25 de agosto de 2006, em seu artigo 33, é a

norma administrativa mais próxima do acatamento da Decisão Normativa n.º 01/2005 –

TCDF, com o seguinte teor:

Art. 33 Os pareceres emitidos pelas Juntas de Inspeção de

Saúde e médicos-peritos, quanto a sua forma, seu conteúdo e

vinculação à finalidade da inspeção, serão definidos, além do

que estiver estabelecido em Norma Técnica, do seguinte modo:

.....................................................................................................

III – reconhecida a aptidão do inspecionando, necessitando

este, porém, observar prescrições de ordem médica que não

impliquem em afastamento total do serviço policial militar, será

lançado na ata de inspeção de saúde, bem como na carteira de

saúde do policial militar, o parecer: “Apto para o serviço

policial militar com restrição para ...”. Neste caso, a Junta

especificará as atividades laborativas que o policial militar não

está recomendado a realizar, bem como o período de tal

restrição.

No âmbito legislativo, mais especificamente na Câmara dos Deputados, foi

apresentado, ainda em 04 de setembro de 2003, o Projeto de Lei n.º 1.903/2003, o qual,

além de outros dispositivos referentes à Lei n.º 6.645/79 (antiga Lei de Promoções de

Oficiais, revogada pela Lei n.º 12.086/2009), promovia alterações no Estatuto dos

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Policiais Militares da PMDF. No que se refere à matéria em apreço, o artigo 24 do

referido diploma legal passaria a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 24 .......................................................................................

§ 1º O policial militar que, comprovadamente, se revelar inapto

para o exercício das funções policiais de caráter operacional,

desde que não seja considerado impossibilitado total e

permanentemente para qualquer trabalho, será readaptado em

outras funções administrativas compatíveis com a limitação que

tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em

inspeção de saúde, vedada a agregação para qualquer fim.

§ 2º Cessada a incapacidade a que se refere o parágrafo acima,

verificada em inspeção de saúde, o policial militar retornará a

sua situação anterior.”

Sob o regime de tramitação ordinária, o projeto chegou a ser aprovado, no mérito,

na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e, pela

constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, na Comissão de Constituição e

Justiça da Câmara dos Deputados.

Entretanto, decorridos mais de 07 (sete) anos sem aprovação, foi arquivado em 31

de janeiro de 2011, com fulcro no artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos

Deputados:

“Art. 105. Finda a legislatura, arquivar-se-ão todas as

proposições que no seu decurso tenham sido submetidas à

deliberação da Câmara e ainda se encontrem em tramitação,

bem como as que abram crédito suplementar, com pareceres ou

sem eles...”

Apesar de tratar com superficialidade o tema ora abordado, a proposição

mencionada abriu possibilidades de discussões, no âmbito da Polícia Militar do Distrito

Federal, acerca do emprego legalmente previsto de militares acometidos de restrições

físicas em funções compatíveis com seu estado de saúde.

Portanto, como exposto, urge a necessidade de alterações na legislação federal

aplicada à Polícia Militar do Distrito Federal, objetivando possibilitar a aplicação do

instituto da readaptação a seus integrantes de forma que permaneçam no serviço ativo,

tudo em perfeita consonância com a supremacia do interesse público e com os princípios

da moralidade e da eficiência.

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Cumpre ressaltar, que o Presidente da República por meio do Decreto Nº 6.949,

de 25 de agosto de 2009, promulgou a Convenção Internacional sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência, após aprovação desta pelo Congresso Nacional, nos moldes do

§ 3º do artigo 5º da Constituição Federal, ou seja, com status de norma constitucional,

ratificando a necessidade de conformação das normas infraconstitucionais.

Todas as alterações aqui propostas estão de acordo com as normas e diretrizes da

citada norma constitucional, em especial a do art. 27, 1, “g” e “k”: “empregar pessoas

com deficiência no setor público”; e “promover reabilitação profissional, manutenção do

emprego e programas de retorno ao trabalho para pessoas com deficiência.”

O aproveitamento do reformado, além de ser um compromisso social do Estado,

contribui para a liberação de policiais que atuam na atividade-meio, podendo esses serem

encaminhados para a atividade fim, reduzindo os índices de criminalidade e aumentando

a sensação de segurança da população do Distrito Federal. O interesse público, diretriz de

toda atuação estatal, é duplamente beneficiado.

Também há consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos –

PNDH-3, aprovado pelo Decreto n.º 7.037, de 21 de dezembro de 2009 (Anexo VII), o

qual, dentre outras diretrizes, estabelece como meta de inclusão de pessoas portadoras de

deficiência:

389. Zelar pela implementação da legislação que promove a

igualdade no mercado de trabalho, sem discriminação de idade,

raça, sexo, orientação sexual, credo, convicções filosóficas,

condição social e estado sorológico, levando em consideração

as pessoas com necessidades especiais, tipificando tal

discriminação e definindo as penas aplicáveis.

No que se refere às pessoas com deficiência, o Brasil é um dos

países mais inclusivos das Américas, tanto pela legislação

avançada como pelo conjunto das políticas públicas dirigidas a

essa população. A conquista mais recente nesse campo foi a

ratificação da Convenção da ONU sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência, com a particularidade de ter sido

incorporada à nossa legislação com equivalência de emenda

constitucional. O Estatuto que o Legislativo vem discutindo, em

fase avançada de tramitação, já poderá assimilar todos os

preceitos e exigências desse novo tratado internacional adotado

pelo Brasil.

e) Garantir a reabilitação e reintegração ao trabalho dos

profissionais do sistema de segurança pública federal, nos casos

de deficiência adquirida no exercício da função.

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No início de 2011, por iniciativa da Deputada Federal Erika Kokay, um grupo de

representantes de militares reformados, portadores de deficiência, foram recebidos pelo

Comandante Geral da Corporação, ocasião em que apresentaram demandas envolvendo

aspectos peculiares a sua condição, inclusive propondo meios que possibilitassem o

exercício de atividades laborais na Corporação.

Por determinação do Comando Geral, iniciaram-se estudos sobre o assunto, sendo

realizadas 06 (seis) reuniões dos integrantes da Seção de Assuntos Institucionais com

alguns policiais militares reformados interessados no assunto: CAP Ref Rufino, 3º SGT

Ref Mauricio (Representante da Associação dos Deficientes do Gama e Entorno –

ADGE), 3º SGT Ref Juventil, 3º SGT Ref Claudio, SD Ref Ubiraci e 3º SGT Vidal

(Representante da Organização Social Pró-deficiente Militar e Civil do Brasil -

OSDEMCI).

Nessas reuniões, esta Seção de Assuntos Institucionais da Secretaria Geral da

Corporação recebeu as propostas constantes no Anexo VI, as quais foram analisadas e

discutidas.

