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Psicologia do Esporte ORGANIZADORA EDITAL CFP Nº 01/2015 CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA X CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS PARA CONCESSÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA E SEU RESPECTIVO REGISTRO

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Psicologia do Esporte

ORGANIZADORA

EDITAL CFP Nº 01/2015

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

X CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS PARA CONCESSÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA

EM PSICOLOGIA E SEU RESPECTIVO REGISTRO

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 

Especialidade: Psicologia do Esporte (03‐M) Prova aplicada em 29/11/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 30/11/2015. 

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EESSPPEECCIIAALLIIDDAADDEE::  PPSSIICCOOLLOOGGIIAA  DDOO  EESSPPOORRTTEE   

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS  O trecho a seguir contextualiza as questões de 01 a 05. Leia‐o atentamente.  

“Atualmente ocorre um movimento de mudança, a transição paradigmática, no bojo das ciências humanas e sociais, no qual temos um arcabouço teórico e metodológico que nos qualifica nacional e internacionalmente. Porém, enfrentamos alguns dilemas e obstáculos, colocamos novas questões epistemológicas vinculadas à problemática ética e ontológica, como também tentamos reconhecer e legitimar nosso conhecimento nas várias dimensões da sociedade, em cursos da graduação e da pós‐graduação,  junto às associações, às entidades, aos  fóruns, às agências de  fomento, às pesquisas estaduais  e  nacionais,  a  órgãos  governamentais  instituídos,  como  a  CAPES  e  o  CNPq,  e  em  outros  grupos  sociais  e comunidades.  (...) Para Sawaia  (1998) e Molon  (2000), a  indagação a  respeito do  sujeito pode  ser o eixo norteador da revisão crítica de várias áreas do conhecimento, especialmente da psicologia, pois a discussão sobre o lugar do sujeito – sujeito determinado, homogêneo, uniforme, mero  reflexo da  realidade,  competência  linguística,  imanência psíquica, abstraído  da  sociedade,  mônada  pensante  –  é  o  começo  de  um  caminho  produtivo  e  promissor  para  a  crítica epistemológica  que  é  simultaneamente  ética  e  ontológica.  Queremos  investigar  as  novas  formas  de  conhecer  na perspectiva de uma interface entre ética, estética e política.” 

(Molon, S. I. Algumas questões epistemológicas e éticas da psicologia: a avaliação em discussão. Psicologia & Sociedade; 16 (1): 108‐123; Número Especial 2004.) 

 01 A Resolução nº 007/2003, em seu artigo segundo, traz o manual de elaboração de documentos escritos referindo‐se ao artigo primeiro para dispor alguns  itens, entre eles, os princípios norteadores na elaboração de documentos, os quais resguardam também questões éticas e técnicas. A respeito dessas questões, assinale a alternativa condizente com as considerações explicitadas no trecho anterior. A) A  recusa do uso de  instrumentos,  técnicas e da experiência profissional, em quaisquer condições, para corroborar 

modelos ideológicos e institucionais perpetuadores de segregação aos modos de subjetivação, é imperativa. B) A prestação de um serviço deve ser realizada de modo responsável, de maneira que os princípios éticos sustêm o 

compromisso  clínico  e  experimental  da  psicologia,  visto  que  as  demandas  são  compreendidas  como  de  grande complexidade. 

C)  Independente da  exigência do  trabalho,  as  intervenções  são  sugeridas  a partir da  identificação de  algum  tipo de demanda  e  da  construção  de  um  projeto  de  trabalho  que  aponte  para  a  formulação  dos  condicionantes  do sofrimento psíquico. 

D) Independente  dos  processos  de  subjetivação,  da  demanda  social,  da  dinâmica  da  comunidade  científica  e profissional, o uso de instrumentos, técnicas e de experiência profissional, mediante qualquer situação ou condição, está condicionado a modelos ideológicos e institucionais. 

 02 Considerando o trecho anterior, é correto afirmar que a psicologia ultrapassa a limitação das normas de conduta do exercício profissional, porque A) tanto na escolha quanto na avaliação das metas legitimamente desejáveis como na escolha das formas legítimas da 

ação  interativa, que em quaisquer contextos de atuação, estará em  jogo apenas ou principalmente a sobrevivência do agente como a sua imagem e a sua estima diante dos outros e diante de si mesmo. 

B) tanto na promoção da universalização do acesso da população às  informações quanto no conhecimento da ciência psicológica,  serviços  e  padrões  éticos  da  profissão,  com  vistas  a  zelar  também  pelos  postulados  científicos  da profissão no âmbito da saúde que impede que esses assegurem práticas baseadas em evidências. 

C) o código de ética profissional fundamenta‐se em uma perspectiva deontológica e, além disso, quando no âmbito da saúde,  possibilita  aprofundamento  e  diálogo  de  questões  éticas,  bioéticas  e  morais  devido  à  compreensão  e caracterização da consciência de si permeada de valores culturais e relacionais que somente é identificada na espécie humana. 

D) o código de ética profissional  fundamenta‐se em uma perspectiva ontoteleológica e, além disso,  independente do contexto  de  atuação,  viabiliza  aprofundamento  e  diálogo  de  questões  éticas,  bioéticas  e  morais  mediante  o entendimento e  caracterização da  consciência de  si atravessada por  valores  socioculturais apenas  visualizados na espécie humana. 

 

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 

Especialidade: Psicologia do Esporte (03‐M) Prova aplicada em 29/11/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 30/11/2015. 

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03 O trecho remete à problemática ética e ontológica, a qual aponta para um posicionamento diferenciado mediante as várias áreas do conhecimento no cerne da ciência psicológica. Porém, a referida problemática não elenca discussões apenas  no  âmbito  acadêmico  para  construção  de  conhecimento,  mas  também  no  que  se  refere  à  atuação profissional. Considerando as referidas  informações a respeito da formulação do Código de Ética do profissional de Psicologia, é correto afirmar que A) pauta‐se no princípio geral de aproximar‐se mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a 

serem seguidas pelo psicólogo. B) pauta‐se  em  um  posicionamento  teleológico  por  visar  a  eliminação  de  negligência,  à  discriminação,  exploração, 

violência, crueldade e opressão. C) remete às  relações de poder nos contextos em que atua e aos  impactos dessas  relações  sobre as  suas atividades 

profissionais, acatando ordens e normas destes. D) impede  o  acesso  da  população  às  informações,  aos  serviços  e  aos  padrões  éticos  da  profissão,  à  promoção  da 

universalização e à epistemologia da ciência psicológica.   

04 O Código de Ética Profissional da Psicologia reflete uma tendência internacional adotada no processo de elaboração de  códigos  éticos  de  conduta  profissional,  isto  é,  assemelha‐se  às  leis,  com  uma  linguagem  caracterizada  pela natureza  normativa,  baseada  no  postulado  de  que  o mérito  da  conduta  depende  de  sua  coerência  com  o  que  é prescrito como correto, ou seja, justo e ético. Essa consideração alude‐se à passagem do trecho anterior que ressalta a interface entre ética, estética e política. Tendo isso em vista, é vedado ao psicólogo A) negar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar em prejuízo para as partes 

envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas. B)  induzir a convicções políticas, filosóficas, morais,  ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de 

preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais. C) dificultar o estabelecimento, com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação 

que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado. D) indicar  perito,  avaliador  ou  parecerista  para  quaisquer  situações,  salvo  nas  quais  seus  vínculos  pessoais  ou 

profissionais,  atuais ou  anteriores, possam qualificar o  trabalho  a  ser  realizado ou  a  fidelidade  aos  resultados da avaliação. 

 

05 Em relação às responsabilidades do psicólogo, a respeito do relacionamento com outros profissionais não psicólogos, é correto afirmar que  A) estipulará valores de acordo com as características das atividades solicitadas e comunicará ao interessado antes que 

o serviço seja prestado. B) compartilhará  somente  informações  relevantes  para  qualificar  o  serviço  prestado,  resguardando  o  caráter 

confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as recebe, de preservar o sigilo. C) prestará  serviços  de  qualidade,  com  condições  de  trabalho  dignas  e  apropriadas  à  natureza  desses  serviços, 

utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentadas ética e cientificamente. D) abrirá espaço para discussão dos  limites e  interseções  relativos aos diretos  individuais e coletivos, o que é crucial 

para as relações que estabelecem com a sociedade com demais profissões, que possam se beneficiar dos serviços. 

