provas comentadas dir penal 2010 auditor fiscal do trabalho

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  • 7/27/2019 Provas Comentadas Dir Penal 2010 Auditor Fiscal Do Trabalho

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    Comentrios

    Direito PenalProf Patrcia Vanzolini

    Curso: Reta Final Para Auditor Fiscal do Trabalho

    www.lfg.com.br/www.cursoparaconcursos.com.br

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    AUDITOR FISCAL DO TRABALHO 2010

    6 - luz da aplicao da lei penal no tempo, julgue as afirmaes abaixo relativas ao fatode Osvaldo ter sido processado pelo delito de paralisao de trabalho de interesse coletivo,em janeiro de 2009, supondo que lei, de 10 de janeiro de 2010, tenha abolido o referidocrime :I. Caso Osvaldo j tenha sido condenado antes de janeiro de 2010, permanecer sujeito pena prevista na sentena condenatria;II. A lei penal no pode retroagir para beneficiar Osvaldo;III. Caso Osvaldo ainda no tenha sido denunciado, no mais poder s-lo;IV. Osvaldo ser beneficiado pela hiptese da abolitio criminis.a) Todos esto corretos.b) Somente I est correto.

    c) Somente III e IV esto corretos.d) Somente I e III esto corretos.e) Somente I e IV esto corretos.

    GABARITO C

    Afirmao I: est errada pois a lei mais benfica retroage extinguindo todos os efeitospenais da sentena condenatriaAfirmao II: est errada pelo mesmo motivoAfirmao III: est certo. No pode haver denncia pois est extinta a punibilidadeAfirmao IV: justamente hiptese de abolitio

    CP:

    Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessandoem virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena condenatria.

    Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatosanteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.

    7 - Assinale a opo correta, entre as assertivas abaixo relacionadas aos crimes praticados

    por funcionrios pblicos contra a ordem tributria, nos termos da legislao penal (Lei n.8.137, de 27/12/1990).a) O crime de patrocinar, direta ou indiretamente interesse privado perante a administraofazendria valendo-se da qualidade de funcionrio pblico, pode ser apenadocumulativamente com multa.b) O crime de exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,ainda que fora da funo ou antes de iniciar seu exerccio, mas em razo dela, vantagemindevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lanar ou cobrar tributo oucontribuio social, ou cobr-los parcialmente, admite a suspenso do processo.c) O crime de patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante aadministrao fazendria, valendo-se da qualidade de funcionrio pblico, crime de

    menor potencial ofensivo.

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    d) No possvel que particular responda pelos delitos previstos no Captulo I, Seo II Dos crimes contra a Administrao Pblica previstos na Lei n. 8.137/1990.

    e) O crime de patrocinar, direta ou indiretamente interesse privado perante a administraofazendria valendo-se da qualidade de funcionrio pblico, no admite a tentativa.

    GABARITO A

    O crime em questo est previsto no artigo 3, III, da Lei 8137/90 quem tem pena de 1 a 4anos E multa (ou seja, multa cumulativa, como afirma a alternativa A)O crime do inciso II tem pena mnima de 3 anos, por isso no faz jus ao sursis processual(alternativa B errada)O crime do inciso III como j dito tam pena mxima de 4 anos, portanto no crime demenor potencial ofensivo (alternativa C errada)

    Os crimes previstos no captulo I seo II da Lei so prprio, ou seja exigem a condio defuncionrio pblico. Mas isso no significa que o particular no possa responder por elesna qualidade de co-autor ou partcipe (alternativa D errada)O crime do inciso III no por qualquer razo incompatvel com a figura tentada

    Lei 8137/90

    Art. 3 Constitui crime funcional contra a ordem tributria, alm dos previstos no Decreto-Lei n2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cdigo Penal (Ttulo XI, Captulo I):

    I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda emrazo da funo; soneg-lo, ou inutiliz-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevidoou inexato de tributo ou contribuio social;

    II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que forada funo ou antes de iniciar seu exerccio, mas em razo dela, vantagem indevida; ou aceitarpromessa de tal vantagem, para deixar de lanar ou cobrar tributo ou contribuio social, oucobr-los parcialmente. Pena - recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos, e multa.

    III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administrao fazendria,valendo-se da qualidade de funcionrio pblico. Pena - recluso, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, emulta.