Dentre as propostas apresentadas e aquelas apontadas durante as reuniões

ocorridas, há providências a serem adotadas exclusivamente no âmbito administrativo,

não carecendo de alterações em normas vigentes para sua implementação. São elas:

1. Implantação de rampas e outros meios de acesso em todo o complexo do Setor

Policial Sul, incluindo-se nesse ponto a necessidade de reforma de todas as

Unidades Policiais Militares, garantindo a acessibilidade aos portadores de

necessidades especiais, do público interno e externo à PMDF;

2. Requisição para colocação de orelhões adaptados;

3. Promoção de cursos profissionalizantes para os reformados nomeados para

PTTC e readaptados, inclusive mediante parcerias com Organizações Não

Governamentais atuantes nas causas de apoio a portadores de deficiência;

4. Projetos e parcerias com outras instituições que viabilizem treinamento ao

público interno quanto ao trato com pessoas portadoras de deficiência, tanto

na atividade meio quanto fim da Corporação.

Impende destacar que houve propostas oriundas das associações representativas

que não encontram respaldo legal, tampouco atendem ao interesse público e aos

princípios que norteiam a Administração. Dentre eles podemos destacar:

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1. Impossibilidade de exoneração ex officio;

2. Inexistência de qualquer tipo de concurso ou avaliação, ainda que

simplificado, para fins de nomeação para PTTC;

3. Retirada da necessidade de nomeação anual, devendo esta ser permanente.

No que se refere a esses quesitos, a aplicação de qualquer norma de Direito

Público não se pode perder de vista a supremacia do interesse público e a

indisponibilidade dos bens públicos. Os requisitos previstos no art. 114 e em seu

Regulamento atendem esses postulados normativos. O instituto do PTTC não tem como

intenção beneficiar somente os reformados. A coletividade também é beneficiária deste

aproveitamento dos inativos. Qualquer valor financeiro que saia dos cofres públicos tem

que atender a requisitos mínimos, caso contrário são eivados de vícios de legalidade.

Deste modo, não há como atender a esses pedidos sob pena que colocar em xeque toda a

aplicação do instituto da PTTC.

Quanto às propostas apresentadas que acarretariam alterações em Leis ou

Decretos, houve discussões pontuais acerca de cada tema, o que resultou na proposta

apresentada a seguir.

III – PROPOSTA

1. PRESTAÇÃO DE TAREFA POR TEMPO CERTO

Representando um avanço no trato da questão, o artigo 114 da Lei n.º 12.086/2009,

regulamentado pelo Decreto GDF n.º 32.539/2010, possibilita a seleção de policiais

militares inativos para a Prestação de Tarefa por Tempo Certo, entretanto, traz

dispositivos discriminatórios no que se refere aos reformados, possibilitando sua

nomeação apenas em caráter excepcional.

Por sua vez, o Decreto n.º 32.539, de 2 de dezembro de 2010, afasta ainda mais a

possibilidade de nomeação de inativos reformados para a Prestação de Tarefa por Tempo

Certo, ao admitir tal ocorrência tão somente nos casos de inexistência de policiais

militares da reserva remunerada habilitados para a tarefa apontada.

Portanto, há necessidade de retificações tanto no artigo 114 da Lei n.º 12.086/2009,

quanto no Decreto n.º 32.539/2010, nos termos a seguir elencados.

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a. Art. 114 da Lei n.º 12.086, de 6 de novembro de 2009

Inicialmente, há um erro de redação no caput do referido artigo que carece de

retificação, por terem sido trocadas as numerações das Leis que estabelecem os Estatutos

dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares do DF.

Outra proposta de alteração no caput consiste em retirar o limite temporal de 5

(cinco) anos para a prorrogação da PTTC, uma vez que o policial militar inativo pode

desempenhar tarefas em conformidade com as necessidades institucionais, atendendo,

assim, ao interesse público e aos princípios da moralidade e da eficiência, por períodos de

tempo superiores. O limite estipulado passa a ser de acordo com a conveniência,

oportunidade e necessidade administrativas, enquanto o militar permanecer na reserva

remunerada.

O § 3º do referido artigo institui o pagamento de um adicional de 0,3 (três décimos)

dos proventos que estiver percebendo ao militar inativo que for nomeado para a prestação

de tarefa por tempo certo. Há considerações a serem feitas, nesse ponto, no que se refere

ao policial militar reformado que recebe proventos calculados sobre quotas de soldo, na

forma do art. 20, § 1º, inciso II, da Lei n.º 10.486/2002, o que lhe acarretará a percepção

de proventos proporcionais, via de regra consistentes em valores inferiores aqueles que

fizerem jus a proventos calculados sobre o soldo integral.

O dispositivo, assim como previsto em Lei, acarretará na percepção de valores

muito diferentes por parte de policiais militares reformados ocupantes do mesmo grau

hierárquico, que sejam nomeados para a prestação da mesma tarefa, em igualdade de

condições, divergindo tão somente na forma de cálculo dos proventos, o que não guarda

relação com as circunstâncias da tarefa a ser desempenhada, portanto, afrontando o

princípio da isonomia.

Vislumbra-se como necessária, ainda, a exclusão do termo “excepcionalmente” do

texto legal, referindo-se à nomeação de reformados, também buscando minimizar a

discriminação para com aqueles inativos.

A inclusão de incisos no § 3º objetiva estabelecer os direitos pecuniários dos

policiais militares inativos nomeados para a Prestação de Tarefa por Tempo Certo,

salientando-se que se tratam de direitos trabalhistas garantidos pela Constituição Federal,

além do adicional de 0,3 (três décimos) já previstos anteriormente na lei e

consequentemente com previsão orçamentária.

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A alteração do § 4º aumenta o rol de possibilidades de emprego dos reformados que

sejam nomeados para a Prestação de Tarefa por Tempo Certo, garantindo-lhes o direito

de exercício de atribuições em todas as áreas elencadas no § 1º, com a devida obediência

aos demais critérios e requisitos do texto legal.

Também foram incluídos no § 4º a possibilidade de nomeação para a prestação de

tarefa por tempo certo de policiais militares reformados na forma dos incisos I e III do

art. 94 da Lei n.º 7.289/84 e dos incisos I e III do art. 95 da Lei n.º 7.479/86, que se

referem aos militares que tenham atingido as idades limites de permanência na reserva

remunerada e para os que tenham ultrapassado 2 (dois) anos agregados, após julgados

incapazes temporariamente. Os militares que se enquadram nesses dispositivos têm

amplas condições de prestarem tarefa no âmbito das Corporações, não merecendo

tratamento diferenciado daqueles reformados após terem sido julgados definitivamente

incapazes para o serviço militar, em conformidade com o princípio da isonomia.

Retirou-se do texto do § 4º o limite de prestação de tarefa pelo reformado até os 30

(trinta) anos de serviço, uma vez que o militar permanecerá na inatividade, não havendo

qualquer alteração em seu tempo de serviço. O limite temporal passa a ser de acordo com

a conveniência, oportunidade e necessidade administrativas.

