psicologia do esporte reportagem cb_19.06 segunda parte

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  • 8/6/2019 Psicologia do esporte reportagem CB_19.06 Segunda Parte

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    Submetemos osatletasa pressesmaiores doque asdos prpriosjogos.Quando eleschegam scompeties, do graasa Deus deter umargentino pelafrente e no o psiclogoLuisOrione,psiclogo do esporte

    Ronaldo naCopade1998Depois do tetracampeonato nosEstados Unidos, os brasileirossonhavam com a quinta estrela naFrana, em 1998. E havia motivos paraacreditar no penta: tnhamos Ronaldo,o maior nome do futebol na poca. Ata semifinal, ele havia marcado quatrogols. No entanto, circulavam boatos deum problema no joelho e de que orelacionamento com Suzana Werner iamal. No dia da final contra a Frana, ocraque teve uma forte crise nervosa,at hoje mal explicada. Em campo, no

    jogou nada na dolorosa derrota por3 x 0 em Paris.

    Internacional xMazembeQuandoo Inter venceua Libertadores de2010, s se falava no confrontoentreosgachos e a Internazionalede Milo nafinaldo Mundial deClubes. O queoscoloradosno esperavam era queummodesto time do inexpressivo Congoentrasse no caminho. Sfaltou jogar deuniformeamarelo na derrota por2 x 0para o Mazembe, quefoi finale acabouderrotado pelos italianos.

    LeBronJamesEsse o amarelo do momento.Favoritssimo para levar o ttulo da NBAcom o Miami Heat, LeBron caiu emdesgraa na final da liga norte-americana e viu sua equipe perder parao Dallas Mavericks. Foi a segunda finaldo ala nos Estados Unidos e o segundo

    vice. Para piorar, LeBron, que tinhamdia de mais de 23 pontos por jogonos playoffs, derrubou o nmero para17,8 nas seis partidas decisivas,registrando a clssica amarelada.

    Daianedos SantosNa final dasOlimpadasde Atenas-2004, a

    brasileira eraa favorita ao ourono solo.Elatinha acabadode virde grandesapresentaesno Pan-Americano deSanto Domingoe no MundialemAnhaheim, na Califrina,onde mostrousuamelhorperformance ao somdeBrasileirinhoe comseu salto exclusivo,oduplo twist carpado.Na final, no entanto,

    ao executar umadas acrobaciasde suacoreografia,deu doispassospara fora dotabladoe acaboua prova em quinto lugar.Na Olimpada seguinte, em Pequim, foidenovo para a final. Dessa vezmais madurae confiante, a ginasta,que queriareparar oerro, acabou fazendopior.Repetiu o feitoda competioanterior,pisou fora do

    tabladoe arrebatouo sexto lugar.

    DiegoHiplitoNas Olimpadasde Pequim-2008,DiegoHiplito fazia uma timacampanha.Tinha as melhores notas naseliminatrias e era impecvel nos treinos.No diada final,no entanto, ao tentar

    realizar o duplo twist carpado, salto quenoera suaespecialidade,caiu no cho.Ningum acreditouno erro do entocampeo do mundo. Resultado: sextolugar e nenhuma medalha.

    FlamengoxAmricadoMxicoA festa j estava montada, s faltou

    combinar como Amrica. Depoisdevencerpor4 x 2 nacasado rival,osrubro-negros podiam atperder por2 x 0 dianteda prpria torcida, queaindaassim garantiriam a vaga nasquartas definalda Libertadoresde 2008.Mas orubro-negro virouamarelono Maracan.Com um show do gordinho Cabaas, os

    mexicanos vencerampor 3 x 0 noRio eeliminaramo Fla de maneira trgica.

    SeleofemininadevleiTrs episdios deram a fama deamarelona Seleo comandada porJos Roberto Guimares: a derrota paraa Rssia na semifinal dos Jogos

    Olmpicos de Atenas-2004, que deixou opas sem medalha; a final do Mundial de2006, tambm contra as russas; e aderrota para Cuba, em casa, nos JogosPan-Americanos do Rio de Janeiro. Masas brasileiras conseguiram reverter asituao. Em Pequim-2008, subiram aolugar mais alto do pdio.

    Existe remdioCom tantosexemplos de ama-

    reladas, a grandequestoque fica: existe alguma maneira de sepreparar para novacilar nosmo-mentos decisivos? Segundoos es-pecialistas, sim. Acostumados atrabalharcom atletas, os psiclo-gosdoesportedoareceitadeco-mo evitarque aquelepnalti deci-sivo noseja chutadoparafora ouque aquele arremesso no ltimosegundo no bata no aro. algosimples. Os atletas precisam saberlidar com a presso em determi-nados momentos, afirmao psic-logo Luciano Lopes,que j traba-lhou comatletasde vlei, futebol,golfe, jude ginstica rtmica.

    Para Lopes, um exemplo clssi-co de jogador queno sentiapres-sofoi Oscar. O ex-alada SeleoBrasileiradebasqueteumcasodeatletaquenoseimportavacomoresultadode suas aes.Por queelechutavadetrsquandootimeprecisavade apenas doispontos?

    Eledissequenoolhavaparaopla-car,jogava independentemente domarcador,confiava no jogo deleaesseponto.Ilustrabemaquesto.

    Masquaisso os mtodos paratransformarum amareloem umOscar?EspecialistaemCinciasdoTreinamento Esportivo,Luis Orio-nedareceita:Duranteoestgiospr-competitivos e aqui estopulo do gato , submetemos osatletas a pressesmaiores doqueas dos prprios jogos. Isso serveparaaumentar a resistncia frus-traoe paraque eles aguentemapresso. Quando eles chegamscompeties,dograasaDeusdeterum argentinopela frentee noo psiclogo, brinca.

    De acordo com Orione, o pro-blemano Brasil a exignciapelavitria. Quando o atleta foca noresultado, acaba atrapalhando oprpriodesempenho. Hanos,apsicologia esportiva norte-ame-ricana e europeiadiz para quedi-recionemos a motivao de nos-sos atletas para o desempenho.Para jogar melhor em qualquersituao. O que vemos no Brasil

    soatletascom uma grandepres-so da mdia, da famlia e do p-blico para ganhar e que falhamna hora H, aponta LuisOrione.

    Silvio Izquierdo/AP- 8/5/08LuisTajes/DP- 12/7/98