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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem CURSO DE EDUCAÇÃO SOCIAL Ano Lectivo 2014/2015 FICHA DA UNIDADE CURRICULAR "on n'enseigne pas ce que l'on sait, on enseigne ce que l'on est. Il s'agit aussi de ce que l'on peut devenir." Hannoun, G., Leon, H., Toraille, R. - La formation des maitres", Editions ESF, Paris, 1974 Informação geral BOAS VINDAS! Enquanto docente responsável pela unidade curricular (UC) de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem gostaria de lhe dar as boas-vindas a esta UC, esperando que a frequência da mesma resulte numa experiência enriquecedora e útil tanto do ponto de vista pessoal como profissional. RESUMO DESCRITIVO A UC de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem integra-se na área científica da Psicologia, tem tipologia Semestral e comporta um total de 105 horas de trabalho, conferindo 5 créditos ECTS 1 . Os conteúdos, no essencial, abordam de forma articulada os processos do desenvolvimento e da aprendizagem, enquanto processos complementares e estruturantes da pessoa humana, tanto em termos individuais como sociais e comunitários. EQUIPA PEDAGÓGICA José Farinha, Professor Adjunto, Gabinete 24B Contactos: ESEC 289 800 100 Ext. 2761 Residência 289 826 480 Telemóvel 966 040 480 E-Mail [email protected] WebSite http://w3.ualg.pt/~jfarinha 1 European Credit Transfer System.

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem CURSO DE EDUCAÇÃO SOCIAL

Ano Lectivo 2014/2015

FICHA DA UNIDADE CURRICULAR "on n'enseigne pas ce que l'on sait, on enseigne ce que l'on est.

Il s'agit aussi de ce que l'on peut devenir." Hannoun, G., Leon, H., Toraille, R.

- La formation des maitres", Editions ESF, Paris, 1974

Informação geral

BOAS VINDAS! Enquanto docente responsável pela unidade curricular (UC) de Psicologia do

Desenvolvimento e Aprendizagem gostaria de lhe dar as boas-vindas a esta UC,

esperando que a frequência da mesma resulte numa experiência enriquecedora e útil

tanto do ponto de vista pessoal como profissional.

RESUMO DESCRITIVO A UC de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem integra-se na área científica da

Psicologia, tem tipologia Semestral e comporta um total de 105 horas de trabalho,

conferindo 5 créditos ECTS1.

Os conteúdos, no essencial, abordam de forma articulada os processos do

desenvolvimento e da aprendizagem, enquanto processos complementares e

estruturantes da pessoa humana, tanto em termos individuais como sociais e

comunitários.

EQUIPA PEDAGÓGICA José Farinha,

Professor Adjunto,

Gabinete 24B

Contactos:

ESEC 289 800 100 Ext. 2761

Residência 289 826 480

Telemóvel 966 040 480

E-Mail [email protected]

WebSite http://w3.ualg.pt/~jfarinha

1 European Credit Transfer System.

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 2

Apresentação da Unidade Curricular

FUNDAMENTAÇÃO CONCEPTUAL Esta UC parte da noção que estudar o processo de desenvolvimento e o processo de

aprendizagem em conjunto no âmbito da mesma UC significa assumir o aspecto comum

a estes dois processos que é a mudança. Mudança ao nível cognitivo e pessoal

(psicossocial e moral). Tanto o desenvolvimento como a aprendizagem deverão, assim,

ser encarados como um processo "aberto", isto é, como um processo eminentemente

adaptativo, autónomo, reflexivo e complexo.

Os alunos a quem o presente programa se dirige serão no futuro profissionais cuja

actividade está em estreito contacto com o desenvolvimento e aprendizagem humana

podendo mesmo influenciá-los num sentido positivo ou negativo. A sua posição é uma

posição de responsabilidade que procuramos complementar com a necessária

autoridade dos conhecimentos específicos adquiridos. Esses conhecimentos deverão, por

isso, ser essencialmente caracterizados pela operacionalidade e utilidade, geradores de

um saber fazer perfeitamente adequado às necessidades dos destinatários da sua acção.

A formação dos futuros educadores sociais, deverá, assim, mais do que fornecer-lhes

conhecimentos limitados e lineares, proporcionar-lhes condições que lhes permitam

construírem os seus próprios conhecimentos científicos e pedagógicos, que lhes

permitam vir a ser profissionais competentes e a desenvolverem-se e aprenderem eles

próprios como pessoas capazes de gerir a sua investigação formativa.