 06 As ações esportivas têm regras, estrutura e princípios próprios com desenvolvimentos  independentes. A psicologia, neste contexto, não pode ser apenas  interpretada e reduzida como um campo onde conhecimentos  independentes serão  aplicados.  Assinale  a  afirmativa  que  reflete  qual  deve  ser  a  postura  do  profissional  de  psicologia  no desenvolvimento da psicologia do esporte quando precisa lançar mão de conhecimentos de outras áreas. A)  Praticar sempre o esporte sobre o qual se debruça para conhecê‐lo melhor. B)  Avaliar, numa atividade esportiva, apenas a capacidade desta de promover bem‐estar físico e mental. C)  Buscar conhecer as atividades esportivas de forma neutra, não  levando em consideração o contexto em que ela se 

desenvolveu. D) Ter  necessidade  de  recorrer  a  teorias  e  métodos  que  melhor  se  adaptem  a  situações  esportivas  específicas, 

conciliando saberes e práticas científicas que melhor se adaptem a seu propósito.  

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 

Especialidade: Psicologia do Esporte (03‐M) Prova aplicada em 29/11/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 30/11/2015. 

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07 Para  melhor  atender  a  crescente  demanda  de  avaliações  psicológicas,  o  CFP  regulariza  e  institui  o Manual  de Elaboração de Documentos Escritos, através da Resolução nº 007/2003. Nesse contexto, quais os documentos que, ao serem elaborados, devem observar os princípios dessa Resolução? A) Ofício de atendimento e declaração.        C) Ata de atendimento e laudo psicológico. B) Declaração e autos de atendimento.         D) Atestado psicológico e laudo psicológico. 

 08 A Resolução CFP nº 007/2003  traz princípios de elaboração de documentos psicológicos. Entre eles  se encontra o relatório psicológico que, de acordo com a referida Resolução deve ter, no mínimo, cinco  itens. Assinale, dentre as alternativas, a que apresenta o item que deve constar em um relatório psicológico. A) Processo de análise.             C) Descrição do atendimento. B) Descrição da demanda.           D) Introdução ou apresentação.  

 09 Segundo a Resolução CFP nº 007/2003, do Conselho Federal de Psicologia, a declaração é um documento que visa informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico. Segundo a Resolução nº 007/2003, do Conselho Federal de Psicologia, qual a finalidade da declaração? A) Declarar os sintomas do atendido. B) Declarar incapacidade física do atendido. C) Declarar incapacidade mental do atendido. D) Declarar o acompanhamento psicológico do atendido. 

 10 A atenção é entendida, de modo geral, como um estado seletivo,  intensivo e dirigido da percepção. Mas não é, no entanto,  compreendida  apenas  como  a  recepção  passiva  de  informações.  Assinale  a  alternativa  que  descreve corretamente uma característica da atenção. A) É um estado inconsciente de alerta que a qualquer momento é despertado. B) É um pré‐requisito para a percepção, pois antes de se perceber deve‐se estar atento. C) É desprovida de qualquer característica cognitiva, já que suspende qualquer capacidade de julgamento. D) É um estado consciente através do qual uma pessoa dirige processos psíquicos sobre um determinado objeto.  

 11 A  emoção  deve  ser  entendida  como  um  sistema  complexo  de  inter‐relações  entre  o  sistema  psíquico,  o  sistema fisiológico e o sistema social. No esporte de alto rendimento, este complexo conceito deve ser estudado à luz de um contexto  situacional  e  de  interação  entre  o  atleta,  a  tarefa  e  o meio  ambiente.  Assinale  uma  característica  do conceito de emoção na psicologia do esporte. A) Tem a função amplificadora da atenção. B) Tem apenas a função catártica no esporte. C) Tem a função de organizar, orientar e controlar ações.  D) Tem apenas funções para atletas de rendimento e não para atletas amadores. 

 12 Mesmo que  em um primeiro momento associada  à prática esportiva  competitiva,  a psicologia do  esporte  tem  se deslocado  para  outras  possibilidades  de  atuação  a  partir  de  seu  compromisso  social  assumido  com  a  prática  em estrita  relação  com a  realidade e  contexto  sócio‐histórico brasileiro.  Sobre as  características de uma  atuação que contempla o compromisso social da psicologia do esporte, assinale a afirmativa correta. A) O papel do psicólogo do esporte é tornar cada atividade o mais profissional e competitiva possível. B)  O limite da atuação do psicólogo do esporte é o conhecimento que possui sobre determinada população com a qual 

deve trabalhar. C)  O psicólogo do esporte se orientará sempre para o desenvolvimento do sujeito que pratica esporte,  independente‐

mente do contexto em que sua prática está inserida. D) A  atuação  do  psicólogo  do  esporte  se  desloca  conforme  a  realidade  em  que  se  encontra  e  se  norteia  para  o          

bem‐estar psicológico e o manejo de sentimentos e emoções que levam à prática esportiva.  

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 

Especialidade: Psicologia do Esporte (03‐M) Prova aplicada em 29/11/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 30/11/2015. 

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13 A agressão, no esporte de rendimento, é um comportamento intencional físico ou verbal. Envolve lesão que pode ser tanto  física quanto mental direcionada  contra uma outra pessoa ou  contra  si mesmo.  Sobre  as  características da agressão, assinale a afirmativa correta. A) Ocorre de forma acidental.  B) Envolve intenções e motivos. C) Pode ser evitada se houver prudência. D) Acontece quando as regras no esporte são respeitadas. 

 14 No início do século XX sugiram as primeiras discussões sobre a influência do aspecto psicológico no desempenho de atletas no contexto esportivo. No entanto, nesta época, a psicologia ainda não havia se consolidado como ciência. Neste contexto, assinale a alternativa que caracteriza as discussões sobre o aspecto psicológico no esporte no início do século XX. A) Apenas o controle nervoso era considerado. B) O contexto social e histórico do atleta era considerado. C) Testes científicos eram amplamente aplicados nos atletas. D) O tamanho dos membros do corpo do atleta era levado em consideração. 

 15 O desenvolvimento da psicologia do esporte, enquanto campo de atuação prática do profissional de psicologia, tem suscitado uma série de questões que vão desde a  formação até a atuação nesse campo. Assinale a alternativa que melhor define as características de atuação do psicólogo do esporte. A) O ensino, a pesquisa e a intervenção.  B) O ensino, a pesquisa e a atividade em si. C) A pesquisa, a atuação prática e a psicoterapia. D) A intervenção prática, o diálogo entre partes e a atuação. 

 16 Entre as mudanças experimentadas pela psicologia do esporte na última década está a entrada de novas tecnologias que auxiliam este campo a produzir novos conhecimentos em sua práxis. Uma destas áreas é a junção de tecnologias à psicologia comportamental aplicada no esporte. Assinale a alternativa que caracteriza a psicologia comportamental em sua interface com a psicologia do esporte. A) A interface entre estas duas áreas mantém os limites epistemológicos de cada uma delas.  B) A psicologia comportamental contribui apenas conceitualmente na interface entre ela e novas tecnologias. C) Para que esta  interface seja possível, é preciso que a  tecnologia maximize e concilie as  intervenções da psicologia 

comportamental. D)  A psicologia  comportamental  leva em  conta apenas algumas  tecnologias capazes de medir e mensurar comporta‐

mentos de atletas. 