As alterações do texto do artigo 114 da Lei n.º 12.086/2009 encontram-se no

quadro comparativo do Anexo VIII, bem como na Minuta constante no Anexo IX.

b. Decreto n.º 32.539, de 2 de dezembro de 2010

As alterações propostas no Decreto em destaque visam, além de acompanhar as

alterações propostas na Lei, principalmente no que se refere à retirada da natureza

excepcional anteriormente dispensada à seleção de reformados para a prestação de tarefa

por tempo certo, ajustar outros dispositivos buscando adequá-los a princípios

constitucionais.

Os dispositivos a serem alterados constam do quadro comparativo do Anexo VIII, e

a minuta de Decreto encontra-se no Anexo X.

2. READAPTAÇÃO

O instituto da readaptação é conceituado no Direito Administrativo como uma

forma de provimento, que objetiva compatibilizar o exercício do cargo ou função com as

capacidades física ou intelectual do funcionário.

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No funcionalismo público civil, o tema é disciplinado pela Lei n.º 8.112/1990,

mais especificamente em seu art. 24 e § 2º do art. 188, in verbis:

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de

atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação

que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada

em inspeção médica.

§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando

será aposentado.

§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições

afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e

equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de

cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como

excedente, até a ocorrência de vaga.

Art. 188 ......................................................................................

§ 2o Expirado o período de licença e não estando em condições

de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será

aposentado.

A aplicação do instituto na Polícia Militar do Distrito Federal guarda suas

peculiaridades, pois não há que se falar em readaptação em outro cargo, haja vista o cargo

de policial militar ser único. Haverá, na realidade, restrições quanto às funções exercidas.

Além disso, não ocorrerá, por força da readaptação, alteração de grau hierárquico,

portanto, restam vencidas as discussões acerca de habilitação exigida, nível de

escolaridade e equivalência de vencimentos.

A proposta a seguir disposta estabelece a readaptação na PMDF, de uma forma

geral, aplicada de maneira análoga à situação dos militares que, atualmente, apresentam

restrição permanente e são alocados em outras funções na Corporação. Entretanto, a

presente proposta mostra-se mais abrangente, alcançando facultativamente os militares

que seriam reformados, após terem sido julgados incapazes definitivamente para o

serviço policial militar, mas que possuem condições de permanecer no serviço ativo

exercendo atribuições compatíveis com a limitação sofrida.

Passemos, portanto, à análise dos diplomas legais inerentes à matéria:

1. Estatuto dos Policiais Militares

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A Lei n.º 7.289/1984, que dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares da

PMDF, trata, em seu TÍTULO VI, das Disposições Diversas, de forma que seu Capítulo I

dispõe sobre as situações especiais, compostas pela agregação (Seção I – arts. 77 a 79),

reversão (Seção II – arts. 80 e 81), excedente (Seção III – art. 82), ausente e desertor

(Seção IV – arts. 83 e 84), desaparecido e extraviado (Seção V – arts. 85 e 86).

A readaptação, por se tratar de situação especial em que se encontrará o policial

militar por ela alcançado, poderá compor a Seção VI do citado Capítulo, criando-se então

o artigo 86-A, em obediência ao disposto no art. 12, inciso III, alínea “b”, da Lei

Complementar n.º 95/1998.

Criado o instituto na PMDF, há que se promover alterações nos dispositivos legais

que guardam relação com o assunto, como a reforma, disciplinada nos artigos 94 a 102 da

Lei n.º 7.289/84. Os arts. 94 e 100 sofreriam as alterações pontuais que constam no

quadro comparativo do Anexo VIII e na Minuta do Anexo XI.

Salienta-se que as alterações propostas no artigo 100 buscam alcançar os policiais

militares já reformados que demonstrem interesse em retornar para o serviço ativo, por

meio da readaptação.

Outro dispositivo que carece de atenção é a contagem de tempo de serviço, pois

ao retornar para a atividade, via de regra, o policial não poderá ter o tempo em que

permaneceu inativo contabilizado para fins de precedência hierárquica, tampouco como

“anos de serviço”. Assim, há que se incluir tal premissa no art. 122, § 4º, da Lei n.º

7.289/1984, adicionando-se o inciso VI, nos moldes elencados nos Anexos VIII e XI.

Entretanto, há que se considerar uma fase de transição, pois na atualidade não há

previsão legal de aplicação do instituto da readaptação aos militares da PMDF, o que

levou reformados a permanecerem longos tempos na inatividade, predispostos a

retornarem ao serviço ativo e contribuírem com suas parcelas para o desenvolvimento das

missões institucionais. Tais militares devem ser contemplados de forma específica

durante a transição, carecendo, pois, da redação proposta ao inciso VI do artigo 122 da

Lei n.º 7.289/1984, além de dispositivos que estabeleçam a contagem de tempo de serviço

para o retorno à situação de inatividade, bem como a posição hierárquica desses policiais

militares, quando do retorno ao serviço ativo.

As propostas para a fase de transição encontram-se nos artigos 5º e 6º da Minuta

de Projeto de Lei constante no Anexo XI.

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2. Lei n.º 12.086, de 06 de novembro de 2009

Visando proporcionar condições de ascensão hierárquica aos policiais militares

readaptados, há que se alterar o disposto no art. 38, inciso III, da referida Lei, bem como

a inclusão do § 6º, nos moldes constantes no quadro comparativo do Anexo VIII e na

minuta do Anexo XI.

Cumpre-nos salientar que, atualmente, policiais militares que apresentam restrições

permanentes verificadas em inspeção de saúde, apesar de exercerem suas atribuições

policiais militares, em conformidade com suas condições físicas, são considerados na

prática como ocupantes de uma categoria à margem dos demais integrantes da

Corporação, não lhes sendo permitido o acesso aos cursos obrigatórios para

desenvolvimento normal da carreira.

Entretanto, enquanto não há a exigência de curso obrigatório para a ascensão

hierárquica, a promoção é garantida a tais policiais, o que denota uma distorção na

legislação aplicada à matéria, carente de retificações.

3. Lei n.º 10.486, de 4 de julho de 2002

No que se refere ao quesito “vencimentos”, algumas alterações devem ser

operacionalizadas, para garantir a percepção do auxílio invalidez aos policiais militares

inativos que retornem ao serviço ativo, desde que necessitem de assistência ou de

cuidados relacionados ao fato motivador da reforma, que acarretem gastos permanentes

com equipamentos, medicamentos e afins.

Impende salientar que o auxílio invalidez objetiva atender policiais militares

considerados inválidos total e permanentemente para qualquer trabalho, que não possam

prover os meios de subsistência, havendo previsão legal inclusive de suspensão do

pagamento em caso de exercício de atividade remunerada. Entretanto, a situação aqui

proposta compõe uma excepcionalidade, um reconhecimento institucional a policiais

militares comprometidos com a Corporação, que se propuseram a exercer atividade

laboral no âmbito da Corporação, mesmo com a possibilidade de permanência na

inatividade.