A presente proposta pedagógica parte assim de uma filosofia de base que partindo dos

considerandos atrás explanados pode ser definida a partir dos seguintes pontos:

É dada uma ênfase especial aos aspectos teóricos, adoptando-se uma posição

eclética, apesar de, por uma questão de clareza e simplicidade, se optar por este ou

aquele modelo teórico na abordagem de áreas específicas de desenvolvimento.

Esta opção parece a mais adequada tendo em conta que esta unidade curricular é

oferecida a alunos que não vão ser psicólogos, mas sim técnicos de educação

social, que vão usar os conhecimentos essencialmente como recurso na sua

actividade de educadores sociais.

O desenvolvimento humano é um processo global. Se bem que, por razões de

carácter prático, nos possamos dedicar a aspectos particulares tais como o

desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, etc., o ser humano em si desenvolve-

se de uma forma global verificando-se inter-relações entre os factores biológicos,

cognitivos, sociais e ecológicos.

Os conhecimentos adquiridos nesta UC deverão, acima de tudo, constituir-se como

recurso educativo. Os conhecimentos adquiridos são algo para ser usado mais do

que acumulado. Consideramos igualmente que, para além disso, a formação na

ESEC deverá ser um estímulo para a auto-formação futura, mais do que, à partida,

definir e ministrar os conhecimentos de que os alunos necessitarão na sua

actividade profissional. A relação com os professores, conteúdos e materiais deverá

motivá-los e capacitá-los a buscar no futuro aquilo de que eventualmente

precisarem.

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 3

FILOSOFIA PEDAGÓGICA A filosofia pedagógica subjacente à presente UC implica que, na medida do possível, as

aulas se organizem de forma as que os alunos participem activamente no processo de

ensino/aprendizagem.

Assim, gostaríamos de o(a) encorajar a interagir formal ou informalmente com o docente

e com os colegas. A iniciativa dos estudantes é sempre apreciada, de forma que

gostaríamos muito que nos desse, sempre que achar oportuno, a sua opinião sobre a

forma como está a decorrer o processo pedagógico, indicando os aspectos que estão a

ser mais conseguidos ou aqueles que, eventualmente, podem ser melhorados.

REQUISITOS E CONDIÇÕES DE SUCESSO NA UC Considerando que a capacidade de reflexão e raciocínio é intimamente solidária da

capacidade de expressão verbal, uma condição geral de sucesso nesta UC está

relacionada com as capacidades de expressão oral e escrita dos alunos.

A capacidade de expressão deverá, por isso, ser um aspecto a que os alunos devem

prestar o máximo de atenção, tanto do ponto de vista do conteúdo (usando formas de

expressão adequadas a uma abordagem técnico-científica dos processos) como do ponto

de vista formal, através da correcção sintáctica e ortográfica2.

A equipa pedagógica fará tudo o que estiver ao seu alcance para criar condições de

sucesso para todos os alunos. Contudo o sucesso individual depende, em último lugar, do

esforço efectivo de cada aluno em particular.

Este esforço deverá assentar em 4 aspectos essenciais:

Uma reflexão regular sobre os temas apresentados nas aula teóricas. Seria óptimo

que cada aluno, antes de cada aula teórico-prática, tivesse realizado algum tipo de

estudo e reflexão sobre os temas abordados na aula teórica anterior.

Uma escrita gramaticalmente correcta, sem erros de ortografia3 logicamente

estruturada, precisa, concisa, clara e original.

Participação nas aulas práticas revelando:

o leitura atenta e atempada dos materiais pedagógicos;

o capacidade para distinguir entre factos e opiniões;

o consideração pela contribuição dos colegas;

o disponibilidade para explorar novas ideias.

Frequência regular tanto das aulas teóricas como das aulas teórico-práticas.

2 Aprender a escrever e falar de forma correcta e expressiva tem ainda um benefício pragmático

importante no sentido em que tornam os alunos melhores comunicadores e consequentemente

candidatos preferenciais aos postos de trabalho que forem abertos nesta área.

3 Os alunos são livres de adoptar ou não as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 4

Conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver

pelos estudantes

CONHECIMENTOS A DESENVOLVER Para além de alguns conhecimentos básicos sobre o objecto e método da Psicologia

contemporânea, os alunos deverão utilizar a informação adquirida para construir um

conhecimento mais aprofundado na área do desenvolvimento psicológico e

aprendizagem humana.