 17 Um dos desafios enfrentados pela psicologia do esporte em sua interface teórica com a psicologia comportamental é a operacionalização de conceitos que, muitas vezes, reproduzem conhecimentos do senso comum, mas que não são capazes de compreender o que está acontecendo enquanto  fenômeno esportivo em sua complexidade. Assinale a alternativa  que  reflete  critérios  que  orientam  a  atuação  teórico‐prática  do  psicólogo  do  esporte,  que  tem  na psicologia comportamental o fundamento de sua prática. A) Manter uma relação aberta com o esportista para aumentar a confiança no seu trabalho e no seu papel reforçador 

deste organismo. B) Analisar as relações funcionais do esportista em seu ambiente, assim como as contingências e seu efeito cumulativo 

sobre o desempenho dos organismos.   C) Elaborar  e  delimitar  conceitos  como  motivação,  liderança  e  personalidade  que  serão  capazes  de  conhecer  o 

ambiente em que está inserido o organismo e assim orientar seu trabalho. D) Encontrar em todos os esportes de uma mesma modalidade o mesmo ambiente, perfazendo, assim, uma regra geral 

de comportamento do organismo que difere apenas quanto à modalidade esportiva.  

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 

Especialidade: Psicologia do Esporte (03‐M) Prova aplicada em 29/11/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 30/11/2015. 

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18 Mesmo  no  esporte  profissional  de  alto  rendimento  são  observadas,  por  parte  dos  atletas,  diferentes  formas  de comportamento  agressivo,  que  variam  conforme  as  características  de  cada  modalidade  esportiva.  Quais características  são  observadas  pelos  atletas  de  alto  rendimento  quando  têm  intenção  de  praticar  uma  agressão durante a atividade esportiva? A) As regras e o comportamento dos árbitros.  B) O comportamento anterior de outros atletas.  C) A legislação que rege e pune estas situações. D) O comportamento de torcedores e dos técnicos. 

 19 Uma  das  propostas  de  atividade  empreendidas  pela  psicologia  do  esporte  é  o  treinamento  esportivo,  que  tem objetivos  específicos.  O  não  conhecimento  desses  objetivos  na  psicologia  do  esporte,  no  entanto,  é,  por  vezes, encontrada  entre  profissionais.  Sobre  o  treinamento  esportivo  na  psicologia  do  esporte,  é  correto  afirmar  que  o treinamento psicológico A) visa aumentar os níveis de atividade mental dos atletas. B)  leva concomitantemente e naturalmente ao aumento de aptidão física do atleta. C) pode ser ministrado, preferencialmente, pelo psicólogo do esporte, pois contempla conceitos como  inconsciente e 

complexo de Édipo. D) diz respeito ao nível de conscientização que o  indivíduo  tem de suas capacidades  físicas e de suas capacidades de 

realizar os esforços necessários. 

 20 O treinamento físico no esporte  leva em consideração a modalidade esportiva do atleta, além de suas  limitações e está em consonância com o treinamento psicológico. Assim, é correto afirmar que A) o treinamento psicológico não precisa levar em consideração a modalidade esportiva.  B)  o treinamento físico e o treinamento psicológico se desenvolvem no atleta apenas em momentos de pré‐competição 

esportiva. C)  as exigências psicológicas em relação à técnica esportiva irão variar de acordo com o tipo de esporte praticado e suas 

características. D) o  pensamento  psicológico  se  desenvolve  no  atleta  conjuntamente  com  o  treinamento  psicológico  e  com  seu 

desenvolvimento físico. 

 21 O  treinamento  psicológico  é  um  amplo  espectro  de  atuação  do  psicólogo  do  esporte  que  envolve  a  preparação psicológica  do  atleta,  o  acompanhamento  psicológico,  a  orientação  psicológica,  a  avaliação  psicológica  e  o treinamento psicológico do atleta. Neste contexto, assinale a afirmativa que caracteriza a  relação que deve existir entre o psicólogo do esporte e o atleta no processo de treinamento psicológico. A) Acompanhar a família do atleta é princípio fundamental da psicologia do esporte no que diz respeito ao treinamento 

psicológico. B) O psicólogo do esporte e o atleta devem ser bons amigos; e, ainda, o psicólogo do esporte deve estar sempre apto a 

apoiá‐lo em seus desafios como metodologia de sua prática.  C)  Realizar acompanhamento e treinamento psicológico de um atleta requer um conhecimento amplo de sua história 

de vida, de suas limitações e de suas expectativas e possibilidades. D) Realizar  acompanhamento  de  um  atleta,  na  psicologia  do  esporte,  quer  dizer  estar  presente  em  todas  as 

competições e momentos decisivos, avaliando e medindo as reações do atleta durante a competição. 

 22 Uma proposta da psicologia do esporte é estudar os jogos de cooperação como possibilidades de atividades para uma mudança de paradigma da sociedade. Nessa perspectiva, considera‐se como mitos embasados no senso comum que A) o esporte pode promover a união e a responsabilidade.   B) a competição exacerbada tem solapado as possibilidades de cooperação. C) o ser humano já nasce competindo e que competir faz parte de sua natureza. D) os sentimentos de valor individual passam a depender de fontes exteriores de avaliação.  

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23 Uma das possibilidades de atuação da psicologia do esporte é o diálogo entre a saúde, o esporte e a atividade física. O maior  desafio  é,  no  entanto,  desvencilhar  estas  categorias  das  exigências  de  uma  atuação  voltada  para  forças hegemônicas  de  dominação  do  corpo  na  contemporaneidade  como,  por  exemplo,  os  padrões  de  beleza.  Neste sentido, o psicólogo do esporte deve: A) Saber quais são os melhores indicadores de saúde que se pode atingir através da prática do esporte.   B)  Saber que o conceito de  saúde é amplo e  flexível e que nunca atingirá a  todas as pessoas,  independente de  seus 

contextos de vida. C)  Permitir que cada pessoa defina seu conceito de saúde independentemente das atividades físicas, já que as mesmas 

deixam de influenciar diretamente na saúde. D) Levar em consideração as transformações ocorridas desde a revolução industrial e as desigualdades produzidas que 

repercutem até os dias de hoje nos padrões que a sociedade sustenta. 

 24 As Organizações Não Governamentais (ONG’s) surgem em um contexto específico de retração do Estado no Brasil que não consegue cumprir com suas obrigações fundamentais. Assim, é correto afirmar que A) não é papel do Estado garantir os direitos básicos de seus cidadãos. B) a psicologia do esporte não se insere neste contexto, pois sua atuação se dá apenas nas atividades esportivas. C) o compromisso social do psicólogo diz respeito a prestar seu trabalho da melhor maneira possível sem deficiências 

teóricas e técnicas. D) a  política  neoliberal  adotada  após  a  redemocratização  gerou  agravos  sociais  e  desigualdades  perduram  e  são 

contextos na atuação do psicólogo do esporte. 

 25 O ser humano tem necessidade de viver em grupo para se desenvolver; uma parte importante deste processo são as atividades  e  jogos  que  se  desenvolvem  na  reprodução  social  e  que  permitem  o  relacionamento  com  o mundo externo. Nesse sentido, assinale a afirmativa correta. A) A divisão de tarefas dentro do grupo sempre foi encarada com atividades que permitem a sobrevivência do grupo e 

sua competição interna por papéis. B) Os  jogos e atividades em grupo  têm por única  finalidade permitir ao grupo a especialização de  suas  capacidades 

corporais que o permitem se sobrepor a outros grupos. C)  Na atividade e organização corporal do ser humano está contida a necessidade de entrar em relação com o mundo 

exterior para atuar e modificá‐lo enquanto modifica a sim mesmo. D) A modificação  do mundo  externo  depende  em  parte  do  ser  humano  e  de  suas  atividades,  já  que, muitas  vezes, 

encontramos o mundo pronto para receber nosso corpo e atividades. 

 26 Em  um  contexto  de  atuação  com  populações  historicamente  excluídas  e  sem  acesso  aos  direitos  fundamentais garantidos  na  constituição,  o  psicólogo  do  esporte  deverá  levar  em  consideração  as  atividades  esportivas desenvolvidas e produzidas por sua clientela. Assim, o psicólogo do esporte deve saber que: A) O esporte deve ser contextualizado sociopoliticamente. B) A atividade esportiva é sempre construída fora das bases materiais de um grupo. C) Cada grupo humano desenvolve suas práticas esportivas num processo de imitação de outros grupos. D) A atividade esportiva praticada por essa clientela provavelmente é deficiente e cabe ao psicólogo do esporte ensinar 

as regras do jogo. 