A proposta consiste na alteração do conceito de auxílio invalidez, previsto no

inciso XVI do artigo 3º, bem como na inclusão do § 4º ao artigo 24 e do § 4º ao artigo 26

da Lei n.º 10.486/2002.

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Outra questão relevante a ser considerada quanto ao auxílio invalidez é a

possibilidade de pagamento de valores extremamente distintos a policiais militares

acometidos da mesma doença ou deficiência, diante da previsão legal de pagamento do

referido auxílio com base na remuneração percebida pelo militar. É certo que o auxílio

não guarda relação com o grau hierárquico ocupado, mas com as necessidades de

internação especializada, ou de assistência ou cuidados em razão da doença ou

deficiência. Portanto, policiais acometidos do mesmo mal terão, certamente, os mesmos

gastos com medicamentos, internações, equipamentos, independente do posto ou

graduação.

Dessa forma, propõe-se a manutenção do auxílio invalidez em um patamar único

para todos aqueles que o façam percebam, calculado sobre o soldo do Coronel PM, da

forma disposta na minuta do Anexo XI.

IV – CONCLUSÃO

Consoante citado anteriormente, as alterações propostas compõem o embrião de

um longo processo, em que serão necessárias análises aprofundadas por parte de cada

segmento envolvido tecnicamente, além de estudo estratégico que possibilite uma visão

dos resultados, positivos e negativos, a longo prazo, para a Polícia Militar do Distrito

Federal.

Apesar de buscar atender às demandas de empregar pessoas com deficiência no

setor público e promover reabilitação profissional, manutenção do emprego e programas

de retorno ao trabalho para pessoas com deficiência, tudo em conformidade com a nova

norma constitucional (Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência), a presente proposta certamente causará impactos na Corporação e fora de

seus limites, por se tratar de inovação nacional no meio militar, pelo que haverá

discussões também em outras Forças Policiais Militares, nos Corpos de Bombeiros e nas

Forças Armadas, tudo decorrente da semente ora lançada na Polícia Militar do Distrito

Federal.

Inicialmente, sugere-se o encaminhamento da proposta à Casa Militar da

Governadoria do Distrito Federal, para fins de análise naquela Casa e de remessa ao

Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, órgão que se encontra submetido,

inclusive, a alguns dispositivos legais alvos de inovações aqui trazidas e outras análogas,

pelo que urge a manifestação daquela Corporação.

Page 15: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

Por fim, opinamos pela nomeação de comissão composta por integrantes dos

setores técnicos envolvidos nos processos de inspeção de saúde, reserva remunerada e

reforma, legislação, planejamento estratégico, dentre outros julgados pertinentes, para

fins de análise dos dispositivos aqui elencados. Assim como levantamento de dados e

informações indispensáveis das áreas afins, visando à obtenção de estudos mais

aprofundados tecnicamente, que subsidiarão o Projeto de Lei durante sua tramitação no

Executivo e Legislativo.

Brasília, em 15 de março de 2011.

DANILO DE OLIVEIRA NUNES – MAJ QOPM

Chefe da Seção de Assuntos Institucionais - SG

JORGE ANTONIO DE OLIVEIRA FRANCISCO – MAJ QOPM

Chefe da Assessoria Parlamentar - SAI

PEDRO CESAR N. FERREIRA M. DE SOUSA – CAP QOPM

Núcleo de Análise Preliminar - SAI

HUMBERTO BERNARDO NAHUM VALLI WANDERLEY – SD QPPMC

Núcleo de Análise Preliminar - SAI

Page 16: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO I

DECISÃO NORMATIVA N.º 01/2005 – TCDF

Dispõe sobre a realocação do servidor acometido de moléstia grave ou

doença decorrente de acidente em serviço

Page 17: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO II

PARECER N.º 003/2006 – AEGCG

Dispõe sobre a possibilidade do policial militar reassumir o exercício do

cargo no desempenho de atribuições compatíveis com a deficiência

constatada, evitando a aposentadoria por invalidez ou a prorrogação de

licença médica.

Page 18: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO III

PARECER N.º 097/2006 – PROPES/PGDF

Aplicação da Decisão Normativa n.º 01/2005 – TCDF

Page 19: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO IV

PARECER N.º 029/2009 – EM/PM-1

Análise de proposta de Portaria que disciplina a readaptação na PMDF

Page 20: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO V

PORTARIA INTERMINISTERIAL SEDH/MJ N.º 02, DE 15 DE

DEZEMBRO DE 2010

Estabelece as diretrizes nacionais de promoção e defesa dos direitos

humanos dos profissionais de segurança pública.

Page 21: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO VI

PROPOSTAS DE ALTERAÇÕES DO DECRETO N.º 32.539, DE

2 DE DEZEMBRO DE 2010, APRESENTADAS PELA

ORGANIZAÇÃO SOCIAL PRÓ-DEFICIENTE MILITAR E

CIVIL DO BRASIL E PELA ASSOCIAÇÃO DOS

DEFICIENTES DO GAMA E ENTORNO

Page 22: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO VII

PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - PNDH-

3

DECRETO N.º 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009

(EXTRATO)

Inclusão das Pessoas Portadoras de Deficiência.

Page 23: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

Programa Nacional de Direitos Humanos –PNDH-3

DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009

Garantia do Direito ao Trabalho

389. Zelar pela implementação da legislação que promove a

igualdade no mercado de trabalho, sem discriminação de idade,

raça, sexo, orientação sexual, credo, convicções filosóficas, condição social e estado sorológico, levando em consideração as

pessoas com necessidades especiais, tipificando tal discriminação e definindo as penas aplicáveis.

No que se refere às pessoas com deficiência, o Brasil é um dos

países mais inclusivos das Américas, tanto pela legislação

avançada como pelo conjunto das políticas públicas dirigidas a essa população. A conquista mais recente nesse campo foi a

ratificação da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas

com Deficiência, com a particularidade de ter sido incorporada à nossa legislação com equivalência de emenda constitucional. O

Estatuto que o Legislativo vem discutindo, em fase avançada de

tramitação, já poderá assimilar todos os preceitos e exigências desse novo tratado internacional adotado pelo Brasil.

e) Garantir a reabilitação e reintegração ao trabalho dos

profissionais do sistema de segurança pública federal, nos casos de

deficiência adquirida no exercício da função.

Responsável: Ministério da Justiça;Parceiros: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da

República.

Recomendação: Recomenda-se aos estados e Distrito Federal a

garantia de reabilitação e reintegração ao trabalho dos profissionais do sistema de segurança pública, nos casos de deficiência

adquirida no exercício da função.

Recomendação geral:

Page 24: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

• Recomenda-se aos estados e Distrito Federal respeito ao direito à

convivência familiar dos profissionais de segurança pública.

Pessoas Portadoras de Deficiência

265. Apoiar as atividades do Conselho Nacional dos Direitos da

Pessoa Portadora de Deficiência – CONADE, bem como dos conselhos estaduais e municipais.