Os alunos deverão também conhecer as caraterísticas distintivas do desenvolvimento e

aprendizagem enquanto processos de mudança do individual. No que respeita ao

desenvolvimento psicológico os alunos, mais do que uma chegar a uma noção geral dos

vários modelos e linhas teóricas que estudam o desenvolvimento psicológico humano, os

alunos deverão conhecer com algum detalhe autores e modelos teóricos que estudaram

o desenvolvimento cognitivo (Epistemologia Genética de Jean Piaget) e o

desenvolvimento social (Teoria do Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson e Teoria

do Desenvolvimento Moral de Lawrence Kholberg). Na psicologia da aprendizagem os

alunos começam por adquirir algumas noções gerais sobre aprendizagem humana

através da abordagem das duas perspectivas básicas nesta área — comportamentalista e

cognitivista para em seguida abordarem mais em pormenor vários tipos (conteúdos) de

aprendizagem. Para terminar os alunos são levados a adquirir informação que lhes

permita construir algum conhecimento do processo de transferência de aprendizagem e

as respectivas implicações no processo educativo.

APTIDÕES A DESENVOLVER A UC assenta na noção de que, apesar de um educador social utilizar instrumentos,

técnicas e competências específicas, o seu objeco de trabalho é a pessoa concreta,

jogando-se muita da sua competência no campo da relação interpessoal. Os conteúdos

da psicologia do desenvolvimento e aprendizagem deverão assim ser usados para a os

alunos desenvolverem as suas aptidões a nível da relação humana situada e

contextualizada. Pretende-se que o futuro educador social saiba observar, analisar e

intervir de forma correcta e eficaz na relação com as pessoas com quem entre em

interacção no âmbito da sua actividade profissional num quadro de respeito pela

diferença e diversidade pessoal, cultural, religiosa e ideológica. Esta unidade curricular

assume assim uma importância fundamental na prossecução do objetivo fundamental de

humanização dos sistemas de intervenção e educação social e comunitária.

COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER

Instrumentais:

1. Conhecimento fundamental sobre os autores, modelos teóricos, conceitos, factores

e processos mais significativos no domínio da psicologia do desenvolvimento e da

aprendizagem;

2. Competências específicas ao nível do saber, saber ser e saber fazer especialmente

no que diz respeito ao desenvolvimento e aprendizagem humana;

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 5

3. Capacidade para construir uma perspectiva científica e tecnicamente informada da

educação social, claramente distinta de uma perspectiva de senso comum mais

propensa a uma perspectiva simplista e redutora;

4. Reconhecimento da importância do educador social como factor determinante do

desenvolvimento e aprendizagem humanas, tanto ao nível individual como grupal.

Interpessoais:

1. Capacidade para se integrar em equipas multidisciplinares e sobretudo aplicar

estratégias facilitadoras de uma prática adequada aos diferentes contextos sociais;

2. Capacidade de comunicação adequada ao contexto profissional, assim como para

aceitar e valorizar a diversidade cultural;

3. Capacidade para criar, desenvolver e manter relações interpessoais fundadas numa

postura de segurança, confiança e responsabilidade tanto com clientes dos seus

serviços como com colegas;

4. Capacidade para se assumir como elemento facilitador das relações interpessoais

numa perspectiva de educação global.

Sistémicas:

1. Reconhecimento do carácter provisório do conhecimento científico assim como da

necessidade de uma atitude constantemente interrogadora do real;

2. Aquisição de capacidades de investigação formal e informal assim como de acesso

a fontes diversas;

3. Aquisição de capacidades de leitura da literatura especializada de forma a

aumentarem o seu grau de autonomia em termos de auto-formação;

4. Consciência relativamente à necessidade de uma formação contínua, autónoma ou

institucionalmente orientada, ao longo de toda a sua carreira profissional.

Conteúdos programáticos

NOTA PRÉVIA Convidamos os alunos a abordarem os conteúdos programáticos criticamente, a

desmontá-los tanto quanto possível, a confrontar cada afirmação factual com a sua

própria experiência, e cada interpretação com as interpretações alternativas de outros

autores, referidos ou não, ou na bibliografia que o acompanha.