 27 Toda  relação  interpessoal  em  atividades  esportivas  é  caracterizada  por  uma  dinâmica  relacional‐emocional  que interfere,  por  exemplo,  no  processo  de  ensino‐aprendizagem. Neste  sentido,  são  contribuições  importantes  para pensar este processo: A) As avaliações psicológicas que podem medir o nível de atenção que um atleta tem.   B) A teoria do vínculo das relações transpessoais a que Freud deu o nome de transferência. C) A teoria dos afetos e vínculos em grupos estudada por Freud logo após a Primeira Grande Guerra. D) Os níveis de ansiedade de um grupo de pessoas em relação às atividades esportivas a elas oferecidas.  

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28 Os grupos humanos são objeto de análise de várias áreas do conhecimento, entre elas, a psicologia. É correto afirmar que grupos secundários são constituídos A) pela família.               C) para além do círculo familiar. B) por duas pessoas.            D) por um número específico de pessoas.  

29 Na psicologia do esporte, os grupos são uma categoria que ajuda a pensar a prática profissional, como, por exemplo, nas  relações  que  se  estabelecem  em  uma  equipe  esportiva.  Assinale  a  afirmativa  que  caracteriza  uma  equipe esportiva. A) É uma coesão de vontades e sentidos para um fim na atividade esportiva. B) É uma estrutura comparativa à família nuclear e mononuclear no esporte. C) É uma unidade estrutural elementar na qual se realiza a atividade esportiva. D) É ligada por afetos e vínculos como os familiares que permanecem no esporte.  

30 Um dos conceitos estudados na psicologia do esporte é o de  liderança. Muitas vezes confundido com capacidades individuais  intrínsecas, este  conceito deve  ser  abordado  com  critério pelos profissionais da psicologia do  esporte. Assinale  a  afirmativa  que  caracteriza  uma  abordagem  conceitual  da  psicologia  do  esporte  sobre  o  fenômeno  da liderança. A) A liderança é uma capacidade que vem do exterior do grupo que se estabelece. B) A liderança é um processo dinamizador e sintetizador dos fenômenos intragrupais. C) O conceito de liderança plural é, muitas vezes, confundido com uma liderança disjuntiva. D) A liderança é conseguida através de coerções aplicadas, mesmo que simbólicas, sobre um grupo de pessoas.  

31 A psicologia do esporte vem se desenvolvendo enquanto área de atuação desde o final do século XIX, no entanto, até os dias de hoje a  inserção do psicólogo como ator principal desta área é uma construção por ser feita e produzida. Uma das dificuldades enfrentadas pelo psicólogo do esporte  se dá pelo  corporativismo de diferentes profissionais encontrado  nos  possíveis  campos  de  atuação,  o  que  restringiria  as  possibilidades  de  inserção  do  profissional  de psicologia. É fato, também, que outras complexidades se apresentam. Como se sustenta o corporativismo encontrado nos campos de atuação da psicologia do esporte? A) O fenômeno do corporativismo existe apenas em campos de atuação já estabelecidos e plenamente científicos. B)  O corporativismo é, marcadamente, uma proposta de atuação que só ganha espaço devido à falta de corporativismo 

dos profissionais de psicologia. C)  Este  corporativismo  reflete  a  dificuldade  de  construção  e  definição  do  papel  profissional  daqueles  que  se  veem 

atuando num campo marcado pelo empirismo. D) O corporativismo que  torna complexa a entrada do profissional de psicologia do esporte nos possíveis campos de 

atuação se deve a não existência de profissionais suficientes no mercado para contrapor o corporativismo.  

32 O psicólogo do esporte encontra, muitas vezes, práticas esportivas ligadas a práticas pedagógicas que são oferecidas em diversas esferas, tais como o Estado, o setor privado e o terceiro setor. Assinale a alternativa que caracteriza a relação comumente encontrada entre práticas esportivas e práticas pedagógicas pelo psicólogo do esporte. A) Sempre  que  são  aliadas  práticas  de  esporte  a  práticas  pedagógicas  um  professor  de  educação  física  tem  de 

acompanhar o processo, pois a psicologia ainda não está preparada para assumir seu lugar no espaço escolar. B) Toda prática esportiva e  toda prática pedagógica devem  ser embasadas na proposta de ensino‐aprendizagem que 

permite ao praticante, além de aprender um conceito abstrato, aprender uma nova habilidade motora que o permite viver no mundo. 

C)  Não cabe ao psicólogo do esporte produzir pesquisas e trabalhos que reflitam sobre as inter‐relações entre práticas esportivas e práticas pedagógicas, cabe a este profissional apenas aplicá‐las. Para se produzir conhecimento é preciso que muitos profissionais se debrucem sobre os mesmos problemas. 

D) Nota‐se  que  frequentemente  a  inter‐relação  entre  práticas  esportivas  e  práticas  pedagógicas  são  embasadas  no senso  comum  e  não  se  aprofundam  na  reflexão  realizada,  permanecendo  com  as  ideias  já  difundidas  de  que o esporte tira a criança da rua, o esporte ajuda a fazer novas amizades etc. 

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33 A psicologia do esporte possui várias áreas de atuação que se diferem, conforme os autores que a embasam. Assim, o psicólogo do esporte tem um leque de possibilidades de atuação que vão da clínica à avaliação psicológica, passando pela pesquisa e outras áreas possíveis. Assinale a alternativa que para Samulski constitui a possibilidade de aplicação da psicologia do esporte que tem por função primordial garantir o bem‐estar de todas as pessoas, aliando propostas de educação e saúde a atividades voluntariamente praticadas. A) Esporte escolar.             C) Esporte de reabilitação. B) Esporte recreativo.             D) Esporte de rendimento.  

34 Desde  seu  nascimento,  a  psicologia  do  esporte  foi  associada  ao  rendimento  esportivo.  Todo  esse  empenho acadêmico  e  profissional  tem  levado  a  psicologia  do  esporte  a  ser  identificada  com  as  atividades  esportivas competitivas. De acordo com o enunciado, qual o resultado sobre essa visão da psicologia do esporte? A) Contribui para que os profissionais da área consigam trabalhar com os esportes de rendimento, o que permite maior 

remuneração. B)  O profissional que  trabalha  com a psicologia e  com o esporte  tem amplo  campo de atuação,  já que hoje muitos 

esportes coletivos estão entre os mais vistos no mundo. C)  Posicionou a psicologia do esporte entre estudos  sérios que  refletem  fielmente a  realidade, o que permite que o 

profissional tenha o mínimo de erros em seu trabalho no esporte de alto rendimento. D) Alocou a psicologia do esporte muito próxima dos estudos experimentais e clínicos, recortando‐a do contexto social e 

cultural maior, o que a distanciou, inclusive, das transformações por que passou o esporte.    

35 A  prática  da  psicologia  do  esporte  é  também  voltada  para  o  esporte  de  alto  rendimento.  Isto  nos  leva  a  ter  à disposição  muitos  trabalhos  científicos,  pesquisas  e  publicações  nesta  área.  No  entanto,  cabe  ao  profissional delimitar o que seja o esporte de alto rendimento e como deve atuar nele, pautado sempre em pesquisas e trabalhos cientificamente produzidos. O que caracteriza o esporte de alto rendimento? A)  É o esporte caracterizado por alta remuneração e que exige do esportista todo o tempo de que dispõe. Assim ficam 

estabelecidas as diferenças entre o esporte de alto rendimento profissional e o esporte de alto rendimento amador. B)  É um tipo de prática que tem por principal característica o corpo do atleta. Assim, mesmo que profissional, o esporte 

de alto  rendimento é aquele em que participam os melhores atletas de cada modalidade, ou seja, que  levam seu corpo ao limite. 

C)  Não é caracterizado pela disponibilidade do atleta em praticá‐lo, mas sim pelo contexto de infraestruturas que cerca o praticante de um esporte. Pode‐se afirmar então que o esporte de alto rendimento se dá pela estrutura física e de corpo técnico de profissionais que acompanham o atleta. 