266. Instituir medidas que propiciem a remoção de barreiras

arquitetônicas, ambientais, de transporte e de comunicação para garantir o acesso da pessoa portadora de deficiência aos serviços e

áreas públicas e aos edifícios comerciais.

267. Regulamentar a Lei nº 10.048/2000 de modo a assegurar a

adoção de critérios de acessibilidade na produção de veículos destinados ao transporte coletivo.

268. Observar os requisitos de acessibilidade nas concessões,

delegações e permissões de serviços públicos.

269. Formular plano nacional de ações integradas na área da

deficiência, objetivando a definição de estratégias de integração das ações governamentais e não-governamentais, com vistas ao

cumprimento do Decreto nº 3298/99.

270. Adotar medidas que possibilitem o acesso das pessoas

portadoras de deficiência às informações veiculadas em todos os meios de comunicação.

271. Estender a estados e municípios o Sistema Nacional de

Informações sobre Deficiência – SICORDE.

272. Apoiar programas de tratamentos alternativos à internação de

pessoas portadoras de deficiência mental e portadores de condutas típicas - autismo.

273. Apoiar programas de educação profissional para pessoas

portadoras de deficiência.

Page 25: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

274. Apoiar o treinamento de policiais para lidar com portadores

de deficiência mental, auditiva e condutas típicas - autismo.

275. Adotar medidas legais e práticas para garantir o direito dos

portadores de deficiência ao reingresso no mercado de trabalho, mediante adequada reabilitação profissional.

276. Ampliar a participação de representantes dos portadores de

deficiência na discussão de planos diretores das cidades.

277. Desenvolver ações que assegurem a inclusão do quesito acessibilidade, de acordo com as especificações da Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, nos projetos de moradia

financiados por programas habitacionais.

278. Adotar políticas e programas para garantir o acesso e a locomoção das pessoas portadoras de deficiência, segundo as

normas da ABNT.

279. Garantir a qualidade dos produtos para portadores de

deficiência adquiridos e distribuídos pelo Poder Público - órteses e próteses.

280. Apoiar a inclusão de referências à acessibilidade para pessoas

portadoras de deficiência nas campanhas promovidas pelo Governo

Federal e pelos governos estaduais e municipais.

Page 26: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO VIII

QUADROS COMPARATIVOS ENTRE TEXTO VIGENTE E

PROPOSTAS

Page 27: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO IX

MINUTA DE PROJETO DE LEI QUE ALTERA O ARTIGO 114

DA LEI N.º 12.086/2009, QUE DISPÕE SOBRE A PRESTAÇÃO

DE TAREFA POR TEMPO CERTO NA PMDF

Page 28: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

PROJETO DE LEI Nº..., DE ....

Altera o caput e os §§ 3º e 4º do

artigo 114 da Lei 12.086, de 6 de

novembro de 2009, que dispõe sobre

os critérios e condições que

asseguram aos militares da ativa da

Polícia Militar e do Corpo de

Bombeiros Militar do Distrito Federal

o acesso à hierarquia das

Corporações, assim como trouxe

outras disposições.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1o O caput e §§ 3º e 4º do art. 114 da Lei n

o 12.086, de 2 de novembro

de 2009, passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 114. Ficam os Comandantes-Gerais da Polícia Militar do

Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito

Federal autorizados a nomear policiais militares e bombeiros

militares da reserva remunerada, referidos na alínea a do inciso

II do § 1o do art. 3o do Estatuto dos Bombeiros Militares,

aprovado pela Lei no 7.479, de 2 de junho de 1986, e na alínea

c do inciso II do § 1o do art. 3o da Lei no 7.289, de 18 de

dezembro de 1984, respectivamente, até o limite fixado em ato

do Governador do Distrito Federal, para a execução de tarefa,

encargo, incumbência ou missão, em organizações da Polícia

Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do

Distrito Federal, pelo tempo não superior a 1 (um) ano,

prorrogável por iguais períodos até o limite de permanência na

reserva remunerada.

Page 29: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

§ 3o O militar da reserva remunerada do Distrito Federal, bem

como o reformado, nomeado para a prestação de tarefa por

tempo certo, não terá qualquer alteração em seus proventos na

condição de inativo e fará jus a:

I - adicional igual a 0,3 (três décimos) dos proventos integrais

do posto ou graduação;

II – adicional de férias anual, correspondente a 1/3 do

adicional a que se refere o inciso anterior, proporcional ao

período de nomeação;

III – décimo terceiro salário anual, correspondente ao adicional

a que se refere o inciso I, proporcional ao período de

nomeação; e

IV – auxílio alimentação mensal, conforme pago aos militares

da ativa do Distrito Federal.

§ 4o O militar do Distrito Federal, reformado de acordo com

as situações previstas nos incisos I, II e III do art. 94 da Lei

no 7.289, de 18 de dezembro de 1984, e nos incisos I, II e III

do art. 95 do Estatuto dos Bombeiros Militares, aprovado pela

Lei no 7.479, de 2 de junho 1986, poderá, observado o disposto

no § 2o, ser aproveitado no serviço das Corporações, exercendo

as atividades descritas no § 1o deste artigo, por meio de

nomeação em idênticas condições conforme o previsto no

caput, seus parágrafos e incisos.

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, .... de fevereiro de 2011; 190o da Independência e 123

o da República.

Page 30: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

JUSTIFICATIVA

Diante de equívoco cometido quando da redação do caput do artigo 114,

urge a necessidade de alteração, por terem sido trocadas as numerações das Leis que

estabelecem os Estatutos dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares do DF.

Outra proposta de alteração no caput consiste em retirar o limite temporal

de 5 (cinco) anos para a prorrogação da PTTC, uma vez que o policial militar inativo

pode desempenhar tarefas em conformidade com as necessidades institucionais,

atendendo, assim, ao interesse público e aos princípios da moralidade e da eficiência, por

períodos de tempo superiores. O limite estipulado passa a ser de acordo com a

conveniência, oportunidade e necessidade administrativas, enquanto o militar permanecer

na reserva remunerada.

A alteração visa tornar o instituto da Prestação de Tarefa por Tempo Certo,

previsto no art. 114o da Lei n

o 12.086, menos discriminatório no que tange ao valor

recebido entre o militar reformado com proventos integrais e o reformado com proventos

proporcionais (alteração no § 3º, inciso I – proventos integrais). A exclusão do termo

“excepcionalmente” do texto legal, referindo-se à nomeação de reformados, também

busca minimizar a discriminação para com aqueles inativos.

Nesta linha, observando o disposto no § 3º do artigo 114 da Lei 10.826,

que trás o adicional de três décimos sobre os proventos percebidos pelo militar inativo

que for nomeado para Prestação de Tarefa por Tempo Certo tendo como base os

proventos por este percebidos, nota-se uma incongruência entre o tratamento dispensado

aos reformados com proventos integrais e os por quota. Pois, o montante acrescido no

primeiro caso pode ser bem superior ao de um policial, por exemplo, que reformou por

quotas após 5 anos de serviço, ainda que ambos ocupem a mesma graduação ou patente.