NÚCLEOS TEMÁTICOS:

PERSPECTIVA GERAL DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA

DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA

A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO HUMANO

ASPECTOS GERAIS

o DEFINIÇÃO GERAL DE DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO

o FACTORES DE DESENVOLVIMENTO

o FACTORES LIGADOS AO SUJEITO, INTERNOS OU ENDÓGENOS

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 6

o FACTORES LIGADOS AO MEIO, EXTERNOS OU EXÓGENOS

o A CONTROVÉRSIA NATUREZA VERSUS CULTURA

CONTINUIDADES E DESCONTINUIDADES NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO

o NATUREZA DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO

o ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO

A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET

o NOTAS BIOGRÁFICAS

o PRESSUPOSTOS BÁSICOS

o CONCEITOS BÁSICOS

Coordenação

Esquema

Adaptação: assimilação e acomodação

o DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA

Período da Inteligência Sensório-motora O Período da Inteligência Pré-operatória O Período das Operações Concretas O Período das Operações Formais

o INTERESSE E IMPORTÂNCIA DAS IDEIAS DE PIAGET PARA A PRÁTICA EDUCATIVA

TEORIA DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DE ERIK ERIKSON

o NOTAS BIOGRÁFICAS

o ASPECTOS TEÓRICOS

o PROPOSIÇÕES BÁSICAS

o ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL

Estádio I: Meninice Estádio II: Primeira infância Estádio III: Idade lúdica Estádio IV: Idade escolar Estádio V: Adolescência Estádio VI: Juventude Adulta Estádio VII: Idade adulta Estádio VIII: Velhice

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO MORAL DE LAWRENCE KOHLBERG

o ASPECTOS GERAIS

Nível I: Moralidade Pré-convencional

Nível II – Moralidade Convencional Nível III – Moralidade Pós-convencional

PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM HUMANA

INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO GERAL DE APRENDIZAGEM

APRENDIZAGEM NUMA PERSPECTIVA COMPORTAMENTALISTA

o CONDICIONAMENTO CLÁSSICO

Autores relevantes Contextualização

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Ficha da Unidade Curricular Pag. 7

Noções e conceitos básicos Relevância para o ensino/aprendizagem

o CONDICIONAMENTO OPERANTE

Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o ensino/aprendizagem

o TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL

Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o processo de ensino/aprendizagem

APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA COGNITIVISTA

o TEORIA DA APRENDIZAGEM DO CAMPO COGNITIVO

Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o processo de ensino/aprendizagem

o OS MODELOS DE BRUNER E AUSUBEL

Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o ensino/aprendizagem

TIPOS E CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM

INFORMAÇÃO VERBAL

COMPETÊNCIAS INTELECTUAIS

ESTRATÉGIAS COGNITIVAS

COMPETÊNCIAS MOTORAS

ATITUDES

APRENDIZAGEM E TRANSFERÊNCIA

NOÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM

DEFINIÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM

TIPOS DE TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM

o TRANSFERÊNCIA POSITIVA VERSUS TRANSFERÊNCIA NEGATIVA

o TRANSFERÊNCIA GERAL VERSUS TRANSFERÊNCIA ESPECÍFICA

o TRANSFERÊNCIA SIMPLES VERSUS TRANSFERÊNCIA COMPLEXA

o TRANSFERÊNCIA PRÓXIMA VERSUS TRANSFERÊNCIA AFASTADA

o TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA VERSUS TRANSFERÊNCIA CONSCIENTE

IMPLICAÇÕES DA TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 8

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos

com os objectivos da unidade curricular

Os objectivos da unidade curricular centram-se em dois planos fundamentais — um plano

do saber em que propõe o estudo do desenvolvimento psicológico do adulto e do

processo de aprendizagem humana e um plano do saber fazer que implica a

transferência das aprendizagens para o campo da acção concreta da educação social. Os

conteúdos programáticos propostas pretendem dar resposta a ambos os planos.

No primeiro plano é proposta uma abordagem compreensiva das áreas de

desenvolvimento que parecem mais relevantes tendo em conta os objectivos atrás

enunciados. Esta abrangência de conteúdos e áreas de desenvolvimento assume um

carácter essencial nesta no período infantil do desenvolvimento humano em que os

equilíbrios entre as várias áreas são um factor crítico de sucesso. Com efeito,

tradicionalmente considerava-se que o sucesso pessoal e profissional dependia

essencialmente de factores cognitivos, entre eles a inteligência, mas mais recentemente

o aparecimento de conceitos como o de inteligência emocional mostram o papel

relevante dos factores emocionais e afetivos. Por isso é fundamental que os futuros

educadores sociais tenham informação relevante em várias áreas de desenvolvimento,

pois o ser humano é uma unidade psicológica e o objectivo deverá ser chegar a um

equilíbrio entre as várias áreas do seu desenvolvimento.