D)  É um tipo de prática que pode se relacionar ao esporte espetáculo, protagonizado pelo atleta profissional ou, ainda, a um tipo de atividade esportiva que não é necessariamente remunerada, mas que exige, do praticante, dedicação e rendimento que superam uma atividade de tempo livre ou amadora.  

 

36 No esporte de alto rendimento estão implicados os valores próprios da sociedade atual como o trabalho alienante, no qual o corpo é usado e manipulado pelo próprio atleta e pela comissão técnica para alcançar o rendimento máximo, em um curto espaço de tempo, atendendo aos interesses que gravitam no entorno do espetáculo, como a venda de produtos ou a  imagem do patrocinador. Neste contexto, o psicólogo deve  tomar posições éticas em  seu  trabalho. Assinale a alternativa que caracteriza a relação entre esporte e ética. A) O esporte, enquanto valor cultural, passível da intervenção da psicologia, também é uma criação humana que reflete 

e recria a condição ética da sociedade que o circunda.    B) O esporte é a possibilidade de um espaço que não possui ética, já que as regras que compõem todas as modalidades 

esportivas, em todo o mundo, são pautadas apenas nas possibilidades físicas de rendimento dos atletas. C)  Cabe  apenas  aos  comitês  arbitrários  discutir  e  fazer  valer  os  comportamentos morais  e  éticos  no  esporte.  Aos 

profissionais, incluindo o corpo técnico e atletas, cabe obedecer a todas as regras estabelecidas, o que, em si, já é um comportamento ético. 

D) A  ética para o psicólogo  se  refere  ao  sigilo profissional que  tem.  Logo,  se  lhe  é dito por um  atleta que  este usa substâncias  ilícitas não  cabe ao psicólogo nenhuma ação, pois  falar disso pode  ser prejudicial à  saúde mental do corpo técnico, que teria trabalhado em vão por aquele atleta. 

 

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37 A psicologia do esporte busca atuar produzindo conhecimentos a partir de sua própria prática. No entanto, outras áreas  da  psicologia  podem  contribuir  com  substrato  técnico  e  teórico  para  o  fazer  do  psicólogo  do  esporte.  A psicologia do esporte e sua interface com a psicologia da arte é uma dessas áreas fortuitas de encontro entre teorias. Assinale a afirmativa com conteúdo trabalhado pelo psicólogo do esporte na interface entre psicologia do esporte e a psicologia da arte. A)  A psicologia da arte permite ao atleta ser mais extrovertido, o que é uma característica fundamental do atleta que 

compete. B) O material simbólico elaborado em atividades específicas, a partir das vivências do atleta, o permite refletir sobre o 

“ser atleta”.  C)  A arte e os jogos artísticos estão intimamente ligados ao esporte de alto rendimento, que é o objetivo da psicologia 

do esporte. D) A psicologia do esporte não permite que a criatividade do atleta  se desenvolva, por  isso a psicologia da arte vem 

sanar essa deficiência teórica.  

38 A  equipe  esportiva  tem  características  próprias  de  organização  que  são  fundamentais  em  sua  estrutura.  Sobre  a organização de uma equipe esportiva, assinale a afirmativa correta. A) Toda equipe esportiva tem em seu interior uma função egoica que tem por finalidade conter abusos. B)  Uma capacidade aguçada de heurística de representação é uma das principais características de uma equipe esportiva. C) Toda equipe esportiva tem um líder e membros que serão subordinados a esta função, pois a liderança é algo natural 

no esporte. D)  A equipe esportiva faz uma divisão do trabalho específica de cada atleta que se coordena com outros atletas para um 

determinado fim.  

39 É possível afirmar que toda manifestação esportiva é socialmente estruturada, na medida em que o esporte revela, em sua organização, no processo de ensino‐aprendizagem e, na sua prática, os valores subjacentes à sociedade na qual ele se manifesta. Neste sentido, sobre a relação entre psicologia do esporte e psicologia social, é correto afirmar que esta perspectiva A) permite que alguns conceitos de uma área e outra sejam utilizados em confluência. B) busca situar o atleta e as equipes esportivas coladas à realidade social e cultural vividas.  C) diz que a psicologia do esporte deve lançar mão apenas da psicologia social como escopo de atuação.  D) nos orienta a ver o esporte como uma subárea da atividade humana, que está, mais especificamente, situado nas 

habilidades sociais do indivíduo.  

40 O movimento olímpico  contemporâneo,  tendo  como principal  ideólogo Pierre de Freddy,  conhecido pelo  título de Barão de Coubertin, baseou‐se nos rituais da Grécia antiga para criar aquele que seria o maior fenômeno sociocultural contemporâneo. O psicólogo do esporte está, muitas vezes, inserido neste contexto como membro do corpo técnico de delegações de países participantes. Mas sabe‐se que entre o ideal proposto pelas Olimpíadas no fim do século XIX e os jogos olímpicos atuais muitas transformações ocorreram na sociedade e também nos próprios jogos olímpicos. Neste sentido, qual alternativa caracteriza o fenômeno olímpico nos dias de hoje? A) É  possível  que  os  jogos  olímpicos  tenham mudado  durante  o  século  XX, mas  as  transformações  acompanharam 

naturalmente as transformações da sociedade, o que reflete que as nações têm melhorado seu convívio e harmonia. B)  Os jogos olímpicos são estruturados como possibilidade de desenvolver a harmonia e a amizade entre todos os seres 

humanos. Reflexo disto são os atos de paz e de solidariedade que sempre ocorreram durante o tempo em que estão em vigência os jogos olímpicos.    

C)  A transformação no esporte olímpico alterou radicalmente a relação do atleta com a prática esportiva, de um modelo amador para o extremo profissionalismo, e também o entendimento dos jogos olímpicos pela sociedade, ou seja, de um patrimônio cultural da humanidade a um bem de consumo, e em alguns casos para uso de poucos. 

D) O  esporte  olímpico  tem  uma  linha  direta  traçada  desde  a  Grécia  antiga  até  os  dias  de  hoje,  e  mesmo  que  o desenvolvimento tecnológico e científico do fenômeno esportivo tenha se desenvolvido nos últimos cem anos, pode‐se ver  como os  atletas  ainda  são motivados pelo desejo  simbólico de  serem os melhores  em detrimento de outras motivações.   

 

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 

Especialidade: Psicologia do Esporte (03‐M) Prova aplicada em 29/11/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 30/11/2015. 

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PROVA DISCURSIVA  

ORIENTAÇÕES GERAIS  

A Prova Discursiva é de caráter eliminatório, constituída de 4 (quatro) itens abertos.  A resposta a cada item da Prova Discursiva deverá ter a extensão mínima de 20 (vinte) e máxima de 30 (trinta) linhas 

para o texto.  A Prova Discursiva deverá ser manuscrita, em letra legível, com caneta esferográfica de corpo transparente, de ponta 

grossa e de tinta azul ou preta, não sendo permitida a interferência e/ou a participação de outras pessoas, exceto no caso de candidato que solicitou atendimento especial para este fim, nos termos do Edital. Nesse caso, o candidato será acompanhado por um fiscal do IDECAN devidamente treinado, para o qual deverá ditar o texto, especificando oralmente a grafia das palavras e os sinais gráficos de pontuação. 

O candidato  receberá nota zero na Prova Discursiva em casos de não atendimento ao conteúdo avaliado, de não haver texto, de manuscrever em letra ilegível ou de grafar por outro meio que não o determinado no item anterior, bem como no caso de identificação em local indevido.  

Será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer fragmento de texto que for escrito fora do local apropriado ou que não atingir a extensão mínima ou ultrapassar a extensão máxima permitida. 

A Prova Discursiva terá o valor total de 40 (quarenta) pontos, sendo 10 (dez) pontos por item.  Para efeito de avaliação da Prova Discursiva serão considerados os seguintes elementos de avaliação:  

ELEMENTOS DE AVALIAÇÃO DA PROVA DISCURSIVA (POR ITEM) 

CRITÉRIOS  ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO  PONTUAÇÃO 

Aspectos Formais e Aspectos Textuais 

Observância  das  normas  de  ortografia,  pontuação,  concordância,  regência  e  flexão, paragrafação, estruturação de períodos, coerência e lógica na exposição das ideias. 