No exemplo dado, a isonomia formal foi respeitada, mas não a isonomia material,

substancial.

Sendo assim, tendo como fim o interesse público, o texto do § 3º do artigo

114 deve ganhar nova redação, de forma que use como parâmetro não o provento

percebido pelo militar, mas sim o provento integral do posto ou da graduação a qual

Page 31: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

pertença à data da reforma. Tal medida tornaria a Prestação de Tarefa por Tempo Certo

mais atraente aos reformados por quota, além de adequar a legislação de interesse da

Polícia Militar do Distrito Federal aos ditames constitucionais.

A inclusão de incisos no § 3º objetiva, ainda, estabelecer os direitos

pecuniários dos policiais militares inativos nomeados para a Prestação de Tarefa por

Tempo Certo, salientando-se que se tratam de direitos trabalhistas garantidos pela

Constituição Federal, além do adicional de 0,3 (três décimos) já previstos anteriormente

na lei e consequentemente com previsão orçamentária.

A alteração do § 4º aumenta o rol de possibilidades de emprego dos

reformados que sejam nomeados para a Prestação de Tarefa por Tempo Certo,

garantindo-lhes o direito exercício de atribuições em todas as áreas elencadas no § 1º,

com a devida obediência aos demais critérios e requisitos do texto legal.

Também foram incluídos no § 4º a possibilidade de nomeação para a

prestação de tarefa por tempo certo de policiais militares reformados na forma dos incisos

I e III do art. 94 da Lei n.º 7.289/84 e dos incisos I e III do art. 95 da Lei n.º 7.479/86, que

se referem aos militares que tenham atingido as idades limites de permanência na reserva

remunerada e que tenham ultrapassado 2 (dois) anos agregados, após julgados incapazes

temporariamente. Os militares que se enquadram nesses dispositivos têm amplas

condições de prestarem tarefa no âmbito das Corporações, não merecendo tratamento

diferenciado daqueles reformados após terem sido julgados definitivamente incapazes

para o serviço militar, em conformidade com o princípio da isonomia.

Retirou-se do texto do § 4º o limite de prestação de tarefa pelo reformado

até os 30 (trinta) anos de serviço, uma vez que o militar permanecerá na inatividade, não

havendo qualquer alteração em seu tempo de serviço. O limite temporal passa a ser de

acordo com a conveniência, oportunidade e necessidade administrativas.

Page 32: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO X

MINUTA DE ALTERAÇÃO DO DECRETO N.º 32.539/2010,

QUE REGULAMENTA A PRESTAÇÃO DE TAREFA POR

TEMPO CERTO NA PMDF

Page 33: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

DECRETO Nº ____, DE ____DE __________ DE 2011.

Altera, acresce e revoga dispositivos do

Decreto nº 32.539, de 2 de dezembro de

2010, que “Regulamenta a Prestação de

Tarefa por Tempo Certo, aplicável aos

militares da reserva remunerada e,

excepcionalmente, aos reformados, da

Polícia Militar do Distrito Federal”.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições

que lhe confere o artigo 100, inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e tendo em

vista o disposto no artigo 114, da Lei nº 12.086, de 6 de novembro de 2009, DECRETA:

Art. 1º - O parágrafo único do artigo 1º, inciso II do artigo 2º, artigos 7º

e 14 do Decreto nº 32.359, de 2 de dezembro de 2010, passam a vigorar com a seguinte

redação:

“Art. 1º ...........................................................................................

Parágrafo único - A prestação de tarefa por tempo certo é a

execução de encargo, incumbência, tarefa ou missão de caráter

voluntário e temporário, em organizações da Polícia Militar do

Distrito Federal, pelo policial militar da inatividade que se

encontre na reserva remunerada ou na condição de reformado,

conforme as regras estabelecidas neste decreto.

Art. 2º - O limite de policiais militares da reserva remunerada e

reformados, a serem nomeados para a Prestação de Tarefa por

Tempo Certo – PTTC, em organizações da Polícia Militar do

Distrito Federal, de acordo com o caput do artigo 114, da Lei nº

12.086, de 6 de novembro de 2009, fica fixado nos seguintes

termos:

Page 34: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

I – 10% (dez por cento) do efetivo previsto de oficiais; e

II – 10% (dez por cento) do efetivo previsto de praças.

Parágrafo único. ..............................................................................

Art. 7º - O militar inativo da Polícia Militar do Distrito Federal,

que tenha modificada sua situação na inatividade para a Prestação

de Tarefa por Tempo Certo – PTTC, faz jus a adicional mensal

igual a 0,3 (três décimos) dos proventos integrais do posto ou

graduação que ocupa.

.........................................................................................................

Art. 14 – Os militares da reserva remunerada e os reformados,

nomeados para a Prestação de Tarefa por Tempo Certo – PTTC,

obedecerão, no que for pertinente a essa situação, às disposições

previstas no Estatuto dos Policiais Militares, aprovado pela Lei nº

7.289, de 18 de dezembro de 1984.”

Art. 2º - Ficam revogados o § 4º do artigo 5º, bem como o artigo 9º do

Decreto nº 32.359, de 2 de dezembro de 2010.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, ___ de ___________ de 2011.

51º de Brasília

Page 35: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

ANEXO XI

MINUTA DE PROJETO DE LEI QUE ALTERA E ACRESCE

DISPOSITIVOS NAS LEIS N.º 7.289/84, 10.486/2002 E

12.086/2009, COM VISTAS À APLICAÇÃO DO INSTITUTO

DA READAPTAÇÃO NA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO

FEDERAL

Page 36: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

PROJETO DE LEI Nº..., DE ....

Altera e acresce dispositivos à Lei nº

12.086, de 6 de novembro de 2009, à

Lei nº 10.486, 4 de julho de 2002, e à

Lei nº 7.289, 18 de dezembro de

1984, que dispõem sobre legislação

aplicada aos policiais militares do

Distrito Federal e dá outras

providências.

A PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica acrescida à Lei n.º 7.289, de 18 de dezembro de 1984, em seu

Título VI, Capítulo I, a Seção VI, composta pelo artigo 86-A, com a seguinte redação:

“TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS

CAPÍTULO I

Das Situações Especiais

......................................................................................................................

Seção VI

Da Readaptação

Art. 86-A O policial militar que sofrer restrições verificadas em inspeção

de saúde, que o impossibilitem de exercer plenamente o cargo policial

militar, será readaptado em funções compatíveis com a limitação sofrida,

desde que não seja considerado impossibilitado total e permanentemente

para qualquer trabalho.

§ 1º Em sendo julgado incapaz definitivamente para o serviço policial

militar e considerado impossibilitado total e permanentemente para

qualquer trabalho, o readaptando será reformado na forma da lei.