No segundo plano, do saber fazer, é colocada da questão do conhecimento, isto é, da

transferência ou aplicação, da informação para os contextos concretos de acção em

educação social. Ora, como se sabe, os contextos educativos são extremamente

complexos pois colocam de forma contínua problemas novos e diversificados o que

implica que os conhecimentos e competências adquiridas se assumam como recurso

educativo mais do que como receitas a aplicar. Assim, para que a acção educativa possa

assentar numa prática informada e fundamentada a partir de sólidas bases técnicas e

científicas os futuros educadores sociais terão de utilizar os conhecimentos adquiridos

para saberem o que fazer em cada circunstância concreta. Para que isto seja possível os

alunos, para além da aquisição de dados relevantes, deverão compreender as lógicas e

padrões de raciocínio que lhes estão subjacentes o que implica conhecer os modelos e

perspectivas teóricas mais importantes tanto em psicologia do desenvolvimento como em

psicologia da aprendizagem. Para isso, os conteúdos programáticos propõem uma

abordagem que tende a privilegiar a clareza e unidade mais do que a abrangência e

diversidade de modelos e perspectivas teóricas que caracterizam o estudo científico do

desenvolvimento e da aprendizagem. Quer dizer, mais do que pretender que os alunos

adquiram um conhecimento geral e necessariamente superficial de uma multiplicidade

de teorias, o objectivo assumido é que os alunos tenham oportunidade de construir um

conhecimento aprofundado das teorias mais relevantes e bem estabelecidas em cada

uma das áreas do desenvolvimento, como são a epistemologia genética de Jean Piaget

no que se refere ao desenvolvimento cognitivo, a teoria do desenvolvimento psicossocial

de Erik Erikson na área do desenvolvimento social e da personalidade e ainda a teoria do

desenvolvimento moral de Lawrence Kholberg na área da moralidade humana. No

domínio da aprendizagem seria obviamente demasiado redutor optar por um modelo

único, por isso, decidiu-se optar por abordar aqueles que são as perspectivas mais

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 9

representativas no campo da aprendizagem como são a perspectiva comportamentalista

e a perspectiva cognitivista.

Ainda neste plano da aplicação dos conhecimentos, um outro aspecto que evidencia a

coerência dos conteúdos com os objectivos é o facto de se incluir um capítulo em que se

aborda o processo de transferência de aprendizagem que é, como se sabe, o conceito

que aborda exactamente a aplicação daquilo que se aprendeu numa situação ou

contexto em outras situações ou contextos, que é, ao fim e ao cabo o problema

fundamental da aprendizagem humana.

Metodologia

VOLUME E TIPO DE TRABALHO DO ESTUDANTE As 105 horas de trabalho total dividem-se 45 horas de contacto e 60 horas de trabalho

autónomo.

ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PEDAGÓGICO

Horas de Contacto

As 45 horas de contacto são distribuídas de acordo com a tabela seguinte:

Descrição N Horas

Aulas teóricas (T) 25

Aulas teórico-práticas (TP) 15

Orientação tutorial (O)T 5

As aulas teóricas têm essencialmente uma componente expositiva, contudo, esclarece-se

que a exposição teórica não esgota de forma alguma o âmbito das aprendizagens

definidas para esta UC. As aulas teóricas devem, por isso, ser perspectivadas como uma

introdução, uma orientação, o fornecer dos instrumentos conceptuais básicos para que

cada aluno realize a sua aprendizagem pessoal através da leitura e reflexão sobre os

materiais bibliográficos propostos pelo docente.

As aulas teórico-práticas serão especialmente dedicadas ao debate, elaboração e

reflexão sobre os temas abordados nas aulas teóricas, assim como à realização dos

exercícios práticos ou apresentação de materiais pedagógicos que se revelarem

pertinentes. Os alunos deverão igualmente aproveitar as aulas teórico-práticas para

colocarem as questões e dúvidas resultantes tanto das aulas teóricas anteriores como da

sua abordagem pessoal da matéria leccionada. Na verdade, todos os alunos deverão

participar activamente nas aulas, pois este não é o tipo de UC no qual se possa ter

sucesso simplesmente vindo às aulas, tomando notas e esperando depois devolver tudo

nos testes. Esta UC requer uma abordagem caracterizada pela discussão aprofundada e

fundamentada de ideias assim como a capacidade para aceitar o desafio de as tentar por

em prática.