4 pontos 

Aspectos Técnicos Pertinência da exposição relativa ao tema, à ordem de desenvolvimento proposto e ao conteúdo programático proposto. 

6 pontos 

TOTAL DE PONTOS  10 pontos  

 

QUESTÃO 01  

Nadador do Corinthians leva ouro e diz que “preparação mental” definiu vitória Sérgio Rangel. 

O corintiano Leonardo de Deus, 24, estabeleceu a melhor marca do mundo nos 200 m borboleta nesta quinta‐feira (9) no Troféu Maria  Lenk. Na piscina do  Fluminense, nadou a distância em 1min55s19. Ele é o primeiro brasileiro a liderar o ranking mundial neste ano. 

O paraibano Kaio Marcio ficou em segundo, com 1m56s99, e também garantiu o índice para disputar o Mundial na Rússia, em agosto. 

“Esse resultado me mostrou que estou no caminho certo. Trabalho desde o  início do ano para chegar no topo do ranking e consegui”, comemorou o nadador, que terminou o ano passado com a sexta melhor marca do mundo. 

Leonardo atribuiu o seu sucesso no Maria Lenk a mudança da sua “preparação mental”. “Já trabalho há quatro anos com a minha psicóloga e a partir deste ano amadureceu a  ideia de ser o primeiro do 

mundo. Me sinto com o mental forte. Isso faz muita diferença”, explicou o corintiano, que conquistou o ouro no Pan de Guadalajara na mesma prova. 

“Estou conseguindo ter a frieza para nadar forte numa competição como esta, que envolve muita emoção. Além de nadar bem, o bom atleta tem que saber administrar isso e estou conseguindo”, acrescentou. 

Neste ano, Leonardo conta com o auxílio de nove profissionais nos seus treinos, que inclui um fisiologista cubano, um biomecânico e psicólogo. 

Apesar do bom resultado no Rio, Leonardo sabe que terá que melhorar a marca para terminar o ano em primeiro no ranking mundial. Neste ano, ele vai disputar o Pan de Toronto e o campeonato do mundo na Rússia. 

“Não  tenho  tempo  para  comemorações.  Vou  voltar  a  trabalhar  forte  na  próxima  semana.  Quero  o  ouro  na Olimpíada do Rio. Só penso em descansar depois dos Jogos Olímpicos”, afirmou o nadador. (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/04/1614676‐leonardo‐de‐deus‐leva‐ouro‐e‐diz‐que‐preparacao‐mental‐definiu‐vitoria.shtml.)  

A psicologia do esporte vem sendo pensada  junto a outros profissionais em uma abordagem que contempla várias formações. Também vem sendo pensada junto a outras áreas da própria psicologia, notadamente, a psicologia social, já  que  o  esporte  tem  sido  considerado  por  pesquisadores  como  um  fenômeno  social  não  atrelado  apenas  às habilidades  individuais, mas  também  ao  contexto  sócio‐histórico  em que  se  insere. Assim, disserte  sobre  como  a psicologia social, marcadamente em suas discussões sócio‐históricas, pode contribuir para o avanço da psicologia do esporte no que diz respeito à preparação psicológica de atletas. 

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QUESTÃO 02  Estamos muito perto de fazer paraplégicos voltarem a andar 

Guilherme Pavarin. “Foi um  ano muito  louco”, disse Miguel Nicolelis,  entre duas  longas  arfadas,  à beira de uma mesa na  sede do 

Projeto Andar de Novo, no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, numa tarde recente. O neurocientista brasileiro de 54 anos não escondia o cansaço. “Coréia, Alemanha, Estados Unidos”, continuou. “Viajei muito.” 

De olheiras fundas e fala ágil, Nicolelis nos recebia para tratar dos resultados do projeto que visa reabilitar pessoas paraplégicas  por meio  de  um  exoesqueleto  e  um  capacete  conectado  ao  cérebro.  A  ideia  do  encontro  era  buscar atualizações do plano. E também dados. Afirmativas. Intenções. 

Fazia mais de um ano que o primeiro chute com a tecnologia havia sido dado na abertura da Copa do Mundo e, desde  então,  quase  nada  se  falou  sobre  a  evolução  dos  estudos. De  lá  para  cá,  não  foram  poucos  os  colegas  que criticaram, para a  ira do neurocientista, a  falta de  resultados do consórcio milionário –  só para a Copa do Mundo, o Projeto Andar de Novo arrecadou R$ 33 milhões. 

“Não posso dar muitos detalhes dos estudos antes de publicá‐los”, falou o cientista, logo no início da conversa. “É um processo longo, demorado.” 

Ao pegar uma  folha  sulfite para  explicar  alguns  fundamentos do  cérebro, porém, o neurocientista deu  valiosas pistas  sobre o  futuro de  sua pesquisa.  Ele  falou  sobre o que  falta para  seus pacientes  voltarem  a  andar,  tratou do mercado,  das  polêmicas  que  envolvem  a  implantação  de  eletrodos  no  cérebro  e,  por  fim,  discorreu  sobre  como  é impossível máquinas imitarem o mais complexo órgão humano. 

Motherboard: Bom, já que estamos aqui rodeados de exoesqueletos, vamos falar do Andar de Novo. Faz um ano que rolou o chute na abertura da Copa. A quantas anda o projeto? 

Miguel Nicolelis: O projeto continua. Pacientes  seguem  treinando e  todo o pessoal daqui  trabalha nas questões clínicas, computacionais, neurobiológicas. Descobrimos múltiplos aspectos de como o cérebro  lida com a geração de movimentos. E como o feedback que a gente usou – rico, tátil e visual – influencia o modelo interno que o cérebro tem do corpo. Essa é uma das grandes descobertas que tivemos no projeto. O senso de ser. Modificamos o senso de ser e reintroduzimos  o  conceito  de  ter  pernas. Quando  começamos,  pedíamos  aos  pacientes  paraplégicos  para  que  eles pensassem  em  andar  e  registrávamos  a  atividade  cerebral. Não  acontecia  nada. Não  tinha nenhuma modulação da atividade cerebral. Quando pedíamos para eles mexerem as mãos, só pensar, sem mexer, víamos que o cérebro estava realizando uma operação interna para imaginar e gerar o movimento. Foram precisos muitos meses para que víssemos uma  modulação  no  cérebro  dos  pacientes  quando  pedíamos  para  imaginarem  o  movimento  das  pernas.  Então reintroduzimos esse conceito dentro do cérebro, o que ninguém tinha documentado ainda. 

O Juliano, o paciente que deu o chute na abertura da Copa, continua aqui com vocês? Sim.  O  Juliano  está  treinando  para  as  Paraolimpíadas.  Os  tempos  dele  têm melhorado  demais.  Ele  é  uma  pessoa impressionante.  Muito  calmo.  Possui  uma  capacidade  de  concentração  muito  grande.  Talvez  por  isso  tenha  sido escolhido. Ele consegue modular a atividade cerebral como ninguém. Tem uma capacidade enorme de concentração. Ele  conseguiu,  e  depois  outros  pacientes  também,  controlar  os  dois  hemisférios  simultaneamente  e  modulando esquerda e direita como ninguém tinha mostrado. Também somos caso único na questão do tempo de uso. Nos outros exemplos  de  interface  cérebro‐máquina  em  humanos  usando  eletroencefalograma  (EEG)  ou  implantes,  as  pessoas usaram  alguns  dias  e  publicaram.  Em  um  trabalho  que  saiu  na  Science  dias  atrás,  um  cara  usa  interface  no  lóbulo posterior para controlar o braço robótico em humanos. Não são usos agudos. Foram adotados por dois, três dias. Temos pacientes usando durante um ano e meio a  interface cérebro‐máquina. As adaptações que estamos vendo são muito diferentes do uso agudo. 