§ 2º A readaptação será facultada ao policial militar julgado incapaz

definitivamente para o serviço policial militar, mas que possa exercer

funções compatíveis com a limitação sofrida.

§ 3º Será transferido para a inatividade, mediante reforma, o policial

militar enquadrado no parágrafo anterior que não tenha interesse em

permanecer no serviço ativo.

Page 37: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

§ 4º O policial militar readaptado é considerado como em efetivo serviço,

para todos os efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais, em

igualdade de condições, à promoção ao grau hierárquico superior e aos

cursos obrigatórios no âmbito do Distrito Federal exigidos em leis e

regulamentos para inclusão em quadro de acesso.

§ 5º O Governador do Distrito Federal regulamentará a aplicação da

readaptação na Polícia Militar do Distrito Federal, no prazo máximo de

noventa dias.”

Art. 2o Ficam alterados os incisos II e III do artigo 94 e o artigo 100, e

incluído o inciso VI ao § 4º do artigo 122 da Lei n.º 7.289, de 18 de dezembro de 1984,

com a seguinte redação:

“Art 94 - A passagem do policial-militar à situação de inatividade,

mediante reforma, será sempre ex officio e aplicada ao mesmo, desde

que:

I (...)

II - seja julgado incapaz, definitivamente, para o serviço da Policia

Militar, nos casos em que não for cabível a readaptação;

III - esteja agregado há mais de 2 (dois) anos, por ter sido julgado

incapaz, temporariamente, mediante homologação da Junta Superior de

Saúde, nos casos em que não for cabível a readaptação, ainda mesmo que

se trate de deficiência e/ou doença curáveis;

Art 100 - O policial militar reformado, considerado incapaz

definitivamente, que for julgado apto em inspeção de saúde, em grau de

recurso ou revisão, por Junta Superior, retornará ao serviço ativo.

§ 1º - O retorno ao serviço ativo será facultado ao policial militar

reformado, considerado incapaz definitivamente, nos casos em que, em

grau de recurso ou revisão, for verificada por Junta Superior a

possibilidade de readaptação.

§ 2º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá na forma do disposto no § 1º do

art. 82, observando-se as idades limite de permanência no serviço ativo.

§ 3º - O Governador do Distrito Federal baixará as normas

regulamentares para o retorno ao serviço ativo de que trata este artigo, no

prazo máximo de noventa dias.”

Art. 122 .....................................................................................................

Page 38: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

§ 4º ............................................................................................................

VI – passado na inatividade, ressalvando a excepcionalidade dos policiais

militares que retornem ao serviço ativo, pela aplicação do instituto da

readaptação, em um prazo máximo de noventa dias a contar da

publicação das normas regulamentares citadas no § 3º do artigo 100 desta

Lei, aos quais será possibilitada a transferência para a reserva

remunerada a pedido, com proventos calculados sobre o soldo integral do

posto ou graduação, ao completar 30 (trinta) anos de serviço, computado

o tempo passado na condição de reformado.

Art. 3o O inciso III e o § 6º do artigo 38 da Lei n.º 12.086, de 6 de

novembro de 2009, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 38. Para o ingresso no Quadro de Acesso é necessário que o

policial militar satisfaça as seguintes condições de acesso:

...................................................................................................................

III - não ser considerado incapaz definitivamente para o serviço ativo da

Polícia Militar do Distrito Federal, em inspeção de saúde realizada na

Corporação, excetuando-se os casos em que for possível a readaptação;

...................................................................................................................

§ 6º O Governador do Distrito Federal regulamentará, no prazo máximo

de noventa dias, a forma de acesso de policiais militares readaptados aos

cursos de que trata o inciso I deste artigo.”

Art. 4o Fica alterado o inciso XVI do artigo 3º, acrescidos o § 4º ao artigo

24 e o § 4º ao artigo 26, e alterada a Tabela V do Anexo IV da Lei n.º 10.486, de 4 de

julho de 2002, com a seguinte redação:

Art. 3º ...........................................................................................................

XVI - auxílio-invalidez - direito pecuniário devido ao militar, reformado

como inválido, por incapacidade para o serviço ativo, ou enquadrado no §

4º do artigo 26 desta Lei, conforme Tabela V do Anexo IV,

Page 39: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

Art. 24 ............................................................................................................

§ 4º Fica garantida a não redução dos proventos ao militar que tenha

modificada sua situação na inatividade para a prestação de tarefa por

tempo certo que tenha seus proventos calculados sobre o soldo integral do

posto ou graduação.

Art. 26 ............................................................................................................

§ 4º Excepcionalmente, o policial militar que tenha retornado ao serviço

ativo, com base no instituto da readaptação, ou o inativo nomeado para a

prestação de tarefa por tempo certo, não perderão o direito à percepção do

auxílio invalidez, desde que se enquadre em uma das hipóteses constantes

nos incisos I e II deste artigo.

TABELA V – AUXÍLIO INVALIDEZ

SITUAÇÕES VALOR

REPRESENTATIVO FUNDAMENTO

A

O militar julgado incapaz

definitivamente por um dos

motivos constantes do art. 24

desta Lei terá direito ao

auxílio-invalidez, desde que

considerado total e

permanentemente inválido para

qualquer trabalho, devidamente

constatados por junta médica

da Corporação.

60% DO SOLDO DO

CORONEL

Arts. 2o, 3

o e 26

desta Lei

B

O militar que, por prescrição

médica, homologada por junta

médica da Corporação,

necessitar de assistência ou de

cuidados em razão das doenças

relacionadas no § 1o do art. 24

desta Lei.

60% DO SOLDO DO

CORONEL

Page 40: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

Art. 5o Excepcionalmente, os policiais militares que se encontrem na

condição de reformados e venham a se enquadrar nos critérios e requisitos que

possibilitem o retorno ao serviço ativo, pela aplicação do instituto da readaptação, em um

prazo máximo de noventa dias a contar da publicação das normas regulamentares citadas

no § 3º do artigo 100 da Lei n.º 7.289, de 18 de dezembro de 1984, ocuparão posição

hierárquica logo após o policial militar da ativa que o precedia na classificação final do

último curso de formação ou habilitação que tenha acarretado promoção, que ainda ocupe

o mesmo Quadro, desde que tal posição não acarrete a ocupação de grau hierárquico

inferior ao que ocupa na inatividade.

§ 1º Caso a posição hierárquica definida no caput acarrete a ocupação de

grau hierárquico inferior ao que ocupa na inatividade, o policial militar readaptado

permanecerá no posto ou graduação ocupado, passando a concorrer à promoção ao grau

hierárquico superior, contando antiguidade no posto ou graduação ocupada em

conformidade com sua data de promoção aquele grau hierárquico ou confirmação no

mesmo.

§ 2º Na situação em que o policial militar que o precedia quando da

passagem à inatividade ocupe Quadro distinto ou tenha sido promovido por ato de

bravura ou por força de determinação judicial, o readaptado será alocado na posição logo

após o policial militar da ativa que precedia aquele e permaneça no Quadro, e assim

sucessivamente.