    8 - Carlos e Mrio, isoladamente, abandonam o seu trabalho (greve) destruindo a porta doescritrio e batendo no chefe Beltro. luz do previsto dos Crimes contra a Organizaodo Trabalho na parte especial do Cdigo Penal, julgue os itens abaixo, assinalando ocorreto.a) Carlos e Mrio devem responder pelo delito tentado de paralisao de trabalho,seguida de violncia ou perturbao da ordem.b) Carlos e Mrio no devem responder pelo delito de paralisao de trabalho, seguida deviolncia ou perturbao da ordem.c) Carlos e Mrio devem responder pelo delito de paralisao de trabalho, seguida deviolncia ou perturbao da ordem na sua forma culposa.

    d) Carlos e Mrio devem responder pelo delito de paralisao de trabalho, seguida deviolncia ou perturbao da ordem.

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    e) S Carlos deve responder pelo delito de paralisao de trabalho, seguida de violnciaou perturbao da ordem.

    GABARITO: B

    O crime em questo s se tipifica quando h o abandono coletivo e a prpria lei esclarece que indispensvel o concurso de pelo menos 3 empregados

    Art. 200 - Participar de suspenso ou abandono coletivo de trabalho, praticando violnciacontra pessoa ou contra coisa:

    Pena - deteno, de um ms a um ano, e multa, alm da pena correspondente violncia.

    Pargrafo nico - Para que se considere coletivo o abandono de trabalho indispensvel o

    concurso de, pelo menos, trs empregados.

    9 - Os fins da Administrao Pblica resumem-se em um nico objetivo: o bem comum dacoletividade administrativa. Toda atividade deve ser orientada para este objetivo; sendoque todo ato administrativo que no for praticado no interesse da coletividade ser ilcito eimoral. Assim, temos no Cdigo Penal o ttulo XI Dos crimes contra a AdministraoPblica. Analise a conduta abaixo, caracterizando-a com um dos tipos de crime contra aAdministrao Pblica. Sebastio, policial militar, exige dinheiro de Caio, usurio demaconha, para que este no seja preso. Caio, com medo da funo de policial exercida pelofuncionrio pblico militar, d R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a Sebastio, conformeexigido por ele. Com base nessa informao e na legislao penal especial , correto afi

    rmar que:a) Sebastio comete o crime de corrupo ativa.b) Sebastio comete o crime de prevaricao.c) Sebastio comete o crime de excesso de exao.d) Sebastio comete o crime de concusso.e) Sebastio comete o crime de patrocnio infiel.

    GABARITO D

    A conduta tipifica o crime de concusso, cujo verbo exigir vantagem indevida

    Concusso

    Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da funo ouantes de assumi-la, mas em razo dela, vantagem indevida:

    Pena - recluso, de dois a oito anos, e multa.

    10- Camargo, terrorista, tenta explodir agncia do Banco do Brasil, na Frana.Considerando o princpio da extraterritorialidade incondicionada, previsto no CdigoPenal brasileiro, correto afirmar que:

    a) Camargo s pode ser processado criminalmente na Frana.b) O Estado brasileiro no tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil.

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    c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na Frana, no poder ser preso noBrasil.

    d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na Frana.e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na Frana, poder ser julgado no Brasil.

    GABARITO: E

    Trata-se de crime contra a administrao pblica e portanto de extraterritorialidadeincondicionada

    Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redao dadapela Lei n 7.209, de 1984)

    I - os crimes: (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica; (Includo pela Lei n 7.209, de1984)

    b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal, de Estado, de Territrio,de Municpio, de empresa pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao institudapelo Poder Pblico; (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    c) contra a administrao pblica, por quem est a seu servio; (Includo pela Lei n 7.209,de 1984)

    d) de genocdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Includo pela Lei n7.209, de 1984)

    II - os crimes: (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    a) que, por tratado ou conveno, o Brasil se obrigou a reprimir; (Includo pela Lei n 7.209,de 1984)

    b) praticados por brasileiro; (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    c) praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedadeprivada, quando em territrio estrangeiro e a no sejam julgados. (Includo pela Lei n 7.209, de1984)

    1 - Nos casos do inciso I, o agente punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvidoou condenado no estrangeiro.(Includo pela Lei n 7.209, de 1984)