Quais são os efeitos do uso agudo nos pacientes? Não posso dar detalhes antes de publicarmos os estudos, mas existe o dado fundamental que é a análise psicológica ao longo do tempo. Alguns chegaram com quadro depressivo e tiveram melhora clínica global. O fato de andar uma hora por dia algumas vezes por semana  transformou a  fisiologia desses pacientes, melhorou  função peristáltica, melhorou fisiologia  cardiovascular,  massa  muscular  e  teve  progresso  neurológico,  o  que  era  inesperado.  Será  descrito  nos trabalhos. Quando  pudermos  contar  será  emocionante,  chocante.  Tivemos  reativação  de  vias  neurológicas  que  não prevíamos ter melhora. É o grande resultado clínico do projeto. 

(Disponível em: www1.folha.uol.com.br/vice/2015/08/1669976–estamos–muito–perto–de–fazer–paraplegicos–voltarem–a–andar.shtml.)  

Muitas vezes, de forma errônea, a psicologia do esporte é atrelada apenas ao alto rendimento de atletas profissionais e a bons resultados. Mas fora do âmbito  imaginário do esporte, e do senso comum, outras possibilidades se abrem para  a  psicologia  do  esporte.  A  recuperação  de  pessoas  que  sofreram  alguma  lesão  em  decorrência  de  práticas esportivas, ou não, é uma delas. Assim, escreva sobre quais possibilidades de atuação existem para a psicologia do esporte junto a pessoas que após suas lesões iniciam atividades esportivas. 

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QUESTÃO 03 Muito além do Felipão 

Luli Radfahrer. 

Agora  que  a  ressaca  passou  e  que  ninguém mais  quer  falar  da  Copa,  vale  a  pena  examinar  friamente  aquele 

vexame de terça à tarde. Não do ponto de vista do futebol – o Brasil já tem técnicos demais em cada boteco – mas da 

inteligência do negócio disfarçado de esporte. 

Sob qualquer ponto de vista, o 7 x 1 da Alemanha sobre o Gigante Sonolento parecia ruim demais para ser verdade. 

Ninguém tinha dúvida de que seria um jogo difícil, com possível vitória alemã. Mas não com aquele placar. Os alemães 

pareciam a armada de Cortez ao enfrentar os Incas, confiantes de saber algo desconhecido pelos ingênuos brasileiros. 

E sabiam. Desde o final do ano passado a equipe alemã usa câmeras especiais para coletar imagens e interpretá‐las. 

Não pelos olhos experientes de  técnicos e  jogadores, como é  feito ao  redor do mundo, mas por poderosas bases de 

dados. 

O resultado, típico de enredo de filmes chatos como “Moneyball”, chama a atenção para a influência da tecnologia 

sobre um esporte  retrógrado,  teimoso e arrogante, como o era o beisebol nos EUA, e que, com bastante  relutância, 

começa a ter que engolir os avanços da tecnologia. Era natural que a revolução viesse da Alemanha, emblemática por 

sua disciplina e apego a processos. Teria sido muito mais humilhante se viesse do Japão ou Coréia. 

Chega de Zagallos, Parreiras, Felipões ou Dungas. A seleção brasileira não precisa de técnico estrangeiro. Ela precisa 

de uma técnica contemporânea. 

O  uso  de  Big  Data  em  futebol  é  recente.  Ele  começou  no  final  de  2013,  quando  a  SAP,  gigante  de  software 

corporativo,  iniciou uma parceria com o Fraunhofer  Institute, a empresa de videogames Crytek e o clube sub‐20 TSG 

Hoffenheim, criando uma solução baseada em processamento geoespacial, sensores e visualização 3D para analisar os 

resultados de cada treino em tempo real. 

Nos  treinos do TSG Hoffenheim cada uniforme  tem vários medidores, memória para processamento  local e uma 

pequena  antena. Graças  a  eles, mais  de  60 milhões  de  registros  podem  ser  capturados,  transmitidos,  analisados  e 

armazenados por jogo. 

O  resultado,  praticamente  instantâneo,  é  combinado  com  as  imagens  coletadas  por  uma  rede  complexa  de 

câmaras instaladas no campo, captando os movimentos de cada jogador a partir de vários ângulos simultâneos. 

Com  toda  essa  medição,  tópicos  que  passariam  despercebidos  podem  ser  analisados  em  cada  treino  para 

identificar os pontos fortes e fracos de cada jogador, ajustar a intensidade dos exercícios e minimizar o risco de lesões. 

Armazenadas  e  comparadas,  as métricas  poderão  revelar  tendências  e  capacidades  de  cada  jogador,  ampliando  as 

opções do técnico. 

Futebol pode parecer um  jogo  simples, mas  tem  aspectos  físicos, psicológicos  e  táticos  complexos. Como  todo 

esporte de ponta, ele precisa incorporar as novas descobertas científicas. 

Isso não significa que sua paixão será substituída pela engenharia das tabelas e números. Da mesma forma que a 

preparação física fortalece os atletas e torna a competição mais ágil, a coleta e análise de dados pode ser o assistente 

perfeito para o talento dos jogadores. No começo toda essa previsão pode tornar o jogo chato e oportunista, mas assim 

que todos a utilizarem os jogos tenderão a ser mais rápidos e cada vez mais divertidos. 

Como acontece em qualquer mudança, não  faltarão opositores. Alguns chamarão a  tecnologia de doping digital, 

outros dirão que  ela  tornará o  jogo mais  cerebral, diminuindo  a  riqueza  caótica do  esporte. Nada mais distante da 

realidade. 

É  hora  de  revolucionar  o  futebol.  Acabar  com  os mitos  e  adotar  uma  gestão  baseada  em  evidências,  não  em 

mandingas de vestiário. 

Fußball, que já foi sinônimo de futebol‐força, está se tornando uma nova forma mais inteligente de futebol‐arte e 

ciência, capaz de ter placares e jogadas tão incríveis que parecerão sobre‐humanas.  (Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/2014/07/1488349–muito–além–do–felipao.shtml.) 

 

O campo da psicologia do esporte se encontra em formação. Neste campo, a produção de conhecimento científico é 

de extrema  importância para garantir ao profissional, em suas práticas, um compromisso ético de  trabalho. Neste 

contexto, discorra sobre como o psicólogo do esporte lança mão de novas tecnologias que o auxiliam em sua prática 

e na produção de conhecimento nos esportes de alto rendimento. 

     

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QUESTÃO 04  

Paulistanos trocam ar‐condicionado das academias por verde dos parques Amanda Massuela. 

Enquanto uma turma de quase 400 alunos recolhe seus tapetes de ioga do gramado da Praça da Paz, no meio do Parque  Ibirapuera, na zona  sul paulistana, outras 108 pessoas começam a  se aquecer para uma  sessão de exercícios aeróbicos, a poucos quilômetros dali. 

Não passam das 10h de um domingo ensolarado, dia em que as temperaturas na capital bateram a casa dos 32°C. Para todos os lados que se olhe há homens, mulheres e jovens empenhados em seus exercícios matinais. 

De  corrida  ritmada  ao  futebol  com  os  amigos,  vale  tudo.  Há  até  grupos  que,  sabendo  da  importância  de acompanhamento profissional, contratam professores especialmente para orientar seus treinos. 

“Tem  os  sons  da  natureza,  o  ar  limpo.  Do  lado  de  dentro  muitas  vezes  ficamos  em  uma  sala  abafada,  no            ar‐condicionado, o que não é exatamente saudável”, diz Laila Gadel Marinho, 34, professora de ioga. 

Ela  levou a filha, Larissa, 5, ao “aulão” organizado pelo estúdio MyYoga no  Ibirapuera no último dia 20. “O benefício, além dessa visão, é também a energia toda que existe em um ambiente natural. A Larissa adora”, afirma a mãe. 

Assim como a professora, cerca de 25 mil paulistanos passam todos os dias pelo parque da zona sul com uma única intenção:  se  exercitar  fora  de  quatro  paredes. No  do  Carmo,  na  zona  leste,  a média  é  de  8.000. Os  dados  são  da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que administra 107 espaços verdes na cidade. 