§ 3º Será garantida a promoção ao grau hierárquico superior ao militar que

se enquadre no § 1º deste artigo, sem a exigência prevista no inciso I do artigo 38 da Lei

n.º 12.086, de 06 de novembro de 2009.

§ 4º Será proporcionado ao policial militar promovido na forma deste

artigo, que não cumpra todas as condições de acesso previstas, a oportunidade de

satisfazer os requisitos exigidos para o acesso obtido.

§ 5º Para fins de precedência hierárquica e contagem de prazo de

interstício, a data de promoção ao posto ou graduação ocupado, na forma do caput deste

artigo, será considerada como sendo a mesma ocupada pelo policial militar utilizado

como parâmetro, não resultando efeitos pecuniários retroativos.

Art. 6º Excepcionalmente, aos policiais militares que se encontrem na

condição de reformados e venham a se enquadrar nos critérios e requisitos que

possibilitem o retorno ao serviço ativo, pela aplicação do instituto da readaptação, em um

prazo máximo de noventa dias a contar da publicação das normas regulamentares citadas

no § 3º do artigo 100 da Lei n.º 7.289, de 18 de dezembro de 1984, será possibilitada a

transferência para a reserva remunerada a pedido, com proventos calculados sobre o

soldo integral do posto ou graduação, ao completar 30 (trinta) anos de serviço,

computado o tempo passado na condição de reformado.

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Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, de de 2011; 190o da Independência e 123

o da República.

JUSTIFICATIVA

Dispõe o presente projeto sobre alterações na legislação federal aplicada à Polícia

Militar do Distrito Federal, com o objetivo de possibilitar a aplicação do instituto da

readaptação a seus integrantes, alocando-os em funções compatíveis com limitações

sofridas, de forma que permaneçam no serviço ativo, tudo em perfeita consonância com a

supremacia do interesse público e com os princípios da moralidade e da eficiência.

O aproveitamento do reformado, além de ser um compromisso social do Estado,

contribui para a liberação de policiais que atuam na atividade-meio, de forma que estes

sejam encaminhados para a atividade fim, reduzindo os índices de criminalidade e

aumentando a sensação de segurança da população do Distrito Federal. O interesse

público, diretriz de toda atuação estatal, é duplamente beneficiado.

O caput do artigo 86-A trata do policial militar acometido de uma restrição

permanente, que não acarreta reforma, atualmente tratado como uma categoria à margem

dos demais policiais militares, não lhes sendo garantida igualdade de condições para o

acesso a cursos e promoções decorrentes. Com o enquadramento do policial na condição

legal de readaptado, ser-lhe-ão oferecidas condições de concorrer aos cursos, promoções

e funções policiais militares com base em critérios justos, o que acarretou a necessidade

de alteração do artigo 38 da Lei n.º 12.086/2009.

O § 2º do mesmo artigo cria a possibilidade inédita de readaptação do policial

militar que tenha sido julgado incapaz definitivamente para o serviço policial militar, mas

possa exercer atividades laborais no âmbito da Corporação, compatíveis com a limitação

sofrida, o que compõe inovação nacional, em conformidade com a Convenção

Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promulgada pelo Presidente

da República por meio do Decreto Nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, nos moldes do § 3º

Page 42: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

do artigo 5º da Constituição Federal, ou seja, com status de norma constitucional,

ratificando a necessidade de conformação das normas infraconstitucionais. Busca-se,

assim, atender às demandas de empregar pessoas com deficiência no setor público e

promover reabilitação profissional, manutenção do emprego e programas de retorno ao

trabalho para pessoas com deficiência.

Salienta-se que as alterações propostas no artigo 100 buscam alcançar os policiais

militares já reformados que demonstrem interesse em retornar para o serviço ativo, por

meio da readaptação.

Outro dispositivo que carece de atenção é a contagem de tempo de serviço, pois

ao retornar para a atividade, via de regra, o policial não poderá ter o tempo em que

permaneceu inativo contabilizado para fins de precedência hierárquica, tampouco como

“anos de serviço”. Assim, há que se incluir tal premissa no art. 122, § 4º, da Lei n.º

7.289/1984, adicionando-se o inciso VI.

Entretanto, há que se considerar uma fase de transição, pois na atualidade não há

previsão legal de aplicação do instituto da readaptação aos militares da PMDF, o que

levou reformados a permanecerem longos tempos na inatividade, predispostos a

retornarem ao serviço ativo e contribuírem com suas parcelas para o desenvolvimento das

missões institucionais. Tais militares devem ser contemplados de forma específica

durante a transição, carecendo, pois, da redação proposta ao inciso VI do artigo 122 da

Lei n.º 7.289/1984, além de dispositivos que estabeleçam a contagem de tempo de serviço

para o retorno à situação de inatividade, bem como a posição hierárquica desses policiais

militares, quando do retorno ao serviço ativo, conforme artigos 5º e 6º deste Projeto de

Lei.

No que se refere ao quesito “vencimentos”, algumas alterações devem ser

operacionalizadas, com o objetivo de garantir a percepção do auxílio invalidez aos

policiais militares inativos que retornem ao serviço ativo, desde que necessitem de

assistência ou de cuidados relacionados ao fato motivador da reforma, que acarretem

gastos permanentes com equipamentos, medicamentos e afins.

Page 43: Pttc  readaptação 15 mar2011 (1)

Impende salientar que o auxílio invalidez objetiva atender policiais militares

considerados inválidos total e permanentemente para qualquer trabalho, que não possam

prover os meios de subsistência, havendo previsão legal inclusive de suspensão do

pagamento em caso de exercício de atividade remunerada. Entretanto, a situação aqui

proposta compõe uma excepcionalidade, um reconhecimento institucional a policiais

militares comprometidos com a Corporação, que se propuseram a exercer atividade

laboral no âmbito da Corporação, mesmo com a possibilidade de permanência na

inatividade.

A proposta consiste na alteração do conceito de auxílio invalidez, previsto no

inciso XVI do artigo 3º, bem como na inclusão do § 4º ao artigo 24 e do § 4º ao artigo 26

da Lei n.º 10.486/2002.

Outra questão relevante a ser considerada quanto ao auxílio invalidez é a

possibilidade de pagamento de valores extremamente distintos a policiais militares

acometidos da mesma doença ou deficiência, diante da previsão legal de pagamento do

referido auxílio com base na remuneração percebida pelo militar. É certo que o auxílio

não guarda relação com o grau hierárquico ocupado, mas com as necessidades de

internação especializada, ou de assistência ou cuidados em razão da doença ou

deficiência. Portanto, policiais acometidos do mesmo mal terão, certamente, os mesmos

gastos com medicamentos, internações, equipamentos, independente do posto ou

graduação.

Dessa forma, propõe-se a manutenção do auxílio invalidez em um patamar único

para todos aqueles que o percebam, calculado sobre o soldo do Coronel PM.