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PSICÓLOGO RAFAEL A. PRADO

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PSICÓLOGO RAFAEL A. PRADO

As síndromes depressivas têm como elementos mais salientes o humor triste e o desânimo;

Entretanto, elas caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade.

Segundo levantamento da OMS, a depressão maior unipolar é considerada a primeira causa de incapacidade entre todos os problemas de saúde;

Os números da depressão são alarmantes: embora não se tenha um cálculo exato, estima-se que cerca de 30% da população mundial sofra da doença, sem saber.

Tristeza, melancolia; - Choro fácil e/ou frequente; - Apatia; -Sentimento de falta de sentimento; sentimento de tédio, aborrecimento crônico; -Irritabilidade aumentada; angústia ou ansiedade; desespero; desesperança.

Fadiga, cansaço fácil e constante; desânimo, Diminuição da vontade (hipobulia); insônia ou hipersônia; -Perda ou aumento do apetite; constipação, palidez, pele fria com diminuição do turgor; -Diminuição da libido; diminuição da resposta sexual; anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida).

Ideação negativa, pessimismo em relação a tudo

Ideias de arrependimento e de culpa

Ruminações com mágoas antigas

Visão de mundo marcada pelo tédio (“A vida é vazia, sem sentido; nada vale a pena.”)

Idéias de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre

Ideação, planos ou atos suicidas

Déficit de atenção e concentração

Déficit secundário de memória

Dificuldade de tomar decisões

Pseudodemência depressiva

Sentimento de autoestima diminuída

Sentimento de insuficiência, de incapacidade

Sentimento de vergonha e autodepreciação

Tendência a permanecer na cama por todo o dia;

Lentificação psicomotora até o estupor;

Diminuição da fala, redução da voz, fala muito lenta;

Ilusões auditivas ou visuais;

Delírio de inexistência (de si e/ou do mundo);

Ideação paranóide e outros sintomas psicóticos humor-incongruentes.

Em depressões graves: ventrículos e sulcos; alargados, redução do volume do hipocampo

Em adultos maduros ou idosos: sinais de alterações vasculares.

Do ponto de vista psicológico, as síndromes depressivas têm uma relação fundamental com as experiências de perda (Hofer, 1996; DelPino, 2003).

No episódio depressivo, evidentes sintomas depressivos (humor deprimido, anedonia, fatigabilidade, diminuição da concentração e da autoestima, ideia de culpa e de inutilidade, distúrbios do sono e do apetite)

Os episódios duram geralmente entre 3 e 12 meses.

O episódio depressivo é classificado pela CID-10 em leve,moderado ou grave, de acordo com número, a intensidade e a importância clinica dos sintomas.

Depressão tipo melancólica ou endógena: Na depressão melancólica, ocorrem lentificação psicomotora, anedonia, alterações do sono e do apetite.

Distimia: É uma depressão Crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura. Começa o inicio da vida adulta e persiste por vários anos.

Depressão atípica: É um subtipo de depressão que pode acorrer em episódio depressivo de intensidade leve a grave , em transtorno unipolar ou bipolar.

Depressão psicótica: É uma depressão grave, no qual acorrem associados aos sintomas psicóticos, com delírios de ruína ou culpa delírio hipocondríaco.

Depressão agitada ou ansiosa: Na depressão agitada, o paciente queixa-se de angustia intensa.

Estupor depressivo: É um estado depressivo, grave, no qual o paciente permanece dias na cama ou sentado, em estado de catalepsia (imóvel; em geral rígido).

Depressão secundária ou orgânica: É uma síndrome depressiva causada ou fortemente associada a uma doença ou um quadro clínico somático, seja ele primariamente cerebral ou sistêmico.

Critérios diagnósticos para os transtornos depressivos segundo o DSM-IV-TR e o Cid 10.

Pelo menos um dos sintomas é humor deprimido ou perda do interesse ou prazer. Critérios para os diagnósticos Subtipos de transtornos depressivos (TD)

• Humor deprimido • Desânimo, perda do interesse • Apetite • Sono • Anedonia • Fadiga, perda de energia • Pessimismo • Baixa autoestima • Concentração prejudicada • Pensamentos de morte ou suicídio • Retardo/agitação psicomotor

ESTRESSESinais

Ninguém adoece, devido ao estresse, de um dia para o outro. E o próprio corpo

avisa que as coisas não vão bem, basta prestar atenção. Confira alguns sinais

que podem indicar estresse:

•sensação de desgaste constante

•alteração de sono (dormir demais ou pouco)

•tensão muscular

•formigamento (na face ou nas mãos, por exemplo)

•problemas de pele

•hipertensão

•mudança de apetite

•alterações de humor

•perda de interesse pelas coisas

•problemas de atenção, concentração e memória

•ansiedade

•depressão

ETAPAS DO ESTRESSE:

- ALERTA;

- RESISTÊNCIA;

- EXAUSTÃO.