Apesar de enfrentar a forte concorrência númerica das academias tradicionais – há 2.700 registradas na capital, de acordo com o Sindicato das Academias de São Paulo –, os parques podem levar vantagem quando o assunto é interação social, qualidade de vida e bem‐estar. 

“O fato de estar num lugar público, com mais gente, provavelmente satisfaça mais essas pessoas do que apenas a repetição de movimentos dentro de um ambiente  fechado”, diz Ana Lúcia Padrão dos Santos, professora doutora da Escola de Educação Física e Esporte da USP. 

Fugir da rotina  foi  justamente o que motivou o estudante de educação  física Luiz Otávio Coelho Mesquita, 22, a procurar uma nova modalidade esportiva, há dois anos. 

Descobriu, pela internet, a calistenia, prática que usa o próprio peso corporal nos exercícios de força. Desde então, durante a semana, toda manhã ele se equilibra nas barras do parque da Água Branca, na zona oeste, e aos domingos treina com um grupo de 60 entusiastas do esporte, no Ibirapuera. 

“Quando você vai para um local aberto e pratica uma atividade física, você não só exercita seu corpo, mas relaxa a sua mente”, diz. “É uma paz de espírito diferente, ainda mais nós que vivemos nessa maluquice de trânsito.” 

A  sensação pode estar evoluindo  com o passar do  tempo. Anualmente, o American College of Sports Medicine, organização de medicina esportiva, faz um levantamento das principais “tendências fitness” para o ano seguinte. 

Em  2010,  os  “exercícios  outdoor”  apareciam  na  posição  25.  No  último  relatório  da  instituição,  publicado  em novembro de 2014, as atividades ao ar livre subiram 13 posições no ranking geral. 

Para a professora Ana Lúcia dos Santos, o salto se relaciona com a percepção de que a prática de um exercício não tem apenas a função de melhorar indicadores biológicos. 

“É  da  necessidade  humana  buscar  contato  com  outras  pessoas  e  com  o  ambiente. As  academias  tentam  criar modismos, mas quando eles se tornam comuns, novas alternativas se tornam necessárias – e os ambientes abertos são imprevisíveis”, afirma. 

Acostumado a correr desde 1998, ano em que disputou sua primeira São Silvestre, o veterinário Rafael França, 33, criou o grupo de corrida Bela Vista Runners há dois anos. 

Uma vez por mês eles se encontram para treinos coletivos no Ibirapuera, mas estão sempre juntos nas provas de rua da cidade, aos fins de semana. Costumam participar de três competições por mês. 

“O paulistano trouxe a corrida de rua e a caminhada para os parques como nenhuma outra cidade”, diz o professor de educação física Marcos Paulo Reis, dono da MPR Assessoria Esportiva. 

Desde 1994, São Paulo é a cidade que mais tem competições organizadas pela Corpore, entidade que representa os corredores. De lá para cá, os atletas cadastrados na entidade saltaram de quatro para 455. 

A evolução, segundo Ana Lúcia, aponta para a tendência de que o paulistano cada vez mais prefere a rua. (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2015/09/1686715‐paulistanos‐trocam‐ar‐condicionado‐das‐academias‐pelo‐verde‐

dos‐parques.shtml.) 

 

O esporte é entendido, na psicologia do esporte, como um  fenômeno social em que devem ser considerados suas perspectivas sócio‐históricas. Para uma análise ampla desse fenômeno, outras áreas de conhecimento são convidadas a  compor  o  escopo  teórico  de  que  a  psicologia  do  esporte  dispõe  para  discussão  e  produção  do  conhecimento. Discorra sobre como outras áreas de conhecimento podem auxiliar na construção de uma análise do esporte como fenômeno social em seu contexto sócio‐histórico. 

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 

Especialidade: Psicologia do Esporte (03‐M) Prova aplicada em 29/11/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 30/11/2015. 

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RASCUNHO 

 

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INSTRUÇÕES 

 

1. Material  a  ser  utilizado:  caneta  esferográfica  de  tinta  azul  ou  preta,  feita  de material  transparente  e  de  ponta 

grossa. Os objetos  restantes devem ser colocados em  local  indicado pelo  fiscal da sala,  inclusive aparelho celular 

desligado e devidamente identificado. 

2. Não  é permitida, durante  a  realização das provas,  a utilização de  calculadoras  e/ou  similares,  livros,  anotações, 

impressos ou qualquer outro material de consulta, protetor auricular, lápis, borracha ou corretivo. Especificamente, 

não  é  permitido  que  o  candidato  ingresse  na  sala  de  provas  sem  o  devido  recolhimento,  com  respectiva 

identificação, dos seguintes equipamentos: bip, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, 

ipod,  ipad, tablet, smartphone, mp3, mp4, receptor, gravador, calculadora, câmera fotográfica, controle de alarme 

de carro, relógio de qualquer modelo etc. 

3. Durante a prova, o candidato não deve levantar‐se, comunicar‐se com outros candidatos e fumar. 

4. A duração da prova é de 05  (cinco) horas,  já  incluindo o  tempo destinado  à entrega do Caderno de Provas e  à 

identificação  – que  será  feita no decorrer da prova  –  e  ao preenchimento do Cartão de Respostas  (Gabarito)  e 

Folhas de Textos Definitivos. 

5. Somente em caso de urgência pedir ao fiscal para ir ao sanitário, devendo no percurso permanecer absolutamente 

calado, podendo antes e depois da entrada sofrer revista através de detector de metais. Ao sair da sala no término 

da prova, o candidato não poderá utilizar o sanitário. Caso ocorra uma emergência, o fiscal deverá ser comunicado. 

6. O  Caderno  de  Provas  consta  de  40  (quarenta)  itens  de  múltipla  escolha  e  4  (quatro)  itens  abertos.  Leia‐o 

atentamente. 

7. Os itens das provas objetivas são do tipo múltipla escolha, com 04 (quatro) opções (A a D) e uma única resposta 

correta. 

8. Ao receber o material de realização das provas, o candidato deverá conferir atentamente se o Caderno de Provas 

corresponde ao cargo a que está concorrendo, bem como se os dados constantes no Cartão de Respostas (Gabarito) 

e  Folhas de Textos Definitivos que  lhe  foram  fornecidos estão  corretos. Caso os dados estejam  incorretos, ou o 

material esteja incompleto, ou tenha qualquer imperfeição, o candidato deverá informar tal ocorrência ao fiscal.  

9. Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião e prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das provas. Cabe única 

e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir. 

10. O candidato poderá retirar‐se do  local de provas somente a partir dos 90  (noventa) minutos após o  início de sua 

realização,  contudo,  não  poderá  levar  consigo  o  Caderno  de  Provas,  sendo  permitida  essa  conduta  apenas  no 

decurso dos últimos 60 (sessenta) minutos anteriores ao horário previsto para o seu término. 

11. Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala somente poderão sair juntos. Caso o candidato insista em sair do local de 

aplicação das provas, deverá assinar um termo desistindo do Concurso e, caso se negue, deverá ser lavrado Termo 

de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros candidatos, pelo fiscal da sala e pelo Coordenador da Unidade. 

 

RESULTADOS E RECURSOS 

 

‐ As provas aplicadas, assim como os gabaritos preliminares das provas objetivas serão divulgados na  internet, no site 

www.idecan.org.br, a partir das 16h00min do dia subsequente ao da realização das provas. 

‐ O candidato que desejar interpor recursos contra os gabaritos oficiais preliminares das provas objetivas disporá de 02 

(dois) dias úteis, a partir do dia subsequente à divulgação, em requerimento próprio disponibilizado no link correlato ao 

Concurso no site www.idecan.org.br. 

‐ A  interposição de  recursos deverá ser  feita via  internet, através do Sistema Eletrônico de  Interposição de Recursos, 

com acesso pelo candidato ao fornecer dados referentes à sua inscrição apenas no prazo recursal, ao IDECAN, conforme 

disposições contidas no site www.idecan.org.br, no link correspondente ao Concurso.