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 10

Trabalho autónomo

A realização com sucesso da UC, acarreta 60 horas de trabalho autónomo. Este trabalho

inclui a leitura dos materiais pedagógicos e pesquisas pessoais (cerca de 3,5 horas

semanais) mais cerca de 5 horas de preparação para o teste escrito.

ORIENTAÇÃO TUTORIAL A orientação tutorial (OT) concretiza-se a partir de duas formas diferenciadas, OT pontual

presencial e OT continuada à distância.

OT Presencial

A OT presencial, enquanto oportunidade para a interacção directa entre o docente e os

alunos, permite uma abordagem reflexiva e focalizada de determinados elementos dos

conteúdos programáticos, constituindo assim um momento privilegiado de aprendizagens

significativas e contextualizadas. Gostaria, por isso, de incentivar vivamente os alunos a

aproveitarem estes momentos, fazendo um trabalho prévio de abordagem da matéria de

forma a colocarem questões o mais possível profícuas e significativas.

A OT presencial operacionaliza-se a partir de duas formas possíveis: - formal/programada

e informal/ocasional.

OT presencial programada

A OT programada insere-se na totalidade das horas de contacto previstas para esta UC.

Acontece segundo um horário e num local definido no início do semestre.

De acordo com o número de horas de previstas para esta UC, cada aluno deverá assumir

um máximo de cinco horas de OT programada.

OT presencial ocasional

A OT presencial ocasional depende da iniciativa de cada aluno(a) em particular. Assim, o

docente estará disponível no seu gabinete para atender os alunos no seguinte horário:

2ª feira – 14:30h/18:30h

4ª feira – 10:30/12:30h

Para além deste período os alunos poderão ainda contactar o docente da UC sempre que

entendam disso necessitar e pela via que entenderem mais conveniente. Neste caso,

contudo, a possibilidade de atendimento fica dependente da disponibilidade efectiva do

docente.

OT à Distância

Para além da orientação tutorial presencial, está disponível no website do docente uma

página dedicada a esta UC. Esta página contém não só elementos de informação

relevante para os alunos acerca do funcionamento da mesma, mas igualmente materiais

de apoio pedagógico que são disponibilizados em formato Adobe PDF©.

Para além da página da UC, aconselha-se os alunos a visitarem regularmente a página do

docente, pois serão colocadas no painel de Últimas Notícias, informações que poderão

ser do seu interesse.

ESTRATÉGIAS E MÉTODOS DE ENSINO Pretende-se adoptar estratégias e métodos de ensino flexíveis e diversificados de forma a

responder adequadamente às exigências dos conteúdos programáticos. Assim, serão

adoptadas predominantemente as seguintes estratégias:

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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 2014/2015

Ficha da Unidade Curricular Pag. 11

Exposição oral dos materiais relativos aos conteúdos programáticos;

Observação de materiais exemplificativos dos conceitos abordados;

Discussão de temas ou textos propostos pelo docente;

Realização de exercícios práticos e discussão de temas ou textos propostos

pelo docente ou pelos alunos;

Apoio individualizado quando solicitado.

Avaliação

AVALIAÇÃO DOS ALUNOS

Aspectos gerais

A avaliação dos alunos é realizada através de avaliação de frequência com exame final.

A avaliação de frequência compreende dois elementos: um teste de avaliação somativa

e um trabalho escrito individual de carácter reflexivo.

O docente entende não haver condições para a realização de avaliação contínua, assim,

não é requerido dos alunos o cumprimento de quaisquer condições de assiduidade,

sendo que a presença ou ausência nos momentos de contacto não produz por si só

quaisquer efeitos em termos de avaliação.

Todos os elementos de avaliação são classificados numa escala de 0 a 20 valores.

A falta a qualquer dos elementos de avaliação tem como única consequência a atribuição

da classificação de 0 (zero) valores nesse elemento.

São totalmente dispensados do exame final os alunos que preencham cumulativamente

as seguintes condições:

1. Tenham obtido na avaliação de frequência uma classificação igual ou superior a 0

valores e

2. Tenham obtido em todos os elementos de avaliação classificação igual ou superior a

oito valores.

Para os alunos dispensados de exame a nota de frequência é imediatamente convertida

em classifica¬ção final da UC. Para os alunos admitidos a exame a nota final da UC é a

classificação obtida no exame.

Não estão previstas quaisquer actividades de remediação.