Causas

Os chamados estressores podem ser:

•internos: ligados a características de personalidade, como

perfeccionismo, pressa, querer fazer tudo ao mesmo

tempo.

•externos: do ambiente. Mudanças em geral, até mesmo as

positivas, desencadeiam estresse – porque exigem

adaptação: nascimento de filho, mudanças profissionais

(troca de emprego, promoção, demissão), aposentadoria,

mudança de casa, divórcio, doença ou morte de pessoas

queridas. Mas há também os pequenos, como o trânsito,

que pode acabar tendo um peso importante para muitas

pessoas.

"Quão estressante é um fator depende do fator em si, do significado que tem

para a pessoa e da forma que ela lida com ele", comenta a dra. Selma.

Veja o potencial estressante de algumas situações, sendo 100 o maior

possível*.

•morte do cônjuge - 100

•divórcio - 73

•prisão - 63

•morte de um parente querido - 63

•casamento - 50

•demissão do trabalho - 47

•aposentadoria - 45

•reconciliação conjugal - 45

•gravidez - 40

•grandes conquistas pessoais - 28

•problemas com o chefe - 23

•férias - 13

Como evitar e tratar

É bom lembrar que estresse todo mundo tem, até certo ponto. No dia-a-dia,

diversas situações se apresentam para as pessoas, que se adaptam a elas. "É

preciso estresse para viver. É ele que nos faz levantar e ir atrás do que queremos

ou precisamos, com algum grau de satisfação. O problema é quando se torna

excessivo e supera nossa capacidade de adaptação ou quando persiste por muito

tempo", alerta a psicóloga.

O tratamento do estresse foca três pontos: administrar os estressores, aumentar a

resistência a eles e mudar a forma de enfrenta-los.

Temos limites que precisamos reconhecer. Administrar estressores requer

identificar os que “pesam” mais sobre nós e eliminar, administrar ou deixar

para depois, o excesso de peso, respeitando os próprios limites. Isso requer

habilidades como dizer não, negociar e priorizar. “Entrevistei muita gente que

trabalhava mais que 16 horas todos os dias, tentando uma produtividade

maior.

Não adianta. Se não descansarmos adequadamente nossa capacidade de

atenção, concentração, memória, julgamento e tomada de decisão ficarão

comprometidas. E os dez minutos necessários para compreender

determinado relatório não serão suficientes. Precisaremos de vinte”.

Aumentar nossa resistência aos estressores significa manter nosso

organismo saudável e em maiores condições de enfrentar os desafios:

•dormir bem

•cuidar da saúde

•alimentar-se de forma saudável

•fazer atividades físicas

•proporcionar-se momentos de prazer e relaxamento

•evitar estimulantes e substâncias tóxicas como café, bebidas alcóolicas, tabaco e

outras drogas.

Quando não podemos mudar ou eliminar o estressor precisamos nos adaptar a

ele, da melhor maneira. "Se seu problema é o trânsito, tente outros horários ou

rotas alternativas. Saia mais cedo. Se tiver que enfrenta-lo terá duas opções: da

forma melhor, ou da pior. Você pode ficar irritado, buzinando ou gritando. Ou

pode ouvir música, treinar o ouvido para idiomas, ouvir um seminário ou aula.

Precisamos resolver o que fazer com o problema que está lá e vai continuar por

lá", diz a dra. Selma.

Os estressores internos, aqueles que são resultado de características de

personalidade, requerem trabalho maior. "Ninguém muda com pequenas

dicas, e psicoterapia pode ser necessária. Quando o jeito de lidar com as

coisas é problemático, é aconselhável procurar um psicólogo", orienta a dra

Selma.

Importante: em nenhum momento deve-se lançar mão da automedicação.

"Não existe medicação para tratar estresse. Alguns médicos prescrevem

complexos vitamínicos. Se o estresse for crônico e evoluir para um estado

depressivo ou ansioso, encaminhamos para avaliação de um psiquiatra",

explica.