Em qualquer aspecto omisso relativo à avaliação será aplicado o Regulamento de

Avaliação da Universidade do Algarve em articulação com o Regulamento de Avaliação da

ESEC.

Critérios de avaliação

O trabalho produzido pelos alunos será avaliado tendo em conta os seguintes critérios:

• correcção e qualidade da expressão escrita e oral;

• originalidade ao nível das ideias expostas;

• organização e desenvolvimento da temática abordada;

• capacidade de reflexão e elaboração conceptual.

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Ficha da Unidade Curricular Pag. 12

Avaliação de frequência

TESTE ESCRITO

Será realizado um teste no último dia de aulas abrangendo toda a matéria dos conteúdos

programáticos.

O teste será constituído por 10 questões de resposta breve nas quais o aluno deverá

adoptar essencialmente uma postura directa e descritiva. Cada resposta é cotada com

um máximo de 2 (dois) valores cada. O resultado do teste será obtido a partir da soma

das classificações obtidas em cada resposta, e expresso numa escala de 0 a 20 valores.

TRABALHO ESCRITO INDIVIDUAL DE CARÁCTER REFLEXIVO

Este elemento de avaliação consiste num trabalho individual de reflexão. O docente

entende que um exercício deste tipo representa uma oportunidade para construir uma

reflexão cuidadosa e elaborada através da qual poderá ser avaliada a forma como o

aluno se relacionou com a matéria da UC. Assim, na realização deste trabalho o aluno

deverá esforçar se por tomar atenção à abordagem dos conteúdos programáticos e em

seguida escrever os resultados da sua reflexão de forma elaborada, aprofundada e

original. É importante realçar este aspecto – o que se pretende não são resumos de

livros, artigos ou relatórios, mas sim o produto de uma reflexão pessoal que, como já se

disse, mostre o tipo de relação que o aluno estabeleceu com a informação transmitida –

não se trata, por isso, de reproduzir de forma mais ou menos sintética o conteúdo de

aulas ou leituras realizadas, mas sim de responder à questão adoptando uma postura

essencialmente de carácter reflexivo. Obviamente o aluno poderá na sua reflexão fazer

referência a leituras realizadas, assim como fornecer exemplos, ilustrações, ou um caso

ou situação específica que possa de alguma forma fundamentar, ilustrar ou

contextualizar a temática que está a tentar desenvolver.

Os alunos poderão a qualquer momento conferir com o docente quaisquer aspectos

pontuais relacionados com a realização do trabalho que lhes possam suscitar dúvidas.

Os trabalhos deverão ser apresentados dactilografados, em folhas brancas tamanho

padronizado A4, não podendo exceder 5 páginas de texto. Paralelamente à entrega do

trabalho em papel, deverá ser remetida ao docente, via e-mail, uma versão em ficheiro

informático do trabalho em formato “.txt”.

A data limite para a entrega do trabalho será definida para cada turno na respectiva

planificação das horas de contacto. Contudo, dentro das datas limites estabelecidas, os

trabalhos poderão ser entregues a qualquer momento durante o semestre, dependendo

da conveniência do aluno. Só muito excepcionalmente e por motivos fundamentados

serão aceites trabalhos entregues para além da data estipulada.

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

A avaliação de frequência resulta da média ponderada da classificação obtida em cada

um dos elementos de avaliação em que o teste tem um peso de 60% e o trabalho

individual um peso de 40%.

Exame final

O exame final consiste numa prova escrita constituída por duas partes:

• Uma primeira parte constituída por 5 questões de resposta breve nas quais o aluno

deverá adoptar essencialmente uma postura directa e descritiva. Cada resposta é

cotada com um máximo de 2 valores cada num total máximo de 0 valores;

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Ficha da Unidade Curricular Pag. 13

• Uma segunda parte constituída por dois grupos de duas questões cada. O aluno

escolhe e responde a uma questão de cada grupo adoptando aqui essencialmente

uma postura reflexiva e de elaboração conceptual. Cada resposta é cotada com um

máximo de 5 valores num total máximo de 0 valores.

O resultado do teste será obtido a partir da soma das classificações obtidas em cada

resposta, e expresso numa escala de 0 a 20 valores.

O exame final realiza se em data e local a definir pelo Conselho Pedagógico da ESEC.

Não está prevista a realização de qualquer prova complementar.

AVALIAÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR

Avaliação pelos alunos

No final do semestre será distribuído um inquérito por questionário com o objectivo de

obter um feedback da forma como decorreram os trabalhos. No entanto, de forma a

poder corrigir em tempo útil qualquer aspecto menos conseguido, será solicitado aos

alunos que, no decurso do funcionamento da UC, sempre que considerem oportuno,

exprimam a sua opinião sobre o funcionamento da mesma.

Avaliação pelo docente

O docente elaborará um relatório de funcionamento da UC nos termos previstos no

ECDESP.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino

com os objectivos da unidade curricular

Como já foi referido mais atrás os objectivos da unidade curricular centram-se em dois

planos fundamentais — um plano do saber em que se propõe o estudo do

desenvolvimento psicológico e a aprendizagem humana e um plano do saber fazer que

implica a transferência das aprendizagens para o campo da acção concreta da educação

social. As metodologias de ensino assim como o processo de avaliação proposto

pretendem de forma coerente e articulada dar uma resposta em ambos os planos, como

passamos a demonstrar.

No primeiro plano, do saber, propondo uma carga horária de 45 horas semestrais, entre

as quais 25 horas de tipologia teórica, especialmente dedicadas à exposição da matéria

associada aos conteúdos programáticos. Pretende-se por este meio que os alunos tomem

contacto com os conceitos fundamentais nas várias áreas do desenvolvimento e

aprendizagem humana. No que respeita à avaliação esta dimensão formativa de

aquisição de conceitos e informação relevante é avaliada através de um teste escrito em

que os alunos são confrontados com questões de resposta rápida de definição

conceptual.

As metodologias de ensino procuram dar resposta no segundo plano, do saber fazer, em

dois momentos diferenciados como são as horas de contacto e a avaliação dos alunos.

No que se refere às horas de contacto são propostas 15 horas de tipologia teórico-prática

especialmente dedicadas ao debate, elaboração e reflexão sobre os temas abordados

nas aulas teóricas e à apresentação de textos previamente lidos pelos alunos. Esta

proposta deriva dos conhecimentos mais recentes em psicologia da aprendizagem que

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Ficha da Unidade Curricular Pag. 14

mostram que a capacidade transformar a informação adquirida em conhecimento e

depois este em capacidade acção só é possível se for proporcionada aos alunos uma

oportunidade para reflectirem de forma crítica e orientada sobre o que aprenderam. Só

através da reflexão crítica orientada se chega ao que Bruner e Ausubel designam por

aprendizagem significativa por oposição ao conceito de aprendizagem factual que

consiste na aprendizagem de listas de factos muitas vezes sem ligação entre si. A

reflexão permite-nos corrigir erros na resolução de problemas e distorções nas nossas

crenças. No que respeita à avaliação, esta dimensão formativa de compreensão,

contextualização, enquadramento e de uma forma geral atribuição de sentido àquilo que

se aprende é avaliada através de um segundo momento de avaliação que consiste na

realização por cada aluno de um trabalho escrito de reflexão individual. Pretende-se com

este exercício de escrita reflexiva e problematizadora fornecer aos alunos uma

oportunidade para testarem e desenvolverem algumas das competências sistémicas

atrás enunciadas.

Bibliografia

OBRAS DE REFERÊNCIA FUNDAMENTAL FARINHA, J. (2014) Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem - Manual

Pedagógico, formato electrónico .

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BANDURA, A. (1977) Social Learning Theory, N. York, Prentice-Hall.

BIGGE, M. L. (1977) Teorias da aprendizagem para professores. São Paulo, EPU

BORGES, M. I. P. (1987) Introdução à Psicologia do Desenvolvimento, Porto, Ed. Jornal de

Psicologia.

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la Psychanalyse, Paris, Payot, pp.300-38.

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PEREIRA, O. et. al. (Org.) (1976) Desenvolvimento Psicológico da Criança (3 Vols.) Lisboa,

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SHAFFER, David R. (1988) Social and Personality Development (2ª Ed.), Pacific Grove, CA,

Brooks/Cole Publishing Company.

SIMÕES, H. R..; SIMÕES, C. M. (1999) Contextos de Desenvolvimento e Teorias

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TAVARES J.; ALARCÃO, I. (1983) Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem,

Coimbra, Almedina.

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psicologia contemporânea, Porto, Afrontamento.

VANDENPLAS-HOLPER (1983) Educação e desenvolvimento social na criança, Coimbra,

Almedina.

Faro, 16 de setembro de 2014

O docente responsável pela UC: